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0 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ALCINO FERNANDES PROPOSTAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA ASSOCIAÇÃO DO CENTRO EDUCACIONAL EVANGÉLICO INFANTIL PASTOR ARTUR MONTANHA Biguaçu 2008/02

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ALCINO FERNANDES

PROPOSTAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA

ASSOCIAÇÃO DO CENTRO EDUCACIONAL EVANGÉLICO INFANTIL

PASTOR ARTUR MONTANHA

Biguaçu

2008/02

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ALCINO FERNANDES

PROPOSTAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA

ASSOCIAÇÃO DO CENTRO EDUCACIONAL EVANGÉLICO INFANTIL

PASTOR ARTUR MONTANHA

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração.

Profo. Orientador: Everton Luís P. de L. Cancelier

Biguaçu

2008/02

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ALCINO FERNANDES

PROPOSTAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA

ASSOCIAÇÃO DO CENTRO EDUCACIONAL EVANGÉLICO INFANTIL

PASTOR ARTUR MONTANHA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do

título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Planejamento Estratégico

Biguaçu, 03 de dezembro de 2008.

Prof. Dr. Everton Luís P. de L. Cancelier

UNIVALI - CE de Biguaçu

Orientador

Prof. MSc. Alexandre Magalhães

UNIVALI - CE de Biguaçu

Prof. MSc. Rogério Silva

UNIVALI - CE de Biguaçu

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a toda minha

Família e a todas as pessoas que me deram apoio, carinho e

atenção para que eu pudesse conquistar mais esta vitória

em minha vida. Em especial ao meu pai João, minha mãe

Arlete, minha Vó Alaide (in memorian), minha irmã Karla,

meu cunhado Richard, meus irmãos Edson e Silvio, Meu tio

Adair, Minha tia Goreti e meu tio Antônio (in memórian), que

foram de suma importância para que eu chegasse à

conclusão deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar sustento, capacidade e direção em todos os

momentos de minha vida e por mais este objetivo alcançado.

A minha Família, por ter me dado apoio e carinho nas horas em que mais

precisei.

Ao meu orientador Everton, agradeço pelo conhecimento compartilhado e

por todas as vezes que me direcionou nos momentos que eu achei que não ia

conseguir, me possibilitando desta maneira, perceber que com esforço e

dedicação podemos alcançar novos objetivos.

Aos professores João Carlos(Juca), Simone e Maria Albertina pelo apoio

e atenção para comigo.

Ao colega Eleandro Mangrich Amâncio, por ter me apresentado a

instituição ACEEI, e com isso me instigado a realizar este trabalho.

A todos da instituição ACEEI em especial ao casal Denilso e Rute pela

atenção e paciência para comigo.

Aos demais professores e colegas, que durante o curso tive a felicidade

de conhecer e vivenciar momentos especiais em comum nesta fase inesquecível

de minha vida.

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Com um pouco de agilidade mental e

algumas leituras em segunda mão,

qualquer homem encontra as provas

daquilo em que deseja acreditar.

Bertrand Russell.

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RESUMO

FERNANDES, Alcino. Propostas para captação de recursos para Associação do Centro Educacional Evangélico Infantil Pastor Artur Montanha. 2008. 55f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008.

Nas últimas décadas organizações voltadas à realização de obras sociais, que fazem parte do Terceiro Setor, vêm se solidificando cada vez mais. ACEEI, Associação Centro Educacional Evangélico Infantil Pastor Artur Montanha, foi o objeto de pesquisa deste trabalho de estágio e está situado no bairro Jardim Solemar, cidade de São José, Santa Catarina, possuindo 43 crianças sob seus cuidados, contando com os serviços educacionais de berçário, jardim de infância e pré-escolar. O objetivo deste trabalho foi de propor ações para captação de recursos, que possibilitassem a auto-sustentabilidade desta instituição. Faz parte também das propostas, melhorar as estratégias de captação de recursos atuais, bem como a imagem da ACEEI, tornando cada vez mais transparente seus objetivos aos investidores e a sociedade em geral. O trabalho foi elaborado através de pesquisa bibliográfica voltadas para área do Terceiro Setor, relacionados com gestão, marketing, captação de recursos de organizações sem fins lucrativos, além de pesquisas nas documentações internas da ACEEI e entrevistas com o administrador Denilso da Silva Vaz, a tesoureira Rute C. da Silva Vaz e a Coordenadora Estadual do programa “Mesa Brasil” do Sesc, Luciana de Azevedo do Nascimento. O trabalho resultou em propostas para captar recursos sustentáveis para instituição e sugestões de melhorias nas formas de captação de recursos atuais.

Palavras-chaves: Terceiro Setor; Educação; Captação de recursos; auto-

sustentabilidade.

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ABSTRACT

FERNANDES, Alcino. Proposals for captation of resources for Association of the Educational Center Infantile Evangélico Shepherd Arthur Mountain. 2008. 55f. Work of Conclusion of Period of training (Graduation in Administration) - University of the Valley of the Itajaí, Biguaçu, 2008.

In the last few decades organizations directed to the accomplishment of social workmanships, that are part of the Third Sector, come more if making solid each time. ACEEI, Association Educational Center Infantile Evangélico Shepherd Arthur Mountain, was the object of research of this work of period of training and is situated in the quarter Jardim Solemar, city of Is Jose, Santa Catarina, possessing 43 children under its cares, counting on the educational services of nursery, garden of preschool infancy and. The objective of this work was to consider action for captation of resources, that made possible the autoone of this institution. It is part also of the proposals, to improve the strategies of captation of current resources, as well as the image of the ACEEI, becoming each more transparent time its objectives the investors and the society in general. The work was elaborated through bibliographical research come back toward area of the Third Sector, related with management, marketing, captation of resources of non-profit organizations, beyond research in the internal documentations of the ACEEI and interviews with the Denilso administrator da Silva Vaz, the tesoureira Rute C. da Silva Vaz and the State Coordinator of the program “Brazil Table” of the Sesc, Luciana de Azevedo of the Birth. The work resulted in proposals to catch sustainable resources for institution and suggestions of improvements in the forms of captation of current resources. Word-keys: Third Sector, Education, Captation of resources, auto-sustentabilidade.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Capacidade de alimentação ............................................................... 36

Tabela 2- Capacidade de captação de recursos financeiros atuais.................... 36

Tabela 3- Necessidade de captação de recursos financeiros atuais

da ACEEI............................................................................................................. 38

Tabela 4- Necessidade de captação de recursos financeiros futuros

da ACEEI..39....................................................................................................... 39

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Organograma do Terceiro Setor........................................................... 19

Figura 2- Uma proposta de modelo de gestão.................................................... 22

Quadro 1- Diferenças entre o marketing tradicional e o de terceiro setor........... 25

Quadro 2- Diferenças entre o marketing material e o social................................26

Quadro 3- Uma nova apresentação para ACEEI................................................40

Quadro 4- Organização interna da ACEEI........................................................... 42

Quadro 5- Campanhas para captação de recursos nas igrejas

Assembléia de Deus............................................................................................ 44

Quadro 6- Captação de recursos através de débito em conta bancária............. 45

Quadro 7- Captação de recursos através de débito em folha de pagamento... 47

Quadro 8- Captação de recursos através de campanha com débito em conta.. 48

Quadro 9 - Captação de recursos através de débito em conta bancária

de pessoas físicas............................................................................................... 50

Quadro 10 - Etapas para plano de ação.............................................................. 51

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO ..................................................................................................12

1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................13

1.1.1 Objetivo geral ...........................................................................................13

1.1.2 Objetivos específicos ..............................................................................13

1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................15

2.1 ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR ..................................................15

2.2 GESTÃO PARA TERCEIRO SETOR ............................................................20

2.3 MARKETING PARA ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR .................23

2.4 CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA O TERCEIRO SETOR ........................27

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO .............................................................30

3.1 Unidade estudada e participantes......................................................................... 30

3.2 Procedimentos de coleta e análise de dados....................................................... 30

4 RESULTADOS ................................................................................................32

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ....................................................32

4.2 DESCRIÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSO PELA ACEEI ........................34

4.2.1 Doações Não Financeiras ........................................................................34

4.2.2 Doações Financeiras ...............................................................................36

4.3 PROPOSTAS DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS ..........................................39

4.3.1 Proposta de Nova Apresentação para ACEEI ........................................40

4.3.2 Proposta para Organização Interna da Associação ..............................42

4.3.3 Campanhas para Captação de Recursos nas Igrejas Assembléia de

Deus ...................................................................................................................43

4.3.4 Propostas para Captação de Recursos Através de Débito em

Conta Bancária ..................................................................................................45

4.3.5 Propostas para Captação de Recursos através de Débito em

Folha de Pagamento .........................................................................................46

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4.3.6 Proposta para Captação de Recursos Através de Débito em

Conta Bancária em Empresas ..........................................................................48

4.3.7 Proposta para Captação de Recursos Através de Débito em

Conta Bancária de Pessoas Físicas ................................................................49

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 52

REFERÊNCIAS ..................................................................................................53

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, Organizações do Terceiro Setor voltadas à realização de

obras sociais, estão se solidificado cada vez mais no cenário brasileiro.

Organizações estas, que não possuem fins lucrativos e nem vínculos

governamentais.

Estas organizações podem ser voltadas à caridade, filantropia e ao

voluntariado e principalmente para o preenchimento das lacunas deixadas pelo

Estado em relação as obrigações em forma prestação de serviços e benefícios a

sociedade, na qual muitas das responsabilidades que deveriam ser do Governo,

estão sendo realizadas por entidades privadas e do Terceiro Setor.

Embora este tema “Terceiro Setor” seja complexo e possua uma variedade

de terminologias e conceitos, foi o objeto deste trabalho de conclusão de estágio.

A cada dia, surgem novas tecnologias, fazendo com que as informações

cheguem cada vez mais rápidas no seu destino, influenciado também sobre a

velocidade das mudanças no mercado, com isso, torna-se necessária a aplicação

de estratégias para que as organizações consigam continuar sobrevivendo.

Vence quem tem o melhor diferencial competitivo, e isso vale também para as

Organizações do Terceiro Setor, embora não tenham fins lucrativos, necessitam

da mesma maneira de recursos e principalmente de buscar a sua sobrevivência e

garantia de espaço na sua área.

O presente trabalho de conclusão de estágio, refere-se a um plano para

captação e desenvolvimento de recursos para a ACEEI - Associação do Centro

Educacional Evangélico Infantil Pastor Artur Montanha. A ACEEI é uma

Organização Não Governamental e dedica-se à educação pré-escolar de crianças

carentes de até seis anos de idade. Estas crianças recebem quatro refeições

diárias, e realiza atividades pedagógicas e recreativas de segundas as sextas-

feiras.

A Associação do Centro Educacional Infantil Pastor Artur Montanha é uma

organização sem fins lucrativos, sendo assim, deve manter-se com recursos de

investidores e doadores. Hoje, a ACEEI possui sob sua responsabilidade

quarenta e três crianças menos favorecidas que necessitam de atenção, apoio,

educação, alimentação e principalmente carinho especial. No entanto, o que

recebe de donativos não é suficiente para cobrir os custos mensais, dependendo

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de ajuda extra da igreja evangélica a que seus dirigentes estão vinculados. Além

disso, na comunidade em que está alocada a ACEEI, há 210 famílias que

necessitam de ajuda com suas crianças e esta ação social poderia ser estendida

a parcela maior da comunidade caso a ACEEI tivesse condição de atender a

todos da comunidade carente do Bairro.

Desta forma, este estudo tem a seguinte pergunta de pesquisa: quais

ações podem ser propostas para a captação de recursos tendo em vista a

realidade específica da ACEEI?

Assim, através de estratégias de captação de recursos e do

aproveitamento dos pontos fortes em termos de arrecadação já existentes, pode-

se propor maneiras ainda mais eficazes e constantes de arrecadações, em

relação à capacidade de recursos atuais, para que assim então, a organização

ACEEI, consiga além de cobrir seus déficits atuais, poder investir também em

projetos futuros.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Propor ações para captação de recursos, para a Associação Centro

Educacional Evangélico Infantil Pastor Artur Montanha.

1.1.2 Objetivos específicos

• Diagnosticar as necessidades de recursos atuais da ACEEI;

• Identificar oportunidades para o processo de captação de recursos da

ACEEI;

• Desenvolver ações e estratégias para arrecadação de recursos para

esta associação.

1.2 JUSTIFICATIVA

Atualmente, os recursos financeiros, que são de fundamental importância

para as instituições educacionais, estão cada vez mais escassos, pois os custos e

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a necessidade de instrução para os estudantes estão aumentando cada vez mais.

Por isso, as instituições educacionais devem ter o cuidado de não perder de vista

o contínuo investimento na área da educação, tornando-se necessário alguém na

instituição que tenha conhecimentos voltados para área de Captação de

Recursos, a fim de angariar o máximo de contribuição possível à organização.

Desta forma, este trabalho foi importante para a Associação Centro

Evangélico Educacional Infantil, pois, com o aumento da obtenção de recursos,

está proporcionando um avanço em busca das condições ideais para esta

organização, como por exemplo: melhoria na estrutura, diminuição da rotatividade

de funcionários, a capacitação de pessoal. Estas ações para captação de

recursos são necessárias porquê, atualmente os custos mensais da ACEEI,

ultrapassam as doações voluntárias, por isso, fazem-se necessário um reforço

para que as doações cubram todas as despesas e ainda sobrem recursos para

investir nos projetos futuros.

Na mesma perspectiva, o trabalho de conclusão de curso foi importante

também para sociedade, pois, teve o objetivo de colaborar com a diminuição do

número de crianças menos favorecidas a mercê da marginalidade. Devido à falta

de apoio da sociedade e das autoridades governamentais, muitas crianças

acabam caindo nesse submundo que, na maioria das vezes, leva-os a fins

relativamente trágicos.

O momento foi oportuno para este trabalho, pois a instituição necessita de

recursos financeiros e materiais, para cobrir déficits e também aplicar em ações

de melhorias futuras. Com as ações propostas deverá melhorar a transparência e

apresentação da ACEEI aos investidores e à sociedade.

Para Camargo et al (2001, p. 22), “O Terceiro Setor surgiu não para

competir com o Estado defasado, mas para com ele cooperar por meio de

financiamentos e políticas sociais”.

O Trabalho foi viável, pois propos ações para captação de recursos

direcionados para a ACEEI. O acesso às informações é facilmente liberado, pois

o gestor da instituição, Denilso da Silva Vaz, possuía interesse no

desenvolvimento deste trabalho e o tempo de um ano para sua confecção foi

suficiente.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente trabalho é um plano para propostas de ações, voltado para

captação de recursos para a Associação Centro Educacional Evangélico Infantil

Pastor Artur Montanha, situado em Florianópolis, sendo que a sua fundamentação

teórica estará voltada para Organizações do Terceiro Setor, onde são abordados

assuntos como: conceitos e histórico do Terceiro Setor, gestão, marketing,

captação de recursos e propostas de ações organizacionais para

desenvolvimento de fundos.

2.1 ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR

Nas últimas décadas organizações voltadas à realização de obras sociais,

que fazem parte do Terceiro Setor, vêm se solidificando cada vez mais. Estas

organizações não têm fins lucrativos, não são governamentais, são voltadas à

caridade, filantropia e ao voluntariado. Atuam em prol do preenchimento do

espaço vago das responsabilidades que deveriam ser do Estado. O tema

“Terceiro Setor” possui uma variedade de conceitos, terminologias aplicadas à

área.

As organizações do Primeiro Setor são as instituídas pelo Governo e do

Segundo Setor são aquelas formadas pelas organizações privadas oriundas do

mercado. Embora estas façam parte de setores diferentes não deixam de ter

características em comum, como é o caso da prestação de serviços.

O Terceiro Setor está crescendo, devido a movimentações realizadas a

procura de uma demanda para suprir às necessidades de pessoas, instituições e

também dos governos. É reflexo da falta de confiança da competência do Estado,

das mudanças na sociedade e da evolução tecnológica (SALAMON, 1998, p. 05).

Com o objetivo de proporcionar uma melhor visão sobre a evolução

histórica da Sociedade Civil e consequentemente do surgimento do conceito

Terceiro Setor no Brasil, apresenta-se através de Rothgiesser (2004, apud

TOSTES, 2006, p. 47), seis períodos históricos importantes formando um breve

histórico:

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• Primeiro período: (1543-1930) Início na época do Império até o final da

primeira República, neste período surgiu à primeira irmandade

beneficente católica, criada na Capitania de São Vicente chamada

“Irmandade da Misericórdia”, que tinha o objetivo de dar assistência aos

necessitados. Nesta época o poder de definir onde empregar os

recursos financeiros, tanto privados, como os públicos, era da igreja

católica e não do Estado.

• Segundo período: (1930-1960) Deu-se início com a Revolução de 1930,

nesta época surgiram os termos filantropia e mecenato e o poder de

definir o destino dos recursos passou a ser do Estado. Em 1935 foi

publicada a Declaração de Utilidade Pública Federal, constando em seu

teor que: as fundações, associações e sociedades civis teriam que servir

a coletividade sem interesses. Outro fato importante da época foi a

criação do Conselho Nacional do Serviço Social no ano de1938.

• Terceiro Período: (1960-1970) é o período em que surgiram os primeiros

movimentos sociais e ONGs, devido ao fato de ser a época da ditadura

militar e da forte opressão do Governo a liberdade de expressão.

• Quarto Período: (a partir de 1970) Foi à época em que a sociedade

começou a reivindicar seus direitos, dialogar mais e cooperar entre si. O

quadro hostil da ditadura imposta pelo Governo, acabou fortalecendo a

sociedade e dando origem a passagem da ditadura para um regime

democrático dando espaço para o aumento de mais ONGs.

• Quinto Período: (Anos 1990), foi um período em que o governo e o

mercado acabaram reconhecendo o valor das ONGs e resultando num

relacionamento de parceria entre eles, dando origem ao termo Terceiro

Setor. Um fato importante desta época foi a criação da Lei do

Voluntariado.

• Sexto Período: (a partir de 2001), Este período iniciou-se com a criação

do Fórum Social Mundial (FSM), na cidade de Porto Alegre, que objetiva

cuidar dos interesses sociais mundiais, criado em protesto ao Fórum

Social Econômico na Suíça, que objetiva cuidar de interesses

econômicos mundiais.

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Em 1998, Fischer e Falconer (1998, p. 12-13), afirmavam que embora

estudos sociológicos tendessem ao retrocesso e a superficialidade, em relação às

características das organizações que não visavam lucros, desta época, estas não

paravam de crescer em quantidade, porém, à medida que cresciam mais difícil se

tornava definir o termo Terceiro Setor, que ainda era mencionado de forma genérica,

a ponto de se confundir com o termo econômico do Setor de Serviço Terciário da

época.

Em perspectiva similar, Scaico, Nogueira e Fischer (1998, p. 75), afirmam

que há uma imprecisão na forma de definir o Terceiro Setor no Brasil, pelo fato de

ser um setor que ainda está se consolidando em termos de formas associativas,

acaba sendo descrito mais pelas suas características do que pelas suas

especialidades.

Porém no ano seguinte, foi aprovada a lei 9.790, que regulamentou as

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que foi considerada

a lei que marcou legalmente o Terceiro Setor na época. O termo Terceiro setor no

Brasil adquiriu força, nesta década, desta forma podendo ser utilizado para

caracterização de atuações de utilidades públicas, pelas associações privadas de

caráter não governamentais (YAMAGUTI et al, 2006, p. 73).

Ressalta-se que a denominação do terceiro setor é composta por inúmeros

termos, tais como: Organizações não governamentais (ONG), instituto, sociedade

civil sem fins lucrativos, organização da sociedade civil, grupo, centro, setor de

caridade, atividade filantrópica, rede, liga, núcleo, lar, instituição, seara,

fraternidade, dentre outros. Com o novo código civil, que passou a vigorar no ano

de 2002, ficou determinado que apenas os termos fundação e associação fossem

os termos juridicamente corretos, porém, isso não quer dizer que os demais

termos não possam ser utilizados de acordo com cada proposta, contanto que

citados nos devidos estatutos (YAMAGUTI et al, 2006, p. 73).

Existem outras maneiras de denominar organizações do terceiro setor,

como as utilizadas a seguir por Kanitz (2008) no site Filantropia. Org:

• Fundações – Estas instituições financiam o Terceiro Setor através de

doações às entidades beneficentes.

• Entidades Beneficentes – São as que dão assistência aos carentes,

como às crianças de rua, idosos, alcoólatras, drogados, cegos, surdos-

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mudos; ensinam jovens; profissionalizam; promovem a cidadania e os

direitos humanos; contribuem para preservar o meio ambiente, etc.

• Fundos comunitários – São entidades fins, ou seja, ao invés das

empresas doarem em separado, para cada entidade, centralizam estas

doações para o Fundo Comunitário, e os empresários é que decidem o

destino das doações.

• Entidades sem fins lucrativos – são entidades que na verdade, nem

todas são sem fins lucrativos, algumas delas acabam beneficiando os

próprios sócios, como é o caso de um clube de esportes, no entanto o

importante é saber diferenciar este de uma entidade beneficente que da

assistência as pessoa carentes de bairros.

• ONGs – São entidades que ajudam pessoas, tanto de forma direta com

de forma indireta, como é o caso por exemplo de uma ONG que defende

os direitos das mulheres, acabam por ajudar todas as mulheres

indiretamente.

• Empresas com Responsabilidade Social – As pessoas ao invés de

“puxar” as responsabilidades para si mesmas, vivem reclamando que os

“outros” não resolvem os problemas sociais, mesmo sabendo que no

fundo a responsabilidade social é do individuo, caso contrário às

transportariam para as empresas e ao governo.

• Pessoas Físicas - As pessoas físicas contribuem com 90% das doações

feitas mundialmente, e no Brasil estatisticamente, as pessoas da classe

média contribuem com 23 reais por ano aproximadamente.

Conforme Coelho (2002, p. 57), organizações como estas que surgem no

seio da sociedade civil, possuem inúmeras denominações que se misturam ao

longo de suas trajetórias, sendo utilizadas indiscriminadamente e sem muita

precisão. Dentre estas denominações estão organizações sem fins lucrativos,

organizações voluntárias, terceiro setor ou ONGs, sendo este último o termo mais

utilizado na sociedade Brasileira.

Para Fernandes (1994 apud COELHO, 2002, p. 62):

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[...] pode-se dizer que o terceiro setor é composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, que dão continuidade às práticas tradicionais da caridade, da filantropia e do mecenato e expandem o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, á incorporação do conceito de cidadania e das suas múltiplas manifestações na sociedade civil.

Em resumo, o Termo Terceiro Setor, nada mais é do que o setor em que

estão inseridas todas as organizações que não visam lucros, ou seja, não fazem

parte nem do Governo nem das Organizações Comerciais da Iniciativa Privada.

Para melhor visualizar o cenário do terceiro setor, segue abaixo, figura 1

com o organograma do Terceiro Setor, definido por Silva e Silva (2008, p.143):

Figura 1: Organograma do Terceiro Setor Fonte: adaptado de Silva e Silva (2008, p. 143).

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Abaixo seguem, os significados de siglas da figura 1, conforme Silva e

Silva (2008, p. 13):

• OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público;

• OS – Organização Social;

• UPF – Unidade Pública Federal;

• CEBAS – Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social;

• UPE – Utilidade Pública Estadual;

• UPM – Utilidade Pública Municipal;

São várias possibilidades de qualificações ou formas de certificações das

Organizações do Terceiro Setor, conforme podemos verificar na figura 1 acima e

são elas: OSCIP, OS, UPF, CEBAS, UPE, E UPM. No entanto apenas podem ser

instituídas de duas formas: Fundação ou Associação, estas duas de iniciativa

privada, sem fins lucrativos e com objetivos Sociais. Todas mais comumente

conhecidas como ONG (Organização Não Governamental), no qual seus

benefícios podem ser diretos e indiretos. Os benefícios diretos são voltados para

população com investimentos na Saúde, Educação, Arte, Ecologia, etc. Já em

relação aos benefícios indiretos estes estão voltados para distribuição de renda,

novos empregos, Integração Social e Autosustentabilidade.

Tanto as Fundações como as Associações podem ter como seus

financiadores: Patrocinadores, Doadores, Associados, Clientes, Governo Federal,

Estadual ou Municipal.

2.2 GESTÃO PARA TERCEIRO SETOR

Diante da realidade atual de crescimento das organizações do terceiro

setor, surge naturalmente a necessidade de encontrar formas cada vez mais

qualificadas e embasadas, para gerir estas organizações que tanto estão

contribuindo para o crescimento, cultural, espiritual, social e por que não dizer até

mesmo econômico do país.

A maioria dos gestores das pequenas organizações do Terceiro Setor,

procuram atender o maior número de pessoas com apenas os recursos que

possuem, sejam recursos financeiros ou estruturais (MANZIONE, 2006, p. 16-17).

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De acordo com Albuquerque (2006, p. 57) a gestão de organizações do

terceiro setor é:

Um ponto estratégico para o seu bom funcionamento e para o cumprimento de sua missão e de seus objetivos. Tal como em uma empresa ou um governo, também as organizações do terceiro setor têm de ser muito bem geridas do ponto de vista de recursos humanos, financeiros e materiais para que sejam capazes de desenvolver seus projetos e programas, estabelecer parcerias e conseguir sustentabilidade.

O Terceiro Setor chegou à maturidade no panorama mundial, no entanto

é preciso haver um fortalecimento em sua capacidade e uma contribuição de

maior significado, na resolução dos problemas mais importantes. Os gestores

das organizações do terceiro setor deverão dar maior enfoque nos treinamentos

e auxílio técnico, e para as pessoas que querem ajudar estas entidades deve se

sobrepor além da vontade de estar bem consigo mesma, a pensar em ajuda de

longo prazo (SALAMON, 1998, p. 10-11).

Através de uma avaliação de desempenho, mais voltada aos aspectos

financeiros e econômicos das Organizações Não Governamentais, o Banco

Mundial conforme Tenório (2000, p. 14-15), chegou à conclusão que:

Em termos de eficácia, por vezes o resultado alcançado por essas organizações pode ser questionado; e em termos de eficiência, as ONGs apresentam algumas limitações na área administrativa, como desempenho gerencial, profissionalização de pessoal, diminuição de custos indiretos, entre outros procedimentos relativos a sua operacionalização.

Segundo Costa (1992, p. 15), é necessário que sejam observados, por

aqueles que tenham a intenção de gerenciar organizações sem fins lucrativos,

dois aspectos que são de suma importância:

O primeiro relaciona-se com a definição de entidade, ou seja, a sociedade ou grupo que dirige as atividades de uma classe (Novo Dicionário Aurélio) que poderá ter um sem-número de finalidades, atendendo aos interesses dos que a compõem. Assim, as entidades podem ser empresariais, de empregados, de professores, de profissionais e de diversas categorias, com o fim de cuidar de assuntos específicos. Podem, ainda, ter finalidades

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culturais, educacionais, religiosas, assistenciais e muitas outras, que devem estar citadas nos estatutos. O segundo aspecto é o de que, mesmo tendo como definição ‘sem fins lucrativos’, tenham necessariamente de dar prejuízo. Longe está o tempo em que as entidades viviam de ‘chapéu na mão’ buscando doações para equilibrar ou neutralizar a despesa. Como regra geral, uma entidade deve ‘zerar’ todos os projetos que idealiza; entretanto, o ideal é que tenha um pequeno superávit para reinvestir em novos projetos. (COSTA, 1992, p.15).

Como exemplo de modelo de gestão para organizações não

governamentais do terceiro setor, Tachizawa (2004, p. 149-151), através da figura

2 a seguir, deixa claro que a gestão deve partir de fora para dentro da

organização, do sentido generalizado para o próprio, e a mesma está propícia a

sofrer influências com mudanças ambientais e a interação com o público

stakerolders, a fim atingir seus objetivos organizacionais, vejamos à seguir:

Figura 2 – Uma proposta de modelo de gestão Fonte: Adaptado de Tachizawa (2004, p. 151).

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O modelo de gestão proposto ressalta a influência dos fatores externos

para as Organizações do Terceiro Setor, como são os casos do Governo, das

parcerias, e das instituições financeiras, para isso, deve-se dar prioridade a

análise do ambiente externo ao qual a organização está inserida, podendo-se

realizar-se um Benchmark para comparar seus processos e decisões com os

indicadores do mercado.

Gerir uma organização de forma eficiente, faz parte da estratégia, não só

das organizações do terceiro setor, como também das organizações dos demais

setores, por isso no caso do terceiro setor devem ser bem geridas em seus

aspectos financeiros, humanos e materiais para que consiga administrar bem os

seus projetos, afim, de conseguir manter parceiros e a sua própria

sustentabilidade (ALBUQUERQUE, 2006, p. 57).

Em perspectiva similar Camargo et al. (2001, p. 147), afirma que a forma

de gestão para o Terceiro Setor é bem parecida com a forma de gerir das outras

empresas comerciais, as duas precisam de políticas de captação de recursos,

estratégias de mercado e recursos humanos, sendo que e os principais desafios

da gestão de Organizações do Terceiro Setor estão relacionados principalmente

com:

• Busca da sustentabilidade – a sustentabilidade das organizações do

terceiro setor, dependerá muito da forma em que estiver sendo gerida,

ou seja, sua gestão terá de ser parecida com a forma de gerir das outras

empresas comerciais, no que tange fatores humanos, financeiros,

materiais, estratégicos e políticos;

• Capacitação na gestão – Os gestores das organizações devem dar mais

atenção para as questões de treinamento e auxílio técnico;

• Aumento do desempenho – Gerir de forma a eliminar as limitações

relacionadas com profissionalização do pessoal, e diminuição de custos

indiretos.

2.3 MARKETING PARA ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR

Inicialmente o Marketing foi criado para atender as necessidades das

organizações que visão lucro, porém, com o passar do tempo, foram surgindo

outras organizações que não tem como seu objetivo principal obter resultados

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apenas financeiros, e sim buscar resultados positivos, para melhoria das

condições sociais das pessoas e até mesmo do ambiente em que vivemos. Diante

desta necessidade então surgiu o Marketing para organizações do Terceiro Setor.

O marketing tradicional pode ser definido inicialmente de forma mais

ampla, com relação ao seu campo de atuação, como Macromarketing e

Micromarketing. Macromarketing está relacionado com a necessidade de haver

um sistema que equilibre a oferta e a procura, dando condições de alcançar os

objetivos da sociedade em geral e o Micromarketing, está relacionado com a

necessidade de atender os consumidores, para obtenção de bens ou serviços e

paralelamente atingir os objetivos das organizações. (MCCARTHY e

PERREAULT, 1997, p. 22-23).

Com o propósito de encontrar a verdadeira função do marketing, a

Associação Brasileira de Marketing, chegou à conclusão de que “Marketing é o

processo de planejar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de bens

e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e

organizacionais”. (SANDHUSEN, 2000, p. 08).

Kotler (2000, p. 20), um dos maiores autores de marketing, define

marketing como sendo “a análise, o planejamento, a implantação e o controle de

programas cuidadosamente formulados e projetados para propiciar trocas

voluntárias de valores com mercados-alvo, no propósito de atingir os objetivos

organizacionais".

Como foi mencionado anteriormente, o marketing pode ser utilizado para

obtenção de lucros ou não. Quando o objetivo é a obtenção de lucro, as receitas

devem ser superiores aos custos, porém quando não visa lucro, como é o caso

das organizações sem fins lucrativos, pode até gerar receita, porém, destina-se

para cobertura dos custos da organização. (CHURCHILL e PETER, 2005, p. 05).

Na mesma linha, Mccarthy e Perreault (1997, p. 39), afirmam que o

conceito de marketing tem importância não só para empresas comerciais, e sim

também para organizações que não visam lucro, pois da mesma forma que

empresas comerciais precisam de recursos e apoio para sobreviver, as

organizações que não visam lucro também tem esta mesma necessidade.

No entanto, a filosofia do conceito de marketing é por sua vez bastante

criticada, pois, com a criação de inúmeras variedades de características

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desnecessárias nos produtos acabam causando desperdício e aumento do preço

para o consumidor. (SANDHUSEN, 2000, p. 16).

Deforma mais abrangente, Franco (2000, apud MANZIONE, 2006, p. 47),

mostra diferenças do Marketing voltado para o Terceiro Setor em relação aos

demais setores, através do Quadro 1:

ALGUMAS DIFERENÇAS – QUADRO- SÍNTESE

Pesquisa de Marketing

Dificuldade em modificar o produto

Os benefícios são para os outros

Os benefícios são muitas vezes intangíveis

Os benefícios só se observam em longo prazo

Dificuldade em medir resultados

Uma mudança de atitude é muitas vezes necessária

Gerir crises é a ordem do dia

Quadro 1 - Diferenças entre o marketing tradicional e o marketing para o Terceiro Setor Fonte: adaptado de Franco (2000, p. 193 apud MANZIONE, 2006, p. 47).

Conforme quadro1, geralmente o retorno do marketing, sobre as ações,

das organizações do terceiro setor, é de longo prazo, já que há dificuldade para a

mudança do seu produto oferecido, ao qual se apresenta de uma forma intangível

e difícil de calcular os resultados obtidos, até mesmo porque os resultados são

para os outros, ou seja, a produção não pode ser medida internamente, como é o

caso da indústria.

Em complemento a este posicionamento Kotler (1992, p. 163), transcreve

sobre a Intangibilidade do marketing para terceiro setor, onde “ao contrário dos

produtos, os serviços não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou

cheirados antes de serem adotados ou adquiridos”.

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Albuquerque (2006, p. 105), estabelece diferenças entre Marketing Social e

Marketing de Mercado ou Empresarial, conforme pode ser visualizado no Quadro

2:

MARKETING MATERIAL MARKETING SOCIAL

• Mercado material (de produtos ou bens

para obtenção de lucro

• Mercado simbólico (de causas e idéias por

apoio e recursos)

• Atende a necessidades e desejos

identificados no público-alvo

• Tenta modificar atitudes e comportamentos

dos mercados-alvos

• Visa o lucro • Visa o benefício social

• Trabalha com bens de consumo e serviços • Trabalha com idéias e causas

• Atende aos interesses da empresa • Atende aos interesses da sociedade

Quadro 2 - Diferenças entre o Marketing Material e o Marketing Social Fonte: adaptado de Albuquerque (2006, p. 105).

Estas diferenças dizem respeito à forma de trabalhar das duas

organizações, na qual as organizações voltadas para o Marketing Material,

trabalham com serviços e bens de consumo e já as organizações direcionadas ao

Marketing Social, trabalham com: causas e idéias que devem atender aos

interesses da sociedade, visando o benefício social da mesma. É pela causa que

se pede apoio.

Renedo e Carlini (2007, p. 39), dispondo sobre as variáveis de marketing,

discorrem sobre uma das variáveis mais importantes para as organizações sócias

e chegam a conclusão que:

Para uma instituição ter credibilidade e conseguir arrecadar fundos, atrair patrocínios, estimular doadores e criar uma quantidade fixa de sócios e colaboradores, é preciso investir na imagem. Assim como a apresentação de um produto é a sua embalagem, a imagem é a apresentação de uma instituição. Conforme a imagem de uma instituição na sociedade, as pessoas se interessam, ou não, por ela (RENEDO; CARLINI, 2007).

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Em síntese, o marketing, voltado para organizações comerciais, visam

principalmente resultados financeiros, já o marketing empregado na divulgação de

organizações do terceiro setor que não visam lucro, serve para ajudar a mostrar a

transparência de retorno em relação às obras realizadas por estas, afim de, atrair

financiadores, colaboradores e investidores para projetos e campanhas sociais

afim de, preencher a deficiência de obras e ações em benefício da sociedade que

deveriam estar sobre a responsabilidade do Governo. Para o Marketing

Comercial, os produtos divulgados são bens e serviços, no entanto, para o

Marketing Social, o produto principal de divulgação é a causa social em questão.

2.4 CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA OTERCEIRO SETOR

A captação de recursos para organizações do terceiro setor, nada mais é

do que aquilo que dá suporte e sustento à organização, e vai muito além de ações

convencionais de arrecadação de fundos através de eventos beneficentes, sendo

necessárias estratégias focadas naquilo que a organização realmente precisa,

não só para manter-se firme, mas também para investir em projetos futuros.

Para Renedo e Carlini (2007, p. 95), o termo arrecadação de fundos está

ultrapassado, pois, na atualidade torna-se necessário que os recursos

pretendidos ou necessários para a sustentabilidade da organização, sejam

previamente planejados pela mesma e em se tratando de planejamento devem

ser acompanhados e reavaliados com passar do tempo, desta maneira então não

passa a ser somente arrecadações e sim desenvolvimento de fundos que é

conhecido em inglês como “fund raising”. Além domas, o desenvolvimento de

fundos é aplicado no mundo inteiro por ONGs, instituições, fundações, etc.

Em contrapartida consta no dicionário inglês-português, de Vallandro

(1998, p. 210), que Fund significa recursos financeiros e Raise, Arrecadar

(dinheiro), portanto se traduzíssemos para o português, teríamos arrecadação de

recursos financeiros.

Os recursos financeiros para as organizações do terceiro setor, podem ter

origens de fontes, tanto do setor privado, como do setor primário advindos do

governo Federal, Estadual ou Municipal e também das contribuições de pessoas

físicas.

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Em visão mais ampla sobre a origem de recursos para o Terceiro Setor,

Tachizawa (2004, p. 176), posiciona a Agência Internacional de Cooperação Não

Governamental, como a fornecedora da maioria dos recursos para ONGs,

fazendo parte da história das Organizações do Terceiro Setor. Estas redes

internacionais que financiavam o terceiro setor na década de 70 e surgiram na

época dos “Centros de Educação Popular” e os agentes de entidades

internacionais de “ajuda ao Terceiro Mundo” nos Estados Unidos, Canadá e

Países Europeus e ao qual neste momento no Brasil, as Igrejas Cristãs tiveram

um papel importante.

Todavia, Falcão (2000, apud YAMAGUTI et al, 2006, p. 147), discorre que:

Atualmente, a grande fonte de recursos para projetos é a iniciativa privada. Fundos internacionais estão cada vez mais escassos e os governamentais, além de escassos, burocratizados [...] exigem, cada vez mais, uma melhor preparação para a captação de recursos.

Em perspectiva divergente, Camargo et al. (2001, p. 89), relata a

dificuldade de captação de recursos através do setor privado, pelo fato da falta de

costumes de ações sociais deste segundo setor, na qual as organizações no

Brasil investem em média quatro bilhões de reais em segurança patronal e

pessoal de seus executivos, porém, no entanto, investem somente cinco mil reais

mensais em ações filantrópicas.

Pela escassez de recursos financeiros, humanos e físicos, as organizações

do terceiro setor, viram-se na necessidade de capacitar-se profissionalmente

através de cursos de Capacitação de Recursos voltados para elaboração de

projetos afim de, dar continuidade as atividades desenvolvidas pela organização

através da obtenção de recursos de forma estratégica.

Corroborando com esta posição, Silva e Silva (2008, p. 41-42), discorre

que o responsável pela captação de recursos deve ter conhecimento e expor de

forma transparente os interesses da organização ao qual está representando,

conhecer as leis voltadas para estes objetivos, ter um bom relacionamento com

as pessoas e empresas em potencial envolvidas no desenvolvimento desta

captação, que poderá ser através de doações ou patrocínios empregados em

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projetos de média ou longa duração, projetos sazonais e até mesmo

internacionais.

Segundo o site de consultoria para terceiro setor, Criando.net (2008):

A falta de recursos financeiros pode ser considerada um dos maiores entraves para a criação e desenvolvimento das entidades que compõe o terceiro setor. Mais que isso, hoje são quase inexistentes os casos em que pessoas físicas, jurídicas ou quaisquer outras fontes de financiamento, nacionais ou internacionais, decidam apoiar causas com finalidades obscuras, sem a noção exata e evidente da idoneidade das organizações e da aplicação devida desses recursos destinados nas atividades por elas desenvolvidas.

Conforme Brito (2008), disposto no site ABONG (Associação Brasileira de

Organizações Não Governamentais), não existe uma única receita para captação

de recursos para organizações do terceiro setor, ou seja, cada uma destas deve

adapta-se a sua própria realidade, desta forma, alguns fatores além da aceitação

da missão e dos objetivos da organização devem ser levados em conta:

• Projetos e relatórios bem estruturados;

• Avaliação de resultados de forma sistemática, com planejamento, e

ações permanentes de monitoramento e avaliação;

• Contabilidade organizada e com transparência;

• Controle de custos descentralizado;

• Planejamento da organização de forma lógica;

• Publicação de relatórios financeiros e ações;

• Captação de recursos participativa com os demais setores da ONG.

Quanto mais organizadas forem as Organizações do Terceiro Setor,

maiores resultados poderão obter para que suas causas sejam apoiadas pelos

seus patrocinadores, voluntários e doadores da sociedade no geral. A

transparência e objetividade, também são fatores importantíssimos que devem

ser levados em conta para o futuro das organizações.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

A fim de sugerir propostas de ações para o aumento da captação de

recursos atuais e desenvolvimento auto-sustentável da organização ACEEI, este

estudo se caracteriza como Proposição de Planos. Proposição de Planos é a

apresentação e ou aplicação de modelos administrativos, adaptados para

solucionar problemas previamente definidos pela organização. (ROESCH, 2005,

p. 64).

O local onde se realizou o estágio foi a Associação do Centro Educacional

Evangélico Infantil Pastor Artur Montanha (ACEEI), situado à Rua Zabovare

Scheneider, n° 22, bairro Jardim Solemar, São José/SC. O desenvolvimento deste

se deu no primeiro e segundo semestre de 2008, correspondentes aos Estágios II

e III do curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, campus de

Biguaçu.

3.1 Unidade estudada e participantes

Com o objetivo de propor ações estratégicas para captação de recursos, a

unidade estudada foi a Associação Centro Educacional Evangélico Infantil Pastor

Artur Montanha. Para análise do processo de captação de recursos, participaram

do estudo o Administrador da ACEEI, Denilso da Silva Vaz, a Tesoureira Rute C.

da Silva Vaz também da parte da ACEEI e a Coordenadora Estadual do

Programa Mesa Brasil do SESC, Luciana de Azevedo do Nascimento, que é uma

das instituições que colaboram com a ACEEI.

3.2 Procedimentos de coleta e análise de dados

Para a coleta de dados se usou de pesquisa bibliográfica, levantamento

documental e entrevistas semi-estruturadas.

A pesquisa bibliográfica de acordo com Gil (2002, p. 44), “é desenvolvida

com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos

científicos”. Neste estudo, foram pesquisados livros e artigos acadêmicos na

biblioteca da UNIVALI, em revistas científicas e anais de eventos da área de

Administração. Embora se tenha encontrado abundante material sob a temática

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de gestão social e terceiro setor, pouco estudos estão focados para os desafios

de captação de recursos e sustentabilidade econômica dessas entidades.

Na pesquisa documental foram analisados documentos da ACEEI tais

como livro caixa, estatuto da associação, registro de Utilidade Pública e outros

documentos sem título com dados internos. Com o SESC foram obtidos

documentos sobre o programa Mesa Brasil tais como recibos de entrega de

alimentos para a ACEEI e folders do Programa Mesa Brasil.

Quanto às entrevistas, foram realizados inúmeros contatos pessoais para

levantamentos de dados com o administrador e a tesoureira da ACE inserir o

acadêmico estagiário na realidade da organização, especialmente no que diz

respeito à captação de recursos. Junto ao SESC, foi realizada uma entrevista com

a coordenadora estadual do programa Mesa Brasil.

Para a análise dos dados elaborou-se inicialmente uma descrição do

processo de captação já existente afim de, se conhecer o estado atual a da

capacidade de captação de recursos e as principais iniciativas já realizadas. Em

seguida, procedeu-se a uma previsão da necessidade de recursos atual e futura

da entidade simulando estes dois cenários. Por último, foram analisados os dados

de forma propor melhorias e ações para captação de recursos com o objetivo de

cobrir os déficits atuais da ACEEI em busca da auto-sustentabilidade de forma

mais abrangente e consistente.

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4 RESULTADOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO

A ACEEI, Associação do Centro Educacional Evangélico Infantil Pastor

Artur Montanha, situada no Bairro Jardim Solemar, na cidade de São José, Santa

Catarina, fundado em 06/03/2005, é uma organização não governamental, sem

fins lucrativos, voltada para educação, lazer e o sustento de quarenta e três

crianças menos favorecidas, em horário integral das 07h00min as 18h00min

horas, de segundas às sextas-feiras, onde as crianças recebem além da

educação, também café da manhã, almoço, café da tarde e janta. A ACCEI é

importante na vida destas crianças, pois, enquanto os pais trabalham, ao invés de

ficarem pelas ruas elas recebem alimentação, educação e também o lazer

necessário para um crescimento sadio.

Em se tratando de caracterização, A ACEEI conta com os equipamentos, o

espaço físico de 170m² e infra-estrutura para proporcionar educação,

alimentação, lazer, cuidados especiais e auxílio aos pais enquanto trabalham,

proporcionando desta maneira um crescimento sadio para as quarenta e três

crianças.

O espaço físico está dividido em dois pisos, onde no piso térreo está a

cozinha e o refeitório no qual são equipados para proporcionar uma alimentação

saudável para as crianças.

Ainda neste mesmo piso ficam a secretaria que possui um banco de

espera, computador, ventilador, mesa com cadeiras para reunião e armário para

documentação e os banheiros para adultos.

No 1º piso, estão as salas do Pré-Escolar e Jardim de Infância, equipadas

de mesa com cadeiras para atividades das aulas, kit de brinquedos, aparelhos de

TV e DVD, ventiladores, armários e prateleiras para organização dos materiais

utilizados nas aulas.

O berçário está localizado neste mesmo andar e é equipado com berços,

kit de brinquedos, aparelho de TV, armários e ventilador, onde oito bebês

recebem cuidados necessários durante o mesmo período que as demais crianças.

Os três banheiros masculino, feminino e de banho, além do lavatório

localizam-se também neste andar, pois, sendo estes locais de fácil acesso,

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acabam proporcionando maior comodidade e segurança no trajeto para as

crianças.

A captação de recursos é originada de cinco fontes distintas:

• Das famílias: Através de doações especiais dos pais dos alunos;

• Da igreja: Através do caixa da Igreja Assembléia de Deus, unidade Sede

da cidade de São José, autorizada pela Presidência da mesma;

• Doações de terceiros: São doações efetuadas por terceiros através de

depósitos em conta, especialmente pelos membros da igreja, porém

qualquer pessoa pode efetuar depósitos;

• Carnês: Autorizado pela presidência da Igreja sede da Unidade de São

José são distribuídos carnês de arrecadação financeira voluntária;

• Doações não-financeiras: São doações de alimentos no quais os

principais doadores são: a parceria da Mesa Brasil, Max Atacadista

doador esporádico, dentre outros contribuintes menores, onde de certa

forma suprem grande parte das necessidades do CEEI em termos de

alimentação.

Um dos principais desafios atuais é eliminar a rotatividade de funcionários,

por isso percebe-se a necessidade de uma arrecadação maior de recursos, até

mesmo para que os funcionários atuais saiam da informalidade.

O principal desafio futuro é de transformar o espaço físico de 142m² que

fica no 2º, andar em uma sala de aula para reforço de alunos com idade superior

a seis anos, em uma nova cozinha com refeitório, para que a atual, seja

transformada em depósito para recebimento e armazenamento de produtos

alimentícios.

A estrutura organizacional em termos de Diretoria está formada pela

Presidência, vice-presidência, Administração, Tesouraria, conselho Fiscal e

Assembléia Geral.

A área Operacional é formada pela Secretaria, Professores, Auxiliares de

Sala, cozinha e Limpeza geral.

Os serviços prestados por esta instituição estão voltados para área da

educação e são eles:

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• Berçário – Para bebês de zero a um ano;

• Jardim de infância – para alunos de um a três anos;

• Pré-escolar – Para alunos de três a seis anos.

4.2 DESCRIÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSO PELA ACEEI

Através da capacidade atual de recursos a ACEEI se mantém de forma

apenas satisfatória, no que se referem as suas atividades normais, necessitando,

porém, um acréscimo de recursos financeiros consideráveis. Os recursos

alcançados são de natureza financeira e não financeira. O recurso financeiro

provém de doações de terceiros, em conta bancária, através de carnês de

contribuição, cobertura de déficit mensal por uma instituição religiosa chamada

Assembléia de Deus, a qual é instituidora do CEEI e das contribuições especiais

dos pais dos alunos. Já os recursos não financeiros originam-se de doações de

alimentos, roupas e utensílios, onde seus principais doadores são: O Serviço

Social do Comércio, através de seu programa chamado Mesa Brasil, ao qual

fornecem alimentos, roupas e utensílios. O Correio de São José, que doa através

de seus funcionários aproximadamente sessenta litros de leite por mês, O corpo

de bombeiro de Florianópolis, fornece em média sete cestas básicas por mês.

4.2.1 Doações não financeiras

A maior parte das doações não financeiras são doações de alimentos e

tem como seu principal contribuinte o programa do SESC (Serviço Social do

Comércio de Santa Catarina), chamado Mesa Brasil, ao qual foi fundado em 1994

e estendido a todo Brasil no ano de 2003. Este programa tem como parceiros,

supermercados como: Angeloni, Big, Giassi, Hipo dentre outros, também faz parte

desta parceria o Ceasa, a Conab, a Kraft e outros. Estas parcerias acabam

resultando na doação de alimentos como: feijão, leite, pão, sucos, verduras,

sopão, frango, chocolate e até roupas. A unidade Mesa Brasil de São José está

situada no bairro do Kobrasol e distribui principalmente alimentos para Centros

Educacionais, Albergs, casas lares, Centros de Recuperação para Drogados,

dentre outras organizações sem fins lucrativos. Esta distribuição de donativos é

feita diariamente, em uma rota de: catorze a dezesseis locais de atendimentos por

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dia e no mínimo uma vez por semana. O nível de sustentabilidade, em relação à

Mesa Brasil, é alto, pois, praticamente só depende da ACEEI para que ocorra a

perda destes benefícios, caso não cumpra com o termo de compromisso

assinado, na qual consta em duas de suas principais exigências, que, não pode

haver desperdícios de alimentos, bem como a não comercialização dos produtos

doados.

O Correio de São José contribui a aproximadamente dois meses, através

de seus funcionários, com doações mensais de sessenta litros de leite por mês e

doações de roupas esporadicamente.

A ACEEI também possui uma horta situada no terreno dos fundos, onde

são produzidas cebolinha verde, salsa, couve e alface.

Voluntários do Corpo de Bombeiros de Florianópolis contribuem em média,

com sete cestas básicas por mês. A doação destas cestas originou das ações

voluntárias da saudosa Senhora Isolina à aproximadamente um ano, ao qual

continua até hoje com a liderança de seu filho Sr. Fernando que é funcionário do

Corpo de Bombeiros.

Existem campanhas da Igreja Assembléia de Deus, ao qual também são

direcionadas doações financeiras ou não, através de seus membros, como foram

os casos das campanhas realizadas nas congregações do campo de São José,

nas localidades de Areias, Bela Vista, Roçado, e Sede, ao qual deram origem as

doações atuais dos carnês de contribuições.

Com estas contribuições e recursos de alimentos é mantida a maior parte

do consumo mensal de alimentação, porém ainda são comprados outros

alimentos necessários à alimentação diária como é o caso da carne, que ainda

não possui um doador sustentável em potencial.

A tabela 1, apresenta a capacidade média destas doações tendo como base seis

meses:

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36

Tabela 1 – Capacidade de Alimentação.

CAPACIDADE DE

ALIMENTAÇÃO

MESES PARA CÁLCULO DA MÉDIA VALOR

MÉDIO

(R$) Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08

Bombeiros 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00 150,00

Mesa Brasil

(Frutas, Verduras, Leite...). 1615,80 2369,00 1298,09 416,00 191,00 101,76 998,61

Correios (LEITE) 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00

CAPACIDADE TOTAL 1.208,61

Fonte: dados da pesquisa (2008).

4.2.2 Doações financeiras

As doações financeiras são originadas de depósitos bancários,

contribuições com carnês, doações especiais dos pais dos alunos e cobertura de

déficit pela Igreja Assembléia de Deus Sede de São José, instituidora da ACEEI.

Através tabela 2, é demonstrada a capacidade média de captação de

recursos financeiros mensais da ACEEI atualmente.

Tabela 2 – Capacidade de Captação de Recursos Financeiros Atuais da ACEEI

CAPACIDADE DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS ATUAIS DA ACEEI

DESCRIÇÃO

MESES PARA CÁLCULO DA MÉDIA VALOR MÉDIO

(R$) Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08

Contribuições Especiais dos Pais

1470,00 1067,00 1175,00 1490,00 1540,00 1446,6

0

1364,77

Contribuições das Campanhas na Igreja

2164,00 844,00 661,00 885,00 885,00 885,00 1054,00

Depósito na Conta Bancária

383,46 133,94 125,36 134,92 122,00 311,54 201,87

Contribuição do Instituidor 0,00 1000,00 1000,00 1000,00 1000,00 1000,0

0

833,33

Cobertura do Déficit Mensal pela Igreja Sede

0,00 306,06 523,50 327,26 301,96 381,76 306,76

CAPACIDADE TOTAL 3760,73

Fonte: Documentação de pesquisa interna ACEEI (2008).

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Cada item da tabela 2 é descrito de forma mais detalhada a seguir:

• Contribuições especiais dos pais – Tem sua origem através das

doações especiais dos pais de alunos em forma de contribuição, por

isso, possui natureza não obrigatória, ou seja, os pais contribuem caso

tenham condições financeiras no momento, o nível de sustentabilidade é

bom, porém, somente aproximadamente em média 30% do total de 43

alunos contribuem com 50 reais para meio período e 100 reais para

período integral, ou seja, cerca de 15 colaboram. Esta contribuição fica,

no entanto, bem abaixo do valor cobrado pelas creches privadas

particulares, além do mais apenas a minoria contribui com este valor

reduzido. No final de cada mês, são entregues recibos normais para

comprovação destas doações aos pais dos alunos;

• Contribuições através de campanhas: Estas contribuições foram

frutos de uma campanha, para divulgação da ACEEI e foram realizadas

nos núcleos da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, apenas na região

de São José, que se deu início à aproximadamente um ano, gerando

uma contribuição com um nível de sustentabilidade muito bom e com

poucas variações mensais. No entanto, de todas as unidades visitadas,

apenas quatro contribuíram, e continuam até hoje, sendo que uma delas

a chamada Congregação de Areias é responsável por aproximadamente

90% destas contribuições financeiras mensais com carnês;

• Depósito na conta bancária: São depósitos bancários realizados por

doadores de forma voluntária, através da conta bancária do banco

Bradesco, divulgada através dos voluntários, funcionários, site e cartão

de visitas da ACEEI;

• Contribuição do Instituidor: A cláusula 28 do parágrafo único do

estatuto da ACEEI reza que “A diretoria da IEADSJ, na qualidade de

membro instituidor [...] comprometendo-se ainda, a concorrer

mensalmente, com a contribuição mínima de 1000,00 reais mensais”.

Portanto esta contribuição mensal de 1000,00 reais torna-se obrigatória.

• Cobertura do déficit mensal pela Igreja Sede: é a cobertura de gastos

e custos mensais da ACEEI, ou seja, a cobertura do déficit mensal, pela

organização instituidora da mesma, que é a Igreja Evangélica

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Assembléia de Deus São José, mais precisamente a unidade Sede. Isto

acorre porque a ACEEI, ainda não possui a capacidade mensal de

captação de recursos para cobrir todas as obrigações financeiras

mensais, por isso, ainda necessita de cobertura de déficit pelo seu

instituidor.

Através da tabela 3 a seguir, podemos observar a necessidade atual

captação de recursos financeiros com médias mensais:

Tabela 3 – Necessidade de Captação de Recursos Financeiros Atuais da ACEEI

NECESSIDADE DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS ATUAIS DA ACEEI

DESCRIÇÃO

MESES PARA CÁLCULO DA MÉDIA VALOR MÉDIO

(R$) Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08

Gastos Mensais (Utensílios, Materiais...).

126,06 459,74 134,86 487,10 180,75 0,00 231,42

Produtos Alimentícios (Carnes, temperos...). 150,92 0,00 0,00 0,00 318,21 574,90 174,01

Cobertura do Déficit Mensal pela Igreja Sede 0,00 306,06 523,50 327,26 301,96 381,76 306,76

Folha de Pagamento 3450,00 3450,00 3450,00 3450,00 3450,00 3450,00 3450,00

CAPACIDADE TOTAL 3760,73

Fonte: Documentação de pesquisa interna ACEEI (2008).

Os gastos mensais são de utensílios para cozinha, materiais para

composição das aulas, materiais de limpeza entre outros. Os produtos

alimentícios como já mencionado anteriormente são fornecidos a maior parte pelo

programa Mesa Brasil do Sesc, porém, alguns ainda não possuem doador

sustentável, como são os casos das carnes e gás.

A cobertura do déficit dos gastos e custos mensais da ACEEI é a cobertura

pela qual já foi relatada anteriormente, em que a organização instituidora Igreja

Evangélica Assembléia de Deus São José, cobre a diferença entre as receitas e

saídas mensais da ACEEI, já que não há capacidade de recursos para cobrir

todas as obrigações financeiras mensais.

A folha de pagamento contida na tabela 3, possui valor reduzido, pois, não

estão contidos encargos trabalhistas, já que nenhum colaborador possui registro

em carteira de trabalho, por isso através da próxima tabela, é apresentada a real

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necessidade de captação de complemento de recursos futuros da ACEEI, onde a

maior dificuldade está em captar recursos que sustentem a folha de pagamento

com os devidos encargos necessários trabalhistas.

Tabela 4 – Necessidade de Captação de Recursos Financeiros Futuros para ACEEI

NECESSIDADE DE RECURSOS FINANCEIROS FUTUROS PARA ACEEI

DESCRIÇÃO

MESES PARA CÁLCULO DA MÉDIA VALOR MÉDIO

(R$) Dez-07 Jan-08 Fev-08 Mai-08 Jun-08 Jul-08

Gastos Mensais (Utensílios, Materiais...).

126,06 459,74 134,86 487,10 180,75 0,00 231,42

Produtos Alimentícios (Carnes, temperos...).

150,92 0,00 0,00 0,00 318,21 574,90 174,01

Cobertura do Déficit Mensal pela Igreja Sede

0,00 306,06 523,50 327,26 301,96 381,76 306,76

Folha de Pagamento com Encargos

7590,00 7590,00 7590,00 7590,00 7590,00 7590,00 7590,00

CAPACIDADE TOTAL 8302,18

Fonte: Documentação de pesquisa interna ACEEI (2008).

O desafio principal está em captar recursos sustentáveis para as

necessidades futuras do CEEI, no valor total mínimo constante na tabela anterior.

Hoje o CEEI, conta com a capacidade de recursos financeiros em um nível

satisfatório, porém, com um nível sustentabildade bom de arrecadação atual

mensal, no valor de 3.760,73 reais, tendo uma necessidade de acréscimo real de

4.541,45 reais, para alcançar o mínimo de 8.302,18 reais e para que os

funcionários saiam da informalidade, e a Igreja Sede não necessite mais cobrir os

déficits ao final de cada mês e com isso a organização alcance a sua auto-

sustentabilidade.

Não foram levados em conta nesta análise, os valores médios de captação

de recursos, baseados em forma de alimentação, já que os mesmos possuem

uma sustentabilidade muito boa e doadores em potencial.

4.3 PROPOSTAS DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Como resultado das pesquisas e análises gerou-se propostas que poderão

ser aplicadas no futuro da ACEEI, para captação e desenvolvimento de recursos

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40

além de ações para melhoria da imagem e transparência da mesma. Assim

sendo, seguem as propostas com seus respectivos planejamentos.

4.3.1 Propostas de uma nova apresentação para ACEEI

A proposta é criar um prospecto de apresentação para a associação, mas

para isso são necessárias que algumas mudanças e medidas sejam tomadas,

pois, conforme já mencionado anteriormente por Renedo e Carlini (2007, P.39),

“Para uma instituição ter credibilidade e conseguir arrecadar fundos [...] é preciso

investir na imagem [...] a imagem é a apresentação da instituição”. Por este

motivo se deseja apresentar a associação para seus patrocinadores da forma

mais objetiva e transparente possível e com a missão e os objetivos da

organização muito bem claros para o seu público alvo.

Para esta proposta o plano de ação se divide em 8 etapas e apresenta-se

conforme Quadro 3:

PLANO DE AÇÃO PARA UMA NOVA APRESENTAÇÃO PARA ACEEI ( 5W2H )

O Quê Por Quê Quem Onde Como Quando Quanto

Uma nova apresentação para ACEEI

Para personalizar e melhorar a apresentação diante dos os investidores e da sociedade

Os membros e voluntários da organi-zação

Na própria organização ACEEI e finalização nas empresas patrocinadoras

Através de reunião com o Conselho para apresentação das etapas do Plano de Ação e através de brainstorning

Mês de dezembro 2008 e janeiro de 2009

QUADRO 3- UMA NOVA APRESENTAÇÃO PARA ACEEI

FONTE: DADOS DA PROPOSTA

Este plano de ação será divido em 4 etapas:

a) Etapa 1 - Sugere-se em concordância com o administrador da

Associação Denilso da Silva Vaz, que se agende uma reunião com o

conselho e para propor que se utilize o nome fantasia: Associação do

Centro Educacional Crescer com Futuro, por vários motivos:

• Pelo fato de um dos principais objetivos da associação “Crescer

com Futuro” ficar contido no nome da mesma;

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41

• O site da associação já recebe (www.crescercomfuturo.com.br), e

já está sendo divulgado há alguns anos;

Sugere-se que seja discutida a necessidade que todos os membros da

diretoria, sejam também voluntários e estejam também empenhados

aos trabalhos e objetivos da associação.

b) Etapa 2 – Criação de logotipo e revisão da missão e visão: pós definido

mudança ou não de nome, criar um logotipo para associação, rever a

missão, visão e valores atuais, afim de, constar na documentação de

apresentação da Associação e deixar desta forma bem claro os

objetivos e o que, realmente a mesma pretende alcançar com a sua

causa;

c) Etapa 3 – Criação propriamente dita da documentação e prospecto para

apresentação da Associação: de posse do logotipo, da missão, visão e

valores, reunir documentações, fotos e fatos históricos e atuais para

confecção dos prospectos, cartazes e documentação de apresentação

formal para empresas, pessoas físicas em potencial.

d) Etapa 4 - Procurar patrocinador para confecção da documentação de

apresentação da associação.

e) Etapa 5 – Procurar patrocinador técnico para manutenção e

reengenharia do site da associação. O site deverá conter campos para

registros de ações e campanhas, novidades relacionadas aos

andamentos dos projetos da associação e campos para demais

registros de dados, afim de, aumentar transparência nas ações e

integrar cada vez mais os patrocinadores e investidores a associação.

4.3.2 Proposta para organização interna da Associação

Esta organização faz-se necessária, pois, com o aumento de contribuintes

em função da captação de novos recursos, haverá necessidade de um maior

controle, em relação às finanças internas, comunicação e dados para divulgação

dos resultados. Conforme já citado, Brito (2008), coloca que além da aceitação da

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missão e objetivos da organização, devem-se levar em conta alguns fatores

como: projetos e relatórios bem estruturados, ações permanentes de

monitoramento e avaliação, contabilidade organizada e com transparência e

publicação de relatórios financeiros.

O plano de ação para organização de documentação interna, será divido

em 5 etapas e os documentos serão cridos de forma personalizada.

Para esta proposta o plano de ação se divide em 7 etapas e apresenta-se

conforme Quadro 4:

PLANO DE AÇÃO PARA ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ACEEI ( 5W2H )

O Quê Por Quê Quem Onde Como Quando Quanto

Organização interna da ACEEI

Porque para um melhor controle e transparência dos resultados das ações

Os membros e voluntários da organização

Na própria organização ACEEI

Através de reunião com os membros da organização para apresentação das etapas do Plano de Ação

Mês de dezembro 2008 e janeiro de 2009

QUADRO 4- ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ACEEI

FONTE: DADOS DA PROPOSTA

a) Etapa 1 – Criação de planilhas no excel para controle do fluxo de caixa

e arquivo para organizar cópias;

b) Etapa 2 – Criação de planilha para balanço financeiro da associação,

para que haja uma maior transparência e controle das finanças.

c) Etapa 3 – Criação de planilha em excel para cadastro e contatos de

parceiros e voluntários;

d) Etapa 3 – Criação de planilhas em excel, para controle das entradas de

recursos, tanto financeiros como alimentícios divididos por parceiros ou

fontes.

e) Etapa 4 – Criação de recibos para doações financeiras, específicos

para emitir aos parceiros contribuintes, afim de que possam abater

estas doações do imposto de renda.

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43

f) Etapa 5 – Criação de carnês personalizados para contribuições em

campanhas e demais e para uso em demais ações para captação de

recursos.

g) Etapa 6 – Agendar reunião com todos os setores da associação para

verificar necessidade de criações de outras planilhas para controles de

recursos ou custos.

4.3.3 Campanhas para captação de recursos nas igrejas Assembléia de Deus

Ampliar as campanhas nas igrejas tem a intenção de buscar novos

parceiros, doadores ou colaboradores em potencial para a associação nas

próprias congregações da Igreja Assembléia de Deus. Para Camargo et al, (2001,

p. 52), “Atualmente, a igreja possui a missão de passar para toda sociedade

valores como solidariedade, amor ao próximo, ética e responsabilidade social [...]

e ajudar os setores menos favorecidos da população”. Este método de campanha

já foi utilizado, porém somente uma vez e em uma única cidade, nesta nova

proposta está contida além de realização de uma nova campanha em São José

para reforço e aumento das doações através de carnês que se recebe

atualmente, estender as campanhas também para as cidades arredores

(Florianópolis, Palhoça e Biguaçu). O diferencial desta nova campanha será: além

da visita a outras cidades, também a utilização de prospectos personalizados a

todos os membros das congregações mapeadas para se visitar e cartazes,

contendo o mesmo teor dos referidos prospectos para divulgação da associação,

que deverão ser fixados anteriormente às campanhas em cada uma das

localidades de forma sistemática.

Para esta proposta o plano de ação se divide em 5 etapas e apresenta-se

conforme Quadro 5:

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PLANO DE AÇÃO PARA CAMPANHA PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS NAS IGREJAS ASSEMBLÉIA DE DEUS ( 5W2H )

O Quê Por Quê Quem Onde Como Quando Quanto

Campanha para captação de recursos nas igrejas Assembléia de Deus

Para buscar novos parceiros ou doadores em potencial

Administrador e Voluntários

Nas congregações da igreja Assembléia de Deus de São José, Florianópolis e Palhoça

Através de visitas as congregações com cartazes e prospectos da nova apresentação da ACEEI seguindo as etapas do Plano de Ação (contribuições através de carnês)

Mês de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010

QUADRO 5- CAMPANHAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS NAS IGREJAS ASSEMBLÉIA DE DEUS

FONTE: DADOS DA PROPOSTA

Este plano de ação para captação de recursos através de campanhas será

dividido em 5 etapas:

a) Etapa 1 – Agendar reunião com o conselho para apresentação e

definição dos responsáveis pelo plano de campanha, solicitar ao Pastor

Presidente do campo de São José que seja o intermediário para o

pedido de autorização para realização da campanha aos demais

Pastores Presidentes dos campos das cidades vizinhas.

b) Etapa 2 – Mapeamento das congregações das Igrejas Assembléias de

Deus dos campos de São José, Florianópolis, Palhoça e Biguaçu.

c) Etapa 3 – Análise do potencial de cada campo para seguir a ordem de

início das campanhas, porém, sugerindo-se que se comece por São

José, pelo fato da associação ter sido instituída pela Igreja Sede desta

cidade e já estar contribuindo.

d) Etapa 4 – De posse do número de congregações definirem o número de

cartazes e prospectos para realização da campanha.

e) Etapa 5 – Agendar visitas com os respectivos dirigentes de cada

congregação, para a apresentação da associação e captação de

recursos. Em cada visita a comissão deverá ter no mínimo dois

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integrantes, um para apresentar ao público e outro para cadastrar os

interessados em contribuir.

Poderá também fazer parte desta comissão um fotógrafo e/ou uma pessoa

voluntária para filmar e registrar os momentos para divulgação posterior e

histórico,

f) Etapa 6 – Visita da comissão as localidades.

g) Etapa 7 – Avaliação dos resultados da campanha.

4.3.4 Propostas para captação de recursos através de débito em conta bancária

Através de visitas aos bancos, será verificada a possibilidade de existir

uma maneira de debitar doações financeiras das empresas ou pessoas físicas

diretamente na conta bancária, seja através de formulários, documentações,

Internet ou qualquer outra forma de débito.

Para esta proposta o plano de ação se divide em 4 etapas e apresenta-se

conforme Quadro 6:

PLANO DE AÇÃO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE DÉBITO EM CONTA BANCÁRIA ( 5W2H )

O Quê Por Quê Quem Onde Como Quando Quanto

Captação de recursos através de débito em conta bancária

Para verificar possibilidade de captar recursos através de débitos em conta bancárias

Administrador e Voluntários

Nas agências bancárias do Bradesco, Besc, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander e Itaú

Através de visitas aos bancos mediante a apresentação da ACEEI para os gerentes, conforme etapas do Plano de Ação

Mês de dezembro 2008 e janeiro de 2009

QUADRO 6- CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE DÉBITO EM CONTA BANCÁRIA

FONTE: DADOS DA PROPOSTA

Este plano de ação será dividido em 4 etapas:

a) Etapa 1 – Visita ao banco Bradesco. Pelo fato da associação possuir

conta no mesmo, será o primeiro banco a se visitar, afim de, verificar-se

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46

possibilidade de débito direto na conta do contribuinte, se caso positivo

propor uma campanha para captação de recursos à apresentação da

associação aos clientes.

b) Etapa 2 – Visitas aos demais bancos (Banco do Brasil, Banco BESC,

Caixa Econômica Federal, e outros), com o mesmo objetivo da visita ao

Banco Bradesco.

c) Etapa 3 – Avaliação do resultado das visitas aos bancos.

d) Etapa 4 – Para os casos positivos iniciar planejamento de campanha ou

buscar doadores empresas ou pessoas físicas.

4.3.5 Propostas para captação de recursos através de débito em folha de

pagamento

Propõem-se visitar empresas e sindicatos em potencial, para possibilidade

de doações de funcionários diretamente na folha de pagamento, com valores

entre 1,00 e 5,00 no máximo. A idéia é iniciar pelas empresas públicas, e após

estender também aos sindicatos e empresas privadas. A vantagem deste tipo de

doação é que possui uma grande sustentabilidade, pois, após a empresa e os

funcionários concordarem com as doações, será difícil a retirada das mesmas da

folha de pagamento.

Para esta proposta o plano de ação se divide em 6 etapas e apresenta-se

conforme Quadro 7:

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PLANO DE AÇÃO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE DÉBITO EM FOLHA DE PAGAMENTO ( 5W2H )

O Quê Por Quê Quem Onde Como Quando Quanto

Captação de recursos através de débito em Folha de Pagamento

Por causa do alto grau de sustentabilidade

Administrador e Voluntários

Nos Sindicatos e Empresas mapeados para visitas

Através de visitas aos sindicatos e empresas com o objetivo de apresentar a ACEEI aos futuros investidores, conforme etapas do Plano de Ação (valor das doações de 5,00 a 10,00 reais)

Mês de fevereiro a dezembro de 2009

QUADRO 7- CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE DÉBITO EM FOLHA DE PAGAMENTO

FONTE: DADOS DA PROPOSTA

Este plano de ação será dividido em 6 etapas:

a) Etapa 1 – Mapear empresas públicas, para as visitas.

b) Etapa 2 – Iniciar as visitas às empresas públicas em ordem de

potencialidades, ou seja, primeiramente as Federais, e na seqüência

Estaduais e Municipais, levando-se em conta também as que tiverem o

maior número de funcionários primeiro.

c) Etapa 3 – Avaliar o resultado das visitas a estas empresas e cadastrar

doadores.

d) Etapa 4 – Mapear visitas às empresas privadas em potencial e aos

sindicatos.

e) Etapa 5 – Iniciar visitas de acordo com mapeamento, em ordem de

potencialidades, pelo número de funcionários.

f) Etapa 6 - Avaliar os resultados das visitas às empresas e sindicatos e

cadastrar doadores.

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4.3.6 Proposta de campanha para captação de recursos através de débito em conta

bancária de empresas

Esta proposta depende de resultados de visitas aos bancos anteriormente,

mas a idéia é aplicá-la nos casos em que os resultados foram positivos. E então

desta maneira, visitar empresas em potencial, para possibilidade de doações com

valores entre 5,00 e 10,00 no máximo, que seriam descontadas diretamente em

sua conta bancária. A idéia é iniciar novamente pelas empresas públicas, e após

estender também aos sindicatos e empresas privadas.

O acordo com as empresas seria de um trabalho de responsabilidade

social, na qual a associação teria autorização de se apresentar aos funcionários,

em forma de uma campanha social, podem-se utilizar-se do mesmo material das

campanhas nas igrejas. O resultado desta proposta vai estar diretamente ligado

com o número de bancos, que aderirem à idéia de débito de doações financeiras

em conta bancária de clientes. O porquê de não apresentar esta idéia de débito

na conta bancária, juntamente com a proposta de débito em folha de pagamento?

Pelo fato de se dar prioridade ao modelo mais sustentável e seguro de débito em

folha de pagamento e também pelo fato de agora, já se ter os devidos contatos

com as empresas. Dessa forma podem-se ter mais chances de captar recursos.

Para esta proposta o plano de ação se divide em 6 etapas e apresenta-se

conforme Quadro 8:

PLANO DE AÇÃO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE CAMPANHA EM EMPRESAS

COM DÉBITO EM CONTA BANCÁRIA ( 5W2H )

O Quê Por Quê Quem Onde Como Quando Quanto

Captação de recursos através de Campanha nas empresas com débito em Conta Bancária

Para aproveitar o resultado das visitas aos bancos e os contatos com as empresas anteriormente

Adminis-trador e Voluntá-rios

Nas empresas visitadas nas Etapas anteriores

Através de visita as empresas com o objetivo de apresentar a ACEEI aos funcionários em forma de campanha, conforme etapas do plano de ação (valor das doações de 5,00 a 10,00 reais)

Mês de fevereiro a dezembro de 2009

QUADRO 8- CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE CAMPANHA COM DÉBITO EM CONTA BANCÁRIA DE EMPRESAS FONTE: DADOS DA PROPOSTA

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Este plano de ação será dividido em 6 etapas:

a) Etapa 1 – Mapear empresas públicas, para as visitas.

b) Etapa 2 – Iniciar as visitas às empresas públicas em ordem de

potencialidades, ou seja, primeiramente as Federais, e na seqüência

Estaduais e Municipais, levando-se em conta também as que tiverem o

maior número de funcionários primeiro.

c) Etapa 3 – Avaliar o resultado das visitas a estas empresas e cadastrar

doadores.

d) Etapa 4 – Mapear visitas às empresas privadas em potencial e aos

sindicatos.

e) Etapa 5 – Iniciar visitas de acordo com mapeamento, em ordem de

potencialidades, pelo número de funcionários.

f) Etapa 6 - Avaliar os resultados das visitas às empresas e sindicatos e

cadastrar doadores.

4.3.7 Proposta para captação de recursos através de débito em conta bancária às

pessoas físicas

Esta proposta também dependeria dos resultados das visitas aos bancos

anteriormente, mas a idéia também é aplicá-la nos casos em que os resultados

foram positivos. E então desta maneira, visitar primeiramente pessoas em

potencial, para possibilidade de doações com valores entre 5,00 e 15,00 no

máximo, que seriam debitadas diretamente em sua conta bancária. O resultado

desta proposta vai estar diretamente ligado com o número de bancos, que

aderirem à idéia de doações através de débito em conta bancária.

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Para esta proposta o plano de ação se divide em 7 etapas e apresenta-se

conforme Quadro 9:

PLANO DE AÇÃO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE CAMPANHA COM DÉBITO

EM CONTA BANCÁRIA DE PESSOAS FÍSICAS ( 5W2H )

O Quê Por Quê Quem Onde Como Quando Quanto

Captação de recursos através de débito em conta bancária de Pessoas Físicas

Para aproveitar o resultado das visitas aos bancos, já com a possibilidade de débito em conta corrente

Adminis-trador e Voluntá-rios

Nas residências de membros de igrejas evangélicas e pessoas em potencial

Através de visitas as pessoas em potencial com o objetivo de apresentar a ACEEI, conforme etapas do Plano de Ação (valor das doações de 5,00 a 15,00)

Mês de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010

QUADRO 9 - CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE DÉBITO EM CONTA BANCÁRIA DE PESSOAS FÍSICAS

FONTE: DADOS DA PROPOSTA

Este plano de ação será dividido em 8 etapas:

a) Etapa 1 – Mapear pessoas físicas em potencial (Membros da Igreja

Assembléia de Deus, Membros de demais Igrejas Evangélicas e demais

pessoas em potencial).

b) Etapa 2 – Iniciar as visitas às pessoas em potencial que forem

membros da igreja Assembléia de Deus.

c) Etapa 3 – Avaliar o resultado das visitas e cadastrar doadores.

d) Etapa 4 – Iniciar visitas das pessoas que freqüentam igrejas

evangélicas em outras igrejas conforme mapeamento.

e) Etapa 5 - Avaliar os resultados das visitas e cadastrar contribuintes.

f) Etapa 6 – Iniciar visitas as pessoas em geral iniciando pelo potencial,

de acordo com mapeamento.

g) Etapa 7 - Avaliar os resultados destas visitas e cadastrar contribuintes.

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QUADRO DE ETAPAS PARA PLANO DE AÇÃO DESCRIÇÃO DO

PLANO DE AÇÃO

ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

ETAPA 4

ETAPA 5

ETAPA 6

ETAPA 7 Uma nova apresentação para ACEEI

Revisão do nome Fantasia atual da ACEEI

Criação do logotipo da ACEEI

Criação de prospecto e documento de apresentação para ACEEI

A busca de patrocinador para confecção dos prospectos de apresentação

A busca de patrocinador para manutenção do site da ACEEI

Organização interna (documentações personalizadas)

Criação de planilha no Excel para fluxo caixa

Criação de planilha no excel para balanço financeiro

Criação de planilha para cadastro de parceiros e Voluntários

Criação de planilha para controle de entrada de recursos

Criação de recibos

Criação de carnês para campanha

Reunião com colaboradores internos para que possam ter a oportunidade de opnarem sobre a organização

Campanha para captação de recursos nas igrejas Assembléia de Deus

Reunião para definir diretrizes da campanha

Mapeamento das localidades que serão realizadas as campanhas

Análise do potencial de cada localidade para definir ordem de cronograma

Definir número de cartazes e prospectos para campanhas

Agendar visitas as Localidades

Visitas as localidades

Avaliação dos Resultados da campanha

Captação de recursos Com débito em conta Bancária

Visita ao banco Bradesco

Visita a outros bancos

Avaliação do resultado das visitas

Conforme resultado iniciar campanha nos bancos ou diretamente com pessoas físicas ou empresas

Avaliação dos Resultados

Captação de recursos através de débito em folha de pagamento

Mapear empresas públicas para visita

Iniciar visitas nesta ordem: empresas públicas federais, estaduais e municipais

Avaliação do resultado das visitas

Mapear empresas Privadas e Sindicatos para visita

Iniciar visitas por ordem de potencialidade (nº de funcionários)

Avaliar o resultado das visitas e cadastrar empresas

Captação de recursos através de campanha com débito em conta bancária de empresas

Mapear empresas públicas para visita

Iniciar visitas nas empresas públicas federais, estaduais e municipais respectivamente

Avaliação do resultado das visitas

Mapear empresas Privadas e Sindicatos para visita

Iniciar visitas por Ordem de Potencialidade (nº de funcionários)

Avaliar o resultado das visitas e cadastrar empresas

Captação de recursos através de campanha com débito em conta de Pessoas Físicas

Mapear pessoas em potencial para visita nesta ordem: membros da igreja Assembléia de Deus, demais Igrejas Evangélicas e pessoas em potencial

Iniciar visitas a pessoas que forem membros da Igreja Assembléia de Deus

Avaliação do resultado das visitas e cadastrar pessoas

Iniciar visitas pessoas que forem membros das demais igrejas evangélicas

Avaliação do Resultado das Visitas e cadastrar Pessoas

Iniciar visitas as demais pessoas

Avaliação do Resultado das Visitas e cadastro pessoas

Quadro 10 - Etapas para plano de ação / Fonte: dados da proposta

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de estágio tem como principal objetivo propor

ações para captação de recursos para a ACCEI (Associação Centro Educacional

Evangélico Infantil Pastor Artur Montanha). Ao final foram listadas propostas para

captação de recursos e também propostas de melhoria das estratégias de

captação de recursos atuais.

A importância deste trabalho para a ACEEI, está na busca de recursos

sustentáveis para esta instituição, já que atualmente necessita de cobertura de

défict pela organização que a instituiu, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus

de São José.

No início do trabalho a dificuldade maior, foi a de encontrar literaturas

voltadas para o Terceiro Setor, mais ao final já se havia encontradas referencias

necessárias para fundamentação e embasamento teórico para o alcance dos

objetivos do mesmo.

O acadêmico teve livre acesso as documentações por parte da ACEEI, e

apoio na realização da pesquisa dos processos internamente a instituição.

Para análise do processo de captação de recursos atuais, foi entrevistado

o administrador da ACEEI, Denilso da Silva Vaz, a tesoureira Rute C. da Silva

Vaz também da parte da ACEEI e a Coordenadora Estadual do Programa Mesa

Brasil do SESC, Luciana de Azevedo do Nascimento. Foram consultados: recibos

de entrega de alimentos e folders do Programa Mesa Brasil, Livro caixa da

ACEEI, estatuto da associação, registro de Utilidade Pública e outras

documentações com dados internos da ACEEI.

Ao final do presente trabalho obteve-se como resultados propostas para

melhoria interna da ACEEI, bem como a melhoria da imagem da mesma. Foram

também sugeridas ações para captação de recursos visando a sustentabilidade

desta instituição e também a melhoria das estratégias de captação de recursos

atuais.

A titulo de sugestão futura propõe-se, a capacitação de membros ou

voluntários da ACEEI com cursos de capacitação de recursos e gestão de

empresas. A realização do presente trabalho agregou ao acadêmico, conhecimentos

teóricos e práticos, ampliando desta maneira, a capacidade de elaboração de

trabalhos acadêmicos e técnicas administrativas, que poderão ser aplicadas

futuramente.

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