protocolo de reprocessamento de produtos mÉdicos …

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INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA- FACULDADE INESP CCIH CURSOS PARA CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO THÂMARA MICAELLA CAMPOS LIMA JACÓ PROTOCOLO DE REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS MÉDICOS DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA HOSPITAL SÃO FRANCISCO E SÃO VICENTE, ESPLANADA-BA. SALVADOR 2012

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INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR E PESQUISA-

FACULDADE INESP

CCIH – CURSOS PARA CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO

THÂMARA MICAELLA CAMPOS LIMA JACÓ

PROTOCOLO DE REPROCESSAMENTO DE

PRODUTOS MÉDICOS DA CENTRAL DE MATERIAL E

ESTERILIZAÇÃO DA SANTA CASA DE

MISERICÓRDIA – HOSPITAL SÃO FRANCISCO E SÃO

VICENTE, ESPLANADA-BA.

SALVADOR

2012

1

THAMARA MICAELLA CAMPOS LIMA JACÓ

PROTOCOLO DE REPROCESSAMENTO DE

PRODUTOS MÉDICOS DA CENTRAL DE MATERIAL E

ESTERILIZAÇÃO DA SANTA CASA DE

MISERICÓRDIA – HOSPITAL SÃO FRANCISCO E SÃO

VICENTE, ESPLANADA-BA.

Trabalho apresentado ao Instituto Nacional de

Ensino e Pesquisa (INESP) como pré-requisito

para obtenção de certificado de conclusão de

curso de Pós – Graduação MBA em Gestão de

Saúde e Controle de Infecção.

Orientador: Antônio Tadeu Fernandes

SALVADOR

2012

2

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia aos meus pais, Mara e Jacó

e meu irmão Brenno, pelo apoio nos momentos

difíceis e por me mostrarem que por mais que o

caminho esteja difícil e doloroso, devo prosseguir,

pois lá na frente quando esse caminho já estiver no

final, olharei para trás e me sentirei vitoriosa. À

Hebert que esteve ao meu lado, me ajudou e

entendeu meus momentos de ausência por motivos

profissionais e estudo. Ao meu Eros, que me fez

companhia, alegrando-me com suas travessuras. Ao

meu amigo Victor por todo apoio e força que

emanou e a querida Irmã Irene pela oportunidade e

apoio no trabalho desenvolvido na instituição.

3

“Não há virtude, rigorosamente falando, sem vitória sobre

nós próprios, e nada vale o que nada nos custa.”

Chico Xavier

4

A DEUS por ter me mostrado esta oportunidade e força para trilhar este caminho.

À família Campelo pelo apoio e acolhimento que me concedeu.

À tia Neide e Helder pelo acolhimento e ternura.

Aos funcionários da Santa Casa de Misericórdia- Hospital São Francisco e São Vicente de

Esplanada, em especial Cirene e Irmã Maria pelo apoio na construção deste trabalho.

Aos amigos do cotidiano, pela fraternal amizade.

5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10

1.1 Problema ........................................................................................................................ 12

1.2 Objetivos ........................................................................................................................ 12

1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 12

1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 12

1.3 Justificativa .................................................................................................................... 13

2. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 13

3. ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ........................................................................... 18

3.1Técnica de coleta de dados ............................................................................................. 19

4. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 19

4.1Atividades desenvolvida na CME .................................................................................. 19

4.2 Recursos humanos da CME ........................................................................................... 20

4.3 Descrições dos cargos .................................................................................................... 20

4.3.1 Enfermeiro .................................................................................................................. 20

4.3.1.1Atividades de coordenação da unidade .................................................................... 21

4.3.1.2 Atividade técnico administrativo ............................................................................. 21

4.3.1.3 Atividade de administração de pessoal .................................................................... 22

4.3.2 Técnico de enfermagem.............................................................................................. 22

4.3.3 Auxiliar de enfermagem ............................................................................................. 22

4.3.3.1 Atividade técnico administrativa técnico de enfermagem / auxiliar de enfermagem

CME .................................................................................................................................... 22

4.3.4 Auxiliar administrativo ............................................................................................... 23

4.3.4.1 Atividades do auxiliar administrativo ..................................................................... 23

4.4 Dinâmicas do fluxo da CME ......................................................................................... 23

4.5 Critérios mínimos recomendados .................................................................................. 26

4.5.1 Classificação dos artigos segundo potencial de transmissão de infecção .................. 26

4.5.1.1 Artigos críticos ........................................................................................................ 26

4.5.1.2 Artigos semicríticos ................................................................................................. 26

4.5.1.3 Artigos não críticos .................................................................................................. 26

4.6 Reprocessamentos do produto médico .......................................................................... 27

ROT 01- ROTINA PARA QUALIDADE DA ÁGUA ...................................................27

ROT 02 – ROTINA PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS .............................................. 28

6

ROT 03 – ROTINA PARA MANEJO DO ARTIGO SUJO NA UNIDADE

CONSUMIDORA ............................................................................................................... 31

ROT 04 – ROTINA DO EXPURGO .................................................................................. 33

ROT 05- ROTINA PARA LIMPEZA MANUAL .............................................................. 35

ROT 06 – ROTINA PARA LIMPEZA DE ARTIGOS DE ASSISTENCIA RESPIRATÓRIA

............................................................................................................................................. 38

ROT 07- ROTINA PARA LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS .................... 40

ROT 08 – ROTINA PARA LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS COM BATERIA ........... 42

ROT 09 – ROTINA PARA LIMPEZA DE ARTIGOS TUBULARES .............................. 44

ROT 10 – ROTINA PARA DESINFECÇÃO DE ARTIGOS DE ASSISTENCIA

RESPIRATÓRIA ................................................................................................................ 46

ROT 11 – ROTINA PARA PREPARO E EMPACOTAMENTO DE PRODUTOS ......... 48

ROT 12 – ROTINA PARA ESTERILIZAÇÃO DE PRODUTO MÉDICO .....................54

ROT 13 – ROTINA PARA RASTREABILIDADE DO PROCESSO .............................. 55

ROT 14 - ROTINA PARA MONITORAMENTO MECÂNICO DO PROCESSO DE

ESTERILIZAÇÃO .............................................................................................................. 56

ROT 15 - ROTINA PARA MONITORAMENTO FÍSICO DO PROCESSO DE

ESTERILIZAÇÃO .............................................................................................................. 58

ROT 16- ROTINA PARA MONITORAMENTO QUÍMICO DE ESTERILIZAÇÃO ..... .59

ROT 17- ROTINA PARA MONITORAMENTO BIOLÓGICO DO PROCESSO DE

ESTERILIZAÇÃO .............................................................................................................. 63

ROT 18- ROTINA PARA CONTROLE E DOCUMENTAÇÃO DOS PROCESSOS DE

ESTERILIZAÇÃO.........................................................................................................65

ROT 19 – ROTINA PARA MONTAGEM DA CARGA DA AUTOCLAVE..................67

ROT 20 – ROTINA PARA DESMONTAGEM DA CARGA DA AUTOCLAVE...........69

ROT 21 – ROTINA PARA ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOS

PARA A SAÚDE ESTERILIZADOS ................................................................................. 70

ROT 22 - ROTINA PARA TRANSPORTE DE MATERIAL ESTÉRIL OU DESINFETADO

............................................................................................................................................. 72

ROT 23 - ROTINA PARA LIMPEZA DIÁRIA DA AUTOCLAVE ................................ 73

ROT 24 – ROTINA PARA DESINFECÇÃO DA CME .................................................... 75

CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 77

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 78

GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 81

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Fluxograma unidirecional do CME ...................................................................... 24

Figura 2. Fluxograma dos artigos processados no CME ..................................................... 25

Figura 3. Técnica de Higienização das mãos ...................................................................... 30

Figura 4. Etiqueta de identificação de embalagem de produto médico ............................... 48

Figura 5. Técnica de embalagem tipo envelope.............................................................50

Figura 6. Exemplo de matriz de protocolo para seleção de embalagens de produtos para a

saúde a serem esterilizados .................................................................................................. 52

Figura 7. Esquema de manutenção preventiva dos equipamentos ...................................... 57

Figura 8. Esquema de manutenção corretiva dos medicamentos ........................................ 57

Figura 9. Esquema de recebimento de equipamentos após concerto .................................. 57

8

RESUMO

O presente estudo consiste na elaboração de uma proposta para o desenvolvimento um

Protocolo Organizacional destinado ao Reprocessamento de Produtos Médicos na Central de

Material e Esterilização - CME, voltado a atender as necessidades da Santa Casa de

Misericórdia - Hospital São Francisco e São Vicente do município de Esplanada - BA. O

interesse em desenvolver este estudo vem da inquietação sobre as rotinas desenvolvidas e da

necessidade de adequar e centralizar a CME do Hospital supracitado. O estudo visa elaborar

um Procedimento Operacional Padrão - POP, que garanta o desempenho e a segurança do

trabalho, sistematizando e normatizando as ações, validando seus artigos, em nível central.

Esta intervenção minimiza a ocorrência de desvios na execução de tarefas fundamentais para

a qualidade do processo, independente de quem as faça. Trata-se de um projeto de intervenção

desenvolvido a partir de um estudo bibliográfico, descritivo e de natureza qualitativa, onde se

procedeu à seleção do material, segundo a pertinência do tema em estudo, e sua articulação

com os objetivos dos mesmos. A relevância desde estudo está associada à perspectiva de

melhorar a qualidade da assistência prestada aos usuários e à coletividade, possibilitando um

adequado suporte às atividades dos profissionais, para uma assistência adequada e integral.

Os resultados do trabalho trazem como expectativa a contribuição para a reorganização do

serviço de reprocessamento de produtos médicos, estabelecimento dos fluxos, para agilizar e

qualificar a assistência, conferir direcionalidade, atualidade e adequação às ações cotidianas

da CME.

Descritores: Protocolo Organizacional, Central de Material e Esterilização, Administração

dos Serviços de Saúde.

9

ABSTRAT

The present study is to develop a proposal for developing an organizational protocol for the

Reprocessing of Medical Products in Central Supply and Sterilization - CME, aimed at

meeting the needs of the Holy House of Mercy - St. Francis Hospital and St. Vincent in the

city of esplanade - BA. The interest in developing this study comes from caring about the

routines developed and the need to adjust and center the CME's Hospital above. The study

aims to develop a Standard Operating Procedure - SOP, ensuring performance and safety,

systematizing and standardizing actions, validating his articles at the central level. This

intervention minimizes the occurrence of deviations in the implementation of key tasks for the

quality of the process, regardless of who makes them. This is an intervention project

developed from a bibliographical study, descriptive and qualitative in nature, where they

proceeded to the selection of material, according to the relevance of the topic in question, and

its articulation with the same goals. The relevance since the study is associated with the

prospect of improving the quality of care provided to users and the community, providing

adequate support to the activities of professional assistance for a proper and full. The results

of the work to bring forward to the contribution to the reorganization of the reprocessing of

medical products, establishment of flows, and qualify to expedite assistance, giving

directionality, timeliness and relevance to everyday actions of the CME.

Keywords: Organizational Protocol, Material and Sterilization Center, Health Services

Administration

10

INTRODUÇÃO

A Santa Casa de Misericórdia - Hospital São Francisco e São Vicente, fica localizado

no Centro da cidade de Esplanada- Bahia, onde iniciou suas atividades há 83 anos atrás. É

uma instituição particular, sem fins lucrativos com a finalidade de prestar atendimento

médico-hospitalar de baixa e média complexidade à população da cidade, sendo o único

Hospital existente na mesma. Atuando nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, pediatria,

obstetrícia e emergência.

Desde então as clínicas e centro cirúrgico vem passando por várias adequações com

ampliação de sua capacidade de atendimento, incluindo pacientes de toda região. Hoje, possui

69 leitos de internação hospitalar para atendimento de clínica médica, cirurgias eletivas de

médio e pequeno porte, atendimento pediátrico, atendimento obstétrico onde são realizados

partos normais e curetagem e mais 05 leitos de observação na emergência.

A Central de Material e Esterilização-CME da instituição encontra-se em processo de

centralização. Descentralizada, possui uma central para o centro cirúrgico e outra para os

demais setores do Hospital. Esse quadro acarreta em uma falta de padronização de técnica,

desperdício de produtos para higienização e processamento, falta de manutenção dos

equipamentos, custo dobrado para realização de monitoramento e validação do processo, falta

e dificuldade em especificar responsável pelo serviço e inexistência de uma educação

permanente.

O interesse em desenvolver este estudo vem da inquietação destas rotinas e a

necessidade de adequar e centralizar a CME do Hospital São Francisco e São Vicente. O

Estudo visa elaborar um Protocolo de Reprocessamento para a CME do Hospital, acarretando

na centralização do reprocessamento dos produtos médicos - processo de limpeza e

desinfecção ou esterilização que garanta o desempenho e a segurança.

A Resolução-RE Nº 2.606, de 11 de agosto de 2006 define o Protocolo de

Reprocessamento como sendo procedimentos necessários à realização do reprocessamento do

produto médico. Deve ser instituído por meio de um instrumento normativo interno do

estabelecimento e validado pela equipe por meio da execução de protocolo teste. O protocolo

11

teste é a descrição dos procedimentos necessários ao teste da metodologia proposta para o

reprocessamento do produto médico.

O objetivo de padronização as atividades da CME está na busca por diminuir o

número de itens no estoque, favorecer a aquisição de artigos, em grandes lotes, diminuir custo

na estocagem, evitar a diversidade de materiais na mesma aplicação, obter maior qualidade e

uniformidade de materiais, assim racionando custos e otimizando os recursos dos serviços

avaliados de acordo com o custo x benefício de equipamentos, pessoal e investimento na

estrutura física. A CME atenderá todas as clínicas, centro cirúrgico e emergência, obedecendo

a um Procedimento Operacional Padrão - POP.

Um procedimento operacional padrão - POP tem o objetivo de se padronizar e

minimizar a ocorrência de desvios na execução de tarefas fundamentais para a qualidade do

processo, independente de quem as faça. Ou seja, um procedimento coerente garante ao

usuário que a qualquer momento que ele se dirija ao Hospital, as ações tomadas garantam a

qualidade de seus artigos sejam as mesmas, de uma rodada para a outra, de um turno para

outro, de um dia para outro. Aumentando a previsibilidade de seus resultados, minimizando as

variações causadas por imperícia e adaptações aleatórias da metodologia, independente de

falta, ausência parcial ou férias de um funcionário.

Duarte (2005), cita ainda que o POP também tenha uma finalidade interna de ser um

ótimo instrumento para Gerência da Qualidade para praticar auditorias internas. Ou seja,

funcionários de um setor auditam outro setor e de posse de um POP do setor auditado o

auditor encontra subsídios técnicos para indagações e verificação de eficácia da metodologia,

assim como sua familiarização entre os auditados.

A proposta deste trabalho é sistematizar os POP da CME da Santa Casa de

Misericórdia de Esplanada, normatizando as ações, de forma centralizada, validando o

reprocessamento de seus artigos, em nível central, enfim uma reorganização do serviço.

De acordo com Duarte (2005), o Procedimento Operacional Padrão, seja técnico ou

gerencial, é a base para garantia da padronização de suas tarefas e assim garantirem a seus

usuários um serviço ou produto livre de variações indesejáveis na sua qualidade final.

Martins (2009), define a CME como uma área de serviços de saúde destinada ao

reprocessamento seguro de artigos de uso odonto-médico-hospitalares. Entendendo-se por

12

reprocessamento de artigos os serviços de enfermagem caracterizados por atividades que

exigem alta interdependência, para a efetividade de ações em série: receber os artigos sujos,

contaminados, proceder a limpeza, a secagem, o preparo, o empacotamento, a identificação, a

esterilização, a estocagem e a distribuição.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, 2001 considera que

nenhuma etapa é mais importante que a outra, pois a presença de sujidade, umidade,

condições insalubres de estocagem, entre outras particularidades, podem comprometer o

processo como um todo, impactando assim na confiança para o uso do artigo

processado/reprocessado, e, portanto, na biossegurança preconizada para o controle de

infecções.

1.1 Problema

Falta de padronização de técnicas para o reprocessamento de artigos médico-

hospitalares, na CME, da Santa Casa de Misericórdia-Hospital São Francisco e São Vicente

de Esplanada-BA.

1.2 Objetivo

1.2.1 Objetivo geral

Elaborar um Protocolo Organizacional de Reprocessamento para Central de Material

e Esterilização voltada a atender as necessidades da clínica médica, pediátrica, obstétrica,

centro cirúrgico e emergência visando à padronização de técnicas para o reprocessamento de

artigos usados pelas mesmas.

1.2.2 Objetivos Específicos

Análise e pré-seleção dos produtos a serem processados;

Elaboração de protocolo teste para cada marca e tipo de produto selecionado;

Avaliação dos resultados da aplicação do protocolo teste;

Elaboração do protocolo de reprocessamento.

13

1.3 Justificativa

Considerando o fato de que o Hospital, enquanto porta de entrada para atendimento

medico - hospitalar de baixa e média complexidade deve prestar atendimento integral,

preventivo e curativo a todos os indivíduos previdenciários ou não e que o mesmo têm sido

um dos serviços mais procurados pela população para sanar seus problemas de saúde, julgou-

se procedente realizar o presente trabalho para reparae o problema de saúde e do processo de

trabalho da CME da Santa Casa de Misericórdia - Hospital São Francisco e São Vicente do

município de Esplanada, prestando-se ao intuito de disponibilizar instrumento para a

normatização e institucionalização das principais atividades executadas, de acordo com as

normas vigentes, segundo ANVISA, atendendo a Resolução-RE Nº 2.606, de 11 de agosto de

2006 às necessidades da instituição, segundo sua demanda de serviço, oferecendo um serviço

de qualidade e livre de contaminação.

A penetração, desenvolvimento e/ou multiplicação de um agente infeccioso pode se

dar por diversas maneiras, sendo uma delas representada por artigos contaminados - os

fômites. Estes são constituídos por quaisquer artefatos que tenham recebido a carga infectante

e que possam transferi-la ao novo hospedeiro, quando por este utilizados. Alguns artigos ou

materiais hospitalares podem desempenhar um importante papel na veiculação desses agentes

quando não reprocessados adequadamente, como o proposto pelas normas da ANVISA.

As doenças causadas por infecção constituem um grave problema de saúde pública,

tanto pela sua abrangência como pelos elevados custos sociais e econômicos e continuam

sendo um desafio para a equipe responsável pela sua prevenção e controle.

A relevância desde estudo está associada à perspectiva de melhorar a qualidade da

assistência prestada aos usuários e à coletividade, através da possibilidade de uniformizar e de

padronizar as ações que possibilitam adequado suporte às atividades dos profissionais,

visando uma assistência qualificada e integral aos usuários.

2 REVISÃO DE LITERATURA

O Centro de Material caracteriza-se como uma unidade de apoio a todos os serviços

assistenciais e de diagnóstico que necessitem de artigos médico-hospitalares para prestação de

14

assistência aos seus clientes. Esta unidade é definida, pelo Ministério da Saúde (1999), como

“conjunto de elementos destinados à recepção e expurgo, preparo e esterilização, guarda e

distribuição do material para as unidades e estabelecimentos de saúde”.

Esse centro de material não existia no passado como unidade independente,

autônoma, embora com finalidades e objetivos claramente definidos. Tudo leva a crer que a

indefinição de áreas distintas para CME e a Unidade de Centro Cirúrgico - UCC e a não

separação das atividades realizadas em ambas as unidades tem um caráter histórico.

Até início do século XIX, as cirurgias eram feitas por “cirurgiões barbeiros” exercida

por homens que eram considerados com maior habilidade manual. Quando o tratamento

cirúrgico passou a ser inevitável e aos cirurgiões não restava outra opção se não tentar, por

meio de operações, livrar seus pacientes do sofrimento que lhes afligia, enfrentavam os três

grandes desafios da cirurgia que eram a dor, a hemorragia e a infecção. Estas operações eram

realizadas indistintamente, em qualquer local, como nos campos de batalha ou na casa dos

cirurgiões, sem nenhuma preocupação com as condições de assepsia.

À medida que a cirurgia foi se desenvolvendo, graças às descobertas dos

procedimentos anestésicos, da hemostasia e da assepsia cirúrgica, o acesso aos órgãos não era

mais possível ser realizado apenas com as mãos. Foram, então, sendo criados pelos cirurgiões

os instrumentos cirúrgicos que lhes permitiam um melhor acesso à área operatória e um

refinamento das manobras cirúrgicas, aumentando assim, consideravelmente, a quantidade e a

diversidade de materiais utilizados no ato cirúrgico.

Dessa forma, houve necessidades de contar com uma pessoa que se responsabilizasse

pelas tarefas de limpeza, conservação, acondicionamento, esterilização, guarda e controle dos

instrumentos e materiais utilizados nas operações, assim como uma área física onde essas

tarefas pudessem ser realizadas. Por sua vez, as salas de operação também são centralizadas,

com a finalidade de racionar a utilização de áreas do centro cirúrgico, como lavabos,

vestiários, laboratório, dentre outros, localizando-se junto a CME, de forma a garantir o

rápido acesso ao material esterilizado.

A diferenciação das atividades realizadas pelas CME e a unidade consumidora de

seus artigos associada ao intenso desenvolvimento tecnológico dos últimos anos e aos

15

avanços no conhecimento do campo da infecção hospitalar, proporcionaram a separação

dessas duas unidades.

A CME torna-se uma unidade hospitalar organizacional independente, que procura

atender igualmente todas as unidades consumidoras, mesmo aquelas com menor demanda de

materiais, até então um consumidor privilegiado.

Entretanto deve-se ressaltar que no cenário brasileiro, ainda se verifica com muita

freqüência, a CME agregada à unidade consumidora, sob responsabilidade de uma única

enfermeira, e até mesmo os trabalhadores de enfermagem atuando nas duas unidades. Este

fato é problemático, uma vez que o trabalho desenvolvido nessas unidades é bastante distinto

um do outro, ou seja, o processo de trabalho de enfermagem na CME em sua acepção geral -

objeto, instrumentos, finalidade - é diferenciada do processo de trabalho de enfermagem na

assistência da UCC.

A efetividade do processo de reprocessamento de material médico requer do pessoal

envolvido com esta atividade, conhecimento quanto às condições que interferem na ação dos

produtos químicos, à padronização do uso e às normas de aquisição dos mesmos. Ainda que

tais conhecimentos estejam bem definidos na literatura, na prática observa-se uma grande

divergência quanto à utilização dos princípios para eles estabelecidos.

A ANVISA, na RE Nº. 2.606, de 11 de agosto de 2006 dispõe sobre as diretrizes para

elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos e

dá outras providências. A mesma define, no Artigo 1ª, para efeitos da resolução:

Artigos Críticos: são artigos ou produtos utilizados em procedimentos invasivos com

penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepteliais, e sistema vascular,

incluindo também todos os artigos que estejam diretamente conectados com esses

sistemas. Pelo grande risco de transmissão, devem ser esterilizados.

Artigos Semi-Críticos: são artigos ou produtos que entram em contato com a pele não

íntegra ou com mucosas íntegras. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização

para ter garantida a qualidade do seu múltiplo uso.

Um aspecto a ser ressaltado é que os artigos devem ser completamente limpos antes

da desinfecção ou esterilização. A limpeza adequada é o primeiro e mais crítico passo na

quebra de cadeia de transmissão de microorganismo. A ANVISA (2006), define como a

16

remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com água adicionada de sabão

ou detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, como consequente

redução da carga microbiana.

A presença de sangue, resíduos orgânicos, proteínas e sais dificultam a ação direta do

agente microbicida sobre a superfície do artigo e comprometem a eficácia dos processos de

desinfecção e esterilização (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2001;

GRAZIANO; CASTRO; MOURA, 2002; RUTALA, 1996).

Um processo de limpeza adequado engloba a lavagem, o enxágue e a secagem. O

enxágue merece também atenção especial, pois é nesta fase que deve ocorrer à retirada dos

agentes de limpeza, cabendo aqui enfocar a qualidade da água, haja vista que a água que

abastece o CME deve ter qualidade diferenciada, livre de metais pesados e cloro, devendo ser

usado preferencialmente à água destilada, evitando que os excessos de íons da água corrente

venham a aderir aos artigos, provocando formação de manchas e pontos de oxidação (MAIA

et al., 2008).

A secagem é destacada como outro passo fundamental, pois a umidade interfere nos

diferentes processos de esterilização. Nesta fase deve ser utilizado pano limpo, sem fiapos e

de cor branca, para melhor visualização de possíveis sujidades. Recomenda-se a utilização de

ar comprimido em artigos canulados, orifícios com lúmen de difícil acesso, a fim de remover

gotículas de água presente internamente (MAIA, et al., 2008).

Após estes processos, inicia-se o preparo e acondicionamento dos artigos. É na fase

de preparo que os artigos são inspecionados a olho nu ou com auxilio de uma lupa, para

avaliação quanto à integridade e funcionalidade, a fim de se oferecer aos usuários artigos em

condições de uso. A seguir, a organização do trabalho é seqüenciada pelo acondicionamento

dos artigos, fase na qual os artigos são empacotados de acordo com a padronização e

conformidade, para ser submetido ao processo de esterilização.

A embalagem é o envoltório, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento

destinado a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter produtos médicos (ANVISA,

2006). Este comandará o processo de seleção da embalagem, o qual é disponibilizado em

vários tipos, entre eles citam-se: tecido de algodão duplo, papel grau cirúrgico, papel crepado,

manta de polipropileno (não tecido), container rígido metálico perfurado (MAIA et al., 2008).

17

Cabe ressaltar que a qualidade da embalagem, é importante condição na manutenção

da esterilidade. Neste sentido, é recomendado que a embalagem permita a esterilização, a

manutenção da esterilidade do conteúdo até a abertura intencional do pacote e possibilidade

de entrega do conteúdo sem contaminação, além de resistir a rasgos e perfurações e

estabelecer uma relação de custo-benefício favorável (MAIA et al., 2008; ASSOCIATION

OF PERIPERATIVE NURSES, 2006).

A cerca do acondicionamento, Maia et al. (2008) recomenda-se atenção para a

posição do artigo no interior do pacote, de forma que preserve a manutenção da esterilização -

não deixar o artigo deslizando dentro do pacote, não utilizar embalagem muito grande, pois

dificulta a saída do ar, a entrada do agente esterilizante, entre outras particularidades.

A etapa seguinte corresponde à desinfecção ou esterilização. A desinfecção é

definida pela ANVISA (2006), como processo físico ou químico que elimina a maioria dos

microrganismos patogênicos de objetos e superfícies. E a esterilização é definida como

processo físico-químico que elimina todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos

bacterianos

O processo de esterilização é definido também, como o processo pelo qual os

microrganismos são mortos, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los no meio de

cultura-padrão no qual previamente haviam proliferado (GRAZIANO; SILVA, BIANCHI,

2000).

Para demonstrar a eficiência do processo de esterilização, deve ser realizado um

processo de validação, processo estabelecido por evidências documentadas que comprovam

que uma atividade específica apresenta conformidade com as especificações predeterminadas

e atende aos requisitos de qualidade (ANVISA, 2006).

Utilizado um programa de controle de esterilização, incluindo métodos físicos,

químicos e biológicos e, assim como nas outras áreas do CME, os funcionários que atuam

nesse ambiente exercem atividades que exigem atenção, raciocínio, envolvimento e agilidade.

Para tanto necessitam de conhecimentos básicos sobre o funcionamento dos equipamentos,

noções de microbiologia e princípios de esterilização de artigos odonto-médico-hospitalares

(PADOVEZE, 2003; POSSARI, 2003).

18

A ANVISA (2006), refere que as empresas reprocessadoras e os serviços de saúde

que realizam o reprocessamento de produtos médicos críticos e semi-críticos devem elaborar,

validar e implantar os protocolos de reprocessamento atendendo ao estabelecimento nestas

diretrizes, visando à segurança do paciente.

A consciência quanto ao problema das infecções causadas por procedimentos

assistenciais faz com que todos os profissionais, que direta ou indiretamente assistem aos

pacientes, se envolvam no combate a esse problema, proporcionando maior eficiência ao

serviço de assistência. Com isso, o CME passou a adquirir grande importância na medida em

que constitui a “mola mestra” para a qualidade das atividades de toda equipe.

No foco de prevenção das infecções causadas por procedimentos assistenciais, após o

reprocessamento dos artigos é fundamental que estes sejam centralizados em área restrita, que

permita condições satisfatórias de acondicionamento, até sua distribuição segura e consciente

às unidades consumidoras.

A área de armazenamento e distribuição de materiais deve dispor de controle

rigoroso direcionado para o objetivo da prevenção da esterilidade. A verificação do prazo de

validade, o monitoramento de condições climáticas, o uso de avental privativo, o manuseio de

pacotes somente quando frios, a área projetada para não permitir, no momento da distribuição,

o cruzamento do artigo não estéril com o estéril e acesso privativo às pessoas escaladas para o

serviço, são itens de segurança para o artigo e o cliente que fará uso deste (MAIA et al.; 2008;

RUTALA, 1993; 1996; POSSARI, 2003).

3 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

Trata-se de um projeto de intervenção desenvolvido a partir de um estudo

bibliográfico, descritivo e de natureza qualitativa, que visa à elaboração de um protocolo

organizacional de reprocessamento de produto médico, para a Central de Material e

Esterilização da Santa Casa de Misericórdia- Hospital São Francisco e São Vicente do

município de Esplanada - BA.

19

A construção da proposta é elaborada em conformidade com as normas da ANVISA,

RE Nº 2.606, de 11 de agosto de 2006, e com as necessidades identificadas no perfil

epidemiológico da instituição.

Foi realizada a análise e a pré-seleção dos produtos a serem reprocessados, elaborado

o protocolo teste, específico para cada marca e tipo de produto selecionado. O protocolo teste

foi aplicado durante a rotina da CME da instituição, já em processo de centralização,

juntamente com a técnica de enfermagem responsável pelo reprocessamento de artigos

médicos.

Durante a aplicação do protocolo teste foram feitas algumas alterações nas

inconsistências encontradas e finalmente houve a validação do protocolo. O Protocolo teste

deu origem ao Protocolo propriamente digo, o qual foi documentado para posterior

implantação na rotina da CME.

3.1 Técnicas de coleta de dados

Para a coleta dos dados necessários para a construção do instrumento, foi feito um

levantamento de todos os artigos médicos usados, em procedimentos assistenciais do

Hospital, tanto no sentido qualitativo quanto quantitativo.

Em seguida, procedeu-se à seleção do material segundo a pertinência do tema em

estudo e sua articulação com os objetivos do mesmo. Realizou-se então, a análise dos artigos

procurando articular o custo-benefício, de todo processo, para reprocessamento de artigos,

propondo o melhor processo de trabalho na CME.

4 DESENVOLVIMENTO

4.1 Atividades Desenvolvidas no CME:

A resolução RDC nº. 307 determina que as atividades desenvolvidas no CME

basicamente sejam:

Receber, desinfetar e separar os produtos para saúde;

20

Lavar os produtos para saúde;

Receber as roupas vindas da lavanderia;

Preparar os produtos para saúde e as roupas (em pacotes);

Esterilizar os produtos para saúde e as roupas por meio de métodos físicos e/ou químicos,

proporcionando condições de aeração dos produtos, conforme necessário;

Realizar controle microbiológico e o prazo de validades de esterilização dos produtos;

Armazenar os produtos para saúde e as roupas esterilizadas;

Distribuir os produtos para saúde e as roupas esterilizadas;

Zelar pela proteção e pela segurança dos operadores.

4.2 Recursos Humanos do CME

Enfermeiro;

Técnico de Enfermagem;

Auxiliar de Enfermagem;

Auxiliar administrativo.

4.3 Descrições dos cargos

4.3.1 Enfermeiro:

De acordo com o artigo nº. 11 da Lei nº. 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe

sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, o enfermeiro exerce todas as atividades

de enfermagem e suas funções privativas incluem a direção do órgão de enfermagem

integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada; a chefia dos serviços

e da unidade de enfermagem; a organização e a direção dos serviços de enfermagem e de suas

atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; e o planejamento, a

organização, a coordenação, a execução e a avaliação dos serviços de assistência de

enfermagem.

21

4.3.1.1 Atividades de Coordenação da Unidade:

Prever os produtos para saúde necessários para as unidades consumidoras e que prestam

assistência direta aos pacientes e prover tais serviços desses produtos para saúde.

Elaborar relatórios mensais estatísticos, tanto de custo quanto de produtividade;

Planejar e fazer o orçamento do CME mensal;

Manter atualizado o manual de normas e rotinas e procedimentos do CME, que deve estar

disponível para a consulta dos colaboradores;

Manter-se atualizado acerca das tendências técnicas e científicas relacionadas com o

controle de infecção hospitalar e com o uso de tecnologias avançadas nos procedimento

que englobem produtos para a saúde processados pelo CME;

Gerenciar o serviço de enfermagem do CME.

4.3.1.2 Atividades Técnico-Administrativas:

Planejar, coordenar e desenvolver rotinas para o controle dos processos de limpeza,

preparo, esterilização, armazenagem e distribuição dos produtos para saúde;

Desenvolver processo de avaliação dos serviços prestados ao cliente interno e/ou externo;

Estabelecer rotinas para a manutenção preventiva e a limpeza dos componentes dos

equipamentos existentes na CME;

Estabelecer rotinas de limpeza dos equipamentos (seladoras, câmara interna de autoclave);

Estabelecer rotina de limpeza dos imobiliários existentes no CME;

Elaborar listagem e encaminhamento de materiais, equipamentos e instrumentais cirúrgicos

para conserto;

Realizar avaliação de novas tecnologias dos insumos utilizados no CME;

Verificar os relatórios de manutenção de produtos para saúde e equipamentos e aprová-los

mediante as evidências do serviço prestado;

Controlar o recebimento, o uso e a devolução dos produtos para saúde consignados;

Fazer relatório diário com informações sobre as atividades desenvolvidas e pendentes e

outros fatos importantes ocorridos durante jornada de trabalho;

Elaborar e acompanhar os indicadores definidos no CME;

Tomar parte da passagem de plantão;

22

Manter atualizado o inventário do instrumental cirúrgico, dos produtos para saúde e dos

equipamentos do CME;

Participar ativamente do processo de aquisição de produtos para saúde, instrumental

cirúrgico e equipamentos.

4.3.1.3 Atividades de Administração de Pessoal:

Realizar programa de treinamento e educação continuada, com descrição de conteúdo e

controle de presença;

Fazer escala mensal e de atividades dos colaboradores;

Programar escala de férias e de cobertura de feriados;

Participar ativamente do processo de seleção de pessoal;

Realizar atividade de desempenho dos colaboradores;

Estabelecer sistemas de prevenção de riscos ocupacionais.

4.3.2 Técnico de Enfermagem:

Segundo o artigo nº. 12 da Lei do Exercício profissional, o Técnico de Enfermagem

exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de

enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de enfermagem,

cabendo-lhe especialmente participar da equipe de saúde.

4.3.3 Auxiliar de Enfermagem:

Segundo o artigo nº. 13 da Lei do Exercício profissional, o Auxiliar de Enfermagem

exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de

enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em

processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente tomar parte da equipe de saúde e efetuar

ações de tratamento simples.

4.3.3.1 Atividades do Técnico de Enfermagem/Auxiliar de Enfermagem em CME

Receber e conferir os produtos para saúde;

23

Realizar a limpeza, o preparo, a esterilização, a guarda e a distribuição de produtos para

saúde, de acordo com solicitação;

Receber e preparar roupas limpas;

Receber, conferir e preparar os produtos para saúde consignados;

Preparara as caixas de instrumental cirúrgico;

Revisar a listagem de caixas de instrumental cirúrgico, bem como proceder à sua

reposição;

Realizar cuidados com motores (elétricos, pneumáticos, à bateria);

Preparar e esterilizar os produtos para saúde;

Monitorar efetiva e continuamente cada lote ou carga nos processos de esterilização;

Fazer leitura dos indicadores biológicos, de acordo com as rotinas da instituição;

Preparar as caixas abastecedoras para as unidades;

Guardar e distribuir todos os produtos para saúde esterilizados;

Fazer listagem e encaminhamento de motores elétricos e pneumáticos e instrumentos para

conserto;

Participar de reuniões de enfermagem e de avaliação, de acordo com a solicitação do

enfermeiro.

4.3.4 Auxiliar-Administrativo

Esse profissional é o elo entre o ambiente externo e o interno do CME, sendo

indispensável para a efetiva comunicação com os demais setores da instituição.

4.3.4.1 Atividades do Auxiliar-Administrativo

Efetuar pedidos de produtos de consumo;

Digitar comunicados, escalas de serviço e de férias;

Digitar listagem de caixas e de rotinas, entre outras.

4.4 Dinâmica e Fluxo no CME

Visando à garantia da qualidade do processo, o fluxo no CME deve estar

cuidadosamente separado em três áreas básicas: área contaminada, destinada a receber os

24

artigos sujos e a realizar o processo de limpeza; área limpa, onde os artigos são secos,

inspecionados, preparados, acondicionados para serem esterilizados; e área de armazenamento

e distribuição onde os materiais após o processo de esterilização são recebidos, embalados,

guardados e distribuídos.

O fluxo deve permitir não só o estabelecimento de um fluxo contínuo e unidirecional

do artigo, evitando o cruzamento de artigos sujos com os limpos e esterilizados, como

também impedir que o trabalhador escalado para área contaminada transite pelas áreas limpas

e vice-versa. O acesso de pessoal deve-se restringir aos profissionais da área.

Expurgo

ÁREA SUJA

Preparo de material e carga da

autoclave

ÁREA LIMPA

Retirada de material da autoclave e

guarda do material estéril

ÁREA ESTÉRIL

Figura 1. Fluxograma unidirecional do CME

Fluxo unidirecional com barreiras físicas entre as áreas

25

Figura 2. Fluxograma dos artigos processados no CME

Unidades

consumidoras

Unidades

fornecedoras

Centro de Material e

Esterilização

Recepção de artigos

limpos

Recepção de roupas Recepção de artigos

sujos

Limpeza, secagem e

desinfecção

dos artigos

Preparo e

acondicionamento

Armazenagem de

artigos processados

Esterilização

Distribuição de artigos limpos e

esterilizados

26

4.5 Critérios Mínimos Recomendados

Critérios mínimos constituem conceitos básicos utilizados para determinar as

recomendações de processamento de produtos para saúde, que devem ser classificados

segundo os riscos potenciais de transmissão de infecções para os pacientes.

4.5.1 Classificação dos artigos segundo o potencial de transmissão de infecção

Em 1968, Spaulding propôs uma abordagem racional à desinfecção e à esterilização,

ao dividir os artigos ou produtos usados na assistência prestada aos pacientes em três distintas

categorias, conforme seu grau de risco de infecção.

4.5.1.1 Artigos críticos

O conteúdo refere-se aos artigos ou produtos utilizados em procedimentos invasivos

com penetração em pele e em mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular,

incluindo todos os materiais que estejam diretamente conectados com essas regiões. São

exemplos de tais artigos: agulhas, campos, gazes, compressas, caneta do eletrocautério, fios

cirúrgicos, cubas, manípulos, cateteres intravenosos, implantes, instrumental cirúrgico e as

soluções injetáveis, entre outros. A esterilização é o processo básico para que o uso desses

produtos satisfaça os objetivos propostos.

4.5.1.2 Artigos semicríticos

São os artigos ou produtos que entram em contato com mucosas íntegras colonizadas

e exigem uma desinfecção de alto nível. São exemplos de tais artigos: nebulizadores,

umidificadores, inaladores, circuitos respiratórios, endoscópios, especulo vaginal, entre

outros. A esterilização destes artigos não é obrigatória, embora possa ser desejável.

4.5.1.3 Artigos não críticos

São artigos ou produtos destinados ao contato com pele integra e mesmo aqueles que

nem sequer contatam diretamente o paciente. Exigem como processamento mínimo a limpeza

e/ou desinfecção de baixo nível, entre um uso e outro, entendendo-se por limpeza a remoção

27

da sujidade visível. São exemplos de tais artigos: termômetros axilares, manguitos do

esfigmomanômentro, sensor do oxímetro de pulso, garrote pneumático e comadres, entre

outros.

Esta classificação é de suma importância para escolha do processo de tratamento:

esterilização, desinfecção e limpeza.

4.6 Reprocessamento de Produto Médico:

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada-BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/2011

CÓDIGO: ROT 01

ROTINA PARA QUALIDADE DA ÁGUA REVISÃO: 01

Objetivos: manter água adequada para o reprocessamento de produtos médicos na CME.

Aplicação: água utilizada na CME para enxágüe de produtos e destinada à diluição de

agentes desinfetantes e esterilizantes.

Definição: água potável é a água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos,

físicos, químicos e radioativos atendam ao um padrão de potabilidade e que não ofereça risco

a saúde.

Equipe: equipe multidisciplinar;

Elemento Valores

Metais pesados <0,1 mg/L

pH De 6,5 a 8 UpH

Condutividade <50 µS/cm

Ferro total <0,2mg/L

Cloretos <0,3mg/L

Quadro 1- Valores normais de qualidade da água.

28

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada-BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/2011

CÓDIGO: ROT 02

ROTINA PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS REVISÃO: 01

Objetivos:

Prevenir a propagação de microorganismos

Prevenir a infecção hospitalar

Proporcionar autoproteção.

Aplicação: técnica básica e universal para a prevenção e controle da infecção hospitalar

cruzada.

Definição: é o ato de lavar as mãos com água e sabão visando à remoção de microorganismos

transitórios e alguns residentes, como também células descamativas, pêlos, sujidades e

oleosidade da pele. A lavagem das mãos é essencial para a prevenção e controle de infecções

hospitalares, nada substitui, em caso de sujidade visível. Além do mais a higienização das

mãos é uma norma que deve ser praticada rigorosamente por todo pessoal do hospital, sem

exceção.

Equipe: equipe multidisciplinar;

Material:

Sabão líquido;

Papel toalha;

Material Complementar:

Sabão em barra cortado em pedaços pequenos

Saboneteira vazada sem tampa.

PROCEDIMENTO:

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Retirar: anéis, aliança, pulseiras e relógio;

2. Abrir a torneira e molhar as mãos (usar a

mão não dominante, sem encostar a mão

na pia);

Permitir a ideal limpeza das mãos;

Dar preferência à torneira fotoelétrica,

acionada pela proximidade da mão com os

cotovelos ou pés, evitando-se a

29

3. Ensaboar as mãos, friccionando-as por

aproximadamente 15 a 30 segundos, em

todas as suas faces:

3.1 Palma a palma;

3.2 Palma da mão sobre o dorso da outra

e vice-versa;

3.3 Espaços interdigitais;

3.4 Movimentos circulares dos polegares

3.5 Palma da mão sobre o dorso dos

dedos da outra fechada e vice-versa;

3.6 Unhas e extremidades dos dedos em

movimentos circulares para frente e para

trás, com dedos fechados da mão sobre a

palma da outra e vice-versa;

3.7 Punhos em movimentos circulares;

4. Enxaguar as mãos retirando totalmente o

resíduo de sabão, do punho em direção à

ponta dos dedos.

5. Enxugar mãos e punhos com papel toalha.

6. Fechar a torneira com o papel toalha.

contaminação das mãos.

Umedecer antes as mãos facilita a

distribuição do sabão.

A fricção por 15 a 30 segundos torna

eficiente a remoção de microorganismos.

Dar preferência a sabão líquido (2ml);

A água corre da área menos contaminada

(punho) para a mais contaminada (ponta

dos dedos)

Evitar trazer sujidade e contaminação da

torneira para as mãos limpas.

CUIDADOS IMPORTANTES:

Usar os cabelos presos e evitar levar as mãos até eles para arrumá-los;

Usar as unhas curtas, para facilitar a higienização das mesmas. Um palito ou escova

poderá remover a sujeira visível das unhas.

Não usar adereços (anéis, pulseiras) e retirar o relógio.

Manter-se a certa distância da pia, evitando o contato da roupa com a mesma.

30

Nos procedimentos consecutivos, onde não há sujeira visível, fazer a anti-sepsia direta

com álcool gel a 70%, evitando a infecção hospitalar e promovendo a autoproteção.

As mãos e antebraços devem ser mantidos voltados para baixo durante a lavagem das

mãos, evitando que retorne água e sabão sujos para as áreas limpas.

Se a torneira não possui dispositivo tipo pedal, utilizar o papel descartável para fechá-

las, pois assim as mãos não se contaminarão com a torneira.

OBSERVAÇÃO: A LAVAGEM DAS MÃOS DEVE SER REALIZADA ANTES E

DEPOIS DE QUALQUER PROCEDIMENTO.

Figura 3: Técnica para higienização das mãos.

31

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada-BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 03

ROTINA PARA MANEJO DE ARTIGO SUJO NA

UNIDADE CONSUMIDORA

REVISÃO: 01

Objetivo:

Evitar ressecamento da matéria orgânica;

Reduzir os riscos de acidentes com material biológico.

Transportar adequadamente os artigos sujos;

Aplicação: processos aplicados em artigos sujos oriundos das clínicas: médica, cirúrgica,

pediátrica, obstétrica e emergência e transportados para o expurgo da CME.

Definição: rotina para padronizar o manuseio dos artigos médico após utilização pela equipe

das unidades produtoras.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem, motorista.

Material Básico:

EPI: luvas de cano longo emborrachada;

Caixa organizadora de material rígido, lavável, com tampa, lacre e identificação:

“ARTIGO SUJO”, “ARTIGO SUJO: DE ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA”;

Compressas;

Spray com detergente enzimático ou água potável.

PROCEDIMENTO:

ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE MATERIAL SUJO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Usar EPI para manipular os artigos;

2. Separar os produtos médicos, contaminados,

em caixas organizadoras e abrir todas as

peças;

Após o uso do artigo médico na

unidade consumidora, o artigo sujo

deve ser armazenado em caixas

organizadoras com tampa de material

rígido, lacre e identificação. Separados

de acordo com o tipo de material, como

artigos em aço e artigo de assistência

32

3. Cobrir os instrumentais com compressas

umedecidas com água potável ou solução de

detergente enzimático, que os mantenham

úmidos;

3.1 Nas tubulações, aspirar água

abundantemente após cada utilização.

4. Lacrar as caixas organizadoras, destinadas

para artigo sujo.

5. Transportar os artigos, até o expurgo da

CME o mais rápido possível.

6. Assinar protocolo de entrega de artigo sujo

no expurgo da CME;

respiratória.

Prevenir o ressecamento da matéria

orgânica.

Escolher solução de acordo com a

disponível na unidade.

Para facilitar a remoção de sujidade

aderida em reentrâncias.

Horário de funcionamento do Expurgo:

15h00min às 18h00min.

Após entrega, ao responsável pelo

expurgo, o transportador deve retirar as

luvas e proceder à lavagem básica das

mãos.

33

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada-BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 04

ROTINA DO EXPURGO REVISÃO: 01

Objetivo:

Padronizar a rotina do setor;

Receber artigos sujos adequadamente;

Reduzir os riscos de acidentes com material biológico;

Realizar limpeza e/ou desinfecção de artigos.

Aplicação: expurgo da CME

Definição: o expurgo da CME deverá receber os artigos sujos das unidades consumidoras,

proceder à limpeza de produtos médicos e a desinfecção dos artigos de inalação e assistência

respiratória;

Equipe: técnico/auxiliar de enfermagem escalado para área suja da CME.

Material Básico:

Equipamentos de Proteção Individual-EPI adequados: luva grossa de borracha

antiderrapante de cano longo, avental impermeável, botas, gorro, protetor facial ou

máscara e óculos de proteção.

Álcool a 70%;

Livro de protocolo de recebimento de artigo sujo;

PROCEDIMENTO

ROTINA DO EXPURGO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Proceder à higienização das mãos quando

sujidade visível ou friccionar álcool a 70%

antes e após das atividades;

2. Fazer a desinfecção das bancadas com álcool

a 70% em cada turno e quando necessário;

3. Usar EPI;

A desinfecção deve ser procedida por 3

fricções com álcool a 70%, realizadas

após secagem de cada ficção.

34

4. Receber todo o material contaminado das

unidades consumidoras;

5. Conferir observando, integridade e anotar em

protocolo de recebimento;

6. Realizar limpeza e/ou desinfecção do

material de acordo com rotina do setor;

7. Preparar soluções em recipientes que serão

utilizados para limpeza e/ou desinfecção;

8. Solicitar orientações do enfermeiro da

Comissão de Controle de Infecção

Hospitalar, sempre que houver dúvidas;

9. Encaminhar, os instrumentos danificados,

para providências devidas.

O responsável pela entrega dos

produtos, ao expurgo, deve assinar o

livro de protocolo de entrega de

material.

Seguindo protocolo da unidade.

35

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada-BA.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 05

ROTINA PARA LIMPEZA MANUAL REVISÃO: 01

Objetivo:

Reduzir a carga microbiana natural dos artigos;

Extrair contaminantes orgânicos e inorgânicos;

Remover, manualmente, a sujidade dos artigos.

Aplicação: para todos os artigos.

Definição: a limpeza consiste na remoção de sujidade visível - orgânica e inorgânica - de um

artigo e, por conseguinte, na retirada de sua carga microbiana. Portanto, trata-se de uma etapa

essencial e indispensável para o processamento de todos os artigos críticos, semicríticos e

não-críticos.

Esse processo sempre deve preceder a desinfecção e a esterilização.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

EPI adequados: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental

impermeável, botas, gorro, protetor facial ou máscara e óculos de proteção.

Soluções enzimáticas

Escovas não abrasivas, de tamanhos e diâmetros diferentes;

Lubrificante mineral, permeáveis ao calor e com pH neutro;

Cesto vazado

Material Complementar:

Lupa

Tecido de cor clara

PROCEDIMENTO

LIMPEZA MANUAL

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Usar EPI para manipular produtos químicos,

instrumentais e demais artigos;

2. Diluir o detergente enzimático;

Verificar o modo de diluição, o prazo

36

3. Desmontar os artigos, sempre que possível.

Abrir as pinças e desconectar componentes

desmontáveis;

4. Colocar no cesto vazado;

5. Proceder enxágüe abundante com água

potável

6. Imergir os artigos na solução enzimática

diluída;

7. Após o tempo de imersão recomendado pelo

fabricante, lavar peça por peça com escova

apropriada, friccionando delicadamente o

corpo, as articulações e a cremalheira da

pinça, na direção das ranhuras dentro da

solução de detergentes, evitando os aerossóis

com microrganismos;

8. Realizar enxágüe abundantemente dos

artigos em água potável.

de validade após a diluição, o tempo de

imersão e o método de utilização,

conforme as recomendações do

fabricante dos produtos químicos;

Selecionar apenas os produtos que

possuam registro no Ministério da

Saúde.

Para retirada de excesso de matéria

orgânica;

Seguindo recomendações do fabricante.

Respeitar o tempo de imersão sugerido

pelo fabricante.

Assegurar de que os diâmetros das

escovas que estão sendo usadas para

limpar são do tamanho adequado para

os lumens.

As escovas dever ser higienizadas uma

vez por semana ou sempre que

necessário, seguindo cronograma da

rotina e do fabricante.

O detergente enzimático têm pH neutro

e permite o enxágue simples para

remover os resíduos deixados pelo

detergente.

O instrumental pontiagudo deve ser

aberto, limpo com cuidado, enxaguado

e novamente fechado. Os artigos

canulados, utilizar pistola de água.

37

9. Realizar secagem rigorosa, em área limpa.

10. Inspecionar criteriosamente a qualidade

da limpeza, com auxilio de lentes e de boa

iluminação.

11. Separar o material por tipo

procedimento e encaminhar para área de

preparo ou desinfecção.

Os artigos canulados, utilizar pistola de

ar comprimido.

Nuca permita que a água seque nos

instrumentais, pois podem causar

manchas.

Com bancada previamente desinfetada

com álcool 70% e forrada com tecido

de cor clara, para facilitar inspeção.

38

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada - BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 06

ROTINA PARA LIMPEZA DE ARTIGOS DE

ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA

REVISÃO: 01

Objetivo:

Reduzir a carga microbiana natural dos artigos;

Extrair contaminantes orgânicos e inorgânicos;

Remover a sujidade dos artigos.

Aplicação: todos os materiais de assistência ventilatória, tais como nebulizadores e

equipamentos de suporte ventilatório.

Definição: a limpeza consiste na remoção de sujidade visível - orgânica e inorgânica - de um

artigo e, por conseguinte, na retirada de sua carga microbiana. Portanto, trata-se de uma etapa

essencial e indispensável para o processamento de todos os artigos críticos, semicríticos e

não-críticos.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

EPI adequados: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental

impermeável, botas, gorro, protetor facial ou máscara e óculos de proteção;

Solução neutra;

Balde de cor escura, com tampa;

Cesto vazado.

Material Complementar:

Lupa

Tecido de cor clara

PROCEDIMENTO:

LIMPEZA MANUAL

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Desconectar cuidadosamente válvulas,

diafragmas e pequenos copos de

reservatório;

2. Colocar no cesto vazado;

39

3. Proceder enxágüe abundante com água

potável;

4. Imergir os artigos em detergente

enzimático;

5. Após o tempo de imersão recomendado

fabricante, lavar os artigos com escovas

adequadas, friccionando delicadamente o

produto, dentro da solução de detergentes,

evitando os aerossóis com microrganismos;

6. Enxaguar as peças com água abundante;

7. Secar cuidadosamente os artigos antes de

proceder sua desinfecção, usando um tecido

absorvente, que não solte partículas, e ar

comprimido para tubulações;

8. Inspecionar criteriosamente a qualidade da

limpeza, com auxilio de lentes e de boa

iluminação.

9. Separar o material por tipo e procedimento e

encaminhar para área desinfecção.

Para retirada de exerço de matéria

orgânica;

Verificar o modo de diluição, o prazo

de validade após a diluição, o tempo

de imersão e o método de utilização,

conforme as recomendações do

fabricante dos produtos químicos;

Selecionar apenas os produtos que

possuam registro no Ministério da

Saúde.

Respeitar o tempo de imersão

sugerido pelo fabricante.

Assegurar de que os diâmetros das

escovas que estão sendo usadas para

limpar são do tamanho adequado para

os lumens.

As escovas dever ser higienizadas

uma vez por semana ou sempre que

necessário, seguindo cronograma da

rotina e do fabricante.

O detergente enzimático tem pH

neutro e permite o enxágue simples

para remover os resíduos deixados

pelo detergente.

.

40

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada-BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 07

ROTINA PARA LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS

ELÉTRICOS

REVISÃO: 01

Objetivo:

Reduzir a carga microbiana natural dos artigos;

Extrair contaminantes orgânicos e inorgânicos;

Remover a sujidade dos artigos.

Aplicação: todos os equipamentos elétricos.

Definição: a limpeza consiste na remoção de sujidade visível - orgânica e inorgânica - de um

artigo e, por conseguinte, na retirada de sua carga microbiana. Portanto, trata-se de uma etapa

essencial e indispensável para o processamento de todos os artigos críticos, semicríticos e

não-críticos.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

EPI adequados: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental

impermeável, botas, gorro, protetor facial ou máscara e óculos de proteção.

Tecido macio ou esponja

Detergente enzimático

Material Complementar:

Lupa

Tecido de cor clara

PROCEDIMENTO:

LIMPEZA MANUAL

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Realizar o processo de limpeza com tecido

macio ou esponja, umedecida em solução de

detergente enzimático;

2. Aplicar outro tecido macio e úmido em água

Não imergir o equipamento

41

potável até que toda a quantidade de

detergente usada seja retirada;

3. Organizar os acessórios em recipiente já

limpo ou no seu próprio;

4. Realizar inspeção visual;

5. Proceder à lubrificação do equipamento;

6. Realizar testes de funcionalidade com o

aparelho;

7. Separar o material por tipo procedimento e

encaminhar para área de preparo.

Para observar a existência de resíduos

de sujidade e a presença de danos ao

aparelho.

Com o lubrificante recomendado pelo

fabricante.

A fim de evitar falhas durante a sua

utilização.

42

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada-BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 08

ROTINA PARA LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS

COM BATERIA

REVISÃO: 01

Objetivo:

Reduzir a carga microbiana natural dos artigos;

Extrair contaminantes orgânicos e inorgânicos;

Remover a sujidade dos artigos.

Aplicação: todos os equipamentos elétricos.

Definição: a limpeza consiste na remoção de sujidade visível - orgânica e inorgânica - de um

artigo e, por conseguinte, na retirada de sua carga microbiana. Portanto, trata-se de uma etapa

essencial e indispensável para o processamento de todos os artigos críticos, semicríticos e

não-críticos.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

EPI adequados: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental

impermeável, botas, gorro, protetor facial ou máscara e óculos de proteção.

Tecido macio ou esponja

Detergente enzimático

Material Complementar:

Lupa

Tecido de cor clara

PROCEDIMENTO:

LIMPEZA MANUAL DE EQUIPAMENTOS COM BATERIA

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Realizar o processo de limpeza da peça de

mão e da bateria com tecido macio ou

esponja, umedecida em solução de

detergente enzimático;

2. Aplicar outro tecido macio e úmido em água

potável até que toda a quantidade de

Não imergir a peça de mão e a bateria

em soluções químicas ou água.

A bateria, não deve entrar em contato

com a matéria orgânica e, assim sua

limpeza deve ser feita apenas com

43

detergente usada seja retirada;

3. Organizar os acessórios em recipiente já

limpo ou no seu próprio recipiente

4. Realizar inspeção visual;

5. Encaminhar a bateria para carregamento da

carga;

6. Proceder a lubrificação do equipamento;

7. Realizar testes de funcionalidade com o

aparelho;

8. Separar o material por tipo procedimento e

encaminhar para área de preparo.

tecido umedecido com água, seguida

de secagem.

Para observar a existência de resíduos

de sujidade e a presença de danos ao

aparelho.

Com o lubrificante recomendado pelo

fabricante.

A fim de evitar falhas durante a sua

utilização.

44

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Vicente

Esplanada-BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 09

ROTINA PARA LIMPEZA DE ARTIGOS

TUBULARES REVISÃO: 01

Objetivo:

Reduzir a carga microbiana natural dos artigos;

Extrair contaminantes orgânicos e inorgânicos;

Remover a sujidade dos artigos.

Aplicação: todos os equipamentos elétricos.

Definição: a limpeza consiste na remoção de sujidade visível - orgânica e inorgânica - de um

artigo e, por conseguinte, na retirada de sua carga microbiana. Portanto, trata-se de uma etapa

essencial e indispensável para o processamento de todos os artigos críticos, semicríticos e

não-críticos.

Os artigos tubulares incluem todos os itens que apresentam lumens, como as borrachas de

aspiração e nebulização.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

EPI adequados: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental

impermeável, botas, gorro, protetor facial ou máscara e óculos de proteção.

Detergente enzimático

Seringa 20 ml

Pistola de ar sob pressão

Material Complementar:

Lupa

Tecido de cor clara

PROCEDIMENTO:

LIMPEZA MANUAL

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Aspirar água abundantemente após cada

utilização.

Para evitar ressecamento da matéria

orgânica dentro da luz do tudo.

45

2. Submergir as tubulações em detergente

enzimático, de modo a garantir que o ar

possa sair do lúmen, ou forçar a entrada do

liquido com o auxilio de uma seringa;

3. Empregar a limpeza com auxilio de pistola

de água sob pressão.

4. Enxaguar os materiais abundantemente com

água corrente;

5. Secar os materiais com ar comprimido ou

pistola de ar;

6. Inspecionar criteriosamente a qualidade da

limpeza, com auxilio de lentes e de boa

iluminação;

7. Separar o material por tipo procedimento e

encaminhar para área de desinfecção.

Observar a entrada da água.

Utilizando torneiras com bico de

pressão que permitam adaptação

direta da tubulação ou pistola de água

sob pressão.

46

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 10

ROTINA PARA DESINFECÇÃO DE ARTIGOS

PARA ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA

REVISÃO: 01

Objetivo: garantir o manuseio e utilização segura do produto para saúde de um paciente a

outro, diminuindo os riscos de contaminação.

Aplicação: todos os artigos semicríticos como os de inaloterapia e terapia respiratória.

Definição: processo que elimina a maioria ou todos os microorganismos patogênicos como o

Mycobacterium tuberculosis e enterovirus e outras bactérias vegetativas, fungos e vírus pouco

resistentes, exceto os esporos bacterianos, em objetos inanimados. Sendo desinfetados por

produtos químicos.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

EPI adequados: gorro, máscara, óculos de proteção, avental impermeável e luvas de

borracha nitrílica.

Desinfetante: Ácido peracético ou solução clorada;

Pano macio e sem fiapos;

Material Complementar:

Seringa de 20 ml;

PROCEDIMENTO:

DESINFECÇÃO QUÍMICA DE ALTO NÍVEL

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Limpeza do artigo;

2. Certifique-se que o desinfetante é compatível

com o artigo a ser processado;

3. Utilize EPI, ao manusear o produto;

4. Prepare o desinfetante de acordo com as

instruções de rótulo do fabricante;

Segundo POP 08 e 09.

Gorro, máscara, óculos de proteção,

avental impermeável e luvas de

borracha nitrílica.

47

5. Teste o desinfetante quanto a concentração

mínima eficaz especificada pelo fabricante

do produto;

6. Proceda à imersão total do produto para

saúde e todas as peças removíveis em cuba

com desinfetante líquido;

7. Injete o desinfetante em todos os produtos

para a saúde que apresentem tubulação ou

canais;

8. Deixe o produto para a saúde na solução

desinfetante pelo tempo preconizado pelo

fabricante;

9. Remova o produto do recipiente com solução

desinfetante;

10. Enxágue completamente todas as

superfícies internas e externas, peças

removíveis, com grande quantidade de água

limpa;

11. Proceda a secagem com auxilio de um

pano limpo e/ou pistola de ar;

12. Embalar em sacos transparentes,

individualmente.

13. Fixar Etiqueta de identificação

preenchida;

14. Encaminhe para área de guarda.

A cuba deve ter tamanho apropriado

para acomodar os produtos para a

saúde e uma tampa com ajuste

reforçado para conter os vapores do

desinfetante.

Usando seringa de 20 ml. O

desinfetante deve preencher todos os

espaços e não permaneçam bolsas de

ar na tubulação e canais.

O enxágüe evita exposição e

potenciais lesões à pele e membranas

mucosas, devido os resíduos

químicos.

Pano macio e sem fiapos.

Etiqueta padronizada;

48

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Vicente

Esplanada - BA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 11

ROTINA PARA PREPARO E

EMPACOTAMENTO DE PRODUTOS PARA A

SAÚDE

REVISÃO: 01

Objetivo: manter a esterilidade do produto no que se refere ao uso pretendido, à vida útil, às

condições de funcionalidade, à proteção apropriada para transporte e armazenagem até a sua

utilização e favorecer a transferência asséptica, sem risco de contaminação.

Aplicação: todos os produtos para a saúde a serem esterilizados.

Definição: consiste na preparação e no acondicionamento dos produtos de acordo com o

processamento escolhido em invólucro compatível com o processo e com o próprio material.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Papel grau cirúrgico;

Tecido de algodão;

Contêiner Rígido

Tesoura;

Fita zebrada;

Etiqueta de identificação:

Figura 4: Etiqueta de identificação de embalagem de produto médico

Santa Casa de Misericórdia-Esplanada/Bahia

“NÃO UTILIZAR SE A EMBALAGEM ESTIVER

DANIFICADA”.

Nº lote:

Nome do produto:

Método de esterilização: VAPOR SATURADO

Data de esterilização:

Data de validade:

Nome do preparador:

49

Material Complementar:

Seladora;

Caneta marcadora de tecido.

PROCEDIMENTO:

TÉCNICA DE EMBALAGEM COM TECIDO DE ALGODÃO DUPLO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Lavagem básica das mãos;

2. Inspecionar os produtos para a saúde;

3. Lavar o tecido antes do primeiro uso;

4. Após cada uso proceder à lavagem da peça;

5. Dispor o produto no centro da embalagem

em forma de losango;

6. Trazer a embalagem inferior sobre o produto

e encaixar uma pequena parte da embalagem

sob o produto mantendo-a presa e rebater a

ponta da embalagem para fora;

7. Trazer a embalagem de um lado do produto

rebatendo a ponta para fora, se necessário

prender com fita adesiva as margens laterais

para não desmanchar o pacote;

8. Trazer a embalagem superior sobre o

produto e dobrar uma pequena parte da ponta

para dentro, lembrando de deixar uma

Para prevenir infecção

Para garantir eficiência na

esterilização.

Para retirar o amido.

Para remover sujidades e restaurar o

teor de umidade das fibras;

Tecidos remendados ou cerzidos

devem ser rejeitados, pois

comprometem a barreira microbiana.

Os tecidos de algodão devem ser

processados no máximo por 65 vezes.

Marcar o tecido, para registro do

número de processamentos o qual foi

submetido.

Vide figura 5.

50

“língua” para fora que servirá para auxiliar a

abertura da embalagem.

9. Identificar o produto com etiqueta

padronizada;

10. Fixar fita teste próximo a etiqueta de

identificação.

11. Encaminhar para a esterelização.

Figura 5: Técnica de embalagem tipo envelope.

51

PROCEDIMENTO:

TÉCNICA DE EMPACOTAMENTO EM CAIXAS METÁLICAS

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Lavagem básica das mãos;

2. Inspecionar os produtos para a saúde;

3. Selecionar a embalagem;

4. Separar os vários instrumentais com compõe

a caixa metálica;

5. Usar compressa, limpa, no fundo da caixa;

6. Acomodar o instrumental, na caixa perfurada

ou aramada;

7. Conferir a quantidade e o tipo de

instrumental;

8. Dispor um integrador químico de classe 5

em cada caixa;

9. Identificar a caixa metálica;

10. Fixar fita zebrada, próximo a identificação

do produto;

11. Encaminhar para esterilização.

Para prevenir infecção.

Para garantir eficiência na

esterilização.

Os produtos que irão compor a caixa

devem seguir a rotina para a qual a

caixa for destinada.

Para ajudar no processo de secagem

na autoclave;

Em caixas não perfuradas ou

aramadas, deixar a mesma sem tampa

e proceder a embalagem com tecido

de algodão duplo.

Para garantir protocolo de composição

de cada caixa.

Para garantir ao controle químico;

Com etiqueta padronizada;

PROCEDIMENTO:

TÉCNICA DE EMBALEGM COM PAPEL GRAU CIRÚRGICO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Lavagem básica das mãos;

2. Inspecionar os produtos para a saúde;

3. Selecionar a embalagem;

Para prevenir infecção.

Para garantir eficiência na

esterilização.

52

4. Realizar ajuste perfeito de embalagens

duplas;

5. Identificar a embalagem com etiqueta

padronizada, na porção plástica;

6. Remover o ar de interior das embalagens

composta de papel grau cirúrgico e filme

plástico antes da selagem;

7. Manter os instrumentais metálicos (pinças e

tesouras), abertos e destravados;

8. Proceder a selagem da embalagem;

9. Observar se a selagem está integra;

10. Encaminhar para Esterilização.

De acordo com figura 6

Observando se não apresentam dobras

internas e se estão acomodadas à parte

externa;

A expansão de ar no interior da

câmara de esterilização pode resultar

na abertura do pacote.

Falhas nessa etapa permitem a entrada

de microorganismos;

Recomenda-se a largura 10 mm de

selagem, com distância de pelo menos

3 cm da borda para abertura asséptica.

Material

Grau cirúrgico

simples

Grau cirúrgico

duplo

Grau cirúrgico

com proteção para

perfuro-cortante

Pinça única de superfície lisa x

Kit com 4 pinças x

tesoura x

Figura 6: Exemplo de matriz de protocolo para seleção de embalagens de produtos para a saúde a

serem esterilizados:

53

PROCEDIMENTO:

SELAGEM DO PACOTE GRAU CIRÚRGICO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Higienizar as mãos;

2. Ligar o equipamento à tomada e logo após

ligar a chave geral no painel;

3. Observar se as luzes do painel já estão

indicando que o equipamento pode ser

utilizado;

4. Observar integridade do papel grau

cirúrgico;

5. Observar integridade da selagem quanta a

rugas e áreas queimadas, regulando a

seladora ao nível adequado de temperatura;

6. Selar um dos lados da embalagem, antes de

colocar os artigos;

7. Realizar a selagem dando uma margem de 3

cm da borda para permitir uma abertura

asséptica;

8. Selar o papel grau cirúrgico de acordo com o

tamanho e quantidade dos artigos;

9. Repetir o procedimento se necessário, até

manter a embalagem íntegra;

10. Acondicionar os artigos com pontas

perfurantes em embalagem dupla;

11. Avaliar a integridade da selagem nas

laterais, topo e fundo da embalagem;

12. Identificar este material por meio de

etiquetas na parte inferior da embalagem,

na área externa da selagem.

13. Encaminhar para esterilização.

Para prevenir infecção.

54

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 12

ROTINA PARA ESTERILIZAÇÃO DE

PRODUTO MÉDICO

Revisão: 01

Objetivo: visa a destruição de todas as formas de vida com capacidade de desenvolvimento

durante os estágios de conservação e de utilização do produto.

Aplicação: produtos médicos não termos-sensíveis

Definição: é o processo pelo qual os microrganismos são mortos a tal ponto que não possa

mais detectá-los no meio padrão de cultura em que previamente os agentes haviam se

proliferado.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Autoclave pré-vácuo

PROCEDIMENTO:

ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Proceder com a montagem da carga na

autoclave.

2. Ligar o equipamento;

3. Aguardar final do ciclo e observar no

equipamento “Final de ciclo”;

4. Abrir a porta da autoclave.

Ver ROT 19

O processo iniciará de acordo com

a programação:

Tempo: 40 minutos;

T: 132 ºC a 135 ºC .

Proceder com a ROT 20

55

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 13

ROTINA PARA RATREABILIDADE DO

PROCESSO

Revisão: 01

Objetivo: auxiliar a rastreabilidade e permitir identificar problemas com o processo de

esterilização.

Aplicação: pacotes processados e equipamento de esterilização.

Definição: processo que visa documentar a carga do processo de esterilização para auxiliar na

rastreabilidade e permitir identificar problemas com o processo de esterilização.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Livros de registros de LOTE.

PROCEDIMENTO:

RASTREABILIDADE DO PROCESSO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Registrar em livro destinado as

características do LOTE.

Registrar:

Data;

Nº do equipamento;

Número do LOTE;

Os conteúdos gerais da carga, por

exemplo: pacotes têxteis, pacotes

com instrumental e pacotes

avulsos;

56

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA:

10/11/11

CÓDIGO:

ROT 14

ROTINA PARA MONITORAMENTO

MECÂNICO DO PROCESSO DE

ESTERILIZAÇÃO

Revisão: 01

Definição e Objetivo: Está relacionado ao equipamento de esterilização e deve contemplar:

registro de manutenção preventiva e corretiva realizada, registro de problemas observados

durante a prática diária e registro da validação do processo de esterilização realizada

periodicamente.

Aplicação: equipamento de esterilização.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem e equipe responsável pela realização da

manutenção.

Material Básico:

Pasta arquivo.

PROCEDIMENTO:

REGISTRO D MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. O registro deve conter:

1.1 Data do serviço;

1.2 Número e série do equipamento;

1.3 Localização ou número de

equipamento;

1.4 Descrição do problema detectado no

equipamento;

1.5 Nome do técnico responsável pela

manutenção;

1.6 Descrição do serviço realizado, com

relação das peças trocadas;

1.7 Resultado do teste biológico realizado

A manutenção preventiva deve

ocorrer de acordo com as indicações

do fabricante.

57

após o conserto;

1.8 Nome do requisitante do serviço;

1.9 Assinatura de enfermeiro responsável

pelo período que ocorreu a

manutenção.

ESQUEMA DE MATUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO DE ESTERILIZAÇÃO:

Figura 7: Esquema de Manutenção Preventiva dos Equipamentos

Figura 8. Esquema de Manutenção Corretiva dos Equipamentos

Figura 9. Esquema de Recebimento de Equipamento após Conserto

Obter e arquivar

relatório técnico

Disponibilizar o equipamento

para aferição e um profissional

de enfermagem para

acompanhar a visita

Programar previamente a

data prevista segundo

cronograma

Obter e

arquivar

relatório

técnico

Preencher o

impresso

padrão p/

conserto

externo

Disponibilizar o

equipamento

para aferição

Aguardar

tolerância do

atendimento

estabelecido

no contrato

Contactar

com a

empresa

credencia

da

Obter e

arquivar relatórios

técnicos

Preencher o

impresso padrão de

recebimento

Realizar testes a fim

de averiguar o

funcionamento

Receber o

equipamento

junto com o

técnico

58

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.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 15

ROTINA PARA MONITORAMENTO FÍSICO DO

PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO

Revisão: 01

Definição e Objetivo: o monitoramento físico deve ser utilizado para verificar tempo,

temperatura e pressão durante todo ciclo de esterilização. Estes parâmetros poderão ser

registrados de forma manual, pelo operador de esterilizador.

Aplicação: após montagem da carga da autoclave e início dos ciclos de esterilização

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Livro de registro do Monitoramento físico, químico e biológico.

PROCEDIMENTO:

MONITORAMENTO FÍSICO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Anotar:

1.1 Hora de início;

1.2 Hora do término;

1.3 Duração do ciclo:

1.4 Temperatura em ºC;

1.5 Ciclo;

1.6 Carga.

O monitoramento deve ser realizado

e registrado em livro específico para

este fim.

59

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 16

ROTINA PARA MONITORAMENTO

QUÍMICO DO PROCESSO DE

ESTERILIZAÇÃO

Revisão: 01

Objetivo: validar o processo de esterilização através de indicadores, que têm por finalidade

controlar a exposição interna e externa dos pacotes.

Aplicação: no aparelho esterilizante e nos pacotes contendo os produtos para a saúde

Definição: o monitoramento químico dos processos de esterilização é realizado por meio de

indicadores e integradores químicos. Os indicadores químicos consistem em tirar de papel

impregnados com tinta termocrômica que mudam de cor e/ou forma quando expostas aos

parâmetros de esterilização como tempo e temperatura.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Fita teste;

Teste de Bowie & Dick

Objetivo: distinguir os produtos para a saúde que foram submetidos aos processos de

esterilização dos que não foram esterilizados.

Definição: designados como indicadores de uso externo e devem ser afixados ou fixados

junto á identificação dos produtos para a saúde a serem esterilizados.

Aplicação: todos os pacotes, a serem processados, devem possuir este indicador.

Material básico: fita teste ou fita zebrada.

PROCEDIMENTO:

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Durante o processo de empacotamento a fita

teste ou fita zebrada deve ser fixada junto à

identificação do artigo a ser esterilizado.

Em caso de embalagem como papel

grau cirúrgico, deverá estar

impregnado na embalagem.

INDICADOR QUÍMICO DE CLASSE 1: FITA TESTE OU FITA ZEBRADA

60

Objetivo: detectar falha na remoção do ar na câmara interna de esterilizantes a vapor com

sistema pré-vácuo, o que pode impedir o contato do vapor com itens a serem esterilizados e

assim garantir a penetração uniforme do vapor nos materiais.

Definição: indicadores para uso em testes específicos são utilizados em situações relevantes

para o equipamento de esterilização com sistema de pré-vácuo, como teste de Bowie & Dick.

Aplicação: a recomendação para realização do teste Bowie & Dick é diária, antes da primeira

carga processada.

Material básico:

Folha impregnada com indicador químico ou pacotes prontos para uso único.

Material complementar:

Compressão limpas;

Tecido de algodão duplo.

PROCEDIMENTO:

MONITORAMENTO QUÍMICO: TESTE DE BOWIE & DICK

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Higienizar as mãos;

2. Realizar diariamente antes do primeiro ciclo

do dia com carga;

3. Preparar o pacote-teste com campos

somente lavados;

3.1 Dobrar os campos e dispor um em cima

do outro de modo a formar uma pilha de

25 a 28 cm de altura, 30 cm de

comprimento, e 23 cm de largura;

3.2 Colocar a folha-teste no centro

geométrico do pacote-teste;

3.3 Embalar frouxamente o pacote em

campo de algodão duplo, fechado com

fita adesiva.

3.4 Utilizar o indicador químico externo no

Para prevenir infecção.

Para folha impregnada com indicador

químico.

Fita teste ou zebrada.

INDICADOR QUÍMICO DE CLASSE 2: TESTE DE BOWIE & DICK

61

pacote

4. Colocar o pacote pronto, horizontalmente e

forma que o centro do pacote fique acima do

dreno da autoclave;

5. Selecionar o ciclo específico para o teste

Bowie & Dick da autoclave. Na ausência

deste recurso, realizar um ciclo com tempo

de esterilização de 3 a 4 minutos;

6. Registrar o teste em impresso próprio,

conforme rotina;

7. Após término do ciclo, abrir o pacote, retirar

a folha e observar a mudança de cor na

folha-teste.

8. Identificar na folha do teste:

11.1 Data;

11.2 Hora;

11.3 Número da autoclave;

11.4 Operador que realizou o teste;

11.5 Resultado.

12. Arquivar documento.

Na porção mais fria da autoclave.

Podendo ser omitida a secagem.

A fim de verificar se há

homogeneidade na revelação. Se

apresentar área não revelada indica

que há formação de bolsões de ar e

que o equipamento não deve ser

utilizado e deve ser avaliado pela

manutenção.

Arquivar este documento em pasta

arquivo destinada para tal, naquele

ano.

INDICADOR QUÍMICO DE CLASSE 2: TESTE DE BOWIE & DICK

Objetivo: monitorar a presença de vapor no pacote

INDICADOR QUÍMICO DE CLASSE 5: INTEGRADOR QUÍMICO

62

Definição: Indicadores integradores - designados a reagir a todos os parâmetros críticos de

um ciclo de esterilização, dentro de uma faixa específica de temperatura de esterilização. O

desempenho dos integradores é comparado à inativação de um microorganismo de teste.

Aplicação: devem ser colocadas no centro dos pacotes de tecido de algodão duplo e container

rígido.

Material básico:

Fita de indicador químico.

PROCEDIMENTO:

INTEGRADOR QUÍMICO EM EMBALAGEM

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Higienizar as mãos;

2. Colocar integrador químico, durante

processo de embalagem, dentro do pacote;

3. Submeter pacote ao processo de

esterilização;

4. Ao abrir a embalagem, durante o

procedimento a ser utilizado o produto

esterilizado, observar o integrador químico;

5. Anexar integrador ao prontuário do

paciente.

Para prevenir infecção.

Pacotes de tecido de algodão duplo e

container rígido.

Utilizar produto se indicador químico

reagente.

63

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 17

ROTINA PARA MONITORAMENTO

BIOLÓGICO DO PROCESSO DE

ESTERILIZAÇÃO

Revisão: 01

Objetivo: o indicador biológico é o método escolhido para certificar-se de que o nível de

esterilidade estabelecido para o produto é alcançado conferindo à certeza de esterilidade

frente à margem de segurança mínima definida de apenas uma unidade contaminada em 106

unidades do produto processado (NOGAROTO, 2006)

Aplicação: uma vez por semana ou após manutenção preventiva ou corretiva.

Definição: os indicadores biológicos são caracterizados por uma preparação padronizada de

esporos bacterianos projetados para produzir suspensões com 105

a 106 esporos por unidade

de papel filtro.

Existem três tipos dessa categoria de controle: de primeira geração, de segunda geração e os

de terceira geração.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Indicador químico de segunda geração;

Livro de registro do Monitoramento físico, químico e biológico.

Incubadora;

Definição: esses indicadores são auto-contidos, nos quais a tira - ou disco - com esporos é

acondicionada em uma ampola separada do meio de cultura.

INDICADOR DE SEGUNDA GERAÇÃO

64

PROCEDIMENTO:

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Proceder à higienização das mãos;

2. Colocar 2 ampolas na autoclave juntamente

com a carga a ser processada;

3. Após a esterilização quebrar a ampola para

que o meio possa entrar em contato com os

esporos.

4. Incubar, o indicador biológico por 48 horas a

56ºC.

5. Fazer leitura do teste;

6. Anotar em livro de registro específico e

validar a carga;

Para prevenção de infecção

No primeiro dia de uso do

equipamento, na semana.

Colocar uma ampola no fundo do

equipamento e outra próxima a porta.

A leitura do teste é feita por mudança

de cor decorrente da mudança de pH.

Se o resultado for alterado o

equipamento não deve ser utilizado e

a carga rastreada para inutilizar e

voltar ao processo de esterilização.

65

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 18

ROTINA PARA CONTROLE E

DOCUMENTAÇÃO DOS PROCESSOS DE

ESTERILIZAÇÃO

Revisão: 01

Objetivo: o controle da esterilização envolve todos os métodos de monitoração física,

química e biológica, requerendo documentação sistemática de sua aplicação. Tanto para a

eficácia da esterilização utilizada no serviço quanto para documentar as etapas do processo.

Aplicação: em todos os produtos para a saúde processados.

Definição: consiste na observação sistematizada, detalhada e documentada de todas as rotinas

e procedimentos relativos ao reprocessamento de produtos para a saúde.

Material básico:

Livro para registro de LOTE;

Livro de registro de monitoramento físico, químico e biológico.

Pasta arquivo para monitoramento químico, teste de Bowie & Dick.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

PROCEDIMENTO:

Os registros referentes à esterilização devem incluir:

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

O resultado do teste de Bowie & Dick para

os equipamentos assistidos por bomba de

vácuo, no primeiro ciclo do dia;

O número do lote, com a numeração

atribuída por ano;

O conteúdo qualitativo e quantitativo do

LOTE;

Os parâmetros físicos de cada processo;

O nome do operador responsável por cada

processo;

O resultado dos indicadores químicos

Deve ser registrado no próprio teste

como refere ao POP 15;

Livro de Rastreabilidade do processo

Registrar em impresso específico de

Monitoramento físico, biológico e

químico, como também deve fixar os

indicadores químicos da carga.

66

quando pertinentes;

O resultado dos testes biológicos;

Quaisquer intercorrências ocorridas durante

o ciclo, com as respectivas condutas

tomadas.

Registrar em livro de ocorrência.

67

Santa Casa de Misericórdia-

Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada - BA.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 19

ROTINA PARA MONTAGEM DA CARGA DA

AUTOCLAVE

Revisão: 01

Objetivo: Montar adequadamente a carga da autoclave, para permitir a penetração do agente

esterilizante, a retirada de ar e a secagem de líquidos.

Aplicação: pacotes com artigos médicos a serem esterilizados.

Definição: Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Cestos aramados

PROCEDIMENTO:

MONTAGEM DA CARGA DA AUTOCLAVE

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Higienizar as mãos;

2. Selecionar os artigos médico–hospitalares,

já empacotados;

3. Manter os instrumentais metálicos (pinças

e tesouras), abertos e destravados.

4. Fazer o carregamento da câmara;

5. Dispor os pacotes em posição vertical;

6. Não apertar muito os pacotes para ajudar

na penetração do vapor;

7. Dispor bacias e tampos metálicos na

posição vertical com abertura voltada para

Para prevenção de infecção.

Evitar utilização de cargas mistas:

como embalagens com utensílios e

instrumentais, e, pacotes com

material têxtil.

Para facilitar a penetração do vapor,

bem como a eliminação do ar. A

posição vertical evita a ineficiência

da secagem da carga.

Com o objetivo de facilitar a

68

baixo, para evitar a retenção da

condensação;

8. Não dispor os materiais uns sobre os

outros;

9. Utilizar 80% da capacidade do aparelho;

10. Evitar que os artigos encostem-se às

laterais e no fundo da câmara;

11. Seguir as normas de funcionamento do

equipamento;

12. Os pacotes, após um ciclo completo de

esterilização, devem ser resfriados

naturalmente antes do manuseio.

circulação do vapor;

P

Para reduzir o risco de obtenção de

pacote molhado;

Não colocar os pacotes sobre

superfícies frias após a esterilização

para que não haja condensação.

69

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Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada - BA.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 20

ROTINA PARA DESMONTAGEM DA CARGA

DA AUTOCLAVE

Revisão: 01

Objetivo: desmontar adequadamente a carga da autoclave.

Aplicação: pacotes com artigos médicos esterilizados.

Definição: Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

EPI: luva de Kevlar cano longo

Cestos aramados

PROCEDIMENTO:

DESMONTAGEM DA CARGA DA AUTOCLAVE

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Higienizar as mãos;

2. Observar o término do processo;

3. Usar EPI;

4. Seguir as normas de funcionamento do

equipamento para desligar;

5. Os pacotes, após um ciclo completo de

esterilização, devem ser resfriados

naturalmente antes do manuseio;

6. Retirar a carga após resfriada;

7. Transportar para área de guarda e

acondicionamento.

Para prevenção de infecção.

Luvas de Kevlar de cano longo.

Para reduzir o risco de obtenção de

pacote molhado;

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Vicente

Esplanada - BA..

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 21

ROTINA PARA ARMAZENAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOS PARA A

SAÚDE ESTERILIZADOS E DESINFETADOS

Revisão: 01

Definição: a área de estocagem deve facilitar a localização do item e manter a integridade da

esterilização e do conteúdo.

Objetivo: armazenar e distribuir os produtos médicos esterilizados ou desinfetados para

adequada distribuição dos mesmos.

Aplicação: pacotes de produtos para a saúde esterilizados ou desinfetados.

Definição: Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

Material Básico:

Armários com portas.

Material Complementar:

Aparelho condicionador de ar.

Termômetro digital de máximo e mínimo.

Medidor de umidade relativa do ar.

PROCEDIMENTO:

RECOMENDAÇÕES PARA ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS

PRODUTOS PARA A SAÚDE ESTERILIZADOS E DESINFETADOS

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Manusear os pacotes quanto estiverem

completamente frios antes de estocá-los ou

removê-los do carro do esterilizador;

2. Estocar os produtos para a saúde em áreas

de acesso restrito, separadamente de itens

não estéreis;

3. Proteger os produtos para a saúde de

contaminação, danos físicos e perda durante

Em ambiente bem ventilado, com

controle de temperatura - em torno de

25ºC – e umidade relativa - entre 30% e

60%;

Considerar como contaminados os

pacotes que cair no chão ou que tiverem

71

o transporte, utilizando recipiente rígido ou

saco plástico impermeável;

4. Estocar itens estéreis a uma distância de 20

cm a 25 cm do piso, de 45 cm do teto e de 5

cm das paredes ;

5. Guardar e distribuir os produtos para a saúde

no estoque obedecendo à ordem cronológica

de seus lotes de esterilização, ou seja, liberar

os mais antigos antes dos mais novos;

6. Efetuar inspeção periódica dos itens

estocados para verificação de qualquer

degradação visível;

7. Verificar se os produtos para a saúde

continuam sob garantia de seus prazos de

validade;

8. Estabelecer freqüência de limpeza diária da

área de estoque e das caixas de transporte;

9. Proteger os produtos para a saúde para evitar

sua contaminação durante o transporte;

10. Adotar sistema de registro para controle de

distribuição dos itens esterilizados.

rasgos na embalagem, assim como os

que estiverem comprimidos, torcidos ou

úmidos.

No primeiro dia da semana.

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Vicente

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 22

ROTINA PARA TRANSPORTE DE

MATERIAL ESTÉRIL OU

DESINFETADO

Revisão: 01

Objetivo: transporte adequadamente o material estéril da CME até as unidades consumidoras.

Aplicação: todo transporte de material estéril.

Material básico:

Livro de protocolo;

Caixa organizadora de material rígido, lavável, com tampa, lacre e identificação:

“ARTIGO ESTERIL”, “ARTIGO DESINFETADO PARA ASSISTÊNCIA

RESPIRATÓRIA”;

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

PROCEDIMENTO:

TRANSPORTE DE MATERIAL ESTÉRIL OU DESINFETADO

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Manusear os pacotes quando estiverem

completamente frios;

2. Proteger os artigos de contaminação, danos

físicos e perda durante transporte;

3. Conferir com a colaboradora lotada na CME

os artigos que serão entregues;

4. Assinar o protocolo de devolução, às

unidades consumidoras destes artigos

estéreis ou desinfetados;

5. Transportar os artigos estéreis em caixas

limpas e fechadas;

73

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Vicente

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 23

ROTINA PARA LIMPEZA DIÁRIA DA

AUTOCLAVE

Revisão: 01

Objetivo: manter o equipamento limpo, livre de sujidade para melhor desempenho do

mesmo.

Aplicação: a limpeza deverá ser realizada ao término do dia, no equipamento de esterilização,

a autoclave.

Definição: procedimento de higiene utilizando produtos higienizastes e ação mecânica

(escovação e fricção) com a finalidade de eliminar toda sujeira e reduzir o número de

microrganismos presentes no local.

Material básico:

Solução indicada pelo fabricante do equipamento;

Sabão neutro;

Escova macia;

Compressa macia;

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

PROCEDIMENTO:

LIMPEZA DIÁRIA DA AUTOCLAVE

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Desligar a chave de alimentação elétrica do

quadro de força;

2. Fechar as válvulas de suprimento de vapor

no cavelete de vapor;

3. Fechar as válvulas de suprimento de água

no cavelete de água;

4. Fechar as válvulas de suprimento de ar

comprimido no cavelete de ar comprimido;

5. Liberar a pressão do gerador de vapor,

abrindo a válvula do dreno;

74

6. Aguardar a câmara esfriar;

7. Usar EPI

8. Passar pano úmido com solução específica

para proceder à limpeza;

9. Aguardar a ação do produto;

10. Retirar com compressa úmida todo excesso;

11. Limpar externamente as paredes da

autoclave com o sabão neutro no sentido do

fundo para frente;

12. Realizar um ciclo de esterilização com

autoclave vazia.

13. Registrar limpeza em impresso próprio.

Óculos e luva de borracha.

Atentando para as áreas com presença

de sujidade ou corrosão, promovendo

fricção localizada e mais intensa;

Data, hora e descrever procedimento

realizado.

75

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Hospital São Francisco e São

Vicente

Esplanada - BA.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

DATA: 10/11/11

CÓDIGO: ROT 24

ROTINA PARA DESINFECÇÃO DA

CME

Revisão: 01

Objetivo: desinfetar repartimentos da CME.

Aplicação: desinfecção diária de banheiro, expurgo, sala de preparo e embalagem, área de

circulação interna, armários, janelas e pisos;

Definição: tentativa de eliminação da maior carga microbiana de superfícies inanimadas,

empregando métodos físicos ou químicos. A maioria das formas vegetativas microbianas são

eliminadas, mas não as formas esporuladas.

Material básico:

Carro de limpeza;

EPI: luvas, avental, botas de cano longo;

Sacos de lixo;

Solução desinfetante.

Equipe: técnico e auxiliar de enfermagem.

PROCEDIMENTO:

SEQUÊNCIA OBSERVAÇÕES

1. Higienizar as mãos;

2. Preparar o carro de limpeza com os

materiais e equipamentos necessários à

limpeza e desinfecção da CME;

3. Estacionar adequadamente o carro de

limpeza;

4. Colocar as luvas e avental impermeável;

5. Preparar as soluções nos baldes conforme

padronização;

6. Recolher os sacos de lixo, fechar e colocar

no saco coletor do carro de limpeza;

7. Higienizar toda parede da área de lavagem

Para prevenir infecção.

Sacos de lixo de acordo com o plano de

gerenciamento de resíduos da

instituição; solução desinfetante.

A limpeza deve ser direcionada no

76

com rodo envolvido com pano de piso

umedecido com solução padronizada;

8. Lavar as caixas de transporte de material

sujo;

9. Higienizar o piso, usando o rodo envolvido

com o pano umedecido com solução

padronizada,

10. Higienizar o vestiário, realizando a mesma

técnica;

11. Higienizar o banheiro;

12. Higienizar área de circulação interna,

armários, sala de preparo e embalagem,

janelas e pisos;

13. Guardar todos os materiais utilizados;

14. Higienizar as mãos.

fluxo unidirecional, da área mais limpa

para a área mais suja.

77

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta da construção deste POP para padronizar a rotina da Central de Material

e Esterilização da Santa Casa de Misericordia-Hospital São Francisco e São Vicente de

Esplanada, tem diferentes leituras, como aponta Franco e Merhy (2000). Os autores a

reconhecem como potentes para introduzir mudanças no processo de trabalho, desde que

sejam desenvolvidas abordagens de escuta e de estabelecimento de vínculo/responsabilização.

Para tal, torna-se necessário conseguir redimensionar a forma de produzir o cuidado em saúde

e os diversos modos de agir dos profissionais em relação a si e aos usuários.

Com a elaboração do Protocolo espera-se que ocorra a implantação do mesmo, para

melhorar a qualidade da assistência prestada ao usuário e coletividade, através da

uniformização e padronização de ações referentes ao reprocessamento de produtos médicos

para que os profissionais de saúde possam prestar uma atenção adequada e integral aos

usuários.

Propõe-se que o protocolo da CME seja implantado pela equipe de saúde do Hospital

com o auxilio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Outro desafio a ser destacado

para a equipe de saúde é a necessidade de manter, periodicamente, a atualização dos

protocolos, após sua implantação, adequando os procedimentos aos equipamentos e estrutura.

Recomenda-se, a partir desse estudo, visando à efetiva implantação de Protocolos

Organizacionais: estimular a implantação de protocolo organizacionais e sua efetiva

utilização; a avaliação dos mesmos, bem como a sua adequação a novas circunstâncias,

realidades e necessidades que surjam na rotina dos serviços; fortalecer o potencial de

adaptação dos protocolos à sua realidade local e o potencial capacitador dos profissionais de

saúde, com vistas à melhor utilização dos protocolos; produzir e difundir metodologias e

dinâmicas facilitadoras do trabalho em equipe; expor e discutir os resultados com os

profissionais atuantes nas unidades e CME.

78

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO

RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE, APECIH. Limpeza, Desinfecção e

Esterilização de Artigos em Serviços de Saúde. 1. ed. São Paulo: APECIH, 2010, p. 193-

206.

BAHIA, ESPLANADA, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Plano Municipal de

Saúde. Esplanada, 2006.

BAHIA, ESPLANADA, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Relatórios Municipais

de Gestão - 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008.

BALTHAZAR, Michele Benevenuto; SANTOS, Branca Maria de Oliveira. A Desinfecção de

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Sanitária. Caderno de texto, 2001. Disponível em <

http://www.anvisa.gov.br/divulg/conavisa/cadernos/index.htm> Acesso em: 26 dez. 2011.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 156, de 11 de agosto de 2006.

Dispõe sobre o registro, rotulagem e re-processamento de produtos médicos, e dá outras

providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília,

DF, 11 de agosto de 2006, Seção 1. p. 1. Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2006/rdc/156_06rdc.htm>. Acesso em: 30 de jan. 2012.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 2.606, de 11 de agosto de

2006. Dispõe sobre Produtos médicos enquadrados como de uso único proibidos de ser

reprocessado. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília,

DF, 14 de agosto de 2006, Seção 1. p.1. Disponível em:

<http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2006/re/2606_06re.htm >. Acesso em 30 jan.2012.

BRASIL. Lei n. 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do

exercício da enfermagem, e da outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26

jun.1986.Seção 1,p.1.

BRASIL. Ministério da Saúde, DEPARTAMENTO DE APOIO À DESCENTRALIZAÇÃO.

Regulamento dos Pactos pela Vida e de Gestão. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde, DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA-DAB. Saúde

da Família. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php>. Acesso em 26 dez.

2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n.

307, de 14 de novembro de 2002. Altera Resolução RDC n. 50, de 21 de fevereiro de 2002

que dispões sobre o Regulamento Técnico para Planejamento, programação, elaboração

e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistências de saúde. Brasília, 2002.

79

Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=8179. Acesso em:

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81

GLOSSÁRIO

CME: Central de material esterilizado.

EPI: Equipamento de proteção individual.

Limpeza: Processo que visa a remoção de sujidade visível e, por conseguinte, a retirada da

carga microbiana.

Descontaminação: Procedimento que se usa em material sujo de matéria orgânica com a

finalidade de destruir microorganismos antes do processo de limpeza.

Desinfecção: Processo de eliminação ou destruição de microorganismo patogênico ou não, na

forma vegetativa.

Desinfecção de alto nível: Destrói todas bactérias vegetativas, microbactérias, fungos, vírus,

e parte dos esporos.

Desinfecção de nível intermediário: Tem ação viruscida, bactericida para formas

vegetativas. Não destrói esporos.

Desinfecção de baixo nível: Capaz de eliminar todas bactérias na forma vegetativa.

Esterilização: Processo de destruição por meio físico, químico ou físico-químico de todas

formas de vida microbiana.

Artigos críticos: São artigos ou produtos utilizados em procedimentos evasivos com

penetração em pele e mucosas adjacentes e sistema vascular. Requerem esterilização.

Artigos semicríticos: São artigos ou produtos que entram em contato com a pele não integra,

ou aqueles que entram em contato com mucosas integras. Requerem desinfecção de alto nível

ou esterilização.

Artigo não–crítico: São artigos ou produtos destinados ao contato com a pele íntegra e

também aqueles que não entram em contato direto com o paciente. Requerem limpeza ou

desinfecção de baixo ou médio nível.

Monitorizar: É o controle de rotina operacional através de indicadores de eficiência do

processo, certificando–se de que as especificações validadas para o processo estão sendo

mantidas dentro do padrão estabelecido.

Indicador biológico: Dados referentes à eliminação do Bacilo Stereotermophilus que

comprova o efeito esterilizante do equipamento

Indicador químico classe I: Fita adesiva impregnada com tinta termo–química que muda de

coloração quando exposta a temperatura.

82

Classe II – Teste de Bowie Dick: Método utilizado para testar a eficácia do sistema de vácuo

da autoclave pré-vácuo.

Reprocessamento: Processo a ser aplicado a artigos médico–hospitalares, exceto de uso

único, para permitir sua reutilização, incluindo limpeza, desinfecção, preparo, embalagem,

rotulagem, esterilização, testes bacteriológicos, e químicos, analise residual do agente

esterilizante.

Resterilização: Processo de esterilização de artigos já esterilizados, mas não utilizados, em

razão de eventos ocorridos dentro do prazo de validade do produto ou da esterilização, que

comprometem o processo ou os resultados da esterilização inicial, de forma que esta deixou

de ser segura.

Papel grau cirúrgico: Embalagem com filme de poliéster e propepileno não tóxico que

possui indicador químico para esterilização a vapor.