projetos pesquisa em andamento 2015 - spb -...

15
Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde Departamento de Saúde Pública PROJETOS DE PESQUISA EM ANDAMENTO EM MAIO DE 2015 ALCIDES MILTON DA SILVA Perfil epidemiológico dos doadores de sangue no Serviço de Hemoterapia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, no período de janeiro/2005 a dezembro/2013. (01/09/2014 a 31/12/2016) Trata a presente pesquisa da caracterização do Perfil epidemiológico dos doadores de sangue no Hemocentro do Hospital Universitário no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2013, com objetivo de identificar sua naturalidade, gênero, faixa etária, estado civil, raça, escolaridade, ocupação profissional e as principais morbidades apresentadas no processo de avaliação realizada na análise sorológica da qualidade do sangue coletado. Participantes: Alexandra Crispim da Silva Boing ALEXANDRA CRISPIM DA SILVA BOING Desigualdades sociais em saúde: em busca da equidade em Florianópolis (01/10/2014 a 01/10/2016) Apesar da crescente quantidade de estudos sobre desigualdades sociais em saúde, são poucos os que lançam seus olhares sobre um cenário local - como a análise de diferenciais intra-urbanos - e que realizam um monitoramento contínuo dos indicadores de saúde. Assim, a presente pesquisa objetiva descrever e analisar as desigualdades sociais em saúde no município de Florianópolis lançando mão de diferentes fontes de informação. Primeiramente será realizado uma revisão de literatura através da elaboração de um protocolo de revisão sistemática, no qual serão definidos os seus objetivos, critérios de seleção, bases eletrônicas de busca, descritores, estratégias de busca e período de seleção para busca de informações das desigualdades sociais em saúde no município de Florianópolis. Em um segundo momento será realizado uma oficina com gestor, planejadores, especialistas para definição dos indicadores e medidas de desigualdades a serem utilizadas para construção de indicadores para analisar as desigualdades sócias em saúde nas seguintes dimensões: (i) situação de saúde; (ii) condições de vida e saúde; (iii) acesso e utilização de serviços de saúde; (iv) gastos familiares em saúde; e (v) qualidade da atenção recebida. Além da análise dos indicadores segundo os grupos socioeconômicos da população, serão investigadas as diferenças espaciais dos indicadores oriundos de sistemas de informação ou base de dados, que são de acesso público e que permitam inclusive desagregação para os bairros do município, como SIM e SINASC. Além destes serão analisados dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico); POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) Censo por meio do sistema SIDRA (Sistema de Recuperação Automática) o IBGE permite que, online, se realize a recuperação dos dados censitários desde 1991. Informações como acesso a saneamento básico, abastecimento de água, coleta de lixo, escolaridade e renda da população estão disponíveis desagregadas por município e bairros e o Inquéritos EpiFloripa que possuem

Upload: dangtruc

Post on 15-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

PROJETOS DE PESQUISA EM ANDAMENTO EM MAIO DE 2015 ALCIDES MILTON DA SILVA Perfil epidemiológico dos doadores de sangue no Serviço de Hemoterapia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, no período de janeiro/2005 a dezembro/2013. (01/09/2014 a 31/12/2016) Trata a presente pesquisa da caracterização do Perfil epidemiológico dos doadores de sangue no Hemocentro do Hospital Universitário no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2013, com objetivo de identificar sua naturalidade, gênero, faixa etária, estado civil, raça, escolaridade, ocupação profissional e as principais morbidades apresentadas no processo de avaliação realizada na análise sorológica da qualidade do sangue coletado. Participantes: Alexandra Crispim da Silva Boing ALEXANDRA CRISPIM DA SILVA BOING Desigualdades sociais em saúde: em busca da equidade em Florianópolis (01/10/2014 a 01/10/2016) Apesar da crescente quantidade de estudos sobre desigualdades sociais em saúde, são poucos os que lançam seus olhares sobre um cenário local - como a análise de diferenciais intra-urbanos - e que realizam um monitoramento contínuo dos indicadores de saúde. Assim, a presente pesquisa objetiva descrever e analisar as desigualdades sociais em saúde no município de Florianópolis lançando mão de diferentes fontes de informação. Primeiramente será realizado uma revisão de literatura através da elaboração de um protocolo de revisão sistemática, no qual serão definidos os seus objetivos, critérios de seleção, bases eletrônicas de busca, descritores, estratégias de busca e período de seleção para busca de informações das desigualdades sociais em saúde no município de Florianópolis. Em um segundo momento será realizado uma oficina com gestor, planejadores, especialistas para definição dos indicadores e medidas de desigualdades a serem utilizadas para construção de indicadores para analisar as desigualdades sócias em saúde nas seguintes dimensões: (i) situação de saúde; (ii) condições de vida e saúde; (iii) acesso e utilização de serviços de saúde; (iv) gastos familiares em saúde; e (v) qualidade da atenção recebida. Além da análise dos indicadores segundo os grupos socioeconômicos da população, serão investigadas as diferenças espaciais dos indicadores oriundos de sistemas de informação ou base de dados, que são de acesso público e que permitam inclusive desagregação para os bairros do município, como SIM e SINASC. Além destes serão analisados dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico); POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) Censo por meio do sistema SIDRA (Sistema de Recuperação Automática) o IBGE permite que, online, se realize a recuperação dos dados censitários desde 1991. Informações como acesso a saneamento básico, abastecimento de água, coleta de lixo, escolaridade e renda da população estão disponíveis desagregadas por município e bairros e o Inquéritos EpiFloripa que possuem

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

informações de saúde da população de Florianópolis. Existe uma rica diversidade de dados sobre desigualdades sociais em saúde que são representativos para Florianópolis e não suficientemente explorados nessa vertente de análise. Além disso, o presente estudo pretende contribuir para o monitoramento das desigualdades contribuindo para avaliação da gestão, políticas e programas para a busca da equidade em saúde no município de Florianópolis. Influência dos gastos em saúde na proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza no Brasil em 2002-3 e 2008-9 (01/07/2014 a 30/07/2016) O objetivo do projeto é descrever a variação na proporção de domicílios vivendo abaixo da linha de pobreza (LP) no Brasil em 2002-3 e 2008-9 ao se deduzir de seus rendimentos os diferentes tipos de gastos em saúde e os fatores associados ao empobrecimento. Para o desenvolvimento desta pesquisa os dados de despesa e renda serão provenientes das Pesquisas de Orçamentos Familiares conduzida no Brasil em 2002-3 (n=48.470 domicílios) e 2008-9 (n=55.970 domicílios) com amostra representativa nacional. A partir de discussões os serão utilizados dois pontos de corte para definir pobreza. O primeiro foi o recomendado pelo Programa Bolsa Família (PBF), que considerou pobreza rendimento per capita mensal inferior a R0,0 em 2002-3 e a R0,0 em 2008-9. O segundo foi o proposto pelo Banco Mundial (BM), incorporando-se a correção pela Paridade do Poder de Compra, o que resultou em U$ 2.34 por dia em 2002-3 e U.54 em 2008-9. Serão também realizadas simulações entre os itens que compõem os gastos em saúde.

ANTONIO FERNANDO BOING Desigualdades sociais em saúde no Brasil: o que nos dizem os sistemas de informações sobre mortalidade (SIM) e de nascidos vivos (SINASC) (01/11/2014 a 31/07/2015) Estudos apontam que quanto maior o número de consultas pré-natal, menor a taxa de mortalidade neonatal (Pereira et al., 2006; Vidal et al., 2011) de mortalidade materna (Bezerra et al., 2006; Chaim et al., 2008); menor a prevalência de prematuridade (Bezerra et al., 2006; Cascaes et al., 2008); de baixo peso ao nascer (Kilsztajn et al., 2003; Gama et al., 2004; Goldenberg et al., 2005); de hipertensão no período gestacional (Bezerra et al., 2005; Chaim et al., 2008); e maior a cobertura de vacinação antitetânica (Moura et al., 2003; Gomes; César, 2013) e suplementação com sulfato ferroso (Domingues et al., 2012; Gomes; César, 2013). Conhecer as implicações da assistência pré-natal num país onde este tipo de serviço é disponibilizado gratuitamente, mas, apresenta consideráveis deficiências é fundamental para que medidas educativas possam ser elaboradas e colocadas em prática, visando minimizar a evasão das gestantes e ampliar a assistência pré-natal para toda população. Adicionalmente, conhecer características como a distribuição do baixo peso ao nascer e da prematuridade entre os estratos demográficos e socioeconômicos do país é fundamental. Da mesma forma, conhecer as taxas de mortalidade, principalmente por causas evitáveis, segundo os estratos populacionais e regiões trarão subsídios às políticas públicas em saúde. Nossa hipótese é que está ocorrendo redução das desigualdades regionais na mortalidade por causas evitáveis no país e entre grupos demográficos. istemas oficiais de informações em saúde do Brasil serão explorados para se investigar a variação temporal e regional das desigualdades sociais em saúde no país. Serão obtidos os microdados do SINASC e do SIM em DBC, posteriormente expandidos para DBF e convertidos em DTA

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

CHARLES DALCANALE TESSER Interfaces entre a qualificação do cuidado médico, a organização dos serviços de Atenção primária à saúde e as medicinas alternativas e complementares (01/03/2014 a 28/02/2017) Introdução: A qualificação e ampliação do cuidado e da formação e educação permanente de profissionais da atenção primária à saúde tem sido um das prioritárias necessidades do SUS, e sua articulação com a utilização de práticas integrativas e complementares tem sido uma promissora vertente de pesquisa e de extensão nos últimos anos, em desenvolvimento, que este projeto visa dar continuidade. Objetivos gerais: descrever e analisar interfaces entre os campos temáticos das MAC ou PIC, do cuidado médico na ESF/APS e da organização dos serviços de APS, tanto teoricamente quanto em experimentações institucionais, na perspectiva da qualificação (“desmedicalizante”) do cuidado das práticas assistenciais, destacando aspectos críticos, experiências, saberes e tendências consideradas de alta potencialidade e relevância, quanto: 1- ao significado potencial (prático e teórico) da inserção significativa das MAC ou PIC nas práticas assistenciais, sobretudo médicas, na APS e MFC e ao impacto de atividades de educação permanente em PIC nas práticas profissionais e nos serviços em que elas ocorrem (interfaces “A” e “B” da figura 1); 2- às relações de interdependência e inter-influência entre a qualificação do cuidado clínico (como, por exemplo, o desenvolvimento de estratégias de ensino/ educação permanente em habilidades de comunicação e crítica/evitação de práticas preventivistas medicalizantes pouco fundamentadas, porém comuns) e a organização dos serviços de APS (interface “C” da figura 1), destacando a elaboração de saberes aplicados que desdobrem essa análises em diretrizes operacionais e técnicas utilizáveis nas práticas de cuidado e organização dos serviços na ESF/APS. Objetivos específicos (OE): 1. Sistematizar as características do e críticas ao chamado “modelo biomédico” ou flexneriano, discutindo a Medicina de Família e Comunidade e a Atenção Primária como reforma desse “modelo” e investigar as potenciais contribuições das PIC ou MAC e racionalidades médicas nessa reforma e como recurso utilizável para prevenção quaternária. 2. Investigar e desenvolver a relação entre o conceito e prática da prevenção quaternária e as práticas de rastreamento opostrunísticas e estruturadas em programas organizados. 3. Analisar a percepção dos usuários a partir de sua experiência de atendimento com PIC sobre a oferta, experiência e inserção das PIC ou MAC na ESF/APS que mais as oferecem na APS de Florianópolis. 4. Analisar a percepção dos profissionais que realizaram atividades de educação permanente e continuada em PIC e acupuntura, bem como os já capacitados previamente, sobre o processo de inserção das PIC na APS e o impacto dessas atividades na sua prática de cuidado. 5. Avaliar o processo de inserção e a oferta de ações em PIC na ESF de Florianópolis a partir da quarta fase do processo de implantação descrito acima. 6. Descrever e analisar uma experiência de formação e ou educação permanente e ou avaliação de habilidades de comunicação no contexto da ESF/APS. Os métodos de investigação a serem utilizados estão relacionados e são coerentes com os objetivos específicos (OE): OE 1 – Realização de uma análise crítica da literatura selecionada de forma dirigida e também através de revisão sistemática de literatura tipo meta-estudo (Paterson, 2001), de modo a sistematizar as várias abordagens críticas ao chamado modelo médico hegemônico ou flexneriano, cotejando-as a seguir com a literatura de referência da MFC e com as características atribuídas as MAC e racionalidades médicas vitalistas, através de um ensaio teórico. OE 2 – Os métodos utilizados serão estudos bibliográficos dirigidos para a literatura técnica e atual sobre

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

rastreamento de doenças e fatores de riscos e prevenção quaternária. Realizar-se-á um ensaio teórico relacionando as tendências, evidências e critérios técnicos e teóricos contemporâneos sobre rastreamentos com suas conseqüências frente às práticas comuns de prevenção secundária na APS, desenvolvendo saberes, diretrizes e orientações aos profissionais como prevenção quaternária nas situações disseminadas de solicitação (pelos usuários) e oferta (pelos profissionais) de rastreamentos desnecessários ou não bem fundamentados. OE3 – Identificação dos serviços de APS e profissionais que mais ofertam MAC ou PIC no município de Florianópolis e realização de Grupos focais com usuários nesses Centros de saúde, para posterior análise da perceção, experiência e avaliação dos usuários. OE4 - Realização de entrevistas semi-estruturadas e análise de questionários de avaliação preechidos pelos profissioais capacitados logo após o final das atividades, com possibilidade, se julgado necesário, da realização de grupos focais com os mesmos. Novas entrevistas após um maior tempo decorrido das atividades de treinamento em MAC ou PIC poderão ser realizadas. OE5 – Elaboração de um modelo lógico de avaliação do processo de inserção sintetizado anteriormente a partir da sua quarta etapa e sua aplicação a partir da triangulação dos resultados dos OE3 e OE4 e de dados e indicadores institucionais definidos pelo modelo a serem obtidos do sistema de informação municipal ou produzidos como dados primários. OE6 – Descrição e análise da experiência a partir de dados primários e ou secundários obtidos. Principais contribuições científicas e tecnológica da proposta Espera-se contribuir com avanços no conhecimento sobre o significado, impacto e avaliação de ações de inserção das MAC ou PIC via educação permanente nos serviços da ESF/APS e nas práticas de cuidado dos profissionais. Também almeja-se desenvolver saberes específicos para a qualificação da formação/educação permanente do cuidado médico na APS e de medicina de família comunidade, quanto aos rastreamentos, à prevenção quaternária, às habilidades de comunicação e às formas de organização dos serviços da ESF/APS em seu mútua influência e dependência para com a qualificação das práticas profissionais. CLAUDIA FLEMMING COLUSSI Avaliação da Satisfação dos Usuários da Rede de Atenção do Município de Florianópolis,SC (01/11/2014 a 01/11/2016) O interesse crescente pela satisfação dos usuários no setor saúde teve início na década de 1970, baseado em aspectos técnicos e estruturais da qualidade da atenção. A satisfação do usuário é considerada uma meta a ser alcançada pelos serviços, devendo, portanto, ser pesquisada, visando a aperfeiçoamentos no sistema de serviços de saúde. O acesso com qualidade e a satisfação do usuário são temas que vem sendo priorizados pelo Governo Federal, a partir de iniciativas, como o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica. Nesse contexto, no seu Plano Municipal de Saúde 2011-2014, a Prefeitura Municipal de Florianópolis definiu como um dos objetivos “Avaliar sistematicamente a satisfação do usuário/cidadão”. O objetivo desse estudo, a ser realizado em parceria com a prefeitura de Florianópolis, é avaliar a qualidade da atenção à saúde na rede de atenção básica de Florianópolis sob a ótica do usuário, promovendo a institucionalização dessa prática no município. Os instrumentos de avaliação serão construídos de forma participativa e pactuados com os stakeholders (gerentes, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde e usuários), por meio de oficinas de consenso, para definição dos aspectos a serem avaliados no serviço. A avaliação terá uma etapa quantitativa, com aplicação de questionários, e uma etapa qualitativa, com realização de entrevistas semiestruturadas com usuários. Os resultados serão analisados

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

sob o ponto de vista metodológico e sob o ponto de vista da gestão, com enfoque na aplicabilidade ao serviço Participantes: João Luiz Dornelles Bastos; Josimari Lacerda; Maria Cristina Marino Calvo DOUGLAS FRANCISCO KOVALESKI Associativismo e Saúde (30/11/2014 a 30/11/2016) As condições e os impactos das associações na vida social podem ser analisados de diversas maneiras e seguindo variados objetivos e enfoques analíticos, a fim de avaliar: as influências dos grupos e associações no processo de socialização dos indivíduos; as potencialidades em promover a reprodução, a integração ou a transformação social; suas capacidades de alavancar o desenvolvimento econômico; o fomento de estruturas de pertencimento e de identidade cultural, seus efeitos nas instituições políticas e nas políticas públicas, a exemplo das áreas da saúde e educação, entre outras. No que diz respeito aos debates na área da saúde, além do já reconhecido papel e importância de associações e movimentos sociais no processo de construção ou renovação das políticas públicas de saúde no país, testemunha-se um crescente campo de estudos que aponta relações positivas entre a pertença a associações e as condições de saúde da população. Tendo em vista que o conceito de saúde é multidimensional, uma vez que envolve dimensões individuais, políticas, econômicas e sociais, cabe problematizar se, neste campo, podemos encontrar fertilidade analítica na ideia de ecologia associativa. Assim, focando para o município de Florianópolis, a pesquisa visa contribuir para os estudos no âmbito da área da saúde, visando mapear e analisar a pluralidade das práticas associativas. Duas questões norteiam a proposta: 1. Como os elementos condicionantes da saúde, tanto de âmbito individual (como comportamentos, vínculos/integração social e condições socioeconômicas) quanto social (estrutura e funcionamento do sistema de saúde e ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida) são expressos nas associações que atuam na área da saúde no município de Florianópolis? 2. Tomando como referência, nos estudos sobre o associativismo e a democracia, as três dimensões citadas acima – individuais, políticas e sociais - é possível afirmar a existência, na cidade, de uma ecologia associativa na área da saúde, entendida como um conjunto plural de práticas que, no seu conjunto, atendem às diferentes perspectivas do conceito multidimensional de saúde? É possível construir uma tipologia desse associativismo em diálogo com a teoria democrática? Objetivo Geral: Estudar o campo do associativismo que atua na área da saúde no município de Florianópolis buscando identificar a fertilidade da ideia de ecologia associativa neste campo, mapeando a avaliando as suas características e ações a partir de uma perspectiva multidimensional de promoção da saúde, e que envolve ações de foro individual, grupal e social, como: construção de identidades de grupo, socialização de angústias e sofrimento; empoderamento; provisão de informação e de conhecimento da rede de atenção à saúde, tanto a rede formal como a informal (ajudas, contatos, políticos, etc.); denúncias e reivindicações; promoção de debates e discussões públicas; realização de parcerias com o Estado na execução de políticas públicas; participação em conselhos (locais; municipais), conferências, plano diretor, audiências públicas; provisão de assistência (medicamentos, aparelhos); programas, cursos, entre outros. Participantes: alunos de graduação e mestrado

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

ELEONORA D'ORSI Condições de saúde e hábitos de vida em idosos: estudo longitudinal de base populacional em Florianópolis, SC, EpiFloripa 2013 (01/06/2013 a 31/05/2016) As mudanças demográficas e epidemiológicas ocorridas nas últimas décadas no Brasil apontam a necessidade de investigações populacionais das condições de saúde da população idosa com ênfase no estado cognitivo e funcional, violência e comportamentos e condições sociais e econômicas a eles associadas. No Brasil, importantes inquéritos populacionais de saúde incorporaram, ou planejam incluir em versões futuras, investigação destes aspectos. As desigualdades em saúde são produto de diferenças entre os diversos estratos sociais e econômicos de uma população e influenciam sua morbimortalidade e o envelhecimento com maior ou menor grau de dependência. Estudos anteriores identificaram a incapacidade funcional como um dos principais fatores preditivos da mortalidade em idosos, porém poucos estudos examinaram quais seriam os possíveis fatores de risco para o desenvolvimento da incapacidade funcional. A identificação precoce desses fatores pode subsidiar estratégias de prevenção da dependência funcional, compressão da morbidade e aumento do tempo de vida livre de incapacidades, proporcionando envelhecimento saudável. O presente projeto objetiva estudar a relação entre o estado cognitivo e funcional, a violência e condições gerais de saúde em idosos com idade igual ou superior a 60 anos. A amostra do estudo será constituída por 1705 idosos residentes na zona urbana de Florianópolis e que tiveram suas condições de vida e saúde investigadas em 2009/2010 (para maiores detalhes sobre a pesquisa consulte o site www.epifloripa.ufsc.br). Esta amostra será visitada novamente em seus domicílios pela equipe da pesquisa e serão aplicados questionários estruturados sobre o estado cognitivo e funcional, violência, saúde e hábitos de vida. Além disso, serão coletados dados socioeconômicos, nutricionais, sobre prática de atividade física, percepção do ambiente relacionado a atividade física e a saúde, inclusão digital, quedas, saúde bucal, suporte social, qualidade de vida, sintomas depressivos e uso de serviços de saúde. Uma série de variáveis coletadas no inquérito realizado no ano de 2009, disponíveis no banco de dados serão utilizadas para o presente estudo, tais como avaliação cognitiva e funcional prévia, ocorrência de quedas, variáveis socioeconômicas e demográficas, condições de saúde bucal, peso, altura, circunferência abdominal, pressão arterial, uso de medicamentos, sintomas depressivos, morbidades auto-referidas, uso de serviços de saúde, violência verbal, física ou psicológica, auto-avaliação de saúde, prática de atividade física e percepção do ambiente relacionado a atividade física e saúde. Pretende-se gerar conhecimento científico sobre tema altamente relevante no contexto internacional e nacional, qual seja, o contexto multidimensional da saúde dos idosos. Deseja-se que este seja a continuidade do estudo realizado em 2009/2010 (linha de base), de forma a constituir um estudo longitudinal que investigue a evolução dos aspectos importantes do envelhecimento desta população. Participante: Elza Berger Perfil lipídico, marcadores inflamatórios, composição corporal, condições de saúde e hábitos de vida em idosos: estudo longitudinal de base populacional em Florianópolis, SC, EpiFloripa 2013 (10/10/2013 a 09/10/2016) O envelhecimento populacional é, hoje, um fenômeno mundial. E a população idosa é a que mais cresce no Brasil. Em 2010, essa população atingiu 10,9% da população brasileira. Florianópolis é a sétima capital em percentual de idosos, com 11,5% da população apresentando idade igual ou superior a 60 anos. A população idosa é a mais

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

vulnerável às perdas físicas, mentais, cognitivas e sociais, podendo haver desigualdades no envelhecimento, segundo sexo, grupo social, raça ou região geográfica. Estas desigualdades podem ser compensadas através de políticas de distribuição de renda, acesso a serviços de saúde, habitação, infra-estrutura, acessibilidade e combate ao preconceito contra a pessoa idosa. O objetivo do presente estudo é investigar as condições de saúde, os hábitos de vida e sua relação com diversos marcadores clínicos (laboratoriais, avaliação da composição corporal, a densitometia óssea e o ultrasom de carótida) em idosos com idade superior a 60 anos e acompanhar as mudanças ocorridas em algumas dessas condições entre 2009-2010 e 2014-2015. A amostra do estudo será constituída por 1705 idosos residentes na zona urbana de Florianópolis e que tiveram suas condições de vida e saúde investigadas em 2009/2010 (para maiores detalhes sobre a pesquisa consulte o site www.epifloripa.ufsc.br). Esta amostra será visitada novamente em seus domicílios pela equipe da pesquisa e serão aplicados questionários estruturados contendo perguntas sobre condições sociais, hábitos de vida (tabagismo, etilismo, atividade física, dieta), avaliação cognitiva e funcional, quedas, medo de quedas, inclusão digital, saúde bucal, qualidade de vida, sintomas depressivos, discriminação, violência e percepção do ambiente urbano, entre outros. Além disso, serão coletados dados antropométricos e os participantes serão convidados a comparecerem nas instalações da Universidade Federal de Santa Catarina para realização de exames laboratoriais (hemoglobina glicada, perfil lipídico e níveis de proteína C reativa) e de imagem (composição corporal, densitometria óssea e ultrasom de carótida). Uma parte do sangue coletado será guardada em freezer a -80C localizado no Hospital Universitário da UFSC para futuras análises. Uma série de variáveis coletadas no inquérito realizado no ano de 2009/10, disponíveis no banco de dados serão utilizadas para o presente estudo, tais como avaliação cognitiva e funcional prévia, ocorrência de quedas, variáveis socioeconômicas e demográficas, condições de saúde bucal, peso, altura, circunferência da cintura, níveis de pressão arterial, uso de medicamentos, sintomas depressivos, morbidades autorreferidas, uso de serviços de saúde, violência verbal, física ou psicológica, autoavaliação de saúde, prática de atividade física e percepção do ambiente relacionado a atividade física e saúde. Pretende-se gerar conhecimento científico sobre tema altamente relevante no contexto internacional e nacional, qual seja, o contexto multidimensional da saúde dos idosos. Deseja-se que este seja a continuidade do estudo realizado em 2009/2010 (linha de base), de forma a constituir um estudo longitudinal que investigue a evolução dos aspectos importantes do envelhecimento desta população, sendo o primeiro estudo com estas características na Região Sul do país. O presente estudo será financiado com recursos do CNPq. Participantes: João Luiz Dornelles Bastos, professores outros departamentos e alunos de pós Promovendo a Independência na Demência – PRIDE (01/10/2014 a 30/09/2017) As demências tem natureza crônica e progressiva, comprometendo várias funções cerebrais.Pessoas vivendo com demência perdem muito mais do que a memória e sua capacidade de lidar com os afazeres do dia-a-dia.Isto significa que há uma necessidade de entender melhor o papel de fatores sociais e de estilo de vida sobre o risco de desenvolvimento de demência, assim como quais destes fatores podem auxiliar a promover a independência e qualidade de vida para as pessoas com demência. O objetivo é desenvolver e testar uma intervenção social derivada da melhor evidência disponível em saúde para a promoção da autonomia e independência nos estágios iniciais da demência. Este é um projeto com financiamento britânico sediado na UCL/Londres.No

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

Brasil, serão utilizados dados de um estudo de coorte prospectivo de base populacional com a população de idosos residentes em Florianópolis denominado “Epifloripa Idoso”, dados de um estudo de intervenção denominado “Oficinas da Lembrança” e dados da aplicação da intervenção social derivada dos dados identificados em conjunto por todos os estudos. O projeto iniciou em março de 2014 e tem duração de 60 meses. Participante: André Junqueira e alunos ELZA BERGER SALEMA COELHO Atenção a Casais em Situação de Violência por Parceiro Íntimo: A abordagem do homem autor de violência (01/11/2014 a )01/12/2015 Pesquisar sobre intervenções voltadas para homens autores de violência nas políticas públicas brasileiras sobre violência contra as mulheres, encontraram apenas três referências. A primeira, Violência Intrafamiliar: Orientações para a Prática em Serviço, de 2001, recomenda a promoção de grupos de homens como caminho para a construção de formas alternativas de resolução de conflitos. A violência não é um tema recente, sendo caracterizada como um fenômeno social, despertou a preocupação do poder público assim como de pesquisadores de várias áreas, tais como: Ciências Sociais, História, Geografia, Economia, Medicina, Psicologia e Direito. Entretanto, a questão sobre a violência começou a ser debatida em maior número principalmente a partir da década de 1980, quando se toma consciência da dimensão do problema que passa a fazer parte do modo de viver do homem em sociedade, ou seja, a violência torna-se banalizada, passa a ser algo comum entre os homens. (HAYECK, 2009). Entre as formas de violência, a de gênero, principalmente aquela praticada contra a mulher pelo parceiro íntimo, é uma das mais comuns. Sendo considerado um fenômeno complexo, este tipo de violência deixou de ser apenas um objeto da justiça, e passou a ser um problema para os serviços de saúde e tema de diversas pesquisas na área. (DOSSI et al, 2008; FRANK et al, 2010). A violência cometida pelo parceiro íntimo é um fenômeno comum, evidenciado pela sua grande prevalência, gravidade e recorrência, contudo ainda é pouco conhecida, sendo necessário considerar a implantação, supervisão e avaliação de políticas públicas que enfoquem a violência por parceiro íntimo (SCHRAIBER et al, 2007). Participante: aluna de pós graduação EMIL KUPEK Concordância entre especialistas no diagnóstico com testes de Papanicolaou e de inspeção visual no rastreamento do câncer cervical (15/09/2014 a 31/08/2016) O teste de Papanicolau para rastreamento do câncer de colo uterino Pap test apresenta consideraveis limitações de confiabilidade, relacionadas a maneira pela qual o esfregaço foi realizado, a subjetividade dos resultados entre diferentes observadores e principalmente, aos resultados falsos negativos. O objetivo desta pesquisa é averiguar a variação entre especialistas que fazem diagnostico com este teste e com testes da inspeção visual na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Florianópolis (RFCCF), com base num estudo transversal. Perfis de comportamento alimentar e sua relação com excesso de peso em crianças de 7 a 10 anos de idade em Florianópolis (15/09/2014 a31/08/2016) Comportamento alimentar (CAL) é raramente analisado no nível de suas unidades básicas, ou seja, episódios sequenciais de consumo durante um dia, sendo uma das principais dificuldades um número muito grande das combinações destas sequências ou trajetórias de CAL. Será analisada uma amostra representativa dos escolares entre 7 e 10

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

anos em Florianópolis que respondeu o questionário QUAFDA, já validado no Brasil para avaliar o consumo alimentar e atividade física das crianças nesta faixa etária. O objetivo da análise é sintetizar as respostas sobre o consumo dos 21 grupos de alimentos em seis refeições do dia, ou seja, 126 episódios de consumo, num número menor das dimensões, usando análise estatística para extrair os perfis latentes, assim como relacionar os perfis com excesso de peso em crianças. FABRICIO AUGUSTO MENEGON Avaliação dos Fatores Psicossociais na prática dos profissionais de saúde no setor elétrico (16/11/2014 a )31/08/2015 Nos últimos anos, o setor de energia vem apresentando uma área em plena expansão no Estado do Amazonas, com foco na rede de alta tensão, com construções de novas subestações e linhas de transmissão, subtransmissão e distribuição, assegurando uma maior capacidade de energia elétrica para Manaus e, também, para os municípios que hoje estão interligados ao sistema elétrico da capital. Todo este desenvolvimento no setor de energia elétrica, também deve está acompanhada de melhorias na saúde e segurança dos trabalhadores que atuam nesse ramo. Haja vista que o risco de acidentes, até mesmo fatais, pode ser representando tanto pelo trabalho em altura, como pela exposição à energia elétrica. Cabendo as empresas, e em particular as equipes de saúde uma maior responsabilidade na avaliação de saúde destes trabalhadores, ampliando a sua avaliação para além dos fatores físicos, mas incluindo os fatores psicossociais. Considerando a importância da avaliação dos fatores psicossociais para a preservação da saúde e segurança do trabalhador, é que este projeto se apresenta como um estudo a ser desenvolvido a partir da análise da implementação da Norma Regulamentadora 35, do Ministério do Trabalho. O projeto pretende contribuir para o aumento da produção cientifica acerca da saúde do trabalhador, e subsidiar reflexões nos espaços ocupacionais, com destaque para o setor elétrico, inclusive propondo método de avaliação e intervenção na saúde do trabalhador, proporcionando uma maior segurança e saúde aos mesmos. Para atingir estes resultados, a metodologia utilizada na pesquisa do projeto perpassará as técnicas de coletas de dados, que permitam análise quantitativa e qualitativa, por meio das técnicas de entrevista semi-estruturada e análise documental Participante: aluno de mestrado profissional FÁTIMA BUCHELE O uso do crack e o impacto oferecido pela mídia (21/12/2013 a 30/12/2015) O crescimento do consumo e dos problemas relacionados ao uso de drogas no Brasil constitui atualmente um problema de saúde pública. Isso vem exigindo respostas eficazes do governo e da sociedade, na construção de propostas de intervenção integrada, que incluam ações relacionadas à promoção da saúde, a prevenção de doenças e a conscientização sobre os riscos do seu uso. Desde a década de 90, quando o crack surgiu no Brasil, seu consumo tem aumentado muito rapidamente, chamando a atenção para a gravidade deste problema. O uso dessa substância na população como um todo é raro, porém em parcelas específicas o consumo é cada vez maior. A Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (SENAD) e o Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) encontraram uso frequente de crack em meninos de rua em quase todos os estados brasileiros, variando de 15% a 26% em São Paulo, Recife, Curitiba e Vitória. (BRASIL, 2011).O discurso jornalístico é uma das maiores fontes de definição de realidade da sociedade atual, aparentando neutralidade como se o enunciador fosse desprovido de subjetividade. Contudo, o jornalismo transforma os fatos

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

sociais em fatos jornalísticos e, consequentemente, esse processo envolve seleções, cortes, descartes, relações, entre outros, ou seja, uma técnica que não é neutra. (GASTALDO & BRITTOS, 2006). Algumas campanhas preventivas relacionadas a drogas ilícitas são realizadas pelos meios de comunicação no Brasil, porém as drogas lícitas que são responsáveis por graves problemas de saúde pública, como o álcool e o tabaco, são abordadas pela mídia por meio de propagandas elaboradas que não evocam problemáticas como a dependência, sofrimento pessoal e familiar, entre outros prejuízos que o abuso dessas drogas pode causar (BUCHELE , F. et al., 2009). Já os derivados da coca, que incluem a cocaíca, o crack e a merla, são associados pela mídia a casos dramáticos de dependência, violência e crescimento do consumo, gerando uma onda de intolerância com relação a essas substâncias. Em suma, considerando a relevância da mídia na área da saúde e da defasagem de estudos sobre quais informações e esteriótipos estão sendo divulgados e construídos, é que se coloca como essencial a realização de pesquisas que embasem discussões acerca do uso de crack. (NOTO et al., 2003). Apesar dos meios de comunicação serem um instrumento auxiliador das políticas públicas, contribuindo para vários programas de saúde por meio de informações jornalísticas ou de campanhas publicitárias, poucos esforços têm sido feitos para compreender essa questão especificamente no contexto do uso de drogas. Nesse sentido, os recursos da mídia estão sendo pouco estudados e explorados como instrumentos de prevenção, resultando na necessidade de pesquisas que estimulem a qualidade das matérias sobre as drogas no país (BRASIL, 2011). FULVIO BORGES NEDEL Avaliação da atenção primária em hipertensão e diabetes na atenção primária. (03/09/2012 a 02/08/2015) A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) representam os principais fatores de risco para o desenvolvimento de condições crônicas de saúde, sendo responsáveis por expressiva morbi/mortalidade e impacto na expectativa e qualidade de vida da população. São considerados importantes problemas de saúde pública em função do progressivo aumento na incidência e prevalência, relacionadas principalmente à tendência mundial de envelhecimento populacional, bem como a persistência de hábitos inadequados de alimentação, pouca atividade física e tabagismo. O desafio do controle e prevenção da HAS e DM e suas complicações são, sobretudo, da Atenção Primária em Saúde (APS), e no Brasil, da Estratégia de Saúde da Família (ESF). O Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (SSC-GHC), serviço de APS, tem uma população em torno de 108.560 pessoas cadastradas nas 12 US, localizadas na zona norte e leste de Porto Alegre- RS. Estima-se que desta população adulta 20.120 sejam hipertensos (26%) e 6.190 diabéticos (8%). O SSC tem como uma das suas prioridades o acompanhamento de pessoas com HAS e/ou DM. Para responder a essa necessidade de atenção à saúde foi elaborada uma Ação Programática (AP) especifica, porém, os indicadores de acompanhamento e controle de pessoas com HAS e/ou DM continuam aquém do esperado. Sendo assim, o SSC, através do Centro de Pesquisa em Avaliação em APS do GHC resolveu elaborar este projeto de modo a identificar, descrever e analisar quais aspectos na assistencia à saúde, gestão, e processos educacionais está relacionado com melhores resultados na saúde das pessoas com hipertensão ou diabetes, usuárias do Serviço. Será realizado um estudo longitudinal para avaliar o impacto da ação programática sobre aspectos da assistência, gestão e processos educacionais no cuidado de pessoas com DM e HAS. O estudo proposto tem a duração de quatro anos, com cinco etapas de coleta de dados previstas: uma prévia à intervenção,

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

para a construção de indicadores de linha de base (LB); uma seis meses após a intervenção, para uma primeira análise do tipo antes-e-depois; e uma anual até o quarto ano após a LB. A primeira coleta de dados dos usuários e duas coletas dos profissionais de saúde já foram realizadas. JOÃO LUIZ DORNELLES BASTOS Fatores relacionados às decisões clínicas de estudantes de odontologia: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014 (08/08/2014 a 31/07/2015) As experiências discriminatórias e seus efeitos sobre condições, comportamentos e desigualdades sociais em saúde têm despontado na literatura científica em saúde coletiva como tema emergente de pesquisa, especialmente a partir da década de 1980. Os estudos na área demonstram que indivíduos relatando experiências discriminatórias apresentam, mais frequentemente, condições adversas de saúde mental e comportamentos deletérios à saúde, tais como tabagismo, consumo abusivo de álcool, sedentarismo e dietas menos saudáveis. Apesar de a produção científica com enfoque nestas relações ser crescente, a discriminação no âmbito dos serviços de saúde tem sido investigada de maneira insuficiente. Os escassos trabalhos apontam, de modo geral, que as experiências de discriminação ocorridas no âmbito dos serviços de saúde estão associadas com menor satisfação em relação ao cuidado prestado, pior manejo de condições clínicas, incluindo o diabetes, baixa adesão à terapia antirretroviral em portadores de HIV/Aids, menor utilização de serviços de saúde, atraso na procura e interrupção do cuidado. Em que pese a discriminação nos serviços de saúde consistir em uma questão oficialmente reconhecida na política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do Sistema Único de Saúde (HumanizaSUS), sua investigação neste contexto no Brasil é embrionária. Em consonância com o HumanizaSUS, este projeto de pesquisa focaliza o ato discriminatório como questão a ser problematizada, em meio à formação de profissionais na área da saúde. E, neste sentido, assume a universidade, mais especificamente os cursos de graduação na área da saúde como loci privilegiados de investigação do fenômeno. Particularmente na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pesquisa abordando formandos do curso de graduação em Odontologia demonstrou que seus estudantes apresentaram dificuldade para relativizar situações conflituosas, privilegiando o interesse pessoal, quando suscitados a resolver dilemas de cunho moral. Argumenta-se que uma formação essencialmente técnica e pouco voltada para problemas definidos no campo das ciências humanas e sociais, incluindo a discriminação, o preconceito, o estereótipo e o estigma, pode resultar em cirurgiões-dentistas que baseiam suas decisões clínicas em ideias pré-concebidas e equivocadas sobre variados grupos sociais. Através de um estudo com usuários hipotéticos de serviços de saúde, pretende-se investigar se a decisão clínica por restaurar ou extrair um elemento dental está associada com a cor/raça de supostos pacientes, em meio a estudantes de graduação em Odontologia da UFSC. Serão apresentados aos participantes do trabalho casos hipotéticos de pacientes, que diferem quanto à caracterização étnico-racial, mas apresentam condições clínicas de saúde bucal e perfil socioeconômico e demográfico idênticos. Perguntar-se-á, então, se os graduandos em Odontologia optariam por extrair ou restaurar determinado elemento dental, de modo que se possa avaliar se esta decisão varia conforme a co/raça do paciente. Características socioeconômicas e demográficas dos participantes também serão coletadas, tendo em vista que também podem modificar a decisão clínica. Os resultados deste trabalho permitirão avaliar a influência da cor/raça do paciente sobre a tomada de decisões clínicas, ilustrando como a incerteza clínica, os preconceitos e estereótipos associados a determinadas categorias sociais podem

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

influenciar o tipo de tratamento oferecido. A identificação deste problema tem potencial de favorecer mudanças na organização e conteúdo curricular do curso de graduação em questão, visando uma formação humanista e desvinculada de preconceitos, estereótipos e, consequentemente, de discriminação. Participantes: Antonio Boing, Douglas Kovaleski, Sergio Freitas LUCIO JOSE BOTELHO Associação entre propaganda em cartazes em pontos de venda de cigarros e a iniciação do consumo em adolescentes no Brasil (01/03/2013 a 30/04/2015) As leis brasileiras proíbem a propaganda de tabaco, exceto na forma de painéis e cartazes. As empresas produtoras, têm buscado aprimorar essa forma de contato e buscado o público jovem como principal alvo.Cigarros são vendidos em padarias, lojas de conveniência, mercados de bairros, 'vendas", junto a balas, chocolates e outros produtos voltados para público jovem. Essas estratégias de venda são o foco central das empresas e visam atrair os jovens no entorno de escolas, quando não no seu próprio interior, através de propaganda dirigida. Este estudo, proposto em parceria com o Institute for Global Tobacco Control da John Hopkins Bloomberg School of Public Health será realizado durante o ano de 2013, com nossa parceria e através do Instituto Repensul. É uma pesquisa transversal, em cinco capitais, representantes das regiões do Brasil: Manaus, Salvador, Brasília, São Paulo e Curitiba, para estudantes que estejam cursando 11°, 12° e 13° anos da escola. As escolas, constantes da lista de escolas das Secretarias Estaduais de Educação serão convidadas a participar e todas que aceitarem serão visitadas e os dados serão coletados por aplicação de questionário, testado e validado no Canadá, Nova Zelândia, Índia, Africa do Sul e Rússia. Os dados serão coletados e tabulados e a variável exposição a propaganda será a variável dependente. Será utilizada a regressão logística. Participante: Ana Luiza Hallal MARIA CRISTINA MARINO CALVO Avaliação da Atenção Básica em Santa Catarina: modelo para avaliar gestão da ESF e NASF na segunda fase do PROESF (01/08/2013 a 01/08/2015) A estratégia Saúde da Família é a opção preferencial para organização da Atenção Básica, sendo o eixo estruturante para reorganização da atenção básica. Com o objetivo de expandir a cobertura e fortalecer a atenção básica o governo brasileiro firmou acordo de empréstimo internacional com o Banco Mundial, tornando possível o início do Projeto de Expansão do Saúde da Família (PROESF), cujo componente III refere-se ao Fortalecimento de Sistemas de Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica - M&A da AB, de maneira a que esses processos avaliativos sejam incorporados no cotidiano das organizações e serviços de saúde e compreendidos como instrumentos de gestão do SUS. A segunda fase do PROESF irá possibilitar o aperfeiçoamento desta metodologia, incluindo os aspectos validados em recentes propostas nacionais de avaliação da atenção da básica, a exemplo dos indicadores do pacto e do PMAQ. Além disso, a incorporação do NASF como estratégia de qualificação do trabalho na atenção básica, requer que sejam iniciados os estudos sobre as melhores possibilidades para sua avaliação e monitoramento. Participantes: Claudia Colussi; Josimari Lacerda, Douglas Kovaleski; Sergio Freitas

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

Avaliação do impacto dos serviços oferecidos pelo Núcleo Telessaúde SC na melhoria da qualidade na Atenção Básica de Santa Catarina (01/08/2014 a 31/07/2017) O Núcleo Técnico-Científico de Telessaúde do estado de Santa Catarina integra o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, do Ministério da Saúde. Pelo fato de já ter experiência em Telemedicina e uma cobertura de rede que chegava a aproximadamente 60 municípios, o estado de Santa Catarina foi um dos nove estados escolhidos para constituir um Núcleo de Telessaúde, sendo criado em 2007 por meio da Portaria nº 35 de 04 de janeiro de 2007. Em 2013 a cobertura do programa é de 84% dos municípios catarinenses. O sistema oferece laudos a distância de diversas modalidades, acesso dos pacientes aos seus exames, Webconferências, Teleconsultorias Síncronas e Assíncronas e Cursos a Distância. Entende-se que o Núcleo Telessaúde SC superou a fase de implantação, monitorando os indicadores de estrutura e processo, sendo momento de avaliar o impacto dos serviços de telessaúde ofertados, buscando compreender de que forma estes contribuem com a qualidade do trabalho e com o aumento da resolubilidade na Atenção Básica do estado. Este projeto tem por objetivo avaliar o impacto dos serviços oferecidos pelo Núcleo Técnico-Científico Telessaúde SC na melhoria da qualidade na Atenção Básica, buscando criar uma Matriz Avaliativa de resultados dos serviços, que seja posteriormente replicável nos demais núcleos de telessaúde que fazem parte do programa nacional. Para atingir tal objetivo, será conduzida revisão estruturada em busca de teorias, explicações e possibilidades de indicadores e técnicas, para aperfeiçoar o modelo teórico do telessaúde e posteriormente elaborar a matriz de avaliação a ser aplicada. A matriz deve considerar dados quantitativos, para aferir impacto nas ações desenvolvidas e nos encaminhamentos efetuados. Entretanto, grande parte da análise será conduzida com entrevistas e grupos focais, para aferir os demais aspectos vinculados à qualidade na atenção à saúde. Os itens e indicadores a serem analisados devem ser identificados por meio de métodos de consenso, a exemplo do Delphi e/ou comitês tradicionais. Dentre os resultados esperados, está a condução de orientações de doutorado e mestrado, com consequentes publicações, e uma importante contribuição na identificação de fragilidades da proposta em Santa Catarina como subsídio ao aperfeiçoamento da proposta no estado. Participantes: Josimari Lacerda; Sonia Natal, alunas de doutorado Comparação de técnicas para elaboração de indicadores sintéticos em avaliação em saúde (01/03/2013 - 28/02/2016) A avaliação em saúde ganhou destaque nas duas últimas décadas, e muito conhecimento específico foi produzido nesse período. Observa-se que, nas pesquisas avaliativas quantitativas, o estabelecimento de critérios, indicadores e parâmetros em uma matriz de julgamento é condição necessária para que se chegue a um juízo de valor capaz de contribuir com a tomada de decisão. Esse julgamento é realizado, em geral, a partir da interpretação de indicadores parciais dos procedimentos realizados, de mortalidade, de morbidade ou de resultados obtidos em dimensões estabelecidas para o objeto em análise. Essa proposta de avaliação em saúde é amplamente difundida e muito utilizada para avaliação de procedimentos, serviços e programas, onde a norma ou a padronização técnica oferecem boas referências para definir parâmetros de julgamento. Todavia, nos últimos anos vem crescendo o interesse por avaliar a "qualidade da gestão dos sistemas de saúde" ou o "desempenho de sistemas de saúde", onde norma e padrão técnico estão subsumidos a outros aspectos importantes na decisão. Um desafio reside na própria definição de "qualidade" e "desempenho"; outra, é que legitimidade, viabilidade e

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

relevância são aspectos a serem, obrigatoriamente, incluídos na decisão de gestão. Nessa perspectiva, a avaliação da gestão à luz de indicadores parciais pode não ser suficiente, uma vez que o gestor deverá fazer opções que considerem sua realidade social, de saúde e de recursos, dentre outros aspectos. A avaliação resultará das combinações selecionadas, uma vez que as prioridades competem pelos mesmos recursos disponíveis.Essa proposta de pesquisa tem o objetivo de identificar diferentes possibilidades de agregação de indicadores em modelos de avaliação selecionados dentre os divulgados na literatura e pelo Ministério da Saúde, identificar suas vantagens e desvantagens, discutindo aspectos relevantes para sua interpretação e análise. Para atingir tal objetivo, serão identificados modelos de avaliação de gestão em saúde divulgados na última década e analisadas semelhanças, vantagens e desvantagens nas diversas maneiras de consolidação do modelo. Após, serão aplicadas duas formas alternativas de consolidação para comparar resultados: (i) de transformação dos indicadores para escala adimensional e soma dos valores (com ponderação e sem ponderação) e (ii) agregação por meio de programação linear. O interesse por esse tipo de investigação decorre da evidência dos diferentes posicionamentos de pesquisadores frente aos indicadores sintéticos - alguns defensores e outros tantos contrários. Meu grupo de pesquisa (NEPAS - UFSC) tem desenvolvido, ao longo dos últimos dez anos, vários estudos de avaliação em saúde utilizando diferentes técnicas de agregação dos indicadores com a finalidade de identificar vantagens e desvantagens nessa elaboração. Desde minha tese de doutorado, em 2002, tenho me interessado por utilizar técnicas matemáticas que permitam aperfeiçoar os processos de avaliação em saúde, oferecendo alternativas às interpretações de indicadores parciais ou às técnicas probabilísticas da epidemiologia. O interesse pela avaliação da gestão estabelece a necessidade de introduzir técnicas determinísticas de análise, uma vez que a atividade de gestão não é probabilística. Para essa finalidade, a programação linear e suas aplicações em modelos estabelecidos - análise envoltória de dados (DEA), por exemplo - surge como possibilidade a ser explorada pela área da saúde. Essa ferramenta matemática já foi utilizada na minha tese de doutorado, e desde lá venho aplicando suas variações em alguns estudos orientados em pós-graduação. Desde 2006 são realizadas aplicações anuais da Avaliação da Atenção Básica em Santa Catarina, para a qual já foram desenvolvidas no NEPAS diferentes propostas de agregação. A participação em outras experiências nacionais de avaliação também ofereceram aproximação com diferentes objetos passíveis de análises alternativas dos resultados - elaboração de modelo de avaliação para o PNCT; avaliação da AMA em São Paulo, avaliação externa do PMAQ em Santa Catarina. A proposta atual busca conciliar as diferentes experiências e abordagens de avaliação com técnicas de agregação desenvolvidas por meio de programação linear. Participante: Sonia Natal Projeto Telessaúde V para o Fortalecimento e Qualificação da Atenção Básica: Núcleo Santa Catarina (01/11/2013 a 06/12/2015) O Núcleo Telessaúde de Santa Catarina teve crescimento expressivo desde sua implantação e consolida-se hoje como referência na área de qualificação de profissionais da Atenção Básica à Saúde. As ações desenvolvidas nos projetos anteriores promoveram maior interação com os gestores estaduais e municipais, fortalecendo as ações do Núcleo e potencializando o uso da ferramenta em todo o Estado. Atualmente, são ofertados todos os serviços de Telessaúde previstos na Portaria nº 2.546, de 27 de outubro de 2011 que redefine o Programa Telessaúde Brasil, que passa a ser denominado Programa Nacional

   

Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde

Departamento de Saúde Pública

Telessaúde Brasil Redes. Em 2007, quando da inauguração do Núcleo Técnico-Científico de Santa Catarina, foi garantida a estrutura para oferta dos serviços de Segunda Opinião Formativa, Tele-educação (webconferências) e Telediagnóstico, este último ofertado pelo projeto Telemedicina desde 2005. Em 2010, o núcleo avançou para a oferta de Cursos à Distância, com produção de conteúdos para apoiar a adesão a Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia Saúde da Família (AMQ). Também em 2010 foi feita uma reaproximação com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde – COSEMS, apresentando as propostas e ferramentas do Núcleo Telessaúde SC aos municípios. A partir da livre adesão dos gestores municipais, foram organizadas visitas de campo para apresentação das ferramentas e orientações de como acessar os serviços para as equipes de Saúde da Família. Estas visitas resultaram em um aumento significativo da participação dos profissionais no Telessaúde SC. Em 2011, investiu-se na oferta de teleconsultorias síncronas para organização do processo de trabalho (AMAQ) e, em 2012, iniciou-se a oferta de teleconsultorias clínicas. Para 2013, a proposta de trabalho do Núcleo Técnico-Científico de SC busca consolidar os serviços ofertados, ampliando a capacidade de resposta e expandindo o número de pontos de Telessaúde. Além disso, propõe-se avaliar os resultados dos serviços ofertados no aumento da resolubilidade e na organização do processo de trabalho na Atenção Básica de Santa Catarina. A Universidade Federal de Santa Catarina e a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Gerência de Atenção Básica e da Gerência de Regulação, têm se engajado na consolidação do Programa Telessaúde no estado. Também a parceria com o COSEMS e com a Comissão Intergestores Bipartite – CIB está fortalecida, inclusive com garantia de um stand do Telessaúde SC no encontro estadual do COSEMS em setembro deste ano. O Núcleo Técnico-Científico tem trabalhado em proximidade com o Estado de Santa Catarina, buscando analisar as principais demandas de qualificação dos profissionais da Atenção Básica à Saúde, apoiando também os programas e redes de atenção básica. Nos últimos anos, as atividades desenvolvidas por meio das teleconsultorias, webconferências, workshops e minicursos voltados para melhoria do acesso e da qualidade, em consonância com as diretrizes do PMAQ, possibilitaram que Santa Catarina, entre outros avanços, alcançasse o maior percentual de adesão de equipes ao PMAQ no cenário brasileiro. As ações desenvolvidas pelo Núcleo Telessaúde SC têm se pautado no diálogo entre gestores, profissionais de saúde, com o objetivo de estabelecer espaços de comunicação para potencialização das ferramentas, que usadas isoladamente podem não atingir o seu principal objetivo de reflexão e melhoria sobre as praticas de saúde na APS. Tem se mostrado uma ferramenta potente para fortalecimento da Atenção Básica, porém, ainda atinge um número restrito de equipes. Desta forma, este projeto prevê a expansão da abrangência nos municípios de forma a atingir 95% dos municípios catarinenses. Prevê ainda a expansão de 452 para 543 pontos, priorizando as Unidades Básicas de Saúde que possuem médicos vinculados ao PROVAB e ao Programa Mais Médicos. Participantes: Claudia Colussi; Josimari Lacerda, Douglas Kovaleski; Lucio Botelho