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 COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CURITIBA 2011

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CURITIBA

2011

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"... afinal o espaço pedagógico é um texto para

ser constantemente lido, interpretado, “escrito” e

“reescrito”. Nesse sentido, quanto mais

solidariedade exista entre o educador e

educandos no “trato” deste espaço, tanto mais

possibilidades de aprendizagem democrática se

abrem na escola."

Paulo Freire

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1. APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem como finalidade propor uma prática educativa

voltada ao pleno desenvolvimento humano, assegurando ao educando o acesso aosconhecimentos acumulados historicamente, possibilitando o enfrentamento e a

interferência na realidade, buscando a superação das desigualdades, formas de

opressão presentes na sociedade capitalista neoliberal em que vivemos.

Nossa intenção é fazer do Colégio Estadual João Turin, um colégio de

qualidade, onde toda a comunidade escolar participe das tomadas de decisões e do

processo educacional.

A elaboração deste documento aconteceu de forma coletiva a partir dos

trabalhos desenvolvidos nos momentos de formação continuada acontecidos desde

ano letivo de 2010 cujo foco foi o desvelamento das necessidades do colégio e o

levantamento das possibilidades transformadas em metas envolvendo toda a

comunidade escolar tais como estudantes, professores, funcionários, pais, equipe

pedagógica e direção.

Neste início de 2011 fizemos algumas alterações necessárias no projeto uma

vez que ele traduz a dinâmica da vida escolar do colégio e para a qual surgem

necessidades e possibilidades a todo momento.

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2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1 LOCALIZAÇÃO

O Colégio Estadual João Turin, estabelecimento de Ensino Fundamental e

Médio, situa-se na Rua Almirante Gonçalves, 2880, bairro Água Verde –

Curitiba/Paraná Fone-Fax: 041 - 3242-1972.

2.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio foi criado pelo Decreto nº 14.603, de 10 de março de 1969, com o

nome de Grupo Escolar Guanabara. Com a nova Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional 9394/96, o estabelecimento passou a ser denominado Escola

Estadual João Turin - Ensino Fundamental. A cessação do CBA iniciou-se em 2004

com o fechamento do Pré, 1ª, 2ª, 3 ª e 4ª série, de forma gradativa, uma série por 

ano até sua total em 2007. A partir de 2008 com o início do Ensino Médio, passou a

denominar-se Colégio Estadual João Turin- Ensino Fundamental e Médio. Foram

diretores da instituição:

2006 A 2011 - DAVI DE MIRANDA

2004 A 2006 - ANA LAURA PALUMBO

1998 A 2003 - MARIA LUIZA ANDRAUS

1996 A 1997 - CIMEI NÉIA DE MORAES SILVA

1994 A 1995 - MARIA LUIZA ANDRAUS

1988 A 1993 - MARIA BETANIA ALVARES DE ALMEIDA

1984 A 1987 - MARIA LUIZA ANDRAUS

1973 A 1983 - NEILE ANDRAUS DE SOUZA

1971 A 1972 - LILIAN ANNA WACHOWICZ

1969 A 1970 - MARIA IRENE MININE

2.2 CARACTERÍSTICAS

O Colégio atende a uma clientela de classes sociais diversificadas;

estudantes procedentes de bairros distantes cujos pais trabalham na região e

estudantes moradores do bairro. O Colégio Estadual João Turin - Ensino

Fundamental e Médio, possui um total de 426 estudantes, distribuídos em 2 turnos,

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16 turmas, atendendo de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e 1º a 3º ano do

Ensino Médio e mais a turma de espanhol no período noturno.

Contamos ainda a partir de 2010 com o Projeto do Governo Federal, o Mais

Educação. O Projeto Mais Educação vem de encontro às necessidades educacionaisdos alunos, bem como aos anseios da comunidade, ao desenvolver atividades

complementares curriculares de contraturno.

Tal projeto, instituído pelo Governo Federal, através da portaria Interministerial

nº 17/2007, a qual integra as ações do Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE)

como uma de suas estratégias de políticas públicas educacionais e sociais tendo em

vista a diminuição das desigualdades sociais e valorização da diversidade cultural.

De acordo com a instrução nº 004/2011/SUED /SEED, entende-se por 

atividades complementares curriculares de contraturno, as atividades educativas ,

integradas ao Currículo Escolar, oportunizando aprendizagens em tempos e espaços

diversificados, possibilitando o desenvolvimento em suas múltiplas dimensões.

Dentre os objetivos propostos para tais atividades complementares

curriculares, destaca-se o que se refere à promoção da melhoria da qualidade do

ensino por meio da ampliação de tempos e espaços e oportunidades educativas

realizadas na escola ou em território em que está situada , em contraturno, a fim de

atender às necessidades socioeducacionais dos alunos.

As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno são organizadas

em 9 Macrocampos:Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e Iniciação

Científica,Cultura e Arte,Esporte e Lazer,Tecnologias da Informação,da

Comunicação e uso de Mídia, Meio Ambiente, Direitos Humanos,Promoção da

Saúde,Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.(INSTRUÇÃO, nº 004/2011,p.2)

Para cada Macrocampo são propostas Atividades Complementares

Curricularesnas disciplinas de Arte, Biologia, Ciências, Educação Física, Ensino

Religioso, Filosofia, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna, Língua

Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia.

Como princípio educativo, propõe-se a metodologia da problematização, com

incentivo à pesquisa e desenvolvimento do espírito inventivo.

A valorização da leitura deve ocorrer em todos os campos do saber 

desenvolvendo a capacidade de letramento dos alunos .

Deve-se buscar a articulação entre teoria e prática e utilização de novas

mídias e tecnologias educacionais.

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A equipe pedagógica,j untamente com o professor têm incumbência de

elaboração de atividades de complementação curricular,tendo como referência o

Projeto Político Pedagógico da escola e as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica do Estado do Paraná.(SEED/DEB,2011)O acompanhamento e avaliação das atividades pedagógicas de

complementação curricular ficam a cargo do professor, Diretor,e Equipe pedagógica

da escola, considerando os seguintes critérios:

Frequência dos Alunos;

Critérios de avaliação estabelecidos na proposta pedagógica da atividade;

Cumprimento do calendário e atendimento às necessidades socioeducacionais dos

participantes;

Frequência do docente e monitor.

No Colégio Estadual João Turin privilegiou-se os Macrocampos:

• Cultura e Arte

• Esporte e Lazer 

• Meio Ambiente

Desenvolveram-se a partir desses Macrocampos as seguintes atividades

complementares curriculares:

Oficinas de Letramento;

• Futsal

• Música;

• Horta;

• Dança

As atividades ocorrem no período da manhã , para alunos que estudam no

ensino regular à tarde totalizando a permanência desses alunos no Colégio,em 7

horas, de 2ª a 6ª feira,não incluindo, o intervalo do almoço.

O Colégio oferta também o curso de espanhol através do CELEM. Dentro de

uma política educacional que valoriza a diversidade cultural, a Resolução 3904/2008

- SEED, que regulamenta o funcionamento do CELEM, considera “a importância que

a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento

do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de

conhecimento sobre outras culturas." Em decorrência da implementação da Lei

Federal Nº 11.161/2005, a qual dispõe sobre a oferta obrigatória da Língua

Espanhola nos estabelecimentos de ensino médio a oferta da língua espanhola no

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CELEM se fez necessária como opção para os estudantes uma vez que a língua

estrangeira de oferta obrigatória escolhida foi o inglês.

2.3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio possui:

- 12 salas de aula para Educação Básica

- 01 sala para a secretaria

- 01 gabinete de direção

- 01 sala setor pedagógico

- 01 sala para professores

- 01 sala para material didático

- 01 sala para arquivo morto

- 01 laboratório de informática

- 01 laboratório de ciências

- 01 biblioteca

- 01 sala de vídeo

- 01 cozinha

- 01 despensa para merenda escolar 

- 01 quadra coberta para prática de educação física

- 06 banheiros para estudantes

- 02 banheiros para professores

- 01 refeitório

- 01 cantina comercial

- 01 sala para a APMF

2.4 CORPO DOCENTE

O quadro está composto por professores habilitados em suas respectivas

áreas, sendo efetivos concursados e contratados por Processo de Seleção

Simplificado (PSS).

Compõem o quadro os seguintes professores:

PROFESSOR DISCIPLINA

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1. ADILSON CARLOS BATISTA LÍNGUA PORTUGUESA

2. ADRIANA CAETANO CIÊNCIAS

3. ALINE HARA DA SILVA QUÍMICA

4. ANDRÉ MISSFELDT GEOGRAFIA5. ANA CLÁUDIA DE PAULA EDUCAÇÃO FÍSICA

6. ANGELA TABORDA RIBAS MATEMÁTICA

7. ANNA LIGIA KORCZAK BIOLOGIA

8. ARABEL CAVALHEIRO PETROSKI MATEMÁTICA

9. CLARA VILMA MONTEIRO LÍNGUA PORTUGUESA

10. ELIANE DA SILVA G. ORTELAN ARTES

11. ELOISA TONIOLLI EDUCAÇÃO FÍSICA

12. ERMÍNIO CAMPOS NOGUEIRA LÍNGUA PORTUGUESA

13. ELIZABETH MATOSO GUIMARÃES EDUCAÇÃO FÍSICA

14. ELIZABETH VITOR LÍNGUA PORTUGUESA

15. EUNICE DOS SANTOS INGLÊS

16. ICLÉA TIBILLETTI DO CARMO HISTÓRIA

17. IRANILDE DA SILVA LEITE INGLÊS

18. JULIANA CARLA IGNATOWICZ ARTE

19. JULIANA REIS DE OLIVEIRA MATEMÁTICA

20. LEILA ROSARIA DE FELIXPEREIRA MATEMÁTICA

21. LUCI ISAURA RIBEIRO SILVA CIÊNCIAS

22. MARICY BATISTA DE OLIVEIRA INGLÊS

23. LUIS GUSTAVO M. DOS SANTOS FÍSICA

24. MARCELO KLOSTER EDUCAÇÃO FÍSICA

25. MARCELO BARRETO EDUCAÇÃO FÍSICA

26. MERCIO CABRAL DOS SANTOS EDUCAÇÃO FÍSICA

27. ODILZA MARIA BAGLIOLI BARBOSA HISTÓRIA

28. OSNI ANICETO DE SOUZA GEOGRAFIA

29. PAULO CESAR RIBEIRO DOS SANTOS EDUCAÇÃO FÍSICA

30. RODRIGO LIPINSKI RODRIGUES MATEMÁTICA

31. SALETE ALVES LÍNGUA PORTGUESA

32. SAMUEL DAL MORO FILOSOFIA

33. ROSANGELA CACHOEIRA JAVORSKI MATEMÁTICA

34. SIMONE NALEVAIKO LUDER EDUCAÇÃO FÍSICA

35. SINVAL GOUVEIA ESPANHOL

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36. SUSAN KELLER SPERANÇA C.CAMELO GEOGRAFIA

37. TALITA GONZATO SILVA ARTE

38. TÂNIA REGINA ITO MARTINS LÍNGUA PORTUGUESA

39. WANDERLEI RIBEIRO SOCIOLOGIA40. WANESSA MARGOTTI RAMOS STORTTI HISTÓRIA

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2.5 CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

2.5.1 Corpo técnico

NOME FUNÇÃO1. DAVI DE MIRANDA DIRETOR

2. ELIZABETH BALÃO SANTOS DIRETORA AUXILIAR

2. MARIA APARECIDA P. DA SILVA MANOEL SECRETÁRIA

3. CRISTIANE PAZELLO PEDAGOGA

4. OZELVINA EZANIR ZANETTI AGOSTINHO PEDAGOGA

5. CARMEM JULIA LANNES BIANCHI PEDAGOGA

6. JUDITE VELOSO LUCARSKI PEDAGOGA

2.5.2 Corpo administrativo

NOME

1. ADRIANA REGINA LEAL

2. ALCIONÊ LILIA VIANA TEIXEIRA

3. VIVIANE DAVID DE LIMA

2.5.3 Serviços geraisNOME

1. ANA PAES DE ANDRADE

2. CENIRA AUGUSTA DE ARAUJO

3. CLEIDE ROCHA CASTRO

4. GILBERTO FERREIRA

5. LUCIA DE FATIMA CARDOSO SANTOS

6. TALITA FERREIRA DEROSKI

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2.6 REGIME ESCOLAR

Os horários de aulas são os seguintes:

2.6.1 ManhãDas 7h e 30min às 11h e 50min, sendo assim distribuídas as aulas:

• 1ª aula: das 7h e 30 min às 8h e 20 min

• 2ª aula: das 8h e 20 min às 9h e 10 min

• 3ª aula: das 9h e 10 min às 10h

• 4ª aula: das 10h e 15 min às 11h e 5 min

• 5ª aula: das 11h e 5 min às 11h e 50 min

• Recreio: às 10h com duração de 15min.

2.6.2 Tarde

Das 13h às 17h e 20 min, sendo assim distribuídas as aulas:

• 1ª aula: das 13h às 13h e 50 min

• 2ª aula: das 13h e 50 min às 14h e 40 min

• 3ª aula: das 14h e 40 min às 15h e 30 min

• 4ª aula: das 15h e 45 min às 16h e 35 min

• 5ª aula: das 16h e 35 min às 17h e 20 min

• Recreio: às 15h e 30 min com duração de 15min.

2.6.3 Noite (CELEM)

Terças e quintas feiras das 19h às 20h e 40 min, sendo assim distribuídas as

aulas:

• 1ª aula: das 19h às 19h e 50 min

2ª aula: das 19h e 50 min às 20h e 40 min

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3. OBJETIVOS

• Garantir ao estudante a apropriação de um ensino com qualidade;

possibilitando uma prática educativa voltada às suas necessidades sociais, políticas,econômicas e culturais, propiciando aprendizagens essenciais para a formação

integral do cidadão, a fim de se tornar participativo, atuante e capaz de agir com

conhecimento e responsabilidade na sociedade em que vive.

• Assegurar a transparência das decisões legitimando a participação dos

professores, funcionários, pais e estudantes na construção, execução e avaliação de

instrumentos de gestão democrática.

• Propiciar aos profissionais da educação condições para uma formação

continuada, numa perspectiva do aperfeiçoamento da qualidade do ensino-

aprendizagem, sem desamparar o estudante em períodos de ausência de

professores.

• Articular a participação de todos os sujeitos do processo educativo,

professores, funcionários, pais, estudantes e outros, visando construir uma visão

global da realidade e dos compromissos coletivos.

• Refletir, coletivamente, sobre as funções do educador frente aos novos

desafios educacionais como: inclusão de estudantes com necessidades

educacionais especiais, currículo adaptado, diversidade, questões ambientais,

avanços científicos, tecnológicos, limitações escolares, possibilidades de realização,

novos paradigmas...

• Construir uma prática pedagógica, educativa e política comprometida

efetivamente com a qualidade do ensino e com a escola pública.

• Definir os resultados a serem alcançados através das ações a serem

desenvolvidas na escola, que metas devem ser atingidas, com vistas a um ensino de

qualidade para todos.• Buscar a qualidade do ensino visando o sucesso na tarefa educativa de

formação de cidadãos capazes de participar da vida sócio-econômica, cultural e

política.

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4. FINALIDADES

  ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino Fundamental é a segunda etapa da educação básica e tem em vista aformação básica do cidadão mediante:

1. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

2. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes dos valores em que se fundamenta a sociedade.

3. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e

valores.

4. O fortalecimento dos vínculos de família, os laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

ENSINO MÉDIO

A última etapa da educação básica tem por finalidades:

1. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o procedimento de estudos.

2. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação

ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual do pensamento crítico.

3. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

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5. MARCO SITUACIONAL

A sociedade está em constante mudança com o surgimento de novoscostumes, formas de cultura e comunicação. Mudanças nos aspectos sociais,

políticos, culturais, econômicos e educacionais. A educação brasileira consolidou

igualmente uma série de mudanças e avanços, embora existam ainda muitos

desafios a serem superados. O país conseguiu consolidar o crescimento no número

de matrículas em todos os níveis de ensino, tem reduzido anualmente a taxa de

analfabetismo, praticamente universalizou o acesso ao Ensino Fundamental,

expandiu a obrigatoriedade do atendimento escolar e investe cada vez mais na

educação. Ainda entre os avanços, foi criado um piso salarial nacional para os

profissionais da educação, procurando corrigir disparidades entre os rendimentos

dos profissionais de diferentes regiões e esferas administrativas, entre muitas outras

mudanças.

O Colégio Estadual João Turin está inserido neste contexto e também

apresentou mudanças consideráveis ao longo da última década. Após a implantação

da Lei 9394/96 e a distribuição de competências entre estados e municípios, houve a

cessação gradativa da oferta do ensino das séries iniciais do ensino fundamental e a

implantação igualmente gradativa do ensino médio no estabelecimento.

A partir de 2007, mediante a situação precária em que o estabelecimento se

encontrava, foram realizados vários reparos e melhorias na infra-estrutura física e de

equipamentos com a finalidade de proporcionar melhores condições de atendimento

aos estudantes, tais como: levantamento dos muros laterais, substituição de

telhados, reparos em calçadas, melhorias na rede de esgoto e água fluvial, reparos

em quadros de giz, colocação de tvs pendrive, colocação parcial de fórmicas em

carteiras, reforço no laboratório de informática, mudança e reforma na cozinha,

reforma de refeitório, pinturas internas, reformas internas no acesso à secretaria do

colégio e principalmente neste ano de 2010 a construção da quadra coberta.

Assim, a partir de 2009 o foco de preocupação pode ser o pedagógico. A

partir da análise do que acontecia na realidade escolar pode-se observar claramente

a necessidade de se fazer uma discussão e consequente reformulação no sistema

de avaliação do colégio. A avaliação que era realizada necessitava desta reflexão,

pois aconteciam algumas distorções que acabavam por comprometer o processo

ensino-aprendizagem. Em especial havia urgência em discutir a realização da

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recuperação de estudos que vinha se constituindo apenas em recuperação de

instrumentos e não de conteúdos. Por outro lado havia a necessidade também de se

rever o funcionamento das reuniões do Conselho de Classe que permaneciam como

um espaço de listagem de estudantes com rendimento abaixo da média.As discussões tiveram início já no final de 2009 quando representantes dos

diversos segmentos da escola foram convidados a discutir o processo avaliativo e as

mudanças já foram propostas para 2010.

O sistema de avaliação é somatório e dividido em dois blocos distintos com

valor 5,0 (cinco vírgula zero) cada um. Um se refere à avaliação de

trabalho/atividades e outro à avaliação por meio de prova. Depois da realização de

trabalho/atividades e prova bimestral deverá haver a retomada de conteúdos não

aprendidos. A isto chamamos de RECUPERAÇÃO. O professor deverá observar a

necessidade de metodologias diferentes das utilizadas quando da primeira

apresentação dos conteúdos. Em seguida deverá ser realizada a REAVALIAÇÃO.

Para efeitos de somatória será considerada a maior nota.

ATIVIDADE

1,0

ATIVIDADE

1,0

TRABALHO

3,0

REAVALIAÇÃO

5,0

PROVA

5,0

REAVALIAÇÃO

5,0

SOMATÓRIA

10,0

Em Educação Física e Arte, pela especificidade das disciplinas, a somatória é

diferenciada. Em Educação Física os valores serão os seguintes: atividades práticas

4,0 (quatro vírgula zero), prova 3,0 (três vírgula zero) e trabalho 3,0 (três vírgula

zero). Em Arte o valo de cada atividade será atribuído por cada professor de acordo

com o conteúdo trabalhado compondo várias delas para se atingir a somatória 10,0

(dez vírgula zero).

Voltando a discutir as questões escolares, especialmente durante a formação

continuada de julho de 2010, o coletivo escolar, após momentos de trabalho em

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grupos e um amplo debate elencou como grande prioridade para este projeto político

pedagógico a reorganização do colégio.

Durante o levantamento dos problemas existentes no colégio as questões de

falta de organização apareceram com muita evidência. O colégio possui problemasde disciplina dos estudantes, que acarretam na perturbação de todo o seu

funcionamento. Direção e equipe pedagógica elaboraram um conjunto de regras e

procedimentos a serem seguidos por estudantes e professores, mas isto ainda é

uma das fragilidades da instituição. Possuímos grandes dificuldades quanto ao

cumprimento de horário e uniforme por parte dos estudantes, muitas vezes com a

anuência dos pais que insistem em que aceitemos situações de atrasos

rotineiramente.

Em relação aos pais, especificamente, existe falta de acompanhamento e

envolvimento de muitos na vida escolar dos filhos, fato este que acaba gerando a

inexistência de vínculo, respeito e interesse para com as normas do colégio. Direção,

equipe pedagógica e professores realizam um trabalho de contato com os pais

periodicamente (entrega de boletins) e quando se faz necessário existindo um

esforço grande para trazê-los ao colégio a fim de que tomem ciência da vida escolar 

de seus filhos, esperando-se assim um envolvimento e comprometimento dos pais.

Os pais são convidados a comparecer ao Colégio, e após algumas tentativas, se os

mesmos não comparecem, é acionado o Conselho Tutelar para que sejam tomadas

as devidas providências.

Por outro lado constatou-se a necessidade da redistribuição de tarefas para

que se tivesse uma profissional capaz de atender a função de inspetora já que a

mesma não existe no quadro funcional do estado. A inexistência de ocupante desta

função até julho do corrente dificultou o controle de estudantes fora de sala um de

nossos grandes problemas diários.

A falta de professores, dificuldade enfrentada diariamente no colégio, também

foi um dos problemas relacionados como uma das fragilidades da instituição neste

ano letivo.

Dentre os problemas levantados e a partir da análise do índice do IDEB do

colégio apontou-se também o alto nível de desmotivação dos estudantes que vêm

para o colégio com outros propósitos que não o de estudar. Por outro lado

enfrentamos também estudantes com dificuldades de aprendizagem, algumas

necessitam ser diagnosticadas na 5ª série, pois os pais muitas vezes demoram a

procurar o colégio para comunicar como foi o desempenho escolar de seu filho nos

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anos iniciais do ensino fundamental. Além disso, o fato da não possibilidade de

abertura de sala de apoio à aprendizagem dificulta o resgate de aprendizagens não

efetivadas.

Estas situações apontadas enfraquecem a possibilidade de atuação do setor pedagógico nas questões do processo ensino-aprendizagem uma vez que seu

trabalho acaba por se resumir ao atendimento imediato às necessidades diárias e

aos conflitos estudante/estudante, estudante/professor e ao atendimento aos pais.

Neste sentido fica comprometido o efetivo acompanhamento de estudantes com

dificuldades de aprendizagem bem como o acompanhamento dos professores em

sua hora-atividade, criada através da Resolução 06/2003, cujo espaço de estudo e

planejamento necessário à prática docente, deve ser orientado e acompanhado pela

equipe pedagógica.

O quadro abaixo refere-se ao aproveitamento dos alunos no ano de 2010.

Para que o colégio atinja seus propósitos de melhoria na qualidade da

educação as reuniões pedagógicas são utilizadas para o trabalho com temas

essenciais para o processo ensino-aprendizagem e em especial desde 2010 os

professores recebem da direção e equipe pedagógica um manual de orientações que

contém toda a orientação de seu trabalho no colégio inclusive com especial atenção

para o atendimento aos estudantes com TDAH,dislexia e disfunção do

ALUNOPERC ALUNO PERC ALUNO PERC

Qdt. AP AP% APCC APCC% REP REP% Total. ATotal. Apcc

3ª A 31 7 22,58 21 67,74 3 9,67 28 90,32

2ª A 31 11 35,48 15 48,38 5 16,12 26 83,87

2ª B 24 7 29,16 12 50 5 20,83 19 79,1

1ª A 39 5 12,82 21 53,84 13 33,33 26 66,6

1ª B 38 11 29,72 17 45,94 9 24,32 28 75,67

5ª A 14 14 100 ---- ----- 14 100

5ª B 18 9 50 6 33,33 3 16,66 15 83,335ª C 17 7 41,17 6 35,29 4 23,52 13 76,47

6ª A 27 11 40,74 8 29,62 8 29,62 19 70,37

6ª B 20 5 25 9 45 6 30 70 70

6ª C 30 7 24,13 13 44,82 9 31,03 20 68,96

7ª A 23 4 17,4 15 65,2 4 17,4 19 82,6

7ª B 26 11 42,3 11 42,3 4 15,4 22 84,6

7ª C 25 4 16 13 52 7 28 18 72

8ª A 34 18 52,94 10 29,41 6 17,68 28 82,35

8ª B 31 8 25,8 11 35,48 12 38,7 19 61,29

8ª C 34 12 35,29 16 47,05 6 17,64 28 82,35

462 151 204 104 412

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processamento auditivo.

Os professores precisam selecionar conteúdos significativos e relevantes

para a formação de seus estudantes e a Proposta Pedagógica Curricular do colégio

passou por uma revisão em 2009, baseada nas novas Diretrizes CurricularesEstaduais. Agora em 2011 ela está passando por nova análise no interior da escola

atendendo à recomendação do NRE/CTBA. É a partir dela(s) que são elaborados os

Planos de Trabalho Docente. Neste sentido é necessária ainda uma intervenção

maior da equipe pedagógica no sentido de clarear aos professores a própria

elaboração de seu planejamento de trabalho. Observamos alguma dificuldade quanto

à elaboração de critérios de avaliação. Entendemos que a própria formação do

professor lhe traz dificuldades neste sentido.

Quanto à metodologia de ensino as aulas são, em sua maioria, ministradas

em sala de aula. Algumas disciplinas como Educação Física, Artes e Ciências

utilizam ambientes externos do colégio para realizar atividades práticas. O colégio

dispõe de material de apoio didático tais como TV pen drive retroprojetor, mapas e

pranchas de ciências além de outros já citados anteriormente, além de todo acervo

da biblioteca que possui livros didáticos e paradidáticos, diversos tipos de revistas,

gibis, fitas de vídeo, DVDS e jogos educativos.

Os estudantes do Ensino Médio têm ainda a possibilidade de enriquecer o

seu aprendizado por meio de estágio. Segundo a Lei Federal Nº 11.788/2008 o

estágio é ato educativo escolar supervisionado no ambiente de trabalho e visa à

preparação para o trabalho produtivo dos estudantes. O estágio visa ao aprendizado

de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular,

objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. O

estágio para os estudantes do Colégio João Turin não é obrigatório e não interfe na

sua aprovação ou reprovação pois não é computado como componente curricular.

No entanto, como atividade opcional ao aluno terá sua carga horária acrescida à

carga horária regular e obrigatória no Histórico Escolar.

No Colégio Estadual João Turin o setor pedagógico ficará responsável por 

atuar como professor orientador do estágio e ficará como responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário. Caberá ao pedagogo

atender o que dispõe o artigo 7º da Lei Federal Nº 11.788/200 especialmente no que

diz respeito ao plano de atividades do estagiário.

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6. MARCO CONCEITUAL

Neste documento transcrevemos concepções que norteiam o trabalhodesenvolvido no Colégio Estadual João Turin. Um trabalho voltado para uma

educação de qualidade considerada por nós um dos instrumentos para a conquista

da cidadania e para a construção de uma sociedade mais justa e mais democrática.

A educação de qualidade deve ser capaz de formar cidadãos que interfiram de forma

crítica, consciente e responsável na sua realidade, transformando-a para melhor,

visando interesses coletivos.

Segundo Paulo Freire a educação torna-se um instrumento essencial no

processo de transformação da sociedade por ser possível através dela politizar o

indivíduo, permitindo-lhe apropriar-se da realidade, inserir-se nela, tornar-se sujeito

de sua própria história e atuar de forma consciente no mundo. A educação envolve

um processo de desvelamento da realidade que de acordo com Freire evidencia uma

de suas tarefas essenciais que é a conscientização, ou seja, é o processo educativo

que permite um vislumbrar de uma proposta de mudança social através da

decodificação do mundo e da inserção nele.

O homem, como sujeito das relações sociais, tem o poder de transcendência,

de discernimento, de julgamento crítico, é capaz de tomar decisões, de objetivar o

mundo e a si mesmo através do ato de conhecer... “pode criar sua consciência de

mundo, construir sentidos, significações e símbolos. Tendo como característica a

ação-reflexão, o ato de conhecer permite ao homem tomar consciência de sua

qualidade de sujeito. Ao tomar consciência de si mesmo ele estabelece uma relação

dialética entre sua liberdade e os problemas que a limitam. Assim seu papel não

pode ser resumido à uma intervenção acidental e incompleta com o mundo.”

(BRENNAND, 2008).

No caso da escola de educação básica, os sujeitos, as crianças, jovens e

adultos, em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas

regiões e com diferentes origens étnicas e culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter 

acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado

pelos conteúdos das disciplinas escolares. Por isso assumimos o que postulam as

Diretrizes Curriculares Estaduais que é um currículo disciplinar  no qual se dá

ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da

instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes

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menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de

acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do

contato com a arte.

Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modocontextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e

colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam

quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe-se

que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e

econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem

compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos

contextos em que elas se constituem.

Cabe à escola ainda trabalhar com os Desafios Sociais Contemporâneos:

Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência, Prevenção ao uso

indevido de drogas e Sexualidade.

O trabalho desenvolvido com a questão ambiental, visa implementar a Lei Nº

9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo

permanente de formação e de busca de informação voltada para a preservação do

equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações

entre o homem e o meio bio-físico, bem como para os problemas relacionados a

estes fatores.

A educação fiscal  visa despertar a consciência dos estudantes sobre direitos

e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado

democrático.A dinâmica de arrecadação de recursos pelo Estado e o papel dos

cidadãos no acompanhamento da arrecadação e de sua aplicação em benefícios da

sociedade são questões a serem tratadas e desenvolvidas.

Ao trabalhar com o enfrentamento à violência buscar-se a ampliação da

compreensão e formação de uma consciência crítica sobre a violência e, assim,

transformar a escola em espaço onde o conhecimento toma o lugar da força.

O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos profissionais

da educação sobre as causas da violência e suas manifestações, bem como a

produção de material de apoio didático-pedagógico.

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que

requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa,

desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento,

educadores e educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta

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ou indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem como a debater 

assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade,

preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência

da mídia, entre outros.A sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural,

precisa ser discutida na escola – espaço privilegiado para o tratamento pedagógico

desse desafio educacional contemporâneo. O trabalho educativo com a Sexualidade,

por meio dos conteúdos elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná, deve considerar os referenciais de gênero,

diversidade sexual, classe e raça/etnia.

Faz-se necessário e urgente o trabalho para a implementação da Lei 10.639/03 e

para a consolidação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº 04/06 do CEE.

Assim, o trabalho com esse desafio tem como intuito promover o reconhecimento da

identidade, da história e da cultura da população negra paranaense, assegurando a

igualdade e valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, européias e

asiáticas a partir do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Se pensamos no estudante como um ser ativo, capaz de redimensionar a

prática social através da reelaboração crítica dos conteúdos culturais e universais só

há lugar apenas para uma avaliação investigativa e processual.

Segundo PARO (2002), “em toda prática humana, individual e coletiva, a

avaliação é um processo que acompanha o desenrolar de uma atividade, corrigindo-

lhe os rumos e adequando os meios aos fins.”

A avaliação então, deve ter o caráter de investigação dos progressos e das

dificuldades dos estudantes, para se efetivar um projeto de trabalho para o

estudante, ou seja, ela deixa se ser um fim em si mesma e se torna um meio de

alcançar os objetivos propostos. Por outro lado, a identificação das dificuldades,

realizada numa ação dialógica entre professor e estudante, deve levar a providências

imediatas para saná-las.

Assim a avaliação consiste em um valoroso instrumento no processo de

ensino-aprendizagem, no momento em que ela passa a ser entendida e utilizada não

como um obstáculo, mas sim como uma importante aliada do professor e estudante

rumo à construção do conhecimento (LUCKESI, 1995).

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Segundo Demo (1999) avaliar é também planejar, estabelecer objetivos, etc.

Daí os critérios de avaliação, que condicionam seus resultados estejam sempre

subordinados a finalidades e objetivos previamente estabelecidos para qualquer 

prática, seja ela educativa, social, política ou outra.Avaliar, portanto, exige que se defina primeiramente aonde se quer chegar,

que se estabeleçam os critérios, para, depois, escolherem-se os instrumentos a

serem utilizados, os quais precisam apresentar claramente o que com eles se deseja

avaliar.

Critérios definem propósitos do que se avalia e em que dimensão. Para isso,

o professor deve ter bem claro no seu planejamento quais critérios servirão de

referência para identificar o que e como o estudante aprendeu e o que é preciso

retomar no processo de ensino-aprendizagem.

Os professores poderão construir diferentes instrumentos de avaliação para

cada conteúdo, considerando cada critério estabelecido. Os instrumentos de

avaliação devem ser claros o suficiente para que o estudante saiba o que está sendo

avaliado e devem considerar a compreensão dos conteúdos; sua capacidade de

fazer relações entre os conteúdos com outros e com sua vida e a capacidade de

posicionar-se, emitir julgamento, criticar.

No processo de avaliação não podemos esquecer que o professor também

deve se avaliar, refletindo sobre o seu próprio trabalho, verificando seus

procedimentos e, quando necessário, reestruturando sua prática.

Neste sentido, o erro torna-se uma possibilidade de intervenção pedagógica.

“É preciso saber trabalhar os erros dos estudantes como forma de construção do

conhecimento.” (VASCONCELLOS, 1993). Considerado como fonte de informações

acerca de como o estudante aprendeu, o erro deve levar o professor a ações que

propiciem redirecionamentos a fim de que todos os estudantes alcancem os objetivos

propostos, ou seja, ao desenvolvimento de novas situações desencadeadoras da

aprendizagem.

Aqui se coloca a recuperação de estudos como uma retomada dos

conteúdos, sempre que se identificar uma dificuldade de aprendizagem do estudante.

Muito além do que prevê a lei ela é, antes de tudo, um compromisso da escola com a

aprendizagem de seus estudantes.

A recuperação, para ser eficiente, deve estar inserida no trabalho pedagógico

e fazer parte do planejamento de todos os professores e o estudante, após o período

de recuperação, deve ter garantido o direito à reavaliação. Conforme o que dispõe o

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Parecer CNE/CEB nº. 12/97, “... só a reavaliação permitirá saber se terá acontecido a

recuperação pretendida. E constatada essa recuperação, dela deverá decorrer a

revisão dos resultados anteriormente anotados nos registros escolares, como

estímulo ao compromisso com o processo”.Conforme todo o exposto e reforçado no que diz PARO (2002) “a avaliação

tem que ser contínua, deve alimentar as decisões e propor ações que auxiliam a

retomada de novas direções e a superação das necessidades educativas.” Daí a

importância do Conselho de Classe acompanhar e avaliar o processo de avaliação,

visando adotar ações que garantam a aquisição das aprendizagens.

SANTOS (2006) afirma que “pelo fato de a avaliação formativa estar voltada

não só para o estudante mas para toda a escola, uma vez que envolve os sujeitos e

as dimensões pedagógicas, o Conselho de Classe precisa ser o espaço que

proporciona aos sujeitos refletirem sobre as práticas avaliativas adotadas. Esses são

momentos privilegiados de desenvolvimento e atualização dos educadores. O

Conselho de Classe representa um elemento fundamental para a avaliação formativa

que auxilia o professor, em seu trabalho em sala de aula, a reorganizar sua ação

pedagógica tornando a aprendizagem um compromisso de toda a escola. O

professor deixa de ser o único responsável pela avaliação da aprendizagem do

estudante e o desenvolvimento deste passa a ser uma função atribuída a todos da

escola, sem, entretanto, eximir-se da sua parcela de responsabilidade no processo.

Falamos também de uma escola que tem como proposta ser uma escola

inclusiva. Partindo do pressuposto de que a educação é para todos, busca-se o

reconhecimento e valorização da diversidade e das diferenças individuais como

elementos intrínsecos e enriquecedores do processo escolar e a garantia do acesso

e permanência do aluno na escola. Acredita-se, para tanto, que os sujeitos podem

aprender juntos, embora com objetivos e processos e tempos diferentes, tendo em

vista uma educação de qualidade. A escola precisa organizar alternativas educativas

para que qualquer estudante tenha sucesso. Conforme diz CARVALHO (2000)

“Especiais devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa

organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso; especiais são os procedimentos

de ensino; especiais são as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para

remover barreiras para a aprendizagem... parecendo-nos mais recomendável do que

atribuir essa característica ao alunado.”

Cabe destacar ainda que o trabalho dos profissionais docentes e não-

docentes na escola não se realiza de forma arbitrária ou casualmente. A ação de

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educar deve estar sempre comprometida com as concepções aqui mencionadas e os

valores que condicionam as relações estabelecidas no processo de ensino-

aprendizagem. Em se tratando de instituição de ensino, a ação de educar não ocorre

apenas na sala de aula, mas também no pátio, nos corredores, na biblioteca, etc. Daía importância de implementar ações formativas que contemplem todos os

trabalhadores que atuam na escola.

Tanto os profissionais docentes como os não-docentes estão em contato com

o estudante. O/a professor/a, de um modo geral, é aquele/a que lida diretamente

com o/a estudante/a, na maior parte do tempo, que é o mediador do processo de

construção de conhecimento e que encontra também em sua prática diária

dificuldades com esse público, como a falta de motivação, o desinteresse e condutas

que transparecem rebeldia e/ou apatia. Estes problemas podem estar relacionados a

problemas pessoais, mas chegam à escola e interferem na pratica educativa e nas

relações interpessoais.

Por outro lado, temos os profissionais não-docentes que também lidam com

os estudantes e que vivenciam situações semelhantes às dos/as professores/as no

seu fazer cotidiano, deixando-os muitas vezes intimidados por não saberem como

resolver esses conflitos que surgem em diferentes espaços na escola. Isto requer, de

fato, da instituição de ensino a elaboração de políticas e de propostas de formação

voltadas para todos os sujeitos que fazem parte do processo educativo.

Em síntese, a preocupação com o alcance da qualidade da educação e com

a melhoria dos resultados da aprendizagem perpassa, sem dúvida, pelo

compromisso da instituição com a formação pessoal e profissional de todos os

envolvidos no processo educacional.

É necessário privilegiar a formação continuada, pois é um direito e dever 

dos trabalhadores da educação, na perspectiva da especialidade de sua função.

Além disso, é fundamental que todos os envolvidos no processo educativo tenham

acesso às produções acadêmicas para o seu aperfeiçoamento e constante

redimensionamento na forma de pensar e agir em educação.

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7. MARCO OPERACIONAL

Metas

• Continuar as melhorias de infra-estrutura física e de equipamentos.

• Retomar as questões regimentais e regulamentares para que o colégio possa

funcionar de acordo com as suas regras já estabelecidas: horário, uniforme, e

tc.

• Redistribuir tarefas entre os profissionais do colégio de modo a garantir o

pleno funcionamento de todos os seus setores de modo a garantir que cada

setor cumpra com suas funções dentro do colégio.

• Estabelecer um plano de ação dos setores de direção, administração e

pedagógico.

• Priorizar o atendimento aos estudantes com dificuldades de aprendizagem.

• Resgatar a relação escola/família por meio de atividades diferenciadas de

educação para pais e da importância da presença da família na escola.

• Consolidar o sistema de avaliação já estabelecido como parte do processo

ensino-aprendizagem.

• Manter o projeto re-recuperação como uma oportunidade a mais no sentido

de recuperar os conteúdos não assimilados no tempo adequado em que

foram trabalhados.

• Retomar a orientação sobre os Planos de Trabalho Docente a fim de que os

mesmos sejam realmente os norteadores do trabalho dos professores em

sala de aula.

• Investir na atuação da Equipe Multidisciplinar para cumprimento das Leis nº

10.639/03 e nº 11.645/08.

• Promover a educação inclusiva orientando os profissionais da educação

quanto aos estudantes com necessidades educacionais especiais,

especialmente nos casos de TDAH e dislexia.

• Ter os profissionais da educação em processo de formação continuada.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC,1996.

BRENNAND, E. G. de G. Buscando em Paulo Freire as concepções de indivíduoemundo.inwww.paulofreire.ufpb.br/.../Buscando_em_Paulo_Freire_as_concepcoes_ de_individuo_e_mundo.pdf 

CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para aprendizagem: educaçãoinclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000.

DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. Campinas, 1999.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

FRIGOTTO, G. Sujeitos e Conhecimento: os sentidos do ensino médio. In

FRIGOTTO, G. e CIAVATTA, M. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília:

MEC, SEMTEC, 2004.

GUIMARÃES, Adair P. Avaliação do Processo Ensino/aprendizagem:repensando a prática e revendo os aspectos teóricos. 2007 inwww.gestaouniversitaria.com.br 

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo :Cortez,1995

PARANÁ, GOVERNO DO ESTADO. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS,2008.

Parecer CNE/CEB n.º 12/97. In: www.portal.mec.gov.br/cne

PARO, Vitor. Reprovação Escolar? Não, obrigado. 2002 In www.estadao.com.br  

PARO, Vitor Henrique. Educação Para a Democracia: o elemento que falta na

discussão da qualidade do ensino. Revista Portuguesa de Educação, 2000.

SANTOS, Flávia R. V. dos Conselho de classe: a construção de um espaço deavaliação coletiva. Brasília, março/2006 .

VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação: Concepção Dialética-Libertadora doProcesso de Avaliação Escolar. São Paulo : Libertad, 1993.

http://www.ideasbr21.org/conteudo/educa%C3%A7%C3%A3o/basicamente-isso

http://www.webartigos.com/articles/45887/1/POR-UMAEDUCACAOEMANCIPADORA/pagina1