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[INSTALAÇÃO DE PAINEIS FOTOVOLTAICOS NAS COBERTURAS DA ESTAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO- UFRJ] ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO Junho - 2019

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[INSTALAÇÃO DE PAINEIS FOTOVOLTAICOS NAS

COBERTURAS DA ESTAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO- UFRJ]

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO

Junho - 2019

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5

2. OBJETIVO ...................................................................................................................................... 5

3. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ........................................................................................................ 5

3.1. Gerenciamento ............................................................................................................................................... 6

3.2. Metodologia .................................................................................................................................................... 6

3.3. Experiência ...................................................................................................................................................... 7

3.4. Equipe ............................................................................................................................................................. 7

3.5. Documentos e Segurança do Trabalho ........................................................................................................... 8

3.6. Outros documentos necessários ..................................................................................................................... 8

3.7. Faturamento ................................................................................................................................................... 8

3.8. Cronogramas e Prazos .................................................................................................................................... 8

3.9. Garantias ......................................................................................................................................................... 9

4. CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................................................................... 9

4.1. Documentos do Projeto ................................................................................................................................ 11

4.2. Canteiro de obras .......................................................................................................................................... 12

4.2.1. Descrição das dependências do Canteiro de Obras ............................................................................................... 12

4.2.2. Guarda de material de consumo e vigilância ......................................................................................................... 13

4.3. Transporte Horizontal e Vertical ................................................................................................................... 13

4.4. Alvarás, Aprovações e Solicitações ............................................................................................................... 13

4.5. Normas de segurança ................................................................................................................................... 13

4.6. Normas aplicáveis – Materiais e Serviços ..................................................................................................... 14

4.7. Descarte de Materiais e Equipamentos ........................................................................................................ 15

4.8. Limpeza do(s) Local(is) .................................................................................................................................. 15

4.8.1. Limpeza preventiva ................................................................................................................................................ 15

4.8.2. Limpeza final .......................................................................................................................................................... 15

4.9. Horários......................................................................................................................................................... 15

5. ESCOPO DOS SERVIÇOS ............................................................................................................... 16

5.1. Objetivo ......................................................................................................................................................... 16

5.2. Objetivos específicos .................................................................................................................................... 16

5.3. Localização .................................................................................................................................................... 16

5.4. Planta de localização ..................................................................................................................................... 17

5.5. Terraplanagem e drenagem .......................................................................................................................... 17

5.6. Descrição do sistema FV ............................................................................................................................... 18

5.7. Módulos fotovoltaicos .................................................................................................................................. 18

5.8. Inversores...................................................................................................................................................... 21

5.9. Projeto conceitual ......................................................................................................................................... 22

Abrigos de ônibus .................................................................................................................................................................. 22

Guarita 25

Ligação coberta entre terminais ............................................................................................................................................ 25

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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5.10. Estrutura metálica ......................................................................................................................................... 27

5.11. Layout dos módulos fV .................................................................................................................................. 28

Abrigos de ônibus .................................................................................................................................................................. 28

Guarita 29

Ligação coberta entre terminais ............................................................................................................................................ 30

5.12. Cubículo/eletrocentro ................................................................................................................................... 35

5.13. Diagramas Multifilar e Unifilar ...................................................................................................................... 37

5.14. Interligação com a rede da concessionária ................................................................................................... 42

5.15. Transformador Dedicado ao Sistema FV (Trafo FV) ...................................................................................... 42

5.16. Medidor bidirecional ..................................................................................................................................... 43

5.17. Sistema de aquisição e análise de dados(SAAD) ........................................................................................... 43

5.18. Workstation .................................................................................................................................................. 45

5.19. Comunicação ................................................................................................................................................. 46

5.20. Instalação elétrica ......................................................................................................................................... 46

5.20.1. Condutores elétricos ............................................................................................................................. 47

5.20.2. Conectores ............................................................................................................................................ 47

5.20.3. Instalação de cabos ............................................................................................................................... 47

5.20.4. Eletrodutos ............................................................................................................................................ 47

5.20.5. Caixas de passagem ............................................................................................................................... 48

5.20.6. Quadro de Proteção CC (String box) ..................................................................................................... 48

5.20.7. Quadro de Medição e Proteção CA ....................................................................................................... 48

5.20.8. Medidor de Energia e Qualidade da Rede ............................................................................................ 48

5.20.9. Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS) ........................................................................................ 49

5.20.10. Disjuntores ............................................................................................................................................ 49

5.20.11. Disjuntor de acoplamento ..................................................................................................................... 50

5.20.12. Aterramento .......................................................................................................................................... 50

5.20.13. Equipotencialização .............................................................................................................................. 51

5.20.14. Identificação do sistema ....................................................................................................................... 51

5.21. Sobressalentes .............................................................................................................................................. 51

5.22. Fixação dos Inversores e Caixas Elétrica ....................................................................................................... 51

5.23. Cerca ............................................................................................................................................................. 51

6. PROJETO EXECUTIVO .................................................................................................................. 51

6.1. Construção e instalação ................................................................................................................................ 53

6.2. Cronograma .................................................................................................................................................. 53

6.3. Garantias ....................................................................................................................................................... 54

6.3.1. Garantia da instalação ............................................................................................................................................ 54

6.3.2. Garantia de taxa de desempenho (Performance Ratio, PR) ................................................................................... 54

6.4. Comissionamento ......................................................................................................................................... 55

6.4.1. Testes de isolamento, curva IxV e termografia do sistema fv ...................................................................... 56

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6.5. Performance Ratio ........................................................................................................................................ 57

6.6. Caracterização de inversores ........................................................................................................................ 57

6.7. Serviços Pós - Comissionamento .................................................................................................................. 57

6.8. Treinamento e capacitação ........................................................................................................................... 58

7. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ............................................................................................ 59

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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1. INTRODUÇÃO

O presente documento apresenta a descrição dos serviços requeridos para a “Contratação

da prestação de serviços para o fornecimento integral de materiais, softwares, equipamentos,

mão de obra, serviços de instalação e engenharia, procedimentos de conexão à rede perante a

concessionária, comissionamento, treinamento, operação assistida e garantia de um sistema

fotovoltaico instalado na Estação de Integração da Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ”.

2. OBJETIVO

Esta Especificação Técnica tem por objetivo definir o escopo, os requisitos mínimos e as

diretrizes básicas para que a CONTRATADA apresente proposta para execução de serviços

relacionados à implantação de sistemas solares fotovoltaicos (FV) integrados às coberturas que

compõem a Estação de Integração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os sistemas

FV serão integrados a edificações existentes, tais como os abrigos de ônibus e a guarita de

segurança; bem como integrados a edificações futuras, tal como o caminho coberto que unirá a

Estação de Integração da UFRJ até o Terminal Aroldo Melodia (BRT).

As atividades contempladas por esta Especificação são detalhadas ao longo do documento, e

consistem das etapas abaixo:

a) Elaboração de Projeto Executivo.

b) Elaboração de Relatório Inicial, Parcial e Final.

c) Execução dos serviços - instalação e comissionamento de equipamentos.

d) Conexão do sistema fotovoltaico à rede da concessionária local.

e) Operação assistida e manutenção do sistema fotovoltaico pelo período da vigência do

contrato.

f) Treinamento e capacitação para operação e manutenção do sistema fotovoltaico pelas

equipes locais da UFRJ.

Além das normas que regulamentam estes sistemas, a CONTRATADA deve considerar a

legislação aplicável e as normas específicas da concessionária local. Deve, também, assumir e

declarar que obteve visão clara e objetiva das intervenções a serem efetuadas.

3. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA

A proposta a ser apresentada pela CONTRATADA deverá considerar integralmente o

conteúdo desta Especificação.

A CONTRATADA deverá incluir em sua proposta declaração de concordância com todo o

escopo do serviço apresentado nesta especificação.

A seguir são apresentados elementos a serem considerados para elaboração do orçamento

e apresentação da proposta.

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3.1. GERENCIAMENTO

A CONTRATADA deve considerar nos custos do Projeto a designação de um Gerente de

Projeto, com plena capacidade de representação da empresa perante o Fundo Verde - UFRJ, para

apresentação de esclarecimentos e decisão quanto a soluções a serem implantadas. Além disso,

deve ser apresentada alguma certificação para este gerente como, por exemplo, PMP.

Além do Gerente do Projeto, deve ser considerada a alocação exclusiva para o projeto de um

Supervisor (obrigatoriamente um engenheiro com comprovada experiência em

acompanhamentos de serviços semelhantes ao especificado neste documento). Sendo

necessária a apresentação de atestado de capacidade técnica, reconhecido pelo CREA), que

permanecerá disponível a partir do início das atividades.

O Supervisor deve ser profissional qualificado com capacidade técnica para:

• Atualizar cronogramas.

• Atualizar desenhos e demais documentos do Projeto Executivo.

• Emitir relatórios de atividades.

• Esclarecer dúvidas em atividades rotineiras.

O Supervisor deverá residir, durante o período de gerenciamento de compras e implantação,

no município do Rio de Janeiro ou em seu entorno. Seu afastamento do local dos serviços por

período superior a 24 horas deve ser previamente comunicado e autorizado pelo Fundo Verde -

UFRJ, cabendo substituição por outro funcionário de igual capacidade técnica e conhecimento

do Projeto, de modo a não afetar a continuidade das atividades de supervisão.

Devem ser considerados como recursos ao Supervisor, disponíveis no local de execução dos

serviços:

• Microcomputador com acesso à internet, impressora e todos os periféricos necessários

para elaboração de documentos e relatórios.

• Aplicativos e programas (softwares) necessários ao exercício de sua atividade.

• Aparelho telefônico móvel para comunicação.

3.2. METODOLOGIA

A CONTRATADA deverá elaborar um relatório indicando documentos que devem conformar

o projeto executivo, os quais devem ser entregues em versão digital e impressa, por exemplo,

listagem de equipamentos, materiais, catálogos técnicos, diagramas unifilares, projeto elétrico,

etc. Assim como uma planilha detalhada de todos os custos e formação de preços.

A CONTRATADA deverá apresentar a metodologia e cronograma de execução dos serviços

requeridos, no qual devem ser contabilizadas atividades de comissionamento, operação assistida

de um ano posterior ao comissionamento e treinamento da equipe responsável pela

manutenção. Isto deve estar detalhado em um Plano de Trabalho.

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3.3. EXPERIÊNCIA

A CONTRATADA deve apresentar a experiência anterior da empresa, reunindo o seu acervo

técnico e currículo de seus dirigentes e técnicos propostos para composição da equipe e seguindo

as seguintes orientações:

• A seleção dos trabalhos será executada pela própria CONTRATADA, que escolherá, dentre

os seus trabalhos elaborados, aqueles mais representativos com vistas à demonstração de

sua qualificação e de sua aptidão para o objeto da proposta. Cabe destacar que a parcela

de maior relevância consiste na construção de sistemas fotovoltaicos com potência

individual maior que 100 kWp.

• A lista deverá se limitar aos últimos 5 anos e não deverá ultrapassar 5 serviços

apresentados.

• Somente os especialistas de nível superior e diretamente envolvidos com o trabalho é que

deverão apresentar seus currículos. Alerta-se que os especialistas de nível superior não

envolvidos diretamente no trabalho não deverão ser incluídos.

3.4. EQUIPE

Todo o pessoal envolvido na execução dos serviços pela CONTRATADA deverá fazer parte de

seu quadro de funcionários, sócio ou possuir outra forma de vinculação formal, em conformidade

com a legislação brasileira.

Em qualquer situação a CONTRATADA será a única responsável perante os órgãos de

fiscalização quanto ao cumprimento das obrigações legais que regem as relações de trabalho no

Brasil.

Todo o pessoal envolvido na execução dos serviços deve ter, ainda, curso de NR-10 e NR-18

válido durante todo serviço e ser habilitado para o trabalho. Os profissionais que participarem

das ações de movimentação de carga deverão possuir NR-11, os que participarem de construção,

transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção,

desativação e desmonte de máquinas ou equipamentos deverão possuir NR-12 e os que

participarem de montagens e serviços em altura deverão possuir NR-35, todos válidos durante

todo o serviço em execução.

A CONTRATADA deverá apresentar uma lista de todos os serviços que serão subcontratados

e possíveis fornecedores. Deverá ser apresentada uma carta de intenção de contratação e/ou

aquisição dos materiais.

A equipe técnica da CONTRATADA deverá possuir no mínimo um Eng. Eletricista, um

Engenheiro Civil e um Técnico de Segurança do Trabalho. Durante a execução da obra será

necessária a presença em tempo integral de um engenheiro eletricista durante todo o período

de implantação do projeto, um engenheiro civil durante as montagens estruturais e um técnico

de segurança do trabalho.

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A equipe técnica da CONTRATADA deverá apresentar plano de trabalho detalhado, com

cronograma e detalhamento dos procedimentos de instalação, visando permanentemente

preservar total integridade da infraestrutura dos aos redores e colaboradores.

A equipe técnica da CONTRATADA deverá declarar sua responsabilidade sobre os serviços

executados por cinco anos, conforme estabelecido por lei.

3.5. DOCUMENTOS E SEGURANÇA DO TRABALHO

A CONTRATADA deverá apresentar os seguintes documentos relativos à segurança do

trabalho (de todos os seus funcionários e também de todas as subcontratadas):

• Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO).

• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

• Análise Preliminar de Risco (APR), que deverá ser apresentada todos os dias para cada tipo

de trabalho pelo Técnico de Segurança do trabalho.

• Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) - Enviar de todos os funcionários envolvidos no

Projeto.

• Carteira de Trabalho (CTPS) - Enviar cópia de todos os funcionários envolvidos no Projeto.

• Permissão de Trabalho (PT) de cada tipo de atividade vinculada ao local específico de

trabalho.

3.6. OUTROS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

• Currículo - Enviar de todos os funcionários envolvidos no Projeto.

• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) dos serviços contratados.

• Diário de obra.

• Relatório mensal das atividades desenvolvidas.

3.7. FATURAMENTO

O faturamento dos serviços será associado à efetiva conclusão das etapas indicadas em

cronograma físico-financeiro, acordado entre as partes.

Para fins de pagamento a CONTRATADA deverá manter em dia seu cadastro na Fundação

COPPETEC.

O Fundo Verde - UFRJ realizará os pagamentos dos serviços no prazo de 05 (cinco) dias úteis

contados a partir da apresentação da Nota Fiscal (NF) respectiva.

3.8. CRONOGRAMAS E PRAZOS

A CONTRATADA deverá apresentar a Estrutura Analítica do Projeto (EAP), o Plano de

Gerenciamento de Projeto (PGP), o calendário de Macros, o Cronograma Físico e o Cronograma

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Financeiro detalhados das etapas de execução dos serviços. O Cronograma Físico deverá ser

detalhado para cada serviço especificado.

Os prazos para execução de cada macroatividade são indicados abaixo:

• Início dos Serviços - a partir da assinatura do contrato (podendo ser também considerada a

data da reunião de abertura do Projeto - kick-off, apenas com autorização do Fundo Verde

- UFRJ).

• Implantação do Projeto - 06 meses a partir do início dos serviços. Neste prazo deverá ser

contabilizado o período de 10 dias de comissionamento do gerador fotovoltaico.

• Término dos Serviços - conclusão dos serviços e aceite geral do Projeto de Sistema

Fotovoltaico localizado na estação de Integração da UFRJ.

O cronograma a ser apresentado na proposta deverá ser elaborado em um software especializado em gestão de projetos em equipe, por exemplo, MS – Project.

3.9. GARANTIAS

A CONTRATADA deve declarar que garante o funcionamento e desempenho de todos os

equipamentos, componentes, partes e acessórios por ela fornecidos, instalados ou modificados,

em sua integralidade, segundo as características, regime e especificações para as quais foram

projetados.

A CONTRATADA deverá, às suas expensas, manter os equipamentos com o desempenho

esperado e contratado, conforme previsto no Projeto. Durante o prazo de garantia, todas as

ações corretivas que se fizerem necessárias para garantir o referido desempenho deverão ser

executadas pela CONTRATADA, às suas expensas, após terem sido aprovadas pelo Fundo Verde -

UFRJ.

Sendo constatados desgastes excessivos de equipamentos, alterações nas características de

operação, divergências inaceitáveis em relação aos ensaios realizados anteriormente ou em

relação às Especificações Técnicas, a CONTRATADA apurará as respectivas causas e providenciará

as devidas modificações e/ou correções nos equipamentos, suportando todos os custos daí

decorrentes, salvo se comprovar que os problemas decorrem do uso incorreto ou manutenção

indevida do equipamento.

4. CONDIÇÕES GERAIS

É de inteira responsabilidade da CONTRATADA, obedecer às condições do Projeto, inclusas as

especificações de compra dos equipamentos. Mesmo que ocorram diferenças motivadas por

questões impossíveis de constatação à época da execução, aceitas as justificativas pelo Fundo

Verde - UFRJ, caberá à própria CONTRATADA rever, onde couber, o respectivo Projeto e implantar

a alteração posteriormente, mediante aprovação do Fundo Verde - UFRJ, sem ônus adicional para

o Fundo Verde - UFRJ.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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Fica reservado exclusivamente ao Fundo Verde - UFRJ o direito e a autoridade para resolver

todo e qualquer caso singular e porventura omisso nesta especificação, nos projetos fornecidos

e nos demais documentos técnicos e contratuais.

Na existência de serviços não descritos, a CONTRATADA somente poderá executá-los após

aprovação do Fundo Verde - UFRJ. A omissão de qualquer procedimento técnico, ou normas neste

ou nos demais memoriais, nos projetos, ou em outros documentos contratuais, não exime a

CONTRATADA da obrigatoriedade da utilização das melhores técnicas para execução dos

trabalhos, respeitando os objetivos básicos de funcionalidade e adequação dos resultados, bem

como todas as normas da ABNT vigentes, e demais pertinentes.

Não se poderá alegar, em hipótese alguma, como justificativa ou defesa, pela CONTRATADA,

desconhecimento, incompreensão, dúvidas ou esquecimento de cláusulas e condições, do

contrato, do edital, das especificações técnicas, bem como de tudo o que estiver contido nas

normas, especificações e métodos da ABNT, e outras normas pertinentes.

Caso haja discrepâncias, as condições especiais do contrato, especificações técnicas gerais e

memoriais predominam sobre os projetos, bem como os projetos específicos de cada área

predominam sobre os gerais das outras áreas, os detalhes específicos predominam sobre os

gerais e as cotas deverão predominar sobre as escalas. Toda discrepância deve ser comunicada

com devida antecedência ao Fundo Verde - UFRJ, para as providências e compatibilizações

necessárias.

No caso de discrepâncias ou falta de especificações de marcas e modelos de materiais,

equipamentos, serviços e acabamentos, deverá sempre ser observado que estes itens deverão

ter nível de qualidade mínimo e que as escolhas deverão sempre ser aprovadas antecipadamente

pelo Fundo Verde - UFRJ.

As especificações, os desenhos dos projetos e os memoriais descritivos destinam-se a

descrição e a execução das obras e serviços completamente acabados nos termos deste memorial

e objeto da contratação, e com todos os elementos em perfeito funcionamento, de primeira

qualidade e bom acabamento. Portanto, estes elementos devem ser considerados

complementares entre si, e o que constar de um dos documentos é tão obrigatório como se

constasse em todos os demais.

A CONTRATADA aceita e concorda que as obras e os serviços objeto dos documentos

contratuais, deverão ser complementados em todos os detalhes, ainda que cada item

necessariamente envolvido não seja especificamente mencionado.

A CONTRATADA deverá efetuar todas as correções, interpretações e compatibilizações que

forem julgadas necessárias, para o término das obras e dos serviços de maneira satisfatória,

sempre em conjunto com o Fundo Verde - UFRJ designado para o acompanhamento dos projetos.

A CONTRATADA poderá visitar previamente o local das obras e serviços e inspecionar as

condições gerais do terreno, as condições gerais dos acessos, construções e obras ou serviços

vizinhos, as diversas instalações, caixas existentes, as obras e os serviços a executar, as

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

11

alimentações e despejos das instalações, passagens, derivações, interligações, bem como

verificar as cotas e demais dimensões do projeto, comparando-as com as medidas "in loco".

Caso a CONTRATADA opte por não realizar a visita, esta não poderá alegar qualquer tipo de

desvantagem ou desconhecimento.

Deverá constar da proposta todos os itens que não constam dos dados ou da planilha

estimativa fornecida, e mais as complementações e/ou alterações de layout, os reforços, as

reconstituições, os enchimentos, os revestimentos e regularizações, as infraestruturas

necessárias à montagem de equipamentos específicos, bem como todas as adaptações

necessárias à conclusão das obras e dos serviços, não cabendo, após assinatura do contrato,

nenhum termo aditivo visando acrescentar tais itens.

Quaisquer divergências e dúvidas serão resolvidas antes do início das obras e serviços.

A CONTRATADA deverá apresentar antes do início de implantação da obra listagem com nome

e documentos de todos os funcionários que irão trabalhar no Projeto. Durante a obra todos os

funcionários devem estar devidamente identificados (crachás visíveis), uniformizados e com EPI’s

completos.

O contrato deve ser devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia e

Agronomia do Rio de Janeiro – CREA-RJ, sob responsabilidade de profissional devidamente

habilitado para exercício das atividades a serem desenvolvidas.

Qualquer critério / método de execução deste serviço, diferente do mencionado nos

documentos que compõem o escopo, só será executado, com prévia autorização do Fundo Verde

- UFRJ e o não cumprimento sujeitará a CONTRATADA a arcar com ônus decorrente das

consequências desta ação.

A CONTRATADA deverá seguir as normas de segurança cabíveis, assim como deverá fornecer

todas as ferramentas e/ou equipamentos necessários à execução dos serviços, incluindo os

Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva.

4.1. DOCUMENTOS DO PROJETO

Compete à CONTRATADA observar os seguintes requisitos, quanto aos documentos do

Projeto:

• Todos os documentos, inclusive relatórios, deverão ser redigidos em português.

• Deverá estar claramente indicada a norma e/ou a referência técnica aplicada aos diferentes

aspectos abordados.

• Todos os documentos, desenhos, diagramas, gráficos, tabelas etc., que constituírem os

documentos do Projeto, deverão fazer uso do Sistema Internacional de Unidades (Sistema

Métrico Decimal). Se outro sistema de unidades for usado, a conversão para o Sistema

Internacional deve ser indicada ao lado.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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• Todos os estudos deverão ser elaborados de acordo com recomendações de normas

técnicas brasileiras (prioritariamente) ou internacionais, em suas últimas revisões.

• Toda a memória de cálculo contida nos documentos do Projeto deve ser apresentada.

• Todos os registros de medições realizadas, que integrem memória de cálculo ou outras

atividades do Projeto, devem ser apresentados.

Todos os documentos em meio digital devem ser compatíveis com sistema operacional

Windows e aplicativos Office.

Após aprovação de cada etapa, deverão ser fornecidos todos os documentos em 02 (duas)

vias impressas e em meio digital. A documentação final deverá ser entregue em 03 (três) vias

impressas e em meio digital.

4.2. CANTEIRO DE OBRAS

4.2.1. Descrição das dependências do Canteiro de Obras

A instalação do canteiro deve ser feita de acordo com as condições estipuladas na Norma

Regulamentadora NR-18 e nas Diretrizes Básicas de Segurança e Medicina do Trabalho.

O canteiro deverá ser constituído das seguintes instalações: escritório da Obra, Almoxarifado,

Refeitório (caso os funcionários se alimentem no canteiro), Vestiário, Banheiro (Químico, se

necessário) e demais estruturas relacionadas nas Diretrizes Básicas de Segurança e Medicina do

Trabalho.

Não será permitido alojamento de pessoal dentro do terreno das obras e canteiro de obras.

Para as instalações provisórias, deverão ser utilizados contêineres pré-fabricados ou sistema

construtivo equivalente, possuindo todas as utilidades pré-instaladas.

Os refeitórios devem ser climatizados com sistema de ar condicionado e sua temperatura

ambiente deve obedecer à faixa de 20 °C a 23 °C e iluminados seguindo as regras vigentes para

tal. Caso necessário e solicitado pela FISCALIZAÇÃO, a CONTRATADA deverá fornecer também

iluminação externa ao canteiro de obras.

Não sendo providenciado o espaço apropriado para a realização de refeições no canteiro, a

CONTRATADA deverá prover transporte e alimentação gratuitos a seus funcionários, em algum

restaurante próximo à obra, o qual deverá ser submetido à aprovação da FISCALIZAÇÃO. Não será

permitida elaboração de refeições dentro do canteiro.

Caberá à CONTRATADA a guarda e vigilância de toda a sua área de canteiro e de obra, em

tempo integral (24 horas diárias), bem como o controle de acesso da força de trabalho, veículos

e cargas relativas à execução do contrato.

Todas as dependências do canteiro, bem como as instalações sanitárias ou de conforto

deverão ser mantidas pela CONTRATADA em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza.

A CONTRATADA deverá alertar seus funcionários que é proibido o trânsito de pessoal e/ou

veículos, nas áreas que não sejam aquelas onde serão realizados os trabalhos de implementação

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de seu contrato. Tais áreas existentes continuarão a operar normalmente durante a construção

do empreendimento.

No caso de subcontratações, a CONTRATADA deverá disponibilizar em seu canteiro toda a

infraestrutura de apoio/suporte para as empresas subcontratadas.

4.2.2. Guarda de material de consumo e vigilância

Caberá à CONTRATADA a guarda e vigilância de todos os materiais, equipamentos, máquinas,

ferramentas, utensílios, móveis e material de escritório, inclusive equipamentos e materiais do

seu canteiro de obra, relativo à execução da sua obra, portão de acesso, durante todo o período

de realização dos serviços relativos ao contrato, em tempo integral (24 horas diárias).

A responsabilidade civil sobre trabalhadores, visitantes, transeuntes, bem como a segurança

das instalações inclusive o portão de acesso ao canteiro de obra e sobre todo o material,

ferramental e equipamentos – próprio ou alugado, será de total responsabilidade da

CONTRATADA, devendo ocorrer a seu encargo a instalação de equipamentos de segurança e os

serviços de vigilância nas áreas da obra 24 horas diárias, durante todo o período de realização da

obra.

4.3. TRANSPORTE HORIZONTAL E VERTICAL

Todos os serviços de transporte horizontal e vertical que se façam necessários em todo o

tempo de obra ocorrerão a expensas da CONTRATADA. Deverão ser observadas as normas

técnicas de segurança vigentes.

4.4. ALVARÁS, APROVAÇÕES E SOLICITAÇÕES

Todas e quaisquer licenças, aprovações e solicitações necessárias à realização dos serviços

objetos desta Especificação deverão ser obtidas à custa e sob integral responsabilidade da

CONTRATADA, tais como:

• Alvarás, ART, etc., junto a instituições públicas competentes, necessárias para realizar

os serviços e

• Solicitação e aprovação de acesso à rede da distribuidora.

A CONTRATADA deverá entregar as plantas do sistema à PU (Prefeitura Universitária) e ao ETU (Escritório Técnico da Universidade). Além de ser responsável pela regularização do sistema junto à concessionária local. A fiscalização será feita por um(a) Engenheiro(a) da COPPE.

4.5. NORMAS DE SEGURANÇA

Deverão ser seguidas as Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE) pertinentes, além das normas de segurança cabíveis.

Em casos omissos por essas, serão admitidas normas europeias ou americanas, devidamente

justificadas. A CONTRATADA deverá relacionar e apresentar as principais normas a serem

utilizadas.

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4.6. NORMAS APLICÁVEIS – MATERIAIS E SERVIÇOS

Todos os equipamentos, materiais e serviços fornecidos ou indicados para aquisição pela

CONTRATADA deverão obedecer ao estabelecido em normas técnicas vigentes, correspondendo

aos parâmetros mínimos a serem obedecidos. Prevalecem normas oficiais brasileiras (Associação

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT) sobre normas internacionais. Deverão ser apresentados

formulários, referentes aos itens das normas, no formato de lista de verificação.

Para o sistema Fotovoltaico devem ser seguidos no mínimo as normas e procedimentos

abaixo:

ABNT NBR IEC 62116:2012 - Procedimento de ensaio de anti-ilhamento para inversores de

sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica.

ABNT NBR 16149:2013 - Sistemas fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão

com a rede elétrica de distribuição.

ABNT NBR 16150:2013 - Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de conexão

com a rede elétrica de distribuição – Procedimento de ensaio de conformidade.

Norma ABNT NBR 16274:2014 - Sistemas fotovoltaicos conectados à rede - Requisitos

mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de

desempenho.

Norma Técnica Light – “Procedimentos para a Conexão de Microgeração e Minigeração ao

Sistema de Distribuição da Light SESA BT e MT – Até Classe 36,2 kV” – Revisão 03 – março de

2016 ou mais atual.

Norma Técnica Light – RECON – MT Até Classe 36,2 kV Regulamentação Para Fornecimento

de Energia Elétrica a Consumidores em Média Tensão – março de 2016 ou mais atual.

Todos os materiais e/ou equipamentos fornecidos pela CONTRATADA deverão ter o nível de

qualidade mais elevado das respectivas linhas, satisfazendo especificações da ABNT, do

INMETRO e porventura de outras entidades. Destaca-se que todos os equipamentos a serem

instalados deverão apresentar o maior valor do selo PROCEL ou a ETIQUETA de eficiência

energética, quando aplicável.

Caso os equipamentos especificados nos projetos tenham saído de linha, ou encontrem-se

obsoletos no momento da implantação do Projeto, estes deverão ser substituídos por modelo

atual correspondente, desde que comprovada sua eficiência, equivalência e atendimento às

condições estabelecidas nos projetos, especificações e contrato.

Não será permitido o emprego de materiais e/ou equipamentos usados e/ou danificados. É

vedada, ainda, a utilização de materiais e/ou equipamentos improvisados, em substituição aos

tecnicamente indicados para o fim a que se destinam, assim como não será tolerado adaptar

peças, seja por corte ou outro processo, de modo a utilizá-las em substituição às peças

recomendadas e de dimensões adequadas.

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Quando houver motivos ponderáveis para a substituição de um material e/ou equipamento

especificado por outro, a CONTRATADA, em tempo hábil, apresentará por escrito a proposta de

substituição, instruindo-a com as razões determinadas do pedido de orçamento comparativo, de

acordo com o que reza o contrato entre as partes sobre a equivalência, permanecendo a critério

do Fundo Verde - UFRJ o aceite ou não da solicitação. O estudo e análise pelo Fundo Verde - UFRJ

dos pedidos de substituição, só serão efetuados quando cumpridas as seguintes exigências:

• Declaração de que a substituição se fará sem ônus para o Fundo Verde - UFRJ, no caso de

materiais e/ou equipamentos equivalentes.

• Indicação de marca, nome de fabricante ou tipo comercial, que se destinam a definir o tipo

e o padrão de qualidade requerido.

4.7. DESCARTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

O Fundo Verde - UFRJ será responsável pela indicação e destinação do local para

armazenamento temporário dos equipamentos que por ventura venham a ser descartados. A

CONTRATADA será responsável pelo depósito e guarda destes materiais removidos até seus

respectivos descartes finais, que também correrão sob sua responsabilidade. A CONTRATADA

deverá contratar caçamba para o armazenamento e retirada de resíduos inertes, entulho,

madeiras, etc.

4.8. LIMPEZA DO(S) LOCAL(IS)

4.8.1. Limpeza preventiva

A CONTRATADA deverá proceder periodicamente à limpeza da obra e de seus complementos,

removendo os entulhos resultantes, tanto do interior da mesma, como no canteiro de obras e

serviços e adjacências, provocados com a execução da obra, para o descarte apropriado, sem

causar poeiras e/ou transtornos ao funcionamento dos edifícios e salas adjacentes ou da própria

instalação.

4.8.2. Limpeza final

Deverão ser previamente retirados todos os detritos e restos de materiais de todas as partes

da obra e de seus complementos, que serão removidos para o descarte apropriado, sem causar

poeiras e/ou transtornos ao funcionamento dos edifícios e salas adjacentes ou da própria

instalação.

4.9. HORÁRIOS

Os serviços de instalação e comissionamento, incluindo eventuais testes e medições, serão

executados preferencialmente no horário de funcionamento administrativo, tendo como

referência o período de 08h00min a 17h00min, em dias úteis.

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5. ESCOPO DOS SERVIÇOS

5.1. OBJETIVO

Este documento apresenta a Especificação Técnica (ET) dos equipamentos e serviços

necessários para a implantação e conexão à rede da concessionária de sistemas solares

fotovoltaicos (FV) de potência total mínima de 77,66 kWp, integrados às coberturas que

compõem a Estação de Integração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

(1) Acrescentar módulos FV acima das coberturas de fibrocimento dos cinco abrigos de

ônibus já existentes.

(2) Propor uma cobertura FV para a guarita de segurança (guarita existente).

(3) Propor um caminho coberto por módulos FV unindo a Estação de Integração da UFRJ

ao Terminal Aroldo Melodia (BRT) (a ser construído pela CONTRATADA durante este

projeto).

5.3. LOCALIZAÇÃO

Os sistemas FV apresentados neste documento serão integrados às coberturas que compõem

a Estação de Integração da UFRJ, sendo algumas já existentes e outras a serem construídas. As

áreas onde os sistemas serão alocados estão destacadas na FIGURA 1, conforme numeração

referenciada na subseção anterior.

FIGURA 1 - ÁREA PARA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO (IMAGEM: GOOGLE EARTH).

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5.4. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

A FIGURA 2 apresenta a implantação dos sistemas FV propostos.

FIGURA 2 - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO.

O layout para o posicionamento dos módulos FV e inversores de cada um dos sistemas está

apresentado em detalhe no item 5.11. Essa disposição poderá ser alterada na execução do

projeto, respeitando as condições mínimas de instalação de um sistema com essas

características, principalmente, com relação às questões de sombreamento nos módulos e

orientação geográfica.

5.5. TERRAPLANAGEM E DRENAGEM

Não será necessária a execução de terraplanagem e sistema de drenagem do terreno, visto

que o terreno é bastante regular.

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5.6. DESCRIÇÃO DO SISTEMA FV

Os sistemas fotovoltaicos das coberturas dos abrigos de ônibus e da guarita serão compostos

por módulos de silício policristalino (p-Si). Já a cobertura do caminho que liga a estação de

integração ao terminal BRT, será composta por módulos flexíveis de disseleneto de cobre, gálio

e índio (CIGS).

A potência total da implantação FV deverá ser no mínimo de 77,66 kWp. O sistema FV será

composto por 8 subsistemas, os quais são descritos conforme TABELA 1.

TABELA 1 - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO.

Sistema Potência

Guarita 8,06 kWp

A1 (Abrigos de ônibus) 9,30 kWp

A2 (Abrigos de ônibus) 9,30 kWp

A3 (Abrigos de ônibus) 9,30 kWp

A4 (Abrigos de ônibus) 9,30 kWp

A5 (Abrigos de ônibus) 9,30 kWp

Trecho 1 (Conexão entre terminais) 14,7 kWp

Trecho 2 (Conexão entre terminais) 8,4 kWp

Total Instalado 77,66 kWp

Os sistemas serão conectados a inversores de 8,5 kW, os quais deverão ser conectados em

um barramento comum no quadro de distribuição (QGAIN) e interligados à rede da

concessionária de energia.

5.7. MÓDULOS FOTOVOLTAICOS

As duas tecnologias de módulos FV consideradas para a implementação do sistema são

Silício policristalino (p-Si) e Disseleneto de cobre, gálio e índio (CIGS). Os módulos FV deverão

atender às especificações mínimas e ter documentação e certificações listadas a seguir:

Silício policristalino (p-Si)

• Valor da potência nominal (potência de pico ou máxima, PMP): ≥ 310 Wp;

• Potência nominal avaliada nas condições padrão de ensaio (STC, Standard Test

Conditions), conforme especificadas na IEC 61836: irradiância de 1.000 W/m2, normal à

superfície; temperatura da junção da célula igual a 25 °C e massa de ar (AM, Air Mass)

igual a 1,5;

• Relatório, para cada módulo, com os resultados do teste com flash (flash test), realizado

pelo fabricante ou laboratório acreditado, apresentando os principais dados elétricos do

módulo: tensão de circuito aberto VOC (Voltage Open Circuit), corrente de curto circuito

ISC (Short Circuit current), tensão de máxima potência VMP (Voltage Maximum Power),

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corrente de máxima potência IMP (current Maximum Power) e ponto de máxima

potência PMP;

• Tolerância da potência nominal positiva (-0 / ≥ +5 Wp);

• Caixa de conexão (junction box) com índice de proteção IP 67 ou maior;

• Conectores de engate rápido do tipo MC4, à prova d’água, com índice de proteção IP 67

ou maior;

• Garantia de, no mínimo, 10 (dez) anos para substituição de módulos que apresentem

defeitos de fabricação ou perda de desempenho elevada;

• Garantia para substituição de módulos que apresentem redução de potência:

▪ acima de 3%, relativa à potência nominal estabilizada, no fim do primeiro

ano de operação,

▪ acima de 10%, relativa à potência nominal estabilizada, nos primeiros 10

anos, e

▪ de 20% relativa à potência nominal estabilizada, em 25 anos;

• Certificações de atendimento às exigências das normas IEC 61215, IEC 61701, IEC 61730

e IEC 62716, emitidas por instituições reconhecidas internacionalmente e pelo INMETRO;

• Certificado de Etiquetagem, de acordo com os critérios estabelecidos nos Requisitos de

Avaliação da Conformidade anexos à Portaria Inmetro n° 4/2011; na Portaria Inmetro n°

357/2014 e na Portaria Inmetro n° 17/2016 e Certificado de Registro, no INMETRO, do

modelo de módulo etiquetado.

A TABELA 2 apresenta os parâmetros relativos ao módulo FV da tecnologia de silício

policristalino, indicando os valores mínimos característicos em condições padrão de teste

(Standard Test Conditions - STC). Este módulo FV foi utilizado no projeto básico dos sistemas das

coberturas dos pontos de ônibus e da guarita.

TABELA 2 - PARÂMETROS ORIENTATIVOS DO MÓDULO FV UTILIZADO NO PROJETO BÁSICO DO SISTEMA.

Parâmetro Valor mínimo

Fabricante BYD

Tecnologia p-Si

Potência (Wp) 310

Eficiência (%) 16,1

Tensão máxima da string (Vcc) 1.000

Seção do cabo de ligação (mm²) 4

Classificação Inmetro A

Grau de proteção da caixa de junção IP67

Tensão de Circuito Aberto (V) 45,79

Tensão em Máxima Potência (V) 36,38

Corrente em Máxima Potência (A) 8,52

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Corrente de curto circuito (A) 8,99

Disseleneto de cobre, gálio e índio (CIGS)

Valor da potência nominal (potência de pico ou máxima, PMP): 50 Wp;

Potência nominal avaliada nas condições padrão de ensaio (STC, Standard Test Conditions),

conforme especificadas na IEC 61836: irradiância de 1.000 W/m2, normal à superfície;

temperatura da junção da célula igual a 25 °C e massa de ar (AM, Air Mass) igual a 1,5;

• Relatório, para cada módulo, com os resultados do teste com flash (flash test), realizado

pelo fabricante ou laboratório acreditado, apresentando os principais dados elétricos do

módulo: tensão de circuito aberto VOC (Voltage Open Circuit), corrente de curto circuito

ISC (Short Circuit current), tensão de máxima potência VMP (Voltage Maximum Power),

corrente de máxima potência IMP (current Maximum Power) e ponto de máxima

potência PMP;

• Tolerância da potência nominal positiva (-5 Wp / +5 Wp);

• Caixa de conexão (junction box) com índice de proteção IP 67 ou maior;

• Conectores de engate rápido do tipo MC4, à prova d’água, com índice de proteção IP 67

ou maior;

• Garantia de, no mínimo, 10 (dez) anos para substituição de módulos que apresentem

defeitos de fabricação ou perda de desempenho elevada;

• Garantia para substituição de módulos que apresentem redução de potência:

▪ Acima de 3%, relativa à potência nominal estabilizada, no fim do primeiro

ano de operação,

▪ Acima de 10%, relativa à potência nominal estabilizada, nos primeiros 10

anos, e

▪ De 20% relativa à potência nominal estabilizada, em 25 anos;

• Certificações de atendimento às exigências das normas IEC 61215, IEC 61701, IEC 61730

e IEC 62716, emitidas por instituições reconhecidas internacionalmente e pelo INMETRO;

• Certificado de Etiquetagem, de acordo com os critérios estabelecidos nos Requisitos de

Avaliação da Conformidade anexos à Portaria Inmetro n° 4/2011; na Portaria Inmetro n°

357/2014 e na Portaria Inmetro n° 17/2016 e Certificado de Registro, no INMETRO, do

modelo de módulo etiquetado.

A TABELA 3 apresenta os parâmetros relativos ao módulo FV da tecnologia CIGS, indicando os

valores mínimos característicos em condições padrão de teste (Standard Test Conditions - STC).

Este módulo foi utilizado no projeto básico dos sistemas das coberturas do caminho entre a

estação de integração da UFRJ e o terminal BRT.

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TABELA 3 - PARÂMETROS ORIENTATIVOS DO MÓDULO FV UTILIZADO NO PROJETO BÁSICO DO SISTEMA.

Parâmetro Valor mínimo

Fabricante ASCENT

Tecnologia CIGS

Potência (Wp) 50

Eficiência (%) 16,1

Tensão máxima da string (Vcc) 1.000

Seção do cabo de ligação (mm²) 2,50

Classificação Inmetro A

Grau de proteção da caixa de junção IP67

Tensão de Circuito Aberto (V) 24

Tensão em Máxima Potência (V) 16,7

Corrente em Máxima Potência (A) 3

Corrente de curto circuito (A) 3,50

5.8. Inversores

Os inversores a serem utilizados no sistema FV deverão ser do tipo string inverter, sem

transformador (TL), com potência nominal de 8,5 kW, sendo desejável que possuam dois MPPT.

Deverão ser utilizados inversores, de mesma marca e com as mesmas características (modelo,

potência, eficiência, etc.).

Os inversores deverão ter as seguintes características mínimas:

• Potência de saída: na faixa de 8,5 kW;

• Tipo trifásico, sem transformador;

• Frequência nominal: 60 Hz;

• Temperatura máxima de trabalho: ≥ +60 °C;

• Tensão de saída nominal compatível com a tensão da rede elétrica local ou obrigatório

uso de transformador isolador;

• Eficiência europeia: > 98 %;

• Distorção harmônica total (THD): ≤ 2 %;

• Proteção contra inversão de polaridade na entrada CC;

• Proteção contra surtos de tensão na entrada CC;

• Circuitos seguidores do ponto de potência máxima (MPPT): 2

• Proteção contra curtos-circuitos na saída CA;

• Monitoramento de falhas de conexão à terra;

• Monitoramento de fusíveis internos, quando houver proteção por fusíveis;

• Monitoramento das grandezas CC e CA e da rede CA;

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• Interface de comunicação (RS485, Ethernet, Bluetooth, etc.) compatível com o sistema

de aquisição e análise de dados (SAAD);

• Ajuste de parâmetros, características elétricas e de conexão à rede, por meio de teclado

e mostrador (display) e remotamente via intranet/internet;

• Os inversores devem possuir garantia do fabricante de no mínimo cinco anos para

substituição em caso de defeitos. O fabricante deve possuir representante comercial no

Brasil.

• Índice de proteção: ≥ IP 65 e certificações de acordo com as normas: IEC 61727, EN 61000

(partes), EN 50178, IEC 62109-1, IEC 62109-2, NBR 16149, NBR 16150 e NBR IEC

62116:2012.

As TABELA 4 apresenta os parâmetros relativos aos inversores orientativos utilizados no

projeto básico do sistema, indicando os valores mínimos característicos para os parâmetros de

desempenho do equipamento.

TABELA 4 - PARÂMETROS ORIENTATIVOS DO INVERSOR UTILIZADO NO PROJETO BÁSICO DO SISTEMA.

Parâmetro Valor mínimo

Potência (kW) 8,5

Eficiência européia (%) 98

Tensão máxima de entrada (Vcc) 1.000

Tensão nominal de entrada (Vcc) 800

Frequência (Hz) 60

Fases 3

Tensão de Saída Fase-Neutro (Vca) 220

Tensão de saída Fase-Fase (Vca) 380

Quantidade mínima de MPPTs 2

Grau de proteção IP65

Corrente de saída máxima (A) 30

THD (%) < 2

5.9. PROJETO CONCEITUAL

Abrigos de ônibus

O projeto conceitual da cobertura dos abrigos de ônibus foi desenvolvido de forma a seguir a inclinação e orientação originais da cobertura, que já são adequadas para a geração de energia FV. Os módulos FV são fixados em estrutura metálica por cima das novas telhas.

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Além da cobertura FV, foi proposto um display para demonstração dos dados do sistema FV, totens para carregamento de celulares e um abrigo para o inversor do sistema, todos localizados embaixo da cobertura de cada abrigo de ônibus. Os totens podem ser customizados ou podem ser comprados modelos disponíveis no mercado, desde que possam ser instalados em local semiaberto (há a possibilidade de serem molhados pela chuva). Todos os equipamentos descritos neste parágrafo devem ser adquiridos pela CONTRATADA. Além disso, todos os equipamentos, totens e abrigo para o inversor devem ser fixados ao pavimento e protegidos com grades chumbadas em concreto.

A FIGURA 3 apresenta fotos dos abrigos de ônibus atualmente e a FIGURA 4 apresenta imagens do projeto conceitual dos abrigos em maquete eletrônica.

FIGURA 3 - FOTOS ATUAIS DOS ABRIGOS DE ÔNIBUS.

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FIGURA 4 - PROJETO CONCEITUAL DA COBERTURA FOTOVOLTAICA DOS ABRIGOS DE ÔNIBUS.

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Guarita

O projeto conceitual da guarita foi feito de forma a criar uma nova cobertura com estrutura de sustentação totalmente independente da edificação original. Foram projetados pilares em V para manter a identidade de estrutura criada para os demais sistemas FV propostos. Os módulos são posicionados acima da laje existente, com inclinação de 10°.

A FIGURA 5 apresenta o projeto conceitual da guarita em maquete eletrônica.

FIGURA 5 - PROJETO CONCEITUAL DA COBERTURA FOTOVOLTAICA DA GUARITA.

Ligação coberta entre terminais

O projeto conceitual das coberturas de ligação entre o Terminal Aroldo Melodia (BRT) e a estação de integração da UFRJ foi feito com o objetivo de mostrar a versatilidade da tecnologia fotovoltaica. Para isso, foram utilizados módulos flexíveis que se adaptam perfeitamente à curvatura proposta para a cobertura. Além disso, esse formato curvo proporciona uma maior visibilidade dos módulos FV e traz um ambiente de passagem e de estar mais aconchegante e acolhedor aos seus usuários.

A FIGURA 6 apresenta imagens da maquete eletrônica do projeto conceitual da cobertura de ligação entre terminais.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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FIGURA 6 - PROJETO CONCEITUAL DA COBERTURA FOTOVOLTAICA DE LIGAÇÃO ENTRE TERMINAIS.

5.10. ESTRUTURA METÁLICA

As estruturas metálicas de suporte do sistema FV dos abrigos de ônibus deverão ser fixadas sobre as novas telhas, a serem instaladas nas coberturas (em substituição às existentes atualmente). A CONTRATADA deve realizar as ações apontadas pelo laudo técnico referente à capacidade das coberturas, vide APÊNDICE D, considerando o peso exercido das cargas novas adicionadas aos abrigos, tal que o peso aproximado dos equipamentos a serem instalados é de a 31 kg/m².

Já na guarita e nas coberturas de ligação entre terminais, as estruturas metálicas são

totalmente independentes de qualquer outra edificação, ou seja, os pilares metálicos deverão

ser fixados diretamente no solo, com fundação (sapatas) em concreto totalmente enterradas.

As hastes de fixação de todas as estruturas deverão ser de aço galvanizado a fogo e fixadas

com parafusos em aço inox, para evitar a corrosão galvânica entre os materiais escolhidos.

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A montagem dos painéis FV (conjunto de módulos FV na mesma estrutura metálica) será

sobre perfis de alumínio extrudado. A ligação entre módulo FV e perfil será feita através de

grampos (clamps) de alumínio, utilizando-se parafusos de aço inox.

A ligação entre os perfis de alumínio extrudado e as estruturas metálicas de aço galvanizado

a fogo será feita utilizando parafusos de aço inox.

A estrutura metálica deverá ser executada de modo que qualquer pequeno desnível na

cobertura não se reflita no sistema FV, sendo corrigido por ajustes na estrutura (e.g. furos

oblongos).

O projeto estrutural deverá ser realizado de maneira a suportar a carga mecânica da

instalação com um todo, além de esforços adicionais decorrentes de ventos e eventuais

sobrecargas a serem indicadas pela CONTRATADA.

Após aprovação do projeto pelo Fundo Verde – UFRJ, a CONTRATADA deverá registrar no

CREA-RJ a ART relativa a esse projeto estrutural.

5.11. LAYOUT DOS MÓDULOS FV

Abrigos de ônibus

Devido à posição geográfica das edificações, os módulos FV de todos os abrigos de ônibus

deverão ser orientados a 56° L com inclinação de 5°. Desta maneira, todos os geradores

receberão mais do que 95% da máxima irradiação anual disponível para a cidade do Rio de

Janeiro, conforme mostra a FIGURA 7.

FIGURA 7 - APROVEITAMENTO DA IRRADIAÇÃO SOLAR DOS SISTEMAS FV DOS ABRIGOS DE ÔNIBUS.

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A instalação dos módulos deverá ser do tipo paisagem, composta por seis linhas e cinco

colunas de módulos, conforme mostra a FIGURA 8.

FIGURA 8 - POSICIONAMENTO DOS MÓDULOS FV (VISTA SUPERIOR).

Guarita

Devido à posição geográfica da edificação, os módulos FV da guarita deverão ser orientados a 56° L com inclinação de 10°. Desta maneira, o gerador receberá mais do que 95% da máxima irradiação anual disponível para a cidade do Rio de Janeiro, conforme mostra a FIGURA

9.

FIGURA 9 - APROVEITAMENTO DA IRRADIAÇÃO SOLAR DOS SISTEMAS FV DA GUARITA.

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A instalação dos módulos deverá ser do tipo retrato, composta por três linhas e nove colunas

de módulos, conforme mostra a FIGURA 10.

FIGURA 10 - POSICIONAMENTO DOS MÓDULOS FV (VISTA SUPERIOR).

Ligação coberta entre terminais

A ligação coberta entre o Terminal Aroldo Melodia (BRT) e a estação de integração da UFRJ possui dois trechos (Trecho 1 e Trecho 2), conforme mostra a FIGURA 11. O Trecho 1 é composto por 10 coberturas de 5 m de comprimento (Trecho 1.1) e uma cobertura de 7 m de comprimento (Trecho 1.2). O Trecho 2 é composto por 7 coberturas de 5 m de comprimento, divididos da seguinte forma: 4 coberturas de 5 metros (Trecho 2.1), 3 coberturas de 5m (Trecho 2.2). No intervalo curvo entre estes dois trechos, propõe-se uma cobertura inclinada, com ângulo de inclinação igual à média dos ângulos das coberturas curvas (8°).

FIGURA 11 - TRECHOS DA LIGAÇÃO COBERTA ENTRE TERMINAIS.

12345678910

1

3

5

2

4

6 7

Trecho 2.2

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Os módulos FV deverão ser orientados a 95° L no Trecho 1. No Trecho 2.1, as coberturas terão desvio azimutal de 24° O, e no Trecho 2.2, 50° L, visto que desta maneira os sistemas terão uma maior visualização pelos pedestres. Devido à curvatura, a inclinação dos módulos será variável, sendo em sua maior parte praticamente horizontal, atingindo maiores inclinações somente nas extremidades. Assim, a variação de desvio azimutal apresentará pouca influência em relação ao aproveitamento da irradiação solar. Vale ressaltar que as inclinações apresentadas são suficientes para que os módulos sejam lavados pela água da chuva.

A FIGURA 12 mostra a inclinação máxima de 31° dos módulos das coberturas com 5 m e a FIGURA 13 a inclinação máxima de 34° dos módulos da cobertura com 7 m. A maior parte da cobertura apresenta inclinações bastante próximas a zero.

FIGURA 12 - CORTE DAS COBERTURAS DE 5 M DE COMPRIMENTO.

FIGURA 13 - CORTE DAS COBERTURAS DE 7 M DE COMPRIMENTO (TRECHO 1.2).

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O layout proposto garante que os sistemas das coberturas fotovoltaicas do caminho entre terminais recebam mais do que 80% da máxima irradiação anual disponível para a cidade do Rio de Janeiro, conforme mostra a FIGURA 14.

FIGURA 14 - APROVEITAMENTO DA IRRADIAÇÃO SOLAR DO SISTEMA FV DA COBERTURA DE 7 M DO TRECHO 1

(PIOR CASO).

As coberturas de 5 m de comprimento são compostas por 8 grupos de 3 módulos, com instalação do tipo retrato, com espaçamento de 21 cm entre cada grupo, conforme mostra a

FIGURA 15. Já a cobertura de 7 m de comprimento possui 18 grupos de 3 módulos em layout do tipo retrato, dispostos em três superfícies diferentes, com espaçamento de 15 cm entre cada grupo, conforme mostra a FIGURA 16. É importante ressaltar que, no Trecho 1, 2 desses módulos são dummies, necessários para completar a cobertura.

Para conexão entre módulos, está prevista uma calha metálica centralizada na cobertura de 5 m e duas calhas metálicas no caso da cobertura de 7 m.

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FIGURA 15 - POSICIONAMENTO DOS MÓDULOS FV DAS COBERTURAS DE 5 M DE COMPRIMENTO (VISTA

SUPERIOR).

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FIGURA 16 - POSICIONAMENTO DOS MÓDULOS FV DAS COBERTURAS DE 7 M DE COMPRIMENTO (VISTA

SUPERIOR).

A cobertura do trecho curvo será composta de pilares metálicos como os demais, uma estrutura metálica em treliça e painéis de policarbonato fazendo o fechamento. As medidas gerais estão

apresentadas na FIGURA 17.

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FIGURA 17 – DIMENSÕES GERAIS DO TRECHO CURVO.

5.12. CUBÍCULO/ELETROCENTRO

O cubículo/eletrocentro será responsável por armazenar e proteger o transformador

dedicado ao sistema FV (Citado no item 5.15 desta), quadro geral de baixa tensão e circuitos de

alimentação dos totens e displays informativos, bem como o quadro de distribuição dos

inversores. O cubículo deverá ser metálico, possuir proteção contra intempéries e pintura

adequada para o material utilizado. A estrutura deverá possuir inclinação mínima da cobertura

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para escoamento d’água, porta de entrada e venezianas metálicas para ventilação cruzada do

sistema. O cubículo deverá ser executado em cota ligeiramente acima da cota do terreno, de

maneira a evitar escoamento de água para o local.

Para um apropriado funcionamento dos equipamentos, o eletrocentro deverá possuir um

sistema de ventilação adequado, de forma forçada, buscando manter a temperatura interna

próxima a do ambiente, respeitando a faixa de funcionamento do transformador.

O local deverá possuir iluminação adequada e duas tomadas de serviço para conexão de

equipamentos. Um quadro elétrico independente do sistema FV (QGAIN) deverá ser instalado

para proteção destes circuitos.

A sugestão da disposição do transformador e quadros de distribuição dentro do cubículo está

apresentada na FIGURA 18.

FIGURA 18 - CUBÍCULO/ELETROCENTRO ORIENTATIVO E SUGESTÃO DA DISPOSIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS.

Sugere-se que o eletrocentro seja construído ao lado do Abrigo 2, conforme ilustra a FIGURA 19.

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FIGURA 19 - LOCALIZAÇÃO DO ELETROCENTRO.

5.13. DIAGRAMAS MULTIFILAR E UNIFILAR

A Usina FV possuirá dez inversores de 8,5 kW, com FDIs1 variados, conforme TABELA 5:

TABELA 5 - FATOR DE DIMENSIONAMENTO DOS INVERSORES.

Sistema FDI

Guarita 105,5%

Abrigos 91,4%

Trecho 1 (inversor 1) 114,9%

Trecho 1 (inversor 2) 118,1%

Trecho 2 101,2%

As FIGURA 20, FIGURA 21, FIGURA 22 e FIGURA 23 apresentam o diagrama multifilar da conexão elétrica entre módulos FV e os inversores. A FIGURA 24 ilustra o diagrama unifilar geral da conexão

1 FDI: Fator de Dimensionamento do Inversor, dado pela relação entre a potência nominal do inversor (em kW) e a potência instalada de módulos fotovoltaicos (em kWp).

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entre os sistemas FV com o quadro geral de baixa tensão (QGBT) de entrada da rede elétrica do projeto base.

FIGURA 20 - DIAGRAMAS UNIFILARES DAS CONEXÕES ELÉTRICAS ENTRE MÓDULOS E INVERSORES.

FIGURA 21 - DIAGRAMAS UNIFILARES DAS CONEXÕES ELÉTRICAS ENTRE MÓDULOS E INVERSORES.

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FIGURA 22 - DIAGRAMAS UNIFILARES DAS CONEXÕES ELÉTRICAS ENTRE MÓDULOS E INVERSORES.

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FIGURA 23 - DIAGRAMAS UNIFILARES DAS CONEXÕES ELÉTRICAS ENTRE MÓDULOS E INVERSORES.

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FIGURA 24 - DIAGRAMA UNIFILAR DA CONEXÃO DA USINA FV COM A REDE ELÉTRICA.

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5.14. INTERLIGAÇÃO COM A REDE DA CONCESSIONÁRIA

O ponto de conexão do sistema FV com a rede da concessionária será realizado em baixa

tensão na Caixa de Proteção Geral CPG-1000 (FIGURA 25). A localização do CPG-1000 está

representada no APÊNDICE A.

FIGURA 25 – CAIXA DE PROTEÇÃO PARA INTERLIGAÇÃO DO SISTEMA FV À REDE ELÉTRICA.

Como a tensão de saída dos inversores apresentados no projeto base é de 220/380V, será

necessário a utilização de um transformador (Item 5.15) elevador de 127/220V para 220/380V,

permitindo a conexão do inversor com a rede convencional local.

Maiores detalhes dos requisitos exigidos pela concessionária para conexão do sistema FV

podem ser encontrados na Norma Técnica Light – “Procedimentos para a Conexão de

Microgeração e Minigeração ao Sistema de Distribuição da Light SESA BT e MT – Até Classe 36,2

kV” – Revisão 03 de março de 2016 ou mais atual.

É de responsabilidade da CONTRATADA o fornecimento de todos os componentes exigidos

pela concessionária para esta conexão. Ainda, fica sob responsabilidade da CONTRATADA entrar

em contato com a Light e realizar os trâmites para a conexão do sistema fotovoltaico a ela.

5.15. TRANSFORMADOR DEDICADO AO SISTEMA FV (TRAFO FV)

A aquisição, assim como a alocação e instalação do transformador deverão ser de

responsabilidade da CONTRATADA. A potência nominal do transformador deve ser 200 kVA, valor

adequado para contemplar a potência instalada nesta etapa, bem como na segunda etapa do

projeto. O transformador deve ser a seco, com gabinete de proteção, grau de proteção IP21 e

isolado com isolação galvânica. A relação de transformação deve ser de 220/380V em estrela

para 127/220V em estrela. O regime de operação será de 5 horas consecutivas de operação a

80% da potência nominal e 7h de operação a 60% da potência nominal. O transformador deverá

ter plaquetas de identificação, de metal não corrosível, com as características técnicas facilmente

legíveis, em língua portuguesa. O Trafo FV deverá ser alocado no cubículo, juntamente com os

inversores, protegido das intempéries climáticas diretas.

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5.16. MEDIDOR BIDIRECIONAL

A concessionária promoverá a substituição do medidor de energia por um medidor

bidirecional, sendo a CONTRATADA responsável pela aquisição do medidor indicado pela

concessionária.

5.17. SISTEMA DE AQUISIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS(SAAD)

O Sistema de Aquisição e Análise de Dados (SAAD) é composto por uma estação solarimétrica,

dataloggers, sensores, analisadores de rede e outros componentes acessórios. Os SAAD devem

ser configurados para registrar dados elétricos e ambientais. A estação solarimétrica do SAAD

deve conter no mínimo um piranômetro (sensor de irradiação solar), uma célula de referência e

sensores de temperatura ambiente e temperatura do módulo. Todos estes sensores devem ser

adquiridos pela CONTRATADA. Os sensores do sistema devem possuir as seguintes características

mínimas:

• Sensor de radiação solar global

➢ Tipo de sensor: piranômetro à termopilha (First Class).

➢ Faixa Espectral: 285-2800 nm.

➢ Calibração individual do sensor com protocolo e indicação do valor de calibração.

➢ Incerteza diária: <5%.

➢ Garantia de no mínimo 1 ano para defeitos de fabricação.

• Sensor de radiação solar global

➢ Tipo de sensor: Célula de Referência (Silício Monocristalino).

➢ Calibração individual do sensor com protocolo e indicação do valor de calibração.

➢ Incerteza diária: <5%.

➢ Garantia de no mínimo 1 ano para defeitos de fabricação.

• Sensor de temperatura ambiente

➢ Tipo de sensor: PT100.

➢ Faixa de medição: 0 °C até +110 °C.

➢ Precisão: ±0,5%.

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➢ Índice de Proteção: IP62.

➢ Garantia de no mínimo 1 ano para defeitos de fabricação.

• Sensor de temperatura dos módulos fotovoltaicos

➢ Tipo de sensor: PT100.

➢ Faixa de medição: 0 °C até +110 °C.

➢ Precisão: ±0,5%.

➢ Índice de Proteção: IP65.

➢ Garantia de no mínimo 1 ano para defeitos de fabricação.

Os dados de geração de energia dos inversores, medidor de energia e estação solarimétrica

deverão ser unificados em uma central de dados para emissão de relatórios em formato padrão

.CSV, .XML ou .XLS.

Os protocolos de comunicação do medidor de energia, inversores e estação solarimétrica

devem ser compatíveis e unificados entre eles ou ter protocolos abertos para comunicação,

desde que garantam a interoperabilidade entre estes e outros sistemas.

Para fins de universalização dos dados coletados para a comunidade da UFRJ, o SAAD deverá

ser capaz de exportar dados de forma autônoma e automatizada, em formato customizável pela

UFRJ, no formato .XML, .CSV ou .XLS visando a geração de relatórios gerenciais a partir dos dados

de medição e sensoriamento. Os relatórios poderão ser enviados por e-mail, e disponibilizados

em arquivos de servidores FTP.

A CONTRATADA será responsável pela montagem e configuração de workstation, incluindo

nobreak, para visualização e armazenamento dos dados, devendo garantir que os dados serão

armazenados de forma segura (com backup) e transmitidos com intervalo máximo de 1 (um)

minuto. A contratada deverá disponibilizar também um manual do usuário para todos os

processos descritos. Incluindo assim, um manual para uso do software de coleta,

armazenamento, formatação e envio dos dados. A CONTRATADA ficará responsabilizada pela

conexão da workstation à rede de internet da Universidade.

Deverão estar disponíveis todos os meios (softwares, programas, licenças, etc.) necessários

para que o usuário possa fazer, por conta própria, o download dos dados e informações

armazenadas na memória interna do datalogger, bem como a programação das rotinas de coleta,

armazenamento e transmissão de dados.

No caso de falha de alimentação de energia, o datalogger deve ter a capacidade de ser

programado para reassumir todas as suas funções no momento em que a carga for restabelecida,

sem a perda dos dados e da configuração anterior.

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Durante o período de operação assistida, a CONTRATADA deverá dar todo o suporte

necessário, para que a equipe técnica do Fundo Verde possa assumir o controle do SAAD e da

Workstation.

5.18. WORKSTATION

A aquisição e instalação da Workstation deverá ser de responsabilidade da CONTRATADA e

deverá ser instalada em local a ser definido pelo Fundo Verde. A Workstation deverá possuir as

seguintes características apresentadas na TABELA 6.

TABELA 6 - CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS WORKSTATION

Processador

• 1 (um) processador Intel Quadcore ou Superior;

• 4 (quatro) núcleos ou mais por processador;

• Frequência real de clock interno mínima de 2,20 GHz (Gigahertz);

• Mínimo de 6 MB (Megabytes) de cache por processador ou 1,5

MB (Megabytes) por core (núcleo).

Memória RAM

• Mínimo de 8 GB (Gigabytes), 1 x 8 GB, tipo DDR3 ou superior;

• Velocidade de clock mínima de 1333 MHz (Megahertz);

• RDIMM, DDR3 e Dual Rank;

Disco Rígido

• Padrão SSD ou superior;

• 1 (um) discos iguais com capacidade de armazenamento mínima

de 480 GB (Gigabytes) cada;

• Taxa de transferência de dados de, no mínimo, 6 Gb/s (Gigabits

por segundo;

• Taxa de rotação mínima de 7.200 RPM (rotações por minuto)

para o disco;

• Expansível até 2 discos rígidos.

• Gravações 490 MBs ou Superior

• Leituras: 550 MBs ou superior

Placa Mãe

• Com total suporte às características especificadas para o

processador, memória RAM e disco rígido presentes nesta

descrição;

• Mesmo fabricante do equipamento, não sendo aceito o regime

OEM ou customizações.

Bios

• BIOS do mesmo fabricante do equipamento ou ter direitos

(COPYRIGHT) sobre essa BIOS, não sendo aceitas soluções em

regime de OEM ou customizações;

• Com suporte a ACPI (Advanced Configuration and Power

Interface) e SMBIOS (System Management BIOS);

• Com registro do número de série do equipamento acessível

remotamente via comandos DMI.

Mídia óptica • Não necessário;

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Placa de vídeo

• Placa de vídeo de 32 MB ou superior;

• Memória dedicada de, no mínimo, 32 MB (Megabytes);

• 1 (uma) saída VGA.

Placa de rede

• 1 (uma) Placa de rede On-Board com 1 (uma) interface Gigabit ou

superior;

• A placa deve possuir conectores RJ45;

• Com suporte a jumbo frames;

• Deve suportar as velocidades de transmissão de

10/100/1000Mbps (Megabits por segundo).

Fonte de

alimentação

• 1 (uma) Fonte de alimentação;

• Potência real mínima de 300 W (Watts);

• Deverá suportar as tensões de entrada de 127 V e 220 V, com

ajuste automático.

Gabinete e

acessórios • Gabinete Mini PC (MicroATX);

Monitor LCD

• Tensão de operação: 100~240 Vac;

• Frequência de entrada: 60 Hz;

• Temperatura ambiental de operação: 0~40°C;

• Tela de 17”;

• Compatibilidade com Windows, Sun, Unix e Linux.

Acessórios • Mouse Óptico USB

• Teclado Padrão ABNT2 USB

Acessórios Rack • Bandeja 1U para suporte Monitor/Gabinete com trilhos moveis.

Similar à • Dell Optiplex Mini 3040

O equipamento deve incluir todos os cabos necessários para permitir a interconexão de seus

componentes e os devidos programas para instalação, para o correto funcionamento dos

equipamentos.

5.19. COMUNICAÇÃO

A comunicação do sistema deverá ser realizada por fibra ótica. Todo o projeto de

comunicação será de responsabilidade da CONTRATADA e deverá ser apresentado previamente

para aprovação do CONTRATANTE.

O fornecimento da fibra ótica, adaptadores, conversores e qualquer outro equipamento para

correto funcionamento do sistema de comunicação é de inteira responsabilidade da

CONTRATADA.

5.20. INSTALAÇÃO ELÉTRICA

O projeto elétrico do sistema fotovoltaico deverá ser elaborado com base nas normas

pertinentes e deverá possuir ART cadastrada no CREA-RJ.

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5.20.1. CONDUTORES ELÉTRICOS

Todos os condutores elétricos utilizados devem ser presos adequadamente, utilizando

abraçadeiras plásticas, de maneira a evitar balanços e tensões.

Os condutores devem ser dimensionados respeitando-se as ampacidades máximas

admissíveis. Será admitida uma queda máxima total de tensão de 1% no cabeamento CC como

um todo e de 2,5% no cabeamento CA como um todo.

Os condutores devem possuir seção transversal igual ou superior a 2,5 mm², e devem ter

isolação mínima de 1 kV. Os condutores devem possuir proteção contra intempéries, ser

resistentes a raios UV, não devem propagar chama, e devem ser constituídos de material livre de

halogênio com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos.

Os condutores utilizados no lado em CC deverão ser formados por fios de cobre eletrolítico,

estanhado, tempera mole, encordoamento classe 5. O condutor deverá estar conforme a norma

IEC 60228. O condutor deverá atender as exigências da norma TUV 2Pfg 1169.

5.20.2. CONECTORES

Os conectores CC fazem a conexão elétrica entre os cabos das strings e o cabo principal que

faz o paralelo do circuito. Todas as conexões deverão utilizar conectores MultiContact® tipo MC4.

Em terminações de cabos que não utilizam conectores do tipo MC4, deverão ser utilizados

terminais pré-isolados.

Emendas deverão ser evitadas e, quando necessárias, devem ser realizadas utilizando solda,

fita autofusão e tubo termo retrátil com proteção UV.

5.20.3. INSTALAÇÃO DE CABOS

Os condutores devem ser instalados em locais apropriados. Deve-se garantir que o local

escolhido não acumule água, o que poderia danificar não só os cabos, mas também os conectores.

Todos os condutores devem ser abrigados da incidência UV direta. Deve-se evitar que os cabos

fiquem frouxos ou demasiadamente tensionados e garantir que não sofram estrangulamentos.

Além de protegidos contra a água e a incidência de radiação UV, os cabos devem estar fora

de alcance dos usuários e não devem interferir visualmente na arquitetura e exposição. Devem

correr em eletrodutos, conduletes, eletrocalhas, sobre forros ou dentro de shafts, a critério do

Fundo Verde – UFRJ.

5.20.4. ELETRODUTOS

Em todos os casos, os cabos deverão ser instalados em dutos corrugados em PEAD, de

diâmetro interno adequado. Para interligação entre estruturas metálicas diferentes, inversores,

String Boxes, Quadro de Distribuição e conexão com a entrada, os dutos devem ser enterrados.

Em toda sua extensão, os dutos deverão ser lançados em linha reta, sempre que for possível,

apresentando declividade em um único sentido.

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A profundidade mínima sob calçada deve ser de 30 cm e, sob locais de passagem de veículos,

de 60 cm.

Em locais de passagem de veículos, o duto deverá ser envolvido em nova camada de areia

para o preenchimento dos espaços no interior da vala. Esta camada terá altura de 10 cm acima

da parte superior do duto e deverá ser compactada com cuidado a fim de não danificar nem

deslocar o duto. Sobre esta camada deverão ser colocadas placas de concreto armado de 30 x 60

x 5 (L x C x A). Preferencialmente deve ser utilizado envelope de concreto.

Os dutos deverão ser devidamente vedados em suas extremidades com massa calafetadora

ou espuma expansiva, para evitar a entrada de água, insetos, animais, etc.

5.20.5. CAIXAS DE PASSAGEM

O APÊNDICE A e o APÊNDICE B apresentam os projetos das caixas de passagem instaladas no Terminal de Integração. A CONTRATADA deverá analisar os projetos e as caixas de passagens instaladas para averiguar a viabilidade do uso destas para o cabeamento do sistema FV. Caso seja verificada lotação máxima, a CONTRATADA deve instalar novas caixas de passagem justapostas às já existentes, e com as mesmas dimensões especificadas no APÊNDICE A e no APÊNDICE B. Caso sejam utilizadas as caixas de passagem já existentes no local, as caixas que constam na planilha orçamentária serão excluídas no final da obra.

5.20.6. QUADRO DE PROTEÇÃO CC (STRING BOX)

O sistema FV deverá possuir painéis de proteção do lado de corrente contínua. Cada quadro

deverá possuir fusíveis de modo a proteger individualmente cada uma das strings do gerador FV.

O quadro elétrico CC também deverá possuir dispositivos de proteção contra surtos (DPS), um

para cada MPPT do inversor FV. Caso o inversor já possua uma String Box acoplada, este quadro

de proteção não se fará necessário, pois as proteções já estarão localizadas no próprio inversor.

5.20.7. QUADRO DE MEDIÇÃO E PROTEÇÃO CA

Em seu lado CA, o sistema FV possuirá quadro elétrico, alocado junto ao cubículo do sistema,

possuindo disjuntores, DPS e um medidor de energia e qualidade de rede. A conexão deste

quadro se dará em quadro, que pode ser existente, desde que haja a capacidade e espaço

suficiente para tal adição e possuir DPS, disjuntor de acoplamento e relés de proteção. Caso não

seja possível adicionar ao existente deverá ser projetado novo quadro, este de fornecimento e

responsabilidade da CONTRATADA.

5.20.8. MEDIDOR DE ENERGIA E QUALIDADE DA REDE

O medidor de energia e qualidade de rede, a ser instalado junto ao cubículo do sistema FV

deverá contabilizar toda a energia dos inversores do sistema FV, sendo este redundante à

medição realizada pelo medidor bidirecional do sistema. O medidor deve possuir os seguintes

requisitos mínimos:

• Precisão:

➢ 0,2% para energia ativa.

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➢ 0,5% para energia reativa.

• Medidas:

➢ 64 amostras por ciclo (mínimo).

➢ Correntes (3I) + (IN).

➢ Tensões (3VFN e 3VFF).

➢ Potências (W, var).

➢ Cosseno Ø.

➢ Frequência (Hz).

• Qualidade de energia:

➢ Diagnóstico e relatórios estatísticos de falha de sistema.

➢ SAg´s, Swell, Transitórios, Flicker, Harmônicos, Imbalance.

• Comunicação:

➢ Porta de comunicação serial RS485.

➢ Porta de comunicação RS232.

➢ Porta Ethernet.

5.20.9. DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS (DPS)

Serão exigidos DPS no lado de corrente contínua, entre módulos FV e inversores, e no lado de

corrente alternada entre inversores e rede elétrica. DPS Classe II são normalmente utilizados nos

lados CC e CA do sistema FV. No lado CC, ambos polos devem ser protegidos.

O projeto executivo deverá prever estudo de coordenação entre os DPS do sistema FV e os

DPS utilizados pela UFRJ.

5.20.10. DISJUNTORES

O projeto executivo deverá prever que todas as proteções de baixa tensão em CA deverão ser

do tipo disjuntor termomagnético, manopla de comando frontal, sinalização de posição dos

contatos, dimensionado com capacidade de interrupção de acordo com cada circuito. Os

disjuntores deverão atender às normas IEC 60947-2 e NBR 5410/2004. Todos os inversores

deverão possuir um disjuntor independente para proteção e manobra dos sistemas.

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5.20.11. DISJUNTOR DE ACOPLAMENTO

É obrigatória a existência de um único disjuntor de acoplamento, responsável pelo

paralelismo entre o sistema FV e a rede da LIGHT SESA, não sendo permitida a utilização do

disjuntor de entrada como disjuntor de acoplamento.

O disjuntor de acoplamento deve ser preferencialmente acionado por relés secundários,

inerentes à proteção de interligação, que promovam sua abertura sempre que houver qualquer

tipo de anomalia, tanto no sistema da LIGHT SESA quanto do sistema FV.

Todas as funções de proteção relativas à interligação do sistema FV deverão atuar no disjuntor

de acoplamento, de forma direta, através de energia auxiliar ininterrupta.

O disjuntor de acoplamento deverá ser acionado por um relé secundário onde o

monitoramento das seguintes variáveis elétricas serão obrigatórias:

• 81 O/U: Sobre/sub frequência;

• 32: fluxo inverso;

• 67: Sobrecorrente direcional.

Maiores detalhes dos requisitos exigidos pela concessionária para conexão do sistema FV

podem ser encontrados na Norma Técnica Light – “Procedimentos para a Conexão de

Microgeração e Minigeração ao Sistema de Distribuição da Light SESA BT e MT – Até Classe

36,2kV” – Revisão 03 de março de 2016 ou mais atual.

5.20.12. ATERRAMENTO

A Usina FV deverá possuir malha de aterramento. A CONTRATADA deverá realizar o projeto e

a execução do sistema de aterramento. Os critérios de dimensionamento devem satisfazer as

condições de continuidade elétrica, tensões de contato/passo, temperatura dos condutores e

proteção contra contatos indiretos estabelecidos na norma NBR 5410.

Essa malha deverá ser interligada a um Barramento de Equipotencialização Principal – BEP,

localizado no cubículo do sistema FV.

Todo o sistema de aterramento e equipotencialização deverá ser feito através de cabo de

cobre nu, de seção nominal mínima de 50 mm², enterrado a pelo menos 50 centímetros de

profundidade.

Todas as emendas dos cabos do sistema de aterramento deverão ser feitas, obrigatoriamente,

através de solda exotérmica, exceto no interior das caixas de inspeção de aterramento, as quais

deverão ser feitas através de conector de pressão, que possibilite a desmontagem através de

ferramenta, para fins de medição.

Deverão ser instaladas hastes de aterramento no interior das caixas de inspeção de

aterramento, constituídas de aço SAE 1010/1020, com camada de cobre de 0,254 milímetros,

3/4" x 2.40 metros.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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5.20.13. EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

Todos os componentes do sistema incluindo, estruturas metálicas, inversores, módulos FV,

etc., deverão ser solidamente equipotencializados e interligados à malha de aterramento.

5.20.14. IDENTIFICAÇÃO DO SISTEMA

Todos os componentes do sistema FV deverão ser devidamente rotulados e identificados,

dentre eles:

• Identificação do sistema FV.

• Identificação de todos os circuitos, dispositivos de proteção, chaves e terminais.

• Identificação de todas os quadros de conexão CC.

• Identificação das principais chaves de isolação CA.

5.21. SOBRESSALENTES

O sistema FV deverá possuir os seguintes quantitativos mínimos de peças sobressalentes:

• Mínimo de 20 módulos de silício policristalino FV;

• Mínimo de 35 módulos FV flexíveis da tecnologia CIGS;

• Mínimo de três inversores;

• Mínimo de um alicate de crimpagem MC4, incluindo kit para desconectar conectores e

conjunto de 20 pares de conectores.

5.22. FIXAÇÃO DOS INVERSORES E CAIXAS ELÉTRICA

Todos os inversores e string boxes, deverão ser fixados dentro de caixa externa, fixada em base a ser chumbada próximo ao sistema instalado, devendo a CONTRATADA respeitar os espaçamentos mínimos exigidos pelo fabricante do equipamento.

5.23. CERCA

Em torno da Estação de Integração da UFRJ, deverá ser instalada uma cerca, conforme

apresentado no APÊNDICE C. A CONTRATADA deve avaliar o projeto e realizar qualquer adequação que

seja necessária para a instalação desta cerca, tal que ela não comprometa a estrutura do sistema

fotovoltaico, especialmente no trecho curvo e no trecho 2.2, no qual a cobertura fotovoltaica de ligação

entre os terminais se conecta ao abrigo de ônibus A4. Ainda, neste trecho em que há cerca e cobertura

fotovoltaica, a cerca deve ficar atrás da estrutura de suporte de maior altura da cobertura fotovoltaica de

ligação entre os terminais.

6. PROJETO EXECUTIVO

O Projeto Executivo deve apresentar os elementos necessários para a implantação do projeto

de instalação do sistema fotovoltaico, incluindo as ações de execução da obra, materiais e

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equipamentos a serem utilizados, e documentação técnica necessária para posterior operação e

manutenção.

Sua leitura deve permitir o perfeito entendimento do que será realizado para a implantação

do projeto, contemplando Memorial Descritivo, Desenhos em AutoCAD, Detalhes Típicos,

Fluxogramas, Diagramas Unifilares, Diagramas Multifilares, Desenhos Esquemáticos,

Especificações Técnicas dos Equipamentos e os Cronogramas Físico e Financeiro.

Para o detalhamento das alternativas a serem implantadas, deverão ser levados em conta

todos os aspectos técnicos necessários, incluindo normas e legislação vigentes, bem como a

característica do serviço com relação à viabilidade de manutenção, principalmente as corretivas

que envolvem substituição de componentes.

A CONTRATADA deverá elaborar o Projeto Executivo de um sistema fotovoltaico com potência

mínima de 77,66 kWp, no âmbito do qual serão fornecidos, em versão digital e impressa:

• Listagem dos equipamentos e materiais componentes do sistema fotovoltaico, informando

marca, modelo e especificações técnicas, e fornecendo catálogos.

• Planta geral do local com a locação dos módulos fotovoltaicos e disposição das salas

elétricas correspondentes.

• Plantas detalhadas de locação de todos os equipamentos, componentes do SAAD, inclusive

CDs com programas para instalação e/ou acesso aos dados medidos.

• Diagramas unifilares e trifilares do sistema fotovoltaico, contendo:

➢ Conexões elétricas entre módulos FV.

➢ Conexões elétricas entre módulos fotovoltaicos e inversores.

➢ Conexões entre inversores e rede elétrica.

➢ Conexão entre o sistema fotovoltaico e o SAAD.

• Diagramas unifilares do sistema de aquisição de dados (SAAD), contendo conexões de cabos

de dados e de energia, assim como conexões dos sensores.

• Detalhamento do cubículo dos inversores, contendo disposição dos inversores, janelas,

portas, eletrocalhas e/ou eletrodutos e outros itens pertinentes.

• Projeto elétrico com dimensionamento de todos os componentes do sistema fotovoltaico,

tais como condutores, sistemas de proteção, sistemas de medição, disjuntores,

seccionadores, etc.

• Projeto estrutural da fixação dos módulos fotovoltaicos, e do reforço estrutural dos abrigos

dos ônibus conforme APÊNDICE D.

• Simulação Sistema Fotovoltaico.

➢ Uso de software e de programas de simulação (deverão ser utilizadas ferramentas

computacionais reconhecidas no mercado nacional e internacional).

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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➢ Avaliação dos resultados da simulação.

➢ Simulação de sombreamentos.

• Projeto de segurança contendo sinalização de alerta quanto aos riscos nas instalações do

local.

• Cronograma de execução dos trabalhos, em um software especializado em gestão de

projetos em equipe.

• Memória de cálculo de todos os projetos apresentados.

Todas as informações apresentadas no Projeto Executivo devem estar em português e seguir

as normas brasileiras em vigor para o setor elétrico e segurança.

A CONTRATADA deverá fornecer ao Fundo Verde - UFRJ, previamente ao comissionamento,

os Manuais de Operação e de Manutenção, desenhos em revisão “Como Construído” (“as built”).

Todos esses documentos serão fornecidos pela CONTRATADA em 5 (cinco) vias impressas e 5

(cinco) cópias em meio digital (CD ou DVD).

6.1. CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO

A PROPONENTE deverá prever em sua proposta os seguintes itens:

• Execução das obras civis necessárias (reforço estrutural dos abrigos dos pontos de ônibus,

instalação e nivelamento de estruturas metálicas para fixação dos módulos fotovoltaicos,

adequação das salas elétricas dos inversores, etc.), atendendo aos esforços impostos pelas

condições de vento local, e respeitando o limite de sobrecarga das estruturas metálicas.

• Construção das instalações físicas do sistema fotovoltaico, compreendendo: instalações

elétricas (canaletas, cabos, etc.), equipamentos de combate ao fogo e proteção individual.

• Verificação das subestações para conexão.

• Instalação dos módulos fotovoltaicos e dos inversores.

• Instalação do SAAD e Workstation.

• Conexão do sistema fotovoltaico à rede da concessionária local.

6.2. CRONOGRAMA

O período de implantação do sistema FV terá prazo de 270 dias para sua conclusão, este período não inclui o processo técnico administrativo perante a LIGHT a fim de conectar o sistema fotovoltaico na rede elétrica. Neste prazo deverá ser contabilizado o período de comissionamento do gerador FV, que deverá ser realizado por um instituto/empresa independente não vinculado à empresa CONTRATADA. Na FIGURA 26 encontra-se um cronograma detalhado com as atividades e tempo requerido para cada etapa.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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FIGURA 26- CRONOGRAMA COM AS ATIVIDADES E TEMPO REQUERIDO PARA CADA ETAPA.

6.3. GARANTIAS

6.3.1. Garantia da instalação

A CONTRATADA obriga-se a garantir os serviços executados contra qualquer defeito de mão-

de-obra e/ou estrutura, pelo prazo de 05 (cinco) anos, contados de seu recebimento final pelo

Fundo Verde - UFRJ, conforme disposto no artigo 618 e seguintes da Lei 10.406 de 10/01/2002

(Código Civil). O término do prazo de garantia não prejudica ou diminui a responsabilidade da

CONTRATADA pelas perdas e danos que acarretar.

A CONTRATADA obriga-se a garantir os materiais e equipamentos fornecidos e instalados

contra qualquer defeito de fabricação, bem como garantir o desempenho dos equipamentos,

pelos respectivos prazos específicos definidos neste CONTRATO, conforme disposto no artigo 618

e seguintes da Lei 10.406 de 10/01/2002 (Código Civil). O término do prazo de garantia não

prejudica ou diminui a responsabilidade da CONTRATADA pelas perdas e danos que acarretar.

6.3.2. Garantia de taxa de desempenho (Performance Ratio, PR)

A Taxa de Desempenho (Performance Ratio - PR) é definida como a razão entre a produção

real de energia de um sistema solar fotovoltaico e a geração estimada caso não houvesse perdas

no sistema. O PR é um indicador da saída real do sistema em comparação com um sistema ideal.

Este coeficiente visa quantificar o efeito global das perdas na produção de energia devido a

perdas do inversor CC/CA, de sombreamento, sujeira, coeficientes de temperatura, mismatching,

entre outros.

A CONTRATADA deverá informar no Projeto Executivo a estimativa da PR da Usina FV, em

relação à irradiação no plano dos módulos, para o início de operação do sistema FV durante testes

de comissionamento (PR0) e durante o fim do primeiro ano de operação (PR1). Os valores de PR0

e PR1 deverão ser iguais ou superiores a 80%. A CONTRATADA deverá fornecer o detalhamento

de cálculo dessas estimativas. Os valores de PR0 e PR1 devem ser calculados, de forma

simplificada, como segue:

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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𝑃𝑅𝑡 = 𝐸𝑡

𝑃𝑜×

𝐺

𝐻𝑡

onde:

t = ano considerado;

PRt = Taxa de desempenho [%] para o ano “t”;

Et = Energia gerada [kWh] pelo sistema fotovoltaico para o ano “t”, em corrente alternada;

Po = Potência nominal total do sistema fotovoltaico [kWp];

G = Irradiância de referência [1000 W/m2];

Ht = Irradiação sobre o plano dos módulos para o ano “t” [Wh/m2], calculada a partir dos

valores de irradiância [W/m2] medidos pelos piranômetros que compõem o SAAD do sistema

fotovoltaico.

Caso os valores de PR0 e/ou de PR1, calculados com base no banco de dados conforme

metodologia acima, sejam inferiores a 80% a CONTRATADA deverá justificar e/ou corrigir os

prováveis defeitos a fim de atingir o valor indicado.

6.4. COMISSIONAMENTO

O comissionamento compreende o conjunto de inspeções, serviços técnicos e testes de

campo a serem efetuados no sistema gerador objeto desta licitação, de acordo com as

especificações detalhadas nesta Especificação, sob total responsabilidade e às expensas da

CONTRATADA. O Comissionamento em campo, no entanto deverá ser realizado por um

instituto/empresa independente não vinculado à empresa CONTRATADA e aprovado pelo Fundo

Verde. O comissionamento compreende a realização das seguintes atividades, sem prejuízo de

outras atividades que venham a ser definidas de comum acordo entre as partes, estabelecidos

pela ABNT NBR 16274.2014:

• Imediatamente após a elaboração do projeto executivo, elaboração do cronograma de

trabalho contendo as tarefas e respectivos prazos de execução, de modo que todos os

procedimentos, testes e demais tarefas relacionadas ao comissionamento sejam concluídos

previamente à data de início de operação comercial.

• Elaboração dos Manuais e Planilhas de Testes e demais documentos pertinentes ao

comissionamento, conforme ABNT NBR 16274.2014, e outras normas aplicáveis,

submetendo-os à aprovação do Fundo Verde - UFRJ.

• Elaboração e fornecimento de um caderno de especificações para a UFRJ licitar a

contratação de uma empresa para a realização da manutenção do sistema fotovoltaico,

após finalização do contrato.

• O Fundo Verde - UFRJ deve fiscalizar a realização dos testes de comissionamento, cujos

resultados serão submetidos à sua aprovação.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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• O Fundo Verde - UFRJ terá o direito de solicitar, e ser atendida em prazo razoável, a

repetição dos testes de comissionamento cujos procedimentos de execução não atendam

ao disposto nesta Especificação e/ou ao planejamento desses testes.

• Independentemente de os testes de comissionamento não ocorrerem no período previsto

no cronograma de trabalho, a CONTRATADA se obriga a concluir todos os fornecimentos e

serviços definidos nesta Especificação que não sejam específicos do comissionamento,

conforme a cronologia estabelecida.

• Para que os serviços de comissionamento sejam considerados concluídos será necessário

o correto preenchimento das fichas de controle desses serviços, a serem desenvolvidas

pela CONTRATADA e aprovadas pelo Fundo Verde - UFRJ.

6.4.1. TESTES DE ISOLAMENTO, CURVA IXV E TERMOGRAFIA DO SISTEMA FV

• Deverá ser realizada inspeção visual das estruturas metálicas, módulos, conectores e

quadros elétricos.

• Deverá ser realizado teste de isolação em todas as strings e quadros elétricos do sistema.

• Mediante a uma câmera termográfica, e com o gerador fotovoltaico operando

normalmente (conectado à rede) deve ser observada a temperatura dos módulos

fotovoltaicos, registrando a diferença de temperatura entre a célula mais quente e a mais

fria, e também qualquer temperatura absoluta próxima ou maior que 100 °C. As condições

para que as observações sejam consideradas válidas são:

· A irradiância incidente deve ser maior que 750 W/m².

· A variação da irradiância durante os 10 minutos anteriores à obtenção da

termografia deve ser menor do que 20%.

· Deve ser realizada também avaliação termográfica dos quadros elétricos.

• Deverão ser testados 4 módulos selecionados aleatoriamente. O teste será feito sem

desmontar os módulos da estrutura de suporte, simplesmente serão desconectados do

gerador FV. Serão obtidas as curvas I-V dos módulos testados mediante uma carga

capacitiva, de tal forma que o tempo de carga do capacitor não seja inferior a 20 ms.

• Deverão ser obtidas ainda as curvas I-V de todas as strings do sistema individualmente. As

condições para que os resultados dos testes sejam válidos são:

· Irradiância incidente maior que 700 W/m².

· Temperatura ambiente menor que 40 °C.

· Velocidade do vento inferior a 5 m/s.

• Devem ser realizados, ainda, testes de tensão, polaridade e resistência de isolamento de

cada string.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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6.5. PERFORMANCE RATIO

O princípio do teste consiste em observar durante a operação real do sistema a energia

efetivamente fornecida à rede elétrica e comparar com a energia máxima que poderia ser

fornecida. O período de registro deve englobar desde o nascer até o pôr do sol e os valores de

irradiação solar registrados com periodicidade menor que 1 minuto.

Durante o teste deve ser evitada qualquer ação que afete o grau de limpeza dos módulos FV

e piranômetros ou células de referência.

Ao final do teste deve ser plotado gráfico das medições de Performance Ratio em função da

irradiância solar bem como apresentada a Performance Ratio média do sistema.

6.6. CARACTERIZAÇÃO DE INVERSORES

• A avaliação consiste em realizar a medição da eficiência do inversor em relação à carga. A

eficiência do inversor é definida pela capacidade de conversão de energia CC em CA. Deve-

se utilizar analisador de energia medindo a tensão CC, a corrente que alimenta a entrada

do inversor, a corrente de saída e as três tensões CA de fase.

• Deve-se avaliar a curva de eficiência medida para diferentes níveis de carregamento do

inversor e comparar com a curva de eficiência apresentada pelo fabricante.

• Deve-se realizar a medição de eficiência para apenas um inversor FV do sistema, já que

todos os inversores deverão ser de mesmo modelo e fabricante.

6.7. SERVIÇOS PÓS - COMISSIONAMENTO

Após o comissionamento dos sistemas os seguintes serviços serão realizados:

• Visitas Programadas:

➢ Visitas organizadas pela CONTRATADA e acompanhadas pelo Fundo Verde - UFRJ

deverão ocorrer nos prazos de 6 (seis) e 12 (doze) meses contados a partir da conclusão

do comissionamento, admitindo-se uma tolerância de 5 (cinco) dias a mais ou a menos.

Nestas visitas deverão ser realizadas manutenções preventivas, atualização dos

conhecimentos de operação e manutenção das equipes do Fundo Verde - UFRJ, reparos

caso necessário e atualização dos conhecimentos sobre a utilização do sistema de

geração e distribuição de energia. A CONTRATADA deverá elaborar um relatório parcial

e um final consolidando as informações apuradas e os eventos constatados nessas

visitas, bem como as eventuais melhorias a serem implementadas no projeto,

ressaltando os benefícios para o projeto do sistema fotovoltaico objeto desta

Especificação e futuros projetos similares advindos dessa atividade.

• Operação Assistida

➢ A operação assistida poderá ser realizada à distância por telefone, e-mail ou vídeo

conferência e durante o período de 12 (doze) meses contados a partir da conclusão e

aprovação do comissionamento do sistema fotovoltaico por parte do Fundo Verde –

UFRJ.

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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➢ As atividades de operação assistida ocorrerão diariamente, realizadas pela

CONTRATADA de modo a identificar eventuais problemas que possam prejudicar o

desempenho do sistema fotovoltaico e equacioná-los no prazo máximo de 5 (cinco) dias

úteis.

➢ Ao longo do período, a CONTRATADA deverá elaborar relatórios mensais contendo os

seguintes parâmetros: Radiação Solar (kWh/m2), Energia Gerada (kWhCC), Energia

Gerada (kWhCA), Fator de Capacidade (%), Performance Ratio (%), Produção Específica

(kWh-mês/kWp) e Eficiência dos Inversores (%), segundo modelo fornecido pelo Fundo

Verde – UFRJ. Nestes relatórios também será avaliada a experiência adquirida, análise

do funcionamento dos inversores, intercorrências, bem como as eventuais melhorias a

serem implementadas nos procedimentos de operação assistida adotados, ressaltando

os benefícios para a gestão do sistema fotovoltaico objeto desta Especificação e futuros

projetos similares advindos dessa capacitação.

• Manutenção Corretiva

➢ Durante o período de 48 (quarenta e oito) meses a partir da conclusão e aprovação do

comissionamento do sistema fotovoltaico por parte do Fundo Verde - UFRJ, quando este

apresentar algum problema técnico ou quando requerido pela equipe do Fundo Verde -

UFRJ, a CONTRATADA deverá realizar a manutenção corretiva necessária no prazo

máximo de 5 (cinco) dias. Para atendimento deste prazo, peças sobressalentes e

auxiliares adquiridas neste CONTRATO poderão ser utilizadas pela CONTRATADA para a

realização da manutenção corretiva nesse período, devendo a CONTRATADA realizar

reposição correspondente das referidas peças.

Os dados e informações relativos aos serviços pós-comissionamento deverão ser registrados

pela CONTRATADA e Fundo Verde - UFRJ em planilhas de acompanhamento desenvolvidas pela

CONTRATADA e aprovadas pelo Fundo Verde - UFRJ.

Na hipótese de ocorrer reparo ou substituição de peças ou equipamentos sob garantia, o

prazo máximo de sua devolução ao local de instalação, por parte da CONTRATADA, será de 45

(quarenta e cinco) dias.

A CONTRATADA deverá ainda assegurar pelo período mínimo de 1 (um) ano a continuidade

de funcionamento do sistema fotovoltaico em sua totalidade.

Durante a etapa de pós-comissionamento, todas as despesas com a retirada, transporte,

devolução, reinstalação no local de uso e demais eventos relacionados caberão exclusivamente à

CONTRATADA.

6.8. TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO

No período de operação assistida, a CONTRATADA deverá providenciar, ainda, o treinamento

que deverá nivelar e habilitar o pessoal da operação e manutenção do sistema fotovoltaico a

acompanhar a execução dos testes, capacitando-os na participação efetiva e se necessário na

Page 59: PROJETO SOLAR DESENVIXfundoverde.ufrj.br/images/projetos_img/2019.07.01_ET_SFV...2019/07/01  · Title PROJETO SOLAR DESENVIX Author Lais Crispino Created Date 2/11/2020 11:18:37 AM

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E PROJETO BÁSICO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO – FUNDO VERDE - UFRJ

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verificação de todos os passos, bem como executar com eficácia a operação, manutenção e

programação dos equipamentos fornecidos, tanto em hardware quanto em software.

Os custos e despesas dos instrutores requeridos para a completa execução do(s) programa(s)

de treinamento deverão estar incluídos no preço total do contrato, que deverá prever também

todas as despesas referentes a passagens, hospedagens, etc.

A CONTRATADA deverá fornecer os materiais didáticos e equipamentos necessários que

possibilitem ministrar aulas teóricas e práticas.

A CONTRATADA deverá prever para o treinamento um número de 10 (dez) pessoas, as quais

estarão incluídas no preço do Contrato. Deverá ser usado um sistema audiovisual de projeções

ou outro que a CONTRATADA julgar mais apropriado, desde que aprovado por escrito pelo Fundo

Verde - UFRJ.

Todos os treinamentos deverão ser ministrados em língua portuguesa, todos os materiais e

manuais deverão ser em português mesmo que os equipamentos, hardware e software, sejam

importados, sendo um para cada participante, em versão impressa e digital.

A CONTRATADA e o Fundo Verde – UFRJ deverão, de comum acordo, indicar o local e data do

treinamento, o qual será realizado numa única oportunidade.

7. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

A CONTRATADA concorda que obteve antecipadamente todas as informações

complementares a esta especificação e, portanto, entregará os relatórios dentro dos padrões

existentes e exigidos pelo Fundo Verde - UFRJ.

No caso de dúvidas no escopo, deverá ser solicitado esclarecimento junto ao Fundo Verde -

UFRJ. Qualquer informação divergente nos documentos listados deverá ser apresentada ao

Fundo Verde - UFRJ para que seja esclarecida formalmente.