proposta de um método para definição de requisitos de sistemas plm

183
Tese apresentada à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ciências no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Aeronáutica e Mecânica, Sistemas Aeroespaciais e Mecatrônica. Alex Sandro de Araújo Silva PROPOSTA DE UM MÉTODO PARA DEFINIÇÃO DE REQUISITOS DE SISTEMAS PLM ( PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT) Tese aprovada em sua versão final pelos abaixo assinados: Prof. Luís Gonzaga Trabasso Orientador Prof. Celso Massaki Hirata Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Campo Montenegro São José dos Campos, SP – Brasil. 2011

Upload: duongtuyen

Post on 29-Jan-2017

227 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

Tese apresentada à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ciências no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Aeronáutica e Mecânica, Sistemas Aeroespaciais e Mecatrônica.

Alex Sandro de Araújo Silva

PROPOSTA DE UM MÉTODO PARA DEFINIÇÃO DE REQUISITOS DE

SISTEMAS PLM (PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT)

Tese aprovada em sua versão final pelos abaixo assinados:

Prof. Luís Gonzaga Trabasso

Orientador

Prof. Celso Massaki Hirata

Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Campo Montenegro

São José dos Campos, SP – Brasil.

2011

Page 2: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

ii

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Divisão de Informação e Documentação Silva, Alex Sandro de Araújo Proposta de um método para definição de requisitos de sistemas PLM (Product Lifecycle Management)/ Alex Sandro de Araújo Silva. São José dos Campos, 2011. 182 f. Tese de doutorado – Engenharia Aeronáutica e Mecânica Sistemas Aeroespaciais e Mecatrônica – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, 2011. Orientador: Luís Gonzaga Trabasso, PhD. 1. Product Lifecycle Management. 2. Requisitos. 3. Ciclo de vida do produto. I. Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial. Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Divisão de Engenharia Mecânica e Aeronáutica. II.Título

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SILVA, Alex Sandro de Araújo. Proposta de um método para definição de requisitos de sistemas PLM (Product Lifecycle Management). 2011. 182 f. Tese de Doutorado – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos.

Proposta de um método para definição de requisitos de sistemas PLM (Product Lifecycle Management)

CESSÃO DE DIREITOS

ALEX SANDRO DE ARAUJO SILVA TÍTULO DO TRABALHO: Proposta de um método para definição de requisitos de sistemas PLM (Product Lifecycle Management) TIPO DO TRABALHO/ANO: Tese de Doutorado/ 2011

É concedida ao Instituto Tecnológico de Aeronáutica permissão para reproduzir cópias desta tese e para emprestar ou vender cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta tese pode ser reproduzida sem a sua autorização (do autor).

___________________________

Alex Sandro de Araújo Silva

Rua Francisca Maria de Jesus, 340, ap. 92 – Florada de São José

São José dos Campos, SP.

CEP 12230-083

Page 3: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

iii

PROPOSTA DE UM MÉTODO PARA DEFINIÇÃO DE REQUISITOS DE

SISTEMAS PLM (PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT)

Alex Sandro de Araújo Silva

Composição da Banca Examinadora:

Prof. Geilson Loureiro, PhD Presidente–INPE

Prof. Luís Gonzaga Trabasso, PhD Orientador–ITA

Prof. Cristiano Ferreira Vasconcellos, Dr. – UFSC

Eng. Paulo de Mello Lourenção, Dr. – EMBRAER

Prof.(a) Ligia Soto Urbina, Dra. – ITA

ITA

Page 4: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

iv

Sou cabra da pesteSou cabra da pesteSou cabra da pesteSou cabra da peste

Eu sou cabra de uma terra que o povo padece Mas nuca esmorece, procura vencê, Da terra adorada, que a bela cabôca De riso na bôca zomba no sofrê Não nego o meu sangue, não nego meu nome, Olho para fome e pergunto: O que há? Eu sou brasilêro fio do Nordeste, Sou Cabra da Peste, sou do Ceará.

Patativa do Assaré

Page 5: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

v

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a todas as pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar

e por isso não desenvolveram todo o seu potencial como humano e intelectual.

Consequentemente, estão à margem da sociedade brasileira. Tudo que tenho de bom devo ao

meu estudo.

Page 6: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

vi

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar forcas e inspiração nessa jornada e a minha esposa

Fernanda por me apoiar incondicionalmente nessa etapa final e até corrigir o português do

trabalho.

Gostaria de agradecer a muitas outras pessoas, a meu orientador Prof. Gonzaga pela

paciência e sabedoria, ao Prof. Jefferson pela amizade e estímulo nos estudos de doutorado e

aos demais colegas do CCM: Janaina, Zanata, Anne, Victor, Juliano, Wilson, Eguti, Borille,

Guilherme, Jacson, muito obrigado a todos vocês, pois de alguma forma me ajudaram a

terminar esse trabalho, seja por uma conversa de corredor, seja por um sorriso de bom dia.

Afinal o que na vida vale mais? A amizade que tenho por todos vocês durará o resto de minha

vida.

Além disso, gostaria de agradecer a empresa SIEMENS PLM por abrir suas portas a

minha pesquisa. Concedendo-me informações valiosas sobre o mercado, dificuldades

encontradas, sobre o processo de implantação de seu portfólio e desafios do PLM no Brasil.

Pelos diversos treinamentos que pude participar, não participei de mais treinamentos por falta

de tempo. Gostaria de agradecer a todas as pessoas da SIEMENS PLM que troquei algumas

palavras sobre PLM. Em especial ao Sr. Paulo Oliveira (Paulinho) e Sr. Roberto Novak que

foram fundamentais para obtenção de informações sobre ferramentas, mercado e tudo que

precisei saber sobre PLM.

Aproveito também para agradecer a diretoria Regional do SENAI BA, na pessoa do

senhor Leone Peter, por permitir a aplicação do método nos processos de negócio do SENAI

CIMATEC.

Page 7: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

vii

RESUMO

A proposta desse trabalho é desenvolver o método REQ4PLM para auxiliar empresas no

processo de definição de requisitos para seleção de sistemas PLM. No método proposto, os

processos do ciclo de vida do produto são modelados e analisados para identificação de

stakeholders, seus interesses e indicadores de desempenho. Feito isso, o método proporciona a

determinação dos diversos requisitos necessários definição de um sistema PLM por meio da

modelagem em um nível de abstração satisfatório, em linguagem SysML, de um sistema sócio

técnico composto por processos, software e seus usuários. Após sua a definição, o método é

demostrado em um ambiente de desenvolvimento de produtos. O método desenvolvido e sua

demonstração são discutidos de forma a analisar a aplicabilidade do método, vantagens e

desvantagens e seu posicionamento na literatura encontrada sobre o tema. Ao final do

trabalho os resultados são analisados conjuntamente aos objetivos estabelecidos inicialmente,

bem como, são apresentadas sugestões para trabalhos futuros no tema abordado.

Page 8: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

viii

ABSTRACT

The purpose of this work is to develop the REQ4PLM method that will help

companies in the process of defining requirements for the selection of PLM systems. In the

proposed method, the product life cycle processes are modeled and analyzed to identify

stakeholders, their interests and performance indicators. After that, the method provides the

determination of the various requirements definition of a PLM system by modeling a suitable

level of abstraction, in SysML language, a socio-technical system composed of processes,

software and its users. After its definition, the method is demonstrated in a product

development environment. The method developed and its demonstration are discussed in

order to analyze the method's applicability, advantages and disadvantages, and its position

found in the literature on the subject. At the end of the thesis the results are analyzed together

to set goals initially and are given suggestions for future work on the theme.

Page 9: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

ix

LISTA DE FIGURAS

Figura 2-1: Mapa de valor – PLM adaptado de (GRIEVES, 2006) ......................................... 39

Figura 2-2: Perspectivas abordadas na modelagem de processos ............................................ 43

Figura 2-3: Elementos do IDEF0 utilizados para identificar stakeholders .............................. 55

Figura 2-4: Relacionamento entre requisitos e modelagem de sistemas. Adaptado de (HULL,

et al., 2005) ............................................................................................................................... 62

Figura 2-5: Diagrama de contexto de um sistema e interação entre funcionalidades (HULL, et

al., 2005) ................................................................................................................................... 63

Figura 2-6: Interseção da UML 2.0 e SysML (Fonte: (OBJECT MANAGEMENT GROUP,

2010) ......................................................................................................................................... 65

Figura 2-7: Taxonomia dos diagramas SysML, fonte: (OBJECT MANAGEMENT GROUP,

2010) ......................................................................................................................................... 67

Figura 3-1: Modelo de seleção de soluções ERP - Múltiplos filtros. Fonte: (SOUZA e

SACCOL, 2008) ....................................................................................................................... 75

Figura 3-2: Processo comumente encontrado para a definição de soluções PLM ................... 80

Figura 4-1: Representação dos componentes de um Sistema PLM e suas (adaptado de

Grieves, (2006)). ....................................................................................................................... 82

Figura 4-2: Sistema PLM e seus elementos: uma nova proposta ............................................. 83

Figura 4-3: Desenvolvimento do método domínio do problema e da solução ......................... 84

Figura 4-4: Diagrama da caixa preta- mostrando a função principal do método desenvolvido

.................................................................................................................................................. 85

Figura 4-5: Diagrama de atividades mostrando as etapas do método desenvolvido ................ 85

Figura 4-6: Abordagem para determinação de indicadores de desempenho do processo ........ 89

Figura 4-7: Processo de determinação de requisitos de implementação. ................................. 92

Page 10: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

x

Figura 4-8: Exemplo de diagrama de contexto ......................................................................... 94

Figura 5-1: Processo de desenvolvimento de produtos .......................................................... 101

Figura 5-2: Processo de Projetar do produto .......................................................................... 102

Figura 5-3: Processo de projetar molde .................................................................................. 103

Figura 5-4: Processo de planejamento da manufatura ............................................................ 104

Figura 5-5: Processo de planejamento usinagem 2D.............................................................. 105

Figura 5-6: Processo de planejamento usinagem 3D.............................................................. 105

Figura 5-7: Mecanismo de análise de stakeholder do processo ............................................. 107

Figura 5-8: Entradas, saídas, mecanismos e controles do Ciclo de Vida do Produto e os

stakeholders identificados. ..................................................................................................... 108

Figura 5-9: Entradas, saídas, mecanismos e controles do processo projetar produto. ........... 109

Figura 5-10: Entradas, saídas, mecanismos e controles do processo de projeto de moldes. .. 112

Figura 5-11: Estrutura de pastas e arquivos criada para gerenciar os dados do processo de

desenvolvimento de produtos. ................................................................................................ 113

Figura 5-12: Entradas, saídas, mecanismos e controles do processo Planejar e Controlar

manufatura. ............................................................................................................................. 115

Figura 5-13: Processo de determinação de indicadores de desempenho do processo ............ 123

Figura 5-14: Processo de determinação de requisitos dos stakeholders. ................................ 126

Figura 5-15: Diagrama de contexto para o processo >Projetar Produto< .............................. 128

Figura 5-16: Diagrama de contexto para o processo de >Projetar Molde< ............................ 129

Figura 5-17: Diagrama de contexto para o processo de >Planejar e Controlar Manufatura< 130

Figura 5-18: Diagrama de contexto para o processo >Projetar Produto< acrescido do fluxo de

informação .............................................................................................................................. 132

Figura 5-19: Diagrama de contexto para o processo >projetar molde< acrescido do fluxo de

informação .............................................................................................................................. 133

Page 11: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

xi

Figura 5-20: Diagrama de contexto para o processo >Planejar e controlar manufatura<

acrescido do fluxo de informação ........................................................................................... 134

Figura 5-21: Diagrama de Casos de uso ................................................................................. 136

Figura 5-22: Diagrama de blocos representando a estrutura do sistema ................................ 137

Figura 5-23: Requisitos determinados para PLM ................................................................... 145

Figura 7-1: Modelo BPMN do fluxo de dados no processo de desenvolvimento de produtos

................................................................................................................................................ 154

Page 12: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

xii

LISTA DE QUADROS

Quadro 1-1: Estímulos ao surgimento do conceito PLM fonte: (AMERI e DUTTA, 2004;

GRIEVES, 2006) ...................................................................................................................... 20

Quadro 1-2: Situações relevantes para diferentes estratégias de pesquisa. FONTE: YIN

(2005). ...................................................................................................................................... 26

Quadro 1-3: Conteúdo dos capítulos 2 e 3 ............................................................................... 27

Quadro 1-4: Conteúdo do capítulo 4 ........................................................................................ 28

Quadro 1-5: Conteúdo dos capítulos 5 e 6 ............................................................................... 28

Quadro 1-6: Conteúdo do capítulo 7 ........................................................................................ 29

Quadro 2-1: Estágios do ciclo de vida segundo a ISO/IEC 15288: 2008 ................................ 30

Quadro 2-2: Definição de termos importantes, fonte: (ISO, 2008; TECHNICAL BOARD

INTERNATIONAL COUNCIL ON SYSTEMS ENGINEERING (INCOSE), 2010;

FREEMAN, 1984) .................................................................................................................... 57

Quadro 3-1 Análise sinótica dos trabalhos existentes relacionados ao auxilio a implementação

PLM .......................................................................................................................................... 78

Quadro 4-1: Mapear e modelar processos ................................................................................ 86

Quadro 4-2: Exemplo de análise realizado em stakeholders do processo de mudanças de

engenharia ................................................................................................................................. 87

Quadro 4-3: Analisar de stakeholders ...................................................................................... 88

Quadro 4-4: Definir Indicadores de Desempenho .................................................................... 90

Quadro 4-5: Determinar Requisitos para o sistema PLM......................................................... 95

Quadro 5-1: Ferramentas PLM (CAD/CAM/CAE) utilizados no DPI .................................... 98

Quadro 5-2: Planilha típica usada para registrar as modificações realizadas no produto durante

seu desenvolvimento. ............................................................................................................. 110

Page 13: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

xiii

Quadro 5-3: Análise de stakeholders identificados nos processos analisados ....................... 117

Quadro 5-4: Aplicação do método para criação de indicadores ............................................. 124

Quadro 5-5: Requisitos obtidos com o método ...................................................................... 139

Quadro 6-1: Analise do método desenvolvido em aplicado em ambiente de desenvolvimento

de produtos SENAI-CIMATEC ............................................................................................. 146

Quadro 6-2: Análise sinótica dos trabalhos existentes relacionados ao auxilio a

implementação PLM e a contribuição dado pelo desenvolvimento desse trabalho ............... 150

Quadro 7-1: Relação entre perguntas de pesquisa, objetivos e resultados alcançados........... 156

Page 14: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

xiv

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

BDD – Block Definition Diagram

BPMN – Business Process Modeling and Notation

CAD – Computer Aided Design

CAE – Computer Aided Engineering

CAM – Computer Aided Manufacturing

CASE – Computer Aided Software Engineering

CCM – Centro de Competência em Manufatura

CIM – Computer Integrated Manufacturing

CIMATEC – Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia

CN – Controle Númerico

CRM – Customer Relationship Management

EIA - Energy Information Administration

EPC - Event Driven Process Chain

ERP – Enterprise Resource Planning

ES – Engenharia de Sistemas

FNQ – Fundação Nacional da Qualidade

IBD – Internal Block Diagram

IDEF0 - Integration Definition for Function Modeling

IEC – International Electrotechnical Commission

INCOSE – International Council on Systems Engineering

ISO – International Organization for Standardization

KPI – Key Performance Indicator

Page 15: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

xv

NASA - National Aeronautics and Space Administration

NIST – National Institute of Standards and Technology

OMG – Object Management Group

PDM – Product Data Management

PERISCOPE – PERformance Indicator Scope

PKGD – Package Diagram

PLM – Product Lifecycle Management

REQ4PLM – Requirements for PLM

REQD – Requirements Diagram

ROA - Return On Assets

ROI – Return On Investment

SCM - Supply Chain Management

SE – Systems Engineering

SYSML – System Modeling Language

TAPP – Turbina Aeronáutica de Pequena Potencia

TI – Tecnologia da Informação

UCD – Use Case Diagram

UML – Unified Modeling Language

XPDL – XML Process Definition Language

IGES - Initial Graphics Exchange Specification

DWG – AutoCADTM DraWinG

SLDPRT – SoLiDworks PaRt

Page 16: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

xvi

SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................................................................. vii

ABSTRACT ........................................................................................................................................................ viii

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 18

1.1 JUSTIFICATIVA E MOTIVAÇÃO ......................................................................................... 18

1.2 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICO .................................................................................... 22

1.3 CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHO ....................................................................................... 23

1.4 ABORDAGEM DO TRABALHO ........................................................................................... 24

1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA E ESTRUTURA DO TRABALHO ................................. 25

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................ 30

2.1 PRODUCT LIFECYCLE ......................................................................................................... 30

2.2 PRECURSORES DO PLM – PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT ............................ 31

2.2.1 COMPUTER AIDED DESIGN, MANUFACTURING e ENGINEERING (CAD/CAM/CAE)........ 31

2.2.2 COMPUTER INTEGRATED MANUFACTURING - CIM ....................................................... 32

2.2.3 PRODUCT DATA MANAGEMENT - PDM .......................................................................... 33

2.2.4 ERP, CRM, SCM ............................................................................................................... 35

2.3 PLM – PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT ............................................................... 36

2.4 GERENCIAMENTO POR PROCESSOS ................................................................................ 40

2.4.1 MAPEAR PROCESSOS ...................................................................................................... 41

2.4.2 MODELAR PROCESSOS.................................................................................................... 43

2.4.3 MÉTODOS DE MODELAGEM DE PROCESSOS .................................................................. 45

2.5 INDICADORES DE DESEMPENHO E GERAÇÃO DE VALOR ......................................... 46

2.5.1 IMPORTÂNCIA DE INDICADORES PARA O GERENCIAMENTO POR PROCESSOS ............. 47

2.5.2 MÉTODOS PARA MEDIR A MELHORIA COM IMPLANTAÇÃO DE PLM............................. 48

2.5.3 ATRIBUTOS PARA UM BOM INDICADOR ........................................................................ 50

2.6 ANÁLISE DE STAKEHOLDERS ............................................................................................. 53

2.6.1 IDENTIFICAÇÃO DE STAKEHOLDERS ............................................................................... 54

2.6.2 ANÁLISE DE NECESSIDADES DE STAKEHOLDERS ............................................................. 56

2.7 PROCESSO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS .................................................................. 57

2.8 PROCESSO DE ENGENHARIA DE REQUISITOS .............................................................. 60

2.9 MODELAGEM DE SISTEMAS .............................................................................................. 62

2.9.1 SYSTEM MODELING LANGUAGE – SYSML ...................................................................... 65

3. ABORDAGENS EXISTENTES PARA PLM ......................................................................................... 71

3.1 ABORDAGENS CONSULTADAS NA LITERATURA ........................................................ 71

3.2 ABORDAGEM ENCONTRADA NA INDÚSTRIA ............................................................... 80

Page 17: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

xvii

4. DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO REQ4PLM.................. ............................................................ 82

4.1 ETAPA I – MAPEAR E MODELAR PROCESSOS ............................................................... 85

4.2 ETAPA II – ANALISAR STAKEHOLDERS ........................................................................... 86

4.3 ETAPA III – DEFINIR INDICADORES DE DESEMPENHO ............................................... 88

4.4 ETAPA IV – DETERMINAR REQUISITOS PARA O SISTEMA PLM ................................ 90

5. DEMOSTRAÇÃO DO MÉTODO REQ4PLM ....................................................................................... 96

5.1 FERRAMENTA COMPUTACIONAL UTILIZADA.............................................................. 97

5.2 DEPARTAMENTO DPI E A INFRAESTRUTURA PLM EXISTENTE ............................... 97

5.3 MAPEAR E MODELAR PROCESSOS .................................................................................. 99

5.4 ANALISAR STAKEHOLDERS .............................................................................................. 106

5.4.1 PROCESSO PROJETAR PRODUTO .................................................................................. 108

5.4.2 PROCESSO PROJETAR MOLDE ...................................................................................... 111

5.4.3 PROCESSO PLANEJAR E CONTROLAR MANUFATURA ................................................... 114

5.5 DEFINIR INDICADORES DE DESEMPENHO ................................................................... 123

5.6 DETERMINAR REQUISITOS .............................................................................................. 126

5.6.1 MODELAGEM DE DIAGRAMAS DE CONTEXTO ............................................................. 127

5.6.2 MODELAGEM DE DIAGRAMAS DE CASOS DE USO E DIAGRAMA DE BLOCOS .............. 135

5.6.3 MODELAGEM DE DIAGRAMA DE REQUISITOS ............................................................. 138

6. DISCUSSÃO DO MÉTODO REQ4PLM .............................................................................................. 146

6.1 VANTAGENS, DESVANTAGENS E APLICABILIDADE DO MÉTODO. ....................... 146

6.2 DIFICULDADES PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO ....................................................... 147

6.3 COMPARAÇÃO E POSICIONAMENTO DO MÉTODO PROPOSTO A LITERATURA ENCONTRADA. ............................................................................................................................................ 149

7. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................. 153

7.1 CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 153

7.2 SUGESTOES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................................. 156

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 159

ANEXOS .............................................................................................................................................................166

Page 18: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

18

1. INTRODUÇÃO

Esta tese aborda as etapas iniciais de implementação de sistemas PLM (Product

Lifecycle Management) em organizações de desenvolvimento de produto, mais

especificamente entre a tomada de decisão por usar sistemas PLM e a definição de quais

funções esse sistema precisa apresentar para satisfazer as necessidades dos processos

organizacionais e de seus stakeholders. Para elicitar essas funções, é desenvolvida nessa tese

uma abordagem sistemática para a elaboração dos requisitos que o sistema PLM deverá

atender.

O Gerenciamento do Ciclo de Vida do Produto ou Product Lifecycle Management

– PLM é uma abordagem estratégica, cujas informações sobre produtos e processos são

usadas para reduzir desperdícios (tempo, materiais e energia) e aumentar a eficiência

organizacional ao longo do ciclo de vida dos produtos (GRIEVES, 2006). Essa estratégia de

negócios popularizou-se em diversas indústrias, tais como, aeroespacial e defesa, automotiva,

bens de consumo duráveis, entre outras, fazendo o mercado de PLM ter um faturamento

aproximado de US$ 20 bi em 2012 (HOJLO, et al., 2008) quando em 2002 era de pouco mais

de US$ 2 bi (CIMDATA, 2003).

Este capítulo apresenta a justificativa e motivação para o desenvolvimento do

trabalho, os objetivos gerais e os específicos. Além disso, a contribuição do trabalho é

apresentada de forma sucinta, como também, a abordagem do trabalho e a metodologia de

pesquisa adotada. Por fim, a estrutura da tese é resumida e apresentada ao leitor.

1.1 JUSTIFICATIVA E MOTIVAÇÃO

A atual conjuntura econômica exige cada vez mais das empresas, uma postura de

redução de custos e melhoria da qualidade no desenvolvimento dos produtos e serviços

oferecidos aos consumidores. Contudo, estima-se que cerca de 60% – 80% do tempo de

Page 19: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

19

trabalho de um time de desenvolvimento de produto são usados em tarefas que agregam

pouco valor ao produto (GRIEVES, 2006). Do mesmo modo, estudos recentes

(COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES UNDER ESPRIT PROGRAMME,

2008) indicam que os engenheiros de uma empresa, constantemente, executam atividades que

não estão diretamente relacionadas à engenharia:

� 11% do tempo de um engenheiro é gasto com atividades de engenharia e

criatividade;

� 34% em atividades administrativas;

� 31% em comunicação;

� 24% em espera por aprovações, decisões gerenciais e informação.

Nas empresas, é comum copiar dados (contidos em planilhas, arquivos

CAD/CAM/CAE e documentos em geral) de produto para realizar uma tarefa específica. Seja

para enviar a um fornecedor uma especificação sobre o produto, seja para enviar a um

especialista a representação matemática do produto como o objetivo de construir modelos de

simulação CAE (Computer Aided Engineering). Contudo, quando alguém copia dados e os

envia para um fornecedor, esses dados podem ficar desatualizados e consequentemente

ocasionar problemas diversos, tais como:

� Desperdícios de tempo do fornecedor ou da empresa contratante em

reconciliar dados nas versões existentes;

� Desperdícios de material e energia, por exemplo, quando o produto inclui

atividades de manufatura, considerando informações que não estavam

atualizadas e consequentemente não condizem com o projeto que foi

desenvolvido pela empresa.

Silva e Trabasso (2009) abordam esse problema no contexto do desenvolvimento

de produtos complexos exemplificado por um motor a jato. Nesse trabalho, os autores relatam

Page 20: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

20

a existência de quantidade considerável de retrabalho nesse ambiente, onde não existe

controle sobre as versões dos dados de engenharia.

Para tratar dos problemas relacionados a esse cenário, o conceito PLM surgiu no

inicio da década de 1990. Naquela época, essa abordagem encapsulava além dos aspectos de

engenharia (dados de produto e processos de engenharia), bastante comuns em 1990, os

aspectos relacionados a uma plataforma compartilhada para criação, organização e

disseminação de conhecimentos relacionados ao produto, por toda a empresa e ao longo de

todo seu ciclo de vida. Neste período, existiam vários estímulos que propiciaram o surgimento

desse conceito (AMERI e DUTTA, 2004; GRIEVES, 2006). Esses estímulos são mostrados

no Quadro 1-1.

Quadro 1-1: Estímulos ao surgimento do conceito PLM fonte: (AMERI e DUTTA, 2004; GRIEVES, 2006)

Os estímulos apresentados podem ser relacionados a características da tecnologia

e métodos de trabalho relacionados ao conceito PLM que é veiculado na indústria e está

presente em pesquisas sobre o gerenciamento do processo de desenvolvimento de produto.

Alguns exemplos são apresentados para ilustrar essa relação, posicionando a

abordagem PLM como elemento chave para esses projetos:

Internos Externos

Est

ímu

los

ao s

urg

imen

to d

o

con

ceit

o P

LM

Necessidade de inovação dos produtos e consequentes ganhos de market share

Globalização dos mercados

Conhecimento sobre anseios dos clientes Customização em massa e escala de produção

Excelência nas operações Complexidade dos produtos

Colaboração global Prolongamento no ciclo de vida do produto e redução do ciclo de desenvolvimento

Melhoria da qualidade Restrições e necessidades da cadeia de fornecimento

Regulamentação ambiental e sanitária

Page 21: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

21

� A necessidade por Colaboração Global foi o catalisador para o

desenvolvimento da tecnologia da informação, que permitiu aos times de

projetos poderem atuar não obstante estarem fisicamente espalhados por

diversos países, como é o caso do projeto Joint Strike Fighter (JSF, 2006).

� A necessidade de inovação motivou o desenvolvimento da Plataforma

PROPHECY (WRIGHT, 2010) usada no planejamento pré-operatório para

implantação de próteses de joelho.

PLM é uma abordagem que pode auxiliar as empresas a resolver os problemas

relacionados ao acesso a dados e informações sobre seus produtos. Ainda segundo

Abramovici (2007), PLM não é simplesmente o uso de software para automatizar os

processos ao longo do ciclo de vida do produto, mas aborda um conjunto consistente de

métodos, modelos e ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) para o gerenciamento de

processos, informações e ferramentas relacionadas ao produto.

Entretanto, em virtude de envolver conceitos relativamente novos como gestão

por processos, engenharia colaborativa e modelagem de negócios, para algumas empresas, os

resultados da adoção dessa abordagem não têm apresentado resultados tão expressivos

(RANGAN et al., 2008). Essa limitação pode ser atribuída, em parte, às estruturas funcionais

que ainda existem nas empresas, à quase inexistência de gerenciamento por processos e à

dificuldade em implantar as tecnologias (ferramentas/ software) utilizadas na abordagem

PLM (SCHUH et al., 2008).

Na indústria, mesmo com a disponibilidade de modelos de referência de projetos

para alguns setores e com o desenvolvimento de novos métodos de gestão do ciclo de vida,

por exemplo, observa-se que a maior parte das implantações de PLM ainda está em um

estágio inicial (ZANCUL, 2009). Grande parte das implantações enfatizam apenas aspectos

parciais, como de gestão de documentos de engenharia, sem a perspectiva ampla necessária

Page 22: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

22

para a gestão do ciclo de vida completo (ZANCUL, 2009). Ainda segundo Zancul (2009),

muitas empresas restringem essas iniciativas ao projeto de implantação de sistemas de TI, sem

a necessária ênfase na abordagem PLM como um todo. Além disso, PLM é necessariamente

um sistema com uma complexidade considerável (LOUREIRO, 1999), pois envolve pessoas

(usuários, fornecedores – podendo chegar aos milhares de pessoas) que por sua vez têm

diversas necessidades, processos de negócio realizados ao longo do ciclo de vida do produto e

tecnologias que suportam esses processos (GRIEVES, 2006).

Contudo a abordagem adotada na implantação (definição tecnológica e de

fornecedores) mostrada por Zancul (2009) define os requisitos de maneira superficial e

insuficiente para garantir consistência no que se refere à definição do problema e do “que” o

sistema deve fazer para atender as necessidades dos diversos stakeholders interessados ou

mesmo afetados pela aquisição/implantação de um sistema para o gerenciamento do ciclo de

vida de produtos.

1.2 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICO

A apresentação e análise da justificativa e motivação do trabalho apresentados na

seção 1.1, induzem as seguintes perguntas de pesquisa:

1. Como as empresas podem selecionar requisitos para sistemas PLM de uma

forma holística, considerando os aspectos sociotécnicos envolvidos,

stakeholders, tecnologia e processos do ciclo de vida do produto?

2. Como garantir que os requisitos estejam relacionados às necessidades dos

stakeholders, restrições, metas e objetivos do negócio?

Considerando essas perguntas, o objetivo geral dessa tese é propor um método de

geração de requisitos para sistemas PLM baseado nos processos do ciclo de vida do produto e

seus stakeholders.

Page 23: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

23

Para a consecução do objetivo geral, foram estabelecidos os objetivos específicos

seguintes:

� Desenvolver o método baseado em ferramentas de análise de stakeholders

e de requisitos existentes;

� Aplicar o método desenvolvido em uma organização de desenvolvimento

do produto;

� Discutir os benefícios do método frente a outras soluções da literatura ou

da indústria.

1.3 CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHO

Os sistemas de informação necessitam de avaliação antes e após sua implantação

no ambiente de negócios para garantir que os objetivos estabelecidos sejam, de fato,

alcançados. Segundo Eriksson e Penker (2000), é comum chegar à conclusão de que esses

sistemas não suportam apropriadamente o negócio em que eles estão inseridos. Ainda

segundo esses autores, existem várias razões para isso. Por exemplo, a especificação de

requisitos não é realizada de forma correta, o time de implantação não entende

satisfatoriamente o negócio ou não entende as mudanças que acontecem tão frequentemente

no mercado. Para tanto, diversos métodos foram criados para estruturar o processo de

implantações de soluções de TI nas empresas (ERIKSSON e PENKER, 2000).

Os métodos desenvolvidos nos trabalhos analisados nos estudos bibliográficos

realizados nesse trabalho são variações, em menor ou maior grau, de métodos de auxílio à

implantação de sistemas ERP. Além disso, os métodos analisados estão direcionados para

selecionar o aplicativo de software desconsiderando o fato de um sistema de informação,

especificamente PLM, é de fato um sistema intrinsecamente complexo.

A proposta desse trabalho é desenvolver o método REQ4PLM que auxilie as

empresas no processo de implantação de sistemas PLM. Diferentemente dos métodos

Page 24: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

24

analisados, REQ4PLM não está relacionado a somente a fase de seleção de software, mas a

todo o ciclo de vida de um sistema PLM, fornecendo requisitos e indicadores para Definição,

Implantação e Manutenção de sistemas PLM. Esses requisitos definem o que o sistema deve

fazer para atender as necessidades dos stakeholders identificadas pelo método, bem como, os

indicadores que medem o atendimento dessas necessidades.

Nele, os processos do ciclo de vida dos produtos são modelados e analisados.

Feito isso, os stakeholders dos processos são identificados e analisados, em consonância com

a modelagem de indicadores de desempenho para medir a satisfação dos stakeholders. Os

processos e as necessidades dos stakeholders identificados são usados para a determinação

dos diversos requisitos necessários à implantação de um sistema PLM.

1.4 ABORDAGEM DO TRABALHO

A abordagem deste trabalho refere-se aos setores de manufatura de bens duráveis

e de bens de capital produzidos em série. Destarte, espera-se que o método desenvolvido seja

aplicado nas indústrias aeroespacial, automotiva e de eletroeletrônicos. Esse trabalho de

doutorado foi desenvolvido no Centro de Competência em Manufatura do Instituto

Tecnológico de Aeronáutica e no Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia em Salvador

– BA, ambas as instituições entidades atuam nas áreas apresentadas. Destaca-se também a

carência de pesquisa nacional sobre o tema. As especificidades apresentadas não impedem

que o método e os resultados sejam aplicados em outras indústrias de manufatura com as

devidas modificações e adequações, por exemplo, sistemas para gerenciamento de ativos na

indústria de processos.

O método desenvolvido pressupõe a utilização da abordagem de Engenharia de

Sistemas, que analisa o problema de forma ampla e holística, possibilitando a análise em um

mesmo framework, os diversos aspectos sócio – técnicos presentes na adoção de uma nova

abordagem de negócios, como PLM. Esses aspectos são relacionados aos usuários da

Page 25: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

25

infraestrutura PLM (stakeholders), a tecnologia e suas funcionalidades e os processos de

negócios executados.

1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA E ESTRUTURA DO TRABALHO

A seleção do instrumental metodológico, de acordo com Marconi e Lakatos

(1991) relaciona-se diretamente com o problema a ser estudado; a escolha depende dos vários

fatores relacionados com a pesquisa, ou seja, a natureza dos fenômenos, o objeto da pesquisa,

os recursos financeiros, a equipe humana e outros elementos que possam surgir no campo da

investigação. Os métodos e as técnicas devem adequar-se ao problema a ser estudado, ao tipo

de respondentes com quem se vai entrar em contato.

Assim, em função dos fatores próprios dessa pesquisa, foram escolhidas as

estratégias de pesquisa aplicáveis à tese. Para o desenvolvimento do método foram adotadas

as estratégias de Pesquisa Bibliográfica. Para demonstrar o método e discutir os resultados,

ele foi aplicado em uma empresa cujas características são representativas no contexto

industrial e acadêmico.

Segundo Yin (2005), a primeira e mais importante condição para se diferenciar as

várias estratégias de pesquisa é identificar, nela, o tipo de questão de pesquisa apresentada.

Um esquema básico de categorização pode ser representado pela série: >quem<, >o que<,

>onde<, >como< e >por que<, conforme ilustrado pelo Quadro 1-2. Nele são mostradas

diferentes estratégias de pesquisa e os tipos de questões que essa estratégia pode auxiliar a

responder, além de exigências sob o controle e foco contemporâneos dos eventos.

Page 26: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

26

Quadro 1-2: Situações relevantes para diferentes estratégias de pesquisa. FONTE: YIN (2005).

A pesquisa constituiu de quatro fases descritas como se segue:

Fase #1 – Revisão da Literatura e Levantamento da abordagem de pesquisa.

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, é desenvolvida, abrangendo o

material público referente ao tema de estudo (MARCONI e LAKATOS, 1991). A finalidade

dessa fase foi colocar o pesquisador em contato direto sobre o que foi publicado a respeito

desse assunto, bem como, buscar uma definição precisa dos contornos do problema estudado.

A pesquisa bibliográfica foi realizada considerando os assuntos pertinentes à

criação do método, sejam eles:

� Processo de engenharia de requisitos;

� Processo de engenharia de sistemas;

� Modelagem de sistemas

� Identificação e modelagem de processos;

� Tecnologia PLM;

� Abordagens existentes para implantação de sistemas PLM.

O resultado dessa etapa é apresentado nos Capítulos 2 e 3, cujos conteúdos são

apresentados no Quadro 1-3.

Estratégia Forma da questão da pesquisa

Exige controle sobre eventos comportamentais?

Focaliza acontecimentos contemporâneos?

Experimento Como, por que Sim Sim Levantamento Quem, o que, onde,

quantos, quanto Não Sim

Análise de arquivos Quem, o que, onde, quantos, quanto

Não Sim / não

Pesquisa histórica Como, por que Não Não Estudo de caso Como, por que Não Sim

Page 27: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

27

Quadro 1-3: Conteúdo dos capítulos 2 e 3

Fase #2 – Desenvolvimento do método proposto.

Esse método foi elaborado a partir da pesquisa bibliográfica sobre o assunto

(Fase#1) e a identificação de evidências na indústria por meio de entrevistas com especialistas

e documentos coletados nesse ambiente. O resultado dessa fase é apresentado no Capítulo 4,

cujos conteúdos são apresentados no Quadro 1-4.

2.1.Product lifecycle. 2.2.Precursores do PLM – Product

Lifecycle Management. 2.3.PLM – Product Lifecycle

Management. 2.4.Gerenciamento por processos 2.5. Indicadores de desempenho e

geração de valor. 2.6.Análise de stakeholders 2.7.Processo de engenharia de

sistemas. 2.8.Processo de engenharia de

requisitos. 2.9.Modelagem de sistemas.

Capítulo 2 Fundamentação Teórica

3.1. Abordagens consultadas na

Academia. 3.2. Abordagem encontrada na

Indústria.

Capítulo 3 Abordagens existentes para PLM

Fase #1

Page 28: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

28

Quadro 1-4: Conteúdo do capítulo 4

Fase #3 – Demonstração e discussão de resultados para avaliar o método proposto.

A demonstração do método foi realizada por meio da aplicação do método em

situações reais de utilização e com isso foi possível obter informações sobre dificuldades de

aplicação, pontos de melhoria e a pertinências dos resultados da aplicação. A demonstração

do método é apresentada nos capítulos 5 e 6, cujos conteúdos são mostrados no Quadro 1-5.

Quadro 1-5: Conteúdo dos capítulos 5 e 6

Ao final do trabalho (Capítulo 7), os resultados alcançados com o

desenvolvimento do método, são analisados de modo confirmar a consecução dos objetivos,

Capítulo 4 Desenvolvimento do Método REQ4PLM

4.1. Mapear e modelar processos 4.2. Analisar stakeholders. 4.3. Definir indicadores de desempenho. 4.4. Determinar requisitos para osistema

PLM.

Fase #2

Capítulo 5 Demonstração do Método

5.1.Ferramentas Computacionais utilizadas para a demonstração do método.

5.2.Departamento DPI e a Infraestrutura PLM existente.

5.3.Mapear e modelar processos. 5.4.Analisar stakeholders. 5.5.Definir indicadores. 5.6.Determinar requisitos.

Fase #3

6.1. Vantagens, desvantagens e aplicabilidade do método.

6.2. Dificuldades para aplicação do método.

6.3. Comparação e posicionamento do método proposto à literatura encontrada.

Capítulo 6 Discussão sobre o método

Page 29: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

29

listar as limitações da abordagem desenvolvida, bem como, sugerir novos trabalhos no tema.

O conteúdo desse capítulo é mostrado no Quadro 1-6.

Quadro 1-6: Conteúdo do capítulo 7

Capítulo 7 Conclusão

7.1 Resultados do trabalho. 7.2 Sugestões para outros

trabalhos.

Page 30: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

30

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesse capitulo é apresentada a fundamentação teórica para elaboração do método

proposto no trabalho.

2.1 PRODUCT LIFECYCLE

Todo produto concebido pela mente humana possui um ciclo de vida, mesmo que

ele não seja formalmente definido. Segundo a norma ISO/IEC 15288 (2008, p.10), o ciclo de

vida de um sistema varia de acordo com a natureza, propósito, uso e circunstancias intrínseco

a cada sistema. Todo estágio tem propósito e contribuição distinta para o ciclo de vida e deve

ser considerado em seu planejamento e execução. Assim, os estágios fornecem às

organizações um framework em que o gerenciamento tem um alto nível de visibilidade e

controle de processos relacionados ao ciclo de vida de um produto.

Essa norma estabelece sete estágios genéricos do ciclo de vida de um produto

apresentados no Quadro 2-1.

Quadro 2-1: Estágios do ciclo de vida segundo a ISO/IEC 15288: 2008

Estágio Propósito Pesquisa exploratória Identificar as necessidades dos stakeholders

Explorar ideias e tecnologias Conceito Refinar as necessidades dos stakeholders;

Explorar conceitos factíveis;

Propor soluções viáveis;

Desenvolvimento Refinar requisitos do sistema;

Criar a descrição da solução;

Construir o sistema;

Verificar e validar o sistema;

Produção Produzir sistemas;

Inspecionar e verificar os sistemas;

Utilização Operar o sistema para satisfazer as

necessidades dos usuários;

Suporte Fornecer a capacidade de manter o sistema

em serviço;

Retirada do mercado Coletar e descartar o sistema de forma

apropriada.

Page 31: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

31

Ainda, segundo o INCOSE – International Council of Systems Engineering – o

proposito em definir o ciclo de vida de um sistema está em estabelecer um framework para o

atendimento das necessidades dos stakeholders de uma maneira ordenada e eficiente

(INCOSE, 2011). Com a caracterização do ciclo de vida em fases, é possível obter

informações pertinentes sobre desejos dos stakeholders, requisitos e riscos potenciais, para

que o sistema concebido obtenha sucesso, os riscos sejam mitigados ou extintos e os

requisitos e desejos dos stakeholders sejam atendidos.

2.2 PRECURSORES DO PLM – PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT

Antes de analisar o conceito PLM, pode-se ponderar a respeito de sistemas

precursores que influenciaram conceitualmente ou tecnologicamente o conceito de PLM

como se apresenta atualmente. Os principais precursores do PLM são listados e detalhados em

seguida.

� Computer Aided Design (CAD),

� Computer Aided Manufacturing (CAM),

� Computer Aided Engineering (CAD),

� Computer Integrated Manufacturing (CIM),

� Product Data Management (PDM).

2.2.1 COMPUTER AIDED DESIGN, MANUFACTURING e ENGINEERING

(CAD/CAM/CAE)

O termo Computer Aided Design (CAD), no vocabulário de engenharia, refere-se

à descrição matemática de produtos. Esta representação utiliza um sistema computacional

para desenvolver, consistentemente, formas geométricas em duas e três dimensões. Esses

sistemas iniciaram como sistemas de auxilio às atividades de desenho mecânico 2D e

auxiliavam aos projetistas detalharem os projetos de uma maneira rápida e precisa,

Page 32: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

32

consequentemente, o nome projeto >auxiliado< por computador (Computer Aided Design).

Entretanto, os sistemas CAD rapidamente ganharam funcionalidades que os transformaram de

simples sistemas periféricos de auxílio a projeto, em sistemas fundamentais para definição de

produtos.

Simultaneamente ao desenvolvimento de sistemas CAD, os sistemas CAM e

CAE, respectivamente, Computer Aided Manufacturing e Computer Aided Engineering foram

desenvolvidos e ganharam diversas funcionalidades ao longo dos anos.

A partir dos modelos criados pelos sistemas CAD, o computador pode ser usado

para realizar simulações de engenharia, que podem envolver disciplinas como:

tensão/deformação, transferência de calor, acústica e eletromagnetismo. Os aplicativos

computacionais que realizam essas simulações são denominados CAE.

Os sistemas CAM utilizam o modelo geométrico criado em um sistema CAD para

elaborar, por exemplo, rotinas de usinagem, trajetórias de ferramentas e simulação de

usinagem.

2.2.2 COMPUTER INTEGRATED MANUFACTURING - CIM

A primeira tentativa de integrar ferramentas digitais para desenvolvimento do

produto sob uma mesma denominação foi o conceito de Computer Integrated Manufacturing

(CIM) (KIMBLE e PRABHU, 1988).

A manufatura Integrada por computador (CIM) tem uma extensa história e foi

reconhecida desde cedo pela promessa de compartilhar informação entre áreas funcionais de

uma empresa. Especificamente, os dados e informações de engenharia poderiam ser

transferidos e utilizados pela produção em formato eletrônico. O conceito CIM defendia a

ideia de que um sistema de computador poderia integrar as funções necessárias à concepção,

engenharia e fabricação de um produto (GRIEVES, 2006; RILEY e COX, 1998).

Page 33: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

33

Isso ampliou o conceito de fabricação assistida por computador (CAM), que tinha

uma premissa muito mais simples de usar descrições matemáticas baseada em CAD para

gerar programas de controle numérico (CN) (que são os programas que controlam as ações da

fabricação em máquinas automáticas). Em sua forma avançada, as ferramentas CAM definiam

a sequencia de máquinas ou mesmo o fluxo de matérias para fabricar um produto. No entanto,

as ferramentas CAM estavam relacionadas à manufatura de um único produto, enquanto CIM

explicitava uma visão mais ampla de todos os produtos de uma organização, as instalações e

recursos de produção (GRIEVES, 2006).

Além disso, o design e a engenharia, muitas vezes desenvolvem características de

produto que não são manufaturáveis. Esperava-se que com aplicações do CIM, o design e os

dados de engenharia seriam usados diretamente para coordenar as máquinas e o processo de

produção no chão de fábrica (RILEY e COX, 1998)

No entanto, segundo Grives (2006) a solução CIM nunca atingiu seus objetivos e

é sempre reconhecida por isso (SCHUH, et al., 2008; GRIEVES, 2006).

As tecnologias computacionais disponíveis na época não estavam à altura da

tarefa a elas atribuída, assim o conceito CIM foi limitada na sua aplicação. Além disso, a CIM

foi de certo modo mais ampla do que o PLM, porque englobava também os conceitos de

Enterprise Resource Planning (ERP) e Supply Chain Management (SCM) (GRIEVES, 2006).

2.2.3 PRODUCT DATA MANAGEMENT - PDM

Os sistemas PDM (Product Data Management) surgiram durante a década de

1980 para controlar e gerenciar informações sobre produto criadas em ferramentas CAD,

CAM e CAE (authoring tools) (AMERI e DUTTA, 2004). A necessidade por acesso fácil,

rápido e seguro para validar dados era a maior justificativa para os desenvolvimentos

relacionados à PDM com uma solução mais disciplinada e dedicada a controlar dados. A

funcionalidade principal dos primeiros sistemas PDM, portanto, era prover os usuários com os

Page 34: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

34

dados requeridos com um único servidor de dados e manter a validade e integridade dos

dados, apesar deles estarem sendo continuamente atualizados, bem como controlar a forma

com que as pessoas criam e modificam os dados de produto.

Com o tempo, as soluções PDM expandiram-se para incluir funcionalidades

adcionais, tais como, gerenciamento de mudanças, gerenciamento de fluxos de trabalho e

gerenciamento de projetos, mantendo a promessa de promover a engenharia simultânea e o

fluxo dos processos de negócio na empresa.

Apesar do sucesso na área de engenharia, a primeira geração de sistemas PDM

não atendia às demandas de outras áreas funcionais nas empresas, como por exemplo, vendas,

marketing, finanças e cadeia de fornecedores. De acordo com Ameri e Dutta (2004), as duas

maiores restrições à expansão na aplicação de soluções PDM foram:

� Escopo limitado, em termos de dados e os usuários a serem atendidos;

� Dificuldade no uso das soluções.

A informação gerenciada pelos primeiros sistemas PDM eram limitadas a

informações de engenharia porque eles eram desenvolvidos no início, para suportar e

complementar sistemas CAD/CAM/CAE. Além disso, trabalhar com sistemas PDM não era

simples e usualmente demandavam de conhecimentos em engenharia. Dessa forma, os

primeiros sistemas PDM eram aplicações tipicamente internas, acessíveis somente para

engenheiros de produto, manufatura e banco de dados. Os agentes externos, tais como,

fornecedores e clientes não possuíam acesso aos serviços dos sistemas PDM.

Para melhorar a facilidade no uso e expandir o escopo do PDM para abranger

usuários externos, os fornecedores de sistemas PDM começaram a oferecer sistemas

integrados à internet com ferramentas de visualização mais adequadas durante a década de

1990. Entretanto, a funcionalidade principal permanecia centrada simplesmente em aspectos

de engenharia do negócio porque a informação e o paradigma de modelagem de sistemas

Page 35: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

35

PDM eram baseados numa visão de engenharia, e, por conseguinte, incapaz de ir além desse

domínio. Por exemplo, os clientes não podiam configurar e comprar produtos customizados

usando sistemas PDM ou o gerente de compras não podia encontrar informações sobre os

componentes de preços e as opções de fornecimento em sistemas PDM. Nessa época, além de

sistemas PDM existiam outros sistemas corporativos disponíveis para as empresas. Esses

sistemas são apresentados no tópico seguinte.

2.2.4 ERP, CRM, SCM

Quase que simultaneamente à evolução dos sistemas PDM, a primeira onda de

aplicações corporativas tais como Enterprise Resource Planning (ERP), Customer

Relationship Management (CRM) e Supply Chain Management (SCM) introduziram no

mercado uma variedade de produtos que estavam preocupados e prover uma maior

racionalização e melhoria das práticas de negócio (GRIEVES, 2006).

Apesar de essas aplicações melhorarem consideravelmente a eficiência e a

eficácia da comunicação entre vários agentes durante o ciclo de vida do produto e

apresentarem resultados significativos em comparação ao PDM, elas pouco melhoraram as

funções dedicadas ao desenvolvimento de produtos. Portanto, aplicações tais como ERP eram

tradicionalmente direcionadas para controlar as transações do negócio ao invés de suportar

inovação e criatividade no processo de desenvolvimento de novos produtos. Adicionalmente,

aplicações como ERP dependem profundamente de modelos estruturados de dados. Por

exemplo, lista de materiais (BOM – Bill Of Materials) em processo, busca de informação,

monitoramento de processo, elaboração de relatório de custo e planejamento de recursos

(AMERI e DUTTA, 2004).

Os conceitos referentes ao ciclo de vida do produto e as tecnologias precursoras

ao PLM foram apresentadas e discutidas. Com isso, pode-se introduzir o conceito PLM e

Page 36: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

36

contextualiza-lo dentro de um ambiente industrial e de desenvolvimento de novos produtos.

Essa introdução é feita na próxima seção.

2.3 PLM – PRODUCT LIFECYCLE MANAGEMENT

A produtividade nas organizações sempre foi desafiada por novos paradigmas,

desde a primeira revolução industrial na Inglaterra no final do século XVIII ao Sistema

Toyota de Produção no Japão pós 2ª. Guerra mundial (WOMACK, et al., 2007). Atualmente,

segundo alguns autores, (GRIEVES, 2006; SAAKSVUORI e IMMONEN, 2008), o

Gerenciamento do Ciclo de Vida do Produto - Product Lifecycle Management (PLM) é uma

alternativa estratégica para aumentar a eficiência na execução dos processos do ciclo de vida

do produto adotada por muitas organizações. Entretanto, debatendo-se com consultores

nacionais de PLM e empresas desenvolvedoras de tecnologia para PLM, observa-se que a

perspectiva das empresas nacionais interessadas nessa abordagem é a de simplesmente

adquirir novas ferramentas para realizar os processos atuais. Contudo, a aquisição de novas

ferramentas pode, na verdade, dificultar a realização do trabalho se nenhuma atenção for dada

aos processos existentes e às pessoas que utilizarão essas ferramentas (GRIEVES, 2006).

Além disso, PLM é mais do que a simples soma de elementos, ele também

abrange a forma com que esses elementos são integrados e é isso que o torna promissor,

segundo alguns autores (GRIEVES, 2006; SAAKSVUORI e IMMONEN, 2008).

Segundo Schuh et al (2008), o conceito sobre o que é PLM, ainda não está

consolidado totalmente na indústria. A academia postula que PLM não é somente software,

pois tem outros elementos importantes, como pessoas e processos, como já foi comentado,

enquanto que os fornecedores de serviços e produtos PLM veiculam a mensagem de

facilidade na implantação dessa abordagem.

Saaksvuori e Immonen (2008) definem Product Lifecycle Management (PLM)

com sendo um conceito sistemático para gestão e desenvolvimento do produto. Além da

Page 37: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

37

informação relacionada ao produto, o conceito PLM proporciona gerenciamento e controle,

começando pelo processo de desenvolvimento do produto (projeto do produto, produção e

marketing) até o recebimento de pedidos dos clientes, controlando informações relacionadas

ao produto durante seu ciclo de até o seu descarte. De outra forma, Stackpole (2003 apud

GRIEVES, 2006) define PLM como uma abordagem integrada guiada por informações de

todos os aspectos da vida do produto, do projeto, passando pela manufatura, distribuição e

manutenção – culminando na remoção do produto e descarte final.

Segundo Grieves (2006), PLM (Product Lifecycle Management) é uma

abordagem integrada e orientada por informações formada por pessoas, processos/práticas e

tecnologia para todos os aspectos da vida de um produto, desde design e manufatura,

incluindo instalações industriais e manutenção e culminando na remoção do produto do

mercado e descarte final.

O escritório de consultoria CIMDATA (2008) define, de forma ampla, PLM como

sendo uma abordagem estratégica de negócio que aplica um consistente conjunto de soluções

que suportam a criação colaborativa, o gerenciamento, a disseminação e o uso de informações

que definem o produto, apoiando clientes, projetos e fornecedores desde o conceito até o final

da vida do produto ou planta industrial– integrando pessoas, processos, sistemas de negócio e

informação.

Algumas definições, principalmente as encontradas na indústria, deixam dúvidas a

respeito dos elementos que compõem PLM e também como esses elementos se influenciam

mutuamente. Existem empresas de software que veiculam o termo PLM, simplesmente, como

uma estratégia relacionada à aquisição de software, hardware e serviços (treinamento e

consultoria).

Entretanto, quando se observa detalhadamente o conceito PLM, a tecnologia

sempre é o elemento em destaque, isso porque ela é o elemento mais novo, quando

Page 38: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

38

comparado aos processos e às pessoas. A tecnologia da informação relacionada à PLM, por

outro lado, facilita o trabalho das pessoas, auxiliando-as na execução de tarefas com hardware

e software (SILVA e TRABASSO, 2009).

De fato, analisando as diversas definições apresentadas pode-se concluir que PLM

não é simplesmente um software ou um conjunto deles. Trata-se da utilização de uma

infraestrutura de Tecnologia da Informação (software e hardware em rede) aliada a processos,

que devem ser definidos e executados por diversos usuários, em estágios diferentes do ciclo

de vida do produto, objetivando a consecução de metas de negócio de uma empresa.

Mas a realidade é muito mais complexa do que essa. Esses elementos (tecnologia,

processos e pessoas) estão juntos e transformam um ao outro. As pessoas ou stakeholders

mudam a forma de pensar depois de sua interação com tecnologia. Esta se transforma

dependendo de como as pessoas a usam, algumas vezes muito diferente das intenções iniciais

dos seus desenvolvedores. Os processos ou mesmo práticas transformam e são transformados

por pessoas e tecnologia (LATOUR, 1999). Dessa forma, a análise que deve ser feita

objetivando a implantação de PLM deve considerar esses elementos chaves: Pessoas e seus

desejos, Processos de negócios e a Tecnologias e suas funcionalidades.

Mesmo com essa falta de entendimento sobre o que PLM representa apontada por

alguns autores (ZANCUL, 2009; SCHUH, et al., 2008), PLM é potencialmente a primeira

solução a ser considerada no ambiente de negócios dinâmico e competitivo em que as

empresas vivem atualmente. Baseado em recentes pesquisas de mercado, PLM é um dos

segmentos de mercado que cresceu rapidamente e irá crescer nos próximos anos. Sua receita

total passou de pouco mais de $2 bi em 2001 para uma previsão de mais de $19 bi em 2012

(HOJLO, et al., 2008).

Como mencionado anteriormente, PLM tem o potencial diversos benefícios aos

processos de negócio ao longo do ciclo de vida dos produtos. Entretanto, esses benefícios

Page 39: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

39

devem ser traduzidos em termos econômicos para que as organizações possam quantificar e

avaliar os efeitos dos benefícios do PLM sobre o negócio.

Na Figura 2-1 é apresentado um mapa de valor mostrando o possível impacto da

abordagem PLM na capacidade de uma organização gerar valor para seus acionistas. Em

geral, o impacto negativo relacionado à aquisição de ativos (investimento em software e

hardware) é superado pelo impacto positivo do lucro da organização. Este é gerado pelo

aumento de receita e redução dos custos operacionais.

Figura 2-1: Mapa de valor – PLM adaptado de (GRIEVES, 2006)

Apesar dos benefícios postulados pela academia e veiculados na mídia

especializada segundo Schuh et al. (2008) os resultados alcançados em implementações PLM

são incipientes. Esses autores apontam algumas causas para isso, quais sejam:

� PLM é um conceito complexo e existe ainda uma lacuna para o entendimento

profundo do que realmente ele significa na prática;

� As iniciativas de implementação PLM são direcionadas primeiramente em

aspectos isolados, tais como, gerenciamento de documentos ou classificação

Valor

Lucro

Receita

Custos

Preço

Quantidade

Funções

Processos

Qualidade

Pessoal

Energia

Material

Homem hora

Tempo Ativos

Impacto negativo

Impacto moderado

Impacto positivo

Page 40: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

40

de peças, sem a abordagem holística necessária para considerar todo o ciclo

de vida de um produto e seus processos;

� A não existência de referencias literatura que contemplem a implementação

da abordagem PLM.

De fato, a implantação da abordagem PLM em um ambiente de negócio é

complexa, ratificada pelas dificuldades existentes e relatadas. Nas próximas seções são

apresentados conceitos que foram utilizados no Capítulo 4 para a proposição do método

REQ4PLM.

2.4 GERENCIAMENTO POR PROCESSOS

Um dos assuntos relacionados à gestão organizacional que ganhou notoriedade

com o estabelecimento da ISO 9001, cuja versão atual é a 2008 (ABNT, 2008), é a Gestão por

Processos. Desde que os processos foram inclusos como um dos fundamentos dessa norma o

assunto ganhou notoriedade e atualmente é muito discutido pelas organizações. Dentro desse

contexto, a modelagem de processos é usada pelas organizações como um método para

aumentar a consistência e conhecimento dos processos, e dissecar a complexidade

organizacional (INDULSKA, et al., 2009).

A modelagem de processos é usada para um grande número de tarefas incluindo

(INDULSKA, et al., 2009):

� Identificar as deficiências do processo utilizando modelos de processo;

� Adaptar as melhores práticas de negócio;

� Projetar e comunicar novos desenhos de negócio;

� Treinar funcionários;

� Gerenciar a conformidade e risco;

� Projetar e configurar os sistemas de software.

Page 41: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

41

Muitas pesquisas têm mostrado a relevância da modelagem de processo em

diversas situações ao longo dos anos (ARMISTEAD e MACHIN, 1997; BARTHOLOMEW,

1999; DAVENPORT, 1993; RUMMLER, et al., 2010). A modelagem de processos é um

requisito fundamental para programas de qualidade ISO 9000 (OULD, 1995) e é a base para

sistemas de informação baseados em processos, tais como ERP (Enterprise Resource

Planning) (DREILING, et al., 2006) e gerenciamento de workflows (VAN DER AALST, et

al., 2003). A literatura reporta como a modelagem de processos é empregada em diferentes

aplicações de negócios, incluindo custeio baseado em atividades, gerenciamento da cadeia de

fornecedores, gerenciamento da qualidade total, gerenciamento de fluxos de trabalho,

gerenciamento do conhecimento e simulação de negócios (RECKER, 2011). Leis recentes tais

como Sarbanes-Oxley Act, por exemplo, contribuíram para o aumento do interesse na

modelagem de processo de negócio como uma forma de capturar e documentar os processos

de uma organização ou sistema de informação (RECKER, 2011).

Contudo Schuh et al. (2008) apontam falhas na adoção de gerenciamento por

processos como uma das principais causas de falha na adoção de PLM. Dessa forma, no

método elaborado e descrito no Capítulo 4 e testado no Capítulo 5, foi considerada a

necessidade de entender os processos de negócios antes de qualquer ação relacionada à

aquisição de infraestrutura PLM seja realizada. Dessa forma, o método que será desenvolvido

considera o mapeamento e a modelagem de processos como o ponto inicial.

2.4.1 MAPEAR PROCESSOS

Ao longo dos anos, as organizações passaram a mapear suas atividades, a nomear

seus processos, e a identificar >entradas<, >saídas<, >recursos<, com o objetivo de cumprir

os requisitos normativos de qualidade presentes em normas internacionais e nacionais, como

por exemplo ABNT NBR ISO 9001:2008 (ABNT, 2008) e ABNT NBR 15100:2010 (ABNT,

2010).

Page 42: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

42

O modelo de Excelência em Gestão da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ,

2010) define processo como:

“Um conjunto de atividades preestabelecidas que, executadas numa sequência

determinada, conduzirão a um resultado esperado que assegure o atendimento das

necessidades e expectativas dos clientes e outras partes interessadas (stakeholders) do

processo”.

Uma empresa, neste conceito, é um "mar de processos”, em contínua execução

pelas pessoas que compõem sua força de trabalho. Ainda segundo a FNQ (FNQ, 2010), os

processos estão inter-relacionados e interagem entre si, de tal forma que, produtos e serviços

deles provenientes, constituem a entrada para um ou mais processos na sequência de

execução, que busca o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes.

Pode-se dizer, pois que toda organização é um sistema, ou seja, funciona como

um conjunto de processos. A identificação e o mapeamento destes processos permitem um

planejamento adequado das atividades, a definição de responsabilidades e o uso adequado dos

recursos disponíveis.

Cabe ressaltar que muitas organizações desenham seus processos de forma

simplificada, modelando apenas as principais etapas de seus ciclos, com objetivo de elaborar

um documento bem apresentável, que agrade a quem o leia (incluindo os auditores

normativos). Tais organizações estão cometendo um equivoco primário em relação à gestão

por processos. As organizações que adotam esse comportamento não gerenciam seus negócios

“por processo”. Apenas dizem que o fazem, mas descumprem sua essência teórica

fundamental.

O mapeamento das atividades de uma organização é complexo e instável (pois os

processos são "vivos”, constantemente adaptados ao ambiente que estão inseridos e as pessoas

que o executam). Possui inconsistências legítimas e que configuram oportunidades de

Page 43: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

43

melhoria. E são destas oportunidades que surgem os principais benefícios da gestão por

processos.

2.4.2 MODELAR PROCESSOS

Modelar é uma atividade humana que objetiva a análise de um determinado

problema ou situação de complexidade considerável. Para tanto, na modelagem considera-se

apenas os aspectos mais relevantes em um determinado cenário de interesse.

De uma forma geral, a modelagem de processos representa o processo em quatro

perspectivas principais (CURTIS, et al., 1992), representadas na

Figura 2-2.

Figura 2-2: Perspectivas abordadas na modelagem de processos

A perspectiva Funcional representa quais elementos do processo são realizados e

qual é o fluxo de entidades informacionais (dados e informação).

Page 44: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

44

A perspectiva Comportamental representa quando e como os elementos do

processo são realizados são realizados através do fluxo, interações, condições para tomada de

decisão, critérios de entrada e saída e assim por diante.

A perspectiva Organizacional representa onde e por quem os elementos do

processo são realizados, o mecanismo físico de comunicação usado para transferir entidades

informacionais e o hardware físico usado para armazená-los.

A perspectiva Informacional representa as entidades informacionais produzidas

ou manipuladas pelo processo, entre elas dados, artefatos, produtos e objetos. Essa

perspectiva inclui tanto a estrutura de entidades informacionais quanto a relação entre elas.

Para fins de análise econômica, as perspectivas apresentadas devem ser

complementadas com atributos que sejam capazes de quantificar o custo de cada tarefa do

processo, tais como, homem hora, tempo e recursos utilizados para tarefa. De posse dessas

informações, o retorno sobre investimento na melhoria dos processos (ROI – Return on

Investment) pode ser calculado. Essa análise de custos é muitas vezes feita em paralelo com as

atividades de modelagem e pode auxiliar na criação de uma perspectiva de Custo do

Processo.

Dentro de uma empresa, modelagem de processos é a atividade de construção de

modelos que podem representam parte dela ou de um grupo de empresas que se tenha

interesse. Os aspectos da empresa a serem modelados são definidos de acordo com as

necessidades dos usuários, podendo envolver processos de negócio, dados, estrutura

organizacional e recursos, entre outros (VERNADAT, 1996; 2002).

Por meio da modelagem de processos, o conhecimento sobre a estrutura e a

operação da empresa é formalizado para que possa ser compartilhado, analisado e otimizado.

De fato, um dos propósitos da modelagem é possibilitar a análise do desempenho da empresa,

visando a otimização dos seus processos de negócio. Além disso, os modelos desenvolvidos

Page 45: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

45

são empregados para documentar processos de negócio, possibilitar simulações e apoiar a

implantar sistemas de informação (VERNADAT, 1996; BARBALHO e ROZENFELD,

2002).

Na implantação de sistemas de informação, tais como ERP, a modelagem de

processos é geralmente empregada para o mapeamento das funções do negócio, considerando

o projeto de implantação como pano de fundo. Os modelos de processo também são usados na

identificação dos requisitos funcionais e na especificação técnica da estrutura de dados do

sistema de informação. Além disso, pesquisas tratam do relacionamento entre modelos de

processos de negócio com modelos de sistemas de informação para direcionar a implantação

dos sistemas de TI a partir da definição dos processos (ODEH; KAMM, 2003;

LANKHORST, 2004).

Considerando a definição de modelagem de processos e a discussão dos seus

objetivos, no próximo tópico são apresentados os principais métodos de modelagem de

processos de negócio.

2.4.3 MÉTODOS DE MODELAGEM DE PROCESSOS

Atualmente, existem diferentes métodos de modelagem de processos disponíveis

que possuem semânticas e nomenclaturas especificas. Neste tópico, apresenta-se um resumo

dos métodos de modelagem relevantes no contexto deste trabalho, sejam eles:

� Event-Driven Process Chain - EPC, (DAVIS, 2008; RECKER, 2011),

� Integration Definition for Function Modeling - IDF0, (US AIR FORCE

SYSTEMS COMMAND, 1981; DOD-SYSTEMS MANAGEMENT

COLLEGE, 2001)

� Business Processes Modeling and Notation – BPMN, (OMG, 2010; WHITE e

MIERS, 2008)

Page 46: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

46

Cada um dos métodos listados acima pode ser visto em detalhes nas referências

fornecidas no texto. O EPC proposto por Dr. August-Wilhelm Scheer é uma notação simples

e permite a verificação da consistência do processo à medida que ele é modelado. No entanto,

não é uma notação aberta suficientemente para ser suportada por outra ferramenta que não o

ARISTM da empesa IDS Scheer. Os diagramas da notação IDEF0 são simples, mas podem ser

difíceis de ser interpretados por analistas de negócio que não estejam adaptados a essa

notação e acabam por tornar o uso restrito aos especialistas nessa notação.

A notação BPMN é uma linguagem que recentemente tem obtido bastante atenção

e aceitação na prática de modelagem de processos de negócio (RECKER, 2008; WHITE e

MIERS, 2008). Além disso, BPMN é uma linguagem padrão para modelar processos de

negócios onde analistas de negócios, analistas de processos, e engenheiros de software podem

igualmente colaborar na definição e implantação de soluções de negócio (OMG, 2010). Por

esses motivos a linguagem de processos escolhida para o desenvolvido do trabalho foi o

BPMN.

Na seção de anexos o leitor encontra a descrição das entidades do BPMN

utilizadas nesse trabalho, bem como, outras entidades encontradas comumente em mapas de

processos modelados com BPMN.

2.5 INDICADORES DE DESEMPENHO E GERAÇÃO DE VALOR

A seção anterior trata de modelagem de processo e a importância dessa

abordagem na implantação de melhorias nos processos de negócio. Consequentemente, essa

importância pode ser trazida para o contexto de implantação de novas abordagens de

negócios, tais como PLM. Nesta seção, apresenta-se a maneira comumente aceita para medir

o desempenho dos processos e com isso relacionar ações realizadas a mudanças em

parâmetros de controle ou indicadores de desempenho.

Page 47: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

47

2.5.1 IMPORTÂNCIA DE INDICADORES PARA O GERENCIAMENTO POR

PROCESSOS

A importância de indicadores de desempenho parece ser evidente, considerando a

necessidade dos gestores corporativos em identificar informações relevantes sobre o

comportamento da organização nos processos do ciclo de vida dos produtos e as consequentes

tomadas de decisão.

Durante a década passada grande progresso foi alcançado pela aplicação de

indicadores de desempenho em processos “bem comportados”, tais como, manufatura e

financeiros ou contábeis (ACOSTA, 2004).

Entretanto ao longo do ciclo de vida dos produtos existem também processos que

não são “bem comportados” e têm um impacto significativo no desempenho das corporações.

Contudo, os indicadores de desempenho também podem ser utilizados para avaliar

esses processos. Quando os indicadores de desempenho são monitorados, os impactos na

mudança dos processos podem ser medidos e analisados sob um ponto de vista quantitativo e

objetivo.

A implantação de uma estratégia como PLM possui um longo período de

investimento e seus benefícios, mensurados por indicadores de desempenho, não são

percebidos imediatamente por causa das atividades de melhoria das condições de trabalho,

tais como:

� Otimização processos de negócios de uma forma não estruturada (trial and

error);

� Mudança nos hábitos de trabalho dos empregados;

� Resistência a essa mudança;

� Adoção e aprendizado de novas ferramentas, por exemplo, PDM.

Page 48: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

48

Outro aspecto que deve ser considerado, é que geralmente PLM é introduzido de

forma progressiva, adicionando continuamente complexidade extra aos processos. De fato,

segundo a experiência prática do autor, PLM é implantado inicialmente em um projeto piloto

específico, e só depois disseminado para toda a empresa.

Em concordância a medir e entender melhor se a nova abordagem pode trazer

melhorias significativas aos processos do ciclo de vida do produto, é necessário implantar um

método de avaliação capaz de analisar os benefícios relacionados com a adoção de PLM,

mesmo antes de iniciar a adoção ou quando o sistema já estiver em funcionamento.

Dada à importância que os indicadores de desempenho têm para avaliação da

melhoria de processos, em particular mudanças ocasionadas pela adoção de PLM, é

necessária uma análise de trabalhos existentes sobre esse tópico. Essa análise é feita no

próximo tópico desse capítulo.

2.5.2 MÉTODOS PARA MEDIR A MELHORIA COM IMPLANTAÇÃO DE PLM

Pesquisando na literatura pertinente por algum meio de medir a melhoria nos

processo pela adoção de abordagem PLM observou-se que, atualmente, não existem muitos

trabalhos desenvolvidos nesse sentido. Alguns artigos analisam o retorno sob o investimento

dado pela adoção de ferramentas genéricas de TI (Tecnologia da Informação), orientadas à

troca e compartilhamento de dados, discussão sobre qual relação entre investimento em TI e o

desempenho corporativo (HUAN, OU, et al., 2005; BRYD e TURNER, 2000).

Outros artigos são um pouco mais específicos e abordam soluções próximas ao

PLM, tais como, CRM, SCM e ERP, direncionando a atenção sob o retorno financeiro

(HENDRICKS, et al., 2006; MABERT, et al., 2000).

Além disso, é abundante a discussão, sob diferentes pontos de vista, sobre os

benefícios em adotar sistemas ERP em diferentes tipos de empresa (MABERT, et al., 2003).

Mas poucas publicações versam sobre o impacto ou benefícios alcançados pela adoção da

Page 49: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

49

estratégia PLM. Alguns documentos são produzidos por empresas de consultoria e

mencionam o efeito de soluções específicas (CIMDATA, 2005) para setores industriais

específicos ou ainda trazem informações sobre estudos de caso bem definidos (HILL, JR.,

2006). Alemanni et al. (2008) apresentam um trabalho alinhado aos objetivos dessa tese. Nele

é proposta uma solução, baseada em KPI -Key Performance Indicators (KAPLAN e

NORTON, 1996) para avaliar os benefícios introduzidos pela adoção de ferramentas para

PLM em uma empresa que atua no setor aeroespacial e de defesa, enfatizando a melhoria

criada pela implantação de soluções para PLM nas atividades do dia a dia e a consequente

contribuição dessa melhoria em alguns processos chave tais como configuração de produto,

gerenciamento da mudança e documentação do desenvolvimento.

A respeito de métodos para criação de indicadores, Acosta (2004) apresenta um

método de derivar métricas para indicadores de desempenho, seguindo a visão do valor

gerado para os clientes do processo. Segundo o autor, o desenvolvimento desse método

baseia-se em requisitos operacionais da indústria: simplicidade, reprodutibilidade,

aplicabilidade, independência de especialista e alinhamento estratégico aos objetivos

organizacionais.

O método consiste de sete passos que permitem a derivação de métricas para

indicadores de um processo:

(1) Identificar qual é o objetivo do processo que se quer criar um indicador. Qual é o objetivo do processo (ou trabalho) pretende definir indicadores?

(2) Identificar quem são os clientes que irão receber a saída do processo. Quem é o cliente do seu processo?

(3) Registrar o que o cliente enxerga como valor

O que o cliente vê como valor? (4) Identificar qual é o processo responsável pela criação de cada valor

registrado. Qual é o processo "responsável" para a sua incorporação para cada valor acima?

(5) Identificar aspectos no processo mais responsável pela criação de valor. Qual é o aspecto mais relevante para cumprir o item de valor?

(6) Encontrar características que podem ser medidas para garantir que a geração de valor para os clientes está sendo considerada.

Page 50: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

50

Porque é que este aspecto é importante? Apontar algumas das suas características.

(7) Encontrar maneiras de como essas características pode ser medida. Como essas características devem ser avaliadas, a fim de serem indicadores do processo?

A partir da necessidade de obter uma ferramenta capaz de definir indicadores para

a abordagem PLM, o método de Acosta (2004) parece uma opção factível para uso, com as

devidas adaptações para o caso especifico de criação de indicadores para implantação de

PLM.

Após a discussão da importância de indicadores para medir a melhoria dos

processos, trabalho direcionados a PLM e possíveis métodos para definição de indicadores

que meçam a melhoria nos processos devido a adoção de PLM, no próximo tópico é

apresentado atributos que caracterizam um bom indicador de desempenho.

2.5.3 ATRIBUTOS PARA UM BOM INDICADOR

Na maioria das organizações, é comum o uso da análise de retorno sobre o

investimento financeiro (ROI – Return on Investment) para a tomada de decisão de

investimentos (ROULSTONE e PHILLIPS, 2008). Essa análise pode ser realizada para

tomada de decisão de qualquer investimento que objetiva melhorar um processo: comprar

uma nova máquina-ferramenta ou implementar uma nova tecnologia PLM, tendo diferentes

impactos na organização.

No caso de PLM, a análise ROI é usada para avaliar o retorno financeiro possível

para um investimento em PLM e determinar se os ganhos são substanciais o bastante para

justificar os investimentos. A análise ROI também provê um mecanismo para avaliação da

magnitude dos benefícios durante o ciclo de vida do projeto de uma implantação de um

sistema PLM. (MACKRELL, 2004).

A dificuldade que geralmente ocorre, especificamente para benefícios atrelados a

sistemas PLM, é a quantificação dos benefícios em termos monetários. Entretanto, sistemas

Page 51: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

51

PLM proveem benefícios por meio de redução de custos/tempo e possibilitam que a

contenção baseada em redução de tempo possa ser convertida em unidades monetárias

(MACKRELL, 2004).

Os benefícios somados devem ser balanceados aos custos relacionados às

aquisições de abordagem e tecnologias. Para tanto, é importante entender a diferença entre

indicadores de desempenho e benefícios: indicadores de desempenho são os valores

mensuráveis que são usados para quantificar o sucesso em alcançar um determinado

beneficio. Um benefício pode ter diversos indicadores relacionados. Contudo, para um

benefício desejado deve existir pelo menos um indicador estabelecido. (MACKRELL, 2004).

Quando um indicador é novo e não foi previamente medido, é necessário estima-

lo para justificar o investimento em qualquer solução para melhoria dos processos.

indicadores pré-estabelecidos ajudam a abrandar esse problema, mas poucas organizações têm

um número substancial de indicadores. Além disso, monitorar indicadores ao longo do tempo

pode mostrar o progresso de uma iniciativa PLM (MACKRELL, 2004).

Segundo Acosta (2004) os indicadores de desempenho possuem os seguintes

atributos:

� Um nome para o indicador;

� Uma métrica;

� Forma de coleta dos dados;

� Pessoa responsável pela coleta;

� Frequência da coleta.

� Formas de análise;

� Equipe ou pessoa encarregada pela análise dos dados

� Frequência da análise

� Um usuário final.

Page 52: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

52

Indicadores de desempenho são mais do que simples métricas. Eles devem servir

para algum propósito gerencial relacionado com o atingimento de objetivos específicos da

organização (TOSCANO e OSTINELLI, 1998) e devem ser customizados para cada um

desses objetivos (ACOSTA, 2004).

Mackrell (2004) aponta ainda os seguintes atributos como constituintes dos

indicadores de desempenho:

� Base line ou referencia inicial

Um ponto inicial em que o progresso pode ser determinado. Se historicamente não

existem dados, a base line deve ser estimada.

� Uma meta a ser alcançada

Uma meta que a organização deseja alcançar. Isso é usualmente estabelecido

como uma porcentagem ou montante de redução de custos. Entretanto, ela pode ser uma

quantidade ou redução de tempo no processo considerado.

� Um prazo determinado para alcançar a meta.

Trata-se de um atributo crítico para medir o sucesso na consecução da meta

estabelecida >quando<.

Mackrell (2004) afirma que a obtenção de indicadores será sempre um desafio, a

menos que os stakeholders os entendam e possam associá-los a sua experiência, possam

acreditar que eles podem ser precisamente medidos, e aceitar que as metas estabelecidas e o

prazo para obtê-las são razoáveis.

Os indicadores devem ser uma medida do valor gerado pela escolha de uma

determinada solução para melhoria dos processos. Essa geração de valor deve guiar a escolha

de uma tecnologia e metodologia.

Segundo Moreira (2009, p. 13)

“o valor está atrás de cada gesto, atitude, movimento ou interferência humana. É algo maior, soberano, que orienta, conduz e induz o que haverá de ser feito. Como elementos

Page 53: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

53

motivadores e impulsionadores das disposições e empenho humanos, os valores são as grandes razões pelas quais tudo o mais recebe energia. Atribuir valor é uma obrigação de quem recebe, em hipótese alguma de quem entrega alguma coisa”. Apesar de Moreira (2009) referir-se a relação entre clientes e empresas, a

afirmação acima pode ser extrapolada para implantação de um sistema de informação, por

exemplo, PLM. Conforme apresentado anteriormente, somente os stakeholders desse sistema

ou dos processos que esse sistema suporta podem atribuir algum valor a ele (SEDDON, et al.,

1998; TURUNEN e TALMON, 1998). Devido a isso, é importante considerá-los quando se

estiver definindo o que o sistema irá realizar para satisfazer esses stakeholders.

Além dos processos de negócio e os mecanismos existentes para avaliar mudanças

nos processos, as alterações devem atender os interesses dos stakeholders do processo. A

próxima seção concentra-se em formas de identificar stakeholders e analisar seus interesses

de forma a obter inputs na definição do “que” o sistema deve fazer para satisfazê-lo.

2.6 ANÁLISE DE STAKEHOLDERS

Análises de índices econômicos dos EUA (e de maneira semelhante de todo o

mundo) gastam atualmente, em média, 30% de suas despesas para aquisição de ativos de

informática, em comparação com 5% na década de 1960 (CAMERON e GREEN, 2009).

Entretanto, apesar da sofisticação do hardware disponível (relativamente barato), e

da série de aplicativos de software e técnicas de TI (Tecnologia da Informação) que foram

idealizadas e em muitos casos intensamente promovidos, por exemplo aplicativos de software

PLM, as organizações ainda deixam de agregar valor comercial esperado quando

implementam mudanças baseadas majoritariamente em TI (RANGAN, et al., 2008).

Aparentemente, a TI promete muito e os benefícios não são percebidos consistentemente.

(CAMERON e GREEN, 2009, p. 298).

Cameron e Green (2009, p. 301) advertem que

Page 54: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

54

“delegar a responsabilidade sobre o tema TI aos especialistas em TI da empresa como um dos possíveis motivos para essa dificuldade em usufruir os benefícios e os consequentes maus resultados”.

Os especialistas em TI simplesmente acabam definindo o projeto e produzindo

uma solução. Contudo, as decisões tomadas por eles afetam toda a empresa, mas são tomadas

por pessoas que não tem uma visão completa do negócio e sim uma visão limitada e técnica, a

de TI. Davenport (1994, p. 15) afirma:

“Os gerentes gerais (…) normalmente não conhecem muito sobre computadores. Pode ser que gostem da ideia de usar a tecnologia da informação estrategicamente, (…) Mas eles raramente sabem com traduzir os seus desejos em investimentos específicos em informática (TI)”.

Dentro desse conceito é importante identificar a verdadeira necessidades dos

stakeholders de sistema corporativos e de uma forma ampla de todos os interessados nesse

sistema cuja instalação ou implementação o afete ou seja afetada por ele. Os próximos tópicos

tratam da forma de identificar e analisar essas partes de forma a identificar suas necessidades,

bem antes de qualquer decisão seja tomada e qualquer investimento seja comprometido com

essa iniciativa.

2.6.1 IDENTIFICAÇÃO DE STAKEHOLDERS

Mason e Mitroff (1981, p. 23) ajudaram a introduzir a análise de stakeholders na

prática de negócios. A definição de stakeholders dada por esses autores é: “stakeholder é todo

aquele que de dentro ou fora da organização têm interesse no problema e sua solução” e ainda

segundo eles “são entidades concretas que afetam ou são afetadas por uma mudança

organizacional”. Eles sugerem formas de identificação de stakeholders que incluem

considerar:

� Grupos demográficos, tais como, faixa etária, sexo, cor etc;

� Relevância, perguntando as pessoas quem eles consideram ser stakeholders

chave;

Page 55: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

55

� Estudo de campo etnográfico para descobrir quem de fato tem um interesse

válido.

Alexander et. al. (2002) distinguem usuários de clientes, gerentes que estão

preocupados com o sucesso do sistema, entidades reguladoras, e brevemente discutem o papel

das pessoas nas organizações de desenvolvimento.

A identificação de stakeholders de um sistema deve considerar todas as pessoas

afetadas e que afetam o produto final, os processos do ciclo de vida e as organizações

envolvidas no esforço de desenvolvimento do sistema. Loureiro (1999) os investiga

separando-os em: stakeholders do produto, stakeholders do processo e stakeholders das

organizações que realizam os processos.

O método de análise proposto por Loureiro (1999) e demonstrado em seu trabalho

relaciona os potenciais stakeholders dos processos como sendo as fontes ou destinos dos

mecanismos, controles, entradas e saídas do processo. Para tanto ele utiliza a notação de

modelagem de processos IDEF0 (NATIONAL INSTITUTE OF STANDARDS AND

TECHNOLOGY, 1993) representada na Figura 2-3.

Figura 2-3: Elementos do IDEF0 utilizados para identificar stakeholders

Nessa figura, o elemento de entrada possui uma fonte ou origem. O método de

Loureiro (1999) sugere que as pessoas ou organizações que originam os inputs como um

stakeholder em potencial do processo. De forma semelhante, as pessoas ou organizações que

Elemento de processo Entrada Saída

Controles

Mecanismos

Page 56: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

56

recebem as saídas do processo são stakeholders em potencial. Idem para os controles e

mecanismos do processo.

Dessa forma, os processos de negócios podem ser entendidos como um conjunto

de relações entre grupos que tem influência nas diversas atividades que fazem o negócio. Com

isso, os processos de negócio tratam como clientes, fornecedores, empregados e financiadores

(bancos, acionistas e outros), comunidades e gerentes interagem e criam valor. Entender o

negócio e seus processos é entender como essas relações acontecem, ou seja, entender os

interesses dos stakeholders nos processos.

2.6.2 ANÁLISE DE NECESSIDADES DE STAKEHOLDERS

Stakeholders incluem não somente beneficiários nas mudanças dos processos, mas

também aqueles stakeholders, cujos interesses não devem ser atendidos. Além disso, é

impossível satisfazer a todos os stakeholders, mas é fundamental satisfazer os stakeholders

fundamentais a mudanças no processo (ALEXANDER, 2007).

Portanto, os stakeholders devem ser analisados de forma a obter informações

relevantes para tomada de decisão, mitigar riscos e propor formas de amenizar os efeitos não

desejáveis quando for necessária uma mudança. No caso do contexto desse trabalho, os

stakeholders dos processos devem ser analisados devido a:

1. Os stakeholders são aqueles que devem ficar satisfeitos com a nova

abordagem PLM adotada. Portanto entender suas necessidades é

fundamental;

2. Os stakeholders podem ser a principal barreira para o sucesso da nova

abordagem;

Page 57: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

57

2.7 PROCESSO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS

Após a identificação dos stakeholders e de suas necessidades, essas informações

junto com a definição dos processos de negócio devem ser utilizadas para definir o “que” o

novo sistema PLM deve fazer. Dessa forma, deve-se definir quais as funções que esse novo

sistema deve ter para atender os stakeholders e os processos. Essa seção apresenta a

abordagem de engenharia de sistemas para a definição das funcionalidades de um sistema em

consonância com as necessidades de stakeholders e os processos de negócios.

Certamente, é comum encontrar referencias a uma disciplina chamada Engenharia

de Sistemas. Mas, mesmo nunca tendo ouvindo falar dessa disciplina, os termos podem soar

familiaes. Os termos Sistemas e Engenharia são bem conhecidos. Ouvindo-os juntos, todos

podem ter certa idéia do que seja essa disciplina. O problema é que essas idéias estão

frequentemente equivocadas. Para auxilia o leitor, o Quadro 2-2 foi elaborado para fornecer

algumas definições úteis ao entendimento da abordagem.

Quadro 2-2: Definição de termos importantes, fonte: (ISO, 2008; TECHNICAL BOARD INTERNATIONAL COUNCIL ON SYSTEMS ENGINEERING (INCOSE), 2010; FREEMAN, 1984)

Conceito Definição

Atividade Conjunto de tarefas coesas de um processo Elemento A parte de um sistema que pode ser implementada para o cumprimento de

requisitos específicos. Organização Pessoa ou grupo de pessoas e instalações com uma estrutura de

responsabilidade, autoridade e relacionamento. Estágio Um período no ciclo de vida de uma entidade que se relaciona a um

estado específico de sua descrição ou criação. Projeto Um esforço com critérios de início e fim empreendidos para criar um

produto ou serviço de acordo com recursos específicos e requisitos. Processo Conjunto de atividades inter-relacionadas ou que interagem para

transformar inputs em outputs. Sistema PLM São os elementos de Infraestrutura PLM, Processos de negócio e

Stakeholders envolvidos no conceito de gerenciamento do ciclo de vida do produto.

Page 58: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

58

Sistemas são artefatos criados pela mente humana e que consistem de blocos que

possuem o mesmo objetivo final e que não pode ser alcançado por cada elemento em

separado. Os blocos podem consistir de software, hardware, pessoas, ou qualquer outra

unidade (INCOSE, 2010).

Engenharia geralmente define disciplinas que usa métodos e ferramentas em uma

forma estruturada o desenvolvimento de algo: um produto, uma obra, a operação produtiva,

processo de manutenção etc.

Considerando as duas definições pode-se dizer que engenharia de sistemas denota

métodos que podem ser usados para desenvolver sistemas.

Segundo o INCOSE (2011), Engenharia de Sistemas concentra-se na definição e

documentação de requisitos de sistemas em fases iniciais, na preparação do projeto de

sistemas, e na verificação do sistema em relação ao cumprimento dos requisitos, considerando

Ferramenta ou software PLM

São os aplicativos de software utilizados na estratégia de gerenciamento do ciclo de vida do produto. Ex. CAD, CAE, CAM, CAPP, PDM, etc.

Infraestrutura PLM

É a rede de computadores utilizada para criar, compartilhar e gerenciar dados de produtos em conjunto com todos os softwares necessários a essa estratégia

Sistema Uma combinação de elementos inter-relacionados organizados para alcançar um ou mais propósitos estabelecidos. Um conjunto de elementos integrados, subsistemas, ou montagens (assemblies) que realiza um determinado objetivo. Esses elementos incluem produtos (hardware, software, firmware), processos, pessoas, informação, técnicas, instalações, serviços e outros elementos de suporte.

Engenharia de Sistemas

Engenharia de Sistemas (ES) é uma abordagem multidisciplinar que permite a criação de sistemas satisfatoriamente. Ela define as necessidades dos stakeholders e funcionalidades requeridas antecipadamente no ciclo de desenvolvimento, documenta os requisitos, e só então prossegue como o projeto (Síntese) e validação(Análise) enquanto considera o problema completo: operações, custos e cronograma, eficiência, treinamento e suporte, testes, manufatura e descarte. ES considera ambos, as necessidades de negócios e técnicas de todos os consumidores como o objetivo de prover um produto de qualidade que atenda as necessidades dos clientes.

Page 59: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

59

o problema do ponto de vista global: operação, tempo, criação, custo e planejamento,

treinamento e suporte técnico e descarte.

Engenharia de sistemas integra todas as disciplinas e descreve um processo

estruturado de desenvolvimento, da fase de conceito à fase de produção e operação e

finalmente colocando o sistema fora de operação. É dada ênfase em aspectos técnicos e

econômicos simultaneamente para desenvolver um sistema que atende as necessidades dos

usuários. Essa linha de raciocínio holístico também inclui soluções para problemas que

surgem somente quando um novo sistema é introduzido.

O modelo de processo SIMILAR (BAHIL e GISSING, 1998) fornece uma revisão

adequado do processo de engenharia de sistemas. O nome é um acrônimo para:

� State the problem,

� Investigate alternatives,

� Model systems,

� Integrate,

� Launch the system,

� Assess performance,

� Re-evaluate.

No início de qualquer desenvolvimento de produto o que existe inicialmente são

as descrições das tarefas que se deve realizar para consecução de objetivos estabelecidos.

Dessa forma, uma boa solução só pode ser encontrada se as tarefas forem bem formuladas.

Erros nessa fase podem tornar-se extremamente onerosos, em termos de custos e prazo.

Portanto, dentro desse contexto, deve-se definir inicialmente o que o sistema deve fazer, ou

quais requisitos o sistema deve atender. Entretanto, os requisitos não devem descrever a

Page 60: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

60

solução. Se o fizessem, isso impediria de avaliar mais de uma solução como alternativa

(WEILKIENS, 2006).

Uma das importantes tarefas de um engenheiro de sistemas é investigar e ponderar

soluções alternativas. Isso significa que, baseado nos requisitos, um engenheiro de sistemas

não precisa desenvolver um projeto de sistema, mas normalmente projetos alternativos

adicionais. Isso o permite ponderar diversas soluções umas com as outras. Dificilmente vai

ocorrer a situação em que todos os benefícios estejam unidos em uma única solução. Isso

também significa que diferentes critérios técnicos, financeiros e prioridades sejam

considerados (WEILKIENS, 2006).

A abordagem de engenharia de sistema é utilizada para solucionar o problema de

definição de requisitos por proporcionar uma visão holística do problema e,

consequentemente, aborda os diversos aspectos envolvidos, tais como, pessoas, tecnologia e

processos. Na próxima seção é apresentado em detalhes o processo de engenharia de

requisitos que também é utilizado, com adaptações, para alcançar os objetivos estabelecidos

nesse trabalho.

2.8 PROCESSO DE ENGENHARIA DE REQUISITOS

De uma maneira simples e direta o processo de engenharia de requisitos é o

processo pelo qual engenheiros descrevem o que um sistema deve fazer. O objetivo é simples:

apresentar de forma escrita o que o sistema faz. Mas a importância dessa tarefa é muitas vezes

subestimada. O investimento médio da indústria no processo de engenharia de requisitos para

um sistema é de 2% a 3% do custo total do projeto (YOUNG, 2004).

Segundo Young (2004), essa quantidade de investimento é inadequada e é a causa

raiz de falha em muitos projetos. Dados da NASA descritos em Hooks e Farry (2001)

fornecem o seguinte Alerta: projetos industriais que gastam 2% a 3% do custo total do projeto

Page 61: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

61

(em todo o ciclo de vida) no processo de engenharia de requisitos, experimentaram um

acréscimo de 80% a 200% nos custos do projeto, enquanto os projetos que investiram 8% a

14% do custo total do projeto no processo de engenharia de requisitos tiveram um acréscimo

de 0% a 50%.

Além disso, a grande maioria dos gerentes pondera as atividades relacionadas a

requisitos como sendo constituídas simplesmente pela coleta de requisitos e o gerenciamento

de mudanças desses requisitos durante o ciclo de vida do produto (YOUNG, 2004).

Na realidade, existem diversas outras atividades relacionadas a requisitos que são

necessárias durante o ciclo de vida de um sistema, quais sejam (YOUNG, 2004):

� Identificar stakeholders;

� Entender as necessidades dos stakeholders;

� Identificar requisitos;

� Esclarecer e reafirmar requisitos;

� Analisar os requisitos;

� Definir os requisitos de uma forma que tenham o mesmo significado para

todos os stakeholders;

� Especificar os requisitos;

� Priorizar os requisitos;

� Derivar os requisitos.

Hull et al (2005) ressaltam a importância de entender o relacionamento entre

requisitos e modelagem de sistemas para o processo de engenharia de requisitos. Segundo

esses autores esses campos de atuação possuem atividades que se auxiliam mutuamente. Esse

Page 62: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

62

relacionamento pode ser entendido como camadas sobrepostas em que a inferior suporta a

superior e assim sucessivamente. A Figura 2-4 ilustra esse relacionamento.

Figura 2-4: Relacionamento entre requisitos e modelagem de sistemas. Adaptado de (HULL, et al., 2005)

As camadas de modelagem da Figura 2-4 explicam e proporcionam o

desdobramento na camada seguinte de requisitos desde as primeiras necessidades

estabelecidas até aos requisitos de subsistemas (fluxo ascendente à direita). Esse framework

proporciona a rastreabilidade para, a partir dos requisitos de subsistemas, retornar as

necessidades estabelecidas inicialmente e concluir que aquilo que é proposto na forma de

requisitos atendem aos stakeholders (fluxo descendente ao centro). Os requisitos são a

definição do que é requerido em cada camada em níveis de detalhamento cada vez maiores.

2.9 MODELAGEM DE SISTEMAS

Especificações baseadas em ES frequentemente resultam em uma quantidade

significativa de documentos com vários tipos de diagramas e notações, algumas vezes usadas

de uma maneira inconsistente (WEILKIENS, 2006).

Camada de Requisitos

Camada de Modelagem

Camada de Requisitos

Camada de Modelagem

Camada de Requisitos

Camada de Modelagem

Estabelecimento da Necessidade

Modelagem do Uso

Requisitos dos Stakeholders

Modelagem Funcional

Requisitos de Sistema

Modelagem de Desempenho

Camada de Requisitos Requisitos de Subsistema

Page 63: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

63

Uma abordagem alternativa é a baseada em modelos, comumente chamada de

“Engenharia de Sistemas baseada em Modelos”. Essa abordagem procura desenvolver um

conjunto consistente de modelos que proporcionam visões diferentes de um mesmo

sistema para armazenagem e gerenciamento em banco de dados (WEILKIENS, 2006).

A abordagem baseada em modelos resulta em um conjunto estruturado de modelos

que representam e especificam o sistema em vários níveis de detalhes (visões) tais como

operacional, funcional, e de aspectos técnicos. Modelar sistemas auxilia no gerenciamento de

sua complexidade, desde que cada modelo e diagrama forneçam uma visão abstrata e a

definições do sistema (ou parte dele).

Segundo Hull et. al (2005) os sistemas podem ter suas funcionalidades

classificadas em modelos conforme a Figura 2-5.

Figura 2-5: Diagrama de contexto de um sistema e interação entre funcionalidades (HULL, et al., 2005)

As funcionalidades internas são os elementos principais para a criação de

requisitos de sistemas, porque a ênfase é definir >o que< o sistema irá cumprir. Para

identificar essas funcionalidades, o modelo desenvolvido deve ser capaz de indicar o

Sistema

Sistemas externos

Ameaças externas

Funcionalidade de interface

Funcionalidade interna

Usuários

Funcionalidade para interação com usuários

Funcionalidade da garantia da

qualidade

Page 64: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

64

comportamento do sistema (behaviour). Nesse trabalho são utilizados diagrama de contexto e

de casos de uso para modelagem do comportamento do sistema.

A seleção da notação adequada depende do tipo de sistema que está sendo

modelado. No caso de um sistema PLM, todas as funções estão, de alguma forma,

relacionadas a gerar, manipular e armazenar com segurança dados de produto e dos processos

relacionados a essas funções. O modelo ou modelos criados devem mapear o fluxo de dados

no contexto do processo analisado.

As funcionalidades de interface são necessárias para definir a natureza das

interações com outros sistemas. No caso de um sistema PLM, elas mapeiam o fluxo de

informação entre os demais sistemas já existentes no ambiente, onde o sistema PLM será

implantado. O fluxo pode ser numa única direção ou em ambas e podem existir limitações na

rede de computadores e integração entre sistemas. Portanto, pode ser necessário especificar

uma arquitetura de rede isenta dessas limitações. A arquitetura física existente pode ser,

consequentemente, uma fonte de restrições para o sistema PLM.

As funcionalidades para interação com usuários estabelecem os fluxos de

informação entre usuários e o sistema. Ademais, o contexto em que os usuários irão trabalhar

também deve ser considerado. Como regra geral, as ferramentas já utilizadas devem ser

analisadas com exemplos de interface que podem ser reaproveitadas no novo sistema. Por

exemplo, planilhas Excel™ e documentos Word™ devem ser utilizados para captura de

informação devido a sua larga difusão de interface. O sistema PLM deve gerenciar esses

arquivos. Dessa forma, a interface torna-se mais acessível aos novos usuários bem como o

sistema PLM pode gerenciar dados legados da empresa.

Apesar dessas características, as diversas iniciativas para padronizar o processo de

engenharia de sistemas (por exemplo, ISO/IEC 15288, EIA-632), não resultaram em nenhuma

linguagem de modelagem de sistemas. Isso pode levar a perdas consideráveis em projetos

Page 65: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

65

interdisciplinares, por exemplo Projeto TAPP – Turbina Aeronáutica de Pequena Potencia

(SILVA e TRABASSO, 2009). Segundo Weilkiens (2006), as informações na forma de

modelos são de difícil manipulação e compartilhamento, gerando desentendimentos entre a

equipe de projeto e a necessidade de ferramentas diferentes, o que, geralmente, ocasiona

retrabalhos. Dessa problemática surge a necessidade de linguagem de modelagem de sistemas.

Os próximos itens detalham a linguagem SysML desenvolvida pela OMG (Object

Management Group) resolve as dificuldades ocasionadas pela falta de uma padronização para

modelagem de sistemas.

2.9.1 SYSTEM MODELING LANGUAGE – SYSML

SysML é uma linguagem de modelagem orientada a objetos para especificar, analisar,

projetar, e verificar sistemas que podem incluir hardware, software, informação, pessoal,

procedimentos e instalações. Especificamente, essa linguagem fornece representações gráficas

com significado semântico para modelar requisitos, comportamento, estrutura, e integração do

sistema com uma análise da engenharia em larga escala (WEILKIENS, 2006). A SysML

representa um subconjunto de UML 2.0 (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2010), com as

extensões necessárias para atender as necessidades da Engenharia de Sistemas, conforme

ilustrado na Figura 2-6.

Figura 2-6: Interseção da UML 2.0 e SysML (Fonte: (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2010)

UML 2.1 SysML

Não utilizada SysML

Extensão da UML para SysML

UML reusada pelo SysML: (UML4SysML)

Page 66: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

66

Historicamente, a SysML nasceu a partir de uma iniciativa do International Council

on Systems Engineering (INCOSE) para customizar a UML para aplicações de Engenharia de

Sistemas. O INCOSE e a OMG (Object Management Group, responsável pela UML), criaram

em 2001 um grupo de trabalho que definiu os requisitos de uma linguagem de modelagem de

sistemas. Estes requisitos foram publicados em 2003 como uma chamada para propostas de

linguagens (UML for Systems Engineering Request for Proposal - UML for SE RFP)

(WEILKIENS, 2006). Dessa forma foi então organizado o SysML Partners, um grupo de

trabalho composto por representantes do setor industrial e desenvolvedores de ferramentas

CASE (Computer Aided Software Engineering). Este grupo iniciou a elaboração da SysML

open souce, uma linguagem que respondesse aos requisitos especificados na SE RFP. A

versão draft da SysML foi publicada em 2004, enquanto que a versão atual, SysML 1.2, foi

publicada em junho de 2010 (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2010).

DIAGRAMAS DA SYSML

A organização da SysML em diagramas está representada na Figura 2-7. Os nomes

dos diagramas foram traduzidos livremente do inglês para português, já que se tratam de

elementos normativos. Em caso de dúvida o leitor pode consultar a referencia (OBJECT

MANAGEMENT GROUP, 2010).

Page 67: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

67

Figura 2-7: Taxonomia dos diagramas SysML, fonte: (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2010)

Diagramas estruturais

� O diagrama de blocos (Block Definition Diagram – BDD) substitui o

diagrama de classes (Class Diagram) da UML 2.0.

� O diagrama interno de blocos (Internal Block Diagram – IBD) substitui o

diagrama de estrutura composta (Composite Structure Diagram) da UML 2.0.

� O diagrama paramétrico (Parametric Diagram) é uma extensão SYSML

utilizada para analisar parâmetros críticos do sistema.

� O diagrama de pacotes permanece inalterado.

bdd [SysML Block Definition] diagrams [diagrams]

«block»Diagrama de

requisitos

notesDiagrama novo

«block»Diagrama de

ativ idades

notesDiagrama modificado do UML2.0

«block»Diagrama máquinas

de estado

notesIgual a UML 2.0

«block»Diagrama de

sequência

notesIgual a UML 2.0

«block»Diagrama use case

notesIgual a UML 2.0

«constraintBlock»Diagrama de blocos

notesDiagrama modificado do UML2.0

«block»Diagrama interno de

blocos

notesDiagrama modificado do UML 2.0

«block»Diagrama de pacotes

notesIgual a UML 2.0

«block»Diagrama

parametrico

notesDiagrama novo

«block»Diagrama

comportamental

«constraintBlock»Diagrama estrutual

«block»Diagrama SysML

Page 68: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

68

O >bloco< é a unidade básica da estrutura em SysML e pode ser usado para

representar o hardware, o software, as instalações, o pessoal, ou todo e qualquer outro

elemento do sistema.

A estrutura do sistema é representada por três tipos de diagramas:

� Diagrama de blocos;

� Diagrama interno de blocos e

� Diagrama de pacotes.

O diagrama de blocos descreve a estrutura do sistema: componentes, suas

propriedades, operações e relações. O diagrama interno de blocos descreve a estrutura interna

de um componente, incluindo suas partes e interfaces.

Um quarto diagrama também pode ser considerado como diagrama de estrutura, o

diagrama paramétrico, esse diagrama utiliza blocos de restrição para integrar análises de

engenharia, tais como modelos de desempenho e confiabilidade com outros modelos SysML.

Blocos de restrição podem ser usados para especificar uma rede de restrições que representam

expressões matemáticas, tais como { }20VmP ×= & e { }AVm 0ρ=& , que são restrições físicas de

um sistema. Tais restrições podem ser usadas também para identificar parâmetros críticos de

desempenho e as relações com outros parâmetros, coletados ao longo do ciclo de vida do

sistema.

Diagramas comportamentais

� O diagrama de atividades (Activity Diagram) foi modificado levemente na

linguagem SysML

Page 69: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

69

� Os diagramas de sequência, máquinas de estado e casos de uso (Sequence

Diagram, State Chart Diagram, e Use Case Diagram) permanecem

inalterados.

O comportamento do sistema é representado por quatro tipos de diagramas:

� Diagrama de atividade;

� Diagrama de sequência;

� Digrama de máquinas de estado e

� Diagrama de casos de uso.

Estes diagramas são herdados da UML 2.0 de forma integral e sem modificações. O

diagrama de casos de uso fornece uma descrição em alto nível das funcionalidades do sistema

na forma de casos de uso (WEILKIENS, 2006; OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2010).

O digrama de atividades representa o fluxo dos dados e o controle entre atividades. O

diagrama de sequência representa a interação entre partes colaborativas de um sistema. O

diagrama de máquinas de estado descreve as transições de estado e as respectivas ações que o

sistema (ou parte do sistema) executa em resposta a eventos.

Além da estrutura e comportamento, a SysML inclui uma construção gráfica para

representar requisitos baseados em texto para relacioná-las a outros elementos do modelo. Ela

estabelece uma ligação entre as ferramentas de gerenciamento típicas da Engenharia de

Requisitos e os demais modelos do sistema.

O leitor encontrará detalhes da linguagem SysML nas referências apresentadas. No

Anexo A2 do trabalho encontra-se um breve resumo da linguagem SysML.

Page 70: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

70

No Capítulo 2 foi realizada uma revisão sobre conceitos utilizados na elaboração

da proposta de método de auxílio apresentadas neste trabalho. No Capítulo 3 são apresentadas

as abordagens comumente utilizadas para seleção e implementação de sistemas PLM. Com

isso objetiva-se evidenciar as lacunas existentes e comprovar que o que está sendo proposto é

de fato uma contribuição original.

Page 71: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

71

3. ABORDAGENS EXISTENTES PARA PLM

3.1 ABORDAGENS CONSULTADAS NA LITERATURA

Os sistemas de informação necessitam de avaliação antes e após sua implantação

no ambiente de negócios para garantir que os objetivos estabelecidos sejam de fato

alcançados. Segundo Eriksson e Penker (2000), é comum chegar à conclusão de que esses

sistemas não suportam apropriadamente o negócio em que eles estão inseridos. Ainda

segundo esses autores, existem várias razões para isso. Por exemplo, a especificação de

requisitos não é realizada de forma correta, o time de implantação não entende

satisfatoriamente o negócio ou não entende as mudanças que acontecem tão frequentemente

no mercado. Para evitar ou minimizar esses problemas,, diversos métodos foram criados para

estruturar o processo de implantações de soluções de TI nas empresas (ERIKSSON e

PENKER, 2000).

Segundo Colombo e Francalanci (2004), o processo de implantação de sistemas

de informação, pode ser definido como uma sequencia de passos por meio dos quais, partindo

de uma lista inicial, as organizações selecionam soluções de software para serem implantadas.

E ainda segundo eles, a seleção de sistemas de informação é normalmente estruturada em três

macro fases, quais sejam:

� Pré-seleção – tem como objetivo reduzir o número de alternativas consideradas no

processo de seleção;

� Análise – visa possibilitar a obtenção de um entendimento detalhado das

características funcionais e tecnológicas

� Negociação – objetiva avaliar a capacidade de fornecedores proverem serviços de

pós-venda (suporte) e avaliar a proposta comercial

Page 72: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

72

Hansmann e Neumann (2002) apresentam uma abordagem para implantação de

sistemas ERP (Enterprise Resource Planning). Segundo esses autores, nessa abordagem os

processos podem ser considerados como uma fonte de informação para a definição de

requisitos, mas a ênfase é dada aos requisitos individuais e frequentemente, dissociados do

processo. Na abordagem desses autores, após a fase de seleção do sistema é que ocorre a

análise mais detalhada dos processos atuais e a posterior definição do processo futuro.

Segundo Zancul (2009), em geral a seleção de sistemas de informação pode ser

realizada em dois momentos distintos de um projeto de implementação de software:

� No inicio do projeto, antes mesmo do mapeamento detalhado do processo atual

(AS- IS),

� Ao longo do projeto, em conjunto ou após a especificação dos novos processos

(TO-BE).

A escolha adequada de software que atende as necessidades de uma empresa é

fundamental para o sucesso de projetos de implantação de software (ZANCUL, 2009). Umble

et al. (2003) alertam que possivelmente a implantação de software irá falhar ou o software

cairá em desuso quando nela não há alinhamento consistentemente entre os processos de

negócio, os aplicativos de software e as necessidades dos stakeholders.

Zancul (2008) descreve em um estudo de caso, os problemas encontrados por

empresa do setor automotivo em implantar ferramentas PLM – atraso de 17 meses em relação

ao plano inicial de implantação. Ainda nesse trabalho, esse autor identifica quatro causas

principais para as dificuldades encontradas:

� Seleção de sistema com base em requisitos pouco detalhados, que não refletem

todas as necessidades específicas dos processos de negócio;

� Planejamento do projeto sem considerar o real esforço de implantação

necessário;

Page 73: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

73

� Baixo envolvimento dos usuários finais ao longo do projeto (stakeholders);

� Falta de metodologia para apoiar a implantação do PLM.

Hansmann e Neumann (2002) elicitam sete etapas para a implantação de sistemas

ERP (Enterprise Resource Planning):

(1) Seleção do sistema;

(2) Estudo preliminar;

(3) Análise da situação inicial (AS IS);

(4) Definição do conceito futuro (TO BE);

(5) Implementação técnica (customização, configuração, programação);

(6) Instalação;

(7) Operação.

Hansmann e Neumann (2002) propõem ainda que a seleção de software ERP seja

realizada nas seis etapas seguintes:

(1) Definição dos objetivos;

(2) Especificação dos requisitos e atribuição dos pesos de cada requisito;

(3) Mapeamento do mercado;

(4) Análise e seleção de sistemas favoritos;

(5) Testes de sistemas favoritos;

(6) Seleção final.

Segundo esses autores, a especificação dos requisitos (etapa 2) pode ser derivada

da definição dos objetivos como também da documentação existente dos processos. Caso os

processos não sejam documentados ou disponíveis, os autores sugerem a realização de uma

modelagem em um nível pouco detalhada dos processos, com a documentação das

Page 74: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

74

deficiências atuais, para apoiar a definição dos requisitos (HANSMANN e NEUMANN,

2002).

Na abordagem de Hansmann e Neumann (2002 apud ZANCUL, 2009), após a

fase de seleção do sistema é que ocorre a análise detalhada dos processos atuais (AS IS) e a

posterior definição do processo futuro (TO BE).

Ainda relacionado a sistemas ERP, Sousa e Saccol (2008) apresentam uma

metodologia para seleção de sistemas baseada em recomendações presentes na literatura

técnica especializada (BANCROFT, et al., 1998; HECHT, 1997; KRASNER, 2000;

THEMISTOCLEOUS, et al., 2001; BERGAMASCHI, 1999; COLANGELO FILHO, 2001;

MORAES FILHO e WEIGERG, 2002; RICCIO, 2001; SOUZA e ZWICKER, 1999).

O método proposto por esses autores está alinhado com a contribuição dos demais

autores já citados – as funcionalidades das soluções ERP devem adequar-se às necessidades

das empresas. Além disso, o método proposto por Sousa e Saccol (2008) aborda também

outras dimensões envolvidas, que são usabilidade, a tecnologia, a cultura da empresa e de seus

funcionários e, por fim, o lado comercial do negócio. O procedimento proposto pode é

ilustrado pela Figura 3-1.

Page 75: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

75

Figura 3-1: Modelo de seleção de soluções ERP - Múltiplos filtros. Fonte: (SOUZA e SACCOL, 2008)

O objetivo do método proposto por Souza e Saccol (2008) é eliminar

sucessivamente as soluções ERP disponíveis no mercado por meio de diversos filtros de

aderência às necessidades da empresa, >filtro (a)< seleção prévia, >filtro (b)< avaliação

funcional etc. A aplicação do método é feita por uma série de procedimentos agrupados por

etapas/filtros, que respeitam a prioridade das dimensões de avaliação eliminando alternativas

a cada etapa e selecionado as mais aderentes às expectativas da empresa.

Procedimentos iniciais � Designação de um grupo de responsabilidade; � Identificação da sistemática e das necessidades; � Determinação dos indicadores de desempenho; � Determinação dos demais quesitos a serem avaliados; � Determinação de um sistema de pontuação;

(a) Seleção prévia � Seleção de fornecedores; � Seleção de produtos.

(b) Avaliação funcional � Análise do material de divulgação; � Analise das funcionalidades.

(c) Refinamento da análise � Teste do sistema;

� Avaliação dos detalhes comerciais.

(d) Avaliação tecnológica e de mercado � Seleção de fornecedores; � Seleção de produtos.

Decisão

Page 76: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

76

Relacionado especificamente ao tema seleção de PLM, somente poucos trabalhos

são encontrados e relatados em seguida.

Zancul (2009) propõe um método para selecionar sistemas PLM. Para isso ele

desenvolve um modelo de referência para um sistema PLM, considerando funcionalidades

possíveis, e utiliza esse modelo para selecionar o sistema PLM (software) que melhor se

adequa aos processos de uma empresa. Esse método é ainda baseado em métodos utilizados

para seleção de sistema de informação, especificamente sistemas ERP. Contudo, segundo

Grieves (2006) PLM e ERP são sistemas bastante diferentes, não obstante serem

complementares.

Schuh et al (2008) apresenta um framework que consiste de um conjunto de

modelos de processos de negócio que relaciona conceitos fundamentais, conhecimento

corporativo e soluções de software e apoia a implantação da abordagem PLM. Ainda segundo

esses autores, faltam pesquisas e publicações relacionadas ao processo de implantação da

abordagem PLM.

Grieves (2006) aborda o tema implementação de sistemas PLM do ponto de vista

estratégico por meio da definição de um planejamento estratégico para PLM: visão, avaliação

do status atual, plano de ação e os recursos necessários para implementar esse plano. Além

disso, esse autor sugere que sejam utilizados ROI – Return on Investments e ROA – Return on

Assets (PHILLIPS e PHILLIPS, 2007) como indicadores de desempenho para propor e medir

os resultados de implantações PLM.

Saaksvuori et al (2008) apresenta uma abordagem em que a implantação PLM é

definida como sendo um projeto em que diferentes departamentos devem participar de sua

implantação.. O projeto pode ser de longo ou curto prazo dependendo da dimesão da empresa

e dos recursos disponíveis para investimento. Além disso, segundo o autor, nesse projeto deve

ser possível gerenciar aspectos técnicos e mentais do processo de mudança na organização.

Page 77: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

77

A maioria dos métodos desenvolvidos nos trabalhos analisados são variações, em

menor ou maior grau, de métodos de auxílio à implantação de sistemas ERP ou estão

direcionados para níveis elevados da organização em que são definidos a visão e estratégia

PLM. Além disso, pode-se dizer que os métodos apresentados abordam de forma isolada e,

muitas vezes de forma superficial, outras dimensões relacionadas a PLM, tais como, pessoas e

processos.

Nas abordagens analisadas, os processos podem ser considerados como uma das

fontes para a criação dos requisitos, mas não sua fonte principal. Consequentemente, a visão

de quais processos os aplicativos de software irão auxiliar pode se perder. Dessa forma, a

busca por uma solução para resolver problemas ou dificuldades nos processos podem passar a

ser uma busca desalinhada do objetivo principal – aumentar a eficiência na realização dos

processos.

Assim, a definição de requisitos de sistemas PLM é prejudicada, pois ninguém

sabe ao certo o que deve ser buscado. Além disso, esses autores propõem poucos indicadores

de desempenho para a verificação do sucesso ou fracasso da implantação de aplicativos de

software para PLM, resumindo-se a apenas ROI e ROA.

Ainda como o objetivo de elucidar a contribuição do trabalho, foi elaborada uma

análise sinótica dos principais trabalhos acadêmicos existentes sobre o tema. Essa análise é

apresentada no Quadro 3-1.

Page 78: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

78

Qua

dro

3-1

An

ális

e si

nótic

a do

s tr

abal

hos

exis

tent

es

rela

cion

ados

ao

auxi

lio a

impl

emen

taçã

o P

LM

A

uto

res

Ca

ract

erí

stic

as

(ZA

NC

UL,

20

09

) (U

MB

LE e

t a

l.,

20

03

) (G

RIE

VE

S,

20

06

) (S

AA

KS

VU

OR

I e

t a

l.,

20

08

)

Ab

ord

agem

u

tili

zad

a D

esen

volv

imen

to d

e m

odel

os d

e re

ferê

ncia

, pro

cess

os e

id

entif

icaç

ão d

e bo

as p

rátic

as d

e im

plan

taçã

o de

sis

tem

as E

RP

.

Iden

tific

ação

, em

trab

alho

s an

terio

res

rela

cion

ados

a E

RP

, os

fato

res

de s

uces

so e

um

a co

mpa

tibili

zaçã

o de

sses

tr

abal

hos.

Abo

rda

a im

plan

taçã

o P

LM n

o ní

vel e

stra

tégi

co. D

efin

e vi

são,

av

alia

a s

ituaç

ão a

tual

e p

lane

ja

as m

udan

ças

nece

ssár

ias

a um

a es

trat

égia

PLM

.

Est

rutu

ra a

impl

anta

ção

PLM

co

m b

oas

prát

icas

de

gere

ncia

men

to d

e pr

ojet

o.

Con

side

ra s

iste

ma

PLM

com

o um

a fe

rram

enta

par

a au

xílio

aos

pr

oces

sos.

Ên

fase

da

pro

po

sta

Sel

eção

de

sist

emas

PLM

em

fu

nção

da

ader

ênci

a do

s pr

oces

sos

exis

tent

es a

um

m

odel

o de

ref

erên

cia

dese

nvol

vido

.

Boa

s pr

átic

as e

xist

ente

s e

os

caso

s de

suc

esso

. D

efin

ição

da

estr

atég

ia d

e ne

góci

os r

elac

iona

da a

im

plem

enta

ção

de s

iste

mas

P

LM.

Ger

enci

amen

to d

as m

udan

ças

orga

niza

cion

ais

e ge

renc

iam

ento

de

proj

etos

(p

roje

to d

e im

plan

taçã

o P

LM).

Uso

de

ind

icad

ore

s p

ara

aval

iar

a im

pla

nta

ção

Não

abo

rda.

N

ão a

bord

a.

Indi

ca R

OI e

RO

A c

omo

indi

cado

res

de d

esem

penh

o,

cont

udo

não

mos

tra

com

o ob

ter

esse

s in

dica

dore

s.

Indi

cado

res

são

abor

dado

s de

fo

rma

impl

ícita

(in

dica

dore

s de

pr

ojet

o): p

razo

s, o

rçam

ento

, etc

.

Page 79: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

79

Qua

dro

3-1:

Con

tinua

ção

:

A

uto

res

Ca

ract

erí

stic

as

Za

ncu

l (2

00

9)

Um

ble

et

al,

20

02

G

rie

ve

s (2

00

6)

Sa

ak

svu

ori

et

al

(20

08

)

Sta

ke

ho

lde

rs

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. A

bord

a os

us

uário

s do

sis

tem

a (s

oftw

are

para

PLM

) co

mo

um ti

po d

e st

akeh

olde

r do

sis

tem

a P

LM.

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. D

ecla

ra s

omen

te

os u

suár

ios

do s

iste

ma

que

são

um ti

po d

e st

akeh

olde

r do

si

stem

a P

LM.

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. I

dent

ifica

os

usuá

rios

do s

iste

ma

PLM

e

mem

bros

da

dire

toria

da

empr

esa

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. L

ista

som

ente

us

uário

s do

sis

tem

a P

LM.

Dim

ensõ

es

anal

isad

as

Pro

cess

os d

e ne

góci

o e

func

iona

lidad

es P

LM

Som

ente

apl

icat

ivos

de

softw

are

e us

uário

s P

roce

ssos

de

negó

cios

, fu

ncio

nalid

ades

PLM

e p

esso

as.

Pro

cess

os d

e ne

góci

o.

An

ális

e d

e s

ta

ke

ho

lde

rs

do

p

roce

sso

e d

e su

as

nec

essi

dad

es

Não

usa

N

ão u

sa.

Não

usa

. N

ão u

sa.

Tip

os

de

mo

del

agem

usa

da

na

pro

po

sta

Nen

hu

ma

Nen

hu

ma.

N

enh

um

a.

Nen

hu

ma.

Uso

de

no

taçõ

es

esp

ecíf

icas

de

mo

del

agem

Nen

hu

ma

N

enh

um

a.

Nen

hu

ma.

N

enh

um

a.

Page 80: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

80

3.2 ABORDAGEM ENCONTRADA NA INDÚSTRIA

Na indústria a abordagem comumente encontrada para a seleção de sistema PLM

é a de uso de questionários que buscam obter informações sobre a empresa e seus processos

para que, a partir da análise dessas informações, sugerir um sistema PLM mais adequado ao

perfil da empresa. Esse processo é ilustrado pela Figura 3-2.

Figura 3-2: Processo comumente encontrado para a definição de soluções PLM

Esse processo é encontrado, com algumas pequenas variações, em portais na

internet de seleção de soluções de TI, tais como, ERP e PLM.

Na Figura 3-2, o Passo 1 para a definição de um sistema PLM é o estabelecimento

das necessidades organizações. Essa definição é obtida por meio de questionários objetivos de

múltipla escolha. Por exemplo, a empresa pode ser questionada sobre qual é o seu negócio e

em qual setor industrial ela atua (Manufatura, Processos ou Engenharia). Ainda pode ser

questionado número de usuários, como eles estão distribuídos e as funcionalidades que são

necessárias para a organização etc.

1 2 3

Responder a questões sobre as necessidades do negócio

Listar todos os fornecedores para a criação de uma lista de soluções.

Priorização das necessidades e comparação dos fornecedores sob a ótica de priorização

Definição das necessidades do negócio

Comparar soluções da lista Listar soluções PLM

Page 81: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

81

O Passo 2 é obter uma lista preliminar de fornecedores que possivelmente

atenderão as necessidades organizacionais listadas. O terceiro e último passo (Passo 3) é a

comparação de funcionalidades das soluções listadas no Passo 2 considerando as

necessidades organizações encontradas no Passo 1.

Uma abordagem alternativa pesquisada pelo autor é a elaboração de questionários

pré-existentes para a realização do Passo 1 e o envio para possíveis fornecedores. Após o

envio das respostas dos fornecedores, as empresas as analisam para selecionar uma lista de

fornecedores que podem ser utilizada para uma nova etapa no processo de seleção, por

exemplo, testes das soluções selecionadas.

No mercado, também, são encontradas consultorias, cujos serviços são

direcionados a implementação de soluções PLM no ambiente organizacional. Essa

implementação vai desde o desenvolvimento de uma estratégia PLM até o monitoramento dos

resultados obtidos pela implementação (IBM, 2011; CIMADATA, 2011).

No Capítulo 2 foi realizada uma revisão sobre conceitos utilizados na elaboração

da proposta de método de auxílio apresentado nesse trabalho e no Capitulo 3 foram mostrados

as abordagens comumente realizadas para implementação de sistemas tais como, PLM. No

Capítulo 4 é apresentada a eleaboração do método REQ4PLM utilizando os conceitos

apresentados até aqui, objetivando o preenchimento de lacunas identificadas no processo de

seleção de aplicativos PLM.

Page 82: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

82

4. DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO REQ4PLM

Neste capítulo é apresentado um método de trabalho para auxiliar na identificação

dos requisitos de um sistema PLM para ser usados na sua implantação. Esse método apresenta

os processos de negócio, seus stakeholders e a infraestrutura PLM como componentes

fundamentais de um sistema PLM. Os dois primeiros componentes definem o terceiro, já que

os stakeholders estão interessados nos processos e as tecnologias suportam os processos. Na

Figura 4-1, os stakeholders têm intereses que podem ser traduzidos em requisitos para o

sistema PLM ou processo; a infraestrutura PLM, por sua vez, suporta os processos e os

processos podem fornecer requisitos para o sistema PLM.

Figura 4-1: Representação dos componentes de um Sistema PLM e suas (adaptado de Grieves, (2006)).

A Figura 4-2 apresenta os subsistemas e a hierarquia de um sistema PLM. A

melhor infraestrutura possível PLM pode não funcionar bem se os processos de negócio a ela

associados não estiverem bem estruturados. A partir dessa perspectiva adicionam-se novos

Sistema PLM

Stakeholders Infraestrutua

PLM

Processos

Interesses

Requisitos

Suporte

Page 83: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

83

componentes à estrutura PLM apresentada e busca-se identificar uma abordagem sistemática

para desenvolver os relacionamentos dentro da nova estrutura PLM proposta.

Figura 4-2: Sistema PLM e seus elementos: uma nova proposta

Essa abordagem de relacionamentos é estruturada a partir de conceitos de

Engenharia de Sistemas (ES) apresentada na seção 2.7. Na perspectiva de ES, os problemas

são abordados em um processo interativo top-down de síntese e validação que considera o

ciclo de vida do sistema, os stakeholders e suas necessidades documentando-as na forma de

requisitos e modelos.

Para orientar a elaboração do método, utilizou-se a norma de projetos VDI 2221.

que estrutura o desenvolvimento de uma solução em dois domínios: o domínio do problema e

o domínio da solução (CROSS, 2004). A Figura 4-3 mostra que no domínio do problema

existem processos com stakeholders e que estes possuem necessidades. No Domínio da

Solução há o método proposto que deve ser desenvolvido para selecionar requisitos para

sistemas PLM e satisfazer os critérios seguintes:

Infraestrutura PLM

Software PLM

Hardware

Processos

Usuários

Sistema PLM

Page 84: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

84

� Considerar os diversos aspectos envolvidos no processo de implantação,

proporcionando uma visão ampla do problema,

� Garantir a integração desses requisitos ao negócio, e

� Proporcionar uma maneira de acompanhar o processo de implantação.

Figura 4-3: Desenvolvimento do método domínio do problema e da solução

Uma maneira de fazer com que o método proposto considere os diversos aspectos

do processo de implantação envolvidos e que esteja integrado ao negócio é fazer com que as

necessidades dos stakeholders sejam utilizadas no método. A Engenharia de Sistemas propõe

que as necessidades dos stakeholders sejam reescritas na forma de requisitos e que sejam

consideradas como matéria prima para a síntese de uma solução ou sistema. Para garantir que

o método proporcione uma maneira de acompanhar o processo de implementação PLM,

propõe-se que os benefícios auferidos pela implementação, sejam medidos por meio de

indicadores de desempenho dos processos, relacionados ao atendimento ou não das

necessidades dos stakeholders. O método proposto descrito a seguir atende aos pressupostos

acima discutidos. Com o problema apresentado acima, foi desenvolvido o método apresentado

nas próximas seções. A função principal do método proposto é apresentada na Figura 4-4 por

Domínio do problema Domínio de solução

Processos

Stakeholders

Método Necessidades

Relacionadas

aos

dos

Page 85: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

85

meio de um diagrama da caixa preta (TRABASSO, 2005). Nesse diagrama são mostradas

ainda as entradas e saídas do método proposto.

Figura 4-4: Diagrama da caixa preta- mostrando a função principal do método desenvolvido

A Figura 4-5 apresenta o desdobramento da função principal (Figura 4-4) em sub

funções que compõem o método por meio do diagrama da caixa transparente (TRABASSO,

2005).

Figura 4-5: Diagrama de atividades mostrando as etapas do método desenvolvido

As próximas seções detalham as subfunções do método apresentadas na Figura 4-5.

4.1 ETAPA I – MAPEAR E MODELAR PROCESSOS

Nesta etapa, os processos de negócio devem ser mapeados, modelados e validados

com seus participantes. Dentre as diversas notações de modelagem disponíveis, o método

prescreve a notação BPNM (Business Process Notation Modeling) (OMG, 2010). Ela foi

Auxiliar implantação de Sistemas PLM

Informações sobre processo

Necessidades do negócio

Requisitos para o sistema PLM

Indicadores de desempenho

Mapear e Modelar Processos

Analisar Stakeholders

Determinar requisitos

Definir indicadores de desempenho

Map

a d

e p

roce

sso

Mapa de processo

Necessidades dos stakeholders

Aná

lise

de

sta

keh

old

ers

Informações sobre o processo

Necessidades do negócio

Requisitos

Indicadores de desempenho

Page 86: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

86

escolhida por ser uma notação de fácil entendimento pelos diversos interessados no processo,

desde os analistas de negócios responsáveis pelo primeiro draft do processo, até os técnicos

responsáveis por implementá-los em ferramentas de TI, o que preenche uma lacuna nas

linguagens de modelagem de processos existentes até então (OMG, 2010). O Quadro 4-1

apresenta um sumário da etapa >mapear e modelar processos<.

Quadro 4-1: Mapear e modelar processos

4.2 ETAPA II – ANALISAR STAKEHOLDERS

No método proposto, a Análise de stakeholders consiste em coletar e analisar

informações para determinar quem sãos os interessados no processo e o que deve ser levado

em conta na implementação do processo PLM. Nessa atividade é utilizado o modelo de

Sumário: Mapeamento e modelagem de processos

Entrada:Entrada:Entrada:Entrada:

Entrevistas, questionários, reuniões,

workshops, observação de campo, análise da

documentação existente, análise de sistemas

legados, coleta de evidências.

Saída:Saída:Saída:Saída:

Mapa e Modelo dos processos. Motivação/Descrição Por quPor quPor quPor queeee? ? ? ?

O sistema PLM deve suportar os processos do ciclo de vida do produto. Dessa forma, é

natural iniciar o processo de implantação, entendendo os processos de negócio: objetivos,

participantes, recursos e métodos utilizados. O que?O que?O que?O que?

Coletar e descrever todas as informações relevantes no contexto dos processos do ciclo de

vida, particularmente para a implantação de um sistema PLM.

Como?Como?Como?Como?

As informações são coletadas em entrevistas, questionários, reuniões e workshops,

observação de campo, análise da documentação existente, análise de sistemas legados,

coleta de evidências etc. Depois disso, os processos são modelados para utilização em

outras etapas do método.

Onde?Onde?Onde?Onde?

A modelagem de processo forma o conhecimento básico usado no método proposto. Os

modelos de processo são utilizados em etapas subsequentes do método proposto. Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas:

Mapeamento e modelagem de processos, Enterprise ArchitectTM

Modelar processos

Modelos de processo

Informações sobre

os processos

Page 87: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

87

processo elaborado na atividade 3.1. O Quadro 4-2 mostra, a título de exemplo, a análise

stakeholders do processo de gerenciamento de mudanças de engenharia que é uma das

funcionalidades de um sistema PLM. Neste exemplo, para cada stakeholder identificado, é

feita análise para estabelecer seus interesses com relação ao processo, qual é o seu

protagonismo, quais os riscos relacionados aos stakeholders.

No exemplo apresentado, os projetistas têm um interesse de >melhorar o controle

dos dados criados< possuem o papel de > realizar as mudanças necessárias para atualizar o

produto<. Ainda relacionado a esses stakeholders, existe o risco identificado de que >não se

comprometam com iniciativa de implementação PLM<, cujo impacto é >alto< para sucesso da

iniciativa.

Quadro 4-2: Exemplo de análise realizado em stakeholders do processo de mudanças de engenharia

Stakeholder Interesse no processo

Qual é o papel do

stakeholder no processo?

Riscos percebidos Impacto potencial

no processo

Projetistas Melhor controle dos dados do produto

Realizar mudanças no projeto CAD atual

Não se envolver na iniciativa de implantação do sistema, pois não partilham da necessidade de melhor acesso à informação.

alto

Gerentes Eficiência na manipulação dos dados

Supervisionar as atividades

durante a modificação

O gerente da área não tem liderança sob restante do grupo

alto

Engenheiros Os requisitos do produto devem ser respeitados

Aprovar tecnicamente

as modificações

Os engenheiros estão sobrecarregados no preenchimento de relatórios e podem não querer participar

alto

Fornecedores Fornecer insumos para o novo produto modificado

Conhecimento rápido sobre o

que mudou

Descumprimento dos prazos acordados inicialmente

baixo

Page 88: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

88

No caso de processos, os stakeholders podem ser identificados por meio da

análise das entradas, saídas, controles e mecanismos de cada elemento do processo analisado,

conforme sugerido por Loureiro (1999). O Quadro 4-3 apresenta um sumário da etapa:

Analisar Stakeholders do método desenvolvido.

Quadro 4-3: Analisar de stakeholders

4.3 ETAPA III – DEFINIR INDICADORES DE DESEMPENHO

Nessa etapa, o método prescreve a criação de indicadores de desempenho para o

processo atual, bem como a meta desejada para esses indicadores.

Nesta etapa é aplicado o método PERISCOPE (Performance Indicators Scope)

(ACOSTA, 2004) que foi escolhido devido a sua simplicidade e reprodutibilidade. Para

Sumário: Análise de Stakeholders do processo

Entrada:Entrada:Entrada:Entrada:

Processo na forma de modelos, informações

coletadas no ambiente do processo e outras

informações relacionadas aos processos

analisados (Ex. Lista preliminar de

stakeholders).

Saída:Saída:Saída:Saída:

Análise dos indivíduos ou organizações

(stakeholders) que têm interesse nos processos

e, consequentemente, podem ter requisitos para

o sistema PLM. Motivação/Descrição Por quPor quPor quPor queeee? ? ? ?

É fundamental atender adequadamente as necessidades dos stakeholders para o sucesso de

qualquer solução proposta para melhoria de processos. O que?O que?O que?O que?

Identificar e analisar qualquer indivíduo e/ou organização que possuam interesses

relacionados aos processos ou interesse na implantação PLM

Como?Como?Como?Como?

As análises são realizadas utilizando os modelos de processos desenvolvidos, entrevistas, e

demais informações coletadas em observação de campo e documentos existentes.

Onde?Onde?Onde?Onde?

Stakeholders são fontes de requisitos e seus interesses devem ser descritos e analisados

para geração desses requisitos em etapas posteriores do método. Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas:

Análise de stakeholders

Analisar stakeholders

Processo

Stakeholders

Page 89: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

89

atender aos objetivos deste trabalho, esse método foi adaptado retirando-se etapas já

cumpridas pelo método proposto e adicionando-se uma nova atividade em que são definidas

uma referência (base line/ meta) para medições absolutas ou relativas e a dimensão de tempo,

de acordo com as recomendações de Mackrell (2004).

O método PERISCOPE adaptado é apresentado na Figura 4-6.

Figura 4-6: Abordagem para determinação de indicadores de desempenho do processo

O Quadro 4-4 apresenta o sumário da etapa: Definir Indicadores de Desempenho

do método. Nesta etapa os processos de negócios são utilizados como entrada para definição

de indicadores. Esses indicadores objetivam obter parâmetros quantitativos para comparar o

desempenho da organização na execução de um determinado processo durante e após a

implantação de PLM.

act [Activ ity] Indicadores [Indicadores]

Entradas

(from Method)

1. Identificar v alor para o cliente

(from Method)

2. Identificar sub-processo gerador de

valor

(from Method)

Saida

(from Method)

3. Identificar aspectos que geram v alor

(from Method)

4. Identificar caracterisiticas desses

aspectos

(from Method)

5. Identificar forma de medição

(from Method)

1. O que os stakeholders vêem como valor?

2. Para cada valor acima, qual é o sub-processo "responsável" pela sua incorporação?

3. Qual é o aspecto mais relevante para cumprir o item de valor?

4. Porque é que este aspecto é importante? Apontar algumas das suas características.

5. Como essas características devem ser avaliadas, a fim de ser um indicador do processo?

6. Definir outros atributos: Baseline/Meta/Prazo necessários a iniciativa PLM

6. Definir Base Line/Meta/Prazo

(from Method)

StakeholdersDescrição do processo

Indicadores e seus atributos

Page 90: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

90

Quadro 4-4: Definir Indicadores de Desempenho

4.4 ETAPA IV – DETERMINAR REQUISITOS PARA O SISTEMA PLM

Após a identificação dos stakeholders e de suas necessidades, os requisitos a eles

associados podem ser elaborados. Até essa etapa, é comum obter informações vagas e

subjetivas. Por exemplo, um gerente de engenharia gostaria de:

Aumentar a eficiência do processo de modificação de engenharia.

A necessidade exemplificada está no Domínio do Problema, relacionada a um

processo específico, o processo de Gerenciamento de mudanças de engenharia. Sabendo-se

que os stakeholders têm necessidades relacionadas aos processos, as seguintes perguntas

podem ser elaboradas:

O que pode ser feito para suprir essa necessidade?

Sumário: Definição de indicadores

Entrada:Entrada:Entrada:Entrada:

Necessidades dos stakeholders , em especial os

clientes do processo e informações do

processo.

Saída:Saída:Saída:Saída:

Análise dos indivíduos ou organizações

(stakeholders) que têm interesse nos processos

e, consequentemente, podem ter requisitos para

o sistema PLM. Motivação/Descrição Por quPor quPor quPor queeee? ? ? ?

Porque é necessário entender e medir a geração de valor alcançada pelo atendimento das

necessidades dos stakeholders em qualquer momento do ciclo de vida da solução proposta

(Seleção, Implementação e upgrade do sistema). O que?O que?O que?O que?

Definir indicadores de desempenho que caracterizam o atendimento das necessidades dos

stakeholders em qualquer momento do ciclo do sistema PLM.

Como?Como?Como?Como?

Definindo indicadores de desempenho que incorporem geração de valor para os

stakeholders do processo

Onde?Onde?Onde?Onde?

Stakeholders são quem ficarão satisfeitos (ou não) pela introdução de um solução técnica ou

metodológica. Após a definição de suas necessidades deve-se medir o atendimento de seus

interesse por meio de indicadores de desempenho. Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas: Método PERISCOPE modificado com novos atributos: Baseline, meta e prazo

Definir indicadores de desempenho

Indicadores de desempenho

Análise de stakeholders

Modelos de

processo

Page 91: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

91

Porque existem mudanças de engenharia?

Porque os stakeholders precisam de eficiência nesse processo?

É possível que poucas ou nenhuma resposta seja apresentada pelos stakeholders.

É muito mais provável que isso ocorra se a necessidade estiver relacionada a uma tecnologia

que os stakeholders não conhecem ou dominam, como é o caso da abordagem de negócios

PLM. Contudo, mesmo assim eles são quem devem ficar satisfeitos pela proposição de uma

nova abordagem de negócios que alia tecnologia de informação e novos métodos de trabalho.

Portanto, os stakeholders devem ter voz na definição dos requisitos, para que um

sistema PLM possa ser implantado com êxito. Para isso, é previsto que os requisitos sejam

desenvolvidos a partir da análise de informações coletadas em entrevistas semiestruturadas,

com roteiros sintéticos que orientam o diálogo estabelecido entre a pessoa que está usando o

método proposto e os stakeholders do processo. Esses roteiros podem incluir perguntas

semelhantes àquelas apresentadas no inicio dessa seção. Pode-se, também, usar a análise de

evidência em documentos existentes e as saídas dos processos como fontes de requisitos

(ALEXANDER e STEVENS, 2002).

No início das entrevistas, sugere-se apresentar aos stakeholders os objetivos do

trabalho para que eles avaliem sua relevância, e de fato colaborem com a proposta,

manifestando suas opiniões mesmo em assuntos sensíveis, como >Os problemas e limitações

do processo<.

A Figura 4-7 resume a etapa de derivação de requisitos dos stakeholders. Nela, os

documentos empilhados representam as informações geradas ou recebidas durante o processo

e as figuras ovais são as funções necessárias para determinação dos requisitos. A função

>Analisar e Modelar< é executada para determinação dos requisitos dos stakeholders em

função das necessidades identificadas na etapa anterior. Além disso, por meio dela, criam-se

os modelos para atender os requisitos dos stakeholders previamente definidos. Esses modelos

Page 92: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

92

são analisados e pode-se obter os requisitos funcionais do sistema usados para orientar o

processo de implementação de Sistemas PLM.

Figura 4-7: Processo de determinação de requisitos de implementação.

Os requisitos dos stakeholders identificam as capacidades (capabilities) desejadas

por eles para melhorar os processos de negócio, sem responder como elas podem ser

satisfeitas. Além das capacidades identificadas, outra fonte de requisitos dos stakeholders

pode ser as restrições relacionadas à aquisição de soluções tecnológicas ou mesmo à

implementação da solução. No caso de sistema PLM, essas restrições estão usualmente

associadas a custo e prazo.

Os modelos desenvolvidos podem também ser consultados sempre que necessário

para desenvolver novos requisitos e implementar novas funcionalidades ao sistema.

Analisar e modelar funcional

Derivar Requisitos

Resultados da Análise

Requisitos

Processos BPMN

Necessidades dos

stakeholders

Stakeholders

Modelos SysML

Page 93: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

93

A modelagem de sistemas auxilia o processo de análise, pela introdução de um

grau de formalidade à medida que os sistemas são definidos: requisitos dos stakeholders

geram modelos que, por sua vez, geram os requisitos funcionais do sistema.

O método proposto prescreve o uso dos seguintes diagramas:

� Diagramas de contexto para identificar os fluxos de informação entre

sistema e atores;

� Diagrama Use Case para definir funcionalidades do sistema que devem

atender os fluxos identificados e

� Diagramas de Blocos para modelar a estrutura do sistema PLM.

Os diagramas de contexto (vide Figura 4-8) são utilizados para modelagem da

interação do sistema PLM e as diversas entidades externas do ambiente onde o sistema PLM

irá atuar. O objetivo desse diagrama é obter informações iniciais sobre os fluxos de ou para o

sistema. As entidades externas são os atores do sistema e os fluxos são descritos como fluxos

de informação. O diagrama de contexto é um diagrama pré-definido nas abordagem de

modelagem de sistemas SYSMOD proposta por Weilkiens (2006) e no trabalho de Loureiro

(1999; 2006). Esse diagrama é formalmente composto por elementos padrões SysML e pode

ser modelado por qualquer ferramenta que utilize essas linguagens. São utilizados diagramas

de bloco e diagrama interno de blocos como diagramas padrão para construção dos diagramas

de contexto.

Page 94: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

94

Figura 4-8: Exemplo de diagrama de contexto

Casos de uso (use cases) representam as funcionalidades fornecidas ao ambiente e

são usados como elementos centrais na análise de requisitos funcionais. As funcionalidades

do sistema determinam o propósito de sua existência. Casos de uso auxiliam no refinamento

de requisitos de stakeholders em requisitos funcionais, descrevendo-os em maiores detalhes.

Numa abordagem top-down, use cases permitem visualizar detalhes do sistema nas etapas

iniciais do processo de implementação PLM.

Os diagramas de blocos (Block Definition Diagram) foram utilizados para

representar a estrutura do Sistema PLM associando funcionalidades aos componentes do

sistema. Os blocos possuem informações sobre eles mesmos (atributos), ou fazem referência a

outros blocos que estão no seu entorno. O diagrama de blocos para SysML é o diagrama de

classes para UML (WEILKIENS, 2006).

Devem ser definidas as relações com ambiente em que o sistema irá operar, entre

elas:

� Os sistemas existentes que interagirão com o novo sistema;

� As pessoas que interagirão com o sistema;

bdd [SysML Block Definition] v iew [v iew]

«System»Sistema

Actor1

Actor2

Actor3

«actor»outro sistema

«flow»

Page 95: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

95

� As ameaças que o sistema deve estar preparado para se defender;

� Os efeitos adversos que devem ser prevenidos.

Definir título do quadro e citá-lo no texto.

O Quadro 4-5 apresenta o sumário da etapa de determinação de requisitos.

Quadro 4-5: Determinar Requisitos para o sistema PLM

Por fim o Quadro 4-5 apresenta a ultima etapa do método que é a determinação do

que o sistema irá realizar na forma de requisitos do sistema PLM.

O Capítulo 4 apresentou o método REQ4PLM. A apresentação constitui-se dos de

mostrar, justificar e relacionar os componentes usados para obtenção dos objetivos

estabelecidos no inicio da pesquisa. No Capítulo 5 é apresentada a aplicação do método em

um ambiente de desenvolvimento de produto.

Sumário: Determinação de requisitos

Entrada:Entrada:Entrada:Entrada:

Análise de stakeholders e todas as informações

usadas nessa análise

Saída:Saída:Saída:Saída:

Requisitos e consequente detalhamento das

necessidades dos stakeholders e definição de

funções do sistema.

Motivação/Descrição Por quPor quPor quPor queeee? ? ? ?

Os requisitos são a base para o desenvolvimento de sistema. Eles determinam o que o

sistema vai oferecer. O que?O que?O que?O que?

Os requisitos são obtidos a partir das necessidades dos stakeholders e documentados numa

estrutura de requisitos.

Como?Como?Como?Como?

Os requisitos são determinados por meio de técnicas de identificação de informações sobre

as deficiências dos processos atuais e modelados em diagramas de requisitos SysML.

Onde?Onde?Onde?Onde?

O desenvolvimento de requisitos dos stakeholders é um passo intermediário para a

obtenção de requisitos do sistema. Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas: Ferramentas:

Diagramas SysML

Entrevistas usando roteiros pré-estabelecidos (Anexo A2)

Determinar requisitos

Analise de stakeholders

Requisitos de stakeholders

Page 96: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

96

5. DEMONSTRAÇÃO DO MÉTODO REQ4PLM

Neste capítulo é realizada a demonstração do método proposto por meio de sua

aplicação em processos do ciclo de vida de produtos. Para isso, foi necessário definir uma

empresa que possuísse as seguintes características mínimas:

� Empresa que desenvolve produtos;

� Empresa que busca melhorar seus processos relacionados ao ciclo de vida dos

produtos;

� Empresa de fácil acesso ao autor.

Considerando os critérios acima, o local escolhido para a demonstração do

método foi o Departamento de Desenvolvimento de Produtos Industriais do SENAI

CIMATEC em Salvador – BA. Os processos analisados dentro dessa organização são os

processos do ciclo de vida de produtos desenvolvidos pelo CIMATEC.

O DPI (Desenvolvimento de Produtos Industriais) é um departamento do SENAI

CIMATEC que presta serviços técnicos de engenharia à indústria baiana e brasileira. A área

desenvolve produtos de baixa complexidade cujas etapas consistem em design e concepção,

projeto de engenharia, projeto e fabricação de moldes.

A relevância da aplicação do método no DPI está nos processos por ele

executados, que são semelhantes àqueles encontrados na indústria.

As seções 4.1 e 4.2 foram desenvolvidas para fornecer o leitor informações

complementares ao entendimento do trabalho. A seção 4.1 descreve a ferramenta CASE

utilizada para modelagem de modelos em SysML/UML. A seção 4.2 descreve o ambiente que

foi aplicado o método REQ4PLM. As demais seções(4.3 -4.6) apresentam a aplicação do

método propriamente dita.

Page 97: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

97

5.1 FERRAMENTA COMPUTACIONAL UTILIZADA

O software Enterprise ArchitectTM (SPARX-SYSTEMS, 2011) é uma ferramenta

CASE para especificar, documentar e desenvolver projetos de software, arquitetura

empresarial e sistemas em geral. Ela utiliza as linguagens BPMN, UML e SysML como

notações de modelagem.

As notações disponíveis permitiram usar essa ferramenta para modelagem dos

processos executados pelo DPI no desenvolvimento de produtos industriais usando a notação

BPMN e possibilitaram também a modelagem do sistema PLM em linguagem SysML e a

consequente definição de seus requisitos.

5.2 DEPARTAMENTO DPI E A INFRAESTRUTURA PLM EXISTENTE

O departamento DPI desenvolveu, ao longo dos anos, processos para projetar

produtos, Projetar Moldes e Planejar e Controlar Manufatura. Constatou-se que os processos

possuem diversos desperdícios gerando retrabalhos. Não obstante, esses processos são

executados repetidamente pelo DPI no ciclo de vida dos produtos. O DPI não tem produto

próprio, mas participa do ciclo de vida de produtos desenvolvidos para seus clientes. Dessa

forma, os processos são ajustados conforme as necessidades estabelecidas em contrato de

prestação de serviços.

As ferramentas PLM como CAD, CAM, CAE foram selecionadas conforme a

perspectiva isolada de cada usuário especialista e não a partir de um consenso sobre quais

ferramentas seriam as melhores para a realização dos processos. Consequentemente, formou-

se uma panaceia de ferramentas adquiridas ao longo dos anos desconsiderando-se os aspectos

de integração de dados nas várias etapas do ciclo de vida dos produtos em que o DPI

participa. Vide Quadro 5-1.

Page 98: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

98

Quadro 5-1: Ferramentas PLM (CAD/CAM/CAE) utilizados no DPI

As funcionalidades de ferramentas como PDM são desconhecidas pela maioria

dos colaboradores, muito embora afirmações, tais como, “algo deveria gerenciar os dados e

informações sobre o produto para organizar melhor as coisas” puderam ser constatadas ao

longo deste trabalho.

O intercâmbio de dados entre essas ferramentas é realizado utilizando descrições

matemáticas do produto (2D/3D) em formatos de arquivos distintos, tais como, *.stp (STEP)

ou *.igs (IGES). As informações não geométricas (atributos e requisitos do produto e

processo) são documentadas em diversos formatos (*.doc,*.xls, *.ppt, *.txt, *.pdf e *.mpp).

Esses documentos foram padronizados com a utilização de templates, mas não existe controle

de revisões ou de acesso a esses templates. Para o gerenciamento dos arquivos é utilizado o

software Windows ExplorerTM encapsulado no sistema operacional WindowsTM. Verificou-se

que o processo para elaboração desses arquivos e suas revisões não são transparentes para os

integrantes da equipe de desenvolvimento.

O processo de gerenciamento das mudanças do produto é de difícil execução por

causa dos diversos formatos de informação, entre outros. Por exemplo, se é realizada alguma

mudança no produto, todo o desenvolvimento de trajetórias de usinagem deve ser refeito

porque não é utilizada uma abordagem de Master Model.

Ferramentas requeridas Ferramentas utilizadas CAD RHINOCEROS™, SOLIDWORKS™ e AUTOCAD™ CAM SurfCAM™ CAE COSMOS™, FEMAP™ e NASTRAN™ PDM WINDOWS EXPLORER™

Page 99: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

99

5.3 MAPEAR E MODELAR PROCESSOS

O ciclo de vida dos produtos desenvolvidos no DPI começa com a identificação

de uma necessidade no mercado por seus clientes. Como resposta a essa necessidade, é

elaborada a concepção inicial do produto e apresentação ao cliente na forma de briefing de

Design (Estilo e Funções principais). A concepção inicial inclui a pesquisa de mercado por

produtos similares e posicionamento do conceito no mercado de atuação. São avaliados

também preço de venda, funções e características físicas tais como peso, cor e forma. Esse

estudo resulta na identificação de requisitos do consumidor e restrições do mercado.

Constatou-se que esses requisitos não são elaborados e documentados com a participação de

todos os interessados no projeto: são criados e usados pelos projetistas com a finalidade única

de concepções de produto.

Após a anuência do cliente com o conceito apresentado, a etapa de projeto de

engenharia é executada, onde as funções do produto são implementadas na forma de soluções

de engenharia. Após a conclusão do projeto do produto, ele é usado, quando aplicável, como

base para desenvolvimento, manufatura e testes (tryout) de moldes de injeção. Moldes,

protótipos e a documentação técnica pertinente são entregues à empresa cliente no final do

processo.

Ao longo de dois meses de investigação, foi realizada a modelagem dos processos

para desenvolvimento de produtos do DPI. Inicialmente, buscou-se um melhor entendimento

desses processos, níveis de maturidade, pontos fortes, pontos fracos, riscos e pessoas. Para

essa etapa de aplicação do método, as pessoas envolvidas nos processos foram consultadas

para se conhecer o que elas faziam, para quem elas se reportavam, quais as informações elas

geravam e recebiam. Observou-se como cada pessoa realizava suas tarefas e atividades,

registrando tempo médio de realização de cada tarefa e ainda procurou-se entender quais eram

as conexões entre as tarefas.

Page 100: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

100

Além disso, foram analisados documentos (políticas, procedimentos e instruções

de trabalho). Por fim, foi investigada a relação com clientes e fornecedores e o impacto dessa

relação nos processos. A modelagem dos processos é apresentada nas Figuras 5–1 a 5–6.

Nelas encontram-se os modelos dos diversos processos analisados e validados com os seus

stakeholders. A Figura 5–1 representa o macro processo analisado e as demais ( Figura 5 – 2 a

5 – 6) são subprocessos desse processo.

Page 101: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

10

1

Fig

ura

5-1

: Pro

cess

o de

des

envo

lvim

ento

de

prod

uto

s

BP

MN

Des

env

olv

ime

nto

de p

rodu

tos

«Lane» Administração«Lane» NPFR«Lane» NDES

«Pool» DPI

Pe

did

oA

be

rto

SG

PS

«B

usin

ess

Pro

cess

»P

roje

tar

prod

uto

«B

usin

ess

Pro

cess

»P

roje

tar

prod

uto

«Bus

ines

sPro

cess

»D

ese

nvol

vim

ento

de

P

ré-P

roje

to d

o M

olde

«Bus

ines

sPro

cess

»D

ese

nvol

vim

ento

de

P

ré-P

roje

to d

o M

olde

Ap

rova

ção

in

tern

a

Pré

-Pro

jeto

a

pro

vad

o?

«Bus

ines

sPro

cess

»P

roje

tar

Mol

de«B

usin

essP

roce

ss»

Pro

jeta

r M

olde

Mo

de

los

e

esp

eci

fica

çõe

s d

o

pro

du

to

Lis

ta d

e

ma

teri

ais

IL

ista

de

m

ate

ria

is I

I

Fe

cha

me

nto

d

o m

old

e

de

fin

ido

«Bus

ines

sPro

cess

»A

quis

içã

o de

pro

duto

s e

serv

iços

«Bus

ines

sPro

cess

»A

quis

içã

o de

pro

duto

s e

serv

iços

«Bus

ines

sPro

cess

»P

lane

jar

e co

ntro

lar

a

ma

nufa

tura

«Bus

ines

sPro

cess

»P

lane

jar

e co

ntro

lar

a

ma

nufa

tura

Lis

ta d

e

serv

iço

s

«B

usin

ess

Pro

cess

»M

anu

fatu

rar

Mol

de«

Bus

ine

ssP

roce

ss»

Ma

nufa

tura

r M

olde

Pro

du

tos

ese

rviç

os

Try

ou

t d

o m

old

e

An

ali

sar

pro

ble

ma

So

luçã

o

de

fin

ida

En

tre

ga

pro

ble

ma

id

en

tifi

cad

o

sim

o

«In

form

açã

«In

fom

açã

«In

form

açã

«In

form

açã

BP

MN

Pro

cess

os

«B

usin

essP

roce

ss»

Bus

ines

sPro

cess

«B

usin

essP

roce

ss»

Bus

ines

sPro

cess

Eve

nto

Da

do

s g

era

do

s

O s

imb

olo

no

ca

nto

in

feri

or

dir

eit

o i

nd

ica

qu

e

exi

ste

m s

ub

pro

cess

o o

u t

are

fas

rela

cio

na

do

s a

o p

roce

sso

.

O s

imb

olo

in

dic

a q

ue

um

de

term

ina

do

eve

nto

inic

ia u

ma

ou

tra

eta

pa

do

pro

cess

o.

O s

imb

olo

in

dic

a q

ue

in

form

açã

o/e

ne

rgia

/ma

teri

al

são

ge

rad

os

na

a

tivi

da

de

(sa

ída

) e

o u

tili

zad

os

em

ou

tra

s a

tivi

da

de

s(e

ntr

ad

a).

As

seta

s in

dic

am

o f

luxo

.

Page 102: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

10

2

Fig

ura

5-2

: Pro

cess

o de

Pro

jeta

r do

pro

duto

BP

MN

Pro

jeta

r pr

odut

o

«B

usin

ess

Pro

cess

»D

ese

nvol

ve

r co

nce

ito«

Bus

ine

ssP

roce

ss»

De

senv

olv

er

conc

eito

Ap

rova

ção

in

tern

aA

pro

vaçã

oe

xte

rna

(cli

en

te)

Co

nce

ito

a

pro

vad

o?

Ofe

rta

ace

ita

«B

usin

ess

Pro

cess

»D

ese

nvol

ve

r pr

oje

to d

e

Eng

enh

aria

«B

usin

ess

Pro

cess

»D

ese

nvol

ve

r pr

oje

to d

e

Eng

enh

aria

Ap

rova

ção

in

tern

a

Pro

jeto

a

pro

vad

o?

Ap

rova

ção

ext

ern

a(C

lie

nte

)

Pro

jeto

ap

rova

do

?

lin

k p

ara

pro

jeta

r m

old

e

sim

o

sim

o

o

sim

sim

Page 103: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

10

3

Fig

ura

5-3

: Pro

cess

o de

pro

jeta

r m

olde

BP

MN

Pro

jeta

r M

olde

Inic

io

De

fin

ir P

lan

o d

efe

cha

me

nto

Pro

jeta

r re

frig

era

ção

Pro

jeta

r m

eca

nis

mo

de

ext

raçã

o

Ve

rifi

car

inte

rfe

ren

cia

na

mo

nta

ge

m d

om

old

e

Ge

rar

info

rma

çõe

sn

ece

ssa

ria

s p

ara

Try

ou

t

Ge

rar

RD

fim

Ela

bo

rar

lis

ta d

em

ate

ria

is

Ge

om

etr

ia d

e

fech

am

en

to

De

talh

ar

pro

jeto

do

mo

lde

Ap

rova

ção

in

tern

a

Pro

jeto

Ap

rova

do

Re

visa

r p

roje

to

o

sim

RD

-Reg

istr

o d

e D

esen

ho

Page 104: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

10

4

Fig

ura

5-4

: Pro

cess

o de

pla

neja

men

to d

a m

anu

fatu

ra

BP

MN

Pla

neja

r e

cont

rola

r a

man

ufa

tura

Re

ali

zar

reu

niã

oin

icia

l d

ep

lan

eja

me

nto

Sta

rtE

ven

t3

Pla

ne

jam

en

to 2

D

Pla

ne

jam

en

to 3

D

Pla

ne

jam

en

to d

ee

xecu

ção

Ap

rova

ção

in

tern

a

Pla

ne

jam

en

to

ap

rova

do

?

fim

o

sim

Page 105: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

10

5

Fig

ura

5-5

: Pro

cess

o de

pla

neja

men

to u

sina

gem

2D

Fig

ura

5-6

: Pro

cess

o de

pla

neja

men

to u

sina

gem

3D

BP

MN

Pla

neja

me

nto

2D

inic

io

De

fin

ir e

stra

tég

ia d

em

an

ufa

tura

de

ca

da

ite

m

Est

ima

r te

mp

o d

eca

da

ite

m

fim

BP

MN

Pla

neja

men

to 3

D

inic

io

De

fin

ir p

rog

ram

açã

oC

NC

De

fin

ir e

mo

lde

lar

ele

tro

do

sE

lab

ora

r fo

lha

s d

ese

tup

do

s e

letr

od

os

De

fin

ir p

on

to d

eco

ntr

ole

Est

ima

r te

mp

o d

em

an

ufa

tura

fim

Page 106: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

106

Após o trabalho de Mapeamento e Modelagem, os modelos foram utilizados como

uma ferramenta de comunicação para facilitar o entendimento por todas as pessoas envolvidas

diretamente e indiretamente na realização das atividades e tarefas e com aquelas interessadas

no resultado gerado pelo processo. O modelo foi apresentado aos stakeholders para avalição e

obtenção de informações adicionais sobre os processos e quais eram, segundo os

stakeholders, as oportunidades de melhoria dos processos. Essas informações são

apresentadas na seção 5.4.

5.4 ANALISAR STAKEHOLDERS

Após o mapeamento e modelagem dos processos, seus stakeholders foram

identificados e analisados conforme o método proposto. Para garantir que stakeholders

importantes do processo não fossem esquecidos, os processos foram analisados de forma

semelhante àquela apresentada por Loureiro (1999), quanto às entradas, saídas mecanismos e

controles relacionados ao processo. Os stakeholders devem possuir uma justificativa para

estarem na lista de stakeholders e essa justificativa pode ser detalhada em Interesses e Papéis

nos processos, Riscos e Impactos percebidos. A Figura 5-7 resume o procedimento adotado.

Page 107: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

107

Figura 5-7: Mecanismo de análise de stakeholder do processo

No nível mais elevado do ciclo de vida do produto, o DPI executa os processos

mostrados na Figura 5-1. A Figura 5-8 apresenta as entradas, saídas, controles e mecanismos

detalhados do ciclo de vida do produto.

Processo

Entradas, Saídas,

Controles e Mecanismos.

Stakeholders

Interesse no processo Papel no processo Riscos percebidos Impacto

Detalhar

Desdobrar

Analisar/Detalhar

Page 108: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

108

Figura 5-8: Entradas, saídas, mecanismos e controles do Ciclo de Vida do Produto e os stakeholders identificados.

Os stakeholders identificados na Figura 5-8 influenciam ou são influenciados

pelos processos do ciclo de vida do produto, relacionando-se às entradas, saídas, mecanismos

e controles do processo. Por exemplo, os fornecedores preocupam-se em suprir necessidades

do processo com insumos necessários para sua realização; um engenheiro de manufatura

preocupa-se com o produto de tal sorte, que este seja fabricado com custo satisfatório e com a

qualidade esperada pelos clientes que também são stakeholders dos processos.

Os processos analisados a seguir: Projetar produto, Projetar Molde e Planejar e

Controlar Manufatura, foram selecionados em virtude de serem críticos ao sucesso do ciclo de

vida do produto e executados pelo DPI. Além disso, segundo relatos de stakeholders, nesses

processos residem desperdícios consideráveis à organização.

5.4.1 PROCESSO PROJETAR PRODUTO

Dentro do ciclo de vida dos produtos desenvolvidos pelo DPI há o processo de

Projetar Produto detalhado na Figura 5-9. Esse processo define funcionalmente quais soluções

Ciclo de Vida do Produto

Investimentos

Produtos/serviços

Software

Pedidos

Requisitos

Restrições de mercado

Máquinas e equipamento

Pessoas

Faturamento

Padrões gerenciais

Reputação

Temas para pesquisa tecnológica

Normas ABNT

Insumos

Desperdícios e Desperdícios

Investidores Diretoria

Clientes

Gerente DPI Designers

Engenheiro produto

Concorrentes Governo ABNT Fornecedores Engenheiro MFG

Page 109: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

109

de engenharia devem ser implementadas para atender as necessidades dos clientes da

empresa.

Figura 5-9: Entradas, saídas, mecanismos e controles do processo projetar produto.

As maiores preocupações identificadas dos stakeholders relacionadas a esse

processo são a redução de retrabalhos, controle de modificações e rastreabilidade das

atividades realizadas (definição de quem, quando e porque algo foi feito) já que é comum na

empresa, a participação de uma mesma pessoa em vários projetos simultaneamente. Essas

preocupações refletem experiências anteriores dos stakeholders no desenvolvimento de

projetos semelhantes.

O controle de mudanças é realizado usando planilhas ExcelTM. Apesar de ser um

registro válido para uma auditoria, não existe controle de revisões desse documento e muitas

vezes os dados são duplicados em backups durante o projeto, o que pode dificultar a

identificação do local da informação correta: no backup, na máquina do engenheiro ou mesmo

no servidor de arquivos. O Quadro 4-2 exemplifica como as modificações dos produtos são

controladas no DPI. Nele são identificados a data em que a alteração no produto foi solicitada,

Diretoria Clientes Gerente DPI

Designers Engenheiro produto

Projetar Produto

Projeto de produtos

Software

Necessidade

Restrições

Hardware

Designers e Engenheiros

Padrões gerenciais.

Normas ABNT.

Desperdícios

Serviços

Engenheiro MFG Fornecedores

INMETRO

Page 110: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

110

o que foi alterado, por quem foi solicitado, quem executou a alteração e o status dessa

solicitação.

Quadro 5-2: Planilha típica usada para registrar as modificações realizadas no produto durante seu desenvolvimento.

Status: Realizado – R, Pendente – P, Em Análise - EA

O nível de detalhamento do controle de mudanças gera dúvidas sobre qual item

realmente foi alterado (arquivo CAD) e onde estão localizados esses arquivos ou informações.

Muitas vezes a informação usada para essa verificação é a data do arquivo, o que não garante

que os arquivos mais novos representam o produto atual acordado entre os diversos

stakeholders (Cliente, Engenheiro de manufatura etc).

Além disso, os stakeholders que necessitam da mesma informação em formatos

diferentes iniciam um processo de reconciliação de dados do produto de engenharia. Por

exemplo, os projetos de molde e as trajetórias de ferramentas devem ser verificadas

manualmente para garantir que os dados de moldes e trajetórias de ferramentas estejam

Data: Alteração: Solicitada por: Executada por:

Status Observações

11/04/10 Acrescentar arredondamento em determinados cantos internos em 0,8 mm

Engenheiro de Manufatura

Designer R Facilitar fabricação molde

19/10/10 Criar "parede separação" no engate dos castelos da tampa

Cliente Designer EA Geometria modificada (de elíptica para 2 condutos cônicos)

11/03/10 Reforçar castelos posteriores para receber PCI (Placa de Circuito Impresso)

Cliente Designer P

11/03/10 Acrescentar novo castelo p PCI (Placa de Circuito Impresso) deixando-o 10 mm da borda anterior

Cliente Designer EA

11/03/10 Reduzir a folga lateral entre o Protetor e a Base, na região da passagem dos cabos da baterias (considerar cabos de 6 mm)

Cliente Designer P Modificação definida em reunião no dia 28-10-2010 em SSA

21/01/10 Modificar protetor da bateria - inserir ângulo de saída (0,5 graus) em duas nervuras.

Engenheiro de Manufatura

Engenheiro Produto

EA Modificação realizada, pois nervura impossibilitava a extração da peça do molde.

Page 111: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

111

consistentes com a nova revisão do produto. Os stakeholders do processo também

constataram demora na aprovação, tanto interna (DPI) quanto externa (Cliente) como uma

oportunidade de melhoria. No caso da aprovação externa, a dificuldade está no acesso a

informações por parte do cliente para a tomada de decisão. No caso da aprovação interna, a

demora explica-se pela dificuldade de reunir todos os participantes dos projetos uma vez que

estão envolvidos em diversas outras atividades .

Os stakeholders apontam o aperfeiçoamento do processo de elaboração de

documentação técnica (geometrias CAD, relatórios e planilhas), reengenharia dos processos

de revisão do produto e realização simultânea das atividades do projeto como uma possível

solução para os problemas identificados.

Eles reconhecem também que para diminuir erros de projeto é necessário

estabelecer fluxos de trabalho robustos, indicadores que mostrem o nível de retrabalhos e uma

pronta resposta dos clientes quando solicitado (exemplo: um cliente típico demora no mínimo

três dias para responder a alguma solicitação).

5.4.2 PROCESSO PROJETAR MOLDE

A Figura 5-10 mostra as entradas, saídas, controles (Normas ABNT e Padrões

gerenciais) e mecanismos do processo, bem como seus stakeholders da atividade >Projetar

molde<. Semelhantemente ao processo de projeto, stakeholders relacionados à execução de

atividades são identificados no processo.

Page 112: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

112

Figura 5-10: Entradas, saídas, mecanismos e controles do processo de projeto de moldes.

Alguns desses stakeholders já foram listados no processo anterior (projeto de

produto), mas devem ser novamente analisados, pois o objetivo do processo de projeto de

molde é diferente daquele do processo anterior.

Problemas com o gerenciamento de modificação do produto/molde são comuns

nesse processo. O impacto ocasionado pelo mau gerenciamento ou mesmo falta de

gerenciamento, pelo histórico da empresa, pode variar de um retrabalho no projeto do molde a

perda de um molde inteiro (custo de R$50.000,00 – R$200.000,00) quando esse já havia sido

manufaturado.

Uma das dificuldades existentes nesse processo é o fato não existir uma

abordagem de >Master Model< o que acarreta a existência de arquivos diferentes para

descrever um único componente do produto. O projetista de moldes muitas vezes copia uma

versão do produto para, a partir dessa cópia, projetar o molde. Quando ocorrem mudanças no

produto, o que é frequente no ambiente desse estudo de caso devido as suas características de

ETO – Engineering to Order (ROZENFELD, FORCELLINI, et al., 2006), o projetista não é

notificado automaticamente sobre a modificação no produto. Ele é avisado por e-mail ou em

Projetar molde

Software

Requisitos

Especificações

Hardware

Engenheiros, Técnicos

Padrões gerenciais

Normas ABNT

Projeto do produto Projeto de Molde

Desperdícios

Diretoria Clientes Gerente DPI

Designers Engenheiro produto Engenheiro MFG Fornecedores

Page 113: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

113

uma conversa com o projetista de produto, e com isso, substitui o arquivo utilizado

anteriormente pela nova revisão do produto.

A estrutura de pastas criada para armazenar os dados de produto ao longo dos

processos do ciclo de vida é mostrada na Figura 5-11. Nessa figura cada pasta da janela A é

relacionada a um único componente do produto. Nelas estão arquivo CAD 3D/2D, e-mails

trocados com o cliente sobre a aprovação de cada componente e outros dados utilizados para o

projeto. Na janela B estão as cópias desses arquivos (CAD 3D) que têm seus nomes

modificados para adequar-se à nomenclatura criada pelo projetista de moldes. Para um mesmo

componente, existem nomes diferentes, não obstante tratar-se do mesmo componente.

Figura 5-11: Estrutura de pastas e arquivos criada para gerenciar os dados do processo de desenvolvimento de produtos.

Dessa forma, sempre que ocorrem mudanças no produto, é necessário verificar

manualmente a consistência entre informações de projeto do produto e projeto do molde,

procurando-se identificar erros ou modificações necessárias geradas pelas mudanças

realizadas no produto.

A B

Page 114: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

114

O tempo necessário para revisar os dados é proporcional à complexidade da

modificação, de alguns minutos ou até dois dias, no caso de uma nervura ou quando a

modificação é significativa e é necessária a aprovação do cliente, respectivamente.

Após a conclusão da modificação do molde, o projetista (Engenheiro de

Manufatura) exporta os dados em formato IGES ou em outro formato e os disponibiliza na

rede de dados, para que usuários de software CAM e CAE possam, por exemplo, recriar

trajetórias de ferramentas ou realizar novas análises de ajuste ao molde com a nova geometria

do produto.

Os stakeholders recomendam uma revisão detalhada do projeto do produto antes

do início do processo Projetar Molde, como uma ação de melhoria para evitar retrabalhos.

Constatou-se com os projetistas de moldes, que se não houvesse retrabalhos, se o acesso à

informação fosse mais eficaz e houvesse participação efetiva dos fornecedores no processo,

este processo teria seu tempo reduzido para, no máximo, três semanas, para produto de mais

alta complexidade. Atualmente esse indicador não é medido ou documentado. Além disso, os

stakeholders apontam a divisão de atividades e responsabilidades equivocadas como sendo

possíveis causas de dificuldades na execução do projeto do molde. Nesse caso pode-se citar a

participação de estagiários no processo.

A falta de treinamento/ experiência das pessoas é um fator adicional que contribui

para o desempenho do processo aquém do esperado. Essa dificuldade é ocasionada devido à

alta rotatividade dos colaboradores no CIMATEC. Especificamente no processo de Projetar

moldes, essas pessoas necessitam constantemente do suporte de colaboradores mais

experientes.

5.4.3 PROCESSO PLANEJAR E CONTROLAR MANUFATURA

O planejamento da manufatura inicia-se quando a superfície de fechamento do

molde é definida pelo projetista (Engenheiro de Manufatura). Esse evento inicia diversas

Page 115: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

115

atividades de planejamento de manufatura, tais como a elaboração de lista preliminar de

compras de itens adquiridos para a manufatura do molde e a geração de trajetória de

ferramentas em software CAM para a fabricação da cavidade do molde.

A Figura 5-12 mostra as entradas, saídas, controles, mecanismos e stakeholders

do processo de planejamento da manufatura. Esse processo tem o propósito de garantir que os

processos da produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos conforme

requeridos pelos clientes.

Figura 5-12: Entradas, saídas, mecanismos e controles do processo Planejar e Controlar manufatura.

Esse processo consiste em planejar a sequência de operações de manufatura para

cada item fabricado na empresa e iniciar processo de compras de itens disponíveis

comercialmente, matéria-prima, ferramentas e dispositivos. Para o sequenciamento de

Planejar e Controlar Manufatura

Software

Especificações

Restrições

Hardware

Engenheiros e Técnicos

Padrões gerenciais

Normas ABNT

Projeto do molde

Plano de Manufatura Lista de materiais Desperdícios

Diretoria Clientes Gerente DPI

Engenheiro produto Engenheiro

Manufatura Fornecedores

Departamento de compras

Operador. de máquinas

Técnico de Processos

Page 116: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

116

operações desse processo são considerados os recursos, insumos disponíveis e o prazo de

entrega de materiais comprados (matéria–prima e itens comercialmente disponíveis).

A principal preocupação dos stakeholders desse processo é a lista de compras

gerada. Os compradores (Departamento de Compras), localizados em outro setor da empresa,

tem que cumprir um processo de compras que atenda os aspectos legais da empresa.

Outrossim, os compradores não possuem formação técnica suficiente para realizar as compras

e a lista de materiais não contém todas as informações necessárias para a execução das

atividades. O período de tempo para realizar uma compra varia de três a oito semanas.

É comum, em função dos aspectos citados, o atraso no recebimento dos materiais.

Consequentemente, o plano de manufatura desenvolvido é alterado bem como a sequência de

operações do plano de manufatura. Os stakeholders sugerem como solução para o problema

identificado no processo, a contratação de compradores com perfil técnico de maior

conhecimento sobre o assunto.

Para auxiliar o controle de atividade de manufatura e tentar reduzir desperdícios, foram

criadas folhas de processo com verificações executadas pelos técnicos de processo e

operadores de máquinas. Trata-se de uma série de documentos de produção que acompanha

os produtos pela fábrica em cada etapa do processo produtivo. Quando o Plano de Manufatura

é alterado, as folhas de processo também precisam ser alteradas para que o novo plano seja

executado. Essas folhas estão atualmente no formato papel e não possuem controle de revisão,

o que dificulta a identificação da versão correta e atualizada da sequência de trabalho.

Análise dos Stakeholders

A análise de stakeholders é sintetizada no quadro 5-3: Destaca-se os riscos

percebidos pelos stakeholders numa possível implementação PLM e finalmente, o impacto

desses riscos na iniciativa PLM.

Page 117: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

11

7

Qua

dro

5-3:

An

ális

e de

st

ake

ho

lders i

dent

ifica

dos

nos

proc

esso

s an

alis

ados

Sta

keho

lder

In

tere

sse

no

s p

roce

sso

s P

apel

do

sta

keho

lder

no

pro

cess

o

Ris

cos

per

ceb

ido

s Im

pac

to

O p

roje

to d

eve

ser

real

izad

o co

nfor

me

sua

nece

ssid

ade

no c

usto

, pra

zo e

qu

alid

ade

plan

ejad

os;

As

rest

riçõe

s de

vem

ser

obs

erva

das

de m

odo

a te

r im

pact

o re

duzi

do n

o pr

ojet

o;

O p

roje

to d

eve

resp

eita

r no

rmas

e

regu

lam

enta

ções

est

abel

ecid

as n

o pa

ís;

Aco

mpa

nhar

de

pert

o o

proj

eto.

For

nece

r in

form

açõe

s de

ent

rada

par

a o

dese

nvol

vim

ento

;

Usu

frui

r be

nefíc

ios

ofer

ecid

os p

elos

ser

viço

s of

erta

dos;

Ava

liar

solu

çõe

s pr

opos

tas

no d

ese

nvol

vim

ento

de

prod

utos

.

O tr

abal

ho d

e de

finiç

ão d

os r

equi

sito

s é

uma

tare

fa

que

não

é co

ntem

plad

a sa

tisfa

tori

amen

te. O

pro

jeto

in

icia

-se

sem

alg

umas

def

iniç

ões

bási

cas

com

o fu

ncio

nalid

ades

;

Os

clie

ntes

pro

cura

m in

serir

func

iona

lidad

es n

a et

apa

de p

roje

to d

etal

hado

de

enge

nhar

ia fa

zend

o co

m q

ue a

s ár

eas

de D

esig

n e

Eng

enha

ria r

ealiz

em

retr

abal

hos

para

ate

nder

ess

a so

licita

ção.

Alto

.

Os

desi

gner

s bu

scam

har

mon

izar

os

dive

rsos

el

emen

tos

pres

ente

s no

pro

jeto

form

a, c

or, t

extu

ra,

func

iona

lidad

e pa

ra a

umen

tar

a pe

rcep

ção

de v

alor

do

s co

nsum

idor

es;

Os

requ

isito

s do

pro

duto

dev

em s

er r

espe

itado

s du

rant

e to

do o

des

envo

lvim

ento

.

Ela

bora

r br

iefin

g co

m o

s cl

ient

es;

Des

envo

lver

as

prop

osta

s co

nce

ituai

s e

apre

sent

á-la

s ao

s cl

ient

es;

Apr

ovar

tecn

icam

ente

as

mod

ifica

ções

req

uisi

tada

s po

r to

dos

os p

artic

ipan

tes

do p

roje

to.

Os

desi

gner

s sã

o im

pedi

dos

de r

ealiz

ar s

ua fu

nção

de

vido

às

pres

sões

exi

sten

tes

por

praz

os e

cus

tos.

Is

so p

reju

dica

a q

ualid

ade

dos

prod

utos

de

senv

olvi

dos

– em

term

os d

a pr

opos

ição

de

valo

r pa

ra o

clie

nte.

A e

tapa

de

desi

gn é

qua

se q

ue

omiti

da o

u ex

ecut

ada

de m

anei

ra b

asta

nte

sim

plór

ia e

res

ume-

se a

ger

ação

das

form

as

esté

ticas

ext

erna

s;

Os

Des

igne

rs e

stão

sob

reca

rreg

ado

s no

pr

eenc

him

ento

de

rela

tório

s e

pode

m n

ão q

uere

r pa

rtic

ipar

de

uma

inic

iativ

a P

LM;

Os

Des

igne

rs e

stão

sob

reca

rreg

ado

s no

de

senv

olvi

men

to d

e to

do o

pro

jeto

do

conc

eito

a

enge

nhar

ia n

eces

sária

par

a im

plem

enta

r fu

ncio

nalid

ades

com

o fe

cham

ento

do

prod

uto

etc.

Alto

.

Clie

ntes

Des

igne

rs

Page 118: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

11

8

Con

tinua

ção

– Q

uadr

o 5

– 3:

Aná

lise

de

sta

keh

old

ers i

dent

ifica

dos

nos

pro

cess

os a

nalis

ados

Sta

keho

lder

In

tere

sse

no

s p

roce

sso

s P

apel

do

sta

keho

lder

no

pro

cess

o

Ris

cos

per

ceb

ido

s Im

pac

to

Col

etar

cor

reta

men

te o

s re

quis

itos

do c

lient

e;

Usa

r os

req

uisi

tos

de u

ma

form

a au

tom

átic

a;

Aum

enta

r a

efic

iênc

ia n

o ac

ess

o à

info

rmaç

ão;

Aut

omat

izar

tare

fas

repe

titiv

as;

Mel

hora

r o

cont

role

dos

dad

os d

o pr

odut

o;

Mel

hora

r a

man

ufat

urab

ilida

de d

os p

rodu

tos;

Red

uzir

retr

abal

hos;

Men

sura

r re

trab

alho

s no

s pr

oces

sos;

Dim

inui

r er

ros

de p

roje

to;

Gar

antir

que

toda

s as

eta

pas

seja

m r

ealiz

adas

;

Est

abel

ecer

um

a se

quên

cia

lógi

ca d

e tr

abal

ho q

ue

gara

nta

no fi

nal o

mel

hor

resu

ltado

.

Exe

cuta

r pr

ojet

o C

AD

;

Des

envo

lver

sol

uçõe

s té

cnic

as p

ara

aten

der

os

requ

isito

s;

Pro

jeta

r pr

odut

o se

guin

do e

spec

ifica

ções

do

clie

nte.

Atu

alm

ente

que

m d

esem

penh

a es

se p

apel

o os

des

igne

rs.

Os

desi

gner

s as

sum

iram

, alé

m d

o pa

pel d

e de

sign

, o

de p

roje

tar

o pr

odut

o em

sua

tota

lidad

e;

Dem

ora

do c

lient

e em

inse

rir in

form

açõe

s no

pr

oces

so e

res

pond

er q

uand

o so

licita

do (

no m

ínim

o 3

dias

);

Alg

uns

enge

nhei

ros

não

ente

nde

m a

nec

essi

dade

de

mel

hor

aces

so a

info

rmaç

ão c

omo

uma

poss

ível

so

luçã

o pa

ra d

efic

iênc

ias

dos

proc

esso

s.

Alto

.

Efic

iênc

ia n

a m

anip

ulaç

ão d

os d

ado

s;

Efic

iênc

ia n

o de

senv

olvi

men

to d

e p

roje

tos

Aum

ento

da

efic

iênc

ia a

o pr

ojet

ar m

olde

s e

red

uzir

retr

abal

hos;

Aum

ento

da

rece

ita d

o de

part

amen

to p

roje

tand

o m

ais

mol

des;

Efic

iênc

ia n

a m

anip

ulaç

ão d

os d

ado

s;

Efic

iênc

ia n

o de

senv

olvi

men

to d

e p

roje

tos.

Sup

ervi

sion

ar a

s at

ivid

ades

;

Aco

mpa

nhar

a e

xecu

ção

do p

roje

to;

Dec

idir

ques

tões

impo

rtan

tes

do p

roje

to (

gate

s de

pr

ojet

o);

Sup

ervi

sion

ar a

s at

ivid

ades

dur

ant

e a

mod

ifica

ção.

Ger

ente

não

é p

rope

nso

a m

udan

ças;

Ser

á di

fícil

mud

ar a

vis

ão d

o ge

rent

e em

rel

ação

a

solu

ções

ad

hoc

de p

robl

emas

qu

e se

rep

etem

se

mpr

e.

Alto

.

Eng

enhe

iro d

e

Pro

duto

Ger

ente

DP

I

Page 119: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

11

9

Con

tinua

ção

– Q

uadr

o 5

– 3:

Aná

lise

de

sta

keh

old

ers i

dent

ifica

dos

nos

pro

cess

os a

nalis

ados

Sta

keho

lder

In

tere

sse

no

s p

roce

sso

s P

apel

do

sta

keho

lder

no

pro

cess

o

Ris

cos

per

ceb

ido

s Im

pac

to

Efic

iênc

ia n

o de

senv

olvi

men

to d

e p

roje

tos;

Aum

ento

de

fatu

ram

ento

por

pro

jeto

;

Aum

ento

do

fatu

ram

ento

com

a m

esm

a es

trut

ura

exis

tent

e;

Mel

hora

ria d

os in

dica

dore

s de

de

sem

penh

o.

Sup

ervi

sion

ar o

ger

ente

do

DP

I aco

mpa

nhan

do a

s m

etas

fina

ncei

ra e

físi

ca d

os p

roje

tos

e re

pres

enta

r os

inte

ress

es d

o S

EN

AI e

FIE

B.

A d

ireto

ria n

ão fo

rnec

e re

com

enda

ções

ou

se

envo

lve

dire

tam

ente

em

que

stõe

s co

mo

impl

emen

taçõ

es d

esse

tipo

.

Alto

.

For

nece

r so

ftwar

e, m

ater

iais

e e

quip

amen

tos

para

a

real

izaç

ão d

os p

roce

ssos

;

Tom

ar c

onhe

cim

ento

ráp

ido

sobr

e m

udan

ças

ocor

ridas

.

Ofe

rece

r pr

odut

os e

ser

viço

s pa

ra a

rea

lizaç

ão d

os

proc

esso

s;

For

nece

r in

sum

os p

ara

o no

vo p

rodu

to m

odifi

cado

.

O p

roje

to p

ode

atra

sar

se a

lgun

s fo

rnec

edor

es

atra

sam

o fo

rnec

imen

to d

e in

sum

os;

Atr

asos

na

entr

ega

de s

oftw

are,

mat

eria

is e

eq

uipa

men

tos.

Méd

io.

O

gov

erno

pre

scre

ve p

roce

dim

ento

s le

gais

à

empr

esa,

tais

com

o a

lei d

e lic

itaçõ

es 8

666.

F

isca

lizar

o a

tend

imen

to d

essa

s le

is c

om a

udito

rias

e co

nsul

tas

freq

uent

es.

Mud

ança

s na

s le

is im

pact

am fo

rtem

ente

no

dese

mpe

nho

orga

niza

cion

al d

a e

mpr

esa.

A

lto.

R

etor

no n

esse

inve

stim

ento

;

Aum

ento

de

rece

itas

na p

rest

açã

o de

ser

viço

s.

Inve

stim

ento

no

proc

esso

: aqu

isiç

ão d

e re

curs

os e

co

ntra

taçã

o de

pes

soas

. In

vest

idor

es n

ão p

artic

ipam

dire

tam

ente

do

esta

bele

cim

ento

da

estr

atég

ia d

a e

xecu

ção

dos

proc

esso

s. C

om is

so, n

ão e

xist

e fle

xibi

lidad

e pa

ra

esta

bele

cim

ento

de

met

as.

Alto

.

Pre

ocup

ação

com

a li

sta

de c

ompr

as g

erad

a;

Aqu

isiç

ão d

e pr

odut

os e

ser

viço

s co

ndiz

ente

s co

m

as e

xpec

tativ

as d

os c

lient

es in

tern

os e

ext

erno

s.

Rea

lizar

o p

roce

sso

de c

ompr

as r

elac

iona

das

ao

dese

nvol

vim

ento

no

praz

o/cu

sto

plan

ejad

o.

O p

roce

sso

de c

ompr

as n

ão é

ad

equa

do e

mui

tas

veze

s at

rasa

o d

esen

volv

imen

to d

e to

do p

roce

sso;

Com

ess

e ce

nário

é n

eces

sário

mud

ar o

pl

anej

amen

to in

icia

l sem

ava

liaçã

o ad

equa

da d

o no

vo p

lano

.

Alto

.

Dire

toria

For

nece

dore

s

Gov

erno

Inve

stid

ores

Dep

arta

men

to d

e

Com

pras

Page 120: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

12

0

Con

tinua

ção

– Q

uadr

o 5

– 3:

Aná

lise

de

sta

keh

old

ers i

dent

ifica

dos

nos

pro

cess

os a

nalis

ados

Sta

keho

lder

In

tere

sse

no

s p

roce

sso

s P

apel

do

sta

keho

lder

no

pro

cess

o

Ris

cos

per

ceb

ido

s Im

pac

to

Ade

quaç

ão s

impl

es d

o pr

ojet

o ao

pro

cess

o;

Rea

lizaç

ão d

o pr

oces

so d

e P

roje

tar

Mol

de a

pós

o pr

oces

so P

roje

tar

Pro

duto

;

Util

izaç

ão d

e in

form

açõe

s do

pré

-pro

jeto

do

mol

de

para

o d

esen

volv

imen

to d

o pr

odut

o;

Apr

ovei

tam

ento

de

solu

ções

já u

sada

s em

pro

jeto

s an

terio

res;

Pad

roni

zaçã

o de

feat

ures

usa

dos

em c

ompo

nent

es

proj

etad

os;

Alin

ham

ento

ent

re p

ré-p

roje

to d

e fe

rram

enta

s e

o pr

ojet

o do

pro

duto

;

Man

ufat

urab

ilida

de d

os p

rodu

tos

proj

etad

os;

Mel

hor

cont

role

dos

dad

os d

o pr

odut

o e

suas

re

visõ

es;

Des

envo

lvim

ento

do

mol

de c

onfo

rme

as

nece

ssid

ades

do

clie

nte

(cus

to, p

razo

, qua

lidad

e pl

anej

ado)

.

Os

requ

isito

s do

pro

duto

rel

acio

nad

os a

o pr

oces

so

prod

utiv

o de

vem

ser

esc

ritos

cor

reta

men

te p

ara

não

gera

r pr

oble

mas

ou

dúvi

das

na e

xecu

ção

das

tare

fas

subs

eque

ntes

;

Mel

horia

do

cont

role

dos

dad

os d

o pr

odut

o;

Mel

hora

ria d

a m

anuf

atur

abili

dade

do

prod

uto.

Rec

eber

os

dado

s do

pro

duto

par

a co

nfec

cion

ar o

pr

ojet

o do

mol

de;

Pro

jeta

r m

olde

con

form

e as

nec

ess

idad

es e

def

inir

a es

trat

égia

de

man

ufat

ura

do p

rodu

to;

Rea

lizar

mud

ança

s no

pro

jeto

CA

D, c

aso

nece

ssár

io.

O p

roje

tista

é r

esis

tent

e a

mud

ança

s na

form

a de

tr

abal

ho, p

rinci

palm

ente

na

utili

zaçã

o de

nov

as

tecn

olog

ias;

Pro

jetis

ta n

ão e

nten

de a

nec

essi

dade

de

mel

hora

r ac

esso

à in

form

ação

Eng

enhe

iros

não

ente

ndem

a n

ece

ssid

ade

de

mel

hora

r ac

esso

à in

form

ação

Alto

E

ngen

heiro

de.

M

anuf

atur

a

Page 121: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

12

1

Con

tinua

ção

– Q

uadr

o 5

– 3:

Aná

lise

de

sta

keh

old

ers i

dent

ifica

dos

nos

pro

cess

os a

nalis

ados

Sta

keho

lder

In

tere

sse

no

s p

roce

sso

s P

apel

do

sta

keho

lder

no

pro

cess

o

Ris

cos

per

ceb

ido

s Im

pac

to

As

rest

riçõe

s de

mer

cado

dev

em s

er o

bser

vada

s pa

ra q

ue o

pro

duto

des

envo

lvid

o te

nha

dife

renc

ial

com

petit

ivo

dian

te a

os s

eus

conc

orre

ntes

.

- -

-

Col

etar

cor

reta

men

te o

s re

quis

itos

do c

lient

e;

Usa

r os

req

uisi

tos

de u

ma

form

a au

tom

átic

a;

Aum

enta

r a

efic

iênc

ia n

o ac

ess

o à

info

rmaç

ão;

Aut

omat

izar

tare

fas

repe

titiv

as;

Mel

hora

r o

cont

role

dos

dad

os d

o pr

odut

o;

Mel

hora

r a

man

ufat

urab

ilida

de d

os p

rodu

tos;

Red

uzir

retr

abal

hos;

Med

ir re

trab

alho

s;

Dim

inui

r er

ros

de p

roje

to;

Gar

antir

que

toda

s as

eta

pas

do p

roce

sso

seja

m

real

izad

as;

Est

abel

ecer

um

a se

quên

cia

lógi

ca d

e tr

abal

ho.

Exe

cuta

r pr

ojet

o C

AD

;

Des

envo

lver

sol

uçõe

s té

cnic

as p

ara

aten

der

os

requ

isito

s;

Pro

jeta

r o

prod

uto

segu

indo

esp

eci

ficaç

ões

do

clie

nte.

Atu

alm

ente

que

m d

esem

penh

a es

se p

apel

o os

des

igne

rs.

Os

desi

gner

s as

sum

iram

at

ribui

ções

al

ém

das

suas

: pro

jeta

r o

prod

uto

em s

ua to

talid

ade;

Dem

ora

do c

lient

e em

inse

rir in

form

açõe

s no

pr

oces

so e

res

pond

er q

uand

o so

licita

do (

em m

édia

um

a se

man

a);

Alg

uns

enge

nhei

ros

não

ente

nde

m a

nec

essi

dade

de

mel

hora

r o

aces

so à

info

rmaç

ão.

Alto

.

Con

corr

ente

s

Pro

jetis

ta C

AD

Page 122: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

12

2

Con

tinua

ção

– Q

uadr

o 5

– 3:

Aná

lise

de

sta

keh

old

ers i

dent

ifica

dos

nos

pro

cess

os a

nalis

ados

Sta

ke

ho

lde

r In

tere

sse

no

s p

roce

sso

s P

apel

do

sta

ke

ho

lde

r n

o p

roce

sso

R

isco

s p

erce

bid

os

Imp

acto

A A

BN

T e

INM

ET

RO

são

órg

ãos

que

dese

nvol

vem

e

fisca

lizam

as

norm

as té

cnic

as p

ara

prod

utos

e

serv

iços

no

Bra

sil.

Ex.

NB

R 1

413

6 e

NB

R 1

4373

.

Nor

mat

izar

e fi

scal

izar

os

prod

uto

s e

serv

iços

de

senv

olvi

dos

no D

PI.

Im

posi

ção

de n

ovas

nor

mas

par

a r

egul

amen

taçã

o de

pro

duto

s e

serv

iços

des

envo

lvid

os.

Méd

io

Ace

ssar

info

rmaç

ões

sobr

e o

pro

duto

e p

roce

sso

de m

anuf

atur

a qu

ando

nec

essá

rio.

Ope

rar

equi

pam

ento

s pa

ra e

xecu

tar

os p

roce

ssos

de

man

ufat

ura

plan

ejad

os.

A fa

lta d

e si

ncro

niza

ção

entr

e as

info

rmaç

ões

(con

sum

ida/

gera

da)

pode

ger

ar r

etra

balh

os.

A d

úvid

a so

bre

qual

a in

form

ação

é a

cor

reta

pod

e oc

asio

nar

perd

a de

efic

iênc

ia n

a ex

ecuç

ão d

os

proc

esso

s de

man

ufat

ura.

Alto

Ace

ssar

info

rmaç

ões

sobr

e o

pro

duto

e p

roce

sso

de m

anuf

atur

a qu

ando

nec

essá

rio p

ara

plan

ejar

a

man

ufat

ura

do p

rodu

to/m

olde

Des

envo

lver

o p

lane

jam

ento

dos

pro

cess

os d

e m

anuf

atur

a do

pro

duto

/mol

de d

e in

jeçã

o

A fa

lta d

e si

ncro

niza

ção

entr

e as

info

rmaç

ões

(con

sum

ida/

gera

da)

pode

ger

ar r

etra

balh

os.

A d

úvid

a so

bre

qual

é a

info

rmaç

ão c

orre

ta p

ode

ocas

iona

r pe

rda

de e

ficiê

ncia

na

exec

ução

dos

pr

oces

sos

de m

anuf

atur

a.

Alto

INM

ET

RO

AB

NT

Ope

rado

r de

m

áqui

nas

Téc

nico

de

Pro

cess

os

Page 123: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

123

5.5 DEFINIR INDICADORES DE DESEMPENHO

Após a modelagem de processos e análise de stakeholders, é necessária a

elaboração de indicadores que quantifiquem o atendimento das necessidades dos stakeholders

com a implantação de um sistema PLM. Para a demonstração do método, foi selecionado o

processo >Projetar Produto<. O método utilizado para definir indicadores de desempenho é

reapresentado na Figura 5-13

Figura 5-13: Processo de determinação de indicadores de desempenho do processo

Os objetivos do processo >Projetar Produto< é dimensionar produtos

tecnicamente e economicamente viáveis. Os stakeholders desse processo já foram

apresentados na Figura 5-9. O Quadro 5-4 mostra a aplicação do método PERISCOPE

modificado para o processo de >Projetar Produto<.

act [Activ ity] Indicadores [Indicadores]

Entradas

(from Method)

1. Identificar v alor para o cliente

(from Method)

2. Identificar sub-processo gerador de

valor

(from Method)

Saida

(from Method)

3. Identificar aspectos que geram v alor

(from Method)

4. Identificar caracterisiticas desses

aspectos

(from Method)

5. Identificar forma de medição

(from Method)

1. O que o cliente vê como valor?2. Para cada valor acima, qual é o

processo "responsável" pela sua incorporação?

3. Qual é o aspecto mais relevante para cumprir o item de valor?

4. Porque é que este aspecto é importante? Apontar algumas das suas características.

5. Como essas características devem ser avaliadas, a fim de ser um indicador do processo?

6. Definir outros atributos: Baseline/Meta/Prazo necessários a iniciativa PLM

6. Definir Base Line/Meta/Prazo

(from Method)

StakeholdersDescrição do processo

Indicadores e seus atributos

Page 124: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

124

Quadro 5-4: Aplicação do método para criação de indicadores

1. O que o cliente vê como VALOR?

V1. Produto de fácil manufatura;

V2. Projeto sem retrabalho; V3. Garantia de rastreabilidade entre atividades; V4. Garantia da qualidade dos produtos desenvolvidos.

2. Para cada VALOR acima, qual é o processo "responsável" pela sua incorporação?

V1: o subprocesso de Desenvolver Desenvolver Desenvolver Desenvolver PPPProjeto rojeto rojeto rojeto de de de de EEEEngenharia (P1)ngenharia (P1)ngenharia (P1)ngenharia (P1); V2 e V3: Os subprocessos de Aprovação Aprovação Aprovação Aprovação

Interna (P2)Interna (P2)Interna (P2)Interna (P2) e Aprovação EAprovação EAprovação EAprovação Externaxternaxternaxterna (P3)(P3)(P3)(P3);;;; V4: Os subprocessos de Desenvolver Desenvolver Desenvolver Desenvolver

conceito (P4)conceito (P4)conceito (P4)conceito (P4) e Desenvolver projeto de Desenvolver projeto de Desenvolver projeto de Desenvolver projeto de engenharia (P1)engenharia (P1)engenharia (P1)engenharia (P1);;;;

3. Qual é o ASPECTO mais relevante para cumprir o item de valor?

A1. Para V1. Incorporar boas práticas de

manufatura no projeto do produto;

A2. Para V2. Realizar aprovações com base em dado/informação;

A3. Na fase de concepção do produto,

deve-se ter o cuidado de capturar

exatamente aquilo que o cliente quer, ou

seja, os requisitos devem ser mais bem estabelecidos e gerenciados.

4. Porque é que este aspecto é importante? Apontar algumas das suas CARACTERÍSTICAS.

A1. Ao incorporar boas práticas de manufatura

(soluções já conhecidas), reduz-se o

esforço por parte do engenheiro de manufatura em desenvolver processos de manufatura; A2. Ao realizar aprovações durante os

processos deve-se conhecer um conjunto

de informações suficientes que permitam a correta tomada de decisão pelo decisor. Além disso, não existem regras claras para todos os membros da equipe de quais são os critérios de aprovação.

5. Como essas características devem ser avaliadas, a fim de ser um indicador do processo?

M1. Número de soluções de manufatura

anteriores reutilizadas por novo projeto; M2. Número de análises/simulações realizadas

antes de submeter a uma aprovação;

M3. Tempo gasto para realizar aprovação interna;

M4. Tempo de resposta dos envolvidos/cliente;

M5. Custos de retrabalhos/projeto.

Page 125: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

125

Ao final da aplicação do método têm-se as métricas dos indicadores M1-M5 e

seus atributos complementares como referência inicial de medição (baseline), metas e prazos.

6. Definir outros atributos: Referência/Meta/Prazo necessários à iniciativa PLM

Para M1.

Referência:Referência:Referência:Referência: Métrica não computada, mas estimada em 1 solução por novo projeto.

Meta:Meta:Meta:Meta: 20 soluções existentes de qualquer nível de complexidade por projeto PrazoPrazoPrazoPrazo: um ano para atingir esse nível de

reutilização Para M2.

Referência:Referência:Referência:Referência: Métrica não computada, mas estima-se que são realizadas somente

análises ad hoc quando surge alguma dificuldade (estimativa uma analise crítica). Meta:Meta:Meta:Meta: Realizar análises necessárias para

reduzir retrabalhos – Análise de ângulo de saída do produto, Análise de espessura do produto, Análise da resistência mecânica do

produto, Análise de montagem do produto

(interferências), Análise de simulação de GD&T etc.

Prazo:Prazo:Prazo:Prazo: 1 ano

Para M3 e M4.

Referência:Referência:Referência:Referência: Métrica não computada, mas estima-se que a aprovação interna pode

demorar até 3 dias (72h). Meta:Meta:Meta:Meta: A meta estipulada para realizar uma

aprovação é 24h.

Prazo:Prazo:Prazo:Prazo: O prazo para o atingimento dessa meta é de 6 meses.

Para M5. Referência:Referência:Referência:Referência: Métrica não calculada, mas

estima-se que custe no mínimo 10% de

cada projeto. Meta:Meta:Meta:Meta: 5% é a meta. Prazo:Prazo:Prazo:Prazo: 1 ano é o prazo para o atingimento

da meta.

Page 126: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

126

5.6 DETERMINAR REQUISITOS

Após a análise dos stakeholders, entendimento de suas necessidades

organizacionais e a modelagem dos processos de negócio, obtém-se a percepção do problema

de uma forma sistêmica. Com isso, pode-se usar essas informações como entradas para a

derivação dos requisitos para utilização no processo de implementação de sistemas PLM.

Na Figura 5-14 a função >Analisar e Modelar< o sistema PLM tem três entradas

para sua consecução, a saber, os stakeholders, suas necessidades e os processos detalhados

nas seções anteriores desse capítulo. Essas entradas foram assim definidas porque os

stakeholders (e suas necessidades), vão se beneficiar ou impedir a adoção do sistema PLM; os

processos modelados em BPMN são fotografias atuais de como funcionam os processos de

negócios (quando validados pelos stakeholders).

Figura 5-14: Processo de determinação de requisitos dos stakeholders.

Analisar e modelar funcional

Derivar Requisitos

Resultados da Análise

Requisitos

Processos BPMN

Necessidades dos

stakeholders

Stakeholders

Modelos SysML

Page 127: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

127

Para a demonstração do método, as necessidades dos stakeholders já foram

identificadas, direta ou indiretamente no texto. São elas:

� Reduzir custos com retrabalhos na manufatura dos produtos;

� Melhorar a rastreabilidade de atividades;

� Melhorar a qualidade dos produtos desenvolvidos;

� Melhorar o desempenho ao longo do ciclo do Projeto de produtos;

� Realizar a revisão detalhada do projeto do produto (considerando manufatura e

funcionalidades);

� Melhorar o processo de compras (esse processo não foi analisado, mas tem impacto

importante sob os demais, motivo pelo qual foi incluído).

A partir dessas três entradas, foram elaborados diagramas para análise do

problema e a consequente derivação de requisitos do sistema PLM.

5.6.1 MODELAGEM DE DIAGRAMAS DE CONTEXTO

Para cada processo analisado foi construído um diagrama de contexto mostrando

os diversos atores envolvidos, sistemas já existentes, usuários ou empresas (fornecedores e

clientes). Os contextos analisados são: Projeto do produto, Projeto do molde e Planejamento

da manufatura mostrados nas Figuras 5-15, 5-16 e 5-17, respectivamente. Os três primeiros

diagramas representam o ambiente no qual o sistema PLM estará operando. Neles estão

representados, por exemplo, a associação entre os usuários (Projetista CAD, Engenheiro de

Manufatura, Engenheiro de Produto e Designers) e o sistema modelado no contexto de

projetar um produto. Representa-se também a intenção de propiciar maior acesso aos

processos e dados de produto via internet, representada pelo ator WEB.

Page 128: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

12

8

Fig

ura

5-1

5: D

iagr

ama

de

cont

exto

par

a o

pro

cess

o >

Pro

jeta

r P

rodu

to<

bdd

[Sys

ML

Blo

ck D

efin

ition

] Con

text

dia

gra

m [C

ont

ext

dia

gra

m-P

roje

to d

o pr

odut

o]

«S

yste

Sis

tem

a P

LM

«a

cto

r»C

lient

es

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

De

sign

ers

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Eng

enh

eiro

de

m

anu

fatu

ra(f

rom

Sta

keh

old

ers

)

Eng

enh

eiro

de

pr

odut

o(f

rom

Sta

keh

old

ers

)

Ge

rent

e D

PI

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Pro

jetis

ta C

AD

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

«a

cto

r»W

EB

«a

cto

r»F

orne

cedo

r P

LM

Info

rma

ção

/A

pro

var/

Re

jeit

ar

«fl

ow

»

Da

do

s d

ep

rod

uto

/Ap

rova

r/R

eje

ita

flo

Page 129: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

12

9

Fig

ura

5-1

6: D

iagr

ama

de

cont

exto

par

a o

pro

cess

o d

e >

Pro

jeta

r M

olde

<

bdd

[Sys

ML

Blo

ck D

efin

ition

] Con

text

dia

gra

m [C

ont

ext

dia

gra

m-P

roje

to d

o m

olde

]

«S

yste

Sis

tem

a P

LM

«a

cto

r»C

lient

es

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

«a

cto

r»D

epa

rtam

ent

o de

C

ompr

as

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Eng

enh

eiro

de

m

anu

fatu

ra(f

rom

Sta

keh

old

ers

)

Ge

rent

e D

PI

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Eng

enh

eiro

de

pr

odut

o(f

rom

Sta

keh

old

ers

)

Pro

jetis

ta C

AD

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

«a

cto

r»F

orne

cedo

res

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

«a

cto

r»W

EB

Info

rma

ção

/A

pro

var/

Re

jeit

ar

«fl

ow

»

Da

do

s d

ep

rod

uto

/Ap

rova

r/R

eje

ita

r

«fl

ow

»

Page 130: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

13

0

Fig

ura

5-1

7: D

iagr

ama

de

cont

exto

par

a o

pro

cess

o d

e >

Pla

neja

r e

Con

trol

ar

Man

ufat

ura<

bdd

[Sys

ML

Blo

ck D

efin

ition

] Con

text

dia

gra

m [C

ont

ext

dia

gram

-Pla

no d

e m

anuf

atur

a]

«S

yste

Sis

tem

a P

LM

«a

cto

r»E

RP

-WE

Bde

sk

«a

cto

r»W

EB

«a

cto

r»F

orne

cedo

r P

LM

«a

cto

r»D

epa

rtam

ent

o de

C

ompr

as

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Eng

enhe

iro d

e

ma

nufa

tura

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

«a

cto

r»F

orne

cedo

res

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Ope

rado

r de

m

áqu

ina

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Técn

ico

de

proc

esso

s(f

rom

Sta

keh

old

ers

)

Ger

ent

e D

PI

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Info

rma

ção

/A

pro

var/

Re

jeit

ar

«fl

ow

»

Co

taçõ

es

«fl

ow

»

Da

do

s d

e c

om

pra

s

«fl

ow

»

Page 131: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

131

Analisando-se os diagramas de contexto, foram identificados os fluxos de

informação e de dados entre o sistema e os atores. Com essa informação são modeladas as

portas de acesso ao sistema representando, o tipo de dado trocado entre sistema e atores e vice

versa.

A Figura 5-18 descreve o fluxo de informação entre o sistema PLM e atores no

contexto de projeto de produto; o fluxo de informação entre o sistema PLM e atores no

contexto de projeto de molde está detalhado na Figura 5-19. A Figura 5-20 mostra o fluxo de

informação entre o sistema PLM e atores no contexto de Plano de manufatura.

A modelagem de portas no diagrama de contexto é um mecanismo proposto por

para dividir/agrupar formatos diferentes de informação. A preocupação nesse nível de

abstração de modelagem é somente prever as interfaces que os atores possuem para trocar

dados com o sistema e não como essa troca será realizada.

No diagrama da Figura 5-19 o fluxo de informações entre os sistemas PLM e ERP

– Webdesk ocorre via uma interface (porta ERP) que o sistema PLM deve possuir para esse

tipo de fluxo. Nos processos analisados, o sistema ERP–Webdesk é utilizado no processo de

compras e contratação de serviços.

A necessidade de melhorar o processo de compras motivou a incorporação do

sistema ERP nos diagramas de contexto e a identificação de funções do sistema PLM que

atendam essa demanda. A necessidade de treinamento de alguns colaboradores motivou a

modelagem do fornecedor PLM para treinar novos colaboradores no uso do sistema.

Page 132: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

132

Figura 5-18: Diagrama de contexto para o processo >Projetar Produto< acrescido do fluxo de informação

ibd [SysML Internal Block] Context diagram [Projet o de produto]

«flowPort»Acesso Web

«flowPort»Acesso paramanutenção

«flowPort»Aprovar/Rejeitar

«flowPort»CAx port

«flowPort»Visualização

«System»:Sistema PLM

«flowPort»Acesso Web

«flowPort»Acesso paramanutenção

«flowPort»Aprovar/Rejeitar

«flowPort»CAx port

«flowPort»Visualização

:Clientes

:Fornecedor PLM

:Projetista CAD

:Designers

:Engenheiro de manufatura

:Engenheiro de produto

:Gerente DPI

:WEB

Dados doproduto

«flow»Dados CAD/Dados do molde

«flow»

produtos eserviços

«flow»

Aprovar/ Rejeitar/Dados de produto/Requisitos

«flow»

Dados de produto /Aprovar/Rejeitar

«flow»

Dados de produto/Aprovar/Rejeitar

«flow»

Dados deproduto

«flow»

Aprovar/Rejeitar

«flow»

Dados doproduto

«flow»

Informaçõesde design

«flow»

D

Page 133: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

133

Figura 5-19: Diagrama de contexto para o processo >projetar molde< acrescido do fluxo de informação

ibd [SysML Internal Block] Context diagram [Projet o do molde]

«flowPort»Acesso Web

«flowPort»Acesso paramanutenção

«flowPort»Aprovar/Rejeitar

«flowPort»CAx port

«flowPort»ERP Port «flowPort»

Visualização

«System»:Sistema PLM

«flowPort»Acesso Web

«flowPort»Acesso paramanutenção

«flowPort»Aprovar/Rejeitar

«flowPort»CAx port

«flowPort»ERP Port «flowPort»

Visualização

:ERP-WEBdesk

:Projetista CAD:Fornecedor PLM

:Fornecedores

:Engenheiro de manufatura

:Gerente DPI

:WEB

Especificações decomponentes

«flow»

produtose serviços

«flow» Dados CAD/Dados domolde

«flow»

Dados dascompras

«flow»Dados dosmoldes

«flow»

Dados do molde/Aprovar/ Rejeitar

«flow»

Aprovar/Rejeitar

«flow»

Dados dosmoldes

«flow»

Dados produto/Dados do molde

«flow»

Page 134: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

134

Figura 5-20: Diagrama de contexto para o processo >Planejar e controlar manufatura< acrescido do fluxo de informação

ibd [SysML Internal Block] Context diagram [Plano de manufatura]

«flowPort»Visualização

«flowPort»AcessoWeb

«flowPort»Acesso paramanutenção

«flowPort»Aprovar/Rejeitar

«flowPort»CAx port

«flowPort»ERP Port

«System»:Sistema PLM

«flowPort»Visualização

«flowPort»AcessoWeb

«flowPort»Acesso paramanutenção

«flowPort»Aprovar/Rejeitar

«flowPort»CAx port

«flowPort»ERP Port

:ERP-WEBdesk

:WEB

:Fornecedor PLM

:Departamento de Compras

:Fornecedores

:Engenheiro de manufatura :Operador de

máquina

:Técnico de processos

:Gerente DPI

Dados dascompras

«flow»

Dados do processomanufatura/Aprovar/Rejeitar

«flow»

Aprovar/Rejeitar«flow»

Dados deprocessosmanufatura

«flow»

Dados deplanejamentoda produção

«flow»

Folha deprocesso

«flow»

Dados dePlanejamento daprodução

«flow»

Dadosmanufatura

«flow»

Dados dascompras

«flow»

produtos eserviços

«flow»

Dados processomanufatura

«flow»

Dados dascompras

«flow»

E

Page 135: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

135

5.6.2 MODELAGEM DE DIAGRAMAS DE CASOS DE USO E DIAGRAMA DE

BLOCOS

Após a identificação do fluxo de informação nos diagramas de contexto, um

diagrama de casos de uso foi modelado para identificar as funcionalidades do sistema PLM.

Esse diagrama é mostrado na Figura 5-21. Esse diagrama demonstra as funcionalidades que o

sistema deve fornecer aos atores: usuários, outros sistemas, fornecedores e clientes. Atender

as necessidades dos atores é o propósito de qualquer sistema; a maneira de atendê-los é

fornecendo funcionalidades requeridas. Essas funcionalidades são representadas por casos de

uso.

Um diagrama de blocos foi modelado para representar a estrutura do sistema PLM

e auxiliar o diagrama de casos de uso na definição de requisitos do sistema PLM necessário

ao atendimento das necessidades dos stakeholders. Esse diagrama é mostrado na Figura 5–22.

Page 136: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

13

6

Fig

ura

5-2

1: D

iagr

ama

de

Cas

os d

e us

o

uc [U

se C

ase

] Use

ca

ses

[Use

ca

se m

ode

l]

Sis

tem

a P

LM

«a

cto

r»C

lient

es

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

«a

cto

r»D

epa

rtam

ent

o de

C

ompr

as

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

De

sign

ers

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Eng

enh

eiro

de

m

anu

fatu

ra(f

rom

Sta

keh

old

ers

)

Eng

enh

eiro

de

pr

odut

o(f

rom

Sta

keh

old

ers

)

«a

cto

r»F

orne

cedo

res

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Ge

rent

e D

PI

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Pro

jetis

ta C

AD

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

«a

cto

r»E

RP

-WE

Bde

sk

(fro

m C

on

text

dia

gra

m)

«ac

tor»

WE

B

(fro

m C

on

text

dia

gra

m)

Ope

rado

r de

m

áqu

ina

(fro

m S

take

ho

lde

rs)

Vis

ualiz

ar

dado

s do

C

iclo

de

Vid

a do

P

rodu

to

Vis

ualiz

ar

dado

s do

C

VP

via

WE

B

Apr

ova

r e

Re

jeita

r

Apr

ova

r e

Re

jeita

r v

ia w

eb

Ge

renc

iar

requ

isito

s

Cria

r da

dos

do

prod

uto

Ler

dado

s do

pro

duto

Cri

a d

ado

s de

m

anu

fatu

ra

Ler

dado

s de

m

anu

fatu

ra

Ler

esp

eci

fica

çõe

s v

ia W

EB

Troc

ar

dado

s co

m

sist

em

a E

RP

Ge

renc

iar

dado

s do

C

iclo

de

Vid

a d

o P

rodu

to

Ler

dado

s C

iclo

de

V

ida

do

Pro

duto

Cria

r da

dos

Cic

lo d

e

Vid

a d

o P

rodu

to

«a

cto

r»F

orne

cedo

r P

LM

(fro

m C

on

text

dia

gra

m)

Re

aliz

ar

supo

rte a

o si

stem

a

Re

aliz

ar

inte

rve

nçã

o té

cnic

a v

ia w

eb

Re

aliz

ar

trein

am

ent

os

via

we

b

Info

rma

ção

/A

pro

var/

Re

jeit

ar

«fl

ow

»

Da

do

s d

ep

rod

uto

/Ap

rova

r/R

eje

ita

flo

Da

do

s d

e c

om

pra

flo

Co

taçõ

es

«fl

ow

»

Page 137: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

13

7

bdd

[Sys

ML

Blo

ck D

efin

ition

] Stru

ctur

e [S

iste

ma

PL

M]

«S

yste

Con

text

dia

gram

::Sis

tem

a P

LM

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Vau

lt pe

rman

ente

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

CA

D T

ool

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Ge

renc

iado

r de

m

udan

ças

de

eng

enha

ria

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::Fe

rra

me

nta

cola

bora

tiva

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Fer

ram

enta

de

v

isua

lizaç

ão

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Ger

enci

ado

r de

de

senh

os

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Ge

renc

iado

r de

pr

oje

tos

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Ge

renc

iado

r de

re

quis

itos

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Va

ult e

m

proc

ess

o

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

CA

E to

ol

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::C

AM

Too

l

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::E

dito

r de

text

o

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Spr

ead

shee

t too

l

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

Ge

renc

iado

r de

e

-mai

ls

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::P

DF

tool

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::C

NC

file

s m

anag

er

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

CA

x To

ols

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::V

aul

t de

da

dos

e in

form

açõe

s

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::O

ffice

por

tfolio

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am

::W

eb s

erv

ice

s pr

ovid

er/

rece

iver

«b

lock

»C

onte

xt d

iagr

am::

ER

P

prov

ide

r/re

ceiv

er

serv

ices

Fig

ura

5-2

2: D

iagr

ama

de

bloc

os r

epre

sent

ando

a e

stru

tura

do

sist

ema

Page 138: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

138

5.6.3 MODELAGEM DE DIAGRAMA DE REQUISITOS

Após a modelagem dos diversos diagramas e da análise desses diagramas sob a

ótica do SysML, os requisitos para a implementação do sistema PLM foram derivados.

Considerando as necessidades dos stakeholders alguns desses requisitos são:

1) A necessidade ≫ Melhorar o desempenho ao longo do Processo de Projetar

Produtos≪ origina o requisito para o sistema PLM ≫ O sistema PLM deve

melhorar (aumentar) o desempenho ao longo do Processo de Projetar

produtos em 10%.

2) A necessidade ≫ Reduzir custos com retrabalhos≪ origina o requisito para o

sistema PLM ≫O sistema PLM deve reduzir custos com retrabalhos em

10%≪

3) A necessidade ≫Melhorar a rastreabilidade de atividades≪ origina o

requisito para o sistema PLM ≫O sistema PLM deve tornar 100% das

atividades rastreáveis (quem fez, o quê fez e quando fez.

4) A necessidade ≫Melhorar a qualidade dos produtos desenvolvidos≪origina

orequisitoparaosistemaPLM≫OsistemaPLMdevepropiciaraumento

dequalidadedosprodutosdesenvolvidospelodepartamentoDPI≪

5) A necessidade ≫Melhorar a qualidade dos produtos desenvolvidos≪origina

orequisitoparaosistemaPLM≫O sistema PLM deve auxiliar a melhora a

qualidade dos produtos desenvolvidos≪

6) A necessidade ≫Realizar a revisão detalhada do projeto do produto

(considerando manufatura e funcionalidades)≪ origina o requisito para o

sistema PLM ≫O sistema PLM deve propiciar a realização de revisão

detalhadadoproduto≪

Page 139: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

139

7) A necessidade ≫ Melhorar o processo de compras ≪ origina o requisito

para o sistema PLM ≫O sistema PLM deve melhorar o processo de

compras ≪

Os requisitos apresentados (1 a 7) foram obtidos diretamente das necessidades dos

stakeholders. Analisando-os em conjunto com os diagramas construídos, obtêm-se novos

requisitos. Esses requisitos são apresentados no Quadro 5-5. Esse quando foi gerado com

informações do software Enterprise Architect TM.

Quadro 5-5: Requisitos obtidos com o método

REQ001 - Automatização de atividades

«Stakeholder»

Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

A solução PLM deve permitir a automatização de atividades

repetitivas dos projetos desenvolvimentos

REQ002 - Melhoria da comunicação

«Stakeholder

»

Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve facilitar a comunicação entre o time de

desenvolvimento e os clientes e fornecedores

REQ003 - Reduzir retrabalhos

«Stakeholder» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve reduzir o retrabalho nas atividades realizadas

ao longo do ciclo do produto

REQ004 - Rastreabilidade de atividades

«Stakeholder» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve garantir a rastreabilidade das atividades

realizadas, por realizar, atrasadas, ao longo do ciclo de vida do

produto.

Page 140: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

140

REQ005 - Padronização

«Stakeholder» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

As normas e recomendações de engenharia utilizadas atualmente

devem ser incorporadas facilmente aos fluxos de trabalhos no

sistema PLM implementado

REQ006 - Acesso a informação

«Stakeholder»

Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

Os clientes devem a qualquer momento e lugar acessar os status

de projeto e realizar aprovações utilizando uma conexão de

internet

REQ007 - Acesso a informação Gerente

«Stakeholder» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O gerente DPI deve poder acessar o status de projeto e realizar

aprovações a qualquer momento e lugar utilizando uma conexão

de internet

REQ008 - Acesso a informação Engenheiro de manufatu ra

«Stakeholder» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O Engenheiro de manufatura deve poder acessar dados de

produto ao mesmo tempo em que estes estiverem sendo criados

(Não liberados para manufatura)

REQ009 - Agilidade de aprovação

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve permitir maior agilidade na aprovação de

etapas dos projetos

Page 141: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

141

REQ010 - Reconciliação de dados

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve reduzir o impacto ocasionado pela

reconciliação de dados devido à utilização de diversos formatos

CAD.

REQ011 - Redução de Custos

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve reduzir custos com retrabalhos na

manufatura dos produtos

REQ012 - Revisão do produto

«Stakeholder» Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve facilitar a revisão detalhada do produto

(manufatura e funcionalidade)

REQ013 - Treinamento das pessoas

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

As pessoas precisam possuir conhecimento mínimo sobre o

processo para participação efetiva nele

REQ014 - Melhoria da Qualidade

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve melhorar a qualidade dos produtos

desenvolvidos.

Page 142: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

142

REQ015 - Processo de compras

«Stakeholder» Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve fornecer todas as informações necessárias

para execução do processo de compras num formato acessível

aos compradores e diretamente utilizável no processo

REQ016 - Desempenho de Projetar produtos

«Stakeholder Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve melhorar o desempenho ao longo do

Processo de Projetar produtos.

REQ017 - Controle de modificações

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve controlar as modificações do produto ao

longo do ciclo.

REQ101 - Integração com sistemas existentes

«requirement» Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve integrar-se aos sistemas legados já utilizados

no processo

REQ102 - integração ao ERP

«requirement» Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve integrar-se ao sistema ERP-Webdesk para

trocar dados sobre as compras dos projetos.

REQ103 - integração com a WEB

«requirement» Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve possuir a funcionalidade de integrar-se com a

WEB

Page 143: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

143

REQ104-aprovação/Rejeição de trabalho via WEB

«requirement» Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve permitir que o gerente DPI possa realizar

Aprovações/Rejeições via WEB

REQ105 - Aprovação/Rejeição de trabalho via WEB (Cl iente)

«requirement» Status: Proposed Priority: Medium Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve permitir que o gerente DPI possa realizar

Aprovações/Rejeições via WEB

REQ186 - Representação gráfica de mudanças de engen haria

«Functional» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve possuir uma representação gráfica dos

objetos que são impactados numa mudança de engenharia

REQ234 - Compartilhamento de informação

«Functional» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema deve ferramentas de compartilhamento de

informações/aplicação via internet

REQ358 - check in check out

«Functional» Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve oferecer a possibilidade de realizar check in

check out diretamente do aplicativo CAD encapsulado (totalmente

integrado) ao sistema PLM

RES001 - Payback

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O payback do investimento deve acontecer em no máximo 3 anos.

Page 144: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

144

RES002 - Benefícios para diretoria

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

A diretoria deve enxergar os benefícios seis meses após a

implementação do sistema PLM

RES003 - Tempo de implementação

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O sistema PLM deve ser implantado em no máximo 6 meses

RES004 - Investimento

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

O investimento total na implantação do sistema PLM não deve

ultrapassar R$100.000,00

RES005 - ROI

«Stakeholder » Status: Proposed Priority: High Difficulty: Medium

Phase: 1.0 Version: 1.0

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e a

diretoria do SENAI devem obter ROI de no mínimo 25% relativo ao

investimento inicial

Com os requisitos e restrições apresentados foi desenvolvido o diagrama de

requisitos apresentado na Figura 5-23. Na figura são apresentadas as relações entre os

requisitos desdobrados no método REQ4PLM.

Page 145: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

14

5

req

[Sys

ML

Requ

irem

ents]

Req

uire

men

ts [Im

plem

enta

tion

Req

uirem

ents]

REQ

011

- Red

ução

de

Custo

s

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e re

duzi

r cus

tos

com

retra

balh

os n

a ma

nufa

tura

dos

pr

odut

os

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

014

- Mel

horia

da

Qua

lidad

e

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e me

lhor

ar a

qu

alid

ade

dos

prod

utos

de

senv

olvi

dos.

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

016

- Des

empe

nho

de P

roje

tar

prod

utos

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e me

lhor

ar o

de

semp

enho

ao

long

o do

Pro

cess

o de

Pro

jeta

r pro

duto

s.

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

001

- Aut

omat

izaç

ão d

e at

ivid

ades

note

sA

solu

ção

PLM

dev

e pe

rmiti

r a

auto

matiz

ação

de

ativ

idad

es

repe

titiv

as d

os p

roje

tos

dese

nvol

vime

ntos

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

002

- Mel

horia

da

com

unic

ação

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e fa

cilit

ar a

co

muni

caçã

o en

tre o

time

de

dese

nvol

vime

nto

e os

clie

ntes

e

forn

eced

ores

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

003

- Red

uzir

retra

balh

os

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e re

duzi

r o

retra

balh

o na

s at

ivid

ades

real

izad

asao

long

o do

cic

lo d

o pr

odut

o

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

004

- Ras

treab

ilida

de d

e at

ivid

ades

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e ga

rant

ir a

rast

reab

ilida

de d

as a

tivid

ades

re

aliz

adas

, por

real

izar

, atra

sada

s,

ao lo

ngo

do c

iclo

de

vida

do

prod

uto

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

005

- Pad

roni

zaçã

o

note

sAs

nor

mas

e re

come

ndaç

ões

de

enge

nhar

ia u

tiliz

adas

atu

alme

nte

deve

m se

r inc

orpo

rada

s fa

cilm

ente

ao

s flu

xos

de tr

abal

hos

no s

iste

ma

sele

cion

ado

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

006

- Ace

sso

a in

form

ação

note

sO

s cl

ient

es d

evem

a q

ualq

uer

mome

nto

e lu

gar a

cess

ar o

s st

atus

de

pro

jeto

e re

aliz

ar a

prov

açõe

s ut

iliza

ndo

uma

cone

xãoo

de

inte

rnet

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

007

- Ace

sso

a in

form

ação

G

eren

te

note

sO

ger

ente

DPI

dev

e po

der a

cess

ar o

st

atus

de

proj

eto

e re

aliz

ar

apro

vaçõ

es a

qua

lque

r mom

ento

e

luga

r ut

iliza

ndo

uma

cone

xão

de

inte

rnet

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

008

- Ace

sso

a in

form

ação

En

genh

eiro

de

man

ufat

ura

note

sO

Eng

enhe

iro d

e ma

nufa

tura

dev

e po

der a

cess

ar d

ados

de

prod

uto

ao

mesm

o te

mpo

que

este

s es

tiver

em

send

o cr

iado

s(Nã

o lib

erad

os p

ara

manu

fatu

ra)

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

017

- Con

trole

de

mod

ifcaç

ões

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e co

ntro

lar a

s mo

dific

açõe

s do

pro

duto

ao

long

o do

cic

lo.

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

010

- Rec

onci

liaçã

o de

dad

os

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e re

duzi

r o

impa

cto

ocas

iona

do p

ela

reco

ncili

ação

de

dado

s de

vido

a

utili

zaçã

o de

div

erso

s fo

rmat

os C

AD.

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

009

- Agi

lidad

e de

apr

ovaç

ão

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e pe

rmiti

r mai

or

agili

dade

na

apro

vaçã

o de

eta

pas

dos

proj

etos

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

012

- Rev

isão

do p

rodu

to

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e fa

cilit

ar a

re

visã

o de

talh

ada

do p

rodu

to

(man

ufat

ura

e fu

ncio

nalid

ade)

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

015

- Pro

cess

o de

com

pras

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e fo

rnec

er to

das

as in

form

açõe

s ne

cess

ária

s pa

ra

exec

ução

do

proc

esso

de

comp

ras

num

form

ato

aces

síve

l aos

co

mpra

dore

s e

dire

tame

nte

utili

záve

lno

pro

cess

o

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

013

- Tre

inam

ento

das

pes

soas

note

sAs

pes

soas

pre

cisa

m po

ssui

r co

nhec

imen

to m

inim

os s

obre

o

proc

esso

par

a pa

rtici

paçã

o ef

etiv

a ne

le (from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)RE

S005

- RO

I

note

sO

s in

vest

idor

es e

a d

ireto

ria

da e

mpre

sas

deve

m ob

ter

ROI d

e no

min

imo

25%

re

lativ

o ao

inve

stim

ento

in

icia

l

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

RES0

01 -

Payb

ack

note

sO

pay

back

do

inve

stim

ento

de

ve a

cont

ecer

em

no

máxi

mo 3

ano

s.

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

RES0

02 -

Bene

ficio

s par

a di

reto

ria

note

sA

dire

toria

dev

e en

xerg

ar o

s be

nefíc

ios

seis

mes

es a

pós

aim

plem

enta

ção

do s

iste

ma

PLM

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

RES0

03 -

Tem

po d

e im

plem

enta

ção

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e se

r im

plem

enta

do e

m no

máx

imo

6 me

ses

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

RES0

04 -

Inve

stim

ento

note

sO

inve

stim

ento

tota

l não

de

ve u

ltrap

assa

r R$

100.

000,

00

(from

Sta

keho

lder

requ

ireme

nts)

REQ

358

- che

ck in

che

ck o

ut

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e of

erec

er a

po

ssib

ilida

de d

e re

aliz

ar c

heck

in

chec

k ou

t dire

tame

nte

do a

plic

ativ

o CA

D en

caps

ulad

o (to

tame

nte

inte

grad

o) n

o si

stem

a PL

M

(from

CAD

Inte

grat

ion)

REQ

186

- Rep

rese

ntaç

ão

gráf

ica

de m

udan

ças d

e en

genh

aria

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e po

ssui

r um

a re

pres

enta

ção

graf

ica

dos

obje

tos

que

são

impa

ctad

os n

uma

muda

nça

de e

ngen

haria

(from

Man

agin

g En

gine

erin

g Ch

ange

)

REQ

234

- com

patil

ham

ento

de

info

rmaç

ão

note

sO

sis

tema

dev

e fe

rrame

ntas

de

comp

artil

hame

nto

de

info

rmaç

ões/

aplic

ação

via

inte

rnet

(from

On-

line

Mee

ting

Tool

s)

REQ

101

- Int

egra

ção

com

siste

mas

ex

isten

tes

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e in

tegr

ar-s

e ao

s si

stem

as le

gado

s já

util

izad

os n

o pr

oces

so

REQ

102

- int

egra

ção

ao E

RP

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e in

tegr

ar-s

e ao

si

stem

a ER

P-W

ebde

sk p

ara

troca

r da

dos

sobr

e as

com

pras

dos

pr

ojet

os.

REQ

103

- int

egra

rção

com

a W

EB

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e po

ssui

r a

func

iona

lidad

e de

inte

grar

-se

com

a W

EB

REQ

104-

apro

vaçã

o/Re

jeiç

ão

de tr

abal

ho v

ia W

EB

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e pe

rmiti

r qu

e o

gere

nte

DPI p

ossa

re

aliz

ar A

prov

açõe

s/Re

jeiç

ões

via

WEB

REQ

105

- Ap

rova

ção/

Reje

içao

de

traba

lho

via

WEB

(Clie

nte)

note

sO

sis

tema

PLM

dev

e pe

rmiti

r qu

e o

gere

nte

DPI p

ossa

re

aliz

ar A

prov

açõe

s/Re

jeiç

ões

via

WEB

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«tra

ce»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«tra

ce»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«der

iveR

eqt»

«tra

ce»

Fig

ura

5-2

3: R

equi

sito

s d

eter

min

ados

par

a P

LM

Page 146: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

146

6. DISCUSSÃO DO MÉTODO REQ4PLM

Este capítulo apresenta uma discussão sobre o método proposto neste trabalho de

doutorado. Para isso, os seguintes tópicos serão abordados:

� Vantagens e Desvantagens do método;

� Dificuldades para aplicação do método;

� Comparação e posicionamento do método proposto à literatura encontrada.

6.1 VANTAGENS, DESVANTAGENS E APLICABILIDADE DO MÉTODO.

Analisando o método desenvolvido no Capítulo 4 e a sua demonstração no

Capítulo 5 foi desenvolvido o Quadro 6-1. Neste quadro são apresentadas as vantagens e

desvantagens do método com relação aos seus pares, bem como, a aplicabilidade do método

em uma organização.

Quadro 6-1: Analise do método desenvolvido em aplicado em ambiente de desenvolvimento de produtos SENAI-CIMATEC

Vantagens Desvantagens Aplicabilidade

Oportunidade para modelar ou remodelar os processos do ciclo de via do produto. Esses processos (modelos) podem também fazer parte de outras iniciativas de melhoria de processos.

Identificação de indicadores e requisitos que dizem o “que” sistema deve fazer para atender as necessidades dos processos e de seus stakeholders

Robustez garantida por uma abordagem sistemática, devido à filosofia de engenharia de sistemas e requisitos adotada.

Quando a empresa não possuir uma cultura orientada a processos implantada, se corre o risco de existirem iterações para que os processos sejam otimizados.

� Consequentemente, pode existir um retrabalho considerável caso isso ocorra.

Necessidade de conhecimentos prioritários para aplicação do método, por abordar os seguintes assuntos:

� Mapeamento e modelagem de processos;

� Analise de stakeholders;

Empresas de médio e pequeno porte

� Empresas com uma cultura de processos já implantada ou que queiram implantar tal cultura.

� Empresas que desejem se certificar (por exemplo, ISO 9000), necessitam mapear e modelar processos. Com isso pode-se compartilhar recursos entre essas iniciativas (Certificação ISO e PLM).

� Empresas pequenas dificilmente terão a maturidade de encarar o problema dessa forma. Consequentemente, casos

Page 147: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

147

6.2 DIFICULDADES PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO

A demonstração do método REQ4PLM foi realizada no SENAI – CIMATEC pelo

próprio autor em virtude das limitações inerentes a pesquisa, por exemplo, falta de uma

equipe independente e dedicada a essa etapa. Ou mesmo, uma empresa que assumisse o risco

e usa-se o método para identificar os requisitos de seu sistema PLM. A aplicação realizada

dessa forma pode, para alguns, adicionado um viés a pesquisa e a seus resultados. Entretanto,

mais importante do que esse possível viés é constatação por quem concebeu o método das

dificuldades em aplicar o método e a proposição de soluções para essas dificuldades. As

dificuldades mais significativas são apresentadas nessa seção. A demonstração do método foi

realizada

As características intrínsecas aos processos do SENAI – CIMATEC ou de

qualquer outra organização delineiam a necessidade por flexibilidade na aplicação do método:

A modelagem realizada será útil para realizar discussões para adotar futuras tecnologias para PLM, ex. Realidade virtual e aumentadas e as novas tecnologias de comunicação.

Flexibilidade e customização, devido à acomodação do método aos processos da empresa e as seus respectivos stakeholders. Ao contrario de questionários genéricos encontrados

Escalabilidade, o método pode ser aplicado inicialmente a processos prioritários. Em uma segunda rodada outros podem ser abordados com a necessidade mínima de retrabalhos.

� Modelagem de sistemas; � Analise de requisitos; � Notações para modelagem

de processos e sistemas.

Esforço para manter os modelos desenvolvidos atualizados Método desenvolvido somete em língua portuguesa. Isso impede a discussão sobre e ele. Faz necessária sua publicação em outras línguas para isso (ex. Inglês).

essas empresas interessem PLM se adequarão as ferramentas adquiridas com processos pré-configurados.

Empresas de grande porte

� Empresas de grande porte possuem estratégias de longo prazo para TI.

� No caso de multinacionais a definição de infraestrutura de TI é realizada nos países onde existem as matrizes. Nesse caso o método necessita de uma tradução para outras línguas.

Page 148: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

148

Em aplicando o método, ele deve orientar-se aos processos de cada empresa. Essa necessidade

foi contemplada pelo fato de ser necessário mapear e modelar os processos de interesse e

identificar e analisar stakeholders antes de criar indicadores de desempenho e requisitos para

o sistema PLM (processo + pessoas + tecnologia de TI). Com isso busca-se um conhecimento

em detalhes de como as tarefas são executadas ou como se quer que elas sejam executadas,

bem como dos interessados (stakeholders) e de seus interesses para a partir desse ponto, se

possa desdobrar requisitos e indicadores de desempenho para o sistema PLM.

Com essa característica, surge uma dificuldade para aplicar o método: é

necessário saber técnicas e notações utilizadas para mapear e modelar processos. Nesse caso o

autor se esmerou em entender esse assunto bem como a usar a notação de modelagem de

processos BPMN. Dessa forma, é pouco provável que outro interessado em aplicar o método

obtenha sucesso sem ter um mínimo de conhecimento sobre mapeamento e modelagem de

processos de negócios.

De forma semelhante, para cada organização interessada em implantar PLM

existirá um grupo de stakeholders diferente que possuem interesses sobre o processo.

Identificar esses stakeholders e entender suas necessidades é uma etapa realizada com ajuda

do método para que com isso sejam identificados requisitos e indicadores desempenho. Com

isso, se faz necessário entender as técnicas de identificação e análise de stakeholders para

extrair deles toda a informação pertinente.

Outra limitação da demonstração realizada está no tamanho da organização onde

foi aplicado o método. Possivelmente com o aumento de entrevistados e stakeholders a

aplicação por uma única pessoa será bastante difícil. Contudo, uma equipe com o treinamento

adequado deve resolver essa possível deficiência devido ao grande volume de informação a

ser coletada e não pelo método em si. Além disso, podem ser citadas as dificuldades

encontradas em qualquer situação de mudanças em grandes corporações. Como referência a

Page 149: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

149

esse assunto, o leitor pode consultar Cameron e Green (2009) e se inteirar dos aspectos

cognitivos e psicodinâmicos que não foram tratados na pesquisa.

Por fim, ressalta-se ainda a modelagem de sistema realizada que confere

características significativas ao método desenvolvido, sejam elas:

� Possibilidade de comunicar a estrutura e os comportamentos desejados do

sistema PLM;

� Maneira de visualizar e controlar as funcionalidades do sistema;

� Forma de compreender melhor o sistema que se estar elaborando, muitas vezes

expondo oportunidades de simplificação e reaproveitamento;

� Ferramenta para identificar e gerenciar riscos.

Essas características proporcionam ao método significativa robustez para definir

um sistema PLM que satisfaça ao propósito pretendido de maneira previsível e consistente.

Proporcionando dessa forma uma fundação solida que aceita modificações, adaptando-se a

novas necessidades do negócio e de tecnologia.

Contudo, essas características vêm com um preço a ser pago que são as técnicas e

notações de modelagem de sistemas, tais como SysML. Essas devem ser dominadas para que

o método seja corretamente aplicado.

6.3 COMPARAÇÃO E POSICIONAMENTO DO MÉTODO PROPOSTO A

LITERATURA ENCONTRADA.

Nesta seção é apresentada ao leitor uma analise sinótica, semelhante a que foi

realizada no capítulo 3. Contudo, posiciona-se o método desenvolvido ressaltando

características importantes em relação aos demais existentes. Essa análise é apresenta no

Quadro 6-2.

Page 150: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

15

0

Qua

dro

6-2:

Aná

lise

sinó

tica

dos

trab

alho

s ex

iste

ntes

rel

acio

nado

s ao

aux

ilio

a im

plem

enta

ção

PLM

e a

co

ntrib

uiçã

o da

do p

elo

dese

nvol

vim

ento

de

sse

trab

alho

A

uto

res

Ca

ract

erí

stic

as

(ZA

NC

UL,

20

09

) (U

MB

LE e

t a

l.,

20

03

) (G

RIE

VE

S,

20

06

) (S

AA

KS

VU

OR

I e

t a

l.,

20

08

)

RE

Q4

PLM

Ab

ord

agem

u

tili

zad

a D

esen

volv

imen

to d

e m

odel

os d

e re

ferê

ncia

, pr

oces

sos

e id

entif

icaç

ão d

e bo

as p

rátic

as d

e im

plan

taçã

o de

sis

tem

as

ER

P.

Iden

tific

ação

, em

trab

alho

s an

terio

res

rela

cion

ados

a

ER

P, o

s fa

tore

s de

suc

esso

e

uma

com

patib

iliza

ção

dess

es tr

abal

hos.

Abo

rda

a im

plan

taçã

o P

LM

no n

ível

est

raté

gico

. Def

ine

visã

o, a

valia

a s

ituaç

ão

atua

l e p

lane

ja a

s m

udan

ças

nece

ssár

ias

a um

a es

trat

égia

PLM

.

Est

rutu

ra a

impl

anta

ção

PLM

com

boa

s pr

átic

as d

e ge

renc

iam

ento

de

proj

eto.

C

onsi

dera

sis

tem

a P

LM

com

o um

a fe

rram

enta

par

a au

xílio

aos

pro

cess

os.

Def

ine

requ

isito

s pa

ra o

si

stem

a P

LM e

indi

cado

res

para

ser

em a

lcan

çado

s ap

ós a

impl

anta

ção

base

ado

nos

proc

esso

s de

ne

góci

os d

o ci

clo

de v

ida

do p

rodu

to. C

onsi

dera

um

si

stem

a P

LM c

omo

com

post

o po

r so

ftwar

e,

proc

esso

s e

usuá

rios.

Ên

fase

da

pro

po

sta

Sel

eção

de

sist

emas

PLM

em

funç

ão d

a ad

erên

cia

dos

proc

esso

s ex

iste

ntes

a

um m

odel

o de

ref

erên

cia

dese

nvol

vido

.

Boa

s pr

átic

as e

xist

ente

s e

os c

asos

de

suce

sso.

D

efin

ição

da

estr

atég

ia d

e ne

góci

os r

elac

iona

da a

im

plem

enta

ção

de

sist

emas

PLM

.

Ger

enci

amen

to d

as

mud

ança

s or

gani

zaci

onai

s e

gere

ncia

men

to d

e pr

ojet

os (

proj

eto

de

impl

anta

ção

PLM

).

Sis

tém

ico:

Pro

cess

os,

Sta

keho

lder

s, u

suár

ios

e fu

ncio

nalid

ades

te

cnol

ógic

as a

nalis

ados

si

mul

tane

amen

te.

Uso

de

ind

icad

ore

s p

ara

aval

iar

a im

pla

nta

ção

Não

abo

rda.

N

ão a

bord

a.

Indi

ca R

OI e

RO

A c

omo

indi

cado

res

de

dese

mpe

nho,

con

tudo

não

m

ostr

a co

mo

obte

r es

ses

indi

cado

res.

Indi

cado

res

são

abor

dado

s de

form

a im

plíc

ita

(indi

cado

res

de p

roje

to):

pr

azos

, orç

amen

to, e

tc.

Des

dobr

a in

dica

dore

s qu

e de

vem

val

idar

a s

atis

façã

o do

s st

akeh

olde

rs d

o pr

oces

so a

pós

a im

plan

taçã

o de

um

sis

tem

a P

LM

Page 151: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

15

1

Con

tinua

ção

- Q

uad

ro 6

-2:

Aná

lise

sinó

tica

dos

trab

alho

s ex

iste

ntes

rel

acio

nado

s ao

aux

ilio

a im

plem

enta

ção

PLM

e a

con

trib

uiçã

o da

do p

elo

dese

nvol

vim

ento

des

se tr

abal

ho

A

uto

res

Ca

ract

erí

stic

as

Za

ncu

l (2

00

9)

Um

ble

et

al,

20

02

G

rie

ve

s (2

00

6)

Sa

ak

svu

ori

et

al

(20

08

) R

EQ

4P

LM

Sta

ke

ho

lde

rs

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. A

bord

a os

us

uário

s do

sis

tem

a (s

oftw

are

para

PLM

) co

mo

um ti

po d

e st

akeh

olde

r do

si

stem

a P

LM.

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. D

ecla

ra

som

ente

os

usuá

rios

do

sist

ema

que

são

um ti

po d

e st

akeh

olde

r do

sis

tem

a P

LM.

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. I

dent

ifica

os

usuá

rios

do s

iste

ma

PLM

e

mem

bros

da

dire

toria

da

empr

esa

Não

usa

o c

once

ito d

e st

akeh

olde

rs. L

ista

so

men

te u

suár

ios

do

sist

ema

PLM

.

Elíc

ita o

s st

akeh

olde

rs d

os

proc

esso

s de

cic

lo d

e vi

da

e an

alis

a su

as

nece

ssid

ades

rel

acio

nada

s ao

s pr

oces

sos.

Dim

ensõ

es

anal

isad

as

Pro

cess

os d

e ne

góci

o e

func

iona

lidad

es P

LM

Som

ente

apl

icat

ivos

de

softw

are

e us

uário

s P

roce

ssos

de

negó

cios

, fu

ncio

nalid

ades

PLM

e

pess

oas.

Pro

cess

os d

e ne

góci

o.

Pro

cess

os d

e ne

góci

os,

stak

ehol

ders

e

func

iona

lidad

es P

LM.

An

ális

e d

e s

ta

ke

ho

lde

rs

do

p

roce

sso

e d

e su

as

nec

essi

dad

es

Não

usa

N

ão u

sa.

Não

usa

. N

ão u

sa.

An

alis

ar o

s p

rin

cip

ais

stakeholders

do

s p

roce

sso

s d

e n

ego

cio

p

ara

iden

tifi

car

suas

n

eces

sid

ades

Tip

os

de

mo

del

agem

u

sad

a n

a p

rop

ost

a

Nen

hu

ma

Nen

hu

ma.

N

enh

um

a.

Nen

hu

ma.

M

od

elag

em d

e si

stem

as

e d

e p

roce

sso

s

Uso

de

no

taçõ

es

esp

ecíf

icas

de

mo

del

agem

Nen

hu

ma

N

enh

um

a.

Nen

hu

ma.

N

enh

um

a.

BP

MN

, Sys

ML/

UM

L

Page 152: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

152

Este capítulo discutiu o método desenvolvido no Capitulo 4 e demonstrado no

Capitulo 5. Essa discussão consistiu em apresentar:

� Vantagens e Desvantagens do método;

� Dificuldades para aplicá-lo;

� Posicionamento do método proposto à literatura encontrada.

No próximo capítulo (Capítulo 7) são apresentadas a conclusão desse trabalho e as

sugestões para novos trabalhos que podem dar continuidade a pesquisa realizada aqui.

Page 153: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

153

7. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Neste capítulo são apresentadas as conclusões do trabalho (Seção7.1) e sugestões

para trabalhos futuros (Seção 7.2), que podem dar continuidade a pesquisa realizada.

7.1 CONCLUSÕES

Este trabalho apresentou a proposta de um método chamado REQ4PLM. Trata-se

de um método de auxílio à definição de requisitos para sistemas PLM. Suas características

principais são:

� Utilização de métodos consolidados de engenharia de requisitos na elaboração de

requisitos para um Sistema PLM;

� Estabelecimento de funcionalidades do sistema PLM relacionadas aos interesses

dos stakeholders dos processos do ciclo de vida dos produtos;

� Derivação de requisitos para o sistema PLM para auxiliar as empresas a

selecionar, acompanhar a implantação e atualizar a infraestrutura PLM,

considerando as necessidades dos diversos stakeholders de processos.

O método proposto foi demonstrado usando informações de um ambiente de

desenvolvimento produtos com características laboratoriais por se tratar de um centro

tecnológico – CIMATEC (Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia). Esse ambiente

possui oportunidades de melhorias semelhantes àquelas encontradas no ambiente industrial o

que o tornou atrativo para aplicação do método.

Além disso, após a demonstração o método foi discutido em face de outras

propostas encontradas na literatura existente.

O resultado principal do trabalho é o desenvolvimento de uma forma de visualizar

as funcionalidade e estrutura de um sistema PLM adequadas às necessidades dos stakeholders

dos processos do ciclo de vida do produto e consequentemente, também, stakeholders de um

Page 154: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

154

sistema PLM. Essa visão é usualmente negligenciada e substituída simplesmente por uma

visão puramente tecnológica relacionada ao tema ou por uma visão isolada dos componentes

principais de um sistema sociotécnico, tal como PLM: Pessoas, Processos e Ferramentas.

Na demonstração realizada, os processos modelados apresentam oportunidades de

melhoria declaradas pelos stakeholders ou identificadas na análise dos processos, sejam elas:

No processo atual cada etapa possui sua própria cópia do modelo CAD do

produto. Isso dificulta o gerenciamento dos dados e a constante verificação de consistência

entre essas cópias, vide Figura 7-1. Na figura são mostrados os tipos de arquivos criados e

compartilhados entre as diferentes atividades realizadas.

Figura 7-1: Modelo BPMN do fluxo de dados no processo de desenvolvimento de produtos

Cabe aqui ressaltar que quando os dados de produto possuem um grau

significativo de granularidade: várias versões, tipos e fins, como os apresentados nos

processos analisados, se tornam mais difícil gerencia-los e sincroniza-los. Nos processos

analisados um esforço considerável da organização é voltado a garantir a rastreabilidade da

informação e dos dados nos formatos utilizados. Contudo, para o caso analisado, esse esforço

não é suficiente, pois frequentemente nos processo surgem divergências entre as versões dos

dados existentes nas diferentes atividades do processo. Por exemplo, nas atividades do

Page 155: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

155

processo de Planejar e Controlar Manufatura, é frequente não se saber ao certo qual é a versão

atualizada do produto que foi projetado.

Além disso, essa característica inibe a adoção de iniciativas que propicie a

execução de tarefas de projeto do produto e planejamento da manufatura (geração de

trajetórias de ferramentas para usinagem de moldes).

O projeto do produto contempla de maneira tímida a manufaturabilidade do

produto, visto que, quem realiza essas análises não tem todas as qualificações indicadas (o

projeto de engenharia é desenvolvido por Designers) para o projeto de engenharia de produtos

em polímeros. A avaliação de manufaturabilidade é realizada por engenheiros somente em

etapas posteriores o que muitas vezes gera retrabalhos para os Designers. De outra forma, é

possível compartilhar informação nos estágios inicias e fazer com que os demais interessados

contribuam, já nessa fase inicial, fazendo com que o produto já seja concebido com diversas

características de manufatura já bem resolvidas.

A aplicação do método limitou-se a tratar de aspectos diretamente relacionados

aos stakeholders e de caráter prático e não de aspectos psicológicos conforme delimitação

inicial da pesquisa. Entretanto, nessa abordagem é possível inserir analises psicológicas dos

stakeholders, como por exemplo, identificar aqueles que são resistentes à mudança e

encontrar formas de contornar essa resistência.

Relacionando-se perguntas de pesquisa, objetivos propostos e resultados

alcançados pode-se obter o Quadro 7-1. Nele é mostrado que os resultados alcançados

condizem com o que foi proposto no objetivo do trabalho.

Page 156: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

156

Quadro 7-1: Relação entre perguntas de pesquisa, objetivos e resultados alcançados.

Perguntas de pesquisa Objetivos da pesquisa Resultados da pesquisa

Como as empresas podem selecionar requisitos para sistemas PLM de uma forma holística, considerando os diversos aspectos sociotécnicos envolvidos, stakeholders, tecnologia e processos do ciclo de vida do produto? Como garantir que os requisitos estejam relacionados às necessidades dos stakeholders, restrições, metas e objetivos do negócio?

Objetivo principal

Propor um método de geração de requisitos para sistemas PLM baseado nos processos do ciclo de vida do produto e seus stakeholders.

Objetivos Específicos

Desenvolver o método baseado em ferramentas de análise de stakeholders e de requisitos existentes;

Aplicar o método desenvolvido em uma organização de desenvolvimento do produto;

Discutir os benefícios do método frente a outras soluções da literatura ou da indústria.

Método desenvolvido no capítulo 4, demostrado no capítulo 5 e discutido no capítulo 6.

No método desenvolvido no capítulo 4 são utilizadas notações de modelagem utilizadas no meio industrial: BPMN e SysML. Além disso, foram utilizadas outras ferramentas, tais como, mapeamento e modelagem de processos e identificação e analise de stakeholders.

No capítulo 5, o método foi demonstrado usando os processos de um ambiente de desenvolvimento de produtos.

No capítulo 6, o método é discutido frente a seus pares acadêmicos e industriais. Com isso mostram-se as lacunas deixadas pelos existentes e cobertas pelo método REQ4PLM.

7.2 SUGESTOES PARA TRABALHOS FUTUROS

A definição sistêmica apresentada nesse trabalho pode ser usada como base para

novas pesquisas. Nesta seção são apresentadas sugestões de continuidade da pesquisa

realizada nesse trabalho.

No trabalho apresentado não houve aprofundamento das tecnologias possíveis de

serem abordadas, ou mesmo os benefícios em adotá-las. Contudo a visão sistêmica que é dada

ao tema pode servir de base para a modelagem detalhada de Sistemas PLM. De posse dessa

Page 157: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

157

modelagem, como uma maneira de investigar a integração de novas tecnologias relacionadas

à Realidade virtual, Realidade aumentada e Inteligência artificial.

O método proposto REQ4PLM é uma maneira estruturada de obter requisitos para

sistemas PLM baseados nos processos do ciclo de vida dos produtos e de seus stakeholders.

Em aplicando o método, pode-se também definir indicadores de desempenho que buscam

medir a satisfação dos stakeholders dos processos em relação a suas necessidades. Uma

contribuição significativa poderia ser dada no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos que

propusessem a criação de matching funcional entre as funções documentadas em requisitos e

as funções encontradas em pacotes de software para PLM oferecidos pelas empresas do ramo.

Isso serviria para verificar a aderência entre as funcionalidades requeridas pelos processos na

forma de requisitos e as funcionalidades oferecidas pelos fornecedores de software PLM.

O trabalho prevê a elaboração de indicadores de desempenho para avaliar o

cumprimento das necessidades dos stakeholders. Entretanto, a contribuição apresentada não

detalha como coletar dados e calcular as métricas dos indicadores. Dessa forma, a pesquisa

aqui apresentada pode ter continuidade na pesquisa para o cálculo automático das métricas

usando os dados extraídos do sistema PLM. Dessa forma, o sistema PLM disponibilizaria

telas mostrando em tempo real como está determinado indicador sempre que for necessário,

além de ser uma forma de acompanhar a variação dos indicadores no tempo.

O método proposto propõe a modelagem dos processos de negócio que se

beneficiarão da abordagem PLM. Contudo, no trabalho, não houve menção a modelagem

desses processos no sistema PLM propriamente dito. Essa atividade é critica para a real

implantação de sistemas PLM e também consome grande parte do tempo de implantação.

Para esse assunto sugere-se o desenvolvimento de mecanismos que automatizem a criação de

fluxos de trabalho do sistema tomando como base os mapas de processos desenvolvidos em

BPMN e exportados em XPDL - XML Process Definition Language (WFMC, 2008) para as

Page 158: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

158

ferramentas PLM disponíveis no mercado. Com isso, buscar-se-ia reduzir o tempo de

implantação e consequentemente seus custos.

Page 159: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

159

REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR ISO 9001-2008: Sistema de gestão da qualidade-Requisitos. Rio de Janeiro, 2008.

Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR 15100-2010: Sistema de Gestão da Qualidade-Requisitos para organizações de aeronáutica, espaço e defesa. Rio de Janeiro. 2010.

ABRAMOVICI, M. Future trends in product lifecycle management (PLM). In: CIRP DESIGN CONFERENCE, 17., 2007, Proceedings… Berlin: Springer, 2007.

ACOSTA, L. M. C. A method for deriving performance indicators for product development process. 105f. 2004. Tese(Mestrado em Engenharia Mecânica e Aeronáutica) – Instituto Tecnológico de Aeronautica, São José dos Campos,.

ALEMANNI, M. et al. Key performance indicators for PLM benefits evaluation: The Alcatel Alenia Space case study. Computers in Industry, n. 59, p.833–841,2008.

ALEXANDER, I. Building what stakeholders desire. IEEE Software, March/April, p. 62-65, 2007.

ALEXANDER, I. F.; STEVENS, R. Writing better requirements . London: Pearson Education, 2002.

AMERI, F.; DUTTA, D. Product lifecycle management: needs, concepts and components. Ann Arbor-MI. 2004.p. 45. Apostila – University of Michigan.

ARMISTEAD, C. G.; MACHIN, S. Implications of business process management for operations management. International Journal of Operations & Production Ma nagement, v.17, p.86-89, 1997.

BAHIL, A. T.; GISSING, B. Re-evaluation systems engineering concepts using systems thinking. IEEE Transactions on Systems, Man and Cybernetics, v. 4, p.516-527, 1998.

BANCROFT, N. H.; SEIP, H.; SPRENGEL, A. Implementing SAP R/3: how to introduce a large system into a large organization. 2. ed. Greenwich: Manning Publications Co., 1998.

BARBALHO, S. C. M.; ROZENFELD, H. Análise da abrangência de metodologias de modelagem de empresas. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINITRAÇÃO, 26., 2002, Salvador. Anais... [S.l., s.n.]. 2002. CD-ROM.

BARTHOLOMEW, D. Process is back. Industry Week, Nov. 1999.

BERGAMASCHI, S. Um estudo sobre projetos de implementação de sistemas para gestão empesarial. 181f. 1999. Dissertação(Mestrado em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Univeridade de São Paulo. São Paulo.

Page 160: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

160

BRYD, T. A.; TURNER, D. E. Measuring the flexibility of the information technology infrastructure: exploratory analysis of a construct. Journal of Management Information Systems, n. 17,. p. 167-208, 2000.

CAMERON, E.; GREEN, M. Gerenciando mudanças. São Paulo: Clio Editora, 2009.

CIMADATA. Industrial Organization Consulting, 2011. Disponivel em: <http://www.cimdata.com/services/consulting/industrial_organizations.html>. Acesso em: 03 outubro 2011.

CIMDATA. PDM to PLM: Growth of An Industry . CIMDATA. Ann Arbor, p. 26. 2003. Relatório de Negócios.

CIMDATA. Measuring Business Process Benefits Achieved Using SMARTEAM . CIMDATA. Ann Arbor. 2005. Relatório de Negócios.

CIMDATA. Product Lifecycle Management (PLM) Definition. CIMDATA: Global Leaders in PLM consulting, 2008. Disponivel em: <http://www.cimdata.com/plm/definition.html>. Acesso em: 25 mar. 2009.

COLANGELO FILHO, L. Implantação de sistemas ERP. São Paulo: Atlas, 2001.

COLOMBO, E.; FRANCALANCI, C. Selecting CRM packages based on architectural, functional, and cost requirements: Empirical validation of a hierarchical ranking model. Requirements Engineering, v. 9, n. 3, p. 186-203, Aug. 2004.

COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES UNDER ESPRIT PROGRAMME. Workflow Management for Simultaneous Engineering Networks. ESPRIT programme, 2008. Disponivel em: <http://tmitwww.tm.tue.nl/staff/krouibah/SIMNET.htm>. Acesso em: 21 janeiro 2009.

CROSS, N. Engineering design methods: Strategies for product design. West Sussex: Jonh Wiley & Sons, 2004. ISBN 0-471-87250-4.

CURTIS, B.; KELLNER, M. I.; OVER, J. Process modeling. Communications of the ACM, v.35, p. 75-90, 1992.

DAVENPORT, T. H. Process innovation: reegineering work through information technology. Boston: Havard Business School press, 1993.

DAVENPORT, T. H. Saving IT´s soul. Havard Business Review, march/april, p.11-27, 1994.

DAVIS, R. ARIS design platform advanced process modelling and administration . London: Springer-Verlag, 2008.

DOD-SYSTEMS MANAGEMENT COLLEGE. Systems engineering fundamentals. Fort Belvoir: Defense Acquisition Press, 2001.

DREILING, A. R. et al. Model based software configuration: patterns and languages. European Journal of Information Systems, v.18, p. 583-600, 2006..

Page 161: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

161

ERIKSSON, H.-E.; PENKER, M. Business modeling with UML. New York: Jonh Willey & Sons, 2000.

FNQ. Modelo de Excelência da Gestão, 2010. Disponivel em: <http://www.fnq.org.br/site/292/default.aspx>. Acesso em: 12 Setembro 2011.

FREEMAN, R. E. Strategic management: a stakeholder approach. Marshfield: Pitman, 1984. ISBN 0-273-01913-9.

GRIEVES, M. Product lifecycle management. New York: McGraw-Hill, 2006.

HANSMANN, H.; NEUMANN, S. Prozessorientierte Einführung von ERP-Systemen. In: BECKER, J.; KUGELER, M.; ROSEMANN, M. Prozessmanagement: Ein Leintfaden zur prozessorientierten Organisationsgestaltung. Berlim: Springer, 2002.

HECHT, B. Chose the right ERP software. Datamation, march/spril, 1997.

HENDRICKS, K. B.; SINGHAL, V. ; STRATMAN, J. K. The impact of enterprise systems on corporate performances: a study of ERP, SCM and CRM system implementations. Journal of Operations Managemen, n. 25, 2006. 65–82.

HILL, JR., S. A winning strategy. Manufacturing business technology, Setembro 2006.

HOJLO, J.; D’AQUILA, M.; CARTER, K. The product lifecycle management market sizing report, 2007–2012. [s.n.]. 2008.

HOOKS, I. F.; FARRY, K. A. Customer-centered products: Creating Successful Products through smart requirements management. New York: AMACOM, 2001.

HUAN, S. M. et al. An empirical study of relationship between IT investment and firm performance: a resource-based perspective. European Journal of Operational Research, n. 173, p. 984-999, 2005.

HULL, E.; JACKSON, K.; DICK, J. Requirements Engineering. London: Springer, 2005. ISBN 1-85233-879-2.

IBM. PLM Services, 2011. Disponivel em: <http://www-01.ibm.com/software/plm/services/index.html>. Acesso em: 03 outubro 2011.

INCOSE. System engineering handbook. San Diego: [s.n.], v. 3.2.1, 2011.

INDULSKA, M. et al. Business Process Modeling: Perceived benefits. 28th International Conference on Conceptual Modeling. Heidelberg: Springer. 2009. p. 458–471.

INTERNATIONAL STANDARD ORGANIZATION. ISO/IEC 15288:2008: Systems and software engineering - system life cycle processes. [S.l.]. 2008.

JSF. JOIN STRIKE FIGHTER. HISTORY. 2006. Disponivel em: <http://www.jsf.mil/>. Acesso em: 6 Agosto 2010.

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. The balanced scorecard. Boston: Havard Business School Press, 1996.

Page 162: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

162

KIMBLE, C.; PRABHU, V. B. CIM and manufacturing industry in the North East of England. In: PARSAEI, H. R.; KARWOWSKI, W. A survey of some current issues in ergonomics of advanced manufacturing systems. Amsterdam: Elsevier publications, 1988. p. 133 - 140.

KRASNER, H. Ensuring e-business sucess by learning from ERP failures. IT PRO , v. 3. n. 52, p. 23-27, Fev. 2000.

LATOUR, B. Pandora´s Hope: essays on the reality of Science Study. Cambridge: Havard Business Press, 1999. P. 174-215.

LOUREIRO. Introdução a engenharia de sistemas.Notas de aula - Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos. 2006.

LOUREIRO, G. A system engineering and concurrent engieering framework for the integrated development of products. Tese(Doutorado) – Loughborough University, Loughborough. 1999.

MABERT, V. ; SONI, A. ; VENKATARAMANAN, M. A. The impact of organization size on enterprise resource planning (ERP) implementations in the US manufacturing sector. OMEGA , n. 31, p. 235–246, 2003.

MABERT, V. A.; SONI, A. ; VENKATARAMANAN, M. Enterprise resource planning survey of US manufacturing firms. Production & Inventory Management Journal, n. 41,. p. 52–58. 2000.

MACKRELL, J. PLM benefits, metrics, and ROI for PLM. CIMdata , 2004. Disponivel em: <http://www.cimdata.com/publications/articles.html>. Acesso em: 1 Dezembro 2006.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991.

MASON, R.; MITROF, I. Challenging strategic planning assumptions: theory, cases, and techniques. New York: Jonh Wiley & Sons, 1981.

MORAES FILHO, C. A.; WEIGERG, G. M. L. Seleção de projetos de P&D: Uma abordagem prática. Revista de Administração, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 40-48, jan./mar. 2002.

MOREIRA, J. C. T. Usina de valor. São Paulo: Gente, 2009.

NATIONAL INSTITUTE OF STANDARDS AND TECHNOLOGY. Integration definition for function modeling (IDEF0). [S.l.]. 1993.

OBJECT MANAGEMENT GROUP. Unified Modeling Language. Needham. 2009.

OBJECT MANAGEMENT GROUP. Systems Modeling Language. Needham. 2010.

OBJECT MANAGEMENT GROUP. Business Process Modeling and Notation. Needham. 2010.

OULD, M. A. Business Process: Modeling and Analyst for Re-Engineering and Improvement. Chichester: Jonh Wiley & Sons, 1995.

Page 163: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

163

PHILLIPS, J. J.; PHILLIPS, P. P. Show me the money. San Francisco: Berrett-Koehler Publishers, 2007.

RUMMLER, G. E. A. R. A.; R A M I A S, A. L. A. N. J..; R U M M L E R, R. I. C. H. A. R. D. A.. White space revisited creating value through process. San Francisco: Jossey-Bass, 2010.

RANGAN, R. M. et al. A survey of product lifecycle management implementations,directions, and challenges. Journal of Computing and Information Science in Engineering, v. 5, n. 3, 2008.

RECKER, J. BPMN Modelling-Who, Where, How and Why. BPTrends, Maio, p. 2-8, 2008.

RECKER, J. Evaluation of process modeling grammars. Heidelberg: Springer, 2011.

RICCIO, E. L. Efeitos da tecnoogia de informação na contabilidade: estudo de casos de implementação de sistmas empresariais integrados - ERP 2001. Tese(Livre docência ) - Universidade de São Paulo. São Paulo. 2001.

RILEY, L. A.; COX, L. Computer Integrated Manufacturing: Challenges and Barriers to Implementation. The technology interface, New Mexico, December 1998. Disponivelem: <http://engr.nmsu.edu/~etti/winter98/manufacturing/riley/riley>. Acesso em: 06 Ago. 2007.

ROULSTONE, D. B.; PHILLIPS, J. J. ROI for Technology Projects - Measuring and Delivering Value. Oxford: Butterworth-Heinemann, 2008. ISBN 978-0-7506-8588-7.

ROZENFELD, H. et al. Gestão de Desenvolvimento de Produtos. São Paulo: Saraiva, 2006.

SAAKSVUORI, A.; IMMONEN, A. Product Lifecycle Management. 3. ed. Berlin: Springer, 2008.

SCHUH, G. et al. Process oriented framework to support PLM implementation. Computers in Industry , v59, n. 2, p. 210-218, 2008.

SEDDON, P. B. et al. The IS Effectiveness Matrix: The importance of Stakeholder and System in Measuring IS Success. In: International Conference on Information Systems, 19, 1998, Helsink, Proceedings… [S.l, S.n]. 1998.

SILVA, S. D. A.; TRABASSO, L. G. Características e dificuldades de uma implementação PLM: estudo de caso no desenvolvimento de turbinas a gás. Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produtos. São José dos Campos: IGDP. 2009.

SOUZA, A.; ZWICKER, R. Aspectos envolvidos na seleção e implementação de sistemas ERP. Assembléia Anual do Conselho Latino Americano de Escolas de Administração, 34, 1999, [S.l.]: CLADEA. 1999.

SOUZA, C. A.; SACCOL, A. Z. Sistemas ERP no Brasil: teoria e casos. São Paulo: Atlas, 2008.

SPARX-SYSTEMS. UML tools for software development and modelling. Enterprise Architect UML modeling tool , 2011. Disponivel em: <http://www.sparxsystems.com.au/>. Acesso em: 10 Fevereiro 2011.

Page 164: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

164

TECHNICAL BOARD INTERNATIONAL COUNCIL ON SYSTEMS ENGINEERING (INCOSE). Systems engineering handbook: a guide for system life cycle process and activities. San Diego: INCOSE, 2010.

THEMISTOCLEOUS, M. et al. ERP Problems and application integration issues: a emprirical survey. In: HAWAII INTERNATIONAL COFERENCE ON SYSTEM SCIENCE, 34, 2001, Maui. Proceedings… [S.l: HICSS, [s.n], 2001.

TOSCANO, G.; OSTINELLI, C. A Performace measurement system model from activity-based management accounting perspective. In: ANNUAL CONGRESS OF THE EUROPEAN ACCOUNTING ASSOCIATION, 21, 1998, Antwerp. Proceedings...: Brussels: EAA, 1998.

TRABASSO, G. Desenvolvimento integrado de produtos. Instituto Tecnologico de Aeronáutica. São José dos Campos. 2005. Apresentação.

TURUNEN, P.; TALMON, J. Stakeholder groups in the evaluation of medical information systems. In: EUROPEAN CONFERENCE ON THE EVALUATION OF INFORMATION TECHNOLOGY, 7, 1998, Dublin. Proceedings... Dublin: [s.n.]. 1998.

UMBLE, E. J.; HAFT, R. R.; UMBLE, M. Enterprise resource planning: Implementation procedures and critical success factors. European Journal of Operational Research, v. 146, n. 2, p. 241-257, April 2003.

UNITED STATES AIR FORCE SYSTEMS COMMAND. AFWAL-TR-81-4023: Function modeling manual(IDEF0),. Ohio, 1981. v. 4.

VAN DER AALST, W. M. P. et al. Workflow patterns. Distributed and Parallel Databases, v.14, p. 5-51, 2003.

VERNADAT, F. B. Enterprise modeling and integration: principles and Applications. [S.l]: Springer, 1996.

VERNADAT, F. B. UML: towards a unified enterprise modeling language. International Journal of Production Research, v. 17, n. 40, p. 4309-4321, 2002..

WEILKIENS, T. Systems engineering with SysML/UML: modeling, analysis, design. Burlington: Morgan Kaufmann Publishers, 2006.

WORKFLOW MANAGEMENT COALITION. WFMC-TC-1025 XM: Process Definition Language: XPDL. Hingham, 2008.

WHITE, S. A.; MIERS, D. BPMN modeling and reference guide. Lighthouse Point: Future Strategies, Book Division, 2008.

WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROOS, D. The machine that changed the world. [S.l.]: [s.n.], 2007.

WRIGHT.MEDICAL GROUP Prophecy, 2010. Disponivel em: <http://www.wmt.com/prophecy/>. Acesso em: 10 jan. 2011.

YOUNG, R.. The requirements engineering handbook. Norwood: Artech House, 2004.

Page 165: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

165

ZANCUL, E. Estudos de caso sobre a implantação da gestão do ciclo de vida do produto em empresas de manufatura. In: SIMPOSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 15, 2008. Anais...Bauru: UNESP, 2008, p.1-12.

ZANCUL, E. D. Z. Gestão do ciclo de vida de produtos: seleçao de sistemas PLM com base em modelos de referência., 226f. 2009. Tese (Doutoado em Engenharia de Produção) - Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos.

Page 166: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

166

ANEXOS

Page 167: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

167

A1. BREVE RESUMO DA NOTAÇÃO BPMN

Neste anexo são apresentadas as entidades utilizadas neste trabalho e as

comumente utilizadas na modelagem de processos de negócio da notação BPMN (Business

Process and Notation). O objetivo é apenas orientar o autor quanto à modelagem realizada no

trabalho e não realizar uma revisão de modelagem de processo usando BPMN. Para isso o

leitor pode consultar as referências apresentadas no texto a respeito do assunto. Os quadros

desenvolvidos neste anexo são baseados na instrução normativa desenvolvida pelo Object

Management Group (OMG) (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2009) e no livro de

Stephen A. White, Derek Miers (WHITE e MIERS, 2008).

Page 168: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

16

8

Ati

vid

ades

A

tivid

ades

Ativid

ades

Ativid

ades

Ativid

ades

repre

senta

m o

tra

balh

o r

ealiza

do p

or

um

a o

rganiz

açã

o: E

las r

epre

senta

m

um

passo n

o p

rocess

o. A

s A

tivid

ades p

odem

ser

com

post

as o

u n

ão.

Tare

fa

Um

a t

are

fa é

um

a a

tivid

ade s

imple

s q

ue é

usada p

ara

m

odela

r o t

rabalh

o é

realiza

do e

m u

m p

rocesso e

não

é

definid

a e

m m

ais

deta

lhes.

BPM

N p

ossui difere

nte

s t

ipos

de t

are

fas:

Sub

pro

cess

o

Tra

ta-se d

e u

ma a

tivid

ade c

om

posta

cujo

s d

eta

lhes s

ão

definid

os c

om

o u

m c

onju

nto

de o

utr

as a

tivid

ades.

Su

bp

roce

sso

en

cap

sula

do

Depende c

om

ple

tam

ente

do p

rocesso p

ai. E

les n

ão p

odem

conte

r pools

ou lan

es.

Pro

cess

o r

eu

tili

záv

el

É u

m p

rocess

o d

e n

egócio

definid

o e

m o

utr

o d

iagra

ma d

e

pro

cesso, que n

ão d

epende d

o p

rocesso p

ai.

Gat

eway

s G

ate

ways

Gate

ways

Gate

ways

Gate

ways

são e

lem

ento

s u

sados p

ara

contr

ola

r a d

iverg

ência

e c

onverg

ência

dos

fluxos d

e t

rabalh

o.

Ga

tew

ay

excl

usi

vo

ba

sea

do

em

da

do

s –

GE

BD

D

iverg

ência

:D

iverg

ência

:D

iverg

ência

:D

iverg

ência

: U

ma d

ecis

ão e

xclu

siv

a t

em

duas o

u m

ais

saíd

as d

e

fluxo d

e t

rabalh

o, m

as s

om

ente

um

a d

ele

s s

erá

seguid

o e

a d

ecis

ão

depende d

a a

valiação

do p

rocess

o d

e n

egócio

. C

onverg

ência

:C

onverg

ência

:C

onverg

ência

:C

onverg

ência

: é u

sado p

ara

unir

flu

xos d

e t

rabalh

o a

ltern

ativos.

Ga

tew

ay

excl

usi

vo

ba

sea

do

em

ev

en

tos

- G

EB

E

É u

sado c

om

o u

m e

lem

ento

de d

iverg

ência

, E

sse

gate

way

repre

senta

um

ponto

no p

rocess

o o

nde s

om

ente

um

, de m

uitos

fluxos p

ode c

ontinuar,

mas b

ase

ado e

m u

m e

vento

, não

em

condiç

ão b

ase

ada e

m d

ados c

om

o o

GE

BD

.

Ga

tew

ay

Pa

rale

lo

Div

erg

ência

Div

erg

ência

Div

erg

ência

Div

erg

ência

: ::: é u

sado p

ara

cri

ar

fluxos p

ara

lelo

s.

Converg

ência

Converg

ência

Converg

ência

Converg

ência

: ::: é u

sado p

ara

sin

cro

niz

ar

múltip

los f

luxos p

ara

lelo

s

em

um

. O

flu

xo c

ontinua s

om

ente

após a

chegada d

e t

odos o

s

fluxos d

e e

ntr

ada a

o g

atew

ay.

G

atew

ay In

clus

ivo

D

iverg

ência

Div

erg

ência

Div

erg

ência

Div

erg

ência

: ::: In

dic

a q

ue s

om

ente

um

a o

u m

ais

cam

inhos n

o f

luxo d

o

pro

cesso p

odem

ser

ativados d

e m

uitos d

isponív

eis

, e a

decis

ão é

baseada e

m d

ados d

o p

rocesso.

Converg

ência

Converg

ência

Converg

ência

Converg

ência

: ::: In

dic

a q

ue m

uitos c

am

inhos d

e s

aíd

a d

e u

m g

ate

way

inclu

siv

o, usados c

om

o u

m e

lem

ento

de d

iverg

ência

, podem

ser

sin

cro

niz

ados e

m a

penas u

m.

Gat

eway

Com

plex

o

Div

erg

ência

Div

erg

ência

Div

erg

ência

Div

erg

ência

: ::: é u

sado p

ara

contr

ola

r ponto

s n

o p

rocesso o

nde

exis

tem

decis

ões c

om

ple

xas q

ue n

ão s

ão f

áceis

de g

ere

ncia

r com

outr

os t

ipos d

e g

atew

ays.

C

onverg

ência

Converg

ência

Converg

ência

Converg

ência

: ::: Q

uando u

m g

atew

ay é

usado c

om

o u

m a

glu

tinante

de f

luxos e

ntã

o e

xis

tirá

um

a e

xpre

ssão

que d

ete

rmin

ará

qual dos

fluxos d

e e

ntr

ada s

erá

necess

ário

para

o p

rocesso c

ontinuar.

Page 169: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

16

9

Sw

inla

ne

s

Po

ols

Um

Pool é c

onta

iner

para

um

únic

o p

rocesso. O

nom

e d

o p

ool pode s

er

consid

era

do o

nom

e d

o p

rocess

o. E

xis

te p

elo

menos u

m p

ool em

pro

cesso m

odela

do c

om

BPM

N.

Lan

e

Um

a lan

e é

um

a s

ubdiv

isão

de u

m p

ool e r

epre

senta

um

papel ou á

rea

org

aniz

acio

nal.

Art

efa

tos

Perm

ite o

u f

orn

ece info

rmaçã

o a

dic

ional sobre

o p

rocesso

An

no

taçã

o

Forn

ece info

rmação

adic

ional so

bre

o p

rocesso

ao

leitor

dos m

odelo

s.

Gru

po

É u

m m

ecanis

mo v

isual que p

erm

ite o

agru

pam

ento

de

ativid

ades p

ara

o p

ropósito d

e d

ocum

enta

ção o

u a

nál

ise

dos p

rocess

os.

Ob

jeto

da

do

Forn

ece info

rmações s

obre

as e

ntr

adas e

saíd

as d

e u

ma

ativid

ade, is

to é

, docum

ento

s, dados e

outr

os o

bje

tos

usados e

modific

ados d

ura

nte

o p

rocesso. O

bje

tos d

ado

não

tem

qualq

uer

efe

ito s

obre

o f

luxo d

o p

rocesso o

u

fluxo d

e info

rmações inere

nte

s a

o p

rocesso.

Ob

jeto

s d

e c

on

ex

ão

Se

qu

en

ce f

low

É u

sado p

ara

mostr

ar

a o

rdem

que a

s a

tivid

ades s

erã

o

realiza

das e

m u

m p

rocesso. Is

used t

o s

how

the o

rder

that

activitie

s w

ill be p

erf

orm

ed in a

Pro

cess. E

le é

usado p

ara

repre

senta

r a s

equencia

do f

luxo o

bje

tos,

onde e

stã

o p

rese

nte

s a

tivid

ades, gate

ways e

evento

s.

Me

ssa

ge

flo

w

A e

ntidade M

ess

age f

low

é u

sada p

ara

mostr

ar

o f

luxo

de m

ensagens e

ntr

e d

uas o

utr

as e

ntidades o

u

pro

cessos.

A e

ntidade M

ess

age f

low

repre

senta

mensagem

(info

rmação

), n

ão o

contr

ole

do f

luxo d

e info

rmaçã

o.

Nem

todas a

s e

ntidades M

ess

age f

low

são

cum

pri

das

para

cada instâ

ncia

do p

rocesso e

nem

exis

te u

ma

ord

em

específic

a p

ara

as m

ensagens.

Ass

oci

açã

o

Um

a a

ssocia

ção é

usada p

ara

associa

r in

form

ação

e

art

efa

tos c

om

obje

tos d

e f

luxo.

Page 170: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

17

0

Even

tos

E

ve

nto

Sta

rt

E

ve

nto

in

term

ed

iári

o

E

ve

nto

En

d

Indic

a a

ocorr

ência

ou inic

io d

e u

m p

rocesso. N

ão

exis

te q

ualq

uer

sequence

flo

w c

hegando a

ess

a

entidade.

Evento

s inte

rmediá

rios indic

am

que a

lgum

a c

ois

a

ocorr

eu o

u p

ode o

corr

er

dura

nte

o c

urs

o d

o p

rocess

o,

entr

e o

seu inic

io e

fim

. E

le p

ode s

er

usado n

o f

luxo o

u

anexado a

bord

a d

e u

ma a

tivid

ade.

Evento

End indic

a o

nde u

m p

rocesso irá

acabar.

Um

pro

cesso p

ode t

er

mais

do q

ue u

m e

vento

End. E

sses

evento

s n

ão p

ossu

em

qualq

uer

sequence

flo

w

deix

ando-o.

N

on

e

Não

especific

a q

ualq

uer

com

port

am

ento

part

icula

r.

N

on

e

Indic

a q

ue a

lgum

a c

ois

a o

corr

eu o

u

pode o

corr

er

no p

rocesso. E

le p

ode s

er

usado, som

ente

, no f

luxo d

o p

rocesso.

No

ne

Indic

a q

ue um

a r

ota

/cam

inho d

o

pro

cesso c

hegou a

o f

im. U

m p

rocesso

acaba s

om

ente

quando t

odas a

s ro

tas/c

am

inhos c

hegam

a u

m f

im.

M

en

sag

em

O

pro

cesso inic

ia-se q

uando u

ma

mensagem

é r

ecebid

a d

e o

utr

o

part

icip

ante

do p

rocesso.

M

en

sag

em

Indic

a q

ue u

ma m

ensagem

pode s

er

envia

da o

u r

ecebid

a. Se o

evento

é d

e

recepção

, ele

indic

a q

ue o

pro

cesso

deve a

guard

ar

até

receber

um

a

mensagem

. Esse

tip

o d

e e

vento

pode

ser

usado n

o f

luxo o

u a

nexado a

bord

a

de u

ma a

tivid

ade p

ara

indic

ar

um

flu

xo

altern

ativo.

M

en

sag

em

In

dic

a q

ue u

ma m

ensagem

é e

nvia

da a

outr

o p

rocesso q

uando o

pro

cesso

chega a

o f

im.

T

ime

r

Indic

a q

ue u

m p

rocess

o inic

ia e

m c

ert

o

tem

po o

u e

m u

ma d

ata

especific

ada.

T

ime

r

Indic

a u

m t

em

po d

e e

spera

no p

rocesso

Esse

tip

o d

e e

vento

pode s

er

usado n

o

fluxo d

o p

rocesso o

u a

nexado a

bord

a

de u

ma a

tivid

ade p

ara

indic

ar

um

flu

xo

altern

ativo q

uando a

cabar

o t

em

po d

e

execuçã

o d

a a

tivid

ade.

Page 171: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

17

1

Even

tos

E

ve

nto

in

ício

Ev

en

to i

nte

rme

diá

rio

Ev

en

to f

im

C

on

dic

ion

al

O p

rocesso inic

ia q

uando u

ma c

ondiç

ão

de n

egócio

for

verd

adeir

a.

C

on

dic

ion

al

É u

sado q

uando o

flu

xo p

recis

a

aguard

ar

por

um

a c

ondiç

ão d

e n

egocio

seja

atingid

a. E

le p

ode s

er

usado n

o

fluxo indic

ando q

ue d

eve-se a

guard

ar

até

um

a c

ondiç

ão d

e n

egocio

seja

atingid

a o

u a

nexado a

bord

a d

e u

ma

ativid

ade indic

ando u

m f

luxo a

ltern

ativo

quando u

ma c

ondiç

ão e

specific

a é

atingid

a.

S

ina

l

Um

pro

cesso

inic

ia q

uando u

m s

inal de

vin

do d

e o

utr

o p

rocess

o é

recebid

o.

Note

que o

sin

al não

é u

ma m

ensagem

; m

ensagens t

em

cla

ram

ente

definid

o

quem

envia

e q

uem

recebi a m

ensagem

.

S

ina

l É

usado p

ara

envia

r e r

eceber

sin

ais

. Se e

le c

olo

cado n

o f

luxo d

e u

m

pro

cesso e

le p

ode s

er

envia

r ou

receber

um

sin

al. S

e e

le é

colo

cado

anexado a

bord

a d

e u

ma a

tivid

ade, ele

pode s

om

ente

receber

sin

ais

e indic

a

um

a e

xceção

ao f

luxo n

orm

al que é

ativado q

uando o

sin

al é r

ecebid

o.

S

ina

l In

dic

a q

ue u

m s

inal é g

era

do q

uando o

pro

cesso t

erm

ina.

M

últ

iplo

s

Indic

a q

ue e

xis

tem

muitas f

orm

as d

e

inic

iar

o p

rocesso. M

as s

om

ente

um

a

dela

s é

suficie

nte

.

M

últ

iplo

s

Esse

evento

sig

nific

a q

ue e

xis

tem

m

últip

los g

atilh

os r

ela

cio

nados a

o

evento

. T

odos o

s g

atilh

os d

evem

ocorr

er

para

que o

evento

aconte

ça.

M

últ

iplo

s

Indic

a q

ue m

uitos r

esultados p

odem

ser

alc

ançados a

o f

inal do p

rocesso.

Todos o

s r

esultados d

evem

ser

alc

ançados p

ara

que o

pro

cesso

term

ine.

Page 172: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

17

2

Even

tos

E

ve

nto

in

ício

Ev

en

to i

nte

rme

diá

rio

Ev

en

to f

im

Co

mp

en

saçã

o

O e

vento

de c

om

pensaçã

o p

erm

ite

manip

ula

r com

pensações.

Quando u

sado

em

um

flu

xo s

equencia

l de p

rocesso,

ele

indic

a q

ue u

ma c

om

pensaçã

o é

necess

ária

para

o f

luxo c

ontinuar.

Q

uando u

sado n

as b

ord

as d

e u

ma

ativid

ade indic

a q

ue e

ssa a

tivid

ade s

erá

com

pensada q

uando o

evento

aconte

cer.

C

om

pe

nsa

ção

Indic

a q

ue o

pro

cesso a

cabou e

que

um

a c

om

pensaçã

o é

necessá

ria.

Lin

k

É u

sado p

ara

conecta

r duas s

eçõ

es d

o

pro

cesso.

Ca

nce

lam

en

to

É u

sado s

om

ente

em

tra

nsações d

e

sub-pro

cessos e

indic

a q

ue a

tr

ansação

deve s

er

cancela

da.

E

rro

Indic

a q

ue u

m e

rro c

onhecid

o é

gera

do q

uando o

pro

cess

o t

erm

ina.

F

im i

me

dia

to

Esse

evento

term

ina o

pro

cesso

im

edia

tam

ente

. Q

uando u

ma d

e f

luxo

de p

rocess

o c

hega a

seu f

im,

indic

ando q

ue o

pro

cesso t

erm

inou

com

ple

tam

ente

.

Page 173: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

173

A2. BREVE RESUMO DA NOTAÇÃO SYSML

Neste anexo são apresentadas as entidades utilizadas neste trabalho e as

comumente utilizadas na modelagem de sistemas da linguagem SysML (System Modeling

Language). O objetivo é apenas orientar o autor quanto à modelagem SysML realizada no

trabalho e não realizar uma revisão completa da mesma. Para isso o leitor pode consultar as

referências apresentadas no texto a respeito do assunto. Os quadros desenvolvidos neste anexo

são baseados na instrução normativa desenvolvida pelo Object Management Group (OMG)

(OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2010) e no livro de Tim Weilkiens (WEILKIENS,

2006).

DIAGRAMA DE BLOCOS

Os elementos centrais segundo o paradigma de modelagem orientada a objetos são

classes e objetos. Estreitamente relacionados às classes estão os componentes na linguagem

UML. Desde que os dois termos estão historicamente relacionados ao desenvolvimento de

software, SysML não os usa dessa forma. Todos os conceitos e objetos estáticos são blocos

em SysML (OBJECT MANAGEMENT GROUP, 2010). Eles têm a função de descrever a

estrutura do sistema e identificar a organização de suas partes. Pode apresentar o fluxo de

informações entre componentes do sistema e definições de interface por meio de portas. O

Quadro A2.1 apresenta os principais elementos de um diagrama de blocos.

Page 174: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

174

Quadro A2.1: Principais elementos de um diagrama de blocos (OBJECT

MANAGEMENT GROUP, 2010).

Nome do elemento Definição Origem

Blocos (Blocks) Correspondem a uma extensão do conceito de classe da UML.

SysML

Operações (Operations) São elementos que definem o comportamento do bloco. SysML

Propriedades (Properties): São atributos do bloco SysML

Restrições (Constraints) Propriedades restritivas que o componente deve obedecer. SysML

Atores (Actors): Correspondem a usuários ou outros sistemas que interagem de forma ativa ou passiva com o sistema modelado.

UML

Relações (Relationship): Relacionamentos entre os blocos de um modelo UML

Associação (Association): Indica uma relação entre tipos de instâncias UML

Composição (Composition) Relação entre dois blocos onde um bloco contém outro bloco

UML

Generalização (Generalization):

Relaciona um classificador mais específico com um classificador mais geral. Também é conhecida como herança.

Dependência (Dependency) Define uma relação em que o modelo de um elemento requer outro modelo de elemento para sua especificação ou implementação.

Agregação (Aggregation) Representa uma relação “has-a”, representando que um objeto, representando o “todo”, tem objetos que são suas partes. Agregação é um tipo especial de associação

Porta (Ports): Especificam serviços que o bloco oferece ao ambiente ou serviços que o bloco espera do ambiente

Portas de fluxo (Flow ports) Especificam entradas e saídas de itens que proporcionam fluxo entre blocos e ambiente. São pontos de interações através de dados, material ou energia que entra ou sai do próprio bloco.

A Figura A2.1 mostra graficamente as relações usadas nesse trabalho entre blocos:

Page 175: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

175

Figura A2.1: Relações entre blocos utilizadas no trabalho

Um exemplo de diagrama de blocos é apresentado na Figura A2.2. Nele, um

sistema portátil de áudio é representado por blocos que simulam os componentes do

sistema (subsistemas). Cada subsistema é responsável por realizar uma tarefa especifica.

O diagrama contem subsistemas para suprimento de potência, processamento e playback

de sinal sonoro, realizando interfaces com outros dispositivos e o usuário.

Dessa forma, em um estágio, muitas vezes bastante incipiente de desenvolvimento

é possível realizar diversas análises técnicas e propor requisitos que se cumpridos

garantiram o sucesso técnico do sistema desenvolvido. Além disso, os modelos

desenvolvidos podem passar a fazer parte de um legado da empresa que pode ser

reutilizado sempre que necessário.

bdd [SysML Block Definition] Blocks [Blocks]

«block»Block1

«block»Block2

«block»Block3

«block»Block4

«block»Block5

«block»Block6

«block»Block7

«block»Block8

Associação

Dependência

Generalização

Agregação

Page 176: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

176

Figura A2.2: Diagrama de blocos representando um sistema portátil de áudio

De maneira geral o diagrama de blocos (Block Definition Diagram) pode apresentar

todos os elementos que compreendem o sistema, além dos usuários, redes inerentes ao

sistema, software, e requisitos.

INTERNAL BLOCK DIAGRAM

As definições de modelos e diagramas de estrutura de cada bloco previamente

definido no diagrama de blocos podem ser detalhados por meio de diagrama interno de blocos

(Block Internal Diagram) ou BID. Os elementos que compõem o BID são similares ao

Diagrama de Blocos, restringindo apenas alguns tipos de associações entre os elementos.

A Figura A2.3 apresenta um exemplo de Internal Block Diagram para um dos blocos

do Block Definition Diagram da Figura A2.2 (diagrama “pai”). Nota-se que os elementos

relativos ao bloco “pai” são herdados para o diagrama interno, tais como portas e definições

de atributos, operações e mensagens.

bdd [SysML Block Definition] Design Model [Design Model]

«block»Player Portáv el de

Audio

«block»subsistema

potencia

«block»Subsistema de processamento

«block»Interface com o

usuário

«block»subsistema de

transporte

«block»Panasonic Li-Ion

CG18650AF

«block»Unidade de recarga - ADP2291

«block»Mmonitoramento de

carga - AD7230

«block»RS232

«block»USB -PL2528

«block»Procesador

TM5320VC5507

«block»Codec com

amplificador - TLV320AIC3107

«block»Memoria

MT42L32M64D2KH-25

«block»Touch screen

«block»Botôes

btntcscmemoria

codec

monitoramento

recargabateria cpu utrrstr

transporteinterfaceprocessamentopotência

Page 177: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

177

Figura A2.2: Diagrama interno de blocos do sistema portátil de áudio (SPARX-SYSTEMS, 2011)

Nesse exemplo, o diagrama (Figura A2.2) é detalhado mostrando-se como cada

subsistema é estruturado. Esse diagrama também descreve as relações entre as partes, que

descreve como elas estão funcionalmente ligadas umas as outras - por exemplo, A CPU,

Memória e CoDec (Codificador/Decodificador) estão juntos no subsistema de processamento.

PACKAGE DIAGRAM

Pacotes (packages) são utilizados para agrupar blocos ou outros elementos sobre um

controle único denominado namespace. É bastante utilizado no agrupamento de blocos

relacionados, podendo ser apresentados sobre um nível mais elevado dos diagramas do

projeto. À medida que um sistema complexo denota uma quantidade muito grande de blocos,

os chamados packages são bastante versáteis na organização do projeto, sendo válido também

para promover o reuso dos elementos de modelagem. Podem ser apresentados também como

um sistema ou subsistema, organizando em cada package um conjunto de todos os blocos

ibd [SysML Internal Block] Player Portáv el de Audi o [TheSystem]

proc : Subsistema de processamento

cpu : ProcesadorTM5320VC5507

mem : MemoriaMT42L32M64D2KH-25

codec : Codec comamplificador -

TLV320AIC3107

pwr : subsistema potencia

tr : subsistema de transporte

ui : Interface com o usuário

pmon :Mmonitoramento de

carga - AD7230

bat : PanasonicLi-Ion CG18650AF

: Unidade derecarga - ADP2291

tcsc : Touch screen btn : Botôes

pwr-tr

bat-proc

ui-pwr

tr-proc

proc-ui

Page 178: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

178

relativos ao mesmo. Na Figura A2.3 apresenta-se um diagrama de pacotes em que são

mostrados elementos utilizados e organizados em pacotes dos diagramas apresentados

anteriormente (Modelo do Sistema). Ao mesmo tempo, representa-se que requisitos e

restrições são usados aliados ao um modelo operacional (Modelo Operacional) para a

definição do sistema mencionado anteriormente.

Figura A2.3: Exemplo de Diagrama de Pacotes

USE CASE DIAGRAM

O Use Case Diagram descreve o uso de um sistema do ponto de vista dos atores

(entidades com as quais o sistema interage) e as funcionalidades requeridas por esses atores

ao sistema. Ao fornecer essas funcionalidades aos atores, o sistema cumpre em parte, sua

pkg [Package] Systems Engineering Model [package_d iagram]

Requisitos

+ Requirement 1

+ Requirement 2

(from Requirements Model)

Restrições

+ Constraint 1

(from Requirements Model)

Modelo do Sistema

+ Bateria

+ Botôes

+ Codec com amplificador - TLV320AIC3107

+ Interface com o usuário

+ Memoria MT42L32M64D2KH-25

+ Mmonitoramento de carga - AD7230

+ Panasonic Li-Ion CG18650AF

+ Procesador TM5320VC5507

+ RS232

+ Subsistema de processamento

+ subsistema de transporte

+ subsistema potencia

+ Touch screen

+ Unidade de recarga - ADP2291

+ USB -PL2528

+ Player Portável de Audio

Modelo Operacional

+ OperatingDomain

«use» «use» «use»

Page 179: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

179

missão, pois ele agora tem funções que atendem os atores e possivelmente alguns

stakeholders.

O exemplo da Figura A2.4 representa alguns casos (funcionalidades) requeridos por

um consumidor de livros que realizar compras com o auxilio de um sistema de busca na

internet. No exemplo o consumidor precisa navegar no catalogo eletrônico de livros, localizar

aquele que mais lhe agrada e quando for o caso requisitar livros não listados no acervo.

Figura A2.4: Diagrama de Casos de Uso (SPARX-SYSTEMS, 2011)

DIAGRAMA DE REQUISITOS ( REQUIREMENT DIAGRAM)

O diagrama de requisitos (Requirement Diagram) apresenta as relações entre os

diversos requisitos existentes de um sistema. Estas relações podem ser utilizadas para

decomposições ou para a rastreabilidade dos requisitos do sistema. Este diagrama proporciona

ao analista de sistemas um controle da derivação e rastreabilidade dos requisitos, conforme

uc [Use Case] Use Cases [Use Cases]

Nav egar em catologo eletronico de liv ros

localizar liv ros

Consumidor

Requisitar liv ro não listado

Page 180: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

180

ilustrado na Figura A2.5. Por meio deste diagrama é possível estabelecer regras de

manipulação dos requisitos e apresentação deles de forma integrada.

Figura A2.5: Exemplo de Diagrama de requisitos SysML.

As relações presentes no Diagrama de requisitos são agrupadas em relações de

dependência, tais como cópia, satisfação, derivação, verificação e refinamento, onde cada

uma delas possui características específicas, mostradas no Quadro A2.5.

Quadro A2.5: Relações entre requisitos segundo a linguagem SysML (OBJECT

MANAGEMENT GROUP, 2010)

Relações Características

Derivação Organiza os requisitos numa hierarquia mostrando qual requisito derivou outro. Consequentemente, se o requisito “pai” é modificado, o requisito “filho” no mínimo precisa ser reavaliado.

Cópia Ilustra a relação entre o requisito de um fornecedor e uma cópia criada no cliente, cuja cópia é do tipo read-only. Criando um ambiente de compartilhamento de requisitos.

Satisfação Ilustra a relação entre um requisito e um elemento de modelo que preenche o requisito

Verificação Ilustra a relação entre um requisito e um caso de teste que determina se o sistema obedece ou não ao requisito

Refinamento São todas as relações cujos requisitos têm adicionados mais informações a partir da base de um requisito.

req [SysML Requirements] Specifications [Specifica tions]

REQ011-Gerenciar contas de usuários

REQ019-Acesso seguro

REQ016- Adcionar usuários

REQ017- Remover usuário

REQ021-Armazenar detalhes dos usuários

REQ018-Relatorio na conta do usuário

REQ022-Validar usuário

Page 181: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

181

A3 ROTEIRO DAS ENTREVISTAS

1. Objetivo

Obter a confirmação dos usuários sobre a representatividade dos modelos de

processo desenvolvidos. Ainda, procura-se com esse questionário coletar informações sobre

os processos representados nele, tais como, potenciais problemas para a execução dos

processos, sugestões de melhorias e o impacto nos processos desses problemas.

2. Justificativa

Atualmente, o autor trabalha na área onde foi realizada a demonstração do

método. Devido a isso, optou-se por buscar informações muitas vezes de forma não

estruturada para construção da modelagem de processos aproveitando-se da dinâmica do dia

para observar, in loco, como os processos são executados. Contudo, era necessária uma

verificação final acerca dos modelos de processos construídos e obter uma confirmação de

que a modelagem realizada representa de fato aquilo que é executado.

3. Perguntas que direcionaram a entrevistas

1. Você enxerga o que você faz no seu dia a dia neste mapa de processo? Obs: mostrar o mapa desenvolvido nesse momento explicando como os processos acontecem.

2. Gostaria de acrescentar algum aspecto que o mapa de processo não contempla

atualmente?

3. Qual a sua maior preocupação para executar o seu trabalho?

4. Por quê? Qual o impacto disso na execução do seu trabalho?

5. Qual é a sua sugestão para resolver essa situação?

Page 182: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

182

4. Entrevistados (alguns stakeholders do processo)

O conjunto de indivíduos que participaram dessa pesquisa são todos os indivíduos

que participam diretamente dos processos estudados. Eles são apresentado no Quadro A2.1.

Quadro A2.1: Descrição dos entrevistados durante a demonstração do método

Entrevistados Idade (Anos)

Experiência (Anos)

Formação

Designer 45 7 Design

Designer 30 3 Design

Engenheiro de produto 33 8 Engenharia Mecânica

Projetistas de moldes 55 30 Engenharia Mecânica

Planejador de processos de manufatura

50 20 Engenharia Mecânica

Programador CAM 40 20 Engenharia Mecânica

Page 183: Proposta de um Método para definição de requisitos de sistemas PLM

FOLHA DE REGISTRO DO DOCUMENTO

1. CLASSIFICAÇÃO/TIPO

TD

2. DATA

07 de novembro de 2011

3. REGISTRO N°

DCTA/ITA/TD-044/2011

4. N° DE PÁGINAS

182 5. TÍTULO E SUBTÍTULO: Proposta de um método para definição de requisitos de sistemas PLM (Product Lifecycle Management)

6. AUTOR(ES):

Alex Sandro de Araujo Silva 7. INSTITUIÇÃO(ÕES)/ÓRGÃO(S) INTERNO(S)/DIVISÃO(ÕES): Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA 8. PALAVRAS-CHAVE SUGERIDAS PELO AUTOR:

Product Lifecycle Management, Requisitos. Ciclo de vida do produto 9.PALAVRAS-CHAVE RESULTANTES DE INDEXAÇÃO:

Administração de ciclo de vida de produto; Requisitos; Controle de processos; Organização de empresas; Administração; Engenharia de produção. 10. APRESENTAÇÃO: X Nacional Internacional

ITA, São José dos Campos. Curso de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Aeronáutica e Mecânica. Área de Sistemas Aeroespaciais e Mecatrônica. Orientador: Luís Gonzaga Trabasso. Defesa em 13/07/2011. Publicada em 2011

11. RESUMO:

A proposta desse trabalho é desenvolver o método REQ4PLM para auxiliar empresas no processo de definição de requisitos para seleção de sistemas PLM. No método proposto, os processos do ciclo de vida do produto são modelados e analisados para identificação de stakeholders, seus interesses e indicadores de desempenho. Feito isso, o método proporciona a determinação dos diversos requisitos necessários definição de um sistema PLM por meio da modelagem em um nível de abstração satisfatório, em linguagem SysML, de um sistema sócio técnico composto por processos, software e seus usuários. Após sua a definição, o método é demostrado em um ambiente de desenvolvimento de produtos. O método desenvolvido e sua demonstração são discutidos de forma a analisar a aplicabilidade do método, vantagens e desvantagens e seu posicionamento na literatura encontrada sobre o tema. Ao final do trabalho os resultados são analisados conjuntamente aos objetivos estabelecidos inicialmente, bem como, são apresentadas sugestões para trabalhos futuros no tema abordado.

12. GRAU DE SIGILO:

(X ) OSTENSIVO ( ) RESERVADO ( ) CONFIDENCIAL ( ) SECRETO