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Novembro/2020 PROTOCOLO DE RETORNO DAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS PRESENCIAIS MACAÉ PREFEITURA MUNICIPAL

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Novembro/2020

PROTOCOLO DE RETORNODAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS PRESENCIAIS

MACAÉPREFEITURA MUNICIPAL

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Profª Ivânia Ribeiro

Não se pode começar a falar em protocolo sanitário ou plano de retomada às aulas sem antes registrar uma homenagem aos que faleceram durante a pandemia, em decorrência da Covid-19, bem como por outras enfermidades. A pandemia retirou de nós cidadãos de todas as camadas sociais e negou-nos também a possibilidade de fazer uma despedida simbólica, porém única e necessária a quem conviveu conosco.

Toda vida importa e deve ser vivida em plenitude e dignidade, mas a dignidade humana deve ser reverenciada também no momento derradeiro. E quando fomos impedidos de comparecer ao funeral de amigos e conhecidos, mais especificamente, dos profissionais da educação, ficou um vazio que potencializou a perda, a ausência, a saudade.

Morreu diretora de escola, morreu professor, morreu auxiliar de serviços escolares... E a gratidão foi apenas virtual. Aqui, queremos deixar um registro mais permanente da gratidão e do reconhecimento pelo trabalho dos colegas que não estarão mais fisicamente conosco.

HOMENAGEM

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O presente documento foi elaborado em regime de colaboração com a participação dos seguintes representantes institucionais e atores sociais: Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Educação, Ministério Público, Sindicatos, gestores das escolas públicas municipais e escolas particulares e pais de alunos, dando origem a um Grupo de Trabalho, cuja expectativa era compor diretrizes para um possível retorno das atividades, sejam as que correspondam ao ensino presencial ou ao ensino híbrido, do Sistema Municipal de Educação.

Para orientar e contribuir com a formulação deste trabalho, as informações e os dados contidos no documento foram consultados nos materiais a seguir:

> Manual sobre biossegurança para reabertura das escolas no contexto da Covid-19 Ministério da Saúde Fiocruz;

> Nota técnica nº 09 2020;

> NOTA TÉCNICA N.º 1/2020/PG-EBS/IOC-FIOCRUZ (versão 1, 31 de julho de 2020);

>EPSJV/FIOCRUZ: MANUAL SOBRE BIOSSEGURANÇA PARA REABERTURA DE ESCOLAS NO CONTEXTO DA COVID-19.13/7/2020 https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/manual_reabertura.pdf

>ENSP/FIOCRUZ: Documento sobre retorno às atividades escolares no Brasil em vigência da pandemia Covid-19 - 20/07/2020. http://www.ensp.fiocruz.br/portalensp/informe/site/arquivos/anexos/642e0df1e3a1ae36979cac098a1294ffe3b4716d.PDF;

>COVID-19 E REABERTURA DAS ESCOLAS Descrição da Evidência Científica Impactos Sobre a Pandemia, Sócio Econômicos e Educacionais;

>GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS DE RETORNO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA - Ministério da Educação;

>Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa,

APRESENTAÇÃO

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O Grupo de Trabalho formado para esta formulação teve sua origem marcada pela necessidade de diálogo e interação entre as instâncias da educação e da saúde, visando depurar e consolidar as orientações pertinentes à segurança sanitária de toda comunidade escolar quando ocorrer o retorno das aulas presenciais e/ou híbridas.

Os trabalhos do GT iniciaram no dia 12/08/2020, sendo realizados em encontros semanais, sempre às quintas-feiras, de modo a criar sinergia entre os atores envolvidos neste processo de elaboração de estratégias de enfrentamento a pandemia, naquilo que tange o retorno presencial das escolas de Macaé.

Quanto a metodologia adotada pelo grupo, a dinâmica dos encontros eram mantidas por meio de debates e proposições e tinham como norteador as seguintes diretrizes básicas:

> Decisão compartilhada;

> Decisão pautada em análise técnica;

> Retomada segura e processual;

> Análise permanente da situação epidemiológica/educacional;

> Clareza sobre possibilidade do movimento de suspensão e retorno.

"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão".

Paulo Freire

GRUPO DE TRABALHO

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Desde o final do ano de 2019, o mundo tem sofrido com a manifestação do novo coronavírus. Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde alertou para o início de uma pandemia ocasionada pela proliferação deste vírus. A partir de então, o Brasil enfrenta cotidianamente uma crise de saúde sem precedentes na história contemporânea. A crise mundial que se origina com a pandemia se agrava, pois, apesar dos esforços, ainda não existe produção em massa de vacinas contra o coronavírus, de tipo SARS-CoV-2, ou estudos que garantam o uso de medicamentos específicos para cura da Covid-19. Os efeitos sobre a vida humana têm sido devastadores, com milhões de vidas perdidas ao redor do globo.

Neste cenário, as dúvidas da população são grandes e os desafios daqueles que buscam o controle da pandemia e/ou cura da doença são inúmeros. Ademais, gerir uma crise de saúde como essa é tarefa que exige destreza e compromisso dos governantes para enfrentar os desafios que se apresentam diariamente. Para tanto, urge que se tomem decisões oportunas e pertinentes para restringir a proliferação do contágio e diminuir as perdas de vidas humanas.

É neste contexto que o município de Macaé tem se articulado para pensar em ações de combate e controle da pandemia que gerem impactos positivos na população. Assim, por meio de uma dinâmica de debates e proposições, o município tem envidado esforços para implementar ações que visam dirimir os níveis de contágio da doença.

Dentre estas ações está o amplo debate sobre as medidas de segurança sanitária para um possível retorno das aulas presenciais no município, considerando o controle necessário para garantir que as orientações do órgãos de saúde sejam respeitadas.

Ressalta-se, neste sentido, que em Macaé, as aulas presenciais nas escolas públicas e privadas foram suspensas em 16 de março de 2020, por meio do Decreto Municipal Nº 030/2020. Desde então, as Unidades Escolares permanecem com as aulas presenciais suspensas, entretanto, as escolas mantêm o oferecimento de atividades não presenciais e ações educacionais remotas.

Por fim, sabe-se que durante este momento de crise e mesmo após o controle da pandemia, em um contexto positivo para o retorno das aulas presenciais, muitas questões irão surgir, demandando novas ações de cuidado com alunos e funcionários, uma vez que estamos enfrentando situações que nunca imaginamos vivenciar. Portanto, o diálogo constante e o olhar atento devem permanecer ativos nas formulações de políticas para a saúde e a educação no município.

A EDUCAÇÃO EM MACAÉ NO CONTEXTO DA PANDEMIA

INTRODUÇÃO

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1. ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE SEGURANÇA SANITÁRIA

1.1 TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO (PARA COMUNIDADE ESCOLAR)

1.2 PRINCIPAIS INDICADORES SANITÁRIOS PARA RETOMADA DAS AULAS PRESENCIAIS

RISCO BAIXO RISCO MÉDIO RISCO ALTO

A l u n o s e p r o f e s s o r e s p a r t i c i p a m d e a u l a s , atividades e eventos somente virtuais.

T u r m a s p e q u e n a s , presenciais. Grupos de alunos ficam juntos e com o mesmo professor durante os dias de escola e os grupos não se misturam. Os alunos permanecem pelo menos um metro e meio de distância e não compartilham o b j e t o s ( p o r e x e m p l o , estruturas híbridas virtuais e presenciais, ou agendamento alternativo ou rotativo para acomodar turmas menores).

Aulas, atividades e eventos em tamanho real. Os alunos n ã o s e a f a s t a m , compartilham materiais ou suprimentos da sala de aula e se misturam entre aulas e atividades.

1.2.1. A transmissão da doença deve estar controlada: R < 1 por um período de pelo ideal 0,5menos sete dias;

1.2.2. O município deve ter disponibilidade de pelo menos 30% de UTI disponíveis;

1.2.3. Diminuição constante do número de hospitalizações e internações em UTI de casos confirmados e prováveis pelo menos nas últimas duas semanas;

1.2.4. Diminuição do número de mortes entre casos confirmados e prováveis pelo menos nas últimas três semanas;

1.2.5. O sistema de saúde deve estar pronto para detectar, testar, isolar e tratar pacientes e rastrear contatos.

ORIENTAÇÕES

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1.3 DIRETRIZES DE SEGURANÇA SANITÁRIA PARA ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA FÍSICA DAS ESCOLAS

1.3.1. Definir e/ou organizar área de isolamento no espaço escolar;

1.3.2. Sinalizar todas as áreas comuns com risco de contaminação da escola, como corrimão, maçaneta e botões de elevadores;

1.3.3. Realizar marcação de mão única em corredores para minimizar o tráfego frente a frente, quando for possível;

1.3.4. Organizar, preferencialmente, dupla entrada e saída no prédio escolar e escalonar horários de entrada e saída para trabalhadores e estudantes;

1.3.5. Organizar os espaços da escola com o uso de guias físicos, tais como marcação de fitas adesivas no piso, que evidenciem as necessidades de distanciamento;

1.3.6. Adaptar espaços mais amplos e arejados para serem usados como salas de aula;

1.3.7. Sempre que possível, recomenda-se aproveitar as áreas ao ar livre para a realização de atividades;

1.3.8. Instalar dispensers com álcool em gel 70% nas entradas, nas áreas de circulação e salas de aula;

1.3.9. Disponibilizar recipientes com álcool em gel 70% para a higienização das mãos na entrada, preferencialmente com acionamento por pedal ou automático ou definir um profissional para higienizar as mãos de todas as pessoas;

1.3.10. Sempre que possível, cada sala de aula deve ser ocupada pelo mesmo grupo de estudantes, mantidas as condições de distanciamento físico, de acordo com a dimensão e características da escola;

1.3.11. Marcar com fitas adesivas o piso das salas de aula, indicando posicionamento de mesas e cadeiras nesse espaçamento;

1.3.12. Dispor mesas e carteiras com a mesma orientação de distanciamento;

1.3.13. Implementar medidas de distanciamento de 1 a 2m em todos os espaços da escola;

1.3.14. Garantir o distanciamento de pelo menos 1,5m a 2m entre docente e estudantes no segundo segmento do Ensino Fundamental e Médio;

1.3.15. Realizar a limpeza e desinfecção das salas de aulas nos períodos em que os alunos estiverem em atividades externas;

1.3.16. Regulamentar o uso dos espaços de convivência, já que pátios e corredores são espaços de manutenção do distanciamento físico;

ORIENTAÇÕES

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1.3.17. Regulamentar o uso de laboratórios e salas de apoio de acordo com os critérios de distanciamento: devem ter lotação máxima reduzida e devem ser usados, exclusivamente, mediante agendamento prévio, com escala de horários e adequada limpeza e desinfecção entre os usos;

1.3.18. O serviço de consulta de livros na biblioteca deverá ser suspenso;

1.3.19. Instalar, sempre que possível, pias e lavabos em espaços abertos, reduzindo o fluxo de utilização de banheiros para esse fim;

1.3.20. Privilegiar uma renovação frequente do ar, mantendo janelas e portas abertas, mesmo que ar condicionado esteja ligado. Dar preferências ao uso de ventiladores direcionados para as janelas;

1.4 DIRETRIZES SANITÁRIAS PARA O MONITORAMENTO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DASPESSOAS

1.4.1. Recomendar que cada aluno leve sua garrafa com água e proibir o compartilhamento de copos;

1.4.2. Professores e alunos sem adornos e com os cabelos presos;

1.4.3. Realizar aferição da temperatura corporal, por meio de um termômetro digital infravermelho;

1.4.4. A escola deverá instruir seus trabalhadores e estudantes quanto ao uso correto da máscara;

1.4.5. Sobre a utilização de máscaras: crianças com 05 anos de idade ou menos, não devem ser obrigadas a sua utilização; para crianças entre 6 e 11 anos de idade, deve ser aplicado a abordagem baseada no risco de contaminação; crianças e adolescentes com 12 anos de idade ou mais devem seguir as diretrizes nacionais de máscaras para adulto;

1.4.6. As crianças não devem ter acesso à educação negada devido ao uso de máscaras ou à falta de máscara devido a poucos recursos ou indisponibilidade;

1.4.7. Recomenda-se a sua troca a cada 3h para máscaras de tecido e 4h as cirúrgicas, preferencialmente nos intervalos das refeições ou quando estiverem sujas ou molhadas;

1.4.8. Fornecer, excepcionalmente máscaras descartáveis para utilização em casos de ausência de posse de máscaras pessoais;

1.4.9. Definir equipe para acompanhamento e monitoramento permanente da situação de saúde da população escolar, sendo composta por profissionais da vigilância epidemiológica e educação;

ORIENTAÇÕES

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1.4.10. Criar um canal direto com a equipe da vigilância para esclarecimentos e atendimento imediato - Telefone: 2763-6332/ 99738-9620;

1.4.11. Seguir as orientações do Fluxo de Atendimento para alunos e trabalhadores no caso de suspeita da Covid19;

1.4.12. Orientar que trabalhadores e estudantes que estão com sinais e sintomas, doentes ou que tiveram contato direto com uma pessoa com Covid-19, a ficarem em casa;

1.4.13. Produzir adequada higienização e desinfecção de bebedouros e galões: ao manusear o galão, antes de colocá-lo no bebedouro, o manipulador deve higienizar as mãos, limpar a superfície externa do galão - lavá-la com água e sabão e higienizar com álcool 70%;

1.4.14. Adequar o quantitativo de funcionários de maneira a garantir as exigências sanitárias;

1.4.15. Proporcionar formação em serviço aos profissionais da Educação objetivando estratégias de cuidado e prevenção no exercício de suas funções;

1.4.16. Elaborar cartilhas para a comunidade escolar.

1.5 DIRETRIZES PARA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

1.5.1. Garantir que o distanciamento entre os profissionais dentro das instalações de produção/processamento seja de, pelo menos, 1metro;

1.5.2. Priorizar refeições dentro das salas;

1.5.3. Caso não seja possível realizar as refeições nas salas, deve-se reorganizar o layout das mesas e cadeiras do refeitório, permitindo distanciamento físico;

1.5.4. Instalar, quando possível, barreiras físicas sobre as mesas do refeitório, reduzindo o contato entre as pessoas;

1.5.5. Manter os mesmos grupos de atividades durante as refeições;

1.5.6. Instalar barreira física entre a área de distribuição e os alunos, de modo a evitar a emissão de gotículas de saliva por parte dos alunos sobre o alimento a ser servido;

1.5.7. Garantir o manuseio das bandejas e pratos ampliando os pontos de devolução dos mesmos;

1.5.8. Assegurar em toda a linha produtiva de alimentos a presença de instalações adequadas e convenientemente localizadas para a lavagem frequente das mãos. Essas instalações devem dispor de água e de produtos para esse procedimento - papel toalha não reciclado, sabonete líquido e, quando usado, álcool gel;

1.5.9. Orientar à comunidade escolar para que não compartilhe copos, talheres e demais utensílios de uso pessoal;

ORIENTAÇÕES

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1.5.10. Higienizar adequadamente os utensílios para a realização das refeições e embalá-los individualmente;

1.5.11. Assegurar que as cantinas escolares implantem os protocolos de distanciamento de pessoas e cuidados de higiene pessoal de manipuladores e dos alimentos comercializados de produção local ou embalados, segundo legislação própria para produção de alimentos - RDC ANVISA Nº 216/2013- e demais legislações que orientam procedimentos para o controle da pandemia Covid-19, indicadas nas referências desse Protocolo.

1.6 DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DOS BANHEIROS

1.7 DIRETRIZES PARA HIGIENIZAÇÃO E SANITIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

1.6.1. Proibir o uso dos banheiros para a higienização dos recipientes que armazenam alimentos;

1.6.2. Aplicar guias físicos, tais como fitas adesivas no piso, para a orientação do distanciamento físico nos halls de entrada;

1.6.3. Orientar a higienização do assento sanitário após o uso;

1.6.4. Orientar que a descarga seja acionada com a tampa do vaso sanitário fechada, pois estima-se que entre 40% e 60% das partículas virais conseguem alcançar até 1 metro de distância acima do vaso sanitário, após a emissão de jato de água;

1.6.5. Considerar que os banheiros são áreas de risco, portanto, a limpeza desses espaços deverá ser realizada várias vezes ao dia, menor intervalo de tempo possível quando dos períodos de maior uso.

1.7.1 Orientações gerais:

> Proceder à higiene das mãos;

> Manter distância de pelo menos 1 metro de outras pessoas;

> Utilizar máscaras de tecido;

> Não utilizar adornos (anéis, pulseiras, relógios, colares, piercing, brincos) durante o período de trabalho;

> Manter os cabelos presos e arrumados e unhas limpas, aparadas e sem esmalte. Os profissionais do sexo masculino devem manter os cabelos curtos e barba feita;

> O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser apropriado para a atividade a ser exercida. Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dispersão de microrganismos que são veiculados pelas partículas de pó. Utilizar a varredura úmida, que pode ser realizada com mops ou rodo e panos de limpeza de pisos;

> Para a limpeza de pisos, deve-se dar preferência às técnicas de varredura úmida. O produto recomendado é hipoclorito de sódio a 1% e para a limpeza de superfícies, o produto recomendando é o álcool a 70%;

ORIENTAÇÕES

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> O sucesso das atividades de limpeza e desinfecção de superfícies depende da garantia e disponibilização de panos ou cabeleiras alvejados e limpeza das soluções dos baldes, bem como de todos os equipamentos de trabalho;

> Os panos de limpeza de piso e panos de mobília devem ser preferencialmente encaminhados à lavanderia para processamento ou lavados manualmente ao final do trabalho;

> Todos os equipamentos deverão ser limpos a cada término da jornada de trabalho. Utilizar placas sinalizadoras e manter os materiais organizados, a fim de evitar acidentes e poluição visual;

> A limpeza das superfícies deverá ocorrer sempre que houver sujidade e conforme rotina estabelecida (sugere-se ao final de cada turno de aula);

> Utilizar calçados profissionais: fechados (inclusive no calcanhar e dorso dos pés), impermeáveis e com sola antiderrapante.

1.8 DIRETRIZES PARA CONDUTA EM CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS

1.8.1. Definição de casos suspeitos:

I. Pessoa da comunidade escolar com os seguintes sinais e sintomas: febre, tosse, coriza e congestão nasal em indivíduos sem sintomas alérgicos recorrentes, dispneia (falta de ar), anosmia (perda do olfato), ageusia (perda do paladar), mancha na pele, diarreia, vômitos;

II. Pessoa da comunidade escolar que teve contato próximo com caso suspeito ou confirmado de infecção por Covid-19, nos 2 dias antes a 10 dias depois do início dos sintomas.

1.8.2. Será solicitado em agenda escolar diariamente que, quando da presença desses sintomas acima citados, não haja frequência escolar, permanecendo em seu domicílio.

ORIENTAÇÕES

11

1.8.3 Fluxograma com detecção de caso suspeito na entrada da escola:

A vigilância epidemiológica deverá ser acionada para avaliação dos contatos próximos no Centro de Acolhimento e Orientações ao Paciente.

ORIENTAÇÕES

PERSISTÊNCIA DOS

SINTOMAS APÓS

AFASTAMENTO

ESTABELECIDO

PRESENÇA DE SINAIS E SINTOMAS COVID‐19 NA

POPULAÇÃO ESCOLAR

AFASTAR POR 10 DIAS E ENCAMINHAR AO CENTRO DE TRIAGEM COVID‐19 PARA REALIZAR

RT‐PCR, CRIANÇA ACOMPANHADA (RESPONSÁVEL LEGAL OU FUNCIONÁRIO DA ESCOLA)

RT‐PCR NEGATIVO

RT‐PCR POSITIVO

RETORNAR PARA ESCOLA APÓS 10 DIAS DO INÍCIO DOS SINTOMAS, DESDE

QUE AFEBRIL NAS ÚLTIMAS 24 HORAS E COM MELHORA DOS SINTOMAS

PERMANECER AFASTADO ATÉ

COMPLETAR 20 DIAS

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1.8.4. Fluxograma de caso suspeito com início dos sintomas durante a frequência escolar:

Os contatos do caso suspeito deverão ser afastados e acompanhados pela Vigilância Epidemiológica para definição da investigação e do retorno escolar.

ORIENTAÇÕES

PRESENÇA DE SINAIS E SINTOMAS COVID‐19 NA

POPULAÇÃO ESCOLAR

ENCAMINHAR PARA SALA DE ISOLAMENTO E COMUNICAR O SETOR DE

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PARA AVALIAÇÃO DOS CONTATOS

AFASTAR POR 10 DIAS E ENCAMINHAR AO CENTRO DE TRIAGEM COVID‐

19 PARA REALIZAR RT‐PCR

RT‐PCR NEGATIVO

RT‐PCR POSITIVO

RETORNAR PARA ESCOLA APÓS 10 DIAS DO INÍCIO DOS SINTOMAS, DESDE

QUE AFEBRIL NAS ÚLTIMAS 24 HORAS E COM MELHORA DOS SINTOMAS

PERSISTÊNCIA DOS

SINTOMAS APÓS

AFASTAMENTO

ESTABELECIDO

PERMANECER AFASTADO ATÉ

COMPLETAR 20 DIAS

13

1.8.5. Fluxograma para contato próximo a um caso suspeito ou confirmado com Covid-19:

ORIENTAÇÕES

IJ

CONTATO PRÓXIMO A UM CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO NOS 2

DIAS ANTES A 10 DIAS DEPOIS DA DATA DO INÍCIO DOS SINTOMAS

AFASTAR DA ESCOLA E

ENCAMINHAR AO CENTRO DE TRIAGEM DE COVID‐19 PARA AVALIAÇÃO

PERMANECE

ASSINTOMÁTICO?

RETORNAR APÓS 14 DIAS

DESDE O ÚLTIMO CONTATO

SEGUIR FLUXOGRAMA DOS

SINTOMÁTICOS

1.8.6. Fluxograma para contatos assintomáticos com RT-PCR positivo:

SIM NÃO

SIM NÃO

ASSINTOMÁTICOS COM RT‐PCR POSITIVO

AFASTAR DA ESCOLA

PERMANECE

ASSINTOMÁTICO?

RETORNAR APÓS 10 DIAS

DA COLETA DO EXAME

POSITIVO

SEGUIR FLUXOGRAMA DOS

SINTOMÁTICOS

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2. ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA REDE PÚBLICA MUNICIPAL

2.1. QUANTO A REORGANIZAÇÃO DO ANO LETIVO 2020 E 2021 (Em análise pelo Conselho Municipal de Educação) 2.2. QUANTO ÀS AÇÕES DE ACOLHIMENTO NO RETORNO DAS AULAS PRESENCIAL

"Se a máscara no rosto esconderá o sorriso e possíveis feições de alegria e compaixão, os olhos dos educadores terão de ser mais expressivos e comunicativos. Se os abraços precisarão ser evitados, o diálogo necessitará ser ainda mais potente."

Vanessa Fajardo

ORIENTAÇÕES

2.2.1. AÇÕES GERAIS

2.2.1.1. Realizar formação com os servidores sobre as medidas sanitárias, antes do período de retorno às aulas;

2.2.1.2. Orientar estudantes, profissionais da educação e funcionários quanto as medidas de prevenção, antes do retorno às aulas;

2.2.1.3. Realizar ações permanentes de sensibilização sobre as medidas sanitárias para toda a comunidade escolar;

2.2.1.4. Preparar ambiente acolhedor para a recepção da comunidade escolar.

2.2.2. AÇÕES COM OS FUNCIONÁRIOS

2.2.2.1. Roda de Conversa sobre suas expectativas pessoais e profissionais.

I. Como se vê e como vê o outro nesse momento de pandemia?II. Como se sente hoje...III. Como pode cuidar da sua saúde e da saúde dos seus colegas?

2.2.2.2. Apresentação e discussão do protocolo de retorno das aulas presenciais e o quanto seu trabalho vai contribuir para um espaço saudável de socialização, destacando o bem do coletivo.

2.2.3. AÇÕES COM OS ALUNOS E AS FAMÍLIAS

2.2.3.1. Escuta empática: promover momentos onde os alunos possam expressar suas emoções; pode ser uma atividade artística, corporal, jogos...

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2.2.3.2. Socialização de experiências: considerações de aspectos positivos (o que aprendeu, vivenciou, produziu);

2.2.3.3. Atividades conjuntas que oportunizem refletir sobre seu papel social (escolhas individuais interferem na coletividade);

2.2.3.4. Como posso cuidar da minha saúde e da saúde dos meus colegas?

2.3. QUANTO À GESTÃO DE PESSOAL

2.3.1. Suprir as Unidades Escolares com quantitativo de servidores para cumprimento das exigências sanitárias para precaução da Covid-19;

2.3.2. Rever lotacionograma estabelecido no Caderno de Orientações Administrativas / SEMAEB - COA), para atendimento as unidades escolares;

2.3.3. Fazer levantamento de servidores respaldados por decretos para afastamento das atividades laborais;

ORIENTAÇÕES

2.3.4. Ajustar quantitativo de servidores em labor para garantia do funcionamento das unidades escolares;

2.3.5. Solicitar contratação de servidores para suprir carência emergencial;

2.3.6. Intensificar ações de informação aos gestores das unidades escolares;

2.3.7. Fomentar o cumprimento de regras estabelecidas para cuidado e precaução da Covid-19;

2.3.8. Estabelecer junto aos gestores escolares, em consonância com os decretos vigentes e demais documentos em vigor, regras para o exercício das diversas funções no ambiente escolar;

2.3.9. Implementar em parceria com órgãos responsáveis, formação em serviço dos servidores, no que se refere cuidados e precauções com a Covid-19;

2.3.10. Buscar parceria com (setores) órgãos competentes para criação de uma plataforma midiática para execução da formação.

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2.4. QUANTO Á ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

2.4.1. Implementação de pontos de higienização;

2.4.2. Adequação e manutenção dos banheiros e lavatórios;

2.4.3. Manutenção de janelas e portas visando a ventilação dos espaços;

2.4.4. Reorganização dos espaços escolares visando o cumprimento do protocolo.

2.5. QUANTO AO ATENDIMENTO AO PÚBLICO

2.5.1. Atendimento ao público com agendamento prévio e/ou cronograma de atendimento.

2.6. QUANTO À ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

2.6.1. Assegurar que as unidades escolares adotem todas as medidas sanitárias e de saúde orientadas nas DIRETRIZES PARA A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR;

2.6.2. Assegurar que a empresa terceirizada contratada para o fornecimento de alimentação escolar apresente Plano de Ação para os procedimentos higiênico sanitários no recebimento, armazenamento, produção e distribuição dos alimentos que compõem as refeições para os alunos, segundo as legislações sanitárias vigentes e as recomendações oficiais para o controle da Covid-19;

2.6.3. Garantir que em unidades escolares que tenham CANTINA em funcionamento, estas se adequem ao que foi requisitado no item 10 das Diretrizes para a Alimentação Escolar e que tenham um funcionário designado para recebimento de pagamento dos pedidos;

2.6.4. Assegurar que o aluno não leve lanche ou alimentos de casa para o ambiente escolar;

ORIENTAÇÕES

2.6.5. Priorizar que as refeições sejam realizadas em sala de aula; que poderão, a critério do gestor escolar, serem realizadas também no refeitório das unidades escolares;

2.6.6. Manter os horários das refeições, segundo seu tipo e turno, nos horários estabelecidos pela Coordenadoria de Nutrição Escolar;

2.6.7. Disponibilizar os bebedouros apenas para encher garrafas e copos, isolando a parte que normalmente é usada para beber água diretamente no equipamento. É necessária higienização constante desses equipamentos;

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2.6.8. Para a alimentação na sala de aula, os seguintes cuidados devem ser seguidos:

2.6.8.1. Higienizar as mesas antes das refeições com álcool 70% líquido;

2.6.8.2. Realizar a lavagem das mãos com sabonete líquido, papel toalha descartável não reciclado e/ou higienizar as mãos com álcool gel 70%, seguindo as recomendações específicas;

2.6.8.3. Refeição e o complemento já empratado / porcionado, deverão ser protegidos de possível contaminação durante todo o trajeto da cozinha até a sala de aula;

2.6.8.4. Os utensílios (garfo, colher) previamente higienizados com solução de água clorada a 200-250 ppm ou álcool 70% líquido, deverão ser oferecidos individualmente ao aluno no momento da refeição, protegidos de possível contaminação;

2.6.8.5. Os alunos só devem retirar a máscara no momento de se alimentar, fazer o armazenamento da máscara usada em saco plástico para futura higienização ou descarte adequado, higienizar as mãos com álcool 70% em gel, realizar a refeição, e após a realização da mesma, higienizar as mãos com álcool 70% em gel e colocar uma máscara limpa;

2.6.8.6. Recolher pratos e utensílios após as refeições para a cozinha para o devido descarte de restos e limpeza / higienização dos utensílios (a empresa prestadora de serviços de alimentação organizará o procedimento de recebimento e destinação dos resíduos alimentares).

2.6.9. Para a alimentação nos refeitórios, além das DIRETRIZES PARA A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, os seguintes cuidados devem ser seguidos:

2.6.9.1. Todos os usuários deverão usar máscara, manter os cuidados de higiene e distanciamento físico, necessários durante a permanência no refeitório;

2.6.9.2. Disponibilizar álcool 70% em gel para higiene das mãos para o acesso ao refeitório, antes e após o manuseio das máscaras, para os alunos, professores e funcionários necessários no momento da distribuição das refeições;

2.6.9.3. Alterar a disposição de mesas e cadeiras para garantir o distanciamento mínimo preconizado (1 m) e reduzir o número de pessoas por mesa, com espaço de uma cadeira vazia para cada cadeira ocupada, colocando orientações visíveis e marcações;

2.6.9.4. Limpar as superfícies de mesas e cadeiras com álcool 70% liquido após o uso por aluno;

2.6.10. Lavar pisos do refeitório com sanitizante a base de cloro, após cada período de refeição; utilizar apenas os produtos de limpeza e desinfecção devidamente aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de acordo com as instruções do rótulo;

2.6.11. Disponibilizar lixeira com tampa por acionamento de pedal na entrada do refeitório para descarte de máscaras, se houver;

ORIENTAÇÕES

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2.6.12. Os talheres deverão ser fornecidos individualmente a cada aluno no momento da refeição, depositado em seu prato. Após a refeição, os pratos e talheres deverão ser depositados pelo aluno, em recipiente próprio, indicado pela empresa, para seguir a limpeza e desinfecção;

2.6.13. Após o recebimento da refeição, o aluno deverá sentar-se à mesa respeitando a sinalização de distanciamento indicada;

2.6.14. O aluno não poderá compartilhar canecas, garrafas, talheres ou refeição, deverá utilizar a sua própria garrafa de água;

2.6.15. O descarte de possíveis restos alimentares e devolução dos utensílios usados na refeição deverão ser realizados em lugar indicado;

2.6.16. Higienizar as mãos com álcool 70% em gel na saída do refeitório;

2.6.17. Se durante o manuseio da máscara, esta cair no chão, deverá ser substituída.

2.7. QUANTO AO TRANSPORTE ESCOLAR

2.7.1. Usar máscara, de acordo com as orientações deste Protocolo;

2.7.2. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienizar as mãos;

2.7.3. Utilizar os braços em casos de tosse e espirros, para proteger as outras pessoas;

2.7.4. Deixar as janelas do transporte abertas, quando possível;

2.7.5. Acomodar-se intercalando um assento ocupado e um livre;

2.7.6. Higienizar as mãos com álcool em gel 70% antes, durante e após o percurso;

2.7.7. Fazer a higienização das mãos, assim que entrar na escola;

2.7.8. Fazer a higienização das mãos, assim que entrar em casa no retorno da escola.

ORIENTAÇÕES

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2.8. QUANTO À EDUCAÇÃO INFANTIL

Para garantir as especificidades do desenvolvimento da criança nesta etapa, faz-se necessário compreender a Educação Infantil nos moldes da Lei 9394/96, que em seu Art. 29 afirma que:

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996, p. 11).

Este desenvolvimento integral se afirma no conceito de criança insculpido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI). Portanto, a criança, diante da legislação vigente, é constituída como

[...] sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009, p.01).

Neste sentido, para que seja alcançado o desenvolvimento integral da criança é fundamental que o currículo na Educação Infantil seja capaz de validar o que preconiza as DCNEI, ou seja, o currículo deve se constituir como:

Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Essa articulação entre experiências e saberes das crianças com os conhecimentos previamente constituídos pela humanidade no trajeto histórico deve ser assimilado como processo educativo, ou seja, o desenvolvimento da criança a partir dessa articulação é ato contínuo.

Assim, as questões pedagógicas da Educação Infantil que se apresentam diante do cenário de pandemia e suspensão das aulas presenciais, devem ter por finalidade ratificar o entendimento acerca da importância de garantir a qualidade no processo educativo, e para isso, é imprescindível que os eixos estruturantes da Educação Infantil, definidos nas DCNEI, bem

Entretanto, cabe esclarecer que, ainda que exista a obrigatoriedade de oferta de creche (de zero a três anos de idade), a obrigatoriedade de matrícula é para a pré-escola (quatro e cinco anos de idade). Ademais, importante frisar, que a frequência mínima de 60% para a pré-escola, prevista no Art. 31 da Lei 9394/96, não é pré-requisito para a criança continuar avançando na Educação Infantil ou ingressar no Ensino Fundamental.

Neste sentido, as crianças da Educação Infantil continuarão o processo educativo em 2021 diante da seguinte organização:

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I. Escolas de horário integral funcionarão em horário parcial. As turmas serão distribuídas em: 1º turno das 7h30 às 11h30 e 2º turno das 12h30 às 16h30;

II. Escolas de horário parcial funcionarão com as crianças matriculadas em 2020, sendo possível a disponibilização de vagas após a reorganização das turmas;

Plano A: as turmas deverão ser reorganizadas em todas as salas de aula, com redução do número de crianças;

Plano B: escalonamento semanal de atendimento;

III. As turmas deverão ser atendidas com o menor número de profissionais possível;

IV. As vagas deverão ser informadas pelos diretores escolares após organização das turmas e confirmação de matrículas efetivas;

V. O objetivo é que as crianças da Educação Infantil sejam atendidas diariamente, em grupos menores, se possível, sem o escalonamento semanal. Porém, esta organização vai depender do levantamento de pessoal que a Superintendência Administrativa está realizando (em outubro/2020) e o entendimento da próxima gestão.

Devem ser observados os seguintes aspectos:

I. Respeito quanto à não obrigatoriedade do uso da máscara;

II. Uso de máscara transparente e face shield pelos profissionais;

III. Disponibilizar álcool líquido como alternativa ao álcool em gel considerando a resistência que alguns alunos podem ter à textura desse último;

IV. Permanência nas salas de aula assim como os demais alunos;

V. Confecção de material informativo diferenciado para os alunos da educação especial, considerando suas especificidades.

2.9. QUANTO AO ENSINO FUNDAMENTAL, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E ENSINO MÉDIO

2.9.1. Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, nº 9394/96, em especial o artigo 23 em seu parágrafo segundo, que o calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previstas nesta lei, apresentamos para os estudantes do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, no ano de 2021, as seguintes orientações:

2.9.1.1. Adotar todas as medidas sanitárias e de saúde, como também as logísticas a seguir elencadas:

2.9.1.2. Levantamento por cada UE do efetivo grupo de trabalho para retorno às aulas presenciais;

ORIENTAÇÕES

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2.9.1.3. Redução dos agrupamentos, de modo a adequar o previsto no item 2 das diretrizes deste documento;

2.9.1.4. Oferta de semanas alternadas: com aulas presenciais e estudo remoto;

2.9.1.5. Permanência de um professor com o mesmo grupo / turma semanalmente, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para evitar trocas e atender aos itens referentes à limpeza, higienização e alimentação;

2.9.1.6. A carga horária diária/semanal de estudos deverá corresponder ao previsto no Regimento Escolar da Rede Municipal de Ensino de Macaé;

2.9.1.7. As Unidades Escolares com funcionamento em horário integral deverão seguir as mesmas orientações da Educação Infantil;

2.9.1.8.Em caso de retorno gradual dos estudantes:

2.9.1.8.1. 1º grupo: Todas as turmas regulares do Ensino Médio, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, EJA - Etapas V e IX, Fase 3 e Correção de Fluxo Nível IV;

2.9.1.8.2. 2º grupo: Turmas de 1º e 2º anos de escolaridade (Alfabetização), 6º ano do Ensino Fundamental, Correção de Fluxo Nível I e todas as demais Etapas e Fases da EJA;

2.9.1.8.3. 3º grupo: Turmas de 3º, 4º, 7º, 8º anos e Correção de Fluxo Níveis II e III.

As autoridades nacionais de todo o mundo estão se vendo na temerosa tarefa de tomar decisões difíceis e incertas ao considerar a necessidade de reabertura das escolas e a retomada gradual das aulas presenciais. É preciso considerar o que traz a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, no Decreto nº 6.949 e o artigo 10 parágrafo único da Lei nº 13.146/2015 Lei Brasileira de Inclusão, onde as pessoas com deficiência são consideradas vulneráveis em caso de emergência ou calamidade, cabendo ao Poder Público adotar medidas para a segurança e proteção.

Considerando a vulnerabilidade apontada nos documentos acima mencionados e preservando a garantia do Direito à Educação sem qualquer prejuízo em razão de discriminação, as orientações gerais direcionadas aos diversos níveis de ensino presente neste documento também se aplicam às especificidades dos estudantes da Educação Especial, uma vez que esta perpassa todas as etapas e modalidades de ensino.

De acordo com o guia de implementação de protocolos de retorno das atividades presenciais nas escolas de educação básica, o Ministério da Educação diz em relação à atenção aos alunos com deficiências:

O retorno dos estudantes com deficiência deve ser cuidadosamente planejado assim como o dos demais membros da comunidade escolar. Em geral, esses estudantes necessitam de contato próximo com terceiros e com objetos especializados de uso diário, assim como demandam maior atenção dos profissionais da educação em todas as medidas já citadas.

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Devido à complexidade dos casos, recomenda-se às famílias e aos profissionais da saúde que indiquem às escolas alguma recomendação diferenciada entre aquelas que já foram estabelecidas pelo Ministério da Saúde em virtude de alguma necessidade específica de cada um desses estudantes, a pertinência ou não do uso de máscara e a escolha dos profissionais mais adequados para acompanhá-los na escola. Sempre que possível e seguro, recomenda-se que as crianças ou jovens com deficiência voltem às aulas juntamente com os demais estudantes.

Algumas recomendações, no entanto, devem ser consideradas:

I. Envolver as famílias na preparação de retorno e especialmente fornecer-lhes informações qualificadas sobre como se dará esse processo, a fim detalhar as medidas de segurança e normas de convívio para o novo normal, que deverá ser seguido pelos alunos e familiares quando necessitarem adentrar ao espaço escolar;

II. Capacitar os profissionais de apoio ao estudante com deficiência em relação as especificidades dos cuidados com esses estudantes;

III. Providenciar máscaras transparentes para os alunos com deficiência auditiva, a fim de garantir a leitura labial e a efetiva comunicação por linguagem de sinais, aplicando regra análoga aos intérpretes de Língua de sinais e a outros profissionais que interagem com esses estudantes;

IV. Dispensar o uso de máscara por indivíduos com problemas respiratórios ou incapazes de removê-la sem assistência;

V. Sensibilizar a comunidade escolar sobre a necessidade de flexibilizar o uso de máscaras para os alunos com deficiência ou transtorno do espectro do autismo, que poderão ser dispensados do uso das mesmas, dando ênfase às medidas de higiene e distanciamento

VI. Prover apoio aos estudantes com deficiência na execução das medidas de higiene pessoal e de desinfecção de seus equipamentos e instrumentos: cadeiras de rodas, próteses, regletes, punções, bengalas, óculos, cadeiras higiênicas, implantes, próteses auditivas e corporais, entre outro;

VII. Orientar os estudantes que fazem uso de cadeiras de rodas e constantemente tocam essas rodas a lavar as mãos com bastante frequência, além de poderem optar por usar luvas descartáveis e ter sempre álcool em gel à disposição ou mesmo usar lenços umedecidos antissépticos;

VIII. Autorizar o acompanhamento por cuidador ou outro profissional de apoio, desde que este não apresente nenhum sintoma de Covid-19 e siga rigorosamente as medidas de segurança implementadas pela instituição escolar para os demais profissionais da instituição;

IX. Espalhar pelas paredes da escola quadros de avisos e informativos visuais, mostrando como deve ser os cuidados com a higiene, inclusive no refeitório, ensinando regras de etiquetas para proteção do alimento no prato, lembrando que ao tossir ou espirrar devem cobrir a boca com os cotovelos;

ORIENTAÇÕES ESPECIAIS

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X. Garantir aos alunos com deficiência e que se enquadram no grupo de alto-risco para a Covid-19, o acesso às aulas e as tarefas de acordo com o Plano Educacional Individualizado estabelecido para o mesmo e da forma como a equipe gestora em conjunto com a família e demais profissionais decidirem para melhor atender as necessidades do aluno, lhes oferecendo ainda material didático acessível em caso de necessidade;

XI. Orientar pais e responsáveis sobre a importância de se manter o aluno em casa mediante a sintomas de gripe, febre ou qualquer outro sintoma da doença;

XII. Todos os cuidados devem ser redobrados quando se trata de alunos com deficiência visual e baixa visão, pois, ao se utilizar do tato para a percepção e reconhecimento do meio coloca sua saúde em risco, necessitando da conscientização de todos a sua volta que devem demonstrar o cuidado de desinfectar todo material que lhe será ofertado, manter suas mãos constantemente higienizadas, além de ajudá-lo a manter-se dentro do distanciamento social considerado seguro;

XIII. Ao ajudar uma pessoa cega, utilize máscara e higienize as mãos antes de levar a mão sobre os ombros dela para conduzi-la, não esquecendo de ajudá-lo sempre na desinfecção de sua bengala;

XIV. Os alunos com deficiência intelectual podem apresentar dificuldades em compreender as regras de higiene e a importância dos cuidados com a saúde, precisando do auxílio de um profissional para melhor orientá-lo quanto a higienização das mãos e no afastamento social;

XV. Conscientização da comunidade escolar no trato com os alunos especiais;

XVI. Disponibilizar o uso do álcool líquido para esses alunos, pois alguns podem ter dificuldade em usar álcool em gel devido a textura.

A comunidade escolar foi surpreendida por novas demandas neste afastamento devido à pandemia pela Covid-19. E o desafio da construção de um espaço de crescimento, formal e informal, simultaneamente comum a todos, mas atendendo às diferenças, deverá envolver toda a comunidade educativa com uma ação de acolhimento entre os pares no momento pós pandemia.

A relação escola e família é de suma importância, pois a família como espaço de orientação, da identidade de um indivíduo deve promover juntamente com a escola uma parceria, a fim de contribuir no desenvolvimento integral do educando NEE.

A importância da equipe gestora, em dinamizar e motivar a sua equipe para um trabalho cooperativo de qualidade, com aplicação de estratégias diferenciadas que promovam uma escola inclusiva favorecendo efetivamente a inclusão dos alunos com NEE.

É de suma importância que o retorno ao espaço escolar pós pandemia favoreça uma participação de todos os atores deste contexto, que gere o compromisso da família com a aprendizagem e o sucesso escolar desses alunos. Com o objetivo de manter a participação da escola com a inserção curricular da família e da comunidade, para que, assim, com essa parceria, possamos assegurar, em última instância, o pleno cumprimento da função social da escola.

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