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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 2 ____________________________________________________________________________ Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 1 de 50 PROCESSO SELETIVO PARA PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA PROVA CONHECIMENTOS GERAIS Leia atentamente as instruções seguintes: 1. Este caderno de questões contém 100 (cem) questões de múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C, D) e uma única resposta correta. 2. Confira se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões correta. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito de impressão ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias necessárias. 3. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas. 4. Aguarde a autorização do aplicador da sala para abrir o caderno de questões. 5. O cartão-resposta deverá ser preenchido e assinado somente com caneta esferográfica de tinta preta e corpo transparente. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões não serão considerados na avaliação. Marque apenas uma opção de resposta para cada questão, preenchendo totalmente a quadrícula que julgar ser a resposta correta. Não haverá substituição do cartão-resposta quando ocorrer erro no preenchimento ou rasuras. 6. Quando terminar a prova, acene para chamar o aplicador e entregue este caderno de questões e o cartão-resposta. 7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. 8. Ao final da prova, os três últimos candidatos restantes na sala deverão entregar seus cartões-resposta simultaneamente. 9. Após o aviso do término do tempo de prova, o candidato que ultrapassar esse limite, continuar marcando suas respostas e se recusar a entregar o cartão-resposta, terá a sua prova anulada. 10. Ao deixar em definitivo a sala de prova, você não deverá permanecer nos corredores do bloco ou em qualquer outro local destinado ao concurso. T T I I P P O O 2 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Processo Seletivo – 2018 FAMED – COREME PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS – TIPO 2

____________________________________________________________________________ Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 1 de 50

PROCESSO SELETIVO PARA PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA

MÉDICA

PROVA CONHECIMENTOS GERAIS

Leia atentamente as instruções seguintes: 1. Este caderno de questões contém 100 (cem) questões de múltipla escolha, com quatro

opções (A, B, C, D) e uma única resposta correta. 2. Confira se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões correta. Caso o

caderno esteja incompleto, tenha defeito de impressão ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias necessárias.

3. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas. 4. Aguarde a autorização do aplicador da sala para abrir o caderno de questões. 5. O cartão-resposta deverá ser preenchido e assinado somente com caneta

esferográfica de tinta preta e corpo transparente. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões não serão considerados na avaliação. Marque apenas uma opção de resposta para cada questão, preenchendo totalmente a quadrícula que julgar ser a resposta correta. Não haverá substituição do cartão-resposta quando ocorrer erro no preenchimento ou rasuras.

6. Quando terminar a prova, acene para chamar o aplicador e entregue este caderno de questões e o cartão-resposta.

7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

8. Ao final da prova, os três últimos candidatos restantes na sala deverão entregar seus cartões-resposta simultaneamente.

9. Após o aviso do término do tempo de prova, o candidato que ultrapassar esse limite, continuar marcando suas respostas e se recusar a entregar o cartão-resposta, terá a sua prova anulada.

10. Ao deixar em definitivo a sala de prova, você não deverá permanecer nos corredores do bloco ou em qualquer outro local destinado ao concurso.

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01 – Lactente, 2 meses, foi encaminhado ao serviço de emergência com exame clínico e exames complementares que confirmaram o diagnóstico de meningite. O líquor apresentou-se purulento, com aumento de leucócitos acima de 1.000/mm3, proteinorraquia (acima de 80 mg/dL) e bacterioscopia negativa. Considerando os patógenos mais frequentes para a faixa etária, indica-se como tratamento empírico inicial:

A. Ceftriaxona B. Ampicilina e gentamicina C. Aciclovir D. Ceftazidima e gentamicina

02 – Lactente, 6 meses, é trazido ao serviço de emergência com história de febre há 24 horas e crise convulsiva, inédita, generalizada tônico-clônica, de curta duração, que cessou espontaneamente. Ao exame físico, a criança estava febril e com o exame neurológico normal. O acompanhante da criança não soube informar sobre a situação atual do calendário vacinal da criança. Com base nessas informações, a conduta mais indicada para planejamento diagnóstico é:

A. Coleta de líquor para análise laboratorial B. Tomografia computadorizada de crânio C. Pesquisa de erros inatos do metabolismo D. Eletroencefalograma

03 – Lactente, 1ano e 2 meses, vem a consulta com rinorreia, irritabilidade e picos subfebris há quatro dias. Hoje apresentou piora do quadro febril (temperatura axilar = 39oC), recusa alimentar e prostração. Ao exame físico: secreção nasal espessa e amarelada, abaulamento e hiperemia das membranas timpânicas, com otorreia bi lateral. Ausculta pulmonar normal. Trata se do segundo episódio de otite nos últimos seis meses, sendo tratado previamente com antibióticos. Permanece em creche durante o dia, mama deitado e os pais são tabagistas. Além das orientações quanto à creche, posição alimentar, tabagismo e antitérmicos, qual a conduta imediata?

A. Antibioticoterapia B. Antibioticoterapia e corticoide oral C. Antibioticoterapia e descongestionante D. Antibioticoterapia e anti-histamínico

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04 – Menina, 3 anos, apresentou quadro de infecção urinária febril com grande acometimento clínico, tratada com antibioticoterapia com sucesso. Apresenta desnutrição ponderoestatural de 1º grau, imunização atrasada e passado de quadros febris sem diagnóstico. Foi encaminhada para acompanhamento ambulatorial e solicitados exames de imagem. Assinale a alternativa CORRETA em relação aos exames de imagem:

A. A ultrassonografia de rins e vias urinárias não é confiável para detecção de cicatrizes renais.

B. A uretrocistografia miccional é adequada para avaliação de alterações da pelve renal.

C. O estudo urodinâmico deve ser realizado nas meninas menores que 2 anos, após o segundo episódio de infecção urinária.

D. A cintilografia renal é um exame com boa sensibilidade para pielonefrite, mas com grande carga radioativa.

05 – Menino, dois anos, apresenta vários episódios de febre (entre 38,5oC e 40,0oC) ao dia nos últimos três meses. Durante esses episódios verifica-se, frequentemente, exantema evanescente em tronco e raiz de membros. Há oito semanas foi notada artrite persistente em pequenas articulações das mãos, punhos e joelhos, com resposta parcial a anti-inflamatório não-hormonal. É esperada na investigação laboratorial a presença de:

A. plaquetose B. anticorpos antinucleares C. fator reumatoide D. neutropenia

06 – Você está no ambulatório e atende uma menina, 7 anos de idade, cuja mãe se queixa de que a criança tem baixa estatura. A altura da mãe é 150 cm e do pai é 165 cm. Após o exame físico e análise do cartão de saúde da criança, você constata que a criança cresceu 6 cm no último ano. Assim, você conclui que:

A. A altura final esperada para essa criança é de 160 cm B. Deverá ser solicitado THS e raio X para datação da idade óssea para

investigação do déficit de crescimento C. O estádio de Tanner esperado para essa criança é M2 P2 D. A criança está crescendo o esperado

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07 – Lactente, 14 meses, apresenta palidez cutaneomucosa numa consulta de rotina. Nasceu a termo, adequado para idade gestacional, recebeu alta conjunta, uso de leite de vaca a partir dos 2 meses, pois o leite materno “secou”. Dieta atual predominantemente láctea, frutas ocasionais e carne três vezes na semana. Desenvolvimento, crescimento e imunização adequados. Houve acompanhamento médico irregular no primeiro ano de vida, não há relato de uso de medicações de uso diário e é cuiidado pela avó. Ao exame físico: pálido ++/4, ausência de visceromegalias, adenomegalias e/ou icterícia. Qual achado laboratorial é esperado?

A. Aumento da saturação de transferrina e ferritina B. Redução da capacidade total de ligação e RDW C. Redução da ferritina e aumento da protoporfirina eritrocitária D. Anemia microcítica e hipocrômica e redução receptor de transferrina

08 – Criança, 10 meses, em aleitamento materno e dieta complementar própria para idade, apresenta 5 evacuações líquidas diárias com início há 2 dias, sem febre e com vômitos esporádicos. Bom estado geral, alerta, discreta redução de saliva, pulsos amplos, frequência cardíaca normal. Qual a alternativa abaixo que define as orientações necessárias quando ao cuidado e tratamento?

A. Deve ser mantida a dieta habitual, aumentar a oferta de líquidos, iniciar a administração de solução de reidratação oral e suplementação de zinco.

B. Restringir a oferta de lactose e iniciar a administração de solução de reidratação oral.

C. A presença dos vômitos exclui a possibilidade da indicação da hidratação oral

D. A coleta de exames laboratoriais para a avaliação do processo infeccioso é necessária.

09 – A mãe de um lactente, 5 meses de idade, queixa-se de aumento do número de regurgitações, irritabilidade com choro mais frequente e sono noturno agitado com duração de aproximadamente 30 dias. Refere ter iniciado fórmula de partida há 45 dias por considerar o leite materno insuficiente. Ao exame observa-se adequado ganho ponderal no último mês e ausência de alterações clínicas. Qual será a abordagem para o esclarecimento diagnóstico?

A. Verificar o volume da dieta corrigindo provável excesso com exacerbação dos sintomas do refluxo gastroesofágico fisiológico.

B. Iniciar tratamento de prova com ranitidina para investigação do provável diagnóstico de Doença do Refluxo Gastroesofágico.

C. Iniciar tratamento de prova com omeprazol devido à presença de sintomas exuberantes como irritabilidade, choro e distúrbio do sono.

D. Realizar endoscopia digestiva alta com biópsias antes de iniciar qualquer tratamento a fim de comprovar a presença de esofagite de refluxo.

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10 – Recém-nascido, 36 semanas de idade gestacional, nasceu de parto normal, banhado com líquido aminiótico meconial, em boas condições com choro vigoroso e bom tônus. Qual a conduta a ser tomada com esse RN logo após o nascimento?

A. Clampeamento tardio do cordão e permanecer junto à mãe pela boa vitalidade ao nascer.

B. Clampeamento tardio do cordão umbilical e a seguir condução à mesa de reanimação pela prematuridade indicando-se os passos iniciais da estabilização.

C. Clampeamento imediato do cordão umbilical pela prematuridade e a seguir condução à mesa de reanimação, indicando-se os passos iniciais da estabilização.

D. Clampeamento imediato do cordão umbilical pela presença de líquido amniótico meconial e, a seguir, condução à mesa de reanimação, indicando-se os passos iniciais da estabilização.

11 – Recém-Nascido do sexo masculino, 38 semanas de idade gestacional, encontra-se em alojamento conjunto com 48 horas de vida. Ao exame físico observado icterícia zona II, sem outras alterações. Aleitamento materno em livre demanda com avaliação da mamada sem sinais indicativos de dificuldade, exceto, pela pequena quantidade de colostro em aumento progressivo. Perda ponderal de 4% em relação ao peso de nascimento. Grupo sanguíneo do Recém-Nascido "A" Rh positivo. Grupo sanguíneo da mãe "O" Rh positivo. Qual o planejamento diagnóstico da icterícia e a conduta mais adequada nesse

caso?

A. Deverá ser coletado sangue para hemograma completo, pesquisa de

microesferócitos e dosagem de reticulócitos e bilirrubinas. Não havendo comprovação de hemólise, o diagnóstico mais provável é de icterícia fisiológica e o RN deverá receber alta com retorno precoce.

B. Deverá ser coletado sangue para dosagem de bilirrubinas pois o diagnóstico mais provável é de icterícia por incompatibilidade ABO e deverá ser avaliado indicação de tratamento específico com fototerapia ou exsanguineotransfusão.

C. Não será necessária a coleta de exames pois trata-se de icterícia leve e o diagnóstico mais provável é de icterícia por baixa ingestão de leite materno em decorrência da perda ponderal excessiva. Deverá ser prescrito complementação com fórmula infantil até aumento na quantidade de leite materno.

D. Não será necessário a coleta de exames, pois trata-se de icterícia leve e o diagnóstico mais provável é de icterícia fisiológica. Poderá receber alta com retorno precoce.

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12 – Recém-nascido, sexo feminino, nasceu de parto normal à termo em boas condições e foi encaminhado ao alojamento conjunto. Não se identificam anormalidades no exame físico. Mãe realizou, no início do segundo semestre de gestação, VDRL (1:16; positivo) e, logo a seguir, FTAabs (positivo). Considerando o quadro clínico acima e o diagnóstico de sífilis congênita neste recém-nascido, é CORRETO afirmar que:

A. Deverá ser realizado teste não treponêmico (VDRL) da mãe na internação para o parto e do sangue do cordão umbilical para avaliação do RN.

B. O VDRL do RN negativo e a criança assintomática excluem o diagnóstico de sífilis congênita.

C. VDRL do RN positivo em título maior do que o título materno em pelo menos duas diluições sugere o diagnóstico de sífilis congênita.

D. O teste treponêmico específico capaz de detectar IgM no RN (FTA-Abs IgM) negativo exclui o diagnóstico de sífilis congênita.

13 – Criança, 4 anos, dá entrada no Pronto Socorro com súbito de desconforto respiratório. Apresenta esses episódios desde os dois anos de idade, em média 4 a 5 vezes ao ano, sendo que por duas oportunidades permaneceu internado por 3 dias. Após os atendimentos anteriores, recebia orientação de usar Salbutamol e Prednisolona por 1 semana, não apresentando sintomas entre as crises. Ao exame físico, encontra-se taquidispneica com tiragens intercostais e retração de fúrcula, acianótica, afebril, perfusão periférica adequada, murmúrio vesicular presente, porém difusamente diminuído, e sibilos expiratórios importantes. Qual o diagnóstico e conduta apropriados?

A. Bronquiolite viral; oxigenioterapia na crise e alta após melhora da crise com seguimento ambulatorial.

B. Asma brônquica; salbutamol e corticosteroides inalados na crise e corticoterapia inalatória na alta com seguimento ambulatorial.

C. Asma brônquica; salbutamol inalatório e corticoide oral na crise e corticoterapia inalatória na alta com seguimento ambulatorial

D. Bronquiolite obliterante; salbutamol inalatório e corticoide oral na crise e corticoterapia inalatória na alta com seguimento ambulatorial.

14 – Menina, 3 anos e 6 meses de idade, é atendida na UBS com história de lesões em dobras flexoras de cotovelo e joelho, pruriginosas, desde os 2 anos de idade, inicialmente recorrentes e atualmente, nos últimos 4 meses, contínuas e com aumento progressivo da extensão. Pele globalmente xerodérmica associada a lesões de base eritematosa, com presença de pápulas exulceradas, algumas com crostas melicéricas e outras com secreção clara, acometendo as regiões flexoras de cotovelo e joelhos e se estendendo cerca de 10 cm da mesma. A criança coçou as regiões durante toda a consulta. Qual o diagnóstico e conduta apropriado?

A. Dermatite Atópica; corticosteroide e antibiótico orais. B. Impetigo agudo; antibioticoterapia oral. C. Ictiose vulgar; corticosteroide e antibiótico orais D. Dermatite Atópica; corticosteroide e antibióticos tópicos.

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15 – Menina, 3 anos, previamente hígida, apresenta história de edema de face, predominantemente matutino, havia 3 semanas. Há 3 dias associou-se tosse rouca, coriza hialina e febre baixa (um episódio) diário. Há 48 horas houve aumento do edema de face, evoluindo para abdome e membros inferiores. Ao exame físico: regular estado geral, normotensa, FC: 100 bpm, FR: 30 irpm, ativa, eupneica, afebril, hidratada, corada, com edema generalizado (+++/4+). Exames laboratoriais compatíveis com o diagnóstico de síndrome nefrótica. Escolha a conduta terapêutica inicial CORRETA:

A. Restrição hidrossalina, repouso relativo e diuréticos potentes. B. Repouso relativo e prednisona. C. Albumina humana 20%, diariamente, até remissão completa do edema D. Ciclofosfamida por 3 a 4 semanas

16 – Menina, 3 anos e 2 meses, com dificuldade de evacuar desde lactente. Até os 2 anos evacuava a cada três dias, fezes em cíbalos, com esforço, e às vezes necessidade do uso do supositório. Há dois meses teve piora do quadro, ficando até sete dias sem evacuar. A última evacuação foi há três dias, em cíbalos. O desfralde foi com 2 anos e 6 meses, sem dificuldade, mas agora não está querendo sentar no vaso e pede para colocar fralda ou faz no chão. Alimenta se bem, com menor ingestão de frutas e vegetais a partir de 2 anos e meio, aceita leite três vezes ao dia e ingestão de água é pouca. Ao exame físico: bom estado geral, ativo, corado, abdômen sem distensão, sem fezes palpáveis, ruídos hidroaéreos presentes. Ao exame retal não se verificam fissuras ou alterações. Qual deverá ser a conduta mais adequada neste caso?

A. A fibra alimentar é uma boa alternativa e deve ser sempre associada ao laxante

B. A primeira escolha é o Polietilenoglicol (PEG 4000) C. Encaminhar para investigação diagnóstica D. Uso obrigatório do laxante e em menor importância as orientações

alimentares 17 – Você está atendendo no ambulatório uma criança de 6 meses de vida. Essa criança foi prematura de 28 semanas, peso ao nascer de 1.100g e Apgar = 4 e 7. Ela ficou internada por 2 meses e 10 dias. Sobre o desenvolvimento neuropsicomotor dessa criança, no dia de hoje, é esperado que ela consiga:

A. Rolar B. Sentar com apoio C. Sustentar o pescoço D. Segurar objetos na linha média e levá-los à boca

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18 – Lactente, 2 meses, é levada a consulta de puericultura. Ao exame não se evidencia cicatriz vacinal de BCG. Qual a conduta CORRETA?

A. Indicar revacinação neste momento sem realizar o teste tuberculínico B. Realizar teste tuberculínico e caso seja negativo revacinar o paciente C. Aguardar até 6 meses para o aparecimento da cicatriz D. Aguardar até os 10 anos quando receberá a 2a dose da vacina BCG

19 – Pré-escolar, 2 anos, é trazido pela mãe com quadro de anorexia, febre e diarreia com sangue, há mais de 3 meses. Avô em tratamento para tuberculose. A criança teve 4 internações hospitalares no último ano pela mesma queixa. Gravidez não desejada, mãe G6P5, pais separados, sendo a mãe a única cuidadora da criança. Exames laboratoriais: anemia ferropriva leve, RX de tórax normal, 2 lavados gástricos negativos para BAAR, exames fezes (incluindo parasitológico e pesquisa de sangue oculto) normais. Durante a internação (15 dias) não apresentou febre ou diarreia, boa aceitação alimentar com ganho de 380 gramas de peso neste período. Mãe presente durante toda a internação e insiste na realização de novos exames. Qual é a conduta CORRETA?

A. Dar alta com sulfato ferroso, considerando que a anemia ferropriva deve ser consequência da síndrome de má absorção.

B. Iniciar tratamento para tuberculose pela queixa de febre persistente e história de contato.

C. Tratar a desnutrição, sem a necessidade de investigação adicional no momento, uma vez que houve melhora espontânea do quadro.

D. Investigar a possibilidade de Síndrome de Munchausen por procuração. 20 – Amamentar é um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional, imunológico e cognitivo da criança, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. Com base no seu conhecimento sobre a fisiologia da lactação e os benefícios do aleitamento materno para a saúde do binômio, encontre a alternativa CORRETA:

A. A OMS recomenda aleitamento materno exclusivo até 6 meses de idade e, a seguir, complementação, dadas as alterações da composição do leite humano após esse período.

B. A produção do leite é controlada exclusivamente por hormônios, como a prolactina e a ocitocina desde o nascimento e sua manutenção independe do estímulo da sucção.

C. O leite humano apresenta numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções, sendo a IgA secretória o principal anticorpo.

D. A prevenção da obesidade se deve pelo fato de que crianças em aleitamento materno estão menos propensas a ingerir alimentos industrializados e calóricos.

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21 – Paciente, sexo masculino, 68 anos, comparece a visita ambulatorial com queixa de dispneia progressiva, ultimamente para caminhar dois quarteirões. Relata ser previamente hígido e não apresentar comorbidades conhecidas. O paciente informa ainda que apresentava quadro de dor torácica não opressiva ao fazer suas caminhadas diárias havia 6 meses e que optou por reduzi-las após apresentar quadro de síncope há 3 semanas durante o exercício. Durante o exame físico, foi observado o fenômeno de Gallavardin na ausculta cardíaca. O diagnóstico clínico do paciente acima deverá se basear nos seguintes achados:

A. Os sintomas cardeais da insuficiência aórtica são angina, insuficiência cardíaca e síncope desencadeada por esforços, sendo que ocorrência dessa tríade indica pior prognóstico.

B. Pode ocorrer o achado de desdobramento paradoxal da segunda bulha, o qual ocorre durante a inspiração, quando o componente pulmonar se torna atrasado em relação ao componente aórtico.

C. O pulso paradoxal e o sopro diastólico, rude e intenso, com formato crescendo e decrescendo em foco aórtico e aórtico acessório são típicos do quadro acima.

D. O paciente pode apresentar pulso caracterizado por amplitude diminuída (parvus) e atraso no aumento (tardus), geralmente correlacionado à gravidade da lesão valvar.

22 – Paciente, 60 anos, sexo masculino, hipertenso há 20 anos, tabagista 30 anos-maço e diabético insulinodependente. Foi admitido no pronto socorro com queixa de dor precordial de intensidade 7/10, iniciada em repouso há 1 hora, com irradiação para ambos os membros superiores e dorso, associado a náuseas e vômitos. Ao admitir o paciente na sala de emergência, a propedêutica mais adequada a ser seguida é:

A. Solicitar mioglobina, creatinofosfoquinase, creatinoquinase MB massa e troponina por apresentarem alta especificidade e valor preditivo positivo em casos de infarto agudo do miocárdio, nas primeiras 2 horas dos sintomas.

B. Realizar eletrocardiograma nos primeiros 10 minutos após a admissão do paciente e repetir sempre que necessário ou se houver mudança dos sintomas (melhora ou piora).

C. A presença de supradesnivelamento do segmento ST ≥ 2mm em derivação AVR sugere infarto de ventrículo direito, sendo o próximo passo a realização de radiografia de tórax para avaliar congestão pulmonar.

D. A presença de supradesnivelamento do segmento ST ≥ 2mm em derivações D2, D3 e AVF sugere infarto de parede inferior. A complementação eletrocardiográfica com as derivações V3R, V4R, V5 e V6 deverá ser realizada objetivando diagnosticar infarto de ventrículo direito e de parede posterior.

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23 – Paciente, sexo masculino, 45 anos, procura atendimento médico em Unidade Básica de Saúde para consulta de rotina, por ser hipertenso, diabético e dislipidêmico de longa data em uso de metformina 500 mg 2 vezes ao dia, sinvastatina 20 mg/dia, AAS 100 mg/dia, losartana 100 mg/dia, hidroclorotiazida 25 mg/dia e anlodipina 5 mg/dia. Refere que tem apresentando edema em membros inferiores que tem piorado nos últimos meses, já reclamado em avaliação anterior, e que não melhorou após ter sido recomendado aumentar a dose da hidroclortiazida para 50mg/dia e relatando também crises recorrentes de “gota” que passaram a se tornar mais frequentes desde então. Exames laboratoriais: creatinina = 2,10mg/dl (ritmo de filtração glomerular = 37ml/min); ácido úrico = 10mg/dL e proteinúria de 24h =1,3g. Quais os prováveis responsáveis, respectivamente, pelo edema e pela gota apresentados pelo paciente e qual precisa ser retirada de acordo com exames acima apresentados?

A. Sinvastatina, metformina e losartana B. Anlodipina, hidroclorotiazida e metformina C. Sinvastatina, losartana e hidroclorotiazida D. Losartana, anlodipina e metformina

24 – Paciente portador de cardiopatia chagásica em uso de amiodarona 200mg/dia é admitido na sala de emergência com confusão mental e queixa de mal-estar. Ao exame físico apresenta pressão arterial de 70x40 mmHg, frequência cardíaca de 210 bpm, frequência respiratória de 28 irpm e saturação de O2 de 90%. Realizado eletrocardiograma que evidencia o traçado abaixo:

Qual é o tratamento indicado?

A. Amiodarona 300mg endovenoso em 1 hora, seguido de infusão de 900mg nas 23 horas seguintes

B. Lidocaína 1mg/kg endovenoso em bolus C. Cardioversão elétrica sincronizada após sedação adequada D. Adenosina 6mg endovenoso em bolus e 20ml de soro fisiológico em

bolus

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25 – Na investigação de dispneia aos esforços, foi solicitada a seguinte prova de função pulmonar completa.

Pré - Broncodilatador Pós Broncodilatador Espirometria Atual % Predito Predito LI Atual % Predito %

Variação CVF (L) 2,46 85 2,89 2,33 2,52 86 +1 VEF1 (L) 1,10 45 2,40 1,97 1,33 53 +12 VEF1/CVF (%) 45 54 82 74 52 61 -2 CPT (L) 5,87 124 4,72 3,94 - - - VR (L) 3,17 251 1,26 0,84 - - - VR/CPT (%) 54 158 34 - - - - Legendas: CVF = Capacidade Vital Forçada; VEF1 = Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo; CPT = Capacidade Pulmonar Total; VR = Volume Residual; LI = Limite Inferior da Normalidade

Sobre a interpretação do exame é CORRETO afirmar que:

A. É compatível com Doença Pulmonar Obstrutivo Crônica Gold 3 B. A resposta ao broncodilatador observada exclui o diagnóstico de Asma C. É compatível com doenças intersticiais pulmonares como a Fibrose

Pulmonar Idiopática D. É compatível com hiperinsuflação pulmonar

26 – Mulher, 20 anos, com diagnóstico de asma desde a infância. Faz uso regular de salmeterol + fluticasona 50/500 mcg 12/12 horas. Nas últimas 4 semanas vem apresentando sintomas pelo menos 3 vezes por semana, com necessidade diária de uso de medicação de resgate, despertares noturnos frequentes e dificuldade para prática de atividades físicas. O tratamento mais adequado nesse momento é:

A. Uso de corticoides orais (etapa 4 do tratamento) B. Associação de tiotrópio ao esquema de tratamento atual C. A troca de dispositivos inalatórios é importante para o controle D. Omalizumabe, anticorpo anti-IgE, deve ser considerado se IgE total

for maior que 2000 UI/mL 27 – Paciente, 50 anos, sexo feminino, vítima de acidente automobilístico, internada na enfermaria de Ortopedia devido a fratura de diáfise de fêmur ocorrida há 10 dias. No terceiro pós-operatório de correção cirúrgica, a paciente evolui com dispneia súbita de moderada intensidade. Após as primeiras medidas de suporte, com estabilização hemodinâmica e respiratória, foi calculado o Escore de Wells e planejados exames para confirmação do diagnóstico da paciente. Qual exame complementar deverá ser solicitado para confirmar ou descartar o diagnóstico mais provável da situação acima?

A. Dímero-D B. Radiografia de tórax C. Ecocardiograma bidimensional D. Angiotomografia computadorizada de tórax

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28 – Paciente, 35 anos de idade, sexo masculino, foi admitido no pronto-

socorro com queixa de início recente de edema em face e membros inferiores,

além de “urina escura” e diminuição do volume urinário. Ao exame físico

apresentava anasarca, lesões cicatriciais de impetigo nos membros inferiores e

pressão arterial de 180x100 mmHg. Exames complementares são

solicitados, detectando-se creatinina = 1,3 mg/dL, albumina = 3,5

mg/dL, C3 e C4 baixos, urina tipo I que mostra hematúria 850.000

hemácias/mL com dismorfismo eritrocitário +++/+++, sem proteinúria.

A principal hipótese diagnóstica é:

A. Síndrome nefrótica por provável glomerulonefrite por lesões mínimas B. Síndrome nefrítica por provável glomerulonefrite membranosa C. Síndrome nefrótica por provável glomerulonefrite difusa aguda pós-

estreptocócica D. Síndrome nefrítica por provável glomerulonefrite difusa aguda pós-

estreptocócica 29 – Paciente masculino, 70 anos, tabagista, foi admitido na UTI devido a

quadro de choque séptico de origem pulmonar e mantido em ventilação

mecânica. Observa-se oligúria há 6 horas. Exames de laboratório: ureia =

135mg/dL, creatinina = 2,15mg/dL (dia anterior = 1,1mg/dL) e K = 5,6mEq/L.

Apresenta edema de membros inferiores +/4+; PA=100/50mmHg, FC=110bpm

e mucosas desidratadas. Gasometria arterial demonstra pH=7,26 e

HCO3=13,5mEq/L.

Qual a alternativa CORRETA quanto ao diagnóstico, valor esperado do sódio

urinário e tratamento inicial desse paciente?

A. Lesão renal aguda pré-renal – sódio urinário baixo - Aumentar o suporte volêmico e a infusão de solução cristaloide.

B. Doença renal crônica – sódio urinário elevado - Iniciar imediatamente a infusão de furosemida EV para estimular diurese.

C. Lesão renal aguda renal – sódio urinário elevado - Indicar imediatamente terapia de substituição renal (diálise).

D. Lesão renal aguda pré-renal – sódio urinário elevado - Iniciar imediatamente a infusão de furosemida EV para estimular diurese.

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30 – Paciente, sexo feminino, 40 anos, procura a Unidade Básica de Saúde do seu bairro com queixas, há mais de 10 anos, de dor epigástrica em queimação, moderada, recorrente, que piora com o jejum e melhora com a alimentação. Realizou endoscopia digestiva alta com achado de úlcera péptica bulbar ativa (fase A1 de Sakita) além de gastrite enantemática antral com pesquisa de urease para o Helicobacter pylori (HP) positiva. Qual a alternativa CORRETA em relação a fisiopatologia dessas alterações?

A. A paciente apresenta hipergastrinemia, hipercloridria, metaplasia

gástrica no duodeno que evoluiu para úlcera péptica duodenal.

B. A paciente apresenta hipergastrinemia, hipocloridria, metapalasia

intestinal antral que pode evoluir com neoplasia gástrica além da úlcera

péptica duodenal.

C. A paciente apresenta hipogastrinemia, hipocloridria, metaplasia intestinal

no antro e no duodeno que evoluiu para úlcera péptica duodenal.

D. A paciente pode apresentar hipogastrinemia e hipercloridria e tem

metaplasia gástrica no duodeno que evoluiu para úlcera péptica

duodenal.

31 – Mulher, 40 anos, obesa (IMC= 37 Kg/m²), dislipidêmica com triglicérides o dobro do valor da normalidade, procurou o médico generalista devido a desconforto em hipocôndrio direito, nos últimos meses, e alterações de enzimas hepáticas em exames de rotina. Negou ingestão de bebidas alcoólicas e uso contínuo de medicamentos. O ultrassom revelou esteatose hepática grau III/III, aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase estavam aumentadas 2 vezes o valor do normal, gama-GT estava aumentada 2 vezes o valor do normal, e fosfatase alcalina e bilirrubinas estavam normais. Além das orientações para controle de peso (dieta hipolipídica e hipocalórica) e atividade física, qual a conduta mais adequada nesse momento?

A. Realizar exames de sangue para avaliar hepatopatias virais, autoimune

e metabólica. Reavaliar em 6 meses.

B. Realizar biópsia hepática e, se fibrose, iniciar Vitamina E. Reavaliar em 1

ano com nova biópsia.

C. Realizar biópsia hepática e, se fibrose, iniciar Pioglitazona. Reavaliar em

1 ano com nova biópsia.

D. Realizar exames de sangue para avaliar hepatites virais, autoimune e

metabólica. Iniciar Metformina e Vitamina E. Reavaliar em 6 meses.

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32 – Paciente, sexo masculino, 60 anos, etilista crônico, procura o Posto de

Saúde de seu bairro devido a fraqueza e aumento importante do volume

abdominal nos últimos 2 meses. Edema de membros inferiores e icterícia

progressiva percebidos na última semana. O médico realizou o exame físico.

Qual dos sinais abaixo pode ter sido encontrado e qual a explicação

fisiopatológica CORRETA para tal achado?

A. “Flapping” devido a encefalopatia hepática com redução da

metabolização hepática de compostos nitrogenados absorvidos no

intestino.

B. Circulação colateral tipo porta com fluxo centrípeto devido a

recanalização da veia umbilical.

C. Ginecomastia e atrofia testicular devido a redução da metabolização da

prolactina e testosterona pelo fígado.

D. Telangiectasias em tronco e membros superiores devido a redução da

produção de fatores de coagulação pelo fígado.

33 – Uma paciente, 20 anos de idade, diabética há 3 anos, está em uso de

insulina NPH antes do desjejum, almoço e ao deitar e insulina Humalog "em

bolus" antes do desjejum, almoço e jantar, de acordo com a glicemia do

momento e a quantidade de carboidratos da refeição. As glicemias capilares

mostram resultados satisfatórios, com exceção do jejum que se mostra

sempre elevado. Refere também vários episódios de hipoglicemia na

madrugada. As glicemias ao deitar têm mostrado valores entre 100mg% e

150 mg%.

Nesse momento, qual seria a melhor conduta?

A. Aumentar a dose da NPH noturna e reavaliar

B. Diminuir a dose da NPH noturna e reavaliar

C. Diminuir a dose da NPH noturna e do almoço

D. Diminuir a dose da Humalog do jantar

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34 – Paciente, sexo feminino, 35 anos, advogada, é trazida ao pronto socorro por com cefaleia de forte intensidade há cerca de 24 horas, que não está melhorando com os analgésicos comuns. A dor é unilateral à direita, pulsátil, acompanhada de náuseas, foto e fonofobia. Antes da dor, apresentou turvação visual no hemicampo direito com “pontos luminosos”. Refere que tem cefaleia desde à adolescência com crises de cefaleia unilateral que ocorrem tanto à direita quanto à esquerda, mas que costumam ceder com analgésicos e repouso. Ocasionalmente, a dor fica forte e precisa ir ao hospital. História familiar positiva para cefaleia (pais, irmã e tia). Nega comorbidades, nega febre ou qualquer outro sintoma. Ao exame físico, estava lúcida, orientada, exame clínico neurológico sem alterações, pressão arterial = 120x80 mmHg, frequência cardíaca 95 bpm e temperatura axilar = 36ºC. Foi submetida ao exame de fundo de olho, não sendo observadas alterações. Qual o melhor diagnóstico do tipo de cefaleia da paciente?

A. Enxaqueca sem aura. B. Enxaqueca com aura. C. Hemicrânia paroxística. D. Cefaleia em salvas.

35 – Paciente, sexo feminino, 28 anos, estudante de medicina com diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), forma cutâneo articular, procura entender um pouco mais de sua patologia nas aulas de imunologia da sua faculdade. Nos exames complementares já realizados, verifica-se FAN positivo (1:160), padrão pontilhado fino, anti- Ro e anti-La positivos. Em relação aos aspectos imunológicos dessa patologia pode ser afirmado que:

A. Mecanismo de lesão do LES é a autoimunidade, assim podemos afirmar

que existe uma maior probabilidade de desenvolverem outras doenças

de autoimunidades órgãos específicos como: tireoidite de Hashimoto,

miastenia gravis, vitiligo e anemia perniciosa.

B. Diversas anormalidades no sistema imune são descritas no LES, como

um aumento de interleucinas IL-2 e TGF-beta, estimulando os linfócitos

T CD4+ e CD8+.

C. Um mecanismo imune fortemente associado ao LES é a deficiência dos

componentes do complemento como C1q, C2 e C4, responsável por

uma diminuição da apoptose das células e uma maior formação de

autoanticorpos.

D. O principal defeito no sistema imune do paciente com LES é a

imunidade celular, que estimula linfócitos citotóxicos a não

reconhecerem os antígenos do próprio organismo.

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36 – Paciente, sexo masculino, 80 anos, é trazido pela filha para ambulatório

de geriatria. O paciente não referia qualquer queixa, falava que morava sozinho

desde o falecimento da esposa (há 2 anos) e que vivia bem a sua rotina em

casa. Segundo suas informações, tomava as medicações por conta própria e

fazia sua própria comida. A filha complementou as informações dizendo que a

energia de sua casa foi cortada duas vezes nos últimos 6 meses por falta de

pagamento, além de ter observado que as cartelas de medicamentos para

hipertensão arterial estavam cheias (em uso de enalapril e anlodipina),

inferindo o não uso das medicações. Ao exame físico, foi observado níveis

tensionais mais elevados (PA: 160x100mmHg), sem outros dados que

chamavam a atenção. Nos testes cognitivos e funcionais observaram-se os

seguintes dados:

-- MEEM (MINI EXAME DO ESTADO MENTAL): 25/30

-- FLUÊNCIA VERBAL: 12 PALAVRAS

-- TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO: 14 /15

-- ESCALA DE ATIVIDADE BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA DE KATZ: 4/6

-- GDS (ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA): 1/15

Em relação ao principal diagnóstico sindrômico do paciente e ao tratamento

farmacológico, é CORRETO afirmar que:

A. Em relação ao principal diagnóstico sindrômico do paciente, a prescrição

de um antagonista do receptor de NMDA (N-Metil-D-Aspartato), seria a

melhor opção como tratamento inicial.

B. Em relação ao diagnóstico depressivo reacional do paciente, a

prescrição dos inibidores de serotonina e noradrenalina seria a melhor

opção como tratamento inicial.

C. Em relação ao principal diagnóstico sindrômico do paciente, a prescrição

de um antagonista dos inibidores de acetilcolinesterase seria a melhor

opção do tratamento inicial.

D. Em relação ao tratamento sindrômico do paciente, a prescrição de

selegilina seria uma das opções de tratamento, conforme as evidências

científicas atuais.

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37 – Paciente, sexo masculino, 25 anos, estudante de engenharia civil, procura atendimento médico queixando de odinofagia, febre, astenia e adinamia há 12 dias. Nega perda ponderal ou tosse. Ao exame físico, observa-se adenomegalia cervical (gânglios pequenos, não aderidos à plano profundo, bilaterais e dolorosos à palpação) e espaço de Traube maciço. Sobre o diagnóstico do paciente acima é CORRETO afirmar que:

A. Presença de exantema maculopapular após uso de derivados de penicilina, reforça o diagnóstico etiológico bacteriano.

B. O achado no fundo de olho de manchas branco-amareladas contendo hemorragias focais (conhecido como “queijo com ketchup”) reforça do diagnóstico etiológico CMV (citomegalovírus).

C. O achado no fundo de olho de manchas branco-amareladas na retina com bordas irregulares e hiperpigmentação cicatricial ao seu redor reforça o diagnóstico etiológico EBV (vírus de Epstein-Barr).

D. A presença de linfocitose no hemograma reforça a hipótese de etiologia bacteriana e menos de viral, uma vez na etiologia viral espera-se linfopenia.

38 – Paciente, sexo masculino, 40 anos, empresário, procura assistência médica por queixas de astenia, adinamia e epistaxe, além de equimoses após pequenos traumas nos últimos 3 meses, sendo observado quadro febril na última semana. Ao exame físico, observamos mucosas hipocoradas (+2/4), fígado palpável (hepatimetria de 15 cm) e um baço palpável (4 cm do rebordo costal esquerdo). Na mucosa oral percebe-se uma discreta hipertrofia na mucosa gengival. Foi realizado um hemograma que revelou: hemoglobina = 8g/dL, plaquetas = 50.000/mm3 e leucócitos = 20.000/mm3 com identificação de 10% blastos em sangue periférico. Prosseguindo a investigação, realizou-se um mielograma que evidenciou a presença de 30% de blastos. Sobre o diagnóstico do paciente acima é CORRETO afirmar:

A. Na citogenética das células neoplásicas, a presença da translocação (8;21) reforça o diagnóstico de Leucemia linfoide aguda do subtipo L2.

B. A presença da hiperplasia gengival encontrada no paciente reforça o diagnóstico das leucemias de linhagem linfoides agudas.

C. Na morfologia dos blastos a presença no citoplasma de filamentos eosinofílicos - os bastonetes de Auer - definem a linhagem mieloide.

D. Na imunofenotipagem, a positividade para CD 10, 19 e 20 definem a linhagem mieloide.

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39 – Paciente, 23 anos, sexo masculino, vítima de acidente motociclístico é

admitido no pronto-socorro da cidade com Escala de Coma de Glasgow = 3,

pupilas midriáticas, isocóricas e fixas. Realizada tomografia de crânio que

evidencia edema cerebral difuso. É optado, pela equipe neurocirúrgica, pela

não sedação devido a probabilidade de morte encefálica.

Pela legislação brasileira, para constatação de morte encefálica do paciente

supracitado, é(são) necessário(s):

A. Apenas um exame clínico realizado por neurologista ou neurocirurgião

após 12 horas da suspeita clínica pelo médico assistente.

B. Dois exames clínicos realizados por profissionais diferentes com

intervalo de 12 horas entre eles.

C. Dois exames clínicos realizados por profissionais diferentes e um exame

complementar.

D. Um exame complementar é superior ao exame clínico e suficiente para

confirmar o diagnóstico.

40 – Paciente, sexo feminino, 45 anos, sem antecedentes patológicos, é

atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com quadro de dor

abdominal com 4 dias de evolução. Ao exame físico apresenta dor à palpação

abdominal difusa, descompressão brusca (DB) positiva, febre, hipotensão,

extremidades quentes com boa perfusão capilar periférica. Pressão arterial =

80x40 mmHg, frequência cardíaca = 128 bpm, frequência respiratória = 30 irpm

e temperatura axilar = 39°C.

Qual tratamento deverá ser proposto imediatamente?

A. Laparotomia exploradora de urgência para erradicação do foco infeccioso.

B. Reposição de fluidos com cristaloides.

C. Reposição de fluidos com coloides.

D. Norepinefrina em acesso venoso central

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Você é o médico de uma Unidade Básica de Saúde da Família no município de Uberlândia, leia as questões de 41 a 48 e responda de acordo com as políticas nacionais voltadas para a atenção básica. 41 – Paciente, 49 anos, chega com queixa de fogachos, ressecamento vaginal, diminuição da libido, irritabilidade e variação de humor. Relata que os episódios começaram há cerca de 1 ano, coincidindo com a irregularidade do sangramento menstrual e estão bastante intensos. A conduta mais adequada para a paciente é:

A. Encaminhar para o serviço de referência para descartar condições clinicas.

B. Solicitar dosagem de FSH, LH, TSH, prolactina e T4 livre antes de fechar o diagnóstico.

C. Prescrever extrato padronizado em 40% a 70% de isoflavonas. D. Abordar a paciente com o mínimo de intervenção possível, uma vez que

aceitar o envelhecimento e seus sintomas faz parte dessa faixa etária. 42 – Paciente, 24 anos, traz resultado positivo de Beta-HCG após relação sexual onde foi executada a prática do “stealthing” (A prática do “stealthing” é a remoção proposital e não consentida do preservativo durante um ato sexual para o qual a parceira só tenha consentido ao sexo seguro com preservativo) por parte do parceiro. A paciente apresenta-se bastante transtornada com o resultado do exame e deseja orientações sobre seus direitos. Assinale a alternativa com a conduta mais adequada:

A. Inicia o cuidado pré-natal com solicitação dos exames laboratoriais e ultrassonografia, determina idade gestacional e preenche os dados no SIS Pré-Natal, além de encaminhar a paciente para acompanhamento psicológico;

B. Orienta que uma vez que foi vítima de violência sexual ela tem direito ao abortamento legal, podendo optar por manter ou interromper a gravidez desde que a mesma seja realizada até 20 semanas e notifica o caso.

C. Informa a mulher que caso ela deseje, é possível interromper a gestação desde que ela busque a polícia, notifique a ocorrência e retorne ao serviço de referência ao atendimento de mulheres vítimas de violência com o Boletim de Ocorrência.

D. Orienta que a prática do “stealthing” não caracteriza violência sexual e, portanto, legalmente a interrupção não é possível, mas se coloca disponível para conversar com o parceiro e mediar os possíveis conflitos de uma gestação não planejada.

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43 – Paciente traz o filho de 10 anos para consulta pois está preocupada com a alimentação do filho. Relata que ele tem dificuldade de comer frutas e verduras e acredita que ele esteja com sobrepeso. O filho apresenta IMC de 25 e ela deseja orientações sobre ações que auxiliem a melhora do quadro. Assinale a alternativa com a conduta CORRETA:

A. Encaminhar a criança para a nutricionista, uma vez que ela está com obesidade, para indicar uma dieta com restrição de alimentos. Orientar os pais diminuir a frequência de refeições que devem ser divididas em desjejum, almoço e jantar.

B. Orientar que a os pais devem incentivar o consumo de verduras e legumes, sempre iniciando a refeição da criança com estes alimentos e só permitindo a ingestão dos demais alimentos (carboidratos, proteínas e gorduras) após ele ter terminado de comer a "salada".

C. Orientar os pais a enviar frutas ou alimentos nutritivos para o lanche escolar e não permitir que a criança se alimente com a refeição fornecida pela escola pois esta é destinada para crianças com IMC normal e pode significar um aumento no aporte calórico.

D. Orientar a diminuição da exposição da criança à propaganda de alimentos, bem como evitar o hábito de comer assistindo televisão, uma vez que isto tira o foco da criança do processo alimentar e dificulta a autopercepção de saciedade.

44 – Usuário interroga se existem hábitos ou sinais que indiquem um risco aumentado de desenvolver obesidade infantil. Assinale a alternativa que corresponde a situações frequentemente associadas à obesidade infantil que servem para facilitar a identificação de fatores de risco:

A. Ausência de aleitamento materno, uma vez que a maioria dos estudos atribui ao aleitamento materno uma ação protetora contra a obesidade em crianças.

B. Hábitos alimentares da família como ter um desjejum com alimentos muito “pesados” como ovos fritos, inhame e salsicha. O ideal é que se comece o dia com uma fruta ou alimentos leves.

C. Sobrepeso ou obesidade dos pais, uma vez que pais que não conseguem controlar a sua alimentação não são bons exemplos em qualidade alimentar para os filhos.

D. Presença de cáries antes dos 5 anos de idade, uma vez que indica um consumo excessivo de açúcares e guloseimas e pouco estímulo ao autocuidado da criança por parte dos pais.

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45 – Durante atividade de educação permanente realizada na UBSF, em que

estava em discussão as Políticas de Promoção de Equidade em Saúde, uma

das participantes questiona “O SUS produziria equidade? ”. O debate em torno

da questão trouxe alguns argumentos que estão relacionados abaixo.

I – Sim e não. Sim, quando amplia o acesso à atenção básica, à cobertura

vacinal e aumenta a possibilidade de tratamento para doenças como AIDS,

câncer e saúde mental. Não, quando ainda persistem diferenças de acesso em

razão de obstáculos decorrentes da política e da gestão do sistema.

II – A operacionalização do conceito de equidade exige tal grau de sofisticação

e de delicadeza da política, da gestão e da própria organização social que

ainda em situações concretas é impossível observar-se sua aplicação efetiva.

III – A prática da equidade dependeria de um elevado grau de democracia, de

distribuição das cotas de poder, do controle social do exercício desse poder

descentralizado de maneira a se evitar abusos e, paradoxalmente, também de

um elevado grau de autonomia dos agentes sociais.

IV – A equidade não deve ser somente avaliada com relação ao acesso,

utilização de serviços e alocação de recursos, mas também considerando as

desigualdades das condições de vida, que exporiam as pessoas de maneira

diferente a fatores determinantes na produção de saúde e doenças.

Assinale a alternativa que corresponde aos argumentos CORRETOS:

A. I, II e III

B. II, III e IV

C. I, III e IV

D. I, II e IV

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46 – A notif icação compulsória da violência é obrigatória para os

médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços

públicos e privados de saúde que prestam assistência ao paciente:

I - A Portaria que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de

doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços públicos e privados

em todo território nacional atende aos dispositivos presentes no Estatuto

da Criança e do Adolescente (ECA), no Estatuto do Idoso e na Lei nº

10.778/2003 que institui a notificação compulsória de violência contra a mulher

atendidas nos serviços de saúde.

II - Para fins de facilitar o correto preenchimento da Ficha de Notificação

Compulsória foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde o Instrutivo

relacionado à notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências

no qual consta a mudança do conceito de estupro e assédio sexual, além da

não mais utilização do conceito de atentado violento ao pudor.

III – A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de

saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro

atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento,

pelo meio mais rápido disponível. Essa modalidade não se aplicará aos casos

de violência que devem ser informados semanalmente conforme estabelecido

pela Portaria em vigor.

IV - Todos os casos prováveis ou suspeitos de violências serão considerados

como “casos” de violências e devem ser notificados. Não se faz necessária a

confirmação da violência, a exemplo das doenças transmissíveis, para o

encerramento do caso. Na perspectiva da vigilância, o caso é encerrado no

próprio ato de preenchimento da ficha de notificação.

Estão CORRETAS apenas as afirmativas:

A. I, II e III

B. II, III e IV

C. I, III e IV

D. I, II e IV

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47 – Paciente, 68 anos, acamado, está acompanhado pela equipe do programa de atenção domiciliar (AD modalidade 2- necessidade de cuidados paliativos) desde a última internação há 01 mês. A família buscou orientações na UBSF sobre o desejo dele de não ser novamente levado para o hospital em caso de nova “crise” e que não deseja ser submetido a nenhum procedimento que prolongue sua vida. No registro do prontuário sobre a visita domiciliar compartilhada realizada na semana consta que o mesmo se apresentava com as funções cognitivas preservadas e sem prejuízo de funções psíquicas. Não constam informações sobre a demanda referida pela família. São orientações pertinentes ao caso: I - Informar à família sobre o que é testamento vital ou diretivas antecipadas de vontade do paciente. Orientar que o paciente deve ser respeitado e envolvido por inteiro no processo de decisão, para que possa exercer sua autonomia. Explicar sobre as possibilidades de registro em documento que expresse os tipos de tratamento/procedimentos que o paciente recuse receber de profissionais de saúde e cuidadores durante estágio terminal de vida. II - Informar sobre a necessidade de conversar com o médico assistente, assegurar que o paciente recebeu informações adequadas em relação ao seu tratamento, sobre as consequências que sua aceitação ou rejeição podem acarretar. Explicar que assim como ocorre no consentimento informado, também é direito do paciente receber informações sobre procedimentos propostos, riscos associados., resultados esperados e então emitir autorização ou recusa para a prática do ato médico. III – Informar que no Brasil é proibida a prática da eutanásia, sendo as diretivas antecipadas admitidas somente em casos de ortotanásia. Orientar a família e demarcar a diferença entre cuidados paliativos e tratamentos desnecessários e desproporcionais, uma vez que apenas o segundo pode ser objeto da declaração. Valorizar a relação médico paciente e enfatizar o respeito à autonomia do paciente em todos os momentos até o final da existência. IV – Informar que o testamento vital é reconhecido como instrumento legal em países como Estados Unidos, Espanha, Portugal, Alemanha e Uruguai. No Brasil, ainda não está regulamentado sendo a Resolução CFM 1.995/2012 o único instrumento que trata respalda eticamente o profissional médico. Assim, caso as diretivas antecipadas estejam em desacordo com sua consciência, o médico pode recusar-se a instituí-las, frustrando a perspectiva do paciente. Estão CORRETAS apenas as afirmativas:

A. I, II e III

B. II, III e IV

C. I, III e IV

D. I, II e IV

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48 – Paciente, 45 anos, casada, mãe de 03 filhos acompanhados na Unidade

desde o pré-natal. Paciente demonstra tristeza e refere ter ido à Unidade após

o filho mais velho (21 anos) ter se revelado homossexual. Solicita informações

sobre a cura gay e também sobre as possíveis causas da homossexualidade.

São condutas esperadas do profissional:

I – Orientar a mãe sobre as questões de infecções sexualmente

transmissíveis/aids em razão da prevalência na população e solicitar o

agendamento de consulta para o filho.

II - Informar sobre a inexistência de evidências científicas que sustentam as

estratégias da chamada cura gay e evidenciar os efeitos nocivos da prática.

III – Explicar que a homossexualidade não integra o rol das doenças e agravos

da Classificação Internacional de Doenças e não se tem evidências de que

seria uma doença.

IV – Orientar a mãe sobre os efeitos da homofobia no isolamento social e na

incidência de transtornos mentais.

Estão CORRETAS apenas as afirmativas:

A. I, II e III

B. II, III e IV

C. I, III e IV

D. I, II e IV

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Responda as questões de 49 a 51 com base neste enunciado. 49 – De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) de 2017, o funcionamento da equipe de Saúde da Família deverá seguir determinados critérios. Assinale a alternativa CORRETA:

A. Recomenda-se que as Unidades Básicas de Saúde tenham seu funcionamento com carga horária mínima de 40 horas semanais, no mínimo 5 dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. A população adscrita por equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser de 3.000 a 4.000 pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica.

B. Podem existir outros arranjos de adscrição, conforme vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária, facultando aos gestores locais, conjuntamente com as equipes que atuam na Atenção Básica e Conselho Municipal ou Local de Saúde, a possibilidade de definir outro parâmetro. Fica estipulado, para cálculo do teto máximo de equipes de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF), pelas quais o Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos, a seguinte fórmula: População/2.000.

C. Equipe de Saúde da Família é composta, no mínimo, por: médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade; enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Devem fazer parte da equipe, também, o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente especialista em saúde da família; e auxiliar ou técnico em saúde bucal.

D. O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local. Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 500 pessoas por ACS.

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50 – Inserido à Rede de Atenção à Saúde (RAS), o município conta também com Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB). Quais devem ser as características desse núcleo? Assinale a alternativa CORRETA:

A. Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes de Saúde da Família, sendo formada por diferentes ocupações da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) e não das demais equipes de Atenção Básica (eAB).

B. Os NASF-AB se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou especiais, e são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes que atuam na Atenção Básica). Devem, a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes, atuar de forma integrada à RAS e seus diversos pontos de atenção, além de outros equipamentos sociais públicos/privados, redes sociais e comunitárias.

C. Compete especificamente à Equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros, no território.

D. Poderão compor os NASF-AB as ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO na área de saúde: Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Homeopata; Nutricionista; Psicólogo; Terapeuta Ocupacional; Médico Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, não sendo consideradas as especialidades médicas como Ginecologia/Obstetrícia, Psiquiatria, Pediatria, entre outras.

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51 – Usuário, 59 anos, previamente hígido, que refere preocupação com suas vacinas, pois irá viajar para o interior do estado do Goiás e na última vez que tomou vacinas foi há dez anos quando foi visitar parentes neste mesmo local. No cartão de vacina consta registros de vacinação para hepatite viral (3 doses), febre amarela (1 dose), dupla adulto (1 dose). Assinale a alternativa com a conduta mais adequada:

A. Orientar vacinação contra gripe a partir do próximo ano. B. Orientar vacinação tríplice viral, reforço da febre amarela e reforço da

dupla adulto. C. Orientar vacinação para dose de reforço da febre amarela e reforço da

dupla adulto. D. Orientar vacinação para a dose de reforço apenas da dupla adulto.

Responda as questões de 52 a 55 com base no enunciado abaixo: Na Unidade de Saúde da Família em que você atua como médico(a), você é convidado(a) pela Agente Comunitária de Saúde (ACS) para fazer visita domiciliar para usuária que tem 28 anos de idade, ensino superior completo e pós-graduação em andamento, e seu filho, Miguel, nascido há 20 dias (recém- nascido termo; peso ao nascer = 3.500g). Você não acompanhou seu Pré-Natal nem a consulta do binômio. Segundo a ACS, até o momento, Miguel não recebeu nenhuma vacina visto que a mãe disse que: “A criança acaba de nascer e, ao invés de ir mamar e se fortalecer, vão lá e aplicam um vírus cheio de mercúrio no bebê. Eu não vou vacinar meu filho!”. 52 – Qual, dentre as alternativas abaixo, apresenta uma opção CORRETA para conversar com a usuária diante dessa agenda?

A. Algumas vacinas recebem um composto orgânico que contém mercúrio e é adicionado como conservante dos imunizantes. Não existe evidência que a quantidade utilizada represente um risco para a saúde.

B. As vacinas dos calendários de vacinação podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica, exceto as vacinas contra febre amarela, tríplice viral, contra varicela e tetra viral.

C. A contraindicação à vacinação é uma condição que aumenta o risco de um evento adverso grave ou faz com que o risco de complicações da vacina seja maior do que o risco da doença contra a qual se deseja proteger.

D. As vacinas bacterianas e virais atenuadas não devem ser administradas a usuários com imunodeficiência congênita ou adquirida, e em terapêuticas imunodepressoras.

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53 – Caso a usuária optasse por vacinar Miguel neste momento, o que deveria ser feito? Marque a alternativa CORRETA.

A. Indicar a vacinação, que pode ser feita até 4 anos, 11 meses e 29 dias. B. Não indicar a vacinação, pois essa só pode ser feita após o nascimento. C. Indicar a vacinação após os primeiros 30 dias de vida. D. Não indicar a vacinação, por essa não mais ter efeito no organismo da

criança.

54 – Você identifica um grupo de pais contrários à vacinação de seus filhos e elabora uma ação de Educação Popular em Saúde para trabalhar essa temática. Tendo em vista os princípios da Educação Popular em Saúde, expressos pela Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS (PNEPS-SUS), o que você deve levar em conta para construir e executar essa ação? Marque a alternativa CORRETA.

A. O diálogo, em que cada pessoa coloca o que sabe à disposição para ampliar o conhecimento crítico acerca da realidade, compreendendo as percepções acerca da vacinação, contribuindo com a transformação e a humanização.

B. A problematização, através de palestras com conteúdo técnico sobre vacinação, seus benefícios e poucos efeitos colaterais, propondo a construção de práticas em saúde alicerçadas na leitura e na análise crítica da realidade.

C. A construção compartilhada do conhecimento, em que processos comunicacionais e pedagógicos entre pessoas e grupos de saberes, culturas e inserções sociais diferentes podem impor a vacinação dessas crianças.

D. A emancipação, em que pessoas e grupos conquistam a superação e a libertação de todas as formas de opressão, exploração, discriminação e violência, impondo a todos a não-vacinação das crianças.

55 – Considerando que a ação de Educação Popular em Saúde realizada permitiu a capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde no âmbito das questões de vacinação, incluindo uma maior participação no controle deste processo, podemos dizer que essa atividade se tratou de qual tipo de ação? Assinale a alternativa CORRETA.

A. Promoção da Saúde. B. Prevenção Primária. C. Prevenção Secundária. D. Prevenção Quaternária.

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56 – Usuária, 42 anos, doméstica, participante do grupo de dança da Unidade,

com antecedentes de hipertensão, diabetes e tabagismo que vem a Unidade

com resultado de exames de rotina do HIPERDIA. Ao exame físico,

apresenta PA: 120x76 mmHg, FC: 73 bpm, Sat: 97% em ar ambiente, IMC:

22 kg/m2, ausculta cardiorespiratória sem alterações, pulsos simétricos e sem

edemas em membros. Seus exames estão normais exceto o HDL = 26 mg/dL.

Qual a conduta mais adequada para o caso?

A. Explicar os resultados dos exames, acolher a paciente empaticamente,

buscar entender a relação da mesma com o tabagismo e avaliar a

motivação para abstinência por meio da estratégia da entrevista

motivacional assumindo um espírito colaborativo, evocativo e que

respeita a autonomia da pessoa.

B. Orientar o resultado dos exames, encaminhar a paciente para a equipe

do Núcleo de Apoio a Saúde da Família, para que eles, dentro de suas

atribuições, trabalhem as questões do tabagismo e de mecanismos de

melhora do HDL.

C. Orientar o resultado dos exames, acolher a paciente empaticamente,

buscar entender a relação da mesma com o tabagismo e avaliar a

motivação para abstinência por meio da abordagem cognitivo-

comportamental que ajuda a reestruturar cognições funcionais e dar

flexibilidade cognitiva para avaliar situações específicas.

D. Orientar o resultado dos exames, acolher a paciente empaticamente,

buscar entender a relação da mesma com o tabagismo e avaliar a

motivação para abstinência por meio da abordagem centrada na pessoa

embasa teoricamente a relação e a comunicação indesejáveis entre

profissional de saúde e indivíduo no contexto da cessação do tabagismo.

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57 – Em reunião de equipe de uma Unidade Básica de Saúde foi notado que

mesmo com uma boa adesão dos idosos ao programa de controle da

hipertensão alguns persistiam com níveis pressóricos descontrolados. Um dos

agentes comunitários de saúde afirmou que esses casos eram de idosos que

moram sozinhos. A equipe decidiu então fazer um levantamento de todos os

idosos hipertensos acompanhados ao longo do último ano, separando-os em

dois grupos, aqueles que no início do acompanhamento moravam sozinhos e

aqueles que não moravam sozinhos, para analisar como evoluíram em relação

ao controle ou não da hipertensão ao longo do referido ano.

Qual, dentre as alternativas abaixo, apresenta uma análise crítica CORRETA

sobre o desenho do estudo proposto pela equipe da Unidade de Saúde?

A. Poderia tratar-se de uma coorte retrospectiva, desde que houvesse

garantia de que inicialmente os dois grupos de idosos estivessem

isentos do desfecho.

B. Poderia tratar-se de um estudo de intervenção, desde que houvesse o

cuidado de selecionar os dois grupos de idosos de forma randomizada.

C. Poderia tratar-se de um estudo de coorte prospectiva, desde que

houvesse o cuidado de garantir uma seleção aleatória dos dois grupos

de idosos.

D. Poderia tratar-se de um estudo de caso controle, desde que os critérios

de inclusão e exclusão dos dois grupos estivessem inicialmente bem

definidos.

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58 – Usuário, 52 anos, previamente hígido, deseja pedido do PSA. Ele está assintomático e nega antecedentes de neoplasia na família. Refere que fazia acompanhamento médico anterior e que, em fevereiro deste ano, fez exames de sangue e ECG e que todos estavam normais. Qual a melhor orientação segundo a literatura baseada em evidências?

A. Fazer o pedido do exame, pois a única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce, e a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens com mais de 50 anos procurem anualmente um urologista para fazer o exame de toque retal e a dosagem de PSA no sangue.

B. Não solicitar o exame e orientar a equipe a não realizar mais campanhas destinadas ao público masculino seguindo aos moldes do “Novembro Azul”, pois, desde 2012, o United States Preventive Services Task Force (USPSTF) passou a contraindicar o rastreamento de câncer de próstata baseado em PSA para homens americanos de qualquer idade.

C. Decidir junto com o paciente, pois desde 2013 o Instituto Nacional de Câncer (INCA) não recomenda a organização de programas de rastreamento para o câncer da próstata, e caso o paciente demande estes exames, que fossem informados por seus médicos sobre os riscos e benefícios associados a essa prática.

D. Solicitar o exame, pois de acordo com a Canadian Task Force on Preventive Health Care o pequeno benefício da coleta compensa os potenciais malefícios, quase sempre relacionados à realização desnecessária de biópsia prostática, o impacto psicológico causado por um resultado falso positivo e as sequelas do tratamento.

59 – A visita domiciliar (VD) é uma ferramenta importante na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Qual alternativa apresenta o conceito mais CORRETO sobre a VD?

A. Tem como objetivo oferecer condutas de promoção, proteção e recuperação da saúde do indivíduo, da família e da coletividade, no ambiente da unidade de saúde.

B. É um instrumento que promove um grande vínculo entre o profissional de saúde e as famílias de seu território de atuação, dificultando conhecer a realidade do indivíduo e de sua família in loco.

C. Deve ser realizada em equipe, sendo importante que o Agente Comunitário de Saúde (ACS) lidere o grupo, pois é momento oportuno para que se legitime a sua representatividade na ESF.

D. Há a necessidade de se conhecer a família em sua espontaneidade cotidiana, sem agendamentos, pois só assim será possível conhecer os domicílios com suas características ambientais, socioeconômicas e culturais e verificar a estrutura e a dinâmica familiares.

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60 – Usuária, 18 anos, previamente hígida e sem antecedentes mórbidos familiares, vem para UBSF informando que iniciou vida sexual com namorado este mês e gostaria de fazer coleta da citologia oncótica. Qual a conduta mais adequada?

A. Investigar sangramento menstrual e relações sexuais anteriores para agendar coleta de citologia no período adequado.

B. Realizar a coleta da citologia, investigar uso de preservativos e oferecer exames de rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis, caso não tenham usado preservativos.

C. Orientar coleta de citologia a partir dos 25 anos, investigar uso de preservativos e/ou métodos contraceptivos e oferecer exames de rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis.

D. Orientar coleta de citologia a partir dos 25 anos, investigar uso de preservativo e solicitar exames de rotina para prescrição de anticoncepcional.

61 – Paciente quartigesta, com história prévia de três abortamentos consecutivos, é atendida em Unidade Básica de Saúde da Família para iniciar o pré-natal. Ela está bastante apreensiva em relação a possíveis desfechos negativos nesta gestação e deseja saber onde deverá seguir o acompanhamento pré-natal e onde deverá ser realizado o seu parto. Qual é a orientação mais adequada para a paciente?

A. Pré-natal na Unidade Básica de Saúde e no Centro de Referência para Gestação de Alto Risco; parto em Maternidade de Alto Risco.

B. Pré-natal na Unidade Básica de Saúde ou no Centro de Referência para Gestação de Alto Risco; parto em Maternidade de Risco Habitual.

C. Pré-Natal na Unidade Básica de Saúde ou Centro de Referência em Atenção Secundária; parto em Maternidade de Risco Habitual.

D. Pré-Natal na Unidade Básica de Saúde e no Serviço de Medicina Fetal; parto em Maternidade de Muito Alto Risco.

62 – Adolescente, 16 anos, em uso de anticoncepcional combinado oral havia 20 dias, é atendida em Pronto Atendimento com dor aguda e edema em membro inferior esquerdo. Ao exame físico, observam-se empastamento e dor à palpação de panturrilha esquerda e circunferência da panturrilha esquerda 5 cm maior que a do membro contralateral. Qual é o mecanismo fisiopatológico mais provável da condição acima?

A. A metabolização hepática da progesterona ocasiona o aumento de trombina.

B. A metabolização do estrogênio leva ao aumento da produção de proteína S.

C. A metabolização do estrogênio aumenta a produção de fibrinogênio. D. A metabolização da progesterona leva à redução da produção de

antitrombina.

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63 – Mulher, 25 anos, teve relação sexual sem uso de preservativo há 48 horas e

procura atendimento para contracepção de emergência.

Qual é o mecanismo de ação do tratamento indicado para a paciente?

A. O componente estrogênico da pílula suprime a secreção do hormônio

luteinizante e, assim, inibe a retomada da meiose pelo oócito primário.

B. O componente progestagênico da pílula suprime a secreção do

hormônio luteinizante e, assim, inibe a liberação oócito secundário.

C. O componente estrogênico da pílula suprime a secreção do hormônio

luteinizante e, assim, inibe a maturação folicular.

D. O componente progestagênico da pílula suprime a secreção do folículo

estimulante e, assim, a formação do folículo dominante.

64 – Mulher, 35 anos, com histórico familiar de câncer de mama (mãe, aos 45 anos),

comparece à Unidade Básica de Saúde da Família para receber orientações

sobre o rastreamento do câncer de mama.

Como deve ser realizado o rastreamento do câncer de mama para essa

paciente?

A. Mamografia bienal a partir dos 50 anos de idade

B. Mamografia anual a partir dos 35 anos de idade

C. Ultrassonografia de mama a partir dos 40 anos de idade

D. Autoexame das mamas a partir dos 40 anos de idade

65 – Gestante, com antecedente de parto vaginal na 30ª semana de gestação

há 2 anos, é encaminhada para consulta de rotina de Pré-Natal na Unidade de

Atenção Secundária do município. No momento, encontra-se com idade

gestacional de 28 semanas.

Qual é a conduta mais adequada para o pré-natal da paciente?

A. Prescrever betametasona e retorno em 4 semanas.

B. Manter rotina de Pré-Natal de baixo risco.

C. Colher swab vaginal e anal para cultura de estreptococo.

D. Prescrever progesterona e retorno em 2 semanas.

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66 – Paciente primigesta chega ao Pronto Socorro com dor abdominal intensa localizada em fossa ilíaca esquerda, sem irradiação, e sangramento vaginal de pequena quantidade. Última menstruação ocorreu há 12 semanas. Observam-se ao exame físico: bom estado geral; hipocorada (+/4+); PA: 110/80 mmHg; FC: 72 bpm; abdome normotenso, doloroso à palpação de fossa ilíaca esquerda, descompressão brusca negativa; e pequena quantidade de sangue através do orifício externo do colo uterino. Ao toque vaginal, verifica-se que o colo uterino se encontra amolecido e fechado, o útero está intrapélvico e os anexos estão livres. A paciente não apresenta dor à mobilização do colo e à palpação de fundo de saco. O diagnóstico mais provável é:

A. Doença inflamatória pélvica B. Ameaça de abortamento C. Abortamento tubário D. Abortamento molar

67 – Paciente, 22 anos, procura atendimento por gravidez decorrente de estupro e desejo de interrupção da gravidez. Após história clínica e exame físico realizados de forma minuciosa, você solicita exame ultrassonográfico que confirma gestação tópica de 16 semanas, com desenvolvimento fetal normal. A idade gestacional é compatível com a data de relato da violência. Qual é a conduta que deverá ser tomada?

A. Solicitar o registro do boletim de ocorrência policial, realizar a interrupção da gravidez após assinatura do termo de consentimento pela paciente e do termo de aprovação do procedimento por três profissionais de saúde.

B. Solicitar autorização judicial e parecer técnico detalhado, realizar a interrupção da gravidez após assinatura do termo de consentimento pela paciente e do termo de aprovação do procedimento por três profissionais de saúde.

C. Solicitar termos de relato circunstanciado do evento, de responsabilidade e de consentimento assinados pela paciente, e realizar a interrupção da gravidez após parecer técnico e termo de aprovação do procedimento assinado por três profissionais da saúde.

D. Solicitar o registro do boletim de ocorrência policial e parecer técnico detalhado assinado por três profissionais de saúde, não realizar a interrupção da gravidez, pois a idade gestacional encontra-se acima de 12 semanas.

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68 – Paciente G2P2 (1 cesárea anterior), em pós-parto vaginal imediato,

apresentou perda de aproximadamente 700 mL de sangue. Ao exame físico notam-

se; FR: 20 irpm, FC: 120 bpm, PA: 100/60 mmHg e útero com tônus preservado.

Qual é a causa mais provável da condição acima?

A. Laceração do canal de parto

B. Ruptura uterina

C. Retenção placentária por acretismo

D. Inversão uterina

69 – Paciente, 52 anos, nuligesta, obesa, com menopausa há 5 anos em uso de terapia hormonal desde então, procurou a Unidade Básica de Saúde devido a sangramento vaginal em pequena quantidade, esporádico, com início havia 2 meses. O exame físico ginecológico não revelou alterações. A ultrassonografia pélvica evidenciou endométrio de 16 mm (referência menor ou igual a 5 mm para pacientes sem uso de terapia hormonal). Qual é o próximo exame a ser realizado para estabelecer o diagnóstico?

A. Antígeno carcinoembrionário (CA 125) B. Exame histológico de esfregaço endocervical C. Tomografia computadorizada de pelve D. Biópsia endometrial

70 – Paciente quartigesta, 24 anos, com três filhos vivos, duas cesáreas anteriores, chega em Pronto Atendimento para cesárea com 40 semanas de gestação. Paciente e marido manifestam o desejo de laqueadura tubária no momento da admissão hospitalar. Qual é a conduta mais adequada?

A. Encaminhar para laqueadura 60 dias após parto, com consentimento livre e esclarecido assinado pelo casal.

B. Realizar a laqueadura durante a cesárea, após consentimento livre e esclarecido assinado pelo casal, devido a cesáreas sucessivas anteriores.

C. Realizar a laqueadura durante a cesárea, após consentimento do casal e relatório assinado por dois médicos com atestado de risco de vida em gestações futuras.

D. Oferecer aconselhamento contraceptivo multidisciplinar e contraindicar esterilização precoce, já que a idade da paciente é inferior a 25 anos.

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71 – Mulher, 56 anos, última menstruação há 3 anos, comparece numa Unidade Básica de Saúde da Família com queixa de secura vaginal, diminuição da libido e incontinência urinária aos esforços havia 6 meses. Há referência de trombose venosa profunda após cirurgia para correção de fratura de fêmur. Ao exame físico observam-se: PA=149/89 mmHg; IMC=30 kg/m2. Não se verificaram alterações nas dosagens séricas do colesterol total e frações. Última mamografia realizada há 1 ano não mostrou alterações. Qual é a melhor opção de tratamento para a paciente?

A. Lubrificante vaginal e propionato de testosterona injetável. B. Dehidroepiandrosterona transdérmica, se níveis séricos diminuídos. C. Terapia hormonal combinada com estrógeno e progesterona. D. Estrógeno vaginal e modificações do estilo de vida.

72 – Primigesta, 18 anos, com 9 semanas de gestação comparece à Unidade Básica de Saúde da Famíl ia para consulta de pré-natal de rot ina. Está assintomática no momento da consulta. Dentre os exames de rastreamento de primeiro trimestre de gestação, observa-se VDRL com titulação de 1:4. Qual é a conduta mais adequada para a paciente?

A. Prescrever o tratamento com penicilina benzatina. B. Repetir o VDRL em 2 semanas para confirmar o diagnóstico. C. Solicitar o FTA-Abs, porque o resultado pode ser falso-positivo. D. Repetir o VDRL entre a 24ª e 28ª semana de gravidez.

73 – Gestante, 41 semanas, secundigesta, recusou a indução do parto por desejar parto natural. Ao toque vaginal, apresenta colo com 2 cm de dilatação. Como deverá ser realizada a avaliação da vitalidade fetal?

A. Dopplervelocimetria e perfil biofísico fetal duas vezes por semana. B. Amnioscopia e ultrassonografia obstétrica duas vezes por semana. C. Cardiotocografia e perfil biofísico fetal duas vezes por semana. D. Cardiotocografia e dopplervelocimetria duas vezes por semana.

74 – Primigesta, 16 anos, idade gestacional de 35 semanas, chega ao Pronto-Socorro apresentando cefaleia com escotomas e epigastralgia. Apresenta-se com aumento inédito dos níveis pressóricos (PA = 150/100 mmHg), BCF = 140 bpm e ausência de edemas. Em reavaliação após 4 horas, mantém queixa de cefaleia com escotomas e epigastralgia, PA = 150/110 mmHg e BCF = 144 bcf/min. Exames laboratoriais evidenciam relação proteína/creatinina na urina = 0,6 mg/dL, hemoglobina = 12 g/dL, plaquetas = 110 mil/mm3 e transaminases hepáticas e creatinina sérica sem alterações. Qual é o diagnóstico e a conduta para a paciente?

A. Hipertensão gestacional, anti-hipertensivo oral, parto no termo. B. Pré-eclâmpsia leve, anti-hipertensivo, indução do parto. C. Síndrome HELLP, betametosona, cesárea. D. Pré-eclâmpsia grave, sulfato de magnésio, indução do parto.

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75 – Paciente, 35 anos, com amenorreia havia 11 meses, em investigação

laboratorial, apresenta-se com os seguintes resultados dos exames

laboratoriais: FSH= 40U/L; Estradiol= 30pg/mL, TSH= 3,5mU/L e beta HCG

negativo. Os exames foram repetidos em intervalo de 45 dias, com confirmação

dos resultados.

Qual é principal hipótese diagnóstica?

A. Amenorreia hipotalâmica.

B. Menopausa.

C. Falência Ovariana Prematura.

D. Pseudociese.

76 – Paciente, 16 anos, procura atendimento médico com queixa de acne e

crescimento de pelos na face e no abdome desde a menarca. Interrompeu uso

de anticoncepcional oral há 6 meses e, desde então, vem apresentando ganho

ponderal e irregularidade menstrual com oligomenorreia. O exame físico

revelou IMC (Índice de Massa Corpórea) de 29kg/m2, acne moderada e

hirsutismo, sem outras alterações.

Quais exames complementares são essenciais para a investigação

diagnóstica?

A. Ultrassonografia pélvica, beta HCG, testosterona livre.

B. TSH, prolactina, 17-hidroxiprogesterona.

C. FSH, estradiol e sulfato de dehidroepiandrosterona.

D. Ressonância magnética e cortisol urinário.

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77 – Paciente secundigesta, parto normal anterior, internada na sala de pré-parto há 10 horas, conforme registro no partograma que se segue:

Qual é o diagnóstico e a conduta mais adequada para a paciente?

A. Parada secundária da descida, indicar amniotomia. B. Desproporção cefalopélvica, indicar cesárea. C. Período expulsivo prolongado, indicar vácuo-extração. D. Parada secundária da dilatação, aumentar ocitocina.

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78 – Paciente, 26 anos, nuligesta, realizou citologia oncótica de rotina com laudo de lesão intraepitelial de alto grau (HSIL). Encaminhada para centro de referência, onde realizou colposcopia. A colposcopia foi insatisfatória (junção escamo colunar não visível), mas a biópsia da área suspeita revelou NIC III. Após excisão, a peça cirúrgica mostrou margens comprometidas por NIC I. Como deverá ser realizado o seguimento da paciente?

A. Citologia e colposcopia semestrais por dois anos. B. Conização por alta frequência em seis meses. C. Citologia e colposcopia anuais por cinco anos. D. Citologia e colposcopia semestrais por um ano.

79 – Primigesta com 35 semanas de gestação, vítima de acidente automobilístico, é admitida no Pronto Atendimento com dor abdominal de forte intensidade, contínua, sangramento vaginal moderado, sem perda de líquidos. Iniciou com contrações há 3 horas. Ao exame físico: pressão arterial = 100/70 mmHg e FC = 110 bpm. O útero apresenta-se hipertônico e uma quantidade moderada de sangue escurecido é percebida no introito vaginal. A dinâmica uterina revela duas contrações em 10 minutos. O colo uterino apresenta dilatação de 2 cm. Os batimentos cardíacos fetais estão entre 170 a 180 bpm. Qual é o diagnóstico mais provável e a conduta para a paciente?

A. Descolamento placentário, cesárea. B. Vasa prévia, indução do parto. C. Trabalho de parto, ocitocina. D. Placenta prévia, cesárea.

80 – Adolescente, 17 anos, é admitida no Pronto Atendimento com quadro de dor hipogástrica de forte intensidade, acompanhada de febre havia 2 dias. Última menstruação há 7 dias. Ela relata relações sexuais esporádicas, com uso irregular de preservativo. Ao exame físico: PA = 110/72mmHg, FC = 72, temperatura axilar = 38,5ºC, descompressão brusca positiva e dor à mobilização de colo uterino e anexos. Qual é o diagnóstico mais provável e tratamento mais adequado para a paciente?

A. Gravidez ectópica, laparoscopia. B. Doença inflamatória pélvica, antibioticoterapia. C. Abscesso tubo-ovariano, laparotomia. D. Gravidez ectópica rota, laparotomia.

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81 – Em um paciente sendo submetido a gastrectomia subtotal associada a linfadenectomia D2, para tratamento de câncer gástrico, qual dos vasos abaixo não deve ser ligado?

A. Artéria gástrica esquerda. B. Artéria gástrica direita. C. Artéria gastroepiploica direita. D. Vasos gástricos curtos.

82 – Durante uma derivação biliodigestiva colédoco-duodenal, o cirurgião solicita um fio absorvível, multifilamentar, sintético, com agulha adequada para uso gastrointestinal. A circulante pergunta para você, que está auxiliando o procedimento, se pode abrir o fio representado na figura abaixo:

Você responde:

A. Não, porque se trata de um fio de origem animal. B. Não, porque se trata de fio com agulha cortante. C. Não, porque se trata de fio sintético inabsorvível. D. Não, porque se trata de fio monofilamentar.

83 – Paciente masculino, 16 anos, é submetido a apendicectomia videolaparoscópica devido apendicite aguda não complicada. Recebeu alta no primeiro dia pós-operatório após evolução sem intercorrências. No sétimo dia pós-operatório, procura Unidade Básica de Saúde, na qual você trabalha, com queixa de hiperemia, dor e abaulamento da ferida pós-operatória, sem outras queixas. Qual a melhor conduta?

A. Antibioticoprofilaxia com cefalosporina de 1 geração. B. Antibioticoterapia com quinolona. C. Encaminhamento imediato para serviço terciário para provável

reabordagem cirúrgica. D. Abertura de ponto da ferida e lavagem diária com água e sabão.

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84 – Paciente masculino, 54 anos, procura ambulatório de cirurgia devido a abaulamento em região epigástrica havia 3 anos. Refere hipertensão artérial sistêmica em tratamento regular com losartana, prescrita por cardiologista. Nega cirurgias prévias. No momento, sem outras queixas. Ao exame físico, entretanto, seja em posição supina ou ortostática, não foi palpada alteração identificável em parede abdominal, muito devido ao peso aumentado do paciente (P = 106kg; Altura: 1,68m). Qual é o exame complementar mais adequado para diagnóstico?

A. Radiografia de abdome com clipes metálicos. B. Ultrassonografia de parede abdominal. C. Tomografia de abdome sem contraste. D. Videolaparoscopia diagnóstica.

85 – No pós-operatório de uma colectomia esquerda laparotômica, o médico residente do primeiro ano do Programa de Cirurgia Geral deve prescrever para o paciente um aporte máximo de quantas calorias nas 24 horas?

A. 100 Kcal B. 300 Kcal C. 800 Kcal D. 2000 Kcal

86 – Paciente masculino com 75 Kg, 33 anos, foi submetido a uma enterectomia com entero-entero-anastomose término-terminal primária, após trauma abdominal fechado. No quarto dia pós-operatório, evoluiu com distensão abdominal associada a discreta dor a palpação abdominal, mais acentuada em adjacências de ferida operatória. A radiografia de abdome revelou distensão difusa de alças abdominais, de delgado e cólon. Dados vitais sem anormalidades. Exames laboratoriais: Hemoglobina =: 10,9g/dL; Leucócitos = 12.500/mm3 (sem desvio à esquerda); Plaquetas: 339.000/mm3; proteína C reativa = 14,6mg/dL; ureia = 39mg/dL; creatinina = 1,1mg/dL; Na = 138mEq/L; K = 2,8mEq/L. Foi feita a hipótese diagnóstica de íleo secundário a hipopotassemia. Qual é o volume mínimo de KCl 15% que deverá ser prescrito para esse paciente, para adequada reposição eletrolítica?

A. 72 mL B. 80 mL C. 90 mL D. 144 mL

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Responda as questões de 87 e 88 com base no caso descrito abaixo. Uma mulher, 27 anos, é trazida ao Pronto Socorro pelos bombeiros após capotamento de carro há 1 hora. Foi admitida no serviço de saúde em prancha rígida, com colar cervical, consciente, orientada, muito ansiosa, chorosa e queixando de dor abdominal. Dados vitais: SatO2 = 99% com máscara facial de O2 a 12 L/min; frequência respiratória = 19 irpm; frequência cardíaca: 108 bpm; PA: 90/60 mmHg. Ao exame do abdome, observou-se dor a palpação profunda de hipogástrio, porém, com descompressão brusca do abdome indolor. 87 – Considerando o caso apresentado, o exame complementar mais adequado para avaliação abdominal seria:

A. Radiografia de abdome na posição em pé e deitada B. Lavado peritoneal diagnóstico C. FAST (Focused Assessment with Sonography in Trauma) D. Tomografia de abdome contrastada

88 – Com relação às condições hemodinâmicas da paciente, nesse momento, a melhor medida terapêutica seria:

A. Reposição volêmica balanceada com infusão máxima de 1000 mL de SF 0,9%.

B. Reposicão volêmica vigorosa com infusão inicial de 2000 mL de Ringer-Lactato.

C. Reposicão volêmica vigorosa com acionamento de protocolo de transfusão maciça.

D. Reposição volêmica balanceada com infusão imediata de sangue tipo-específico.

89 – Homem, 66 anos, afrodescendente, portador de Doença de Chagas, com disfagia progressiva (recentemente para alimentos pastosos) havia 18 meses. Relata ser hipertenso e está em tratamento irregular com hidroclorotiazida e enalapril. Foi colecistectomizado há 5 anos, por videolaparoscopia. Nega tabagismo e etilismo. Seu avô paterno faleceu em decorrência de câncer de pâncreas. Deve-se solicitar inicialmente:

A. RX baritado de esôfago, estômago e duodeno. B. Manometria esofágica com 8 canais. C. Endoscopia digestiva alta. D. Tomografia computadorizada de tórax com contraste oral iodado.

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90 – Mulher, 37 anos, branca, relata que, há 30 dias, iniciou quadro de icterícia, associada a cólicas recorrentes em andar superior de abdome. Nega comorbidades. Duas cesáreas prévias. Exames laboratoriais: Hemoglobina = 12,1g/dL; leucócitos = 8.500/mm3 (bastonetes-6%, segmentados-80%, linfócitos-10%, monócitos-3%); plaquetas = 345.000mm3; proteína C reativa = 10mg/dL; aspartato aminotransfefrase = 54U/L; alanina aminotransferase = 40U/L; gama-GT = 445U/L; fosfatase alcalina = 388U/L; bilirrubina total = 7,5mg/dL; bilirrubina direta = 6,6mg/dL; amilase = 88U/L; ureia = 38mg/dL; creatinina = 0,8mg/dL; Na = 136mEq/L; K = 4,1mEq/L. Ultrassonografia revela colecistopatia calculosa crônica com imagens compatíveis com coledocolitíase e dilatação de vias biliares extra-hepáticas. Ao exame físico: BEG; corada; hidratada; icterícia 3+/4+; afebril, eupneica; estável e normal hemodinamicamente; abdome com discreta dor à palpação profunda de hipocôndrio direito. Qual o exame complementar mais indicado para o planejamento terapêutico?

A. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica. B. Colangiorressonância. C. Colangiografia percutânea. D. Colangiotomografia.

91 – Em uma Unidade Básica de Saúde, você recebe um paciente que traz uma colonoscopia solicitada para investigação de um exame positivo de sangue oculto fecal. A paciente, uma mulher de 58 anos, encontra-se bastante apreensiva, pois sua mãe faleceu de câncer de reto. O laudo da colonoscopia indica: “Colonoscopia completa até íleo terminal. Doença hemorroidária não complicada. Em sigmoide, observado pólipo séssil com 0,5 cm. Realizada polipectomia”. Anatomopatológico da peça: Adenoma tubular, sem displasia. Qual a orientação mais adequada para ser dada a esse paciente?

A. Trata-se de lesão benigna já tratada. Ele deverá realizar nova colonoscopia em 1 ano.

B. Trata-se de lesão benigna com alto potencial de malignização. Ele deverá realizar nova colonoscopia em 30 dias.

C. Trata-se de lesão benigna com alto potencial de malignização. Ele deverá ser encaminhado para serviço de referência em cirurgia colorretal.

D. Trata-se de lesão benigna já tratada. Ele deverá realizar nova colonoscopia em 5 anos.

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92 – Paciente de 32 anos, sexo masculino, com dor durante esforço

evacuatório há cerca de 60 dias. Refere que está fazendo apenas “banhos

de assento”, sem melhora do quadro. Nega cirurgias prévias. Relata ter

constipação intestinal. Sem outras queixas.

À inspeção local é observada lesão linear com cerca de 3mm, rasa, com

bordas elevadas e fibróticas, dolorosa ao toque, em região médio-posterior do

ânus.

Qual o tratamento mais indicado para este caso?

A. Sutura da lesão com fio de Nylon 3-0

B. Esfincterotomia lateral interna e curetagem da lesão

C. Isossorbida tópica por 4 semanas

D. Hemorroidectomia aberta (Técnica de Milligan-Morgan)

93 – Paciente masculino, 28 anos, é admitido em Pronto Socorro, trazido por

terceiros, devido ferimento por arma branca em epigástrio, com cerca de 3 cm,

por onde se observa pequena exteriorização de epíplon. Encontra-se

consciente, agitado e com hálito etílico. Dados vitais: Sat.O2 =: 97% com

máscara facial de O2 a 12 L/min; FR = 24 irpm; FC = 92 bpm; PA = 140x90

mmHg.

A partir da descrição destes dados, a melhor conduta seria:

A. Exploração digital da lesão após antissepsia e anestesia local.

B. Realização de FAST (Focused Assessment with Sonography in Trauma)

na sala de emergência.

C. Solicitação de tomografia computadorizada de abdome contrastada.

D. Indicação de laparotomia exploradora.

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94 – Paciente, não identificado, sexo masculino, com idade aparente de cerca de 50 anos, foi trazido ao Pronto Socorro pelos bombeiros após ter sido encontrado caído no chão, gemente, em posição antálgica, nitidamente alcoolizado em via pública. Segundo as pessoas presentes no local, o paciente apresentou vários episódios de vômitos. Foi realizado RX de tórax, cuja imagem está apresentada a seguir:

Diante do caso apresentado, qual é a conduta mais adequada?

A. Antibioticoterapia com ceftriaxone e clindamicina B. Endoscopia digestiva alta C. Laparotomia exploradora D. Broncofibroscopia

95 – Uma mulher de 62 anos foi admitida em Pronto Socorro, trazida por familiares, com franca enterorragia e certa palidez cutaneomucosa. Negava dor abdominal. Fazia uso de aspirina e clopidogrel por ser portadora de Cardiopatia Isquêmica, já em seguimento com especialista. Dados vitais: Sat.O2 = 96% com cateter de O2 a 2L/min. FR: 18 irpm. FC: 96 bpm. PA: 120x70 mmHg. Qual é o primeiro exame complementar necessário para a investigação etiológica do quadro?

A. Arteriografia seletiva da artéria mesentérica superior B. Tomografia computadorizada de abdome contrastada C. Colonoscopia D. Endoscopia digestiva alta

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96 – Paciente, 63 anos, mulher, procura atendimento na Unidade Básica de Saúde da Família devido à presença de nódulo palpável em região de tireoide, com 1,2 cm de diâmetro em ultrassonografia cervical. Ela permanece eutireoidea. Qual é a melhor conduta?

A. Solicitar cintilografia tireoidiana B. Solicitar biópsia por aspiração com agulha fina C. Encaminhar para serviço de referência para iodoterapia D. Encaminhar para serviço de referência para lobectomia de tireoide.

97 – Paciente, 69 anos, mulher, afrodescendente, foi submetida à pancreatectomia corpo-caudal laparotômica por neoplasia há 13 dias, tendo recebido alta hospitalar no sexto dia pós-operatório. Procura atendimento em unidade secundária de pronto atendimento, em uma sexta-feira a noite, com queixa de dor em perna esquerda associada a edema exclusivo da mesma e febre não aferida havia 18 horas. Nesta unidade, nos finais de semana, só há disponibilidade de exames laboratoriais e radiografias simples. Considerando o provável diagnóstico, qual seria a melhor conduta?

A. Internação com sintomáticos até doppler de membros inferiores na segunda-feira.

B. Internação e solicitação de transferência urgente para serviço terciário. C. Internação com início de enoxaparina, 60mg, a cada 12 horas. D. Internação com início de warfarina, 5mg/dia.

98 – Uma criança, 8 dias de vida, é trazida ao Pronto Socorro com vômitos não biliosos, minutos após as mamadas, e, diminuição da eliminação de fezes. Ao exame físico, foi observada desidratação e massa palpável em epigástrio, com peristaltismo de luta visível em andar superior de abdome. Considerando os dados apresentados e a provável hipótese diagnóstica, a gasometria desta criança provavelmente revelará:

A. Acidose metabólica hipoclorêmica B. Alcalose metabólica hiperclorêmica C. Acidose metabólica hiperclorêmica D. Alcalose metabólica hipoclorêmica

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99 – Um homem, 35 anos, foi admitido devido a ferimento por arma de fogo em abdome e submetido à laparotomia exploradora, na qual foi identificada lesão entre corpo e cauda de pâncreas. Realizada drenagem ampla da região e lavagem da cavidade peritoneal. No sétimo dia de pós-operatório, o paciente evoluiu com febre (38,5C) e dor torácica ventilatório-dependente a esquerda. Ao exame físico: regular estado geral, descorado, acianótico, com murmúrio vesicular diminuído em base pulmonar esquerda, eupneico e estável hemodinamicamente. O abdome estava flácido e discretamente doloroso à palpação profunda, com descompressão brusca do abdome indolor. SatO2 = 95% com cateter de O2 a 2L/min. Foi realizado radiografia de tórax, cuja imagem está apresentada a seguir:

Foi então indicada a realização de tocacocentese diagnóstica, cuja análise do líquido pleural revelou aspecto: aspecto turvo; pH = 8; densidade = 1015; = desidrogenase lática (LDH) pleural: 1.463mg/dL; adenosina deaminase (ADA) = 6U/L; amilase = 1.821mg/dL; citologia: predominância de células polimorfonucleares; bacteriologia negativa; ausência de fungos e ausência de células malignas. Relações proteína pleural/proteína plasmática = 0,55 e LDH pleural/LDH plasmático = 7,0. Qual seria a melhor conduta?

A. Toracocentese de alívio B. Tocacostomia fechada em selo d’água C. Pleuroscopia videoassistida D. Pleurostomia

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100 – Paciente, 22 anos, mulher, é admitida em Pronto Socorro com quadro de forte dor em flanco esquerdo, em cólica, associada a náuseas, vômitos e febre aferida de 38,9ºC. Relata disúria e polaciúria havia 3 dias. Negava outras comorbidades e apresentava antecedente de duas cesáreas. A melhor conduta para essa paciente é:

A. Prescrição de sintomáticos, alta hospitalar e solicitação de Urina I + Urocultura para análise em Unidade Básica de Saúde (UBS), quando prontos.

B. Prescrição de sintomáticos e alta hospitalar com antibioticoterapia oral por 7 dias e reavaliação em UBS após tratamento.

C. Internação hospitalar para prescrição de sintomáticos e antibioticoterapia parenteral.

D. Internação hospitalar para passagem urgente de cateter duplo J sob anestesia.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA

COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA - 2018

RASCUNHO

Nome do Candidato: _____________________________________________ Nº Inscrição: ___________

001 A B C D 026 A B C D 051 A B C D 076 A B C D

002 A B C D 027 A B C D 052 A B C D 077 A B C D

003 A B C D 028 A B C D 053 A B C D 078 A B C D

004 A B C D 029 A B C D 054 A B C D 079 A B C D

005 A B C D 030 A B C D 055 A B C D 080 A B C D

006 A B C D 031 A B C D 056 A B C D 081 A B C D

007 A B C D 032 A B C D 057 A B C D 082 A B C D

008 A B C D 033 A B C D 058 A B C D 083 A B C D

009 A B C D 034 A B C D 059 A B C D 084 A B C D

010 A B C D 035 A B C D 060 A B C D 085 A B C D

011 A B C D 036 A B C D 061 A B C D 086 A B C D

012 A B C D 037 A B C D 062 A B C D 087 A B C D

013 A B C D 038 A B C D 063 A B C D 088 A B C D

014 A B C D 039 A B C D 064 A B C D 089 A B C D

015 A B C D 040 A B C D 065 A B C D 090 A B C D

016 A B C D 041 A B C D 066 A B C D 091 A B C D

017 A B C D 042 A B C D 067 A B C D 092 A B C D

018 A B C D 043 A B C D 068 A B C D 093 A B C D

019 A B C D 044 A B C D 069 A B C D 094 A B C D

020 A B C D 045 A B C D 070 A B C D 095 A B C D

021 A B C D 046 A B C D 071 A B C D 096 A B C D

022 A B C D 047 A B C D 072 A B C D 097 A B C D

023 A B C D 048 A B C D 073 A B C D 098 A B C D

024 A B C D 049 A B C D 074 A B C D 099 A B C D

025 A B C D 050 A B C D 075 A B C D 100 A B C D