P r opos t a P edagógica de Apr endizagemR OODA T ekt on

S i lvia F . S . Mor es coP at r icia Alej andr a B ehar

U F R GS - F ACU L DADE DE E DU CAÇÃO - NU T E D

Objet i vo

z Verificar como ocorre a tomada deconsciência dos conceitos físicos, a partirde atividades experimentais e teóricas,baseadas em desafios e apoiadas em umambiente virtual de aprendizagem.

Apr es entação

z O ROODA T ekton é uma proposta deaprendizagem de Física incorporada ao ROODA(Rede cOOperativa De Aprendizagem), voltadapara aprendizagem de Física.

z Disponível em:http://rooda.edu.ufrgs.br/paginas/turma-13.

z É considerada mais do que um material didáticomultimídia, pois existe toda uma filosofia de usodas funcionalidades do ROODA.

z Com ela é possível acompanhar a aprendizagemdos sujeitos dentro de uma epistemologiaconstrutivista.

z Enfatiza-se não apenas o resultado final, massim a todo o processo de construção doconhecimento.

z Foi planejada com a metáfora de uma sala deaula, por ser o ambiente onde os alunosconvivem no dia-a-dia.

z Mais que um simples endereço no ciberespaço,nela não basta somente acessar informações,enviar dados, perguntas e respostas, pois osujeito é desafiado o tempo todo a solucionardesafios, estabelecer relações, construir ereconstruir conhecimento.

z A proposta da ênfase ao processo deinteração e aprendizagem,principalmente a tomada de consciênciados conceitos físicos.

z A tomada de consciência ocorre demaneira presencial e semi-presencial,através do suporte digital.

z A proposta volta-se ao público adolescente,devido às dificuldades que estes apresentamdurante o processo de aprendizagem de Físicano curso de Ensino Médio.

z Foram trabalhados somente alguns tópicos doconteúdo de Física, mais especificamente às leisde Newton e suas aplicações.

z Nesta abordagem, parte-se do fato deque a aprendizagem cooperativa privilegiaa produção em grupo em detrimento dotrabalho individual, sem desconsiderar aindividualidade de cada sujeito.

Aces s ibi l idade

z A proposta disponibiliza mais de umcaminho para se chegar ao mesmo local.

z Pode-se chegar na página desejada,clicando-se nos objetos e personagensque se encontram na sala de aula, ouainda no menu que fica na parte inferiorda tela da sala.

z A proposta é apresentada por um personagemadolescente skatista chamado T ekton,identificado com a letra T na sua camiseta.

z Ele caracteriza o modo de viver dos sujeitosdesta faixa etária, sensibilizando o usuárioatravés de uma possível identificação com opersonagem.

z Ao explorar o site, o jovem encontra links eanimações que conduzem aos recursospedagógicos e aos desafios.

z Para tornar a interface mais intuitiva,foram inseridos ícones na sala de aula queremetem ao significado de sua função.

z Para que o sujeito tenha acesso a estesícones, é necessário acender a luz,clicando-se no ícone interruptor.

R ecur s os Pedagógicos

z Muralz Histór ia da F ísica

z A Vida dos Grandes F ísicosz Laboratór io Vir tualz Biblioteca Vir tual

z L inks para sites de F ísicaz Desafio 1, 2, 3 e 4

Mur al

z O mural apresentatextos informativosque orientam osalunos sobrequestões referentes arealização dastarefas.

H i s tór ia da F í s ica

z Nestas páginas sãoencontradasinformaçõesreferentes aosestudos feitos nosprimórdios da Gréciaantiga atéinformações que nosremetem aos diasatuais.

A vida dos Gr andes F í s icos

z Este recursopedagógico apresentainformações sobrepersonalidadesfamosas, como:Albert Einstein,Aristóteles,Arquimedes, Celsius eoutros.

L abor atór io Vi r tual

z Este recursoapresenta trinta eduas simulaçõesrelacionadas com osconteúdos enfocados.Elas tem o objetivode ajudar nacompreensão dosfenômenos físicos.

B ibl ioteca Vi r tual

z A proposta organizaem uma bibliotecavirtual tópicos daMecânica Clássica,enfocando oconteúdo deDinâmica,especificamente àsleis de Newton e suasaplicações.

L ink s par a s i tes de F í s ica

z A propostadisponibiliza linkspara sites de Física,relacionados com oassunto enfocado nocurso e outrascuriosidades.

Des afio 1

z O primeiro desafio trata do experimento dafunda, a qual consiste em uma bola de plástico,fixada na extremidade de um barbante, queo sujeito lança tentando atingir o alvo.

z Neste desafio são trabalhados os seguintesconceitos físicos: aceleração centrípeta,aceleração centrífuga, vetor velocidade e vetoraceleração.

Des afio 2

z Este desafio esta relacionado com o planoinclinado.

z Ele consiste em fazer deslizar um objeto porsobre um plano inclinado, imprimindo diferentesdireções previamente determinadas a essadescida.

z Os conceitos trabalhados são: atrito,peso,velocidade, direção, sentido, ângulo deinclinação, velocidade, aceleração.

Des afio 3

z Apresenta como tema o impulso e a quantidadede movimento.

z Consiste em duas pequenas bolas: A que osujeito arremessa em B que recebe o choque deA, bem como de um pequeno alvo C que deveser derrubado por B.

z Neste desafio trabalha-se os seguintesconceitos: deslocamento, velocidade, força,direção, sentido, impulso, quantidade demovimento e massa.

Des afio 4

z Proporciona aos alunos um momento dereflexão.

z Nesta etapa, como ponto culminante doprocesso de aprendizagem, os alunos deverãoapresentar suas produções para a turma erealizar uma avaliação dos trabalhosdesenvolvidos, da atuação de cada grupo, decada aluno, do professor e do curso.

Des afios

z Em todos os desafios o aluno tem oportunidadede interagir com o material, com os colegas,com o professor, verificando, através da ação,os fenômenos físicos.

z Os desafios apresentam questões teóricas,problemas fechados e abertos.

z T odas as discussões, conclusões, publicações eregistros que envolvem os quatro desafios sãoapoiadas pelas ferramentas e recursos doROODA.

Metodologia

z Adotou-se o procedimento de invest igação,observação part icipante e uma metodologiaqualitat iva, com base no método clínico.

z Ao realizar a at ividade prát ica, o professorquest iona os sujeitos em relação aos fenômenose conceitos que envolvem o exper imento.

z Enquanto produz uma conduta no sujeito, oexper imentador procura analisar o que estáacontecendo e esclarecer o seu signif icado.

T r abalho E mpí r ico

z Dinâmica de T rabalho em gruposz Discussão coletiva

Atividades

z (1) prát icas exper imentais com mater ial concreto;z (2) resolução de desaf ios;z (3) produção de textos colet ivos;z (4) pesquisas na I nternet;z (5) discussão de assuntos enfocados at ravés de Chats e

fóruns de discussão;z (6) regist ro das descobertas e dúvidas no Diár io de Bordo e,z (7) elaboração, de forma cooperat iva, de um site do grupo,

com base em tudo o que foi discut ido e concluído durante oper íodo de aula.

S ujei tos da Pes qui s a

z O público alvo foram seis alunosadolescentes, na faixa etária de 14-15anos de idade, do primeiro ano do cursode Ensino Médio do I nstituto Estadual deEducação Ernesto Alves.

Dur ação da pes qui s a

z A pesquisa foi realizada durante 40hs/aula( de 08 de outubro a 20 de dezembro de2002).

T écnicas de Coleta de Dados

z Questionários Assistidosz Observação Participante

Conclus ões

z Reportando-se à opiniões dos sujeitos, emrelação a proposta pedagógica de aprendizagemde Física ROODA T ekton, conclui-se que elesgostaram muito do design, das cores utilizadas,da metáfora escolhida pela autora, dasdiferentes opções de navegação, dos recursospedagógicos e das atividades propostas.

z Em relação às ferramentasdisponibilizadas pelo ROODA, verificou-seque o chat, o fórum de discussão e ofinder, por permitirem a comunicação e asinterações interindividuais, favorecem àcooperação e possibilitam a tomada deconsciência dos conceitos físicos.

z Quanto ao diário de bordo, viu-se que estaferramenta serviu apenas para o registro dosdados considerados corretos pelos alunos.

z Entende-se que isto aconteceu, em virtudedessas serem produções individuais que seriamanalisadas pelo professor.

z Esse fato deixa claro o medo que o adolescentetem do erro e de uma provável reação negativado professor frente a este erro.

z Concorda-se com os alunos quanto ànecessidade de se incorporar no ambienteuma ferramenta para resolver questõesque envolvam cálculos numéricos ouliterais.

z Os cálculos auxiliam a tomada deconsciência dos conceitos físicos.

z Conclui-se que a metodologia empregadamotivou os alunos, pois eles tiveram aoportunidade de construir seusconhecimentos, livremente, sem sepreocupar em resolver vários problemasfechados, predeterminados, comoacontece na concepção matematizada deensino de Física.

z Os seis alunos acompanhados durante ocurso apresentavam concepçõesespontâneas sobre cada um dos assuntosenfocados e, a partir da inclusão de cadadesafio, passaram a corrigir e areconstruir as significações prévias.

z Caracteriza-se, assim, a conceituação.

z Os insights são, na verdade, tomadas deconsciência bruscas que não se consegueacompanhar o processo.

z Neste caso, os esquemas anteriormenteconstruídos, tornam-se capazes decoordenações mais rápidas, as quaisfornecem a ilusão de súbita compreensão.

z Observou-se, durante as atividadespráticas e teóricas, a capacidadehipotético-dedutiva dos sujeitos.

z Pode-se chegar à conclusão que, naadolescência, a tomada de consciênciatorna-se também uma reflexão dopensamento sobre si mesmo.

z O erro não é condição necessária parauma progressiva tomada de consciência,pois ela ocorre mesmo se o objetivo inicialé alcançado sem nenhum fracasso.

z Contudo, o erro é eventualmentenecessário para que o sujeito tomeconsciência da inadaptação dos seusesquemas.

z Pode-se concluir que as relações sujeito-sujeito, num nível coletivo, é condiçãonecessária para a tomada de consciênciados conceitos físicos.

z A cooperação não age somente sobre atomada de consciência, mas culmina naconstituição de toda uma estruturanormativa.

z A proposta pedagógica de aprendizagemde Física, neste estudo apresentada,permitiu ao professor verificar eacompanhar como ocorre o processo detomada de consciência.

z As Atividades experimentais realizadas emgrupo, favoreceram a cooperação,desafiaram os alunos conduzindo-os àconstrução dos conceitos físicos.

Silvia Ferreto da Silvia Morescoferreto@netp.com.br

Patricia Alejandra Beharpbelhar@terra.com.br

www.nuted.edu.ufrgs.br