projeto ufscar – cni-iel/sebrae a competitividade do sistema agroindustrial da cana-de-aÇÚcar,...
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PROJETO UFSCar – CNI-IEL/SEBRAEPROJETO UFSCar – CNI-IEL/SEBRAE
“A COMPETITIVIDADE DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DA CANA-DE-AÇÚCAR, NO
BRASIL E EM ALAGOAS, E NOVOS EMPREENDIMENTOS VIÁVEIS BASEADOS NA
UTILIZAÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS ORIGINADAS DA CANA-DE-AÇÚCAR E SEUS
DERIVADOS”
Universidade Federal de São CarlosDepartamento de Engenharia de Produção
Equipe ResponsávelEquipe Responsável:
Coordenadora:Profa. Dra. Maria Rita Pontes Assumpção Alves
UFSCarPesquisadores:
Profo. Dr. Alberto Colli Badino Júnior – UFSCarProfo. Dr. Antonio José Gonçalves da Cruz – UFSCar
Profo. Dr. Cláudio Hartkopt Lopes – UFSCarProfo. Dr. Cícero Péricles de Oliveira Carvalho – UFAL
Profo. Dr. Francisco José da Costa Alves – UFSCarProfo. Dr. João Alberto Camarotto – UFSCar
Profo. Dr. Luiz Márcio Poiani – UFSCarProfa. Dra. Maria Teresa Mendes Ribeiro Borges – UFSCar
Profo. Dr. Paulo José Adissi – UFPBProfo. Dr. Tamás József M. K. Szmrecsányi - UniCamp
Alunos de Pós-Graduação Doutorando Araken Alves de Lima – UniCamp
Doutorando Carlos do Amaral Razzino – UFSCarDoutorando Júlio Samuel Sávio Bernardo – UFSCar
Mestrando Bruno Pompeu Corrêa da Costa – UFSCarMestranda Márcia Mitiko Onoyama – UFSCar
Mestrando Rafael Piatti – UFSCarMestranda Vívian Karina Bianchini – UFSCar
Alunos de Graduação:Graduanda Alexandra Maria Gomes da Silva – UFSCar
Graduando Felipe Fernandes Moreno – UFSCarGraduanda Gabriela Nogueira Wanderley – UFSCar
Graduando João Luiz Javera Filho - UFSCarGraduando José Rodolfo Pfaffmann Fiori - UFSCar
Graduando Márcio Tetsuo Yamakawa – UFSCarGraduando Miguel Moretti – UFSCar Graduanda Natália Petrilli – UFSCar
Graduando Rachid Omar Assan Kalil – UFSCarGraduanda Vera Viana dos Santos – UFSCar
Objetivo
Apresentar reflexões sobre a competitividade do Sistema
Agroindustrial (SAG) da Cana-de-Açúcar na produção de commodities
tradicionais (açúcar e álcool) e de como conquistar novas oportunidades
de mercado para novos produtos produzidos a partir da cana-de-açúcar
e seus derivados
Princípios Norteadores da Pesquisa
O SAG canavieiro no Brasil e no mundo não poderá ser unicamente produtor de açúcar e álcool, existem outras vocações que agregam valor à cana-de-açúcar: produção de derivados a partir de seus produtos tradicionais, de seus subprodutos e de resíduos agrícolas e industriais;
Há clara reorientação estratégica das usinas: da lógica de acumulação extensiva - na qual se objetivava o aumento da produção e da área plantada, para uma lógica de acumulação intensiva, na qual busca-se aumento de produtividade em suas operações e transações, medida em quantidade de sacarose.
Especificidades do SAG Canavieiro Brasileiro:
O Brasil é o único país do mundo onde quem produz açúcar e álcool também produz cana;
A competitividade do SAG baseia-se historicamente em: terra barata; mão-de-obra barata, forte degradação ambiental e baixa remuneração dos fornecedores de cana;
Acreditamos que é necessário reduzir a importância destes 4 componentes adicionando-se um 5o.,que é a incorporação do avanço tecnológico de processo, de produto e organizacional, que reduzam a degradação ambiental, melhorem as condições de vida e trabalho dos trabalhadores e fornecedores e ampliem o valor agregado pelo SAG.
Mudanças Recentes no SAG Canavieiro
as empresas do setor passam a competir mais acirradamente entre si do que antes ocorria, quando o Estado administrava diretamente os preços (cana, açúcar e álcool);
Se antes a concorrência entre as usinas se dava pelo fornecimento de cana, ou por terra, ou até por favores especiais junto ao governo, hoje a concorrência internaliza-se entre usinas, que passam a concorrer por mercado, em capacidade de produção a custos mais baixos e em produtos diferenciados.
Novo Quadro de Classificação das Unidades do SAG
As empresas da agroindústria sucro-alcooleira podem ser, grosso modo, classificadas em dois grandes grupos: aquelas que cuidaram de tornar suas unidades competitivas sob os programas de incentivo ao SAG canavieiro (empreendedoras) e as que não aproveitaram esta oportunidade (menos competitivas).
Empresas Empreendedoras As usinas mais competitivas, embora tenham acirrado a
concorrência entre si, articulam-se em alianças políticas e atuações coordenadas em vários campos, desde a comercialização conjunta de produtos, até a atuação política unificada em torno da defesa de interesses; exemplo importante, tem-se a UNICA, no caso específico do Estado de São Paulo.
articulação com empresas TNCs, por meio de alianças estratégicas, para garantir o fornecimento de insumos (açúcar líquido, açúcar invertido, melaço, etc.)
Está em curso um processo de fusões e compras, promovida pela articulação com as TNCs. Estas fusões ou compras objetivam garantir bases mais sólidas para o processo produtivo e atuação mercadológica das transnacionais (TNCs) no Brasil.
Conseqüências da Mudança da lógica de acumulação:
redução do número de trabalhadores; redução drástica de postos de trabalho desqualificado; maior rigor no critério de seleção da área ocupada com cana; exigência de terrenos planos, mais regulares e próximos às usinas; terceirização de operações; a mecanização do plantio; o plantio direto; a mecanização do corte; racionalização dos sistemas logísticos; tendência à mudança de área de ocupação com cana para áreas
planas e passíveis de irrigação exclusão de uma parcela de fornecedores de cana; fortalecimento do processo de concentração; melhoria na qualidade dos produtos, exigidos pelas TNCs, e busca
de produtos com maior valor agregado: o açúcar VHP (Very Hight Polarization), álcool neutro, açúcar líquido e invertido, ácido cítrico.
Neste novo paradigma, as usinas empreendedoras
caracterizam-se por:– inovação nos sistemas logísticos para transferência da cana-de-açúcar do campo e
dos produtos industriais para os clientes do mercado industrial e para escoamento à exportação;
– mecanização do plantio e do corte da cana;
– automação no controle de processos industriais;
– sistemas de informação para integração de processos gerenciais para apoio a decisões e maior visibilidade nas operações para seu controle;
– estruturação de área comercial para suporte às transações comerciais;
– novas formas de gestão, com integração das áreas agrícola, industrial e comercial;
– busca de conformidade do produto, principalmente na produção do açúcar com qualidade;
– aumento da produtividade agrícola, medida agora em quantidade de sacarose;
– aumento da produtividade industrial da capacidade instalada;
– inovação em produtos (açúcar líquido, açúcar invertido, açúcar natural, produtos certificados, ácido cítrico, leveduras, rações, energia elétrica etc.) ;
– alteração nas relações à montante e à jusante, implicando em perdas aos atores sociais com menor poder de barganha, refletindo a lógica das cadeias industriais em que participam.
Conseqüências para trabalhadores e fornecedores:
o aumento da concentração das propriedades fundiárias e industriais;
tendência à exclusão dos pequenos fornecedores do SAG, principalmente os com área entre 50 e 125 hectares;
perda de milhares de postos de trabalho; tendência à intensificação do trabalho
para os que permanecem empregados.
Mudanças que deverão ocorrer para a diversificação produtiva:
Maior utilização da base tecnológica disponível; Adequação desta base aos novos propósitos, com associação de
tecnologias complementares; a nova base tecnológica deve permitir, além da produção de açúcar e
álcool, a utilização de méis enriquecidos e pobres, o aproveitamento do bagaço e de outros subprodutos (cinza, torta de filtro e , principalmente vinhoto);
Adoção de plantas flexíveis, que permitam dirigir a produção de um ou outro produto, segundo a conveniência do mercado,e aos acordos estabelecidos com fornecedores à jusante;
as usinas próximas de fábricas de derivados consumidoras de bagaço, melaços, vinhoto e outros, devem ser priorizadas no projeto de diversificação produtiva;
a diversificação deve ser compatível com o meio ambiente e com a melhoria das condições de vida e trabalho dos trabalhadores;
a estrutura organizacional da empresa deve se adequar para atender à flexibilidade produtiva e mercadológica necessária;
a empresa deve direcionar recursos para desenvolver competência para atuação em mercados de concorrência acirrada.
Produção de Álcool por Região e Estados (Safras 1999 a 2003)
PRODUÇÃO DE ÁLCOOL - BRASIL (safras de 1999 –2003)
ESTADOS/SAFRA Álcool (metros cúbicos)
99/00 00/01 01/02 02/03 03/04
NORTE 98.118 98.695 121.432 136.725 157.234
NORDESTE 1.269.974 1.429.976 1.238.312 1.328.834 930.938
ALAGOAS 550.514 712.634 562.286 562.286 401.136
NORTE-NORDESTE 1.368.092 1.528.671 1.359.744 1.471.141 1.088.172
SUDESTE (MG e RJ) 1.269.974 1.429.976 1.238.312 1.328.834 930.938
SÃO PAULO 8.492.368 6.439.113 7.134.529 7.690.689 8.806.942
SUL 0 0 5.306 6.411 6.045
CENTRO-OESTE 1.230.002 1.097.565 1.355.932 1.527.095 1.919.084
CENTRO-SUL 11.653.712 9.064.364 10.176.290 11.152.084 13.019.706
BRASIL 13.021.804 10.593.035 11.536.034 12.623.225 14.107.878
Produção de Açúcar por Região e Estados (Safras 1999 a 2003)
PRODUÇÃO DE AÇÚCAR - BRASIL (safras de 1999-2003)
ESTADOS/SAFRA Açúcar (sacas de 50 kg)
99/00 00/01 01/02 02/03 03/04
NORTE 788.220 442.860 531.880 387.260 571.460
NORDESTE 48.958.440 71.812.420 64.385.100 75.396.840 59.113.060
ALAGOAS 24.309.380 41.188.400 33.564.700 39.882.840 30.494.580
NORTE-NORDESTE 49.746.660 72.255.280 64.916.980 75.784.100 60.255.980
SUDESTE 48.958.440 71.812.420 64.385.100 75.396.840 59.113.060
SÃO PAULO 261.827.560 193.509.620 247.005.060 286.958.160 303.437.080
SUL 0 0 0 0
CENTRO-OESTE 23.475.200 19.972.100 25.641.240 29.938.700 33.009.280
CENTRO-SUL 338.003.640 252.718.820 319.443.240 375.561.100 467.522.600
BRASIL 387.750.300 324.974.100 384.360.220 451.345.200 527.778.580
Produção de Cana-de-Açúcar por Região e Estados
(Safras 2000 a 2004/2005*) PRODUÇÃO DE CANA - BRASIL (safras de 2000-2003) (2004/05*)
ESTADOS/SAFRA Cana (toneladas)
00/01 01/02 02/03 03/04 2004/2005*
NORTE 1.575.162 1.852.248 1.956.638 2.296.706 2455178,714
NORDESTE 48.947.798 46.980.211 48.286.745 37.445.313 40029039,6
ALAGOAS 25.198.251 23.124.558 22.645.220 17.068.453 18246176,26
NORTE-NORDESTE 50.522.960 48.832.459 50.243.383 42.038.725 44939397,03
SUDESTE 48.947.798 46.980.211 48.286.745 37.445.313 40029039,6
SÃO PAULO 148.256.436 176.574.250 192.486.643 207.572.538 221895043,1
SUL 0 80.262 102.999 93.836 100310,684
CENTRO-OESTE 22.398.102 27.199.622 30.554.029 36.284.137 38787742,45
CENTRO-SUL 207.099.057 244.218.084 270.406.693 336.113.749 359305597,7
BRASIL 257.622.017 293.050.543 320.650.076 378.152.474 404.244.994,7
PRODUÇÃO NACIONAL DE AÇÚCAR
02468
1012141618202224
Milhõ
es de
Tone
ladas
73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03
Safras
Exportações Brasileiras e Cubanas
Milhões de Toneladas
85 87 89 91 93 95 97 99 01 03
Produção Brasileira de Álcool