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PROPOSTA DE MESTRADO EM GESTÃO HOTELEIRA Comissão: João Pronto Pedro Moita Vítor Toricas Sancho Silva Versão actualizada em Outubro de 2011

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PROPOSTA DE MESTRADO EM GESTÃO HOTELEIRA

Comissão: João Pronto Pedro Moita Vítor Toricas Sancho Silva

Versão actualizada em Outubro de 2011

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1. Preâmbulo O Curso de Mestrado em Gestão Hoteleira procederá à atribuição do grau respectivo através da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE). O Mestrado em Gestão Hoteleira, no âmbito dos objectivos subjacentes ao processo de Bolonha, pretende contribuir para o alargamento e o aprofundamento dos conhecimentos proporcionados na Licenciatura em Gestão Hoteleira (ESHTE) e no Executive Master em Gestão Hoteleira (parceria entre a ESHTE e a Escola de Gestão Empresarial da Universidade Católica do Porto), numa óptica internacional do negócio, e, em simultâneo, proporcionar a licenciados noutras áreas do ensino, nomeadamente em gestão, em economia, em gestão de empresas e em turismo, a sua especialização neste sector de actividade económica. Acrescem objectivos de investigação no campo da gestão hoteleira face à importância e complexidade do sector, que actualmente se coloca em termos de alta competitividade. Os elevados investimentos que uma unidade hoteleira exige, cuja amortização apenas se pode materializar a médio/longo prazo, os inúmeros recursos que envolve, cuja gestão tem de ser cada vez mais exigente e rigorosa, os mecanismos tecnológicos que se ampliam, os mercados que se alargam e modificam, a interculturalidade acentuada no domínio dos recursos humanos e os riscos que se apresentam, entre outros aspectos, abrem um campo de investigação inovador e de largo espectro, que podem representar um eficaz contributo para o desenvolvimento do sector. A procura que a ESHTE tem registado na licenciatura em Direcção e Gestão Hoteleira reflecte a importância que a formação reveste para o sector da hotelaria em Portugal. O número de alunos nos cursos diurno e nocturno patenteou a seguinte evolução:

402 no ano lectivo de 2010/11;

369 no ano lectivo de 2009/10;

328 no ano lectivo de 2008/09;

262 no ano lectivo 2007/08. Por outro lado, a atractividade ao nível de ingressos é particularmente relevante, sendo, anualmente, muito superior o número de candidatos em relação às vagas existentes. A título exemplificativo, refira-se que, para o ano lectivo 2010/11, o total de candidaturas ao curso diurno foi 7 vezes superior ao número de vagas existentes (430 candidatos para 60 vagas), ao passo que no curso nocturno a relação foi de 5,3 (213 candidatos para 40 vagas). Em termos das notas do último aluno entrado, a média foi de 160,8 para o curso diurno e de 146,2 para o curso nocturno. A par da forte procura que a licenciatura em Direcção e Gestão Hoteleira possui, importa ponderar as implicações decorrentes do processo de Bolonha, as quais se traduziram sobretudo numa redução significativa do número de disciplinas a efectuar, tendo como comparação o modelo existente anteriormente (licenciatura de 4 anos + 1 ano para o trabalho de projecto). De facto, antes de Bolonha era necessária a aprovação em 68 disciplinas (base semestral, com as anuais a contarem como duas) para obtenção da

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licenciatura, enquanto que na versão actual, o número total de disciplinas semestrais se fixa em 43. Esta situação conduziu inevitavelmente à redução dos níveis de preparação dos licenciados, com reflexos evidentes junto dos empregadores do sector, os quais na sua maioria desconheciam os efeitos práticos decorrentes da reforma de Bolonha. Com efeito, as unidades lectivas ligadas às áreas da operação hoteleira e da gestão, a par com os períodos obrigatórios de estágios, foram objecto de uma redução assinalável nos planos curriculares, o que originou um deficit de competências no plano das licenciaturas, tal como tem sido referido em reuniões de articulação com as associações representativas dos interesses empresariais e com os próprios hoteleiros. Neste sentido, entende-se que o gap existente poderá ser colmatado através da criação do presente Curso de Mestrado em Gestão Hoteleira, o qual irá introduzir a formação complementar adequada em áreas básicas, além de prolongar a preparação para níveis superiores de exigência, sobretudo nas vertentes a investigação, internacionalização e gestão estratégia de topo. Por outro lado, complementará a formação não graduada proporcionada pelo Executive Master em Gestão Hoteleira (EMGH), o qual proporciona aos seus participantes uma postura orientada para a acção, apoiada numa base sólida de saber, que cruza os conhecimentos da teoria e prática da Gestão com as particularidades da hotelaria. O entrosamento entre o Executive Master em Gestão Hoteleira e o Mestrado em Gestão Hoteleira será garantido através do encaixe dos respectivos planos curriculares, com a devida coerência ao nível da creditação de competências. 2. Tendências na hotelaria

A hotelaria constitui uma actividade característica do turismo tal como se reconhece no quadro conceptual que suporta a elaboração da Conta Satélite do Turismo (OMT, 2001). A importância da hotelaria decorre do papel relevante que desempenha na maioria dos países através da oferta de instalações para alojamento, alimentação, transacções de negócios, reuniões, conferências, recreio e entretenimento. Por outro lado, a hotelaria: Concentra parte dos gastos efectuados pelos visitantes, fornecendo um contributo

significativo para a economia local, quer directa como indirectamente; Assume-se como fonte importante de obtenção de divisas externas, contribuindo

para o equilíbrio da balança de pagamentos; Reveste importância pelo volume de mão-de-obra que emprega; Revela-se distribuidora de produtos de várias indústrias; Constitui igualmente uma importante fonte de comodidades para os consumidores

locais. Tal com ressalta Medlik et al (2002)1, “ (...) os hotéis desempenham um papel importante na maioria dos países, oferecendo instalações para transacções de negócios, reuniões,

1 MEDLIK, Slavoy e INGRAM, Hadin (2000), “The business of hotels”, 2002, tradução de Butterworth-

Heinemann – Reed Educational and Professional Publishing, , Elsevier Editora Lda, Rio de Janeiro

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conferências, recreio e entretenimento (…)”. O mesmo autor evidencia ainda que “ (…) os hotéis contribuem para a produção total de bens e serviços, que constituem o bem-estar substancial de nações e comunidades (…)”. No caso específico do nosso país, a importância da hotelaria no contexto das actividades turísticas é bem patente nos resultados da Conta Satélite de Turismo de Portugal (INE, 2008), onde se observou que os hotéis e similares constituíram, em 2007, a actividade que mais contribuiu para o Valor Acrescentado gerado pelo Turismo (28%). Contudo, o turismo e a hotelaria enfrentam hoje novos desafios e paradigmas, os quais obrigam à reformulação das estratégias públicas e empresariais, tendo em vista a defesa dos níveis indispensáveis de competitividade. De facto, o turismo é uma actividade extremamente sensível a um conjunto de elementos exógenos, os quais têm influência nítida sobre o mercado. Assim, a observação da moldura macro ambiental conduz à conclusão que embora se mantenham actuantes um conjunto significativo de factores que foram decisivos no passado, perspectivam-se modificações que devem ser devidamente sublinhadas, sobretudo no plano dos vectores económico-sociais, demográficos e tecnológicos. Assim, no domínio dos factores económicos, as perspectivas decorrentes dos estudos da Organização Mundial do Turismo recolhem unanimidade no entendimento de que após a remoção dos efeitos da crise financeira observada em 2008 e 2009, se sentirão novamente os efeitos dos vectores que determinaram a evolução do turismo até aos primeiros anos do século XXI, com a junção de novos elementos decisivos. Neste último plano, devem-se enfatizar as previsíveis consequências decorrentes do valor das reformas, da evolução das taxas de juro, do eventual agravamento das desigualdades sociais em alguns países e da importância crescente de novas economias fortes. No âmbito demográfico e social podem-se assinalar algumas metamorfoses de fundo, sobretudo as que derivam da subida gradual da idade da reforma, do envelhecimento da população e da extensão do leque cada vez mais variado de estruturas familiares. Obviamente que nesta dinâmica devem juntar-se outros factores de mudança, designadamente nas ainda não esgotadas inovações tecnológicas nos transportes, nas acessibilidades, na informação e na comunicação. Neste domínio da envolvente continua a destacar-se a penetração crescente do fenómeno das viagens aéreas a baixo custo e a tendência irreversível para ainda se acentuar mais o papel da Internet como canal privilegiado para reservas e vendas. A estes elementos marcantes não se pode deixar de associar a rotação operada no perfil dos consumidores, os quais passaram a conferir uma importância assinalável ao acesso à informação, à exigência de qualidade (segurança incluída), ao desenvolvimento de férias activas e à possibilidade de concretizar algumas práticas culturais. Por outro lado, os turistas tendem a recorrer com maior frequência a pequenas pausas e a férias secundárias fora da época alta, intensificando a procura por produtos diversificados e a utilização de formas alternativas de alojamento turístico, sobretudo no plano das denominadas residências secundárias.

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Em conformidade com as macrotendências atrás referidas, as empresas turísticas, nomeadamente as hoteleiras, devem continuar a protagonizar intervenções que possibilitem dar a resposta adequada aos desafios já referidos e que obrigam à ponderação dos seguintes factores: globalização, rotação das características, tecnologias de informação e comunicação, capital humano, requisitos de segurança, imperatividade da qualidade, da inovação, da diversificação de produtos e da diferenciação. No âmbito da globalização, onde é patente a tendência para a padronização de alguns produtos e para a concentração das grandes decisões do mercado num número restrito de operadores, importa que os gestores hoteleiros possuam competências adequadas, nomeadamente através do reforço do espírito de liderança, do desenvolvimento de boas relações interpessoais, de capacidade criativa e de adaptação à mudança, da fluência de alguns idiomas e de conhecimentos sobre as tecnologias de informação e comunicação. Por outro lado, afigura-se igualmente indispensável o conhecimento dos novos modelos de negócios, onde a integração diagonal, a concentração em cadeias de "marca" e a internacionalização constituem opções cada vez mais frequentes. A já aludida rotação das características dos consumidores obriga à criação de fórmulas de resposta adequada por parte da gestão de topo e da gestão funcional, de forma a garantir a necessária destreza empresarial para competir no futuro, o que pressupõe a eliminação de uma visão apenas orientada para os lucros rápidos e imediatos. As empresas que investem em processos competitivos terão hipóteses acrescidas de sucesso, ao passo que as que persistirem na ilusão que conseguem fidelizar os seus clientes sem apresentarem produtos e serviços que agreguem valor real e significativo para os turistas terão muitas dificuldades. Neste plano, importa valorizar o papel que os gestores hoteleiros poderão desempenhar, ao assumirem uma importância essencial na criação de condições adaptadas às necessidades do mercado, buscando a maximização dos respectivos negócios. Por outro lado, existe a conjugação de uma expansão aparentemente irreprimível das comunicações ao nível mundial com um interesse crescente e assinalável pelas viagens, pelo que as primeiras se assumirão como decisivas no futuro do turismo. Tudo indica igualmente que o acesso à Internet aumentará o poder dos consumidores e a estratégia de imagem ganhará importância. A facilitação do acesso dos consumidores à Internet está a deslocar o centro do poder dos profissionais para os viajantes. Neste contexto, os gestores hoteleiros necessitam de possuir competências que lhes permitam absorver as funções de "informação/comunicação", de modo a tirarem partido do vasto campo de incidência que decorre da aplicação das tecnologias de informação e comunicação. Assim, a correcta potenciação das tecnologias de informação e comunicação poderá possibilitar: A redução dos custos directos de operação; O aumento da flexibilidade, da interactividade, da eficiência, da produtividade e da

competitividade das organizações; A possibilidade de diferenciação acrescida nos mercados; A circulação da informação entre empresas e dentro da empresa;

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A gestão dos produtos à distância e de forma personalizada. Outro atributo indispensável na gestão hoteleira prende-se com a capacidade de valorização dos recursos humanos. Como atrair, reter, organizar, motivar e formar os trabalhadores, para que o capital humano se transforme numa vantagem competitiva? A resposta a esta questão reside na inovação das estratégias ao nível dos recursos humanos, o que implica para o gestor a necessidade de garantir um desempenho suportado em competências adequadas de gestão e ao nível operacional, como via para garantir a criação de mecanismos de enriquecimento do trabalho, de autonomia e de responsabilização das equipas. As questões que envolvem os desafios da qualidade nas empresas hoteleiras constituem igualmente uma prioridade no plano da gestão. Assim, a cada vez mais frequente opção pela implementação de um eventual sistema de garantia da qualidade nas empresas do sector deve constituir um processo voluntário, exigindo sempre o patrocínio da direcção de topo na sua condução e o envolvimento de todos os colaboradores na promoção dos objectivos e política da qualidade, tomando o cliente como referência na definição das normas internas, na reflexão sobre a organização dos serviços e respectivos níveis qualitativos e no desenvolvimento de processos de auto-avaliação no sentido de melhoria contínua. Neste contexto, sublinha-se o papel decisivo do gestor hoteleiro na concepção, implementação, manutenção e controlo de qualidade. Por outro lado, o director de hotel é o elo de ligação com o cliente, decorrendo da sua acção uma parte significativa da imagem da unidade perante os seus utentes. Perante a dimensão destas atribuições torna-se indispensável a existência de profissionais convenientemente qualificados e que dominem as técnicas e os mecanismos associados aos processos de qualidade. Uma referência adicional para a componente da gestão ambiental, a qual pressupõe que o gestor hoteleiro saiba adoptar as medidas susceptíveis de reduzirem as pressões sobre o ambiente e de configurarem uma maior eficiência ao nível das actividades exercidas. Por outro lado, é um pressuposto adquirido que a qualidade implica o cumprimento dos aspectos da legalidade, da segurança e da higiene pública, as quais não dispensam a atenção acrescida por parte dos gestores hoteleiros em relação às situações de risco potencial. Neste contexto, o domínio das disposições regulamentares em matéria de segurança de bens e pessoas afigura-se como uma valência indispensável que a gestão operacional deve incluir, exigindo a formação adequada neste âmbito. Como nota adicional, enfatiza-se a necessidade dos gestores hoteleiros possuírem a visão estratégica e inovadora susceptível de promoverem as acções tendentes a assegurar os objectivos de diversificação e de especialização da oferta, o que implica alterações profundas ao nível dos métodos, técnicas e competências da gestão hoteleira. Com efeito, estas transformações terão incidência não só ao nível da gestão de topo, com particular ocorrência nas áreas da gestão estratégica, do planeamento e da coordenação dos departamentos funcionais, mas igualmente no plano da gestão operacional, com reflexos nas políticas e planos de acção de cada sector.

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Perante esta ambiência, o gestor hoteleiro necessita de competências com um cariz transversal (liderança, relações interpessoais, criatividade, adaptação à mudança, fluência de alguns idiomas, conhecimentos sobre as novas TIC, princípios de gestão, entre outras valências) a par de aptidões específicas em domínios tais como: Gestão do pessoal (com novos níveis de competência); Gestão dos bens (instalações, equipamentos e materiais); Gestão do processo de produção (confecção alimentar, programas turísticos, etc.) e

da prestação de serviços (alojamento, mesa e bar, transportes, animação turística); Gestão administrativa (análise orçamental, relatórios de actividade); Gestão da imagem e do marketing; Gestão ambiental e da qualidade; Gestão da informação (interna e a que entra e sai).

Neste contexto, o gestor hoteleiro com as valências atrás referidas será um agente de mudança e facilitador da evolução que se preconiza para a gestão hoteleira. De facto, a realidade actual afasta-se claramente dos modelos do passado, assentes numa gestão eminentemente empírica e baseada na experiência dos gestores, fortemente centralizada e rígida nos métodos de trabalho. Distingue-se igualmente dos processos mais recentes de gestão racional, apoiados nos princípios do marketing e no funcionamento de equipas com capacidade para comunicarem internamente e externamente, dotadas de competências próprias e dirigidas para corresponderem às exigências dos clientes. Com efeito, na actualidade sobressaem os requisitos da denominada gestão por objectivos, caracterizada como um método de planeamento e avaliação baseado em factores quantitativos, os quais decorrem da eleição de áreas prioritárias, da fixação de resultados a serem alcançados pela organização, da consideração das respectivas contribuições e do sistemático acompanhamento do desempenho. Face aos aspectos atrás referidos, o Mestrado em Gestão Hoteleira irá proporcionar uma resposta adequada na formação dos gestores hoteleiros, facultando as necessárias competências em matérias que respondem às novas exigências nos modelos e processos de negócios, às questões de escala e de flexibilidade e à capacidade de gestão, planeamento, qualidade, inovação e qualificação do pessoal. Este curso irá possibilitar aos seus utentes a aquisição de competências – chave, as quais gerarão conhecimentos adicionais em relação às matérias nucleares da licenciatura no ramo homólogo, nomeadamente no âmbito do marketing holístico (informação, comercialização e promoção), do reforço dos conhecimentos sobre o mercado e a procura (redes), da capacidade de inovação nos processos, nos produtos, nos modelos organizacionais e nos negócios, na análise das alianças e das parcerias estratégicas adequadas, na gestão do relacionamento com o cliente e no fortalecimento da capacidade de pensamento estratégico. Entende-se que o presente plano curricular de unidades lectivas irá contribuir para os desígnios de inovação subjacentes à evolução do sector, proporcionando um conjunto de

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conhecimentos especializados na vertente dos produtos, dos serviços, da operação, do mercado (e dos seus canais) e do modelo de negócios (adaptação da estrutura organizativa, parcerias estratégicas, serviços partilhados e potenciação das TIC). Se as perspectivas qualitativas permitem definir com segurança os contornos intrínsecos e extrínsecos relativos á hotelaria, bem como visualizar as respostas que o sector deverá encontrara para manter a sua competitividade, importa igualmente dimensionar a expressão que a actividade regista no nosso país. Assim, centrando a apreciação do lado da oferta, deve-se destacar que, segundo os números oficiais do INE, em 2009, existiam no país cerca de 273,6 milhares de camas nos estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos e apartamentos turísticos, o que correspondeu a um crescimento médio anual de 2,3% desde 2001. No tocante ao número de estabelecimentos em actividade, o total era de 1965 em 2009, com a seguinte distribuição por tipologias de estabelecimentos:

677 Hotéis;

128 Hotéis-apartamentos;

43 Pousadas;

33 Aldeamentos Turísticos;

185 Apartamentos Turísticos;

899 em fase de reclassificação. Por outro lado, a procura global atingiu, em 2009, 36,5 milhões de dormidas, das quais 23,2 milhões foram efectuadas por residentes no estrangeiro e 13,3 milhões por residentes em Portugal. Contudo, a evolução da procura hoteleira tem sido suportada sobretudo pelas dormidas de residentes, as quais patentearam, desde o início da presente década, uma aceleração do ritmo médio anual de crescimento (+3,6%), contrastando em absoluto com a evolução desfavorável da procura internacional (-0,3%). Contudo, a progressão contínua do mercado interno não se revelou suficiente para amortizar na íntegra a irregularidade da procura externa, notando-se em parte esta particularidade na redução observada nas taxas médias de ocupação, as quais baixaram fortemente desde o ano 2000 (por exemplo, a taxa média anual de ocupação-quarto baixou cerca de 13 (!) pontos percentuais, regredindo de 64,5% para 51,4%). Estas considerações visam reforçar o entendimento sobre a pressão competitiva que recai sobre as empresas hoteleiras que operam em Portugal (segundo o INE, as empresas do ramo do alojamento turístico ascendiam a 6140 em 2008), as quais buscam encontrar estratégias que respondam não só aos desafios globais, mas igualmente às particularidades do nosso país. Ampliam-se assim os desígnios da formulação de estratégias empresariais inovadoras, onde os gestores poderão ter um papel fundamental nos já aludidos desígnios de inovação, nomeadamente na: Avaliação das oportunidades de negócio, nomeadamente, através da segmentação,

da revisão e modernização dos processos de produção, do reforço do papel das novas tecnologias e da selecção criteriosa das acções de marketing;

Identificação dos factores críticos de sucesso ao nível das várias áreas funcionais das empresas;

Potenciação e valorização dos recursos humanos.

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Como nota final, sublinha-se o entendimento de que o gestor hoteleiro assume uma participação decisiva na concretização de métodos e processos conducentes à operacionalização de uma gestão empresarial assente em moldes modernos, sendo crucial a sua intervenção não só a nível conceptual, como também na sua implementação, manutenção e controlo. Este imperativo só se alcança com profissionais bem preparados, que disponham de uma formação completa, horizontal e convenientemente direccionada para os paradigmas modernos que enquadram o sector. 3. Oferta formativa em Gestão Hoteleira Apresenta-se seguidamente o resumo dos cursos existentes em Portugal na área de gestão hoteleira:

Gestão Hoteleira [Lic-1º ciclo] Instituto Politécnico de Castelo Branco - Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova Instituto Politécnico da Guarda - Escola Superior de Turismo e Hotelaria Universidade do Algarve - Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo de Faro Instituto Superior de Línguas e Administração de Lisboa Instituto Superior de Administração e Gestão Instituto Superior de Ciências da Administração Instituto Superior de Educação e Ciências Instituto Superior de Espinho

Gestão e Administração Hoteleira [Lic-1º ciclo] Instituto Politécnico do Porto - Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão

Gestão de Empresas Turísticas e Hoteleiras [Lic-1º ciclo] Instituto Superior Politécnico do Oeste

Gestão Turística e Hoteleira [Lic-1º ciclo] Instituto Politécnico de Leiria - Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche

Direcção e Gestão Hoteleira [Mestrado-2º ciclo] Instituto Politécnico de Leiria - Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche

Gestão Turística e Hoteleira (pós-laboral) [Lic-1º ciclo] Instituto Politécnico de Leiria - Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche

Direcção e Gestão Hoteleira [Lic-1º ciclo] Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril

Direcção e Gestão Hoteleira (pós-laboral) [Lic-1º ciclo] Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril

Pós-Graduação em Gestão e Economia do Turismo e Hotelaria Faculdade de Economia da Universidade do Porto

Pós-graduação em Economia, Gestão do Turismo e Direcção Hoteleira Instituto Superior de Economia e Gestão

Pós-Graduação em Turismo e Gestão Hoteleira Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo

Executive Master em Gestão Hoteleira Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril Escola de Gestão Empresarial / Universidade Católica do Porto

Saliente-se a parcela da oferta formativa já preenchida pela ESHTE ao nível do 1.º ciclo e das Pós-graduações, o que confirma o seu reconhecimento como a Escola de referência ao nível da gestão hoteleira. Por outro lado, a pesquisa efectuada sobre a oferta formativa internacional nesta área, conduziu à selecção dos seguintes cursos:

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Hotelaria Mestre LA ROCHELLE BUSINESS SCHOOL [França, La Rochelle]

Mestre Em Gestão Hoteleira ESCP EUROPE BUSINESS SCHOOL [França, Paris]

Mestrado Em Hospitalidade (Master) AIM HOTEL & TOURISM MANAGEMENT ACADEMY [França, Paris]

Mestre em Gestão Hoteleira (Master) AUSTRALIAN INTERNATIONAL HOTEL SCHOOL [Australia, Canberra]

Mestre em Gestão na Hotelaria NANYANG TECHNOLOGICAL UNIVERSITY, NANYANG BUSINESS SCHOOL [Singapura, Cingapura]

Gestão Hoteleira Internacional (Mestrado) SHEFFIELD HALLAM UNIVERSITY [Grã-Bretanha]

Mestrado Em Educação na Formação da Hospitalidade Organizacional e de Gestão GLION INSTITUTE OF HIGHER EDUCATION [Suíça, Bolha, Suíça, Montreux]

Mestre Internacional Em Gestão Hoteleira EADA BUSINESS SCHOOL- ESCUELA DE ALTA DIRECCIÓN Y ADMINISTRACIÓN [Espanha, Barcelona]

Mestre em Hospitalidade e Hotelaria THE ITALIAN CHAMBER OF COMMERCE AND INDUSTRY FOR THE UK [Grã-Bretanha, Londres]

Mestre em Gestão de Hospitalidade Internacional LE CORDON BLEU AUSTRALIA [Australia, Sydney)

Mestrado Em Gestão Em Hotelaria (MMH) CORNELL UNIVERSITY SCHOOL OF HOTEL ADMINISTRATION [Estados Unidos, Ithaca, New York. On request]

Mestre Internacional de Hospitalidade e Hotelaria UNIVERSITY OF WESTERN SYDNEY, COLLEGE OF BUSINESS [Australia, Sydney]

Mestrado Internacional em Gestão Hoteleira UNIVERSIDADE EUROPEIA DE MADRID [Espanha, Madrid]

Indústria Economia E Gestão Empresarial Do Turismo E Hotelaria ENGECON - SAINT-PETERSBURG STATE UNIVERSITY OF ENGINEERING & ECONOMICS, DUBAI BRANCH [Emirados Árabes, Dubai]

Mestrado Em Hotelaria Internacional E Gestão Do Turismo UNIVERSITY OF STRATHCLYDE BUSINESS SCHOOL [Grã-Bretanha, Glasgow]

Mestrado Em Administração De Empresas Em Gestão Hoteleira (MBA) DCT UNIVERSITY CENTER – SWITZERLAND [Suíça, Vitznau]

Mestrado Em Gestão Hoteleira UNIVERSITY OF GLOUCESTERSHIRE, THE BUSINESS SCHOOL [Grã-Bretanha]

Contactar Escola

Conforme se pode observar, o Mestrado que agora se propõe tem plena correspondência em ofertas formativas idênticas no plano internacional, o que atesta a oportunidade do mesmo e permite futuramente gizar acordos bilaterais com outras Escolas no estrangeiro, visando a mobilidade dos alunos nos termos da estratégia progressiva de internacionalização da ESHTE. 4. Organização do Mestrado em Gestão Hoteleira

Tendo em consideração os objectivos do curso, assim como os resultados da aprendizagem pretendidos, os 120 ECTS podem ser obtidos a partir de um elenco de unidades curriculares

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obrigatórias, de forma a responder às necessidades específicas dos segmentos alvo deste ciclo de estudos, os quais podem ter percursos de formação inicial diferenciados.

Assim, este ciclo de estudos está estruturado de forma a responder às necessidades de qualquer diplomado em gestão, em economia, em gestão de empresas ou em turismo, que pretenda realizar um mestrado em gestão hoteleira aumentando assim, as suas competências profissionais especializadas.

Concomitantemente oferece, também, aos diplomados na área da gestão hoteleira, um aprofundamento de saberes e competências profissionais, tendo em vista a obtenção de uma especialização. De facto, estes diplomados não precisarão de adquirir competências genéricas no domínio da gestão hoteleira, visto já as possuírem, pelo que funcionará um sistema de creditação de competências para estas áreas, a par de novas unidades curriculares que os habilitarão decisivamente no sentido de adquirirem as valências indispensáveis para os seus percursos profissionais no âmbito da gestão hoteleira.

4.1. Modelo organizativo do Mestrado em Gestão Hoteleira

4.1.1. Componente pedagógica

No modo como está organizado o seu ciclo de estudos (estrutura e conteúdos) e na definição das suas metodologias de ensino, o Mestrado em Gestão Hoteleira enquadra-se na natureza do ensino superior politécnico e dos objectivos do Processo de Bolonha, no que concerne à atribuição do grau de mestre. Trata-se aqui de dar uma formação avançada a quadros superiores e médio superiores destinados à direcção/administração de empresas ou unidades hoteleiras de média e de grande dimensão, e/ou responsável, especialmente no caso destas últimas, pelo planeamento e coordenação das diferentes áreas funcionais. Em todas estas áreas, os formandos serão responsáveis pela resolução de problemas estruturantes para a organização, envolvendo reflexão sobre saberes especializados, capacidades de abstracção e capacidade para integrar acomodar e utilizar nas suas decisões saberes oriundos de várias disciplinas. Referimo-nos, nomeadamente, às questões relacionadas com recursos humanos e com a dimensão sociocultural da organização, com os aspectos financeiros, o marketing, a estratégia, as problemáticas de gestão ambiental e dos riscos, retratadas nos módulos de formação propostos pela ESHTE. De facto nas unidades lectivas propostas, o aprofundamento conceptual das matérias e dos conhecimentos técnico-científicos e capacidades de abstracção serão permanentemente problematizados por referência ao concreto universo das actividades profissionais de um gestor hoteleiro, estimulando a criatividade, a capacidade crítica e a competência para a resolução de problemas da organização, sempre numa lógica de multidisciplinaridade. Ao nível das várias unidades lectivas será assegurada a justaposição entre a componente teórica de base e a vertente experimental concreta, com aulas de simulação onde se abordarão situações reais que obrigam à tomada de decisão com recurso a saberes diferenciados e capacidade crítica e de abstracção, a par do recurso a tecnologias

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apropriadas, o que conferirá aos alunos ferramentas indispensáveis para lidarem com questões complexas ou para projectarem reflexões sobre situações menos comuns. Saliente-se igualmente que a perspectiva internacional será importantíssima seja ao nível das várias matérias, quer ao nível dos docentes estrangeiros convidados para participarem em determinadas aulas. Pretende-se igualmente com o Curso criar competências de aprendizagem que permitam aos alunos, ao longo da vida, desenvolverem aprendizagens complementares de uma forma autónoma e auto-orientada. O conhecimento cabal do sistema turístico, nos planos das suas instituições, dos seus agentes, da sua articulação e do seu funcionamento, será certamente impulsionador de processos futuros no domínio da auto-aprendizagem. Como apontamento adicional, refiram-se duas notas consideradas essenciais para a compreensão dos objectivos subjacentes ao Curso. Em primeiro lugar, o propósito claro de que o Curso corresponda aos objectivos definidos para o ensino politécnico ao nível do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre, ou seja, a planificação de conteúdos e o desenvolvimento de trabalhos fortemente orientados para a concessão de uma especialização de natureza profissional. Em segundo lugar, ressalte-se a flexibilidade que decorre do presente Curso, o qual pretende, recorde-se, proporcionar uma formação adaptada aos requisitos da evolução do mercado turístico, assim como suficientemente especializada nas especificidades da gestão e administração de unidades e empresas hoteleiras de média e grande dimensão, cuja actividade é suportada por um universo sociocultural e socioprofissional com significativas especificidades e pela tendência para a internacionalização. É convicção da ESHTE que este Curso possui um programa formativo devidamente orientado para profissionais que aspiram assumir novas responsabilidades, ou que pretendam reciclar os seus conhecimentos, a par de empreendedores que desejam tornar em realidade um eventual projecto pessoal de cariz empresarial na hotelaria. A materialização do que atrás foi exposto pode ser demonstrada pela organização do curso, o qual se desenvolve através de quatro semestres, sendo que o primeiro tem um claro propósito de nivelamento de conhecimentos. Apresenta-se seguidamente o elenco de unidades lectivas previstas para o plano curricular do Mestrado, sendo que no capítulo 5 se procederá à afectação às áreas científicas em vigor na ESHTE e à definição das cargas horárias.

1º Semestre ECTS

Turismo e Hotelaria, Mercados e Tendências (opcional) 4

Turismo e Globalização (opcional) 4

Introdução às Operações Hoteleiras 4

Gestão de Eventos 3

Gestão do Alojamento Hoteleiro 3

Gestão de F&B 3

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Seminários (4 sessões) 4

Total ECTS obrigatórios 21

2º Semestre ECTS

Sistemas Avançados de Gestão 4

Gestão Avançada de Operações Hoteleiras 5

Marketing Estratégico em Hotelaria 4

Gestão de Tecnologias e Sistemas de Informação em Hotelaria 4

Contabilidade 4

Direito Empresarial na Actividade Hoteleira 4

Total ECTS obrigatórios 25

3º Semestre ECTS

Gestão Estratégica de Pessoas em Hotelaria (opcional) 4

Liderança e Motivação (opcional) 4

Revenue Management em Hotelaria 4

Análise e Gestão Financeira de Empresas Hoteleiras 5

e-Business em Hotelaria 4

Gestão Estratégica de Projectos em Empreendimentos Turísticos 4

Gestão da Qualidade na Actividade Hoteleira 4

Total ECTS obrigatórios 25

4º Semestre ECTS

Metodologia 4

Dissertação / Projecto Aplicado à Industria Hoteleira 45

Total ECTS obrigatórios 49

Total Global 120

O curso tem uma duração de dois anos lectivos, sendo o primeiro semestre (21 ECTS) constituído por um elenco curricular de unidades lectivas inerentes à familiarização com a estrutura da hotelaria e o seu posicionamento no sistema turístico, culminando com um seminário de aplicação dos conhecimentos e competências adquiridas. Pretende-se assim garantir a introdução às áreas estruturantes da gestão estratégica das unidades hoteleiras, a par com a compreensão das dinâmicas estruturantes e internacionais da hotelaria.

O segundo e terceiro semestres incluirão a componente de estudos avançados na hotelaria, totalizando no conjunto 50 ECTS. As unidades lectivas destes dois semestres constituirão a componente de aprofundamento da especialização em gestão hoteleira, dotando os formandos com as competências indispensáveis face aos desafios que impendem sobre o sector em particular.

Tal como se aprofundará no capítulo 5, sobressai nestes semestres o peso da componente da área de Gestão (com uma formação aprofundada em questões estratégicas, onde, ao lado de dimensões mais específicas da actividade, se acrescenta um aprofundamento das questões da liderança e da motivação, da utilização das tecnologias de informação e comunicação e do conhecimento da envolvente da actividade), seguida de perto pelas

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Técnicas de Tecnologias de Aplicação (fundamentais no Ensino Superior Politécnico), sem descurar as componentes de suporte estrutural sobre o fenómeno turístico e sua dimensão internacional

O quarto semestre corresponderá a 49 ECTS, referente a uma unidade lectiva associada à componente metodológica (4 ECTS) e ao desenvolvimento de um trabalho de projecto, dissertação ou estágio de natureza profissional com relatório final (45 ECTS). Neste âmbito, procura-se a realização de um trabalho final, para o qual concorre uma importante componente de seminários de metodologia, visando dotar os discentes de conhecimentos e competências para um trabalho profundo, rigoroso no que respeita às regras da prática e do discurso técnico-científico.

Trata-se, no fundo, do espaço privilegiado para desenvolver a já referida capacidade de integração de saberes multidisciplinares e de os operacionalizar a problemas do mundo profissional e empresarial da hotelaria. Neste sentido, a interacção a criar entre os discentes e os docentes que orientarão os respectivos projectos será um factor essencial para permitir aos primeiros uma maior segurança na construção e na fundamentação da sua própria argumentação.

4.1.2. Órgãos do curso

O curso de Mestrado em Gestão Hoteleira terá como órgãos, o Coordenador do Mestrado e a Comissão Científica. O Coordenador do Mestrado deverá ser um doutorado da ESHTE com forte ligação ao sector em apreço, competindo-lhe:

Garantir o normal funcionamento do curso e zelar pela sua qualidade, assegurando nomeadamente os assuntos de gestão corrente relacionados com o mesmo;

Presidir à Comissão Científica e representar o mestrado nas instâncias próprias.

A Comissão Científica será nomeada pelo Conselho Técnico-Científico da ESHTE, devendo na sua composição incluir o Coordenador do Mestrado, três doutorados da ESHTE, três doutorados em representação da Universidade Católica do Porto, da Universidade de Algarve e da Universidade de Aveiro e dois representantes das associações empresariais e profissionais representativas do sector hoteleiro.

Competirá à Comissão Científica pronunciar-se sobre todas as matérias de índole científica e pedagógica, relevantes para o normal funcionamento do curso, que lhe sejam apresentadas pelo Coordenador do Mestrado.

4.1.3. Vagas e requisitos de ingresso

As vagas para o curso de Mestrado em Gestão Hoteleira serão fixadas anualmente pelo órgão da ESHTE estatutariamente competente. Por outro lado, podem candidatar-se ao curso:

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Os titulares de qualquer licenciatura em gestão, em economia, em gestão de empresas e em turismo;

Os titulares de um grau académico superior estrangeiro conferido na sequência de um 1º ciclo de estudos organizado de acordo com os princípios de Bolonha por um Estado aderente a este processo;

Os titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como satisfazendo os objectivos do grau de licenciado pelo Conselho Técnico - Científico da ESHTE.

Os candidatos serão seleccionados pelo Coordenador do Mestrado, com base na aplicação dos seguintes critérios:

Classificação obtida na licenciatura ou em cursos de Pós-graduação;

Curriculum vitae do candidato, nomeadamente, académico, científico e técnico;

Declaração dos objectivos e motivação da candidatura;

Os titulares de um grau académico superior estrangeiro conferido na sequência de um 1º ciclo de estudos organizado de acordo com os princípios de Bolonha por um Estado aderente a este processo;

Resultado de entrevista individual, quando tal for considerado necessário pela Comissão Coordenadora;

Será dada preferência a antigos alunos dos cursos de licenciatura e da pós-graduação da ESHTE e do Executive Master em Gestão Hoteleira (ESHTE/EGE), a docentes, a investigadores, a quadros de empresas e de organismos públicos ou privados com mais de 2 anos de experiência profissional.

4.1.4. Condições de funcionamento

A ESHTE assegurará as condições necessárias e suficientes para o funcionamento do ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre em Gestão Hoteleira, garantindo:

Um projecto educativo, científico e cultural próprio, adequado aos objectivos fixados neste ciclo de estudos;

Um corpo docente constituído na íntegra por titulares do grau de doutor e especialistas, sendo que 80% são pertencentes aos quadros docentes da ESHTE;

O reconhecimento externo das actividades de formação, investigação e de desenvolvimento de natureza profissional de alto nível, nas áreas científicas integrantes deste ciclo de estudos;

Os recursos humanos e materiais indispensáveis para garantir o nível e a qualidade da formação, designadamente espaços lectivos, equipamentos e biblioteca;

A organização de seminários complementares em articulação com as associações empresariais representativas do sector, bem como com as escolas internacionais que integram a rede de convénios da ESHTE.

Como nota adicional, refira-se que o curso de Mestrado em Gestão Hoteleira será inicialmente ministrado maioritariamente em Língua Portuguesa, podendo, contudo, ocorrer a realização de sessões em idiomas estrangeiros (Inglês, Francês ou Espanhol).

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Posteriormente, a tendência será para as aulas passarem a ser ministradas em língua inglesa, admitindo-se uma gradualidade rápida neste processo.

4.2. Objectivos e perfis do Curso de Mestrado em Gestão Hoteleira Em síntese, podem-se resumir os aspectos justificativos para a criação deste curso, em torno dos seguintes elementos:

A indispensabilidade do contributo global da gestão hoteleira para a rentabilidade e imagem da oferta turística nacional, exigindo mecanismos de estudo e de investigação que contribuam para a sua maior eficiência, num contexto de globalização dos mercados, de rotação do perfil do turista e de novos paradigmas associados ao negócio hoteleiro;

A imperatividade de adequação dos instrumentos de gestão hoteleira às exigências das empresas do sector face aos novos modelos de exploração, nomeadamente no caso das cadeias hoteleiras nacionais e internacionais;

A análise e o estudo de formas complementares de gestão de serviços agregados à hotelaria, como por exemplo, os condo hotéis, o denominado turismo residencial, as fórmulas associadas ao turismo de saúde e bem-estar, a exploração de campos de golfe e de novas formas de animação temática e de restauração;

A necessidade de dar resposta ao prosseguimento de estudos para licenciados em gestão hoteleira e em outras áreas científicas da gestão, com vista à sua especialização, através de novas metodologias, novas tecnologias, novas perspectivas conceptuais e novas formas de intervenção onde a inovação, a investigação e o desenvolvimento tenham preponderância;

A indispensabilidade de dar resposta ao sector empresarial, pela formação de agentes de mudança aptos a satisfazerem as exigências das empresas existentes no País, bem como para suporte e viabilização da sua internacionalização;

A possibilidade de acesso ao título de Director(a) de Hotel, nos termos do Decreto-Lei 271/82, de 13 de Julho, e do Decreto-Lei 148/2006, de 1 de Agosto, conforme reconhecimento a atribuir pelo Turismo de Portugal, IP.

Face aos propósitos já referidos, torna-se viável a sistematização dos objectivos gerais do Curso nos seguintes eixos:

Reforçar e ampliar as dinâmicas conceptuais e organizacionais do turismo, dos factores de contextualização social, económica, cultural e política do fenómeno, numa perspectiva que articule as problemáticas que vão do local ao internacional;

Contextualizar o papel da hotelaria no conjunto do sistema turístico, quer nas componentes do mercado, como também nas relações sistémicas com outros sectores e com a própria organização estrutural do turismo no plano da superstrutura e da Infraestrutura;

Enquadrar a importância das organizações hotelarias nas suas várias tipologias, enquadramentos e funções, numa óptica de gestão eficaz e eficiente, no quadro do desenvolvimento regional em que se integram e pelo seu papel na internacionalização da economia portuguesa;

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Ampliar a valência da visão estratégica na gestão hoteleira, valorizando os contextos ambientais e transaccionais da envolvente;

Facultar as competências em matérias que respondem às novas exigências nos modelos e processos de negócios, às questões de escala e de flexibilidade e à capacidade de gestão, planeamento, qualidade, inovação e qualificação do pessoal;

Aprofundar os mecanismos de planeamento, integrando as componentes financeiras e das novas tecnologias enquanto instrumentos fundamentais de análise e controlo;

Sensibilizar para a necessidade de integrar nas valências de gestão a componente ambiental em geral e de inter-relação com a comunidade de acolhimento;

Aplicar os mecanismos de concepção de modelos de gestão segundo os princípios da Qualidade Total e dos processos de certificação;

Incentivar a capacidade de inovação e empreendedorismo, através de instrumentos de investigação para despiste de oportunidades e a rentabilidade dos investimentos;

Sensibilizar para a importância da liderança e da motivação de equipas em ambiente de diversidade sócio cultural.

Dos objectivos enunciados, decorrem competências gerais e específicas que os diplomados devem adquirir, a saber:

Competências gerais Competências específicas

Conhecer e compreender numa visão estratégica a estrutura do sistema turístico e respectivos subsistemas;

Analisar comparativamente os vários modelos organizacionais dos diferentes tipos de empresas hoteleiras, independentes ou integradas em cadeias, numa óptica nacional e internacional;

Conhecer os pressupostos da denominada gestão por objectivos, caracterizada como um método moderno de planeamento;

Dominar a aplicação das técnicas contabilísticas e financeiras para a gestão hoteleira;

Conceber e aplicar modelos de gestão financeira de suporte às actividades das empresas hoteleiras;

Conceber Planos de Marketing holístico, interligando as várias componentes aplicáveis;

Dominar os mecanismos de acesso ao mercado e à procura (redes), bem como os modelos respectivos de negócios;

Entender os mecanismos de análise das alianças e das parcerias estratégicas adequadas;

Dominar os mecanismos da animação interna e externa no contexto das dinâmicas de

Aplicar processos e métodos de planeamento estratégico de empresas hoteleiras;

Construir modelos organizacionais de empresas hoteleiras em vários contextos;

Elaborar planos de marketing;

Elaborar orçamentos analíticos;

Acompanhar a adaptabilidade e a integração dos modelos informáticos de suporte à gestão e ao relacionamento com os clientes e fornecedores;

Implementar sistemas de reservas e de comércio electrónico;

Elaborar manuais de procedimentos operacionais inter-sectoriais;

Estabelecer programas de alimentação e bebidas, sua promoção e controlo de resultados;

Elaborar planos de animação;

Elaborar planos técnicos para aplicação da gestão ambiental;

Proceder aos requisitos de certificação tendentes à Gestão da qualidade total;

Dominar as ferramentas metodológicas de pesquisa e de elaboração de investigação aplicada;

Assumir atitudes e comportamentos balizados por parâmetros da ética e abertura socioculturais, quer na relação com os

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entretenimento sociais vigentes, como potencial centro de receitas;

Conhecer as técnicas de construção de menus, sua composição e modalidades de gestão;

Dominar as tecnologias de informação, aplicando-as à melhoria da eficiência da gestão e aos contactos com o exterior;

Inovar nos conceitos e práticas em resultado de investigação aplicada;

Ampliar os conhecimentos sobre as acções tendentes ao estímulo da criatividade das pessoas que trabalham na hotelaria e no desenvolvimento dos processos de trabalho e das competências.

Desenvolver as metodologias de relação com os clientes individuais e de grupo, face à complexidade das suas motivações e à imprevisibilidade das suas necessidades.

superiores, os colegas e os subordinados, quer na relação com os clientes e fornecedores;

Implementar os processos adequados de escuta ao cliente;

Analisar os estudos sectoriais sobre a envolvente, os mercados e a concorrência;

Criar os instrumentos adequados de suporte à gestão estratégica.

5. Plano de unidades curriculares O curso organiza-se pelo sistema de unidades de crédito e compreende a frequência, com aproveitamento, de uma parte escolar e a elaboração e discussão, com aprovação, de uma dissertação original, de um trabalho projecto, ou de um estágio de natureza profissional com relatório final. O detalhe do plano curricular consta do quadro da página seguinte, onde se assinala igualmente a integração das várias unidades lectivas nas respectivas áreas científicas em vigor na ESHTE. Assinale-se que no 1.º e 3.º semestre incluem-se duas disciplinas opcionais entre si, sendo as restantes obrigatórias. Esta situação permitirá completar os planos curriculares dos alunos de acordo com as valências mais indicadas para completar a sua formação.

PLANO CURRICULAR

1º Semestre Área Científica ECTS

h / semana

Total Horas Docentes

Turismo e Hotelaria, Mercados e Tendências (opcional) PT 4 3 45 ESHTE Turismo e Globalização (opcional) CSH 4 3 45 ESHTE Introdução às Operações Hoteleiras TTA 4 3 45 ESHTE Gestão de Eventos PT 3 2 30 ESHTE Gestão do Alojamento Hoteleiro TTA 3 2 30 ESHTE Gestão de F&B TTA 3 2 30 ESHTE Seminários (4 sessões) (a) 4 0 16 ESHTE

Total ECTS obrigatórios 21 15 225

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2º Semestre Área

Científica ECTS h /

semana Total Horas Docentes

Sistemas Avançados de Gestão G 4 2 30 UAL Gestão Avançada de Operações Hoteleiras TTA 5 2 30 ESHTE Marketing Estratégico em Hotelaria G 4 2 30 ESHTE Gestão de Tecnologias e Sistemas de Informação em Hotelaria TTA 4 2 30 UNL/ESHTE Contabilidade Avançada G 4 2 30 ISCAL Direito Empresarial na Actividade Hoteleira CSH 4 2 30 ESHTE

Total ECTS obrigatórios 25 12 180

3º Semestre Área

Científica ECTS h /

semana Total Horas Docentes

Gestão Estratégica de Pessoas em Hotelaria (opcional) G 4 2 30 ESHTE Liderança e Motivação (opcional) CSH 4 2 30 ESHTE Revenue Management em Hotelaria G 4 2 30 ESHTE Análise e Gestão Financeira de Empresas Hoteleiras G 5 2 30 ISCAL e-Business em Hotelaria TTA 4 2 30 UNL/ESHTE Gestão Estratégica de Projectos em Empreendimentos Turísticos PT 4 2 30 ESHTE Gestão da Qualidade na Actividade Hoteleira G 4 2 30 ESHTE

Total ECTS obrigatórios 25 14 210

4º Semestre Área

Científica ECTS h /

semana Total Horas Docentes

Metodologia CSH 4 1 15 ESHTE Dissertação / Projecto Aplicado à Industria Hoteleira (b) 45

Total ECTS obrigatórios 49

Total Global 120

PT - Planeamento Turístico TTA - Técnicas e Tecnologias de Aplicação G - Gestão CSH - Ciências Sociais e Humanas (a) PT ou TTA ou G ou CSH (b) G ou TTA ou PT

O número de créditos de cada unidade curricular fundamenta-se na carga de trabalho estimada tendo em conta a sua natureza e os tipos de avaliação, conforme consta das sínteses dos programas em anexo. De acordo com os objectivos visados para o ciclo de estudos, com as competências gerais e específicas definidas, com a natureza da formação no ensino superior politécnico e com as características do ensino superior neste domínio no espaço europeu, um ciclo de quatro semestres (e cento e vinte créditos) afigura-se claramente adequado ao desempenho profissional de alto nível nas diversas empresas e instituições intervenientes na gestão dos produtos/empresas ligadas à hotelaria e a todo o sector do alojamento em geral.

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Assim, conseguem-se compatibilizar as exigências em aquisições conceptuais e académicas com a natureza do mercado de trabalho e com o tipo de desempenho que os mestres em gestão hoteleira poderão desempenhar. Responde-se, igualmente, deste modo, às necessidades das organizações empresariais e institucionais em termos de competências e saberes e, ao mesmo tempo, estimulam-se comportamentos e atitudes pró-activas e fornecem-se instrumentos de reflexão e crítica que contribuam para o desenvolvimento socioeconómico das organizações e da sociedade portuguesas. Assinale-se que no decurso deste processo foram ouvidas as principais associações empresariais e profissionais representativas do sector hoteleiro.

Tendo em vista a creditação de competências adquiridas pelos candidatos admitidos ao curso, são estabelecidas as seguintes linhas orientadoras:

Precedências ECTS a

efectuar (a)

Candidatos com aproveitamento no Executive Master (ESHTE/EGE) 23

Candidatos com licenciatura em gestão hoteleira 54

Candidatos com licenciatura em gestão, gestão de empresas e economia 63

Candidatos com licenciatura em outros cursos relevantes do turismo 67

Candidatos com licenciatura em cursos relevantes para o Mestrado (planos curriculares anteriores a Bolonha) e com aproveitamento em Cursos de Pós-graduação considerados como pertinentes

Entre 30 a 35

(a) – Correspondente à parte escolar do mestrado (Semestres 1, 2 e 3)

O Coordenador do Mestrado poderá propor ao Conselho Técnico-Científico, em sede de avaliação curricular dos candidatos admitidos, acreditar competências adquiridas, sempre que a experiência profissional do candidato seja relevante para o curso e ramo de especialização e esteja devidamente comprovada.

A avaliação em cada uma das disciplinas da parte escolar do curso tem um carácter individual, dela constando a realização de trabalhos escritos (individuais ou em grupo), exposições orais e/ou outras formas de avaliação consideradas adequadas aos temas em estudo. O resultado da avaliação em cada disciplina será expresso numa escala de números inteiros de 0 a 20 valores.

A aprovação em cada disciplina depende da obtenção de uma classificação final igual ou superior a 10 valores. Por outro lado, a classificação da parte escolar do Curso calcula-se pela média, ponderada em função dos ECTS, das classificações obtidas nas unidades curriculares que o constituem. No caso da atribuição de créditos face aos parâmetros de equivalências estabelecidos anteriormente, a classificação da parte escolar do curso deverá resultar da média ponderada em função dos ECTS correspondentes às classificações obtidas

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nas unidades curriculares frequentadas no curso de mestrado e a classificação média obtida nos cursos precedentes.

Como nota final, remete-se para as fichas em anexo, as quais detalham para cada unidade lectiva os objectivos, o programa, a metodologia, os critérios de avaliação e a bibliografia.

Por outro lado, a síntese da distribuição dos docentes pelas unidades curriculares e áreas científicas é a seguinte:

1º Semestre

Área

Científica

Turismo e Hotelaria, Mercados e Tendências PT ESHTE Prof. J. Sancho Silva (Doutor)

Turismo e Globalização (opcional) CSH ESHTE Prof. Jorge Ferraz (Doutor)

Introdução às Operações Hoteleiras TTA ESHTE Prof. J. Sancho Silva (Doutor)

Gestão de Eventos PT ESHTE Prof. Fernando Moreira (Doutor)

Gestão do Alojamento Hoteleiro TTA ESHTE Prof. Nuno Silva Gustavo (Doutor)

Gestão de F&B TTA ESHTE Prof.ª Manuela Guerra (Doutora)

Seminários (4 sessões) (a) ESHTE Prof. Carlos Brandão (Doutor) e Prof.

Raúl Filipe (Doutor)

2º Semestre

Área

Científica

Sistemas Avançados de Gestão G UAL Prof. Vítor Marçal Lourenço (Doutor)

Gestão Avançada de Operações Hoteleiras TTA ESHTE Prof. Nuno Silva Gustavo (Doutor)

Marketing Estratégico em Hotelaria G ESHTE Prof.ª Helena Moreira (Doutora)

Gestão de Tecnologias e Sistemas de Informação

em Hotelaria

TTA UNL/ESHTE Prof. António Miguel (Doutor)/Mestre

João ProntoContabilidade Avançada G ISCAL Prof.ª Maria do Céu Almeida (Doutora)

Direito Empresarial na Actividade Hoteleira CSH ESHTE Prof. Jorge Umbelino (Doutor); Mestre

Miguel Torres Marques (*)

3º Semestre

Área

Científica

Gestão Estratégica de Pessoas em Hotelaria

(opcional)G ESHTE Prof. Jorge Ferraz (Doutor); Dr. Vítor

Toricas (*)Liderança e Motivação (opcional) CSH ESHTE Prof. Jorge Ferraz (Doutor)

Revenue Management em Hotelaria G ESHTE Mestre António Fernandes (Especialista)

Análise e Gestão Financeira de Empresas G ISCAL Prof.ª Maria do Céu Almeida (Doutora)

e-Business em Hotelaria TTA UNL/ESHTE Prof.António Miguel (Doutor)/Mestre

Pedro Moita (*)Gestão Estratégica de Projectos em

Empreendimentos Turísticos

PT ESHTE Prof. Luís Portugal (Doutor)

Gestão da Qualidade na Actividade Hoteleira G ESHTE Prof. Jorge Umbelino (Doutor)

4º Semestre

Área

Científica

Metodologia CSH ESHTE Prof. Vítor Ambrósio (Doutor)

(a) - PT ou TTA ou G ou CSH

(b) - G ou TTA ou PT

DOCENTES/UNIDADES CURRICULARES/ÁREAS CIENTÍFICAS

(*) - Reconhecido pelo Conselho Técnico-Científico como detentor das condições para atribuição do título de

especialista de reconhecida experiência e competência profissional no âmbito da leccionação da disciplina incluída

neste ciclo de estudos.

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