pronuncia do pmb sobre criticas do deputado olimpio gomes
DESCRIPTION
PRONUNCIA DO PMB SOBRE CRITICAS DO DEPUTADO OLIMPIO GOMESTRANSCRIPT
PRONÚNCIA DO PARTIDO MILITAR BRASILEIRO SOBRE CRITICAS DO
DEPUTADO PAULISTA OLIMPIO GOMES
No último dia 10 de fevereiro, o Deputado Estadual Sérgio Olímpio Gomes,
utilizando-se da tribuna da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, criticou a
criação do Partido Militar Brasileiro (PMB) e, fazendo previsões sem qualquer
fundamento, disse que o PMB não passará de um partido “nanico” e sem expressão
política, além de distanciar a população e os militares do Brasil, fomentando ainda
discórdias entre os militares da União e os dos Estados.
As suas duras palavras demonstraram preconceito e desconhecimento, revelando
que o nobre Deputado nem mesmo rendeu-se à leitura do projeto de estatuto do PMB,
que se encontra disponível na internet para críticas e sugestões de todos os cidadãos. A
coleta de assinaturas para a criação do PMB tem mobilizado milhares de civis e de
militares federais e estaduais de todo o Brasil,o que demonstra a consciência política
daqueles que, de forma ou outra, atualmente encontram-se alijados do direito
democrático de participar da formação e conformação dos caminhos a serem
percorridos para a construção de um país mais justo, livre e solidário.
Negar aos militares, familiares, amigos e simpatizantes a participação política
democrática é negar-lhes a própria dignidade humana e cidadania, esteios maiores do
Estado Democrático de Direito instituído e constituído pela Constituição Federal de
1988.
Não podemos negar que o passado revela alguns erros e muitos mais acertos dos
militares brasileiros, como também o faz em relação a diversos outros segmentos que
formaram e formam a sociedade brasileira. Entretanto, se não devemos esquecer o
passado e sua importância para a construção do presente, também devemos olhar para o
futuro e compreender a missão democrática que incumbe aos cidadãos militares deste
nosso imenso país.
Não queremos e não podemos achar que somos “coitados”, como avulta o ínclito
Deputado. Ao contrário, precisamos compreender a grandiosidade da missão que a
Constituição Cidadã de 1988 nos reservou e agir democraticamente para cumpri-la.
Devemos isto ao povo brasileiro e a nós mesmos!
A Constituição Federal de 1988 inscreveu as Instituições Militares no Título V
do seu texto, que traz a disciplina constitucional “Da Defesa do Estado e das
Instituições Democráticas”. Ora, até mesmo os constituintes de 1988, que tinham a
missão de elaborar uma Constituição que rompesse com a ditadura militar, souberam
reconhecer a importância das Instituições Militares para a defesa do Estado
Democrático de Direito. É triste constatar que, ao contrário, mesmo entre nós, há
aqueles que não são capazes de compreender esta missão constitucional democrática das
Instituições Militares.
E, enfatize-se, não se trata da defesa apenas com o uso da força e das armas.
Jamais negaremos, se preciso for, o derramamento do nosso próprio sangue para a
defesa do Brasil e dos brasileiros e brasileiras, como temos, em tempos recentes,
demonstrado nas ruas das grandes cidades brasileiras e, de modo especial, nos morros
cariocas. Mas, a missão dos militares vai muito além da defesa armada do nosso país e
do nosso povo.
O nosso dever como militares e, muito antes, como cidadãos e cidadãs deste país
é o de defender, pela via democrática, o Brasil e sua democracia contra os atentados
silenciosos daqueles que, arvorando-se donos do poder, transformam o público em
privado, desrespeitando o povo brasileiro e o condenando à miséria e à penúria.
O povo brasileiro está cansado de ser enganado, ludibriado por aqueles que não
respeitam os ideais democráticos. Não se faz democracia sem a participação de todos e
sem que o poder seja exercido de forma transparente, aberta e plural. Negar a uma só
pessoa a possibilidade de participar da vida democrática é a mesma coisa que negar a
todos os brasileiros e brasileiras o seu direito de ser cidadão, posto que é através da
política que são determinados os rumos a serem seguidos no espaço público. Hoje,
negam este direito aos militares e amanhã, conforme os interesses daqueles que se auto-
intitulam “donos do Brasil”, a qualquer outra classe de brasileiros e brasileiras que
esteja incomodando o poder.
Os militares, seus familiares, amigos e simpatizantes, têm o dever de contribuir
com os seus ideais, notadamente os de ética, de honestidade e de correção de atitudes,
para a construção da democracia brasileira, sempre através do debate aberto, pacífico e
plural, concretizando assim o pluralismo político que alicerça o Estado Democrático de
Direito idealizado pela Constituição Federal de 1988.
O Partido Militar Brasileiro surge assim representar todos aqueles, civis e
militares, sem qualquer distinção, que querem o resgate da ética e da honestidade na
política nacional. Se será um partido grande ou pequeno somente o tempo irá dizer,
mas, sem dúvidas, os seus ideais são do tamanho do Brasil e do seu povo! Ademais,
ainda que venha ser um pequeno partido, o que duvidamos, não se pode esquecer que
não há democracia sem o mais lídimo respeito pelo direito das minorias.
Meus irmãos e minhas irmãs, não esmoreçamos com o primeiro ataque que nos
é desferido, mesmo que venha de quem não esperávamos. Juntos, marchando ombro a
ombro, venceremos as barreiras que serão interpostas em nosso caminho e, ao final, a
vitória chegará!!!