promoção da saúde ocular no ambiente de trabalho · nr nº 17 (portaria nº 3.214, 1978)...

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Promoção da Saúde Ocular no ambiente de trabalho Eduardo Costa Sá [email protected] ERGOFTALMOLOGIA

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Promoção da Saúde Ocular

no ambiente de trabalho

Eduardo Costa Sá

[email protected]

ERGOFTALMOLOGIA

AGENDA

Conceitos

Quadro clínico

Fatores de risco

Efeitos sobre o aparelho visual

Estudo brasileiro

Condições no Brasil e no mundo

Recomendações

ERGOFTALMOLOGIA

INTRODUÇÃO

CONCEITOS

Em 1932, Duke Elder recorre ao termo “astenopia”

para procurar interpretar a sintomatologia dos

operários agregados a costura das abotoadeiras em

malhas

INTRODUÇÃO

CONCEITOS

Fadiga Visual associada ao computador:

“É uma modificação funcional, por contrações excessivas e

prolongadas dos músculos ciliares do olho, com o objetivo de obter uma

focalização fina dos objetos”. (Elias e Cail, 1982)

Computer Vision Syndrome (C.V.S.):

“É caracterizada pela presença de um ou mais sintomas oculares como

resultado do uso do monitor do computador.” (Blehm et al., 2005)

INTRODUÇÃO

CONCEITOS

ERGOFTALMOLOGIA

É uma área do conhecimento científico utilizada para a

análise, a avaliação e a projeção dos sistemas de trabalho,

simples ou complexos, que se refere à relação entre

trbalho e acuidade visual

INTRODUÇÃO

CONCEITOS

ERGOFTALMOLOGIA

Utiliza-se de conhecimentos da Oftalmologia, da Medicina

do Trabalho, da Higiene Ocupacional, além de outras

disciplinas como a Física, a Engenharia, a Arquitetura, e

também da Psicologia, Terapia Ocupacional, entre outras.

INTRODUÇÃO

CONCEITOS

ERGOFTALMOLOGIA

Objetivo principal é a prevenção e a administração do desconforto e das doenças oculares relacionadas ao trabalho, visando máxima eficácia com máxima eficiência da função visual.

INTRODUÇÃO

QUADRO CLÍNICO: três conjuntos de sintomas

DISTÚRBIOS OCULARES

(Blehm et al., 2005)

DISTÚRBIOS VISUAIS

DISTÚRBIOS GERAIS

INTRODUÇÃO

QUADRO CLÍNICO: três conjuntos de sintomas

DISTÚRBIOS OCULARES

Sensação de peso nos olhos e/ou na

região frontal

Lacrimejamento excessivo

Modificações na

frequência do piscar

Dor local Sensação de

ardência Sensação de queimação

“Olho seco”

(Blehm et al., 2005)

INTRODUÇÃO

DISTÚRBIOS VISUAIS

Diplopia (visão dupla)

Dificuldade em focalizar

(visão turva)

Persistência anormal de

pós-imagem

Instabilidade da imagem na sua visão

óptica e espacial

Fotossensibilidade

QUADRO CLÍNICO: três conjuntos de sintomas

(Blehm et al., 2005)

INTRODUÇÃO

DISTÚRBIOS GERAIS

Cefaléia

Dores lombares e/ou cervicais

Enxaqueca

Espasmos musculares nas regiões do

pescoço e ombro

QUADRO CLÍNICO: três conjuntos de sintomas

(Blehm et al., 2005)

INTRODUÇÃO

FATORES DE RISCO PARA A C.V.S.

Fatores intrínsecos

Mecanismo de acomodação

Fatores extrínsecos ambientais

Fatores psicossociais

Fatores extrínsecos oculares

(Blehm et al., 2005)

INTRODUÇÃO

“É a capacidade de aumentar o poder de refração do olho, a fim de realizar

a completa formação da imagem na retina, com correspondência cerebral”

(Alves, 1999)

FATORES INTRÍNSECOS

Mecanismo de acomodação

INTRODUÇÃO

FATORES INTRÍNSECOS

Predominam as causas de origem muscular da fadiga

visual, ou seja, aquelas relacionadas ao mecanismo de

acomodação (Blehm et al., 2005)

Os erros refracionais interferem nos sinais e sintomas

da fadiga visual (não corrigidos, hipo ou

hipercorrigidos)

(Bruno e Carvalho, 2007)

Tamanho do objeto, distância, contraste da imagem,

aberração cromática, movimentos de varredura dos

olhos

(Bruno e Carvalho, 2007)

INTRODUÇÃO

ILUMINAMENTO

“É a densidade de fluxo luminoso sobre uma superfície,

expresso em lux (lx)”

1 lux = 1 lúmen distribuído numa superfície de 1m²

Iluminação: Natural

Artificial (lâmpadas)

NR nº 17 (Portaria nº 3.214, 1978)

NBR-5413, da ABNT (1992)

FATORES EXTRÍNSECOS AMBIENTAIS

INTRODUÇÃO

ILUMINAMENTO

Ofuscamento é uma condição de visão na qual há

um desconforto ou uma redução da capacidade de

distinguir objetos, ou ambos, devido a uma

distribuição desfavorável das luminâncias, ou a

luminâncias elevadas, ou a contrastes excessivos

no espaço ou no tempo

(Brevigliero et al., 2006)

FATORES EXTRÍNSECOS AMBIENTAIS

INTRODUÇÃO

ILUMINAMENTO

O valor da medição do iluminamento no campo

visual de trabalho deve ser consistente com a

anatomia e a fisiologia oculares requisitadas na

execução da tarefa, e pode ser utilizado como

parte da avaliação de risco para possíveis

distúrbios visuais

(Piccoli et al., 2004)

FATORES EXTRÍNSECOS AMBIENTAIS

B. P. DIP. MED. LAVORO - MI

Técnicas e Medidas em Ergonomia

-Condições ambientais

Iluminação

Tipo de trabalho Exemplo Lx (Lux)

Grosseiro galpão de depósitos 80-170

Médio empacotamento, montagem 250-300

Fino ler, trabalhos delicados 500-700

Muito Fino relojoaria, provas de cores 1000-2000

INTRODUÇÃO

FATORES EXTRÍNSECOS AMBIENTAIS

Más condições do local de trabalho estão relacionadas:

Presença de poeira excessiva

Ar seco secundário ao uso indevido de condicionadores

de ar

POSTO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Posicionamento da cadeira de trabalho

Horário e duração do trabalho

Qualidade da tela do monitor (uso do protetor) (Blehm et al., 2005)

INTRODUÇÃO

FATORES PSICOSSOCIAIS DO TRABALHO

A relação entre visão e fatores psicossociais do trabalho

é sugerida pela idéia de que os distúrbios visuais estão

relacionados à intensidade e à duração das exigências

visuais, à situação de trabalho percebida pelo empregado

e às características fisiopatológicas do sistema visual de

cada indivíduo

(Piccoli, 2003)

INTRODUÇÃO

FATORES PSICOSSOCIAIS DO TRABALHO

É a interação das percepções e da experiência do

trabalhador com aspectos relacionados às

condições e ao ambiente de trabalho e também

ligados ao sistema social

Organização Internacional do Trabalho (ILO, 1986)

INTRODUÇÃO

MODELO DEMANDA-CONTROLE KARASEK E THEORELL (1990)

Abordagem tridimensional, com os seguintes aspectos: demanda,

controle e apoio social.

Combinação de diferentes níveis de controle e demanda, 4 tipos

básicos de experiências no trabalho: alta exigência do trabalho

(caracterizada por situação de trabalho com alta demanda e baixo

controle), trabalho ativo (situação de alta demanda e alto controle),

trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle) e baixa

exigência (combinando baixa demanda e alto controle).

INTRODUÇÃO

MODELO DEMANDA-CONTROLE KARASEK E THEORELL (1990)

As piores condições estão presentes nas situações de

trabalho “de alta exigência”: ao mesmo tempo em que

impõem ao trabalhador altas exigências (percebidas por

ele como pressões psicológicas), impedem-no de

responder com liberdade a essas mesmas exigências.

INTRODUÇÃO

Presença de Doenças Sistêmicas

Exposição da Superfície Ocular

Presença de Doenças Oculares Externas

Uso de Lentes de Contato e/ou

Medicamentos

Índice do Piscar/Pestanejar

FATORES EXTRÍNSECOS OCULARES

(Blehm et al., 2005)

EFEITOS SOBRE APARATO VISIVEL

Tarefas nos trabalhos

Factores psicosociais

Agentes microbiologicos

Agentes fisicos

Agentes quimicos

RELACAO ENTRE TRABALHO E VISAO: O QUADRO CONCEPTUAL DE RIFERIMENTO

Piccoli B, 2003

Caracteristicas oftalmologicas

FATORES DE RISCO PARA

A SÍNDROME VISUAL ASSOCIADA AO USO DO

COMPUTADOR EM OPERADORES DE DUAS CENTRAIS DE

TELEATENDIMENTO EM SÃO PAULO, BRASIL

Sá Eduardo C, Ferreira Jr Mário, Rocha Lys E (2010)

OBJETIVO

GERAL

Estimar a prevalência de Computer Visual Syndrome

(C.V.S.) entre operadores de duas centrais de

atendimento telefônico de São Paulo

METODOLOGIA

LOCAL E POPULAÇÃO DO ESTUDO

Realizada em 2 centrais de teleatendimento através da

aplicação de um questionário estruturado

1 central prestadora de serviços de saúde: 134 - 125

operadores

1 central de reserva de empresa de transporte aéreo: 397-

351 operadores

TIPO DE ESTUDO

Pesquisa quantitativa de um estudo observacional

transversal

VARIÁVEIS DE ESTUDO METODOLOGIA

Sintomas relacionados com os olhos e a visão

percebidos pelos operadores de teleatendimento:

Cansaço nas vistas

“Peso” nos olhos

Sensação de “queimação” nos olhos

Enfraquecimento da acuidade visual

Lacrimejamento

RESULTADOS

CARACTERÍSTICAS N* %

Gênero

Feminino 353 74,8

Masculino 119 25,2

Faixa etária (em anos)

15 - 24 223 46,8

25 - 34 167 35,1

35 ou mais 86 18,1

Escolaridade

II Grau 113 23,7

Superior Incompleto 216 45,4

Superior Completo 147 30,9

Estado civil

Solteiro 337 70,8

Casado 113 23,7

Separado/Viúvo 26 5,5

Tabela 1: Distribuição dos operadores de teleatendimento segundo características sócio-demográficas.

* Somas diferentes do total (472-475) devem-se às questões não respondidas.

* Somas diferentes do total (472-475) devem-se às questões não respondidas.

* Somas diferentes do total (472-475) devem-se às questões não respondidas.

* N = soma os operadores das duas centrais

A diferença do total de operadores em cada variável é devido à ausência de respostas.

PERFIL

RESULTADOS

Gráfico 1: Distribuição dos operadores de telemarketing segundo percepção

das situações de trabalho.

RESULTADOS

Gráfico 2: Distribuição dos operadores de telemarketing segundo a satisfação

com o trabalho.

PREVALÊNCIA DA C.V.S. RESULTADOS

Tabela 3: Distribuição da prevalência de sintomas visuais e oculares

referidos por operadores de teleatendimento

Variável Frequência % IC (95%)

Inferior Superior

Sintomas oculares

Queimação nos olhos

Sim ** 260 54,6 51,6 60,6

Lacrimejamento

Sim ** 208 43,9 39,4 48,3

Sintomas Visuais

Cansaço nas vistas

Sim ** 351 73,9 69,9 77,8

Enfraquecimento da visão

Sim ** 206 43,5 39,0 47,9

Peso nos olhos

Sim ** 324 68,2 64,0 72,4 ** Foram agrupados como com a presença de sintomas (sim) trabalhadores que referiram este sintoma sempre,

frequentemente ou às vezes.

RESULTADOS

Neste estudo, a prevalência da Síndrome Visual

associada ao uso de Computador (C.V.S.) foi de

54,6% (260 casos), considerando os operadores que

relataram a presença de “queimação” nos olhos ou

lacrimejamento, considerados distúrbios oculares

RESULTADOS FATORES ASSOCIADOS

VARIÁVEIS

Prevalência

P N (%)

Gênero <0,001

Feminino 214 61

Masculino 46 39

Faixa etária (anos) 0,136

15 - 24 132 59

25 - 34 87 52

> ou =35 41 48

Escolaridade 0,340

2º Grau 55 49

Superior Incompleto 121 56

Superior Completo 84 57

Estado civil 0,888

Solteiro 185 55

Casado 62 55

Separado/divorciado/viúvo 13 50

Tabela 4: Distribuição da Prevalência de CVS segundo características sócio-demográficas

p= X2 de Pearson

RESULTADOS FATORES ASSOCIADOS

VARIÁVEIS

Prevalência

P N (%)

Hora-extra 0,538

Sim 245 54

Não 14 61

35 51

Horário de trabalho 0,792

Manhã 128 55

Tarde 92 54

Noite/Madrugada 28 51

Tempo de trabalho com terminal de vídeo 0,295

Menos de 1 ano 29 55

De 1 a 4 anos 151 58

De 2 a 5 anos 43 49

10 anos ou mais 37 48

p= X2 de Pearson

Tabela 6: Distribuição da Prevalência de CVS segundo história ocupacional e jornada de

trabalho atual.

RESULTADOS

VARIÁVEIS

Prevalência

p N (%)

Condição acústica 0,596

Ótimo/ Bom 108 53,5

Regular 80 53,0

Ruim 72 58,5

Iluminação 0,193

Ótimo/ Boa 159 52,5

Regular 74 55,6

Ruim 27 67,5

Temperatura 0,169

Ótimo/ Boa 68 48,2

Regular 98 56,0

Ruim 94 58,8

Qualidade dos instrumentos de trabalho 0,722

Ótimo/ Boa 140 54,5

Regular 80 53,0

Ruim 40 58,8

Espaço/lay out 0,762

Ótimo/Bom 149 53,4

Regular 56 57,7

Ruim 54 54,5

FATORES ASSOCIADOS

Tabela 7: Distribuição da Prevalência de CVS segundo situação de trabalho

p= X2 de Pearson

RESULTADOS

VARIÁVEL OR

IC (95%)

P

Inferior Superior

Gênero Feminino 2,58 1,62 4,13 <0,001

Falta de reconhecimento no trabalho (percepção) 1,42 1,14 1,76 0,002

Organização do Trabalho em Teleatendimento 1,40 1,13 1,75 0,003

Alta Demanda 1,13 1,01 1,27 0,041

Tabela 12 - Modelo de regressão final dos fatores associados à CVS

Tabela 12 - Modelo de regressão final dos fatores associados à CVS

FATORES ASSOCIADOS

Nas condições deste estudo, concluiu-se que:

A prevalência dos sintomas da C.V.S. foi de 54,6% entre os operadores

de duas centrais de atendimento telefônico de São Paulo, Brasil.

Os sintomas oculares mais freqüentes relatados pelos teleoperadores

foram: “queimação” nos olhos e lacrimejamento.

Foi verificada associação entre a C.V.S. e o gênero (maior prevalência

em mulheres), a falta de reconhecimento no trabalho (percepção pelos

teleoperadores), a falta de organização do trabalho em teleatendimento

e a alta demanda/requisitos no trabalho na função estudada.

CONCLUSÃO

B. P. DIP. MED. LAVORO - MI

DISCUSSÃO

Frequência de Astenopia em operadores de teleatendimento :

No México: questionário e exame oftalmológico: Prevalência de 68,5%,

Sintomas: cansaço na vista (85,7%), “queimação” nos olhos (51,4%) e

lacrimejamento (37,1%).

(Sanchez-Román et al.,1996)

Frequência de Astenopia em trabalhadores que usam o computador:

Na Índia: 419 operadores: prevalência de 46,3%.

(Bhanderi et al., 2008)

Frequência de Astenopia em estudantes de computação:

No Irã: 150 estudantes prevalência de 26%. Sintomas referidos: dor ocular

(41%), visão turva para longe (20,5%), lacrimejamento (18%), “queimação”

(15,4%) e visão turva para perto (5,1%).

(Ghassemi-Broumand e Ayatollahi, 2008)

DISCUSSÃO

Gênero

Predomínio de mulheres jovens na atividade de operadores de

teleatendimento. Semelhante ao observado por MARINHO-SILVA (2004).

Em países industrializados: forte presença das mulheres no setor, em

média, 7 entre 10 operadores.

No Brasil: presença feminina nas empresas deste ramo ( 80% a 85%). (Venco, 2009)

Estudo realizado com analistas de sistemas: Mulher como fator associado

à fadiga visual, coincidindo com os resultados deste trabalho em operadores

de teleatendimento.

(Rocha e Debert-Ribeiro, 2004)

DISCUSSÃO

Condições ambientais do trabalho

Falta de associação com iluminação (consideradas boas).

Fatores de incômodo:

Apresentou associação. Reconhecimento no trabalho: falta de perspectiva de

ascensão profissional, a falta de reconhecimento pela empresa e ser

“tratado/visto” como máquina.

Falta de perspectiva de ascensão: estrutura organizacional horizontal, com

poucos níveis de hierarquia funcional, dificultando o crescimento.

(Galasso, 2005)

DISCUSSÃO

MODELO DEMANDA-CONTROLE DE KARASEK E THEORELL (1979)

Associação entre a CVS e alta exigência/demanda, baixo controle,

insegurança no emprego e falta de suporte social no trabalho.

Resultados afinam-se com os obtidos por FERNANDES et al. (2002),

existência de “bônus” e prêmios de produtividade individual em call center,

gerando acelerações do processo e ambiente de competitividade contínuo.

Associação entre as queixas dos analistas com fadiga visual, alta carga

mental de trabalho, equipamentos inadequados, estação de trabalho

inadequada e baixo nível de participação.

(Rocha e Debert-Ribeiro, 2004)

DISCUSSÃO

Fator demanda/requisitos do trabalho

Fatores de risco para a astenopia, associação significativa (p < 0,02) para

horas trabalhadas.

Dos quais 91,6% trabalhavam de forma contínua durante mais de quatro horas

em frente ao terminal de vídeo.

(Sanchez-Román et al., 1996)

Complicações oftalmológicas:

Uso do computador entre 4 e 6 horas de exposição (50%)

Acima da sexta hora trabalhada (52%).

(Ghassemi-Broumand e Ayatollahi, 2008)

CONDIÇÕES NO BRASIL E NO MUNDO

Diretiva n º 90/270/CEE, 1990

Dispõe sobre as disposições mínimas de segurança e saúde relativas ao

trabalho com VDT, que inclui avaliação ergonômica prévia do posto de

trabalho por parte do empregador e a proteção dos olhos dos

trabalhadores.

Garante exame oftalmológico antes de começar a trabalhar com VDT

(admissional), além de exames realizados periodicamente.

CONDIÇÕES NO BRASIL E NO MUNDO

Recomendação Inglesa 2001

Ministério do Trabalho, através do Health & Safety Executive / Local

Authorities Enforcement Liaison Committee (HELA), promulgou a

Regarding Call Centre Working Practices.

Aborda os seguintes aspectos para a saúde visual dos operadores:

regulagem de contrastes de telas, micropausas para descanso visual e

exames oftalmológicos regulares.

CONDIÇÕES NO BRASIL E NO MUNDO

Brasil, 2007

MTE: Anexo II da NR-17 Trabalho em Teleatendimento/ Telemarketing

Estabelece parâmetros mínimos para o trabalho em atividades

teleatendimento/telemarketing: indica a realização da análise ergonômica

do trabalho (AET), a fim de que possam ser definidas melhores condições na

execução das tarefas, inclusive com a introdução de novas tecnologias.

RECOMENDAÇÕES Tabela 12 - Modelo de regressão final dos fatores associados à CVS

Tabela 12 - Modelo de regressão final dos fatores associados à CVS

Sintomas oculares/visuais associados ao uso de computadores :

Medidas preventivas efetivas: a) iluminação adequada, com níveis apropriados para as

necessidades individuais de cada trabalhador e tipo de tarefa executada; b) postura adequada, que envolve não só o posicionamento na

cadeira, mas também a posição do monitor na mesa, da mesa em relação à janela na sala e, além disso, os manuscritos a serem utilizados devem ser legíveis e colocados de forma fácil para a leitura;

c) estímulo a pausas e mudanças freqüentes de posição, criando

inclusive condições para afastar o olhar do posto de trabalho por alguns instantes;

RECOMENDAÇÕES Tabela 12 - Modelo de regressão final dos fatores associados à CVS

Tabela 12 - Modelo de regressão final dos fatores associados à CVS

Sintomas oculares/visuais associados ao uso de computadores :

Medidas preventivas efetivas: d) assegurar exames oftalmológicos periódicos a fim de evitar

transtornos visuais não corrigidos ou corrigidos inadequadamente. BRANDIMILLER (2002) sugere ainda reduzir o tempo diário de

trabalho com o computador, incluindo a diversificação de tarefas durante o expediente.

Qual o

futuro ?

Promoção da Saúde Ocular

no ambiente de trabalho

Eduardo Costa Sá

[email protected]

ERGOFTALMOLOGIA