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Prova 2 – anestesio 1. pcte sexo masculino, 72 anos, 1,80 m, 78 kg, bom estado geral, exames laboratoriais normais. Cirurgia proposta = prostatectomia radical. A) classificação ASA: ASA 1 B) Jejum preconizado para a cirurgia proposta: 8 horas de jejum. Até 6 horas antes pode fazer uma refeição leve, e pode tomar até 400 ml de liquidos claros até 2 horas antes da cirurgia C) Anestesia indicada: anestesia geral, para permitir amplo acesso ao campo cirúrgico, menor estresse para o paciente, bom relaxamento da musculatura 2. Intubação oro-traqueal (IOT), naso-traqueal (INT) e à cega: IOT: A) Descreva a técnica: uso do laringoscópio (lamina reta ou curva) e de cânula de intubação. Montar e testar laringoscópio. Testar balonete da cânula. Com laringoscópio na mão E, entra pela boca do lado D, tirando a língua para a E. Buscar visualizar a epiglote. Se é laringoscópio de lamina reta, inserir a lamina por baixo da epiglote, e ergue-la. Se é laringoscópio de lamina curva, inserir a lamina acima da epiglote e fazer movimento de báscula, erguendo-a. Inserir a cânula de intubação. Retirar e dobrar o laringoscópio. Ventilar o paciente e observar o movimento torácico. Auscultar e confirmar a intubação. Insuflar o balonete. Fixar a cânula. B) Indicações: Apnéia. C) Contra-indicações e complicações: CI: paciente com tumor de boca, gengiva, faringe ou laringe, que impeça a passagem da cânula. Complicações: dor na orofaringe, trauma de boca, gengiva ou faringe, estenose provocada pela intubação, quebra de dente. INT: D) Descreva a técnica: uso da pinça de Maguill, do laringoscópio (lamina reta ou curva) e de cânula de

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Page 1: Prova 2

Prova 2 – anestesio

1. pcte sexo masculino, 72 anos, 1,80 m, 78 kg, bom estado geral, exames laboratoriais normais. Cirurgia proposta = prostatectomia radical.

A) classificação ASA: ASA 1B) Jejum preconizado para a cirurgia proposta: 8 horas de jejum. Até 6 horas antes

pode fazer uma refeição leve, e pode tomar até 400 ml de liquidos claros até 2 horas antes da cirurgia

C) Anestesia indicada: anestesia geral, para permitir amplo acesso ao campo cirúrgico, menor estresse para o paciente, bom relaxamento da musculatura

2. Intubação oro-traqueal (IOT), naso-traqueal (INT) e à cega:

IOT:A) Descreva a técnica: uso do laringoscópio (lamina reta ou curva) e de cânula de

intubação. Montar e testar laringoscópio. Testar balonete da cânula. Com laringoscópio na mão E, entra pela boca do lado D, tirando a língua para a E. Buscar visualizar a epiglote. Se é laringoscópio de lamina reta, inserir a lamina por baixo da epiglote, e ergue-la. Se é laringoscópio de lamina curva, inserir a lamina acima da epiglote e fazer movimento de báscula, erguendo-a. Inserir a cânula de intubação. Retirar e dobrar o laringoscópio. Ventilar o paciente e observar o movimento torácico. Auscultar e confirmar a intubação. Insuflar o balonete. Fixar a cânula.

B) Indicações: Apnéia.C) Contra-indicações e complicações: CI: paciente com tumor de boca, gengiva,

faringe ou laringe, que impeça a passagem da cânula. Complicações: dor na orofaringe, trauma de boca, gengiva ou faringe, estenose provocada pela intubação, quebra de dente.

INT:D) Descreva a técnica: uso da pinça de Maguill, do laringoscópio (lamina reta ou

curva) e de cânula de intubação. Montar e testar laringoscópio. Testar balonete da cânula. Inserir a cânula na narina (preferencialmente a D, porem, se houver obstrução ou dificuldade, pode ser a E), até atingir o assoalho da boca. Acoplar o ambu à cânula e ventilar, para retirar secreção que tiver acumulado na cânula. Com laringoscópio na mão E, entra pela boca do lado D, tirando a língua para a E. Buscar visualizar a epiglote. Se é laringoscópio de lamina reta, inserir a lamina por baixo da epiglote, e ergue-la. Se é laringoscópio de lamina curva, inserir a lamina acima da epiglote e fazer movimento de báscula, erguendo-a. Orientar a entrada da cânula de intubação com a pinça de Maguill. Retirar e dobrar o laringoscópio. Ventilar o paciente e observar o movimento torácico. Auscultar e confirmar a intubação. Insuflar o balonete. Fixar a cânula.

E) Indicações: Apnéia e cirurgias ou tumores de boca, que impedem a presença da cânula na boca. Cirurgias de cabeça e pescoço (pela melhor fixação da cânula)

F) Contra-indicações e complicações: CI: coagulopatias, TCE e PCR (esse método é demorado) Complicações: dor na naso e orofaringe, trauma na mucosa nasal e bucal, gengiva ou faringe, estenose provocada pela intubação, quebra de dente.

Intubação às cegas:

Page 2: Prova 2

G) Descreva a técnica: uso da cânula de intubação. Testar balonete da cânula. Paciente está respirando normamelte. Passar a cânula pela narina (preferencialmente a direita, se não tiver nenhuma obstrução), e seguir auscultando. Um grande ruído acontece quando a cânula atravessa a traquéia, e a partir desse momento a cânula está atravessando entre as cordas vocais. Insuflar o balonete. Fixar a cânula.

H) Indicações: paciente com necessidade de intubação eletiva, difícil de intubar ou ventilar (pescoço curto, retração no pescoço, bridas, obeso)

I) Contra-indicações e complicações: CI: coagulopatias, TCE e PCR (esse método é demorado), Complicações: dor na naso e orofaringe, trauma na mucosa nasal e bucal, gengiva ou faringe, estenose provocada pela intubação.

3. Critérios de alta em anestesia geral segundo a escala de Aldrete e Kroulik.É atribuída uma nota de 0 a 2 para cada um dos 5 critérios. Quando o paciente atinge somatória maior que 9, ele pode ter alta da RPA.

a) Consciênciaa. 2 = acordadob. 1 = acorda ao ser chamadoc. 0 = não acorda ao ser chamado

b) Atitudea. 2 = movimenta os 4 membrosb. 1 = movimenta 2 membrosc. 0 = não se movimenta

c) Circulaçãoa. 2 = PA 20% dos níveis pré-anestésicosb. 1 = PA 20-49% dos níveis pré-anestésicosc. 0 = PA 50% dos níveis pré-anestésicos

d) Respiraçãoa. 2 = Profunda, normalb. 1 = Dispnéiac. 0 = Apnéia

e) Sat. 02a. 2 = > 92% em ar ambienteb. 1 = > 90% com uso de O2c. 0 = < 90% com uso de O2

4. Contra indicações das drogas usadas em anestesia por via E.V. abaixo relacionadas:

A) Barbitúricos = asmaB) Ketamina = HAS, DACC) Propofol = hipersensibilidade aos componentes da emulsão, incapacidade de

manter as vias aéreas pérvias (p.e., tumor de laringe), hipotensão, insuficiência respiratória grave

D) Etomidato = gravidez, lactação, crianças menores de 10 anosE) Benzodiazepínicos = glaucoma, hiperplasia prostática, miastenia gravis,

insuficiência respiratória grave

5. Mecanismo de ação dos bloqueadores musculares despolarizantes e adespolarizantes.

Page 3: Prova 2

Adespolarizantes: O bloqueador compete com a acetilcolina para se ligar no receptor e, uma vez ligado, impede a ligação da acetilcolina e a despolarização da membrana.Despolatizante: Análogos da acetilcolina, se ligam nos receptores colinérgicos, de onde não se desligam (são degradados pela pseudocolinesterase plasmática apenas), promovendo uma primeira despolarização, e a mantendo despolarizada. Temos como efeito uma primeira contração, e depois o relaxamento.