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PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS PRÉDIOS DA BIBLIOTECA E SETOR ADMINISTRATIVO DA DECANIA DO CT/UFRJ Marcelo de Souza Gomes Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro Eletricista. Orientadores: Jorge Luiz do Nascimento Douglas Machado Côrtes Rio de Janeiro Dezembro de 2019

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PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS PRÉDIOS DA

BIBLIOTECA E SETOR ADMINISTRATIVO DA DECANIA DO

CT/UFRJ

Marcelo de Souza Gomes

Projeto de Graduação apresentado ao Curso

de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro Eletricista.

Orientadores: Jorge Luiz do Nascimento

Douglas Machado Côrtes

Rio de Janeiro

Dezembro de 2019

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PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS PRÉDIOS DA

BIBLIOTECA E SETOR ADMINISTRATIVO DA DECANIA DO

CT/UFRJ

Marcelo de Souza Gomes

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE

ENGENHEIRO ELETRICISTA.

Examinado por:

Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr.Eng.

Engo Douglas Machado Côrtes

Prof. Sergio Sami Hazan, Ph.D.

Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

Dezembro de 2019

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iii

Gomes, Marcelo de Souza

Proposta de climatização eficiente dos prédios da biblioteca

e setor administrativo da decania do CT/UFRJ / Marcelo de

Souza Gomes. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica,

2019.

XIII, 105 p.: il.; 29, 7cm.

Orientadores: Jorge Luiz do Nascimento

Douglas Machado Côrtes

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de

Engenharia Elétrica, 2019.

Referências Bibliográficas: p. 62 – 68.

1. Eficiência Energética. 2. Ar-condicionado. 3. Consumo

de energia. I. do Nascimento, Jorge Luiz et al. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de

Engenharia Elétrica. III. Título.

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iv

Agradecimentos

Minha eterna gratidão ...

A Deus e a Nossa Senhora que me auxiliaram com a graça necessária para

permanecer firme até o final da caminhada na universidade.

À minha família tão amada, em especial aos meus pais, que me apoiaram sempre

que precisei e são a base de tudo para mim.

À minha família formada de coração:

À minha namorada Marcelle Veloni que me acompanhou durante todas as fases ao

longo da vida e especialmente da Universidade, me danto força quando estava

desanimado e muito amor para continuar até o final.

A minha irmã Marina, que sempre me doou seu tempo, atenção e amor quando

precisei, me incentivando para que completasse esta jornada.

A todos meus irmãos da Crisma que rezaram para que este trabalho e a graduação

fossem concluídos.

Aos meus amigos da Universidade que sempre pude contar nas horas fáceis ou

difíceis.

Aos meus amigos do trabalho que ouviram minhas dúvidas e contribuíram para que

ele fosse aperfeiçoado.

A todos os meus professores por cada conhecimento transmitido com excelência.

A todos que deram apoio ao início deste projeto: ao CT Eficiente que me permitiu

apresentar em reunião o protótipo antecessor ao projeto; ao Luiz Otávio, coordenador

dos Programas Ambientais CT, por todo apoio inicial a mim prestado;

Aos meus orientadores, Jorge e Douglas. Ao Jorge, por toda a paciência para me

ensinar, dedicação em ajudar e em especial acolhida quando mais precisei. Ao

Douglas por sempre me incentivar a acreditar em meu potencial e por todos os dados

e contribuições técnicas feitas para este projeto.

Ao restante da banca examinadora: professores Sérgio Sami e Gustavo da Silva,

por terem aceitado a proposta de assistirem e somarem com o projeto.

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v

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.

PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS PRÉDIOS DA

BIBLIOTECA E SETOR ADMINISTRATIVO DA DECANIA DO

CT/UFRJ

Marcelo de Souza Gomes

Dezembro/2019

Orientador: Jorge Luiz do Nascimento

Coorientador: Douglas Machado Côrtes

Curso: Engenharia Elétrica

Aparelhos de ar condicionado consomem uma parcela significativa de energia

em residências, edifícios comerciais e prédios públicos, sobretudo devido às altas

temperaturas no ambiente. Quanto maior o consumo, maior a conta de energia

elétrica paga pelo usuário: é o caso do CT/UFRJ. Outros fatores ainda contribuem

para esta alta, como: aumento das tarifas, bandeiras tarifárias, uso de aparelhos

antigos, má gestão da energia, entre outros.

Diante disto, a eficiência energética tem o intuito de conscientizar as pessoas

sobre o uso racional da energia e encontrar meios para diminuir o consumo de

energia, preservando assim os recursos energéticos.

Neste trabalho é feita a análise técnico-econômica de uma proposta de

climatização eficiente para os prédios da Biblioteca e setor administrativo da

Decania do CT/UFRJ com o intuito de mitigar o consumo e diminuir os valores das

contas de energia elétrica do CT/UFRJ, a partir da troca de aparelhos antigos por

novos com etiqueta ENCE A ou B e /ou tecnologia inverter.

Palavras-chave: Climatização eficiente, ar-condicionado eficiente, eficiência

energética

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Engineer.

EFFICIENT CLIMATE PROPOSAL FOR LIBRARY BUILDINGS AND

ADMINISTRATIVE SECTOR OF THE CT / UFRJ DECANIA

MARCELO DE SOUZA GOMES

December/2019

Advisors: Jorge Luiz do Nascimento

Douglas Machado Côrtes

Course: Electrical Engineering

Air conditioners consume a significant portion of energy in homes, commercial

buildings and public buildings, mainly due to the high ambient temperatures. The

higher the consumption, the higher the electricity bills paid by the user: this is the

case of CT/UFRJ. Other factors also contribute to this increase, such as: tariff

increases, tariff flags, use of old appliances, poor energy management, among others.

Given this, energy efficiency aims to make people aware of the rational use of energy

and find ways to reduce energy consumption, thus preserving energy resources.

In this work, a technical-economic analysis of an efficient climate control proposal

is made for the products of the Library and the CT/UFRJ Decania's administrative

sector in order to mitigate consumption and reduce the values of the electricity bills

of the CT / UFRJ. UFRJ, from the replacement of old appliances with new ones with

ENCE A or B label and / or inverter technology.

Keywords: Efficient air conditioning, Energy efficiency

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vii

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... IX

LISTA DE TABELAS ................................................................................................... X

LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................... XII

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

1.1. OBJETIVO .............................................................................................................. 5

1.2. METODOLOGIA .................................................................................................. 6

1.3. RELEVÂNCIA ...................................................................................................... 6

1.4. ESTRUTURA ....................................................................................................... 6

2. PROBLEMÁTICAS RELACIONADAS AO USO DA ENERGIA NO CT/UFRJ 7

2.1. PROBLEMÁTICA DAS CONTAS DE ENERGIA ELÉTRICA ......................................... 7

2.2. PROBLEMÁTICA DA CRISE FINANCEIRA E POLÍTICA DA UFRJ ........................... 12

2.3. ALTERNATIVAS PARA MITIGAÇÃO DA PROBLEMÁTICA ..................................... 14

3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA................................................................................ 17

3.1. DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 17

3.2. IMPORTÂNCIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ...................................................... 17

3.3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO CT/UFRJ ............................................................ 17

3.4. INFLUÊNCIA DAS REGULAMENTAÇÕES E PROCESSOS TÉCNICOS........................ 18

3.5. FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM AR-

CONDICIONADO ...................................................................................................................... 19

3.5.1. Funcionamento do aparelho de ar condicionado ........................................ 19

3.5.2. Porte da instalação de sistemas .................................................................. 21

3.5.3. Principais tipos de aparelhos ...................................................................... 22

3.5.4. Tecnologias: convencional e inverter......................................................... 23

3.5.5. Parâmetros de eficiência energética ........................................................... 25

3.5.6. Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE ............................................... 26

3.5.7. PROCEL e selo PROCEL .......................................................................... 28

4. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ............................................................... 31

4.1. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PROJETO ........................................................... 31

4.2. DADOS PRELIMINARES DO SISTEMA DE CONDICIONAMENTO AMBIENTAL

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viii

ATUAL 32

4.3. HIPÓTESES INICIAIS E CÁLCULOS DO SISTEMA ATUAL ...................................... 33

4.4. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS PROPOSTOS ............................................................ 38

4.1.1. Sistema I ..................................................................................................... 38

4.1.2. Sistema II ................................................................................................... 39

4.1.3. Sistema III .................................................................................................. 40

4.5. ECONOMIA ESPERADA ...................................................................................... 43

4.6. ANÁLISE FINANCEIRA ...................................................................................... 45

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 48

5.1. RESULTADOS ................................................................................................... 48

5.1.1. Energia economizada ................................................................................. 48

5.1.2. Taxa interna de retorno (TIR) .................................................................... 49

5.1.3. Relação custo-benefício (RCB) .................................................................. 49

5.1.4. Payback descontado ................................................................................... 50

5.1.5. Valor presente líquido (VPL) ..................................................................... 51

5.2. DISCUSSÕES ..................................................................................................... 52

5.2.1. Índice de Eficiência Energética .................................................................. 52

5.2.2. Índices mínimos ......................................................................................... 53

5.2.3. Unificação de padrões ................................................................................ 55

5.2.4. Instalações elétricas e civis do CT/UFRJ ................................................... 55

5.2.5. Custos de instalação e manutenção ............................................................ 56

5.2.6. Precaução contra aumento de tarifas e frente ao aumento de temperatura 56

5.2.7. Linhas de financiamento de projetos de eficiência energética ................... 57

5.2.8. Conscientização: “selo CT inverter”, cartazes e treinamentos .................. 57

5.2.9. Incentivos para blocos devido à redução de consumo ............................... 58

6. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 62

ANEXO A – PARÂMETROS E CÁLCULOS ............................................................ 69

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Consumo anual de energia elétrica na UFRJ e Valores das Contas. ............... 8

Figura 2: Consumo anual de energia elétrica no CT/UFRJ e Valores das Contas. ........ 8

Figura 3: Curva de Carga no CT/UFRJ em diferentes estações do ano. ...................... 12

Figura 4: Orçamento da UFRJ ao longo dos últimos 6 anos. Fonte: PR-3 UFRJ ........ 13

Figura 5: Esquema de funcionamento de aparelho condicionador de ar (ciclo frio).

Fonte: Philco. ............................................................................................................................ 21

Figura 6: Principais tipos de aparelhos de ar condicionado. Fonte: Philco. ................. 23

Figura 7: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto à rotação do

compressor. ............................................................................................................................... 24

Figura 8: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto ao consumo de

energia elétrica. ......................................................................................................................... 24

Figura 9: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto à velocidade

para alcançar a temperatura desejada e quanto à faixa de oscilação de temperatura. Fonte:

MARANGONI et al. (2015) ..................................................................................................... 25

Figura 10: ENCE – exemplo de etiqueta para condicionadores de ar utilizada pelo

PBE. Fonte: Electrolux. ............................................................................................................ 27

Figura 11: Selo PROCEL. Fonte: PROCEL (2018) ..................................................... 28

Figura 12: Economia anual em consumo referente ao período de 2012-2017 por ações

do PROCEL. ............................................................................................................................. 29

Figura 13: Diminuição anual do consumo de energia por condicionador de ar do tipo

janela, 7500 BTU/h. ................................................................................................................. 30

Figura 14: Linha do tempo - PBE e selo PROCEL - para condicionadores de ar do tipo

split. Fonte: EPE, 2018 ............................................................................................................. 30

Figura 15: Evolução dos índices mínimos de eficiência energética. Fonte: EPE(2018)

.................................................................................................................................................. 54

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Comparação percentual do consumo do CT/UFRJ com relação ao consumo

da UFRJ ...................................................................................................................................... 7

Tabela 2: Comparação do consumo no horário de ponta e fora de ponta no CT/UFRJ

no ano 2017 .............................................................................................................................. 10

Tabela 3: Comparação do consumo no horário fora de ponta total do CT/UFRJ no ano

2017. ......................................................................................................................................... 11

Tabela 4: Demanda média máxima ocorrida no CT/UFRJ em cada estação do ano .... 12

Tabela 5: Valores contingenciados no orçamento da UFRJ entre 2014 e 2016 ........... 14

Tabela 6: Resumo da situação orçamentária da UFRJ até agosto de 2019 .................. 14

Tabela 7: Principais tipos de aparelhos condicionadores de ar .................................... 22

Tabela 8: Comparativo entre aparelhos condicionadores de ar tipo janela e split ........ 23

Tabela 9: Dados gerais do sistema de condicionamento ambiental atual ..................... 32

Tabela 10: Consumo e demanda de ponta do sistema da Decania e CT/UFRJ ............ 37

Tabela 11: Descrição do Sistema I ............................................................................... 39

Tabela 12: Descrição do Sistema II .............................................................................. 40

Tabela 13: Descrição do Sistema III ............................................................................. 41

Tabela 14: Comparativo entre o sistema atual e os sistemas propostos I, II e III ........ 42

Tabela 15: Consumo e demanda na ponta calculados de cada sistema ........................ 43

Tabela 16: Economia em demanda na ponta e consumo em comparação ao sistema

atual .......................................................................................................................................... 44

Tabela 17: Análise econômica das propostas ............................................................... 46

Tabela 18: Tempo de retorno do investimento ............................................................. 47

Tabela 19: Alternativas de projeto ordenados quanto à economia de energia.

Elaboração própria. ................................................................................................................... 48

Tabela 20: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pela

RCB. Elaboração própria. ......................................................................................................... 49

Tabela 21: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pelo

payback descontado considerando manutenção. Elaboração própria. ...................................... 51

Tabela 22: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pelo

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xi

VPL. Elaboração própria. ......................................................................................................... 51

Tabela 23: Comparação de equipamentos com e sem tecnologia inverter ................... 52

Tabela 24: Propostas viáveis: - Análise técnica ........................................................... 60

Tabela 25: Propostas viáveis - Análise econômica ....................................................... 61

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xii

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AEE Ação de Eficiência Energética

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BTU Unidade Térmica Britânica

CCMN Centro de Ciências da Matemática e da Natureza

CED Custo Evitado de Demanda

CEE Custo da Energia Evitada

CGIEE Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética

CONPET Programa Nacional de Racionalização do Uso dos

Derivados do Petróleo e do Gás Natural

COP Coeficiente de Performance

COPPE Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e

Pesquisa de Engenharia

CT/UFRJ Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de

Janeiro

EE Energia economizada

EEFD Escola de Educação Física e Desporto

EER Razão de Eficiência Energética

EF Efeito frigorífico

ENCE Etiqueta Nacional de Conservação de Energia

ESCOs Empresas de serviço de energia

FC Fator de carga

FCP Fator de coincidência na ponta

FRC Fator de recuperação de capital

Fu Fator de utilização

GEE Gases de efeito estufa

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xiii

GLP Gás liquefeito de petróleo

HUCFF Hospital Universitário Clementino Fraga Filho

ICEE coeficiente de eficiência integrado

IMA Instituto de Macromoléculas

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados

IPPMG Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira

LOA Lei Orçamentária Anual

NIDES Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social

NR Norma regulamentadora

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Econômico

P&D Pesquisa e Desenvolvimento

PBE Programa Brasileiro de Etiquetagem

PMOC Plano de Manutenção, Operação e Controle

PNAES Plano Nacional de Assistência Estudantil

PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica

PROINFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia

Elétrica

PROPEE Procedimentos do Programa de Eficiência Energética

RCB Relação custo-benefício

RDP Redução de demanda de ponta

REUNI Programa de Reestruturação e Expansão das

Universidades Federais

SEER Seasonal energy efficiency ratio

TIR Taxa interna de retorno

TMA Taxa mínima de atratividade

TR Tonelada de Refrigeração

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

VPL Valor presente líquido

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1

1. Introdução

Energia, água e ar são elementos essenciais para a vida na sociedade. A segurança

energética e o uso conveniente de bens e serviços provenientes dos recursos naturais são

indispensáveis para o desenvolvimento socioeconômico dos países e a manutenção dos padrões

de vida da sociedade, sobretudo nas cidades as quais posteriormente à Revolução Industrial

ocorrida em meados do século XIX, aliado ao crescimento populacional, serviram-se de forma

mais significante em diversos segmentos dos energéticos carvão, petróleo e gás

(GOLDEMBERG; LUCON, 2007; HINRICHS; KLEINBACH, 2000).

O início do século XXI foi marcado por uma revolução energética devido a três fatores:

aumento do preço do barril de petróleo, devido ao volume produzido deste recurso ter se tornado

maior que as reservas descobertas desde o ano de 1981 (em 2005, a proporção se tornou de 5

barris gastos para 1 barril encontrado); a necessidade de redução do uso de fontes fósseis de

energia, pois estas contribuem para as mudanças climáticas causadas no planeta devido ao

aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a tensão geopolítica que envolve o

petróleo, sobretudo no Oriente médio (SACHS, 2007). Outras questões, envolvendo o uso da

energia, sejam de cunho ambiental, social, tecnológico, econômico ou político, têm se agravado,

conforme os casos citados a seguir.

No setor ambiental, é possível relacionar: a poluição urbana do ar, causada pelo uso de

combustíveis fósseis no transporte a nível local (GOLDEMBERG; VILLANUEVA, 2008); a

depleção de recursos, como é o caso do petróleo, cuja produção mundial chegará ao ápice e

logo após haverá decaimento (GELLER, 2003); o efeito estufa, responsável pelo aumento da

temperatura a nível global, causado pela queima de combustíveis fósseis (GOLDEMBERG;

VILLANUEVA, 2008) e a maior ocorrência de fenômenos de ondas de calor em países do

hemisfério norte ao longo dos últimos anos, trazendo consequências, como altas temperaturas

no verão dos Estados Unidos, com variação entre 35 ºC a 38 ºC em 2016; morte de cerca de

2.300 pessoas na Índia em 2015; 10 mil na Rússia em 2010 e 70 mil no continente europeu em

2003, a partir de disfunções causadas pelo calor de forma direta ou indireta (LOPES;

FIORAVANTI, 2017; ROBINE et al., 2008).

Quanto ao social, podemos citar alguns fatos ocorridos no Brasil: o racionamento de

energia no ano de 2001, que diminuiu em cerca de 17% o consumo nacional de energia elétrica,

a partir da conscientização da população (SCHAEFFER et al., 2003); o aumento do desconforto

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2

térmico, sobretudo no verão brasileiro (ALVES, 2008) e o grau diferente de desenvolvimento

e de bem-estar de cada uma das 5 grandes regiões brasileiras, que é proporcional ao seu

consumo per capita de energia elétrica (RIBEIRO, 2005). A nível mundial, nos países em

desenvolvimento que apresentam, em geral, baixo consumo per capita, há correlação entre este

índice com diversos aspectos da sociedade, como baixa expectativa de vida, altas taxas de

mortalidade infantil e elevadas taxas de fertilidade (GOLDEMBERG, 1998).

No âmbito tecnológico tem-se: a necessidade de evolução da tecnologia voltada à

eficiência energética de aparelhos, como refrigeradores, ar-condicionado, motores e lâmpadas

produzidos e comercializados (GOLDEMBERG; LUCON, 2007); a necessidade de maior

penetração de fontes mais eficientes energeticamente na obtenção de energia útil, como é o caso

do gás liquefeito de petróleo (GLP) em relação a lenha (SCHAEFFER et al., 2003) e os

investimentos feitos pelas empresas concessionárias e permissionárias, que, a partir da lei

9.991/2000, foram obrigadas a separar pelo menos 0,25% de sua receita operacional líquida

para aplicação em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em usos finais (JANNUZZI, 2002).

No setor econômico temos relacionados à energia: o desenvolvimento econômico que

se reflete no aumento por demanda de energia primária (TOLMASQUIM; GUERREIRO;

GORINI, 2007); a formação dos mercados de carbono, com diferentes técnicas de precificação

para o intercâmbio de emissões de carbono e seus compostos, conforme Vital (2018) e a

formação do preço da energia, que foi alto no mercado brasileiro no ano de 2014, impactando

em custos altos para os consumidores (CASTRO et al., 2014).

Por fim, no lado das políticas temos como exemplos voltados à conservação de energia

no Brasil e promoção de fontes alternativas: a Lei 9.991 (2000), voltada à eficiência no uso

final de energia; o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL),

responsabilidade da Eletrobras (PROCEL, 2018) e o Programa de Incentivo às Fontes

Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), definida pelo governo federal (TOLMASQUIM;

GUERREIRO; GORINI, 2007).

A ação humana perante as diversas problemáticas citadas pode agravá-las ou mitigá-las.

Agravamentos de aspectos ambientais ocorrem de forma global quando há uso individual de

veículos automotores a combustão interna sobrepondo-se aos coletivos, por exemplo,

influenciando tanto na poluição urbana local quanto na emissão de GEE, cujo uso de fontes de

energia a partir de combustíveis fósseis é um forte agravante.

No campo social e político há o agravante do uso irracional da energia, cujo desperdício

é notório em ambientes através de medidas simples como não desligar a luz ou o ar-

condicionado ao sair de um cômodo, podendo ser mitigado a partir da conscientização e

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3

aderência à conservação de energia pela sociedade em união com políticas que a incentivem,

diminuindo para o governo gastos em subsídios cuja finalidade seria produção de energia.

No âmbito técnico-econômico, pode-se optar tanto por um aparelho com custo inicial

baixo, porém menos eficiente energeticamente, quanto por um equipamento com custo inicial

mais elevado, todavia mais eficiente. Neste cenário, Goldemberg e Lucon (2007) dizem: “A

eficiência energética é, sem dúvida, a maneira mais efetiva de, ao mesmo tempo, reduzir os

custos e os impactos ambientais locais e globais”. O mesmo autor salienta que as medidas de

eficiência energética e uso racional da energia após 1970 resultaram em 49% de economia no

consumo de energia em relação ao que seria sem tais medidas nos países da Organização para

a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) até 2005. Tolmasquim (2012) apresenta

o aumento da eficiência energética dentre as mais importantes medidas necessárias para a

sustentabilidade socioambiental com intuito da diminuição da emissão de GEE. Programas e

projetos de eficiência energética apresentam economias significativas. O PROCEL, por

exemplo, alcançou em 2017 os seguintes resultados: redução do consumo em 21,2 bilhões de

kWh, o que equivale ao consumo de 11,25 milhões de residências em um ano; redução de 6,8

milhões de kW na demanda de ponta; emissão evitada de quase 2 milhões de tCO2, que

corresponde, anualmente, ao uso de 675 mil veículos; venda de mais de 35 milhões de

equipamentos contemplados com selo PROCEL e benefícios diversos para mais de 900 mil

alunos a partir de programas do PROCEL EDUCAÇÃO. Em suma, investimento total no

programa no valor de R$ 15,74 milhões no ano de 2017 e custo anual evitado de

aproximadamente R$ 3,793 bilhões de reais, ou seja, 241 vezes o valor total investido,

ressaltando a importância econômica de ações de eficiência energética. O PROCEL, de 1986 a

2017, alcançou um total de 128 bilhões de kWh economizados no consumo (PROCEL, 2018).

A eficiência energética aplicada aos usos finais possui grande potencial de conservação

de energia ainda não explorado totalmente, de forma que benefícios da eficiência como

diminuição de diversos custos econômicos, redução de efeitos no meio ambiente em níveis

locais e global e menor necessidade de assistências por parte do governo para produzir energia,

não alcançaram ainda níveis ótimos (GOLDEMBERG; LUCON, 2007). Dentre os usos finais

a nível mundial, de 1990 até 2016, a energia utilizada por aparelhos de ar condicionado ou

ventiladores elétricos para o processo de climatização ambiental visando conforto térmico em

edifícios mais que triplicou, tornando-se a principal responsável pelo crescimento da demanda

global por energia, destacando-se por ser o maior aumento em comparação aos outros usos

finais (IEA, 2018).

Em 2017, no Brasil, o setor de edificações foi responsável por 51% dos 526 TWh de

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consumo final de eletricidade, divididos em setor residencial (26%), setor comercial (17%) e

poder público (8%) (EPE, 2018). Nesta classe de consumo, intitulada poder público, estão as

atividades dos poderes na esfera municipal, estadual e federal (ANEEL, 2005). Os consumos

complementares foram do setor agropecuário, energético e industrial, responsáveis por 5%, 6%

e 38% do consumo total, respectivamente (EPE, 2018). O consumo energético por climatização

no setor público cresceu em virtude da influência das condições ambientais do Brasil que sofre

aumentos locais de temperatura no contexto de mudanças climáticas em escala global e,

também, devido à norma regulamentadora NR-17 (1990), que trata sobre ergonomia e que, por

exigir condicionamento ambiental para locais de trabalho com atividades que requerem esforço

intelectual e atenção constantes, teve como consequência o aumento da venda de aparelhos de

ar condicionado para este segmento (EPE, 2018).

O Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CT/UFRJ), possui

diversos aparelhos de ar condicionado antigos, do tipo janela, e outros mais novos do tipo split,

instalados ao longo dos diversos compartimentos de seus blocos. Em dois locais pertencentes a

este prédio, a administração do CT (Decania) e a biblioteca do CT/UFRJ, foi constatado

potencial de conservação de energia, ou seja, identificação de oportunidades para possíveis

aplicações de medidas de eficiência energética, devido ao uso de aparelhos condicionadores de

ar de modelo antigo e outros de modelo novo, porém pouco eficientes. Aliado a isto, as contas

de energia elétrica da UFRJ são altas devido a diversos fatores: alto consumo pelo uso de

diversos aparelhos no horário fora de ponta; consumo elevado ao longo do dia, devido a

aparelhos de ar condicionado, sobretudo na época de verão; consumo no horário de ponta, cuja

tarifa cobrada é maior que em horário fora de ponta; pouca conscientização das pessoas sobre

o uso racional da energia; elevadas tarifas cobradas pela concessionária; incompatibilidade

entre demanda contratada e demanda registrada em algumas unidades da UFRJ e excedente de

energia reativa que é devidamente tarifada pela concessionária. Com a tendência de aumento

de temperaturas, o uso de ar-condicionado nos horários fora de ponta ou na ponta pode crescer

juntamente ao valor das contas de energia. As tarifas cobradas também sofreram revisões no

ano de 2014 para 2015. Esta revisão impactou em aumento de mais de 70% na conta de energia

da UFRJ, sem mudança de carga. Para a UFRJ, isto significou 15,2 milhões a mais em gasto

anual somente para pagamento de energia elétrica, acarretando problemas financeiros.

Associado a este fato, que ficou conhecido como “tarifaço”, 2014 e 2015 foram anos de cortes

no orçamento da Universidade, agravando a conjuntura do problema. Portanto, medidas para

economia de energia por ar-condicionado são importantes a fim de mitigar o consumo, reduzir

o valor das contas de energia e precaver a UFRJ contra possíveis aumentos de tarifas.

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Existem várias alternativas de solução para economia de energia em situações como a

do prédio da decania e biblioteca do CT/UFRJ, que devem ser analisadas. Solução ideal seria

utilizar apenas a climatização natural, porém, diante das altas temperaturas no verão, que

requerem climatização artificial, esta tentativa mostra-se como pouco atrativa, com pouca

esperança de êxito e desestimulante.

Outra solução seria a melhoria da gestão do uso dos espaços, reduzindo o fluxo de

pessoas nos ambientes climatizados, pois o corpo humano é fonte de calor e o alto número de

pessoas no ambiente contribui para esquentá-lo, o que se torna complicado, pois a decania e

biblioteca são ambientes que devem idealmente estimular a inclusão e a presença das pessoas

em suas atividades.

A reforma da arquitetura do local, com uso de paredes, teto e piso feitos com material

que possibilitem o controle das transferências de cargas térmicas, requereria muito tempo em

interdições de espaços e gastos de recursos, já tão raros, para realização de obras, além de

transtornos aos locais envolvidos.

A conscientização das pessoas sobre o uso racional e eficiente de ar-condicionado

através de cartazes informativos, eventos, regulação de temperatura para zona de conforto,

manter janelas e portas fechadas sempre que possível, entre outras medidas, exige

gerenciamento muito rígido, que ao longo do tempo cai no esquecimento e na falta de controle,

precisando ser reiniciado periodicamente.

Outra medida pode ser a substituição de aparelhos que são fontes de calor, como

lâmpadas antigas, que aumentam a temperatura do ambiente em cerca de 5 ºC, por tecnologia

LED. Esta, que já vem sendo empregada, ainda produz pouco resultado, quando feito só com a

iluminação.

O uso racional dos aparelhos de ar condicionado, a permanente realização de

manutenções e a substituição de aparelhos antigos são as medidas que mostram, conforme

análise do potencial energético do CT/UFRJ (EBF, 2015), contribuir de forma mais

significativa para a redução dos custos com energia elétrica, todavia, mostra-se necessário

adquirir equipamentos com tecnologia mais avançada quanto à eficiência a fim de ampliar a

economia de energia de forma ainda mais relevante a médio e longo prazo, impactando de forma

direta na diminuição das contas de energia elétrica, sendo este o foco de análise do presente

trabalho.

1.1. Objetivo

Desenvolver uma proposta de solução energética para os sistemas de climatização para

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os prédios da biblioteca e do setor administrativo da Decania do CT/UFRJ. A solução proposta

será avaliada técnica e economicamente.

1.2. Metodologia

Levantamento dos valores das contas de energia elétrica do CT dos últimos anos;

Levantamento de quantidade, capacidade, e diferentes tipos de condicionadores de ar na

decania e biblioteca do CT;

Análise técnica através de comparação do sistema atual com os propostos, a partir de

metodologia para cálculo de economia no consumo apresentada pela Agência Nacional de

Energia Elétrica (ANEEL);

Análise econômico-financeira das possíveis trocas, tomando como base parâmetros

econômicos.

1.3. Relevância

Este trabalho se mostra relevante, pois traz:

Possibilidade de diminuição da conta de energia do CT/UFRJ, caso o projeto seja viável

e implementado.

Possibilidade de expansão do projeto para outras partes do prédio do CT/UFRJ, como

blocos.

Discussão acerca da crescente demanda de energia por climatização ambiental e seus

diversos efeitos de cunho técnico, econômico, ambiental, social e político.

1.4. Estrutura

O projeto está dividido em 6 capítulos: introdução; problemáticas relacionadas ao uso

da energia no CT/UFRJ; eficiência energética; desenvolvimento do projeto; resultados e

discussões; conclusões.

O primeiro capítulo introduz o tema amplo da eficiência energética.

O segundo capítulo é composto pela problemática atual da energia e eficiência

energética vista no segmento do prédio do CT/UFRJ.

O terceiro capítulo apresenta fundamentações teóricas sobre eficiência energética

No quarto capítulo é apresentado o projeto de eficiência energética.

No quinto capítulo são apresentados os resultados e discussões relevantes observados.

No sexto capítulo são tiradas as conclusões.

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2. Problemáticas relacionadas ao uso

da energia no CT/UFRJ

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é constituída por: Prefeitura da UFRJ,

Escritório Técnico da Universidade, Fórum de Ciência e Cultura e seis (6) Centros

Universitários, formado por unidades e órgãos suplementares com finalidade de pesquisa,

ensino e extensão. Um destes seis é o Centro de Tecnologia da UFRJ (CT/UFRJ). O CT/UFRJ

foi criado em 1970 e é composto atualmente pelas unidades da Escola Politécnica e Escola de

Química, além de três órgãos suplementares: o Instituto de Macromoléculas (IMA), o Instituto

Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), responsável pela

coordenação da pós-graduação e o Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social

(NIDES), conforme dados da Decania do CT.

Uma parcela média de 23,9 % da conta da UFRJ é referida aos gastos energéticos do

CT/UFRJ, conforme se pode observar na Tabela 1, a qual retrata o percentual ao longo dos

últimos anos do consumo de energia e dos valores faturados do CT em comparação a toda

UFRJ. Economizar energia no CT/UFRJ significa mitigar consideravelmente consumo e gastos

financeiros com energia elétrica.

Tabela 1: Comparação percentual do consumo do CT/UFRJ com relação ao consumo da UFRJ

Ano 2014 2015 2016 2017 2018 Média do

período

Consumo CT/UFRJ /

Consumo UFRJ 26,3% 25,8% 22,5% 22,8% 22,2% 23,9%

Valor faturado CT/UFRJ /

Valor faturado UFRJ 26,6% 31,0% 23,5% 21,9% 21,5% 24,9%

2.1. Problemática das contas de energia elétrica

Segundo dados da Prefeitura da UFRJ acerca das contas de energia elétrica, a UFRJ

consumiu desde janeiro de 2014 até dezembro de 2018 cerca de 340 GWh, totalizando gastos

para pagamentos da conta de energia elétrica no valor de cerca de R$ 173 milhões. O gráfico

da Figura 1 ilustra o consumo anual ao longo do período 2014-2018 das unidades pertencentes

a UFRJ e seus valores respectivos de contas de energia elétrica:

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Figura 1: Consumo anual de energia elétrica na UFRJ e Valores das Contas.

Elaboração própria a partir de Dados da Prefeitura da UFRJ.

O gráfico da Figura 2 ilustra o consumo anual ao longo do período 2014-2018 do

CT/UFRJ e os valores respectivos das contas de energia elétrica. Neste tempo, foi consumido

um total de cerca de 81 GWh totalizando gastos em energia elétrica no valor de R$ 42 milhões.

Figura 2: Consumo anual de energia elétrica no CT/UFRJ e Valores das Contas.

Elaboração própria a partir de Dados da Prefeitura da UFRJ.

As contas de energia da UFRJ e do prédio do CT são altas, ao passo que a eficiência e

consciência quanto ao uso da energia da Universidade são baixas (OLIVEIRA; BRUNONI,

2007). Observa-se pelo gráfico da Figura 2 que, de 2014 para 2015, o CT manteve o padrão de

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5

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15

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2014 2015 2016 2017 2018

EM M

ILH

ÕES

DE

R$

CO

NSU

MO

EM

GW

H

ANO

Consumo de energia elétrica na UFRJ e Valores das contas

Consumo de energia elétrica em GWh Valor da Conta em R$

0,00

2,00

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8,00

10,00

12,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

2014 2015 2016 2017 2018

EM M

ILH

ÕES

DE

R$

CO

NSU

MO

EM

GW

H

ANO

Consumo de energia elétrica no CT UFRJ e Valores das contas

Consumo de energia elétrica em GWh Valor da Conta em R$

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consumo em um patamar praticamente constante, enquanto o valor da conta de energia subiu

cerca de 102 %, saltando de R$ 5,5 milhões em 2014 para R$ 11,1 milhões em 2015, aumento

correspondente a R$ 5,6 milhões. No ano de 2015, a revisão tarifária, mecanismo de decisão

do valor da energia cobrada ao consumidor feita pela ANEEL, feita fora do tempo periódico de

ocorrência (de quatro em quatro anos) junto a 58 concessionárias de distribuição, produziu

efeito médio de aumento de 23,4 % na conta de energia elétrica repassada aos consumidores

em geral. No CT/UFRJ, o impacto foi ainda maior conforme visto anteriormente. Neste mesmo

ano entrou em vigor o sistema de bandeiras tarifárias, com custos de geração altos ao longo de

todo o ano, representados pela bandeira vermelha e cujo efeito foi recebido pelo consumidor

(ANEEL, 2015; ANEEL, 2017).

O potencial de conservação de energia em edifícios é da ordem de 20% a 40%,

considerando iluminação, condicionamento de ar e envoltória para isolamento térmico (MME,

2016; PROCEL, 2008). Watanabe (2017), relata que “um dos grandes vilões” para o consumo

é o aparelho de ar condicionado. Bezerra (2008) estimou que aproximadamente 1,5 GWh/ano

do consumo e cerca de 40% da demanda poderiam ser diminuídos no CT/UFRJ a partir de

medidas de eficiência energética para sistemas de climatização.

No horário de ponta, das 17h30min e 20h30min no Rio de Janeiro, a tarifa de energia

cobrada pela concessionária é por volta de 40% mais elevada que no horário fora de ponta.

Estudos de Carvalho (2012) mostraram que o consumo no horário de ponta representava em

2011 cerca de 9,2% do consumo total no CT, todavia esta parcela era responsável por 43,5 %

do total da fatura, demonstrando necessidade de gerenciamento do consumo. Embora em 2017

a parcela do consumo permanecesse quase inalterada (9,3 %), o impacto sobre o valor total da

fatura diminuiu para 20,4 %.

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Tabela 2: Comparação do consumo no horário de ponta e fora de ponta no CT/UFRJ no ano 2017

Elaboração própria a partir de Dados da Prefeitura da UFRJ e Carvalho (2012).

Ano

2017

Consumo na Ponta

(kWh)

Consumo

Fora de

ponta

(kWh)

Consumo

Percentual

Ponta /

Consumo Fora

de Ponta

Consumo

Faturado

na Ponta

(R$)

Consumo

Faturado

Total (R$)

Consumo

Percentual

Ponta /

Consumo

Total

Jan 97.919 1.168.560 8,4% 106.052,63 567.291,86 18,7%

Fev 106.879 1.363.392 7,8% 115.695,60 609.672,65 19,0%

Mar 128.898 1.400.544 9,2% 145.588,23 725.135,97 20,1%

Abr 133.557 1.354.320 9,9% 165.096,57 750.554,66 22,0%

Mai 114.426 1.205.280 9,5% 142.586,99 700.884,37 20,3%

Jun 105.628 1.021.032 10,3% 132.580,18 593.792,07 22,3%

Jul 92.314 899.856 10,3% 115.696,57 541.503,70 21,4%

Ago 107.091 1.054.728 10,2% 134.159,57 617.593,08 21,7%

Set 108.190 1.024.056 10,6% 134.877,20 612.404,85 22,0%

Out 116.793 1.270.728 9,2% 144.795,92 695.491,96 20,8%

Nov 91.493 1.073.520 8,5% 118.283,78 624.624,27 18,9%

Dez 91.515 1.110.024 8,2% 117.396,15 693.792,51 16,9%

O consumo elevado no horário fora de ponta levantado no ano de 2017 representa em

média 91,5 % do consumo total e a influência desta parcela na fatura gira em torno de 62,6 %.

O alto consumo sobrevém da potência do prédio do CT para pesquisas, ensino e extensão,

sobretudo pelo grande número de laboratórios presentes na instituição (MONTEIRO, 2015).

Concomitante a esta carga, há o maior uso de ar-condicionado, sobretudo no período da tarde

nos meses de verão.

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Tabela 3: Comparação do consumo no horário fora de ponta total do CT/UFRJ no ano 2017.

Elaboração própria a partir de Dados da Prefeitura da UFRJ.

Ano

2017

Consumo

Total

(GWh)

Consumo

Fora de

Ponta

(GWh)

Percentual

Fora de

Ponta / Total

Consumo

Faturado fora

da Ponta (R$)

Consumo

Faturado

Total (R$)

Percentual

Fora de Ponta

/ Fatura Total

Jan 1.266.479 1.168.560 92,3% 381.211,44 567.291,86 67,2%

Fev 1.470.271 1.363.392 92,7% 444.534,76 609.672,65 72,9%

Mar 1.529.442 1.400.544 91,6% 465.417,45 725.135,97 64,2%

Abr 1.487.877 1.354.320 91,0% 441.848,57 750.554,66 58,9%

Mai 1.319.706 1.205.280 91,3% 408.608,68 700.884,37 58,3%

Jun 1.126.660 1.021.032 90,6% 354.405,42 593.792,07 59,7%

Jul 992.170 899.856 90,7% 311.879,90 541.503,70 57,6%

Ago 1.161.819 1.054.728 90,8% 365.401,49 617.593,08 59,2%

Set 1.132.246 1.024.056 90,4% 353.050,30 612.404,85 57,6%

Out 1.387.521 1.270.728 91,6% 464.773,88 695.491,96 66,8%

Nov 1.165.013 1.073.520 92,1% 421.890,41 624.624,27 67,5%

Dez 1.201.539 1.110.024 92,4% 423.330,87 693.792,51 61,0%

O perfil da carga no CT também influencia na conta de energia elétrica. O uso de

aparelho de ar condicionado, diante das altas temperaturas registradas no Rio de Janeiro e na

Ilha do Fundão, contribuiu para a ponta da demanda ocorrer na parte da tarde, em todas as

estações do ano, com maior valor médio registrado na estação do verão.

O gráfico da Figura 3 apresenta os dados horários de demanda registradas no ano de

2014, na qual, após medição diária, foi tomada a média horária dos dias referentes ao período

da primavera (21 de setembro a 20 de dezembro), verão (21 de dezembro a 20 de março), outono

(21 de março a 20 de junho) e inverno (21 junho a 20 de setembro).

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Figura 3: Curva de Carga no CT/UFRJ em diferentes estações do ano.

Elaboração própria a partir de Dados do Escritório de Planejamento - Centro de Tecnologia.

Os valores máximos de demanda registrados estão entre 14 h e 16 h, período da tarde,

no qual a carga de ar-condicionado é a mais pesada para climatização dos ambientes, diante das

altas temperaturas na Cidade do Rio de Janeiro e medidas na Ilha do Fundão, local onde fica o

CT/UFRJ (DRACH et al., 2016). A Tabela 4 nos traz, para cada estação, a faixa de horário e a

média da demanda máxima observada:

Tabela 4: Demanda média máxima ocorrida no CT/UFRJ em cada estação do ano

Elaboração própria a partir de Dados do Escritório de Planejamento - Centro de Tecnologia

Estação do ano Primavera Verão Outono Inverno

Demanda média máxima (kW) 3629,38 3820,84 3626,37 3262,95

Horário de ocorrência 15:00 14:00 15:00 16:00

2.2. Problemática da crise financeira e política da UFRJ

O Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI)

auxiliou a ampliação de novas instituições universitárias federais. Do ano de 2002 a 2015, o

número de universidades saltou de 45 para 63, enquanto o número de Campi mais que duplicou,

de 148 para 321. Entre 2007 e 2012, último ano de validade do REUNI, verbas destinadas a

custeio, pessoal e capital apresentaram crescimento. Todavia, exponencialmente cresceram os

0

500

1000

1500

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Dem

and

a R

egis

trad

a (k

W)

Horário

Curva de Carga do CT UFRJ - Estações do Ano

Primavera Verão Outono Inverno

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contratos junto a serviços prestados por empresas terceirizadas, tornando coadjuvante os

problemas de infraestrutura a depreciação de prédios mais antigos, como a UFRJ (UFRJ, 2017).

A política adotada, a partir do fim do período de validade do REUNI, apresentou falhas,

sobretudo quanto à falta de planejamento dos valores de custeio (manutenção de serviços gerais

como alimentação, limpeza, energia elétrica, entre outros) e investimento (compra de

equipamentos e realização de obras de infraestrutura) (UFRJ, 2017). Contribuiu também para

as falhas a falta de planejamento dos recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil

(PNAES), o qual auxilia a permanência de jovens estudantes de baixa renda graduandos em

instituições federais, conforme Decreto nº 7.234 (2010).

A Lei Orçamentária Anual (LOA) contém as especificações de despesa e receita

pública, ou seja, os créditos aprovados para o orçamento da UFRJ (SEFAZ, 2017). Pelo menos

desde 2014, os valores efetivamente liberados pelo Governo Federal para despesas de custeio

e investimento são inferiores aos créditos aprovados para o orçamento, conforme a Figura 4

(PR-3 UFRJ, 2019):

Figura 4: Orçamento da UFRJ ao longo dos últimos 6 anos. Fonte: PR-3 UFRJ

Os valores nominais têm por base o valor do dinheiro na época, enquanto os corrigidos

levam em consideração o valor corrente do ano avaliado com os respectivos índices de correção

em vigência. Desde 2016 os valores anuais, tanto do orçamento aprovado pela LOA, quanto

efetivamente liberados, têm sofrido decréscimo. Em valores corrigidos, a diferença entre os

orçamentos de 2014 e 2019 é de 221 milhões, uma queda de 38%.

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Para piorar a situação, além dos cortes, há outro problema: o contingenciamento de

verbas do orçamento da instituição, fato frequente ao longo dos últimos anos. Ao final do ano

de 2017 os valores contingenciados em reais correntes (para aquele ano) foram os seguintes:

Tabela 5: Valores contingenciados no orçamento da UFRJ entre 2014 e 2016

Elaboração própria a partir de dados do PR-3 UFRJ

Ano 2014 2015 2016

Valores contingenciados (em milhões) 70,3 46,6 41,0

Contingenciado do orçamento em % 16,1% 10,0% 8,2%

Conforme nota da UFRJ datada de 3 de maio de 2019

(https://ufrj.br/noticia/2019/05/13/nota-sobre-bloqueio-de-orcamento-da-ufrj) a UFRJ tem

passado por uma grave crise financeira, acumulando déficit de cerca de R$ 170 milhões.

Segundo outra nota veiculada no site da UFRJ (https://ufrj.br/noticia/2019/08/06/nota-sobre-

situacao-orcamentaria-da-ufrj) houve congelamento de 44% das verbas destinadas a custeio e

86% destinados a investimento até o início de agosto.

Tabela 6: Resumo da situação orçamentária da UFRJ até agosto de 2019

Fonte: PR-3 UFRJ (Valores arredondados)

Valores previstos na

LOA 2019 (em

milhões de R$)

Valores

contingenciados

(em milhões de R$)

%

Contingenciado

Valores disponíveis

(em milhões de R$)

Custeio 331,6 145,8 44% 185,9

Investimento 9,1 7,9 86% 1,3

Segundo notícia veiculada no Jornal “O Dia” (29/11/2016) (https://odia.ig.com.br/rio-

de-janeiro/2016-11-29/ufrj-tem-fornecimento-de-energia-cortado-apos-nao-pagar-

contas.html), no ano de 2016, a UFRJ devia cerca de 15 milhões a concessionária local,

referentes ao não pagamento das contas de junho a novembro, e teve a energia cortada na

Reitoria e em prédios administrativos pela manhã do dia 29 de novembro.

2.3. Alternativas para mitigação da problemática

Para redução do consumo e equilibrá-la à geração é necessária conscientização dos

usuários de energia elétrica (WATANEBE, 2017). Considerando-se a parcela financeira

destinada anualmente para pagamentos de energia elétrica, há necessidade de melhorias quanto

ao uso racional da energia, sobretudo evitando desperdício e diminuindo o consumo,

acarretando por consequência a diminuição da fatura cobrada em energia elétrica. Neste

contexto, a UFRJ e o CT/UFRJ, desde 2006, transformaram algumas ideias em projetos,

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colocando-as em prática.

Conforme notícia veiculada no site da UFRJ (05/12/2006),

(https://ufrj.br/noticia/2015/10/22/redu-o-em-10-dos-gastos-com-energia-na-ufrj) a

concessionária local, em 2006, investiu R$ 3 milhões em projetos de refrigeração do Centro de

Ciências da Matemática e da Natureza (CCMN) e do Hospital Universitário Clementino Fraga

Filho (HUCFF) e refrigeração e iluminação da Escola de Educação Física e Desporto (EEFD)

e do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), com verbas provenientes

de programas voltados à eficiência energética, a qual obriga distribuidoras de energia elétrica a

destinarem uma parcela da receita operacional líquida para projetos com esta finalidade,

programa em vigor desde 2005.

Um plano de contingência (https://www.ct.ufrj.br/comunicacao/links/plano-de-

contingencia/view) estabelecido no CT/UFRJ em novembro de 2014, com apoio do “Programas

Ambientais do CT” e “CT Eficiente”, teve por objetivo monitorar o consumo total de energia

elétrica ao longo dos dias e limitá-lo a certos patamares, através da emissão de alertas às

unidades em caso de ultrapassagem, com atenção ao horário das 11 h às 14 h, chegando até ao

corte de carga pela decania do CT, caso preciso, a fim de evitar “apagões” no prédio todo.

Outras medidas para economia de energia deste plano de contingência foram: ajuste do

termostato de ar-condicionado em 25 ºC ou acima e desligamento dos mesmos em salas vazias;

dar preferência à iluminação natural; evitar uso de cafeteiras e micro-ondas entre 11 h e 14 h, e

em caso de uso destes aparelhos, desligar algum outro como o ar-condicionado; evitar uso de

bombas, fornos, centrífugas, prensas, estufas, motores e incubadora entre 11 h e 14 h.

Em 2015, ações de conscientização acerca do uso racional da energia com a finalidade

de diminuir o consumo e isto impactar diretamente a conta de energia elétrica se mostraram

necessárias. A UFRJ lançou, então, a campanha “Essa conta é de todos”, incentivando uma

série de medidas para conscientização sobre consumo e atenuação de gastos, com meta de

diminuir em 20% as despesas da UFRJ quanto às contas de energia elétrica, além de medidas

voltadas à modernização de subestações e uso de energia solar.

Medidas da campanha feita através de cartazes contemplavam: desligar da tomada

equipamentos em stand by, ativação do modo econômico do computador e economia de energia

entre 17h30min e 20h30min, horário de ponta definido pela Light no Rio de Janeiro, cuja

tarifação é mais alta; ajuste para 25 ºC do ar-condicionado no inverno (ou desligamento do

mesmo e opção pela abertura de janelas); desligamento do ar-condicionado e de lâmpadas em

ambientes vazios.

O Fundo Verde contribuiu para a compensação da conta de energia através de projetos

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de geração fotovoltaica voltados à UFRJ. Dentre os 5 projetos previstos, 4 ainda estão em

andamento, e 1 foi finalizado: o estacionamento solar no anexo ao CT/UFRJ, em funcionamento

desde 18 de agosto de 2015, que além de possibilitar sombra aos veículos, é um sistema de

geração descentralizada conectado à rede capaz de produzir cerca de 138 MWh/ano e gerar

créditos de energia para abatimento na conta (FUNDO VERDE UFRJ, 2016).

Outro projeto, concluído em 2018 pelo Fundo Verde e apresentado no site do mesmo

(http://www.fundoverde.ufrj.br/index.php/pt/projetos/projetos-fundo-

verde/energia/levantamento-e-registro-do-sistema-eletrico-do-ct-ufrj) contribuiu indiretamente

para solucionar os problemas da conta de energia através do levantamento das subestações do

CT e seus circuitos elétricos, atualizações de plantas elétricas e diagramas unifilares, cujo

objetivo foi facilitar a manutenção ou modernização dos mesmos, além de possibilitar futuros

trabalhos acerca de eficiência energética e levantamento da carga instalada no prédio.

O Fundo Verde junto ao Escritório de Planejamento do CT/UFRJ também aplicou o

projeto de substituição de lâmpadas por LED nas áreas comuns, no valor de 370 mil reais e

trazendo 59% de economia da potência instalada e dos gastos com iluminação destas áreas.

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3. Eficiência energética

3.1. Definição

Eficiência energética é definida como o “desempenho de conversão de um sistema

energético”, ou seja, traduz qual quantidade de energia a partir da geração é usada de fato no

consumo, levando em conta as perdas que, quanto menores, mais tornam o sistema energético

eficiente (MME, 2016, p.412).

A resolução normativa no 414 da ANEEL (2010) define de forma mais específica o

conceito de eficiência energética, voltada para a energia elétrica, como sendo:

“Procedimento que tem por finalidade reduzir o consumo de energia elétrica

necessário à realização de um determinado trabalho, excetuado o uso de energia

proveniente de matéria-prima não utilizada, em escala industrial, na matriz

energética.”

As principais razões pelas quais um país é estimulado a instituir programas de eficiência

energética são de cunho econômico e energético, ou seja, respectivamente, a redução de custos

e a segurança quanto ao fornecimento de energia (MENKES, 2004).

3.2. Importância da eficiência energética

Alcançar o objetivo de economia energética requer o conjunto de duas condições:

mudanças nos hábitos de uso da energia, a fim de reduzir o consumo sem privar a qualidade de

vida e avanço de serviços, técnicas e produtos quanto à eficiência energética, como meio de

gestão da sustentabilidade (MME, 2011). Desta forma, a eficiência energética se apresenta

como a maneira mais efetiva para reduzir custos e impactos ambientais globais e locais

(GOLDEMBERG; LUCON, 2007). A promoção da eficiência para a pessoa que usa o insumo

energia é tão significativa quanto o aumento da eficiência em aparelhos que dela usufruem ou

a transformam (MME, 2011).

3.3. Eficiência energética no CT/UFRJ

Existem diversas formas de aplicação dos conceitos de eficiência energética para

aproveitamento de potenciais de economia energética, tais como: fomentar medidas de

eficiência energética em prédios públicos; estimular mudança cultural da população por meio

de conscientização de novos hábitos de consumo e uso racional de energia, de recursos do

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planeta e proteção ao meio ambiente; promoção do uso de tecnologias, práticas e técnicas com

alto rendimento de energia (MME, 2011). Nesse contexto, o CT/UFRJ possui potencial para

economia por meio de 8 medidas avaliadas com objetivo de redução do consumo de energia e

de emissão de CO2: gerenciamento da demanda de pico; redução de carga básica durante a noite

e finais de semana; desligamento de sistemas de iluminação durante o dia; desligamento de

sistemas de ar-condicionado em salas de aula vazias; redução do número de transformadores

conectados à rede; compensação de potência reativa; substituição de lâmpadas antigas por LED;

manutenção ou substituição de sistemas antigos de refrigeração (EBF, 2015).

Dentre tais medidas, algumas começaram a ser projetadas, enquanto outras foram

implementadas na medida do possível, ou seja: os potenciais energéticos têm sido aproveitados.

Como exemplo, o Fundo Verde financiou o Escritório de Planejamento do CT/UFRJ que fez o

estudo, elaborou o projeto e implementou a troca de lâmpadas LED nas áreas comuns do CT,

aproveitando um dos potenciais de economia avaliados. Porém, a medida que possui o maior

potencial a ser explorado é a voltada aos sistemas de refrigeração, com possíveis 900.000

kWh/ano de redução de energia e R$ 396.000,00/ano de redução em custos (EBF, 2015 com

dados fornecidos pelo Escritório de Planejamento do CT/UFRJ).

Ciente de que o ar-condicionado é o equipamento mais utilizado para climatização

artificial, a fim de se obter eficiência energética aliado à diminuição no consumo em prédios

públicos do CT, considerando instalações de pequeno porte, os aspectos deste projeto que se

mostram como primordiais para realizar uma boa medida de eficiência energética são: usar

aparelhos de ar condicionado mais eficientes, com selo PROCEL classe A e com tecnologia

inverter (ar-condicionado com inversores) (MME, 2015; WATANABE, 2017).

3.4. Influência das regulamentações e processos técnicos

As regulamentações e processos técnicos que influenciam a instalação de aparelhos de

ar condicionado são abordadas a seguir.

A norma regulamentadora NR-17 – Ergonomia do Ministério do Trabalho, estabelece

as condições ambientais adequadas ao perfil psicofisiológico do trabalhador e do tipo de

trabalho a ser realizado. Para os casos de requisito intelectual e concentração, como laboratórios

e escritórios, a norma prevê para a temperatura efetiva de condições de conforto valores entre

20º C e 23º C. Conforme ASHRAE (2005) apud Lamberts, Dutra e Pereira (2013) “conforto

térmico é um estado de espírito que reflete a satisfação com o ambiente térmico que envolve a

pessoa”.

Em 2003 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) elaborou a sua

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Resolução-RE nº 09, orientação técnica voltada aos ambientes com climatização artificial de

utilização coletiva e pública, estabelecendo padrões de referência para a qualidade do ar

interior, cujo objetivo é alertar a população sobre a manutenção das condições de saúde nestes

locais. Esta orientação segue diversos parâmetros de condições internas apresentadas na antiga

NBR 6401 – Instalações Centrais de ar-condicionado para conforto – Parâmetros básicos de

projeto, cancelada e substituída pela NBR 16.401 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas

centrais e unitários (2008) constituída de 3 partes: a 1ª que trata sobre o projeto das instalações,

a 2ª sobre parâmetros de conforto térmico e a 3ª sobre qualidade do ar interior, ambas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A Lei 13.589/2018 dispõe sobre manutenção de instalações e aparelhos que compõem

o sistema voltado à climatização interior de ambientes, através de um Plano de Manutenção,

Operação e Controle (PMOC). Este deve seguir três regulamentos técnicos: a Resolução-RE nº

09 da ANVISA, a portaria nº 3523/1998 do Ministério da Saúde e a NBR 13.971/1997 da

ABNT, e deve conter informações que identifiquem o local que dispõe de ambientes

climatizados, especificar os procedimentos elaborados e sua frequência, apresentar o que deve

ser feito em caso de dano do equipamento e de emergência, assegurando com tais medidas a

garantia ao sistema.

Além das normas, os processos adotados para serem seguidos, a fim de realizar um

projeto de eficiência energética em prédios públicos serão os seguintes: identificação e

definição dos objetivos do projeto; descrição e detalhamento; avaliação (incluindo apenas

resultado e diagnóstico de mercado); abrangência; metas e benefícios; promoção; metodologia

de cálculo das metas; itens de controle (ANEEL, 2018).

3.5. Fundamentações teóricas sobre eficiência energética em ar-condicionado

As principais fundamentações teóricas para compreensão da eficiência energética

aplicada a ar-condicionado requerem antes melhor entendimento de aparelhos e sistemas

voltados à climatização e, posteriormente, às diferentes tecnologias de ar-condicionado,

parâmetros de eficiência energética e programas voltados à eficiência e redução do consumo.

3.5.1. Funcionamento do aparelho de ar condicionado

Condicionamento de ar é o processo de controle de níveis dos seguintes parâmetros do

ar no interior de um ambiente: temperatura, umidade, movimentação, renovação e qualidade

(NBR 16.401, 2008). O objetivo do condicionamento de ar é alcançar certas compatibilidades

ambientais e térmicas no interior de um espaço fechado independente das condições exteriores

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(LAMBERTS. DUTRA, PEREIRA; 2013).

O aparelho condicionador de ar tem o objetivo de proporcionar ao ambiente interno:

condições de conforto térmico, como é o caso de residências e do comércio, aumentando a

produtividade de funcionários, por exemplo; ou monitoramento de temperatura, necessária para

o funcionamento adequado de determinados tipos de aparelhos em hospitais, laboratórios, salas

de computadores, entre outros (ABRAVA, 2018; EPE, 2018b; LAMBERTS. DUTRA,

PEREIRA; 2013).

Os sistemas de ar-condicionado permitem controle da qualidade do ar em um ambiente

através de dois processos: a filtragem do ar, responsável por reduzir a concentração de poluentes

transportados do ar exterior para o ambiente interior, evitando sua circulação e retenção no

espaço fechado; e a renovação do ar, que diminui a concentração de poluentes de natureza

química, biológica e gasosa, cujo filtro não foi suficiente para bloquear (ABRAVA, 2018).

Segundo o portal WebArcondicionado, o princípio de funcionamento de um aparelho

de ar condicionado segue o esquemático apresentado na Figura 5. Um gás frio passa pelo

compressor que em sua saída se torna gás quente e com alta pressão, que percorre o

condensador, um trocador de calor. O fluido neste ponto tem temperatura mais alta que a

temperatura ambiente de maneira que há perda de calor. Ao dissipar energia este gás condensa,

passando ao estado líquido. O líquido, por sua vez, escoa pela válvula de expansão, tendendo a

se tornar gás frio e com baixa pressão, cujo fluido percorre a evaporadora, que troca calor com

o ambiente. A temperatura do fluido neste ponto está mais baixa que a da câmara evaporadora.

Ao absorver calor do ambiente interno, este fluido se aquece, evaporando e o ciclo se fecha,

com o vapor aquecido voltando ao compressor. Este é o chamado ciclo frio. Existem aparelhos

condicionadores de ar com ciclo quente (reverso), capaz de aquecer o ambiente interno. As

ventoinhas auxiliam na circulação do ar para o ambiente.

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Figura 5: Esquema de funcionamento de aparelho condicionador de ar (ciclo frio). Fonte: Philco.

Ao alcançar a temperatura estipulada, sensores presentes na unidade evaporadora

acionam o desligamento do compressor, mantendo constante a temperatura até que esta

aumente e ultrapasse uma faixa pré-determinada, na qual aciona-se outra vez o compressor

retomando o ciclo do sistema (ABRAVA, 2018).

3.5.2. Porte da instalação de sistemas

A capacidade de refrigeração do ar-condicionado possui duas unidades de medida mais

utilizadas: a British Thermal Unit (Unidade Térmica Britânica) por hora ou BTU/h que equivale

à capacidade de refrigeração demandada pelo aparelho para um ambiente, sendo a unidade

usada no mercado brasileiro para especificar a potência do ar-condicionado (CONSUL, 2019);

e a Tonelada de Refrigeração (TR), unidade usada geralmente para sistemas de maior porte,

visto que cada TR vale 12.000 BTU/h (CARRIER, 2019). Os sistemas de instalações de ar-

condicionado com até 100 TR são classificados como de pequeno ou médio porte, compostos

de unidades do tipo janela, split ou, para instalações mais complexas, o self-contained, enquanto

instalações acima de 100 TR são classificadas como de médio ou grande porte, admitindo

variados arranjos (CEPEL, 2015; PROCEL, 2011).

Consideraremos neste trabalho:

● Análise de instalações de pequeno e médio porte, nas quais são usados geralmente 4

tipos de aparelhos: janela, split hi wall, split piso-teto, e split cassete;

● Foram admitidos apenas estas 4 modalidades de aparelhos porque possuem a Etiqueta

Nacional de Conservação de Energia (ENCE) catalogados pelo Instituto Nacional de

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Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) desde 1996, enquanto outros tipos de

aparelhos não estão catalogados.

3.5.3. Principais tipos de aparelhos

A Tabela 7 montada com dados da ABRAVA (2018), WebArcondicionado (2019) e

consulta ao INMETRO (2019) apresenta os 4 principais tipos de aparelhos utilizados em

instalações de pequeno e médio porte e suas características, catalogados pelo INMETRO. As

tecnologias utilizadas basicamente são duas: aparelhos do tipo janela e do tipo split, cuja

principal diferença está no número de unidades que compõe o aparelho: o tipo janela possui

uma única unidade no qual fica compactada a condensadora e a evaporadora no mesmo

gabinete, enquanto o tipo split possui duas unidades, a condensadora fica no ambiente externo

e a evaporadora no ambiente interno.

Tabela 7: Principais tipos de aparelhos condicionadores de ar

Tipo Características Uso Local de Instalação

Capacidade

nominal de

refrigeração

(BTU/h)

Janela

- Mais compactos

- Residencial

- Ambientes

pequenos

- Janela

- Abertura da parede

5.000 a

30.000

Split Hi-Wall

- Mais comum - Residencial

- Comercial

- Ambientes

pequenos

- Parede 7.000 a

30.000

Split Piso-Teto

- Maior vazão que o

hi-wall

- Possibilita

aproveitamento do

espaço do local onde

é instalado

- Residencial

- Comercial

- Ambientes médios e

grandes

- Sobre o piso

(console)

- Teto

- Parede

- Ex.: restaurantes,

igrejas, lojas

12.000 a

60.000

Split Cassete

- Possui até 4 vias

para a saída do ar

com melhor

distribuição

- Residencial

- Comercial

- Ambientes médios

- Embutido no teto ou

forro

- Ex.: salas de aula,

bancos, salões de

festas

18.000 a

60.000

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Figura 6: Principais tipos de aparelhos de ar condicionado. Fonte: Philco.

Com dados do site WebArcondicionado (2019) pode-se montar a Tabela 8 com as

principais vantagens e desvantagens comparativas entre os aparelhos do tipo janela e split.

Importante destacar, dentre todas as vantagens, a ecológica: muitos aparelhos split hi wall usam

o gás ecológico R-410A.

Tabela 8: Comparativo entre aparelhos condicionadores de ar tipo janela e split

Tipo Vantagens Desvantagens

Janela

- Menor preço

- Compactos

- Facilidade de instalação

- Baixa capacidade nominal máxima

- Elevado nível de ruído

Split

- Baixo nível de ruído

- Elevada capacidade nominal máxima

- Buracos menores na instalação

- Design elegante

- Gás ecológico: R410

- Maior preço que o tipo janela

- Maior complexidade e custo de instalação

- Restrições para instalações em alguns

condomínios

3.5.4. Tecnologias: convencional e inverter

Os aparelhos de ar condicionado com tecnologia convencional possuem compressor

com apenas dois estados possíveis: ligado ou desligado, ou seja, o compressor opera com

rotação fixa e intermitente. O compressor permanece ligado com potência máxima até que seja

alcançada a temperatura estipulada, na qual o compressor desliga (MARANGONI et al., 2015;

RECH, 2018).

Aparelhos incorporados com a tecnologia inverter, por sua vez, apresentam controle de

rotação e consequentemente da potência fornecida ao compressor, fazendo-o operar em rotação

variável e contínua, conforme Figura 7 (MARANGONI et al., 2015; RECH, 2018).

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Figura 7: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto à rotação do compressor.

Aparelhos com a tecnologia inverter geram economia de cerca de 30% no consumo em

comparação à tecnologia convencional (ver Figura 8), dependendo do fabricante. Alguns

fabricantes chegam a indicar economia de 40% (MARANGONI et al., 2015; RECH, 2018).

Estudos de Rech (2018) para diferentes zonas bioclimáticas brasileiras, constatou mínimo de

economia de 20% chegando até 44%. A função Smart Inverter de fabricantes como Samsung

(2015) e LG (2019) apresentam economia podendo chegar a 60% em comparação à tecnologia

convencional, de acordo com os fabricantes. Atualmente, a LG (2018) apresentou aparelhos

com a nova tecnologia dual inverter, contendo dois compressores, podendo aumentar a

economia em até 70% no consumo de energia elétrica, segundo o próprio fabricante.

Figura 8: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto ao consumo de energia elétrica.

A tecnologia inverter apresenta superioridade com relação à convencional também por

atingir a temperatura desejada com menor tempo de operação, podendo usar para alcançar a

mesma temperatura cerca de 30% do tempo que usa a tecnologia convencional. E, por fim,

quanto à oscilação na manutenção da temperatura desejada, a tecnologia convencional

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apresenta faixa de oscilação com amplitude de até 3º C acima ou abaixo da desejada, enquanto

na inverter esta faixa é de cerca de 0,5º C, conforme Figura 9, ratificando que a tecnologia

inverter é mais eficiente que a convencional (MARANGONI et al., 2015; RECH, 2018).

Figura 9: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto à velocidade para alcançar a temperatura

desejada e quanto à faixa de oscilação de temperatura. Fonte: MARANGONI et al. (2015)

3.5.5. Parâmetros de eficiência energética

Para aparelhos condicionadores de ar existem 3 parâmetros que indicam sua eficiência

energética:

● Coeficiente de Performance (COP) ou Coeficiente de Eficiência Energética

Índice adimensional apresentado na Equação 1, é utilizado para avaliar a eficiência de

equipamentos com o objetivo de climatização a partir da relação entre a potência útil do

equipamento, ou seja, sua capacidade de remover calor, e a potência elétrica demandada pelo

compressor. Quanto maior o COP melhor o rendimento do aparelho, associado ao aquecimento

(CEPEL, 2015; PEREIRA; LAMBERTS; GHISI, 2013; PROCEL, 2011;

WEBARCONDICIONADO, 2019).

𝐶𝑂𝑃 =𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑑𝑎[

𝑊

𝑊] (1)

● Energy Efficiency Rate (EER, traduzido como Razão de Eficiência Energética)

Índice dimensional (BTU/h/W) apresentado na Equação 2, é utilizado para avaliar a

eficiência de um ar-condicionado a partir da relação entre sua capacidade de refrigeração

(BTU/h) e a potência elétrica solicitada à rede (W). Quanto maior o EER melhor o rendimento

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do aparelho (PROCEL, 2011; WEBARCONDICIONADO, 2019).

𝐸𝐸𝑅 =𝐵𝑇𝑈 ℎ⁄

𝑊[

𝐵𝑇𝑈

𝑊] (2)

● Eficiência em kW/TR

Índice usual dimensional (kW/TR) apresentado na Equação 3, é utilizado para avaliar a

eficiência de uma máquina frigorífica a partir da relação entre o trabalho de compressão em kW

e o efeito frigorífico (EF) em TR. Quanto menor o kW/TR melhor o rendimento do aparelho

(CEPEL, 2015; PROCEL, 2011).

𝑘𝑊

𝑇𝑅=

𝑤

𝐸𝐹[

𝑘𝑊

𝑇𝑅] (3)

3.5.6. Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE

Criado em 1984, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) coordenado pelo

INMETRO é gerenciado em cooperação com o Programa Nacional de Conservação de Energia

Elétrica (PROCEL) executado pela Eletrobras no âmbito voltado para a energia elétrica e em

cooperação com o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e

do Gás Natural (CONPET) executado pela Petrobras no ramo dos combustíveis (EPE, 2018b).

Este programa de etiquetagem tem por objetivo informar acerca do desempenho e

eficiência energética de produtos aos consumidores, incentivando-os à conscientização antes

da compra de um equipamento (CEPEL, 2015). O PBE incentiva a evolução da tecnologia e

inovação de produtos como meio para a redução do consumo (VIANA et al., 2012).

O principal instrumento utilizado pelo PBE para transmitir as informações que deseja é

a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), que contém informações essenciais

sobre o produto: tipo de equipamento, marca do fabricante, modelo do aparelho, tensão,

consumo, presença do selo PROCEL para os mais econômicos em consumo, dentre outras

especificações que variam conforme o tipo de produto a ser etiquetado (MME, 2016). Vemos

na Figura 10 um exemplo que nos mostra o selo de um produto condicionador de ar do tipo

split. A etiquetagem abrange os 4 tipos de aparelhos condicionadores de ar, conforme dito

anteriormente.

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Figura 10: ENCE – exemplo de etiqueta para condicionadores de ar utilizada pelo PBE. Fonte: Electrolux.

A etiqueta contém a classificação que varia da letra A (menor consumo energético) até

a letra D ou E (maior consumo energético) de acordo com o produto a ser etiquetado, no qual a

indicação ao lado da faixa mostra sua classificação quanto à eficiência energética depois de

passar por testes e medições do INMETRO para obtenção de parâmetros que caracterizam o

produto e permitem a comparação entre eles (BAJAY et al., 2018).

Em 2009, o programa avançou com a etiquetagem de edificações e veículos (EPE,

2018b): a certificação de eficiência energética dada para edifícios comerciais, públicos e de

serviços sob encargo do PROCEL e a certificação dada para veículos automotores de

incumbência do CONPET (ALTOÉ et al., 2017). Outros produtos etiquetados, como lâmpadas,

refrigeradores, chuveiros elétricos, podem ser encontrados no site do INMETRO.

No período de 2006 a 2013, estima-se que R$ 23 bilhões foram economizados a partir

da etiquetagem de lâmpadas, enquanto foram computados R$ 6 bilhões, em economia, a partir

da etiquetagem de refrigeradores e condicionadores de ar (CEPEL, 2015). A etiquetagem, em

geral, se inicia em caráter voluntário (caso do PBE) e depois evolui para o caráter compulsório

(ou mandatório), dentre os quais até 2016, 24 famílias de produtos passaram a ter etiquetagem

compulsória, um forte obstáculo contra a introdução no mercado de equipamentos com baixa

eficiência, sejam de origem nacional ou importados (NOGUEIRA et al., 2015; BAJAY et al.,

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28

2018).

Enorme desafio do Programa Brasileiro de Etiquetagem é conseguir atualizar de forma

periódica os níveis de eficiência energética, a fim de permanecer em contínuo estado de

estímulo tecnológico às edificações, veículos e produtos etiquetados. Além disso, há

dificuldades de ampliação do programa a novas famílias de produtos, como equipamentos de

uso geral em indústrias e veículos pesados para transporte de passageiros e de cargas

(LEONELLI, 2016 apud BAJAY et al., 2018).

Uma forma de promoção à etiquetagem é reduzir impostos daqueles aparelhos que

alcançarem uma meta estipulada de menor consumo energético percentual como fez o programa

Inovar-Auto criado pela Lei nº 12.715/2012 adotado na indústria de automóveis a nível

nacional, o qual, dentre outras medidas, reduziu o imposto sobre produtos industrializados (IPI)

em 1% e 2% para veículos que batessem a meta de 15,46% e 18,84% de redução no consumo,

respectivamente (BAJAY et al., 2018).

3.5.7. PROCEL e selo PROCEL

Criado em 1985, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL)

coordenado pelo MME e executado pela Eletrobras tem por objetivo a promoção do uso

eficiente de energia elétrica, além do combate de seu desperdício (MME, 2016).

Um dos subprogramas do PROCEL instituído em 1993 foi o selo PROCEL, conferido

aos produtos mais eficientes (classificação A) quanto ao consumo de energia elétrica e que

pouco agrida o meio ambiente, somado a atributos como baixo ruído e segurança, contemplando

benefícios sociais a partir da adesão do consumidor aos equipamentos com o selo unido aos

benefícios ambientais (EPE, 2018b; PROCEL, 2018).

Figura 11: Selo PROCEL. Fonte: PROCEL (2018)

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29

Além deste, o PROCEL conta com subprogramas em diversas áreas: educação,

informações, edificações, gestão energética municipal, indústria, iluminação pública e

saneamento ambiental, desenvolvimento tecnológico e divulgação (CEPEL, 2015; PROCEL,

2018).

Em todo período de sua existência, entre 1986 e 2017, o PROCEL economizou cerca de

128 bilhões de kWh em consumo, ao passo que o investimento da Eletrobras para o programa

chegou a 2,97 bilhões neste mesmo período. Somente nos últimos 5 anos-base (2012-2017),

conforme a Figura 12, foi economizado um total de 68,29 bilhões de kWh, representando mais

da metade do total economizado durante toda sua existência (PROCEL, 2018).

Figura 12: Economia anual em consumo referente ao período de 2012-2017 por ações do PROCEL.

Apenas no ano de 2017, o programa alcançou economia de energia de 21,2 bilhões de

kWh do consumo total de eletricidade no Brasil, correspondente a 4,57% do consumo total

neste ano, o que equivale ao consumo de 11,25 milhões de residências; redução de demanda de

ponta de 6,8 milhões de kW; emissão de gás carbônico contribuinte para o efeito estufa evitada

equivalente ao que emitiria 675 mil veículos em um ano (PROCEL, 2018).

Além disso, ainda em 2017, o selo PROCEL cobriu 41 categorias de equipamento, como

condicionadores de ar, lâmpadas, refrigeradores, televisores, entre outros, dentre as quais foram

vendidos 35 milhões de equipamentos com o selo (PROCEL, 2018).

O PBE e o selo PROCEL são dois programas que tendem a se ajudar mutuamente para

o cumprimento de seus objetivos, de maneira que os aparelhos condicionadores de ar

demonstram esta realidade ao apresentar maior eficiência com o passar dos anos. A Figura 13

relata a queda em cerca de 31,3% do consumo médio de 1998 a 2011 para o tipo janela,

consequência do PBE aliado ao Selo PROCEL (VIANA et al., 2012).

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30

Figura 13: Diminuição anual do consumo de energia por condicionador de ar do tipo janela, 7500 BTU/h.

De maneira semelhante, a Figura 14 é uma linha do tempo que marca os principais fatos

relativos ao aparelho condicionador de ar do tipo split. Observa-se que o PBE e o selo PROCEL

contribuíram para o aumento gradativo dos índices mínimos de algumas classificações a ponto

de, em 2013, a classificação E ser extinta (EPE, 2018b).

Figura 14: Linha do tempo - PBE e selo PROCEL - para condicionadores de ar do tipo split. Fonte: EPE, 2018

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31

4. Desenvolvimento do projeto

A presente proposta de uma ação de eficiência energética (AEE) voltada ao uso final de

energia elétrica por ar-condicionado objetiva melhorias de desempenho do atual sistema. Esta

ação segue a metodologia de cálculo de redução do consumo e demanda na ponta apresentada

nos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética (PROPEE) da ANEEL, programa que

ajuda a promoção do uso eficiente e racional de energia (ANEEL, 2018).

O projeto feito para a Decania e Biblioteca do CT/UFRJ analisa a economia no consumo

e da demanda de ponta comparado ao sistema de condicionamento ambiental atual a partir de

possíveis trocas dos aparelhos presentes nestes locais por modelos novos de elevado rendimento

energético, com selo PROCEL e Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE),

classificação A (ou B), e/ou com tecnologia inverter, complementado pela viabilidade

econômica das alternativas que serão propostas a seguir.

4.1. Critérios de avaliação do projeto

Para os cálculos de economia de energia e redução de demanda na ponta, é usada a

metodologia da ANEEL (2018) segundo o PROPEE. Seguindo esta mesma referência, calcula-

se a relação custo-benefício (RCB) de cada sistema proposto. Como indicadores econômicos

complementares, são calculados taxa interna de retorno (TIR1), valor presente líquido (VPL2)

e tempo de retorno do investimento (payback), que servem para a avaliação econômica do

sistema.

Adotar os critérios a seguir aponta que o projeto terá viabilidade técnico-econômica:

RCB menor ou igual a 0,8. Este é o valor adotado como parâmetro pela ANEEL para

viabilidade econômica de projetos de eficiência energética na ótica do sistema elétrico.

Indica que o benefício a partir da valoração tanto da energia quanto da demanda

reduzidas é pelo menos 25% maior comparado ao custo do projeto (ANEEL, 2018).

Energia Economizada (EE) maior que 10% do consumo atual. Este valor foi tomado

como meta de redução do consumo até o ano de 2030 comparado ao cenário do consumo

base estudado, conforme Plano Nacional de Eficiência Energética (MME, 2011).

1 TIR: Taxa interna de retorno, métrica usada para análise o retorno financeiro de um projeto em

percentual 2 VPL: Valor presente líquido, traz para o presente os fluxos de caixa do investimento, descontado de

uma taxa de juros e diminuído o custo inicial do investimento

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TIR maior que a taxa mínima de atratividade (TMA) que significa que o investimento é

economicamente atrativo. Caso contrário, o investimento não é atrativo. A TMA

adotada é de 7,5%, acima da atual taxa básica de juros SELIC que está em 6,5%.

VPL positivo, sinal de que o investidor terá ganhos financeiros econômicos.

Payback menor que 10 anos, considerando que a vida útil estimada para os sistemas de

ar condicionado é de 10 anos, não ultrapassando os 15 anos estimados nos estudos pela

ANEEL (2001) e EPE (2018).

4.2. Dados preliminares do sistema de condicionamento ambiental atual

O atual sistema de condicionamento ambiental da Decania e Biblioteca do CT/UFRJ é

composto pelos aparelhos descritos na Tabela 9.

Tabela 9: Dados gerais do sistema de condicionamento ambiental atual

Fonte: Escritório de Planejamento – Centro de Tecnologia

Dados do sistema atual

Dados gerais

Capacidade de

refrigeração

(un.)

Dados do INMETRO

Tipo Local Fabricante Quantidade BTU/h kW**

Potência

elétrica

nominal un.

(W)

ENCE

A/B/C/D

*Consumo

em

kWh/mês

(220 V)

Janela Decania Springer 1 12.000 3,52 1.165 B 24,5

Janela Decania Springer 6 18.000 5,27 1.702 A 35,7

Janela B.C. Springer 1 18.000 5,27 1.702 A 35,7

Janela B.C. Elgin 1 18.000 5,27 1.815 A 38,1

Janela B.C. Consul 1 18.000 5,27 1.830 A 38,4

Janela Decania Springer 1 19.000 5,57 1.943 B 40,8

Janela B.C. Springer 2 19.000 5,57 1.943 B 40,8

Janela Decania Springer 2 21.000 6,15 2.180 A 45,8

Janela B.C. Consul 2 30.000 8,79 3.150 A 64,8

Janela Decania Springer 8 30.000 8,79 3.150 B 66,2

Janela B.C. Springer 4 30.000 8,79 3.150 B 66,2

Split Decania York 1 24.000 7,03 2.490 C 52,3

Split Decania York 1 30.000 8,79 2.970 C 64,7

Split Decania Midea 1 30.000 8,79 2.970 C 64,7

Split Decania ELECTROLUX 1 36.000 10,55 3.745 C 78,6

Split Decania Carrier 2 36.000 10,55 3.720 C 77,1

Split Decania York 4 60.000 16,99 6.523 D 137

Split Decania ELGIN 5 60.000 17,58 6.234 C 130,9

Split B.C. ELGIN 10 60.000 17,58 6.234 C 130,9

- -- TOTAL 54 569.000 166,12 - - -

(*) Consumo de energia com base nos resultados do ciclo normalizado pelo INMETRO, de 1 hora por dia por mês.

(**) Obtido na ENCE, é a conversão de kW = 0,293 x BTU/h. Não leva em conta o COP.

O sistema atual é composto por aparelhos do tipo janela e split. A quantidade total do

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tipo janela é 29, enquanto split é 25, com capacidade nominal entre 12.000 e 60.000 BTU/h.

Para capacidades abaixo de 30.000 BTU/h, todos os aparelhos são do tipo janela, com etiquetas

A ou B, exceto 1 aparelho que é do tipo split (de 24.000 BTU/h). Para exatos 30.000 BTU/h,

há 14 aparelhos do tipo janela e apenas 2 do tipo split. Para capacidades acima de 30.000

BTU/h, apenas são utilizados aparelhos split, registrados com ENCE C ou D.

4.3. Hipóteses iniciais e cálculos do sistema atual

A metodologia da ANEEL seguindo o PROPEE para cálculos de consumo e demanda

na ponta requer ao menos os seguintes dados levantados: agrupamento de cada sistema de

acordo com o tipo de aparelho ou tecnologia e características da instalação; potência de

refrigeração (pa); coeficiente de performance (COPa) quantidade de aparelhos (qa).

O índice subscrito “a” indica referência ao sistema atual. No caso do sistema proposto,

usa-se o subscrito “p” e os novos valores.

A partir dos dados coletados de potência de refrigeração, coeficiente de performance

(COP) e quantidade dos aparelhos de ar condicionado, calcula-se a potência elétrica instalada

(Pa) em kW, usando-se a Equação 4, prescrita no PROPEE (ANEEL, 2018):

𝑃𝑎 =𝑝𝑎 . 0,293 . 𝑞𝑎

1000 . 𝐶𝑂𝑃𝑎 (4)

Subscrito a – atual

Pa – Potência elétrica instalada [kW]

pa – Potência de refrigeração [BTU/h]

qa – Quantidade de aparelhos

COPa – Coeficiente de performance (W/ W)

0,293 – fator de conversão BTU/h para W

A potência elétrica média utilizada (Pua) leva em consideração o perfil de temperatura

admitido e a rotina de funcionamento do sistema em estudo, em outras palavras é a potência

elétrica instalada multiplicada por um fator de utilização (fu) que varia de zero a um (ANEEL,

2018).

O fu é a razão entre a potência elétrica média de funcionamento e a potência nominal do

aparelho, portanto, indica o tempo em que o compressor está ligado. Para aparelhos antigos,

maior o fu, mais tempo o compressor permanece ligado e maior o consumo de energia. Para

aparelhos novos e eficientes, menor o fu, menos tempo o compressor fica ligado, e o ar-

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condicionado funciona em modo ventilação com menor consumo.

Como os aparelhos do tipo janela atuais são antigos, foi escolhido fu = 0,92 para este

tipo. Para os do tipo split atuais que possuem um certo tempo de uso, mas são de tecnologia

convencional, adotou-se fu = 0,81. Já para os tipo split propostos novos, foi admitido fu = 0,70.

A equação usada é a seguinte:

𝑃𝑢𝑎 = 𝑃𝑎 . 𝑓𝑢 (5)

Pua – Potência elétrica média usada pelo aparelho [kW]

Pa – Potência elétrica instalada [kW]

fu – Fator de utilização

As estimativas do funcionamento anual (ha) do sistema atual foram adotadas de acordo

com os horários de funcionamento da Decania e Biblioteca do CT/UFRJ.

Para a Decania foi considerado que os aparelhos de ar condicionado (total de 33) ficam

ligados durante o horário de funcionamento da parte administrativa, ou seja, das oito horas (8h)

às dezessete horas (17h), totalizando 9h ao longo de um dia.

Para a Biblioteca, foi considerado que os aparelhos de ar condicionado (total de 21)

ficam ligados durante todo horário de funcionamento do local, ou seja, das sete horas (7h) às

dezenove horas (19h), totalizando 12h ao longo de um dia.

Considerando-se os aparelhos desligados no final de semana, temos então 22 dias no

mês em média. Como no verão a carga é maior e no inverno menor, na média, compensa-se as

estações com menor consumo por ar-condicionado por aquelas de maior consumo. Logo,

adotando-se que em todos os meses do ano têm-se consumo de energia com finalidade de

condicionamento ambiental, foi suposto funcionamento ao longo dos 12 meses. Obtém-se as

duas estimativas de funcionamento para a Decania e Biblioteca representada nas equações (6)

e (7), respectivamente:

ℎ𝑎𝐷𝑒𝑐 = 9 . 22 . 12 = 2.376ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠

𝑎𝑛𝑜 (6)

ℎ𝑎𝐵𝑖𝑏 = 12 . 22 . 12 = 3.168ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠

𝑎𝑛𝑜 (7)

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haDec – Funcionamento anual do sistema na Decania [h/ano]

haBib – Funcionamento anual do sistema na Biblioteca [h/ano]

Importante salientar que para os casos em que aparelhos com a mesma potência que se

enquadram em um mesmo “sistema”, porém que funcionam em ambientes diferentes, o horário

de funcionamento é obtido a partir das frações da quantidade que se encontram em cada

ambiente.

Por fim, toma-se o fator de coincidência na ponta (FCPa), o qual deve se referir aos

hábitos de uso e temperaturas no horário considerado, ou seja, posto ponta (ANEEL, 2018).

Para a Decania, o FCP = 0, pois o horário de ponta se inicia 17h30min enquanto o expediente

encerra às 17h. Para a Biblioteca, o horário considerado para o cálculo do FCP é de 17h30min

até 19h e pode ser calculado conforme a concessionária local pela Equação 8 (LIGHT, 2014):

𝐹𝐶𝑃𝑎𝐵𝑖𝑏 =𝑛ℎ𝑝 . 𝑛𝑑 . 𝑛𝑚

792 (8)

𝐹𝐶𝑃𝑎𝐵𝑖𝑏 =1,5 . 22 . 12

792= 0,5 (9)

FCPaBib – fator de coincidência na ponta referente a Biblioteca

nhp – número de horas de utilização em horário de ponta (1h30min = 1,5 h ≤ 3 horas)

nd – número de dias, ao longo do mês, de utilização em horário de ponta (≤ 22 dias)

nm – número de meses, ao longo do ano, de utilização em horário de ponta (≤ 12 meses)

792 – número de horas de ponta disponíveis ao longo de 1 ano

A energia consumida anualmente (Ea) em MWh é proporcional à potência média

utilizada (Pua) e ao funcionamento (ha), conforme Equação 10 (ANEEL, 2018):

𝐸𝑎 =𝑃𝑢𝑎 . ℎ𝑎

1000 (10)

Ea – Energia consumida anualmente [MWh/ano]

Pua – Potência elétrica média usada pelo aparelho [kW]

ha – Funcionamento anual do sistema [h/ano]

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36

A demanda média na ponta (Da) em kW é proporcional à potência média utilizada (Pua)

e ao fator de coincidência na ponta (FCPa), visto na Equação 11 (ANEEL, 2018):

𝐷𝑎 = 𝑃𝑢𝑎 . 𝐹𝐶𝑃𝑎 (11)

Da – Demanda média na ponta [kW]

Pua – Potência elétrica média usada pelo aparelho [kW]

FCPa – Fator de coincidência na ponta

Com base nas hipóteses adotadas e efetuados os cálculos, obtemos conforme a Tabela

10 o seguinte valor atualizado de consumo para o sistema atual de condicionamento ambiental:

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Tabela 10: Consumo e demanda de ponta do sistema da Decania e CT/UFRJ

SISTEMA ATUAL

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

1 Tipo de

equipamento Janela Janela Janela Janela Janela

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

2

Potência de

refrigeração

(btu/h)

pa 12.000 18.000 19.000 21.000 30.000 24.000 30.000 36.000 60.000

3 COP (W/W) Ca 3,02 2,96 2,87 2,82 2,79 2,82 2,96 2,83 2,71

4 Quantidade Qa 1 9 3 2 14 1 2 3 19 54

5

Potência

elétrica

Instalada (kW)

Pa 1,16 16,04 5,83 4,36 44,10 2,49 5,94 11,20 123,15 214,3

6

Potência

elétrica média

utilizada (kW)

Pua 1,07 14,75 5,36 4,01 40,57 2,02 4,81 9,07 99,75 181,4

7 Funcionamento

(h/ano) há 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793

8

FCP (fator de

coincidência

na ponta)

FCPa 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ea 2,5 38,9 15,6 9,5 110,2 4,8 11,4 21,5 278,6 493,1

10

Demanda

média na ponta

(kW)

Da 0,00 2,46 1,79 0,00 8,69 0,00 0,00 0,00 26,25 39,19

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4.4. Descrição dos sistemas propostos

Diante do sistema atual, são propostos 3 sistemas como alternativa, designados sistemas

I, II e III que apresentam maior eficiência energética. Os sistemas I e III são avaliados para 4

hipóteses possíveis de alcance na redução do consumo, por conta da tecnologia inverter

possibilitar uma gama variada de percentuais de economia.

4.1.1. Sistema I

O Sistema I proposto é voltado à máxima eficiência energética possível e máxima

redução no consumo, considerando os aparelhos de ar condicionado disponíveis no mercado e

troca de todos os aparelhos atuais. Foram selecionados para todas as capacidades em BTU/h

equipamentos com:

Os mais altos COP, em conformidade com as tabelas do INMETRO, ou seja, aparelhos

com classificação A e selo PROCEL. Todos os aparelhos são monofásicos com especificação

de até 220 V. As exceções foram os aparelhos com capacidade de 60.000 BTU/h que não

possuem no mercado modelo substitutos com classificação A, optando-se por um com COP

mais eficiente, porém de classificação B e trifásicos especificados para 220 V;

Com tecnologia inverter, considerando as hipóteses que o aparelho poderia atingir 10%,

20%, 30% e 40% de economia no consumo. Não foram encontrados aparelhos de 60.000 BTU/h

com tecnologia inverter disponíveis no mercado, portanto, no sistema I o escolhido é do tipo

convencional.

O Sistema I está descrito na Tabela 11:

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Tabela 11: Descrição do Sistema I

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

BTU

atual

Tipo

atual

COP

atual Quantidade

BTU

proposto Tipo proposto

COP

proposto Marca Preço (R$)

1 12.000 Janela 3,02 1 12.000 Split Hi Wall

Inverter 3,45 Daikin R$ 1.828,00

2 18.000 Janela 2,96 9 18.000 Split Hi Wall

Inverter 3,52 Daikin R$ 2.758,00

3 19.000 Janela 2,87 3 18.000 Split Hi Wall

Inverter 3,52 Daikin R$ 2.758,00

4 21.000 Janela 2,82 2 21.500 Split Hi Wall

Inverter 3,36 Samsung R$ 2.878,50

5 30.000 Janela 2,79 14 30.000 Split Hi Wall

Inverter 3,40 Agratto R$ 3.599,00

6 24.000 Split Hi

Wall 2,82 1 24.000

Split Hi Wall

Inverter 3,53 Daikin R$ 4.197,00

7 30.000 Split Hi

Wall 2,96 2 30.000

Split Hi Wall

Inverter 3,40 Agratto R$ 3.599,00

8 36.000 Split Hi

Wall 2,83 3 36.000

Split piso teto

Inverter 3,35 Carrier R$ 7.399,00

9 60.000 Split Hi

Wall 2,71 19 60.000 Split piso teto 3,23 Trane R$ 6.698,00

4.1.2. Sistema II

O Sistema II proposto é voltado à máxima eficiência energética, considerando os

aparelhos de ar condicionado split disponíveis no mercado sem tecnologia inverter, pois a

tecnologia convencional costuma ter custo inicial inferior à inverter. Portanto, para todas as

capacidades foram selecionados equipamentos com:

Os mais altos COP, conforme as tabelas do INMETRO, ou seja, aparelhos com

classificação A e selo PROCEL. Todos os aparelhos são monofásicos com especificação de até

220 V, com exceção dos aparelhos com capacidade de 60.000 BTU/h, 220 V trifásico, os quais

não apresentam no mercado classificação A. O modelo mais eficiente possui apenas a

classificação B, que foi selecionado;

Com tecnologia convencional, que apresentam custo inicial mais baixo.

O Sistema II está descrito na Tabela 12:

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40

Tabela 12: Descrição do Sistema II

SISTEMA PROPOSTO II - Máxima eficiência com Split Convencional + Selo PROCEL A

BTU

atual

Tipo

atual

COP

atual Quantidade

BTU

proposto

Tipo

proposto

COP

proposto Marca Preço un (R$)

1 12.000 Janela 3,02 1 12.000 Split 3,32 Elgin R$ 1.336,00

2 18.000 Janela 2,96 9 18.000 Split 3,43 Agratto R$ 1.934,00

3 19.000 Janela 2,87 3 18.000 Split 3,43 Agratto R$ 1.934,00

4 21.000 Janela 2,82 2 18.000 Split 3,43 Agratto R$ 1.934,00

5 30.000 Janela 2,79 14 30.000 Split 3,27 Elgin R$ 3.299,00

6 24.000 Split Hi

Wall 2,82 1 24.000 Split 3,46 Elgin R$ 2.330,00

7 30.000 Split Hi

Wall 2,96 2 30.000 Split 3,27 Elgin R$ 3.299,00

8 36.000 Split Hi

Wall 2,83 3 36.000

Split

piso teto 3,24 Elgin R$ 4.973,00

9 60.000 Split Hi

Wall 2,71 19 60.000

Split

piso teto 3,23 Trane R$ 6.698,00

4.1.3. Sistema III

O Sistema III proposto é voltado à máxima eficiência energética e redução no consumo,

considerando os aparelhos de ar condicionado disponíveis no mercado e troca parcial dos

aparelhos atuais. Neste sistema optou-se por manter os aparelhos atuais de 60.000 BTU/h, pois

os disponíveis no mercado, embora sejam mais eficientes e reduzam o consumo, não

apresentam tecnologia inverter que maximizaria tal economia. Como não se terá gastos com

aparelhos desta capacidade, o custo total das trocas deve ser mais baixo. Para as outras

capacidades em BTU/h foram selecionados equipamentos com:

Os mais altos COP, ou seja, aparelhos com classificação A e selo PROCEL. Todos os

aparelhos são monofásicos com especificação de até 220 V;

Com tecnologia inverter, considerando as hipóteses de que o aparelho poderia atingir

10%, 20%, 30% e 40% de economia no consumo. Segue a descrição na Tabela 13:

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Tabela 13: Descrição do Sistema III

SISTEMA PROPOSTO III - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

BTU

atual

Tipo

atual

COP

atual Quantidade

BTU

proposto

Tipo

proposto COP Marca

Preço un

(R$)

1 12.000 Janela 3,02 1 12.000 Split Hi Wall

Inverter 3,45 Daikin R$ 1.828,00

2 18.000 Janela 2,96 9 18.000 Split Hi Wall

Inverter 3,52 Daikin R$ 2.758,00

3 19.000 Janela 2,87 3 18.000 Split Hi Wall

Inverter 3,52 Daikin R$ 2.758,00

4 21.000 Janela 2,82 2 21.500 Split Hi Wall

Inverter 3,36 Samsung R$ 2.878,50

5 30.000 Janela 2,79 14 30.000 Split Hi Wall

Inverter 3,40 Agratto R$ 3.599,00

6 24.000 Split Hi

Wall 2,82 1 24.000

Split Hi Wall

Inverter 3,53 Daikin R$ 4.197,00

7 30.000 Split Hi

Wall 2,96 2 30.000

Split Hi Wall

Inverter 3,40 Agratto R$ 3.599,00

8 36.000 Split Hi

Wall 2,83 3 36.000

Split piso teto

Inverter 3,35 Carrier R$ 7.399,00

9 60.000 Split Hi

Wall 2,71 19

Permanece

o atual

Permanece o

atual 2,71 - -

A Tabela 14 um quadro comparativo entre o sistema atual e os sistemas propostos

descritos anteriormente:

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Tabela 14: Comparativo entre o sistema atual e os sistemas propostos I, II e III

SISTEMA ATUAL SISTEMA I SISTEMA II SISTEMA III

BTU

atual Tipo atual COP ENCE

BTU

proposto Tipo proposto COP ENCE

BTU

proposto Tipo proposto COP ENCE

BTU

proposto Tipo proposto COP ENCE

12.000 Janela 3,02 B 12.000 Split Inverter 3,45 A 12.000 Split Conv. 3,32 A 12.000 Split Inverter 3,45 A

18.000 Janela 2,96 A 18.000 Split Inverter 3,52 A 18.000 Split Conv. 3,43 A 18.000 Split Inverter 3,52 A

19.000 Janela 2,87 B 18.000 Split Inverter 3,52 A 18.000 Split Conv. 3,43 A 18.000 Split Inverter 3,52 A

21.000 Janela 2,82 A 21.500 Split Inverter 3,36 A 18.000 Split Conv. 3,43 A 21.500 Split Inverter 3,36 A

30.000 Janela 2,79 2-A/12-

B 30.000 Split Inverter 3,40 A 30.000 Split Conv. 3,27 A 30.000 Split Inverter 3,40 A

24.000 Split Conv. 2,82 C 24.000 Split Inverter 3,53 A 24.000 Split Conv. 3,46 A 24.000 Split Inverter 3,53 A

30.000 Split Conv. 2,96 C 30.000 Split Inverter 3,40 A 30.000 Split Conv. 3,27 A 30.000 Split Inverter 3,40 A

36.000 Split Conv. 2,83 C 36.000 Split piso teto

Inverter 3,35 A 36.000

Split piso teto

Conv. 3,24 A 36.000

Split piso teto

Inverter 3,35 A

60.000 Split Conv. 2,71 15-C/4-

D 60.000

Split piso teto

Conv. 3,23 B 60.000

Split piso teto

Conv. 3,23 B

Não

troca Não troca - -

Total em

equipamentos:

Total em

equipamentos:

Total em

equipamentos:

R$ 251.459,00

R$ 225.707,00

R$ 124.197,00

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4.5. Economia esperada

Os resultados dos cálculos para a energia consumida em MWh e a demanda na ponta

em kW anuais estão apresentados em detalhes no Anexo A – Parâmetros e Cálculos, para cada

sistema. A Tabela 15 apresenta os resultados finais destes cálculos:

Tabela 15: Consumo e demanda na ponta calculados de cada sistema

Consumo e demanda anual

Sistemas

% Economia pela

tecnologia

inverter

Energia

consumida

(MWh)

Demanda

média na

ponta

1 Sistema I 10% 326,7 26,3

2 Sistema I 20% 312,9 25,5

3 Sistema I 30% 299,1 24,7

4 Sistema I 40% 285,2 23,9

5 Sistema II - 344,1 27,4

6 Sistema III 10% 403,2 33,5

7 Sistema III 20% 389,3 32,7

8 Sistema III 30% 375,5 31,9

9 Sistema III 40% 361,6 31,1

Consoante metodologia apresentada pela ANEEL (2018), pode-se calcular para n

sistemas (sendo n = I, II e III o subscrito que representa cada sistema), a redução de demanda

de ponta (RDPn) dos sistemas I com hipóteses de 10%, 20%, 30% e 40% de economia pelo

inverter, II e III com hipóteses de 10%, 20%, 30% e 40% de economia pelo inverter propostos

e a energia economizada nestas mesmas condições (EEn) em comparação ao sistema atual a

partir das Equações 12 e 13. Para a demanda na ponta e energia subtraem-se o valor atual do

proposto:

𝑅𝐷𝑃𝑛 = 𝐷𝑎 − 𝐷𝑝𝑛 (12)

RDPn – Redução de demanda na ponta do sistema n [kW]

Da – Demanda média na ponta atual [kW]

Dpn – Demanda média na ponta do sistema proposto n [kW]

𝐸𝐸𝑛 = 𝐸𝑎 − 𝐸𝑝𝑛 (13)

EEn – Energia Economizada do sistema n [MWh/ano]

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Ea – Energia consumida pelo sistema atual [MWh/ano]

Epn – Energia consumida pelo sistema proposto n [MWh/ano]

Em termos percentuais, as economias são dadas por (14) e (15)

𝑅𝐷𝑃(%)𝑛 =𝑅𝐷𝑃𝑛

𝐷𝑎 (14)

RDP(%)n – Redução de demanda na ponta do sistema n em percentual

RDPn – Redução de demanda na ponta do sistema n [kW]

Da – Demanda média na ponta atual [kW]

𝐸𝐸(%)𝑛 =𝐸𝐸𝑛

𝐸𝑎 (15)

EE(%)n – Energia economizada pelo sistema n em percentual

EEn – Energia Economizada do sistema n [MWh/ano]

Ea – Energia consumida pelo sistema atual [MWh/ano]

Para cada sistema, apresentam-se na Tabela 16 as economias anuais para a demanda na

ponta e no consumo:

Tabela 16: Economia em demanda na ponta e consumo em comparação ao sistema atual

Economia esperada

% Economia pela

tecnologia

inverter

RDP

(kW)

RDP

(%)

EE

(MWh)

EE

(%)

1 Sistema I 10% 12,9 32,9% 166,4 33,7%

2 Sistema I 20% 13,7 35,0% 180,2 36,5%

3 Sistema I 30% 14,5 37,0% 194,1 39,4%

4 Sistema I 40% 15,3 39,1% 207,9 42,2%

5 Sistema II - 11,8 30,1% 149,0 30,2%

6 Sistema III 10% 5,7 14,5% 90,0 18,2%

7 Sistema III 20% 6,5 16,6% 103,8 21,1%

8 Sistema III 30% 7,3 18,6% 117,6 23,9%

9 Sistema III 40% 8,1 20,7% 131,5 26,7%

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4.6. Análise financeira

Para cada sistema proposto (1, 2 e 3) e seus respectivos cenários de economia possível

quanto à tecnologia inverter, foi feita a análise financeira considerando a relação custo-

benefício, calculada de acordo com a metodologia do PROPEE da ANEEL (2018). Outros

indicadores financeiros como a TIR, VPL e payback também foram calculados.

Para os cálculos do Custo Evitado de Demanda (CED) e o Custo da Energia Evitada

(CEE), preliminares ao cálculo da RCB, utiliza-se um fator de carga (FC), o qual varia de acordo

com o ramo de atividade exercida, listadas no Anexo A (PEREIRA; VIEIRA, 2005). Foi

adotado o valor de 0,31 (Tabela do Anexo A, página 73) correspondente ao ramo de atividade

“instituições de ensino”. Este fator de carga influencia nas demais constantes adotadas (Anexo

A, página 74).

O método estabelecido pela ANEEL para instituições que possuem os sistemas de

bandeiras tarifárias em vigor, determina que as tarifas adotadas para horário de ponta e fora de

ponta devem ser da modalidade azul (caso de alta tensão) ou branca (em caso de baixa tensão)

para cálculos dos custos unitários evitados tanto de energia quanto de demanda (ANEEL, 2018).

Utilizaram-se as tarifas da modalidade azul referentes ao mês de agosto/2019 da distribuidora

local (Light) disponíveis no Anexo A, página 74.

Como premissa dos cálculos do fator de recuperação de capital (FRC), tomou-se a taxa

de desconto (i) como 8% em concordância com o apresentado no Plano Decenal de Expansão

de Energia 2027 (EPE, 2018).

Ainda para o cálculo do FRC é necessário estimar a vida útil dos aparelhos de sistemas

de condicionamento ambiental. No passado, esta era de 20 anos. Em 2001, um estudo sobre

vida útil de equipamentos feito pela ANEEL apontou fabricantes relatando 12 anos como o

tempo de vida do ar-condicionado, porém, na época, a ANEEL adotou o valor de 15 anos,

devido às poucas respostas obtidas das empresas consultadas. Em seus estudos, Marangoni et

al., (2015) nos traz a vida útil do aparelho novamente como 20 anos. O site WebArcondicionado

(2019) relata que os sistemas duram em geral de 10 a 15 anos. A EPE, por sua vez, adota para

suas projeções e estudos vida útil de 15 anos (EPE, 2018). Diante desta extensa faixa, foi

adotado para este trabalho a vida útil para o ar-condicionado como 15 anos e para o cálculo do

FRC o tempo de 10 anos, sendo portanto conservador.

A partir dos custos de cada equipamento, obtemos os benefícios anualizados e os custos

anualizados, e por fim a RCB.

Os investimentos são os custos totais, incluindo valores referentes à instalação dos

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aparelhos, enquanto os retornos anuais são calculados a partir da valoração da economia em

energia e valoração da redução de demanda na ponta, tomando como base as tarifas para o

horário fora de ponta e de ponta, respectivamente, em vigor no CT/UFRJ (tarifa verde, subgrupo

A4) com tarifas atualizadas de agosto/2019 da Light.

Para a taxa de crescimento anual da tarifa de energia foi considerada a taxa dos últimos

15 anos equivalente a 2,356% a.a.. Na classe poder público, a qual pertence o CT/UFRJ, a partir

do banco de dados da ANEEL, considerando dados das tarifas no Sudeste dos últimos 15 anos,

foi possível estimar o crescimento anual da tarifa. A partir de uma regressão linear, obteve-se a

reta que melhor se adequa aos pontos e em seguida foi calculada a taxa de crescimento ao ano

(a.a.) nos últimos 15 anos. Esta taxa é igual a 2,356 % a.a. Caso fossem considerados os últimos

5 anos apenas, esta taxa seria maior, de 4,494 % a.a., portanto, a estimativa de crescimento para

os próximos anos foi conservadora.

As taxas de crescimento anual da tarifa foram aplicadas aos retornos financeiros no

fluxo de caixa, usado para estimativa do payback. Foram estimados payback simples e

descontado, considerando o caso sem e com os custos de manutenção anual estimados.

A taxa mínima de atratividade (TMA) adotada foi a taxa Selic de julho de 2019, no valor

de 6,5% a.a..

O VPL e a TIR foram calculados para as trocas do sistema atual pelos sistemas I, II e

III e tanto para os casos sem e com manutenção anual são iguais.

Os detalhes dos cálculos se encontram nas Tabelas do Anexo A deste trabalho, das

páginas 76 a 105.

O resumo dos resultados obtidos estão apresentados nas Tabelas 17 e 18:

Tabela 17: Análise econômica das propostas

Indicadores econômicos

no Sistema

%

Economia

pela

tecnologia

inverter

RCB TIR VPL Investimento Benefícios

1 Sistema I 10% 0,891 22,51% R$ 371.952,33 R$ 313.140,00 R$ 66.117,61

2 Sistema I 20% 0,824 24,53% R$ 428.852,37 R$ 313.140,00 R$ 71.608,98

3 Sistema I 30% 0,766 26,51% R$ 485.752,41 R$ 313.140,00 R$ 77.100,35

4 Sistema I 40% 0,716 28,46% R$ 542.652,44 R$ 313.140,00 R$ 82.591,72

5 Sistema II - 0,932 21,92% R$ 368.908,36 R$ 287.388,00 R$ 59.228,85

6 Sistema III 10% 0,847 24,46% R$ 213.485,34 R$ 156.523,00 R$ 35.709,15

7 Sistema III 20% 0,735 28,40% R$ 270.385,38 R$ 156.523,00 R$ 41.200,52

8 Sistema III 30% 0,649 32,23% R$ 327.285,41 R$ 156.523,00 R$ 46.691,89

9 Sistema III 40% 0,581 36,00% R$ 384.185,45 R$ 156.523,00 R$ 52.183,26

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Tabela 18: Tempo de retorno do investimento

Indicadores econômicos Sem manutenção Com manutenção

no Sistema

% Economia

pela

tecnologia

inverter

Payback

simples

(anos)

Payback

descontado

(anos)

Payback

simples

(anos)

Payback

descontado

(anos)

1 Sistema I 10% 4,4 5,5 6,1 10,4

2 Sistema I 20% 4,1 5,1 5,4 8,5

3 Sistema I 30% 3,8 4,7 5,1 7,3

4 Sistema I 40% 3,6 4,3 4,5 6,4

5 Sistema II - 4,5 5,7 6,4 14,0

6 Sistema III 10% 4,1 5,1 8,2 >15

7 Sistema III 20% 3,6 4,3 6,3 >15

8 Sistema III 30% 3,2 3,8 5,2 11,1

9 Sistema III 40% 2,9 3,3 4,3 7,1

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5. Resultados e discussões

5.1. Resultados

Os sistemas propostos avaliados são comparados ao atual segundo critérios previamente

estabelecidos: energia economizada maior que 10%; TIR maior que TMA = 7,5%; RCB maior

ou igual a 0,8; payback menor que 10 anos (para casos sem ou com manutenção); VPL positivo.

5.1.1. Energia economizada

No viés energético, todos os sistemas propostos apresentam redução no consumo total

anual maior que 10 % comparado ao sistema atual. O sistema I alcançou os maiores patamares

totais de energia economizada que variam entre 33,7% (equivalente a 166,4 MWh/ano) a 42,2%

(207,9 MWh/ano) nos casos da tecnologia inverter proporcionar o mínimo e o máximo de

rendimento esperados. O sistema II apresentou percentual de economia de energia no valor de

30,2% (149,0 MWh/ano). O sistema III proporciona reduções que variam de 18,2% (90

MWh/ano) a 26,7% (131,5 MWh/ano) para a mesma faixa de 10% a 40% de redução devido à

tecnologia inverter. A Tabela 19 mostra os sistemas mais econômicos energeticamente.

Tabela 19: Alternativas de projeto ordenados quanto à economia de energia. Elaboração própria.

% Economia pela

tecnologia

inverter

RDP

(kW)

RDP

(%)

EE

(MWh)

EE

(%)

1 Sistema I 40% 15,3 39,1% 207,9 42,2%

2 Sistema I 30% 14,5 37,0% 194,1 39,4%

3 Sistema I 20% 13,7 35,0% 180,2 36,5%

4 Sistema I 10% 12,9 32,9% 166,4 33,7%

5 Sistema II - 11,8 30,1% 149,0 30,2%

6 Sistema III 40% 8,1 20,7% 131,5 26,7%

7 Sistema III 30% 7,3 18,6% 117,6 23,9%

8 Sistema III 20% 6,5 16,6% 103,8 21,1%

9 Sistema III 10% 5,7 14,5% 90,0 18,2%

A economia total mais acentuada do sistema I se deve ao fato de que, nesta proposta, os

equipamentos de 60.000 BTU/h atuais são trocados pelo mais eficiente do mercado que, mesmo

sem possuir tecnologia inverter e apresentar selo B, é cerca de 27% mais econômico que o

atual. Como o número de aparelhos de 60.000 BTU/h é elevado (19 ao total), grande parcela da

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economia no consumo é causado por eles. A troca destes aparelhos quase dobra o valor da

energia economizada, chegando de 54% (para 10% de economia pelo inverter) a 63% (para

40% de economia pelo inverter) quando comparado a manter os atuais.

5.1.2. Taxa interna de retorno (TIR)

Para todos os casos, a TIR ficou acima da TMA adotada, logo, este critério também foi

atendido. No sistema III foi relatada a maior taxa interna de retorno, de 36,00 % considerando

split inverter reduzindo em 40 % seu consumo comparado ao aparelho convencional.

5.1.3. Relação custo-benefício (RCB)

Quanto ao critério da RCB apenas os sistemas I e III atenderam ao requisito: o sistema

I, na condição do inverter trabalhar proporcionando redução de, no mínimo, 30 % no consumo

dos aparelhos; e o sistema III, quando o inverter alcança pelo menos 20 % de economia. Quanto

mais alta a redução no consumo pela presença do inverter, menor a RCB e mais econômico é o

sistema. O sistema II apresentou a RCB mais alta (0,932), demonstrando que aparelhos split

com tecnologia convencional, mesmo possuindo classificação A na ENCE, não são

recomendáveis de serem usados para troca de aparelhos antigos, pois, embora apresentem custo

inicial mais baixo em comparação ao inverter, no médio e longo prazo trazem menos benefício.

A Tabela 20 a seguir nos traz as alternativas ordenadas segundo a relação custo-

benefício, que foi o critério o qual quatro das nove alternativas não atenderam.

Tabela 20: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pela RCB. Elaboração própria.

no Sistema

%

Economia

pela

tecnologia

inverter

RCB TIR VPL Investimento Benefícios

1 Sistema III 40% 0,581 36,00% R$ 384.185,45 R$ 156.523,00 R$ 52.183,26

2 Sistema III 30% 0,649 32,23% R$ 327.285,41 R$ 156.523,00 R$ 46.691,89

3 Sistema I 40% 0,716 28,46% R$ 542.652,44 R$ 313.140,00 R$ 82.591,72

4 Sistema III 20% 0,735 28,40% R$ 270.385,38 R$ 156.523,00 R$ 41.200,52

5 Sistema I 30% 0,766 26,51% R$ 485.752,41 R$ 313.140,00 R$ 77.100,35

6 Sistema I 20% 0,824 24,53% R$ 428.852,37 R$ 313.140,00 R$ 71.608,98

7 Sistema III 10% 0,847 24,46% R$ 213.485,34 R$ 156.523,00 R$ 35.709,15

8 Sistema I 10% 0,891 22,51% R$ 371.952,33 R$ 313.140,00 R$ 66.117,61

9 Sistema II - 0,932 21,92% R$ 368.908,36 R$ 287.388,00 R$ 59.228,85

RCB <0,8: 5 alternativas

RCB >0,8: 4 alternativas

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50

Entre as alternativas viáveis, pode-se afirmar que a troca de todos os aparelhos atuais

pelos propostos no sistema I, detentores dos mais altos coeficientes de eficiência energética e

com maior custo inicial, apenas terá retorno, conforme os critérios estabelecidos, em caso da

tecnologia inverter garantir pelo menos 24% (RCB igual a 0,7998 neste caso) de economia no

consumo dos aparelhos que a possuem. Ou seja, as propagandas difundidas pelos fabricantes,

de fato, têm de ser verdadeiras para se alcançar a redução de consumo e os benefícios anuais

almejados. O estudo de Rech (2018) encontrou 21% para a economia de energia média pela

substituição de equipamentos com rotação fixa por variável na região bioclimática em que está

o Rio de Janeiro, um pouco abaixo do necessário para o sistema I.

O sistema II composto por aparelhos com alto COP e com tecnologia convencional,

considerando troca de todos os aparelhos, não é viável economicamente quanto à RCB.

O sistema III composto por aparelhos com os mais altos COP, considerando troca

parcial, possui menor custo inicial. Este será viável economicamente quanto à RCB conforme

os aparelhos com tecnologia inverter obtiverem economias de no mínimo 14% acima da

tecnologia convencional (RCB igual a 0,7983 neste caso), em outras palavras, novamente os

fabricantes terão de garantir que a propaganda veiculada é verídica.

5.1.4. Payback descontado

Dentre aqueles que atenderam ao critério da RCB, as cinco propostas que trazem

menores paybacks descontados dentro do critério de 10 anos e sem considerar custos de

manutenção são, respectivamente: o sistema III alcançando 40% de economia devido à

tecnologia inverter, com payback de 3,3 anos; o sistema III com 30 % de economia, aumentando

para 3,8 anos; o sistema I com 40% de economia, com tempo de retorno de 4,3 anos; o sistema

III com 20% de economia, com tempo de retorno de 4,3 anos; e o sistema I com 30% de

economia, com tempo de retorno de 4,7 anos.

Considerando-se o payback descontado com os custos de manutenção inclusos, apenas

três destes cinco conseguiram permanecer no critério de 10 anos para o tempo de retorno do

investimento: o sistema I com 40% de economia, com tempo de retorno de 6,4 anos; o sistema

III com 40% de economia, com tempo de retorno de 7,1 anos; o sistema I com 30% de

economia, com tempo de retorno de 7,3 anos conforme Tabela 21.

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51

Tabela 21: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pelo payback descontado

considerando manutenção. Elaboração própria.

Indicadores econômicos Sem manutenção Com manutenção

no Sistema

% Economia

pela tecnologia

inverter

Payback

simples

(anos)

Payback

descontado

(anos)

Payback

simples

(anos)

Payback

descontado

(anos)

1 Sistema I 40% 3,6 4,3 4,5 6,4

2 Sistema III 40% 2,9 3,3 4,3 7,1

3 Sistema I 30% 3,8 4,7 5,1 7,3

4 Sistema III 30% 3,2 3,8 5,2 11,1

5 Sistema III 20% 3,6 4,3 6,3 >15

O sistema I com hipótese de 40% de economia em energia pelo inverter apresenta o

melhor payback, supondo manutenções anuais periódicas, com 6,4 anos. O sistema I apresenta

vantagem com relação ao III, pois as revisões seriam feitas nos aparelhos em comum dos dois

sistemas, porém no sistema I seriam contemplados os aparelhos de 60.000 BTU/h novos, mais

eficientes e que consomem menos, enquanto no sistema III os aparelhos seriam atuais não

trocados, menos eficientes e que consomem mais. O custo-benefício de trocá-los, portanto, é

maior que o de mantê-los. Nesta análise, o sistema III com 20% e 30% de economia pelo

inverter apresentou payback acima de 10 anos, portanto não atendendo ao critério estabelecido.

5.1.5. Valor presente líquido (VPL)

Quanto ao VPL, indicador importante para o tomador de decisão, embora todos os

sistemas tenham apresentado valor positivo, nota-se dentre os que passaram em todos os

critérios anteriores que os maiores valores estão nos dois cenários que englobam o sistema I,

conforme a Tabela 22.

Tabela 22: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pelo VPL. Elaboração própria.

Indicadores econômicos

no Sistema

% Economia

pela tecnologia

inverter

RCB TIR VPL Investimento Benefícios

1 Sistema I 40% 0,716 28,46% R$ 542.652,44 R$ 313.140,00 R$ 82.591,72

2 Sistema I 30% 0,766 26,51% R$ 485.752,41 R$ 313.140,00 R$ 77.100,35

3 Sistema III 40% 0,581 36,00% R$ 384.185,45 R$ 156.523,00 R$ 52.183,26

A economia de energia que influencia no VPL vem do fato de que no sistema I os

aparelhos de 60.000 BTU/h seriam trocados e são mais eficientes, apresentando uma parcela

fixa de redução no consumo e variável conforme a economia atingida pelos inverters. O

Payback > 10

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investimento inicial no sistema I, todavia, é duas vezes maior que o do sistema III.

5.2. Discussões

Ao longo da elaboração deste projeto, alguns pontos interessantes para discussão foram

levantados. Dentre eles, os de destaque estão nesta seção.

5.2.1. Índice de Eficiência Energética

O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) possibilitou informações aos

consumidores acerca da eficiência energética e do consumo elétrico de diversos aparelhos por

meio da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). Nos sistemas de climatização

é comum o uso de ar-condicionado dos tipos janela e split. Os aparelhos do tipo split podem

possuir tecnologia inverter, prometendo cerca de 30% de redução no consumo em comparação

à tecnologia convencional.

Ao comparar nas tabelas do INMETRO dois aparelhos de mesma marca, ambos com

classificação A na ENCE, de mesma capacidade de refrigeração, porém de modelos diferentes,

um com tecnologia inverter e o outro não, por vezes, nos deparamos com o seguinte fato:

Tabela 23: Comparação de equipamentos com e sem tecnologia inverter

Elaboração própria a partir das tabelas do INMETRO (2019)

Comparação modelo inverter x convencional

Marca Capacidade

(BTU)

Modelo

inverter

Modelo

convencional

COP

(W/W)

Consumo

(kWh)

Gree 12.000 GWC12MB-

D3DNC1F/I

GWC12QC-

D3NNB4A/I 3,24 22,8

Elgin 18.000 HVFI18B2IA HWFI18B2IA 3,24 34,2

Gree 24.000 GWC24QE-

D3DNB8M/I

GWC24QE-

D3NNB4B/I 3,24 45,6

Nota-se que o COP e o consumo de ambos é o mesmo. Nem sempre é perceptível a

eficiência energética de aparelhos com tecnologia inverter a partir dos dados da ENCE. O COP,

por vezes, não apresenta nenhuma diferença entre as tecnologias, embora se saiba que o inverter

é mais econômico, tal que o custo inicial dele é mais elevado que o do aparelho convencional.

Além disso, a partir dos testes padronizados aplicados pelo INMETRO, em geral não se

consegue perceber na ENCE a redução no consumo, fato prejudicial tanto para o consumidor

que não conhece a tecnologia quanto para os fabricantes cujo marketing não vem amparado

pelos valores presentes nas certificações.

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Para muitos aparelhos de mesma capacidade o COP é semelhante com ou sem inverter.

Este fato ocorre devido à metodologia de ensaio em laboratório do INMETRO que adota

padrões de curto ciclo de trabalho (1 h/dia/mês) e aplicação do método de carga total (conforme

preconiza a ISO 5151 (Non-ducted air conditioners and heat pumps - Testing and rating for

performance). A economia pela tecnologia inverter se torna evidente em períodos mais longos

de operação, no qual trabalha com carga parcial (RECH, 2018; VARGAS; MESTRIA, 2015).

Desta forma, este método não retrata bem a realidade (PESSOA; GHISI, 2015). A seasonal

energy efficiency ratio (SEER) é um método melhor que o atual para a análise de desempenho,

especialmente de aparelhos do tipo inverter (PEREIRA; LAMBERTS; GHISI, 2013).

A SEER é uma forma de medida difundida pelo mundo e aplicada em países como

Coreia, China, Japão, Estados Unidos e diversos da Europa, cuja metodologia leva em

consideração os diferentes períodos do ano (característica sazonal), clima local, tipo de

edificação, comportamento do usuário e cargas parciais dos equipamentos, além do consumo

pelo modo standby (PESSOA; GUISI, 2015). A fim de retratar melhor as diferenças de

desempenho dos aparelhos de ar condicionado nas variadas zonas bioclimáticas brasileiras e

sobretudo quanto à tecnologia empregada, outra forma seria utilizar o coeficiente de eficiência

integrado (ICEE), proposto por um estudo de Soares (2018), cuja metodologia agrega aspectos

climatológicos do local de operação do aparelho, diferentes fatores de carga e temperatura

externa.

Em 2013 houve a publicação da norma técnica internacional ISO 16358-1 (Air-cooled

air conditioners and air-to-air heat pumps - Testing and calculating methods for seasonal

performance factors - Part 1: Cooling seasonal performance factor), que deriva do objetivo

internacional de estabelecimento de uma métrica de eficiência que retrate os benefícios em

economia de consumo de energia do ar-condicionado com velocidade variável. Esta publicação

contém conteúdo técnico e metodológico para uma nova métrica de cálculo da eficiência e do

consumo anual (com base em bins de temperatura) e já está sendo discutida a fim de internalizar

a métrica sazonal para o cálculo da eficiência (OUVIDORIA DO INMETRO, 2019).

5.2.2. Índices mínimos

Índices mínimos (ou padrões mínimos) são mecanismos que estabelecem valores

máximos de consumo de energia ou mínimos de eficiência energética de diversos tipos de

aparelhos presentes no mercado, inclusive ar-condicionado, cuja finalidade é impossibilitar

tanto a produção quanto a comercialização dos mesmos caso possuam eficiências abaixo dos

limites estipulados, os quais devem ser revistos a cada 4 anos (GOMES; COSTA; JANNUZZI,

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54

2019).

Após a última revisão definida pela Portaria Interministerial MME/MCT/MDIC nº 2 de

31 de julho de 2018 e feita pelo Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética

(CGIEE), haveria eliminação das classes C e D da ENCE até 2020, permanecendo os aparelhos

que atualmente entram para as classes A e B devido ao seu COP elevado (EPE, 2018b).

Elevar os índices mínimos de eficiência energética beneficia o mercado nacional e seus

equipamentos quanto à eficiência energética (PEREIRA; LAMBERTS; GHISI, 2013).

Comparado a outros países como Vietnã, Paquistão, China, Arábia Saudita, que aplicam o

mesmo tipo de método de plena carga para avaliação dos coeficientes de performance de ar-

condicionado, o Brasil possui mais baixos padrões mínimos para o aparelho tipo split, que

poderiam ser mais elevados. A Figura 15 retrata a linhagem temporal da evolução dos índices

mínimos no Brasil para equipamentos de ar condicionado dos tipos janela e split (GOMES;

COSTA; JANNUZZI, 2019; PEREIRA; LAMBERTS; GHISI, 2013).

Figura 15: Evolução dos índices mínimos de eficiência energética. Fonte: EPE(2018)

Ao elaborar este projeto, pode-se perceber que as tabelas de eficiência energética

apresentadas pelo Inmetro e a realidade dos aparelhos no mercado são diferentes. Ao optar por

realizar o projeto com aparelhos mais eficientes, muitos estavam esgotados nas lojas de vendas

online, fato que prejudica o próprio consumidor. Além disso, a elevação dos padrões mínimos

contribuiria para um aumento da possível economia de energia a partir de trocas de aparelhos.

Desta forma, o consumidor ao ir em uma loja comprar um aparelho, necessariamente

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encontraria aparelhos com maior eficiência energética e o adquiria, pois muitos dentre os menos

eficientes sairiam do mercado por conta de não alcançarem o mínimo necessário em eficiência

enquanto os que ficassem iriam trazer maiores benefícios.

5.2.3. Unificação de padrões

Os ensaios para levantamento de medidas que quantifiquem o desempenho de um ar-

condicionado seguem, em geral, normas internacionais, dentre as quais encontram-se variações

quando aplicadas em diferentes países. A diversificação das unidades de medidas de eficiência

energética e dos procedimentos de obtenção de tais medidas dificultam a comparação entre

aparelhos no âmbito internacional. A normatização unificada a nível global, neste contexto,

possibilitaria: equiparar aparelhos em lugares distintos do mundo; tomar como modelo os países

cujos padrões de equipamentos apresentam os melhores índices; além de facilitar incentivos a

programas transnacionais, beneficiando fabricantes e importadores (PESSOA; GUISI, 2015).

Portanto, é importante aderir aos padrões mais adequados existentes a nível global e

unificá-los. Como exemplo, há o caso do padrão brasileiro comparado ao de outros lugares do

mundo, no qual o primeiro utiliza o método de carga total como referência para os testes

enquanto o segundo utiliza o método de carga parcial o qual representa melhor a realidade dos

coeficientes de eficiência energética e consumo anual (PESSOA; GUISI, 2015).

5.2.4. Instalações elétricas e civis do CT/UFRJ

As instalações elétricas do CT/UFRJ são datadas de 1970, carecendo modernização,

conforme levantamento e registro do sistema elétrico feito recentemente, o qual possibilita

futuros investimentos para renovação dos circuitos elétricos e facilita o levantamento de cargas

instaladas (FUNDO VERDE, 2018).

As construções do CT/UFRJ possuem diversas patologias e 88% dos prédios do CT

necessitam de recuperação, dentre os quais por motivos de umidade ou falta de

impermeabilização (36%), falta de manutenção (25%), recalque do terreno (13%), erro

construtivo (11%), dentre outros (15%) concentrados em locais como lajes (57%), paredes

(21%), pilares (14%) e vigas (8%) (VARELA; SILVOSO; PEREIRA, 2018).

Portanto, torna-se importante monitorar e avaliar os impactos do uso de carga de

característica eletrônica na rede, como é o caso da tecnologia inverter, visto que seu uso pode

causar aquecimento nos condutores dos circuitos devido às múltiplas frequências das correntes

circulantes no barramento elétrico (COSTA; FLORIAN; MINOTTI, 2018). Unido a este fato,

o uso de aparelhos com tecnologia mais eficiente pode não apresentar a máxima vantagem

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quando instaladas em circuitos antigos que apresentam perdas acima do normal esperado. Além

disso, torna-se fundamental avaliar previamente o local de troca do aparelho, sobretudo se o

antigo for do tipo janela, pois a estrutura do prédio pode necessitar antes de manutenção e

recuperação em níveis mais robustos.

5.2.5. Custos de instalação e manutenção

Os custos de instalação considerados são baseados em valores de mercado. Foram

consideradas instalações individuais de aparelhos novos, com remoção do antigo, fator que veio

a encarecer o valor total. Em caso de remoção pelo próprio usuário, instalação pela equipe

técnica pertencente ao CT/UFRJ ou negociação com a instaladora para instalação de um

conjunto de aparelhos, estes custos podem vir a ser diminuídos.

Os custos de manutenção anuais são na realidade investimentos, cuja finalidade é manter

o desempenho satisfatório do sistema. Além disso, segundo a Lei nº 13.589/2018, os edifícios

de uso público e coletivo que possuem sistema de climatização artificial devem estruturar um

Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) com o propósito de atenuar ou até mesmo

eliminar os riscos à saúde das pessoas que estão no mesmo recinto, sob penalidade de multa

variando entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhões em caso de não cumprimento, prescrito na Lei nº

6437/1977. Para locais cuja soma de capacidade de refrigeração do sistema de climatização

supera 60.000 BTU/h (5 TR), deve-se ter ainda um responsável técnico habilitado, conforme

portaria 3.523/1998. É importante, portanto, considerá-los nas análises financeiras.

5.2.6. Precaução contra aumento de tarifas e frente ao aumento de temperatura

Diante do aumento de temperatura a níveis global e locais, a tendência é que a carga

instalada de aparelhos de ar condicionado e seu uso também cresçam. O uso de equipamentos

mais eficientes, todavia, de certa forma mitiga o crescimento da carga, na qual o consumo por

vezes não cresce de forma proporcional a esta, ou seja, a carga instalada aumenta e o consumo

pode até mesmo diminuir em comparação ao atual devido à eficiência energética, fato que é

benéfico quando aplicado às contas de energia, pois gera economia.

Se o consumo é menor, mesmo para o caso de crescimento de tarifas pós revisões ainda

assim a conta seria menor em comparação à mesma quando existe aumento das tarifas e o

consumo é alto, como é o caso dos aparelhos atuais pouco eficientes.

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5.2.7. Linhas de financiamento de projetos de eficiência energética

As distribuidoras são obrigadas pela lei nº 9.991 de 24 de julho de 2000 a destinar 0,5%

da sua receita operacional líquida para programas de eficiência energética (PEE) no uso final

da energia.

Neste contexto, ocorre pelo menos uma vez por ano as chamadas públicas de projetos

feitas pelas distribuidoras através da publicação de um edital para recebimento de projetos de

eficiência energética por parte de empresas de serviço de energia (ESCOs), consumidores,

fabricantes, comerciantes entre outros, cujos critérios técnico-econômicos de seleção dos

projetos são pré-definidos pela ANEEL (ANEEL, 2018).

A participação neste tipo de chamadas públicas visando a modernização da antiga

instalação, sobretudo neste tempo em que a UFRJ não possui verbas próprias suficientes para

arcar com possíveis trocas de aparelhos antigos, torna-se opção interessante de linha de

financiamento.

5.2.8. Conscientização: “selo CT inverter”, cartazes e treinamentos

A conscientização sobre a necessidade de redução do consumo é fundamental para que

as pessoas venham a aderí-la (WATANABE, 2017). Portanto, aliado às possibilidades de trocas

de aparelhos, é importante novas medidas de racionalização com este intuito. Uma parceria do

Escritório de Planejamento do CT/UFRJ com o Programa CT Eficiente (de responsabilidade

dos Programas Ambientais do CT) torna-se interessante neste sentido. Três medidas simples e

de baixo custo são propostas:

Poderia ser criado o “selo CT inverter” próprio do CT/UFRJ, a ser colado na parte

inferior da evaporadora dos aparelhos que possuem tecnologia inverter, unido a um cartaz que

a explicasse brevemente, a ser colocado em alguma parte no interior do ambiente. Isto traria

três benefícios diretos: o primeiro, um apelo visual à importância da eficiência de energia a

partir desta tecnologia; o segundo, uma identificação visual para as pessoas leigas no assunto

que ao ver o selo ou o cartaz teriam conhecimento sobre seus benefícios; o terceiro, a marcação

dos aparelhos nos forneceria um dado que ajudaria em trabalhos futuros de mapeamento dos

tipos de ar-condicionado presentes no CT/UFRJ, visto que em geral a identificação apenas por

inspeção visual dos equipamentos dotados desta tecnologia é difícil.

A segunda medida proposta é um novo cartaz para o programa “Essa conta é de todos”

que precisa ser constantemente atualizada e relembrada, com slogan do tipo: “Conta de energia

alta: é hora de inverter este jogo!”, o qual poderia ser colocado até no mesmo cartaz que explica

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o “selo CT inverter” ou em cartaz separado caso se queira colocar mais informação no mesmo.

A proposta seria ele também ser fixado nos ambientes em que houve instalação de algum

equipamento com tecnologia inverter.

Outra medida proposta é a aplicação de treinamentos através de palestras, cuja

finalidade seria contribuir para a conscientização da importância do uso racional de energia,

ajudando assim na manutenção dos benefícios a partir dos sistemas trocados, de maneira que

as pessoas mudem a sua forma de uso do ar-condicionado não somente na Universidade, mas

também em casa.

5.2.9. Incentivos para blocos devido à redução de consumo

Reconhecimento e bonificação financeira podem ser meios para estimular a redução nas

contas de energia. Ciente do consumo de energia de cada bloco do CT/UFRJ (o que seriam

necessários novos estudos e medições), a cada semestre ou anualmente, poder-se-ia ter um

ranking do consumo e uma premiação para os prédios que, em proporção aos outros,

consumissem menos energia ou batessem determinada meta. A premiação poderia variar desde

reconhecimento e mérito até bonificação financeira, que não ocorreria em tempos de crise

financeira.

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6. Conclusões

Este projeto de eficiência energética voltado à climatização da Biblioteca e setor

administrativo (Decania) do CT/UFRJ propôs a troca dos aparelhos antigos (tipo janela e split

hi wall convencional) por aparelhos novos e eficientes energeticamente, com selo PROCEL e

ENCE com classificação A, em alguns casos B e dotados de tecnologia inverter sempre que

possível.

A metodologia utilizada levou em conta o levantamento das contas de energia elétrica

do CT/UFRJ dos últimos anos e de dados pertinentes aos aparelhos de ar condicionado na

Decania e Biblioteca como capacidade, quantidade e local. Posteriormente foi realizada uma

análise técnico-econômica a partir de estimativas de consumo exposto no PROPEE da ANEEL

aliado a indicadores financeiros.

As principais dificuldades encontradas ao longo deste projeto foram: a não

correspondência entre os coeficientes de eficiência energética apresentados em tabelas do

Inmetro e a realidade de economia que aparelhos com tecnologia inverter podem trazer; a falta

de correspondência entre os modelos à venda apresentados pelo Inmetro e os encontrados no

mercado efetivamente; a estimativa de parâmetros ligados ao consumo que correspondessem à

realidade para a modelagem.

Em contrapartida, a rápida contribuição do Planejamento do CT/UFRJ e da própria

UFRJ em fornecer suas contas de energia elétrica, seus dados já organizados de levantamento

dos aparelhos da Decania e Biblioteca, curvas de carga do CT/UFRJ permitiu verificar desde o

início a necessidade de projetos deste gênero.

Ao final deste projeto chegou-se ao objetivo de propor uma solução eficiente

energeticamente para um local do CT/UFRJ a fim de estimular a conscientização quanto ao

consumo, sua necessidade, o quão viável financeiramente é, além de levar em conta novas

alternativas tecnológicas que poderiam se perpetuar no CT/UFRJ.

O projeto propôs três sistemas diferentes para substituição do atual. Tecnicamente pode-

se concluir que todas as propostas trazem benefícios energéticos, pois proporcionam menor

consumo, superior ao critério do mínimo de 10% de redução, com destaque para o sistema 1

(troca de todos os aparelhos) cuja economia é equivalente a 166,4 MWh/ano podendo chegar

até 207,9 MWh/ano, de acordo com os cenários de rendimento mínimo ou máximo

considerados para os aparelhos inverter e reduzindo o consumo em 33,7% e 42,2%,

respectivamente, comparados ao sistema atual.

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No âmbito financeiro, a taxa interna de retorno ficou bem acima da taxa mínima de

atratividade (7,5%), variando entre 21,92% e 36,00% de acordo com cada proposta. O valor

presente líquido foi positivo, mostrando a viabilidade de cada alternativa do projeto quanto a

estes parâmetros. Porém, a relação custo-benefício e o tempo de retorno (payback) foram

decisivos para a aderência maior a duas propostas.

As RCB menores que 0,8 foram dos sistemas I e III. Para o sistema I, a tecnologia

inverter deveria trazer no mínimo 30% de economia enquanto para o sistema III, 20% de

economia, fatos assegurados pelos fabricantes em comparação ao sistema split convencional.

Ao considerar o pior caso de payback que é o descontado e com manutenção, apenas as

alternativas I e III alcançam o objetivo de não ser maior que 10 anos, com o inverter alcançando

ao menos 30% e 40% de economia, respectivamente. Sem considerar os custos de manutenção,

o sistema I apresenta viabilidade a partir de 30% de economia pelo inverter e o sistema III a

partir de 20% de economia.

O presente projeto de engenharia instiga a comunidade acadêmica a ter um olhar de

maior consciência para o consumo desenfreado de energia, a fim de estimular a importância de

economizar para preservar. Embora seja um projeto pequeno, se aplicado e replicado em escalas

maiores, contribui significativamente para a redução de custos local nas contas, mas também

para os benefícios de alívio na geração de energia e preservação de recursos naturais os quais

seriam usados com finalidade de gerar energia e conforto para as pessoas no CT/UFRJ.

Como alternativas para o sistema atual de climatização da Biblioteca e Decania do

CT/UFRJ propõe-se então duas soluções: que sejam trocados todos os aparelhos por mais

eficientes energeticamente, com selo PROCEL e classificação A na ENCE, além de tecnologia

inverter sempre que possível , o que compõe o sistema I; que aconteça uma troca parcial dos

aparelhos, mantendo os aparelhos de 60.000 BTU/h, por aparelhos com selo PROCEL e

classificação A na ENCE e tecnologia inverter quanto possível, alternativa que compõe o

sistema III. O sistema II, com substituição por aparelhos com tecnologia convencional, não é

recomendável.

Tabela 24: Propostas viáveis: - Análise técnica

% Economia pela

tecnologia

inverter

RDP

(kW)

RDP

(%)

EE

(MWh)

EE

(%)

1 Sistema I 40% 15,3 39,1% 207,9 42,2%

2 Sistema I 30% 14,5 37,0% 194,1 39,4%

3 Sistema III 40% 8,1 20,7% 131,5 26,7%

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61

Tabela 25: Propostas viáveis - Análise econômica

Indicadores econômicos

no Sistema

% Economia

pela tecnologia

inverter

RCB TIR Investimento Benefícios

Payback

descontado

(anos)

1 Sistema I 40% 0,716 28,46% R$ 313.140,00 R$ 82.591,72 6,4

2 Sistema I 30% 0,766 26,51% R$ 313.140,00 R$ 77.100,35 7,3

3 Sistema III 40% 0,581 36,00% R$ 156.523,00 R$ 52.183,26 7,1

Por fim, diante dos altos custos para projetos deste tipo, recorrer a chamadas públicas é

uma interessante opção. Outra alternativa é trocar apenas quando o aparelho anterior sofrer uma

avaria grande, que o inviabilize de ser utilizado. Embora a troca fosse gradual e o impacto fosse

menor (por conta de existirem uma gama de aparelhos não eficientes), ainda assim estes

impactos positivos existiriam.

Por fim, seguem as propostas para possíveis projetos futuros:

Medição de linha de base que deve acontecer antes das trocas. Linha de base é um

modelo matemático do consumo dos aparelhos que seriam trocados, correlacionando a

temperatura e o consumo dos aparelhos de ar condicionado.

Medições para determinação da economia em energia e financeira posteriormente às

possíveis trocas.

Mapeamento dos aparelhos climatizadores de ar instalados em todo o CT/UFRJ.

Ampliação de projetos com viés de eficiência energética voltada à climatização, como

análises de ventilação natural aliado a sistemas artificiais para outros ambientes do CT/UFRJ,

como repartições e blocos, até cobrir o prédio inteiro.

Análise do impacto nas contas de energia elétrica a partir da troca de aparelhos do tipo

janela antigos por split inverter no prédio do CT/UFRJ.

Análise do impacto nas contas de energia elétrica a partir de novos projetos de geração

fotovoltaica no CT/UFRJ.

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Anexo A – Parâmetros e Cálculos

Horários de funcionamento e fator de utilização (Fu) considerados:

Horários de

funcionamento por

dia - Decania

Horários de

funcionamento por

dia - Biblioteca

horas 9 Total 2.376

horas 12 Total 3.168

dias 22

dias 22

meses 12

meses 12

Os aparelhos de ar condicionado foram agrupados por BTU e tipo de tecnologia. Os horários

de funcionamento são uma média ponderada da quantidade de aparelhos na decania e biblioteca

e seus horários de funcionamento.

Janela - sistema

atual Split - sistema

atual Split -sistema

proposto

perdas de

eficiência 0%

perdas de

eficiência 0%

perdas de

eficiência 0%

f.u. 0,92

f.u. 0,81

f.u. 0,70

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70

Descrição e localização dos aparelhos do sistema atual e parâmetros iniciais adotados

para FC

SISTEMA ATUAL

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

1 Tipo de

equipamento Janela Janela Janela Janela Janela

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

2

Potência de

refrigeração

(btu/h)

pa 12.000 18.000 19.000 21.000 30.000 24.000 30.000 36.000 60.000

3 COP (W/W) Ca 3,02 2,96 2,87 2,82 2,79 2,82 2,96 2,83 2,71

4 Quantidade Qa 1 9 3 2 14 1 2 3 19 54

5

Potência

elétrica

Instalada (kW)

Pa 1,16 16,04 5,83 4,36 44,10 2,49 5,94 11,20 123,15 214,3

6

Potência

elétrica média

utilizada (kW)

Pua 1,07 14,75 5,36 4,01 40,57 2,02 4,81 9,07 99,75 181,4

7 Funcionamento

(h/ano) há 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793

8

FCP (fator de

coincidência

na ponta)

FCPa 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ea 2,5 38,9 15,6 9,5 110,2 4,8 11,4 21,5 278,6 493,1

10

Demanda

média na ponta

(kW)

Da 0,00 2,46 1,79 0,00 8,69 0,00 0,00 0,00 26,25 39,19

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71

No Local Ambiente Fabricante Tipo BTU

instalado

Potência de

refrigeração

(kW)

*Consumo

de energia

em

kWh/mês

1 Decania Sala 1 - Secretaria YORK Split 24.000 7,03 52,3

2 Decania Gabinete do Decano YORK Split 30.000 8,79 64,7

3 Decania Sala 2 - Coord. Pessoas SPRINGER Janela 19.000 5,57 40,8

4 Decania Sala 4 - SGI SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

5 Decania Sala 6 - Licitações e Compras SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7

6 Decania Sala 14 - Reprografia MIDEA Split 30.000 8,79 64,7

7 Decania Sala 12 - EPLAN/CT ELECTROLUX Split 36.000 10,55 78,6

8 Decania Sala 8 - PR4 SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7

9 Decania Copa SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

10 Decania Sala 10 - Finaceiro e Patrimônio SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

11 Decania Administração ELGIN Split 60.000 17,58

12 Decania Administração SPRINGER Janela 21.000 6,15 45,8

13 Decania Auditório - Sala controle ou

Camarim SPRINGER Janela 21.000 6,15 45,8

14 Decania Seção de ensino SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7

15 Decania Seção de ensino SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7

16 Decania Protocolo SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7

17 Decania Manutenção SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

18 Decania Manutenção SPRINGER Janela 19.000 5,57 40,8

19 Decania Almoxarifado SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

20 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

21 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

22 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

23 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

24 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

25 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

26 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

27 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

28 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

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72

29 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

30 B.C Sala de registro SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7

31 B.C Sala telefonia e xerox SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

32 B.C Sala Chefe BC SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

33 B.C Seção Periódicos SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

34 B.C Seção Aquisição CONSUL Janela 18.000 5,27 38,4

35 B.C Secretaria SPRINGER Janela 19.000 5,57 40,8

36 B.C Processos técnicos ELGIN Janela 18.000 5,27 38,1

37 B.C Processos técnicos CONSUL Janela 30.000 8,79 64,8

38 Decania Informática CARRIER Split 36.000 10,55 77,1

39 Decania Informática SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

40 Decania Informática SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

41 Decania Hall do salão nobre YORK Split 60.000 16,99 137

42 Decania Hall do salão nobre YORK Split 60.000 16,99 137

43 Decania Hall do salão nobre YORK Split 60.000 16,99 137

44 Decania ATIVIDA SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7

54 Decania ATIVIDA SPRINGER Janela 12.000 3,52 24,5

55 Decania ATIVIDA YORK Split 60.000 16,99 137

56 Decania SALA C CARRIER Split 36.000 10,55 77,1

57 Decania OBRAS RARAS ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

58 Decania OBRAS RARAS ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

59 Decania OBRAS RARAS ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

60 Decania OBRAS RARAS ELGIN Split 60.000 17,58 130,9

61 B.C Sala Virtual SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

62 B.C Sala Virtual CONSUL Janela 30.000 8,79 66,2

63 Decania Sala de som do auditório SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2

(*) Consumo de Energia com base nos resultados do ciclo normalizado pelo INMETRO, de 1 hora por dia por mês

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74

Custos de demanda (tarifa azul) Ramo: instituição de ensino Tarifa de energia azul

FC* C1 **

(R$/kW.mês)

C2 **

(R$/kW.mês) LP LE1 LE2 LE3 LE4

TUSD ***

(R$/MWh)

TEPbdv ***

(R$/MWh)

TEFPbdv ***

(R$/MWh)

31% 32,45 17,50 0,25 0,2732 0,1912 0,3517 0,2483 125,44 440,48 269,42

*FC = Fator de carga que muda de acordo com o ramo de atividade (BEZERRA, 2008) e influi em LP, LE1, LE2, LE3, LE4 que são parâmetros conforme

tabela ANEEL (2018). Foi escolhido o FC para instituição de ensino que equivale a 0,31

**C1 e C2 conforme a metodologia da ANEEL (2018) são custos de demanda que devem ser escolhidos para modalidade

azul da distribuidora

***TUSD, TEPbdv, TEFPbdv devem ter por base a tarifa de energia azul da distribuidora (RJ Light, agosto/2019), conforme metodologia da ANEEL

(2018),

Valoração dos benefícios

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76

Parâmetros adotados para a valoração dos benefícios

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED (R$/kW

ano)

CP

(R$/MWh) LEP

CFP

(R$/MWh) LEFP

EE

(MWh/ano) CEE (R$/MWh)

Varia 12*C1+12*C2*LP 565,92 0,2390 394,86 0,3086 Varia =CP*LEP+CFP*LEFP/(LEP+LEFP)

Fator de recuperação de capital

*Adotado 15 anos de vida útil para sistemas de ar condicionado, nem o atual 20 (MARANGONI et al., 2015) nem abaixo 12. Ver ANEEL (2001) que

fala 12 e 15 e WEBarcondicionado

**Taxa de desconto apresentada pela EPE (PDE 2027), pág 59

Fator de recuperação de

capital

i (1/ano) u (anos) FRC

(1/ano)

8% 10 0,1490

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77

Tarifas verde de demanda e energia Light – Modalidade A4: agosto de 2019

Tarifas Verde - A4

Demanda

(Ponta)

R$/kW

Consumo

(FP)

R$/MWh

32,45 394,86

Taxa estimada de crescimento da tarifa anual

Taxa de crescimento da

tarifa a.a.

Últimos 5

anos 4,494%

Últimos 15

anos 2,356%

Adotado: 2,356%

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78

Tarifas poder público e estimativa de crescimento da tarifa

Tarifas poder público

Sudeste (ANEEL)

2003 342,69

2004 355,99

2005 367,73

2006 376,71

2007 375,55

2008 364,4

2009 371,31

2010 368,54

2011 373,53

2012 377,6

2013 353,26

2014 299,71

2015 434,43

2016 477,86

2017 454,91

2018 506,51

2019 520,68

TAXA: 2,356% a.a

y = 8,6294x + 317,71

0

100

200

300

400

500

600

20032004200520062007200820092010201120122013201420152016201720182019

Crescimento da tarifa linearizado (15 anos)

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79

Sistema proposto I: troca de todos os aparelhos por split inverter (sempre que possível) + selo PROCEL A (sempre que possível)

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

BTU

atual Tipo atual

BTU

proposto

Tipo

proposto Marca CEE Classificação

Potência

elétrica

Consumo

padronizado Tensão (V) Quantidade

1 12.000 Janela 12.000 Split Inverter Daikin 3,45 A 1.026 - 220 - 1o 1

2 18.000 Janela 18.000 Split Inverter Daikin 3,52 A 1.511 - 220 - 1o 9

3 19.000 Janela 18.000 Split Inverter Daikin 3,52 A 1.511 - 220 - 1o 3

4 21.000 Janela 21.500 Split Inverter Samsung 3,36 A 1.875 46,4 220 - 1o 2

5 30.000 Janela 30.000 Split Inverter Agratto 3,40 A 2.434 51,1 220 - 1o 14

6 24.000 Split Hi

Wall 24.000 Split Inverter Daikin 3,53 A 2.000 - 220 - 1o 1

7 30.000 Split Hi

Wall 30.000 Split Inverter Agratto 3,40 A 2.434 51,1 220 - 1o 2

8 36.000 Split Hi

Wall 36.000

Split piso teto

Inverter Carrier 3,35 A 3.149 - 220 - 1o 3

9 60.000 Split Hi

Wall 60.000 Split piso teto Trane 3,23 B 5.387 98,2 220 - 3o 19

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80

Custos de equipamentos, instalação e manutenção do sistema proposto I

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

BTU

proposto Tipo proposto

Preço un

(R$)

Custos dos

equipamentos Instalação (un.)

Custos das

instalações

Manutenção

(un.)

Custos das

manutenções

Custos totais

anuais

1 12.000 Split Inverter R$ 1.828,00 R$ 1.828,00 R$ 762,50 R$ 762,50 R$ 325,00 R$ 325,00 R$ 2.590,50

2 18.000 Split Inverter R$ 2.758,00 R$ 24.822,00 R$ 790,50 R$ 7.114,50 R$ 340,00 R$ 3.060,00 R$ 31.936,50

3 18.000 Split Inverter R$ 2.758,00 R$ 8.274,00 R$ 790,50 R$ 2.371,50 R$ 340,00 R$ 1.020,00 R$ 10.645,50

4 21.500 Split Inverter R$ 2.878,50 R$ 5.757,00 R$ 916,00 R$ 1.832,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 7.589,00

5 30.000 Split Inverter R$ 3.599,00 R$ 50.386,00 R$ 978,50 R$ 13.699,00 R$ 340,00 R$ 4.760,00 R$ 64.085,00

6 24.000 Split Inverter R$ 4.197,00 R$ 4.197,00 R$ 916,00 R$ 916,00 R$ 340,00 R$ 340,00 R$ 5.113,00

7 30.000 Split Inverter R$ 3.599,00 R$ 7.198,00 R$ 978,50 R$ 1.957,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 9.155,00

8 36.000 Split piso teto

Inverter R$ 7.245,00 R$ 21.735,00 R$ 1.224,50 R$ 3.673,50 R$ 475,00 R$ 1.425,00 R$ 25.408,50

9 60.000 Split piso teto R$ 6.698,00 R$ 127.262,00 R$ 1.545,00 R$ 29.355,00 R$ 475,00 R$ 9.025,00 R$ 156.617,00

Total em

equipamentos:

Total em

instalações:

Total em

manutenções:

R$ 251.459,00

R$ 61.681,00

R$ 21.315,00

Custo total Custo anual

manutenção

R$ 313.140,00 R$ 21.315,00

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81

Custos dos equipamentos e custos anualizados no sistema proposto I

Custo de cada equipamento

Custo total

em

equipamentos

Custo

total

CEN1 CEN2 CEN3 CEN4 CEN5 CEN6 CEN7 CEN8 CEN9 CET CT

R$ 2.591 R$ 31.937 R$ 10.646 R$ 7.589 R$ 64.085 R$ 5.113 R$ 9.155 R$ 25.409 R$ 156.617 R$ 251.459 R$

313.140

Custo anualizado de cada equipamento

CAN1

(R$/ano)

CAN2

(R$/ano)

CAN3

(R$/ano)

CAN4

(R$/ano)

CAN5

(R$/ano)

CAN6

(R$/ano)

CAN7

(R$/ano)

CAN8

(R$/ano)

CAN9

(R$/ano)

481 5.927 1.976 1.408 11.893 949 1.699 4.715 29.066

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82

Descrição do funcionamento do sistema proposto I

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto I:

10% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 10%

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,5 22,4 8,2 5,6 61,9 3,0 7,7 14,1 202,2 326,7

10

Demanda

média na

ponta (kW)

Dp1 0,00 1,42 0,94 0,00 4,89 0,00 0,00 0,00 19,05 26,30

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

1 Tipo de

equipamento

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Piso-

teto

Split

Piso-

teto

2

Potência de

refrigeração

(btu/h)

pp1 12.000 18.000 18.000 21.500 30.000 24.000 30.000 36.000 60.000

3 COP (W/W) Cp1 3,45 3,52 3,52 3,36 3,40 3,53 3,40 3,35 3,23

4 Quantidade Qp1 1 9 3 2 14 1 2 3 19

5

Potência

elétrica

Instalada (kW)

Pp1 1,02 13,48 4,49 3,75 36,19 1,99 5,17 9,45 103,41 179,0

6

Potência

elétrica média

utilizada (kW)

Pup1 0,64 8,50 2,83 2,36 22,80 1,26 3,26 5,95 72,39 120,0

7 Funcionamento

(h/ano) hp

1 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793

8

FCP (fator de

coincidência

na ponta)

FCPp1 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500

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83

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano) CEE

(R$/MWh)

12,89 441,90 166,39 357,78

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

65.228 58.114 0,891

Análise econômica

considerando custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 371.952,33

TIR 22,51%

Ano Fluxo de caixa

com manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 313.140,00 -R$

313.140,00

-R$

313.140,00

-R$

313.140,00

1 R$ 67.675,34 -R$

266.779,66 R$ 62.953,81

-R$

271.501,19

2 R$ 69.269,77 -R$

218.824,89 R$ 59.941,39

-R$

232.874,80

3 R$ 70.901,77 -R$

169.238,12 R$ 57.073,13

-R$

197.116,67

4 R$ 72.572,21 -R$

117.980,91 R$ 54.342,11

-R$

164.089,56

5 R$ 74.282,01 -R$

65.013,89 R$ 51.741,78

-R$

133.662,78

6 R$ 76.032,10 -R$

10.296,79 R$ 49.265,87

-R$

105.711,91

7 R$ 77.823,42 R$ 46.211,62 R$ 46.908,44 -R$

80.118,46

8 R$ 79.656,93 R$ R$ 44.663,82 -R$

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84

104.553,56 56.769,64

9 R$ 81.533,65 R$

164.772,21 R$ 42.526,61

-R$

35.558,04

10 R$ 83.454,59 R$

226.911,80 R$ 40.491,66

-R$

16.381,38

11 R$ 85.420,78 R$

291.017,57 R$ 38.554,09 R$ 857,71

12 R$ 87.433,29 R$

357.135,86 R$ 36.709,23 R$ 16.251,93

13 R$ 89.493,22 R$

425.314,08 R$ 34.952,65 R$ 29.889,58

14 R$ 91.601,68 R$

495.600,75 R$ 33.280,12 R$ 41.854,70

15 R$ 93.759,81 R$

568.045,57 R$ 31.687,63 R$ 52.227,33

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto I:

20% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 20%

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,4 19,9 7,3 5,0 55,0 2,7 6,9 12,6 202,2 312,9

10

Demanda

média na

ponta (kW)

Dp1 0,00 1,26 0,84 0,00 4,34 0,00 0,00 0,00 19,05 25,49

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano) CEE

(R$/MWh)

13,70 441,90 180,23 357,78

Page 98: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

85

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

70.535 58.114 0,824

Análise econômica

considerando custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 428.852,37

TIR 24,53%

Ano Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 313.140,00 -R$

313.140,00

-R$

313.140,00

-R$

313.140,00

1 R$ 73.296,09 -R$

261.158,91 R$ 68.182,41

-R$

266.272,59

2 R$ 75.022,94 -R$

207.450,97 R$ 64.919,80

-R$

222.667,80

3 R$ 76.790,48 -R$

151.975,49 R$ 61.813,31

-R$

182.169,49

4 R$ 78.599,67 -R$

94.690,82 R$ 58.855,47

-R$

144.629,01

5 R$ 80.451,47 -R$

35.554,35 R$ 56.039,17

-R$

109.904,85

6 R$ 82.346,91 R$ 25.477,56 R$ 53.357,63 -R$

77.862,22

7 R$ 84.287,00 R$ 88.449,56 R$ 50.804,40 -R$

48.372,81

8 R$ 86.272,81 R$

153.407,37 R$ 48.373,35

-R$

21.314,46

9 R$ 88.305,39 R$

220.397,76 R$ 46.058,63 R$ 3.429,18

10 R$ 90.385,87 R$

289.468,63 R$ 43.854,67 R$ 25.968,85

11 R$ 92.515,36 R$

360.668,99 R$ 41.756,18 R$ 46.410,03

12 R$ 94.695,02 R$

434.049,01 R$ 39.758,10 R$ 64.853,12

13 R$ 96.926,04 R$

509.660,05 R$ 37.855,62 R$ 81.393,75

14 R$ 99.209,61 R$

587.554,66 R$ 36.044,19 R$ 96.122,94

15 R$ 101.546,99 R$

667.786,65 R$ 34.319,43

R$

109.127,37

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86

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto I:

30% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 30% 0,70

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,2 17,4 6,4 4,4 48,2 2,3 6,0 11,0 202,2 299,1

10

Demanda

média na

ponta (kW)

Dp1 0,00 1,10 0,73 0,00 3,80 0,00 0,00 0,00 19,05 24,69

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano) CEE

(R$/MWh)

14,50 441,90 194,07 357,78

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

75.843 58.114 0,766

Análise econômica

considerando custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 485.752,41

TIR 26,51%

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87

Ano Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 313.140,00 -R$

313.140,00

-R$

313.140,00

-R$

313.140,00

1 R$ 78.916,83 -R$

255.538,17 R$ 73.411,01

-R$

261.043,99

2 R$ 80.776,11 -R$

196.077,06 R$ 69.898,20

-R$

212.460,79

3 R$ 82.679,20 -R$

134.712,86 R$ 66.553,49

-R$

167.222,30

4 R$ 84.627,12 -R$

71.400,74 R$ 63.368,83

-R$

125.168,47

5 R$ 86.620,93 -R$ 6.094,81 R$ 60.336,56 -R$

86.146,91

6 R$ 88.661,72 R$ 61.251,91 R$ 57.449,38 -R$

50.012,52

7 R$ 90.750,59 R$

130.687,51 R$ 54.700,36

-R$

16.627,16

8 R$ 92.888,68 R$

202.261,18 R$ 52.082,89 R$ 14.140,73

9 R$ 95.077,13 R$

276.023,32 R$ 49.590,66 R$ 42.416,39

10 R$ 97.317,15 R$

352.025,47 R$ 47.217,69 R$ 68.319,08

11 R$ 99.609,94 R$

430.320,41 R$ 44.958,27 R$ 91.962,35

12 R$ 101.956,75 R$

510.962,16 R$ 42.806,96

R$

113.454,32

13 R$ 104.358,85 R$

594.006,02 R$ 40.758,60

R$

132.897,92

14 R$ 106.817,55 R$

679.508,57 R$ 38.808,25

R$

150.391,17

15 R$ 109.334,17 R$

767.527,74 R$ 36.951,23

R$

166.027,41

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto I:

40% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 40% 0,60

SISTEMA PROPOSTO I - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,0 15,0 5,5 3,7 41,3 2,0 5,2 9,4 202,2 285,2

10

Demanda

média na

ponta (kW)

Dp1 0,00 0,94 0,63 0,00 3,26 0,00 0,00 0,00 19,05 23,88

Page 101: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

88

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano) CEE

(R$/MWh)

15,31 441,90 207,91 357,78

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

81.151 58.114 0,716

Análise econômica

considerando custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 542.652,44

TIR 28,46%

Ano Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 313.140,00 -R$

313.140,00

-R$

313.140,00

-R$

313.140,00

1 R$ 84.537,58 -R$

249.917,42 R$ 78.639,61

-R$

255.815,39

2 R$ 86.529,28 -R$

184.703,14 R$ 74.876,61

-R$

202.253,79

3 R$ 88.567,91 -R$

117.450,23 R$ 71.293,68

-R$

152.275,11

4 R$ 90.654,57 -R$

48.110,66 R$ 67.882,19

-R$

105.707,92

5 R$ 92.790,39 R$ 23.364,73 R$ 64.633,95 -R$

62.388,97

6 R$ 94.976,53 R$ 97.026,27 R$ 61.541,14 -R$

22.162,83

7 R$ 97.214,18 R$

172.925,45 R$ 58.596,32 R$ 15.118,49

8 R$ 99.504,55 R$ R$ 55.792,42 R$ 49.595,92

Page 102: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

89

251.114,99

9 R$ 101.848,87 R$

331.648,87 R$ 53.122,69 R$ 81.403,61

10 R$ 104.248,43 R$

414.582,30 R$ 50.580,71

R$

110.669,31

11 R$ 106.704,53 R$

499.971,83 R$ 48.160,36

R$

137.514,67

12 R$ 109.218,49 R$

587.875,32 R$ 45.855,83

R$

162.055,51

13 R$ 111.791,67 R$

678.351,99 R$ 43.661,58

R$

184.402,08

14 R$ 114.425,49 R$

771.462,48 R$ 41.572,32

R$

204.659,40

15 R$ 117.121,35 R$

867.268,83 R$ 39.583,04

R$

222.927,44

Page 103: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

90

Sistema proposto II: troca de todos os aparelhos por split convencional + selo PROCEL A (sempre que possível)

SISTEMA PROPOSTO II - Máxima eficiência com Split Convencional + Selo PROCEL A

BTU

atual Tipo atual

BTU

proposto

Tipo

proposto Marca COP Classificação Tensão (V) Quantidade

1 12.000 Janela 12.000 Split Elgin 3,32 A 220 - 1o 1

2 18.000 Janela 18.000 Split Agratto 3,43 A 220 - 1o 9

3 19.000 Janela 18.000 Split Agratto 3,43 A 220 - 1o 3

4 21.000 Janela 18.000 Split Agratto 3,43 A 220 - 1o 2

5 30.000 Janela 30.000 Split Elgin 3,27 A 220 - 1o 14

6 24.000 Split Hi

Wall 24.000 Split Elgin 3,46 A 220 - 1o 1

7 30.000 Split Hi

Wall 30.000 Split Elgin 3,27 A 220 - 1o 2

8 36.000 Split Hi

Wall 36.000 Split piso teto Elgin 3,24 A 220 - 1o 3

9 60.000 Split Hi

Wall 60.000 Split piso teto Trane 3,23 B 220 - 3o 19

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91

Custos de equipamentos, instalação e manutenção do sistema proposto II

SISTEMA PROPOSTO 2 - Máxima eficiência com Split Convencional + Selo PROCEL A

BTU

proposto

Tipo

proposto Preço un (R$)

Custos dos

equipamentos

Instalação

(un.)

Custos das

instalações

Manutenção

(un.)

Custos das

manutenções

Custos totais

anuais

1 12.000 Split R$ 1.336,00 R$ 1.336,00 R$ 762,50 R$ 762,50 R$ 325,00 R$ 325,00 R$ 2.098,50

2 18.000 Split R$ 1.934,00 R$ 17.406,00 R$ 790,50 R$ 7.114,50 R$ 340,00 R$ 3.060,00 R$ 24.520,50

3 18.000 Split R$ 1.934,00 R$ 5.802,00 R$ 790,50 R$ 2.371,50 R$ 340,00 R$ 1.020,00 R$ 8.173,50

4 18.000 Split R$ 1.934,00 R$ 3.868,00 R$ 916,00 R$ 1.832,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 5.700,00

5 30.000 Split R$ 3.299,00 R$ 46.186,00 R$ 978,50 R$ 13.699,00 R$ 340,00 R$ 4.760,00 R$ 59.885,00

6 24.000 Split R$ 2.330,00 R$ 2.330,00 R$ 916,00 R$ 916,00 R$ 340,00 R$ 340,00 R$ 3.246,00

7 30.000 Split R$ 3.299,00 R$ 6.598,00 R$ 978,50 R$ 1.957,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 8.555,00

8 36.000 Split piso teto R$ 4.973,00 R$ 14.919,00 R$ 1.224,50 R$ 3.673,50 R$ 475,00 R$ 1.425,00 R$ 18.592,50

9 60.000 Split piso teto R$ 6.698,00 R$ 127.262,00 R$ 1.545,00 R$ 29.355,00 R$ 475,00 R$ 9.025,00 R$ 156.617,00

Total em

equipamentos:

Total em

instalações:

Total em

manutenções:

R$ 225.707,00

R$ 61.681,00

R$ 21.315,00

Custo total Custo anual

manutenção

R$ 287.388,00 R$ 21.315,00

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92

Custos dos equipamentos e custos anualizados no sistema proposto II

Custo de cada equipamento

Custo total

em

equipamentos

Custo

total

CEN1 CEN2 CEN3 CEN4 CEN5 CEN6 CEN7 CEN8 CEN9 CET CT

R$ 2.099 R$ 24.521 R$ 8.174 R$ 5.700 R$ 59.885 R$ 3.246 R$ 8.555 R$ 18.593 R$ 156.617 R$ 225.707 R$

287.388

Custo anualizado de cada equipamento

CAN1

(R$/ano)

CAN2

(R$/ano)

CAN3

(R$/ano)

CAN4

(R$/ano)

CAN5

(R$/ano)

CAN6

(R$/ano)

CAN7

(R$/ano)

CAN8

(R$/ano)

CAN9

(R$/ano)

398 4.653 1.551 1.082 11.364 616 1.623 3.528 29.719

Page 106: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

93

Descrição do funcionamento do sistema proposto II

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto II:

Não possui tecnologia inverter

SISTEMA PROPOSTO 2 - Máxima eficiência com Split Convencional + Selo PROCEL A

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,8 25,6 9,4 5,1 71,5 3,4 8,9 16,2 202,2 344,1

10 Demanda média

na ponta (kW) Dp

1 0,00 1,61 1,08 0,00 5,64 0,00 0,00 0,00 19,05 27,39

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano)

CEE

(R$/MWh)

11,80 441,90 149,03 357,78

SISTEMA PROPOSTO II - Máxima eficiência com Split Convencional + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

1 Tipo de

equipamento Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Piso-

teto

Split

Piso-

teto

2

Potência de

refrigeração

(btu/h)

pp1 12.000 18.000 18.000 18.000 30.000 24.000 30.000 36.000 60.000

3 COP (W/W) Cp1 3,32 3,43 3,43 3,43 3,27 3,46 3,27 3,24 3,23

4 Quantidade Qp1 1 9 3 2 14 1 2 3 19

5

Potência

elétrica

Instalada (kW)

Pp1 1,06 13,84 4,61 3,08 37,63 2,03 5,38 9,77 103,41 180,8

6

Potência

elétrica média

utilizada (kW)

Pup1 0,74 9,69 3,23 2,15 26,34 1,42 3,76 6,84 72,39 126,6

7 Funcionamento

(h/ano) hp

1 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793

8

FCP (fator de

coincidência

na ponta)

FCPp1 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500

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94

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

58.536 54.534 0,932

Análise econômica

considerando custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 326.324,90

TIR 21,92%

no Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 287.388,00 -R$

287.388,00

-R$

287.388,00

-R$

287.388,00

1 R$ 60.624,28 -R$

248.078,72 R$ 56.394,68

-R$

252.308,32

2 R$ 62.052,59 -R$

207.341,13 R$ 53.696,13

-R$

219.927,19

3 R$ 63.514,55 -R$

165.141,59 R$ 51.126,71

-R$

190.115,49

4 R$ 65.010,95 -R$

121.445,64 R$ 48.680,23

-R$

162.750,25

5 R$ 66.542,61 -R$

76.218,03 R$ 46.350,83

-R$

137.714,43

6 R$ 68.110,35 -R$

29.422,68 R$ 44.132,89

-R$

114.896,54

7 R$ 69.715,03 R$ 18.977,35 R$ 42.021,08 -R$

94.190,46

8 R$ 71.357,52 R$ 69.019,87 R$ 40.010,32 -R$

75.495,14

9 R$ 73.038,70 R$

120.743,57 R$ 38.095,78

-R$

58.714,36

10 R$ 74.759,49 R$

174.188,07 R$ 36.272,85

-R$

43.756,51

11 R$ 76.520,83 R$

229.393,89 R$ 34.537,15

-R$

30.534,36

12 R$ 78.323,66 R$

286.402,55 R$ 32.884,51

-R$

18.964,85

13 R$ 80.168,96 R$

345.256,51 R$ 31.310,95 -R$ 8.968,90

14 R$ 82.057,74 R$

405.999,25 R$ 29.812,68 -R$ 471,22

15 R$ 83.991,02 R$

468.675,28 R$ 28.386,11 R$ 6.599,90

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95

Sistema proposto III: troca parcial de aparelhos por split inverter + selo PROCEL A

Custos de equipamentos, instalação e manutenção do sistema proposto III

SISTEMA PROPOSTO III - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

BTU

proposto

Tipo

proposto

Preço un

(R$)

Custos dos

equipamentos

Instalação

(un.)

Custos das

instalações

Manutenção

(un.)

Custos das

manutenções

Custos totais

anuais

1 12.000 Split Inverter R$ 1.828,00 R$ 1.828,00 R$ 762,50 R$ 762,50 R$ 325,00 R$ 325,00 R$ 2.590,50

2 18.000 Split Inverter R$ 2.758,00 R$ 24.822,00 R$ 790,50 R$ 7.114,50 R$ 340,00 R$ 3.060,00 R$ 31.936,50

SISTEMA PROPOSTO III - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

BTU

atual Tipo atual

BTU

proposto

Tipo

proposto Marca CEE Classificação Tensão (V) Quantidade

1 12.000 Janela 12.000 Split Inverter Daikin 3,45 A 220 - 1o 1

2 18.000 Janela 18.000 Split Inverter Daikin 3,52 A 220 - 1o 9

3 19.000 Janela 18.000 Split Inverter Daikin 3,52 A 220 - 1o 3

4 21.000 Janela 21.500 Split Inverter Samsung 3,36 A 220 - 1o 2

5 30.000 Janela 30.000 Split Inverter Agratto 3,40 A 220 - 1o 14

6 24.000 Split Hi

Wall 24.000 Split Inverter Daikin 3,53 A 220 - 1o 1

7 30.000 Split Hi

Wall 30.000 Split Inverter Agratto 3,40 A 220 - 1o 2

8 36.000 Split Hi

Wall 36.000

Split piso

teto Inverter Carrier 3,35 A 220 - 1o 3

9 60.000 Split Hi

Wall

Não

troca Não troca - 2,71 - - 19

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96

3 18.000 Split Inverter R$ 2.758,00 R$ 8.274,00 R$ 790,50 R$ 2.371,50 R$ 340,00 R$ 1.020,00 R$ 10.645,50

4 21.500 Split Inverter R$ 2.878,50 R$ 5.757,00 R$ 916,00 R$ 1.832,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 7.589,00

5 30.000 Split Inverter R$ 3.599,00 R$ 50.386,00 R$ 978,50 R$ 13.699,00 R$ 340,00 R$ 4.760,00 R$ 64.085,00

6 24.000 Split Inverter R$ 4.197,00 R$ 4.197,00 R$ 916,00 R$ 916,00 R$ 340,00 R$ 340,00 R$ 5.113,00

7 30.000 Split Inverter R$ 3.599,00 R$ 7.198,00 R$ 978,50 R$ 1.957,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 9.155,00

8 36.000 Split piso teto

Inverter R$ 7.245,00 R$ 21.735,00 R$ 1.224,50 R$ 3.673,50 R$ 475,00 R$ 1.425,00 R$ 25.408,50

9 Não

troca Não troca R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 475,00 R$ 9.025,00 R$ 0,00

Total em

equipamentos:

Total em instalações:

Total em

manutenções:

R$ 124.197,00

R$ 32.326,00

R$ 21.315,00

Custo total Custo anual

manutenção

R$ 156.523,00 R$ 21.315,00

Custos dos equipamentos e custos anualizados no sistema proposto III

Custo de cada equipamento

Custo total

em

equipamentos

Custo

total

CEN1 CEN2 CEN3 CEN4 CEN5 CEN6 CEN7 CEN8 CEN9 CET CT

R$ 2.591 R$ 31.937 R$ 10.646 R$ 7.589 R$ 64.085 R$ 5.113 R$ 9.155 R$ 25.409 R$ 0 R$ 124.197 R$

156.523

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97

Custo anualizado de cada equipamento

CAN1

(R$/ano)

CAN2

(R$/ano)

CAN3

(R$/ano)

CAN4

(R$/ano)

CAN5

(R$/ano)

CAN6

(R$/ano)

CAN7

(R$/ano)

CAN8

(R$/ano)

CAN9

(R$/ano)

487 5.998 1.999 1.425 12.036 960 1.719 4.772 0

Page 111: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

Descrição do funcionamento do sistema proposto III

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto III:

10% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 10%

SISTEMA PROPOSTO 3 - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,5 22,4 8,2 5,6 61,9 3,0 7,7 14,1 278,6 403,2

10 Demanda média

na ponta (kW) Dp

1 0,00 1,42 0,94 0,00 4,89 0,00 0,00 0,00 26,25 33,50

SISTEMA PROPOSTO 3 - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

1 Tipo de

equipamento

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Hi-Wall

Split

Piso-

teto

Split

Piso-

teto

2

Potência de

refrigeração

(btu/h)

pp1 12.000 18.000 18.000 21.500 30.000 24.000 30.000 36.000 60.000

3 COP (W/W) Cp1 3,45 3,52 3,52 3,36 3,40 3,53 3,40 3,35 2,71

4 Quantidade Qp1 1 9 3 2 14 1 2 3 19

5

Potência

elétrica

Instalada (kW)

Pp1 1,02 13,48 4,49 3,75 36,19 1,99 5,17 9,45 123,25 198,81

6

Potência

elétrica média

utilizada (kW)

Pup1 0,64 8,50 2,83 2,36 22,80 1,26 3,26 5,95 99,75 147,35

7 Funcionamento

(h/ano) hp

1 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793

8

FCP (fator de

coincidência

na ponta)

FCPp1 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500

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99

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano)

CEE

(R$/MWh)

5,69 441,90 89,97 357,78

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

34.704 29.398 0,847

Análise econômica

considerando custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 213.485,34

TIR 24,46%

Ano Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 156.523,00 -R$

156.523,00

-R$

156.523,00

-R$

156.523,00

1 R$ 36.550,46 -R$

141.287,54 R$ 34.000,43

-R$

143.837,57

2 R$ 37.411,59 -R$

125.190,95 R$ 32.373,47

-R$

132.779,10

3 R$ 38.293,01 -R$

108.212,94 R$ 30.824,36

-R$

123.269,74

4 R$ 39.195,19 -R$

90.332,75 R$ 29.349,38

-R$

115.235,36

5 R$ 40.118,63 -R$

71.529,12 R$ 27.944,98

-R$

108.605,38

6 R$ 41.063,82 -R$ R$ 26.607,78 -R$

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100

51.780,30 103.312,61

7 R$ 42.031,29 -R$

31.064,01 R$ 25.334,56

-R$

99.293,04

8 R$ 43.021,54 -R$ 9.357,47 R$ 24.122,28 -R$

96.485,77

9 R$ 44.035,13 R$ 13.362,67 R$ 22.968,00 -R$

94.832,77

10 R$ 45.072,60 R$ 37.120,27 R$ 21.868,95 -R$

94.278,82

11 R$ 46.134,51 R$ 61.939,78 R$ 20.822,50 -R$

94.771,32

12 R$ 47.221,44 R$ 87.846,22 R$ 19.826,12 -R$

96.260,20

13 R$ 48.333,98 R$

114.865,19 R$ 18.877,41

-R$

98.697,79

14 R$ 49.472,73 R$

143.022,92 R$ 17.974,11

-R$

102.038,68

15 R$ 50.638,30 R$

172.346,22 R$ 17.114,03

-R$

106.239,66

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto III:

20% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 20%

SISTEMA PROPOSTO 3 - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,4 19,9 7,3 5,0 55,0 2,7 6,9 12,6 278,6 389,3

10

Demanda

média na

ponta (kW)

Dp1 0,00 1,26 0,84 0,00 4,34 0,00 0,00 0,00 26,25 32,69

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano)

CEE

(R$/MWh)

6,50 441,90 103,81 357,78

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101

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

40.012 29.398 0,735

Análise econômica

considerando custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 270.385,38

TIR 28,40%

Ano Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 156.523,00 -R$

156.523,00

-R$

156.523,00

-R$

156.523,00

1 R$ 42.171,21 -R$

135.666,79 R$ 39.229,03

-R$

138.608,97

2 R$ 43.164,76 -R$

113.817,03 R$ 37.351,87

-R$

122.572,10

3 R$ 44.181,72 -R$

90.950,31 R$ 35.564,54

-R$

108.322,55

4 R$ 45.222,64 -R$

67.042,67 R$ 33.862,74

-R$

95.774,81

5 R$ 46.288,09 -R$

42.069,58 R$ 32.242,37

-R$

84.847,45

6 R$ 47.378,64 -R$

16.005,95 R$ 30.699,53

-R$

75.462,91

7 R$ 48.494,88 R$ 11.173,93 R$ 29.230,52 -R$

67.547,39

8 R$ 49.637,42 R$ 39.496,35 R$ 27.831,81 -R$

61.030,58

9 R$ 50.806,87 R$ 68.988,22 R$ 26.500,03 -R$

55.845,55

10 R$ 52.003,88 R$ 99.677,10 R$ 25.231,97 -R$

51.928,59

11 R$ 53.229,09 R$

131.591,20 R$ 24.024,59

-R$

49.219,00

12 R$ 54.483,17 R$

164.759,37 R$ 22.874,98

-R$

47.659,01

13 R$ 55.766,80 R$

199.211,16 R$ 21.780,39

-R$

47.193,62

14 R$ 57.080,66 R$

234.976,83 R$ 20.738,17

-R$

47.770,45

15 R$ 58.425,48 R$

272.087,31 R$ 19.745,83

-R$

49.339,62

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102

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto III:

30% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 30%

SISTEMA PROPOSTO 3 - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,2 17,4 6,4 4,4 48,2 2,3 6,0 11,0 278,6 375,5

10

Demanda

média na

ponta (kW)

Dp1 0,00 1,10 0,73 0,00 3,80 0,00 0,00 0,00 26,25 31,89

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano)

CEE

(R$/MWh)

7,30 441,90 117,65 357,78

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

45.320 29.398 0,649

Page 116: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

103

Análise econômica

considerarndo custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 327.285,41

TIR 32,23%

Ano Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 156.523,00 -R$

156.523,00

-R$

156.523,00

-R$

156.523,00

1 R$ 47.791,95 -R$

130.046,05 R$ 44.457,63

-R$

133.380,37

2 R$ 48.917,93 -R$

102.443,12 R$ 42.330,28

-R$

112.365,09

3 R$ 50.070,44 -R$

73.687,68 R$ 40.304,73

-R$

93.375,36

4 R$ 51.250,10 -R$

43.752,59 R$ 38.376,10

-R$

76.314,27

5 R$ 52.457,55 -R$

12.610,04 R$ 36.539,76

-R$

61.089,51

6 R$ 53.693,45 R$ 19.768,41 R$ 34.791,29 -R$

47.613,22

7 R$ 54.958,47 R$ 53.411,87 R$ 33.126,48 -R$

35.801,74

8 R$ 56.253,29 R$ 88.350,16 R$ 31.541,34 -R$

25.575,39

9 R$ 57.578,61 R$

124.613,77 R$ 30.032,05

-R$

16.858,34

10 R$ 58.935,17 R$

162.233,94 R$ 28.594,98 -R$ 9.578,36

11 R$ 60.323,68 R$

201.242,62 R$ 27.226,68 -R$ 3.666,67

12 R$ 61.744,90 R$

241.672,52 R$ 25.923,85 R$ 942,18

13 R$ 63.199,61 R$

283.557,14 R$ 24.683,37 R$ 4.310,55

14 R$ 64.688,60 R$

326.930,73 R$ 23.502,24 R$ 6.497,78

15 R$ 66.212,66 R$

371.828,39 R$ 22.377,63 R$ 7.560,41

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104

Cálculos da economia em energia, demanda e financeira para o sistema proposto III:

40% de economia pela tecnologia inverter

Taxa de economia

considerando inverter 40%

Sistema

1

Sistema

2

Sistema

3

Sistema

4

Sistema

5

Sistema

6

Sistema

7

Sistema

8

Sistema

9 Total

9

Energia

Consumida

(MWh/ano)

Ep1 1,0 15,0 5,5 3,7 41,3 2,0 5,2 9,4 278,6 361,6

10

Demanda

média na

ponta (kW)

Dp1 0,00 0,94 0,63 0,00 3,26 0,00 0,00 0,00 26,25 31,08

Valoração dos benefícios

Custos Demanda Custos Energia

RDP

(kW

ano)

CED

(R$/kW

ano)

EE

(MWh/ano)

CEE

(R$/MWh)

8,11 441,90 131,49 357,78

Relação Custo-Benefício

BAT

(R$/ano)

CAT

(R$/ano) RCB

50.628 29.398 0,581

Page 118: PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10030258.pdfProf. Sergio Sami Hazan, Ph.D. Prof. Gustavo da Silva Viana, D. Sc RIO DE JANEIRO,

105

Análise econômica

considerarndo custos de

manutenção

Taxa 7,50%

VPL R$ 384.185,45

TIR 36,00%

Ano Fluxo com

manutenção Saldo

Fluxo

descontado

Saldo

descontado

0 -R$ 156.523,00 -R$

156.523,00

-R$

156.523,00

-R$

156.523,00

1 R$ 53.412,70 -R$

124.425,30 R$ 49.686,23

-R$

128.151,77

2 R$ 54.671,10 -R$

91.069,20 R$ 47.308,69

-R$

102.158,09

3 R$ 55.959,15 -R$

56.425,05 R$ 45.044,91

-R$

78.428,18

4 R$ 57.277,55 -R$

20.462,51 R$ 42.889,46

-R$

56.853,72

5 R$ 58.627,01 R$ 16.849,50 R$ 40.837,15 -R$

37.331,57

6 R$ 60.008,26 R$ 55.542,76 R$ 38.883,04 -R$

19.763,53

7 R$ 61.422,05 R$ 95.649,81 R$ 37.022,44 -R$ 4.056,08

8 R$ 62.869,16 R$

137.203,97 R$ 35.250,88 R$ 9.879,79

9 R$ 64.350,35 R$

180.239,33 R$ 33.564,08 R$ 22.128,87

10 R$ 65.866,45 R$

224.790,77 R$ 31.958,00 R$ 32.771,88

11 R$ 67.418,26 R$

270.894,04 R$ 30.428,77 R$ 41.885,65

12 R$ 69.006,64 R$

318.585,67 R$ 28.972,72 R$ 49.543,37

13 R$ 70.632,43 R$

367.903,11 R$ 27.586,34 R$ 55.814,71

14 R$ 72.296,53 R$

418.884,64 R$ 26.266,30 R$ 60.766,02

15 R$ 73.999,84 R$

471.569,48 R$ 25.009,43 R$ 64.460,45