protocolo de prevenção de infecção de corrente sanguínea

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Protocolo de prevenção de infecção de

corrente sanguínea associada a

cateteres centrais

Maria de Lourdes O. Moura

SSP/SUVISA/SES-RJ

Proqualis/Icict/Fiocruz

Encontro Estadual de Prevenção de Infecção de Corrente

Sanguínea associada a cateter central

Contexto

50% dos pacientes internados em UTI necessitam da inserção de um

CVC

CVC pode causar infecção devido à contaminação do local de inserção

ou à migração da flora do paciente para o lúmen do cateter

Infecção de corrente sanguínea associada a cateter central entre os

pacientes internados em UTI é um problema global e é responsável

por:

aumento da mortalidade

tempo de permanência na UTI

custos dos cuidados em saúde

A prevenção de infecção de corrente sanguínea associada a

cateter central é fundamental para aumentar a segurança do

paciente, sendo necessária a implementação de conjunto de

intervenções específicas

Redução de Infecção de corrente sanguínea associada a cateter

central é uma das metas do PNPCIRAS

Existência de diversas iniciativas internacionais bem sucedidas

Contexto

Intervenções multimodais destinadas a facilitar a implementação

de medidas baseadas em evidências têm mostrado eficácia para

reduzir as taxas de infecção

Embora essa prática de segurança do paciente seja altamente

recomendada, a adesão dos hospitais é baixa e as taxas de

infecção permanecem altas em muitos países

Contexto

Não existem “soluções mágicas" para resolver os problemas da

qualidade

Evidência de tendência de benefícios para muitas intervenções,

especialmente aquelas que utilizam várias estratégias para promover

uma mudança (intervenções "multifacetadas")

Intervenções eficazes:

Geralmente combinam elementos de duas ou mais categorias de

intervenção

Envolvem mais estratégias ativas do que passivas (p. ex.

simplesmente enviar diretrizes ou protocolos para os gestores)

Shojania KG, Grimshaw JM. Evidence-based quality improvement: the state of the Science. HealthAffairs 2005; 24(1):138-150

Intervenções Multifacetadas

Ciência da Melhoria

Área de estudos voltada para:

desenvolvimento e avaliação de intervenções para a

melhoria da qualidade

explicação de como as intervenções funcionam e

produzem os resultados esperados e sob quais condições

contextuais

identificação de estratégias para a disseminação

Portela MC et al. Ciência da Melhoria do Cuidado de Saúde: bases conceituais e teóricas para a sua aplicação na melhoria do cuidado de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32 Sup2:e00105815, 2016

Elementos Chave

Portela MC et al. Ciência da Melhoria do Cuidado de Saúde: bases conceituais e teóricas para a sua aplicação na melhoria do cuidado de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32 Sup2:e00105815, 2016

Componente

técnico da

intervenção

Estratégia de

implementação

Contexto noqual aintervenção éimplementada

Ciência da Melhoria

Modelo de Melhoria

Ferramenta para melhoria da qualidade

desenvolvida pelo Associates in Process

Improvement –API (EUA) com o

objetivo de proporcionar um arcabouço

estruturante para esforços de melhoria

Protocolo de prevenção de

infecção de

corrente sanguínea associada

a cateteres centrais

Iniciativas internacionais

Keystone Intensive Care Unit Project

Projeto Matching Michigan

Projeto Bacteriemia Zero

Protecting 5 million lives from harm

Adiós Bacteriemias

Iniciativas internacionais

Hipótese principal e secundária da intervenção

Objetivo

Componentes da intervenção

Comprehensive Unit-Based Safety Program (CUSP)

Procedimentos baseados em evidências:

Antes da inserção

Durante a inserção

Manuseio e manutenção

Momentos apropriados para a higienização das mãos durante oscuidados com CVC

Iniciativas internacionais

Implementação do Programa

Estratégias para aumentar a adesão a cada procedimento

Resultados

Reprodutibilidade da intervenção

Intervenções na Estrutura

Estratégias de Mudança

Medição e monitoramento

Prevenir infecção de corrente sanguínea associada a cateter

central

Método

Objetivo

Revisão integrativa da literatura científica sobre o tema

Abrangência

Recomendações destinadas aos hospitais de pacientes

agudos localizados no Estado do Rio de Janeiro

Estratégias

• Detecção e vigilância de infecção de corrente sanguínea associada a cateter central

• Requisitos de infraestrutura para sua detecção e prevenção

• Iniciativas que promovem a adesão às práticas de prevenção de infecção de corrente sanguínea associada a cateter central

Constituição de equipe de melhoria responsável pela implementação do Protocolo no hospital constituída por: médico da UTI, enfermeiro da UTI, membro da CCIH, e representante da direção do hospital

Programa de controle e prevenção de infecção com equipe qualificada e com quantitativo adequado

Criação de equipe (médicos e enfermeiros) responsável pela inserção e manutenção do cateter

Uso de sistema informatizado de registro e cálculo de cateter-dia e pacientes-dia

Estratégias

Requisitos de infraestrutura para a detecção e prevenção de IPCS

Apoio laboratorial adequado para processamento em tempo hábil das amostras e liberação dos resultados

Proporção adequada de profissionais de saúde por pacientes na UTI

• indicações para uso de cateter vascular e seus diferentes tipos

• procedimentos para sua inserção e manuseio

• medidas para a prevenção de IPCS

• utilização das listas de verificação de inserção e manuseio de CVC

Capacitação dos profissionais de saúde:

Disponibilização dos dispositivos e insumos necessários para assegurar a implementação das medidas preconizadas

Estratégias

Requisitos de infraestrutura para a detecção e prevenção de IPCS

Intervenções

Conjunto de medidas de prevenção com

foco na inserção do cateter

Conjunto de medidas de manutenção com foco no manuseio do

CVC

Práticas recomendadas para a prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea associada a CVC

A. Antes da inserção do

cateter venoso central:

Disponibilizar uma lista

baseada em evidências de

indicações para uso de

CVC visando minimizar a

colocação desnecessária

do mesmo.

Treinar os profissionais de

saúde envolvidos na

inserção e manuseio de

CVC sobre Prevenção de

IPCS.

Considerar o banho diário

com uma preparação de

clorexidina em pacientes

de UTI com mais de 2

meses de idade de acordo

com o perfil microbiológico

da instituição.

B. Na inserção do cateter venoso

central:

Implementação de Lista de

Verificação de Inserção de

cateter venoso central

Higienização das mãos antes da

inserção do cateter

O sítio de inserção preferencial é

a veia subclávia, devendo ser

evitada a veia femoral para

acesso venoso central em

pacientes adultos

Use um carrinho ou kit para

inserção de cateter

É recomendável o uso de

ultrassom para inserção do

cateter

Use precaução de barreira

máxima durante a inserção do

CVC

Use um antisséptico com

clorexidina alcoólica para a

preparação da pele

Cobertura, fixação e

estabilização do CVC

C. Após a inserção do CVC:

Higienização das mãos

Desinfetar o hub do cateter, os

conectores sem agulhas e o

injetor lateral antes de acessar o

cateter.

Retire cateteres não essenciais.

Troca do curativo.

Substitua o equipo em intervalos

não superiores a 96 horas,

exceto se utilizado para sangue,

hemoderivados ou lipídios,

devendo nesse caso ser trocado

a cada etapa.

Implementar a Lista de

Verificação de Cuidados Diários

no Manuseio de Cateter Venoso

Central por ser uma ferramenta

capaz de garantir aderência às

práticas de prevenção de

infecção após a inserção do CVC

em UTI e setores fora da UTI.

Realizar vigilância para Infecção

Primária de Corrente Sanguínea

na Unidade de Terapia Intensiva.

Objetivo

• Assegurar que as equipes sigam de

maneira consistente algumas etapas

de segurança críticas, visando

reduzir os riscos evitáveis, que

colocam em risco a vida e o bem

estar dos pacientes

Ferramenta capaz de garantir a aderência às

práticas de prevenção de infecção após a inserção

do CVC na UTI e em setores fora da UTI

Durante os cuidados com o CVC os momentos apropriados para a higienização das mãos são:

Antes e após a manipulação de cateter intravascular (inserção, troca, reparo, curativo).

Antes e depois de trocar, avaliar ou realizar curativo de acesso vascular.

Sempre que as mãos estiverem sujas ou com suspeita de contaminação.

Antes e após procedimentos invasivos.

Antes de colocar e após a retirada de luvas.

Após utilizar o banheiro.

Depois de tocar um paciente e antes de tocar o próximo paciente

Antes de realizar procedimento limpo/asséptico :

Antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não de luvas.

Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente.

Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções

Após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo.

Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente.

Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.

Após tocar o paciente :

Antes e depois do contato com o paciente.

Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas.

Após tocar superfícies próximas ao paciente :

Após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo equipamentos para a saúde) nas proximidades do paciente.

Recomendações abrangentes de prevenção de IPCS baseadas na melhor evidência

Princípios de boas práticas voltadas para a redução da variação e segurança do paciente

A incorporação das recomendações pode melhorar a segurança do paciente e reduzir o risco de IPCS

http://www.informacaoemsaude.rj.gov.br/vigilancia-em-saude/31294-protocolo-de-prevencao-de-infeccao-da-corrente-sanguinea-associada-a-cateteres-centrais.html

Iniciativas para adesão ao Protocolo

• Publicação do protocolo como consulta pública

• Publicação do protocolo na página da SES-RJ

• Realização de eventos de mobilização, sensibilização e capacitação para os hospitais com UTI e serviços de TRS do Estado do Rio de Janeiro

• Levantamento de barreiras e dificuldades para implementação do protocolo

• Carta compromisso de adesão às iniciativas preconizadas no Protocolo dirigida aos gestores

http://www.carepractice.net/files/

http://www.who.int/patientsafety/implementation/bsi/prohibit/en/

http://proqualis.net/preven%C3%A7%C3%A3o-de-infec%C3%A7%C3%B5es-associadas-cateter-venoso

http://www.clicss.org/adios-bacteriemias/http://www.seguridaddelpaciente.es/en/projects/financiacion-estudios/bacteriemia-zero-project/

http://proqualis.net/melhoria-da-qualidade

http://app.ihi.org/lmsspa/#/a5d865d5-9c8d-4db8-977f-8d8600cba5bf

Obrigada!