propagaÇÃo em e Écnicas radio digital e oftware … · 2013-12-14 · – pouca espessura dos...
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PROPAGAÇÃO EM SHF E TÉCNICAS
RADIO-DIGITAL E SOFTWARE RADIO
Armando RochaUniversidade de Aveiro
DETI/IT19 de Abril de 2011
Resumo
• Propagação em SHF– Bandas de frequência – Fenómenos de propagação mais relevantes– Técnicas de medição do canal de propagação
• Campanhas de Medição em Aveiro– Satélite Olympus– Satélite HotBird-6– Futuro Alpha-Sat
• Rádio Digital (aplicado a propagação)– Blocos principais– Circuitos rádio digital e software desenvolvido– Utilização de soluções no mercado
SHF• Banda entre os 3 e 30 GHz
• Comprimento de onda: 10 cm a 1 cm
– Aplicações• Links de microondas• Comunicações por satélite• Detecção remota
– Activa» Altimetria, radares de abertura sintética
– Passiva» Detecção de perfis de vapor de água e temperatura com a altitude
• Vantagens– Enorme largura de banda, maior facilidade em formatar os feixes,
menor interferência
• Desvantagens– Tecnologia mais dispendiosa: antenas, electrónica, etc– Propagação restringida a linha de vista– Sinal sujeito a atenuação devido a factores climáticos
Ligação Terra-Satélite
• Factores meteo
– Gases
– Nuvens
– Nuvens de Gelo
– Chuva
• Efeitos na onda
– Atenuação
– Despolarização
– Cintilação
Factores atmosféricos que afectam a propagação em SHF: Troposfera
• Densidade de vapor de água (g/m3)– À superfície terrestre: valor standard 7.5 g/m3
– Decresce exponencialmente em altura
– Maior tipicamente no Verão!!
• Pressão– Decresce com a altitude
• Temperatura– Decresce com a altitude a 6.5 ºC/km
Atenuação zenital (sem precipitação)
0 6 7 6 - 0 6
1 0 – 1
1 0 – 2
1
1 0
1 0 3
1 0 2
2
5
2
5
2
5
2
5
2
5
H 2 O
H 2 O
F I G U R E 6
T o t a l , d r y a i r a n d w a t e r v a p o u r a t t e n u a t i o n a t t h e z e n i t h f r o m s e a l e v e l
Zen
ith a
ttenuat
ion (dB)
F r e q u e n c y , f ( G H z )
S u r f a c e p r e s s u r e : 1 0 1 3 h P a
S u r f a c e t e m p e r a t u r e : 1 5 ° C
D r y a i rD r y a i r
T o t a l
R a n g e o f v a l u e s
25 5 2 3 . 52
1 0 21 01
0 6 7 6 - 0 6
1 0 – 1
1 0 – 2
1
1 0
1 0 3
1 0 2
2
5
2
5
2
5
2
5
2
5
H 2 O
H 2 O
F I G U R E 6
T o t a l , d r y a i r a n d w a t e r v a p o u r a t t e n u a t i o n a t t h e z e n i t h f r o m s e a l e v e l
Zen
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ttenuat
ion (dB)
F r e q u e n c y , f ( G H z )
S u r f a c e p r e s s u r e : 1 0 1 3 h P a
S u r f a c e t e m p e r a t u r e : 1 5 ° C
D r y a i rD r y a i r
T o t a l
R a n g e o f v a l u e s
25 5 2 3 . 52
1 0 21 01
Oxigénio
Vapor de água
1 dB
10 dB
100 dB
Soma
0.1 dB
10 GHz 10 GHz100 GHz
Caracterização da precipitação • Chuva (atenuação e despolarização)
– Gotas de água em queda (raio desde µm a 4.5 mm)– Tem origem a cerca de 2 km de altura– Medida pela taxa de precipitação (mm/h) com
pluviómetros
• Nuvens e nevoeiros (atenuação)– Gotas muito pequenas que flutuam (raio de alguns µm)– Pequeníssimo conteúdo de água (<0.8 g/m3)– Pouca espessura dos nevoeiros e nuvens (dezenas a
centenas de metros)
• Gelo – Cristais de gelo em nuvens na denominada melting layer(despolarização)
– Granizo, neve (atenuação e despolarização insignificante)
Gotas de chuva e gelo: formas
http://www.cs.cmu.edu/~byl/publications/raindrop.pdf
http://www.its.caltech.edu/~atomic/snowcrystals/primer/morphologydiagram.jpg
Atenuação e despolarização• Fenómeno causado pela:
– Absorção (energia é dissipada nas gotas)
– Scattering (energia é desviada das gotas)
• Despolarização– Alguma energia é
transferida para polarização
ortogonal (V�H ou PCD � PCE)• Acontece se as partículas não forem esféricas e
tiverem alinhamento preferencial
E Egotas
Copolar
CopolarCxpolar
XPD � 20.∗ �10 ���
������
Como ocorre a chuva e combate à atenuação• Em células de 2 a 10km de diâmetro que nascem, crescem e morrem
sendo arrastadas pelo vento dominante
• Combate à atenuação– Diversidade
• Local
• Temporal
– Controlo de potência
– Distribuição inteligente
de potência
– Ajustar tipo de modulação
e codificação
Medidas do canal necessárias• Pouco conhecimento do meio de
propagação– Estrutura do meio (chuva? chuva+gelo?, etc) :
Tamanho de gotas, temperatura, homogeneidade do meio, etc
– Altura da chuva– Dinâmica dos fenómenos
• Taxa de variação da atenuação e duração da atenuação
– Dependência da elevação, polarização, clima, etc?
• Importante para:– Prever a degradação do sinal
• Atenuação � Imagem desaparece ou fica com “quadrados”, velocidade de transmissão diminui, etc
• Despolarização � interferência na polarização ortogonal
– Testar desempenho de mecanismos de combate a estes efeitos
• Envolvimento: várias experiências com os satélites– Olympus (ESA 12, 20 e 30 GHz), HotBird-6 : 20
GHz, Futuro? AlphaSat: 40 GHz
Atenuação
Como prever a atenuação usando as Recomendações ITU
• Deve-se:– Medir a precipitação e em
especial a • Taxa de precipitação excedida
0.01% do tempo de um ano médio (R0.01%) ou seja (52.56 minutos num ano)
• …ou usar a Rec ITU 837-5
– Aplicar a Rec ITU-618-10• Altitude do local
• Elevação da antena
• Etc
Estatísticas de taxa de precipitação medida em Aveiro (6 anos)
• Tempo de integração de 1 minuto
0 20 40 60 80 100 12010
-6
10-4
10-2
100
102
RainDC [mm/h]
Tim
e [%
]
2005
2006
2007
2008
2009
2010
All Years
2005 2006 2007 2008 2009 20100
200
400
600
800
1000
1200
Years
Yearly
Accu
mula
ted R
ain
[m
m]
15
Atenuação medida com o HotBird-6 a 19.7 GHz (6 anos de medições)• ITU Attenuation Model
0 5 10 15 20 25
10-2
10-1
100
Attenuation (dB)
Per
cen
tage
of tim
e a
bcissa
is exce
eded
ITU-Rec. P.618
At0.01% ~17 dB
Medindo o canal: Receptores de padrão (beacon) de frequência
VCXOPLO 1X N96.91369 MHz
Copolar
Ref
f=802.2 MHz
PLO
7dBm
7dBm
Isolador
B0 12501.866 MHz
B1 19770.393 MHz
B2 29665.589 MHz
Amplificador de Baixo Ruído
Polarizaçãocruzada
X 9
FI = 872 MHz FI = 70 MHz
2
89.135912 MHz
Saídas para a
Unidade Interior
N= 195120
297{
UNIDADE EXTERIOR
Divisor de Potência
LB = 10 MHz LB = 2 MHz
UNIDADE INTERIOR
-36 dBm
LB = 1 MHz
-27 dBm
7 dBm
LB = 10 kHz
-14 dBm
LB = 5 kHz
11.5 dBm
59.3 MHz
11.5 dBm
10.675 MHz
7 dBm
7 dBm 7 dBm
FI = 10.7 MHz FI = 25 kHz
1 Vpp
CL =7 dB CL = 7 dB
FI = 70 MHz
90o
VIN=
VQU=
ARcosωt
VQU
VIN
α
KAo cosα
KAo senα
Vi=KAo cos(ωt+ α)
Detector Síncrono
Problemas e dificuldade da solução analógica
• Sinal muito fraco embora com potência concentrada numa risca estreita– Convertido para uma IF de alguns MHz
• Varia de frequência lentamente– Deve ser estabilizado em frequência e filtrado em banda
estreita– Solução
• Uso de PLLs ou AFC• Detecção coerente
• Problemas– Manter o sinal constante no circuito da PLL– Sinal pode atenuar-se muito e a PLL não consegue
manter o sincronismo• Tem que ser ajudada a re-adquirir o que pode demorar algum
tempo reduzindo o tempo de medição
– Enorme complexidade do hardware– Pouca versatilidade caso mudem as FI
• Radio Digital?
Aquisição
Auxiliada
AGC
25 kHz
25 kHz QuadFiltro de Malha
Detector de Fase
25 kHz In
VCXOCopolar
Lock/Unlock
Rádio Digital e Software Rádio• Grandes avanços na electrónica digital trouxeram:
– ADCs muito baratas (alguns dólares):• Dezenas de Ms/s e 12 bits são quase o ponto de partida
– NCO (numerically controled oscilator) e DDS• Programáveis (VCO)
– Filtros digitais• Decimadores
– DRSP (Digital Receiver
Signal Processors)
• Combinam multiplicador digital (mixer), filtros de decimação e interface série e/ou paralelo com DSP
– São interfaced com ADC
• Uma vez os dados na DSP ou PC– Usam-se programas para imitar funções de circuitos analógicos:
• PLLs, desmodulação, controlo automático de ganho, codificação, etc
Uma solução para o receptor• Amostrar a FI de, por exemplo 10.7 MHz, a 50 Ms/s
– Reduzir taxa de dados– Mover amostras para DSP ou PC– Estimar a amplitude do sinal
• Análise espectral ou ..• Detecção síncrona
– Implementar seguimento usando NCO• Avaliação em tempo real das condições de funcionamento e proceder de
acordo
• Vantagens– Menos H/W analógico, menor manutenção e menos custos de
desenvolvimento e de hardware– Maior estabilidade e reprodutibilidade– Maior flexibilidade: uso de outras FIs– Introduzida Inteligência–
1º Desenho• Um canal PLL digital
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4-2
-1
0
1
2x 10
4
Tempo (seg)
Amostras I
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4-2
0
2x 10
4
Tempo (seg)
Amostras Q
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4-2
0
2x 10
4
Tempo (seg)
Interface de Porta sériecom o Kit
Interface para leitura/escrita da DRSPcom o Kit
Dados das componentes cartesianas do sinal recebidas no Kit DSP
Software: C-Code composer
1z−
Filtro de malha por software da DSP “equivalente ao analógico
Software: implementação de PLL por software na DSP
Exemplos: Processo de aquisição da PLL por software digital para distintas diferenças de frequência ∆f
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4-20000
-10000
0
10000
20000
Tempo (seg)
Am
plit
ude
Amostras I
Amostras Q
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.410.699990
10.700000
10.700010
10.700020
10.700030
Tempo (seg)
Fre
quência
(M
Hz)
Frequência do NCO
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4-20000
-10000
0
10000
2 0000
Tempo (seg)
Am
plit
ude
Amostras I
Amostras Q
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.410.699960
10.699980
10.700000
10.700020
Tempo (seg)
Fre
quência
(M
Hz)
Frequência do NCO
∆∆∆∆f~ 5 Hz ∆∆∆∆f ~ 20 Hz
∆∆∆∆f ~100 Hz0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
-20000
-10000
0
10000
20000
Tempo (seg)
Am
plit
ude
Amostras I
Amostras Q
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
10.699900
10.699950
10.700000
10.700050
Tempo (seg)
Fre
quência
(M
Hz)
Frequência do NCO
Exemplos de AFC tracking• Implementado um AFC com o detector de frequência do
tipo cross correlator
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8-4
-2
0
2
4x 10
4
Time(sec)
Amplitude
I component
Q component
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8-10
-5
0
5
10
15
Time(sec)
Frequency(Hz)
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8-4
-2
0
2
4x 10
4
Time(sec)
Amplitude
I component
Q component
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8-20
0
20
40
60
Time(sec)
Frequency(Hz)
∆∆∆∆f=7 Hz
∆∆∆∆f=40 Hz
Frequência estabiliza
Protótipo de dois canais e teste de DDS
0 500 1000 1500 2000 2500 30000
50
100
150
200
frequencia (Hz)
dB
Isolamento do canal Copolar
Canal Co - Sem sinal
Canal Cx - Com sinal
0 500 1000 1500 2000 2500 30000
50
100
150
200
frequencia (Hz)
dB
Isolamento do canal Crosspolar
Canal Co - Com sinal
Canal Cx - Sem sinal
Isolamento entre os dois canais >90 dB
DDS
Espectro do oscilador da DDS
Administração inteligente da PLL:• Condições avaliadas em tempo real
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100-1000
0
1000
2000
Amostras I e Q na saida dos filtros FIR
Am
plit
ude
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
2040
Amostras I actuadas pelo AGC
Am
plit
ude
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-100
0
100
Diferenca de Frequencia
Hz
20
30
40Average CNR
dB
/Hz
NCO congelado SNR baixo
NCO recomeçado SNR recuperou
Porquê ir para soluções no mercado• Desenvolvimento de H/W “em casa”
– Vantagens• Conhecimento de todo o hardware
– Desvantagens• Requer algumas competências transversais
– RF e Electrónica digital, Arquitectura de computadores, Programação e optimização
• Elevado custo de desenvolvimento (uma ou duas unidades não se pagam)
• Dificuldade de diagnosticar os problemas de Hardware
• Soluções no Mercado– Vantagens
• Preço acessível e produto comprovado
• Algum software de apoio com ajuda disponível
• Facilidades adicionais
– Desvantagens• Exige também conhecimentos de sistemas operativos
• Algo incerto –se possível- como trabalhar em real time
Soluções no Mercado• SDR I/Q da http://www.rfspace.com/RFSPACE/SDR-IQ.html ~600
– Baseado no DRSP: memória interna, controlador e USB– Apenas 1 canal– Software básico e aplicações
• Etus Research kit (700 Euros)– Baseado em FPGAs– Sistema modular
• Várias placas filho para recepção e emissão
– ADC (4) e DACs (2) e de elevada velocidade– ADC de baixa velocidade– Interfaces muito úteis: SPI, I2C e série– Linhas I/O: controlo
• Software Livre GNU Radio para Ettus Research• Pode tornar-se complexo
– Algum para aplicações genéricas – Possível desenvolvimento de módulos em C/C++
• Ligáveis pela linguagem Python
Sistema receptor (IF + Radio Digital)
Sintetizador programado por SPI
Ettus KIT Radio Digital
Oscilador a Cristal
19-04-2011 DETI - UA 29
Software GNU Radio para estimação espectral do sinal
• Sintonia do sinal:
� Aquisição e análise:
� Seguimento de frequência: