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PROVA DOCUMENTAL 1. Conceito de Documento e de Instrumento • Documento- “ é resultado de uma obra humana que tenha por objetivo a fixação ou retratação material de algum acontecimento” • Instrumento- é todo o documento criado para servir de prova de um determinado ato jurídico no momento de sua celebração. É uma prova pré- constituída.

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PROVA DOCUMENTAL

1. Conceito de Documento e de Instrumento

• Documento- “ é resultado de uma obra humana que tenha por objetivo a

fixação ouretratação material de algum

acontecimento”• Instrumento- é todo o documento criado para servir de prova de um

determinado atojurídico no momento de sua

celebração. É uma prova pré-constituída.

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• 2. Suporte e Conteúdo do Documento• 3. Tipos ou Classificação• • Públicos ou privados. Os primeiros são produzidos por

entidades públicas e os• segundos por entidades particulares. Os documentos

públicos podem ser : judicial, extrajudicial e administrativo.

• • Originais ou Cópias. Os originais são os que foram feitos primeiramente e ligam-se

• diretamente ao autor. As cópias são reproduções dos originais.

• • Autógrafos ou Heterógrafos - Os primeiros são feitos pelo próprio autor e os

• segundos, por terceiros. Diferença entre autor material e intelectual.

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• 4. Produção da Prova Documental• • Momento Processual- autor (petição inicial –artigo

283 do CPC) , réu (resposta –• artigo 297 do CPC) –artigo 396 do CPC.• • Juntada Posterior -Documentos novos - quando

destinados a fazer prova de fatos• ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-

los aos produzidos.(artigo 397• do CPC) Regimento Interno do STJ (art. 141) e STF

(art.115)• • Flexibilidade Jurisprudencial- Observância do artigo

398 do CPC• • Determinação de requisição judicial –documento

público –artigo 399 do CPC

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• 5. Documentos Públicos• 5.1.Autenticidade• • Documentos Públicos que são da substância

do ato jurídico - constituição e• transferência de direitos reais relativos a imóveis

(artigo 108 do CC)- prova legal• única admissível (artigo 366 do CPC)- detém

presunção de autoria e dos atos• praticados em presença do oficial , do tabelião

ou do funcionário (artigo 364 do CPC).

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PROVA DOCUMENTAL• • Documentos Públicos regulares –detém presunção de

autoria e dos atos• praticados em presença do oficial, do tabelião ou do

funcionário (artigo 364 do CPC)• • Documentos Públicos irregulares (são os praticados

por oficial, tabelião• incompetentes ou com inobservância das formalidades

ilegais - artigo 367 do CPC)- a• autoria é apenas presumida em caso de não haver

impugnação da parte contra qual o• argumento é produzido (artigo 372 do CPC).• 5.2. Veracidade do Conteúdo- Presume-se verdadeiro o

documento público autêntico não• impugnado (artigo 387 do CPC).• 5.3-Reprodução –artigo 365 do CPC

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• 6. Documentos Particulares• 6.1-Autoria• • Documentos Particulares assinados –reputa-

se autor aquele que os firmou,• mesmo que redigidos por outrem (artigo 371,

inciso I e II, do CPC)• • Documentos que, conforme a experiência

comum, não se costumam assinar• como os assentos domésticos- reputa-se autor

quem os mandou compor (artigo 371,• inciso III, do CPC)

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• 6.2-Presunção de Autenticidade• • Documentos Particulares com firma

reconhecida em presença do subscritor –• detém presunção da autoria (artigo 369 c/c o

artigo 364 do CPC).• • Documentos Particulares – a autoria é apenas

presumida em caso de não haver• impugnação da parte contra qual o argumento é

produzido (artigo 372 do CPC)

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• 6.3- Da Presunção da data – Em face de quem subscreve o documento, a data nele constante,

• salvo prova em contrário e em face de terceiro, conforme disposto no artigo 370 do CPC.

• 6.4-Veracidade do Conteúdo - Em princípio, presumem-se verdadeiras as declarações contidas

• em documento reputado autêntico em face do signatário (artigo 368 do CPC). Em caso de

• documento que apenas revela ciência, observa-se o contido no artigo 368 do CPC).

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• 6.5-Documentos Especiais – Telegramas e Radiogramas (artigo 374 do CPC), Cartas e

• Assentos Domésticos (artigo 376 do CPC), Livros Comerciais (artigos 378 a 380 do CPC),

• Notas feitas em documentos representativos de crédito (artigo 377 do CPC).

• 6.6-Reprodução – artigos 383 a 385 do CPC• 6.7-Rasuras e Entrelinhas –artigo 386 do CPC

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• 7. Falsidade Documental• 7.1-Conceito –artigo 387 do CPC• • Falsidade Material – o vício ocorre na

elaboração física do documento• (suporte).-artigo 387 e 388, inciso I e II, do CPC.• • Falsidade Ideológica - o vício instala-se no

conteúdo do documento que pode• ser a mera narrativa de um fato ou uma

declaração jurídica. Compreendem os vícios• sociais e os da vontade.

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• 7.2 -Formas de impugnação do documento falso.

• • Contestação nos autos principais• • Incidente de Falsidade - via não

obrigatória , interpretação analógica com a ação

• declaratória incidental. Interpretação feita por Humberto Theodoro Júnior.

• • Ação autônoma declaratória (artigo 4, inciso II, do CPC) ou constitutiva

• • Reconvenção

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• • Ação Rescisória- art. 485, IV do CPC

• Pode tem como objeto tanto a falsidade material como a ideológica. No entanto

• há de se observar que a rescisão dependerá da demonstração de que o julgamento

• de procedência ou improcedência do pedido se baseou na prova falsa.

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• 8. Incidente de Falsidade.• 8.1-Cabimento• • Falsidade Material –sempre cabível.• • Falsidade Ideológica – corrente majoritária defende

a impossibilidade do uso do• incidente para reconhecer essa forma de falsidade.• Exceção já reconhecida pelo STJ quanto ao

cabimento do incidente para• reconhecimento de falsidade ideológica que não

importe desconstituição de• relação jurídica.

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• “Falsidade ideológica. Documento narrativo. Apuração pela via incidental, art.

• 390 do CPC. Disciplina no CPC. Recurso Provido.• A falsidade ideológica salvo nas hipóteses em que

o seu reconhecimento importe• em desconstituição de situação jurídica , pode ser

argüida como incidente,• máxime quando sua apuração dependa unicamente

da análise da prova• documental “ (RSTJ 57/240 e RF 328/146, maioria)

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• 8.2- Legitimidade – partes ou intervenientes do processo. Inclui-se no rol ainda o

• assistente litisconsorcial.• 8.3- Interesse- similar ao estudo da declaratória

incidental• 8.4- Processamento• 8.4.1 Prazo- artigo 390 do CPC• 8.4.2 Forma de Apreciação– artigo 393 do CPC• 8.4.3-Efeito suspensivo –artigo 394 do CPC• 8.4.4. Ônus da Prova –artigo 389 do CPC• 8.4.5- Ouvida da Parte Contrária, Instrução,Decisão e

Recurso –artigo 391, 292,• 393 e 395 do CPC.

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• 9. Exibição de Documento ou Coisa

• 9.1- Meios

• • Ação Autônoma- quando o interesse da parte se restringe ao acesso ao

• documento ou a coisa, sem que haja a finalidade de utilizá-los como meio de prova

• em outro processo.

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• • Ação Cautelar- quando a parte necessite de documentos para instruir processo

• principal a ser ajuizado ou pendente e estejam presentes os pressupostos da cautelar

• (fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação) – artigo 844 do CPC

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• • Incidente Processual- pedido de exibição formulado no curso e nos autos de

• processo em andamento. Encarado como mero incidente, quando formulado em

• face das partes no processo originário e como ação propriamente dita quando

• aduzido em face de terceiro, caso em que o pedido é julgado por sentença.

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• 9.2- Objetivo- Produção de Prova• 9.3- Legitimidade ativa - De qualquer das

partes(autor, réu e intervenientes).• Humberto Theodor Júnior e Wambier

admitem a iniciativa do juiz (art. 355• c/c o art. 130 do CPC)• 9.4- Legitimidade passiva- pretenso

detentor do documento que pode ser parte• ou um terceiro

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• 9.5- Momento da produção- Autor (petição inicial). Réu (resposta). Entretanto,

• pode ser ele formulado por uma das partes quando a referência do

• documento ou coisa é feita pela outra como prova em momento posterior a

• fase postulatória.

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• 9.6- Requisitos do pedido –artigo 356 do CPC• • Individualização da coisa ou documento objeto do

pedido de exibição• • Finalidade da exibição –sua relação com os fatos

objeto do litígio• • Circunstâncias que evidenciem a existência do

documento ou coisa e de• que o mesmo se encontra em poder da parte ou do

terceiro.• 9.6-Casos de Recusa- artigo 363 do CPC• 9.7- Ilegitmidade da Recusa-artigo 358 do CPC• 9.8-Processamento• 9.9-Decisão e Recurso