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1 QUESTÕES PARA A PRIMEIRA AVALIAÇÃO - Carrara 1. Mostre, breve mente, q uais a s difere nças en tre as teo logia s da cria ção do AT e do NT, explicando em que consiste o “cristocentrismo” da criação. Como entender a afirmação do Símbolo Apostólico: “Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra”? Resposta:  No Antigo Testamento observamos que a compreensão de Deus é como o criador de todas as coisas na história israelita. Isso, quer dizer que, o criador, Deus, te m o po der sobre to da a na tu reza. Sendo qu e na hi st ór ia qu e de se nv ol ve a compreensão de Deus que intervém nela a favor do Povo israelita. A re-descoberta de Deus está na saída do Egito rumo a terra escolhida. Mas, é Deus que manifesta a sua escolha. Escolhe pa ra faze r a pa ss ag em (pás co a, pe ss ac h) da op ress ão pa ra a libertação. Essa experiência é a história viva, mas, é na Babilônia que o Povo judio faz a experiência de deserto e subsequentemente remonta às suas origens, “o gêneses da vida”. A criação remonta ao Deus que os livrou da opressão. O Deus criador é o Deus de todas as coisas, nosso Deus é o criador. E Israel interpretou que o Deus criou o mundo e todo o que nele pertence. Ou seja, Ele é o criador do Céu e da terra. E esse relato a encontramos em Genesis 1,1-2,4a, a “revelação da criação”.  No Novo Testamento encontramos em Cristo a fundamentação do mundo que és para Ele. Em 1 Cor 8,5-6, “  Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia  para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também”. Já em 1 Cor 1,11: tudo provêm de Deus como no AT, Deus criador é tudo o que faz permanecer no ser: 1Tm, 6,13 . “Diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus, que perante Pôncio Pilatos deu o testemunho da boa confissão, exorto-te”. Dá a vida a tudo pois é o ser e não o nada. Porque é a vida a tudo que estabelece no mundo. Assim, existe no mundo nossa cristologia. O Paulo, missionário vai dizer que Deus faz para cristo Cl 1,15-20 “ o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam  principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o pr in pi o, o pr imog ênito de nt re os mo rtos , pa ra qu e em tudo te nh a a  preeminência, porque aprouve a Deus que nele habitasse toda a plenitude, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus”. Assim o Pai é o princípio e o final de tudo. E cristo é mediador da criação. O mundo foi feito nele e em plenitude nele. Criador por Cristo, em Cristo, de Cristo e

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7/16/2019 Prova Carrara

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QUESTÕES PARA A PRIMEIRA AVALIAÇÃO - Carrara

1. Mostre, brevemente, quais as diferenças entre as teologias da criação do AT e doNT, explicando em que consiste o “cristocentrismo” da criação. Como entender aafirmação do Símbolo Apostólico: “Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do

céu e da terra”?

Resposta:

 No Antigo Testamento observamos que a compreensão de Deus é como ocriador de todas as coisas na história israelita. Isso, quer dizer que, o criador, Deus,tem o poder sobre toda a natureza. Sendo que na história que desenvolve a

compreensão de Deus que intervém nela a favor do Povo israelita. A re-descoberta deDeus está na saída do Egito rumo a terra escolhida. Mas, é Deus que manifesta a suaescolha. Escolhe para fazer a passagem (páscoa, pessach) da opressão para alibertação. Essa experiência é a história viva, mas, é na Babilônia que o Povo judio faza experiência de deserto e subsequentemente remonta às suas origens, “o gêneses davida”. A criação remonta ao Deus que os livrou da opressão. O Deus criador é o Deusde todas as coisas, nosso Deus é o criador. E Israel interpretou que o Deus criou omundo e todo o que nele pertence. Ou seja, Ele é o criador do Céu e da terra. E esserelato a encontramos em Genesis 1,1-2,4a, a “revelação da criação”.

 No Novo Testamento encontramos em Cristo a fundamentação do mundo queés para Ele. Em 1 Cor 8,5-6, “ Pois, ainda que haja também alguns que se chamem

deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia

 para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós

vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele

nós também”. Já em 1 Cor 1,11: tudo provêm de Deus como no AT, Deus criador étudo o que faz permanecer no ser: 1Tm, 6,13. “Diante de Deus, que todas as coisas

vivifica, e de Cristo Jesus, que perante Pôncio Pilatos deu o testemunho da boa

confissão, exorto-te”. Dá a vida a tudo pois é o ser e não o nada. Porque é a vida a

tudo que estabelece no mundo. Assim, existe no mundo nossa cristologia. O Paulo,missionário vai dizer que Deus faz para cristo Cl 1,15-20 “ o qual é imagem do Deus

invisível, o primogênito de toda a criação, porque nele foram criadas todas as coisas

nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam

 principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas

as coisas, e nele subsistem todas as coisas também ele é a cabeça do corpo, da igreja;

é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a

 preeminência, porque aprouve a Deus que nele habitasse toda a plenitude, e que,

havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse

consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão noscéus”. Assim o Pai é o princípio e o final de tudo. E cristo é mediador da criação. Omundo foi feito nele e em plenitude nele. Criador por Cristo, em Cristo, de Cristo e

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 para Cristo com a humanidade: O cristológico se torna pleno em sua cosmologia. Ouseja, a cristologia abraça a cosmologia. A nossa entologia é cristo. Ele é o fundamentodo universo e o mundo já era em Cristo antes de ser criado. Por isso, Deus cria noCristo. Como diz São João 1,1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com

 Deus, e o Verbo era Deus”. Só existe a graça no verbo, e o verbo se fez a própriagraça e habitou entre nós. Em Ef 1,3-14, temos a certeza que ele nos escolheu antes dafundação do mundo. Predestinou nos para sermos filhos de Cristo. Assim a unidadede origem é para Cristo. O início cósmico implica a escatologia salvifica (naconsumação desse universo em Cristo). O seu universo que esteve seu início Nele, tem

 Nele a sua plenitude. A unidade de origem é para cristo. A criação é cristoforme ecristocêntrica, portanto tem a forma de cristo e está centrada em cristo. O seu universoque esteve seu inicio tem nele sua plenitude. Tudo é por e para Cristo.

O cristocentrimo é a grande novidade da criação, cristo é o mediador dasalvação, a criação se dá n’Ele e passa Ele, ele é o cristoforme. Deus cria em vista dofilho, a criação é para encarnação. No AT Deus cria pela sua palavra, o povo percebeque Deus age na história eles têm consciência de ser escolhido, logo reconhecem aDeus como criador de tudo. No NT, Jesus é a palavra, ele está no início como criador,e é Ele mesmo também o fim, a escatologia. Cristo é o “fundamento contínuo da

 permanência no ser de tudo aquilo que existe”. Tudo o que existe fora de Deus nãoexistia antes de Ele criar, ele cria do nada, ex nihilo. Deus continua criando, pois acriação e de caráter dinâmico. Deus é a causa transcendental da criação, tudo foicriado por Ele, no Filho e para o Filho.

2. Muitos opõem fé e razão, como se a racionalidade científica se definisse como afaculdade dos conhecimentos empiricamente provados e fé se restringisse acrenças supersticiosas e sem comprovação racional. Fé e razão, no entanto, nãosão realidades irreconciliáveis. Mas como explicar a compatibilidade entre fé erazão?

Resposta: 2A ciência desconstrói a crença. A ciência positivista pensa que a fé e razãosão opostas e que esses lidam com campos semânticos diferentes. Isso se deve pelo

 pré-conceito positivista da ciência afirmando que a fé é arracional, não verificável eque contém evidência. Mas, ambas partem do mesmo pressuposto, a de responder “Qual é o fim último do ser humano?”.

A racionalidade cientifica está passeada em experiência do real, sendo essa nãoabsoluta em si. A racionalidade cientifica tem sempre alguma ideologia que a move. Aciência é incapaz de alcançar a totalidade do universo todo. Estamos aqui falando

enquanto do “enigma real”. A linguagem da ciência é inesgotável. A razão não predomina no ser humano. A verdade da ciência não única e também não é a última aser comprovada por ela mesma. Não é bom que o conhecimento cientifico se torna

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único, considerando válido o cientificismo. Mesmo que haja sempre a verdade última,o discurso cientifico não chega a totalidade do real. As questões que o ser humano faznão foram respondidas: de onde vimos? Para onde vamos? E para quê? O discursocientifico, não é totalizado em si. A palavra fé ilumina o mistério do mundo e anunciaa mensagem sobre o sentido da totalidade. A fé não acaba onde termina a ciência.Mas, pelo contrário, onde termina a ciência inicia a fé. As afirmações da fé não podecontradizer a experiência cientifica. A fé não precisa chocar com a ciência. A fé não sechoca com a racionalidade. Então elas são caminhos para entender as questõeshumanas, como diz Agostinho: crer para entender, e entender para crer.

 

3. A teologia da imagem tem uma fundamentação no AT. Em que sentido o ATafirma que o ser humano é criado à “imagem e semelhança” de Deus? Segundoos relatos da criação de Gênesis (Gn 2, 4b-25 e Gn 1, 26-2,4a) qual o lugar do serhumano na criação com relação aos outros seres vivos?

Respostas: 3 o homem é o delegado do criador para cuidar da sua criação. Adam seentende como a humanidade de Deus. O ser humano determina sobre a criação, nuncasobre o ser humano. Toda tentação contra a vida do outro, é atentado contra Deus. Oser humano defende o bem comum. A categoria de imagem refere-se a reciprocidade

de Deus. A cópia se refere-se ao original. E o ser humano está referido a Deus. Ohomem é o tu de Deus. Próprio Deus se refere-se ao homem no espelho de Deus. Só oser humano é criado, por isso copx Dei. O ser humano é a criatura de Deus. Eledepende absolutamente do criador. Como cópia depende do criador. O ser humano é ocoração da criação. E as demais criaturas são para ele, para o ser humano. Deus reina,mas o homem governa. O homem tem valor superior aos outros seres criados, ele éimagem e semelhança de Deus.

4. Para o AT, o ser humano é uma unidade psicossomática, cujas dimensões seresumem nos termos: nefes, basar e ruah. Como entender a antropologia do AT àluz desses termos? Quem é o ser humano para o AT?

Resposta:4 Tanto no antigo e no Novo Testamento, a concepção do homem é unitária,não se cai no dualismo da filosofia grega.

BASAR: O ser humano é a carne de qualquer ser vivo (Dn 22, 13). Designa o homem

inteiro (Sl 56, 5 12). O ser humano é a carne. Ele é o Basar e é parte deste mundocriado. Somos basar. Pertencemos no âmbito ontológico aos animais, mas o ser humano é superior em qualitativamente. Isso significa que o Homem pertence no

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mundo, e que esta numa relação de solidariedade com os outros seres vivos eespecialmente com os outros homens, ele é parte do mundo criado Toda carne, Basar,é feita do que é feita o mundo. A dimensão biológica o ser humano é carne, matéria.NEFES: é a noção central antropológica israelita. Originalmente significa órgão derespiração. É a dimensão vital do ser humano e dos animais. É o ser vivente dosanimais; Gn 12, 15; Lv 23, 30; Pr 8, 35- 36; Dt 17, 23; Ele é o espírito animado quefaz ser.. E aquilo que o distingui, o centro vital do ser humano individuo. Hojeusaríamos os termos personalidade, individualidade. É imanente ao ser humano,animada pelo seu próprio dinamismo. Será sua personalidade (Ex 33, 9) Quando israelse conhece e reconhece no Egito.

RHUAH: O ser humano está aberto ao transcendente (Gn 3,8). A palavra Rhuahsignifica, vento, brisa. Em Ex 10,13 significa respiração; Gn 41, 8; Gn 45, 27. A

comunicação desse espírito com Deus. Com o divino criador especifico. Sl 36,6. Otelo antropológico onde representa ao ser humano abertura com Deus. Is 11, 2. Ele éuma unidade psico-somática dinâmica e multidimensional. Todos esses termos diz dohomem todo em suas multidimensões. Animado por um mundo próprio. Em comumcom os seres vivos, ele é o ruah. Deus participa do ruah, destino salvifico. O homem éo único que foi criado para Deus. O ser humano também é finito. Em síntese, para oAntigo testamento o homem são essas dimensões em uma única unidade

 psicossomática, multidimensional.

5. O NT aprofunda a teologia da imagem do AT, afirmando que o homem é“imagem de Deus em Cristo”. Ao introduzir o elemento cristológico na criação,aprofunda a teologia da criação do AT. Como entender a criação do ser humano“em Cristo”?

Resposta: Toda a criação de fundamenta em cristo, se refere à imagem de Deus emCristo. A interpretação do homem é no AT, é o teológico cristológico. A teologia daimagem vai encontrar em Cristo seu pleno significado, porque a cristo é a imagem deDeus e nós somos a imagem de Cristo. Adão é a figura xto do que havia de ver. Adão

deformou a imagem do ser humano. Por isso, precisava de um novo Adão. 2Cor, 4,4. No NT Cristo é a imagem de Deus e Cl 1,5, ele é a imagem de Deus vivo. O ser humano é imagem da imagem, Cristo. Jesus não é a cópia do ser humano. Por isso, odestino do homem é ser imagem de Cristo (Rm, 8, 25-29). O ser humano é a imagem,mas ele tem que reproduzir a imagem. Só aquele ser igual a Deus, servo, semelhanteao homem. Não foi próprio homem que aniquilou. O que era igual a Deus se faz comohomem. Jamais o ser humano podia comparecer, houve um homem que é igual aDeus. Cristo é a imagem de Deus. O homem é a imagem de Cristo. No segundo pontoda questão o ser humano é a imagem e semelhança de Deus. Essa função da imagem

representa o imaginável, uma cópia que representa, o visir de Deus na criação.

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6. A antropologia paulina define o ser humano como psyché, pneûma, sôma e sarx .Que significam esses termos na antropologia para o apóstolo? Como avaliar atradução “alma” para o termo psyché ? Paulo utiliza um termo da filosofia gregana sua antropologia?

Resposta: 6

O que podemos é associar o termo grego  Psyché com o termo hebraico nefes, o principio vital de cada ser Rm 11,3; 2Cor 12,15. A palavra grega  Pneuma associacom a língua hebraica Ruah, porém no A.T muitas vezes nefes e ruah coincidem,

 porque o homem enquanto principio vital é aberto a transcendência, por isso em Paulo Pneuma pode ser Ruah ou nefes 1Cor 2,10 intencionalmente pelo espírito. Já a palavraSoma designa o homem inteiro, na sua totalidade, individualidade. O homem não tem

soma, mas é soma, não é parte nem necessariamente matéria. O termo grego Sarxassocia com a palavra hebraica Bazar, ou seja, o ser Humano em sua dimensão biológica, e em solidariedade como outros seres vivos. A natureza humana na esferadébil e frágil (dimensão finita). Rm 6,15; Em um segundo tem o significado moral,debilidade enquanto carne o ser humano declina ao pecado Rm 7,18; Rm 5,11. O ser humano vive na carne, mas a carne não é má em si mesma. Nossos corpos são iguais avós, Rm 6,13; Paulo faz uma oposição entre sarx, que seria a segundo a carne, e

 pnêuma, a vida segundo a graça. A Antropológica paulina concebe o homem umaunidade, diferente do dualismo grego. Quando ele utiliza psique e soma ele não esta

 pensando em duas partes do homem. Paulo não constrói uma antropologia a partir dafilosofia grega. A tradução de alma para o termo psyché é na realidade uma traduçãoque ajuda muito, pois pode gerar um certo dualismo, como bem conhecemos nafilosofia grega, precisamos nos centrar no termo alma segundo a concepção doshebreus. O homem não tem corpo e alma, mas ele é corpo e é alma. Paulo quer nosfalar não de dualismo, mas de uma dualidade. Uma unidade de força vital. A alma é o‘mínimo’ antropológico, é o que diz respeito à abertura do homem a Deus e aosoutros, é a dimensão ôntico transcendental.

7. Segundo o Concílio Vaticano II, o ser humano é alma e corpo, ao mesmo tempo.GS 14: “O homem é uno em corpo e alma” (corpore et anima unus). Comoentender o ser humano enquanto corpo e enquanto alma sem cair no dualismo dafilosofia grega, segundo o qual alma e corpo são duas unidade distintas do serhumano? A utilização hodierna pela antropologia é válida e se justifica? Quequeremos dizer quando dizemos “alma”?

Resposta: O corpo e a alma, para a filosofia grega, o homem a tem. O que sobrevive éalma. Em St. Agostingo a melhor parte é alma, ele não admite a pré-existência daalma. O humano não é só corpo e só alma. Ele concebe esse dualismo dinâmico. A

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alma é uma substância racional. O verbo se fez homem. No concílio de Vienne (1311-1313) prologou a unina forma corporis. E o concílio do Vaticano II afirma na Galdeset Spes 14: O homem é uno entre corpo e alma. A alma princípio da realidadehumano. O corpo é porção de matéria espiritualizada, animada. A alma anima o corpo.

 Não se pode falar em separar da mente. “A essência do espírito enquanto espírito pertence a sua corporeidade” (Rahner). O homem é corpo espiritual, espírito corpóreo.A matéria corpo é a manifestação empírica da alma, do espírito. O ser humano é umatotalidade uma que não se esgota na esfera biológica, na matéria. O homem não seesgota na matéria. Também não é só corpo e alma. Mas, ambos são idênticos. Ohomem nem é só corpo, mas alma. Não é corpo mais alma. Ele é todo inteiro e aomesmo tempo um outro. Mas alma corpo não são idênticos entre si. Que a pessoa éalma e psyché e pnêuma. O ser humano é próprio espírito e toca o corpo através daalma O E.S comunica a sua graça. E o espírito toca o corpo através da alma. Assim,

evitamos cair no dualismo grego (pois o homem é corpo e é alma) podemos dizer queenquanto é corpo é um ser no mundo, ser no tempo, ser sexuado, ser mortal eexpressão comunicativa do eu. Enquanto Alma ele: Transcende o mundo, o tempo e amorte.

8. Para alguns cientistas, a teoria da evolução provaria a inconsistência da ideia dacriação do universo e do homem por parte de Deus. O próprio Deus não existiria,por falta de provas empíricas. Seria, portanto, segundo Richard Dawkins, “umdelírio” desnecessário. Segundo o cientista, os organismos vivos têm umaprobabilidade mínima de surgir espontaneamente na natureza, o que gera atendência a atribuir a sua existência a um ser inteligente, o Criador, como umengenheiro que planeja e constrói um aparelho. Uma interpretação falsa, porquea ciência, por meio da seleção natural, explica o processo evolutivo. No entanto, ateologia que inicialmente rejeitou a teoria da evolução, hoje considera falso odilema evolução x criação. Explique em que sentido, do ponto de vista teológico,se revela falso o dilema evolução x criação. Como entender a criação do mundo edo homem por Deus?

Respostas:  Na Antropologia bíblica afirma que o ser humano é criado, criação. Naconcepção de Charles Darwin, as espécies surgiram de outras espécies. Porque a paleontologia confirma a teoria de Darwin e o detalhamento da evolução. Temosalguns vestígios em nosso corpo, como o dente sizo. Portanto na tese doevolucionismo é inaplicável na tese da origem da alma. A alma é a criação direta deDeus, Deus a criou. O corpo humano vem de uma matéria viva, anterior a ele mesmo.

 Na aceitação do corpo, o ser humano evolui como os outros seres. A evolução vem doser menos e vai para o ser mais. A Bíblia (criação) afirma que Deus criou o ser humano. A origem do homem levando em consideração a teoria da evolução. Acausalidade transcendente afirma que a criação é feita de uma causalidade imanente.

São respostas compatíveis às duas ciências sem opô-las. A alma foi criadadiretamente. O corpo e alma não existem um sem o outro. Rahner tentou elaborar uma

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resposta que nos parece convincentes: “Deus não é parte do muno, um fator darealidade do homem, Deus, não é fenomelogicamente. Mas, Deus atua no mundocomo causa transcendente do processo evolutivo do mundo”. Como fundamento domundo, Ele cria como causas segundas. A evolução do mundo na causaontologicamente sai do menos ser ao ser mais. Porque a causa divina estáatransformando, impulsionando as causas segundas. E assim, ele faz dentro das causassegundas. A causa transcendental é a criação, e a causa imanente a evolução.Portanto, o homem não é um mero número entre os outros seres. Porque ele é a pessoae se eleva acima da cadeia de espécies. Ele é querido por Deus. E o chama pelo nome.A teologia não nega o evolucionismo, mas vai além da ciência. Diz, que o ser humanoé tão único que ele foi criado do nada. E nunca houve outro igual a você. A alma é acriação transcedentcdealidade. Só Deus pode criar algo que pode ligar. O ser humanoem sua ôntico capaz de estar com Ele e ligado com Ele.