proposta n.º 718/2018 - aprovar e submeter À … · eu costumo brincar com esta matéria e vou...

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1 PROPOSTA N.º 718/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL AS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O QUADRIÉNIO 2019-2022, BEM COMO O ORÇAMENTO PARA 2019, O MAPA DE PESSOAL E A TABELA DE TAXAS MUNICIPAIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 719/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL A FIXAÇÃO DAS TAXAS DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (IMI), PARA 2019, BEM COMO DAS MAJORAÇÕES E REDUÇÕES, ESTABELECENDO OS MECANISMOS NECESSÁRIOS PARA O RESPETIVO CUMPRIMENTO, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 720/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL O PERCENTUAL RELATIVO AO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) PARA VIGORAR NO ANO DE 2019, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 720-A /2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 720/2018 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES”, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 720-B/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 720/2018 AUMENTO NA DEVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO VARIÁVEL NO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) PARA 3,0%”, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 721/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL O LANÇAMENTO EM 2019 DO PERCENTUAL DA DERRAMA PARA OS SUJEITOS PASSIVOS, CUJO VOLUME DE NEGÓCIOS NO ANO ANTERIOR NÃO ULTRAPASSE OS 150 000 EUROS, BEM COMO PARA OS RESTANTES CASOS, A APLICAR SOBRE O LUCRO TRIBUTÁVEL SUJEITO E NÃO ISENTO DE IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 721-A/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 721/2018 “DERRAMA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

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PROPOSTA N.º 718/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA

MUNICIPAL AS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O QUADRIÉNIO

2019-2022, BEM COMO O ORÇAMENTO PARA 2019, O MAPA DE PESSOAL

E A TABELA DE TAXAS MUNICIPAIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 719/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA

MUNICIPAL A FIXAÇÃO DAS TAXAS DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE

IMÓVEIS (IMI), PARA 2019, BEM COMO DAS MAJORAÇÕES E REDUÇÕES,

ESTABELECENDO OS MECANISMOS NECESSÁRIOS PARA O RESPETIVO

CUMPRIMENTO, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 720/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA

MUNICIPAL O PERCENTUAL RELATIVO AO IMPOSTO SOBRE O

RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) PARA VIGORAR NO

ANO DE 2019, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 720-A /2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA

N.º 720/2018 – “IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS

SINGULARES”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 720-B/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA

N.º 720/2018 – “AUMENTO NA DEVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO VARIÁVEL

NO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS)

PARA 3,0%”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 721/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA

MUNICIPAL O LANÇAMENTO EM 2019 DO PERCENTUAL DA DERRAMA

PARA OS SUJEITOS PASSIVOS, CUJO VOLUME DE NEGÓCIOS NO ANO

ANTERIOR NÃO ULTRAPASSE OS 150 000 EUROS, BEM COMO PARA OS

RESTANTES CASOS, A APLICAR SOBRE O LUCRO TRIBUTÁVEL SUJEITO

E NÃO ISENTO DE IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS

COLETIVAS, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 721-A/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA

N.º 721/2018 – “DERRAMA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

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PROPOSTA N.º 721-B/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA

N.º 721/2018 – “DERRAMA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

PROPOSTA N.º 722/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA

MUNICIPAL O PERCENTUAL RELATIVO À TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS

DE PASSAGEM (TMDP) PARA VIGORAR NO ANO DE 2019, NOS TERMOS

DA PROPOSTA;

O Sr. Presidente em exercício: - Pedia-vos então para retomarmos os

trabalhos, para se sentarem. Vamos fazer a discussão dos pontos 5, 6, 7, 8, 9,

e 10 toda junta, e para tal vou dar a palavra ao Vereador João Paulo Saraiva,

faremos a discussão destes pontos toda em conjunto, e depois fazemos a

votação em separado.

Sr. Vereador João Paulo Saraiva.

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva: - Muito boa tarde a todos.

Já há condições técnicas, ou não? Ora muito bem, então eu vou começar por

aquilo que, dada a sequência que fizemos, e à abordagem que foi feita hoje

sobre as empresas municipais, eu começo por referir algo que todos puderam

constatar, quer da leitura dos documentos, quer das apresentações da reunião

anterior, e da primeira parte desta, estamos perante um conjunto de empresas

que com as previsões que são apresentadas para, de empresas e do próprio

município já lá vou, mas daquilo que foram as apresentações até agora um

conjunto de empresas que estão equilibradas, e com o orçamento de 2019

manter-se-ão equilibradas, a fazer, a realizar aquilo que são os seus objetivos,

e com a particularidade, como eu já sublinhei há pouco de estarem a receber

um conjunto de responsabilidades acrescidas nas suas áreas cuore, mas

também naquilo que são áreas colaterais de trabalho que não, muitas delas até

numa abordagem mais racional, fazem parte da sua área cuore, mas que até

agora tinham sido mantidas no município.

A Carris é um caso especial, e portanto obviamente que toda a abordagem que

é feita, e que foi aqui apresentada é uma abordagem em que estamos num

ciclo de investimento que tenta recuperar todo um défice de investimento ao

longo de um conjunto alargado de anos, nomeadamente naquilo que é o seu,

no fundo, o seu ativo mais precioso que são os seus trabalhadores, mas

também em tudo aquilo que são o conjunto de equipamentos necessários à

operação da Carris.

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Depois temos a EMEL que vai aumentar o seu âmbito de atuação, e vai

receber um conjunto de incumbências relativamente a intervenções no espaço

público, e muito especificamente relativamente à rede de ciclovias, só para

resumir algumas das questões que estão aqui em cima da mesa, estou só a

fazer este resumo porque ele impacta muitíssimo naquilo que é o orçamento

municipal, e portanto é importante que percebamos estas ligações.

A EGEAC tem ali uma oscilação naquilo que são, naquilo que é o seu contrato-

programa que se fica a dever também àquilo que foi planeado e aprovado

nesta Câmara relativamente a um processo de passagem para a EGEAC de

um conjunto de equipamentos, nomeadamente dos equipamentos ligados à

área da museologia, em que havia um 1.º impacto um pouco acrescido que

tinha contemplado formação, e algum refrescamento de recursos humanos, e

que depois, já como estava previsto iria descer ligeiramente em face até do

crescimento daquilo que foram, que são, do crescimento previsional e do

crescimento que estava planeado, e que foi digamos construída toda essa

mudança também para que esse crescimento acontecesse, do lado da receita

dos próprios museus, e de toda a atividade da EGEAC, que isso veio a

acontecer, e portanto permitiu-nos respeitar essa construção que fizemos de

retirar algum do dinheiro, neste caso 500 mil euros do contrato-programa.

A Gebalis mantém e sai até um pouco forçado todo o esforço para que se faça

o investimento em todo o parque habitacional do município, com especial

atenção também no reforço de competências, digamos na concretização desse

reforço de competências, que decorre do facto de termos colocado na Gebalis

um conjunto de intervenções, e a gestão do património disperso que

gradualmente está a passar para a Gebalis, focando-se a Gebalis na gestão do

arrendamento de todos os fogos do município.

E por último, a SRU que não sendo diferente de nenhuma das outras tem as

mesmas responsabilidades, e os mesmos direitos e requisitos do ponto de

vista, quer da gestão da contratação pública, quer de tudo aquilo que são as

suas áreas de atuação, que já vinham do passado, e portanto não há aí

nenhuma novidade, sendo que a única novidade é de facto a expressão dos

números, e passámos de uma empresa que tinha a contratos de programa com

o município na casa de uma dezena de milhões de euros, passar a ter, numa

primeira fase triplicar esse esse valor, e com um pouco ainda mais de ambição

de crescimento, aproveitando desta forma com todo o universo municipal, a

possibilidade que temos de, e aquilo a que nos comprometemos que é a

execução de um plano de investimento designado por “Lisboa 21”, que

contempla todas estas áreas, e que obviamente quando o contratualizámos já

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tínhamos diagnosticado que a única forma de o conseguirmos executar em

tempo, e de acordo com aquilo que eram as expectativas da cidade, seria

através do fortalecimento da estrutura municipal, mas também das empresas

municipais.

Dito isto do que estamos a falar é de um orçamento global do universo

municipal, de mil já descontados os ajustes de consolidação que decorrem das

operações entre o município e as empresas e vice-versa, de 1.387 milhões de

euros, é isso que hoje tivemos aqui a decidir um orçamento municipal que

atinge 1.387 milhões de euros, desses mil a 387 milhões de euros, o município

de Lisboa tem uma significativa expressão neste número, em que significa

1.187 milhões de euros destes 1.387, com crescimento de cerca de 8% mais

propriamente 7,9, e já agora as outras empresas cresceram relativamente ao

orçamento do ano passado desde, a que crescer menos, até aos 93% que é

aquilo que está previsto como crescimento da própria SRU.

No total crescemos 8.3 milhões de euros, porque o orçamento consolidado do

ano de 2018 eram 1.282 milhões, e este ano são 1.387 milhões.

Bem, dito isto, são os grandes números, vamo-nos focar naquilo que são as

grandes opções políticas, que nós gostaríamos de destacar na apresentação

deste orçamento. Em primeiro lugar o crescimento, e já lá vou depois ao

detalhe, mas o crescimento do investimento para as pessoas, e para um

conjunto de intervenções e atividades que impactam diretamente na vida dos

lisboetas, a consolidação da primeira posição na política fiscal e tributária mais

favorável aos munícipes na área, e às empresas na área Metropolitana de

Lisboa, a responsabilização dos co-cidadãos, já lá vou explicar o quê,

dinamização acentuada, desculpem, diminuição acentuada da dívida e do

contencioso municipal, aqui continuando a linha que tem sido seguida, aliás

como em qualquer um destes aspetos, que tem sido seguida nos anos

anteriores.

Por último na minha referência, mas não por último enquanto grau de

importância, aqueles, a valorização daqueles que são o principal ativo do

município, e do universo municipal e que são o principal instrumento de todas

estas políticas, e da sua concretização que são os trabalhadores do município.

Quanto ao investimento, o investimento atinge níveis máximos só comparáveis

com aquilo que aconteceu no início da primeira década do século XXI, quando

se concretizaram os PIMP’s e os PERE’s, portanto todos os programas de

erradicação de barracas, neste momento temos um desafio idêntico de outra

natureza, e que está conexo com a habitação, e ele tem aqui uma expressão

muito grande neste crescimento investimento, há um crescimento de cerca de

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20% no investimento municipal, em 2018 eram 352 milhões de euros, em 2019

passará a significar 421 milhões de euros.

Detalhando agora alguns dos aspetos fundamentais desta política de

crescimento do investimento, por um lado o investimento em habitação que é a

prioridade das prioridades deste orçamento, uma primeira linha, a linha do

programa “renda acessível”, o PRA, que não tem expressão orçamental, mas é

importante que aqui se refira para perceberem quais os valores que estão aqui

em presença, o município de Lisboa em 2019 vai disponibilizar terrenos que

andarão na ordem dos 99 milhões de euros para esse investimento, ainda

estamos numa fase em que o investimento privado tem um significado

relativamente curto, porque obviamente só concentrámos nestes números a

disponibilização do município, o terreno todo de uma só vez, ele aliás, nem

nunca deixará de ser municipal, mas está numa concessão, está num processo

que vai conduzir a uma disponibilização de um conjunto de fogos muito

apreciável, mas dizia eu, que o até 2021 a Câmara Municipal de Lisboa vai

disponibilizar em terrenos para esta linha, de intervenção na área da habitação

316 milhões de euros, e os privados 448 milhões de euros, estou a arredondar,

e o que significa que, e o que tem relevância aqui é que vamos disponibilizar

aos munícipes um número apreciável de habitações, de habitações municipais,

e que no final de todo este processo essas mesmas habitações vão fazer parte,

um número significativo delas, cerca de 70%, 60 a 70%, farão parte daquilo

que é o património municipal, e encontrando desta forma nesta concessão de

obra pública, uma das principais alavancas de todo o processo de investimento

em habitação no município de Lisboa.

Já com reflexo no orçamento municipal, temos quer em construção nova, em

reabilitação e manutenção no ano 2019, 36.9 milhões de euros, e até 2021,

282 milhões de euros. As opções ainda dentro das opções políticas, uma outra

área que de todos, como é evidente, nos parece fundamental, e tem expressão

orçamental que significa isso mesmo, é o investimento em mobilidade, a Carris

vai ter como já aqui foi de abordado hoje, em obrigações de serviço público, o

município de Lisboa vai disponibilizar à Carris no ano 2019, 29 milhões de

euros, a rede ciclável andará na ordem dos 12,3 milhões de euros de

investimento em 2019, e isto dará a possibilidade dos tais 150 novos

autocarros em 19, cerca de 200 tripulantes, alargamento da oferta, redução dos

tarifários, e portanto, e a construção de 40 quilómetros de rede ciclável, no ano

de 2019.

Uma outra linha fundamental de investimento, é o, no fundo um investimento

no plano de sustentabilidade ambiental da cidade, que tem aqui 3 gavetas que

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eu vou passar a referir, não se esgota aqui, mas eu diria que estas são as 3

principais, o plano geral de drenagem que tem o seu arranque, nomeadamente

naquilo que são a despesa mais expressiva, porque ele já têm sido

desenvolvidos com um conjunto de reparações e requalificação da rede de

saneamento, mas também com a construção de algumas bacias drenagem, de

algumas bacias de contenção drenagem novas, mas vai ter, digamos uma

enorme expressividade no orçamento de 2019 em face do arranque das obras

dos túneis, que são, como todos sabemos, entre os túneis e a parte de

intervenção no espaço público e no subsolo, que vai permitir que as águas que

sejam coletadas pelos túneis sejam descarregados no rio Tejo, e portanto

temos aí um dos maiores concursos públicos que a administração pública em

Portugal teve no ano passado, e que é um dos, talvez o maior neste momento,

pelo menos é essa a indicação que nós temos, o maior concurso público já

feito no município de Lisboa, na ordem dos 111 milhões de euros, mas cuja

execução em 2019 serão 31 milhões de euros.

A higiene urbana com uma aposta no seu plano já construído ao longo dos

últimos anos, e aprovado em Câmara e Assembleia Municipal com um

investimento de 25,6 milhões de euros, onde também já constam uma nova

parceria com as juntas de freguesia para que, digamos exista ainda uma maior

complementaridade de atuação entre o município e juntas, aproveitando e

otimizando os recursos, de ambas as partes.

E por último neste capítulo, os espaços verdes e os parques urbanos, num

esforço de preparação, e de consolidação de todo o trabalho já feito ao longo

da última década, e que terá uma expressividade no orçamento 2019, de 24,3

milhões de euros.

Prosseguiremos também o investimento no programa escola nova, com 28,8

milhões de euros em alargamento, no conjunto intervenções nas escolas do

município de Lisboa em 2019, vão continuar as intervenções de 2018, em

cerca de 17 escolas, e portanto terão aí o seu términus, as intervenções a

iniciar em 2019, que não terminarão em 2019, mas sim em 2020, serão cerca

de 9, e aqui estaremos a investir cerca de 28,8 milhões de euros, em manuais

escolares 5,5 milhões de euros, e na construção de creche, na fase ainda de

projeto, e estudos, 4.8, sendo que também já aqui há alguma construção, mas

lá mais para o final de 2019.

A opção de melhorar a competitividade e a inovação, e a diversificação

económica da cidade, com um investimento na WEB SUMMIT de 3 milhões de

euros, e com um investimento no WEB criativo do Beato de 20,3 milhões de

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euros, que decorre do facto de passarmos, vamos adquirir em propriedade

plena, e não só…

A Sra. Vereadora (?): - Sr. Vereador peço desculpa repita só a parte da WEB

SUMMIT…

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …WEB SUMMIT 3 milhões de

euros para 2019, o WEB criativo do Beato 20,3 milhões de euros que no fundo

decorrem do facto de adquirirmos em propriedade plena, aquilo que já

tínhamos em direito de superfície que é toda a zona que já utilizamos à data, e

que já está hoje a ser intervencionada, mas também digamos, a aquisição de

uma zona que está co adjacente à que já temos hoje, que é a ala Norte,

daquela área da manutenção militar…

(Diálogo fora do microfone)

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …sim, a parte Norte, sim, sim

mas depende, não é que a que estamos a ver, não é? Mas sim, da ala Norte,

com a Norte é mais fácil que os pontos cardeais não mexem muito.

Ora das opções políticas que constam, como sabem e como eu referi há

pouco, a consolidação da nossa primeira posição com a política fiscal e

tributária mais favorável da Área Metropolitana de Lisboa, manteremos,

propomos manter o IMI mais baixo da área Metropolitana de Lisboa, como

sabem não podemos ter mais baixo, 0,3, recordo que continuamos só a ser

acompanhados por um município que é o de Vila Franca de Xira, todos os

outros têm digamos, definido uma percentagem mais elevada relativamente ao

IMI, com isto significa que estamos a devolver aos contribuintes 67 milhões de

euros, que não arrecadamos em face desta nossa posição, desta nossa

medida, nesta nossa opção, o IRS que também tem maior revolução da Área

Metropolitana de Lisboa, com 2,5% de devolução, que significa 32,4 milhões de

euros.

As tarifas de saneamento e resíduos urbanos mais baixas da Área

Metropolitana de Lisboa, aqui dá-se uma curiosidade muito interessante é,

como sabem nós uma das políticas e uma das construções que fizemos ao

longo dos últimos anos, para além de tentarmos ter sempre a política fiscal

mais favorável, foi uma grande estabilidade, e essa estabilidade no que diz

respeito às tarifas de saneamento e resíduos urbanos teve uma consequência,

diria eu, interessante, daqui sublinhar que é como os outros foram fazendo

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alterações, em face dos seus próprios custos, nós éramos os 5.º, se bem se

recordam em 2015, eu tenho esse de memória porque foi na altura em que eu

cheguei, e hoje passámos a ser salvo erro, os 3.º o ano passado, e este ano

somos os primeiros, portanto em 2018 éramos os primeiros, tínhamos as tarifas

mais baixas da Área Metropolitana de Lisboa, conjugando saneamento com

resíduos urbanos.

Estes gráficos são bastante elucidativos, eu não vou mostrá-los, quem nos

acompanha mais de próximo, quem tem no IRS a política mais próxima da

nossa é a Amadora, que tem 1,2 de devolução para os nossos 2,5, depois há

mais 3 municípios que uns de forma mais efetiva, 2 que é Montijo e Sintra

devolvem também na casa de 1%, Mafra e Oeiras que devolvem na casa dos

do 0,2, 0,3%, e todos os outros municípios não devolvem zero aos munícipes

no IRS, portanto nós não somos os primeiros, somos os primeiros destacados,

sem comparação.

No IMI também é muito interessante, porque temos só com Vila Franca de Xira,

depois há aqui quem nos siga próximo, que é Oeiras, mas todos os outros têm

o IMI sempre na casa dos, pelo menos meio ponto percentual acima de nós,

quanto às tarifas de saneamento, é este o gráfico, é muito giro, é pena é não

poder estar a projetar, isto foi assim uma coisa muito rápida, não, é uma

página, eu tenho ideia que está aí também no, está no sumário, executivo, mas

é muito interessante porque permite verificar que o município de Lisboa, há

municípios para consumirem, consumindo a mesma água, uma família

consome a mesma água, que uma família lisboeta, e portanto como sabem os

metros cúbicos de consumo é que dão, fazem contribuir para o cálculo das

tarifas, cada família paga, e portanto esse mesmo consumo noutro município e

nós, pagamos cerca de 10 euros, e quem paga mais na área Metropolitana

paga cerca de 18, quase 19, o que também é interessante de verificar.

A taxa turística naquela abordagem de que, há aqui uns senhores, há aqui um

conjunto de pessoas que eu acho que nós devemos considerar, já os

consideramos para efeitos da forma como os recebemos, e como todas essas

pessoas são bem-vindas a Lisboa, e usufruem de tudo aquilo que Lisboa tem,

e nós disponibilizamo-nos com simpatia e qualidade crescente, também nos

parece legítimo que essas pessoas, no fundo sejam, tenho aqui uma perspetiva

de co cidadania, em que não só contribuem certamente para a receita daquilo

que são as necessidades coletivas dos sítios onde têm a sua residência

permanente, mas também, e hoje neste mundo de mobilidade global, também

naquilo que é, naquilo que são os impactos que provocam nas zonas que

visitam, têm, ou que visitam mais ou menos regularmente, mas têm aqui

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também um dever de contribuição que nós resolvemos apelidar, não de forma

original como uma abordagem co cidadã relativamente às responsabilidades,

relativamente às receitas a apurar, para não, não é nenhuma originalidade, não

inventei nada, estamos apenas a gulosar, temos muita parceria internacional,

mas dizia eu que em 2018, 14,5 milhões de euros de previsão de taxa turística,

36.5 com a duplicação da mesma em 2019, ou seja mais 22 milhões de euros.

Também há uma novidade que está vertida nos documentos, é que, e vai estar

em breve também nalguns dos documentos mais específicos relacionados com

a taxa turística, e com a sua forma de os gerir, há uma continuidade na aposta

nos equipamentos e na promoção turística, mas no fundo ela vai ser

equilibrada 50/50, entre esta vertente que nos parece fundamental,

nomeadamente para consolidar as políticas de crescimento, do emprego na

cidade de Lisboa, ligados nomeadamente à questão do turismo, mas também,

e agora de forma muito mais expressiva do ponto de vista financeiro, no reforço

da estrutura de cidade que permite também responder, evidentemente àquilo

que são as suas solicitações de todos aqueles que nos visitam, mas também

evidentemente melhorando e atenuando os impactos negativos que podem

advir dessa mesma utilização, nomeadamente nas áreas de mobilidade e

transportes, da higiene urbana e da segurança.

A dívida a fornecedores, boas notícias, tenho mais boas notícias para os Srs.

Vereadores, porque a dívida a fornecedores, apesar de todo este crescimento

do investimento mantém-se nos níveis que os temos já acostumado, e portanto

temos uma dívida técnica, e mantemo-la ao longo do último semestre cerca de,

entre os 3 e os 5 milhões de euros, que é aquilo que temos estado, para o qual

temos estado a trabalhar, o prazo médio de pagamento também se mantém

entre os 2 e os 4 dias, no compromisso assumido aqui perante vós, ao longo

dos últimos anos, o que nos deixa com alguma tranquilidade sobre a nossa

política de gestão, da relação com os nossos fornecedores, e como é evidente

com o impacto que isso tem naquilo que é a economia da cidade, o impacto

positivo que vem juntar-se também a uma das políticas mais favoráveis

relativamente às empresas, onde propomos manter a isenção de derrama para

negócios com faturação inferior a 150 mil euros, e a isenção para atividades de

restauração e pequeno comércio que tenham faturação inferior a 1 milhão de

euros, esta nossa política até hoje tem um impacto orçamental de cerca de 4.5

milhões de euros, que deixamos de cobrar às empresas por esta via, como

também na linha que temos seguido nos últimos anos, e que temos vindo a

aprofundar, nomeadamente no último orçamento que é uma dívida, que é uma

abordagem de enorme prudência, quer relativamente àquilo que são as

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contingências que o município foi tendo ao longo de muitas décadas, e que

agora chegam a períodos de desfecho, como aconteceu em 2019

relativamente ao processo Arês Romão, que como devem ter dado conta foi

encaixado em face da política prevenção, e de acautela, seguida no último

orçamento foi encaixada quer essa, quer a devolução da taxa municipal de

proteção civil, com enorme tranquilidade, como puderam dar conta, também

aqui, e porque temos ainda alguns grandes processos, nomeadamente um

estamos a propor que façamos uma, novamente uma reserva de contingência

que atinja neste caso um valor de 124 milhões de euros, e que ao mesmo

tempo, e que portanto não entrando com esta reserva, já tínhamos

contemplado em orçamento uma amortização corrente da dívida que decorre

dos compromissos contratuais assumidos de uma redução de 91,1 milhões de

euros na dívida do município, que quando no final do 1.º semestre já tinha, já

se encontrava muito próximo dos 400 milhões de euros, e que certamente

esperamos que até ao final do ano, acabe por baixar dos 400 milhões de euros,

e recordando-nos a todos que estávamos próximos dos mil milhões aqui há 10

anos atrás, portanto reafirmando uma opção que é a redução da dívida, e a

gestão prudencial das contingências a que o município pode estar sujeito.

Por último a renovação do mapa de pessoal com a abertura de 29 concursos

externos, e 9 concursos internos, a valorização dos trabalhadores com 37

procedimentos de mobilidade inter carreiras, a estabilidade no emprego com a

integração dos precários, e o descongelamento de carreiras têm um impacto de

cerca de 4,5 milhões de euros no nosso orçamento de 2019, e um conjunto de

intervenções de modernização e melhoria, e conservação dos edifícios e

equipamentos do município tem um impacto no orçamento de cerca de um

pouco mais de 16, 17 milhões de euros, perdão.

(Diálogo fora do microfone)

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …não me querem deixar

acabar? Não me quer deixar acabar, que depois já respondo a todas as

questões Sra. Vereadora, depois ainda me tolda aqui o raciocínio, depois vão

perder aqui a oportunidade de perceber alguma coisa muito importante…

A Sra. Vereadora…

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …isto já é assim em autogestão

Sr. Presidente…

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A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho: - É só o processo…é só o processo…

(Diálogo fora do microfone)

O Sr. Presidente em exercício: - …e pelo menos…

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …é só os 91 milhões, só,

porque assim poupa depois o…

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …os 91 milhões? Os 91

milhões, como eu disse é a amortização corrente, e portanto são amortizações

de empréstimos, não! Amortizações que nós temos o compromisso assumido

de as fazer em 2019…

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …2019…

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …portanto, e que vão significar

91…

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …e o processo grande?

Além do Romão?

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …eu fui interrompido…

O Sr. Presidente em exercício: - Sra. Vereadora, não é o momento…

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - …tem toda a razão…

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - …depois já me pergunta tudo

Sra. Vereadora.

Muito bem, eu já referiu o PMP, tal, tal, tal, a fornecedores, dívida legal,

portanto as suas referências que eu fiz, eu já fiz todas estas referências, isto

depois dá um crescimento da margem de endividamento para 135 milhões de

euros, que é a margem de endividamento que o município tem para o final do

1.º semestre, ou tinha ao final do 1.º semestre, dá um crescimento da

autonomia financeira que passa a ser 67,8%, e a sua validade financeira

210.7% relativamente a 31 de Dezembro de 2017, portanto todos os

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indicadores a melhorar, as empresas municipais ao 1.º semestre estavam

também com todas as suas contas equilibradas, e com resultados positivos, e

dar-vos só um pouco mais de nota sobre a divisão por eixos, daquilo que é o

orçamento e as apostas que foram feitas, eu já referi a renda acessível, a

habitação municipal, e o fundo mobilidade, os espaços verdes, e urbanos, o

PGDL, a higiene urbana e a rede ciclável, portanto posso passar, isto é tudo

eixo A, do nosso programa de governo, melhorar a qualidade de vida e o

ambiente da cidade.

O eixo B combater as exclusões, defender os direitos com o programa “escola

nova” que já referi 28,8, a escola inclusiva com 1 milhão de euros, um

programa novo que vai ser apresentado em breve, a ação social escolar, 11,2

milhões de euros, os manuais escolares já referi, e as creches com 4.8 também

já referi.

O eixo C dar força à economia, o WEB do Beato já referi, a promoção de

mercados e comércio tradicional com 2,2 milhões de euros, o investimento no

fundo de desenvolvimento turístico portanto, a componente de dinamização e

crescimento do turismo, 15,5 milhões de euros, o WEB SUMMIT 3, a promoção

de eventos culturais, agora já no eixo D, afirmar Lisboa como cidade global,

16.7, promoção e eventos culturais, requalificação, equipamentos culturais

11.2, Nova Feira Popular 5.7, o programa municipal de acolhimento de

refugiados 1.4, e para terminar os eixos, o eixo E, governação aberta

participada e descentralizada com a reserva contingência que coube aqui, a

reforma administrativa cresce um pouco, como é de lei, para 75,2 milhões de

euros, de transferência corrente para as juntas de freguesia, o orçamento

participativo com uma execução em 2019 de 3,2 milhões de euros, e a

requalificação das instalações e serviços municipais, portanto este orçamento

restritivo, o projeto já estudados e maduros para executar, requalificação,

instalações e serviços municipais os tais 14 milhões de euros que eu referi há

pouco.

Portanto, isto tem em números para o orçamento municipal as receitas que

estão previstas são em correntes um aumento de 86 milhões de euros, que

ficam a dever-se ao crescimento do IMT, e também da taxa turística, as

receitas de capital, a inclusão daquilo que são, do que é o expectável, a

expectável venda dos terrenos da Feira Popular. Isto dá um crescimento de

245 milhões de euros na receita, ou seja em receita 1.059 milhões de euros,

receita do município excluindo aqui, e por isso é que já lá vamos àquilo que é

não definida, e eu explico já a não definida que é mais fácil.

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Bem, despesa não definida, correntes há um crescimento de 130 milhões, e

capital 142, isto fica-se a dever a um conjunto de circunstâncias, mas

essencialmente à orçamentação da tal reserva de contingência, o aumento da

despesa de capital e a receita e a reserva contingência contribuem para o

aumento das despesas de capital, e as despesas correntes aumentam

essencialmente pela reserva de contingência também, isto entre, portanto isto

tem muito, como está equilibrado tem os mesmos 1.057 milhões de euros em

definida, acresce a não definida, a despesa não definida, que cresce mais 129

milhões de euros, que se ficam a dever a duas componentes, elas bastante

certas e por isso é que nós quando estamos a abordar esta matéria nos últimos

anos temos feito, temos introduzido sempre a componente não definida na

discussão orçamental, porque elas, estão aqui duas componentes dentro, uma

que é o saldo de gerência, que nós estimamos que ande na ordem dos 100

milhões de euros, e que aliás, depois este número pode ser precisado, e que o

remanescente tenha, tem a ver com a inclusão também no próximo Abril, por

volta dessa altura que é a data expectável do 3.º empréstimo do Banco

Europeu de Investimento, isto tudo perfaz então os tais 1.187 milhões de euros

que eu referi há pouco, e assim termino, é um orçamento que foi construído

com uma enorme prudência, do lado da despesa, em face até daquilo que é

uma, algo que é óbvio, que é a constituição de uma reserva de contingência,

em face daquilo que pode vir a acontecer, não é certo que aconteça, nem

sabemos bem, por que valores, mas que nos parece que em face daquilo que é

a nossa contestação ao próprio processo, isto são valores prudentes, e por

outro lado, naquilo que é a receita estimada, fomos prudentes nessa mesma

estimativa, e portanto estamos completamente disponíveis para as perguntas,

as questões, e as abordagens que irão fazer a partir de agora.

Muito obrigado.

O Sr. Presidente em exercício: - Muito bem.

Srs. Vereadores. Sra. Vereadora Assunção Cristas e vou anotando as

inscrições dos Srs. Vereadores.

A Sra. Vereadora Assunção Cristas: - Muito obrigada Sr. Presidente em

exercício.

Muito obrigada Sr. Vereador João Paulo Saraiva pela apresentação que nos

fez, eu vou fazer algumas considerações e perguntas numa análise geral sobre

o orçamento, a 1.ª nota que queria deixar é de, na nossa análise nos termos

deparado com a dificuldade de não termos números sobre a execução de

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2018, o que nos teria ajudado a fazer comparações mais rigorosas, eu recordo

que o CDS tem pedido esses números várias vezes, quer de trimestre, quer de

semestre, ainda em Julho passado pedimos o acesso aos relatórios financeiros

do 1.º semestre, mas eles não chegaram, e é por isso que nos tivemos que

socorrer em alguns pontos que vou focar, dos dados que temos fechados de

2017, e não de 2018.

Em relação a uma análise geral, Sr. vereador de facto nós temos um aumento

da receita, Sr. Vereador diz que estamos no 1.º lugar na política fiscal da Área

Metropolitana de Lisboa, ainda bem que assim é, porque podemos ser um bom

exemplo, mas eu atrever-me-ia a dizer que se calhar também estamos no 1.º

lugar do aumento das receitas por parte do município de Lisboa, o orçamento

da Câmara Municipal de Lisboa não tem comparação com nenhum outro

orçamento do país, e portanto isso também nos deveria levar a refletir sobre se

este aumento de receita deve ser simplesmente encaixado em despesa, ou se

pode motivar uma maior devolução de rendimento aos próprios lisboetas,

repare que entre 2015, ano em que o atual Presidente iniciou funções, e este

ano de 2019 nós temos um crescimento da carga fiscal, estamos a falar de

impostos diretos, e indiretos, taxas, transferências correntes, etc., de 56%, são

mais de 222 milhões de euros.

É muito dinheiro, e a 1.ª questão é exatamente essa, temos uma Câmara que

vai somando felizmente com a recuperação económica, felizmente com o

turismo, felizmente com o mercado imobiliário também animado por causa do

turismo, e não só, mas muito ligado a essa animação turística, temos uma

Câmara que vai arrecadando cada vez mais receitas, podendo ainda assim

manter níveis mínimos de IMI, IMT e ainda bem que os mantém, mas não tem

o nível máximo de devolução de taxa de IRS, e portanto a 1.ª pergunta é

porque não devolver mais IRS aos munícipes? O CDS apresenta uma proposta

também aí conservadora, a passar dos 2 e meio, para os 3 de devolução, mas

eu acho que nós poderíamos até ir mais além, e já vou a outro ponto.

Segunda questão em relação às receitas. Tem a ver, e eu acho que referiu

isso, que tem uma abordagem conservadora das receitas. Isso é verdade, a

minha pergunta é, se não está a ser excessivamente conservadora, ou então,

se a vossa análise sobre a evolução económica é particularmente negativa.

Porque é que eu digo isto? Porque, quando nós vamos conferir os valores de

IMI, IMT e de rama, e aqui tenho que me socorrer os dados de 2017, vemos

que em 2017 foram arrecadados 118 milhões de Euros em IMI, e o que está

previsto para 2019 são apenas mais 2.000, 120 milhões. IMT 2017, 225

milhões de Euros, mas para 2019 é só mais 1.000 milhão, 226 milhões de

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Euros. Já na de rama 2017, arrecadaram-se 98 milhões de Euros e para 2019

a previsão é abaixo, é de 82 milhões de Euros.

E portanto, a minha pergunta é, a que é que se deve esta estimativa

aparentemente muito conservadora, senão mesmo pessimista, porque estamos

a falar de um diferencial de dois anos, onde, é verdade que a economia

desacelerou um pouco, mas tem vindo, apesar de tudo, sempre a crescer. E,

portanto, em que é que explica, nós não temos estado 2018 para fazer aqui

uma conferência intermédia, mas estes valores, acho que são suficientemente

relevantes para perguntar, se apesar deste crescimento como eu referi, de

2015 terá agora de 56% nas receitas, se estes valores não são conservadores

ou então se a perspetiva é particularmente pessimista.

Há uma outra receita que tem uma perspetiva bastante mais otimista que é a

da taxa turística. E, neste ponto, o que nós assistimos é a um crescimento de

152% de taxa turística, que não é duplicação, é bastante mais do que a

duplicação, portanto, não é apenas o efeito de passar de um euro para 2 euro.

De resto, no relatório da fundamentação económica, página 10 anos, fala-se de

uma receita estimada de 25 milhões, mas a verdade é que aqui no orçamento,

está previsto bem mais do que isso, portanto, estão previstos 36 milhões de

taxa turística. A minha pergunta aí é, como justificar este, aparentemente,

otimismo vamos ter mais 25 por cento de dormidas na cidade de Lisboa? Numa

altura em que se contem hoje o alojamento local, tem a ver com o facto de, de

repente, aparecerem alojamentos locais que não estavam formalizados, serem

agora formalizados? Quanto aos Hotéis, eles estão em marcha, mas não me

parece que tenham impacto já no próximo ano e, portanto, como é que se

justificam estes valores d da taxa turística?

Em relação a este ponto, é conhecida a posição do CDS. Eu acho bem que os

turistas participem e participem de muitas formas, aliás, recordo-me que o

então Presidente da Câmara de Lisboa, hoje primeiro-ministro, defendia uma

parte do IVA a ser arrecadada pelas Câmaras precisamente para acomodar

esses impactos no turismo. Mas, como é sabido, nós divergimos muito da

forma como as receitas são utilizadas, ouviu-o com gosto dizer que deveriam

ser utilizadas para minimizar os impactos negativos do turismo na cidade, a

saber higiene urbana, transportes e segurança, certamente estes 3 tópicos à

cabeça. Mas não é isso que tem acontecido, Sr. Vereador, e, quando nós

assistimos ao pilar da ponte a ser construído com dinheiro da taxa turística ou a

fecho, e eu acho que é ainda mais gritante, do Palácio da Ajuda também com

recurso à taxa turística, não é disso que estamos a falar, não estamos a falar

de uma taxa.

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De resto, quando olhamos para a contribuição que os turistas dão, e eles dão

quando cá vêm, quando pagam dormidas, quando pagam restaurantes, quando

fazem compras, mas ainda assim, se queremos pensar nisso, então, faria

sentido baixar os impostos para os munícipes. Se os estamos a arrecadar de

outra forma, então que se baixe para os munícipes. E é isso Sr. Vereador, se

estivesse disponível para ir para uma devolução até 5%do IRS, nós talvez

pudéssemos conversar de outra forma em relação à taxa turística.

Ainda sobre receitas, no Orçamento de Estado, foi aprovada ontem a

possibilidade de criação de uma taxa de proteção civil e a minha pergunta aqui

é muito clara, este executivo, vai ou não utilizar essa possibilidade para propor

uma reintrodução da taxa de proteção civil na cidade de Lisboa, coisa que,

naturalmente, terá a oposição do CDS.

Em relação ainda à questão da economia e do desenvolvimento da economia

e enfim, espero por essa explicação, parece-me que é evidente uma clara

desaceleração de crescimento económico. Também, começa a haver sinais de

estagnação do turismo, várias políticas que têm sido adotadas não terão um

impacto irrelevante nessa área. E a minha pergunta é, se não era altura para a

Câmara Municipal de Lisboa ter mais cautela na necessidade de promoção e

de diversificação da própria economia.

Tomámos boa nota da questão do websummit, é verdade que o ano passado,

também sabemos que, para se manter na cidade de Lisboa, foi preciso um

esforço nacional e municipal significativo, também sabemos que há um retorno

grande deste evento para a cidade, de resto foi o Governo de que fiz parte e,

curiosamente, um secretário de Estado do CDS que se empenhou em trazer o

Websummit para Lisboa, portanto, acho bem que nesta área, não tenha havido

retrocesso na política, mas a verdade é que não pode ser só isso. E, quando

olhamos para a cidade de Lisboa, entendemos e, por isso, temos também uma

proposta nesse sentido, de que há medidas que podem ser tomadas ao nível

da de rama que favorecem o crescimento sustentado da economia, a

diversificação da economia e, um pilar que eu acho muito importante para a

cidade de Lisboa que é o desenvolvimento da economia do mar, porque isso

pode ter uma imagem de marca diferenciadora a nível mundial.

Para terminar esta fase e porque não quero alongar muito, sobre a despesa de

facto, nós ouvimos que a habitação é muito importante e crescem as verbas

para essa área, mas ainda assim, quando vamos ser a composição e o peso

que tem no orçamento da Câmara, muito aquém daquilo que se pode ser

considerado uma prioridade cimeira, de primeira linha.

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Em relação às questões da higiene urbana, há aqui uma ideia de criar uma

nova empresa municipal para este efeito, pergunto-me se é sim ou não e, com

que objetivo? Não sei se é o veículo que a permite transformar a política.

Em relação à evolução do pessoal da Câmara, eu tomei nota que há um

aumento previsto de 156 pessoas, a grande maioria técnicos superiores,

portanto, 142 são técnicos superiores. Isto é positivo na medida em que, em

muitas áreas, nomeadamente no licenciamento, nós ouvimos queixas

sistemáticas da morosidade da ação da Câmara de Lisboa que em muitos

casos, penaliza e trava o crescimento económico da própria cidade e os

investimentos na própria cidade e, portanto, nada contra isso. O meu problema

é perceber, por exemplo, como é que 28 apenas, porventura menos

qualificados são aqueles que nós vamos ter, por exemplo, na higiene urbana. É

assim ou não é assim? Porque, naturalmente técnicos superiores, é pouco

realista que sejam alocados à higiene urbana e nesta área, nós precisamos de

muitas pessoas também e de pessoas que ajudem a melhorar a qualidade de

vida da cidade que se tem degradado particularmente. Portanto, nesta área,

perguntas sobre se este perfil, resolve todos os problemas ou se só está a

olhar para parte destes problemas. E, para não me estender demasiado,

depois, eventualmente, farei mais alguns comentários, mas por agora, ficaria

por aqui. Muito obrigada.

O Sr. Presidente:- Vereador Nuno Rocha Correia.

O Sr. Vereador Nuno Rocha Correia:- Muito obrigado, Sr. Presidente. Eu

começava exatamente pela primeira página das grandes Opções do Plano e o

título é a visão e vou citar: Temos uma visão e uma ambição clara, aproveitar o

momento único que fizemos para tornar Lisboa uma das melhores cidades do

mundo para se viver. Sr. Presidente, Lisboa, já é uma das melhores cidades

do mundo para se viver e também para se visitar. E, creio que prosseguir com

esta ambição, é um pouco de irresponsabilidade. Este momento único, e são

as palavras a questão no relatório, este momento único não se eternizar no

tempo. Deverá ele ser aproveitado para consolidar aquilo que já foi feito e para

seletivamente fazer o que é urgente ser feito e não para prometer e orçamentar

fazer tudo, mas depois como vemos nos relatórios e contas, não conseguir

acabar as obras a tempo e horas, e ter temos uma taxa de execução muito,

muito abaixo daquilo que é desejável, e isso tem sido o padrão deste executivo

ao longo dos últimos anos.

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1.057 milhões de Euros, mais 30% de despesa que em 2018, é este o

orçamento para a Câmara Municipal de Lisboa em 2019,portanto mais 30% de

despesa que em 2008. Onde, e volto a citar, temos investimento em níveis

máximos, isto é, 421 milhões de Euros. Qualquer coisa como, o que na

economia costumamos dizer, um comportamento pro-cíclico, onde se gasta em

demasia, porque vivemos em tempos de abundância. Estes 421 milhões de

Euros expansionistas e, lendo a proposta e até em alguns casos, eleitoralista,

tantas são as medidas que estão casadas com o Estado central… é verdade, é

verdade… é as eleições de 2019. De braço dado com o Governo Central, num

conjunto de medidas.

Mas, importante também que de frisar, os 622 milhões de Euros de impostos

diretos, taxas e outras receitas fiscais, que a Câmara vai arrecadar em 2019,

622 Milhões de Euros. É muito dinheiro, que nós estamos a subtrair às famílias

e às empresas que, com certeza fariam bom uso da mesma deste mesmo

montante, utilizando-o no desenvolvimento e na sustentabilidade da economia

de Lisboa.

Este momento único que o Sr. Presidente refere nas grandes opções do Plano,

é um momento de 2019, em que temos em todos os blocos económicos, uma

desaceleração do crescimento económico e também em Portugal. Temos o

arrefecimento do mercado imobiliário. Temos um estrangulamento dos fluxos

de turismo, nomeadamente em Lisboa, por via do aeroporto que atingiu o seu

limite e das várias restrições que estão agora a surgir ao nível do alojamento

local e de outras iniciativas. Temos uma guerra comercial entre os Estados

Unidos, a China e a Europa, com impactos significativos nas economias e nas

famílias. Temos riscos acrescidos de inversão do ciclo económico, temos

incerteza política na zona euro, e, temos por fim, uma subida da inflação, das

taxas de juro e dos riscos de crédito e respetivos spreds, e o fim, não nos

podemos esquecer, dos estímulos do Banco Central Europeu para a zona euro.

Portanto, tudo isto é o 2019 que nós vamos ter. E, este orçamento, não é

aquele que Lisboa precisa para enfrentar estes riscos e este momento que

iremos ter em 2019.

Persistir em investimentos que, de alguma forma tenta tenta-se agradar a todos

sem olhar ao que realmente é importante, aumentando os encargos futuros,

onde as receitas absolutamente extraordinárias dos últimos anos, do IMT, do

IMI e de rama, e das taxas relacionadas com a atividade económica, não se

vão repetir nos próximos tempos, parece-nos absolutamente errado.

Reforçar na habitação para todos, onde devemos incluir a classe média,

devolver parte da enorme receita fiscal às famílias e às empresas e amortizar

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parte dos mais de 400 milhões de Euros de dívida do município, esse sim,

deveria ser o caminho a seguir.

Por fim, tinha só aqui mais duas questões que pedia a atenção aqui do

Vereador, que são as seguintes, fala-se do sonho das seis mil casas. Era bom,

tentarmos concretizar esse sonho, percebendo como é que elas vão aparecer,

como é que elas vão chegar às famílias, às pessoas que deles precisam e

quando é que esse sonho se vai concretizar das 6 mil casas.

E depois, tinha aqui só duas notas, muito rápidas, que gostava de perceber,

existe na rubrica de aquisição de serviços, vigilância e segurança, um

incremento muito significativo da verba na casa dos mais de 70%, para cerca

de 3,8 milhões de Euros É interessante perceber se há alguma alteração em

termos da política de vigilância e de segurança na cidade de Lisboa e, portanto,

para partilhar connosco, se for possível. E, também registamos que, apesar de

do crescimento significativo que saudamos sempre, e é sempre bom vermos

que o quadro de pessoal, e sobretudo quadros superiores a na Câmara

Municipal de Lisboa, de 156 novos funcionários dos quais 145 são quadros

superiores. Mesmo assim, a Câmara vai aumentar em 70 por cento, os

estudos, pareceres e consultoria, mais 3 milhões de Euros. Portanto, aqui,

parece que não estamos a contratar as pessoas certas e precisamos de

continuar a comprar fora, aquilo que não conseguimos fazer em casa. Era bom

também que aqui desse alguma justificação.

Por fim a há aqui uma questão relacionada com as instituições sem fins

lucrativos, depois a minha colega, Vereadora Conceição Zagalo, irá também

questionar. Obrigado.

O Sr. Presidente:- Muito obrigado. Vereadora Conceição Zagalo.

A Sra. Vereadora Conceição Zagalo:- Muito obrigada Sr. Presidente. A

questão tem a ver com o reforço de investimento, em cerca de 10 milhões de

Euros de 2018 para 2019. A nossa pergunta muito concreta, é, se estes 10

milhões de Euros, vão permitir a assegurar creches e ensino pré-escolar para

todas as crianças de Lisboa. Também, se de uma vez por todas, vamos poder

garantir uma rede de cuidadores de idosos e independentes através do

trabalho coordenado das instituições. Não menos matéria de preocupação, ou

de atenção, são as condições de habitação na cidade, que não permitem nem

atrair, nem fixar as famílias e as gerações mais novas.

Vamos continuar a tratar esta área social com alguma ligeireza, quando do

nosso ponto de vista, este é um tema que deveria ter uma proposta direta,

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concreta, com um orçamento fixo e tratamento adequado, que se calhar

também no âmbito do tal sonho de seis mil casas. Fixar jovens que possam

aqui fazer a sua vida, aqui se fixar, aqui contribuir para o aumento da

natalidade que permita combater o idadismo, tão evidente na cidade. Obrigada.

O Sr. Presidente:- Sr. Vereador Jorge Alves.

O Sr. Vereador Jorge Alves:- Muito obrigado Sr. Presidente. Relativamente às

GOP para 2019, e lendo a o conjunto documento, a primeira nota que temos

que deixar é, que tivemos muita dificuldade em encontrar diferenças… Dizia eu

que a principal dificuldade que tivemos foi, encontrar diferenças entre o

documento do ano anterior para este documento de 2019. É de tal maneira,

que chegam-se a enunciar e a repetir programas que, entretanto, já se

concretizaram. E portanto, não houve sequer, na nossa opinião, da análise que

fizemos, por parte da Câmara, tão pouco o cuidado de retirar programas,

projetos, que em 2017 se referiam serem objetivos da Câmara, que entretanto

foram concretizados ou pela Câmara, ou por outras entidades, e que não foram

retirados deste documento.

Podemos dar íamos dar vários exemplos, por exemplo os de habitação, os

exemplos do Websummit, são exemplos do FMI que são os exemplos mais

significativos desta natureza.

(intervenção fora do microfone)

O Sr. Presidente:- Fomos rápidos na concretização do estudo, já estava no

prelo.

Muito bem. Srs. Vereadores, posso pedir concisão nos pontos fundamentais

por favor? Esses são pontos laterais do...

O Sr. Vereador Jorge Alves: - A segunda questão que importa referir e

apreciar no âmbito das GOP, é que efectivamente e tal como já foi aqui

referido, estamos perante um Orçamento muito grande, no conjunto, do

investimento da Câmara e das Empresas Municipais, estamos perante um

conjunto avultado, um conjunto, um valor histórico.

Contudo não nos parece, pelos Programas, pelos Projectos e pelas definições

orçamentais previstas, que Lisboa caminho no sentido de inverter de forma

definitiva aquilo que o próprio INE, no Estudo, no Diagnóstico que apresenta no

1.º Semestre de 2017 e que aponta a cidade de Lisboa com uma perca de

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população de menos 7%, aliás diga-se por comparação, que é o único

Município da AML a perder população, da AML Norte, aliás, por comparação,

ao Norte aumenta…

O Sr. Presidente: - De onde é que vêm esses dados?

O Sr. Vereador Jorge Alves: - Uma estimativa.

O Sr. Presidente: - Certo, esqueça isso.

O Sr. Vereador Jorge Alves: - São os dados que nós temos para poder

também verificar a da…

O Sr. Presidente: - Não, esquece porque aliás, já expliquei várias, não, não

são oficiais, já expliquei várias vezes como é que essas estimativas são feitas,

essas estimativas davam para a cidade de Lisboa, 450 mil habitantes em 2011,

450 mil, a Cidade tinha mais 100 mil, se aplicar o mesmo modelo para a frente

chega a essa conclusão, e não é verdade que seja o único, na verdade, que eu

me recorde, na Área Metropolitana Norte só havia um a ganhar.

O Sr. Vereador Jorge Alves: - Muito obrigado, continuando.

Relativamente ao aumento previsto para o Pessoal, 1.26%, não nos parece

que seja um aumento suficiente para conseguir acomodar os 2 factores que

vão influenciar o aumento desta Rubrica, por um lado, os aumentos que

resultam os aumentos salariais que entretanto, forem negociados, e por outro

lado, o alargamento do Mapa de Pessoal de acordo com o que está previsto.

Dizer ainda, do ponto de vista do Orçamento, que não encontramos expressão

no Orçamento da Câmara de algumas matérias que a própria Câmara aprovou,

algumas delas até por proposta do PCP, como é a questão do PAC e como é a

questão do Encontro Literário.

Dizer ainda que verificamos, quer por aquilo que foi expresso no quadro dos,

das paus, das Empresas Municipais, quer nas GOP, agora do Município, que

existe uma acentuada tendência para o esvaziamento das Competências no

quadro do Município e uma transferência dessas Competências para o quadro

das Empresas Municipais, existindo mesmo situações, como vimos na parte,

na 1.ª parte da reunião, relativamente à Cultura e ao DMC, relativamente à

EMEL e à Sinalização, um esvaziamento completo de áreas determinantes

para a cidade de Lisboa, para o Município de Lisboa.

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O Sr. Presidente: - Muito obrigado. Não sei se mais alguém, o Vereador João

Ferreira quer pedir a palavra?

O Sr. Vereador João Ferreira: - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Sr. Vereador João Paulo Saraiva, terá percebido que a partir da

intervenção que acabou de ser feita pelo Vereador Jorge Alves, que há aqui

uma crítica, digamos global e de fundo, às opções plasmadas neste

Orçamento, que em nada se confunde, pelo contrário, é diametralmente oposta

à que tinha ouvido anteriormente da parte, nomeadamente dos Vereadores do

CDS.

O investimento não é demasiado, o problema é que o investimento é

insuficiente onde fazia falta, já aqui foi referido que o Programa Municipal que

esta Câmara aprovou em Abril deste ano, não tem nenhuma dotação que

permita o seu normal desenvolvimento e a sua execução, nós esperaríamos,

por exemplo, que, como diz aquele Programa que aqui foi aprovado, estivesse

em curso um Processo de Reabilitação de Fogos Habitacionais dispersos pela

Cidade, propriedade da Câmara Municipal, e isso não acontece, seriam esses

fogos que integrariam uma bolsa para arrendamento a custos acessíveis, que o

Programa de Arrendamento, o Programa Municipal de Arrendamento a Custos

Acessíveis, o PACA, prevê, mas que esse Orçamento esquece.

Esquece também a proposta aqui aprovada, relativamente à realização de um

Encontro Literário Internacional. Não sei se isto quer dizer que a Câmara já

decidiu que não o vai fazer em 2019, mas se assim for, gostávamos de ter essa

confirmação.

E se é certo que há o reforço das Dotações para domínios operacionais do

Município, como é o caso da Limpeza e Higiene urbana, não é menos certo de

que para além de ser insuficiente, como já bem disse o Vereador Jorge Alves,

ele insere-se numa lógica de aprofundamento da Reforma Administrativa, ou

seja, de aprofundamento de um processo que está na origem de muitos dos

problemas que hoje o município está a enfrentar, e não na lógica que era

necessário, do ponto de vista do PCP, de recuperação de uma capacidade de

intervenção do Município à escala da Cidade, de forma integrada, com

economias de escala, que se perderam com o processo da Reforma

Administrativa, o aprofundamento do processo, em lugar da correcção dos

seus aspectos mais negativos hoje evidentes, não trará resultados positivos do

nosso ponto de vista, pelo contrário, corre-se o risco de intensificar algumas

dessas consequências negativas.

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Algumas dúvidas, algumas perguntas relativamente ao investimento, a

aspectos particulares do investimento a que aqui foi feito referência,

nomeadamente no que se refere o Programa Escola Nova, foram referidas

intervenções em 9 escolas e gostaríamos de saber, visto não são muitas, vai a

SRU intervir em mais, mas gostaríamos de saber quais são estas 9 escolas.

Relativamente aos Manuais Escolares. Há um aumento relativamente às

dotações do ano passado, coisa que encaramos com surpresa, visto que é já

público e conhecido, que a partir de 2019 o Estado assumirá por inteiro, como

de resto é normal e desejável, o Estado assumirá por inteiro esta

responsabilidade, e portanto, seria de esperar uma diminuição e não um

aumento, mas a verdade é que há um aumento e gostaríamos de perceber

porquê.

A quanto à questão do IRS, e aqui temos um exemplo, digamos que esta é

uma questão paradigmática, esta do IRS, ou se quiser, daquilo que o Vereador

João Paulo Saraiva assinalou de forma enfática como, uma Política Fiscal e

Tributária extremamente competitiva ou, não sei se foi esta a expressão, mas

creio que também foi, uma Política Fiscal e Tributária extremamente

competitiva, ao que o CDS retorquiu, pois, mas devia ainda ser mais

competitiva.

Bom, aqui, o PCP tem uma posição que claramente se diferencia da que quer o

PS, quer o CDS aqui expressam. Nós estamos a falar da devolução de mais de

30 milhões de euros de IRS pago, 32,4 milhões de euros, não sabemos ainda e

não sei se o Sr. Vereador João Paulo Saraiva sabe, mas esta foi uma pergunta

que já lhe fizemos várias vezes e que até hoje está sem resposta. A quem vai

ser devolvido este IRS? Mas há uma coisa que nós sabemos, há uma coisa

que nós sabemos, é que uma grande parte da população da Cidade não vai

receber este IRS.

Olhe, até lhe posso dizer. A generalidade da população dos Bairros Municipais

da Cidade muito provavelmente, não receberá este IRS, que é só

sensivelmente o dobro daquilo que a Câmara prevê gastar em manutenção e

conservação dos 66 Bairros Municipais da Cidade, aprovámos ainda há pouco

o Plano de Actividades e Orçamento da Gebalis, previa 18 milhões de euros

para a intervenção de Conservação e Manutenção dos 66 Bairros Municipais

da Cidade.

Mas o Sr. Vereador resolve devolver o dobro disto sem saber a quem, mas eu

arrisco dizer, seguramente a uma proporção grande a famílias de elevados

rendimentos, portanto é uma medida regressiva, é uma medida que merece

que o CDS possa retorquir da forma que retorquiu, está bem no seu sentido, na

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sua direcção, está mal na magnitude, devia ser mais, pois nós achamos que

não devia ser nem uma coisa, nem outra e revela até pouca confiança nas

capacidades de utilização destas verbas por parte do Município, que melhor

podia, fazendo uso destes 32 milhões de euros, que é só o dobro do que se

prevê gastar nos tais 66 Bairros Municipais em conservação e manutenção, em

coisas que seguramente fariam falta à cidade e que poderiam ter um sentido

progressivo, nomeadamente diminuição de desigualdades e não regressivo, de

acentuação dessas desigualdades.

Bom, quanto à Taxa Turística. Eu quero só, queria só recordar, e nós

conhecemos muito do que foi dito a respeito da Taxa Turística, ainda não há

muito tempo pelas várias Forças Políticas, eu queria só recordar que tanto

quanto sabemos, nenhuma alteração foi feita relativamente à forma de

utilização destas verbas, as últimas alterações que aqui vieram relativamente à

utilização do Fundo de Desenvolvimento Turístico, que eu recordo, foi muito

criticado durante a Campanha Eleitoral, para não ir mais longe, pelo facto de

colocar associações privadas, nomeadamente Associações de Turismo e

Associações de Hoteleiros a terem um papel determinante na gestão dos

recursos recolhidos com a Taxa Turística.

Eu faço notar, propõe-se agora uma duplicação deste valor, mas não houve

alteração nenhuma relativamente aos critérios de utilização destas verbas, e

portanto, o que existia, assim se mantém, se antes estas entidades tinham um

papel determinante na decisão sobre a utilização destas Receitas, mantêm

exactamente o mesmo papel.

Bom, eram no essencial estas, nós temos, não sei, não cheguei a perceber se

misturámos todos os Pontos que nos restam? Sim, então relativamente, eu

queria só fazer uma menção muito breve à Proposta que o PCP apresenta

relativamente à Derrama Municipal. É uma Proposta que visa, enfim, utilizar

este instrumento de que a Câmara dispõe a favor de um reforço do tecido

económico e empresarial da Cidade, sobretudo tecido micro e pequenas

empresas, procure utilizar esta margem de manobra de uma forma virtuosa, o

sentido da Proposta que apresentamos não difere substancialmente da

Proposta que apresentámos o ano passado e que foi rejeitada, esperemos que

ela possa merecer agora uma melhor consideração, notámos inclusivamente

que pelo menos ela serviu para suscitar uma proposta da parte do CDS com

preocupações idênticas.

Ainda assim, queria fazer alguns reparos em relação à Proposta que o CDS

apresenta, no que se refere ao Ponto 2A), de alteração do limite dos 150 mil

euros, para os 500 mil euros, temos algumas dúvidas, tendo em conta, sobre a

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exequibilidade deste aumento, tendo em conta o limite que julgo definido, o

limite de isenção definido na Lei das Finanças Locais, que será precisamente

os 150 mil, portanto, não sei se isto foi tido em conta pelo CDS, receio bem que

a Proposta não seja, possa não ser exequível.

Quanto à proposta para o Ponto 2B), de favorecer o que é designado como a

Economia do Mar, parece-nos que a Proposta, da nossa Proposta, do PCP, de

conceder isenções Derrama a todas as PME’s industriais, comerciais e

oficinais, incluindo as da designada Economia do Mar, será de alguma forma

mais ajustada à Economia da Cidade, à Economia Urbana que temos e que

queremos de facto apoiar, e nessa medida, parece-nos que a Proposta do PCP

vai mais ao encontro do benefício que se pode extrair de uma utilização deste

instrumento, a Derrama, a favor do tecido de micro, pequenas e médias

empresas da Cidade. Muito obrigado.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado. Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho.

A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - Muito obrigada, Sr. Presidente.

Para não estarmos aqui a repetir sempre um conjunto de apreciações

relativamente ao Orçamento, que já foram aqui referidas, eu vou directa a

alguns pontos concretos e aproveito a sequência desta intervenção do Sr.

Vereador João Ferreira, para a colocar aqui 2 questões que já foram

enunciadas, mas eu quero insistir.

Uma, relativa à questão dos Manuais Escolares, os 5 milhões de euros que

estão adstritos a Manuais escolares, se, na medida em que o Governo

anunciou que no próximo ano será o Governo a assegurar esta verba e ela

está também prevista no Orçamento de Estado.

E depois, também pegando naquilo que o Sr. Vereador João Ferreira referiu,

no que diz respeito à Habitação, ao estado, ao investimento na Habitação,

embora o Sr. Vereador João Ferreira tenha pegado nesta questão a propósito

da não devolução de IRS a quem não o paga e que vive nesses Bairros

Municipais, naturalmente que não o pagando, não pode devolver.

O PSD, os Vereadores do PSD apresentam aqui uma Proposta para aumentar

o montante da Devolução do IRS até aos 3%, aliás, já o fizemos há um ano

atrás e voltamos, acerca de um ano atrás e voltamos a fazê-lo, desonerar

efectivamente os Munícipes em Lisboa, com Domicílio Fiscal em Lisboa,

precisamente de um encargo que naturalmente, que é cobrado pelo Estado,

não pelo Município, mas que pode ser compensado pelo Município, portanto

trazemos de novo essa Proposta.

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E trazemos essa Proposta, a par também da avaliação que fazemos de uma

Proposta que já trouxemos em tempo, mas foi recusada pelo Executivo

Camarário, e hoje verifiquei que o Sr. Vereador João Paulo Saraiva, que não

está a ouvir neste momento…

O Sr. Presidente: - Estou eu.

A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - É fundamental 4 ouvidos, pelo

menos, muito bem, fez aqui uma defesa do aumento da Taxa Turística, que

vem ao encontro daquilo que eu e o Vereador João Pedro Costa aqui

defendemos há mais de um ano, ou há mais um ano não pode ser, porque

ainda não estávamos em funções, mas há menos de um ano defendemos uma

filosofia muito sustentada naquilo que é a nossa visão, precisamente, dessa

ideia de co cidadania.

Uma ideia que nos parece que faz todo o sentido, e essa co cidadania,

permitindo ir, arrecadar Receitas por via dos, precisamente da circulação

turística na cidade de Lisboa, permitir-nos-á aliviar a carga fiscal que que, Sr.

Vereador João Paulo Saraiva, eu considero que é brutal na cidade de Lisboa,

não reage, muito bem, mas aliviar efectivamente os munícipes que aqui

residem e que aqui têm Domicílio Fiscal.

Até porque, por uma outra razão, não só fazer essa compensação por via da

devolução do IRS, como o é também do conhecimento de todos, a Vereação

do PSD defende um conjunto de medidas, algumas dependem nós, outras que

não dependem de nós, precisam de um enquadramento nacional, no que diz

respeito ao alivio da carga fiscal e também sempre muito preocupados com

aquela, com uma prioridade que colocámos durante o período da Campanha

Eleitoral e que tem tido eco, felizmente, nos restantes Grupos Políticos, que é

esta prioridade, que é a Habitação e nós olhamos para este Orçamento e

naturalmente que podemos fazer 2 ou 3 que referências positivas a este

Orçamento, designadamente o facto da Receita Corrente a suportar a Despesa

Corrente e ainda ter uma margem orçamental, que é muito significativa e que

nós entendemos que deve ser utilizada para o presente, mas também para o

futuro e designadamente para o pagamento de Juros.

Nós, a Câmara Municipal de Lisboa, no que diz respeito à Dívida, paga de

Juros e 60 milhões por ano, salvo, não, 30 milhões, não é, 30 milhões, eu

confirmo, senhor, 60 milhões, 60 milhões de euros só em juros. Temos que

libertar a Câmara deste terrível encargo, estamos a falar de que 6% da

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despesa da Câmara Municipal, corresponde a 6 por cento da despesa da

Câmara Municipal, eu bem sei que se formos para o Estado verificamos que os

juros correspondem a 7% da despesa, bom, mas para a Câmara Municipal,

pagar 60 milhões de juros cada ano é, de facto, um peso muito pesado e esta

margem que temos aqui nesta diferença entre, a receita corrente e a despesa

corrente, poderá permitir-nos aliviar o passivo e aliviar também a dívida e os

juros da dívida. É verdade que a despesa na dívida não queria presente, mas

assegura futuro e portanto, parece-me que é, exactamente, nesse caminho que

nós devemos caminhar, amortizar dívida para garantir reservas para

investimento no futuro. Por outro lado, este orçamento, para além destes

montantes, deste saldo que eu acabei de referir, não nos esclarece, este

orçamento não nos dá nenhuma clarificação, nós temos uma reserva de

contingência na ordem dos 124 milhões de euros neste orçamento, que que

não sabemos para que é que está reservada e, precisamente, eu pergunto,

para que é que está reservada esta a reserva de contingência? Se para

investimento, se, para diminuição de dívida? Eu não sei se me estão a ouvir,

mas eu vou-me repetindo que é uma coisa que faço com muita facilidade. Poço

continuar? Muito bem. Não sei se vai ser canalizado para investimento ou se

vai ser canalizada para o tal processo que há pouco o Sr. Vereador João Paulo

Saraiva falou, mas não disse qual é o processo que nos falta ainda garantir

verbas. Eu não sei se o processo, que está a falar, é o processo Braga

Parques, aí também temos alguma dúvida, nós temos, neste momento, uma

reserva no Orçamento de Estado de 0,1% no Orçamento de Estado,

precisamente para suportar esse processo, adstrito a esse processo Braga

Parques e portanto, temos aqui que clarificar esta questão.

Voltando à matéria do investimento, o investimento e, aliás, como ou o Sr.

Vereador João Paulo Saraiva referiu, é o grande bolo do investimento que está

expresso, que está revelado neste orçamento é o Hub do Beato e depois

também, como referiu, a Web Summit, em montantes bastante diferente, mas

gostaríamos de mais especificação sobre o investimento, para além do Hub do

Beato, para além do Web Summit que referiu e também, para que será usada

a reserva de contingência.

Depois, voltando então ao ponto de partida, que é a questão relacionada com a

habitação. Foi aqui anunciado, o Sr. Vereador anunciou aqui um enorme

investimento na habitação, e, esse enorme investimento da habitação, de nada

nos serve, de nada serve à cidade de Lisboa se não for acompanhado por

fiscalização, por monitorização, acompanhamento das famílias, muitas delas

que estão encaixotadas…

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O Sr. Presidente: - Sra. Vereadora, posso pedir só para interromper?

Posso pedir que fechem? Faz favor.

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (cont.): - Muito bem. Como dizia, esse

enorme investimento anunciado na habitação, que não sei se sai da reserva de

contingência, se sai do salto que há pouco referi, porque não está identificado

no orçamentos, ou se está identificado no orçamento, a proveniência dessa

verba, eu não a localizei, mas, esse investimento na habitação, de nada nos

serve se não fizemos um trabalho que está em grande medida por fazer, que é

esse trabalho de fiscalização e monitorização de acompanhamento das

famílias que, estão hoje nalguns dos bairros municipais, praticamente

encaixotadas e portanto, o investimento à habitação é para construir nova

habitação, é para reabilitar a habitação e, os bairros estão em condições

absolutamente degradados, na cidade de Lisboa, onde vivem pessoas em

condições que não são toleráveis numa capital Europeia. Mas, sem haver uma

política e um investimento nesta matéria, um investimento numa política de

recuperação dos bairros, que garanta que não há operações ilegais, que não

há vandalização de património, que não há obras clandestinas, que não há

puxadas de água de eletricidade, mas, que garanta, simultaneamente, que a

Câmara utilize, efectivamente, o património que tem disponível para assegurar

habitação em condições dignas para estas famílias. Estamos a falar de famílias

com muitas crianças, as crianças são também o futuro do país, são crianças

que nós queremos que tenham condições de poder, tenham igualdade de

oportunidades que lhes permitam, efectivamente, melhorar a sua vida perante

aquele que é, face àquele que é o ponto de partida. E por isso mesmo, nós,

mais do que uma política para construir mais habitação, até porque muita dela,

foi sendo anunciada pela Sra. Vereadora Paula Marques no último ano, para

além de construirmos habitação, de recuperarmos a habitação de reabilitarmos

a habitação, o que julgo que temos que fazer nesta Câmara, é um acordo de

regime relativamente a esta questão. Todos nós conhecemos a situação

degradada em que estão estes bairros, não há soluções fáceis, são soluções

muito difíceis, por razões de ordem vária que não vale a pena enunciar, mas

não são soluções impossíveis, e parece-me que esta matéria, deveria ser

trabalhada por todos, conjuntamente, de forma que possamos assegurar que

condições efetivas de recuperação deste património, que é da Gebalis, que é

da Câmara Municipal de Lisboa, recuperar esse património alocar as pessoas

que estão à espera de habitação, ter uma política muito clara de que, a

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habitação municipal é garantida para períodos de vulnerabilidade, mas que não

é para fazer perdurar no tempo de gerações e gerações, nessa habitação

social, que temos garantia que aquelas crianças vão à escola, que temos

garantia que aqueles jovens que já saíram da escola, vão trabalhar onde bem

quiserem, seja no comércio, seja onde for, mas que não continuem a ver na

dependência. E, propomos como sempre temos vindo a propor, uma cada vez

maior responsabilidade, ou co-responsabilidade destes cidadãos, precisamente

através da venda das habitações, de forma que possam ter, essas famílias

possam ter uma responsabilidade acrescida na manutenção dos de bairros

onde se situam, e também para que possam desenvolver o seu projeto de vida

com autonomia face à Câmara Municipal de Lisboa.

Por último. Por último, termino e fico por aqui. Muito obrigada.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado Sra. Vereadora. Não há mais pedidos de

inscrição? Vereador Manuel Grilo.

Sra. Vereadora, por favor.

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho: - Havia mesmo um, por último, e são

30 segundos. 30 segundos.

O Sr. Presidente: - Sim, sim.

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho: - O, por último é: efectivamente, o

grosso das receitas da Câmara, já foi falado o IMT e a Taxa Turística, sobre

tudo com o aumento da Taxa Turística, o que significa que… bom, mas é o

IMT, é o IMI, isto significa que, é um orçamento muito assente no imobiliário e

nós temos tido advertências diversas, por parte do Banco de Portugal,

relativamente, à antevisão de, uma eventual, futura crise no imobiliário. E

portanto, parece-me que, sustentar em grande medida o orçamento da Câmara

em impostos sobre o imobiliário, por um lado encarece o imobiliário, por outro

lado tem este risco. Muito obrigada Sr. Presidente, era este último ponto que há

pouco me falhava. Obrigada.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado Sra. Vereadora. Vereador Manuel Grilo.

O Sr. Vereador Manuel Grilo: - Muito boa tarde. Um primeiro momento para

dizer que, este orçamento, que agora aqui nos foi apresentado é, no nosso

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entender equilibrado, bem sustentado do ponto de vista da receita, no capítulo

do investimento, creio que cobre os principais problemas e os principais

agregados. E portanto, no capítulo, quer da despesa quer do investimento,

parece-nos claramente adequado, tendo em conta, aliás, que, quer no capítulo

da escola nova, quer no capítulo dos refugiados, tem a dotações robustas que

nos permitem, de facto, perspetivar o próximo ano de forma tranquila. Tem um

outro aspeto que eu gostaria também de referenciar, é que ele acolhe na

totalidade aquilo que consta do acordo que o Bloco de Esquerda firmou para a

governação da cidade de Lisboa. E isso este é muito importante seja no

domínio do combate à precariedade, seja noutros domínios e, portanto, não

podemos deixar de saudar este orçamento da Câmara Municipal de Lisboa. Há

no entanto, no capítulo da receita, algumas isenções, ou algumas isenções,

que nos parecem excessivas e portanto, ao contrário de outros, cremos que

estamos a colher, a colectar a menos, tendo em conta, ou iremos coletar a

menos, tendo em conta reduções, por exemplo, no domínio de ou IMI, há uma

redução de 20% da taxa do IMI, para todos os contratos de arrendamento. E,

desta redução não distingue arrendamentos de longa duração, dos de curta

duração. Parecia-nos que esta redução de 20% deveria ser exclusiva para

contratos de longa duração, e, devia ser uma redução inferior…

O Sr. Presidente: - O Sr. Vereador, só para dizer uma coisa. Em matéria fiscal,

nós estamos limitados ao que a lei nos permite modular.

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Mas a lei permite a lei permite até

20%!

O Sr. Presidente: - Não. Sim, mas não permite é o prazo!

A lei permite de 0 a 20, mas não descrimina prazo. Nós já fizemos, ao

Parlamento, mais que uma vez o pedido e não temos…

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Portanto não faz muito sentido, não faz

muito sentido, fazer uma redução de 20%...

O Sr. Presidente (cont.): - E não temos. A proposta do CDS dava incentivos a

1 ano, com franqueza.

(Diálogos cruzados.)

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O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Nós aqui, colocaríamos aqui a questão

entre…

O Sr. Presidente (cont.): - E começa no 1? Certo?

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Pronto, para nós esta era uma questão

fundamental.

O Sr. Presidente (cont.): - Não, não é o shorter, é o 1! Aqui não discrimina o 1

de um 20, nem a proposta do CDS, que eu me recorde, não tocava no

financiamento do IMI.

(Diálogos cruzados.)

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Eu peço imensa desculpa mas

estava…

O Sr. Presidente (cont.): - A proposta do CDS, a proposta do CDS era sobre

taxas de liberatórias em sede de IRS, correto? Não toca, nesta questão da lei,

que é política fiscal do município, que é, como é que município modelar.

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Está-me aqui a dizer então, que esta

questão da redução de 20%...

O Sr. Presidente (cont.): - Era só para explicar. Só para explicar o que é que

íamos fazer.

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Certo, certo. Dizem-me os juristas que,

talvez fosse possível distinguir aqui… Não é possível? Em relação à…

O Sr. Presidente (cont.): - Eu só estou a frisar isto por uma razão, é que este

debate já se teve, de forma recorrente, aqui na Câmara eu concordo consigo

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Não faz sentido estar a fazer como

igual aquilo que é muito diferente.

O Sr. Presidente (cont.): - Então nós estamos neste momento a dar isenções

a contratos de 6 meses. Certo?

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O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Certo.

O Sr. Presidente (cont.): - Mas porque é a única forma de se dar, a contratos

a 10 anos.

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Pois.

O Sr. Presidente (cont.): - Mas é o que a lei, a lei não permite fazer de outra

forma.

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Em relação.

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Reduções, peço desculpa, reduções!

O Sr. Vereador Manuel Grilo (cont.): - Em relação às isenções de IMI para os

prédios urbanos, objeto de ações de reabilitação por um período de 5 anos, isto

terminou em 2018, no entanto, aqui repristina, neste número 6 C, autoriza o

reconhecimento a todos os pedidos referentes a obras de reabilitação urbana

iniciados, ou concluídas até 31 Dezembro 2017, inclusive. Em sei que em 2018

isto já não se aplica, mas, vai apanhar todos aqueles, mas vai apanhar todos

aqueles que foram terminados até 2017. E parece-nos que isto poderia não

estar aqui, poderia ter desaparecido daqui, esta questão em relação a 2017.

Finalmente, ainda em relação à questão do percentual da derrama para os

sujeitos passivos. Em relação à isenção da derrama em 2019, parece-nos

excessiva esta isenção de derrama para os sujeitos passivos, restauração e

pequeno comercio, com o volume de negócio inferior a 1 milhão de euros e,

parece-nos isto excessivo. E, na parte da isenção da derrama para empresas

que tenham instalado ou instalem em sua sede social no concelho de Lisboa

nos últimos 3 anos e tenham criado ou criem e mantenham no período de

isenção, no mínimo, 5 novos postos de trabalho. Nós aqui, gostaríamos que,

estes 5 novos postos de trabalho fossem, claramente, identificados como

novos postos de trabalho na cidade de Lisboa e, com contratação regular. Isto

é, com trabalho dependente e com contratação que não fosse precário. E era

para já, é só.

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O Sr. Presidente: - Sim. Ó Sr. Vereador, também só para esclarecer

novamente sobre isso. Este debate, nós temos aqui recorrentemente, em todos

os orçamentos desde que eu cá estou nós fazemos esse debate com uma

procura dos Srs. Vereadores de terem sempre formulações mais finas, mas

que depois esbarram, quer na lei, quer naquilo que AT faz. Por exemplo, neste

momento a AT não está a aplicar a questão dos 5 postos de trabalho. Não está

porque eles não têm esse registo, e por isso não a aplicam. O máximo que eles

aplicam é volume negócios, neste caso e, não aplicam o resto.

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Temos. Temos e não tem eficácia.

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Podia estar 3, podia estar 2, podia ser contratos a

prazo, podia ser contratos azuis, que é irrelevante.

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Não. Em Lisboa é! Em Lisboa é, porque nós só

temos intervenção sobre a área geográfica.

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Não, mas é que a derrama é calculada na base dos

postos criados no município que, no concelho, é assim que ela é calculada. A

derrama é feita sobre o volume negócios da actividade, em função, distribuído

na proporção dos postos de trabalho em cada município. Agora a AT não faz

terminado tipo de divisões e por isso, nós podemos estar aqui com

formulações, que nos parecem a política correta, que fariam sentido, se a lei

determinasse que nós tínhamos a amplitude para tudo. É como no IMI, acho

que já todos os Srs. Vereadores já perceberam que, o texto da lei só nos

permite fixar as taxas, não permite modular nesta zona, naquela, daquela

forma, para aquela política. Aqui é a mesma coisa, não vale a pena ter, a AT já

está a aplicar por cais, embora, aliás, a lei no início não era clara, já o estão a

aplicar e deram uma informação que, aliás, a alteração legal que permite a

flexibilidade de cais está neste momento, neste Orçamento de Estado no

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Parlamento. Mas, outras modulações não estarão lá. E por isso é só para vos

também, para relativizar o volume da preocupação, porque o que temos que

reivindica no Parlamento é mais autonomia para a nossa fixação da nossa

política fiscal, mas não vale a pena, achar que temos um poder que não temos.

O Sr. Vereador Manuel Grilo: - Só para dizer também que apresentaremos

depois uma declaração de voto por escrito, relativamente a todos estes

diplomas.

O Sr. Presidente (cont.): - Muito bem, muito obrigado. Srs. Vereadores. Muito

obrigado, eu antes de passar a… Eu acho que vamos ter que fazer aqui um

trabalhinho sobre as propostas da derrama, mas antes disso, e antes de passar

a palavra ao Vereador… Bom, eu acho que a intervenção do vereador, Nuno

Rocha Correia e, também na parte final da Vereadora Teresa Leal Coelho,

mostram bem a contradição com que o CDS e PSD encaram este debate e a

política de opção orçamental da Câmara de Lisboa. Porque, são capazes de

dizer em simultâneo, o seguinte: e cito o Vereador Nuno Rocha Correia:

“Riscos acrescidos de inversão do ciclo económico. Fim de estímulos do Banco

Central. Desaceleração do turismo.” Acresce a intervenção da Vereadora

Teresa Leal Coelho: “Orçamento muito assente no imobiliário. Riscos de nova

crise.” E, a proposta central que fazem para orçamento, é a diminuição da

receita estrutural da Câmara de Lisboa, que é a diminuição do IRS. E por isso,

quem começa o debate orçamental desta matéria, acaba por perder qualquer

credibilidade sobre a linha política para o debate. Porque, o debate não pode

ser em simultâneo, o dizer que nós, por um lado gastamos demais, até, ouvi

aqui a expressão que tínhamos um orçamento eleitoralista. Para ajudar o

Governo central, ou para medidas de anos de eleições do Governo central não

municipal e, ao mesmo tempo, a proposta que fazem é, diminua,

estruturalmente a receita de IRS. Não é possível. E por isso, esta contradição

inicial é totalmente insanável e retira qualquer credibilidade à política

orçamental do CDS, neste tipo de debate. Tudo o resto que se possa dizer, tem

este pecado. É que é o pecado da credibilidade. É que, o pronunciamento

político nessa base, é naturalmente fácil, porque é tirar a tudo o que mexe.

Atira-se a dívida, porque reduz, atira-se ao imposto, porque não reduz, atira-se

à receita porque sobe pelo imobiliário e, no fundo, atira-se a tudo e ao seu

contrário. Não tem credibilidade. E por isso, quero deixar isso muito claro na

apreciação que tenho do que fizeram, tenho pena de não ter ouvido todas as

intervenções, mas para mim, isto é muito claro.

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Segunda nota. Este orçamento prossegue, exactamente, a linha política que

nós temos seguido e apresentada em todos os orçamentos, que é, a linha

política de reduzirmos o passivo do município, a dívida do município,

estabilidade dos impostos como os mais competitivos da Área Metropolitana de

Lisboa e, aumento sempre do investimento na cidade de Lisboa. Em todos os

orçamentos, desde que tive oportunidade de apresentar, quer como vice-

presidente da Câmara, quer como presidente do município, todos eles seguem

o mesmo princípio.

1º lugar nunca abdicar do reforço da sustentabilidade financeira do município.

É por essa razão, que o passivo do município tem uma diminuição desde 2014

até agora, superior a 400 milhões de euros. E, já para os Srs. Vereadores, não

haver qualquer tipo de dúvida, 2014 já foram incorporados todos os efeitos de

Aeroportos e coisas do género, isso foi em 2012. Estou a falar de 2014 até

agora. Menos 400 milhões de euros de passivo. Passivo, isto é, o conjunto

agregado de dívidas e responsabilidades.

2º Uma redução da dívida, uma redução da dívida do município, uma redução

da dívida…

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Não Sr. Vereador, que a redução, não senhor

vereador, não porque a redução da dívida.

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Sr. Vereador, se bem se recorda, não era ver agora

há época, mas na altura não havia maioria na Assembleia Municipal em 2012.

E, a imposição que o PSD fez, que aliá, o Vereador António Proa em todos os

debates orçamentais no mandato passado, nunca deixava de nos lembrar

disso. Que a diminuição do IMI e do IRS era a contribuição do PSD e, era um

crédito do PSD, porque tinham encostado o malvado do Presidente António

Costa, que não queria, mas que o tinha encostado a obrigar a desolver em

devoluções fiscais, toda a redução do serviço da dívida que, foi conseguido na

operação do Aeroporto. E, a verdade é que, todo o serviço da dívida reduzido

no Aeroporto em 2012, foi afeto à diminuição do IMI e do IRS. Em 2014, em

2014! O que eu refiro é que, desde 2014, para não ir mais atrás, não voltar a

falar do processo de redução da dívida desde 2009 e do passivo desde 2007.

Estou só a falar de 2014 para a frente, por isso expurgados esses efeitos.

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Houve uma redução do passivo superior a 400 milhões de euros e uma

redução da dívida que, atingirá no final de 2018, mais de 200 milhões de euros.

E, quero-vos fazer nota disto, porque esta redução do passivo e a redução da

dívida ocorrem num período em que houve fortíssimos movimentos de

regularização de casos pendentes do município que vinham do passado. Não

quer ser exaustivo, mas nós já incluímos aqui: A regularização do diferendo

judicial superior a 40 milhões do Vale de Santo António, a resolução do

diferendo com a Sonae relativo à construção do Colombo e do túnel do Estádio

da Luz e da Avenida Lusíada no valor de cerca de, 70 milhões de euros, a

regularização do passivo do processo Arias Romão de 96 milhões de euros.

Está-me a escapar um grande…

Bom, estamos a falar, estamos a falar, só aqui, só aqui…

(Intervenção imperceptível fora do microfone.)

O Sr. Presidente (cont.): - Não, esse é anterior, a 2014, estou a falar aqui só

de 14 para a frente, estou a falar aqui de resolução de contenciosos superiores

a 200 milhões. 200 Milhões de euros. E, por isso nós conseguimos esta

redução do passivo e esta redução da dívida e, a regularização destes

processos contenciosos que vinham do passado, que aliás, só deixa a Câmara

de Lisboa, neste momento, com um grande processo pendente, com mais

alguns pequenos, mas só com um grande ainda para resolver. E por isso, nós

nunca nos afastamos desta linha, em todos estes anos reduziu o passivo e

reduziu a dívida. Em todos estes anos mantivemos a política fiscal; mais baixa

da Área Metropolitana de Lisboa; e mantivermos as taxas mais baixas na

prestação de serviços da Área Metropolitana de Lisboa. Isto é uma coisa que

os Srs.- Vereadores, são factos que são incontestáveis. E, é por essa razão,

que estamos a apresentar um orçamento que, vai exactamente, na mesma

linha e, ao contrário do que o Senhor vereador Nuno Rocha Correia diz, este

orçamento prevê, de novo, uma significativa redução da dívida do município. E

por isso não tem nenhum caráter eleitoralista, não tenham caráter de alongar e

de ir para situações de risco relativamente à nossa posição financeira e, este

orçamento vai permitir, de novo, reduzir a dívida. Porquê?

Seria uma irresponsabilidade gerir a Câmara de Lisboa sem perceber que,

grande parte da receita que nós estamos a ter, o aumento da receita que nós

estamos a ter é, de facto, como os Srs. Vereadores dizem e eu partilho,

conjuntural. E nós, perante isso o que devemos evitar a todo o custo É, a subir

a despesa estrutural. Mas também não podemos diminuir a receita estrutural,

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que é o que os senhores propõem. O que os senhores propõem é diminuir a

receita estrutural do município, isto é baixar a base da nossa receita constante,

permanente, regular, estável. Mais coerente, aliás, têm que conhecer a posição

do PCP sobre esta matéria, mas a vossa não, no momento em que temos um

acréscimo significativo de receitas conjunturais, o que nós temos que fazer é:

1º lugar. Aproveitarmos para reforçarmos a solidez do município. E, a verdade

é que toda a redução do passivo e toda a redução da dívida, que é feita com

este acréscimo de receita do imobiliário, alivia o nosso serviço da dívida e

contribuir para a nossa sustentabilidade corrente. Agora sim, porque como

agora não estamos a fazer diminuições fiscais, não estamos a propor, esta sim,

como abocado o Vereador João Gonçalves Pereira dizia, as reduções dos

processos contenciosos, ajudam à redução dos encargos com a dívida. Agora

sim, em 2012, não, porque a redução dos encargos foi para diminuição fiscal.

Agora não. A redução da dívida está-se a traduzir em menores encargos com

a dívida, por isso robustece a base fiscal do município. A outra dimensão é

afetarmos ao investimento, que, obviamente é necessário nas várias áreas da

cidade, ouvi várias intervenções, todas elas, aliás, tendentes, não a reconhecer

que há investimento a mais, mas a identificar áreas em que gostariam que

houvesse mais investimento. Até já vamos em mais investimento no transporte

público, que é uma coisa que já é um salto importante. Eu acho que é uma boa

política, não só na parte da redução da dívida, na parte da redução do passivo

da redução da dívida, mas também na do investimento, porquê?

Porque, obviamente, na parte do investimento é a parte em que a Câmara terá

maior facilidade em ajustar aos diferentes ciclos económicos. Eu acho que esta

é a gestão responsável da Câmara de Lisboa, que é, não fazer neste, momento

em que vivemos, nem grandes aumentos da despesa corrente, nem

diminuições da receita estrutural. E, se tivermos que fazer aumentos da

despesa corrente, então temos que fazer aumentos da receita estrutural do

município. É por essa razão, que fazemos a proposta do aumento da taxa

turística. Por ser um elemento dessa receita estrutural do município. Terá

variabilidades no futuro? Terá! Mas não terá variabilidade que o IMT tem, por

exemplo. É por essa razão que eu tenho insistido muito, sem sucesso até

agora, aliás, em nenhum Governo, nem no anterior nem neste, nessa matéria

estão ambos iguais, que é a Lei das Finanças Locais, a forma como ela é feita,

prejudica, que cria óbvias dificuldades a um conjunto muito importante de

municípios, pouco numeroso, mas muito importante. Lisboa, Oeiras, Cascais

Porto, Loulé, porquê? Porque introduz nos nossos orçamentos, como não há

transferência do Orçamento de Estado, introduz… em Loulé há. Não há em

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Lisboa, Porto, Cascais e Oeiras. Introduz-nos um nível de dependência do IMT,

porque é aqui que se concentram as receitas, muito elevado. Seria muito

preferível, aliás, trocar esta receita de IMT e esta variabilidade por uma receita

mais estável ao nível de IMI, ao nível de IVA, o nível de IRS, que fosse uma

maior participação nas receitas do Estado. Bom, não é possível, não tem sido

possível, a Associação Nacional de Municípios não o defende, o Governo o

tem defendido e aqui estamos. Mas, por isso, a proposta de Orçamento que

apresentamos, é, em linha com os princípios que nos têm orientado desde o

início. Reforçar a solidez financeira do município, manter a política fiscal mais

baixa é atrativa para a cidade de Lisboa e, adaptar neste caso, aumentando,

significativamente a capacidade de investimento nas áreas estratégicas do

nosso plano de actividades.

Peço agora ao Vereador João Paulo Saraiva para completar, nas várias

questões mais de especialidade que se tenha colocado.

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva: - Muito bem. Então tentando correr

aquilo que foram as minhas notas, para não esquecer de nada. Para começar

por dizer que, de facto, há uma tendência quando o CDS aborda estas

matérias de impostos, taxas e as receitas municipais ou nacionais, que

também não sou surdo, apesar da Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho ficar

zangada, quando eu não estou a olhar quando ela está a falar, mas eu etou a

ouvir, mas, dizia eu que ouço o que se passa por aí e, digamos, o padrão é

idêntico. É que o CDS insiste em falar de carga fiscal. Eu percebo que, quando

não se mexe naquilo que as percentagens de incidência de um determinado

imposto, ou de uma determinada taxa, depois quando não há mais nenhum

recurso, tenta-se tentar passar a imagem de que se, está a sobrecarregar os

munícipes, porque se aumentou a carga fiscal. Carga fiscal decorre, como é

evidente, aquilo a que os senhores chamam carga fiscal, que são as receitas

fiscais, de corda dinâmica, da própria economia. Se a economia gera mais-

valias superiores, vai haver mais recolha de impostos. E portanto, agora, o que

eu acho é que toda a nossa abordagem tem sempre subjacente uma questão

ideológica, e eu gosto de aqui sublinhar, é que o CDS acha, que aquilo que é o

dinheiro para ser aplicado pelas entidades públicas é mau, se for aplicado

pelas famílias, já é tudo bom. E, portanto, esquecem-se que em qualquer

sociedade, aliás, esse tipo de raciocínio, esse tipo de raciocínio é que nos

trouxe aqui hoje, por exemplo, onde estamos sobre o ponto de vista dos

transportes, somos um dos países mais atrasados da Europa, porquê? Porque

nunca se teve a coragem de não pegar nos impostos, e se não se pegar nos

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impostos, quando pudemos fazer algo de fundamental que é pegar nessa

capacidade e investi-la, em prol daquilo que são um conjunto de interesses

coletivos, estruturais, a maior parte dos casos. Porque naquilo que é uma

crítica que os senhores estão a fazer abundantemente, que é, não, está-se a

perder uma oportunidade fazer alterações estruturais. O que é que estamos a

fazer do ponto de vista do transporte? Os transportes públicos coletivos de

Lisboa, é uma mudança estrutural, os senhores não concordam, muito bem,

azar. Pá, nós estamos cá, aqueles que achamos que estamos a fazer o melhor

para a sociedade portuguesa, evidentemente, são diferenças que nós temos e

bem, e ainda bem e ainda bem e legítimas, mas têm que ser claros sobre a

matéria.

Os senhores não gostam do investimento público, os senhores não podem

andar a dizer um dia que gostam muito de investimento público e quando ele

está a ser feito, que é o nosso caso, não, não, temos que diminuir a carga

fiscal. Desculpem é o momento, foi, aliás, o que os senhores disseram, quando

houve os problemas que o país atravessou há uns anos atrás. Devia ter sido

anos bons, que se fazia grandes investimentos públicos, não era em momentos

de dificuldade. E, portanto, eu não percebo esse “argumantário”. E, agrava a

situação, quando as três intervenções que foram feitas, são todas em sentido

contrário. Uns, é baixar a carga fiscal, os outros, é aumentar a despesa, não

consigo entender, desculpem. Hoje… costumam surpreender-me pela positiva,

hoje surpreenderam-me pela negativa. Não gostei, não gostei, não gostei do

debate. Achei que se contradisseram e eu não gosto de tanta contradição,

nomeadamente pelo mesmo grupo, que já a tradição…é exatamente, é muito

interessante.

Bem, agora, depois deste introito mais político e mais ideológico, eu diria que

ainda também me recordo, quando eu, aliás, essa parte nunca me canso de a

sublinhar e vocês devem achar que eu sou uma espécie de relógio de

repetição, como dizia o meu avô, mas é verdade, ainda me lembro de quando

se falava de taxa turística, taxas e taxinhas, coisa horrível, como é que é

possível?... Agora já é tudo maravilhoso. Eu gosto, de facto, há uma perspetiva

que é, só não mudam de ideias aqueles que, de facto, não raciocinam sobre as

coisas.

E, de facto, há uma coisa que temos que dizer, é que os senhores raciocinaram

sobre esta matéria e acompanharam-nos sobre essa matéria. Isso é muito

interessante perceber, é muito interessante. Tenho a mesma esperança de um

dia me conseguirem convencer de alguma coisa em sentido contrário, mas até

agora, têm que se esforçar mais.

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Contribuição de proteção civil, não está neste orçamento, aliás, deixem-me

uma nota, que é para todos, este orçamento começa a ser construído em

Julho, e, portanto, ele termina ele termina a sua construção, estabiliza ali por

volta de Setembro, do ponto de vista técnico e, portanto, é muito difícil

incorporar, como, aliás, o Sr. Presidente tem referido abundantemente, é muito

difícil incorporar algo que ainda não está aprovado, que ainda está em

discussão, e portanto depois, havemos de no caso de nesta e noutras

matérias, essa reflexão há de ser trazida a esta Câmara.

Depois, com algumas questões que foram mais abordadas

(intervenção fora do microfone)

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Exatamente, certo, previsões,

exato, estou quase a chegar. Higiene Urbana, A higiene urbana, falou-se que

fosse a empresa, não é a nossa perspetiva sobre a higiene urbana. É a de

serviços municipalizados, estamos a construir esse modelo. Depois, quanto

aos concursos internos da Câmara, e só não está refletido de forma tão

expressiva a higiene urbana, nos no próximo ano, porque vamos tentar

concretiza-la ainda este ano. E, portanto, no próximo mês, aliás, já foi aprovada

em Câmara abertura do concurso e, portanto, ele não tem a mesma expressão,

do ponto de vista documental, no próximo ano.

Relativamente quer às projeções do IMI, do IMT da de rama, eu gostava de

recordar, como é que aquilo que que são as leis que enquadram a nossa

construção orçamental, nós temos que entrar com, digamos, o nosso limite

máximo de inscrição orçamental, são os 24 meses que precedem o momento

em que nós estabilizamos a construção do orçamento, eu diria que Agosto de

cada ano é o último mês conta para a essa nossa projeção. E, portanto, o que

nós fizemos foi exatamente isso, em boa parte das matérias, viemos por baixo

um bocadinho por baixo, na tal lógica defensiva que eu referi há pouco. Na de

rama aconteceu este ano uma coisa que, suponho que há de ter tido uma

questão da mesma natureza, daquela que foi referenciada à hora de almoço,

que é o momento qualquer em que um contencioso termina e, portanto, a

nossa de rama vem um bocadinho abaixo do ano passado, que não era

expectável e nós introduzimos essa correção no orçamento para 2019.

Relativamente à taxa turística, as nossas projeções do ano passado, foram

completamente suplantadas por aquilo que é a cobrança este ano, que nos

permitiu duplicar aquilo que é a nossa perspetiva para o próximo ano.

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E,, portanto, entrando com esse tal fator dos 24 meses, porque as recolhas,

digamos, aquilo que foi coletado este ano, que foi arrecadado este ano, melhor,

é muito superior, àquilo que estava orçamentado. E daí a possibilidade de

chegarmos aos 36 milhões de euros que referimos há pouco.

Um conjunto de outras coisas, falou-se naquela questão das casas e da

construção de casas. Eu costumo brincar com esta matéria e vou fazê-lo aqui

novamente porque, de facto, construir habitação, não é propriamente como

jogar no “Simcity”, ou fazer outra coisa qualquer, isto não é nenhum Lego e

portanto, demora o seu tempo. E, como todos sabemos, mas parece que, às

vezes não sabem. Tentam dizer-nos que é para construir para o mês que vem

não é? Isto vai ter aqui um período e é, estas 6 mil casas hão de está

certamente em construção, se calhar até mais, no final de 2021. Quanto ao

crescimento, mas, como é óbvio, estão inscritos para o ano 2019, aquelas que

vão entrar em construção e portanto, como sabem, o exercício orçamental, tem

escrito aquilo que se prevê que seja executado naquele ano. E portanto, é isso

que está traduzido neste orçamento. Quanto às aquisições de serviços de

vigilância, elas decorrem de duas, o aumento decorre de duas situações: uma

tem a ver com o incremento do salário mínimo e, como estas profissões estão

muito coladas ao salário mínimo, as propostas, que temos vindo a desenvolver

e os consultas que temos vindo a fazer, estão alinhadas já por cima sobre essa

matéria e, por outro lado, há aqui um conjunto de situações pontuais que

confluíram no mesmo ano, que fazem com que nós, de forma pontual,

precisamos de mais serviços de vigilância, nomeadamente, aquilo que é, por

exemplo, toda a dinâmica associada ao Hub do Beato em que depois terá uma

lógica própria de condomínio, mas enquanto tem e não tem, é preciso que as

instalações estejam a ser vigiadas e, isso cabe a neste momento, À Câmara

Municipal de Lisboa, ainda não está nessa dinâmica de condomínio para que

todos os que se lá instalarem contribuirão e portanto, há aqui um ligeiro

aumento. Já os estudos pareceres e consultoria, basta olhar que o orçamento é

um orçamento que, quando expande o investimento também, evidentemente,

vai expandir aquilo que são; a feitura de projetos de consultorias técnicas,

sobre um conjunto de matérias que estão conexas com esse mesmo

investimento e portanto, não há aqui milagres. A Câmara Municipal de Lisboa

tem um conjunto de técnicos especializados sobre um conjunto de matéria, que

fazem um excelente trabalho, mas há outras, que não temos essa

especialização interna, fomos pulando ao longo dos anos, como sabem, nós

somos competitivos em termos fiscais, mas não somos competitivos em termos

salariais. É uma coisa que acho que toda a gente, aqui que está nesta mesa

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sabe e portanto, perdemos com grande facilidade alguns dos melhores

técnicos durante o seu período de crescimento, enquanto tal. E, não temos

grandes condições para os reter. Mas, o que eu queria dizer é que sobre este

ponto de vista, o crescimento acentuado, é essencialmente conexo com isto

que eu acabei de referir. Mais investimento, é alimentado por mais projectos,

mais pareceres técnicos, mais estudos técnicos e, nalguns casos até mesmo

estudo de viabilidade consultoria jurídicas como é, por exemplo, o pendor

acentuado em matéria de programa renda acessível concessão de obra

pública. Depois, as creches que referiu, no sentido de aumentarmos a nossa

capacidade de ter o máximo de crianças na cidade de Lisboa, em creche, É

algo que vai, digamos, é começar uma subida acentuada no próximo ano e que

já veio aos órgãos no plano de investimentos, Lisboa 21, quanto ao

investimento em habitação, ele está num todo este orçamento, quer seja aqui,

quer seja nas empresas municipais, quer na dinâmica das novas construções,

quer na dinâmica da manutenção, quer na dinâmica da conservação e, eu até

os desafio a dizer; qual foi o último ano, nas séries anteriores, qual foi o último

ano em que, alguma vez conseguiu chegar aos níveis de investimento que

estamos a fazer hoje? E portanto, é um investimento como já há muitos anos,

não era feito.

Quanto ao PCP. Eu costumo estar, em grande medida, alinhado,

nomeadamente com as preocupações do PCP, em muitas matérias, mas, há

uma matéria em que nunca me consigo pôr de acordo com o PCP e, hoje mais

uma vez a questão veio-se a vincar aqui neste debate. É que tem a ver com

esta lógica um pouco maniqueísta entre a Câmara Municipal e as empresas e

por mais que nós explicamos que as empresas são Câmara Municipal no

sentido em que são detidas a 100%, quem das orientações estratégicas,

somos nós, quem aprova os orçamentos, como hoje aqui esteve, somos nós.

As empresas são instrumentos da Câmara, não há esvaziamento da Câmara, é

diversificação dos instrumentos, é diversificação dos instrumentos e o que

acontece aqui é que, eu gostava de vos perguntar como é que nós, todos

queremos mais investimento, ou pelo menos alguns de nós, uns é uma coisa

mais circunstancial, mas eu admito que, aqui à esquerda queremos mais

investimento, queremos mais investimento em determinadas áreas e eu, estou

farto de perguntar em grande comité, como é que nós vamos conseguir

executar mais investimento, nós temos todos os constrangimentos que temos e

os únicos graus de latitude que nós temos é, de reforçar as empresas, reforçar

o município demora bastante mais tempo e, como nós sabemos, as pessoas

entram na base da carreira e portanto, quando vamos demorar tempo a fazer

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com que elas tenham, de facto, condições para assumir alguma das

especificidades que os nossos projetos têm. E portanto, a forma mais expedita,

rápida e ao mesmo tempo, estrutural que o município pode desenvolver para

dar corpo àquilo que são algumas das legítimas e das importantes

reivindicações, nas quais estamos de acordo, são as empresas. E eu não

reconheço melhor instrumento para o fazer de forma rápida, sem perder de

forma nenhuma a visão; de que o município tem de se reforçar, os timings é

que são diferentes e portanto, aí eu…

(intervenção fora do microfone.)

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Podes João, mas, agora deixa-

me lá acabar.

(intervenção fora do microfone.)

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Certo. Daí também não estamos

de acordo, mas a valorização da… até podemos ter visões diferentes é para a

valorização, com certeza, mas como todos os que sabemos, também aqui esta

mesa, depende muito em grande medida fora daquilo que é o universo

municipal para essa valorização, porque tudo aquilo que são as áreas em que

o podemos fazer cá dentro, estamos a desenvolve-lo.

(intervenção fora do microfone.)

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Não, não, mas nós estamos a

batalhar fora, para que algumas coisas sejam corrigidas e algumas sejam

transpostas para o universo municipal. Mas, uma grande parte dessas

medidas, não dependem do Universo municipal. Pá, temos que, de facto, sobre

esta questão do “PAC” e do “PRA” assentarmos na nomenclatura; há aqui uma

alguma divergência que podemos corrigir e, saná-la porque, de facto, os

projetos de iniciativa municipal e de construção municipal, estão espalhados

quer entre o município e a SRU há uma quantidade deles e a própria Gebalis

na área da manutenção e conservação. E portanto, não faz nenhum sentido,

estarmos a dizer que não está, porque está. Porque já lá estão os projetos da

Ajuda, de Belém, de Entrecampos barra Forças Armadas, todos os projetos

estão a ser desenvolvidos e portanto, vamos ter, no tempo, no máximo tempo,

com a maior velocidade que consigamos, esses projetos no terreno e essas

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edificações no terreno, é só uma questão de nomenclatura e isso resolvemos.

Não transformemos uma questão de nomenclatura numa questão, de facto,

dando uma importância que ela não tem.

Bem, os manuais escolares, é mais uma questão que a decorre do Orçamento

de Estado portanto, ainda não teve acolhimento nem nenhum ajustamento à

volta dessa matéria, porque ainda não está aprovado o Orçamento de Estado.

Sobre a informação detalhada sobre o IRS, eu partilho essa visão do impacto

onde é, quais são as famílias e quais são as pessoas onde ele vai impactar

esta dedução, mas, de facto, eu não posso dar mais informação, vocês já a

pediram, porque também não a temos. E portanto, infelizmente, esta opacidade

entre a AT e a…

(intervenção fora do microfone.)

O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (cont.):- Ainda não temos, ainda não

temos esse caminho, essa informação, portanto, não a podemos dar.

Muito bem falta-me aqui, penso que só, a Teresa Leal Coelho, para terminar.

Eu também acho que, há aqui matérias, pela sua relevância, pela sua

importância, que importava que encontrássemos alguma plataforma séria de

entendimento, sobre ela e que não tivéssemos sistematicamente, esgrimir e

encontrar, de forma artificial, diferenças e formas de, digamos de

desentendimento, quando há aqui matérias em que nos podemos entender. E

elas são vastas, quer seja nomeadamente, em matérias de habitação em que,

muitos estamos de acordo. E portanto, eu apreciei, de facto, o vosso esforço,

de uma forma geral, para encontrarem alguns pontos para depois poderem

anunciar como divergências, porque, o que eu noto é que grande parte daquilo

que eram as vossas reivindicações e os vossos pontos de divergência dos

últimos anos, tiveram que ser atirados para trás das costas em face do grande

investimento, na diminuição da Dívida e da melhor posição, do ponto de vista

Fiscal e Tributário da Área Metropolitana de Lisboa. Muito obrigado.

O Sr. Presidente: - Peço desculpa, classifiquei eu e a Sr.ª Vereadora não me

estava ouvir, ficou aqui registado, registei aqui.

A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - Eu tenho que atender chamadas, não

me respondeu a algumas questões de segurança. Qual é a Empresa? Qual é o

Processo?

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O Sr. Presidente: - Sr.ª Vereadora, são 6 horas menos 7 minutos. Sr.

Vereador João Gonçalves Pereira.

A Sr.ª Vereadora Teresa Leal Coelho: - Pode, veja se consegue respostas.

O Sr. Vereador João Gonçalves Pereira: - Não tenho grande esperança,

confesso, confesso que não tenho grande esperança.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, eu acho que, Sr. Presidente, teria sido

útil se tivesse ouvido a intervenção da Vereadora Assunção Cristas, muitas das

coisas que disse, seguramente não teria feito comentário que que aqui fez,

mas agora a 2 ou 3 notas prévias e que têm a ver com o seguinte.

Taxa Turística, oh Sr. Vereador João Paulo Saraiva, eu já estava com

saudades suas, confesso, confesso, eu sei, eu sei e sabe que é recíproco, oh

Sr. Vereador, mas tinha saudades e o Sr. Vereador esteve-se a guardar para o

Orçamento e para o Plano, para podermos fazer esta mesma discussão, Taxa

Turística, para ver se nós clarificamos isto de uma vez por todas.

O CDS, no contexto e no momento em que quiseram avançar com a Taxa

Turística, o CDS naquele momento, tendo em conta o contexto, em que o

Turismo estava a dar os primeiros sinais, em que a Economia estava a

começar a dar os primeiros sinais, era um péssimo sinal aplicar uma Taxa…

O Sr. Presidente: - Oh Sr. Vereador, posso-lhe pedir o seguinte, nós somos

capazes de discutir hora, o Governo desde o tempo da D. Maria, são 6 horas

menos 7 minutos, há muitas Propostas para votar e temos o Público lá em

baixo às 6 e meia, não vale a pena.

O Sr. Vereador João Gonçalves Pereira: - Taxa da Protecção Civil. A

pergunta que foi feito aqui feita por parte da Vereadora Assunção Cristas, foi no

sentido de dizer, está esta matéria em discussão, caso seja aprovada, até

porque é uma intenção da Maioria, de uma geringonça que existe na

governação do País, o que é que a Câmara de Lisboa vai fazer esta? Esta foi a

pergunta que foi colocada, como é evidente, nós sabemos, principalmente

quem tem responsabilidades no Parlamento, sabe que ainda não há essa

mesma Taxa, mas que ela muito provavelmente será uma realidade.

Depois dizer o seguinte. Quando nós falamos e redução, em devolução em

sede de IRS e a na própria Derrama, no caso da Derrama estamos a dar e a

fazer um estímulo à própria Economia da Cidade e do País; quando falamos

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IRS, falamos em dar mais poder de compra às famílias, como parece de

elementar bom senso, já lá vamos.

Agora, vou repetir aqui, vou pegar aqui num número que a Sr.ª Vereadora

Assunção Cristas ainda há pouco aqui referiu, em 2015, a Receita Fiscal do

Município andava nos 400 milhões; 4 anos depois, a previsão de Receita é de

mais 222 milhões, ou seja, isto significa que há um crescimento de cerca de 50

milhões de euros, por ano, de receita, na gestão de Fernando Medina, e isto

sacrifica famílias e sacrifica empresas, não, porque quem paga, como é

evidente, esta Receita, não se ria, não se ria, olhe que os lisboetas não se riem

seguramente, nem as empresas.

Oh Sr. Vereador, eu não lhe estou a falar, quer continuar a interromper, e

portanto, há aqui, não, ainda bem que existe esta diferença, oh Sr. Vereador e

Sr. Presidente, ainda bem que a diferença entre nós é tão grande, isso é bom,

porque significa que há uma alternativa, mal seria que não houvesse uma

alternativa, e portanto, claramente os Senhores têm um caminho e nós temos

uma proposta alternativa bem diferente a para a cidade de Lisboa.

Mas dizia eu, há aqui um acréscimo de 50 milhões de euros todos os anos, em

média, se nós temos uma Receita em 2015, de 400 milhões de euros, e se a

previsão para 2019 é 622, significação que são mais 222 milhões de euros, e

portanto, quando o Sr. Presidente fala na questão da Receita, e da Receita que

é uma Receita que não pode pôr em causa aquilo que é a estrutura financeira

do Município, há uma coisa que todos nós sabemos, a Receita é cíclica, é

conjuntural e nos momentos em que ela está, em que a conjuntura é mais

positiva, ou seja, quando há este acréscimo de Receita, como é evidente, deve

haver da parte do Município, uma atenção para com as empresas e com as

famílias, no sentido, como é evidente, não, ouça, a maior Receita do País, a

Receita do Município de Lisboa é a maior de o País, como é evidente.

Mas deixe-me só lhe fazer um exercício que eu aqui fiz, oh Sr. Vereador esta

vai gostar, houve um exercício que eu aqui fiz, que foi tentar perceber quanto é

que isto poderia custar a cada família, pegando no Orçamento da Câmara? E

como é evidente, naquilo que são as Receitas do Município, não contemplei,

uma vez que estamos a falar de famílias, nem contemplei, nem a Derrama,

nem a Taxa Turística, nem as Multas, retirei-lhe esse valor, se deixar terminar

eu conto-lhe o exercício todo, portanto, estou-lhe a dizer o que é que não foi

incluído.

E nestas contas, como é evidente, incluiu o IMI e incluiu IMT, mas não consigo

depois, retirar a parte que diz respeito às Empresas, e então, como forma de

compensação, retirei aquilo que é a Tarifa de Saneamento e a Tarifa de

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Resíduos Urbanos, ou seja, qualquer coisa como 87 milhões de euros, andará

qualquer coisa por aqui, e eu admito que este exercício, considerem que é um

exercício que vai o encontro ou aproximado, ah não, ouça, em termos daquilo

que são as empresas, não, mas está bem, eu vou-lhe dizer qual é o meu

exercício, o Sr. Presidente de pois se quiser fazer um exercício diferente e nos

apresentar, tanto melhor.

O que nós sabemos, é que nós temos 244 mil famílias na cidade de Lisboa, e

se nós dividimos e formos ver aquilo que é o que pagava uma família, destas

244 mil famílias de Lisboa, em media, em 2015 pagava qualquer coisa como

1100 euros por ano; agora em 2019, paga 1800 euros, e portanto, não, não se

ria, olhe, o Sr. Presidente ri-se mas olhe que os lisboetas não se riem, não,

ouça, isto vem reforçar aquilo que é o enorme crescimento da Receita, o saque

fiscal, ou seja, como é que em 4 anos se passa de 400 milhões para 622

milhões de euros, e portanto, Sr. Presidente, temos uma visão diferente de

Cidade, é uma alternativa diferente temos para a Cidade e que seguramente

não penalizará, nem tanto as empresas e muito menos as famílias. Muito

obrigado.

O Sr. Presidente: - Muito bem, muito obrigado Sr. Vereador.

Eu vou-lhe responder num minuto e vamos avançar para as Votações, que é,

oh Sr. Vereador, peço desculpa, temos pessoas lá em baixo e temos ainda

várias votações para fazer.

Olhe, gostava só de dizer o seguinte, oh Sr. Vereador, essa sua conta é

mesmo uma conta da aldrabice, é uma conta de aldrabice, porque o Sr.

Vereadora bastava só ter feito a seguinte conta, que é retirar do aumento da

Receita Fiscal aquela que na sua grande maioria não é paga pelos residentes e

que contribui para o aumento da Receita do Município, que é feito do IMT,

pagam, só que na sua maioria, aquilo que é do acréscimo gerado, não é

gerado da base normal da vida dos lisboetas, se o Sr. Vereador, não, não, o Sr.

Vereador deve incluir o IMI, incluir o IRS, mas pode incluir a Tarifa de

Saneamento, a Tarifa dos Resíduos, não, é dividir por 50%, que é a parte das

famílias e 50% é de empresas, se quiser a conta é mais ou menos isso, 50%

do valor, não, considere, pode assumir a Receita toda do IMI, pode assumir a

Receita da Taxa de Saneamento, não é, das Taxas é cerca de metade

empresas, metade particulares, mas eu estou a dizer, é que podem considerar

todas, que é comparar tempo com o tempo.

Porque Sr. Vereador, eu não sei porque se ri, porque a crítica é tão. Como é

que eu hei-de dizer, a crítica é tão frágil, é tão joguinho de coisas, que é o

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seguinte, a grande receita, o IMI, se repararem na série, é uma Receita muito

estável no Município da cidade, no Município de Lisboa, e aliás, o lMI tem

tendência, se não se mexer nas Taxas, a ir diminuindo, porque o IMI, um

elemento com grande peso no IMI, sim, Sr. Vereador, por uma razão, porque

um factor de peso, porque o factor de grande peso é o factor de vetustez, como

nós não temos tido construção nova, a base sobre a qual incide o IMI têm

tendência a ir diminuindo.

E por isso, a reabilitação quando não implica a mudança de nova licença de

utilização por construção, por determinado tipo de intervenção, não altera o

período de contagem do IMI, numa cidade consolidada, antiga, sem construção

nova, a Receita do IMI tende a estabilizar e/ou a diminuir, e aliás, se reparar na

série, o IMI não muda muito; o IRS também não tem mudado muito; a Derrama

tem aumentado pela actividade da Economia, mas a do sítio onde encontra a

grande Receita que aumenta na cidade de Lisboa, é o IMT, que passou de 70,3

milhões para 243 milhões.

Agora, o Sr. Vereador olha para a Cidade, vê o investimento estrangeiro, vê o

investimento francês, brasileiro, chinês, vê o investimento de grupos de

reabilitação urbana, vê a transacção do imobiliário. O que é que o Sr. Vereador

faz? Pega nisso, essa realidade não existe e divide pelas famílias pobres de

Marvila e pelas famílias das classes médias da Roma, e diz, estão a pagar

mais 700 euros de Imposto, oh Sr. Vereador é uma aldrabice tão frágil que não

tem mais adjectivação, não tem sentido nenhum a sua análise, porque o que o

Sr. Vereador quer é construir uma história semelhante, aliás, à história do

Parlamento, do Nacional, que é vir invocar que nós carregamos aqui,

pressionámos sobre as famílias, pronto, não o consegue fazer, não o consegue

fazer.

Bom, sobre a minha análise da coerência da intervenção do CDS já o fiz, a

intervenção do Sr. Vereador Nuno Rocha Correia, com a Proposta do IRS diz

tudo, diz tudo, os Senhores atiram uma coisa e atiram ao seu contrário, a

credibilidade sobre isto não é grande, não é grande não sobra muito.

Srs. Vereadores, eu proponho, oh Sr. Vereador, deixe-me, temos que avançar,

eu sei que isto é entusiasmante e nós, mas pode fazer Declarações de Voto

nas Votações. Está bem?

O Sr. Vereador João Pedro Costa: - Sr. Presidente, muito obrigado. Só para

dizer que a proposta do PSD tem aqui uma gralha no penúltimo parágrafo do

preâmbulo, e onde diz “domicílio profissional, quer o domicílio fiscal”. Muito

obrigado.

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O Sr. Presidente: - Muito bem, Sr. Vereadores, vamos, Sr.ª Vereadora.

A Sr.ª Vereadora Assunção Cristas: - Sr. Presidente, só para terminar e

dizer-lhe que claramente há visões diferentes e ainda bem, porque isto faz

parte da democracia, mas dizer-lhe que precisamente porque achamos que o

Município de Lisboa não deve estar tão dependente de um IMT, é que

achamos que é relevante baixar a Derrama, nomeadamente para as micro

pequenas e médias empresas, para termos o tecido económico

suficientemente diversificado e robusto, para não estarmos tão dependentes do

Turismo e do IMT, desses investimentos internacionais, e por isso é que a

nossa Proposta é virtuosa, ao contrário daquilo que o Sr. Presidente quis fazer

parecer. Muito obrigada.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado, Sr.ª Vereadora e registo também o

contributo da Proposta anti cíclica da diminuição do IRS.

Muito bem, vamos começar então as nossas estações. Srs. Vereadores, vamos

começar provocar o ponto 6. Que é relativa ao IMI.

Sim, mas no 6 votar todos em separado, muito bem. Srs. Vereadores, vamos

começar.

Por isso, vamos votar na proposta, o ponto 6 a proposta 719/2018. Vamos

começar por votar o ponto 1: Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado

por unanimidade.

Vamos agora votar o ponto 2. a) Estou sempre a falar da mesma proposta

sobre o IMI. Quem vota contra? Quem se abstém? A proposta foi aprovada por

unanimidade.

Vamos agora votar a o ponto 2. b): Quem vota contra? Quem se abstém?

Aprovado por unanimidade.

Votamos agora o ponto 2. c) Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado

por unanimidade.

Vamos agora votar os pontos 3, 4 e5. Que é que pedir a autonomização dos

outros? O CP, muito bem!

Então vamos votar o ponto 3 desta proposta, Quem vota contra? Quem se

abstém? Aprovado por unanimidade.

Vamos agora votar os pontos 4 e 5. Quem vota contra? Quem se abstém? Os

pontos foram aprovados com o voto contra do PCP e o voto a favor dos

restantes vereadores.

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Vamos agora votar o ponto 6, a alínea a) do ponto 6. Quem vota contra? Quem

se abstém? Foi aprovado com o voto contra do Bloco de Esquerda, do PCP e o

voto a favor dos restantes vereadores.

Vamos votar agora o ponto 6. b). Quem vota contra? Quem se abstém?

Aprovado por unanimidade.

Vamos agora votar ponto 6. c). Quem vota contra? Quem se abstém?

Aprovado com o voto contra do Bloco de Esquerda, a abstenção do PCP e o

voto a favor dos restantes vereadores.

O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 719 a qual foi aprovada por pontos:

Pontos 1, 2. a), 2. b) e 2. c), 3 e 6. b) - Aprovados por unanimidade

Pontos 4 e 5 – Aprovados por maioria com 14 votos a favor (6PS, 1Ind.,

4CDS/PP, 2PPD/PSD e 1BE) e 2 votos contra (PCP)

Ponto 6. a) - Aprovado por maioria com 13 votos a favor (6PS, 1Ind., 4CDS/PP

e 2PPD/PSD) e 3 votos contra (2PCP e 1BE)

Ponto 6. c) - Aprovado por maioria com 13 votos a favor (6PS, 1Ind., 4CDS/PP

e 2PPD/PSD), 2 abstenções (PCP) e 1 voto contra (BE)

O Sr. Presidente: - Vamos agora passar para a proposta 720/2018. Que tem 2

propostas. Que é proposta do IRS. Vamos considerar a proposta 720-A do

CDS. 720-B do PSD e 720 a original. É que as propostas são iguais, e que elas

são iguais, são. Não, mas é exatamente igual, um faz pela positiva, outro pela

negativa. Muito bem, então podemos votar, o erro é meu, porque as propostas

são iguais, são, na sua substância, são iguais. 720-B/2018. Sra. Vereadora

quer votar, a redação, de facto, é diferente.

Vamos votar, quem vota contra? Quem abstém? A proposta foi rejeitada com

os votos contra do Bloco de Esquerda PCP, PS, Independentes e o voto a

favor dos restantes vereadores.

Houve um ano que o CDS quis fazer uma proposta para aumentar o

pagamento de IRS na cidade.

Vamos votar a 720/2018. Quem vota contra? Quem se abstém? A proposta foi

aprovada com os votos contra do PCP a abstenção do PSD e do CDS e o voto

a favor dos restantes vereadores.

Declaração de voto seleção de voto do CDS e do PSD

O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 720/2018 a qual foi aprovada por

maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE), 6 abstenções (4CDS/PP e

2PPD/PSD) e 2 votos contra (PCP)

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Os Srs. Vereadores do CDS/PP e do PPD/PSD apresentaram declaração de

voto.

O Sr. Presidente: - Vamos agora para a proposta relativa à Derrama. Bom,

relativamente à derrama, eu queria informar que faríamos uma alteração da

proposta da Câmara, no ponto inicial de subir o patamar de 1 milhão para

1.200 mil, indo de encontro à proposta que o PCP fez na alínea b). Alteração

na proposta da Câmara, no 2-b) onde se lê “1 milhão”, passa-se a ler “1.200

mil”.

Vamos então votar as propostas relativas à derrama. A do CDS é 721-A, a do

PCP é 721-B e depois votaremos a proposta original alterada.

Não há nenhum pedido de votação por ponto na do CDS, pois não? Podemos

votar como está? Vamos então votar a proposta 721-A do CDS relativa à

Derrama. Quem vota contra? Quem se abstém? A proposta foi rejeitada com

os votos do Bloco de Esquerda, PCP, Partido Socialista, Independentes.

Vamos agora votar a proposta do PCP, que é a proposta 721-B. Quem vota

contra? Quem se abstém? A proposta foi rejeitada com o voto contra do PS, do

Bloco de Esquerda, a abstenção do PSD, do CDS, o voto a favor do PCP.

Declaração do Vereador do Bloco de Esquerda, declaração do CDS e do PSD.

Vamos agora votar a proposta 721 na versão alterada, já ditada para a Ata.

Foi pedida a votação por pontos. Vamos na proposta 721, vamos votar o ponto

1. Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovada por unanimidade.

Vamos agora votar o ponto 2 a). Quem vota contra? Quem se abstém?

Aprovado com a abstenção do CDS, o voto a favor dos restantes vereadores.

Vamos lutar agora o ponto de 2 b). Quem vota contra? Quem se abstém?

Aprovado com a abstenção do CDS e do Bloco de Esquerda e o voto a favor

dos restantes vereadores.

Vamos agora estar o ponto 3. Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado

com a abstenção do CDS, do PCP e o voto a favor dos restantes vereadores.

Declaração de voto dos vereadores do CDS.

Vamos agora votar o ponto 9 da ordem de trabalhos, a proposta 722/2018.

Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado com os votos contra do PCP e

a abstenção do CDS e do PSD e o voto a favor dos restantes vereadores.

Vamos agora votar o ponto 10 da ordem de trabalhos, a proposta 723/2018.

Quem vota contra? Quem se abstém? Aprovado com a abstenção do CDS, do

PCP e o voto a favor dos restantes vereadores.

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Declaração de voto dos vereadores do CDS. Declaração de voto do vereador

do Bloco de Esquerda.

O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 722/2018 a qual foi aprovada por

pontos:

Ponto 1 – Aprovado por unanimidade.

Ponto 2. a) - Aprovado por maioria com 12 votos a favor (6PS, 1Ind.,

2PPD/PSD, Ponto 2. b) - Aprovado por maioria com 11 votos a favor (6PS,

1Ind., 2PPD/PSD e 2PCP) e 5 abstenções (4CDS/PP e 1BE)

2PCP e 1BE) e 4 abstenções (CDS/PP)

Ponto 3 - Aprovado por maioria com 10 votos a favor (6PS, 1Ind., 2PPD/PSD e

1BE) e 6 abstenções (4CDS/PP e 2PCP)

O Sr. Presidente: - Falta-nos agora votar o ponto 5. A proposta 718/2018,

podemos votar? Estão a pedir por pontos? Muito bem Srs. Vereadores, vamos

então votar por pontos a Proposta 718/2018, que aprova o Orçamento e as

Grandes Opções do Plano.

Vamos votar o ponto 1. Quem vota contra? Quem se abstém? Foi aprovado

com os votos contra do PSD, do CDS, do PCP e o vota a favor dos restantes

vereadores. Nesta votação o ponto foi aprovado com o meu voto de qualidade.

Vamos agora votar o ponto 2. Quem vota contra? Quem se abstém? O ponto

foi aprovado com o voto contra do CDS, do PSD e a abstenção do PCP e o

voto a favor dos restantes vereadores.

Vamos agora votar o ponto 3 da Proposta, 718. Não eu votei todos juntos, peço

desculpa então vamos repetir o a votação do ponto 2-a), quem vota contra?

Quem se abstém? Aprovado com o voto contra do PSD, do CDS, a abstenção

do PCP e o voto a favor dos restantes vereadores.

Vamos agora votar os pontos B e C, da alinha 2), quem vota contra? Quem se

abstém? Foi aprovado com os votos contra do PCP, CDS, PSD, o vota a favor

dos restantes vereadores e com o meu voto de qualidade.

Vamos agora votar o ponto 3 da mesma proposta. Quem vota contra? Quem se

abstém? Aprovado com os votos contra do CDS, PSD, a abstenção do PCP e o

voto a favor dos restantes vereadores.

Vamos votar agora o ponto 4, 5 e 6 da proposta. Quem vota contra? Quem se

abstém? Aprovado com os votos contra do CDS, do PSD e o voto a favor dos

restantes vereadores.

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Vamos agora votar o ponto 7 da mesma proposta. Quem vota contra? Quem se

abstém? Foi aprovado com os votos contra do PSD, CDS, PCP e o voto a favor

dos restantes vereadores e o meu voto de desempate, o voto de qualidade.

Declaração de voto dos vereadores do PCP.

O Sr. Presidente pôs à votação a Proposta 718/2018 a qual foi aprovada por

pontos:

Pontos 1) e 7) – Aprovados por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE)

e 8 votos contra (4CDS/PP, 2PPD/PSD e 2PCP)

O Senhor Presidente exerceu voto de qualidade

Ponto 2) - a) - Aprovado por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE), 2

abstenções (PCP) e 6 votos contra (4CDS/PP e 2PPD/PSD)

Pontos 2) - b) e c) - Aprovados por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e

1BE) e 8 votos contra (4CDS/PP, 2PPD/PSD e 2PCP)

O Senhor Presidente exerceu voto de qualidade

Ponto 3) - Aprovado por maioria com 8 votos a favor (6PS, 1Ind. e 1BE), 2

abstenções (PCP) e 6 votos contra (4CDS/PP e 2PPD/PSD)

Pontos 4), 5) e 6) - Aprovados por maioria com 10 votos a favor (6PS, 1Ind.,

2PCP e 1BE)e 6 votos contra (4CDS/PP e 2PPD/PSD)