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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE CIAPS ADAUTO BOTELHO PROJETO TERAPÊUTICO INTEGRADO Pronto Atendimento e Unidade I Comissão Permanente de Projeto Terapêutico do CIAPS “Adauto Botelho” Gestão 2010/2011 Denise Mussa Fukase médica psiquiatra Vera Verney Leal dos Santos assistente social Veline Filomena Simioni psicóloga Daniela Santos Bezerra psicóloga e RT da Unidade I Maria Ieda Silva assistente social Ana Paula Teixeira Borges fisioterapeuta Glauci Maria Ferreira arteterapeuta Lúcia Bigioenfermeira Zuleika Padilhaenfermeira Contribuição Marcelo Campos psicólogo Cuiabá, Março de 2011

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

CIAPS – ADAUTO BOTELHO

PROJETO TERAPÊUTICO INTEGRADO

Pronto Atendimento e Unidade I

Comissão Permanente de Projeto Terapêutico do CIAPS “Adauto Botelho”

Gestão 2010/2011

Denise Mussa Fukase – médica psiquiatra

Vera Verney Leal dos Santos – assistente social

Veline Filomena Simioni – psicóloga

Daniela Santos Bezerra – psicóloga e RT da Unidade I

Maria Ieda Silva – assistente social

Ana Paula Teixeira Borges – fisioterapeuta

Glauci Maria Ferreira – arteterapeuta

Lúcia Bigio– enfermeira

Zuleika Padilha– enfermeira

Contribuição

Marcelo Campos – psicólogo

Cuiabá, Março de 2011

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................................................1

LEIS E PORTARIAS........................................................................................................................................................................ 2

1. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES...................................................................................................................................... 4

1.1. CARACTERIZAÇÃO DO PRONTO ATENDIMENTO ......................................................................................................... 4

1.1.2 NORMAS E ROTINAS DO PRONTO ATENDIMENTO...................................................................................................... 6

1.1.2.1 FLUXO DE ATENDIMENTO............................................................................................................................................ 6

1.1.2.2 NA RECEPÇÃO ............................................................................................................................................................... 6

1.1.2.3 NA OBSERVAÇÃO ................................................................................... ..................................................................... 7

1.1.2.4 PERÍODO DE OBSERVAÇÃO................................................................... ..................................................................... 8

1.1.2.4.1 Cuidados com Pertences dos Pacientes..................................................................................................................... 8

1.1.2.4.2 Cuidados em Relação ao uso do Pátio Interno.......................................................................................................... 8

1.1.2.4.3 Visitação................................................................................................ .................................................................... 9

1.1.2.4.4 Cuidados com Pessoas encaminhadas por Ordem Judicial....................................................................................... 9

1.1.2.4.5. Cuidados em relação a pessoas com Comorbidades Orgânicas............................................................................... 9

1.1.2.4.6. Cuidados na Internação de Crianças e Adolescentes............................................................................................. 10

1.1.2.5 ALTA, TRANSFERÊNCIA HOSPITALAR ENCAMINHAMENTO........................................................................... 10

1.1.2.6 CUIDADO A USUÁRIOS QUE SOFRERAM MAUS TRATOS.................................................................................. 11

1.1.2.7 QUESTÕES REFERENTES AOS SERVIDORES......................................................................................................... 11

1.2. UNIDADE I (ALA MASCULINA E ALA FEMININA).......................................................................................................... 11

1.2.1 ROTINAS E PROCEDIMENTOS COMUNS ÀS ALAS DE INTERNAÇÃO.................................................................. 12

1.2.1.1 ROTINA DE ALIMENTAÇÃO DO USUÁRIO............................................................................................................ 12

1.2.1.2 ATIVIDADES TERAPÊUTICAS COLETIVAS ............................................................................................................13

1.2.1.3 FUNDAMENTAÇÃO DA FUNÇÃO DO

HORÁRIO DE CIRCULAÇÃO NO PATIO............................................................. ...................................................... 14

1.2.1.4. NORMATIZAÇÃO DA VISITAÇÃO........................................................................................................................... 16

1.2.1.5 CRITÉRIOS DE ALTA .............................................................. ................................................................................... 16

1.2.1.6 REUNIÕES DE EQUIPE................................................................................................................................................ 16

1.2.1.7 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR NAS ALAS MASCULINA E

FEMININA..................................................................................................................... ................................................................... 18

1.2.1.8 PROTOCOLOS DE AÇÕES DESENVOLVIDAS NAS ALAS MASCULINA E FEMININA.......................................... 19

1.2.1.7.1 Protocolo em caso de fuga de usuários em internação voluntária e involuntária..................................................... 19

1.2.1.7.2 Protocolo em caso de fuga de usuários em internação compulsória ........................................................................ 20

1.2.1.7.3 Protocolo de exames laboratoriais............................................................................................................................ 20

1.2.1.7.4 Agendamento de consultas junto à central de regulação.......................................................... ................................ 20

1.2.1.7.3 Protocolo de encaminhamento para outras instituições de saúde ........................................................... ........................... 20

1.2.1.7.4 Protocolo de Ação em Caso de Agressão Física...................................................................................................... 21

1.2.1.7.5 Protocolo de Ação em Caso de Morte Natural sem Definição................................................................................ 21

1.2.1.7.6 Protocolo de Ação em Caso de Morte Violenta....................................................................................................... 21

1.2.1.8 CARACTERIZAÇÃO DA ALA MASCULINA............................................................................................................. 21

1.2.1.8.1 CONDUÇÃO TERAPÊUTICA E ROTINAS DA INTERNAÇÃO MASCULINA...................................................21

1.2.1.8.2 AÇÕES DESENVOLVIDAS NA INTERNAÇÃO MASCULINA.............................................................................22

1.2.1.9 NORMAS E ROTINAS DA INTERNAÇÃO FEMININA.......................................................................................... 24

1.2.1.9.1 ALA DE INTERNAÇÃO FEMININA............................................................. ....................................................... 23

1.2.1.9.2 NORMAS E ROTINAS DA INTERNAÇÃO FEMININA...................................................................................... 23

1.2.1.9.3 AÇÕES DESENVOLVIDAS NA INTERNAÇÃO FEMININA............................................................................. 23

2. NORMAS E ROTINAS DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS DO CIAPS ........................................................................... 25

2.1 NORMAS E ROTINAS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA............................................................................. 26

2.2 NORMAS E ROTINAS DO SERVIÇO SOCIAL.................................................................................................................... 27

2.3 NORMAS E ROTINAS DA FISIOTERAPIA......................................................................................................................... 28

2.4 NORMAS E ROTINAS DA ARTETERAPIA......................................................................................................................... 30

2.5 NORMAS E ROTINAS DA TERAPIA OCUPACIONAL..................................................................................................... 31

2.6 NORMAS E ROTINAS DA PSICOLOGIA............................................................................................................................ 33

2.7 NORMAS E ROTINAS DA ENFERMAGEM........................................................................................................................ 34

2.8 NORMAS E ROTINAS DA FARMÁCIA............................................................................................................................... 41

2.9 NORMAS E ROTINAS DA PSIQUIATRIA............................................................................................................................ 42

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2.10 NORMAS E ROTINAS DOS MÉDICOS CLÍNICOS GERAIS............................................................................................ 42

3. NORMAS E ROTINAS DOS SETORES ESPECÍFICOS DA INSTITUIÇÃO........................................................................... 44

3.1 NORMAS E ROTINAS DO TRANSPORTE.................................................................................... ....................................... 46

3.2 NORMAS E ROTINAS DA LAVANDERIA.......................................................................................................................... 46

3.3 NORMAS E ROTINAS DO ARQUIVO.................................................................................................................................. 46

3.4 NORMAS E ROTINAS DA LIMPEZA................................................................................................................................... 47

3.5 NORMAS E ROTINAS DO SETOR VIGILÂNCIA................................................................................................................ 47

3.6 NORMAS E ROTINAS DO PESSOAL DE APOIO............................................................................................................... 53

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................... ........................................ 53

5. ANEXOS....................................................................................................................................................................................... 54

Protocolo de contenção a usuários em agitação psicomotora

Fluxograma de Internação d Paciente na Unidade I – Ala Masculina

Fluxograma de Internação d Paciente na Unidade I – Ala Feminina

Fluxograma de procedimentos em suspeita de agressão

Fluxograma de óbito (morte por causa natural)

Fluxograma de óbito (morte por causa acidental ou suicídio)

Fluxograma de fuga de pacientes em internação ou observação (PA) compulsória

Fluxograma de fuga de pacientes em internação voluntária ou involuntária

Fluxograma de Licença Médica (até 72 horas)

Fluxograma de Transferência para outra Unidade de Saúde

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INTRODUÇÃO

De acordo com a cartilha do Ministério da Saúde “Humanizasus, Prontuário Transdisciplinar e

Projeto Terapêutico”1, o Projeto Terapêutico é um documento que expressa um processo de elaboração

transdisciplinar, ou seja, uma pactuação entre os profissionais de diversas áreas que fazem parte das

equipes que atendem cada paciente. O Projeto Terapêutico deve “necessariamente, incluir ações que

visem ao aumento de autonomia do doente e da família sobre o seu problema, no sentido do cuidado de si

com a transferência de informações e técnicas de cuidados”2.

O Projeto Terapêutico do Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CIAPS) Adauto Botelho

está consubstanciado em duas cartilhas do Ministério da Saúde: “Humanizasus, Prontuário

Transdisciplinar e Projeto Terapêutico”3 e a “Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto

Terapêutico Singular”4. Ambas definem as diretrizes que visam a assistência singularizada dos usuários.

É importante ressaltar que este Projeto Terapêutico é um documento dinâmico, devendo ser revisado

periodicamente pela Comissão Permanente de Projeto Terapêutico, democraticamente eleita entre os

servidores concursados da instituição. Neste documento, encontram-se sistematizadas as pactuações entre os

profissionais, que já vêm ocorrendo cotidianamente.

Neste sentido, a Condução Terapêutica seguida pela Unidade I e pelo Pronto Atendimento, segue os

dispositivos da Clínica Ampliada e da Escuta. Clínica Ampliada propõe que o profissional de saúde

desenvolva a capacidade de ajudar as pessoas, não só a combater as doenças, mas a transformar-se, de forma

que a doença, mesmo sendo um limite, não a impeça de viver outras coisas na sua vida. Nas doenças

crônicas ou muito graves isto é mais importante, porque o resultado sempre depende da participação da

pessoa doente, e essa participação não pode ser entendida como uma dedicação exclusiva à doença, mas,

sim, uma capacidade de “inventar-se” apesar da doença. A Escuta significa, num primeiro momento, acolher

toda queixa ou relato do usuário mesmo quando possa parecer não interessar diretamente para o diagnóstico

e tratamento. Mais do que isto, é preciso ajudá-lo a reconstruir (e respeitar) os motivos que ocasionaram o

seu adoecimento e as correlações que o usuário estabelece entre o que sente e a vida – as relações com seus

convivas e desafetos. Ou seja, perguntar por que ele acredita que adoeceu e como ele se sente quando tem

este ou aquele sintoma. Quanto mais a doença for compreendida e correlacionada com a vida, menos chance

haverá de se tornar um problema somente do serviço de saúde, mas sim, também, do sujeito doente. É mais

fácil, assim, evitar a infantilização e a atitude passiva diante do tratamento. Pode não ser possível fazer uma

escuta detalhada o tempo todo para todo mundo (dependendo do tipo de serviço de saúde), mas é possível

1 MINISTÉRIO DA SAÚDE, Humanizasus, Prontuário Transdisciplinar e Projeto Terapêutico, Brasília/DF, 2004. 2 Idem, p. 14. 3 MINISTÉRIO DA SAÚDE, Humanizasus, Prontuário Transdisciplinar e Projeto Terapêutico, Brasília/DF, 2004. 4 MINISTÉRIO DA SAÚDE, Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico Singular, Brasília/DF, 2007.

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escolher quem precisa mais, e é possível temperar os encontros clínicos com estas “frestas de vida”5

(Ministério da Saúde, 2007).

A partir deste Projeto Terapêutico o CIAPS Adauto Botelho torna público o seu compromisso com os ideais

da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial no Brasil, de acordo com as premissas da lei nº

10.216/2001, com as Diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana

de Saúde (OPAS). De acordo com esta legislação, o tratamento em saúde mental não é exclusividade do

CIAPS Adauto Botelho, quaisquer hospitais devem estar preparados para uma internação psiquiátrica.

Lembrando que a internação é o último recurso terapêutico.

Reitera, ainda, a inserção do CIAPS no contexto do Sistema Único de Saúde do Estado de Mato

Grosso, segundo os princípios de Acessibilidade, Equidade e Integralidade da Assistência consagrados na

Lei nº 8080.

A legislação e diretrizes seguidas pela Unidade I e do Pronto Atendimento do CIAPS Adauto

Botelho são:

LEIS E PORTARIAS

Lei 10.216/2001 de 06 de abril de 2001 do Ministério da Saúde - Dispõe sobre a proteção e os

direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde

mental.

Portaria nº 251/GM, de 31 de janeiro de 2002 também do MS - Estabelece diretrizes e normas

para a assistência hospitalar em psiquiatria, reclassifica os hospitais psiquiátricos, define e estrutura,

a porta de entrada para as internações psiquiátricas na rede do SUS e dá outras providências.

Portaria nº 2.391, de 26 de dezembro de 2002 também do MS Regulamenta o controle das

internações psiquiátricas involuntárias (IPI) e voluntárias (IPV) de acordo com o disposto na Lei

10.216, de 6 de abril de 2002, e os procedimentos de notificação da Comunicação das IPI e IPV ao

Ministério Público pelos estabelecimentos de saúde, integrantes ou não do SUS.

Portaria 469, de 6 de abril de 2001 também do MS Altera a sistemática de remuneração dos

procedimentos de internação em hospital psiquiátrico e dá outras providências.

Portaria GM/MS nº 52, de 20 de janeiro de 2004 Institui o Programa Anual de Reestruturação da

Assistência Psiquiátrica Hospitalar no SUS – 2004 (PNASH-Psiquiatria).

DIRETRIZES

Cartilha do Ministério da Saúde “Humanizasus, Prontuário Transdisciplinar e Projeto Terapêutico”,

Brasília/DF, 2004.

5 Idem, ibidem.

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Cartilha do Ministério da Saúde “Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico

Singular”, Brasília/DF, 2007.

Cartilha do Ministério da Saúde “Álcool e Redução De Danos uma abordagem inovadora para países

em transição”, Brasília/DF, 2004.

Cartilha do Ministério da Saúde, “Ambiência”, 2ª edição, Brasília-DF, 2006.

1. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES

O CIAPS Adauto Botelho é atualmente composto por: Centro de Atenção Psicossocial para

Dependentes Químicos – CAPS AD, Centro de Atenção Psicossocial Infantil – CAPSI, Pronto Atendimento,

Unidade I (Internações Masculina e Feminina), Unidade II Pascoal Ramos, Unidade III e Lar Doce Lar. Tem

o objetivo de prestar atendimento aos cidadãos portadores de transtornos mentais, promovendo a

implantação e implementação de assistência à saúde mental da população.

A clientela atendida pelas unidades são:

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CAPS AD – atendimento multidisciplinar a dependentes químicos e uso prejudicial de substâncias

psicoativas;

CAPSI – atendimento multidisciplinar a crianças e adolescentes em grave sofrimento psíquico e suas

comorbidades;

Pronto Atendimento – livre demanda e assistência à urgência e emergência psiquiátrica;

Unidade I – Ala Masculina: Posto I - internação (voluntária, involuntária e compulsória) de curta

duração para homens, maiores de idade e Posto II - internação (voluntária, involuntária e compulsória) para

homens, maiores de idade, com maiores debilidades físicas e ex-usuários do Hospital Neuropsiquiátrico. Ala

Feminina – internação psiquiátrica (voluntária, involuntária, compulsória e medida de segurança) para

mulheres em crise psicótica e demais transtornos mentais.

Unidade II Pascoal Ramos – internação masculina a usuários em cumprimento de medida de

segurança;

Unidade III – internação de usuários dependentes químicos do sexo masculino;

Lar Doce Lar – residência de cidadãos portadores de deficiência física e mental tutelados pelo Estado

de Mato Grosso.

Disponibiliza uma equipe multidisciplinar, constituída de Médicos Psiquiatras, Médicos Clínicos,

Enfermeiros, Psicólogos, Assistentes Sociais, Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Educador Físico,

Arte-Terapeutas, Nutricionistas e Técnicos e Auxiliares em Enfermagem, que atuam em prol de ações

voltadas para reduzir o quanto possível o tempo de internação e intensificar as ações dos serviços

substitutivos, proporcionando a ressocialização do usuário.

Este Projeto Terapêutico é deliberativo às seguinte unidades do CIAPS Adauto Botelho: Unidades I e

Pronto Atendimento.

1.1. CARACTERIZAÇÃO DO PRONTO ATENDIMENTO

O Pronto Atendimento (PA) do CIAPS Adauto Botelho é um serviço de saúde mental destinado ao

atendimento de pessoas em sofrimento mental grave, no qual se caracterize uma situação de urgência e

emergência psiquiátrica. Tal atendimento ocorre no prazo de até 72 horas, depois de esgotados todos os

recursos extra-hospitalares, visando evitar a internação hospitalar. Seus objetivos específicos são:

1) Aliviar o sofrimento mental grave, através de ações que visem afastar o risco imediato de

prejuízos à sua integridade física e mental, sua auto-imagem e direitos e garantias

fundamentais, em razão de seu sofrimento;

2) Proporcionar aos usuários do serviço uma remissão significativa de seu estado,

minimizando o risco pessoal e social para si e para outros;

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3) Colaborar na ordenação da rede de cuidados em saúde mental, através de qualificação dos

encaminhamentos, e do estabelecimento de parcerias, fóruns de discussão com instituições

vinculadas à Saúde, Educação, Promoção Social, Justiça e sociedade civil.

São definidos como usuários deste serviço adultos, de ambos os sexos, em sofrimento mental grave

e/ou em urgência psiquiátrica, que apresentem comprometimento das funções psíquicas a ponto da perda da

autonomia sobre suas responsabilidades e no cuidado de si, cuja premência e risco para severos prejuízos

sejam sentidos como iminentes por si mesmo ou por terceiros. Salvo as exceções previstas em lei, Mandados

Judiciais e em casos excepcionais de interesse de proteção à vida, este PA não realizará internação de

crianças ou adolescentes. Quando, no entanto, forem admitidos, os cuidados relativos à sua saúde mental

serão realizados em local isolado e protegido dos outros internos. A admissão de crianças e adolescentes só

será realizada mediante autorização por escrito do Juizado da Infância e Adolescência do município de

origem.

A configuração inicial de uma urgência psiquiátrica tem um peso cultural e moral relevantes, pois “a

situação em que o transtorno do pensamento, do afeto e da conduta é de tal modo disruptivo, que o paciente

mesmo, a família ou a sociedade, consideram que requer atenção imediata” 6

. Considerando que “é a

família, o paciente ou a sociedade que decidem se o caso é uma urgência ou não”, e que “a crise é vista

enquanto urgência a partir do momento que afeta diretamente a rotina da família (ou do responsável) e que

se decide denominar o acontecimento enquanto tal” 7

. A partir desta demanda social, a ação do PA é avaliar

singularmente tais casos, com critérios técnicos, visando esclarecer quais ações se fazem necessárias

relativas à saúde, à sociedade ou à família. Para considerar a necessidade de admissão, leva-se em

consideração fatores de crise e risco.

Para tal tarefa, o PA conta com equipe multidisciplinar, composta pelos seguintes perfis de

Profissionais do SUS: Médico Psiquiatra, Médico clínico Geral, Enfermeiro, Assistente Social, Psicólogo,

Técnico de Enfermagem, Terapeuta Ocupacional, Arte-terapeuta, Pedagogo, Vigilantes e Assistentes

Administrativos.

O período de observação no PA é de até 72 horas, podendo ultrapassar tal prazo nos casos de

primeira internação, ou nos casos em que a equipe técnica julgar necessário, tendo em vista o melhor

interesse do paciente e de sua reinserção psicossocial. Concluído o período de observação, o paciente será

reavaliado e poderá receber alta ou ser transferido para as Unidades de Internação I (Ala Feminina ou

Masculina), ou ainda para a Unidade III, nos casos de dependentes de substâncias psicoativas. No caso de

receber alta, será encaminhado para a rede de atenção psicossocial (unidades referenciais em saúde mental)

ou rede de básica.

1.1. NORMAS E ROTINAS DO PRONTO ATENDIMENTO

6 Flaherty, J. A., Channon, R. A. & Davis, J. M. (1990) apud JARDIM & DIMENSTEIN. “Risco e crise: pensando os pilares da

urgência psiquiátrica”. In: Psicologia em Revista. Belo Horizonte, v. 13, n. 1, p. 169-190, jun. 2007 7 Id. Ibid..

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A Unidade de Pronto Atendimento promove atendimento de urgência psiquiátrica, evitando

internações desnecessárias ou prolongadas, em consonância com a Política Nacional de Saúde Mental,

baseada na Lei 10.216/01, prestando orientações e encaminhamentos aos serviços do CIAPS Adauto

Botelho e a outros existentes na rede de saúde Municipal e Estadual.

1.1.2.1 FLUXO DE ATENDIMENTO

1.1.2.2 NA RECEPÇÃO

O usuário que chegar ao serviço, sozinho, com um familiar ou com um acompanhante, será acolhido

pelo profissional designado no dia (PNS), enquanto os outros técnicos e familiares cuidam do

preenchimento dos formulários. No período noturno este acolhimento será realizado pelo enfermeiro e na

sua ausência por um técnico de enfermagem. Caso haja incompatibilidade ou ausência de empatia entre

usuário e técnico acolhedor, outro profissional da equipe será designado.

O Acolhimento tem por base os conceitos de Clínica Ampliada e Escuta e será realizado pelos

profissionais da equipe técnica, da Psicologia e/ou Serviço Social e/ou Enfermeiro, por meio de uma escala

interna. As funções do acolhimento abrangem: a investigação inicial da situação, o exame psíquico inicial da

pessoa em crise, a subjetivação da queixa e a comunicação aos pacientes e familiares sobre as normas e

rotinas deste PA. Ressalta-se que, em caso de haver mais de um paciente a ser atendido, outros Profissionais

de Nível Superior - PNS do Sistema Único de Saúde - SUS serão solicitados para apoiar o acolhedor, bem

como auxiliar a definição de prioridades no atendimento. Os profissionais administrativos, que se

responsabilizam pelo preenchimento dos formulários da instituição, devem também ter noções de

acolhimento, pois também compete a estes profissionais a precisão e agilidade nas informações, o que

requer ter em mente a natureza aflitiva ou conflituosa do momento.

No acolhimento, define-se a necessidade da avaliação médica e demais procedimentos necessários à

admissão do paciente na observação (Sistematização da Assistência em Enfermagem) ou encaminhamento

para a rede de saúde mental. Caso haja necessidade, o acolhedor encaminha o paciente até o médico

plantonista, com as informações e opiniões pertinentes. Após a consulta médica, de acordo com a avaliação

da equipe multidisciplinar, o paciente poderá:

1) ser medicado e retornar ao acolhedor, para ser orientado quanto aos encaminhamentos julgados

necessários;

2) ser re-encaminhado ao acolhedor, para demais orientações, nos casos em que não haja necessidade

de medicação; ou

3) ser admitido para observação, de acordo com as modalidades previstas na Lei 10.216/01, a saber:

voluntária, involuntária e compulsória.

Para todo atendimento realizado, o técnico da Recepção deverá proceder ao registro em livro

apropriado, solicitar ao setor de Arquivo o seu prontuário dos atendimentos anteriores, caso haja, para obter

história pregressa de passagens do usuário por este serviço, e identificá-lo via fotografia digital. Caso o

paciente seja admitido, o acolhedor orientará os familiares e/ou acompanhantes acerca dos procedimentos

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realizados e das normas e rotinas do PA, e o técnico da Recepção deverá montar o prontuário, de acordo

com a seqüência descrita no subitem correspondente.

Serão admitidas para observação no PA pessoas que se encontrem em estado de grande sofrimento

mental, caracterizados por apresentar alterações relacionadas ao comprometimento das funções psíquicas

que interfiram gravemente na compreensão, levando-a a prejuízos em seu ajustamento psicossocial, como

alterações do pensamento, da linguagem, consciência, atenção, orientação, memória, afetividade, sono,

apetite, motricidade e senso percepção. Ressalta-se que a admissão para observação não se aplica aos casos

em que a pessoa apresente um ou outro sintoma isoladamente.

1.1.2.3 NA OBSERVAÇÃO

Os pacientes admitidos serão encaminhados para higiene pessoal e mudança de vestuário,

acompanhados pelo técnico de enfermagem, que deverá recolher pertences pessoais para serem devolvidos

aos acompanhantes, ou para guarda no PA segundo procedimento padrão descrito posteriormente.

Todo e qualquer atendimento deverá ser evoluído no prontuário, e registrado no Relatório de

Ocorrências Ambulatoriais (ROA) diariamente, por toda a equipe de saúde do PA, até o momento em que o

paciente obtiver alta ou for transferido para uma das alas de Internação. Neste último caso, a Autorização

para Internação Hospitalar – AIH deverá ser preenchida e encaminhada no momento da transferência. No

caso de a internação ser voluntária, o paciente assinará a sua anuência em formulário próprio; caso a

internação seja involuntária, a segunda via do termo deverá ser retirada do prontuário e encaminhada ao

Ministério Público pelo setor da administração. Quando a equipe multidisciplinar decide que o paciente

permanecerá no PA mais de 72h, cabe ao médico providenciar a AIH.

O Pronto Atendimento é responsável pelo encaminhamento de pacientes em internação compulsória,

mesmo na ausência de vagas, sendo tais procedimentos sempre intermediados pelo Departamento Jurídico

desta Unidade. Na eventualidade de pacientes não portarem documentos, eles não serão encaminhados para

as Unidades de Internação até que se possa estabelecer com segurança sua identificação, permanecendo o

usuário no PA.

Tendo em vista que a escala de médicos do PA é constituída por clínicos gerais com treinamento em

saúde mental, fica definido que o Médico Visitador, cuja função é realizar a avaliação e acompanhamento

dos casos em observação, será exercida obrigatoriamente por Médico Psiquiatra do CIAPS Adauto Botelho.

1.1.2.4 PERÍODO DE OBSERVAÇÃO

Uma vez que o paciente seja admitido na Unidade para observação, seu tratamento envolve a

organização de toda a equipe multidisciplinar, que realiza diariamente atendimentos nas áreas de Medicina,

Enfermagem, Nutrição, Serviço Social e Psicologia. Tais cuidados visam maximizar a capacidade de

atendimento e reinserção social do paciente, tendo como base algumas Normas e Rotinas:

1.1.2.4.1 Cuidados com Pertences dos Pacientes

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Os pertences pessoais dos pacientes deverão ser devolvidos para o familiar ou técnico de saúde que o

acompanhou em sua chegada ao PA. Na ausência de um deles, o hospital deverá assumir a guarda de

quaisquer pertences pessoais, exceto gêneros alimentícios ou armas. No caso de armas, estas deverão ser

entregues à Polícia Militar.

Todos os pertences (roupas, documentos, dinheiro ou outros objetos) serão registrados em formulário

próprio, que é anexado ao prontuário, assinado por um membro equipe de enfermagem. Os pertences serão

embalados e guardados em armário próprio, na presença de uma testemunha (membro da equipe de

enfermagem e/ou vigilantes).

Objetos pessoais e valores seguirão para armários específicos para este fim, acondicionados em sacos

plásticos com identificação via nome completo. As roupas serão também acondicionadas em sacos plásticos

e encaminhadas à Lavanderia, com formulário em duas vias da relação de pertences, uma delas retornando

protocolada, servindo como prova de entrega

1.1.2.4.2 Cuidados em Relação ao uso do Pátio Interno

O pátio interno do PA será destinado ao descanso ao ar livre, realização de atividades de recreação,

oficinas terapêuticas e recepção de visitas. O descanso ao ar livre será realizado em horários pré-definidos

pela equipe e sempre acompanhados por técnico de enfermagem.

As atividades de recreação e oficinas terapêuticas serão realizadas de acordo com planejamento dos

profissionais de plantão e Terapeuta Ocupacional, em acordo com projeto terapêutico singular decidido em

equipe.

Será facultado o consumo de fumo (tabaco) nos períodos de descanso e outros horários pré-

estabelecidos, sempre com a anuência da equipe e acompanhados por técnico de enfermagem.

1.1.2.4.3 Visitação

Não é permitida a visitação aos usuários em observação. As exceções estão condicionadas à anuência

da equipe, incluindo situações em que se trate de criança ou adolescente em observação, bem como nas

situações em que a observação do paciente no PA ultrapasse às 72h, em horários a combinar com a equipe

técnica, exclusivamente durante o dia. Todas as informações que os familiares desejarem obter, poderão ser

repassadas via telefone, exclusivamente durante os períodos matutino e vespertino.

1.1.2.4.4 Cuidados com Pessoas encaminhadas por Ordem Judicial

Pacientes encaminhados com Mandado Judicial de Internação devem igualmente ser acolhidos, além

dos demais procedimentos. No acolhimento, devem ser orientados quanto à natureza compulsória de sua

internação, o modo de funcionamento da Unidade, bem como as possíveis conseqüências pessoais e sociais

de eventuais fugas.

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Somente serão encaminhados para Unidade III os pacientes dependentes de substâncias psicoativas

voluntários e com mandados de internação judicial, segundo horários previamente pactuados com a Unidade

III, após avaliação criteriosa da necessidade de encaminhamento. O prontuário deverá conter, além da AIH,

a prescrição médica e o paciente deverá ser acompanhado de um técnico do setor. O paciente internado na

Unidade III só poderá voltar ao PA se seu estado mental sugerir urgência psiquiátrica, para além do fato de

estar internado para tratamento de dependência química.

Os pacientes que fugirem da Unidade III não serão readmitidos no PA, mesmo os de internação

compulsória, salvo casos em que haja critérios clínicos que justifiquem a internação dos mesmos. Nos casos

em que a fuga ocorrer na sua permanência neste PA, deverá ser feito o Boletim de Ocorrência (BO) e

comunicada a ocorrência à família, além de comunicado ao juiz que o encaminhou, através da Assessoria

Jurídica do Hospital.

1.1.2.4.5. Cuidados em relação a pessoas com Comorbidades Orgânicas

Tendo em vista a natureza da instituição e seus recursos, a admissão de pacientes com problemas

clínicos está condicionada à avaliação do médico plantonista. Quando o problema clínico apresentado no

momento da avaliação for mais relevante do que a psicopatologia, o paciente deverá ser encaminhado à

Policlínica ou ao Pronto Socorro Municipal.

No caso de complicações clínicas que se evidenciem após a admissão, constatada a sua gravidade, o

médico plantonista realizará a avaliação, e, quando for o caso, encaminhar o paciente ao Pronto Socorro

Municipal, com o relato das razões, a prescrição medicamentosa e o motivo da internação psiquiátrica.

A equipe deverá comunicar aos familiares ou responsáveis a ocorrência, para que estes se desloquem

até o local para acompanhar o seu familiar. O ato do encaminhamento estabelece a alta do paciente, que, ao

ser notificado de sua alta clínica, poderá ou não ser re-encaminhado a este serviço de acordo com sua

condição psíquica para a continuidade do tratamento.

1.1.2.4.6. Cuidados na Internação de Crianças e Adolescentes

Nos casos de internação psiquiátrica de crianças e adolescentes, a admissão deverá estar devidamente

autorizada pelos familiares ou responsáveis junto ao Juizado da Infância e Adolescência. Serão estes

internados exclusivamente no Pronto Atendimento, sendo que a assistência médica do caso será feita pelo

Psiquiatra Infantil do CAPSi. Sua permanência se estenderá pelo tempo que a equipe considerar necessário,

estando atenta à preservação de sua integridade moral e física. Após 72 horas de observação, serão

facultadas visitas de familiares, mediante avaliação da equipe. A equipe deverá observar os Direitos das

Crianças e Adolescentes Hospitalizados da Sociedade Brasileira de Pediatria.

1.1.2.5 ALTA, TRANSFERÊNCIA HOSPITALAR E ENCAMINHAMENTOS

Os procedimentos na alta do PA são de responsabilidade de todos os técnicos do setor. Todo e

qualquer fluxo de paciente em observação (transferência e alta), deve ser registrado no Livro Censo Diário

da enfermagem.

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No caso de transferências para outras Unidades de Saúde, devem ser especificados os motivos.

Somente o PA irá encaminhar pacientes a serem internados na Unidade I e na Unidade III. Nestes

casos, as famílias devem ser comunicadas quando houver quaisquer decisões quanto à transferência (ou

eventual retorno) a estas unidades do CIAPS.

A alta hospitalar é um ato médico, respaldado pela equipe, através do qual se encerra o período de

observação, tendo por base: 1) a avaliação do estado atual do paciente, quando demonstre remissão completa

ou parcial de seus sintomas; e 2) A percepção compartilhada, através da análise da evolução do caso, de que

não está havendo progresso significativo nesta modalidade de atendimento, ou que o progresso potencial já

atingiu seu limite.

Havendo a alta, o paciente será encaminhado para os serviços abertos, tais como: CAPS AD, CAPS

I, CAPS II, CAPSi, Unidade III e Policlínicas que disponham de tratamento psiquiátrico, conforme área de

abrangência da residência do usuário. Nos casos que o paciente resida em outro município será orientado a

buscar o serviço junto a Secretaria de Saúde de origem. A orientação será feita aos familiares ou

responsáveis pelo paciente, visando garantir a continuidade do tratamento, ressaltando a importância da

participação familiar para sua reabilitação. A equipe deve ainda detalhar, em evoluções no prontuário, as

razões da alta concedida, encaminhamentos realizados, medicação de alta, e outras informações relevantes

para o entendimento do caso.

Os pacientes encaminhados por outras unidades do CIAPS, bem como outros serviços de saúde para

avaliação no PA, deverão ser acompanhados por técnico do serviço de procedência, para prestar as

informações necessárias; caso defina-se pela observação no PA, fica este paciente sob a responsabilidade

desta Unidade, sendo que a Unidade de referência será comunicada sobre a alta. As altas e transferências

serão preferencialmente realizadas pelo Médico Visitador; na ausência deste, pelo médico plantonista. Na

alta, serão liberados medicamentos em quantidade suficiente para até 05 (cinco) dias, além da prescrição

médica, podendo estender para até 20 (vinte) dias em casos de medicação de alto custo.

Tão logo as altas sejam decididas e devidamente evoluídas em prontuário, a equipe deve

prontamente fazer a comunicação aos familiares e/ou instituições de referência, que terão um prazo de até 24

horas para os municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Baixada Cuiabana, e até 72 horas para municípios do

Interior do Estado, para proceder à remoção do paciente. O prazo é contado a partir da efetiva comunicação

da alta aos familiares, técnicos responsáveis ou autoridades de saúde do município. No caso de desrespeito a

tais prazos, a Assessoria Jurídica do CIAPS será acionada para auxiliar nos procedimentos de defesa dos

direitos do paciente.

Nos casos em que seja constatada a ausência ou fuga de pacientes do PA, a ocorrência deverá ser

relatada em Prontuário, realizado um Boletim de Ocorrência da fuga, e posteriormente a família deverá ser

informada.

1.1.2.6 CUIDADO A USUÁRIOS QUE SOFRERAM MAUS TRATOS

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Durante o processo de admissão do usuário, ao se constatar que o mesmo sofreu maus tratos antes de

sua chegada ao PA, segue-se um protocolo de denúncia junto à SES. Haverá um formulário para ser

preenchido pelos profissionais do PA para ser encaminhado ao Núcleo de Prevenção a Vítimas de Violência

da Vigilância Epidemiológica.

1.1.2.7 QUESTÕES REFERENTES AOS SERVIDORES

Para a efetivação do Projeto Terapêutico, o servidor (contratado, concursado, terceirizado) deverá

participar mensalmente das reuniões regulares e extraordinárias.

1.2. UNIDADE I (ALA MASCULINA E ALA FEMININA)

O objetivo da Unidade I do CIAPS Adauto Botelho é atender em nível de internação, usuários em

crise aguda de sofrimento psíquico, a partir de práticas interdisciplinares, visando a ressocialização em

menor tempo possível de permanência. Tais usuários são provenientes do PA.

Esta Unidade comporta 70 (setenta) leitos SUS, sendo distribuídos em: 20 (vinte) leitos na Ala

Feminina e 50 (cinqüenta) leitos na Ala Masculina.

Na Ala Masculina há uma divisão em Posto I e Posto II, cujos critérios de admissão de pacientes em

cada posto são:

Posto I – pacientes em crise aguda, adultos jovens, com boa saúde orgânica: 30 leitos.

Posto II – pacientes idosos ou muito jovens ou com maiores limitações na autonomia física e/ou

mental ou sem referências familiares: 20 leitos.

A seguir serão descritos os procedimentos comuns realizados em ambas Alas da Unidade I do

CIAPS Adauto Botelho, no que diz respeito às rotinas, ao acesso a consultas e exames, às intercorrências,

ao protocolo para alta e ao retorno de pacientes oriundos do interior do Estado.

1.2.1 ROTINAS E PROCEDIMENTOS COMUNS ÀS ALAS DE INTERNAÇÃO

1.2.1.1 ROTINA DA ALIMENTAÇÃO DOS USUÁRIOS

Distribuição de Refeições

As refeições são servidas pratos individuais para pacientes, não é permitido o uso de garfos e facas

tipo inox e copos de vidros. Só é oferecido a colher e canecas plásticas durante as refeições.

Os usuários recebem seis refeições diárias. São elas:

Horário Refeição

06:00 Desjejum normal

+ dietas especiais

09:00 Colação normal

+ dietas especiais

10:45 Dietas especiais

11:00 às 12:00 Almoço normal

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15:00 Merenda normal

+ Dietas especiais

16:45 Dietas especiais

17:00 às 18:00 Jantar normal

20:00 Ceia normal

+ dietas especiais

Modo de Distribuição das Refeições

Atualmente faz-se necessário o auxílio dos técnicos em enfermagem de cada Ala na distribuição das

refeições, função de atribuição de copeiros (não contemplados no organograma atual).

Entrada de Alimentos Externos

Considerando os riscos de toxinfecção alimentar e hiperalimentação É VEDADO A ENTRADA DE

ALIMENTOS AOS PACIENTES. Não há necessidade de alimentos extras trazidos pelos familiares, porém,

em algumas situações, os familiares querem trazer outros tipos de alimentos, diferentes daqueles fornecidos

pelo Serviço de Nutrição e Dietética SND, como demonstração de afeto. Pela característica dos usuários

internados, entendemos que a oferta de alimentos pela família contribui para o fortalecimento dos laços

familiares e com a terapêutica. Nestes casos, a entrada de alimentos pode ser liberada pelo SND.

A autorização de entrada de alimentos deverá ser feita por escrito pelo nutricionista de plantão. A

entrada do alimento deve ser conferida (tipo e quantidade do alimento) na portaria.

Modalidades de Dietas

No Serviço de Nutrição e Dietética do CIAPS - Adauto Botelho utiliza-se a dieta normal e adapta-se

as dietas para a necessidade dos pacientes, a branda sendo hipossódica ou adaptada para diabetes e também

a pastosa, e também quando necessário a semi-líquida e líquida. Os tipos de dieta oferecidas: Dieta para

Diabetes, Dieta Hipossódica, Dieta Laxativa, Dieta para Diarréia, Suplementação Via Oral, Dieta enteral

(via sonda). As dietas são determinadas pelos Nutricionistas Clínicos

PARTICIPAÇÃO DO SND NAS ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

O CIAPS AB tem uma programação anual de eventos comemorativos com finalidade terapêutica

(anexo 1) realizados para os pacientes, e a Nutrição deve contribuir nos eventos com a elaboração e

execução do cardápio, conforme acordado com a e empresa terceirizada responsável pela produção de

refeições.

1.2.1.2. ATIVIDADES TERAPÊUTICAS COLETIVAS

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ATIVIDADE PROFISSIONAIS

ENVOLVIDOS

CRONOGRAMA

OU HORÁRIOS

LOCAL

Música no pátio. Equipes da assistência,

enfermeiro que disponibiliza

o som, arteterapeuta,

Música eletrônica:

todas as manhãs, no

horário do pátio.

Pátio da Unidade I.

Atividades externas. Terapia Ocupacional,

Arteterapeuta , Fisioterapeuta

e demais profissionais.

Quinzenalmente. Sorveterias,

museus, bosques,

pontos turísticos

dentro do perímetro

urbano.

Sessão de cinema. Terapia Ocupacional e

Arteterapia e demais

profissionais que se dispõem.

Um sábado por

mês, às 18:00 h,

previamente

combinado.

Refeitório dos

pacientes.

Pintura em tela. Arteterapeuta e Terapeuta

Ocupacional

Ala Masculina:

atendimento

matutino

Ala Feminina:

matutino/vespertino

Sala de Atividades

Terapêuticas de

cada ala.

Confecção de colares e

pulseiras.

Terapeuta Ocupacional e

Arteterapeuta

Ala Masculina:

atendimento

matutino

Ala Feminina:

matutino/vespertino

Sala de Atividades

Terapêuticas de

cada ala.

Confecção de

ornamentos das festas

comemorativas.

Terapeuta Ocupacional e

Arteterapeuta

Ala Masculina:

atendimento

matutino

Ala Feminina:

matutino/vespertino

Sala de Atividades

Terapêuticas de

cada ala.

Confecção de papel

reciclado.

Arteterapeuta e Terapeuta

Ocupacional

Ala Masculina:

atendimento

matutino

Sala de Atividades

Terapêuticas (Posto

II Masculina)

Jogo de vôlei no pátio. Enfermeiro, fisioterapeutas e

demais profissionais da

equipe.

Horário do pátio,

período matutino.

Pátio da Unidade I

Caminhada. Terapeuta ocupacional,

arteterapeuta, fisioterapeuta e

equipe de apoio.

Ala Masculina e

Ala Feminina:

atendimento

matutino

Parque Zé Boloflô.

Roda de violão Músico e arteterapeuta. Dia da

comemoração dos

aniversariantes do

mês.

Pátio da Unidade I.

Pintura dos muros do

pátio.

Arteterapeuta e Terapeuta

Ocupacional.

Período

programado de

acordo com o

fornecimento de

materiais pela

administração.

Pátio da Unidade I.

Cantinho da leitura. Arterapeuta. Atendimento

matutino ou

vespertino.

Sala de Atividades

Terapêuticas Ala

Feminina.

Oficina da beleza Equipe da Ala Feminina, sob

coordenação da

Duas vezes por

semana.

Sala com

equipamentos de

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fisioterapeuta e apoio

multiprofissional.

salão de beleza.

1.2.1.3. FUNDAMENTAÇÃO DA FUNÇÃO DO HORÁRIO DE CIRCULAÇÃO PELO PATIO

Segundo orientações contidas na Cartilha do HUMANIZASUS sobre AMBIÊNCIA8, que se refere

ao tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais, o

pátio, além de porta de entrada, constitui-se em lugar de espera ou descanso de trabalhadores, ambiente de

“estar” de pacientes e/ou de seus familiares. Na Unidade I essa área é um importante espaço de encontros e

integração. É também local de passagem em diferentes sentidos.

A ambiência, enquanto espaço de encontro entre sujeitos, apresenta-se como um dispositivo que

potencializa a capacidade de ação e reflexão das pessoas envolvidas nos processos de trabalho,

possibilitando a produção de novas subjetividades. O espaço deve propiciar a construção de ações a partir da

integralidade e da inclusão, na perspectiva da EQÜIDADE. No trabalho com psicóticos em surto, o pátio

serve de tentativa de inclusão de modo experimental, já que ele é ambiente também de familiares, servidores

administrativos e comunidade em geral.

Nos quadros de surto psicótico, todas as ações implicam no cuidado, independente do espaço

físico. Os atos dos pacientes, mesmo os que julgamos estranhos, têm um sentido para os mesmos e

podem ocorrer tanto nos espaços abertos quanto nas enfermarias. É preciso que a equipe tome isso como

parte do tratamento e intervenha quando preciso. Restringir os espaços não significa proteger o paciente e

sim ‘facilitar’ o funcionamento da instituição, que, ao contrário, deve atender às necessidades dos

mesmos. Desta forma, o pátio é parte da ambiência terapêutica aos pacientes da Unidade I,

independentemente de realização de atividades ocupacionais.

O comportamento dos pacientes no pátio será conseqüência de sua psicopatologia em interação com

novos estímulos e pessoas diferenciadas daquelas com quem interagem em sua enfermaria. A atenção da

equipe deve ser a mesma que acontece durante as 24 horas de assistência aos pacientes da Unidade,

independente do espaço no qual o paciente esteja.

Os momentos livres e de circulação, são importantes para resgatar a subjetividade e individualidade.

Além disso, o Projeto Terapêutico da instituição não visa criar um ambiente imaginário e ideal, diferente

da realidade vivida fora da internação, mas sim ressocializar.

Dentro do processo de Reforma Psiquiátrica as oficinas terapêuticas pré-programadas vêm sendo

questionadas quanto à adesão dos pacientes, já que a programação prévia atende à necessidade da unidade e

não necessariamente do paciente. É preciso estar atento às emergências e contingências dos sujeitos, não

procurando encaixá-los em oficinas pré-programadas que podem limitá-lo. Há casos isolados de pacientes

nos quais o pátio não é recomendado, mas essa decisão deve ser tomada quando a equipe técnica assim o

avaliar.

O pátio, além das salas de terapia, é um dos espaços no qual as atividades da Terapia Ocupacional e da

Arteterapia serão realizadas. Isto dependerá da avaliação dos profissionais de nível superior presentes na

8 MINISTÉRIO DA SAÚDE, Cartilha Ambiência, 2ª edição, Brasília-DF, 2006.

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instituição. Os profissionais de plantão nas alas de internação se dividem para estar com os usuários nos

horários de pátio, porém não significa que todos permaneçam no pátio o tempo todo.

Horários do Pátio

Os horários atualmente instituídos para a saída ao pátio são:

Período Matutino: 9:00 h às 10:30 h

Período Vespertino: 15:30 às 17:00 h

1.2.1.4. NORMATIZAÇÃO DA VISITAÇÃO

- No P.A. não é permitida visitação ao paciente. O familiar deve solicitar e fornecer informações à equipe;

- Na Unidade I o horário de visita é das 15:30 h às 17:00 h, todos os dias;

- Não é permitido trazer crianças menores de 12 anos;

- Não é necessário trazer roupas ao paciente, somente material de higiene pessoal, que deve ser entregue

para o Enfermeiro de plantão;

- Não é permitido deixar objetos pessoais, nem dinheiro com o paciente;

- Casos nos quais o paciente não estiver em condições de receber visitas, a equipe permanecerá disponível

para acolher aos visitantes;

- Não é indicada a visita de pessoas que apresentem doenças infecto-contagiosas (gripe, dengue,

conjuntivite, etc);

- É vedado trazer alimentos, já que os pacientes têm 6 refeições balanceadas ao dia e acompanhamento

nutricional;

- Procurar ao menos uma vez, durante a internação na Unidade I, os profissionais da Psicologia e do Serviço

Social para conversar pessoalmente. Informe-se sobre a reunião com familiares;

- As informações que os familiares solicitam por telefone (3661-4350) serão passadas pelos profissionais de

nível superior, sempre que possível;

- Na alta hospitalar o familiar é responsável, junto com o paciente, em dar continuidade ao tratamento,

procurando o serviço de referência encaminhado pela equipe, além de administrar as medicações que levará

consigo;

- No caso de familiar que insistir em retirar o paciente da internação sem alta médica (alta a pedido), o

CIAPS não fornecerá encaminhamentos, receita ou medicação;

- Colabore com a limpeza do CIAPS, jogando lixo nos cestos;

- Lavar as mãos com água e sabão antes e depois da visita;

- Esteja com sua vacinação atualizada, procure a Policlínica de referência em seu bairro;

Os visitantes devem revezar-se em, no máximo, três pessoas por paciente internado, respeitando

rigorosamente os horários pré-determinado para visita;

1.2.1.5. CRITÉRIOS DE ALTA

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O tratamento da pessoa portadora de transtorno mental tem como finalidade permanente, contribuir

com a reinserção familiar e social do paciente evitando hospitalizações prolongadas. Sendo assim, a alta é

fator condicionante, deverá ser efetuada quando:

1) Ocorrer melhora do quadro psiquiátrico mental do paciente, com a remissão dos sintomas que

motivaram sua internação;

2) A pedido de familiares, mediante orientações e encaminhamento que for necessário, além do

preenchimento obrigatório dos formulários que oficializam o pedido de desinternação;

3) Em consenso da equipe e dos familiares como alternativa terapêutica, considerando a

constatação de que a permanência do paciente na internação não caracteriza mais eficácia de

tratamento.

Havendo a alta, o paciente será encaminhado para os serviços abertos, tais como: CAPS AD, CAPS

I, CAPS II e Policlínicas que disponham de tratamento psiquiátrico, conforme área de abrangência da

residência do usuário. Nos casos que o paciente resida em outro município será orientado a buscar o serviço

junto a Secretaria de Saúde de origem. A orientação será feita aos familiares ou responsáveis pelo paciente,

visando garantir a continuidade do tratamento, ressaltando a importância da participação familiar para sua

reabilitação. A equipe deve ainda detalhar, em evoluções no prontuário, as razões da alta concedida,

encaminhamentos realizados, medicação de alta, e outras informações relevantes para o entendimento do

caso. Na alta, serão liberados medicamentos em quantidade suficiente para até 30 (trinta) dias.

Em relação aos pacientes oriundos do interior do Estado em alta hospitalar, estabelece-se um prazo

de 72 (setenta e duas) horas para o Município de origem providenciar o retorno do paciente. Esta

determinação deverá ser divulgada aos municípios através de ofício circular do CIAPS Adauto Botelho, para

conhecimento e cumprimento para as Secretarias Municipais de Saúde. Fica determinado que, no caso de o

município não cumprir este prazo, a equipe comunica o fato à Assessoria Jurídica, que se responsabilizará

por realizar a denúncia junto ao Ministério Público, pelos motivos cabíveis, tendo em vista o sofrimento

mental gerado para o paciente pela circunstância de permanecer internado sem que haja necessidade. Aquele

prazo será estendido quando se fizerem comprovados motivos de força maior, tais como: declaração de

estado de calamidade pública ou isolamento devido a fatores climáticos (inundações, obstrução do trafego

rodoviário).

1.2.1.6. REUNIÃO DE EQUIPE

Deverão ser realizadas, semanalmente, na sala da equipe, no período vespertino. Seu objetivo é

discutir a condução terapêutica dos pacientes internados, ampliar a discussão entre as equipes, diminuir

dúvidas ou sugerir alterações das normas e rotinas da Unidade e a forma como estão sendo implementadas.

É também o fórum mais adequado para se ver, em grupo, problemas de relacionamento entre os pacientes ou

entre pacientes e a equipe, assim como examinar atuações do tipo agressivo, erótico, etc. A coordenação será

conforme for estabelecido pela equipe.

Em Saúde Mental recomenda-se a Supervisão Clínica na condução das reuniões.

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1.2.1.7. AÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR NAS ALAS

MASCULINA E FEMININA

Acolhimento e Avaliação do paciente, valorizando a escuta para reunir dados que

possibilitem maior conhecimento do mesmo;

Entrevista/reunião com familiares do paciente com o objetivo de buscar informações

relevantes de sua realidade pessoal, social, econômica, cultural e histórica de vida para

subsidiar a conduta terapêutica da equipe;

Promover o vínculo entre paciente e equipe multidisciplinar;

Condução e participação nas atividades terapêuticas;

Visitas Domiciliares com a finalidade de conhecer o ambiente familiar e orientar a família

sobre a continuidade do tratamento em serviços substitutivos, buscando reduzir as

reincidências de internações;Acompanhamento de licenças, propostas como recursos

terapêuticos adicionais, para pacientes em internação de longa permanência, trabalhando

o vínculo e a aceitação dos familiares para a reinserção social do paciente;

Cuidados na alta, realizando encaminhamento e acompanhamento do paciente para os

serviços de referência: CAPS, CAPS ad, Policlínicas e Pronto Socorro Municipal,

Unidades Básicas de Saúde, Ambulatórios e Programa de Saúde da Família. Tem por

objetivo aumentar a adesão do usuário aos serviços substitutivos. Consiste em orientar os

familiares ou responsáveis quanto à importância da atuação dos mesmos na adesão ou

continuidade do tratamento (fora da internação). Também inclui contatos realizados com

as Unidades de Referência em Saúde Mental para orientar aos profissionais dos serviços

substitutivos no início do atendimento, bem como colher informações referentes ao caso.

Acompanhamento de pacientes no retorno a sua residência, nos casos em que se julgarem

necessários, inclusive os provenientes de outros municípios;

Participação em reuniões, comissões, qualificações (capacitações), palestras e eventos;

Elaboração de relatórios multidisciplinares;

Cada profissional deve evoluir nos prontuários dos pacientes que estão sob sua

responsabilidade técnica pelo menos uma vez por semana;

Acompanhamento de pacientes em audiências e outros procedimentos judiciais;

Contribuir com o fluxo de faturamento dos prontuários, preenchendo todos os campos dos

formulários, além de zelar para que os prontuários permaneçam no local determinado na

instituição.

Comunicar a alta aos familiares ou órgãos responsáveis (SMS, SMAS e outros) para

garantir providências de retorno do paciente ao seu município de origem.

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Comunicar aos familiares e/ou responsáveis (e Sistema Judiciário, em caso de Internação

Compulsória) os casos de fuga, bem como comunicar aos assistentes administrativos

designados pela Diretoria Administrativa para que eles realizem Boletim de Ocorrência

junto à Delegacia;

Participar junto à equipe multidisciplinar da comunicação de óbito e tomar providências

cabíveis que o caso requeira (seguindo protocolo de óbito).

Modificar, quando necessário, o ambiente hospitalar, contribuindo com a condução

terapêutica;

Encaminhar para os profissionais da equipe, os pacientes que apresentarem sintomas ou

questões específicas de outra área.

Realizar investigação social dos casos de pacientes sem referências familiares e sobre o

próprio paciente, com registro em prontuário;

Realizar supervisão de campo de estagiários de sua categoria, ato que é facultado a cada

profissional.

1.2.1.8. PROTOCOLOS DE AÇÕES DESENVOLVIDAS NAS ALAS MASCULINA E FEMININA

Os protocolos referentes à Unidade I:

- quanto à ocorrência de fugas;

- em relação a pacientes que são vítimas ou autores de agressões físicas;

- abuso sexual e atentado violento ao pudor;

- acidentes com traumatismos sofridos pelos pacientes;

- sintomas emergenciais clínicos/cirúrgicos dos pacientes;

- em caso de óbito por causas naturais não definidas;

- em caso de óbito por causas violentas;

- casos de licença médica de até 72 horas;

- protocolo de contenção.

1.2.1.7.1 Protocolo em Caso de Fuga Usuários em Internação Voluntária ou Involuntária

Quando qualquer técnico constata a ausência de algum paciente internado, a informação é levada ao

conhecimento do profissional de nível superior de plantão no momento, que deverá realizar o Boletim de

Ocorrência imediatamente.

Para efetuar o Boletim de Ocorrência é necessário que o profissional levante as informações

relacionadas ao ocorrido (quem constatou, em que horário notou a ausência, em que condição se encontrava

na última vez em que foi visto, que trajes usava). Para realizar o B.O. um profissional da Equipe deverá

comparecer ao CISC Sul (antiga Delegacia do Coxipó). Após a realização do B.O., o profissional deve fazer

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a comunicação aos familiares ou responsáveis. O profissional deve evoluir no prontuário o horário da

realização do B.O. O fluxograma da ação está exposto no anexo.

1.2.1.7.2 Protocolo em Caso de Fuga de Usuários em Internação Compulsória

A diferença do procedimento de protocolo de fuga de usuários em internação voluntária e

involuntária é que à equipe cabe comunicar o Juizado de onde foi expedido o Mandado de Internação. No

caso do paciente retornar da fuga, após 24 horas, será feito novo ingresso pelo PA e informar o jurídico para

que seja comunicado o Juízo do retorno.

Este procedimento não vale para o Juizado Criminal Especial Criminal Unificado da Capital. Neste

caso a equipe não readmite o paciente e comunica o fato ao juizado, que tomará providências cabíveis.

O Fluxograma está em anexo.

1.2.1.7.3 Protocolo de Exames Laboratoriais

Os exames laboratoriais simples são solicitados pelos médicos responsáveis e agendado pelo Serviço

Social e a coleta do material é realizada na unidade de nível ambulatorial de referência, sendo o usuário

acompanhado por um técnico em enfermagem.

Já os exames de Média e Alta Complexidade são regulados junto à Central de Regulação pelo

Serviço Social. São viabilizados da seguinte forma: preenchimento de formulário especifico disponível na

gerência de apoio técnico, que deverá ser devolvido à mesma gerência. A Gerência de Apoio Técnico

comunica o Serviço Social da equipe o horário do agendamento, que, por sua vez, comunica à

Enfermagem para acompanhar o paciente na realização do exame.

O CIAPS possui credenciamento para o procedimento, sendo necessário fornecer os dados do

paciente: nome, data, nascimento, número de documentos pessoais, CPF, RG, filiação, endereço, nome

do medico que realizou o encaminhamento. No caso de exames de Alta Complexidade é necessário o nº

do cartão SUS.

1.2.1.7.4 Agendamento de Consultas junto à Central de Regulação

Os agendamentos de especialidades são feitos pelo Serviço Social junto ao Centro de Regulação,

atualmente nos horários de 12:00 h a 12:30 h e 17:00 h a 17:30 h.

1.2.1.7.3 Protocolo de Encaminhamento para outras Instituições de Saúde

Os pacientes com emergência clínico/cirúrgica serão encaminhados para outras unidades de saúde,

segundo o Fluxograma em anexo.

1.2.1.7.4 Protocolo de Ação em Caso de Agressão Física

Em relação à ocorrência de agressões verbais, os técnicos envolvidos no cuidado ao paciente autor

ou vitima estimulam o diálogo e a eliminação das tensões envolvidas na discussão ocorrida, buscando

também entender quais são os predisponentes destas circunstâncias no ambiente onde se dão. Nos casos de

agressão física, abuso sexual ou atentado violento ao pudor, as rotinas são: a partir do relato do técnico que

constata a violência, juntamente com um profissional de nível superior, realizam o registro da ocorrência no

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prontuário das partes envolvidas, fazem o Boletim de Ocorrência na Delegacia mais próxima, e

providenciam o transporte da vítima para a realização do exame de corpo de delito junto ao Instituto Médio-

Legal; ao mesmo tempo, é efetuado o afastamento do autor do fato, visando proteção da integridade física

dos envolvidos. A seguir, a Equipe se encarrega de determinar um profissional para realizar a comunicação

aos familiares e o acompanhamento do caso, em seus desdobramentos clínicos e legais. A equipe deverá

também comunicar o fato e as providências já tomadas à Assessoria Jurídica do CIAPS, para as demais

providências legais cabíveis.

Fluxograma em anexo.

1.2.1.7.5 Protocolo de Ação em Caso de Morte Natural sem Definição

Fluxograma em anexo.

1.2.1.7.6 Protocolo de Ação em Caso de Morte Violenta

Fluxograma em anexo.

1.2.1.8 CARACTERIZAÇÃO DA ALA MASCULINA

A Ala de Internação Masculina está composta por dois Postos de Enfermagem: Posto I, com

aproximadamente 30 leitos, que atende casos de pessoas em recuperação de transtornos mentais graves, em

episódios agudos; e Posto II, com aproximadamente 20 leitos, que atende pacientes com transtornos mentais

graves crônicos, e também pacientes egressos do extinto Instituto Neuropsiquiátrico de Cuiabá.

A Ala funciona 24 horas por dia, contando com: quatro equipes de enfermagem, distribuídas em

plantões no formato 12 x 36 horas, alternando entre dias pares e ímpares.

A Equipe Multidisciplinar constitui-se dos seguintes profissionais:

39 Técnicos (as) de Enfermagem;

10 Enfermeiros (as);

01 Arteterapeuta;

03 Psicólogos;

01 Médico Clínico;

02 Médicos Psiquiatras;

04 Assistentes Sociais;

01 Nutricionista;

01 Terapeuta Ocupacional.

1.2.1.8.1 CONDUÇÃO TERAPÊUTICA E ROTINAS DA INTERNAÇÃO MASCULINA

Os pacientes admitidos na Ala Masculina são encaminhados pelo Pronto-Atendimento. Os pacientes

chegam conduzidos pela equipe técnica do Pronto Atendimento, após confirmação da existência de vaga e

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aviso prévio do encaminhamento, com prontuário devidamente preenchido. A equipe de enfermagem da Ala

Masculina decidirá em qual dos dois postos de enfermagem será internado, segundo seu perfil patológico,

compleição física e características pessoais.

No prazo máximo de 72 horas, o paciente deverá passar por nova avaliação dos técnicos de nível

superior. O CID ou o diagnóstico inicial feito no PA deve ser revisto para confirmar a condução terapêutica

a ser conferida ao usuário.

No caso de paciente dependente químico, constatando-se que o mesmo não possui comorbidade

psiquiátrica (transtorno mental de base), a equipe procederá o encaminhamento deste à Unidade III, tão logo

haja vaga disponível.

Os casos deverão ser acompanhados por aqueles profissionais de maneira integrada, e suas

avaliações deverão sempre ser evoluídas em prontuário, devendo ser lidas por todos os envolvidos no

cuidado ao paciente. Tais evoluções são o registro do tratamento do paciente, e servirão de base para as

discussões que culminarão na decisão de alta e encaminhamento para serviços abertos da comunidade de

origem. Esta evolução em prontuário deverá ocorrer no mínimo a cada sete dias, por cada membro da

equipe, segundo norma do Ministério da Saúde.

1.2.1.8.2 AÇÕES DESENVOLVIDAS NA INTERNAÇÃO MASCULINA

Cuidados técnicos de enfermagem procedimentos clínicos, ministração de medicamentos prescritos,

cuidados clínicos, entre outros.

a ser desenvolvido por Psicologia e Serviço Social,: CAPS II, CAPS Álcool e Drogas, Policlínicas e

Pronto Socorro Municipais e Programa de Saúde da Família. Na alta, serão liberados medicamentos em

quantidade suficiente para até 05 (cinco) dias, além da prescrição médica, podendo estender para até 20

(vinte) dias em casos de medicação de alto custo.

Visitas Domiciliares, a critério da equipe, quando se faz necessário para o bom atendimento das

demandas.

Acompanhamento de licenças, propostas como recursos terapêuticos adicionais, para pacientes em

internação de longa permanência, ou sem cuidadores na família de origem.

Acompanhamento de Pacientes no retorno a sua residência, nos casos em que se julgar necessários.

1.2.1.9 ALA DE INTERNAÇÃO FEMININA

A Ala Feminina conta com 01 enfermaria, com 20 leitos. Esta Ala atende usuárias portadoras de

transtorno mental, além de pacientes em Mandado de Segurança, maiores de 18 anos, que se encontram

em situação de surto psicótico, e que os recursos extra-hospitalares se mostraram insuficientes.

A Equipe Multidisciplinar constitui-se dos seguintes profissionais:

18 Técnicos de Enfermagem;

06 Enfermeiros;

02 Arteterapeutas;

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02 Psicólogos;

01 Médico Clínico;

01 Médico Psiquiatra;

02 Assistentes Sociais;

01 Fisioterapeuta;

01 Nutricionista.

1.2.1.9.1 NORMAS E ROTINAS DA INTERNAÇÃO FEMININA

As normas e rotinas da Ala Feminina são idênticas às da Ala Masculina, salvo encaminhamentos

para a Unidade III, já que esta não atende mulheres.

1.2.1.9.2 AÇÕES DESENVOLVIDAS NA INTERNAÇÃO FEMININA

Avaliação ou Parecer dos profissionais de nível superior.

Atendimentos e intervenções com profissionais de nível superior: Enfermagem, Psicologia,

Psiquiatria, Clínico Geral, Serviço Social, Fisioterapia e Arteterapia.

Cuidados técnicos de enfermagem: procedimentos clínicos, ministração de medicamentos prescritos,

cuidados clínicos, entre outros.

Atividades Terapêuticas: realizadas periodicamente pela Fisioterapeuta, Arteterapeutas, Psicólogas e

Assistentes Sociais.

Cuidados na alta: a ser desenvolvido pela equipe de nível superior, visa realizar encaminhamento e

acompanhamento da paciente em vias de receber alta aos futuros serviços de referência: CAPS II, CAPS

Álcool e Drogas, Policlínicas e Pronto Socorro Municipais e Programa de Saúde da Família. Na alta, serão

liberados medicamentos em quantidade suficiente para até 05 (cinco) dias, além da prescrição médica,

podendo estender para até 20 (vinte) dias em casos de medicação de alto custo.

Visitas Domiciliares, a critério da equipe, quando se faz necessário para o bom atendimento das

demandas.

Acompanhamento de licenças, propostas como recursos terapêuticos adicionais, para pacientes em

internação de longa permanência, ou sem cuidadores na família de origem.

Acompanhamento de Pacientes no retorno a sua residência, nos casos em que se julgar necessários.

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2 - NORMAS E ROTINAS DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS DO CIAPS

2.1 NORMAS E ROTINAS DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS QUE COMPÕEM SND

ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR

Nutricionista Responsável técnico:

Planejar, organizar, dirigir e controlar o SND;

Participar do planejamento das instalações do serviço e equipamentos, sugerir melhoras e solicitar

reparos;

Planejar e prever, em termos quantitativos, com as devidas especificações, todos os materiais,

gêneros, equipamentos e instalações necessárias ao SPR para efeito de elaboração da proposta

orçamentária;

Pesquisar as necessidades de treinamento de todo pessoal do serviço e aplicar o treinamento;

Fornecer dados ao recrutamento, quanto as características do servidor do SPR;

Realizar seleção final do pessoal recrutado para SPR;

Elaborar as rotinas e roteiros das atividades a serem executadas, e zelar pelo cumprimento das

mesmas;

Elaborar as normas do serviço;

Organizar as escalas de serviço e férias de conformidade com a legislação em vigor;

Promover a execução dos planos e programas estabelecidos;

Desenvolver espírito de equipe do pessoal;

Organizar sistemas de fichas, impressos diversos para controle das atividades;

Avaliar periodicamente a eficiência do pessoal sob sua subordinação;

Coordenar reuniões de serviço com seus colaboradores para discussão de problemas de serviço,

interpretação de rotinas e técnicas de serviço;

Participar do processo de licitação de gêneros alimentícios e outros materiais

Objetivar metas e verificar a execução dos planos de trabalho;

Propor medidas consideradas necessárias ao aperfeiçoamento constante do serviço;

Manter estoques suficientes de gêneros e materiais;

Cumprir o Código de Ética Profissional.

Nutricionista de produção:

Elaborar cardápios adequados ás necessidades nutricionais da clientela;

Requisitar o material necessário à execução dos cardápios;

Verificar o estado de conservação e utilização adequada dos equipamentos;

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Supervisionar e orientar o preparo dos alimentos e sua distribuição;

Zelar pela higiene na área de produção e dos manipuladores de alimentos;

Controlar os custos das refeições e desperdícios e sobras;

Promover medidas de segurança e higiene do trabalho;

Cumprir o Código de Ética Profissional.

Solicitar e acompanhar o exame de controle da qualidade da água microbiológico e físico-químico.

Nutricionista Clínico:

Realizar atendimento clínico nutricional aos pacientes internados pronto atendimento, internação

masculina e feminina;

Determinar as variações de dieta especial conforme necessidade clínica e nutricional do paciente;

Realizar avaliação nutricional dos pacientes das internações;

Fazer evolução nos prontuários dos pacientes atendidos;

Discutir caso dos pacientes e com a equipe multidisciplinar;

Participar das reuniões de condução da equipe multidisciplinar;

Cumprir o Código de Ética Profissional.

COMPETÊNCIA DO SND

Compete ao Serviço de Nutrição e Dietética administrar a nutrição clínica e produção em todas as

suas etapas de funcionamento; assegurar assistência nutricional e dietética contribuindo com a prevenção,

manutenção e recuperação da qualidade de vida nos âmbitos bio-psico-social, através do fornecimento de

refeições tecnicamente preparadas, durante a internação dos pacientes.

ROTINA DA NUTRIÇÃO CLÍNICA

1. Atendimento no Pronto Atendimento:

- Verificar entre os pacientes em observação quais necessitam de atendimento nutricional diferenciado e

atendê-los;

- Adequar a dieta às necessidades especiais se houver;

- Discutir casos com a equipe;

- Fazer evolução nos prontuários e ROA.

2. Atendimento na enfermaria Feminina, Masculina (Posto I e II):

- Verificar quais são os pacientes nas enfermarias masculinas e femininas que necessitam de atendimento

nutricional diferenciado;

- Adequar a dieta às necessidades especiais se houver;

- Discutir casos com a equipe;

- Fazer Avaliação do Estado Nutricional quinzenal (peso, altura, circunferências);

- Evolução dietética em prontuário;

-Prescrição dietética para o setor de produção de refeições, onde os pacientes são identificados em Cartões

de dieta;

- Supervisão da distribuição das refeições.

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2.2 NORMAS E ROTINAS DO SERVIÇO SOCIAL

A inserção do Serviço Social em Saúde Mental, e mais especificamente nos hospitais

psiquiátricos, aconteceu por exigência do INPS nos anos 70, quando o Ministério da Previdência e

Assistência Social ressaltava a importância da equipe multidisciplinar para a prestação de assistência ao

usuário de saúde mental.

O Serviço Social deve embasar sua prática no sentido de compreender as circunstâncias sociais

que envolvem o paciente, a família e o contexto vivido no sentido de ajudá-los a superarem as diversas

situações com autonomia, liberdade através de possibilidades ou capacidades que devem ser respeitadas e

desenvolvidas.

As ações desenvolvidas visam contribuir para a reinserção social do paciente, garantia de seus

direitos e efetivação da cidadania. Os procedimentos do Serviço Social do Pronto Atendimento e Unidade

I estão pautados nas seguintes ações:

Articular ações intersetoriais envolvendo habitação, justiça, assistência social – CRASS, mediante

dados da situação de vulnerabilidade social dos pacientes, visando acesso e inclusão social dos

mesmos.

Realizar investigação social, bem como situação jurídico e civil, de todos os pacientes sob sua

responsabilidade técnica, Orientar os usuários para obtenção de benefícios junto ao INSS e na rede

de proteção social – CRASS.

Viabilizar a regulação de consultas especializadas dos serviços de saúde competentes através da

Central de Regulação.

Apresentar à equipe estudo sobre problemas sociais do paciente a fim de detectar fatores

sócioeconômicos que venham interferir no tratamento do paciente, através da anamnese social.

Subsidiar os relatórios multidisciplinares com informações sócio-econômica e familiar (diagnóstico

social) dos pacientes.

Realizar pesquisas de interesse do Serviço Social.

Realizar contato e visitas na rede de serviços de saúde, serviços de assistência social e serviços de

saúde mental do município de Cuiabá e demais municípios para acessá-los em beneficio do paciente/

familiares;

Manter-se informados sobre as situações de alta e comunicar aos familiares ou órgãos responsáveis

(SMS, SMAS e etc) para garantir providências de retorno de paciente ao município de origem;

Agendamento de transporte para acompanhamento e ou locomoção de pacientes de alta, atendimento

extra-hospitalares, atendimento odontológico, visitas hospitalares, audiências, viagens e demais

necessidades relacionados ao bem-estar e direito do paciente;

2.3 NORMAS E ROTINAS DA FISIOTERAPIA

O combate a modelos de assistência em saúde caracterizados pela fragmentação do indivíduo se

evidencia também na saúde mental, pois na saúde humana não há como separar corpo e mente. Os surtos

de desordens psíquicas submetem as pessoas a reações físicas e orgânicas que agridem as estruturas

musculoesqueléticas, e embora sejam minimizadas com o uso de medicamentos para o controle da crise,

permanecem estruturadas em certa proporção, refletindo a experiência emocional da pessoa. Esta

condição é chamada manifestação somática do sofrimento. Essas variadas respostas do organismo podem

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trazer mudança na musculatura (tensão muscular, contraturas, retrações e encurtamentos) e na postura

(cifoses, lordoses, escolioses, protusão de cabeça, etc.) Podem também ocorrer disfunções do sistema

cardiorrespiratório (mudança no formato do diafragma, respiração paradoxal, diminuição de volume

corrente e alteração das relação ventilação-perfusão, etc), mudança na relação do corpo com a linha

gravitacional da terra, bem como alteração de sentimentos, emoções e pensamentos. Ocorrem daí

fenômenos que poderão constituir-se em patologias degenerativas e de sintomatologia extremamente

desconfortável, transformando-se em co-morbidades secundárias ao transtorno mental. As reações físicas

são sistemáticas devido as crises, e fora destas, a instabilidade emocional intensifica a somatização,

ocorrendo dores físicas freqüentes. Muitos técnicos erroneamente atribuem a manifestações do tipo

hipocondríacas as queixas referidas pelo paciente psiquiátrico, mas na realidade o corpo padece, porque

vive e reage em sintonia com o sentimento. Esse processo mórbido adia a oportunidade de evolução do

processo terapêutico e traz grandes malefícios à qualidade de vida do sofredor mental.

O fisioterapeuta intervém prevenindo patologias degenerativas e as sintomatologias

desconfortáveis e/ou possíveis co-morbidades secundárias ao tratamento psiquiátrico.

Dessa forma, a atividade da Fisioterapia aliada à psicoterapia e ao tratamento medicamentoso,

será um instrumento importante, não apenas como papel de reabilitação ou ocupacional, mas terapêutico,

para as pacientes da internação feminina do Ciaps Adauto Botelho.

Compete ao fisioterapeuta do CIAPS Adauto Botelho:

Prestar assistência fisioterapêutica, individual e coletiva, nas internações, nas modalidades

respiratória e motora, sobretudo nas limitações físico-funcionais do paciente, objetivando

proporcionar aquisição, preservação e expansão da sua independência e autonomia;

Realizar o diagnóstico físico-funcional com registro em prontuário, primando pelo sigilo das

informações que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional;

Respeitar o direito do paciente em decidir sobre sua pessoa, bem como não ser submetido as técnicas

fisioterapêuticas propostas;

Informar ao paciente quanto ao diagnóstico, terapêutica, prognóstico e objetivos do tratamento, salvo

quando tais informações possam causar-lhe dano;

Contribuir com toda a equipe multiprofissional na elucidação de diagnóstico e elaboração de

tratamento;

Manter um bom ambiente de trabalho, com respeito, cooperação, primando por uma postura ética e

moral dignificando as relações interpessoais;

Preencher semanalmente os prontuários dos pacientes;

Contribuir/Promover oficinas terapêuticas juntamente com a equipe multiprofissional;

Participar efetivamente das reuniões de equipe, contribuindo para o processo terapêutico do paciente;

Responsabilizar-se pelos materiais e equipamentos de consumo, consumo durável e permanente,

providenciando pela constante atualização e solicitação antecipada da reposição sempre que

necessário;

Prestar as orientações necessárias a toda a equipe visando a melhoria continua das condições de

saúde do paciente;

Decidir conjuntamente com a equipe sobre a alta fisioterapêutica e/ou sobre encaminhamentos a

outros serviços da rede.

Realizar atividades de PNS SUS colaborando com a equipe multidisciplinar.

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Participar de atividades junto aos demais profissionais da equipe, a saber: festas comemorativas,

cinema, aniversariantes do mês.

Visita domiciliar;

Atendimento familiar;

Atendimento individual.

Atender individualmente ao paciente;

Atender os pacientes em grupo.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Oficina da Beleza: realizada por equipe multiprofissional, 02 vezes por semana. Essa oficina consiste

na apropriação de um "salão de beleza" montado dentro da instituição, coordenado pela fisioterapia,

na enfermaria feminina, com materiais de doações. A atividade do salão de beleza faz com que o

coordenador tenha uma função próxima à de cuidador, já que deve estar aberto ao contato corporal

com a paciente. Segundo Mendonça9 Tem um sentido estético, de higienização, de convívio, de fazer

borda na corporalidade do psicótico, tão maltratada na psicose. Tanto pode ser um momento de

prazer e bem-estar com o corpo quanto suscitar angústia e dificultar o manejo com a paciente. A

concretude do corpo, sua deflagração de realidade, sua marca inscrita no simbólico não se constituem

na psicose.

Alongamento/Relaxamento: realizados 02 vezes por semana, dependendo do quadro sintomatológico

das participantes.

Caminhada: Por ser período vespertino, dependeremos das condições climáticas e animo das

participantes.

Ginástica Localizada: realizada nos mesmos dias do alongamento/ relaxamento, 02 vezes por

semana.

Atividades Recreativas: realizadas 01 vez por mês com profissionais convidados , como exemplo:

aula de ginástica, aula de dança, etc

2.4 NORMAS E ROTINAS DA ARTETERAPIA

A Arteterapia é o termo que designa a utilização de recursos artísticos em contextos terapêuticos.

Todas as ações do profissional estão baseadas no Código de Ética, aprovado na União Brasileira de

Associações de Arteterapia (UBAAT).

Atribuições dos Profissionais de Nível Superior

ARTETERAPEUTA

9 Mendonça, T. C. P., “As oficinas na saúde mental: relato de uma experiência na internação”, 2005, acesso em

http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=480534&

indexSearch=ID

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Avaliação e observação dos usuários a serem atendidos, evoluindo no prontuário no mínimo

uma vez por semana;

Elaboração de projetos e oficinas em conjunto com a Terapia Ocupacional, bem como os

demais profissionais da equipe;

Orientar e supervisionar o sujeito atendido na execução de atividades que favoreçam

independência pessoal e reinserção social, valorizando o potencial criativo, expressivo e

imaginativo do paciente;

Encaminhar para os profissionais da equipe, os pacientes que apresentarem sintomas ou

questões específicas de outra área;

Interação e participação das reuniões semanais de equipe, colaborando para a construção dos

projetos terapêuticos singulares;

Participação de eventos, reuniões, comissões, qualificações, palestras educativas e eventos

culturais;

Previsão e catalogação dos equipamentos e materiais necessários para execução da

assistência, transmitindo ao setor administrativo-financeiro as necessidades do serviço;

Elaborar relatório das atividades realizadas periodicamente, de acordo com a necessidade

apresentada pelo responsável técnico;

Atender individualmente ao paciente;

Atender os pacientes em grupo.

Realizar exposições das produções dos pacientes.

Atribuições dos Profissionais de Nível Médio

Observação dos usuários a serem atendidos, transmitindo ao PNS as intercorrências

apresentadas;

Auxiliar as atividades terapêuticas propostas.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Há atividades que são previamente determinadas e outras atividades que surgem da necessidade

apresentadas pelos usuários diariamente.

Atividades programadas previamente

Dependendo das possibilidades apresentadas em cada ala, o profissional pode realizar atividades

com freqüência diferenciada. Segue um exemplo de freqüência que não necessariamente é padronizada.

Diárias:

Oferecer espaço adequado para a realização de oficina de desenho, pintura em tela, colagem,

bijouteria, tricot, tapeçaria, coloração de desenhos prontos. Tais oficinas são realizadas ao mesmo tempo,

na sala de Terapia Ocupacional.

Semanais:

Oferecer espaço adequado para a realização de oficina de leitura, de reciclagem de papel, oficina

de poesia e literatura, oficina de canto e música, oficina de cabeleireira, oficina de modelagem, oficina de

artes aplicadas ou artesanato, lazer e recreação;

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Quinzenais

Elaborar e programar visitações a museus, teatros, cinemas.

Mensais

Participar de atividades junto aos demais profissionais da equipe, a saber: festas comemorativas,

cinema, aniversariantes do mês.

2.5 NORMAS E ROTINAS DA TERAPIA OCUPACIONAL

A Terapia Ocupacional é caracterizada pelo tratamento através das atividades, estas sendo

aplicadas de maneira direta ou indireta, física ou mental, ativa ou passiva, preventiva, corretiva ou

adaptativa. As mesmas são relacionadas às necessidades terapêuticas, sociais, pessoais e culturais do

usuário, refletindo os fatores ambientais que influenciam sua vida. Portanto, deve ser aplicada nos caso em

que houver limitações funcionais, sejam de caráter físico, mental ou social.

Aplicada ao hospital psiquiátrico, a Terapia Ocupacional preocupa-se em cumprir com as diretrizes

da Reforma Psiquiátrica, adequando as atividades às necessidades coletivas e individuais voltadas para os

usuários, não focando suas ações para uma direção meramente recreativa, mas principalmente terapêutica.

Ações do profissional e critérios de eleição para as ações:

Avaliação e observação dos usuários a serem atendidos, evoluindo no prontuário;

Elaboração de projetos e oficinas em conjunto com a Terapia Ocupacional, bem como os

demais profissionais da equipe;

Orientar e supervisionar o sujeito atendido na execução de atividades que favoreçam

independência pessoal e reinserção social, valorizando o potencial criativo, expressivo e

imaginativo do paciente;

Modificar, quando necessário, o ambiente hospitalar para trabalhar conteúdos internos,

minimizando tensões causadas pela doença, tratamento e internação;

Facilitar vínculo entre paciente e equipe de saúde, orientando inclusive familiares;

Avaliar periodicamente o grau de satisfação do usuário, propondo soluções à equipe;

Encaminhar para os profissionais da equipe, os pacientes que apresentarem sintomas ou

questões específicas de outra área;

Interação e participação das reuniões semanais de equipe, colaborando para a construção dos

projetos terapêuticos singulares;

Participação de eventos, reuniões, comissões, qualificações, palestras educativas e eventos

culturais;

Previsão e catalogação dos equipamentos e materiais necessários para execução da

assistência, transmitindo ao setor administrativo-financeiro as necessidades do serviço;

Elaborar relatório das atividades realizadas periodicamente, de acordo com a necessidade

apresentada pelo responsável técnico;

Atender individualmente ao paciente;

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Atender os pacientes em grupo.

As Oficinas Terapêuticas constituem-se como dispositivo clínico que tem como estratégia de

intervenção terapêutica o uso de atividades artísticas, artesanais, culturais, de lazer, etc. Como forma de

viabilizar o vínculo de portadores de transtornos psiquiátricos.

São atividades que promovem o exercício da cidadania, a expressão de liberdade e convivência dos

diferentes, através preferencialmente da inclusão pelas atividades coletivas.

Os critérios de admissão do paciente nas oficinas deveram passar pela avaliação física, psíquica e

emocional, levando em conta a opinião dos demais profissionais da equipe.

As Oficinas coordenadas pela Terapia Ocupacional estão intimamente ligadas às atividades

terapêuticas coletivas, nas quais toda a equipe atualmente encontra-se envolvida. Estas estão descritas no

quadro acima.

2.6 NORMAS E ROTINAS DA PSICOLOGIA

As ações deste profissional estão amparadas no Código de Ética Profissional em consonância com as

diretrizes da Reforma Psiquiátrica brasileira. A posição do profissional nas Unidades I e Pronto

Atendimento deve levar em conta as questões institucionais e o trabalho em equipe. O trabalho clínico dos

psicólogos tem como norte o modelo da Clínica Ampliada, ou seja, as intervenções e a escuta do sujeito se

dão no espaço coletivo ou entre muitos. Isso não exclui o atendimento individual, tampouco a singularidade

de cada caso atendido (usuário e familiares); além das demais especificidades da Instituição.

Há algumas diferenças nas atribuições do profissional de Psicologia no Pronto Atendimento e na

Unidade I. Estas ações são:

Pronto Atendimento

Acolhimento– Refere-se ao primeiro momento em que a queixa é acolhida na Unidade, seja

esta advinda do próprio usuário, bem como de quem o acompanha no momento da crise. Tem a

finalidade de identificar a problemática apresentada, para definir condutas terapêuticas aplicáveis à

situação, orientações e/ou encaminhamentos pertinentes a cada caso. É realizável também por outros

profissionais.

Orientações e encaminhamentos: relativos ao tratamento e à continuidade do tratamento em

serviços substitutivos ao paciente e à família.

Avaliação – Tipo de intervenção destinado a identificar sinais e sintomas, o estado mental

imediato do usuário, psicopatologias de base, dinâmica de personalidade, relacionamento familiar.

Também visa, essencialmente, reunir subsídios ou informações relevantes a cada caso, com o devido

registro em cada prontuário. Este procedimento deve ser realizado com todos os pacientes durante o

acolhimento e a admissão.

Atendimento Psicológico Individual – Consiste nas mesmas características do atendimento

individual realizado na Unidade I, com a especificidade de visar evitar a necessidade de internação.

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Atendimento familiar: Consiste nas mesmas características do atendimento familiar na

Unidade I.

Participar das reuniões de equipe.

Colaborar com a elaboração de relatórios de pacientes.

Unidade I

Avaliação – Tipo de intervenção destinado a identificar sinais e sintomas, o estado mental

imediato do usuário, psicopatologia de base, dinâmica de personalidade, relacionamento familiar.

Também visa, essencialmente, reunir subsídios ou informações relevantes a cada caso, com o devido

registro em prontuário. Este procedimento deve ser realizado com todos os pacientes em internação, o

mais breve possível.

Atendimento Psicológico Individual – Tem como objetivo propiciar um espaço, acolhimento

e escuta do usuário, intervindo nos sintomas/fenômenos/discurso apresentados no momento. O

atendimento psicológico está condicionado à singularidade dos casos e da metodologia ou abordagem

terapêutica de cada profissional. O atendimento psicológico visa diminuir o tempo de internação,

diminuir as intervenções invasivas (contenção mecânica e/ou química desnecessárias), proporcionar

resignificação da vida do usuário e de seus projetos para o futuro, a preparação para a volta ao convívio

familiar e a continuidade do tratamento em serviços substitutivos de saúde mental. Trata-se de atividade

privativa do psicólogo, a ser desenvolvida em sala de atendimento ou em local reservado, capaz de

assegurar os direitos e princípios éticos da profissão.

Atendimento Psicológico no Coletivo – Tem como objetivo intervir nos

sintomas/fenômenos/discurso apresentados pelos usuários, em espaço coletivo (entre vários usuários

e/ou vários profissionais).

Atendimento familiar: realizar intervenções psicológicas que possam provocar mudanças e/ou

reflexões pertinentes ao cuidado da pessoa e sofrimento mental; também fornecer orientações pertinentes

ao tratamento, cuidados no cotidiano, situações que favoreçam o convívio social e familiar, bem como a

reinserção em atividades laborais. Deverá indicar serviços substitutivos em saúde mental mais próximos

à residência do usuário.

Reunião com Familiares realizar em conjunto com a equipe, reuniões com os familiares, com

a finalidade de acolher as questões trazidas pelos mesmos e orientar quanto à rede de atenção

psicossocial e tratamento.

Reunião de equipe: participar semanalmente das reuniões de equipe, contribuindo para a

construção de Projeto Terapêutico Singular e com as demais questões referentes à instituição.

Elaborar, em conjunto com a equipe, relatórios multidisciplinares.

Participar das atividades terapêuticas elaboradas pela equipe.

2.7 NORMAS E ROTINAS DA ENFERMAGEM

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O corpo de Enfermagem da Unidade I e do Pronto Atendimento do CIAPS Adauto Botelho atua na

promoção, proteção, recuperação da saúde bio-psico-social e reabilitação dos usuários, além do acolhimento

e orientação aos familiares, respeitando os procedimentos éticos e legais. É pautado por critérios científicos,

éticos e legais, consubstanciados em Código de Ética Profissional específico e as regulamentações do

sistema COFEN/ COREN, além das determinações do Regimento Interno da Enfermagem do CIAPS.

Considerando:

Que a qualidade das ações de Enfermagem é influenciada por diversos fatores: formação profissional,

número de profissionais e auxiliares, mercado de trabalho e legislação específica vigente, além da

política, da estrutura e da organização da instituição;

Que a Instituição em questão é um hospital psiquiátrico, cuja clientela é composta por: pacientes com

transtornos neurológicos, psiquiátricos e neuropsiquiátricos;

Que a Enfermagem atende, ainda, pacientes com transtornos mentais e comportamentais associados ao

abuso de álcool e outras substâncias psicoativas, com co-morbidades psiquiátricas ou clínicas;

Que a Enfermagem atende também tanto a pacientes em sofrimento agudo, quanto pacientes em estado

crônico em longa permanência, incluindo pacientes que ainda encontram-se como moradores do

hospital.

A condição dos usuários internados é diversificada, assim, considerando-se a complexidade dos tipos

de transtornos apresentados por essa clientela, há a necessidade do uso de um método para a Sistematização

da Assistência da Enfermagem, baseado no objetivo da Instituição. No momento, optou-se pela mesclagem

da teoria das “Necessidades Humanas Básicas” e a interação entre Vanda Horta e King10

.

A equipe de Enfermagem no Pronto atendimento e na Unidade I, está distribuído da seguinte

maneira:

- no Pronto Atendimento, são dezesseis técnicos de enfermagem e seis enfermeiros. No período

diurno são sete técnicos em Enfermagem e nove no período noturno, em escala de 12 X 60. São três

Enfermeiros no período diurno e noturno, ambos com plantão de 12 X 60 horas;

- Na Unidade I: Ala Feminina, são dezoito técnicos em enfermagem com 12 X 60 horas e dois

enfermeiros com carga horária de 20 horas semanais e dois plantões, além de três enfermeiros no período

noturno em regime de 12 X 60 horas.

Ala Masculina, no Posto I de Enfermagem, há nove técnicos em enfermagem no período diurno em

regime 12 X 60, no período noturno são doze, no mesmo regime. Há dois enfermeiros no período diurno

com carga horária de 20 horas semanais e dois plantões e três enfermeiros no período noturno, em regime de

12 X 60. No Posto II são dez técnicos em Enfermagem no período diurno em regime de 12 X 60 e no

noturno são seis técnicos, no mesmo regime. Há dois enfermeiros com carga horária de 20 horas semanais e

dois plantões e três enfermeiros no período noturno, em regime de 12 X 60.

COMPETÊNCIA DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM

10

Horta, V. & King,

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O pessoal do Serviço de Enfermagem do Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho

classifica-se nas seguintes categorias funcionais:

A. Responsável Técnico de Enfermagem Coordenador do Serviço;

B. Enfermeiro Supervisor de Unidades;

C. Técnicos de Enfermagem;

D. Auxiliar de Enfermagem.

A distribuição quantitativa de acordo com as categorias funcionais do quadro de pessoal do serviço de

Enfermagem do Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho está baseada no

Lotacionograma e Escalas de Serviço.

Ao serviço de Enfermagem da Unidade I e do Pronto Atendimento compete:

A. Proporcionar assistência Integral e personalizada ao paciente, considerando suas necessidades

psicossomáticas, através da sistematização da Assistência a Enfermagem, juntamente com os

membros da Equipe Interdisciplinar, respeitando as diferenças e a religião dos pacientes.

B. Garantir continuidade dos cuidados após a alta, oferecendo informação e treinamento aos

pacientes e familiares, estimulando sua participação na continuidade do tratamento.

C. Oferecer, como todos os serviços, segurança e condições ambientais que possam facilitar e

agilizar a recuperação do paciente.

D. Prestar informações que facilitem o diagnóstico e tratamento médico, através do registro de fatos

observados, respeitando sempre o código de Ética de Enfermagem e os direitos dos pacientes.

E. Compor Equipe Interdisciplinar, favorecendo o bom desempenho da Unidade de Internação.

F. Participar em estudos e pesquisas científicas na área de Enfermagem e colaborar com trabalhos

de outros profissionais de saúde.

G. Participar dos programas de combate à Infecção Hospitalar de maneira efetiva, segundo

recomendações da CCIH.

H. Favorecer a adequada comunicação e integração com os demais Serviços do Hospital, facilitando

a execução e suas atividades e comunicando-lhes qualquer alteração ou necessidade de atenção

especial.

I. Zelar por equipamentos e instalações, capacitando-se segundo as políticas de manutenção

preventiva do hospital.

J. Colaborar com o processo de movimentação dos pacientes, através do registro apropriado.

K. Colaborar com Escolas de Enfermagem e outras Instituições de Ensino que necessitem campo

para estágio.

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L. Contribuir com o Setor de Educação Continuada na formação e treinamento de funcionários,

facilitando a operacionalização.

Atribuição das categorias funcionais

O coordenador de Enfermagem do CIAPS Adauto Botelho compete:

A. Participar da Alta Direção.

B. Planejar, organizar, dirigir e supervisionar o Serviço e as Atividades de Enfermagem.

C. Elaborar o quadro de pessoal de enfermagem, fazendo a distribuição qualitativa e quantitativa,

estabelecendo um regime de trabalho eficaz; identificando as áreas em que o cuidado de

enfermagem é prestado.

D. Acompanhar o trabalho da Gerente de Enfermagem e das Supervisoras de Unidades de

Enfermagem, detectando e resolvendo os problemas e verificando a implantação das normas

baixadas.

E. Garantir a qualidade da Assistência, trabalhando com o Gerente de Enfermagem e os

Supervisores das Unidades a Sistematização da Assistência de Enfermagem.

F. Elaboração de políticas e procedimentos que orientam as atividades de avaliação e o cuidado de

enfermagem no hospital.

G. Elaboração de políticas e procedimentos voltados para assegurar a adequação da supervisão do

trabalho do pessoal de enfermagem no hospital.

H. Desenvolvimento de um processo de avaliação e de monitoramento da qualidade das ações de

enfermagem prestadas em todo o hospital.

I. Acompanhar a Gerência na Elaboração das escalas de serviço e sua execução.

J. Convocar e presidir reuniões com pessoal de Enfermagem.

K. Acompanhar a realização e avaliar resultados dos Cursos de atualização, Treinamento e

Reciclagem, outras atividades educativas desenvolvidas pelo setor de Educação Continuada.

L. Elaborar juntamente com o setor de Educação Continuada, roteiros para estudantes e estagiários,

exigindo o cumprimento com rigor.

M. Avaliar e aprovar proposta de estágio, proposta por Escolas de Enfermagem, em comum acordo

com Diretor Técnico.

N. Incentivar a equipe ao aprimoramento técnico científico através do estudo, freqüentando cursos,

palestras e à leitura.

O. Avaliar relatórios e estatísticas das Unidades, verificando se estão corretos os dados levantados.

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P. Apresentar relatórios mensais e anuais das atividades realizadas.

Q. Responder em Segunda ou terceira estância, processos de queixa e reclamação dos funcionários

de enfermagem, orientando-os a recorrer à estância Superior caso o julgamento seja desfavorável

a ele.

R. Cumprir e fazer cumprir o presente Regimento e o Código de Ética da Enfermagem.

S. Participar das reuniões semanais de equipe, dando respaldo técnico a todos os profissionais.

Participar também das reuniões convocadas pela Diretoria.

Ao Enfermeiro das Unidades do CIAPS Adauto Botelho compete:

A. Sistematizar a Assistência de Enfermagem através do Planejamento, da Avaliação do Paciente,

Consultas de Enfermagem, elaboração do Plano Diário e Individualizado de Cuidados de

Enfermagem e da Reavaliação do paciente, garantindo a qualidade e eficiência da Assistência

prestada.

B. Dirigir e Supervisionar a equipe sob sua responsabilidade, com competência técnica e

abrangência científica, garantindo atingir o objetivo proposto para a Unidade.

C. Participar da divulgação da Lista de Direitos do Paciente, na Unidade, conscientizando e

preparando a equipe para que tenham amplo conhecimento dos direitos dos pacientes e familiares

e responsabilidade em observá-los.

D. Participar da passagem e recebimento do plantão com a equipe interando-se do estado dos

pacientes e andamento do Serviço na unidade.

E. Prestar cuidados diretos ao paciente sob revisão holística atendendo integralmente suas

necessidades.

F. Assumir os pacientes mais graves da Unidade, acompanhando de perto a evolução do tratamento.

G. Acompanhar visita médica, prestando esclarecimento e informações e atendendo-os em suas

necessidades com o paciente.

H. Planejar a alta do paciente, dando treinamento e orientação ao paciente e aos familiares quanto

aos cuidados necessários após a alta, e continuidade do tratamento.

I. Solicitar intervenção dos demais profissionais da equipe multidisciplinar, quando necessário,

para garantir a continuidade dos cuidados durante todo o período de assistência e com relação à

alta.

J. Combater efetivamente a infecção hospitalar, operacionalizando os programas propostos pela

CCIH.

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K. Incluir em suas ações a Educação Continuada, motivando a equipe, participando e facilitando a

operacionalização dos programas de treinamento, reciclagens, cursos de atualização e

implantação de novas técnicas e rotinas, etc.

L. Colaborar com a Responsável Técnica de Enfermagem em todos os empreendimentos

planejados, sugerindo mudanças, atualizações e solução para problemas encontrados.

M. Colaborar com as Escolas de Enfermagem e outras Instituições Educacionais que utilizam o

Hospital como campo de estágio na formação e especialização de profissionais na área de saúde.

N. Trabalhar em equipe, cooperando com outros profissionais e Setores.

O. Avaliar condições de limpeza e manutenção das instalações e equipamentos, solicitando

providências ao Setor competente quando necessário.

P. Supervisionar o trabalho do servidor da Farmácia quanto à dispensação e ao estoque de

medicamentos, drogas, materiais de modo a atender as necessidades da Unidade.

Q. Observar e conscientizar a equipe para uso e observância obrigatória das Precauções Universais

de Proteção e Segurança, prevenindo acidentes.

R. Avaliar a equipe e permitir que avaliem quanto ao seu desempenho e atuação no Serviço.

S. Responder em primeira instância a processo de queixa e reclamação dos funcionários de

enfermagem de sua equipe, orientando a recorrer quando o julgamento for desfavorável.

T. Responsabilizar-se pelos relatórios mensais das atividades do Setor e levantamento de dados

estatísticos.

U. Fazer registro das ocorrências diárias e fechar o Censo Diário dos pacientes internados.

V. Cumprir e fazer cumprir esse regimento e o Código de Ética de Enfermagem.

W. Participar das reuniões semanais de equipe, contribuindo para a construção conjunta da condução

terapêutica a ser realizada junto a cada paciente. Participar também das reuniões convocadas pela

Instituição.

Ao Técnico de Enfermagem da Unidade I e do Pronto Atendimento do CIAPS – Adauto Botelho

A. Receber e passar o plantão, conhecendo e informando sobre todas as ocorrências e necessidades

dos pacientes.

B. Cooperar com o Enfermeiro na elaboração do Plano Diário de Cuidados da Enfermagem e no

Planejamento da Alta do Paciente.

C. Executar e observar a execução do Plano Diário de Cuidados de Enfermagem.

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D. Prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade e que exijam maior grau de

conhecimento específico.

E. Ministrar medicamentos que exijam controle e cuidados especiais e conhecimentos específicos.

F. Acompanhar e auxiliar o médico, executando procedimentos junto aos pacientes sob sua

responsabilidade.

G. Estar atento e atender as chamadas dos pacientes e comunicar qualquer alteração ou situação

adversa ao enfermeiro.

H. Verificar o funcionamento das instalações da unidade do paciente, comunicando ao enfermeiro e

Setor responsável necessidade de reparo.

I. Ajudar a prever e controlar material e medicamentos para o bom funcionamento da unidade.

J. Cooperar com a equipe de enfermagem e demais profissionais da equipe multidisiplinar das

Unidades no desempenho de suas atividades.

K. Cooperar com os demais Serviços para melhor funcionamento da Unidade e atendimento ao

paciente.

L. Cooperar para a melhoria da qualidade da Assistência de Enfermagem participando das reuniões,

reciclagens, treinamentos, causas de atualização e colaborando com a implantação de novas

rotinas e técnicas de enfermagem.

M. Registrar os procedimentos realizados no prontuário do paciente, anotar dados para fins de

estatística e relatórios, ocorrências diárias.

N. Participar das reuniões semanais de equipe, contribuindo para a construção conjunta da

condução terapêutica a ser realizada junto a cada paciente. Participar também das reuniões

convocadas pela Instituição.

Os protocolos e as técnicas dos procedimentos específicos à Enfermagem encontram-se em anexo a

este Projeto Terapêutico.

2.8 NORMAS E ROTINAS DA FARMÁCIA

A Farmácia Hospitalar do CIAPS Adauto Botelho é uma unidade de assistência técnica e

administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às atividades hospitalares.

Deve funcionar vinte e quatro horas diárias para atender a qualquer possível ocorrência, visando otimizar o

atendimento técnico da equipe (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem). Seus objetivos são:

Cumprir normas e disposições gerais relativas a armazenamento, controle de estoque,

distribuição e dispensação de medicamentos, correlatos, germicidas e materiais medico-

hospitalares;

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Estabelecer um sistema eficiente e seguro para pacientes internados e ambulatoriais de acordo

com as condições técnicas da legislação vigente;

Garantir a qualidade da assistência prestada aos pacientes por meio do uso seguro e racional

de medicamentos e correlatos, adequando sua aplicação à saúde individual e coletiva, nos

planos assistencial e preventivo;

Organizar, supervisionar e orientar tecnicamente todos os setores que compõem a farmácia

hospitalar, assegurando-lhe as características básicas, bem como contribuindo para seu

funcionamento em harmonia com o conjunto hospitalar;

Fazer controle das substâncias psicoativas, de acordo com a legislação vigente;

Atuar nas comissões hospitalares (padronização de medicamentos e controle de infecção

hospitalar);

Executar serviços administrativos em que estejam envolvidos recursos humanos do setor até a

logística.

Estas e demais competências específicas do setor e funcionários, bem como as rotinas específicas de

armazenagem, solicitação, dispensação e controles técnicos estão registrados em documento anexo.

2.9 NORMAS E ROTINAS DA PSIQUIATRIA

O Serviço de Psiquiatria do CIAPS Adauto Botelho é constituído por duas psiquiatras, uma em cada

Unidade de Internação, além dos sete plantonistas que atendem no Pronto Atendimento. Envolve as

seguintes atividades:

Consultas individuais aos pacientes em período de internação;

Evolução semanal dos casos acompanhados;

Prescrição e orientação para Farmácia de Alto Custo;

Participação em reuniões de equipe;

Triagem para encaminhamento a outras especialidades ou unidades de atenção à saúde;

Atendimento de solicitações judiciais de laudos psiquiátricos dos pacientes acompanhados na

internação;

Formalizar o procedimento de Alta;

Informação e orientação sobre terapêutica medicamentosa com a família dos usuários.

A indicação para os atendimentos diários é feita como rotina da evolução semanal, ou por indicação

da equipe técnica das Unidades de Internação, através de registro em prontuário.

2.10 NORMAS E ROTINAS DOS MÉDICOS CLÍNICOS GERAIS

O Serviço de Clínica Geral do Complexo Adauto Botelho é formado por dois clínicos gerais, sendo

um em cada Unidade de Internação. Cumpre a este setor atender às necessidades de intercorrências clínicas

de usuários durante o período de observação ou internação psiquiátrica nas Unidades de Pronto Atendimento

e Internação. Está centralmente voltado para a profilaxia dos agravos à saúde de pacientes portadores de

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transtornos mentais, incluindo também as ações de recuperação de agravos à saúde que são concomitantes

ao tratamento psicossocial, e que também são suporte básico da vida. Suas ações específicas são:

Atendimento médico a pacientes em Observação e/ou Internação;

Evolução semanal dos atendimentos em prontuário;

Orientação quanto a normas de biossegurança em profilaxia de pacientes portadores de

transtornos mentais graves no complexo hospitalar.

O setor tem dado especial destaque as seguintes rotinas:

Prevenção e recuperação de doenças hemorrágicas, neurites, lesões dermatológicas e

anemias, com terapêutica específica para pacientes portadores de transtornos mentais em uso

de psicofármacos;

Diagnóstico diferencial em condições clínicas que possam simular ou agravar transtornos

mentais, tais como o hipotireoidismo, disfunções renais, hepáticas, agravo de sífilis, pacientes

com tumores cerebrais ou patologias neurológicas, entre outros;

Diagnosticar ou tratar condições especiais como hipertensão, diabetes, e outras doenças

crônicas;

Inspeção física e acompanhamento das evoluções das equipes de enfermagem;

Solicitação de exames laboratoriais, tais como: hemograma, Beta-HCG, HIV, EAS, EPV, e

solicitação de exames de média e alta complexidade conforme anexo;

Orientação para condutas terapêuticas preventivas para agravos à saúde de natureza episódica

ou epidemiológica, tais como hanseníase, dengue, tuberculose, entre outras;

Trabalho conjunto com a Nutrição e enfermagem para tratamento de pacientes desnutridos

O procedimento de rotina do clínico é o acompanhamento semanal sistemático de todos os pacientes

internados, sendo dada ênfase às solicitações por escrito feitas pela equipe técnica. A rotina de Prescrição

clínica segue normas do Protocolo de Clínica Geral da Secretaria de Estado da Saúde.

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3- NORMAS E ROTINAS DOS SETORES ESPECÍFICOS DA INSTITUIÇÃO

3.1 NORMAS E ROTINAS DO TRANSPORTE

O objetivo do Setor e fornecer condições de Transportes com qualidade a todos os agentes

envolvidos na prestação de serviços de saúde mental deste serviço, dentro de normas e procedimentos pré-

estabelecidos.

Os veículos lotados nesta instituição são de uso exclusivo em serviço para suprir as necessidades e os

interesses deste CIAPS ADAUTO BOTELHO e, quando solicitado, da Secretaria Estadual de Saúde. Toda a

rotina de saídas e viagens dos veículos deve ser registrada em formulários padronizados disponibilizado a

cada veiculo no inicio do expediente de trabalho. O mesmo deve ser devolvido no final do expediente na

DAF. Todo o início de expediente o motorista deve fazer vistoria no veiculo, e uma vez constatado alguma

nova avaria no veiculo deve esse informar a DAF através de Comunicação Interna (CI).

Os motoristas diaristas com carga horária 40 hs/semanais devem trabalhar dois períodos de 04 hs

intercalado por uma hora para almoço (escala). O horário de almoço é diferente para cada um e deve ser

respeitado. Fica designado responsável pelo transporte o Sr. Jose Alves Martins, sendo nos períodos

matutino sob responsabilidade de Sra. Sonia Pimenta. Na ausência de ambos, fica responsável Sra. Isabela

Guimarães.

No final de semana as saídas serão definidas pela equipe técnica de plantão, sendo que o motorista

diurno fica responsável pelo reabastecimento do carro em seu período de trabalho, seguindo as normas

estabelecidas junto a SES para esse procedimento (carros internos: 3a e 5

a; ambulância diariamente)

O motorista fica responsável pela lavagem dos carros, sendo uma vez semanal para as ambulâncias e

uma vez quinzenal para os veículos internos seguindo as normas estabelecidas junto a SES para esse

procedimento (afixadas na sala dos motoristas). O motorista fica responsável pelas trocas de lençol da

ambulância, bem como de manter um mínimo de limpeza interna do veiculo.

Nos Finais de semana todo o complexo do CIAPS Adauto Botelho contará apenas com um motorista

plantonista, para atendimento das emergências, deixando as outras demandas (não urgentes) para a segunda

feira. O transporte de paciente para casa somente se dará em casos de impossibilidade da família vir busca-

lo, pois o motorista ficará a disposição na instituição.

Nas madrugadas não será transportado paciente até sua casa, somente referenciado a outros serviços

de saúde. Não será permitida saída de veiculo para assuntos particulares, sendo que todo transporte de

paciente deve obedecer ao seguinte procedimento operacional: Portas travadas, técnico posicionado na porta

de saída, retrovisor interno voltado para o interior do veiculo, sinto de segurança em todos os passageiros.

A ambulância será usada preferencialmente para urgência e emergência. Pacientes com agenda

definida para o transporte devem estar prontos para tal na hora determinada em CI, salvo as urgências e

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emergências. Para demandas que até 01(uma) hora o motorista deverá ficar esperando no local. Demandas

mais longas o motorista deverá voltar ao CIAPS, para atender outros pedidos da DAF.

Toda solicitação de transporte deve ser previamente agendada através de CI, junto a Diretoria

Administrativa e Financeira, com no mínimo 06 hs de antecedência (salvo em casos de urgência ou

emergência). Todas as solicitações de transporte devem ser encaminhas a Diretoria Administrativa e

Financeira (aos cuidados do Sr. Jose Alves Martins), ficando proibida a solicitação direta do gerente e/ou

técnico ao motorista.

O horário preferencial de agenda para transportar pacientes será: Período matutino ate as 09:30.

Período vespertino até as 15:30; salvo as emergências, consultas medicas e exames, não sendo possível em

outro horário. Todo Paciente transportado deve estar acompanhado de um membro da equipe técnica, e em

casos excepcionais, também de um segurança. Fica a critério da equipe técnica a análise previa, e se for o

caso, especificar em CI a necessidade do segurança. Nesses casos usar preferencialmente a VAN DUCATO,

sendo que o DAF solicita então ao chefe da segurança.

As unidades: CAPS AD, HD E UNIDADE II dividirão o mesmo veiculo assim distribuído: HD: 2 a

e

6 a

( manhã) e 3 a

e 5 a

(tarde); CAPS AD: 2 a

e 6

a ( tarde) e 3

a e 5

a (manha); UND II: 4

a (manha e tarde).

OBS: O veiculo a disposição dessas unidades somente poderão ser usados para outros fins mediante

autorização dos respectivos gerentes. As unidades que dispõe de carro exclusivo, devem organizar e suprir

suas próprias necessidades com seu veiculo próprio nos seus respectivos horários.

O motorista que assumir viagens pela SES e/ou por outros órgãos públicos deve providenciar junto

aos colegas a cobertura da sua falta com antecedência e comunicar a DAF. Procedimentos tais como: Data

de vencimento de IPVA, Licenciamento e troca de óleo dos veículos deve ser controlado pelo motorista e

comunicado por CI à DAF.

O paciente que apresentar crise durante o transporte deve ser reconduzido ao PA deste CIAPS –

ADAUTO BOTELHO. Em caso de acidentes de transito envolvendo veiculo de CIAPS deve o motorista

obedecer ao procedimento operacional estabelecido e afixado na sala dos motoristas.

Quando houver mais de uma solicitação de transporte para um único horário e não houver veiculo

disponível, o critério de escolha deverá ser primeiramente atendimento ao paciente e posteriormente ao

técnico ou administrativo. Qualquer reclamação/sugestão do transporte deverá ser encaminhado a DAF,

através de CI. Não se faz necessário à identificação do reclamante, se assim preferir.

3.2 NORMAS E ROTINAS DA LAVANDERIA

O Setor de Lavanderia do CIAPS Adauto Botelho está localizado em espaço próprio, separado das

dependências da internação e PA. É representado por trabalhadores terceirizados através da empresa

Grifforth. Há um total de sete servidores na Lavanderia, sendo: um gerente, dois lavadores, duas camareiras

e duas auxiliares de lavanderia. O objetivo do setor é garantir higienização das roupas pessoais e roupa de

cama, recolhendo-as e devolvendo-as aos respectivos setores, com rapidez, segurança e pontualidade. São

ações do Setor: manter a higiene e limpeza de seu setor, coleta de roupas sujas, sua correta lavagem e

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higienização, a re-distribuição das roupas lavadas e higienizadas aos respectivos locais de origem, o zelo e a

manutenção do maquinário necessário para as atividades específicas da lavanderia.

A orientação das equipes faz-se através da figura do gerente de lavanderia, que zela pelo bom

funcionamento do setor e pelo respeito às normas de biossegurança. Existem quadros de funcionamento dos

diversos funcionários e sua distribuição pelo tempo e espaços do CIAPS. A descrição das atividades

específicas de cada perfil profissional está discriminada no Anexo 3 deste documento.

3.3 NORMAS E ROTINAS DO ARQUIVO

O Setor de Arquivo atende às solicitações de prontuários feitas pelos Setores e Unidades do

Complexo CIAPS Adauto Botelho. Mantém atualizado o sistema de informação, possibilitando o uso da

principal ferramenta de trabalho, que é a busca imediata do número de registro dos prontuários dos usuários

dos serviços de saúde mental. Conta ainda entre suas atribuições o arquivamento físico dos prontuários em

ordem numérica, a manutenção física destes, catalogação dos prontuários de pacientes que não tiveram

freqüência nos últimos três anos nos serviços do CIAPS, e evitar a duplicidade de registro de usuários pelo

acesso também em ordem alfabética.

O setor conta com uma equipe de sete servidores, com atenção vinte e quatro horas por dia. As

normas e rotinas específicas deste Setor estão discriminadas no documento “Normas e Rotinas – Arquivo

CIAPS Adauto Botelho”, que consta em Anexos deste Projeto Terapêutico.

3.4 NORMAS E ROTINAS DA LIMPEZA

O Setor de Limpeza do CIAPS está localizado em novas instalações ao lado da Internação Masculina.

Fisicamente está dividida em Área Limpa e Área Suja. Os servidores deste Setor são todos terceirizados pela

empresa Gold. Conta atualmente com duas coordenadoras e cerca de 30 auxiliares de serviços gerais,

divididos da seguinte maneira: 08 auxiliares no período matutino, 06 no período vespertino, 02 em período

integral e 04 auxiliares no período noturno, além de 04 auxiliares plantonistas aos sábados e 05 auxiliares

plantonistas em domingos e feriados. As coordenadoras são as responsáveis técnicas pela organização,

divisão e supervisão dos serviços de limpeza; os auxiliares são os trabalhadores responsáveis diretos pela

execução dos serviços de limpeza. Toda a rotina dos serviços é diariamente registrada em livro próprio.

A responsabilidade do Setor inclui: limpeza e manutenção em todas as instalações físicas do CIAPS,

incluindo chão, paredes e teto, mais uma programação de cronogramas quinzenais e semestrais para ações

específicas, tais como: faxinas gerais, lavagem das caixas d’água, ventiladores, telas de proteção, caixas de

gordura e condicionadores de ar.

3.5 NORMAS E ROTINAS DO SETOR DE VIGILÂNCIA

Compete ao serviço de Vigilância do CIAPS Adauto Botelho:

Dos Procedimentos Gerais:

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1. Fazer o sistema de vigilância garantindo a integridade do patrimônio deste CIAPS Adauto Botelho, área

interna e externa, mantendo sempre os portões fechados, e realizando o controle de entrada e saída de

pessoal e veículos. OBS: Para efeito destas normas, os servidores, pacientes, veículos, prédio,

equipamentos e materiais de consumo e materiais permanentes compõe o conjunto do patrimônio desse

CIAPS Adauto Botelho;

2. Manter o serviço de Portaria 24 horas ininterruptas, mantendo as trocas regulares de plantão. O

profissional vigilante que necessitar ausentar-se da portaria para refeições ou outras necessidades, deverá

acionar outro profissional vigilante para substituição;

3. Faz parte do serviço de portaria, atender prontamente o telefone identificando-se pelo nome e setor,

seguido da mensagem “CIAPS Adauto Botelho”. Responder com presteza e tranqüilidade a todos que

procurarem a recepção, orientando-os independente de qual tenha sido a característica da abordagem.

Ter habilidade para conter oralmente os mais ansiosos e agitados;

4. Serão mantidas duas equipes de sete profissionais vigilantes no período diurno e sete profissionais no

período noturno, perfazendo um total de (15) profissionais vigilantes em regime de plantão de 12 / 36 h,

atuando em seis (6) postos de vigilância 24 horas e um (01) posto de vigilância 12 horas, assim

distribuídos:

02 Profissionais vigilantes para o pronto Atendimento (interno/externo)

01 Profissional vigilante para o Posto I da Internação masculino

01 Profissional vigilante para o Posto II da Internação masculino

01 Profissional vigilante (feminino) para a Internação Feminina

01 Profissional vigilante para a Portaria

01 Profissional vigilante para o Portão dos fundos do Hospital

5. Permitir a entrada de veículos no pátio apenas no período das 17:30 às 07:00 horas do dia seguinte. No

período diurno – das 07:00 às 18:00 h - os veículos oficiais e de servidores deverão permanecer

preferencialmente no estacionamento dos fundos deste CIAPS Adauto Botelho, sob vigilância

ininterrupta;

6. Manter livres os acessos ao Pronto Atendimento para trânsito de ambulâncias e carros particulares

condutores de pacientes em crise;

7. È vedado qualquer tipo de comercio (ambulantes), por qualquer pessoa, no interior do CIAPS Adauto

Botelho. Caso ocorra, o serviço de vigilância deverá solicitar a retirada imediata para a área externa e

comunicar a Diretoria Administrativa e Financeira;

8. O serviço de vigilância deverá proceder abertura e manter atualizado o livro de ocorrências, com

anotações de toda e quaisquer intercorrências envolvendo pacientes, servidores, familiares, patrimônio,

etc. Deve ainda manter informada a Diretoria ou Gerência Administrativa sobre quaisquer

anormalidades verificadas, para que seja tomadas as providencias necessárias;

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9. Manter na portaria, em local de comum acesso, o numero e ramais telefônicos dos diretores e gerentes

deste CIAPS Adauto Botelho, bem como do corpo de bombeiros, policia militar, defesa civil, etc, para

os casos de emergência;

10. Disponibilizar vigilantes em quantidade necessária para garantir a operação dos postos nos regimes

contratados, uniformizados e portando crachá com foto recente;

11. Em caso de falta ao trabalho de qualquer profissional vigilante, deverá o responsável efetuar a reposição

imediata por um vigilante substituto, mantendo continuamente a escala mínima previamente

estabelecida;

12. Caso haja ocorrência de falta disciplinar, o responsável pelo serviço de vigilância deverá providenciar o

afastamento imediato de qualquer profissional vigilante por qualquer irregularidade, comunicando a

Diretoria Administrativa do CIAPS Adauto Botelho;

13. Nos casos de substituição definitiva de qualquer vigilante, faz-se necessário que encaminhe o novo

vigilante para Gerência da Unidade de destino, para que seja submetido a um “treinamento introdutório

básico”, por parte da Unidade, sobre as competências e habilidades para o trabalho, no sentido de

minimizar futuras intercorrências. Usar formulário oficial conforme CI 007/10;

14. Em casos de ocorrências que necessite a intervenção do vigilante (conflitos entre pacientes, risco de

integridade física dos pacientes e/ou do patrimônio), o profissional vigilante deverá acionar primeiro a

Equipe Técnica de plantão para a condução e supervisão do procedimento;

15. Quando solicitados pela Equipe Técnica, os vigilantes auxiliarão no procedimento de contenção,

atendendo ao Protocolo de Contenção do CIAPS Adauto Botelho;

16. Caso seja solicitado, o profissional vigilante deverá compor a equipe para transporte e deslocamento de

pacientes aos seus respectivos destinos. Nesse caso a equipe deve solicitar via CI ao responsável pela

Vigilância que irá reorganizar os postos de vigilância para posterior liberação do vigilante. Para esse

procedimento faz-se necessário cumprir as normas estabelecidas pelo setor de transporte;

17. É vedado ao profissional vigilante ausentar-se do posto de trabalho para empreender busca a pacientes

em fuga. Após avaliação da equipe, caso seja necessário, será realizada diligências, sempre

acompanhadas por um motorista, um técnico e um vigilante.

18. O responsável pelo serviço de Vigilância deve manter o controle de freqüência e pontualidade de todos

os vigilantes, apresentando ao término de cada mês, relatório de freqüência para ciência e assinatura do

gestor do Contrato;

19. Fazer diligência diária/ronda nas imediações externas e em todos os postos de trabalho, para revista do

local e inspecionar as condições do patrimônio. Qualquer objeto “não hospitalar” encontrado ou

qualquer dano identificado deverá ser registrado em livro de ocorrências e imediatamente comunicado a

Diretoria Administrativa e Financeira;

20. A Empresa de Vigilância se responsabilizará e indenizará quaisquer danos a terceiros decorrentes da sua

culpa ou dolo na execução de suas ações;

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21. O ônus com profissionais vigilantes como transportes, alimentação são de responsabilidade da empresa

de vigilância , ficando facultativo ao CIAPS Adauto Botelho a concessão de quaisquer benefícios;

22. Manter na portaria, quadro de normas de visita em local visível e ao alcance de todos. Atentar para o

rigoroso respeito às regras;

23. É vedado ao vigilante fornecer lanches, cigarros, isqueiros, ou quaisquer objetos sem autorização oficial

da equipe técnica;

24. O vigilante deve ter um intervalo mínimo de uma hora para almoçar, atentando para a distribuição da

escala para almoço, alternando os horários entre os vigilantes;

25. É vedado ao vigilante ausentar-se do posto de serviço antes da passagem de plantão/entrega de turno a

outro vigilante. No processo de passagem de plantão/entrega de turno deve ser repassadas todas as

informações de forma clara, objetiva e concisa acerca dos acontecimentos ocorridos durante o período de

trabalho, que envolve a equipe de vigilância e o funcionamento do Hospital

26. Será de responsabilidade dos profissionais vigilantes do Pronto Atendimento o impedimento do uso do

campo de futebol, por pessoas não pertencentes a esse hospital, sobretudo nos fins de semana,

convidando-os a se retirarem por ordem da Diretoria. Neste sentido ficam proibidos os jogos no referido

campo, sendo liberado apenas para uso dos pacientes e servidores deste CIAPS Adauto Botelho.

27. Em caso de dúvida, sobre quaisquer condutas, o profissional vigilante deverá buscar informação junto a

Equipe Técnica ou Diretoria Administrativa buscando maiores informações para ter maior segurança na

ação.

Da rotina das visitas:

28. Fazer o controle da entrada e saída de pessoas às dependências do CIAPS Adauto Botelho;

29. Somente permitir a entrada de pessoas (funcionários ou não), devidamente identificados com crachá em

local visível, em cores diferenciadas para servidores e visitantes;

30. Pessoas que acompanham funcionários somente poderão entrar depois de serem devidamente

identificadas na recepção, através da anotação em livro de controle de entrada, e também deverão portar

crachá de visitantes;

31. Crianças menores de 12 anos, em visita a pacientes, terão acesso proibido às dependências internas do

CIAPS Adauto Botelho;

32. Crianças menores de 12 anos, em visita a funcionários, somente terão acesso às dependências do CIAPS

Adauto Botelho, acompanhadas por um adulto responsável e devidamente identificadas com crachá;

33. O horário de visita aos pacientes internados ocorrerá diariamente das 15:30 as 17:00 horas;

34. O visitante deverá se apresentar na portaria para registro em livro de controle de entrada e saída, em fila,

por ordem de chegada, proceder ao cadastramento fornecendo os dados pessoais (nome completo, nome

do paciente a visitar, grau de parentesco, número de um documento pessoal com foto e data da visita).

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Após cadastramento o mesmo receberá um crachá de visitante e será conduzido até a equipe de

enfermagem que estará nas imediações do pátio interno de visitação. A equipe de enfermagem irá

localizar o paciente para apresentação à visita;

35. Fornecer crachá de visitante para, no máximo, três pessoas por paciente internado, respeitando

rigorosamente os horários pré determinado para visita; Ao término da visita o visitante deverá devolver o

referido crachá na portaria para procedimento de baixa;

36. A equipe de vigilância para o processo de visita deverá ser composta por no mínimo 04 profissionais

vigilantes, distribuídos em quatro locais estratégicos: Pátio, portaria, entrada da administração e entrada

da ala feminina;

37. O serviço de vigilância deverá manter apenas uma entrada e saída para visitantes; Os servidores ficarão

livres para usarem os vários acessos ao CIAPS Adauto Botelho, desde que identificados;

38. A saída de qualquer visitante só é permitida mediante devolução de crachá. Caso algum visitante volte à

portaria de saída sem apresentação do crachá de identificação, deverá o vigilante contatar o local onde a

pessoa alega ter estado para confirmação e, só então, anotar os dados do mesmo no livro de registro e

reencaminhá-lo a saída;

39. Para os pacientes com saída autorizada por alta hospitalar, deverá o Assistente Social, ou técnico

responsável pelo processo de alta, acompanhar o paciente até a portaria para a liberação junto ao serviço

de vigilância. A referida saída do paciente deverá ser registrada em livro de ocorrências da portaria, bem

como quem irá acompanhá-lo até a residência após alta;

40. O indivíduo visitante de servidores terão permissão para visitas em qualquer horário entre 08:00 e 22:00

horas, desde que cadastrado e portando crachá de visitante; Ao se identificar na portaria o visitante deve

informar o nome do servidor a ser visitado. O profissional vigilante irá interfonar ao mesmo e, se

autorizado, deve permitir a entrada disponibilizando crachá para o mesmo;

41. Nenhuma pessoa deverá entrar no hospital sem estar portando crachá; Caso se identifique qualquer

visitante não portando crachá, o mesmo deverá retornar à portaria de entrada para averiguação;

42. Não permitir entrada de alimentos na portaria sem a devida autorização por escrito da nutricionista do

CIAPS Adauto Botelho; Se o visitante apresentar a referida autorização, verificar se os alimentos

trazidos condizem com o que está permitido; Em caso de duvidas deverá o profissional vigilante

interfonar à Nutricionista de plantão;

43. Não permitir a entrada de pessoas portando equipamentos de som/imagem/jogos, materiais pérfuro-

cortantes, roupas, dinheiro em qualquer quantia, fósforos/isqueiros, etc. O vigilante deverá recolher tais

pertences e devolver ao final da visita;

44. Fica permitida a entrada de materiais de higiene pessoal, por parte dos visitantes, devendo ser entregues

para um profissional da equipe técnica;

45. Não permitir a entrada de pessoas sem camisa ou trajando vestimentas que fere a conduta moral;

46. Fica permitido fumar no pátio externo de visita. Porém não será permitida a entrada de fósforos/isqueiros

para o interior do hospital após visitação.

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47. Nos casos em que o paciente não estiver em condições, o visitante deverá ser encaminhado a um

membro da equipe que realizará o acolhimento do mesmo;

48. Não é indicada a visita de pessoas com sinais visíveis de adoecimento ( tosse, febre, coriza, olhos

avermelhados, etc). O serviço de vigilância ao detectar tais casos deverá acionar um membro da equipe

para acolher e orientar este visitante;

49. Para visitação de caráter religioso, será necessária autorização prévia da Diretoria Técnica.

50. O descumprimento, sob quaisquer circunstancias, das normas aqui estabelecidas, deverá ser comunicado

à Diretoria Administrativa e Financeira deste CIAPS Adauto Botelho.

3.6 NORMAS E ROTINAS DO PESSOAL DE APOIO

O CIAPS Adauto Botelho conta com o apoio de uma equipe de cinco pessoas, designadas pela

expressão “pessoal de apoio”, que são responsáveis por diversas tarefas dentro das Unidades de Internação e

Pronto Atendimento, mas que não estão formalmente vinculadas a nenhuma delas. Entre essas ações, estão

compreendidas:

Tarefas auxiliares na confecção de alimentos;

Tarefas auxiliares na distribuição de refeições;

Acompanhamento de pacientes em tarefas gerais, na ausência ou impossibilidade de os

vigilantes estarem neste papel;

Tarefas auxiliares de manutenção geral das instalações físicas do Complexo;

Cuidados em corte de cabelo e barba.

Destaca-se o fato de que estas pessoas não têm, ainda, funções definidas individualmente, tendo

portanto pouca autonomia de ação e iniciativa. A rigor, não são propriamente um setor organizado, embora

estejam formalmente subordinados à Direção Técnica.

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4. ANEXOS

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FLAHERTY, J. A., CHANNON, R. A. & DAVIS, J. M. (1990) apud JARDIM & DIMENSTEIN. “Risco e

crise: pensando os pilares da urgência psiquiátrica”. In: Psicologia em Revista. Belo Horizonte, v. 13, n.

1, p. 169-190, jun. 2007

HORTA, V. & KING, Fundamentos da Assistência em Enfermagem, 1999.

MARCOLAN, J. F. A contenção física do paciente: uma abordagem terapêutica, tese de doutorado pela

Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 2004 (mineo).

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Humanizasus, Prontuário Transdisciplinar e Projeto Terapêutico,

Brasília/DF, 2004.

__________________, Cartilha Ambiência, 2ª edição, Brasília-DF, 2006.

___________________, Clínica Ampliada, Equipe de Referência e Projeto Terapêutico Singular,

Brasília/DF, 2007.