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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI PRISCILA DA SILVA AVANCINI PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA J.A TEIXEIRA MADEIRAS E TRANSPORTES LTDA. Biguaçu 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI

PRISCILA DA SILVA AVANCINI

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA J.A TEIXEIRA MADEIRAS E TRANSPORTES LTDA.

Biguaçu

2009

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PRISCILA DA SILVA AVANCINI

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA J.A TEIXEIRA MADEIRAS E TRANSPORTES LTDA.

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor Orientador: Prof. Dr. Rosalbo Ferreira

Biguaçu

2009

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PRISCILA DA SILVA AVANCINI

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA J.A TEIXEIRA MADEIRAS E

TRANSPORTES LTDA.

Área de concentração: Marketing

Biguaçu, 01 de julho de 2009

Prof. Dr. Rosalbo Ferreira

UNIVALI – CE Biguaçu

Prof. Dra. Maria Albertina Schmitz Bonin

UNIVALI – CE Biguaçu

Prof. Dra. Simone Regina Dias

UNIVALI – CE Biguaçu

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Dedico este trabalho aos meus pais, Pedro e

Suely e a minha amiga Daiana, cujo amor e

compreensão foram fundamentais para a

conclusão deste curso.

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, que me deu força, saúde e sabedoria para

que eu superasse todos os obstáculos e concluísse esta caminhada.

Aos meus pais Pedro e Suely. Em especial a minha mãe, que é minha

fortaleza, um exemplo de força e perseverança que com seu amor e dedicação me

incentivou e proporcionou a realização deste sonho.

A minha amiga Daiana, um anjo que Deus colocou em minha vida no primeiro

dia de aula e com certeza irá me acompanhar para sempre. Amiga, obrigada por

acreditar em mim e estar do meu lado nesta caminhada.

Ao meu irmão Pedro, meus primos Higo e Josiane pelo carinho, compreensão

e por estarem do meu lado em todos os momentos.

Agradeço a todos os professores da Univali pelos ensinamentos durante

estes quatro anos de curso e ao meu orientador Rosalbo.

Agradeço aos meus colegas de turma que fizeram parte da minha caminhada

durante a trajetória do curso.

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“Para realizar grandes conquistas,

devemos não apenas agir, mas também

sonhar; não apenas planejar, mas também

acreditar.” (Anatole France)

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RESUMO

AVANCINI, Priscila da Silva. Proposta de um plano de marketing para a empresa J.A Teixeira Madeiras e Transportes Ltda. 2009, 103 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.

Este trabalho teve como objetivo a elaboração de um Plano de Marketing para a empresa J.A Teixeira Madeiras e Transportes Ltda. A empresa está localizada na cidade de Biguaçu e atua no ramo de vendas de madeiras reflorestadas e construção de obras rústicas. Para a elaboração do plano de marketing inicialmente foi realizada uma revisão literária dos processos que compõe o Plano de Marketing. Em seguida, baseados nos resultados obtidos através da pesquisa realizada com os clientes potenciais da empresa, pesquisa com o proprietário e de análises do ambiente interno e externo foram elaboradas estratégias com a finalidade de atingir as metas e objetivos estabelecidos no plano.

Palavras-chave: Plano de Marketing; análise ambiental; pesquisa de marketing; objetivos e metas; estratégias.

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ABSTRACT AVANCINI, Priscila da Silva. Proposta de um plano de marketing para a empresa J.A Teixeira Madeiras e Transportes Ltda. 2009, 103 folhas. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2009.

This work aimed at developing a Marketing Plan for the company and JA Teixeira Timber Transport Ltda. The company is located in Biguaçu and acts in the business of sales of timber and building works reforested rustic. For the development of a marketing plan originally was a literary review of the processes that make up the Marketing Plan. Then, based on results obtained from research conducted with potential customers of the company, with proprietary research and analysis of the internal environment and external strategies were developed with the aim of achieving the goals and objectives established in the plan. Keywords: Marketing Plan, environmental analysis, search marketing, goals and objectives, strategies.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 2 – Plano de ação.........................................................................................91

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Mix de marketing – 4’Ps ..........................................................................32

Figura 2 – Classificação de produtos .......................................................................35

Figura 3 – Considerações relevantes para o estabelecimento depreços ................39

Quadro 1 – Estrutura de um plano de marketing típico ............................................51

Quadro 2 – Resumo das análises do ambiente interno............................................79

Quadro 3 – Resumo das análises do ambiente externo...........................................87

Gráfico 1 – Tipo de cliente pessoa física ou jurídica ................................................61

Gráfico 2 – Sexo.......................................................................................................62

Gráfico 3 – Faixa etária ............................................................................................62

Gráfico 4 – Renda média mensal .............................................................................63

Gráfico 5 – Ramo de atividade.................................................................................63

Gráfico 6 – Porte da empresa ..................................................................................64

Gráfico 7 – Localidade..............................................................................................64

Gráfico 8 – Como ficou conhecendo a empresa ......................................................65

Gráfico 9 – Cordialidade dos entregadores e carpinteiros........................................65

Gráfico 10 – Rapidez na entrega..............................................................................66

Gráfico 11 – Pontualidade na entrega......................................................................66

Gráfico 12 – Variedade dos produtos.......................................................................67

Gráfico 13 – Qualidade dos serviços........................................................................67

Gráfico 14 – Preços dos produtos e serviços ...........................................................68

Gráfico 15 – Condições de pagamento ....................................................................68

Gráfico 16 – Negociação..........................................................................................69

Gráfico 17 – Cortesia dos atendentes ......................................................................69

Gráfico 18 – Agilidade no atendimento e resoluções de problemas.........................70

Gráfico 19 – Conhecimento dos produtos por parte dos atendentes .......................70

Gráfico 20 – Pós-venda............................................................................................71

Gráfico 21 – Localização da empresa....................... ...............................................71

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Gráfico 22 – Indicação da empresa para outras pessoas ........................................72

Gráfico 23 – Procedência da madeira ......................................................................72

Gráfico 24 – Percepção em relação à empresa .......................................................73

Gráfico 25 – Qual fator a empresa deveria melhorar com mais urgência.................73

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................14

1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................15

1.1.1 Objetivo geral.................................................................................................15

1.1.2 Objetivos específicos....................................................................................15

1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................17 2.1 MARKETING......................................................................................................17 2.1.1 Adminsitração de marketing ........................................................................19

2.2 O AMBIENTE .....................................................................................................21

2.2.1 Microambiente ...............................................................................................22

2.2.1.1 Fornecedores ...............................................................................................22

2.2.1.2 Clientes ........................................................................................................23

2.2.1.3 Concorrentes................................................................................................24

2.2.2 Macroambiente ..............................................................................................26

2.2.2.1 Ambiente demográfico..................................................................................26

2.2.2.2 Ambiente econômico....................................................................................27

2.2.2.3 Ambiente fisico-natural .................................................................................28

2.2.2.4 Ambiente tecnológico ...................................................................................28

2.2.2.5 Ambiente político..........................................................................................29

2.2.2.6 Ambiente cultural..........................................................................................30

2.3 MIX DE MARKETING.........................................................................................31

2.3.1 Produto...........................................................................................................33

2.3.1.1 Classificação do produto ..............................................................................34

2.3.1.2 Ciclo de vida do produto...............................................................................36

2.3.2 Preço ..............................................................................................................37

2.3.2.1 Determinação de preço ................................................................................38

2.3.3 Praça...............................................................................................................41 2.3.4 Promoção.......................................................................................................42

2.4 PONTOS FORTE E PONTOS FRACOS............................................................43

2.5 AMEAÇAS E OPORTUNIDADES ......................................................................45

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2.6 ESTRATÉGIAS DE MARKETING ......................................................................46

2.7 PLANO DE MARKETING ...................................................................................47

2.7.1 Estrutura de um plano de marketing ...........................................................50

2.8 PESQUISA DE MARKETING.............................................................................53

2.8.1 Etapas de um plano de marketing ...............................................................55

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ..................................................................57

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS......................................................60

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA..................................................................61

4.2 RESULTADO DA PESQUISA ............................................................................61

5 PLANO DE MARKETING .....................................................................................74

5.1 RESUMO EXECUTIVO......................................................................................74

5.2 A EMPRESA ......................................................................................................74

5.3 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO..................................................................75

5.3.1 Produto...........................................................................................................75 5.3.2 Preço ..............................................................................................................76

5.3.3 Praça...............................................................................................................76 5.3.4 Promoção.......................................................................................................76 5.3.5 Pontos fortes e pontos fracos......................................................................79

5.4 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO ................................................................79

5.4.1 Análise do macroambiente..........................................................................79

5.4.1.1 Variáveis econômicas...................................................................................81

5.4.1.2 Variáveis político-legais................................................................................82

5.4.1.3 Variáveis tecnológicas..................................................................................82

5.4.1.4 Variáveis ambientais ....................................................................................83

5.4.2 Análise do microambiente...........................................................................84

5.4.2.1 Fornecedores ...............................................................................................84

5.4.2.2 Clientes ........................................................................................................85

5.4.2.3 Concorrentes................................................................................................85

5.4.2.4 Ameaças e oportunidades............................................................................85

5.4.3 Pesquisa com o gestor da empresa ............................................................85

5.5 OBJETIVOS E METAS DE MARKETING ..........................................................88

5.5.1 Objetivos........................................................................................................88

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5.5.2 Metas ..............................................................................................................88

5.6 ESTRATÉGIAS DE MARKETING ......................................................................89

5.7 AVALIAÇÃO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS .................................................89

5.8 PLANO DE AÇÃO ..............................................................................................89

5.9 IMPLEMENTAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE..............................................92

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................93

REFERÊNCIAS........................................................................................................95 APÊNDICES ............................................................................................................97

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1 INTRODUÇÃO

Os ambientes nos quais as empresas então inseridas hoje em dia, são

altamente dinâmicos e complexos, dentro deste contexto, torna-se fundamental que

as organizações estejam atentas e se antecipem as novas tendências do mercado,

de forma que possam atender da melhor maneira as necessidades e os desejos dos

seus clientes. Neste sentido, o conhecimento e compreensão das variáveis do

ambiente interno e externo se tornam fatores primordiais para uma boa performance

das empresas no mercado.

Um plano de marketing vem ao encontro destas questões, pois dentro deste

contexto surge a necessidade da organização pesquisar e conhecer profundamente

o cliente e o mercado no qual está inserida. O plano de marketing é uma importante

ferramenta, pois por meio dele pode-se reunir diversas informações relevantes que

servirão como subsídio na tomada de decisão, diminuindo desta forma, os riscos e

aumentando a competitividade no mercado.

A empresa J.A Teixeira Madeiras e Transportes Ltda, localizada na cidade de

Biguaçu, é especializada em vendas de material de construção, principalmente

madeiras advindas de reflorestamento (pinus e eucalipto), e na construção de obras

rústicas em diversas estruturas com madeiras roliças.

Foi observado que empresa J.A Teixeira Madeiras e Transporte Ltda. não

possuiu um plano de marketing. Como o conhecimento sobre o ambiente, os clientes

e os concorrentes são fatores de grande importância para um bom desempenho de

uma empresa, torna-se relevante um estudo para a elaboração de um plano de

marketing para esta empresa.

Assim, este trabalho pretende responder a seguinte questão norteadora: Qual

Plano de Marketing é adequado para a empresa J.A Teixeira Madeiras e

Transportes Ltda.?

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Propor um Plano de Marketing para a empresa J.A Teixeira Madeiras e

Transportes Ltda. em Biguaçu, no período de agosto de 2008 a julho de 2009.

1.1.2 Objetivos específicos

Diagnosticar os pontos fortes e fracos da empresa.

Diagnosticar as oportunidades e as ameaças.

Pesquisar as necessidades da empresa.

Identificar quais estratégias de marketing utilizar.

Elaborar um plano de marketing adequado às necessidades da

empresa.

1.2 JUSTIFICATIVA

Com a globalização, a competição no mundo dos negócios vem aumentando

a cada dia, com isso, as organizações ficam cada vez mais expostas à concorrência.

Destro deste contexto, alguns fatores são de grande importância para que as

empresas possam manter-se fortes no mercado.

No cenário atual é indispensável que as empresas estabeleçam novas

estratégias e aprimorem suas atividades em diversas áreas. Um dos principais

fatores para reduzir os riscos é possuir o máximo de informações a respeito do

ambiente no qual está inserido. O plano de marketing é um importante instrumento

que o administrador deve utilizar, pois ele serve para orientar as ações da empresa

no mercado em que atua.

A relevância do presente trabalho justifica-se devido aos subsídios que irá

fornecer para que seja identificado qual o plano de marketing mais adequado para

suprir as necessidades da organização. Diante disso, espera-se também que o

trabalho possa contribuir para a ampliação do conhecimento sobre marketing e sirva

de referência para acadêmicos do curso de Administração.

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A escolha do tema para a realização do trabalho de conclusão de curso deve-

se ao fato de haver interesse por parte da acadêmica nesta área e pela necessidade

que a empresa J.A Teixeira Madeiras têm de possuir um plano de marketing. Dentro

destes aspectos, torna-se oportuna a realização de um estudo na área de marketing.

A realização do presente trabalho torna-se viável na medida em que as

informações sobre a empresa e os dados necessários para realização do estudo

serem de fácil acesso, além de o estudo demandar pouco tempo e ser pouco

dispendioso.

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2 FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA

Este capítulo irá apresentar conceitos teóricos, métodos e ferramentas que darão

subsídios para realização deste trabalho. Marketing, administração de marketing,

macroambiente, microambiente, mix de marketing, pontos fortes e pontos fracos,

estratégias de marketing e plano de marketing são alguns assuntos que irão compor

este trabalho.

2.1 MARKETING

Atualmente para que uma empresa seja capaz de sobreviver às inconstâncias

do mercado e consiga ser bem-sucedida é essencial conhecer seus consumidores e

satisfazer suas necessidades. Neste contexto, o marketing desempenha um papel

fundamental dentro das organizações, pois, por meio de métodos e técnicas de

marketing é possível conhecer os consumidores e definir estratégias para satisfazer

seus desejos e suas necessidades.

Skacel (1992, p. 07) define marketing como sendo o esforço que é feito para

conseguir que mais consumidores comprem mais produtos ou usem mais serviços,

satisfazendo suas necessidades. Este autor ainda ressalta que as manutenções de

seus clientes atuais e as conquistas de novos clientes irão depender da satisfação

desses consumidores em relação à concorrência.

De acordo com Cobra (1997, p.33), nenhuma empresa estará disposta a

investir em marketing se não visualizar o retorno financeiro esperado. Desta forma,

para que as oportunidades de mercado sejam maiores é necessária a identificação

do público-alvo de modo que suas necessidades e seus desejos sejam satisfeitos

por meio de produtos ou serviços de valor.

Já Richers (2000, p.5) define marketing basicamente como a intenção de

entender e atender o mercado, ou seja, para que sejam atendidas as necessidades

e os desejos dos clientes, primeiramente, é necessário identificar, conhecer e

entender profundamente seus desejos e suas necessidades para que, então, sejam

realizados esforços para atendê-los.

Complementando, Churchill e Peter (2005, p.4) afirmam que o marketing é o

processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços,

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promoção, distribuição de idéias, produtos e serviços tendo como objetivo criar

trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.

Na concepção de Kotler e Armstrong (2005, p.9), marketing é “um processo

administrativo pelo qual as pessoas e grupos obtêm o que necessitam e desejam,

por meio da criação, oferta e troca de produtos e valor com terceiros”.

Em outra perspectiva, Mattar (apud Toledo, 1987 p. 21) afirma que para uma

completa compreensão do que vem a ser marketing faz-se necessário descrevê-lo

simultaneamente sob três dimensões distintas: a filosófica, a funcional e a

operacional.

Para McCarthy (1997, p. 20), o marketing exerce um papel fundamental ao

fornecer aos consumidores bens e serviços que satisfazem suas necessidades e

seus desejos.

Em complemento a esta posição, Kotler (1996, p. 25) afirma que o

pensamento do marketing inicia com os desejos e as necessidades humanas, ou

seja, a necessidade de alimento, vestuário, abrigo, além dos desejos de recreação,

educação e outros serviços.

Churchill e Peter (2005, p. 10) destacam que as organizações devem

satisfazer as necessidades e os desejos de seus clientes com o objetivo de alcançar

suas próprias metas. Neste sentido, cabe evidenciar a importância do marketing

para que as empresas desenvolvam métodos e estratégias para atender as

necessidades e desejos de seus clientes de forma competitiva e rentável.

Corroborando com esta afirmação, Keegan e Green (1999, p.3) destacam que

todas as atividades da empresa, incluindo o marketing, devem ser desempenhadas

com duas metas fundamentais: criar valor para o cliente e atingir vantagem

competitiva.

Em outra perspectiva, McKenna (1992, p.6) destaca que a tarefa do marketing

não é enganar o cliente nem falsificar a imagem da empresa, ou seja, a tarefa do

marketing é integrar o cliente à elaboração do produto e desenvolver um processo

sistemático de interação que sustentará esta relação.

De forma simplificada, Kotler e Armstrong (2005, p. 3) mencionam que

marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício. Os

autores ainda ressaltam que os principais objetivos do marketing é atrair novos

consumidores, manter os clientes atuais garantindo a eles um valor superior e

proporcionando satisfação.

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Já Keegan e Green (1999, p. 4), destacam que para qualquer empresa que

atue em qualquer lugar do mundo, o objetivo do marketing é superar os

concorrentes na tarefa de criar valor visível para os clientes.

Para completar, Dias (2006,p.2) afirma que o marketing nada mais é do que

uma função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera

vantagem competitiva para a empresa, através da gestão estratégica das variáveis

controláveis de marketing, ou seja, produto, preço, comunicação e distribuição.

Segundo Kotler (apud Rocha, 1987, p. 21), marketing é uma orientação da

administração que tem por objetivo proporcionar o bem estar e a satisfação do

cliente a longo prazo como forma de satisfazer os objetivos e às responsabilidades

da organização.

Nesta perspectiva, verifica-se que as empresas devem ter um diferencial para

conquistar o mercado e derrotar seus concorrentes, desta forma, o marketing

permite que as empresas utilizem de suas ferramentas para adquirir um diferencial e

atingir seus objetivos.

2.1.1 Administração de Marketing

A força estratégica de uma organização acaba muitas vezes concentrada em

sua capacidade administrativa, mais do que na qualidade de seus produtos ou

serviços. E esse torna-se um grande diferencial capaz de promover vantagens

competitivas duráveis (COBRA, 1992, p. 37).

Kotler e Armstrong (2005, p. 12), afirmam que a administração de marketing é

a realização de esforços para realizar trocas desejadas com o mercado-alvo.

De acordo com Sandhusen (2000, p. 25), a administração de marketing

envolve a análise, planejamento, implementação, monitorização e controle de

programas delineados para criar, construir e manter trocas benéficas com

compradores-alvo para que os objetivos da organização sejam atendidos.

Em perspectiva similar, McCarthy (1997, p.42) afirma que a administração de

marketing aborda o planejamento das atividades de marketing, implementação dos

planos de marketing e controle destes planos.

Corroborando com esta afirmação, Kotler (1996, p. 30) destaca que a

administração de marketing é um processo que abrange análise, planejamento,

implementação e controle envolvendo bens, serviços e idéias.

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Complementando, Mattar (1996, p. 22) aponta que de forma ampla, o

exercício da administração de marketing abrange a tomada de decisões que envolve

as quatro funções da administração, ou seja, planejamento, organização, direção e

controle.

De forma mais abrangente, Churchill e Peter (2005, p.100) comentam que a

administração de marketing envolve a análise, planejamento, implementação e

controle das atividades de marketing objetivando a criação de valor para o cliente e

o alcance dos objetivos organizacionais. Os autores ainda mencionam que as

gerentes de marketing necessitam estabelecer quais são os objetivos de marketing

da organização e ficar atento para que os planos estabelecidos sejam realizados

adequadamente.

Em complemento a esta posição, Cobra (1992, p. 33) comenta que uma

organização voltada para o mercado requer esforços contínuos e integrado de todas

as áreas organizacionais para que atinja, da melhor maneira, as estratégias

estabelecidas.

Segundo Churchill e Peter (2005, p. 18), a administração de marketing é o

processo de estabelecer metas de marketing para uma organização, além de

planejar, implementar e controlar estratégias de marketing para alcançar estas

metas estabelecidas.

Reforçando, Kotler (1996, p. 30) destaca que “a administração de marketing

ocorre quando pelo menos uma parte de uma troca potencial dá idéia de seus

objetivos e significados para atingir as respostas desejadas de outras partes”.

Na visão de Sandhusen (2000, p. 6), o papel do gerente de marketing é

identificar e definir o mercado-alvo, criando ofertas do composto de marketing para

atender as necessidades não satisfeitas.

De acordo com McKenna (1992, p. 39), para comercializar um produto de

forma eficiente os gerentes de marketing devem entender o funcionamento do

ambiente, devem ser sensíveis às tendências e opiniões dos consumidores.

Corroborando com esta firmação, (Cobra, 1991, p.22) apresenta que o

reconhecimento pelos gerentes das forças ambientais que agem sobre a

organização é de grande importância estratégica para transformar os problemas em

oportunidade de crescimento. Dentro deste contexto, a administração de marketing

desenvolve um papel de grande importância dentro das organizações, pois ela é

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responsável pela análise, planejamento, implementação e controle dos bens e

serviços da organização.

2.2 O AMBIENTE

O ambiente em que uma empresa está inserida é constituído de forças

internas e externas que influenciam o desempenho no mercado em que atua. É

importante que as empresas tenham a visão que o ambiente de marketing muda

constantemente e que oferece novas oportunidades e novas ameaças (KOTLER E

ARMSTRONG, 2005, p. 60).

Os mesmos autores (2005, p.61), complementam afirmando que o ambiente

de marketing é formado de um microambiente que é constituído de forças próximas

a empresa e que afetam o atendimento aos clientes, e pelo macroambiente que é

constituído de forças societais maiores que afetam o microambiente.

De acordo com Mckenna (1999, p. 7), os profissionais de marketing precisam

acompanhar as modificações impostas pelas novas formas de comercialização e

precisam estar preparados para modificar seus planos à medida que o mercado for

se transformando. Dentro deste contexto, cabe evidenciar o papel do marketing

dentro das organizações, pois ele é uma ferramenta indispensável para que as

organizações estabeleçam estratégias e visualizem as tendências atuais e futuras

do ambiente em que atua.

Em linha semelhante, Kotler e Armstrong (2005, p. 61) afirmam que o

ambiente de marketing de uma organização é formado de participantes e forças

externas a ele que afetam a capacidade da administração de marketing de

desenvolver e manter um bom relacionamento com seus clientes-alvo.

McKenna (1992, p.39), salienta que o ambiente em que as empresas então

inseridas funciona como uma lente através da qual os clientes vêem os produtos,

desta maneira, a medida que o ambiente se transforma a opinião dos consumidores

sobre o produto ou serviço também modifica.

Para complementar, Cobra (1992, p.33), destaca que a integração de uma

empresa com o meio ambiente externo (governo, fornecedores, concorrentes) deve

ser harmônica, da mesma maneira que as relações internas devem ser coordenadas

para atender as exigências do mercado (consumidores, clientes).

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Cabe evidenciar que uma das formas mais importantes de reduzir os riscos

da administração de marketing é dispor do máximo de conhecimento e compreensão

do comportamento das diversas variáveis internas e externas à empresa. O principal

objetivo é a redução do risco e não sua eliminação, pois, o risco faz parte da

atividade empresarial. Desta forma, para se ter conhecimento e compreensão

desses dois importantes aspectos são necessários a disponibilidade de informações

com qualidade e o seu uso correto (MATTAR, 1996, p. 25).

2.2.1 Microambiente

Sandhusen (2000, p. 65), afirma que o micro ambiente é formado pelos

seguintes elementos: clientes, fornecedores, intermediários de marketing e público.

Na mesma linha de pensamento, Cobra (1992, p.126) menciona que o meio

ambiente operacional de uma organização é formado por diferentes instituições,

pessoas físicas ou jurídicas que direta ou indiretamente afetam ou são afetadas à

medida que os objetivos de marketing da empresa sejam alcançados.

Em complemento, Kotler e Armstrong (2005, p. 61) destacam que a tarefa da

administração de marketing é atrair clientes e construir relacionamentos, através de

valor e da satisfação destes clientes. Porém o sucesso da organização depende de

participantes do microambiente da empresa (outros departamentos da empresa,

fornecedores, intermediários de marketing, clientes, concorrentes) e outros diversos

públicos que se unem para formar o sistema de entrega de valor para os clientes.

2.2.1.1 Fornecedores

Kotler e Armstrong (2005, p. 62), mencionam que os fornecedores

desempenham um importante papel no sistema de entrega de valor para o cliente da

empresa, pois eles são responsáveis por oferecerem os recursos necessários para a

empresa produzir seus bens e serviços.

Uma visão apresentada por Cobra (1992, p. 126), é de que comportamento

dos fornecedores deve ser monitorado, pois qualquer alteração que interfira na

qualidade do produto oferecido pelo fornecedor também pode interferir de maneira

negativa o negócio da empresa.

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De forma mais abrangente, Kotler (1996, p. 52) ressalta que a empresa é

basicamente uma máquina de conversão de recursos que transforma matérias-

primas, máquinas, mão-de-obra e provisões em produtos úteis. Os recursos

necessários são obtidos de fornecedores, por meio de procura de mercado,

distribuição física, comunicação, negociações e transferências de propriedade.

Desta forma, quanto mais bem a empresa apreender o funcionamento dos diferentes

mercados de oferta e aplicar os princípios de marketing ao conduzir suas relações

com os fornecedores, mais bem ela comprará.

Complementando, Cobra (1992, p. 126) afirma que o fornecedor deve ser

visto como um concorrente potencial, pois a qualquer momento ele pode fazer uma

verticalização, ou seja, passará a vender diretamente aos clientes da empresa e,

desta forma, prejudicar o negócio da empresa.

Cabe evidenciar, que segundo Dornelas (2005, p. 178) “uma boa negociação

com fornecedores, parcelando a compra da matéria-prima, e até mesmo obtendo

carência para o seu pagamento, pode ajudar substancialmente a empresa”.

2.2.1.2 Clientes

De acordo com Kotler e Armstrong (2005, p. 63), é importante que a empresa

estude minuciosamente o mercado onde se encontram seus clientes. Os autores

citam cinco tipos de mercados: mercados consumidores, mercados de negócios,

mercados revendedores, mercados governamentais e mercados internacionais.

Cada mercado possui características especiais e necessitam um cuidadoso estudo

por parte do vendedor.

Na concepção de Cobra (1997, p. 126), a interpretação do comportamento do

consumidor envolve uma abordagem interdisciplinar de conhecimento de economia,

psicologia, psicologia social, sociologia, antropologia, do estado físico social, de

inteligência, até mesmo da física, da engenharia, da pesquisa operacional e da

matemática.

Acrescentando a idéia de Cobra, Mckenna (1992, p. 3) afirma que:

“Com o desenvolvimento da tecnologia e o aumento da competição, algumas empresas mudaram sua abordagem e começaram a se voltar para o cliente. Essas empresas expressaram uma nova

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disposição em modificar seu produto de modo a atender às exigências dos clientes”.

Já Cobra (1992, p. 126), afirma que como as necessidades dos clientes são

instáveis e o foco da organização é centrar os seus negócios nessas necessidades,

torna-se indispensável que a organização esteja freqüentemente promovendo

alterações nas suas estratégias de marketing.

Corroborando, Kotler e Armstrong (2003, p. 173) demonstram que devido ao

fato de os clientes terem desejos e necessidades singulares, cada cliente é

potencialmente um mercado separado. Assim, idealmente, um vendedor poderia

desenvolver um programa de marketing único para cada cliente. Por meio da

segmentação, as empresas dividem mercados grandes e heterogêneos em

segmentos menores, que podem ser atingidos de maneira mais eficiente e efetiva

com produtos e serviços que atentam às necessidades singulares.

Manter clientes exige que as empresas e organizações demonstrem cuidado

e interesse por eles após terem feito uma compra. Esse cuidado e interesse fazem

parte do pós-marketing porque aplica princípios de marketing aos clientes após eles

terem comprado bens ou serviços de uma empresa. (VAVRA. 1993, p. 33).

Cabe ressaltar, que de acordo com Mckenna (1992, p. 3):

“O desenvolvimento da tecnologia e o aumento da competição, algumas empresas mudaram sua abordagem e começaram a se voltar para o cliente. Essas empresas expressaram uma nova disposição em modificar seu produto de modo a atender às exigências dos clientes”.

2.2.1.3 Concorrentes

Os concorrentes são empresas que atendem as mesmas necessidades dos

clientes. Por exemplo, um cliente que compra um processador de texto quer na

verdade algo que lhe possibilite escrever. Esta é uma necessidade que pode ser

sanada por lápis, caneta ou máquina de escrever (KOTLER, 2000, p. 244).

Kotler e Armstrong (2005, p. 63), enfatizam que para uma empresa ser bem-

sucedida ela deve oferecer mais valor e satisfação para os clientes do que seus

concorrentes. Desta maneira, os profissionais de marketing não devem apenas se

adaptar as necessidades de seus clientes, mas também ganhar vantagem

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estratégica posicionando-se agressivamente suas ofertas em relação aos seus

concorrentes.

De acordo com Mckenna (1992, p. 4):

“A empresa precisa dominar uma escala de conhecimentos: da tecnologia pertinente; da concorrência; de seus clientes; das novas fontes de tecnologia que podem alterar o ambiente competitivo; e de sua própria organização, recursos, planos e formas de fazer negócio”.

Acrescentando, Cobra (1992, p.127) menciona que devido à atuação da

concorrência no mercado é que a empresa tende a organizar-se, adaptar-se e até

mesmo inovar para poder destacar-se no mercado em que atua. Desta maneira,

pode-se ressaltar a importância que o conhecimento sobre os concorrentes exerce

no dia-a-dia de uma organização, pois é por meio dele que é possível estabelecer

metas e criar estratégias para que a organização tenha destaque no mercado em

que atua.

Em complemento, Kotler (1996, p. 54) destaca três diferentes formas de

concorrências: a primeira é concorrência genérica, que vem de outras categorias de

produtos/serviços que podem satisfazer à mesma necessidade do consumidor. A

concorrência genérica esta sempre presente, haja ou não concorrentes ativos

oferecendo o mesmo produto/serviço; a segunda é a concorrência de forma de

produto/serviço, que se trata a versões específicas do produto/serviço, que podem

concorrer entre si; e a terceira á a concorrência empresarial, que se trata a

organizações específicas, que são produtos/serviços concorrentes do mesmo

produto/serviço.

Reforçando a afirmação, Kotler (2000, p. 245), observa que após a empresa

identificar seus principais concorrentes, ela deve descobrir suas características, suas

estratégias, seus objetivos, suas forças e fraquezas e seus padrões de reação. O

autor também menciona que é importante a empresa monitorar continuamente as

estratégias de seus concorrentes, pois concorrentes engenhosos revêem suas

estratégias constantemente.

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2.2.2 Macroambiente

De acordo com Kotler e Armstrong (2005, p. 65), a organização e todos os

outros participantes operam em um macro ambiente maior de forças que oferecem

oportunidades e impõem ameaças a elas.

Complementando, Cobra (1992, p. 129) destaca que a influência do

macroambiente sobre os negócios de uma organização pode tornar-se dramática se

ela não possuir ferramentas para se defender e se adaptar as mudanças. Desta

forma, é necessário que as empresas entendam o ambiente e suas forçar

econômicas, demográficas, sociais, culturais, tecnológicas, legais e políticas. O autor

ainda enfatiza que essas forças são incontroláveis, porém, se a empresa conseguir

prever estas mudanças, poderá transformar essa ação em grande oportunidade

estratégica.

Corroborando com esta afirmação, Kotler (2000, p. 162) afirma que em um

cenário global em rápida mutação, a empresa deve monitorar seis forças

importantes: a demográfica, a econômica, a natural, a tecnológica, a político-legal e

a sociocultural. Este autor ainda enfatiza que essas forças podem ser descritas

separadamente, porém, os profissionais de marketing devem prestar atenção às

suas interações causais, porque elas preparam o palco para novas oportunidades ou

para novas ameaças.

2.2.2.1 Ambiente Demográfico

De acordo com Churchill e Peter (2005, p. 37), os profissionais de marketing

usam a demografia para analisar os mercados, aprender sobre os clientes e criar

valores para eles. A identificação de modificações e tendências em uma população é

primordial para uma boa estratégia de marketing.

Em complemento, Kotler (2000, p. 177) enfatiza que no ambiente

demográfico, os profissionais de marketing devem estar conscientes do crescimento

populacional, mudanças na composição etária, no aumento de famílias não-

tradicionais; das grandes migrações geográficas da população, e do movimento em

direção ao micromarketing, em detrimento do marketing de massa.

Reforçando a afirmação, Cobra (1992, p. 129) destaca que para que se possa

entender o mercado é necessário entender a demografia e suas forças, pois os

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mercados são formados de pessoas, ou seja, é preciso entender a população: sua

distribuição geográfica, densidade, tendências de mobilidade, distribuição por idade,

sexo, taxa de nascimento, mortalidade, raças, entre outros.

Sobre a mesma perspectiva, Kotler e Armstrong (2005, p. 65) demonstram

que a demografia estuda a população humana em termos de tamanho, densidade,

localização, idade, sexo, raça, entre outros dados estatísticos. O ambiente

demográfico apresenta grande importância para os profissionais de marketing, pois

ele envolve pessoas, e pessoas compõem mercados.

Concluindo, McCarty e Perreault (1997, p. 90) apontam que entender as

dimensões demográficas é de grande importância para o planejamento estratégico

de marketing, pois os mercados são constituídos de pessoas com dinheiro para

gastar. Desta forma, faz sentido iniciar-se com ampla população, renda e outras

dimensões geográficas.

2.2.2.2 Ambiente Econômico

De acordo com Cobra (1992, p. 132), o ambiente econômico é a força mais

instável a afetar os negócios. O seu impacto pode ser dramático, porém sobre ele

não é possível exercer controle. Desta maneira, a solução para não sofrer este

impacto é antecipar-se aos fatos, exercendo previsões econômicas coerentes. Por

isso, é importante estar sempre bem informado e ter conhecimento sobre o ciclo de

negócios, a inflação, o crescimento da renda e a variação nos gastos e consumos.

Na concepção de Kotler e Armstrong (2005, p. 72), o ambiente econômico

consiste em fatores que afetam o poder de compra e o padrão de consumo dos

indivíduos. Os profissionais de marketing têm que prestar muita atenção nas

principais tendências e padrões de consumo dos seus clientes.

Segundo Churchill e Peter (2005, p. 28), o ambiente econômico para o

marketing envolve a economia como um todo, incluindo ciclo de negócios e padrões

de gastos, além de questões referentes à renda do consumidor.

Reforçando a afirmação, McCarty e Perreault (1997, p. 84) apontam que “o

ambiente econômico é afetado pela forma pela qual todas as partes do sistema

macroeconômico interagem”. Os autores ainda afirmam que o conjunto atua sobre a

renda nacional, crescimento econômico e a inflação.

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Em complemento, os mesmos autores (1997, p. 84) destacam que o ambiente

econômico pode mudar rapidamente e seus efeitos podem ser duradouros exigindo

mudanças nas estratégias de marketing.

Na concepção de Kotler (2000, p. 177), é importante que os profissionais de

marketing focalizem a distribuição de renda e os níveis de poupança, endividamento

e disponibilidade de crédito.

2.2.2.3 Ambiente Físico-natural

É importante que os profissionais de marketing estejam cientes da escassez

de matérias-primas, dos maiores custos de energia e níveis de poluição, além, da

mudança no papel do governo no qual diz respeito à proteção ambiental (KOTLER,

2000, p. 177).

De acordo com Cobra (1992, p. 135), as ameaças do ambiente físico

aumentam na mesma proporção com que o homem depreda a natureza. O impacto

sobre o ambiente físico tem sido tão grande que as empresas não podem ficar

omissas para não serem penalizadas no futuro.

Para complementar, Kotler e Armstrong (2004, p. 73), afirmam que o

ambiente físico-natural envolve os recursos naturais que são utilizados como insumo

pelos profissionais de marketing ou que são afetados pelas atividades do marketing.

Acrescentando a idéia, Churchill e Peter (2005, p. 43) mencionam que o

ambiente natural engloba os recursos naturais disponíveis para a organização ou

afetada por ela. O ar, a água, os minerais, as plantas e os animais podem fazer

parte do ambiente natural de uma empresa, sendo ou não utilizados por ela para

produzir bens ou serviços. Os autores ainda destacam que a capacidade de fornecer

bens e serviços pode ser influenciada também pelo clima. Outro ponto destacado é

o fato que as organizações podem afetar os ambientes naturais gastando ou

repondo recursos, além de aumentar ou reduzir a poluição.

2.2.2.4 Ambiente Tecnológico

De acordo com Cobra (1992, p. 136), as transformações no ambiente

tecnológico com inovações freqüentes podem tornar produtos e/ou processos de

fabricação obsoletos. O autor também destaca que os recursos tecnológicos podem

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tornar-se numa poderosa vantagem competitiva para que a empresa consiga

sobreviver às ameaças do mercado, pois a tecnologia afeta as relações entre

consumidores e empresas.

Complementando esta afirmação, Kotler e Armstrong (2005, p. 74) firmam

que o ambiente tecnológico constitui a força mais expressiva que molda o nosso

destino. O ambiente tecnológico muda rapidamente. À medida que os produtos e a

tecnologia se tornam mais complexos, o público precisa ter certeza de que são

seguros.

Churchill e Peter (2005, p. 45), afirmam que o ambiente tecnológico de

marketing é constituído por conhecimento científico, pesquisa, invenções e

inovações que resultam em bens e serviços novos ou aperfeiçoados. Na concepção

destes autores os desenvolvimentos tecnológicos proporcionam oportunidades

importantes para melhorar o valor oferecido aos clientes.

Em linha semelhante, McCarty e Perreault (1997, p. 85) sustentam que os

desenvolvimentos tecnológicos afetam o marketing basicamente de duas maneiras:

com novos produtos e novos processos.

Complementando esta posição, Kotler (2000, p. 177) destaca que os

profissionais de marketing devem atentar-se a aceleração do ritmo das mudanças

tecnológicas, as oportunidades ilimitadas para inovação, as variações dos

orçamentos de P&D e a regulamentação mais rigorosa das mudanças tecnológicas.

2.2.2.5 Ambiente Político

Na concepção de Cobra (1992, p. 137), o ambiente é constituído de leis,

agências do governo e grupos de pressão que influenciam e restringem as ações

das empresas. Desta maneira, as decisões de marketing são influenciadas em larga

escala pelo desenvolvimento do ambiente político e legal.

Em perspectiva similar, Kotler e Armstrong (2005, p. 75) afirmam que as

decisões de marketing são intensamente afetadas pelos acontecimentos no

ambiente político. O ambiente político é formado por leis, órgãos governamentais e

grupos de pressão que influenciam e limitam diversas organizações e indivíduos de

uma determinada sociedade.

De forma mais abrangente, Churchill e Peter (2005, p. 31) analisam que uma

organização não é capaz de funcionar apenas com seu próprio conjunto de regras. A

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organização tem de servir seus clientes e atender aos governos federal, estaduais e

municipais, assim como os grupos de interesse especiais; juntos, estes

componentes formam o ambiente político-legal. Os autores ainda mencionam que

este ambiente exerce influência nas estratégias de marketing através das leis,

regulamentações e pressões políticas.

De forma simplificada, Kotler (2000, p. 177) observa que os profissionais de

marketing devem trabalhar respeitando muitas leis que regulamentam as práticas de

negócio e com os vários grupos de interesses especiais.

Dando complemento, McCarty e Perreault (1997, p. 85) comentam que o

ambiente político é afetado por atitudes, reações das pessoas, críticos sociais e

governos. Os autores também salientam que na maioria das vezes, os

consumidores do mesmo país compartilham um ambiente político comum, porém

este ambiente pode afetar fortemente as oportunidades locais ou internacionais.

2.2.2.6 Ambiente Sócio Cultural

De acordo com Cobra (1992, p. 137), os valores culturais de um povo ou

mesmo de uma comunidade estabelecem uma linha de comportamento influenciado

por estes valores e crenças. A cultura é constituída de subculturas, surgindo daí

vários grupos, com suas crenças, preferências e comportamentos comuns. O autor

(1992, p. 139), também destaca que a compreensão desses estilos culturais é um

instrumento útil para a classificação dos consumidores e para formular estratégias

de marketing consistente com os seus valores de vida.

Em complemento a esta posição, Kotler e Armstrong (2005, p. 76) afirmam

que o ambiente cultural é formado de instituições e várias outras forças que afetam

os valores, as percepções e os comportamentos de uma sociedade. Os indivíduos

crescem em determinada sociedade que moldam suas crenças e seus valores

básicos.

De forma mais abrangente, Churchill e Peter (2005, p. 37) mencionam que o

ambiente social é constituído por pessoas de uma sociedade e seus valores,

crenças e comportamentos. Os profissionais de marketing descrevem este ambiente

de acordo com quem são os indivíduos, ou seja, de acordo com a idade, renda,

cidade natal, características de sua cultura, etc. Em complemento, os mesmos

autores enfatizam que transformações no ambiente social, sejam elas sutis ou

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drásticas, podem proporcionar aos profissionais de marketing novas oportunidades e

desafios.

Uma visão apresentada por Kotler (2000, p. 177), é de que os profissionais de

marketing devem compreender as visões que as pessoas têm de si próprias, das

outras pessoas, das organizações, da sociedade, da natureza. É importante que as

empresas comercializem produtos que correspondam aos valores centrais e

secundários da sociedade e abordar as necessidades das diferentes subculturas

que existem dentro de uma sociedade.

Cabe evidenciar ainda, que o ambiente social e cultural afeta a maneira como

as pessoas vivem, se comportam e conseqüentemente afeta o comportamento de

compra destas pessoas. Existem diversas variáveis que compõem o ambiente

cultural e social, como: os idiomas que as pessoas falam, o tipo de educação que

recebem, crenças religiosas, tipo de alimento que consomem, o estilo de vestuário e

moradia, entre outros (MCCARTY e PERREAULT,1997, p. 90)

2.3 MIX DE MARKETING

No ambiente dinâmico no qual as empresas vivem atualmente tem destaque

àquelas empresas que conseguem satisfazer às necessidades e os desejos de seus

clientes com produtos e serviços de qualidade, pois cada dia mais os clientes se

tornam exigentes e é necessário compreender e atender seus anseios e suas

necessidades.

O mix de marketing ou composto de marketing é apresentado em quatro

funções básicas: produto, ponto, preço e promoção. Todos os elementos do

composto foram criados para atender os consumidores (COBRA, 1997, p. 28)

Na mesma linha, Churchill e Peter (2005, p. 20) salientam que o composto de

marketing é constituído de ferramentas estratégicas que uma organização utiliza

para criar valor para os clientes e atingir os objetivos da empresa.

De forma mais abrangente, Kotler e Armstrong (2005, p. 47) definem mix de

marketing como um conjunto de ferramentas de marketing táticas e controláveis que

a organização emprega para produzir a resposta que deseja no mercado. Ou seja, o

mix de marketing consiste em tudo que a empresa pode fazer para influenciar a

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demanda de seu produto ou serviço. As ferramentas de marketing podem ser

reunidas em quatro grupos de variáveis: produto, preço, praça e promoção os “4ps”.

Em complemento a esta posição, Churchill e Peter (2005, p. 164) comentam

que como o principal objetivo do marketing é criar intercâmbio lucrativo, as tarefas

de marketing acabam influenciando o processo de compra do cliente. Desta forma,

cada elemento do composto de marketing (produto, preço, praça, promoção) tem

potencial para realizar o procedimento de compra em diversos estágios.

Figura 1 – Mix de marketing – 4 P’s Fonte: Churchill e Peter (2005, p.20)

De acordo com Sandhusen (2000, p. 4), o composto de marketing ou mix de

marketing é a combinação de ferramentas de marketing que um gerente manipula

para controlar e coordenar trocas com membros do mercado-alvo. O autor menciona

que estas ferramentas, comumente chamadas de 4ps, incluem:

O produto com todos seus atributos;

A praça onde esse produto é exposto aos membros do mercado,

incluindo os meios pelo qual chegou até lá;

A promoção para convencer os membros do mercado a comprar o

produto;

O preço que pagam pelo produto.

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Em complemento, Skacel (1992, p.50) afirma que o composto de marketing

considera a interação dos diversos elementos estratégicos ou ferramentas de

marketing de que se é possível dispor em diversos graus de posicionamento e

aplicação. Ou seja, qual a combinação de mudança de produto, vantagens de valor

adicional, embalagem, distribuição promoção, propaganda, ajuste de preço, ofertas

especiais e outros fatores que utilizados pela empresa ajudarão a atingir os objetivos

estabelecidos.

2.3.1 Produto

Um dos elementos mais importantes de um programa de marketing é o

produto, pois os produtos de uma empresa determinam seu negócio e todos os

aspectos de sua atividade (KEEGAN E GREEN, 1999, p. 319).

De maneira ampla, Sandhusen (2000, p. 273) afirma que produtos são

definidos como qualquer coisa capaz de satisfazer necessidades, serviços e idéias.

O autor também comenta que a satisfação pode originar de um produto tangível,

como sabonete, bom corte de cabelo.

Las Casas (1997, p. 167), define produto como o “objeto principal das

relações de troca que podem ser oferecidos num mercado para pessoas físicas ou

jurídicas, visando proporcionar satisfação a quem os adquire ou consome”.

Em perspectiva similar, Churchill e Peter (2005, p.20) sustentam que produto

é algo oferecido por profissionais de marketing para clientes com a intenção de

troca.

Em complemento a esta posição, Kotler e Armstrong (2005, p. 204) afirmam

que produto é definido como algo que pode ser oferecido a um mercado para

apreciação, consumo, uso e para satisfazer um desejo ou uma necessidade.

Sandhusen (2000, p. 272), comenta que produto é um conjunto de

características físicas, serviços ou atributos simbólicos que são oferecidos ao

mercado para uso ou consumo.

Corroborando com esta firmação, Cobra (1997, p. 28) afirma que um produto

é dito certo ao consumo quando ele atende às necessidades e desejos de seu

mercado-alvo.

Keegan e Green (1999, p.234) demonstram algumas estratégias relativas ao

posicionamento dos produtos no mercado:

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Atributo ou benefício: uma estratégia de posicionamento comumente

usada para explorar um atributo, benefício ou característica em

particular.

Qualidade/Preço: essa estratégia pode ser concebida como um

‘continuum’ que vai da alta moda/qualidade e preço alto até grande

valor (em vez de “má qualidade”) a preço baixo.

Uso ou usuário: é possível ter posicionamento também descrevendo

como um produto é usado ou associando-se a um usuário ou espécie

de usuários.

High-tech (Alta tecnologia): os computadores pessoais, os

equipamentos de vídeo e som e os automóveis são categorias de

produtos para os quais mostrou-se eficaz o posicionamento por high-

tech (alta tecnologia).

High-touch (Alto toque): o marketing de produtos high-touch exige

menos ênfase sobre informações especializadas e mais sobre a

imagem.

2.3.1.1 Classificação de produto

Kotler (1996, p. 379), demonstra que “os produtos podem ser classificados em

três grupos de acordo com sua durabilidade ou tangibilidade”:

Bens não duráveis: são bens tangíveis, são consumidos após um ou

alguns usos.

Bens duráveis: são bens tangíveis que, geralmente, sobrevivem a

vários usos.

Serviços: são atividades, benefícios ou satisfações que são colocados

à venda.

Churchill e Peter (2005, p. 234, 236), destacam que para auxiliar o

planejamento do composto de marketing, as empresas classificam seus produtos em

diversos tipos. Abaixo segue as classificações básicas que levam em consideração

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se o produto é destinado a consumidores ou a organizações e se ele é durável ou

não durável:

Produtos de consumo: produtos de conveniência, produtos de compra

comparada, produtos de especialidade, produtos não procurados.

Produtos industriais: instalações, equipamento acessório,

componentes, matéria-prima, suprimentos, serviços empresariais.

Bens duráveis: consideram-se bens duráveis aqueles usados pelo

menos três anos.

Bens não-duráveis: são bens dos quais não se espera tanta vida útil,

ou seja, bens que são utilizados por um breve período de tempo.

Em outra perspectiva, Levitt (apud Cobra, 1992, p. 394) demonstra que o

produto pode ser:

Figura 2. Classificação de produtos Fonte: Levitt (apud Cobra, 1992, p. 394)

McCarty e Perreault (1997, p. 151), classificam os produtos basicamente em

quatro grupos: conveniência, compra comparada, especialidade e não procurados.

De acordo com Kotler (2000, p. 311), vários produtos podem ser oferecidos

com características variáveis, que complementam sua função principal. Segundo

Produto Genérico

Produto Esperado

Produto Ampliado

Produto Potencial

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este autor, introduzir características novas e valiosas é uma maneira muito eficaz de

competir no mercado.

2.3.1.2 Ciclo de vida do produto

O ciclo de vida do produto demonstra os estágios distintos no histórico de

vendas de um produto. (KOTLER, 1996, p.310). Desta forma, analisando o ciclo de

vida do produto é possível identificar estágio em que o produto se encontra ou pode

estar se aproximando, assim, as empresas podem formular planos de marketing

mais adequados.

Las Casas (1997, p. 177) sustenta que “desde o momento que o produto é

introduzido no mercado até a sua retirada total, ele passa pelos estágios da

introdução, crescimento, maturidade e declínio”.

Na mesma concepção, Kotler (1996, p. 311) afirma que as discussões sobre o

ciclo de vida do produto retratam o histórico de vendas de um produto típico

seguindo uma curva em forma de S. Normalmente, esta curva está dividida em

quatro estágios descritos abaixo:

Introdução: período de crescimento lento das vendas, à medida que o

produto é introduzido no mercado.

Crescimento: período da rápida aceitação de mercado e de melhoria

substancial do lucro.

Maturidade: período de redução do crescimento de vendas, pois o

produto foi aceito pela maioria dos compradores potenciais.

Declínio: período quando as vendas mostram forte queda e o lucro

desaparece.

Corroborando com esta afirmação, Cobra (1996, p. 396) destaca que os

produtos, como os seres vivos, nascem crescem, amadurecem e envelhecem até o

desaparecimento, que é a morte. Estas fases distintas da vida dos produtos são

apresentadas como: a fase pioneira, a fase de expansão, a fase de estabilização, a

fase de declínio.

Uma visão apresentada por Sandhusen (2000, 325), é de que a vida dos

produtos através dos estágios de introdução, crescimento, maturidade e declínio

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auxilia a empresa identificar e definir os ambientes competitivos em cada estágio e

sugere resposta estratégicas do composto de marketing para esses ambientes.

McCarty e Perreault (1997, p. 167), afirmam que assim como os

consumidores os produtos atravessam ciclos de vida. O ciclo de vida de um produto

descreve os estágios que um novo produto atravessa do início ao fim. De acordo

com os autores o ciclo de vida do produto está dividido da seguinte maneira:

introdução, crescimento do mercado, maturidade do mercado e declínio de vendas.

De acordo com Kotler (2000, p.337), o conceito de ciclo de vida do produto é

mais bem utilizado para interpretar as dinâmicas do produto e do mercado. O ciclo

de via do produto também pode ser utilizado como ferramenta de planejamento,

auxiliando os gerentes a identificar os principais desafios de marketing e cada

estágio de vida do produto, além de, desenvolver estratégias de marketing

alternativas. O CVP pode ser utilizado ainda como ferramenta de controle, pois

auxilia a empresa a medir o desempenho do produto em relação aos produtos

semelhantes lançados no passado.

2.3.2 Preço

Todas as organizações, objetivando lucro ou não, precisam determinar preços

para seus produtos e serviços. O preço é a quantia em dinheiro que é cobrada por

um produto ou serviço, ou seja, é a soma de todos os valores que os consumidores

trocam pelos benefícios adquiridos por obter um produto ou serviço que satisfaçam

suas necessidades ou seus desejos (KOTLER e ARMSTRONG, 2005, p. 263).

Em perspectiva similar, Las Casas (1997, p. 192) evidencia que o preço ajuda

a dar valor às coisas e representa uma troca pelo esforço feito pela empresa

vendedora através da alocação de recursos, capital ou manufatura dos produtos

comercializados.

De forma simplificada, Sandhusen (2000, p. 375) menciona que o preço é o

valor de troca de um produto do ponto de vista tanto do comprador quanto do

vendedor.

Kotler e Armstrong (2005, p.263), enfatizam que o preço é o único elemento

do mix de marketing que produz receita; todos os outros geram custos. O preço

também é o elemento mais flexível do composto de marketing, pois ela pode ser

alterado rapidamente o que não ocorre com os outros.

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Churchill e Peter (2000, p. 164), afirmam que a estratégia de preços influencia

o comportamento de compra quando o consumidor está avaliando alternativas de

compra e deve chegar a uma decisão.

Em complemento a esta posição, Sandhusen (2000, p. 377) demonstra que

se o preço de um produto tem influência nas percepções dos consumidores sobre os

produtos e no volume de vendas geradas por essas percepções, sua influência

sobre o lucro pode ser extrema.

Em outra perspectiva, Las Casas (1997, p. 192) menciona que uma adequada

determinação de preços certamente levará uma empresa ao desenvolvimento e

lucratividade, do contrário, poderá levar uma empresa até mesmo à falência. Este

autor ainda menciona que o preço, como componente do composto de marketing

poderá determinar se a compra será realizada e em qual quantidade; se a

comercialização dos produtos será rentável para a empresa; atração da demanda.

Keegan e Green (1999, p. 363) afirmam que ao tomar decisões de preços, os

profissionais de marketing, devem observar uma série de fatores ambientais, como

flutuações da moeda, inflação e comportamento competitivo. Estes autores (1999, p.

367), também destacam que as decisões de preços são limitadas não apenas pelo

custo e a natureza da demanda, mas como também a ação competitiva.

Kotler e Armstrong (2005, p. 267) afirmam que o preço nada mais é que uma

ferramenta do composto de marketing que a empresa utiliza para atingir seus

objetivos. Complementando, estes autores (2005, p. 267) mencionam que as

decisões de preços necessitam estar coordenadas com as decisões de projeto,

distribuição e promoções dos produtos, de forma que crie um programa de

marketing consistente e seguro.

Em outra perspectiva, Bangs (2002, p. 50) analisa que o preço e o valor

percebido trabalham juntos. O preço é importante, porém não é a razão principal em

virtude das quais as pessoas compram.

2.3.2.1 Determinação de preço

Kotler e Armstrong (2005, p. 285), mencionam que as estratégias de

estabelecimento do preço de um produto podem ter que ser alteradas quando fazem

parte de um mix de produtos. Segundo os autores, a determinação de preços é

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difícil, pois diversos produtos apresentam demandas e custos relacionados e

enfrentam diferentes níveis de concorrência.

Dias (2006, p. 103) afirma que a diferenciação por preços só é duradoura e

sustentável no médio e longo prazo se a empresa conseguir real vantagem

competitiva em custos e não puder ser imitada pela concorrência.

Ferrel et al. (2000, p. 96), enfatizam que as estratégias de preços baixos são,

na maioria das vezes, insustentáveis no decorrer do tempo. As empresas que

conseguem ter um custo operacional significativamente baixo serão aquelas que

conseguirão sustentar preços mais baixos.

O preço que uma empresa cobra ficará entre um que é muito baixo para gerar

lucros e outro que é muito alto para produzir qualquer demanda (KOTLER e

ARMSTRONG, 2005, p. 273). Na figura 3 serão apresentadas as considerações

mais importantes para o estabelecimento de preço, segundo os autores:

Figura 3. Considerações relevantes para o estabelecimento de preços Fonte: Kotler e Armstrong (2005, p. 273)

Kotler e Armstrong (2005, p. 273) analisam que os custos do produto

determinam um piso para o preço; as percepções que o consumidor tem do valor do

produto estabelecem o teto. A empresa deve considerar os preços dos concorrentes

e outros fatores externos e internos para descobrir o melhor preço entre estes dois

extremos.

Os mesmos autores (2005, p. 273) enfatizam que “as empresas determinam

os preços escolhendo uma abordagem geral de determinação que inclui um ou mais

conjuntos de fatores”. Na seqüência serão listadas as três abordagens apresentadas

pelos autores:

Teto de preço Piso de Preço Não há lucros Não há lucros abaixo deste preço acima deste preço

Custo do produto

Preços dos concorrentes e outros fatores internos e externos

Percepções de valor do consumidor

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Preços baseados em custos: o método mais simples de determinação

de preço é o preço por custo mais margem (cost-plus) – adição de uma

margem de lucro-padrão (markup) sobre os custos dos produtos. Outra

abordagem de determinação de preço orienta a custo é o preço do ponto

de equilíbrio (ou uma variação denominada determinação do preço do

lucro-alvo). Esta determinação utiliza o conceito do gráfico do ponto de

equilíbrio que demonstra o custo e a receita totais esperados para

diferentes níveis do volume de vendas.

Determinação de preço com base no valor: Esta determinação utiliza a

percepção do valor dos compradores e não o custo do vendedor como

fator principal na determinação do preço. A determinação com base no

valor significa que a empresa não deve primeiramente elaborar o projeto

e o programa de marketing de um produto para somente então

determinar o preço. Ele é considerado em conjunto com outras variáveis

do mix de marketing antes de estabelecer o programa de marketing.

Determinação de preços baseada na concorrência: Os consumidores

baseiam seu julgamento de valor de um produto nos preços que os

concorrentes cobram por produtos semelhantes. Uma das estratégias de

terminação de preço baseada na concorrência é o preço de mercado,

por onde as empresas orientam seus preços em grande parte pelo preço

dos seus concorrentes, sem levar em consideração seus próprios custos

ou demanda.

Corroborando com esta afirmação, Sandhusen (2000, p. 399) sustenta que a

elaboração de preços baseado no custo nada mais é que basear preços no lucro

desejado adicionando aos custos envolvidos na produção e comercialização do

produto. Este autor também menciona que a elaboração de preço baseado na

concorrência é realizado com os preços acima, abaixo ou no mercado, de acordo

com os preços da concorrência, dando menos atenção aos padrões de demanda ao

custo do produto.

Complementando, Cobra (1997, p. 247) afirma que o custo, a concorrência e o

consumidor são três elementos que se delineia na elaboração de uma política de

preços. O autor também demonstra que na formulação de preços a empresa se

depara também com a necessidade de estudar o comportamento dos consumidores

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e dos concorrentes, para que desta maneira, seja possível prever suas reações.

Este autor enfatiza ainda, que o preço necessita ser estabelecido com base no valor

do produto no mercado e não apenas em seu custo de fabricação e distribuição.

Em outra visão, Ferrel et al. (2000, p. 96) destacam que há dois pontos de vista

a considerar em relação ao preço. Para a empresa, preço é a quantidade de dinheiro

que está disposta a aceitar em troca de um produto. O autor lembra que esta soma

deve ser alta o suficiente para cobrir os custo e dar lucro, porém não tão alta para

impedir a venda do produto. Em relação aos consumidores, o autor destaca que o

preço é algo que estão dispostos a pagar em troca de um produto. Além de dinheiro,

os consumidores pagam preços não monetários, como, tempo, esforço, risco e

custos de oportunidade.

Os mesmos autores, (2000, p. 97) concluem que o preço é muito mais do que

um problema financeiro ou econômico, possui também conotações sociais e

psicológicas significativas.

2.3.3 Praça

Decisões sobre os canais de marketing estão entre as mais importantes que

um gerente pode tomar. Estas decisões estão vinculadas a todas as outras decisões

de marketing da empresa (KOTLER e ARMSTRONG, 2005, p. 307).

Na mesma concepção, Cobra (1997, p. 249) destaca que a escolha dos

canais de distribuição é uma importante decisão estratégica em marketing. Esta

decisão pode ser realizada em conjunto com outros elementos do composto de

marketing ao levar em consideração o produto ou o serviço, sua natureza, suas

características.

Em complemento a esta posição, Sandhusen (2000, p. 335) salienta que

mesmo obtendo-se ganhos com decisões acertadas sobre os outros compostos de

marketing tudo pode ser perdido se as questões da praça não forem tratadas com a

mesma importância.

De acordo com Churchill e Peter (2005, p. 165), a estratégia do profissional

de marketing para que um produto se tornar disponível no mercado pode influenciar

se e quando este produto será encontrado. Neste sentido, se um produto for

disponível e fácil de comprar entrará no conjunto considerado de mais

consumidores.

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Na concepção de Cobra (1991, p. 25), os canais de distribuição levam o

produto desejado ao lugar certo com rapidez e eficácia, criando, desta forma, uma

cobertura onde não faltem produtos importantes em mercados, fabrica, depósitos,

para que as necessidades dos clientes sejam supridas.

Kotler (1996, p. 455) menciona que o canal de marketing cumpre o trabalho de

movimentar mercadorias e serviços dos fabricantes para consumidores. Ele supre as

grandes lacunas de tempo, espaço e posse que separam as mercadorias e os

serviços que as pessoas usariam.

De acordo com Dias (2006, p. 126), o objetivo do canal de distribuição é fazer

o produto chegar ao ciclo de venda de maneira rápida, segura, pontual e lucrativa

para a empresa vendedora e de maneira acessível, confiável, pontual e segura para

o cliente.

Complementando, Kotler e Armstrong (2005, p. 308) destacam que o conceito

de canais de distribuição não se limita apenas a distribuição de produtos tangíveis.

As empresas que produzem serviços e idéias também enfrentam dificuldades de

ofertar sua produção ao público-alvo.

Já para McCarty e Perreault (1997, p. 181) o planejamento do canal de

distribuição é muito importante os bens ou serviços sejam oferecidos na quantidade

e nos locais corretos quando os consumidores desejarem.

Acrescentando a idéia, Las Casas (1997, p. 215) destaca que o sistema de

distribuição a ser determinado por um administrador de marketing fará parte do

pacote de utilidade ou satisfação que os consumidores receberão com a compra de

um produto.

2.3.4 Promoção

O marketing atual exige bem mais do que um produto bom, preço competitivo

e produtos colocados à disposição de clientes-alvo. É necessário que as empresas

também se comuniquem com os clientes existentes e os clientes potenciais.

(KOTLER e ARMSTRONG, 2005, p. 363).

Sandhusen (2000, p. 422), destaca que os esforços promocionais devem ser

planejados e coordenados com cuidado, pois cada ferramenta de promoção é mais

indicada para um trabalho em particular e as atividades promocionais interagem

como os outros componentes do composto de marketing.

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De acordo com Las Casas (1997, p. 244), o administrador de marketing deve

preocupar-se com as várias formas, que sejam eficientes, para informar aos

consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria

imagem da empresa.

Em complemento a esta posição, Kotler e Armstrong (2005, p. 363)

apresentam que o mix de comunicação de marketing, também conhecido como mix

de promoção, nada mais é que uma composição de ferramentas de comunicação

como propaganda, venda pessoal, promoção de venda, relações públicas e

marketing direto.

Corroborando com esta afirmação, Cobra (1997, p. 359) revela que a

propaganda, a promoção de vendas e o merchandising são três dos principais

componentes do esforço promocional, que juntamente com a força de vendas, dão

importantes dimensões ao esforço de marketing para as empresas.

Em perspectiva similar, Sandhusen (2000, p. 425) afirma que os objetivos da

promoção é informar, persuadir e lembrar, desta maneira, as diversas funções do

composto de promoção se unem na mistura do composto de marketing.

Las Casas (997, p 245) define como composto promocional a “combinação e

relação dos tipos de promoções que a firma faz por determinado período de tempo.

De forma simplificada, Sandhusen (2000, p. 423) afirma que promoção é a

comunicação da informação pelo vendedor para influenciar as atitudes e o

comportamento dos compradores.

“A promoção, no de marketing, é todo e qualquer esforço realizado para

persuadir as pessoas a comprar determinado produto ou a utilizar determinado

serviço” (DOLABELA, 2006, p. 181).

Em complemento, Dolabela (2008, p. 182) descreve que a promoção de

vendas pode englobar cupons, amostras, descontos, prêmios, sorteios e concursos.

2.4 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

Las Casas (1999, p. 66) afirma que pontos fortes são todos os fatores que

apresentam vantagem competitiva da organização em relação aos concorrentes ou

ao exercício de qualquer atividade. Um ponto forte pode ser capacidade

administrativa diferenciada, muitos recursos financeiros ou humanos, domínio de

tecnologia e outros. Em complemento, o mesmo autor menciona que os pontos

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fracos são todos os aspectos que interferem negativamente nessa capacidade,

desta forma, uma oportunidade criada em determinado mercado poderá ser

aproveitada mais convenientemente por alguma empresa que tenha vantagem sobre

as outras.

Complementando, o mesmo autor (2001, p.70) destaca que “ao analisar os

pontos fortes e fracos da concorrência, o que se faz na essência é estabelecer uma

análise competitiva para identificar onde há maiores chances de competir em

relação aos principais concorrentes”.

Segundo Cobra (1991, p. 65), toda organização apresenta ponto forte sobre

os quais escoram sua força motriz. O autor (1991, p. 66), ainda comenta que ao

desconhecer e não fazer uso destas forças, a organização estará enfraquecendo o

seu poder de gerar recursos e gerar lucros.

Na concepção de Ferrell et. al (2000, p. 34), as forças de uma organização

referem-se aos fatores que permitem à empresa algum tipo de vantagem em atender

as necessidades de seus mercados-alvos, ou seja, uma vantagem competitiva.

Acrescentando, este autor destaca que estes fatores incluem recursos abundantes

(financeiros e humanos), tecnologia patenteada, fabricação ou habilidades de

marketing e marca bem conhecida.

O mesmo autor também destaca que as fraquezas de uma organização

referem-se a quaisquer deficiências que esta organização possa ter no

desenvolvimento ou na implantação de sua estratégia de marketing.

Ferrell et al. (2000, p. 34) evidenciam que estas fraquezas ainda devem ser

examinadas do ponto de vista dos consumidores, pois na maioria das vezes estes

percebem, e a empresa não.

Complementando, Hooley e Saunders (1996, p. 34) consideram que a

essência do desenvolvimento de uma estratégia de marketing para uma organização

é assegurar que suas capacidades sejam compatíveis com o ambiente competitivo

do mercado em que ela atua, não apenas hoje, mas num futuro muito próximo.

Desta maneira, é necessário a avaliação dos pontos fortes e pontos fracos da

empresa, além das oportunidades e ameaças que ela enfrenta.

Churchill e Peter (2005, p. 91), mencionam que as forças de uma empresa

incluem fatores como patentes, lealdade dos clientes, capacidade de produzir bens

ou serviços. Já as deficiências são custos altos, falta de financiamentos e marcas

que não sejam muito conhecidas ou respeitadas.

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De acordo com Las Casas (1999, p.66), é importante que se faça uma análise

dos pontos fortes e fracos da organização, comparando-se os recursos existentes

com os de seus concorrentes antes da determinação dos objetivos e das

estratégias.

Atualmente devido às freqüentes transformações do ambiente competitivo é

de grande importância que as organizações visualizem estas mudanças e as

monitorem, a fim de obterem vantagem competitiva e alcançarem o sucesso.

2.5 OPORTUNIDADES E AMEÇAS

Cobra (1991, p. 65) afirma que a análise do ambiente externo permite à

empresa detectar oportunidades e ameaças, facilitando, assim, a tarefa de minimizar

o impacto e orientar esforços para o resultado.

Para Las Casas (1999. p. 64), as oportunidades e ameaças podem exigir

soluções de prazo longo ou curto. Algumas ações devem ser realizadas de imediato

enquanto outras são mais previsíveis e permitem uma mudança mais lenta e

programada.

Ainda Las Casas (1999, p. 58), menciona que a empresa deve aproveitar as

oportunidades que surgem e precaver-se das ameaças, buscando soluções

alternativas para os problemas que eventualmente encontrar.

De acordo com Ferrell et al. (2000, p. 41), as oportunidades se referem a

condições favoráveis no ambiente que podem gerar recompensas a organização se

agirem sobre elas adequadamente.

Ferrem et al. (200, p.41) ainda afirmam que ameaças são condições ou

barreiras que de alguma maneira impedem a organização de atingir seus objetivos.

Kotler e Armstrong (2000, p. 49) mencionam que “a empresa e todos os

outros fatores operam em um macroambiente maior de forças que configuram

oportunidade e empoem ameaças para a empresa”.

Segundo Churchill e Peter (2000, p. 92) as oportunidades podem incluir

demanda não atendida, novos conceitos ou tecnologias de produtos, ou empresas

concorrentes que possam ser adquiridas. Já as ameaças podem incluir concorrentes

novos e mais fortes, novas leis ou uma mudança no desejo dos consumidores.

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Diante do exposto pode-se perceber que uma análise do ambiente externo

torna-se relevante para qualquer organização, pois fornece informações sobre o

futuro, permitindo, assim, antecipar-se às prováveis mudanças ambientais.

2.6 ESTRATÉGIAS DE MARKETING

Para que uma organização tenha sucesso é necessário que tenham

planejamento eficaz e uma estratégia de marketing que atinja suas metas, objetivos

e satisfaça as necessidades de seus consumidores (FERRELL et al, 2000, p. 19).

Kotler e Armstrong (2004, p. 47), afirmam que para uma empresa ser bem-

sucedida é necessário que seja realizado um trabalho melhor do que o de seus

concorrentes em relação à satisfação de seus consumidores-alvos. Desta maneira,

as estratégias de marketing devem levar em conta não somente as necessidades

dos consumidores, mais também as estratégias de seus concorrentes.

Em complemento a esta afirmação, Cobra (1991, p. 63) menciona que uma

empresa pode estar atuando em um mercado sob maior ou menor influência da

concorrência este fator irá definir qual estratégia formular. Desta maneira, quanto

mais competitivo o mercado for, maior será a necessidade de atuação estratégica da

empresa.

Las Casas (1999, p. 103), destaca que na estratégia de marketing há diversos

caminhos a seguir, todos eles estão ligados a análise ambiental realizada, na

determinação de objetivos e posicionamento.

Na concepção de Cobra (1997, p. 68), as estratégias de marketing devem ser

elaboradas a partir das informações coletadas sobre o comportamento do

consumidor. Esta atividade deverá ser conduzida por meio de pesquisa de

marketing, desta forma, os dados interpretados da pesquisa permitirão avaliar o

comportamento do consumidor e o mercado.

O mesmo autor (1997, p. 68) enfatiza que as estratégias de marketing devem

ser formuladas em função dos objetivos da empresa para que sejam produzidos os

resultados esperados

Em complemento a esta posição, Las Casas (1999, p. 95) destaca que após a

definição dos objetivos é necessário uma determinação de quais atividades são

importantes para poder alcançá-los. De acordo com autor os passos são: a

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determinação do mercado-alvo; determinação do posicionamento; escolha da

estratégia do composto de marketing.

De forma mais abrangente, Ferrell et al. (2000, p. 24) afirmam que a

estratégia de marketing de uma empresa é preparada para integrar os esforços que

focam o cumprimento dos objetivos de marketing. Esta estratégia engloba um ou

mais mercados-alvo e a elaboração de um composto de marketing que supra as

necessidades e os desejos dos integrantes deste mercado.

Na concepção de Ferrell et al. (2000, p. 24), as estratégias de marketing

devem:

Adaptar-se as necessidades e aos objetivos do mercado selecionado

Ser realista em relação aos recursos disponíveis no ambiente da

organização

Ser consistente em sua missão, metas e objetivos.

A estratégia de marketing refere-se à forma que a empresa gerenciará seus

relacionamentos com os consumidores, de forma que obtenha vantagem

competitiva. (FERRELL et al, 2000, p.35).

Dornelas (2005, p. 150) afirma que as estratégias de marketing são os meios

e métodos que a empresa deverá utilizar para atingir seus objetivos,

especificamente no sentido de manobrar as forças para as mais vantajosas posições

antes de agir. Estas estratégias geralmente estão relacionadas ao mix de marketing

(4P’s): produto, preço, praça (canais de distribuição) e promoção

(propaganda/comunicação). A projeção de vendas da empresa está diretamente

relacionada à estratégia de marketing estabelecida, pois depende de como o

produto será posicionado no mercado, qual será sua política de preços, as

promoções e os canais de venda que serão utilizados e, ainda, como os produtos

chegarão ao cliente.

2.7 PLANO DE MARKETING

Nos dias atuais, devido à grande competitividade do mercado, é fundamental

que empresas, de diversos tamanhos e setores, possuam um guia que as oriente

em sua atuação no mercado. Dentro deste contexto, o desenvolvimento de um

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plano de marketing torna-se uma das ferramentas mais importante no processo de

gestão de marketing para que a empresa torne-se competitiva no mercado em que

atua.

De forma simplificada, Churchill e Peter (2005, p. 600) afirmam que o plano

de marketing é um documento criado por uma empresa com o objetivo de registrar

os resultados e conclusões de análises ambientais e detalhar a estratégia de

marketing planejada.

Em complemento, Skacel (1992, p. 11) menciona que “o plano de marketing é

um documento escrito que detalha ações específicas de marketing dirigidas a

objetivos específicos no âmbito de um certo ambiente de marketing”.

De acordo com Las Casas (1999, p. 18), “o plano de marketing estabelece

objetivos metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano

estratégico geral da empresa”.

Corroborando com esta afirmação, Kotler (1996, p. 93) afirma que o plano de

marketing é a ferramenta central para conduzir e coordenar o esforço de marketing.

O autor ainda menciona que se as empresas que pretendem melhorar sua eficácia e

eficiência de marketing precisam aprender como criar e implementar planos de

marketing consistentes.

Em perspectiva similar, Westwood (2005, p.4) destaca que o plano de

marketing estabelece os objetivos de marketing da empresa e sugere estratégias

para que estes objetivos sejam alcançados. O autor também destaca que o plano

de marketing é como um mapa, pois ele mostra para a empresa onde está indo e

como irá chegar lá.

De forma mais abrangente, Cobra (1992, p. 88) afirma que o plano de

marketing identifica as oportunidades que sejam mais promissoras para a empresa e

indica como alcançar, obter e manter posições desejadas no mercado. O autor

também afirma que o marketing é uma ferramenta de comunicação que integra

todos os elementos do composto de mercadológico.

Em complemento a esta posição, Las Casas (1999, p. 19) revela que o plano

de marketing é composto de vários subplanos. As atividades de propaganda, de

venda pessoal e promoção de venda também apresentam planos respectivos para

alcançar os objetivos de marketing.

Churchill e Peter (2005, 101) afirmam que o plano de marketing oferece

diversos benefícios. Um plano de marketing bem elaborado auxilia o departamento

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de marketing a reconhecer onde seus esforços devem estar mais concentrados e a

observar e tirar melhor proveito das oportunidades do mercado.

Las Casas (1999, p. 20) menciona a importância do plano de marketing para

as empresas é muito grande, pois o plano de marketing é resultado de um processo

de planejamento. O mesmo autor destaca que qualquer idéia deve ser apresentada

com base em fundamentos e justificativas dos diversos passos que devem ser

tomados pela administração.

Churchill e Peter (2005, p. 100) enfatizam que o processo de desenvolvimento

do plano de marketing é composto de quatro etapas: exame do plano estratégico,

condução de uma análise ambiental, desenvolvimento de objetivos e estratégias de

marketing, e determinação dos custos e benefícios financeiros.

Las Casas (1999, p. 44) demonstra de maneira simplificada os elementos que

considera essencial para o desenvolvimento do plano de marketing:

Determinação de situações favoráveis e desfavoráveis com base em

dados externos.

Análise de pontos fortes e fracos com base em dados internos e

externos e comparando a empresa com os concorrentes.

Determinação de pressuposições acerca do que poderá ocorrer.

Determinação de objetivos e metas.

Escolha da estratégia de marketing e de orçamento.

Projeção de lucros e despesas.

Controle.

Las Casas (1999, p.44) evidencia que a linha central do plano é dividida em

grupos. Primeiramente existe um grupo que envolve diagnóstico e a análise de

diversos fatores que atingem a empresa. Existe também uma parte da formulação

tática que determina diferentes ações. E por fim, existe uma parte referente à

implementação e ao controle.

Existem diferentes tipos de plano de marketing, desta maneira, é impossível

estabelecer um único modelo que se adéqüe as necessidades de todos os tipos de

empresa. Devido a peculiaridades do mercado de atuação e das características de

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cada empresa é mais relevante que cada organização adote um modelo específico

que atenda suas necessidades reais.

Cobra (1991, p. 145), demonstra que o plano de marketing é o conjunto de

ações táticas de marketing que devem estar ligadas ao planejamento estratégico da

empresa. Este autor ainda destaca que o plano de marketing é mais do que um

documento imóvel, ele deve constituir-se em um roteiro dinâmico de procedimentos

coerentes com os objetivos estratégicos.

2.7.1 Estrutura do plano de marketing

Las Casas (1999, p. 34) afirma que vários autores apresentam os planos de

marketing com metodologias semelhantes para sua elaboração. O autor também

comenta que existem algumas diferenças quanto a alguns detalhes de informação,

porém a formatação básica dos planos de marketing é muito semelhante.

De acordo com Ferrel et al. (2000, p. 31), “todos os planos de marketing

devem ser bem organizados para assegurar que todas as informações relevantes

foram consideradas e incluídas”. Na seqüência é apresentada a estrutura de um

plano de marketing típico, apresentado pelos autores:

I. Sumário Executivo

A. Sinopse

B. Principais aspectos do plano de marketing

II. Análise ambiental

A. Análise do ambiente externo

B. Análise do ambiente do consumidor

C. Análise do ambiente (organizacional) interno

III. Análise SWOT (Forças, fraquezas, oportunidades e ameaças)

A. Forças

B. Fraquezas

C. Oportunidades

D. Ameaças

E. Ajustando, convertendo, minimizando e evitando estratégias

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IV. Metas e Objetivos de Marketing

A. Metas de marketing

B. Objetivos de marketing

V. Estratégias de Marketing

A. Mercado(s)-alvo(s)

B. Composto de marketing para cada mercado-alvo

C. Principais clientes e reação da concorrência

VI. Implementação de Marketing

A. Assuntos estruturais

B. Abordagem para implementação

C. Marketing interno

D. Comunicação

E. Autoridade de tomada de decisão

F. Motivação dos funcionários

G. Atividades, responsabilidades e orçamentos

H. Programação da implementação

VII. Avaliação e Controle

A. Avaliação financeira

B. Controle de marketing

Quadro1. Estrutura de um plano de marketing típico Fonte: Ferrel et al. (2000, p. 32).

Na seqüência é detalhada a estrutura de um plano de marketing típico,

apresentado por Ferrel et al. (2000, p. 31):

Sumário Executivo: é uma síntese do plano de marketing global, abordando

os pontos principais da estratégia de marketing e da sua execução.

Análise Ambiental: se resume todas as informações relacionadas a três

condições da empresa: o ambiente externo, o ambiente do consumidor

(público-alvo) e o ambiente interno da empresa.

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Análise SWOT: foca os fatores internos (forças e fraquezas) e fatores

externos (oportunidades e ameaças). Estes fatores são originados da análise

ambiental anterior.

Metas e Objetivos de Marketing: são declarações formais dos resultados

esperados , decorrentes do plano de marketing. É importante ressaltar que

nem as metas nem os objetivos podem ser desenvolvidos sem uma

declaração de missão claramente definida.

Estratégias de Marketing: esboça como a organização alcançará seus

objetivos de marketing. A estratégia de marketing refere-se a como a empresa

gerenciará seus relacionamentos com clientes, de forma que consiga obter

vantagem competitiva.

Implementação de Marketing: descreve como as estratégias de marketing

delineadas na seção anterior serão realizadas, ou seja, é o processo de

executar a estratégia de marketing, criando ações específicas que irão

garantir que os objetivos de marketing sejam alcançados.

Avaliação e Controle: detalha como os resultados serão avaliados e

controlados. Se o plano de marketing não atender às expectativas, a

organização utilizará diversas ferramentas para apontar as causas possíveis

das discrepâncias.

Complementando, a metodologia desenvolvida por Westwood (apud LAS

CASAS, 1999, p. 35) possui as seguintes etapas a serem cumpridas na elaboração

de um plano de marketing:

1. Estabeleça objetivos corporativos;

2. Realize pesquisa de marketing externa;

3. Realize pesquisa de marketing interna;

4. Realize uma análise de pontos fortes e fracos / oportunidades e ameaças;

5. Estabeleça objetivos de marketing e planos de ação;

6. Desenvolva estratégias de marketing e planos de ação;

7. Defina programas que incluam propaganda / plano de promoções;

8. Estabeleça orçamentos;

9. Escreva o plano;

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10. Comunique o plano;

11. Use sistema de controle para o plano;

12. Reveja e atualize o plano.

Cobra (1992, p. 117) destaca que para manter-se atualizado com as

condições de mudanças, deve-se rever e atualizar o plano pelo menos

trimestralmente, ou mais freqüentemente, dependendo das condições de mudanças.

Um plano realístico e fundamentado raramente exige maiores mudanças, por outro

lado, trocas freqüentes podem causar confusão, custar tempo e dinheiro, o mais

importante, ajudar a segurar o sucesso de concorrentes.

Complementando, Kotler (2000, p. 117) sustenta que cada nível de produto,

em uma unidade de negócio, deve desenvolver um plano de marketing para

alcançar suas metas. De acordo com este autor, o plano de marketing é um dos

produtos mais importantes do processo de marketing devendo apresentar os

seguintes elementos: resumo executivo e sumário; uma visão geral da situação de

marketing; uma análise das oportunidades e questões; resumo dos objetivos

financeiros e de marketing; estratégias de marketing; programas de ação;

demonstrativos de resultados projetados e monitorização do plano.

2.8 PESQUISA DE MARKETING

No cenário atual, para que uma empresa obtenha sucesso é fundamental

conhecer e satisfazer as necessidades e os desejos de seus consumidores-alvos, no

entanto, para que isso seja possível é imprescindível estar sempre atualizado e

deter informações relevantes sobre seu público-alvo.

A pesquisa de marketing é uma importante ferramenta, pois, ela permite que

as organizações colete dados pertinentes transformando-os em informações. Estas

informações, seguramente, auxiliaram a organização no processo de administração

de marketing, criando um diferencial competitivo desta empresa em relação aos

seus concorrentes.

Na concepção de Dornelas (2005, p. 142), a análise de mercado é um dos

pontos mais importantes, pois, a estratégia do negócio depende de como a empresa

abordará seu mercado consumidor, buscando se diferenciar da concorrência, desta

forma, é conveniente conhecer muito bem o mercado em que atua.

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Em perspectiva similar, Mattar (1996, p. 45) salienta que no processo de

administração de marketing, a disponibilidade de informações, em quantidade e

qualidade, em relação ao mercado, do meio ambiente, do macroambiente de

marketing e da própria organização, é vital para a redução dos riscos na tomada de

decisão.

Cobra (1997, p. 111) destaca que a pesquisa de mercado é entendida como

sendo o esforço planejado e organizado para obter os fatos e conhecimentos novos

que facilitem o processo de decisão de mercado. Em complemento, o autor afirma

que a pesquisa é a coleta, o registro e a análise de todos os fatos referente aos

problemas ligados à transferência de mercadorias e serviços, desde os produtos até

o consumidor.

De acordo com Mattar (1996, p. 42), a pesquisa de marketing faz parte do

sistema de informações de marketing da empresa e tem como objetivo coletar dados

pertinentes e transformá-los em informações que venham a ajudar os executivos de

marketing na solução de problemas específicos e esporádicos que nascem durante

o processo de administração de marketing.

Em complemento a esta afirmação, Kotler (2000, p. 125) menciona que a

pesquisa de marketing corresponde à elaboração, à coleta, à análise e à elaboração

de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação

específica de marketing que uma empresa enfrenta.

Cobra (1997, p. 111) enfatiza que a pesquisa de mercado é utilizada pela

maioria das pessoas na vida cotidiana. As donas de casa, por exemplo, ao

pesquisarem os preços dos produtos no supermercado, advogado ao pesquisar as

leis, ou seja, todo e qualquer esquema decisório está relacionado a uma pesquisa.

Complementando, Kotler (2000, p. 158) destaca que os maiores responsáveis

pela identificação de significativas mudanças no mercado são os profissionais de

marketing. Mais do que qualquer outro grupo da empresa, são estes profissionais

que devem acompanhar as tendências e procurar oportunidades. Segundo o autor,

os gerentes de marketing apresentam duas vantagens em relação aos gerentes de

outras áreas: dispõe de métodos formais – a inteligência de marketing e a pesquisa

de marketing – para coletar informações sobre o ambiente de marketing e dedicam

mais tempo aos clientes e a observação de concorrentes.

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2.8.1 Etapas de uma pesquisa de marketing

Segundo Mattar (1996, p. 43), um processo de pesquisa de marketing

compreende quatro diferentes etapas:

Reconhecimento de um problema: consiste na correta identificação do

problema de marketing que se pretenda resolver e que possa

efetivamente receber contribuições importantes da pesquisa na sua

solução.

Planejamento: compreende a definição dos objetivos da pesquisa e de

toda sua operacionalização.

Execução: compreende duas atividades: a coleta dos dados e seu

processamento.

Comunicação e resultados: compreende a apresentação escrita e

verbal das principais descobertas da pesquisa relacionadas ao

problema que lhe deu origem, além de sugestões e recomendações de

ações relacionados a sua solução.

Corroborando com esta posição, Kotler (2000, p. 127) afirma que a efetiva

pesquisa de marketing apresenta cinco etapas que são demonstradas logo abaixo:

Definição do problema e dos objetivos da pesquisa.

Desenvolvimento do plano de pesquisa.

Coleta de informações.

Análise das informações.

Apresentação das conclusões.

Cobra (1999, p. 119), revela que o planejamento e a execução da pesquisa

de marketing envolvem as seguintes etapas:

Identificação do problema a ser investigado: é necessário que esta

identificação seja clara e objetiva para que os resultados obtidos não

induzam a conclusões errôneas.

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56

Moldagem do projeto de pesquisa: esta etapa inclui um relacionamento

entre as variáveis que parecem vincular-se com o problema

investigado, e esse então permite criar e selecionar hipóteses

apropriadas.

Coleta de dados: é a fase mais trabalhosa e custosa de uma pesquisa,

ou seja, é a fase do trabalho de campo.

Análise e avaliação dos dados coletados: os dados coletados têm de

ser tabulados, analisados interpretados para que os resultados sejam

devidamente compreendidos.

Relatório final: os dados levantados e seus cruzamentos precisam ser

apresentados de maneira clara, concisa e objetiva por meio de

quadros, tabelas, gráficos e outras ilustrações.

Complementando, o mesmo autor (1999, p. 146) evidencia que uma pesquisa

bem conduzida poderá ser o caminho para a solução de um problema de marketing,

se for mal conduzida ou indevidamente interpretada poderá levar a resultados

desastrosos.

Na seqüência apresenta-se o capítulo do procedimento metodológico,

demonstrando os métodos utilizados neste estudo para levantar as informações que

contribuíram para a construção do plano de marketing.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Este capítulo apresenta quais metodologias foram utilizadas para a

elaboração deste trabalho.

O estudo foi realizado na J.A Teixeira Madeiras e Transportes Ltda.,

localizada na cidade de Biguaçu na Rua Frank Traebert, nº 4.400, Centro. O

presente estudo ocorreu no período de agosto de 2008 a junho de 2009.

Para uma melhor compreensão do conceito, etapas e procedimentos da

execução do plano de marketing, inicialmente foi realizado o levantamento de dados

secundários, por meio de pesquisa bibliográfica e documental, com a finalidade de

construir a fundamentação teórica e definir a melhor estrutura para o plano de

marketing. A pesquisa secundária também contribuiu para a elaboração da análise

ambiental da empresa em estudo, ou seja, o ambiente interno e externo da empresa.

Segundo Mattar (2001, p.48), “dados secundários são aqueles que já foram

coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados e que estão

catalogados à disposição dos interessados”.

Gil (1999, p.64) afirma que os dados secundários podem ser coletados por

meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.

A pesquisa bibliográfica compreende todo material já elaborado, composto

principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 1999, p.65). Este autor ainda

menciona que a pesquisa bibliográfica assemelha-se muito com a pesquisa

documental, o que as torna diferentes é a natureza das fontes. A pesquisa

bibliográfica utiliza material de diversos autores, enquanto a pesquisa documental

utiliza materiais que não foram analisados ou que podem ser reelaborados de

acordo com as finalidades da pesquisa.

Aos clientes da empresa foi aplicado um questionário estruturado com

questões fechadas de caráter quantitativo, que teve como objetivo identificar os

pontos fortes e pontos fracos da empresa, sob o ponto de vista dos clientes, além de

identificar as variáveis associadas à percepção dos clientes sobre a empresa em

estudo. O questionário foi elaborado com o propósito de identificar a satisfação dos

clientes em relação aos produtos e serviços oferecidos, preço, condições de

pagamento, atendimento, localização da empresa, promoção, entre outros.

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Lakatos e Marconi (1991, p. 174), afirmam que “toda pesquisa implica o

levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou

técnicas empregadas”.

Gil (1999, 128), define questionário como sendo a técnica de investigação

composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por

escrito às pessoas, tendo como finalidade o conhecimento de opiniões, crenças,

sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.

Complementando Roesch (1996, p. 134), destaca que o questionário “é o

instrumento mais utilizado em pesquisa quantitativa, principalmente em pesquisa de

grande escala, como as que se propõem levantar a opinião política da população ou

a preferência do consumidor”.

A população para a realização da pesquisa de mercado compreendeu os

1.500 clientes potenciais da empresa. A amostra, calculada pelo Software Sample,

ficou estimada em 90 respondentes, considerando-se um índice de confiabilidade de

95% e margem de erro de 10%. A pesquisa foi aplicada durante os meses de março

e abril de 2009 com um retorno de 72 questionários respondidos no final do período.

Roesch (1996, p.130), afirma que dependendo do tamanho da população, do

tempo dos entrevistadores, do custo da pesquisa ou ainda capacidade de

processamento dos dados, faz-se necessário extrair uma parcela desta população

para investigar, em vez de utilizar seu total.

Ainda Roesch (1996, p.131), destaca que a amostragem tem como finalidade

construir um subconjunto da população que é representativo nas principais áreas de

interesse da pesquisa.

Após obtenção dos dados através da pesquisa, foi realizada a tabulação,

destes dados que foram formatados e analisados por meio de gráficos e tabelas.

Segundo Mattar (1996, p.264), os gráficos formam um tipo característico de

figura em que os resultados referentes a uma variável, ou ao cruzamento de duas ou

mais variáveis, são apresentados de forma visual.

Ao proprietário da empresa foi aplicada uma entrevista estruturada que

segundo Lakatos e Marconi (1991, p. 175) é uma técnica importante que permite

uma relação estreita entre as pessoas. A característica estruturada deste

instrumento deve-se ao fato deste possuir questões abertas elaboradas para que os

entrevistados respondam as indagações referentes aos objetivos propostos pela

pesquisa.

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A partir dos dados coletados, foram elaboradas estratégias de marketing com

a finalidade de atingir os objetivos estabelecidos, conseqüentemente um diferencial

competitivo em relação aos seus concorrentes e, desta maneira alcançar um bom

desempenho no mercado em que atua.

O plano de marketing foi elaborado com base na estrutura sugerida por Las

Casas (1999), pois a metodologia elaborada por este autor está voltada

principalmente às micro e pequenas empresas, que é o caso da J.A Teixeira. A

estrutura do plano sofreu algumas adaptações necessárias para que se adequasse

à realidade da empresa.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

As informações obtidas através dos instrumentos de coleta de dados foram

analisadas, estudadas e interpretadas por meio de gráficos.

As análises e interpretações dos dados tiveram como embasamento as

teorias apresentadas na fundamentação teórica, bem como o conhecimento e

compreensão da autora deste trabalho. A partir disto, foi elaborada uma proposta de

implementação de um Plano de Marketing na empresa J.A Teixeira Madeiras e

Transportes Ltda.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A J.A Teixeira Madeiras é uma empresa que atua há mais de 6 anos em

construções de obras rústicas, no varejo e transporte de diversos tipos de madeiras.

Atualmente, está localizada na cidade de Biguaçu na Rua Frank Traebert, nº 4.400,

Centro.

A empresa iniciou suas atividades no ano de 2000 na cidade de Tubarão, por

Cleison Cardoso Teixeira e Kelem Cardoso Teixeira, explorando basicamente o

ramo de transportes e venda de madeiras.

No ano de 2001, inaugurou sua primeira filial na cidade de Biguaçu e passou

a explorar, além da venda e transportes de madeiras, o setor de construção civil e

especializou-se em obras rústicas utilizando madeiras autoclavadas.

No ano de 2005, a J.A Teixeira passou a ser dirigida por Ronaldo Antunes

Teixeira que a partir de maio do mesmo ano passou a ser proprietário da empresa.

Atualmente a empresa é especializada em vendas de materiais para construção,

principalmente, madeiras advindas de reflorestamento e na construção de obras

rústicas.

A empresa dispõe de diversos materiais como eucalipto roliço selecionado e

padronizado de diversos tamanhos e diâmetros, tanto em madeiras tratadas em

autoclave como madeiras cruas. Além de pinus selecionados e autoclavados,

escoras, estacas, ripas, mourões, lenha para fogão e lareira.

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A J.A Teixeira executa obras dentro e fora do estado, em estruturas com

madeiras roliças, deques, pontes, passarelas, casas rústicas, galpões crioulos,

pérgolas, cercas rústicas, placas, mirantes, play grouds, entre outras.

O quadro funcional da empresa é bem reduzido e apresenta apenas quatro

funcionários, sendo Diretor Geral e proprietário Sr. Ronaldo Antunes Teixeira. A

empresa conta ainda com Assistente Administrativo, motorista e carpinteiro. A maior

parte de sua mão-de-obra é temporária de acordo com as necessidades das obras

que são executadas.

A empresa prima pela qualidade de seus produtos e das obras que executa,

tendo como principal objetivo a satisfação de seus clientes.

Desta forma, torna-se importante que a empresa possua um plano de

marketing apropriado às suas necessidades, o que não acontece atualmente. Como

a política da empresa é oferecer produtos e serviços de qualidade, um plano de

marketing passa a ser um importante diferencial para que possa alcançar seus

objetivos.

4.2 RESULTADOS DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada com a aplicação de um questionário junto aos

clientes potenciais da empresa durante os meses de março e abril de 2009,

totalizando um número de 72 respondentes. Os clientes foram abordados face a

face, pelo telefone e também por meio eletrônico.

Na seqüência apresenta-se de forma detalhada o resultado desta pesquisa:

Gráfico 1: Tipo de cliente pessoa física ou pessoa jurídica Fonte: Dados primários (2009)

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O gráfico 1 mostra o perfil dos clientes da empresa em estudo. Neste quesito,

o tipo de cliente é pessoa física ou pessoa jurídica. Observou-se que 56% dos

clientes é pessoa jurídica e 44% é pessoa física. Desta forma, pode-se afirmar que

o perfil dos clientes da J.A Teixeira é dividido em pessoa física e pessoa jurídica.

Gráfico 2: Sexo Fonte: Dados primários (2009) Para os respondentes pessoa física, buscou-se verificar o tipo de sexo.

Verificou-se que o sexo masculino é a maioria dos clientes da madeireira J.A

Teixeira, no entanto, o sexo feminino também ocupa um índice notório de 42%.

Gráfico 3: Faixa Etária Fonte: Dados primários (2009) Para os respondentes pessoa física, procurou-se saber também a faixa etária.

Pode-se observar no gráfico 3 que 43% dos clientes da empresa estão na faixa

etária entre 31 e 45 anos, 36% estão entre 46 e 65 anos, 15% estão acima de 65

anos, e apenas 6% dos clientes tem idade até 30 anos.

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Gráfico 4: Renda Média Mensal Fonte: Dados primários (2009)

Ainda para os clientes pessoa física, buscou-se saber a renda média mensal.

Pode-se analisar que 36% dos clientes declararam ter uma renda média mensal

entre R$ 900,00 a R$ 2.500,00, 32% tem renda entre R$ 2.500 a R$ 5.500, 19%

declararam ter uma renda entre R$ 5.500 a R$ 8.500, 10% dos clientes acima de R$

8.500 e apenas 3% declararam ter renda até R$ 900,00.

Gráfico 5: Ramo de Atividade Fonte: Dados primários (2009)

Para os respondentes pessoa jurídica, buscou-se verificar o tipo de ramo de

atuação destes clientes. Desta forma, observou-se que os clientes do tipo pessoa

jurídica são de diversos ramos, ou seja, 33% são comércio, 28% são do ramo da

construção civil, 21% hoteleiro, 15% são empresas do ramo de eventos e 3% são de

ouros setores.

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Gráfico 6: Porte da empresa Fonte: Dados primários (2009)

Para os respondentes pessoa jurídica, buscou-se identificar o porte da

empresa. Pode-se perceber que a maior parte dos clientes pessoa jurídica são

pequenas empresas como, é apresentado no gráfico 6.

Gráfico 7: Localidade Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 7 buscou-se verificar de quais localidades são os clientes da

empresa. Com os resultados apresentados no gráfico pode-se verificar que os

clientes da empresa encontram-se em localidades bem diversificadas. Pode-se

destacar o município de Biguaçu aonde a empresa encontra-se sediada com 25%

dos clientes, depois aparece Florianópolis com 22% dos clientes, São José com

18% dos clientes, Governador Celso Ramos com 13%, Palhoça com 8%, Antonio

Carlos com 7% e outras localidades aparecem com 7%.

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Gráfico 8: Como ficou conhecendo a empresa Fonte: Dados primários (2009)

Com este quesito buscou-se identificar de qual forma os clientes tomaram

conhecimento da empresa. Pode-se observar no gráfico 8 que 46% dos clientes

tiveram conhecimento da empresa através de indicações, 43% através de amigos,

8% através da internet, 2% através de mala direta e apenas 1%através de lista

telefônica. Desta maneira, pode-se perceber que o “boca-a-boca” foi o fator que

mais se destacou.

Gráfico 9: Cordialidade dos entregadores e carpinteiros Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 9 buscou-se identificar qual a percepção dos clientes em relação à

cordialidade dos entregadores e carpinteiros. Observou-se que 72% dos clientes

respondentes afirmaram que a cordialidade dos entregadores e carpinteiros é boa e

28% dos clientes afirmaram ser excelente. Cabe destacar que nenhum cliente

considerou este quesito como regular ou ruim.

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Gráfico 10: Rapidez na entrega Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 10 buscou-se identificar qual a percepção dos clientes em relação

à rapidez na entrega de produtos ou de obras. Pode-se perceber que 72% dos

clientes consideram este quesito bom e 25% excelente e apenas 3% regular.

Nenhum cliente considerou este quesito como ruim. Desta forma, pode-se afirmar

que neste quesito a empresa atende as expectativas da maioria de seus clientes.

Gráfico 11: Pontualidade na entrega Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 11 procurou-se identificar qual a percepção dos clientes em

relação à pontualidade na entrega de produtos e serviços. Observou-se que 70%

dos clientes consideram este quesito como bom, 26% consideram como excelente

4% regular. Não houve ocorrência de clientes que analisou este quesito como ruim.

Como pode-se analisar no gráfico, a maioria dos clientes está satisfeito com a

pontualidade na entrega, porém a empresa deve estar atenta e buscando sempre

melhorias.

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Gráfico 12: Variedade dos produtos Fonte: Dados primários (2009) Neste quesito buscou-se identificar qual a percepção dos clientes em relação à

variedade de produtos oferecidos pela empresa Conforme demonstrado no gráfico

12, praticamente todos os clientes questionados consideram a variedade dos

produtos como boa ou excelente. O gráfico ainda mostra que apenas 1% destes

clientes considera este quesito como regular e nenhum cliente avaliou este quesito

como ruim.

Gráfico 13: Qualidade dos serviços Fonte: Dados primários (2009)

Neste quesito buscou-se identificar qual a percepção dos clientes em relação

à qualidade dos serviços que a empresa oferece. Observa-se que 54% dos clientes

consideram o serviço como bom e 46% como excelente. Não houve registros de

clientes que avaliou este quesito com regular ou ruim. Conclui-se desta forma que a

totalidade dos clientes está satisfeito com a qualidade dos serviços oferecidos pela

empresa.

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Gráfico 14: Preço dos produtos e serviços Fonte: Dados primários (2009) Neste gráfico procurou-se identificar qual a percepção dos clientes em relação

ao preço dos produtos e serviços. Pode-se verificar no gráfico 14, que 49% dos

clientes analisaram os preços praticados pela empresa como bom, 36% como

regular, 8% excelente, 7% ruim. Desta forma, conclui-se que os preços praticados

pela empresa devem ser revistos, pois um percentual significativo de clientes

considerou este quesito como regular ou ruim.

Gráfico 15: Condições de pagamento Fonte: Dados primários (2009) No gráfico 15 procurou-se identificar qual a percepção dos clientes em

relação às condições de pagamento oferecidas pela empresa. Observa-se que 46%

dos clientes consideraram este quesito como bom, 35% consideram regular, 15%

excelente e 4% ruim. Isto demonstra que a empresa deve rever as condições de

pagamento oferecidas, pois uma importante parcela de clientes considerou as

condições de pagamento oferecidas pela empresa como regular ou ruim.

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Gráfico 16: Negociação Fonte: Dados primários (2009)

Neste quesito buscou-se identificar qual a percepção dos clientes em relação

à negociação. Desta forma, pode-se observar que 42% dos clientes avaliaram este

quesito com bom, 36% avaliaram como regular, 21% avaliaram como excelente e

apenas 1% analisaram com ruim. Desta maneira, pode-se concluir que a empresa

deve realizar melhorias no seu processo de negociação, pois um importante número

de clientes considerou este quesito como regular ou ruim.

Gráfico 17: Cortesia dos atendentes Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 17 procurou-se identificar qual a percepção dos clientes em relação à

cortesia dos atendentes. Observou-se no gráfico que a maior parte dos clientes

avaliou este quesito como excelente ou bom. Nenhum cliente analisou este quesito

como regular ou ruim.

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Gráfico 18: Agilidade no atendimento e resolução de problemas Fonte: Dados primários (2009)

Neste quesito procurou-se identificar qual a percepção dos clientes em

relação à agilidade no atendimento e resolução de problemas. Pode-se analisar que

a maior parte dos clientes, 65% analisam este quesito como bom, 24% excelente,

11% regular. Não houve registros de clientes que avaliassem este quesito como

ruim. Com isso, pode-se concluir que a empresa deve promover melhorias para que

seu atendimento e as resoluções de problemas sejam realizados de forma mais

ágeis, pois 11% dos clientes consideraram este quesito como regular.

Gráfico 19: Conhecimento dos produtos por parte dos atendentes Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 19 buscou-se identificar qual a percepção dos clientes em

relação ao conhecimento dos produtos por parte dos atendentes. Observou-se a

maioria dos clientes estão satisfeitos com este quesito, pois, 71% consideraram

como bom, 29% excelente. Nenhum cliente analisou este quesito como regular ou

ruim.

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Gráfico 20: Pós-venda Fonte: Dados primários (2009) No gráfico acima buscou-se identificar qual a percepção dos clientes em

relação ao pós-venda realizado pela empresa. Com estes resultados, observa-se

que uma parcela significante dos clientes considera o pós venda como bom, ou seja,

68% bom, 19% regular, 13% excelente. Nenhum cliente classificou este quesito

como ruim. Cabe ressaltar que 19% dos clientes consideraram este quesito como

regular o que deve ser revisto e aperfeiçoado pela empresa.

Gráfico 21: Localização da empresa Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 21 buscou-se observar qual a percepção dos clientes em relação à

localização da empresa. Observou-se que 56% dos clientes consideraram como

excelente e 43% consideraram boa. Cabe destacar, que nenhum cliente avaliou a

localização da empresa como regular ou ruim.

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Gráfico 22: Indicação da empresa para outras pessoas Fonte: Dados primários (2009)

Neste quesito buscou-se saber se os clientes indicariam a empresa para

outras pessoas. Desta forma, pode-se observar que 76% dos clientes Neste quesito

buscou-se saber se os clientes indicariam a empresa para outras pessoas. Desta

forma, pode-se observar que 76% dos clientes indicariam a empresa, 24%

indicariam às vezes, raramente e nunca não foi mencionado.

Gráfico 23: Procedência da madeira Fonte: Dados primários (2009)

No gráfico 23 buscou-se saber se a procedência da madeira é um fator

levado em consideração na hora do fechamento do negócio. Pode-se observar que

53% responderam sempre, 42% às vezes, 4% dos clientes raramente e apenas 1%

dos clientes nunca.

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Gráfico 24: Percepção em relação à empresa Fonte: Dados primários (2009) Pode-se analisar, neste gráfico, que a percepção dos clientes em relação à

empresa é muito boa, uma vez que 72% dos clientes consideraram este quesito

como bom e 26% excelente. Nenhum cliente avaliou este quesito com regular ou

ruim.

Gráfico 25: Qual fator a empresa deveria melhorar com mais urgência Fonte: Dados primários (2009)

Pode-se constatar através da pesquisa, que 60% dos clientes preferem que a

empresa proporcione mais agilidade na entrega dos orçamentos, 38% preferem que

a empresa faça mais promoções de materiais diversos, 1% preferem agilidade na

entrega de obras e produtos e 1% apontou melhora no atendimento. Nenhum cliente

mencionou outro fator. Desta maneira, é importante que a empresa estude soluções

para que haja mais agilidade na entrega de orçamentos e na promoção de materiais

diversos fatores que os clientes demonstram estar insatisfeitos.

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5 PLANO DE MARKETING PARA A MADEIREIRA J.A TEIXEIRA

5.1 RESUMO EXECUTIVO

A J.A Teixeira é uma empresa de pequeno porte que atua a mais de sete

anos na construção de obras rústicas, no varejo e transporte de diversos tipos de

madeiras.

A empresa visa aumentar seu número de clientes atendendo da melhor

maneira suas necessidades.

Desta maneira, foi desenvolvido um plano de marketing com estratégias para

conquistar novos clientes através da divulgação da empresa em diversas mídias,

além de estratégias para manter estes clientes oferecendo produtos e serviços de

qualidade.

5.2 A EMPRESA

A J.A Teixeira atua na construção de obras rústicas, no varejo e transporte de

diversos tipos de madeiras reflorestadas.

A empresa iniciou suas atividades no ano de 2000 na cidade de Tubarão

explorando basicamente o ramo de transportes e venda de madeiras.

No ano de 2001, inaugurou sua primeira filial na cidade de Biguaçu e passou

a explorar, além da venda e transportes de madeiras, o setor de construção civil e

especializou-se em obras rústicas utilizando madeiras autoclavadas..

Atualmente a empresa é especializada em vendas de madeiras advindas de

reflorestamento e na construção de obras rústicas.

A J.A Teixeira executa obras dentro e fora do estado, em estruturas com

madeiras roliças, deques, passarelas, casas rústicas, galpões crioulos, cercas

rústicas, mirantes, play grouds, entre outras.

A empresa atende tanto clientes pessoa física quanto clientes pessoas

jurídica. Os clientes pessoa física adquirem mais produtos e serviços com a

finalidade de construir residências, principalmente casas de praias e casas de

campo. Já os clientes pessoa jurídica, adquirem produtos e serviços para reformas e

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ampliação de seus estabelecimentos, que são em sua maioria restaurantes, resorts

e casas de eventos.

A J.A Teixeira apresenta como público-alvo pessoas de classe média à alta,

uma vez, que os produtos e serviços oferecidos são de alto custo, inacessível a

população de baixa renda.

A empresa vem investindo e melhorando seus processos com o objetivo de

oferecer aos seus clientes produtos e serviços de qualidade.

5.3 ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO

A análise do ambiente interno da empresa foi realizada com base na pesquisa

aplicada junto aos clientes e proprietário da empresa, além da compreensão da

autora deste trabalho.

Após realização da análise interna, foram identificados os pontos fortes e

pontos fracos da empresa.

5.3.1 Produto

Com o objetivo de tornar-se referência na venda de madeiras reflorestadas e

na construção de obras rústicas a J.A Teixeira oferece uma variedade de produtos e

serviços aos seus clientes,

Os principais produtos são o eucalipto roliço selecionado e padronizado de

todos os tamanhos e diâmetros, tanto em madeiras tratadas em autoclave como

madeiras cruas nas bitolas seguintes (medidas dos diâmetros - em centímetros): 5 a

10, 11 a 13, 14 a 17, 18 a 22, 23 a 26 e 27 a 30. A empresa ainda fornece réguas de

pinus autoclavado selecionadas para deque, forro de pinus autoclavado, estacas,

ripas, mourões, lenha para fogões e lareira e conectores anti-racha.

A J.A Teixeira também realiza construções de galpões, quiosques com palha

ou telhas, deques, pontes, passarelas, casas, play grounds ecológicos, escadas,

jardins, entre outros.

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5.3.2 Preço

A J.A Teixeira tem como base para a formação de preços os custos totais dos

materiais adquiridos, ou seja, seu preço inclui o custo de aquisição dos produtos, os

impostos, transporte, formando o preço. Porém é sempre feita pesquisa junto aos

concorrentes e caso o preço esteja muito acima são verificadas alternativas para

igualar este preço.

5.3.3 Praça

O canal utilizado pela J.A Teixeira para distribuição de seus produtos é

apenas um, que é sede da empresa localizada na cidade de Biguaçu na Rua Frank

Traebert, nº 4.400, Centro.

Os clientes da J.A Teixeira são oriundos principalmente das cidades da

Grande Florianópolis. A empresa ainda possui importantes clientes em outras

localidades do estado de Santa Catarina e alguns fora do estado.

5.3.4 Promoção

Atualmente a J.A Teixeira adota basicamente quatro estratégias para realizar

divulgação da empresa:

Placas de divulgação nas obras que executam;

Site;

Brindes personalizados;

Folders.

5.3.5 Pontos fortes e pontos fracos

A análise dos pontos fortes e dos pontos fracos da J.A Teixeira foi realizada

com base na análise do ambiente interno da empresa e em pesquisa aplicada junto

aos clientes da empresa.

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Pontos Fortes

Boa Localização

A J.A Teixeira está bem localizada, às margens da BR 101 no município de

Biguaçu na Rua Frank Traebert, nº 4.400, Centro, portanto, um local de fácil

visibilidade e acesso.

Variedade e qualidade dos produtos

Os produtos comercializados pela J.A Teixeira são bem variados, a empresa

oferece, desde eucalipto roliço selecionado e padronizado de diversos tamanhos e

diâmetros, tanto em madeiras tratadas em autoclave como madeiras cruas. Além de

pinus selecionados e autoclavados, escoras, estacas, ripas, mourões, lenha para

fogão e lareira e conectores anti-rachas. Todos os produtos oferecidos pela empresa

possuem grande rigor em sua classificação, as madeiras autoclavadas possuem

certificado de garantia e alto padrão de qualidade.

Qualidade dos serviços

A J.A Teixeira possui mão-de-obra qualificada com carpinteiros

especializados na construção de estruturas com madeiras roliças, como, deques,

passarelas, pontes, casas rústicas, galpões crioulos, cercas rústicas, mirantes, play

grouds, entre outras.

Bom Atendimento

Devido a estrutura da empresa ser bem enxuta, o atendimento dos clientes é

realizado pela secretária ou pelo o próprio proprietário da empresa. Os clientes são

bem recebidos e buscando soluções para cada tipo de necessidade.

Entrega ágeis dos produtos e de obras

A J.A Teixeira procura sempre priorizar a entrega de produtos e obras, buscando

sempre a entrega na data acordada. Para isto, a empresa possui caminhão próprio

para realizar entregas e uma equipe de carpinteiros especializados na realização

das obras, além de boas parcerias com fornecedores.

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Boa relação com fornecedores

A empresa possui diversos fornecedores e possui uma boa relação e pareceria

com todos eles.

Mão-de-obra especializada

A empresa possui três funcionários especializados na construção de estruturas

rústicas, a equipe ainda é composta por pedreiros, pintores e jardineiros.

Pontos Fracos

Falta de planejamento estratégico

Como a maioria das pequenas empresas do país a J.A Teixeira iniciou sem

nenhum planejamento prévio e continua trabalhando ainda hoje sem a utilização de

um planejamento estratégico. Como a empresa tem o objetivo de expandir nos

próximos anos, um planejamento estratégico passa a ser um fator fundamental para

alcançar seus objetivos.

Pouco investimento em divulgação

A J.A Teixeira investe pouco em divulgação o que impede que mais pessoas

tenham conhecimento dos seus produtos e serviços.

Condições de pagamento não competitivas

A J.A Teixeira não apresenta condições de pagamento competitivas em relação

aos seus concorrentes, isto se deve principalmente por serem empresas que atuam

há muito tempo neste mercado e, desta forma, possuem estruturas mais sólidas.

Realização do pós-venda é realizado informalmente

A empresa não possui um sistema de pós-venda formalizado para a venda de

madeiras avulsas ele é realizado apenas nas obras que são executadas.

Demora na entrega de orçamentos

Os orçamentos realizados pela empresa apresentam certa demora,

especialmente, os orçamentos relacionados a construções devido, sobretudo a falta

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de um projetista especializado. Os orçamentos de peças avulsas são entregues no

máximo em um dia.

Pontos Fortes

Pontos Fracos

Boa Localização

Variedade dos produtos

Qualidade dos serviços

Bom Atendimento

Entrega ágeis de produtos e de

obras

Boa relação com fornecedores

Mão-de-obra especializada

Falta de planejamento estratégico

Pouco investimento em divulgação

Preço e condições de pagamentos

não competitivos

Pós-venda é realizado de maneira

informal

Demora na entrega de orçamentos

Quadro 2 – Resumo das análises do ambiente interno Fonte: Dados primários 5.4 ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO

Na análise do ambiente externo, analisaram-se o macro ambiente, ou seja, as

variáveis econômicas, político-legais, tecnológicas e ambientais. Também foi

realizada a análise do microambiente que é composto por clientes, concorrentes e

fornecedores.

Após realização da análise externa, foram identificadas as oportunidades e as

ameaças deste ambientes.

5.4.1 Análise do macroambiente

5.4.1.1 Variáveis econômicas

A crise financeira que o mundo atravessa atualmente teve também seus

efeitos no Brasil. Podem-se apontar como algumas conseqüências a dificuldade em

se obter recursos financeiros. As grandes empresas que dependem de recursos

financeiros externo enfrentam grandes dificuldades em conseguirem linhas de

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créditos disponíveis, pois os bancos não liberam. Com esta dificuldade,

conseqüentemente, deixam de fazer investimentos no país comprometendo seus

projetos o que compromete a geração de empregos e, conseqüentemente, de renda

afetando também o poder de compra das pessoas.

De acordo com o IBGE, o emprego apresentou a quinta redução consecutiva

na comparação com o mês imediatamente anterior, já descontados os efeitos

sazonais. No confronto mensal (fev 09 / fev 08), houve queda de 4,2%, a maior

desde o início da série (2001). No acumulado no ano, o resultado também ficou

negativo (-3,4%).

Segundo dados do IBGE (2009) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo - IPCA do mês de março apresentou variação de 0,20% e ficou 0,35 pontos

percentual abaixo da taxa de 0,55% registrada no mês de fevereiro. Com esse

resultado, o primeiro trimestre do ano fechou em 1,23%, ficando abaixo da taxa de

1,52% relativa ao mesmo período de 2008. Considerando os últimos doze meses, o

resultado situou-se em 5,61%, também abaixo da taxa dos doze meses

imediatamente anteriores (5,90%). Em março de 2008, a taxa havia ficado em

0,48%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses também caiu, de

5,18% para 5,14%. Para 2009, a taxa recuou de 4,97% para 4,90%.

Dados apresentados pelo BCB (2009), mostram que a taxa Selic será mantida

inalterada durante o horizonte de previsão, em 11,25% a.a., valor decidido pelo

Copom em sua última reunião, em 10 e 11 de março, e que a taxa de câmbio

permanecerá em R$2,35/ US$.

Outro dado importante é o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi),

calculado pelo IBGE em convênio com a CAIXA, que ficou em 0,94% em março,

apresentando uma aceleração de 0,62 ponto percentual em relação a fevereiro

(0,32%). No ano, o acumulado ficou em 1,66% e em 11,67% nos últimos doze

meses. O índice atual superou o registrado em março de 2008 (0,84%) em 0,10

ponto percentual. Nos últimos doze meses, a variação de 11,67% ficou pouco acima

dos 11,55% registrados nos doze meses imediatamente anteriores (IBGE, 2009).

No setor madeireiro, o cultivo de florestas no Brasil passou a ter expressão

somente a partir da década de 60, quando da criação, pelo governo federal, dos

incentivos fiscais para reflorestamento. Levantamentos recentes apontam a

existência de 4,8 milhões de hectares plantados com pínus e eucalipto no Brasil, as

duas espécies florestais cultivadas de maior interesse econômico. (EPAGRI, 2009)

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O setor florestal brasileiro contribui com uma parcela importante para a

economia brasileira, gerando produtos para consumo direto ou para exportação,

gerando impostos e empregos para a população e, ainda, atuando na conservação e

preservação dos recursos naturais. Existem oito cadeias produtivas que exploram o

patrimônio florestal: chapas e compensados, óleos e resinas; fármacos; cosméticos;

alimentos; carvão, lenha e energia; papel e celulose; madeira e móveis (REMADE,

2000).

Na exportação, o setor tem participação de cerca de 7% do valor total,

contribuindo com 9 bilhões de dólares por ano e dado ao saldo inexpressivo de

importações do setor, a economia florestal tem sido, historicamente, responsável por

um dos cinco maiores saldos comerciais positivos do país. Quanto à geração de

empregos, é responsável por 9% da população economicamente ativa. Graças ao

domínio tecnológico da silvicultura e às vantagens ambientais, as florestas plantadas

alcançam tamanho de corte entre 12 e 14 anos, onde a idade de corte para o

eucalipto chega a ser de 5 a 7 anos, para algumas regiões(REMADE, 2009).

O PIB Florestal responde por 3% do PIB nacional, perfazendo um total superior

a US$ 30 bilhões, com destaque de três setores:papel e celulose, carvão vegetal e

siderurgia, madeira e móveis (REMADE, 2009).

5.4.1.2 Variáveis político-legais

As leis e políticas de um país afetam a sociedade, as empresas e o mercado

no qual ela está inserida. Desta maneira, as decisões de marketing também podem

ser afetadas por possíveis modificações no ambiente político.

Em relação à situação política do país, pode-se observar que no decorrer dos

anos houve diversas discussões interferindo no interesses de muitas empresas. Um

exemplo disto são as leis ambientais, que cada dia mais vem ganhando força e

importância.

No contexto atual, as leis ambientais estão cada dia mais ganhando

evidência, desta forma, as empresas devem estar atentas e se enquadrarem às

exigências estabelecidas nas leis ambientais.

O setor madeireiro é afetado diretamente por estas leis, uma vez, que há o

aumento do desmatamento das florestas e o extrativismo ilegal. Além disto, este

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mercado sofre influências de diversos órgãos governamentais, como o Ministério do

Meio Ambiente e o IBAMA.

É importante destacar que as exigências legais ou exigências estabelecidas

nas leis ambientais não devem ser interpretadas como entraves, mas sim, como

fatores para as empresas obterem vantagem competitiva.

5.4.1.3 Variáveis tecnológicas

O ambiente tecnológico está cada dia mais dinâmico, a todo momento há o

surgimento de novas tecnologias. A velocidade nos avanços tecnológicos é muito

grande o que pode tornar uma tecnologia usada hoje em ultrapassada amanhã.

Dentro deste contexto, as organizações, de um modo geral, necessitam

acompanhar essas revoluções tecnológicas e estarem preparadas para competir nos

mercados em que atuam, visando obter vantagem competitiva e, conseqüentemente,

o lucro.

De acordo com SEBRAE (2009), na sociedade de hoje, onde mercado,

produtos, serviços, processos produtivos, tecnologias e organizações estão sujeitos a

freqüentes mudanças e a exigências cada vez maiores por sofisticação e

personalização, a inovação e a tecnologia convertem-se em fontes essenciais para

vantagens competitivas e sustentadas. Estas tecnologias proporcionam a base para

desenvolvimento e o crescimento econômico e o aumento da competitividade das

empresas.

A J.A Teixeira está inserida em um mercado onde o uso da tecnologia está

presente em grande parte do processo, ou seja, desde o momento em que a madeira

é retirada da plantação até o seu beneficiamento em usinas de tratamento e a venda

para consumidores finais ou madeireiras. Para o processo de negociação de venda,

transporte ou serviços ainda são utilizados mais tecnologias como, por exemplo,

internet, telefones, e equipamentos como moto-serra. A empresa ainda utiliza

softwares como o AutoCAD para realização de projetos diversos.

Cabe destacar também, um dos importantes avanços tecnológicos dos

últimos tempos, a internet, que proporcionou as pessoas e também as organizações

uma nova maneira de comunicação.

Atualmente, qualquer empresa que queira manter-se competitiva no mercado,

mesmo as pequenas, devem estar posicionadas na internet, pois esta passou a ser

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uma ferramenta fundamental para as empresas se relacionarem com fornecedores e

clientes.

5.4.1.4 Variáveis ambientais

Nos últimos, anos as agressões contra a natureza vêm aumentando cada vez

mais. O meio ambiente vem sendo degradado de vários modos, desde o uso

excessivo de água, de energia elétrica, poluição do ar, do solo, da água, etc. Neste

contexto, cada dia mais a questão ambiental assume um papel importante na

sociedade, com repercussões importantes também no dia-a-dia das organizações.

Com isso, muitas empresas estão se adaptando, elaborando produtos e utilizando

processos ecologicamente corretos.

Neste novo cenário, é de extrema importância que as empresas estudem e

desenvolvam novas formas de amenizar seus impactos sobre o meio ambiente.

Cabe ressaltar, que diversas empresas têm nesse processo importantes fatores que

possibilitam a obtenção de vantagens econômicas e não somente atender as

exigências legais ou as exigências estabelecidas nas leis ambientais.

No cenário atual o perfil dos consumidores está se modificando e demanda

por produtos cultivados ou fabricados de maneira ecologicamente corretos vem

aumentando a cada dia. Produtos e serviços que agridem o meio ambiente

começam a ser deixados de lado pelos consumidores. Outro fato importante que

cabe destacar è o fato de diversas empresas, principalmente, importadores estão

exigindo a certificação ambiental, nos moldes da ISO 14.000, uma norma

internacional que especifica um processo para controlar e melhorar o desempenho

ambiental de uma empresa, ou mesmo certificados ambientais como, por exemplo,

para produtos têxteis, madeiras, cereais, frutas, etc. Tais exigências são voltadas

para a concessão do “Selo Verde”, mediante a rotulagem

A necessidade de integrar a empresa ao meio ambiente tem exigido, em

determinados ramos industriais, o desenvolvimento de ações administrativas para

viabilizar essa integração.

A utilização de madeiras provenientes de reflorestamento apesar de não ser

uma alternativa economicamente atraente, principalmente porque a mão de obra

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para este tipo de trabalho é mais cara, porém do ponto de vista ambiental, esta vem

se tornando uma opção cada dia mais presente.

A J.A Teixeira é uma empresa que se preocupa com as questões ambientais,

por isso, a empresa fornece madeiras exclusivamente de reflorestamento, ou seja,

são madeiras advindas de florestas plantadas com o objetivo de produção de

madeira e apresentam curto ciclo de crescimento.

5.4.2 Análise do microambiente

5.4.2.1 Clientes

Os clientes da J.A Teixeira são oriundos principalmente das cidades da

Grande Florianópolis. A empresa ainda possui importantes clientes em outras

localidades do estado de Santa Catarina e alguns fora do estado.

A J.A Teixeira atende pessoas que procuram produtos e serviços com a

finalidade de construir residências, principalmente casas de praias e casas de

campo. Além disso, atende empresas que adquirem produtos e serviços para

reformas e ampliação de seus estabelecimentos, que são em sua maioria

restaurantes, resorts e casas de eventos.

5.4.2.2 Concorrentes

Em nível local, em termos de venda de madeiras reflorestadas e construções

de obras rústicas, a J.A Teixeira é a única empresa que atua no município de

Biguaçu. Os principais concorrentes da empresa estão localizados em outros

municípios.

A empresa apresenta um número pequeno de concorrentes, porém, muito

fortes. Desta maneira, a empresa busca melhorar seu posicionamento estratégico

com o intuído de manter-se competitiva no mercado em que atua.

Para este setor, a empresa considera como seus principais concorrentes a

Madeireira Florianópolis, Ecopine Madeiras Tratadas que estão localizadas em

Florianópolis, e a Terra Sol Madeira Reflorestada e Tratada, localizada na cidade de

Imbituba.

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As três empresas atuam há muito tempo neste mercado, há mais de 10 anos.

Portanto, são empresas com estruturas mais sólidas investem em divulgação da

empresa, possuem preços mais competitivos, boas condições de pagamento.

Desta maneira, percebe-se que são necessárias algumas ações de marketing

para a J.A Teixeira com a finalidade adquirir um diferencial competitivo frente aos

seus concorrentes.

Cabe evidenciar que estes aspectos foram identificados através de pesquisas,

percepção da pesquisadora e de conversas informais com o proprietário da

empresa.

5.4.2.3 Fornecedores

Os principais fornecedores da empresa são:

Augustinho May (madeiras)

Madeireira Barra do Norte (madeiras)

Madeireira Sorocaba (madeiras)

Madeireira Espanha( madeiras)

Tratasul (madeiras)

Transmad (madeiras)

JMB Ind. E Com. (conectores anti-rachas)

Gang –Nail do Brasil (conectores anti-rachas)

5.4.2.4 Ameaças e oportunidades

Oportunidades

Preocupação das pessoas com as questões ambientais

A questão ambiental está cada vez mais assumindo um papel importante na

sociedade, com repercussões importantes também no dia-a-dia das organizações.

Desta forma, é necessário que as empresas estejam atentas a estas mudanças e se

adaptem à nova realidade.

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Avanços tecnológicos

Mecanismo como a internet são fatores importantes para divulgação da empresa

e comunicação com clientes. Além disso, os tratamentos que são desenvolvidos

para o beneficiamento de madeiras estão a todo o momento sendo desenvolvidos e

aprimorados.

Aumento de pessoas indo residir no campo

Nos últimos tempos, pode-se perceber um aumento de pessoas que possuem

casas de campo ou estão deixando a cidade para residirem no campo. Estas

pessoas, em sua maioria, optam por casas de madeiras no estilo rústicas o que se

torna uma oportunidade para empresas que trabalham neste segmento.

Construção civil

O setor de construção está em crescimento nos últimos anos devido,

principalmente á incentivos do governo federal. Isto proporciona importantes

oportunidades para empresas que trabalham neste setor.

Preocupação com meio ambiente

Atualmente o perfil dos consumidores está se modificando e demanda por

produtos cultivados ou fabricados de maneira ecologicamente corretos está

aumentado a cada dia. Desta maneira, conseqüentemente, a procura por madeiras

reflorestadas vem aumentando também.

Ameaças

Crise mundial

Redução do poder de compra dos consumidores devido à crise na economia

mundial que também teve seus efeitos no país.

Concorrentes bem estabelecidos

Os concorrentes da empresa estão em média a 10 anos atuando no mercado,

desta maneira, possuem uma estrutura mais sólida.

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Falta de mão-de-obra especializada no mercado

O mercado de construção de obras rústicas possui pouca mão-de-obra

especializada no mercado, o que se torna uma ameaça à empresa.

Ameaças

Oportunidades

Crise mundial

Concorrentes bem estabelecidos

Falta de mão-de-obra especializada

no mercado

Avanços tecnológicos

Aumento de pessoas indo morar no

campo

Crescimento do setor de construção

civil

Preocupação com meio ambiente

Quadro 3 – Resumo das análises do ambiente externo Fonte: Dados primários

5.4.3 Análise da entrevista com o gestor da organização

Com a entrevista realizada com o proprietário da empresa J.A Teixeira pode-

se observar a sua visão em relação a alguns aspectos da empresa.

Em relação aos produtos e serviços oferecidos pela a empresa o proprietário

comentou que todos os produtos oferecidos possuem grande rigor em sua

classificação, as madeiras autoclavadas possuem certificado de garantia e alto

padrão de qualidade. Já em relação aos serviços prestados, a empresa possui

profissionais capacitados para prestar o melhor trabalho com acabamento e

qualidade.

Sobre os preços praticados, afirma que a empresa busca sempre igualar ou

diminuir seus preços de acordo com os concorrentes. Quanto à negociação é

facilitada, mesmo que pouco parcelada, sempre buscam atender as necessidades

dos seus clientes.

Questionado sobre o planejamento, o proprietário revelou que não houve

planejamento prévio para a abertura da empresa, porém, mencionou que atualmente

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na área financeira o planejamento é feito trimestralmente. Quanto ao estoque,

apesar de não possuírem um controle formalizado, sempre estão atentos às

necessidades do pátio. O planejamento de obras é feito diariamente com um

controle rígido, para que não haja nenhuma falha nos prazos das obras em

execução. Já em relação ao planejamento estratégico a empresa não possui.

Para que a empresa tenha um bom desempenho no mercado o proprietário

menciona que devem ser realizados investimentos em todas as áreas, padronização

dos serviços e procedimentos internos, manter um estoque fixo para que a empresa

não deixe de vender por falta de produtos, possuir um planejamento econômico e

financeiro para futuro próximo e trabalhar na divulgação da empresa.

O gestor ainda ressalta que se a empresa não se adequar a certos padrões

de qualidade certamente enfrentará dificuldades no mercado em que atua. Desta

forma, se a empresa buscar excelência no atendimento, no padrão dos serviços

prestados e investir diretamente na empresa, ela poderá passar de micro para média

empresa em poucos anos, e o crescimento tende a continuar.

5.5 OBJETIVOS E METAS DE MARKETING

A seguir serão apresentados os objetivos e as metas de marketing

estabelecidos para a consolidação deste plano:

5.5.1 Objetivos

O objetivo definido consiste em propor estratégias de marketing com a

finalidade de ampliar a participação da J.A Teixeira no mercado de vendas de

madeiras reflorestadas e construção de obras rústicas no estado de Santa Catarina.

5.5.2 Metas

Aumentar em 30% a participação da J.A Teixeira no mercado

Investir na divulgação da empresa

Captação de novos clientes

Retenção de clientes

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5.6 ESTRATÉGIAS DE MARKETING

Nesta etapa do plano serão apresentadas as estratégias estabelecidas que

levarão a consolidação dos objetivos e metas traçados neste plano.

Divulgação da empresa;

Fortalecimento da imagem da empresa junto aos clientes;

Conquistar clientes da iniciativa pública no estado de Santa Catarina;

Renovação do site da empresa

Agilidade na entrega de orçamentos;

Melhoramento do pós-venda.

5.7 AVALIAÇÃO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS

O proprietário da J.A Teixeira não divulgou os recursos disponíveis para a

implantação do plano de marketing, pois a empresa não destina uma reserva de

capital específica para o marketing da empresa. Porém, este plano será apresentado

e analisado juntamente com o proprietário da empresa que já demonstrou interesse

em implantar brevemente algumas ações do plano.

5.8 PLANO DE AÇÃO

Após a definição das estratégias de marketing a seguir será apresentado o

plano de ação para a implementação destas estratégias.

Estratégia A: Divulgação da empresa

Ação A1: Participar de eventos relacionados ao ramo de atuação;

Ação A2: Patrocinar eventos ligados ao segmento de atuação;

Ação A3: Anúncios em revistas do setor de construção civil e do setor

madeireiro;

Ação A4: Realizar divulgação da empresa em jornais de Santa Catarina;

Ação A5: Realizar anúncio da empresa em rádios de Santa Catarina;

Ação A6: Colocar placas de divulgação em lugares estratégicos.

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Estratégia B: Fortalecimento da imagem da empresa junto aos clientes.

Ação B1: Elaborar newsletter mensal e encaminhar via e-mail para os clientes;

Ação B2: Definição dos conteúdos que irão compor a newsletter;

Ação B3: Oferecer benefícios e descontos aos clientes potenciais.

Estratégia C: Renovação o site da empresa

Ação C1: Renovar o layout do site;

Ação C2: Criação de links informativos no site;

Ação C3: Colocar o site de forma eficiente nos mecanismos de buscas;

Ação C4: Atualizar mensalmente as fotos de obras no site.

Estratégia D: Conquista de clientes da iniciativa pública no estado de Santa

Catarina

Ação D1: Participação de licitações públicas;

Ação D2: Contratação de um estagiário;

Ação D3: Divulgação da vaga;

Ação D4: Entrevistas;

Ação D5: Treinamento;

Ação D6: Cadastramento da empresa nos órgãos públicos;

Ação D7: Acompanhamento de abertura de licitações.

Estratégia E: Agilidade na entrega de orçamentos

Ação E1: Padronização das planilhas orçamentárias;

Ação E2: Padronização da estrutura dos orçamentos;

Ação E3: Treinamento para capacitação de análise de projetos;

Ação E4: Assistência técnica para elaboração de orçamentos específicos.

Estratégia F: Melhoramento do pós-venda

Ação F1: Contatar todos os clientes que adquirirem produtos ou serviços;

Ação F2: Visitar todas as obras executadas;

Ação F3: Cadastrar as informações recebidas para manter um controle sobre

as prestações de serviços e venda de produtos;

Ação F4: Analisar as informações recebidas por meio de relatórios mensais.

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Tabela 2 – Plano de ação Fonte: Dados primários

PLANO DE AÇÃO

Estratégia A - Divulgação da empresa

Ação Quem (responsável) Quando Quanto (R$)

A1 Proprietário A partir Setembro R$ 500,00 A2 Proprietário A partir Setembro R$ 1.000,00

A3 Auxiliar Administrativo A partir Setembro R$ 2.500,00

A4 Auxiliar Administrativo A partir Setembro R$ 2.000,00

A5 Auxiliar Administrativo A partir de Setembro R$ 1.800,00 A6 Proprietário Setembro a Dezembro R$ 1.300,00

Estratégia B - Fortalecimento da imagem da empresa junto aos clientes

Ação Quem (responsável) Quando Quanto (R$)

B1 Auxiliar Administrativo A partir de Setembro Sem custo

B2 Auxiliar Administrativo A partir de Setembro Sem custo

B3 Proprietário e Aux. Administrativo A partir de Setembro Sem custo Estratégia C - Renovação do site da empresa

Ação Quem (responsável) Quando Quanto (R$)

C1 Empresa especializada A partir de Setembro R$ 500,00

C2 Empresa especializada A partir de Setembro R$ 500,00

C3 Auxiliar Administrativo A partir de Setembro R$ 300,00

C4 Auxiliar Administrativo De imediato Sem custo

Estratégia D - Conquista de clientes da iniciativa pública no estado de Santa Catarina

Ação Quem (responsável) Quando Quanto (R$)

D1 Auxiliar Administrativo A partir de Setembro Sem custo

D2 Proprietário De imediato R$ 400,00

D3 Auxiliar Administrativo De imediato Sem custo D4 Auxiliar Administrativo De imediato Sem custo D5 Auxiliar Administrativo De imediato Sem custo D6 Estagiário A partir de Setembro Sem custo

D7 Estagiário A partir de Setembro Sem custo Estratégia E - Agilidade na entrega de orçamentos

Ação Quem (responsável) Quando Quanto (R$) E1 Auxiliar Administrativo A partir de Setembro Sem custo E2 Auxiliar Administrativo A partir de Setembro Sem custo E3 Empresa Especializada A partir de Outubro R$ 1.200,00 E4 Engenheiro A partir de Outubro R$ 1.500,00

Estratégia F – Melhoramento do pós-venda Ação Quem (responsável) Quando Quanto (R$)

F1 Estagiário A partir de Setembro Sem custo

F2 Proprietário A partir de Setembro R$ 200,00

F3 Estagiário A partir de Setembro Sem custo F4 Proprietário e Aux. Administrativo A partir de Setembro Sem custo

Custo Total Estimado (R$) R$ 13.200,00

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5.7 IMPLEMENTAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE

O plano de marketing será apresentado e estudado juntamente com o

proprietário da empresa para que, desta forma, seja realizado os ajustes

necessários antes da sua implantação.

A validade deste plano de marketing será de 1 (um) ano após a sua

implementação, sendo necessárias pequenas adaptações no decorrer de sua

vigência, devido às constantes mudanças do mercado.

Para realizar a avaliação e o controle deste plano serão realizadas novas

pesquisas junto aos clientes, análise do mercado e reuniões na empresa. A

avaliação e o controle do plano têm como principal objetivo mensurar os resultados

da empresa e verificar se os objetivos e as metas de marketing estabelecidos

através do plano foram concretizados.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto atual, as organizações encontram-se inseridas em um ambiente

turbulento, desta forma, o processo de planejamento precisa ser participativo,

flexível e dinâmico.

Para que uma organização seja bem sucedida é fundamental que saiba se as

necessidades e os desejos de seus clientes estão sendo bem atendidos e também

devem procurar identificar quais serão suas necessidades e seus desejos futuros em

função das mudanças ambientais. Empresas bem sucedidas são aquelas que estão

voltadas à satisfação dos seus clientes, oferecendo bons produtos e serviços de

qualidade.

Com a elaboração deste trabalho pode-se concluir que o plano de marketing é

uma importante ferramenta que o administrador deve utilizar, pois ele serve para

orientar as diversas ações da empresa o que torna-se fundamental para o sucesso

de qualquer organização.

Através do estudo de vários autores e ferramentas de marketing mencionados

neste trabalho, foi elaborado um plano de marketing para a J.A Teixeira Madeiras,

que teve como principal finalidade definir estratégias para fortalecer a imagem da

empresa no mercado em que atua.

Primeiramente, para conhecer a percepção dos clientes em relação J.A

Teixeira, foi aplicado um questionário com os clientes potenciais da empresa e pôde-

se identificar alguns aspectos positivos e outros negativos na visão destes clientes.

Alguns pontos identificados como positivos foram à boa localização da empresa,

variedade dos produtos, qualidade dos serviços, bom atendimento, entrega ágeis

dos produtos e obras. Foram identificados ainda os pontos negativos da empresa

como o preço, condições de pagamento, negociação, demora na entrega de

orçamentos e resoluções de problemas. Após isto, foi realizada uma entrevista com

o proprietário da empresa. Realizou-se, ainda, o diagnóstico do ambiente interno e

externo, onde verificaram-se os principais pontos fortes e fracos da organização,

além disso, verificaram-se as principais oportunidades e ameaças existem no

ambiente externo.

Posteriormente, com o intuito de atingir o objetivo estabelecido elaboraram-se

seis estratégias: divulgação da empresa, fortalecimento da imagem da empresa

junto aos clientes, renovação do site da empresa, conquista de clientes da iniciativa

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pública no estado de Santa Catarina; agilizar a entrega de orçamentos, melhorar o

pós-venda.

O plano de marketing proposto procurou estabelecer estratégias que

permitam que a empresa J.A Teixeira tenha condições de obter maior desempenho

no mercado em que atua e, conseqüentemente maiores resultados financeiros.

Pode-se concluir que os objetivos do trabalho foram contemplados, pois agora

a empresa possui um plano que irá permitir que ela ganhe mais visibilidade no

mercado em que está inserida. O plano de marketing trata-se de um trabalho

contínuo e de longo prazo o que irá servir para dar uma nova fase à organização.

As limitações encontradas estão relacionadas à realização da pesquisa junto

aos clientes, pois a acadêmica teve dificuldades no retorno de questionários

respondidos tendo que procurar alternativas para finalizar a pesquisa. Outra

limitação é o fato de a acadêmica não trabalhar na empresa e, desta forma, conciliar

trabalho em outra empresa, estudo e a realização do trabalho.

A elaboração deste trabalho foi muito importante para a formação da

acadêmica, uma vez, que proporcionou uma situação real de um trabalho e uma

oportunidade significativa de pôr em prática teorias estudadas durante o curso de

administração.

Após a realização deste estudo sugere-se que sejam desenvolvidos na

organização um Planejamento Estratégico, Controle de Estoque, Planejamento de

vendas.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

Questionário com os clientes potenciais

Esta é uma pesquisa anônima de caráter acadêmico, elaborado por uma

aluna do curso de administração da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.

Esta pesquisa tem o intuito de obter dados que serão utilizados para realização do

trabalho de conclusão de curso na área Marketing.

Desta forma, solicitamos sua colaboração em responder este questionário

com total sinceridade. Desde já, agradecemos a sua compreensão.

1. Tipo de pessoa:

( ) Pessoa Física ( ) Pessoa Jurídica

2. Se for Pessoa Física informar: Sexo

( ) Masculino

( ) Feminino

Faixa etária ( ) Até 30 anos

( ) De 46 a 65 anos

( ) De 31 a 45 anos

( ) Acima de 65 anos

Renda média familiar em R$:

( ) Até R$ 900,00

( ) De R$ 5.500,00 a R$ 8.500

( ) De R$ 900,00 a R$ 2.500,00

( ) De R$ 2.500,00 a R$ 5.500,00

( ) Mais de 8.500,00

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3. Se for Pessoa Jurídica informar: O ramo de atividade ( ) Comércio

( ) Eventos

( ) Construção civil

( ) Hoteleiro

( ) Outro. Qual?____________________ Porte da Empresa ( ) Micro empresa

( ) Pequena empresa

( ) Média empresa

( ) Grande empresa

4. Localidade:

( ) Biguaçu ( ) Florianópolis

( ) Antônio Carlos ( ) Palhoça

( ) Gov. Celso Ramos ( ) São José

( ) Outra. Qual?____________________________

5. Como você ficou conhecendo a J.A Teixeira?

( ) Indicações ( ) Amigos

( ) Internet ( ) Lista telefônica

( ) Mala direta

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6. Qual sua percepção sobre os itens abaixo:

Quanto ao atendimento

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Cortesia dos atendentes

( )

( )

( )

( )

Agilidade no atendimento e resolução de eventuais problemas

( )

( )

( )

( )

Conhecimento dos produtos por parte dos atendentes

( )

( )

( )

( )

O pós-venda realizado

( )

( )

( )

( )

Quanto aos produtos e serviços oferecidos

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Variedade dos produtos

( )

( )

( )

( )

Qualidade dos serviços

( )

( )

( )

( )

Preço dos produtos e serviços

( )

( )

( )

( )

Condições de pagamento

( )

( )

( )

( )

Negociação

( )

( )

( )

( )

Quanto à entrega dos produtos e obras executadas

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Cordialidade dos entregadores ou Carpinteiros

( )

( )

( )

( )

Rapidez na entrega

( )

( )

( )

( )

Pontualidade na entrega

( )

( )

( )

( )

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7. Como você avalia a localização da empresa?

8. Você indicaria a empresa para outra pessoa?

7. Na hora da compra você leva em consideração o fato de os materiais oferecidos pela empresa serem ecologicamente corretos?

8. De forma geral, qual a sua percepção em relação à empresa J.A Teixeira

Madeiras e Transportes Ltda.?

Excelente Boa Regular

Ruim

9. Dos itens abaixo qual você acha que a empresa J.A Teixeira deveria fazer com mais urgência?

Melhorar atendimento

Realizar promoções de materiais diversos

Agilidade na entrega de orçamentos

Agilidade na entrega dos produtos e obras

Outros

Qual?________________________________________

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Sempre

Ás vezes

Raramente

Nunca

Sempre

Ás vezes

Raramente

Nunca

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APÊNDICE B

Entrevista realizada com o gestor da organização

1. Quais ações a empresa utiliza para divulgação?

2. Como você avalia o atendimento realizado?

3. Como você avalia os preços e condições de pagamento praticado pela

empresa?

4. Como você avalia a qualidade dos produtos e serviços?

5. O que você acha fundamental para a empresa crescer no mercado?

6. Como é realizado o planejamento da empresa?

7. Como você visualiza a empresa no futuro?

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