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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP
1 APRESENTAÇÃO
1.1 ASPECTOS LEGAIS E FUNDAMENTAÇÃO
Este documento destina-se a explicitar o Projeto Político Pedagógico do
Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola de Toledo, Ensino Médio e
Profissional Integrado, internato e semi-internato.
O Projeto Político Pedagógico consiste num processo de contínuo
conhecimento e análise da realidade escolar, em suas ações concretas, em busca
de alternativas para a solução de problemas e tomada de decisões, possibilitando a
revisão dos planos de avaliações dos trabalhos, dos avanços, aprimoramento das
metodologias que permeiam o processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com o art. 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Lei n.º 9394 de 20 de dezembro de 1996, a escola tem autonomia, nos termos das
diretrizes das normas emanadas pelos órgãos executivo e normativo de cada
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sistema de ensino, para elaborar o seu Projeto Político Pedagógico, ou o PPP.
Seguindo as propostas curriculares do Curso Técnico em Agropecuária, de forma
integrada ao Ensino Médio, conforme as orientações e política para a Educação
Profissional, definida pela Secretaria de Estado da Educação, em consonância com
as normas e as diretrizes nacionais para a Educação Profissional de nível técnico.
O Projeto Político Pedagógico explicita o papel sócio-histórico da
comunidade escolar, define sua postura diante da realidade, propõe caminhos,
formas e ações a serem empreendidas, apontando um rumo, uma direção, um
sentido, um compromisso estabelecido coletivamente.
Seu processo de construção envolve crenças, convicções, sentimentos e
anseios próprios da subjetividade humana, também os conhecimentos práticos e
teóricos da comunidade escolar. Se embasa nos princípios teóricos que consideram
a ciência a tecnologia, o trabalho e a cultura, as relações sociais e o processo de
ensino e aprendizagem como categorias indispensáveis, portanto, inerentes à
formação de todo cidadão que conclui curso de nível médio.
Tem-se, ainda, a perfeita relação entre teoria e prática, a práxis, como eixo
organizador das atividades de ensino, objetivando a formação omnilateral do
educando, e que com base nos ideais coletivos, se possa atingir, respaldados em
boas práticas e referenciais teóricos, à novas e avançadas teorias e práticas,
contribuindo para a mudança dos atuais paradigmas consumistas e que degradam a
cultura humana e os ecossistemas do planeta.
O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola de Toledo adota
também uma concepção de Educação Profissional alinhada ao trabalho como
princípio educativo, que considera o homem em sua totalidade histórica e sua
articulação entre trabalho manual e intelectual, presentes no processo produtivo
contemporâneo. Caracteriza-se este PPP, como uma proposta de integração e,
tendo como objetivo específico a formação profissional humana, que se faz em um
processo de construção social, e que, ao mesmo tempo, qualifique o cidadão e o
eduque em bases científicas, de forma ética e política, para compreender a
tecnologia social, e que estabeleça relações sócio-históricas de poder e, com base
nisto, atue profissionalmente.
O princípio norteador que organiza a educação profissional integrada ao
ensino médio, neste setor, é o de propiciar aos educandos o domínio dos
fundamentos científicos e das técnicas diversificadas utilizadas na produção
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agropecuária. Aqui, a educação é entendida como um direito social básico e
universal, de importância fundamental para a construção de uma nação autônoma,
soberana e solidária na relação consigo mesma e com outras nações. Além disso,
tem como um dos principais pressupostos o atendimento aos requisitos do modelo
de desenvolvimento sustentável, que eleve a manutenção do emprego e do bem-
estar social, que torne efetiva a regulação da proteção ambiental e altere os padrões
atuais de produção e consumo.
O princípio de que a atividade é o primeiro modelo de mediação dialética
entre o homem e o objeto a ser investigado, e que a apropriação social do
conhecimento assim produzido é que lhe confere significado ao longo da história,
está no fundamento do método que define, para Gramsci, a escola ativa e criadora.
Na base da escola ativa está o princípio de que a realidade é conhecida somente na
medida em que se reproduz no pensamento e adquire significado. Essa é, então, a
essência do aprendizado: a construção e internalização de significados, pelos
sujeitos históricos, sobre a realidade objetiva experienciada, e representada na
forma de conceitos teóricos e práticos.
1.2 FINALIDADES
Conforme o artigo 3º da Lei n.º 9394/96, o ensino será ministrado com base
nos seguintes princípios:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público;
IX. garantia de padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extracurricular;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
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O Colégio encontra-se inserido numa sociedade, onde o educando portador
de inúmeras experiências extraescolares, precisa ser valorizado para que o
processo de ensino e aprendizagem efetivamente se realize. Por isso mesmo a
educação escolar, o trabalho e as demais práticas sociais mantém entre si uma
íntima vinculação, que o estabelecimento deve levar em consideração para cumprir
sua função social.
“A educação (...) tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
É considerado, também, que ninguém aprende a trabalhar utilizando apenas
cadernos, livros, lápis, giz e outros materiais didáticos semelhantes. É necessário
que o Colégio ofereça condições de aprendizagem adequadas às atividades da
região em que se localiza e de acordo com os objetivos do curso escolhido.
Em relação aos objetivos e às finalidades da Educação Básica, destaca-se a
Educação Profissional, Científica e Tecnológica, como estratégia para o
desenvolvimento tecnológico e autônomo do país, a qual caracteriza-se pelos
princípios gerais:
a) comprometer-se com a redução das desigualdades sociais;
b) assumir que o desenvolvimento humano social e econômico é
fundamental;
c) incorporar a educação básica como um direito garantido;
d) comprometer-se com uma escola pública de qualidade.
Para tanto, impõe-se o comprometimento e o respeito às propostas de
formação dos profissionais da educação que vêm sendo vivenciadas, neste Colégio,
nas demais escolas, e no movimento social dos educadores. Torna-se
indispensável considerar, debater e reconhecer os fundamentos lógicos e teóricos,
os debates acadêmicos, as experiências e inovações pedagógicas, curriculares, de
laboratórios e de saberes produtivos que vêm sendo acumulados ao longo da
existência humana.
O presente documento está em permanente construção, espelhando
reflexões e discussões, constatação e análise dos resultados práticos, com a
participação da equipe de professores, da equipe administrativa, da equipe
pedagógica, dos funcionários em geral, pais, educandos e representantes da
comunidade, e constitui-se num processo participativo de decisões, para
organização do trabalho pedagógico.
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2 INTRODUÇÃO
2.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO
Colégio Agrícola Estadual de Toledo, oferta o Curso Técnico em Agropecuária
Integrado ao Ensino Médio, está localizado na Zona Rural do Município de Toledo,
Estado do Paraná.
Nome: Colégio Agrícola Estadual de Toledo
Endereço: Estrada da Usina -KM 05
Bairro: Estrada Narciso Antônio Casarotto, 1911 – Jd Panorama.
CEP: 85.900-970
Fone: (0xx45) – 32781956
Email: [email protected]
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Tem o código cadastral de número 1990, do Município de Toledo. É uma
dependência administrativa Estadual, vinculado ao Núcleo Regional de Educação de
Toledo, sob código de número 02.
A Entidade Mantenedora é o Governo do Estado do Paraná, autorizado pela
Resolução nº 710/92-SEED, de 13/03/92.
O Regimento Escolar foi aprovado através do Ato Administrativo de
04/12/2007, do NRE/Toledo.
2.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA
DE NÍVEL MÉDI0
O Ensino Agropecuário no Brasil surgiu em 1910, tendo sua origem através
do Ministério da Agricultura, e somente em 1946 pela Lei n.º 9.613/4, através da Lei
Orgânica de Ensino Agrícola, ficou definitivamente institucionalizado como Ensino
Agrícola através de Escolas de Iniciação Agrícola – para ministrar o ensino nas 1ª e
2ª séries do 1º ciclo, concedendo ao concluinte certificado de Operário Agrícola.
Paralelamente às reformas administrativas que aconteciam na instância
Federal, ocorreram reformas administrativas em nível Estadual, quando, em 1972, o
Governo do Estado do Paraná transfere para o Departamento de Ensino de 2º grau
da Secretaria de Estado da Educação e Cultura, o Departamento de Ensino Agrícola
da Secretaria de Estado da Agricultura.
Com o advento da Lei 5.692/71, os Colégios Agrícolas e os Ginásios
Agrícolas passaram a ofertar o curso Técnico em Agropecuária, conforme normas
aprovadas pelo Conselho Estadual de Educação, em 1973.
2.3 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
Em Toledo, o a Escola Agrícola Municipal Helmuth Priesnitz, Ensino de 1º
Grau, foi criada em 23/12/87, através do Decreto Municipal n.º 178/87, da Prefeitura
do Município de Toledo, funcionando em prédio próprio e dispondo de uma área total
de 49.526 m2. A então Escola Agrícola Helmuth Priesnitz seguia o modelo básico de
escolas de ensino de 5ª à 8ª séries do Sistema Estadual de Ensino, com pré-
qualificação em Agropecuária, modelo este implantado pelo Ministério da Educação,
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através da COAGRI - Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário,- oferecendo
aos educandos conhecimentos teórico-práticos que visavam contribuir para a fixação
do homem ao campo.
Desde o início do seu funcionamento, a Escola teve uma grande aceitação,
de forma que a procura por matrículas teve ultrapassado o número de vagas
oferecidas anualmente. No ano de 1994, houve uma procura de 145 educandos para
matrícula na 5ª série, sendo necessária a realização de exame de seleção, pois a
escola dispunha na época, de apenas 70 vagas. Diante disso e para melhor cumprir
seus objetivos, a Escola Agrícola, como ficou conhecida, destinava 90% das 60
vagas anuais aos educandos residentes na área rural do interior do Município, cujas
famílias eram proprietárias de áreas rurais ou se dedicavam de alguma forma à
produção agropecuária. As vagas restantes eram preenchidas por outros
estudantes, que geralmente residiam na sede do Município.
A partir da nova LDB, Lei Federal n.º 9.394/96, que estabeleceu as novas
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e da promulgação do Decreto 2.208/97,
houve mudança no panorama da oferta da Educação Profissional técnica de nível
médio no país.
O Decreto Federal nº. 2.208/97 e o Programa de Melhoria e Expansão da
Educação Profissional (PROEP), que deram materialidade à reforma da Educação
Profissional, trouxeram como conseqüência a fragmentação da Educação
Profissional, destacando o conceito de competências que se aproxima do conceito
de saber tácito.
Por sua vez, o Conselho Nacional de Educação definiu, através do Parecer
CNE/CEB n.º 16/99, as novas Diretrizes Curriculares da Educação Profissional
Técnica de Nível Médio, e estabeleceu a separação do antigo 2.º Grau, passando a
denominar-se Ensino Médio, enquanto a Educação Profissional passou a ser um
Ensino Subsequente ao Ensino Médio. Assim, quem pretendia formação profissional
de nível técnico, deveria concluir o Ensino Médio ou fazê-lo concomitantemente.
Nesta visão, o Ensino Médio e a Educação Profissional eram consideradas
estanques ou duas modalidades de educação que não se articulavam.
Em consequência, novos ajustes foram feitos na concepção de Educação
Profissional e do Ensino Médio, integrados e pela contestação da concepção
estanque prevista pelo Decreto Federal n.º 2.208/97.
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Com esta preocupação, o Estado do Paraná saiu na vanguarda das normas
que vieram com o Decreto Federal n.º 5.154/04, onde a reformulação curricular dos
cursos técnicos passou a ser organizada na forma integrada e subseqüente. O
Decreto Federal nº 5.154, de 23 de julho de 2004, que regulamenta o § 2º do art. 36
e os artigos 30 a 41 da Lei nº 9.394, de 20/12/1996, fez com que o Estado do
Paraná, através do Departamento de Educação Profissional da SEED, disseminasse
e elegesse como modalidade de Educação Profissional, os cursos técnicos
INTEGRADOS ao Ensino Médio, mantendo apenas excepcionalmente os cursos
Subsequentes ao Ensino Médio para os já egressos do Ensino Médio ou cursos
equivalentes.
Assim, em 2004, inicia-se a implantação de cursos de Educação Profissional
em nível técnico, com organização curricular integrada à formação geral, em 15
(quinze) Colégios Agrícolas ou Florestais, que ofertavam cursos do setor primário e
área agropecuária/florestal, buscando um sistema educacional que congregasse a
educação básica unitária e de qualidade para todos.
Em Toledo, com a estadualização da antiga Escola Agrícola Helmuth
Priesnitz, para Colégio Agrícola Estadual de Toledo, também se implantou
gradativamente neste Estabelecimento o Curso Técnico em Agropecuária Integrado
ao Ensino Médio.
A partir de 12 de agosto de 2011, a Resolução nº 3.469/11 do Conselho
Estadual de Educação e parecer nº 2.175/11, da Coordenação de Estrutura e
Funcionamento cessam definitivamente as atividades escolares do ensino
fundamental passando a ofertar somente o Ensino Médio Integrado e Profissional, e
adéqua a nomenclatura que, conforme a deliberação 03/98 – CEE, passa a
denominar-se Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola de Toledo, Ensino
Médio Profissional.
Em 11 de maio de 2012, através da resolução nº 2.794/12 –SEED, atende ao
pedido da comunidade escolar e altera a denominação do Centro Estadual de
Educação Profissional Agrícola de Toledo, Ensino Médio Profissional, para Colégio
Agrícola Estadual de Toledo, Ensino Médio Profissional Integrado.
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2.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo, possui uma estrutura física com
todas as dependências em alvenaria, divididas em 4 (quatro) blocos de construções;
sendo um bloco com 6 (seis) salas de 21m2 cada e 2 (dois) sanitários, utilizadas
para atividades administrativas e pedagógicas. O segundo bloco é composto por 8
(oito) salas de aula com 54m2 cada. Há, também, 06 (seis) salas em construção
modular, com 50m2 cada. No terceiro bloco de construção encontra-se a biblioteca,
com 81m2, um laboratório de ciências, com 81m2 e um auditório, com 177m2, cuja
capacidade é de 300 pessoas aproximadamente. O Colégio também conta com
laboratórios de informática que atendem às necessidades dos professores e alunos.
No quarto bloco de construção encontram-se 2 (dois) banheiros com
vestiários e 06 (seis) chuveiros. Neste mesmo bloco de construção encontra-se a
lavanderia, equipada com uma máquina de lavar industrial e uma centrífuga, além
de outra, maior, de dupla função. Um pátio coberto faz ligação entre as salas de aula
e o refeitório, cuja capacidade é de 90 pessoas. Neste bloco está a cozinha, com 64
m², equipada com um fogão industrial, quatro pias grandes e bancada de pedra, 02
refrigeradores de 255 litros, 2 (dois) fornos elétricos, batedeira e liquidificador
industrial.
Possui uma quadra poliesportiva coberta, com 876m2, um campo de futebol
gramado, um campo de futebol de areia e uma cancha de areia.
Para atender as atividades de Campo ou da Fazenda Escola, possui
instalações apropriadas, entre elas: um galpão para máquinas e equipamentos, com
410 m2; em setores da Fazenda Escola, existem salas de aula ambientadas para
disciplinas, com banheiros. O Colégio dispõe de aviários, pocilgas, vários galpões
para cria, recria, maternidade, gestação e creche de suínos, um estábulo para
bovinocultura, com 214,0 m², um galpão para criação de caprinos e outro para
criação de coelhos. Ainda há uma construção especial destinada para as aulas
práticas da disciplina de Agroindústria. Todas estas benfeitorias foram criadas
também, para fins didáticos. Conta ainda com duas casas residenciais, uma
construção mista com 104,20 m2 e outra construção em alvenaria com 89,33m2,
destinadas para uso geral. Parte da área total da Fazenda Escola do Colégio ou da
UDP – Unidade Didático Pedagógica, é reservada para experimentos pedagógicos
de culturas e cultivo de lavoura, hortas, pomares, criações e para o desenvolvimento
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das aulas práticas. O Colégio oferece gratuitamente lanches e refeições aos
estudantes, aproveitando parte de sua produção, como frutas e verduras, além de
cereais e produtos da produzidos na agroindústria.
A estrutura física das instalações do Colégio e da UDP é quase toda em
alvenaria; por serem construções com mais de 25 anos, estas ainda não atendem
totalmente às atuais exigências legais de acessibilidade e de segurança, com
escadarias, necessitando de construção de rampas, pinturas, outros reparos e
adaptações. No ano de 2008 o Colégio foi contemplado com uma reforma quase
completa com a construção do novo Alojamento, com capacidade para abrigar 168
internos na ala masculina e 36 na ala feminina, porém ainda não totalmente dentro
das normas legais, faltam construções de rampas e passarelas para melhor
acessibilidade, conforme estabelece a Lei de Acessibilidade – O Decreto-lei 5296 de
2 de dezembro de 2004 – Regulamentado pela as Leis de Nº. 10.048, de 8 de
novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas portadora de
deficiência ou com mobilidade reduzida, que estabelece as normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade.
2.5 OFERTA DE CURSOS
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo oferece o Curso Técnico em
Agropecuária com organização curricular Integrada ao Ensino Médio, e tem a Matriz
Curricular composta pelas disciplinas da Base Nacional comum e as disciplinas de
Formação Específica. Funciona em tempo integral, com uma carga horária de 40
(quarenta) horas aulas semanais, com organização seriada anual, e duração de 3
(três anos), e mais 160 horas aulas de Estagio Supervisionado Obrigatório, sob a
responsabilidade de um professor Coordenador de Estágio e com auxilio de
professores orientadores, de acordo com a Lei Federal N.º 11.788, de 25/09/2008 e
conforme Plano de Estágio Curricular Profissional Supervisionado, de acordo com as
normas previstas na Deliberação nº 02/09-CEE/PR.
Os Coordenadores de Curso, de Estágio e a Equipe Pedagógica do
Estabelecimento de Ensino, trabalham em conjunto, trocando ideias, avaliando e
renovando ações para a constante melhoria do Estágio Curricular Profissional
Supervisionado. A avaliação do Estágio Curricular Profissional Supervisionado será
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realizada a partir da 2ª série, após o cumprimento da carga horária e atividades
estabelecidas conforme determina a grade curricular.
Ao concluir o curso, o aluno receberá o Certificado de Técnico em
Agropecuária de nível médio, que lhe dará o direito de exercer a profissão de
Técnico em Agropecuária, para atuar em propriedades e/ou empresas ligadas à
agropecuária, objetivando a sustentabilidade, procurando elevar o índice de
desenvolvimento social da comunidade ou região onde está inserido. Deverá ser
capaz de planejar, organizar, direcionar e controlar as atividades e os recursos
naturais, materiais, econômicos e humanos, envolvidos em todas as etapas do
Sistema Produtivo, em conformidade com a Legislação vigente e entendendo que a
propriedade/empresa rural faz parte de um agroecossistema.
2.5.1Funcionamento
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo, Curso Técnico em Agropecuária,
Eixo Tecnológico Recursos Naturais, atende educandos em regime de internato e de
semi - internato, funcionando em tempo integral, ao que os educandos cumprem
uma carga horária de 09 (nove) aulas, dia, sendo distribuídas da seguinte maneira:
05 (cinco) aulas no período matutino, e 04 aulas no período vespertino, perfazendo
um total de 40 (quarenta) horas aulas semanais, distribuídas entre aulas teóricas e
práticas, relacionadas às disciplinas da Base Nacional Comum e da Formação
Específica.
2.5.2 Critérios de formação de turmas
Para ingresso no Curso Técnico em Agropecuária, integrado do Ensino
Médio, o educando deverá preencher os seguintes requisitos:
ter concluído o ensino fundamental;
fazer uma pré-inscrição e responder a um questionário sócio-
econômico;
realizar entrevista individual para identificação do perfil compatível ao
exigido pelo curso;
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estar classificado dentro do número de vagas disponíveis.
Os critérios para matrícula na Educação Profissional Integrada ao Ensino
Médio, são periodicamente baixados por Instrução da SUED/SEED, os quais
também são observados na seleção dos candidatos, para atender à proposta do
curso e dar prioridade aos educandos que atendam ao perfil do curso técnico e do
Colégio.
2.5.3 Organização do tempo e do espaço escolar
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo, Ensino Médio Profissional,
Curso Técnico em Agropecuária, Eixo Tecnológico Recursos Naturais, possui porte
especial, e, pela sua especificidade, requer uma demanda maior de funcionários e
professores para seu bom andamento. Trata-se de um Colégio, cuja estrutura,
demanda 24 horas de funcionamento, sendo as aulas cumpridas em período
integral; período matutino e vespertino. Também, no período noturno, atende
educandos em regime de internato.
Após o horário das aulas, os educandos praticam atividades
extracurriculares esportivas. Também, seguindo uma programação regulamentada,
oferta-se aos que usufruem do internato, horários específicos de estudo,
possibilidade de participação em eventos artístico-culturais, acesso aos recursos
tecnológicos que subsidiem a pesquisa, possibilidade de estudo de uma língua
estrangeira através da oferta do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas), em Língua Espanhola, atividades práticas, estando estas relacionadas
aos conteúdos da Matriz Curricular.
Considerando-se de extrema relevância, a oferta de atividades que
proporcionem ao aluno possibilidades para aprender a planejar e executar ações,
abre-se espaço no decorrer do ano letivo, para que o mesmo possa organizar
atividades esportivas e culturais, às quais proporcionam maior interação entre os
pares, ou seja, aumenta-se a possibilidade de socialização e respeito mútuo,
necessário, à boa convivência social, sendo estas acompanhadas dos professores,
equipe pedagógica e direção.
As aulas são ministradas de forma intercalada entre as disciplinas da Base
Nacional Comum e as disciplinas da Formação Específica, onde estas últimas se
constituem em aulas teóricas e práticas, sendo que, para as aulas práticas existe o
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desdobre das turmas, realizando-se um trabalho com um grupo menor,
possibilitando-se assim, maior acompanhamento e qualidade nas ações docentes.
Na UDP - Unidade Didático Produtiva, são destinadas áreas de campo para
a realização das aulas práticas, onde todas as atividades desenvolvidas possuem
função didático-pedagógica, visando atender aos objetivos do Curso.
2.5 UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA - UDP
A Fazenda Escola é composta pelas diferentes unidades didáticas
produtivas, sendo elas: Apicultura, Bovinocultura, Caprinocultura, Culturas,
Cunicultura, Fruticultura, Horticultura, Agroindústria, Máquinas e Implementos,
Minhocultura, Olericultura, Ovinocultura, Paisagismo, Piscicultura, Plantas
Medicinais, Sericicultura, Silvicultura e Suinocultura. Além de atender as
necessidades didáticas, as Unidades, servem para geração de produtos destinados
ao consumo dos educandos, sendo que excedentes podem ser comercializados,
através da APMF.
Apicultura
A Apicultura conta com sala ambiente onde são guardados os materiais e
equipamentos utilizados. A unidade possui caixas completas com famílias de Apis e
de abelha jataí, que servem para atender às necessidades didático-pedagógicas dos
educandos, nas disciplinas afins. Portanto, a produção de mel é destinada ao
refeitório do Colégio.
O setor de Apicultura possui uma área total de 24.200 m² e está localizada
na reserva legal da escola e a mesma tem hoje um montante de 6 caixotes para
colmeias, sendo utilizado, 04 destes caixotes, para o desenvolvimento de aulas
práticas. O mel colhido na escola é levado para o almoxarifado e o produto é
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utilizado na cozinha para a alimentação de alunos e funcionários. Tendo como base
conteúdos teóricos são realizadas aulas práticas, projetos e acompanhamento nas
atividades, proporcionando ao aluno um confronto teórico-prático para mostrar o
manejo adequado, onde as atividades são desenvolvidas e acompanhadas pelos
seus professores.
Avicultura
A Avicultura de Corte, em suas Unidades de Produção, atendem às aulas
práticas, sendo a produção, destinada à cozinha do próprio Colégio.
Bovinocultura
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A Bovinocultura do Colégio tem infraestrutura básica para a atividade leiteira,
tendo um plantel de vacas em lactação. Esta Unidade de Produção tem por
finalidade atender às aulas práticas, sendo sua produção destinada à cozinha do
Colégio para consumo como alimento.
Ovinocultura
O setor de ovinocultura consta com matrizes e cordeiros em crescimento,
com macho reprodutor. O curral possui uma área de 30 m2 com 05 baias providas de
bebedouros e cocho individual. A pastagem é dividida em piquetes e possui uma
área total de 0,1 ha. A atividade é convencional, em sistema intensivo semi-
confinado.
Através do conteúdo teórico são realizadas aulas práticas projetos e
acompanhamento nas atividades, proporcionando ao aluno um confronto teórico-
prático para mostrar o manejo adequado onde as atividades desenvolvidas são:
sistema de criação, manejo sanitário, arraçoamento, influência do meio ambiente na
produção, limpeza e desinfecção das instalações, descorna, castração, construção
das instalações, acompanhamento ao parto, retorno ao cio, acompanhamento de
coberturas, diagnóstico de prenhez. Estudo dos alimentos e casqueamento.
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A Caprinocultura tem uma área para pastejo de 2,4 ha cercada com tela,
tendo o capril capacidade para aproximadamente 20 (vinte) matrizes, em
cooperação técnica com a SEAB. Atualmente possui 12 matrizes. O curral possui
uma área de 92 m2 com 07 baias providas de bebedouros e cocho individual. A
atividade é a convencional com produção em sistema intensivo semi-confinado.
Culturas anuais
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Culturas inverno
As disciplinas relacionadas a culturas prepararam o estudante do curso
Técnico em Agropecuária do ensino médio integrado para: identificar as espécies;
caracterizar o ciclo e estádios de desenvolvimento; identificar as regiões adequadas
ao cultivo de cada espécie; orientar o plantio e as práticas culturais durante o ciclo;
identificar as principais plantas daninhas, pragas, doenças e seus métodos de
controle e os procedimentos de colheita, processamento e comercialização.
Possibilitar aos alunos a compreensão das culturas como parte integrante de
um sistema agrícola sustentável e a sua importância como fonte de renda para as
propriedades rurais.
Propiciar o conhecimento sobre a obtenção e produção de matéria-prima
para processamento na agroindústria, consumo no refeitório, uso na alimentação
animal, conservação de forragens em forma de feno e silagem.
As disciplinas relacionadas à agricultura são contempladas com diversas
áreas de lavoura, onde são plantadas as culturas de mandioca, batata-doce,
girassol, aveia, trigo, milho, soja, feijão entre outras, além dos campos
demonstrativos da diversidade de variedades, que atendem às aulas práticas nos 1º,
2º e 3º anos. A produção é comercializada através da APMF e a renda é revertida
em melhorias para o Colégio e aquisição de materiais didáticos.
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Fruticultura
O setor de fruticultura apresenta um pomar diversificado para cumprir seu
fim didático nas aulas práticas. A produção é, em parte, destinada às práticas
relacionadas à Agroindústria e o restante é destinado para a cozinha, na produção
de alimentos no refeitório.
Plantas Medicinais
O setor conta com canteiros didáticos onde são produzidas varias espécies
de plantas medicinais e condimentares entre elas: erva doce, citronela, babosa, mil
em ramas, sálvia, alecrim, manjericão, alfavaca, com a finalidade de oportunizar aos
alunos a correlação entre teoria e prática do conteúdo de sala de aula, auxiliar nas
disciplinas de agroindústria vegetal e animal e como condimento para as refeições
dos alunos.
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Horticultura
A Horta conta com diversos canteiros que servem para condução das
diversas culturas olerícolas nas práticas requeridas e a produção é destinada para a
cozinha do Colégio, na alimentação dos educandos.
Viveiro de mudas
Os jardins do Colégio estão disponíveis para as práticas relacionadas à
Jardinagem e Paisagismo.
Sericicultura (bicho-da-seda)
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O setor conta com um barracão de sirgaria com 30 m2 para criação de
Bombix mori sendo oportunizado aos alunos o acompanhamento de todos os
manejos de criação do bicho da seda.
Suinocultura
A Suinocultura, em Cooperação Técnica com empresa do setor, apresenta
um sistema para produção de leitões (PL), com capacidade de aproximadamente 60
matrizes, confinadas em baias; e outro sistema para engorda. Estes sistemas
atendem às necessidades das práticas afins. Os animais da engorda podem ser
trabalhados nas disciplinas relacionadas à Agroindústria e destinados para a cozinha
do Colégio.
Cunicultura
O colégio conta com um barracão para cunicultura de 12 m2 e trabalha com
as raças chinchila e borboleta, possui atualmente 1 macho e 4 fêmeas criados em
gaiola suspensa, atendendo as finalidades didático-pedagógicas e após o abate, são
destinados para refeições dos alunos
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Mecanização Agrícola
O setor conta com uma série de maquinários e implementos agrícolas com
finalidades didáticas para associação da teoria à prática dos alunos, dentre estes
podemos citar: trator, pulverizador de arrasto, grade niveladora, enxada rotativa,
plantadeira. O setor conta também com uma sala ambiente que oportuniza aos
alunos o estudo de motores e peças de implementos e máquinas, promovendo a
interdisciplinaridade do conteúdo com a física, a química e a matemática.
Piscicultura
O setor de piscicultura tem uma área total de 6000 m², as espécies
cultivadas no colégio são: Tilápia (Oreochromis niloticus), Carpa Húngara (Cyprinus
carpio), Carpa Capim (Cyprinus carpio), Bagre Africano, (Clarias gariepinus) e
Jundiá (Rhamdia quelen). Através do conteúdo teórico são realizadas aulas práticas,
projetos, que proporcionam ao aluno um confronto teórico-prático para o manejo
22
adequado. As atividades são desenvolvidas pelos alunos sob, constante orientação
e acompanhamento dos professores.
Reserva legal
O colégio conta atualmente com 2 ha de reserva legal implantada. Sua
implantação foi realizada com o
auxíl
io
dos alunos que efetuaram o plantio e os tratos culturais das mudas de árvores
nativas que compõem a reserva.
O Colégio acrescenta às atividades desenvolvidas nos setores; o Projeto de
Estágio Curricular Profissional Supervisionado como estratégia de contextualização
do currículo escolar para que os educandos tenham oportunidades de maior
assimilação dos conhecimentos, valores, atitudes e habilidades do mundo do
trabalho, nas relações trabalhistas especificamente, além das necessárias à vida
cultural em sociedade. O Estágio Curricular Profissional Supervisionado,
intencionalmente planejado e executado como ato educativo, é uma alternativa
importante para se atingir objetivos relacionados à “preparação básica para o
trabalho”.
23
Em acordo com o Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná,
tendo em vista o Parecer CNE/CEB nº 35/2003, a Resolução CNE/CEB nº 1/2004, a
Resolução nº 2/2005, a Lei Federal nº 9.394/96, a Lei Federal nº 11.788/08 e o
Parecer nº 02/09 da Câmara de Legislação e Normas que a esta se incorpora, o qual
diz, em seu “Art. 2º. - O estágio de natureza obrigatório ou não, concebido como
procedimento didático-pedagógico e como Ato Educativo intencional, é atividade
curricular de competência do estabelecimento de ensino e será planejado,
executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação
profissional dos alunos e/ou outro objetivo previsto no Projeto Político Pedagógico e,
descrito no Plano de Estágio”.
2.6 DESCRIÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL
Direção Geral José Luiz Sagrado
Direção Auxiliar Pedagógica: Simone Antonello de Lima
Direção Auxiliar da Unidade Didático Produtiva: Flávio Biscoli
Equipe Pedagógica: Lindamir Aparecida Andriola Sobransk, Maria Consoladora
Parisotto Oro, Kassiane Slongo.
Orientação de Internato: Maria José Ferrari Giordani, Noêmia Fátima Brum
Coordenação de Curso: Juliana Oro, William Antonio Tesoni de Barros
Coordenação de Estágio: Wilson Ricardo Tonatto,
Supervisão de Estágio: Saionara Maria Tesser
Engenheiro Agrônomo: Paulo Peruzzolo
Médico Veterinário: Franciele Piassa e Keli Libard
Professores: 45 (quarenta e cinco), sendo que, 23 (vinte três) professores
são pertencentes ao QPM (Quadro Próprio do Magistério) e 22 (vinte e dois)
professores são contratados através do PSS (Processo de Seleção Simplificado).
Funcionários: 14 (quatorze) Funcionários concursados: Agente Educacional
II pertencentes ao QFEB (Quadro de Funcionários da Educação Básica) e 02 PSS;
Serviços Gerais: 16 (dezesseis) funcionários, contratados através do PSS ,
04 (quatro) pelo Paraná Educação e 07 (sete) são funcionários concursados: Agente
Educacional I pertencentes ao QFEB (Quadro de Funcionários da Educação
Básica);
Totalizando o quadro geral com 88 (oitenta e oito) funcionários.
24
2.6.1 Organograma
3.1 ASPECTOS LEGAIS E SOCIAIS
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, conforme determina a LDB
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica, n.º 9.394/96, tem como finalidades:
I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico;
IV. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
25
A articulação da Educação Profissional Técnica com o Ensino Médio, de
acordo com o Decreto Federal n.º 5.154/2004, de 23/07/2004, observará as
seguintes premissas:
I. Organização por áreas profissionais, em função da estrutura sócio-
ocupacional e tecnológica;
II. Articulação de esforços das áreas da educação, do trabalho e emprego,
da ciência e tecnologia.
Conforme o § 1.º do artigo 4º, a articulação entre a Educação Profissional
Técnica e o Ensino Médio, dar-se-á de forma:
I- Integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o Ensino
Fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o educando à habilitação
profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, contando com
matrícula única para cada educando.
Para a obtenção do diploma de conclusão do curso, o aluno deverá ter
cursado com sucesso, todas as disciplinas previstas na Matriz Curricular, e ter
realizado com sucesso todas as etapas do Estágio Profissional Curricular.
3.2 OBJETIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO
I. Desenvolver ações educativas de integração, com práticas
agropecuárias, capazes de subsidiar a comunidade local na produção,
industrialização e comercialização dos produtos agropecuários;
II. Proporcionar programas de capacitação para os profissionais do
Colégio, promovendo a formação continuada e atualização de toda comunidade
escolar;
III. Consolidar conhecimentos anteriormente adquiridos;
IV. Preparar o aluno como cidadão com autonomia intelectual,
formação ética, e contextualizado quanto aos conhecimentos.
V. Oferecer uma educação de qualidade e atualizada, capaz de
acompanhar as transformações tecnológicas, científicas e sociais em curso na
história;
VI. Entender a relação entre desenvolvimento das ciências e
desenvolvimento tecnológico;
26
VII. Associar as diferentes tecnologias como possíveis soluções aos
problemas que se apresentarem;
VIII. Integrar a educação profissional e tecnológica com a educação
básica;
IX. Integrar a Educação profissional e as ciências tecnológicas ao
mundo do trabalho;
X. Comprometer-se com a formação e valorização dos profissionais de
educação profissional e tecnológica.
3.2.1 Os princípios da Educação Profissional
Em sintonia com os princípios gerais e comuns, a Educação Profissional, na
sua organização curricular e na prática educativa, observará as características da
flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização, na construção do currículo em
diferentes perspectivas, na organização de conteúdos, na elaboração e
desenvolvimento de projetos, metodologias, com a participação de todos os
envolvidos no processo educacional e na relação entre conteúdos e contextos, a fim
de se dar significado à vivência e as práticas profissionais.
4 MARCO SITUACIONAL
4.1 REALIDADE BRASILEIRA
O mundo foi tomado por mudanças profundas e, a revolução científica e
tecnológica, enquanto fato global mudou os paradigmas de produção e transformou,
radicalmente, o cotidiano das pessoas. A rápida evolução nos padrões de
comunicação e a aplicação universal da informática geraram um formidável impacto
sobre a produção e circulação de bens, mudando os conceitos de espaço e tempo e,
também, de aprendizagem. Lançou-se desta forma um grande desafio ao Colégio.
Na perspectiva da construção do saber, evoluiu-se da ideia estanque de
conteúdo apreendido, à noção de capacidade para a inovação. Em decorrência, a
educação era instada a buscar novos paradigmas capazes de preparar
trabalhadores com alta qualificação. Aprender a lição passou a ser: pensar, criar,
imaginar, a fim de se transformar a realidade e não apenas memorizar conteúdos.
27
Com o contínuo e acelerado desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia,
assiste-se a grandes mudanças, que geram uma constante preocupação com as
questões ambientais, sociais e econômicas, a fim de conscientizar e sensibilizar
quanto à utilização dos recursos naturais. As mudanças no mundo do trabalho e o
aumento dos índices de desemprego são outros aspectos que atingem à sociedade
brasileira e à comunidade em que vivemos, pois afeta à vida de jovens que não
possuem uma formação adequada para enfrentar e compreender o mundo em que
vivem, e nele atuarem de maneira crítica, consciente, autônoma e cooperativa,
responsável e transformadora.
No Brasil, no período que compreende o ano de 2003 para frente, as
discussões em torno dos temas relacionados ao campo são retomadas em novas
bases governamentais. O governo começa a elaborar Planos Plurianuais para
implementar uma política capaz de priorizar a reforma agrária e o desenvolvimento
da agricultura familiar, como instrumentos indispensáveis de inclusão social.
A reforma agrária, como política estratégica de enfrentamento da pobreza no
campo e da crise social, juntamente com a valorização da agricultura familiar e o
estímulo à economia solidária de forma cooperativa, é opção para ampliação do
emprego e segurança alimentar aos trabalhadores e suas famílias.
Na política de valorização do campo, a educação também é entendida, no
âmbito governamental, como uma ação estratégica para a emancipação e cidadania
de todos os sujeitos que ali vivem ou trabalham, e pode colaborar com a formação
das crianças, jovens e adultos para o desenvolvimento sustentável.
Em função da nova política para a Educação Profissional no Paraná, o
Departamento de Educação e Trabalho considera de fundamental importância que
se mantenha a discussão sobre atualização e adequação aos novos paradigmas,
com a reformulação curricular do Curso Técnico em Agropecuária, de forma a
oferecer educação de qualidade, em consonância com as mudanças sociais
requeridas pela sociedade, vindo ao encontro das muitas solicitações da
comunidade escolar, além de não perder de vista as mudanças no Ensino
Médio/Educação Profissional, que estão sendo debatidas no país, com a finalidade
de dar atendimento às necessidades de nossos estudantes.
28
4.1.1 Realidade Local
O Município Toledo é um município brasileiro do estado do Paraná. Localiza-
se na região oeste, próximo a Cascavel, formando com este município um eixo de
desenvolvimento ligado ao agronegócio, impulsionado pelo seu solo fértil e plano,
que faz concentrar cooperativas e outras empresas do ramo, tornando-o um dos
maiores produtores de grãos do estado. Sua população é de 120.934 habitantes,
conforme estimativa do IBGE. Sua população, formada por várias etnias. São
colonizadores migrantes da Região Sul, descendentes de imigrantes alemães e
italianos, na sua maioria; e de migrantes das regiões Sudeste e Nordeste do país,
tendo como base da economia a produção agroindustrial. É um município que se
destaca pelo elevado PIB - Produto Interno Bruto (PIB) na Agropecuária, entre os
municípios do Estado do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Destacam-se também pelo seu desenvolvimento harmônico entre o rural e o
urbano, suas realizações, hospitalidade e evolução de sua gente. Toledo é
conhecida como “Capital do Trabalho.”
Quanto à oferta de vagas para a educação, conta com ensino básico e
superior de qualidade, com diversas instituições de responsabilidade particular,
municipal, estadual e federal, sendo 1 Faculdade privada, (FASUL) e 4 campi de
universidades, (UNIOESTE, PUC/PR, UNIPAR e UTFPR). Dentre as universidades,
destacam-se 2 públicas (1 federal e 1 estadual), uma confessional filantrópica, e
uma de direito privado, tendo, em 2009, aproximadamente 15 mil estudantes
universitários, fato que gerou grande circulação de pessoas, de bens, de inúmeras
construções de residências, quitinetes e prédios residenciais e comerciais, além da
expansão da oferta de serviços, tais como, livrarias, fotocopiadoras, panificadoras,
lanchonetes, restaurantes, casas de espetáculos, atividades de recreação e de
lazer, transporte urbano, escolar, dentre outros.
O Município de Toledo se destaca como um dos maiores centros
agroindustriais do Oeste, Noroeste e Sudoeste do Paraná, dentre os maiores PIBs
do setor Agropecuário da Região Sul, e do Brasil, entre os primeiros em produção da
Região Sul e em produtividade do país, entre as maiores micro-regiões leiteiras do
Brasil; valor adicionado, PIB Per Capita entre as maiores cidades, arrecadação de
ICMS e PIB total do Estado. Apresenta-se, ainda, dentre os maiores rebanhos
suínos do Estado do Paraná, estando entre os líderes em abatedouro/frigorífico de
29
suínos da América Latina. Também ocupa alto Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), entre as 10 maiores cidades do Paraná. A hospitalidade do povo deste
Município também pode ser avaliada pela sua condição de pólo gastronômico do
Paraná, com cerca de 15 eventos gastronômicos diferentes, distribuídos ao longo do
ano, destacando-se a maior de todas que é a Festa Nacional do Porco no Rolete,
evento realizado há mais de 30 anos e que se originou em Toledo mesmo, tendo por
finalidade promover a divulgação da economia e do próprio Município.
Toledo foi pioneiro na região e no Estado do Paraná, na implantação do
Sistema Municipal de Ensino, desde 2002, conforme Lei municipal n.º 1.567/2002,
de 18/12/2002, e de seu Plano Municipal de Educação, aprovado por Lei Municipal
em 2004, com vigência para o período de 2004 a 2014, sendo o mesmo avaliado,
em 2008 e 2009, pela sociedade civil organizada, através de Conferências
Municipais de Educação e do Fórum Municipal de Educação, e readequado por Lei,
em 2009.
Nos termos dos artigos 8.º da LDB – Lei Federal n.º 9.394/96, o Sistema
Municipal de Ensino foi organizado, emite e segue normas próprias, tem como
órgãos gestores a Secretaria Municipal de Educação - SMED, e Conselho Municipal
de Educação - CME/Toledo. Desta forma, a educação municipal que abrange a
Educação Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e mais a Educação
Infantil das instituições privadas de educação, regem-se pelas normas e atos
próprios do Sistema Municipal de Ensino, emitidos pelo Poder Público Municipal,
pela Secretaria Municipal de Educação e pelo Conselho Municipal de Educação;
para criação, credenciamento, autorização de funcionamento, avaliação e
supervisão.
4.2 ANÁLISE E CONTRADIÇÕES
Avanços e progressos, num mundo de transformações aceleradas, convivem
com uma injusta distribuição de renda que aprofundou a estratificação social,
fazendo com que parte da população brasileira não tenha condições de fazer valer
seus direitos e seus interesses fundamentais, tornando mais evidente as diferenças
entre progresso econômico e desenvolvimento social. Situações de conflito estão
surgindo como reação às injustiças acumuladas pelos planos econômicos, políticos
e sociais, tanto no campo como na cidade, resultando na separação entre grupos
30
sociais, violência, preconceitos, desemprego, falta de perspectivas e motivação,
desesperança, isolamento, falta de criatividade e dinamismo.
Embora os problemas da educação não estejam localizados apenas no meio
rural, no campo a situação é mais grave, pois, além de não considerar a realidade
sócio-ambiental onde a escola está inserida, esta foi tratada, pelo Poder Público,
com políticas compensatórias, programas e projetos emergenciais e, muitas vezes,
ratificou o discurso da cidadania e, portanto, de uma vida digna reduzida aos limites
geográficos e culturais da cidade, negando o campo como espaço de vida e de
constituição de sujeitos cidadãos.
Outro fator que gera preocupação é o tratamento dispensado ao meio
ambiente, com uso de agrotóxicos, o desmatamento e o destino que é dado ao lixo
produzido, o baixo valor conquistado pela utilização da terra, sem agregação de
valor e riqueza adicional às atividades desenvolvidas nas propriedades, as quais
levam à concentração populacional urbana, sem perspectivas de emprego, trabalho
e renda.
O exercício da cidadania pressupõe a participação política de todos na
definição de rumos que serão assumidos pela Nação, pelo Estado, pelo Município e
pela Comunidade, que são expressos não só pela escolha de governantes, mas pela
participação em movimentos sociais, no envolvimento em torno de questões globais,
nacionais, de interesse regional, local ou da vida cotidiana.
As mudanças ocorridas no trabalho e o aumento do desemprego são, dentre
outros, aspectos da sociedade brasileira e da comunidade em que vivemos, e que,
afeta a vida de jovens cuja formação não é adequada ao enfrentamento e
compreensão de questões emergidas no meio social.
Neste contexto, o Colégio, como instituição escolar, não pode omitir-se e
deve enfrentar as situações de exclusão, crise de valores, falta de motivação,
devendo promover a integração de toda a comunidade, objetivando com isso,
desenvolver o senso de cidadania pautada na responsabilidade, na ética e no
respeito mútuo.
4.3 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
Colégio Agrícola Estadual de Toledo, Ensino Médio Profissional Integrado-
Curso Técnico em Agropecuária, Eixo Tecnológico Recursos Naturais, atende
31
educandos oriundos da zona urbana e rural do Município de Toledo e de mais de 30
outros municípios da região Oeste do Paraná, além de municípios de outros
Estados, como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Bahia, sendo, em sua grande
maioria, filhos de agricultores, de pequenos proprietários rurais, empreiteiros,
empregados trabalhadores da zona rural, ou mesmo de residentes na área urbana,
mas com origens ou vínculos com a terra, enfim, todos direta ou indiretamente
possuem vínculo com o campo e tem renda média variando de 01 a 02 salários
mínimos. Domiciliados em mais de 33 localidades diferentes, tais como Assis
Chateaubriand, Brasilândia, Cascavel, Entre Rios do Oeste, Guaraniaçu, Marechal
Cândido Rondon, Maripá, Mercedes, Missal, Ouro Verde do Oeste, Quatro Pontes,
Santa Helena, São José das Palmeiras, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Tupãssi,
Vera Cruz do Oeste, cidades do Mato Grosso do Sul, entre outros.
As atividades econômicas desenvolvidas são das áreas agrícola e pecuária,
como cultivo de lavouras, suinocultura, bovinocultura e avicultura. Os estudantes
dispõem de transporte coletivo urbano, rural e escolar, para o deslocamento das
suas casas até o Colégio. Os estudantes residentes em lugares mais distantes não
retornam para suas casas todos os dias, permanecendo no Colégio em Regime de
Internato, em pensões e/ou outros.
Os educandos trazem consigo hábitos e costumes que lhes são peculiares,
os quais são trabalhados pedagogicamente para cultivar o respeito e promover um
convívio harmonioso, seguindo as normas e regulamentos internos.
A maioria dos educandos vem da zona rural e são filhos de agricultores e
pequenos proprietários, arrendatários e/ou empregados do campo.
Conforme o perfil do curso trabalha-se com a formação profissional para
trabalhadores da agricultura e pecuária, com ênfase na agricultura familiar e na
pequena propriedade, valorizando e resgatando a auto-estima e o valor do homem
do campo para que os mesmos possam desenvolver os trabalhos, seguindo padrões
ambientalmente corretos e com qualidade de vida. A valorização da sua cultura e a
história dos seus antepassados, também é uma preocupação da instituição escolar,
além do reconhecimento da importância da cultura globalizada e da informação
científica na formação profissional para o mundo do trabalho, e para o convívio em
sociedade.
Em 2004, ano de abertura do curso Técnico em Agropecuária, Integrado ao
Ensino Médio, houve a procura de 189 candidatos inscritos, sendo 143 alunos
32
matriculados, formando quatro turmas de 1ª série e ainda uma turma de 8ª série. Em
2005 foram matriculados 217 alunos, formando duas turmas de 1ª série, duas
turmas de 2ª série, e uma turma de 8ª série. Em 2006 foram matriculados 242,
formando duas turmas de 1ª série, duas turmas de 2ª série e duas turmas de 3ª
série. Em 2007 foram matriculados 208 alunos, formando duas turmas de 1ª série,
duas turmas de 2ª série e duas turmas de 3ª série. Em 2008 foram matriculados 228
alunos, formando duas turmas de 1ª série, duas turmas de 2ª série e duas turmas de
3ª série. Em 2009 foram matriculados 236 alunos, formando três turmas de 1ª série,
duas turmas de 2ª série e duas turmas de 3ª série. Em 2010 foram matriculados 250
alunos, formando 3 turmas de 1ª série, 3 turmas de 2ª série e 2 turmas de 3ª série.
Em 2011 foram matriculados 277 alunos, 3 turmas de 1ª série, 3 turmas de 2ª série e
3 turmas de 3ª série. Em 2012 foram matriculados 311 alunos, formando 3 turmas de
1ª série, 2 turmas de 2ª série e 3 turmas de 3ª série.
No início do curso, nos anos de 2004 e 2005, registrou-se um percentual de
8,7% de reprovação e 10% de transferências, tendo-se como principal motivo a
dificuldade de adaptação, tendo em vista as características diferenciadas do Curso e
por tratar-se de Ensino Médio integrado à educação profissional.
Esse índice de reprovação e transferência vem sendo reduzido
gradativamente, a cada ano letivo. Assim, superar e obter índices baixos em relação
a evasão e o fracasso escolar, tem sido um desafio constante. Neste sentido, o
Colégio desenvolve um projeto que estimula a criação de alternativas que
contribuem para evitar a Evasão e o Fracasso Escolar. É estabelecida uma proposta
educacional que possibilita ações intencionais desenvolvidas no cotidiano do
Colégio. Assim, tem-se resultados positivos na medida que são adotadas
metodologias diversificadas de ensino e os mesmos são expressos nos resultados
das avaliações bimestrais. Constata-se dessa maneira, a efetivação do ensino e
aprendizagem de qualidade, respeitando diferenças e limitações.
Essa nova realidade reflete na qualificação profissional dos alunos, na
possibilidade de construção de uma sociedade mais justa e igualitária, na integração
entre pais, alunos, escola e comunidade, e também nas tomadas de decisões no
processo ensino e aprendizagem.
Na tabela abaixo se encontra dados referentes a matrícula, aprovação,
reprovação e desistência que compreende o período de 2007 a 2011.
33
5 MARCO CONCEITUAL
RESULTADO FINAL ÚLTIMOS 5 ANOS
ANOS SÉRIE MATRÍCULA DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
20
07
1° 131 0 126 5
2° 69 0 62 6
3° 55 0 53 2
20
08
1° 116 0 111 15
2° 120 0 115 4
3° 62 0 61 1
20
09
1° 145 2 141 4
2° 114 1 114 0
3° 61 1 58 1
20
10
1° 99 1 96 3
2° 82 0 81 1
3° 58 0 58 0
20
11
1° 103 0 101 0
2° 93 0 90 3
3° 81 0 80 1
Fonte: CAET, 2012.
5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A escola tem papel formativo de democratização, transformação social e
realização dos anseios comuns ao ser humano, um ser essencialmente articulador
de suas relações, que está imerso numa variedade de recursos tecnológicos,
consciente de que a disciplina pessoal e a visão de futuro são elementos
fundamentais na criação de condições necessárias para fazer opções inteligentes
nos variados caminhos que a vida oferece.
Este ser coletivo produz o mundo, transforma a natureza e a si mesmo,
esperando de si flexibilidade, capacidade de adaptação, raciocínio lógico,
habilidades de análise, síntese e prospecção, leitura de sinais, e agilidade na
tomada de decisões, numa sociedade tecnológica e democrática que partilha da
34
coautoria, de corresponsabilidade, na qual a existência das diferenças, em constante
processo de produção, com grande variedade de crenças e diversidade de valores,
o torna dinâmico e ainda mais interdependente.
É preciso, através de uma educação alinhada aos princípios histórico-crítico,
proporcionar a todos a cidadania, através de conhecimentos e experiências que os
tornem capazes de compreender e intervir na realidade, de forma crítica, consciente,
autônoma e, sobremaneira, cooperativa, a fim de, com respeito ao meio ambiente no
qual interage, ampliar as bases culturais e morais do desenvolvimento sustentável.
Este Colégio, como instituição social, numa sociedade tecnológica, tem a
responsabilidade de formar consciências críticas capazes de gerar respostas para
problemas atuais decorrentes do avanço das ciências, e, ainda, gerar tecnologias,
culturas e práticas facilitadoras das relações do jovem consigo mesmo, com a
sociedade, com as instituições e com a natureza.
No plano social está a dimensão de sujeito histórico, participante da
sociedade humana e, portanto, com responsabilidade sobre a História. A ação
política do homem deve pautar-se na solidariedade e na cooperação, visando um
desenvolvimento sustentável, que possibilite a sobrevivência digna das gerações
atuais e futuras, ou seja, conciliando sociedade com tecnologia.
A vivência comunitária é fundamental no desenvolvimento humano. O
sentido da vida comunitária reside na mais intensa e genuína interação entre as
pessoas. Ela, muito mais do que pelas normas e leis, é estimulada pelo sentimento
de solidariedade, a noção de interdependência coletiva. A qualidade das relações
comunitárias, seja na família e/ou outros grupos sociais, deve proporcionar o
equilíbrio entre os interesses individuais e os coletivos, garantindo, assim, a
diversidade e a individualidade na interação do grupo. Estes princípios estarão
sempre presentes nas atividades e práticas pedagógicas de toda comunidade
escolar deste estabelecimento de ensino.
5.2 CONCEPÇÃO DE MUNDO
O mundo, enquanto uma dimensão histórico-cultural e portanto, inacabado,
encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado,
que, transformado, sofre os efeitos de sua própria transformação. Importa à
educação a problematização do mundo do trabalho, das obras, dos produtos, das
ideias, das convicções, das aspirações, dos mitos, da arte, da ciência, enfim, do
35
mundo da cultura e da história que, resultando das relações do ser humano - mundo
desafia o próprio ser humano a rever suas ações sobre a realidade, na perspectiva
de tornar esta realidade mais próxima dos ideais que caracterizam o “humano”.
É preciso desenvolver no educando uma posição de engajamento,
compromisso e participação, que o sensibilize para a sua dimensão humana. O ser
humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um sujeito cognoscente.
Um ser inacabado e único, curioso em relação ao mundo. Contudo, sua plenitude
ocorre na própria intersubjetividade, na comunicação entre os sujeitos a propósito do
objeto a ser conhecido. Sem a relação comunicativa entre sujeitos cognoscentes,
desapareceria o próprio sentido e significado do conhecimento.
Desta forma, o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a
realidade interagindo com o outro. Neste contexto, inteligência significará muito mais
que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor, contudo em nome de
propósitos cada vez mais solidários e criativos.
Na sociedade atual os homens privilegiam alguns princípios e idéias que nos
desafiam a constantemente refletir e repensar o cotidiano. Assim, o processo de
conscientização sempre realiza-se em seres humanos concretos, inseridos em
estruturas sociais, políticas e econômicas. A escola tem uma efetiva participação na
medida em que inclui, em seus conteúdos curriculares, a dimensão histórico-crítica,
técnico-científica e político-social, colaborando, também, quando se preocupa em
desenvolver no educando uma liderança mais criativa e solidária, inserindo este
mesmo educando no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as
mudanças estruturais também necessitam da participação dele.
A educação deve ser coerente com as concepções de homem, de mundo e
de sociedade; por isto, todo esforço no sentido da dominação do homem para que
simplesmente saiba fazer determinada função, sem reflexão, deve ser combatido,
pois saber fazer sem reflexão, sem o resgate de valores e atitudes, sugere a
existência de uma realidade sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua
possibilidade de ser criativo, inovador, com direito de transformar esta realidade,
encontrando soluções para eventuais problemas e tomando decisões frente as
diversas situações a serem enfrentadas no mundo do trabalho.
É preciso definir nos planejamentos e projetos do Colégio, ações
educacionais inseridas neste contexto, pois defende-se a idéia de que a escola não
é o lugar para domesticar ninguém, mas é um espaço especial para a construção da
36
cidadania, que, ao analisar a concepção de mundo, visa também fazer compreender
como essa concepção se converte em comportamento, e como este propicia a
concretização de uma "reforma intelectual” e moral, indicando, portanto, como uma
concepção de mundo se converte numa vontade coletiva.
Assim, entende-se o mundo como o espaço historicamente construído pelo
homem, na forma de produção e nas relações sociais, sofrendo constantes
mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais, em especial como resultado da
evolução tecnológica.
A formação exigida para essa nova realidade deve apresentar, além da
formação profissional científico-tecnológica, uma formação cidadã que possibilite ao
jovem educando o ingresso no mundo do trabalho, enfrentando com sucesso os
desafios da contemporaneidade, de um novo milênio.
Ao Colégio, como escola, cabe preparar o educando para a nova realidade,
priorizando, contudo, a formação humanística, para o exercício da cidadania.
5.3 CONCEPÇÃO DE HOMEM
Como todos os seres, o homem é um todo que se identifica consigo mesmo
como um ser autônomo e, igualmente, como um elemento essencialmente
participante de totalidades maiores. Corpo, intelecto, sentimento e espírito
constituem as várias dimensões da totalidade indivisível da pessoa humana.
Nenhum desses aspectos pode ser priorizado no desenvolvimento individual pleno,
uma vez que eles se influenciam mutuamente.
A dimensão corporal, além da saúde física, abrange tudo que está
relacionado às sensações, habilidades e ações.
Por intermédio do intelecto, desenvolvem-se as potencialidades de assimilar,
reter e transmitir informações; de pensar lógica e criticamente; de comparar,
analisar, questionar e resolver os problemas racionalmente.
O sentimento, por sua vez, é a força que move a vida psíquica, na qual o
amor e a sensibilidade estética constituem a expressão máxima da interação com os
outros e com o mundo.
Como cidadão do mundo, com um projeto de vida, desenvolvendo suas
potencialidades, tanto no campo intelectual quanto emocional, o ser humano
descobre seu próprio ser, ligado a outras pessoas e grupos.
37
O sistema escolar neste colégio deve possibilitar a autonomia, a busca da
identidade, para que os educandos pratiquem, exercitem a democracia, saibam
enfrentar os desafios do mundo do trabalho, gerando para si e para os outros, uma
melhoria na qualidade de vida. Além disso, como sujeitos históricos, os alunos como
cidadãos, precisam saber conquistar seu espaço, em condições de serem
empreendedores, vivenciando valores humanos e, com a busca do conhecimento na
reflexão crítica, no seu posicionamento, inserir-se no mundo do trabalho, nos
avanços científicos e tecnológicos, e no desenvolvimento sustentável.
5.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A escola não é mais uma mera detentora e repassadora do conhecimento
científico pré-elaborado, mas sim um meio onde se juntam diferentes segmentos da
comunidade escolar para que juntos desenvolvam as suas potencialidades,
buscando atingir o desenvolvimento do ser humano como um todo. Assim, a escola
é estruturada a partir das relações sociais, tornando-se cada vez mais um centro
dinâmico de construção do conhecimento e produção do saber, inserida numa
sociedade em contínuas transformações históricas, como confirma Niedson
Rodrigues.
Tem como pressuposto fundamental possibilitar ao cidadão as
condições de compreensão e interpretação do mundo em seu
momento histórico vivido, bem como sua participação na
sociedade atuando na cultura, na política e nos meios de
produção, através do desenvolvimento de competências
adquiridas pelo saber científico sistematizado”. (RODRIGUES,
2001).
Portanto, o papel fundamental da escola é desenvolver junto aos seus
educadores a visão de que ele é um elemento fundamental no desenvolvimento das
potencialidades do aluno, para que este desenvolva a sua capacidade reflexiva e
crítica ultrapassando o que está posto e construindo o novo. A escola através de
todos os seus componentes é parte integrante da sociedade e co-responsável pela
sua transformação.
38
A educação deve assumir responsabilidades no sentido de sensibilizar e
capacitar os alunos para uma tomada de consciência e ações concretas
promovendo a integração com a comunidade e compreensão crítica da
complexidade deste mundo que está aí estabelecendo uma relação inteligente com
a natureza e com as pessoas.
A Escola Pública no mundo moderno e contemporâneo apresenta-se como
instituição de acesso aos conhecimentos de forma gratuita e universal constituindo-
se num contato com a cultura formal e com o conhecimento científico. Por esta
razão tem a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do
desenvolvimento social, com horizontes bem definidos, propostas claras e com
decisão firme de implementar uma política educacional de qualidade.
A fim de tomar o trabalho como principio educativo, articulando ciência,
cultura, tecnologia e sociedade, há que se recorrer a uma sólida formação geral
fundamentada nos conhecimentos acumulados pela humanidade. Sendo assim, a
organização curricular deve promover a universalização dos bens
científicos,filosóficos, culturais e artísticos, tornando o trabalho como eixo articulador
dos conteúdos, ou seja, como princípio educativo.
De acordo com Gramsci (1968, p.36) a escola que unifica o trabalho, ciência e
cultura será necessariamente ativa e articulada ao dinamismo histórico da sociedade
em seu processo de desenvolvimento. Sua finalidade é a formação de homens
desenvolvidos multilateralmente, que articulem à sua capacidade produtiva as
capacidades de pensar, de estudar, de dirigir ou exercer o controle social sobre os
dirigentes:
[...] a escola de cultura geral deveria propor a tarefa de inserir
os jovens na atividade social, depois de tê-los levado a um
certo grau de maturidade e capacidade, à criação intelectual e
prática e a uma certa autonomia na orientação e na iniciativa
(GRAMSCI, 1968, p.36).
A Educação Profissional será desenvolvida de forma integrada ao Ensino
Regular ou por diferentes estratégias de educação continuada. O termo “integrado”
indica mais que complementaridade, implica em intercomplementaridade, mantendo-
se a identidade de ambos, propõe uma comunhão de finalidades, uma ação
planejada e combinada entre o Ensino Médio e Ensino Profissional.
39
Ocorre um movimento de aproximação entre as demandas do trabalho e as
da vida cultural e social quando competências básicas passam a ser cada vez mais
valorizadas no âmbito do trabalho e quando a convivência e as práticas sociais na
vida cotidiana são invadidas em escala crescente por informações e conteúdos
tecnológicos. É esse movimento que dá sentido à integração, proposta na lei, entre
educação profissional e ensino médio. A integração das duas modalidades
educacionais tem dois significados importantes, de um lado afirma a comunhão de
valores, que, ao presidirem a organização de ambas, compreendem também o
conteúdo valorativo das disposições e condutas a serem constituídas em seus
educandos, bem como a integração reforça o conjunto de competências comuns a
serem desenvolvidas, tanto na educação básica quanto na profissional.
A identidade da educação profissional não prescinde, portanto, da definição
de princípios próprios que devem presidir sua organização institucional e curricular.
Mas, na sua integração com o Ensino Médio, a Educação Profissional deve buscar o
como expressar, na sua especificidade, valores estéticos, políticos e éticos que
ambos comungam.
Não se concebe, atualmente, a educação profissional como simples
instrumento de política assistencialista ou linear ajustamento às demandas do
mercado de trabalho, mas sim, como importante estratégia para que os cidadãos
tenham efetivo acesso às conquistas culturais, científicas e tecnológicas da
sociedade. Impõe-se a superação do enfoque tradicional da formação profissional
baseado apenas na preparação para a execução de um determinado conjunto de
tarefas. A educação profissional requer, além do domínio operacional de um
determinado fazer, a compreensão global do processo produtivo, com a apreensão
do saber tecnológico, a valorização da cultura do trabalho e a mobilização dos
valores necessários à tomada de decisões.
5.5 A ESCOLA E SUA FUNÇÃO SOCIAL
A escola tem compromisso não apenas com a produção e a difusão do
saber culturalmente construído, mas com a formação do cidadão crítico, consciente,
autônomo, cooperativo e criativo, para fazer face às demandas cada vez mais
complexas da sociedade contemporânea.
40
A Proposta Político Pedagógica do Colégio Agrícola Estadual de Toledo
assume o fato trivial de que a cidadania não é dever, nem privilégio de uma área
específica do currículo, nem deve ficar restrita a um projeto determinado. O exercício
de cidadania é testemunho e vivência que se inicia na convivência cotidiana, e deve
permear toda a organização curricular. As práticas sociais e políticas, as práticas
culturais e de comunicação, a relação com a natureza e o meio ambiente, com a
propriedade pública e privada, são partes integrantes do exercício do cidadão, assim
como a vida pessoal, o cotidiano, a convivência e as questões ligadas ao corpo e à
saúde. Assim, trabalhar os conteúdos das ciências naturais e humanas no contexto
da cidadania pode significar um projeto de tratamento da água ou do lixo da escola.
Assim como, em outras áreas, podem ser trabalhados temas no contexto da
comunicação na sala de aula, na análise de programas de televisão, dos diferentes
usos da língua, dependendo das situações, da convivência no espaço público, no
respeito ao coletivo e ao privado.
O contexto que é mais próximo do educando e mais facilmente explorável
para dar significado aos conteúdos da aprendizagem é o da vida pessoal, do
cotidiano e da convivência. O educando vive num mundo de fatos regidos pelas leis
naturais e está imerso num universo de relações sociais. Está exposto a
informações cada vez mais acessíveis e rodeado por bens cada vez mais
diversificados, produzidos com materiais sempre novos, estando exposto também a
vários tipos de comunicação pessoal e de massa, de apelos ao consumismo e de
vantagens pessoais.
O cotidiano e as relações estabelecidas com o ambiente físico e social
devem permitir dar significado a qualquer conteúdo curricular, fazendo ponte entre o
que se aprende no Colégio e o que se faz viver e observar no dia a dia. O respeito
ao outro e ao público, essenciais à cidadania, iniciam-se nas relações de
convivência cotidiana, na família, na escola, no grupo de amigos, na convivência
social e no ambiente de trabalho.
É função social do Colégio, comprometer-se com um projeto de
desenvolvimento justo, igualitário e sustentável, ter o social como eixo, apoiando-se
no princípio da democratização do Estado e das relações sociais, exigindo do
governo o comprometimento com os interesses coletivos da sociedade e, ao mesmo
tempo, contemplando as minorias. Assumir que o desenvolvimento humano,
41
educacional, social e econômico é fundamental para reduzir as desigualdades
extremas, consolidar a democracia e assegurar um mínimo de soberania ao país.
5.6 AVALIAÇÃO
Conforme estabelece a Deliberação n.º 007/99-CEE/PR, avaliação é
entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e
interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, bem como
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. O Colégio adota a sistemática de
avaliação permanente, sem questionar o processo de aprendizagem propriamente
dito, que é pessoal, portanto diferenciado, porque cada educando aprende
diferentemente, em tempo, estilo, ênfases e estratégias que lhe são próprios. A
prática da avaliação formativa regulariza a aprendizagem por professores e
educandos, considerando os propósitos estabelecidos. (PERRENOUD, 1999,P.77).
O sistema de avaliação adotado pelo Colégio contemplará, no mínimo, três
avaliações com peso de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero)
diversificadas, esperando-se que, o professor desenvolva avaliações capazes de
estimularem a pesquisa individual, e/ou coletiva, a fim de que o educando aprenda a
ir em busca do conhecimento, estimule o trabalho em grupo permitindo-se a
resolução de problemas, o desenvolvimento da oralidade, a participação em
trabalhos e realização de tarefas, favorecendo-se assim, o seu desenvolvimento
pessoal e social. Além disso, a recuperação de conteúdos se desenvolverá de forma
concomitante ao processo, sempre que constatada a necessidade.
A média bimestral composta pela somatória da média parcial 4,0 (quatro
vírgula zero), obtida através de no mínimo 02 (duas) atividades diversificadas como
participação em trabalhos práticos de campo, trabalhos de pesquisa, apresentações
orais e escrita, seminários, debates, lista de exercícios, etc, mais a média parcial 6,0
(seis vírgula zero), resultante de no mínimo 02 (duas) avaliações (provas orais ou
escritas) que, somadas à média dos trabalhos, totalizam a média bimestral 10,0
(dez).
As recuperações de estudos serão concomitantes aos conteúdos
desenvolvidos no bimestre, e todos os alunos terão direito às mesmas, observando
a totalidade exigida como média bimestral 10,0 (dez virgula zero), sendo: oferecido a
42
oportunidade de recuperação de notas oriundas de trabalhos da média parcial 4,0
(quatro vírgula zero) e avaliações média parcial 6,0 (seis vírgula zero) devendo
constar o seu registro no livro de registro de classe.
Além disso, a recuperação concomitante (paralela segundo a LDB) ocorrerá
sempre que necessário, não havendo um tempo específico para isso.
A realização da regulação privilegia o sujeito, propondo novos desafios e
ações com o conhecimento, de forma que possa ser incorporado pelo educando;
não tal como o conhecimento se apresenta, mas como um processo de conquista
dele para melhor interagir com a cultura existente, constituindo uma experiência
singular, que é partilhada com os demais colegas da classe, transformando a sala
de aula num processo vivo de aprendizagem, um estúdio, um lugar onde a
criatividade deve ser marcante.
“Entende-se que os propósitos do ensino indicam o ponto de partida,
mas não o engessamento do ponto de chegada, ou seja, podemos
definir os critérios, mas não podemos considerá-los fixos a priori,
senão transformáveis como as próprias ações que constituem o
processo de ensino e aprendizagem” (WACHOWICZ, 2000, p. 106).
Praticar a avaliação em processo, a avaliação formativa, significa ajustar
também os critérios à ação, incluir os educandos para assumirem, junto com o
professor, os riscos das decisões tomadas: educandos e professores com o mesmo
compromisso de realizarem a conquista do conhecimento no mais alto grau possível,
na complexidade e na incerteza em que o processo de conhecer se apresenta, com
rigor e exigência, mas que não exclui nenhum dos educandos, porque o pacto pelas
finalidades da aprendizagem é coletivo.
A diversidade de estratégias, técnicas, procedimentos e experiências, fazem
parte da cultura e da prática pedagógica, que se densifica quando se tornam
conscientes o conhecimento e o processo realizado, ou seja, a prática da auto-
avaliação.
Numa avaliação formativa, as propostas têm enfatizado a participação dos
educandos na organização e desenvolvimento das atividades de ensino e
aprendizagem, e tomam por base a valorização do processo de aprendizagem em
que o conhecimento é contextualizado historicamente, num processo permanente de
43
questionamento, análise, reflexão, composição e recomposição, percebendo as
múltiplas dimensões e inter-relações.
A avaliação formativa consiste na prática da avaliação contínua, realizada
durante o processo de ensino e aprendizagem em curso, por meio de processo de
regulação permanente. Professores e educandos estão empenhados em verificar o
que se sabe, como se aprende e o que não se sabe para indicar os passos a seguir,
o que favorece o desenvolvimento, pelo educando, da prática de aprender a
aprender. A avaliação formativa é procedimento de regulação permanente da
aprendizagem, realizado por aquele que aprende (BONNIOL e VIAL, 2001).
Nesta prática, a observação do professor tem como ponto de partida a
perspectiva daquele que aprende cujo critério transforma-se numa ferramenta de
trabalho que evolui e pode ser melhorada. A manifestação dos educandos é
analisada permanentemente para a continuidade do processo, e as apreciações
evolutivas são constantes. A autoavaliação assume perspectiva de regulação da
aprendizagem, na qual a metacognição é preponderante, e consiste nos
mecanismos de controle e ajuste do educando sobre seus próprios processos de
aprendizagem.
Nesse processo, desde o início da aprendizagem, o professor observará e
registrará suas impressões, orientando e indicando ajustes e possibilidades de
melhoria do trabalho que os educandos desenvolvem, mas não realiza um registro
de notas. É difícil estabelecer uma média de aprendizagem e verificar com certeza
que habilidades e domínios de aprendizagem foram empregados pelos educandos.
A avaliação, nesse caso, é determinada pelo conjunto de trabalho e não pela
soma das partes. A argumentação, a percepção aguçada e crítica no exame de
dados, a capacidade de articulação de teoria e prática, as habilidades de
organização das respostas, com logicidade, clareza e coerência, os estilos de fala e
escrita, o emprego adequado de princípios e normas, formam um conjunto de
aprendizagens ao qual pode-se atribuir a distinção acadêmica. É a totalidade da
aprendizagem que precisa ser destacada. Quanto mais o processo avançar na
complexidade do conhecimento, maior será a conquista, que não exclui os sujeitos e
a diversidade.
Em conformidade com as referências citadas, o Colégio adota a sistemática
de avaliação permanente, sem questionar o processo de aprendizagem
propriamente dito, que é pessoal e, portanto, diferenciado, porque cada educando
44
aprende diferentemente em tempo, estilo, ênfases e estratégias que lhe são
próprios. A prática da avaliação formativa regulariza a aprendizagem por professores
e educandos, considerando os propósitos estabelecidos (PERRENOUD, 1999,P.77).
5.7 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação é um dos aspectos necessários da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, no qual o educando com aproveitamento insuficiente,
dispõe de oportunidades e condições próprias que lhe possibilitem a apreensão dos
conteúdos básicos necessários à sua formação.
A recuperação de estudos será concomitante e ocorrerá sempre que
necessário, com a retomada dos conteúdos, através de metodologias diferenciadas,
onde o aluno possa evidenciar novas experiências educativas e alternativas de
aprendizagem, para que possa refletir sobre a construção de novos conceitos, novas
noções como uma ação desafiadora, de forma a reorientar o processo de ensino e
aprendizagem do educando, conforme dispõe o regimento Escolar.
5.8 ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO COM AS FAMÍLIAS
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo tem como norma trabalhar com a
integração e em parceria com as famílias dos alunos, pois esse acompanhamento
do processo é fundamental para o sucesso da educação e da função social do
estabelecimento de ensino público, qual seja, construir novos paradigmas à
existência, autossustentáveis, concreta e subjetivamente.
No início de cada ano letivo realiza-se assembleia com os pais para
repassar as normas internas do Colégio, assim como todas as informações sobre o
funcionamento do Curso, tendo em vista tratar-se de uma modalidade diferente,
visando diretamente a formação profissional. Os pais dos educandos que ingressam
no 1º ano são convidados a comparecer no Colégio para dialogar sobre o histórico
escolar do educando. Conhecendo esse histórico, é possível atender às
necessidades e compreender o processo de formação pessoal e profissional de
cada um.
45
Durante o decorrer do ano são realizadas outras assembleias e reuniões
sempre que necessário; além disso, o Colégio também estimula a vinda dos pais ao
estabelecimento de ensino para tratar de assuntos de interesse comum.
5.9 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A Avaliação Institucional é um processo de auto-avaliação e tem por objetivo
conhecer, de forma sistemática, a realidade do Colégio, através da participação de
todos os segmentos da comunidade escolar, partindo da construção coletiva de uma
concepção de avaliação processual, emancipadora, democrática e formativa.
É realizada bimestralmente pelo estabelecimento, ou conforme programa da
Secretaria de Estado da Educação - SEED, com o propósito de proporcionar
reflexão e discussão coletiva, a fim de criar uma cultura de avaliação institucional,
como forma de comprometimento, para efetivação do processo de ensino-
aprendizagem. É voltada para a construção da cidadania, a qual se traduz em
consciência real dos direitos e deveres da Instituição, como forma de garantir a sua
autonomia, considerando uma visão global do “pensar, fazer, repensar e refazer
escolar”.
Além da Avaliação Institucional, são realizadas reuniões semanais ou
periódicas, para avaliação dos trabalhos desenvolvidos no Colégio, com a Direção,
Equipe Pedagógica, Administrativa, Coordenações e demais instâncias.
5.10 GESTÃO DEMOCRÁTICA
A concepção de gestão democrática e participativa baseia-se na relação
orgânica entre a direção e a comunidade escolar. Essa gestão acentua a
importância da busca de objetivos comuns assumidos por todos. Defende uma
forma coletiva de gestão, na qual as decisões são tomadas coletivamente e
discutidas publicamente. Entretanto, uma vez tomadas as decisões coletivamente,
infere que cada membro da equipe assuma sua parte no trabalho, admitindo-se a
coordenação e a avaliação sistemática da operacionalização das decisões tomadas,
dentro de uma real diferenciação de funções e saberes.
A participação é o principal meio de se assegurar a gestão democrática na
escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e estudantes e familiares no
46
processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além
disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura
organizacional e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e
favorece uma aproximação maior entre professores, educandos, pais e sociedade.
5.10.1 Filosofia
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo tem como pensamento central de
que a educação é direito social básico e universal, fundamental para a construção
de uma nação autônoma, soberana e solidária, com características humanistas e
científico-tecnológicas condizentes com os requisitos da formação integral do ser
humano, desenvolvendo no indivíduo o espírito de cidadania e atitudes responsáveis
em relação ao meio ambiente civilizado e o natural.
É no campo das relações consigo mesmo, com a sociedade, com as
instituições e com a natureza que se encontram as possibilidades dinamizadoras de
ligação dos seres humanos com a própria produção das condições da existência
social com as realizações da sociedade humana.
Oferecer uma educação de qualidade que venha de encontro com as
demandas tecnológicas, científicas e sociais, é, também, valorizar o homem do
campo, pois a educação entendida como uma ação de emancipação e cidadania de
todos os sujeitos compromete-se com o desenvolvimento sustentável e com a
redução das desigualdades sociais, tanto urbanas como rurais, nos setores
agrícolas, industriais, comerciais e de prestação de serviços.
A proposta do Colégio está embasada na aplicação dos princípios filosóficos
da existência harmoniosa entre os seres animados e inanimados, pelo uso
sustentável dos recursos materiais, no tratamento de conteúdos de ensino que
facilitem a constituição do fortalecimento dos laços de solidariedade e de tolerância
recíproca, para a formação de valores, tendo como finalidade o aprimoramento da
pessoa humana e da natureza que o cerca, promovendo a formação ética e o
exercício da cidadania.
47
5.10.2 Princípio da igualdade
A contribuição da educação escolar, em todos os níveis e modalidades, para
o processo de universalização dos direitos básicos da cidadania, é valorizada pela
sociedade brasileira. A educação profissional, particularmente, situa-se na
conjunção do direito ao trabalho. Se for eficaz para aumentar a laboralidade,
contribui para a inserção bem sucedida no mundo e no mercado de trabalho, ainda
que não tenha poder, por si só, para gerar emprego.
Dentre todos os direitos humanos, a Educação Profissional está assim
convocada a contribuir na universalização, talvez, do mais importante, o direito ao
trabalho, aquele cujo exercício permite às pessoas ganharem sua própria
subsistência e com isso alcançarem dignidade, autorrespeito e reconhecimento
social como seres produtivos. O direito de todos à educação para o trabalho é, por
esta razão, o principal eixo da política da igualdade como princípio orientador da
Educação Profissional.
O ponto de partida deste princípio inspirador é o reconhecimento dos direitos
humanos e o exercício dos direitos e obrigações da cidadania, como fundamento da
preparação do educando para a sua vida em sociedade, ou seja, expressa-se na
busca da equidade e no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio
ambiente saudável e outros benefícios, bem como, no combate a todas as formas de
preconceitos e discriminação por motivo de cor, opção sexual, religião, cultura,
condição econômica, de aparência ou física.
Outra faceta da política da igualdade é a do respeito ao bem comum. Isto é
expresso por condutas de participação e solidariedade, respeito e senso de
responsabilidade pelo outro e pelo público. Leva também o ideal de igualdade para
as relações pessoais na família e no trabalho. Além disso, num outro sentido,
provoca o envolvimento crescente das pessoas e organizações não governamentais
nas decisões antes reservadas ao “poder público”.
A Política da Igualdade, inspiradora do ensino de todos os
conteúdos, é ela mesma, um conteúdo de ensino, sempre que nas
ciências, nas artes, nas linguagens, estiverem presentes os temas
dos direitos da pessoa humana, do respeito, da responsabilidade e
da solidariedade, e significados dos conteúdos curriculares se
48
contextualizarem nas relações pessoais e práticas sociais
convocatórias da igualdade (DCNEM, p. 22).
Um dos fundamentos da política da igualdade é a estética da sensibilidade.
É desta que se lança mão quando denuncia os estereótipos que alimentam as
discriminações, e quando, reconhecendo a diversidade, afirma que oportunidades
iguais são necessárias, mas não suficientes para oportunizar tratamento
diferenciado, visando promover igualdade entre os desiguais (DCNEM, p. 22).
Garantir esses padrões torna-se compromisso permanente da escola em
usar o tempo e o espaço pedagógico, as instalações e equipamentos, os materiais
didáticos e os recursos humanos, no interesse dos educandos. Em cada decisão
administrativa ou pedagógica, está o compromisso de priorizar o interesse da
maioria dos educandos.
Na Educação Profissional, o respeito ao bem comum, à solidariedade e
responsabilidade manifestam-se, sobretudo nos valores que essa modalidade deve
testemunhar e construir em seus educandos, para o respeito em relação ao trabalho.
A qualidade da preparação para o trabalho dependerá cada vez mais do
acolhimento de diferentes capacidades e necessidades de aprendizagem. A
preparação para a vida produtiva orientada pela política da igualdade deverá
constituir-se em uma relação de valor do próprio trabalho e do trabalho dos outros,
conhecendo e reconhecendo sua importância para o bem comum e a qualidade de
vida. Precisa, portanto, buscar a construção de uma nova forma de valorização,
superando preconceitos próprios das sociedades, discriminações e privilégios no
âmbito do trabalho.
A política da igualdade deve incentivar situações de aprendizagem nas quais
o protagonismo do educando e o trabalho de grupo sejam estratégias para a
contextualização dos conteúdos curriculares no mundo da produção, e em sintonia
com as mudanças na organização do trabalho coletivo, onde a solidariedade e o
companheirismo prevaleçam.
5.10.3 Liberdade/autonomia
A eficácia e o sucesso da escola supõem a existência de autonomia
vinculada à proposta pedagógica. Na verdade, a proposta pedagógica é a forma
49
pela qual a autonomia se exerce. Sua eficácia depende de se conseguir por em
prática um processo permanente de mobilização de “corações e mentes”, em uma
sintonia, para alcançar objetivos compartilhados. A autonomia subordina-se aos
princípios e diretrizes indicadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e em seus
desdobramentos pedagógicos.
Na sala de aula a autonomia tem como pressuposto, além da capacidade
didática do professor, seu compromisso e, por que não dizer, cumplicidade com os
educandos, que faz do trabalho cotidiano de ensinar um permanente voto de
confiança na capacidade de todos.
O professor, como profissional formador de opinião, construirá sua
identidade com ética e autonomia se, inspirado na estética da sensibilidade, buscar
a qualidade e o aprimoramento da aprendizagem dos educandos; e, inspirado pela
política da igualdade, desenvolver um esforço continuado para garantir
oportunidades iguais de aprendizagem e tratamento adequado às suas
características pessoais.
Por essa razão a autonomia depende de qualificação permanente dos que
trabalham neste Colégio, em especial dos professores, proporcionando condições
para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade, onde o exercício pleno da
autonomia se manifesta na elaboração de uma proposta pedagógica que venha de
encontro com as necessidades da comunidade escolar. É expressão de liberdade e
iniciativa, e, por essa razão, não podem prescindir do protagonismo de todos os
elementos do Colégio.
A autonomia é o fundamento da concepção democrático-participativa de
gestão escolar, razão de ser do projeto pedagógico. O processo deve ser
democrático, contando, necessariamente, com a participação efetiva de todos,
especialmente dos docentes, e deve ser fruto e instrumento de trabalho da
comunidade escolar.
O exercício da autonomia escolar inclui, obrigatoriamente, a prestação de
contas dos resultados. Esta requer informações sobre a aprendizagem dos
educandos e do funcionamento das instituições escolares. Como decorrência, a
plena observância do princípio da autonomia da escola na formulação e na
execução de seu projeto pedagógico é indispensável e requer a criação de sistemas
de avaliação que permitam coleta, comparação e difusão dos resultados. Este
Colégio, por ofertar educação profissional, deve constituir-se em centro de referência
50
tecnológica no campo da agropecuária e para a região onde está localizado. Essa
perspectiva aponta para ambientes de aprendizagem colaborativa.
5.10.4 A ética da identidade
A ética da identidade será o coroamento de um processo de permanente
prática de valores ao longo do desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico no
Colégio Agrícola, assumidos os princípios inspirados na estética da sensibilidade e
na política da igualdade. Seu principal objetivo é a constituição de competências que
possibilitem aos trabalhadores ter maior autonomia para gerenciar sua vida
profissional. Ao partir da autonomia intelectual e ética constituída na educação
básica, a educação profissional terá de propiciar ao educando o exercício da escolha
e da decisão entre alternativas diferentes, tanto na mera execução de tarefas
laborais como na definição de caminhos, procedimentos ou metodologias mais
eficazes para produzir com qualidade.
A ética da identidade na educação profissional deve trabalhar
permanentemente as condutas dos educandos, para fazer deles defensores do valor
da competência, do mérito, da capacidade de fazer bem feito, contra os favoritismos
de qualquer espécie, e da importância da recompensa pelo trabalho bem feito que
inclui o respeito, o reconhecimento e a remuneração condigna.
Educar sob a inspiração da ética não é transmitir valores morais,
mas criar as condições para que as identidades se constituam pelo
desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à
igualdade, a fim de orientar suas condutas por valores que
respondam às exigências do seu tempo (DCNEM, p. 24).
A identidade constitui-se mais com os semelhantes, diretamente na
convivência, a qual é o âmbito privilegiado do aprender a ser. Visa formar pessoas
solidárias, autônomas. A ética da identidade tem como fim mais importante a
autonomia, daí seu imenso valor na educação escolar, visto que o jovem terá que
fazer suas escolhas ou projeto de vida. As situações de fracasso escolar abalam a
auto estima de seres que estão constituindo suas identidades e que acabam
51
incorporando o fracasso em suas vidas,o que exige responsabilidade dos
educadores.
Contextos nos quais o sucesso resulta da astúcia e não da qualidade do
trabalho realizado, que recompensam o “levar vantagem em tudo”, em lugar do
esforçar-se, não favorecem nos educandos identidades constituídas com
sensibilidade, estética e igualdade política”. (DCNEM, p. 25).
A educação é um processo de construção de identidades e se deve dar sob
inspiração da ética, criando as condições para que as identidades se constituam
pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade,
a fim de que orientem suas condutas por valores que respondam às exigências do
seu tempo.
A educação precisa estar comprometida com o desenvolvimento integral da
pessoa. A essência do currículo consiste no entrelaçamento do desvelar da história
do eu individual com o desvelar do eu coletivo.
A pedagogia, como as demais “artes”, situa-se no domínio da
estética e se exerce deliberadamente no espaço da escola. A
sensibilidade da prática pedagógica para a qualidade do ensino e da
aprendizagem dos educandos será a contribuição específica e
decisiva da educação escolar para a igualdade, a justiça, a
solidariedade, a responsabilidade. Dela poderá depender a
capacidade dos jovens cidadãos do próximo milênio para aprender
significados verdadeiros do mundo físico e social, registrá-los,
comunicá-los e aplicá-los no trabalho, no exercício da cidadania, no
projeto de vida pessoal (DCNEM, p.25).
No testemunho da solidariedade e da responsabilidade como motivação
intrínseca, independente das recompensas externas, para o trabalho de qualidade.
Quem, por decisão autônoma, integra o trabalho em sua vida como um exercício de
cidadania, sente-se responsável pelo resultado perante e com sua equipe de
trabalho, e diante do cliente, de sua família, da comunidade próxima e da sociedade.
Para uma escola de qualidade, é indispensável que existam mecanismos de
avaliações dos resultados para aferir se os objetivos estão sendo alcançados. E
para que tais mecanismos funcionem como sinalizadores eficazes deverão ter como
52
referência os conteúdos básicos apreendidos pelos educandos bem sucedidos. A
diversificação deverá ser acompanhada de sistemas de avaliação que permitam o
acompanhamento dos resultados.
Enfim, o que se propõe é desenvolver nos jovens os conhecimentos, as
competências cognitivas e sociais aliadas à constituição de identidades
comprometidas com a verdade, com a autonomia intelectual e o pensamento crítico.
Integrar formação para o trabalho com o desenvolvimento da pessoa humana será o
desafio que a LDB nos coloca no art. 35, inciso III. Seu ideal é o humanismo.
5.10.5 Inclusão
De acordo com o CEE, processo nº 730/03, deliberação nº 02/03, aprovada
em 02/06/03, pela comissão temporária de educação especial, em seu artigo
primeiro, que fixa as normas para a Educação Especial, modalidade da Educação
Básica, para o Sistema de Ensino do Estado do Paraná, para alunos com
necessidades educacionais especiais, aqui denominada Educação Especial, reza,
em seu “Parágrafo único - Esta modalidade assegura educação de qualidade a
todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da
educação básica, e apoio, complementação e/ou substituição dos serviços
educacionais regulares, bem como a educação profissional para ingresso e
progressão no trabalho, formação indispensável para o exercício da cidadania.”
O movimento nacional para incluir todas as crianças na escola e o ideal de
uma escola para todos, vem dando novo rumo às expectativas educacionais, para
os educandos com necessidades especiais. O direito da pessoa à educação é
resguardado pela política nacional de educação, independentemente de gênero,
etnia, idade ou classe social. O acesso à escola transcende o ato da matrícula e
implica apropriação do saber e das oportunidades educacionais oferecidas à
totalidade dos educandos, com vistas a atingir as finalidades da educação, a
despeito da diversidade na população escolar.
A perspectiva de educação para todos constitui um grande desafio, quando
a realidade aponta para uma numerosa parcela de excluídos do sistema educacional
sem possibilidade de acesso à escolarização, apesar dos esforços empreendidos
para a universalização do ensino. Enfrentar esse desafio é condição essencial para
atender à expectativa de democratização da educação em nosso país e às
53
aspirações de quantos almejam o seu desenvolvimento e progresso. A formação e a
capacitação docente impõem-se como meta principal a ser alcançada na
concretização do sistema educacional que inclua a todos, verdadeiramente.
Assim, depreende-se a importância da educação escolar no exercício da
cidadania que implica a efetiva participação da pessoa na vida social resguardada a
sua dignidade, a igualdade de direitos, a importância da solidariedade e do respeito,
bem como a recusa categórica de quaisquer formas de discriminação.
Com base no reconhecimento da diversidade existente na população escolar
e na necessidade de respeitar e atender a essa diversidade, o presente trabalho
focaliza o currículo como ferramenta básica da escolarização; busca dimensionar o
sentido e o alcance que se pretende dar às adaptações curriculares como
estratégias e critérios de atuação docente; e admite decisões que oportunizam
adequar a ação educativa escolar às maneiras peculiares dos educandos
aprenderem, considerando que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe
atender à diversificação de necessidades dos educandos na escola.
A inclusão escolar constitui, portanto, uma proposta politicamente correta
que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade de
direitos e de oportunidades educacionais para todos, em um ambiente educacional
favorável.
Para atender as necessidades educacionais especiais, a legislação
educacional preconiza a atenção à diversidade da comunidade escolar e baseia-se
no pressuposto de que a realização de adaptações curriculares pode atender a
necessidades particulares de aprendizagem dos educandos. Consideram que a
atenção à diversidade deve concretizar-se em medidas que levam em conta não só
as capacidades intelectuais e os conhecimentos dos educandos, mas, também, seus
interesses e motivações.
As adaptações curriculares constituem, pois, possibilidades educacionais de
atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos educandos, pressupondo-se que
seja realizada a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo
apropriado as peculiaridades dos educandos com necessidades especiais. Não é
necessário um novo currículo, mas um currículo dinâmico, flexível, passível de
ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos.
A escola para todos requer uma dinamicidade curricular que permita ajustar
o fazer pedagógico às necessidades dos educandos.
54
Os educandos com necessidades educacionais especiais receberá
atendimento especial por parte dos professores, os quais são orientados a
acompanhar o desempenho dos educandos nas atividades, permitindo-lhes uma
temporalidade diferenciada, quando necessário. Os mesmos são acompanhados
pela Equipe Pedagógica, quando necessário e encaminhados para avaliação pela
Equipe do Departamento de Educação Especial do Núcleo Regional de Educação.
Em relação a Inclusão a LDB 9394/96 e Deliberação CEE 02/03
estabelece em seus artigos normas para a Educação Especial, modalidade da
Educação Básica para alunos com necessidades educacionais especiais, no
Sistema de Ensino Federal como também do Estado do Paraná.
Os alunos com necessidades educacionais especiais (Educação Especial)
devem ter assegura educação de qualidade em todas as etapas da educação
básica, e apoio, complementação e/ou substituição dos serviços educacionais
regulares, bem como a educação profissional para ingresso e progressão no
trabalho, formação indispensável para o exercício da cidadania.
Segundo a mesma lei e Deliberação a Educação Especial, dever
constitucional do Estado e da família, será oferecida, preferencialmente, na rede
regular de ensino e o atendimento educacional especializado será feito em classes e
escolas especiais ou por serviços especializados, sempre que, em função das
condições específicas dos alunos, não for possível sua educação no ensino regular.
Ao analisarmos os recursos materiais para a inclusão educacional
percebemos que em relação a estrutura física o colégio Colégio Agrícola Estadual
de Toledo, conta com estrutura parcialmente adequada para acessibilidade aos
alunos com necessidades especiais, como rampas de acesso os ambientes,
banheiros adaptados e elevador, mas na parte que tange o processo de ensino e
aprendizagem, percebe-se a necessidade de se capacitar, estruturar e dar
possibilidade para os educadores possam trabalhar com estes alunos, como
também faz-se necessário uma ação em compatibilidade com as políticas públicas
para o desenvolvimento do aluno em todos os aspectos e inserção do mesmo no
ensino regular.
55
5.11 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e
realização do trabalho pedagógico e administrativo do Colégio, em conformidade
com as políticas e diretriz educacional da SEED, observando a Constituição Federal,
a LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação, - o Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA, o Projeto Político Pedagógico, e o Regimento Escolar, para o
cumprimento da função social e específica do estabelecimento de ensino.
É constituído por representantes de todos os segmentos da comunidade
escolar e do entorno do estabelecimento, e tem como membro nato o Diretor do
estabelecimento. Os representantes do Conselho Escolar serão escolhidos entre
seus pares mediante processo eletivo de cada segmento escolar, garantindo a
representatividade de todos os níveis e modalidades de ensino. Obedecendo ao
princípio da representatividade, que abrange toda a comunidade escolar, é
observada a seguinte proporcionalidade: 50% (cinqüenta por cento) para categoria
profissionais da escola, ou seja, os professores, equipe pedagógica e funcionários;
50% (cinqüenta por cento) para a categoria comunidade atendida pelo Colégio, os
educandos, pais de educandos e movimentos sociais organizados da comunidade.
5.12 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado composto pelos Professores de
cada classe, Direção Geral, Auxiliar Pedagógica e da UDP, Secretaria, Equipe
Pedagógica e Coordenação. É instância que permite o acompanhamento dos
educandos e educadores em suas práticas, visando a um conhecimento minucioso
de cada turma e de cada estudante, pela análise do desempenho, com base nos
resultados alcançados. Tem a responsabilidade de formular propostas referentes à
ação educativa e didática, facilitar e ampliar relações mútuas entre os professores,
pais e educandos, no sentido de corrigir falhas e aprimorar metodologias.
Possui a competência para formular sugestões e propostas para os
professores e a equipe e coordenação pedagógica, tais como: rever o processo de
ensino-aprendizagem, as atividades de integração e iniciativas de apoio, verificação
56
periódica do andamento geral das atividades e do processo de ensino e
aprendizagem.
Tem competência para deliberar a respeito do aproveitamento do estudante
durante o processo de ensino e aprendizagem, e decidir, em coletivo, a respeito do
resultado de suas atividades.
5.13 GRÊMIO ESTUDANTIL E CONSELHO DE REPRESENTANTE DE TURMAS
O Conselho de Representantes de Turmas (CRT) é a instância intermediária
de deliberação do Grêmio, é o órgão de representação exclusiva dos estudantes, e
será constituído somente pelos representantes de turmas, eleito pelos educandos de
cada turma.
5.14 APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)
APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.
Constituído com número ilimitado de integrantes efetivos, colaboradores e
honorários. Serão integrantes efetivos todos os pais, ou responsáveis legais,
Mestres e Funcionários da Unidade Escolar. Os integrantes colaboradores serão ex-
educandos, pais de ex-educandos, ex-professores, ex-funcionários e membros da
comunidade que manifestarem o desejo de participar. Os integrantes honorários, por
indicação dos integrantes efetivos, com a aprovação da Assembléia Geral, são todos
aqueles que tenham prestado relevantes serviços à educação e a APMF.
Por este Colégio ser agrícola, a APMF emite nota fiscal do produtor rural
para suas atividades comerciais.
57
6. MARCO OPERACIONAL
6.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA
O modelo de gestão adotada por este Colégio é a concepção democrático-
participativa, baseando-se na relação orgânica entre a direção e as demais
instâncias do Colégio, num processo que rege o funcionamento do estabelecimento
de ensino, compreendendo a tomada de decisão conjunta no planejamento,
execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e
pedagógicas.
A gestão democrática caracteriza-se pela:
a) definição explícita de objetivos sócios políticos e pedagógicos da
escola, pela comunidade escolar;
b) articulação entre a atividade de direção e a iniciativa e participação das
pessoas da escola e das que relacionam-se com ela;
c) qualificação e competência profissional;
d) busca de objetividade no trato das questões da organização e gestão,
mediante coleta de informações reais;
e) acompanhamento e avaliação sistemáticos com finalidade pedagógica;
diagnóstico, acompanhamento dos trabalhos, re-orientação de rumos e ações,
tomada de decisões;
f) todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados.
6.2 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
6.2.1 Direção
A Direção é o órgão responsável pela administração e gestão, pela ação de
forma integrada e articulada de todos os elementos do processo organizacional,
envolvendo atividades de mobilização, liderança, motivação, comunicação e
coordenação. Será exercida por um diretor eleito pela comunidade escolar, através
do voto.
O Diretor do Colégio é eleito, de acordo com os critérios estabelecidos pela
Lei nº 14.231 de 26/11/2003, publicado no Diário Oficial nº 6615 de 27/11/2003.
58
6.2.2 Equipe pedagógica
A Equipe Pedagógica é responsável pela elaboração, coordenação,
implantação e implementação do Projeto Político Pedagógico desta instituição de
ensino.
A Equipe Pedagógica está diretamente subordinada ao Diretor Auxiliar
Pedagógico e ao Diretor Geral do Colégio.
6.2.2.1. Organização pedagógica
A Equipe Pedagógica é constituída por: Diretor Auxiliar Pedagógico, Diretor
Auxiliar da UDP, Coordenador(es) de Curso; Coordenador(es) de Estágio;
Orientador(es) de Estágio; Professores Pedagogos e de Internato, Auxiliar Agrícola
da UDP, Auxiliar Pecuário da UDP, Auxiliar Agroindústria da UDP, Auxiliar de
Biblioteca, Técnicos de Laboratório, Corpo Docente e Conselho de Classe.
6.2.2.2 Direção Auxiliar Pedagógica
O Diretor Auxiliar Pedagógico é eleito através de processo de consulta, nos
termos da Lei, entre Professores, Pedagogos e Funcionários que tenham pelo
menos curso de graduação em licenciatura plena, do Quadro Próprio do Magistério
(QPM), TF57, TF58 ou CLAD, ou outros contratos autorizados pela SEED, em
conformidade com legislação pertinente ao processo de escolha de Diretores e
Diretores Auxiliares dos Estabelecimentos da Rede Estadual de Educação Básica do
Paraná.
Cabe ao Diretor Auxiliar Pedagógico, organizar, orientar e supervisionar a
Coordenação de Curso, Coordenação de Estágio, Orientação de Estágio,
Orientação Educacional, Supervisão Escolar, Auxiliar de Biblioteca, Corpo Docente,
Conselho de Classe e Direção Auxiliar da UDP, no que diz respeito às ações
pedagógicas. Suas atribuições e funções estão especificadas no Regimento Escolar.
59
6.2.2.3 Direção Auxiliar da UDP
O Diretor Auxiliar da Unidade Didática Produtiva será um profissional com
formação em Ciências Agrárias ou qualquer Professor ou Servidor com licenciatura
plena, nos termos da Lei e das normas da SEED.
O Diretor Auxiliar da Unidade Didática Produtiva será eleito pela comunidade
escolar através de voto e nomeado por ato da Secretaria de Estado da Educação.
Seu mandato tem a mesma duração que o do Diretor e do Diretor Auxiliar
Pedagógico. Suas atribuições e funções estão descritas e constam no Regimento
Interno do Colégio.
6.2.2.3.1 Da Unidade Didático Produtiva - UDP
A Unidade Didático Produtiva - UDP, do Colégio Agrícola Estadual de
Toledo, é uma designação dada ao conjunto dos diversos setores que dão suporte
às aulas práticas das disciplinas da formação específica, com fins especificamente
pedagógicos.
É uma unidade necessária para integrar teoria e prática, a fim de que se
possa atingir a práxis pedagógica. É constituída pelas áreas agricultáveis, pelas
instalações rurais, pelas culturas, pelas criações e pelas máquinas, implementos e
equipamentos necessários para garantir os processos de ensino, de aprendizagem e
de produção. Deve fornecer condições para o desenvolvimento da produção de
forma sustentável, dinamizando a produção agropecuária, e ainda contribuindo para
a manutenção do Colégio, e gerando prestação de serviços à comunidade na qual
está inserida. É composta pelos setores de Apicultura, Avicultura de Corte,
Biossistema Integrado, Bovinocultura de Leite, Culturas, Cunicultura, Fruticultura,
Minhocultura, Máquinas e Implementos, Jardinagem, Minhocultura, Olericultura,
Piscicultura Plantas Medicinais, Sericicultura, Silvicultura, Suinocultura, Caprino e
Ovinocultura.
6.2.2.4 Professor Pedagogo
Cabe ao Pedagogo proporcionar um espaço aos pais juntamente com os
filhos para aconselhamento quanto a sua função na educação dos filhos e
60
relacionamento familiar. Apoiar os professores promovendo um bom relacionamento
entre o grupo e demais funcionários da escola.
Os Professores Pedagogos são responsáveis pela coordenação,
implantação, no Estabelecimento de Ensino, das Diretrizes Pedagógicas emanadas
da Secretaria de Estado da Educação.
6.2.2.5 Orientador Pedagógico de Internato
Profissional formado em Pedagogia, com o conhecimento da Legislação
Educacional e do Estatuto da Criança e do Adolescente. Deve ter iniciativa e
capacidade de organização, liderança e trato com adolescentes, direcionar e
acompanhar o desempenho escolar dos educandos do Internato, acompanhando
permanentemente o Processo de Avaliação e de Recuperação dos alunos internos,
fornecendo subsídios aos professores, equipe pedagógica e Conselho de Classe.
Deve proporcionar horários de estudos com monitorias e facilitar a recuperação de
conteúdos dos educandos com dificuldades na aprendizagem, elaborando o plano
de trabalho do Setor do Internato.
6.2.2.6 Coordenação de Curso
A função de Coordenação do Curso será suprida por profissionais com
habilitação específica no curso e/ou conforme orientações da SEED, indicado pela
direção. Deverão realizar um trabalho juntamente com um profissional Pedagogo na
viabilização, integração e articulação, do trabalho didático-pedagógico diretamente
com professores e alunos, em função da qualidade do ensino. Orientar o trabalho
pedagógico dos professores atuantes no curso quanto a planejamento, metodologia,
didática, recursos e avaliação, sempre em consonância com a Proposta Pedagógica
Curricular.
61
6.2.2.7 Da Coordenação de Estágio
Os Coordenadores de Estágio serão profissionais com habilitação na área
específica do curso, indicados pelo Diretor, terão a função de orientar e acompanhar
os estágios, identificar oportunidades de Estágio junto às Empresas, organizar a
banca de avaliação, emitir a nota final do estagiário orientado, baseado nas
avaliações parciais e encaminhar à Secretaria da escola para registro e
arquivamento, conforme Plano de Estágio.
6.2.2.8 Orientação de Estágio
Os Orientadores de Estágio deverão ser professores com habilitação na
área específica do curso, cabendo aos mesmos orientar os educandos em relação
aos encaminhamentos e seu aproveitamento na realização do estágio. O professor
também irá receber e corrigir os relatórios e fazer parte da banca de avaliação.
6.2.2.9 Do Estágio Obrigatório e Não Obrigatório Supervisionado
De acordo com o CEE, em sua deliberação de 02/09, “Artigo primeiro, § 3o.
O estágio referente a Programas de Qualificação Profissional com carga horária
mínima de 150 (cento e cinqüenta) horas, deverá estar incluído no Projeto Político
Pedagógico da Instituição de Ensino, em conformidade com o perfil profissional
definido para a sua conclusão, devendo estar explicitada também a carga-horária
máxima do Estágio Profissional.
Art. 2o. - O estágio de natureza obrigatória ou não, concebido como
procedimento didático-pedagógico e como Ato Educativo intencional, é atividade
curricular de competência do estabelecimento de ensino e será planejado,
executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação
profissional dos alunos e/ou outro objetivo previsto no Projeto Político Pedagógico e,
descrito no Plano de Estágio.
Os Estágios Obrigatório e Não Obrigatório Supervisionados, no âmbito do
sistema político educacional do Estado do Paraná, são um poderoso recurso
pedagógico que permitem ao educando o confronto entre os desafios profissionais
62
com sua formação, entendida como teórico-prática. Em ambos os casos, o estágio
e a carga horária realizada deverão ser registrados no histórico escolar do aluno.
O estágio é considerado peça fundamental na formação profissional dos
educandos, que não devem se restringir a meros repassadores de tecnologias e
métodos de trabalhos. Pretende-se a formação de profissionais com percepção
crítica da realidade, capacidade de análise das relações técnicas de trabalho e a
inserção no mundo do trabalho.
Objetivos
Objetivo geral
Contribuir para a formação profissional de nível técnico na área
agropecuária, através do desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do
trabalho, que assegurem concebê-lo como ato educativo em que a teoria e a prática
são indissociáveis.
Objetivos específicos:
Proporcionar os primeiros contatos com as atividades próprias da
área do curso de agropecuária;
Estabelecer condições de articulação entre os conhecimentos
disciplinares da série/semestre e os conhecimentos da formação específica;
Iniciar o processo de inserção do aluno no campo de estágio,
através de atividades planejadas, e orientadas pela Coordenação de Estágio;
Aprofundar a relação entre os conhecimentos teóricos e a prática do
campo de estágio;
Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos
diversos setores da Escola-Fazenda, sob a supervisão de professores orientadores
de estágio e da Coordenação de Estágio.
Os Estágios Supervisionados podem ser realizados em:
Empresas agropecuárias públicas e privadas;
Propriedades rurais, desde que assistida por profissional liberal
vinculado aos órgãos de classe;
Cooperativas e órgãos de pesquisa e extensão rural.
O local deverá ter uma estrutura mínima para realização do Estágio e ser
supervisionado por um profissional, preferencialmente, de nível superior na área.
63
O estágio do Curso Técnico em Agropecuária Integrado, será realizado a
partir da conclusão da primeira série, com carga horária de 360 horas divididas
igualmente em cada série, ou seja, 120 ( cento e vinte ) horas cada.
O Estágio supervisionado é de caráter obrigatório no curso de Técnico em
Agropecuária, sendo, preferencialmente, executado 50% na área agrícola e 50% na
área pecuária.
Avaliação do Estágio
O Estágio Supervisionado servirá tanto para preparação do educando para
o mundo do trabalho, como para a tomada de decisão em relação ao planejamento e
execução da Proposta Curricular. Assim, a qualidade e a adequação do ensino
ofertado pelo estabelecimento escolar também estará sendo avaliada durante o
cumprimento desta disciplina, a de Estágio Obrigatório Supervisionado.
As diversas etapas (encaminhamento, execução efetiva do estágio, relatório
e bancas), correspondem aos processos avaliativos de cada etapa realizada, cada
uma delas terá uma nota, que no final compõe a média da etapa, nota esta na
escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).
6.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
A Educação Profissional será desenvolvida de forma integrada ao Ensino
Regular ou por diferentes estratégias de educação continuada. O termo “integrado”
indica mais que complementaridade, implica em intercomplementaridade, mantendo-
se a identidade de ambos, propõe uma comunhão de finalidades, uma ação
planejada e combinada entre o Ensino Médio e Ensino Profissional.
Ocorre um movimento de aproximação entre as demandas do trabalho e as
da vida cultural e social quando competências básicas passam a ser cada vez mais
valorizadas no âmbito do trabalho e quando a convivência e as práticas sociais na
vida cotidiana são invadidas em escala crescente por informações e conteúdos
tecnológicos. É esse movimento que dá sentido à integração, proposta na lei, entre
educação profissional e ensino médio. A integração das duas modalidades
educacionais tem dois significados importantes, de um lado afirma a comunhão de
valores, que, ao presidirem a organização de ambas, compreendem também o
64
conteúdo valorativo das disposições e condutas a serem constituídas em seus
educandos, bem como a integração reforça o conjunto de competências comuns a
serem desenvolvidas, tanto na educação básica quanto na profissional.
A identidade da educação profissional não prescinde, portanto, da definição
de princípios próprios que devem presidir sua organização institucional e curricular.
Mas, na sua integração com o Ensino Médio, a Educação Profissional deve buscar o
como expressar, na sua especificidade, valores estéticos, políticos e éticos que
ambos comungam.
Não se concebe, atualmente, a educação profissional como simples
instrumento de política assistencialista ou linear ajustamento às demandas do
mercado de trabalho, mas sim, como importante estratégia para que os cidadãos
tenham efetivo acesso às conquistas culturais, científicas e tecnológicas da
sociedade. Impõe-se a superação do enfoque tradicional da formação profissional
baseado apenas na preparação para a execução de um determinado conjunto de
tarefas. A educação profissional requer além do domínio operacional de um
determinado fazer, a compreensão global do processo produtivo, com a apreensão
do saber tecnológico, a valorização da cultura do trabalho e a mobilização dos
valores necessários à tomada de decisões.
65
6.4 MATRIZ CURRICULAR
Matriz Curricular
Estabelecimento:
Município:
Forma: Integrada
Turno: Período Integral
Organização: Seriada
DISCIPLINASSÉRIE
hora1ª 2ª 3ª
1 2 2 2 240 200
2 AGROINDÚSTRIA 2 80 67
3 ARTE 2 2 160 133
4 BIOLOGIA 2 2 2 240 200
5 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 200
6 FILOSOFIA 2 2 2 240 200
7 FÍSICA 2 2 2 240 200
8 FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA 2 2 160 133
9 GEOGRAFIA 2 2 2 240 200
10 HISTÓRIA 2 2 2 240 200
11 HORTICULTURA 3 2 2 280 233
12 INFRAESTRUTURA RURAL 2 2 160 133
13 LEM: INGLÊS 2 80 67
14 3 3 3 360 300
15 MATEMÁTICA 3 3 3 360 300
16 PRODUÇÃO ANIMAL 4 3 3 400 333
17 PRODUÇÃO VEGETAL 3 3 3 360 300
18 QUÍMICA 2 2 2 240 200
19 SOCIOLOGIA 2 2 2 240 200
20 SOLOS 2 2 2 240 200
TOTAL 40 40 40 4800 4000
ESTAGIO SUPERVISIONADO 2 2 160 133
Curso: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
Implantação gradativa a partir do ano:
Carga horária: 4800 horas/aula – 4000 horas mais 133 horas de Estágio Supervisionado
Módulo: 40
hora/ aula
ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURAL
LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA
66
6.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA – ORGANIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA
PROPOSTA DAS DISCIPLINAS – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL
Ação
Tomar conhecimento da proposta do Ministério da Educação das novas
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional, através de leituras e
estudos de documentos. Tomando por base as Diretrizes da Educação Profissional,
o decreto 5.154 de 2004, orientações curriculares do Ensino Médio Integrado à
Educação Profissional, para discussão e elaboração da proposta pedagógica
coletivamente, promovendo a integração entre as disciplinas da base nacional
comum com as disciplinas da formação específica. Da mesma forma, conhecer as
Diretrizes Curriculares Estaduais das disciplinas da Base Nacional Comum, e
discutir os documentos e a proposta curricular das disciplinas da Formação
Específica, emitidas pelo Departamento de Educação e Trabalho e pelos diversos
Departamentos da SEED, resultantes dos diversos encontros estaduais, do
DEB/Itinerante 2007-2008 e do NRE/ Itinerante 2009
Elaboração e implantação da proposta pedagógica das disciplinas do Ensino
Médio Integrado à Educação Profissional.
Objetivos
selecionar os conteúdos de acordo com o diagnóstico existente para o
atendimento das necessidades dos alunos, em conformidade com os objetivos
propostos pelo curso;
analisar os conteúdos curriculares contidos na proposta juntamente com
os professores;
elaborar a Proposta Curricular das disciplinas que compõem a Matriz
Curricular do ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Estado do Paraná,
considerando os aspectos estruturantes: objeto de estudo, pressupostos teóricos,
critérios de seleção dos conteúdos , metodologias, práticas avaliativas e referências;
implantar a proposta pedagógica considerando a especificidade de cada
disciplina, série e turmas.
Detalhamento da ação
67
leitura e análise do PPP, orientações e planejamentos do ano anterior;
utilização de reuniões pedagógicas, das horas-atividade e dos espaços
a serem disponibilizados de acordo com a necessidade de estudo, análise e reflexão
para a proposição de uma ação voltada para a realidade;
adequar, selecionar e priorizar os conteúdos considerados significativos
para a nossa realidade e atingir os objetivos propostos pelo curso;
estudo e análise das orientações curriculares das disciplinas;
sistematização da proposta a partir da apresentação de um roteiro
organizador.
Condições/recursos:
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais da Educação Profissional
técnica de nível médio;
cadernos de orientações Curriculares do Estado do Paraná e
experiências do corpo docente, sites, periódicos e livros.
Responsável
Direção e Equipe Pedagógica.
Cronograma
De fevereiro a novembro de cada ano.
6.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS: UM
PROCESSO PARALELO
Ação
Leitura do PPP no início de cada ano letivo, do capítulo referente a
Recuperação de Estudos, para que os professores possam tomar ciência da
proposta do Colégio. Após a leitura, análise e troca de idéias coletivamente, realizar
a sistematização.
Objetivos
desenvolver um plano de recuperação;
promover uma aprendizagem significativa aos educandos;
68
proporcionar aos educandos que apresentam dificuldades de
aprendizagem e/ou necessidades educacionais especiais, condições de melhoria e
acompanhamento, visando maior rendimento.
Detalhamento da ação
retomada de conteúdos sempre que necessário, constando no
planejamento do bimestre;
utilização de metodologias diferenciadas, com auxílio e apoio do
professor pedagogo, quando necessário.
Condições/recursos
sala de aula;
sistema de monitoria.
Responsável
Professores de cada disciplina conforme necessidade.
Cronograma
Durante todo ano letivo.
6.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA – REUNIÕES PEDAGÓGICAS
As reuniões pedagógicas são momentos de reflexões conjuntas sobre o
processo educativo, visando o aperfeiçoamento da ação pedagógica do Colégio.
Ações
socialização de conhecimentos e informações;
integração dos professores das diversas áreas;
conhecimento das especificidades do curso e do contexto escolar;
avaliação institucional dos cursos como um processo contínuo de
aperfeiçoamento do desempenho acadêmico, com uma ferramenta para o
planejamento e a gestão e como um processo sistemático de prestação de contas à
sociedade;
planejamento e avaliação do trabalho pedagógico do estabelecimento;
69
tomada de decisão coletiva quanto ao processo contínuo de avaliação,
recuperação e promoção de educandos, de acordo com a proposta pedagógica e os
princípios deste estabelecimento de ensino.
Objetivos
ler, analisar textos relacionados a educação, tanto no que diz respeito à
educação geral e profissional;
proporcionar aos professores novas possibilidades de conhecimentos e
incentivar a formação continuada;
promover e compartilhar a troca de idéias e experiências a fim de
melhorar a ações educativas.
Detalhamento das ações
leitura, análise e discussão de textos;
sistematização de informações;
relatos de experiências e depoimentos.
Condições/ recursos
tv multimídia, textos, multimídia, computadores, papel, caneta, giz,
quadro negro.
Responsável
Direção e equipe pedagógica.
Cronograma
Conforme datas previstas em calendário.
6.7 PROFESSORES
6.7.1 Funções e atribuições dos docentes
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados em curso de licenciatura plena, ou em programa de formação
pedagógica, na forma da lei, e das normas do Sistema Estadual de Ensino.
70
A tarefa do educador é muito especial. O professor tem um dom nato de
auxiliar os seus educandos a construírem os conhecimentos, baseados em seus
estudos e experiências de vida. Juntos professores e educandos relacionam-se
mutuamente no processo de ensino/aprendizagem.
Neste sentido cabem aos professores as atribuições especificadas nos Art.
52, 53, do Regimento Escolar, além das atribuições previstas na LDB-Lei n.º
9394/96, no ECA-Lei n.º 8.069/90, no PCCV - Lei Complementar n.º 103/2004, do
Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná – Lei n.º6.174/70 e do
Estatuto do Magistério e suas alterações - Lei Complementar n.º 07/76, do Código
Civil, e das normas do Sistema Estadual de Ensino.
6.7.2.1 Proposta Pedagógica – Hora Atividade
Ações
elaboração de pesquisa, estudo, aperfeiçoamento;
planejamento e preparação de aulas;
levar ao conhecimento da equipe pedagógica situações relacionadas
ao desempenho escolar do aluno;
socialização de conhecimentos e informações.
Objetivos
pesquisar;
planejar;
ler, estudar e analisar textos relacionados a educação;
buscar soluções e estratégias de ações para sanar as dificuldades
encontradas juntamente com a equipe pedagógica;
promover possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar
experiências.
Detalhamento das Ações
leitura e análise de textos;
sistematização de estudos e pesquisas;
registros de informações;
elaboração de projetos e planos.
71
Condições/Recursos
Livros, papel, canetas, computadores, textos.
Responsável
Professores.
Cronograma
Durante o ano letivo, conforme horário pré-estabelecido pelo Colégio.
6.7.3 Formação continuada – participação em grupos de estudos
Ações
grupos de estudos;
cursos de capacitação.
Objetivos
oportunizar aos professores o aperfeiçoamento e atualização dos seus
conhecimentos;
proporcionar reflexão e análise da prática educativa, visando mais
qualidade.
Detalhamento das ações:
formação de grupos de estudos;
organização do período e horários para estudo;
levantamento de dados quanto ao rendimento escolar dos educandos;
selecionar materiais, referentes ao processo ensino aprendizagem e
avaliação na escola.
Condições/Recursos
Estrutura existente sala de aula, computadores e reprodução de
materiais.
Responsável
72
Direção e Equipe Pedagógica.
Cronograma
Durante o ano letivo nas horas atividades dos professores.
Reuniões semestrais para apresentação de dados e estudos
realizados.
6.8 AGENTE EDUCACIONAIS
Os funcionários das áreas de administração e operação de multimeios
escolares que atuam nas áreas da secretaria, financeiro, biblioteca e laboratórios de
Informática da instituição de ensino, composto pelo cargo de Agente Educacional II,
conforme Lei Complementar 123/2008 - Plano de Carreira Funcionários, Publicado
no Diário Oficial Nº 7802 de 09/09/2008, no Art. 7º, anexo II.
Os Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura
Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o
Educando tem a seu encargo zelar pela segurança e realizar os serviços de
conservação, manutenção, preservação, alimentação e no âmbito escola, sendo
coordenado e supervisionado pela Direção auxiliar de U.D.P e pela Direção Geral do
Colégio, formado pelos cargos Agente Educacional I, conforme Lei Complementar
123/2008 - Plano de Carreira Funcionários, Publicado no Diário Oficial Nº 7802 de
09/09/2008, no Art. 6.º, anexo I .
Os agentes Educacionais são profissionais que, atuam também, como
educadores, tem a função de fornecer o apoio necessário ao trabalho da
comunidade escolar, tendo suas funções norteada pelo Regimento Escolar.
6.8.1 Inspetores de Alunos
Os Inspetores de Alunos deverão ser profissionais, com formação
especificada no Regimento Escolar, capacitados para atuar como Auxiliares de
Educação, para fazer cumprir o Regimento Escolar e os Regulamentos do Internato,
Laboratórios e outros, acompanhar as atividades dos educandos e registrar
atividades diárias nos registros de relatórios dos diversos setores, conforme
atribuições especificadas no Regimento Escolar.
73
6.8.2 Trabalhadores do campo
Compete aos Tratoristas, Auxiliares de Almoxarifado e Trabalhadores de
Campo auxiliar os Professores, Coordenadores de Produção e Auxiliares Técnicos,
no que se refere aos aspectos pedagógicos e de Produção, garantindo o bom uso e
a manutenção de máquinas, implementos, equipamentos, construções, instalações e
dos recursos animais e vegetais das unidades da UDP, contribuindo para o bom
desenvolvimento das aulas.
6.10 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
6.10.1 Conselho Escolar
As atribuições do Conselho Escolar são definidas em função das condições
reais do Colégio. Em que a ação de todos os membros será sempre visando ao
coletivo e à qualidade de ensino, evitando-se o trato de interesses individuais.
O Conselho Escolar faz-se presente sempre que convocado pelo seu
Presidente, o Diretor do Colégio, quando da necessidade para tomar decisões
inerentes ao processo ensino/aprendizagem, visando o bom desenvolvimento das
atividades.
6.10.2 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é realizado bimestralmente, conforme calendário
escolar, para acompanhar o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem e
identificar possíveis dificuldades apresentadas pelos educandos, tendo como
objetivos:
aprimorar o diagnóstico dos problemas e dificuldades;
obter informações para facilitar o aconselhamento ao educando;
buscar soluções alternativas para as dificuldades que aparecerem;
elaborar programas de recuperação e outras atividades de apoio;
reformular o plano de ensino (revisão, retomada de conteúdos etc.);
identificar progressos e mudanças de comportamento dos alunos.
74
6.10.3 Grêmio Estudantil e Conselho de Representantes de Turmas
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes
do Colégio, tem como objetos:
representar condignamente o corpo discente;
defender os interesses individuais e coletivos dos educandos do
Colégio;
incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;
promover a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar, buscando seu aprimoramento;
realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional
com outras instituições de caráter educacional, assim como as filiações às entidades
gerais UTES (União Toledana dos Estudantes Secundaristas), UPES (União
Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas);
lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de
participação nos fóruns internos de deliberação da Escola.
6.10.4 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)
As atribuições da APMF são as de acompanhar o desenvolvimento da
proposta pedagógica do Colégio, observar as disposições legais e regulamentares
vigentes, apresentar balancete semestral aos participantes da comunidade escolar.
Tem como objetivos
discutir, seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando,
de aprimoramento do processo ensino aprendizagem e integração família-escola-
comunidade;
prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar;
buscar a integração dos seguimentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutindo a política educacional;
75
representar os interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa
forma, para a melhoria da qualidade do ensino, garantindo uma escola pública,
gratuita e universal;
promover entrosamento entre os pais, educandos, professores,
funcionários e toda comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural e
desportiva;
gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com prioridades estabelecidas em
reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade para importância desta ação.
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo, conta com todos os órgãos
colegiados acima descritos em pleno funcionamento, - Conselho Escolar, Conselho
de Classe, Grêmio Estudantil, Representante de Turmas, APMF, Cooperativa
Escola, - atuantes e participando de todas atividades desenvolvidas pelo Colégio.
Seguindo os princípios da gestão democrática, no inicio de 2004 houve
eleições para escolha dos membros da APMF, ainda no mesmo ano foram eleitos os
membros do Conselho Escolar com representantes de todos os segmentos do
Colégio. No início de cada ano letivo, realiza-se trabalho de liderança com os alunos
para a escolha dos representantes de turma. O Conselho de Classe, sempre
presente no acompanhamento do processo ensino/ aprendizagem. O Grêmio
Estudantil, devido à curta permanência dos alunos no estabelecimento, sofre de
altos e baixos, tendo que as instâncias pedagógicas do Colégio frequentemente
estimular a (re)organização e o funcionamento do mesmo.
Os órgãos colegiados atuantes, contribuem, participam, dão suporte em
todas as atividades desenvolvidas.
6.11 RELAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS
A Direção é o órgão responsável pela administração e gestão, pela ação de
forma integrada e articulação de todos os elementos do processo organizacional,
envolvendo atividades de mobilização, liderança, motivação, comunicação e
coordenação. Coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola,
auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnicos
76
administrativos, atendendo às leis, regulamentos e determinações dos órgãos
superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela
equipe escolar e pela comunidade.
A Equipe Pedagógica é responsável pelas atividades de coordenação e
orientação educacional, supervisiona, acompanha, assessora, apóia, avalia as
atividades didáticas e pedagógicas, realizando articulação e integração entre as
disciplinas. Acompanha o processo ensino/aprendizagem, o desempenho dos
alunos e do relacionamento escola/pais e comunidade.
Os Professores tem a função básica de realizar o objetivo prioritário do
Colégio, - o ensino,- além do papel específico de docência, os professores também
tem a responsabilidade de participar na elaboração do plano escolar ou da Proposta
Pedagógica Curricular, na realização das atividades do estabelecimento, e nas
decisões dos Conselhos Escolar e de Classe ou série, das reuniões com pais da
APMF e das demais atividades cívicas, cultuais, esportivas e recreativas da
comunidade.
A Equipe de funcionários Agente Educacional II, responde pelas atividades
que asseguram o atendimento dos objetivos e funções do Colégio. Os funcionários
das áreas de administração e operação de multimeios escolares que atuam nas
áreas da secretaria, financeiro, biblioteca e laboratórios de Informática da instituição
de ensino.
A Secretaria Escolar cuida da documentação, escrituração e
correspondência do Colégio, dos professores, demais funcionários e alunos.
Responde também pelo atendimento ao público.
Os funcionários Agente Educacional I compreendem o quadro de serviços
gerais, zeladoras, merendeiras, serviços de vigilância. Todos fazem parte dos
seguimentos do Colégio e são considerados auxiliares da educação, estão a serviço
do pedagógico, cuidam da manutenção, conservação e limpeza do prédio, da
guarda das dependências, instalações e equipamentos; da cozinha e da preparação
e distribuição da merenda escolar e outras atividades no âmbito da educação.
77
6.12 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
6.12.1 Educação Fiscal
Esse programa visa despertar a consciência dos estudantes sobre direitos e
deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado
democrático.
O tratamento pedagógico da Educação Fiscal é feito por meio de conteúdos
trabalhados pelos professores em todas as disciplinas da matriz curricular. A
dinâmica de arrecadação de recursos pelo Estado e o papel dos cidadãos no
acompanhamento da arrecadação e de sua aplicação em benefícios da sociedade.
6.12.2 Educação Ambiental
A massificação do processo de produção econômica a partir do advento da
Revolução Industrial promoveu profundas transformações ambientais no planeta
terra.
Segundo estudos procedidos por cientistas contratados pela Organização
das Nações Unidas (ONU), atualmente cerca de dois terços de todos os
ecossistemas do planeta terra, foram explorados para dar suporte às atividades
produtivas da humanidade. A escassez de recursos naturais renováveis e não
renováveis, é uma realidade presente nos nossos sistemas econômicos. Sendo
assim, torna-se necessário rever modelos produtivos privilegiando a racionalidade
no uso de matérias-primas e insumos, e no desenvolvimento de produtos inovadores
que possam coibir desperdícios, e criando amplas possibilidades de reutilização de
materiais reciclados.
A Educação Ambiental deve estar presente tanto na educação formal quanto
na informal, ou seja, em todos os segmentos da sociedade e em todos os níveis da
educação, conforme propõe a Constituição Federal e a Lei 9795/99, que instituiu a
Política Nacional de Educação Ambiental. Deve ter como principio a sustentabilidade
ambiental, a ética do cuidado e precaução, entendendo que a sustentabilidade
também se aplica ao ser humano e à sociedade humana, enquanto parte integrante
do meio ambiente.
78
Torna-se necessário que a Escola, adote novas atitudes comportamentais,
trabalhando com toda a comunidade, quanto a prática do consumo responsável,
diminuindo assim o consumo de produtos industrializados, e, excessivamente
dotados de embalagens descartáveis e de difícil reciclagem. É preciso rever os
conceitos da economia tradicional, especialmente contabilizando os serviços
ambientais que são prestados pela natureza. Por outro lado, torna-se fundamental,
restaurar e preservar os ecossistemas terrestres, no sentido de reequilibrar as
condições climáticas do planeta, e a oferta de recursos naturais.
Os grandes desafios da humanidade no futuro concentram-se no uso dos
bens e serviços ambientais com sustentabilidade, sob a lógica e a razão do
ecodesenvolvimento, constituindo novos paradigmas baseados na solidariedade
com as futuras gerações, deixando de lado a visão economicista predatória baseada
no lucro e nos macroresultados econômicos. Acima de tudo, precisamos criar uma
consciência coletiva de que a sobrevivência humana está ligada diretamente com a
conservação da natureza.
6.12.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Um trabalho desafiador, que requer tratamento adequado e cuidadoso,
fundamentado em resultados de pesquisas, desprovido de preconceitos e
discriminações.
Professores e estudantes são instigados a conhecer a legislação específica
e a debater os assuntos presentes em nosso cotidiano, como drogadição,
preconceito e discriminação do usuário de drogas, narcotráfico, violência e influência
da mídia.
Estes e outros assuntos são tratados pedagogicamente, tendo como
referencial as relações de poder nos contextos sociais, políticos, econômicos, étnico-
raciais, culturais, históricos, religiosas e éticos.
6.12.4 Enfrentamento à Violência na Escola
Para enfrentar a violência na escola, buscamos transformar o poder da força
em poder do conhecimento. O Enfrentamento à Violência na Escola é um programa
que faz parte do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e
79
Adolescente. A SEED trabalha pedagogicamente essa demanda, buscando ampliar
a visão histórica e social da violência escolar.
Com o objetivo de fortalecer ainda mais o diálogo com a sociedade civil
organizada e articulada ao processo educacional, para o efetivo enfrentamento à
violência na escola.
6.13 DIVERSIDADE
6.13.1 Educação do Campo
A Educação do campo é um projeto educacional compreendido a partir dos
sujeitos que têm o campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma
educação que deve ser no e do campo. No, porem “o povo tem o direito de ser
educado no lugar onde vive”; Do, pois “ o povo tem direito a uma educação pensada
desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas
necessidades humanas e sociais”(Caldart, 2002, p. 26). Nesse sentido, o conceito
de campo busca ampliar a superar a visão do rural como local de atraso, no qual as
pessoas não precisam estudar ou basta uma educação precariezada e aligeirada.
Campo, nesta concepção, é entendido como lugar de vida onde as pessoas
produzem conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Há uma
produção cultural no campo que deve se fazer presente na escola. Os
conhecimentos desses povos precisam ser levados em consideração, melhor, são o
ponto de partida das práticas pedagógicas na Escola do Campo. Sendo assim, esta
compreensão de campo vai além de uma definição jurídica, configurando-se como
um conceito político, ao considerar as especificidades dos sujeitos e não apenas sua
localização espacial e geográfica (Veiga, 2003).
A escola trabalha Educação no campo de forma contextualizada ( dentro dos
conteúdos) em todas as disciplinas, fazendo um resgate de valores, da importância
da educação no campo, a auto-valorização do aluno e do homem do campo. Através
do estudo da Tecnologia e Modernização Agrícola, focando o meio ambiente; o
estudo da Zona Rural e Zona Urbana; modernizações e mudanças na economia.
Sem contudo perder de vista, os conhecimentos e a cultura historicamente
acumulados, a relação entre o urbano e o rural, a organização, o trabalho da
sociedade. Fazendo a interpretação da realidade considerando as relações medidas
80
pelo trabalho no campo, enquanto produção material e cultural da existência
humana, e a partir desta perspectiva construir conhecimentos que promovam novas
relações de trabalho e de qualidade de vida para os sujeitos no campo.
6.13.2 História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena
O CEE, em consideração às disposições constantes da Lei n.º 10.639/03,
através do Processo n.º 880/2006, Deliberação n.º 04/06, aprovada em 02/08/06 ,
comissão temporária – portaria n.º 08/06 , menciona, no segundo parágrafo de seu
artigo primeiro que “o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por
objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-
brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das
raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas. ”
E, em seu artigo Segundo, determina que “o Projeto Político
Pedagógico das instituições de ensino deverá garantir que a organização dos
conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular contemple, obrigatoriamente,
ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na perspectiva
de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade
democrática, multicultural e pluriétnica. ” E, em seu parágrafo único, orienta que “ao
tratar da História da África e da presença do negro (pretos e pardos) no Brasil,
devem os professores fazer abordagens positivas, sempre na perspectiva de
contribuir para que o aluno negro-descendente mire-se positivamente, quer pela
valorização da história de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição
para o país e para a humanidade. ”
A diversidade historicamente tem sido representada como algo exótico,
folclórico. A abordagem superficial e distante do cotidiano escolar reforça
estereótipos, naturaliza os problemas raciais e sociais, justificando-os por meio de
recursos da psicologia (por exemplo: índio é preguiçoso, negro é violento, branco
nasce para comandar...).
Os afro-descendentes e os indígenas têm buscado, através de pressões
políticas e culturais, a inserção de seus valores no currículo escolar, reconhecendo a
educação formal como campo de disputa. Através de ações educativas dos
movimentos sociais e reivindicação, o Colégio adota uma nova postura em relação
aos grupos étnicos-raciais que compõem o povo brasileiro.
81
Os movimentos sociais trouxeram para a educação a denúncia do racismo e
discriminação, da visão etnocêntrica da cultura, da desconsideração de que existem
diferentes identidades, levando-nos a repensar a estrutura da escola. O 13 de maio,
Dia da Abolição da Escravatura foi ressignificado como Dia Nacional de luta Contra
o Racismo e o 20 de novembro trouxe a figura guerreira de Zumbi dos Palmares
para marcar o Dia da Consciência Negra. Tais datas estão no Calendário Escolar.
O discurso da escola em relação ao modo de vida dos seus educandos
permitirá a vivência e potencialização de outros contextos de aprendizagem. As
manifestações dramático-religiosas, a música, capoeira, entre outros, são alguns
elementos mediadores da reflexão sobre a identidade cultural do negro. O
aprofundamento em uma ou mais linguagens artísticas pela ótica dessas expressões
fará com que o educando realize, questione, aprecie e debata, elabore e colabore
com sua realidade.
A inclusão social precisa ser praticada com a convivência com as diferenças,
a busca de novos espaços de interação e afirmação das identidades. O contato com
outras fontes de informação e saberes traz questionamentos, enriquecendo o
contexto do indivíduo e a vida. É nesse momento de interação, que a subjetividade
humana procura a materialização de um mundo mais tolerante, justo e humano.
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo tem por principio de aprendizagem
abordar de forma interdisciplinar a questão da valorização da Cultura Afro-
descendente, da Educação no Campo e da Educação Indígena que fazem parte da
cultura e identidade do povo brasileiro, seguindo da mesma forma a Lei nº 11.465,
de 10 de março de 2008, publicada no DOU de 11/03/2008, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena na Educação Básica. Na perspectiva, faz-se necessário que a organização
dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular contemplem,
obrigatoriamente ao longo do ano letivo, a Educação das relações étnico-Raciais e o
ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e indígena, onde o professor
possa em sua pratica pedagógica realizar abordagem positiva valorizando a historia
desses povos que tratam contribuíram para o pais e para a humanidade na busca de
uma educação compatível com a sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
Busca-se ainda promover o reconhecimento da identidade, da história e da
cultura da população paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes
82
africanas ao lado das indígenas, européias e asiáticas a partir do ensino de História
e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e tem por objetivos desenvolver ações
de formação continuada para os/as educadores/as, produzir material didático-
pedagógico para subsidiar a comunidade escolar, bem como promover o diálogo
permanente com as Secretarias Estaduais e Municipais, grupos e entidades
representativas dessas discussões.
Segundo a Lei 13.381/01 de 18/12/2001 que trata sobre história do Paraná,
Torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual de Ensino do
Paraná, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental e
Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e
valorização do nosso Estado, sendo que a disciplina História do Paraná deverá
permanecer, como parte diversificada, no currículo, em mais de uma série ou
distribuídos os seus conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia
especializada. A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer
abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da
cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e
microrregiões do Estado.
A Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos nos
conteúdos da disciplina História do Paraná e o hasteamento da Bandeira do Estado
e o canto do Hino do Paraná se constituirão atividades semanais regulares e,
também, nas comemorações festivas nos estabelecimentos da Rede Pública
Estadual, sendo que as instituições escolares e a comunidade poderão concorrer
para a eficácia da aprendizagem da História do Paraná, através de um processo de
cooperação permanente.
A escola, portanto, deve entender e receber a realidade local (incluindo a
vida dos estudantes) como possibilidade de espaço de formação, aproveitando
referências múltiplas, estimulando a vontade de saber mais, a identidade e a
autonomia. Nesse caminho, o ato da repetição dará lugar ao ato da criação e
recriação de novos territórios para o conhecimento e ação do sujeito.
6.13.3 Educação de Jovens e Adultos/ Paraná alfabetizado
Educação de Jovens e Adultos, a EJA vem cumprindo desafio de assegurar
gratuitamente, a escolarização dos paranaenses nos níveis Fundamental e Médio.
83
Na EJA, a cultura e o saber escolar e não escolar dos educandos são respeitados e,
no processo avaliativo, contam as experiências acumuladas e as transformações do
percurso educativo do educando.
Os cursos são presenciais, com 1200 horas e matrícula por disciplina, a
qualquer tempo. O educando pode optar pela organização do ensino na forma
individual ou coletiva, em função de seus interesses, condições de vida e de
trabalho.
Programa PARANÁ ALFABETIZADO – Todas as pessoas que vivem no
Paraná têm direito de saber ler e escrever. O programa Paraná Alfabetizado quer
ampliar cada vez mais esse direito. Este Programa investe na alfabetização de
jovens, adultos e idosos não alfabetizados, com 15 anos de idade ou mais, na
perspectiva da superação do analfabetismo com o propósito de chegar a 2010 como
um Estado Livre de Analfabetismo.
6.13.4 Gênero e Diversidade Sexual Sexualidade
A sexualidade entendida como uma construção social, histórica e cultural,
precisa ser discutida na escola- espaço privilegiado para o tratamento pedagógico
desse desafio educacional contemporâneo.
O trabalho educativo com a sexualidade, por meio dos conteúdos elencados
nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do
Paraná, deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e
raça/etnia. Assim, procura-se subsidiar, por meio de valores e crenças pessoais – os
educadores e educadoras, através da formação continuada e da produção de
materiais de apoio didático-pedagógico.
6.13.5 Tecnologias na Educação
Trabalha-se para viabilizar tecnologias educacionais que permitam ao
professor paranaense produzir, acessar e compartilhar conteúdos em diferentes
mídias, com qualidade técnica e pedagógica. São ações voltadas para integração de
recursos de comunicação e informação que contribuem para a qualidade da
educação no Paraná.
84
O Portal Dia-a-dia educação; TV Paulo Freire; Livro Didático Público; Tv
Multimídia.
6.13.6 PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, Formação
Continuada em Rede.
Foi idealizado durante a elaboração do Plano de Carreira do Magistério (Lei
Complementar nº 103, de 15 de março de 2004), a partir de reuniões conjuntas
entre gestores públicos e representantes do Sindicato dos Professores, o PDE
concretiza-se em 2007. O processo de seleção para o PDE ocorre anualmente, com
a oferta de 1.200 vagas, distribuídas em dezessete áreas: Língua Portuguesa,
Matemática, geografia, História, Ciências, Educação Física, Educação artística,
Física, Química, Biologia, Filosofia, Sociologia, Pedagogia, Línguas Estrangeiras
Modernas, Educação e Trabalho, Gestão Escolar e Educação Especial.
É um programa de estudos com duração de dois anos: no primeiro ano o
professor PDE é afastado de suas atividades docentes em 100% da carga horária e,
no segundo, em 25%. Professores Mestres e Doutores podem concluir o Programa
em apenas um ano e são convidados a continuar no PDE como Orientadores.
A proposta de formação continuada do PDE oferece ao professor condições
de atualização e aprofundamento de seus conhecimentos teórico-práticos, criando
possibilidades efetivas de mudanças na prática escolar.
A Formação Continuada em Rede constitui um movimento de inter-relação
planejada entre os professores, numa ação contínua que leva à discussão, reflexão
e construção do conhecimento. Os resultados dessa ação continuada em rede
transformam a realidade da Educação Básica e do Ensino Superior, com o
redimensionamento das práticas educativas, reflexão sobre a melhoria dos
currículos das licenciaturas e demais discussões pertinentes à formação inicial e
continuada de professores.
6.14 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
A Educação Profissional compreende um processo de escolarização que
propicia ao educando uma formação integral, omnilateral, onde os conhecimentos
básicos e específicos se concretizam num único currículo, tendo como dimensões
formativas o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia. É ofertado com
85
organização curricular – Subsequente e integrada, na formação geral integrada à
formação profissional as bases da aprendizagem teórico práticas do estudante estão
fundamentadas na cultura geral e no preparo para as atividades profissionais.
Curso Técnico de Profissionalização dos Trabalhadores da Educação –
Profuncionário, o Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em
Educação é desenvolvido no Paraná como política de formação técnica dos
funcionários da educação não docentes.
Programa de Qualificação Profissional para o adolescente Aprendiz –
Adolescente Aprendiz, ação conjunta da Secretaria de Estado da Educação e
Secretaria de Estado da Criança e da Juventude. Promove a formação profissional
básica em serviços administrativos dos adolescentes submetidos a medidas
socioeducativas ou beneficiados com remissão, para a inclusão social de jovens,
com idade entre 14 e 18 anos, em situação de vulnerabilidade.
Curso de Formação de Docentes Normal, Em Nível Médio, com o objetivo de
formar professores para atuarem na educação infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental. De forma integrado e com aproveitamento de estudos, objetiva
habilitar os professores das etnias Kaingang e guarani, que ministram aulas nas
escolas indígenas territorizadas nas terras indígenas do Estado do Paraná.
6.14.1 Colégios Agrícolas e Florestal/ Casas Familiares rurais
Oferta de Cursos Técnicos de forma integrada e subsequente em 18
Colégios Agrícolas/ Centros Estaduais de Educação Profissional (SEEP) e 1 Colégio
Florestal, em regime de internato, semi-interno e externato. Os estabelecimentos de
ensino possuem propriedades rurais abertas à comunidade e destinadas a auxiliar
na formação teórico-prática dos estudantes. Os estabelecimentos funcionam 24
horas por dia, durante 7 dias por semana.
Casas Familiares Rurais, com Ensino Médio Integrado, são espaços
educacionais destinados à qualificação e formação técnica de jovens do meio rural,
implantados junto às comunidades rurais. Onde o jovem é preparado para
permanecer em sua região de origem, aperfeiçoando as atividades rurais e ajudando
a promover melhorias na qualidade de vida das famílias que têm como fonte de
renda a agricultura familiar. Tem como prática a Pedagogia da alternância num
sistema de formação que articula vários momentos de aprendizagem. O estudante
86
fica uma semana na casa, em regime de internato, e uma semana em contato com
a família e a comunidade. Durante a permanência do jovem na propriedade, ele é
acompanhado por professores e monitores.
6.14.2 Educação especial
Na atualidade, a escola regular é apontada como o local preferencial para a
escolarização formal de crianças e jovens com necessidades educacionais
especiais. Em contrapartida, serão oferecidos, sob a forma de complementação
curricular, os apoios e serviços especializados necessários a sua aprendizagem e
desenvolvimento.
Desse modo, busca-se romper a tradição histórica de separação entre o
ensino regular e o especial, articulando discursos e ações em uma proposta que
traga a unidade às formulações teóricas e práticas pedagógicas de ambos os
contextos educacionais.
Considerando esse princípio o Colégio pretende oferecer subsídios teórico-
metodológicos ao professor, necessários à compreensão da educação especial
como uma modalidade de ensino cujas práticas devem estar intimamente ligadas à
educação em todos os níveis e modalidades.
Essa reflexão aponta para o fato de que, como sujeito social, o aluno
rotulado como “especial” não deve ser considerado outro sujeito na educação.
Ocorre que suas singularidades na apropriação do conhecimento formal,
manifestadas em diferenças orgânicas e funcionais, demandarão recursos e
serviços complementares aqueles utilizados na educação comum, para os pares da
mesma faixa etária.
O compromisso com a formação de nossos alunos, a crença em seu
potencial, a certeza de pertencer à comunidade escolar, onde o respeito à diferença
se constrói na experiência de relacionamentos, enriquece a todos.
Esta modalidade de educação Especial é responsável pela escolaridade de
crianças, jovens e adultos que apresentam necessidades educacionais decorrentes
de: deficiência Intelectual, Visual, Física Neuromotora, Surdez, altas
Habilidades/Superdotação e Transtornos Globais do desenvolvimento.
Desde 2003, a SEED atende a alunos com altas Habilidades/Superdotação,
que não apresentam nenhum tipo de deficiência, mas manifestam necessidade
87
especial de aprendizagem, decorrente de talentos específicos e nível intelectual
acima da média.
Atualmente 79.874 alunos que apresentam deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/Superdotação recebem atendimento
especializado na rede Pública e conveniada. Até o ano de 2002, 45 municípios do
Paraná não ofertavam Educação Especial. Hoje, os 399 municípios do Estado
ofertam algum tipo de atendimento especializados.
Registra-se avanços tais como implantação de 828 Salas de Recursos (5ª a
8ª séries) nas áreas de deficiência Intelectual, Transtornos Globais do
Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação, entre 2003-2008; Contratação
de intérpretes de LIBRAS para alunos surdos;Implementação do Projeto Político
Pedagógico das Escolas de Educação Especial; Aquisição de materiais pedagógicos
para as Salas de Recursos e Centros de Atendimento Especializado; Uso de
Tecnologia Assistiva no apoio a estudantes que apresentam comprometimento
motor; Contratação de professores para atuarem na Educação Especial da Rede
Pública e Escolas Especiais, através de Concurso Público, visando ampliar e
consolidar a rede de apoio.
6.14.3 Jogos Colegiais
As atividades de integração Curricular – JOGOS COLEGIAIS – constituem
ações estratégicas para garantir atenção e desenvolvimento integral às crianças,
aos adolescentes e jovens, por meio da ampliação de tempos, espaços e
oportunidades educativas que qualificam o processo educacional e melhoram o
aprendizado dos alunos.
JOGOS COLEGIAIS DO PARANÁ- Possibilitam aos estudantes a vivência e
a experiência da prática desportiva, contribuindo para a educação integral do
cidadão. Esse espaço possibilita a prática de atividades físicas e amplia as
referências das formas de lazer dos educandos. Promovem a inclusão e contribuem
para a qualidade de vida de nossos educandos. Os jogos colegiais integram
estudantes e professores da Rede Pública de Ensino, é considerado o maior evento
esportivo da América Latina.
88
6.14.4 Dados e Informações Educacionais
A profissionalização da área educacional visa investimentos cada vez mais
fortes na pesquisa quantitativa e qualitativa. A Análise dos dados e a ampliação da
base informacional permitem o investimento efetivo para uma escola pública de
qualidade.
SERE – Sistema Estadual de Registro Escolar, o SERE foi revitalizado para
atender às necessidades de gerenciamento da vida escolar.
QUIM – Quadro de Indicadores e Metas, Sistema de informações estatístico-
educacional, as informações do QUIM permitem o acompanhamento de ações,
programas e projetos para aprimorar a capacidade gerencial e incentivar a prática de
decisões baseadas em informações consistentes.
SAE- Sistema de Administração Escolar, o SAE controla e gerencia recursos
humanos em todas as escolas estaduais, Núcleos Regionais de Educação e
Administração Central. Implanta, realiza a manutenção, alteração e exclusão de
matrizes curriculares das rede estadual, municipal, particular e conveniada,
possibilitando o planejamento, organização e manutenção de demandas escolares.
Sistema de Georeferenciamento, permite encaminhar os alunos da rede
pública estadual mais próxima de sua residência, através das informações do SERE,
endereço residencial do aluno e código da conta de luz. É realizado mapeamento
físico das escolas e da residência do aluno.
Sistema de Registro de Diplomas- Programa de Registro Descentralizado de
Diplomas e Certificados) agiliza o trabalho de registro dos diplomas e certificados de
Ensino Médio das redes pública e privada.
Biblioteca Escolar- Ler é procurar novos mundos, projetá-los, produzi-los
provocá-los. Ler tem o sentido de formar e de transformar. A Biblioteca escolar
fornece subsídios para que os professores, em seu processo de formação
continuada, produzam Folhas e OAC, que podem ser acessadas pela comunidade
escolar.
O acervo literário propicia aos estudantes a experiência de leitura de obras
de diferentes gêneros, culturas e contextos históricos, ampliando horizontes.
Livro Didático Público – A Elaboração do Livro Didático Público é uma
proposta inédita, essa proposta valoriza a capacidade intelectual do professor da
rede pública de ensino e convida-o a produzir material de apoio ao trabalho docente.
89
É um material didático público, produzido pelos professores da rede estadual de
ensino que pode ser reproduzido por todos aqueles que dele necessitem para
estudos e pesquisas e como material de apoio à preparação de aulas.
O Livro Didático Público propõe a reflexão e a pesquisa, buscando
sedimentar uma cultura de autonomia dos professores e estudantes diante do
conhecimento.
6.15 OUTRAS ESPECIFICIDADES – PROJETOS E EVENTOS INTEGRADOS AO
PPP
6.15.1 Biossistema Integrado na Suinocultura - BSI
Introdução
A suinocultura brasileira apresenta o menor custo de produção do mundo,
em um mercado extremamente competitivo. As inovações tecnológicas para atender
às pressões dos movimentos ambientalistas e dos organismos internacionais
tornam-se os principais orientadores da produção. Soma-se a isso, o fato de a
atividade ser de suma importância para o Estado do Paraná e a segunda em
importância econômica no meio rural no município de Toledo já que, o maior pólo
produtor do Estado encontra-se na região de Toledo, seguido por Ponta Grossa e
Cascavel (Fonte: SEAB/DERAL, 2005)
A suinocultura paranaense gera empregos e divisas para o Estado em todos
os segmentos da sua cadeia produtiva, sendo também um importante instrumento
de fixação do homem no campo.
No entanto, a suinocultura não é vista como uma atividade positiva para os
órgãos de controle ambiental. O problema dessa questão envolve o controle e a
utilização dos dejetos de suínos (mistura de fezes, urina dos animais, água e restos
de ração desperdiçada), que sem o devido manejo tornam-se poluentes. Com o
crescimento da produtividade, crescem também os problemas decorrentes da
disposição dos dejetos e as exigências internacionais relativas à manutenção e
promoção da qualidade ambiental.
Na maioria dos casos, os dejetos são lançados nos rios ou no solo sem
nenhum tratamento prévio, o que ocasiona a contaminação e forte odor. Isso
provoca desconforto à população devido a proliferação de moscas e borrachudos,
90
degradação do meio ambiente com a morte de peixes e animais, assim como
poluição dos recursos hídricos. Esses fatores constituem um risco para a
sustentabilidade e expansão da suinocultura.
O programa designado Biossistema Integrado é um sistema que visa o
tratamento dos dejetos de suínos, transformando-os em produtos de maior valor
agregado, passíveis de utilização em outras atividades encontradas na mesma
propriedade rural, assim, podendo proporcionar a estabilidade das relações
ambientais no ecossistema no qual a atividade encontra-se inserida.
Os Biossistemas Integrados colaboram no sentido de evitar a especialização
e o foco na produção de somente um produto agrícola na propriedade rural, pois
sem a diversificação, dificulta ou impossibilita a integração. É possível observar a
aplicabilidade dos biossistemas em pequenas propriedades, considerando uma
capacidade produtiva reduzida. As variáveis que antes eram causadoras de
impactos ambientais negativos, como por exemplo, o efluente da aqüicultura,
passaram a ser vistas como insumos para outras atividades.
Implantação do BSI no CAET
No ano de 2000, a Rede Paranaense de Projetos em Desenvolvimento
Sustentável, implementou no Colégio Agrícola Estadual de Toledo, um Biossistema
Integrado para que as pessoas da região tivessem conhecimento das vantagens
desse sistema.
O Projeto Implementação e Difusão de Biossistemas Integrados foi inovador
e pioneiro no Estado e apresentou resultados significativos. Para que o projeto
pudesse se desenvolver no Colégio Agrícola de Toledo, várias parcerias foram
estabelecidas envolvendo os principais ramos da sociedade: iniciativa privada,
governo e sociedade civil organizada. Esta estruturação permitiu que houvesse um
aproveitamento racional dos recursos financeiros disponíveis, pois fez com que cada
instituição pudesse contribuir melhor, de acordo com suas potencialidades. Assim, o
Tecpar pode atuar com seu corpo técnico, dando o direcionamento do projeto; a
Prefeitura de Toledo disponibilizou maquinários para obras civis; a Fundação Banco
do Brasil apoiou financeiramente; a Sadia apoiou na estruturação da base do projeto
e na multiplicação do conceito entre seus integrados; o IAP disponibilizou sua
infraestrutura laboratorial e corpo técnico regionalmente; e o Colégio Agrícola
Estadual de Toledo é o multiplicador do conceito na região.
91
A suinocultura e a piscicultura no CAET são trabalhadas dentro da disciplina
de Criações e a estrutura encontrada atualmente no Colégio permite que o aluno
coloque em prática a teoria de sala de aula e acompanhe todo o processo de
produção, qualificando-o ao trabalho, uma vez que há escassez de mão-de-obra
qualificada a qual está provocando uma disputa por trabalhadores entre a
agroindústria e a atividade primária. Esta disputa motiva até o pagamento de salários
maiores para os trabalhadores rurais permanecerem no campo.
Funcionamento do BSI
O conceito de Biossistema Integrado na suinocultura é a integração de várias
atividades rurais que podem ser desenvolvidas numa mesma propriedade ou
localidade e que se complementam aproveitando totalmente todos os produtos
gerados.
Na suinocultura é comum encontrarmos além da criação de suínos, também
aves e peixes numa mesma propriedade. Na realidade atual, estas atividades
ocorrem sem nenhuma relação entre si, gerando resíduos altamente impactantes ao
ambiente. Com a introdução do Biossistema Integrado, há uma agregação de valor e
sinergia entre vários cultivos e o tratamento dos dejetos é uma conseqüência
natural.
As unidades que compõe o Biossistema Integrado na Suinocultura são a
granja de suínos, o biodigestor, o tanque de sedimentação, o tanque de algas e o
tanque de peixes.
Um biodigestor trata-se de um tanque protegido do contato com o ar
atmosférico, onde a matéria orgânica (dejetos suínos) é metabolizada por bactérias
anaeróbias. Neste processo, os subprodutos obtidos são o gás (biogás) e o efluente
que corresponde a uma parte sólida (biofertilizante) e outra líquida.
Após a biodigestão da matéria orgânica no biodigestor, a parte líquida,
juntamente com a sólida, é transferida para um tanque de sedimentação. Retira-se o
material sólido do fundo deste tanque, que é utilizado como fertilizante natural de
excelente qualidade, sem causar danos ao meio ambiente, sendo de fácil
apropriação pelas plantas. Esse modo de operar, evita também, o mau cheiro e a
proliferação de insetos e bactérias nocivas. O biogás é conduzido até o balão de
armazenamento e posteriormente aproveitado na cozinha. Sendo este queimado,
92
evita a poluição do ar e ao mesmo tempo diminui os gastos com a compra de gás de
cozinha para o preparo das refeições.
A parte líquida que sai do tanque de sedimentação segue mais límpida a
outro recipiente, o tanque de algas. Neste, ocorre o desenvolvimento de pequenas
algas, que possibilita um aumento na quantidade de oxigênio presente na água
através da fotossíntese, e crescem a partir dos nutrientes advindos do biodigestor. O
tanque de algas representa a continuidade do processo de tratamento iniciado com o
biodigestor e o tanque de sedimentação. Isoladamente não terá eficiência garantida.
O próximo estágio consiste em encaminhar esse líquido juntamente com as
algas ao tanque de piscicultura onde é realizado o policultivo, mais adequado ao
Biossistema Integrado que o monocultivo, pois combina espécies de diferentes
hábitos alimentares (filtradores de plânctons), que vivem e crescem dentro deste
tanque, através da total utilização de alimentos ali presentes, inclusive das algas,
dispensando o uso de ração.
Mini curso sobre Biossistema Integrado à Suinocultura
Tendo em vista a necessidade de apresentar aos educandos a realidade da
prática profissional, além de suprir eventuais deficiências de conteúdo curricular, é
realizado anualmente o Curso Biossistema Integrado com a participação de
professores da Base Nacional Comum e da Formação Específica como palestrantes,
para alunos do 1º ano com o objetivo de:
despertar o interesse dos alunos pelas questões ambientais, seu entendimento e busca de soluções;
apresentar aos alunos o Biossistema Integrado presente no CAET; demonstrar aos alunos as razões que levaram à implementação de um
sistema de tratamento do dejeto suíno no Colégio, sua importância ambiental e também como instrumento do trabalho interdisciplinar;
proporcionar aos alunos o conhecimento básico do funcionamento das unidades componentes do Biossistema Integrado e da utilização dos produtos finais como o biogás e o biofertilizante;
promover a interdisciplinaridade na instituição.
Entre as palestras ministradas no Mini Curso sobre Biossistema Integrado –
BSI, estão:
Problemas ambientais decorrentes da agropecuária Suinocultura e seu potencial poluidor Componentes do Biossistema Integrado Atividade bacteriana no biodigestor
93
Parâmetros físico-químicos de monitoramento do BSI Parâmetros biológicos de monitoramento do BSI Cultivo de Peixes Produção e utilização dos produtos (biofertilizante e biogás) gerados no
BSI Potencialidade dos BSI Manejos de manutenção do BSI Dimensionamento das unidades do BSI
As disciplinas e seus respectivos professores diretamente envolvidos neste
evento são: Criações, Zootecnia, Solos, Culturas, Biologia, Química e Matemática,
entretanto, as demais disciplinas do Curso Técnico em Agropecuária também
realizam trabalhos referentes ao Biossistema Integrado dentro do seu Plano de
Ensino.
O Biossistema Integrado é para o Colégio um laboratório vivo em que ocorre
uma constante interdisciplinaridade e, que todos os seus componentes (piscicultura,
suinocultura, biodigestor, balão de armazenamento do biogás, cozinha, tanque de
algas, tanque de sedimentação) e seus produtos (biogás, biofertilizante, suínos,
peixes, algas) são de suma importância para a caracterização do mesmo e
contribuem para formação integral do aluno e para a promoção da diversificação
rural e da qualidade ambiental.
6.15.2 Projeto Segundo Tempo
Justificativa
O esporte na escola deve estar acessível em igualdade de condição pra
todos os estudantes, como conteúdo deve propiciar uma leitura do fenômeno
esportivo para compreensão de sua totalidade social, histórica e política. (Livro
Didático para o Ensino Médio de Educação Física).
Sendo assim pretende-se incentivar a prática do esporte na escola como
meio de inclusão social, ampliando seus objetivos além dos benefícios biológicos,
incluímos os sociais, afetivos, motores e intelectuais.
Atualmente o sedentarismo e a obesidade crescem a cada ano, os meios de
comunicação, a informática, contribuem para que isso ocorra, é preciso ofertar,
incentivar a prática de exercícios físicos, entre eles o esporte educacional, nossa
pretensão é que nossos alunos incorporem este hábito saudável, que é a prática
esportiva.
94
O esporte promove benefícios aos que praticam, como melhoria de
qualidade de vida, melhorando a aptidão física voltada à saúde, que a resistência
cardiorespiratória, a composição corporal, a flexibilidade, a força, a resistência
muscular, também desenvolve habilidades motoras específicas voltadas ao esporte
praticado melhorando a agilidade, a velocidade, a potência, o tempo de reação e o
raciocínio lógico, tornando os seus praticantes pessoas mais dinâmicas, além de
trabalhar o respeito às diferenças, a superação de limites, os quais contribuem na
formação de pessoas mais seguras e felizes.
Nosso trabalho não deve ser somente de prática de esportes, mas também
de promover uma reflexão permanente no cenário do esporte, evidenciando sempre
que o esporte educacional é para todos, esporte de rendimento é para poucos,
porque é profissão; imagine se todos sonhassem em serem atletas profissionais,
seria impossível. O esporte na escola deve dar oportunidades para todos, mas para
isso precisa ter aprendido seus fundamentos e regras básicas para uma prática
prazerosa.
Toledo está situado na região Oeste do Estado do PR, tem
aproximadamente 117.000 mil habitantes, ocupa o 3º lugar no Estado em IDH e esta
entre as 10 maiores cidades do Paraná; a região é agrícola, com muito destaque
para a suinocultura. Possui 35 Escolas Municipais e 22 CMEIs (Centro Municipal de
Ed. Infantil) e 29 Escolas Estaduais. Possui quatro Instituições de Ensino Superior e
também um moderníssimo Teatro Municipal (2º melhor do Estado). No esporte tem
como destaque a Ginástica Rítmica; é considerado uma das melhores cidades para
sediar competições, possui muitos Ginásios de Esportes e Associações e tem como
evento importante a tradicional Festa do Porco no Rolete. Neste ano de 2011 estará
sediando a Fase Final dos Jogos Abertos do Paraná.
O Município possui assistência médica nos postos de saúdes dos Bairros e
um mini-hospital localizado na Vila Pioneira.
Problemas sociais têm como em qualquer localidade, tanto que temos quatro
Escolas Estaduais que estão na Superação (escolas estas situadas nas periferias)
devido ao baixo rendimento, desistências, reprovações... etc. Drogas, prostituição e
menores infratores.
O Colégio Agrícola está situado na zona rural, há sete quilômetros da
cidade, estrada pavimentada, não possui rede de transporte coletivo que passa
próximo, somente para alunos e nos horários de funcionamento das aulas; atende
95
alunos de toda Região Oeste e demais Municípios, tem intercâmbio com alunos do
Paraguai; num total de 273 alunos. Os moradores da região onde a escola está
situada são atendidos no geral, pelas escolas da cidade, visto que a escola presta
serviço de forma técnica, dando assim prioridade aos filhos de agricultores.
No geral, o nível socioeconômico dos alunos atendidos é estável, visto que
na maioria os pais são proprietários de terras. Mas as diversidades culturais são
bem diversificadas, visto que recebemos alunos também de outros Estados.
O PST foi uma conquista muito importante para a nossa escola, pois nossos
alunos que são do internato, após o término das aulas ficavam com o tempo ocioso
e não tinham nenhuma atividade extra. Com a implantação do projeto esses alunos
passaram a ter atividades esportivas e recreativas diárias, contribuindo também para
a socialização e uma melhor qualidade de vida.
Buscamos diversificar as atividades esportivas, pois temos espaços e esses
alunos permanecem durante a semana na escola e fazem questão de aproveitar o
tempo livre da melhor forma possível, também atendemos os alunos que são do
semi-internato e moram próximos da escola.
Objetivo Geral
• Conhecer seu corpo e perceber os benefícios de atividades físicas
constantes.
• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando atos
saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-o como
efeitos sobre a própria saúde.
• Desenvolver naturalmente as qualidades físicas como: resistência
geral, coordenação, velocidade, equilíbrio, força, flexibilidade e ritmo.
• Desenvolver capacidades coordenativas, habilidades de expressão
corporal pra integrar-se ao ambiente escolar e extra-escolar a que pertence.
• Respeitar e valorizar o corpo como seu companheiro para toda a vida.
• Analisar criticamente o papel da mídia e sua influência nas questões da
estética corporal.
• Trabalhar gradativamente as modalidades, seus fundamentos e táticas.
• Proporcionar a discussão a respeito das regras, reconhecendo as
possibilidades de ação e organização coletiva.
96
• Desenvolver e valorizar através de jogos esportivos as habilidades e
capacidades físicas dos alunos, de modo a favorecer a formação deste como um
todo.
• Resgatar a ludicidade e sociabilidade no meio de convívio.
• Exercitar a criatividade na criação de jogos e brincadeiras.
• Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes
manifestações da cultura corporal.
• Desenvolver noção de ritmo.
• Despertar a consciência de cooperação e promover efetivamente a
cooperação entre as pessoas através dos jogos.
Objetivos Específicos:
• Criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e a interação
cooperativa prazerosa.
• Despertar através dos jogos cooperativos a coragem para correr riscos,
com pouca preocupação com o fracasso e sucesso em si mesmo.
• Executar os papéis determinados para as atividades que combinem
movimentos e habilidades fundamentais.
• Discutir e construir práticas esportivas a partir do reconhecimento das
condições oferecidas e das potencialidades do grupo.
• Identificar as práticas esportivas relevantes socialmente e buscar
informações que permitam aprofundar o conhecimento sobre a mesma.
• Ampliar, qualitativamente, as experiências motoras, afetivas, sociais e
cognitivas.
• Aprender a liberar os sentimentos internos utilizando-se da prática
esportiva.
• Proporcionar situações para que o aluno se expresse a partir de suas
capacidades e habilidades físicas e motoras.
• Ampliar o diálogo do aluno com os elementos envolvidos no esporte.
• Adquirir habilidades e capacidades físicas e motoras.
• Saber identificar e reconhecer como utilizar=se das regras.
• Identificar e reconhecer na dança suas concepções estéticas nas
diversas culturas, considerando as criações regionais, nacionais e internacionais.
97
Metodologia
• Exposição do Professor – verbal, demonstração, ilustração,
exemplificação;
• Método de trabalho Independente – preparatória assimilação de
conteúdo e elaboração pessoal;
• Elaboração conjunta;
• Trabalho em grupo;
• Atividade extraclasse.
Avaliação
Trata-se de um processo diagnóstico, contínuo, permanente e cumulativo,
em que o professor organizará o seu trabalho, considerando os saberes
acumulados, a aprendizagem a participaçao, o trabalho individual e em equipe,
sempre buscando o cooperativismo e a socialização nas diversas práticas corporais,
cujo horizonte é a conquista de maior consciência corporal e sendo crítico.
6.15.3 Atividade complementar em contra turno
Descrição
Macro campo: esporte e lazer
Modalidade esportiva: futebol
Turno: intermediário
Conteúdo:
Princípios táticos ofensivos, defensivos, condução de bola, drible, passe,
cabeceio, defesa de gol, regras. A masculinização do futebol e os preconceitos
raciais, historicamente presentes nos times e nas torcidas; As relações de mercado
e de trabalho no futebol.
Objetivos:
Proporcionar a vivência do futebol
Despertar o senso de companheirismo
Melhorar o condicionamento físico.
Promover o desenvolvimento da técnica e da tática.
98
Metodologia:
Trabalho em subgrupo
Aulas expositivas, dialogadas.
Provocar uma reflexão acerca do conhecimento do futebol popular x futebol
de competição.
Discutir e analisar o futebol nos seus diferentes aspectos.
Simulação de jogos coletivos.
6.15.4 Projeto de prevenção contra a dengue
Introdução
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de
pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes,
exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil
morrem em conseqüência da dengue.
Em nosso país, as condições socio-ambientais favoráveis à expansão do
Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e
o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os
métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por
vetores. Programas com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da
comunidade, sem integração intersetorial e com pequena utilização do instrumental
epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima
capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e
pelos novos hábitos.
O Combate à Dengue é uma responsabilidade dos órgãos públicos e de toda
população. O mosquito da dengue (Aedes aegypti) se reproduz em qualquer lugar
que houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída). A
conscientização da população e a tomada de medidas são de fundamental
importância para a redução e, quem sabe, a erradicação desta doença do Brasil.
Trabalho de prevenção contra a dengue desenvolvido no Colégio
99
Visando a combater o mosquito causador da dengue (Aedes aegypti) é
realizado no CAET uma escala de aulas práticas para o combate à dengue.
Esta atividade estabelece a conscientização dos alunos e a tomada de
medidas que são de fundamental importância para a redução desta doença.
A escala de aulas destinadas a esta atividade é estabelecida
periodicamente, principalmente após as chuvas, pois é sabido que a reprodução do
Aedes aegypti ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto
em áreas sombrias como ensolaradas. Por exemplo: caixas d'água, barris,
tambores, vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, tanques, cisternas,
garrafas, latas, pneus, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento,
canaletas, blocos de cimento, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores
e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada. Portanto,
considerando essa facilidade de disseminação, podemos imaginar o grau de
dificuldade para efetivamente combater a doença - o que só é possível com a quebra
da cadeia de transmissão, eliminando o mosquito dos locais onde se reproduzem.
Assim, a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a
mobilização de todos os alunos a partir da adoção de medidas simples, visando à
interrupção do ciclo de transmissão e contaminação.
A escala de aulas é estabelecida de acordo que atinjam todos os setores nas
dimensões do colégio. Os professores juntamente com seus alunos percorrem todo
o setor destinado àquela aula. Durante o percurso são realizados os seguintes
procedimentos:
- Verificação da existência de locais com larvas de mosquitos, sendo
tomadas as providências cabíveis tais como esgotar a água, aterrar, tampar, entre
outros, tomar nota e repassar à Direção da Unidade Didático-Produtiva para
posterior aplicação de inseticidas ou larvicidas quando necessários.
- Recolhimento de materiais que possam servir para a reprodução dos
mosquitos e se for reciclável deposita-se no setor de lixo útil.
6.15.5 Mostra Técnica CAET
Descrição
100
É um evento executado pelo Colégio Agrícola Estadual de Toledo – CAET,
pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários do CAET (APMF) e pelos alunos
das 3ªs séries – Formandos.
Refere-se a um Dia de Campo em diferentes setores produtivos no CAET e
tem como público alvo: Pais de alunos do CAET; Agricultores familiares dos
municípios circunvizinhos; Alunos de 8as séries possíveis candidatos para
ingressarem na escola técnica; Ex-alunos; Representantes de empresas da área
agropecuária; Supervisores das unidades concedentes de estágio realizado pelos
alunos; Estudantes das ciências agrárias de outros colégios técnicos e
Universidades, além da comunidade em geral.
Objetivo geral
"Oportunizar aos educandos do Curso Técnico em Agropecuária do CAET o
contato com a realidade da vida profissional, mediante a mostra dos setores que
compõe o campo didático do colégio, demonstrando as diferentes habilidades
estimuladas e desenvolvidas ao longo do curso de formação de técnicos
agropecuários, com ênfase em agricultura familiar, na formação de profissionais de
caráter diferenciado, sensíveis aos problemas sociais, ambientais e econômicos,
numa integração entre colégio e comunidade, além de oportunizar aos visitantes o
acesso a tecnologias sustentáveis".
Objetivos específicos
Reunir participantes, dentre eles agricultores familiares, pais de alunos, estudantes, técnicos e representantes de empresas que ao logo do tempo tem oportunizado estágio aos alunos;
Sensibilizar os produtores familiares para a produção sustentável; Incentivar o uso de técnicas agroecológicas, economicamente viáveis e
socialmente justas; Estimular a difusão de tecnologicas alternativas para controles de
pragas e doenças, manejo ecológico do solo, preservação da água e recuperação ambiental;
Promover a difusão de práticas agrotransformação de produtos de origem animal e vegetal, como alternativa de agregação de valor à matéria prima;
Favorecer a troca de experiências vivenciadas pelos alunos ao longo de sua vida acadêmica;
Expor aos produtores, técnicos, estudantes e comunidade em geral a viabilidade dos sistemas de produção sustentáveis.
101
Justificativa
O fortalecimento da Agricultura Familiar, a necessidade de produção, o
desenvolvimento e socialização participativa do conhecimento são indispensáveis à
mudança social no meio rural. O reconhecimento dessa importância aponta também,
para uma nova concepção de pesquisa, assistência técnica e extensão rural,
centrada na agricultura familiar, exigindo a renovação da educação rural e na
diversificação das economias rurais a serem potencializadas.
É necessário mudar a racionalidade do paradigma em curso, superando a
lógica econômica pela responsabilidade sócio-ambiental, que deve funcionar como
instrumento de integração das diversas disciplinas que analisam o meio ambiente na
interação das transformações, incorporando novos conceitos, princípios, valores,
normas, ações , relações entre meios e fins, fundamentados no eco-
desenvolvimento.
Numa escola cidadã, é indispensável tanto para professores como para
estudantes, as práticas e realizações das pesquisas científicas e o saber pensar.
Entendendo como componentes do saber pensar: lógica e jeito, saber aprender,
saber cuidar, saber inovar, saber acreditar, com ênfase na construção social da
autonomia, sobretudo solidária.
Para articular e organizar os conhecimentos, conhecer e reconhecer os
problemas do mundo faz-se necessária a reformulação do pensamento, admitir e
refletir sobre as cegueiras paradigmáticas do conhecimento moderno, marcado pelos
erros e ilusões, e dessa forma promover mudanças.
A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja
ameaçado pelo erro e pela ilusão, que podem ser: mentais, intelectuais ou da razão.
Embora os paradigmas sejam inconscientes, irrigam pensamentos conscientes.
A sintonia com os diferentes saberes, aliados a complexidade de cada um,
nos desafia e estimula como educadores a reformularmos nossas práticas,
reelaboramos nossos conceitos, contribuindo como agentes motivadores da
produção de novos conhecimentos e saberes, problematizadores, crítico-reflexivos,
sistêmicos, dialéticos, sustentáveis na perspectiva de um desenvolvimento em
equilíbrio dinâmico.
Numa civilização de infindáveis benefícios tecnológicos, conhecimentos e
comodidades, a educação do futuro exige um esforço transdisciplinar, capacidade de
rejuntar ciências e humanidades, romper com a oposição em ter natureza e cultura,
102
num processo educativo alternativo, tendo como referencia a geração da autonomia
por parte do educando, lembrando sempre que não existe ensino sem pesquisa, não
existe docência sem discëncia, e que ensinar é uma especificidade humana, uma
relação entre sujeitos.
Diante dessa conceituação do problema, é proposta a aplicação da
metodologia de pesquisa-ação, que nada mais é, que uma pesquisa social com base
empírica, concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a
solução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes
representativos da situação ou do problema estão envolvidos de forma cooperativa
ou participativa.
Para tanto, a extensão rural, que num conceito simplista poder ser definida
uma forma de estender ao povo rural, conhecimentos e habilidade sobre práticas
agropecuárias, florestais e domésticas, reconhecidas como importantes e
necessárias à melhoria de sua qualidade de vida, servirá de ferramenta para integrar
as diferentes áreas do conhecimento.O desconhecimento do produtor é um dos
gargalos preocupantes também, provavelmente pela dificuldade, quer seja financeira
e/ou de aprendizado, além da não orientação adequada por métodos simples e
acessíveis à realidade do produtor familiar, constituindo-se dessa forma, num
elemento atual de restrição ao desenvolvimento das atividades agropecuárias. As
sugestões para sanar tais causas estão vinculadas à assistência técnica e à
capacitação dos produtores.
Assim, com a proposta de promover um encontro entre os principais atores
internos às atividades agropecuárias nas propriedades familiares, bem como
estimular a integração dos educandos com a comunidade, buscamos estimular as
parcerias, a discussão, repasse de tecnologias e o repensar dos sistemas produtivos
dentro da realidade que se encontra a agropecuária da região. Estimular as
organizações de grupos informais e produtores isolados, unindo forças no sentido de
organizar e planejar as atividades em prol do desenvolvimento participativo, focado
nos princípios econômico, técnico, energético, ambiental, administrativa, política,
etológica, social e culturalmente aceitáveis. Com finalidade maior de oferecer aos
produtores, profissionais, estudantes e empresas, ferramentas para produção de
alimentos e matérias primas a baixos custos, totalmente acessíveis e sem
contaminação ambiental, como alternativa frente ao agronegócio tão fortemente
estabelecido em nosso meio.
103
Metodologia
A prática da extensão rural baseia-se inicialmente num diagnóstico
participativo das potencialidades, limitações e problemas encontrados nos diferentes
setores do CAET. Para tal, os alunos da disciplina de extensão rural são divididos
em grupos, de forma a contemplar todos os setores, e cada grupo será responsável
por um setor.
O processo de definição dos setores em que os grupos irão atuar será feito
na forma sorteio, para tornar o processo imparcial, e como forma de submeter os
alunos ao desafio próximo ao que encontrará no mercado de trabalho, onde nem
sempre eles terão a oportunidade de escolher a atividade na qual preferem atuar.
Num processo de pesquisa exploratória, são identificados muitos problemas
práticos que estão relacionados com a equipe, as parcerias, com a cobertura
institucional e financeira que dá suporte ao trabalho.
Na seqüencia são discutidas e definidas hipóteses de trabalho, que num
plano normativo dá diretrizes às ações a serem desenvolvidas.
Outra proposta metodológica, refere-e ao processo de validação de
tecnologias, abrangendo os pontos de vista biológico (aumento da produção),
econômico-financeiro (redução de custos), ambiental (produção sustentável) e social
(melhoria da qualidade de vida).
As ações são definidas de forma participativa, com a realização de estudos
sobre as condições agroecológicas e alternativas técnicas para a solução dos
problemas.
Dessa forma, a disciplina de extensão rural promove a interdisciplinaridade
entre as diferentes áreas do conhecimento que formam o currículo do profissional
técnico agropecuário, bem como, serve de estímulo ao senso crítico e desafia os
estudantes a procurarem soluções para os problemas encontrados, preparando-os
para o mundo do trabalho, uma vez que essas atividades fazem parte do dia a dia
desses profissionais.
6.15.6 Projeto minha árvore é mais que uma vida
Descrição do Projeto
104
O referido projeto consiste em que cada aluno adote uma árvore,
participando na identificação, seleção, cultivo, preparo do solo, plantio e tratos
culturais necessários à espécie escolhida, tornando-se assim o responsável pelo seu
desenvolvimento.
Justificativa
A árvore participa como um produtor, estando no primeiro nível trófico da
cadeia ou teia alimentar, sendo um dos principais componentes do ecossistema. A
árvore como um ser autótrofo, sintetiza seus próprios alimentos através da
fotossíntese (quimiossíntese) e estes alimentos são utilizados por eles mesmos e
pelos seres heterótrofos. A energia luminosa do Sol é fixada pela árvore e
transmitida, sob a forma de energia química aos demais organismos vivos. Isto
significa que as árvores são responsáveis pela entrada de energia no ecossistema, o
que torna impossível pensar nos ecossistemas sem a presença da árvore.
Dos nove planetas do sistema solar, a Terra, pelo que sabemos, é único que
possui vida e com uma enorme diversidade de espécies de árvores, que influenciam
diretamente na biodiversidade.
A temperatura, a luminosidade, a água, o solo e os gases como fatores
ambientas determinam a adaptação das espécies de árvores. Com o tempo estas
espécies acabam por influenciar sobre os fatores ambientais, tendendo ao equilíbrio
do meio ambiente.
Diante disso, se faz necessário um sério trabalho no sentido de, mais do que
conscientizar, tornar cada cidadão um fiscal e um defensor da preservação da
árvore como um integrante vital da natureza. O preservar deverá ser uma filosofia de
vida.
Objetivo Geral
Conscientizar os educandos sobre o cuidado que devemos ter em
relação às árvores, pois o desmatamento indiscriminado pode levar, ao que até
pouco tempo era considerada uma hipótese distante e restrita, ao surgimento de
processos de desertificação, agora visto como um problema em todas as regiões do
mundo.
Objetivos Específicos
105
fazer com que o educando possa compreender a importância da árvore
para a existência da vida;
compreender as relações da redução dos gases do efeito estufa –
GEEs, na atmosfera, com a retenção do Carbono pelas plantas;
visualizar a captação da energia solar e transformação desta em
energia química (ciclo da energia);
reconhecer que a árvore, como um ser vivo é um bem que está se
tornando escasso e que acabará caso não haja um sério compromisso de cada
pessoa em reflorestar e preservar;
investigar e conhecer as diferentes espécies que existem no município
de Toledo e região, fazendo um histórico de sua vida;
conhecer e avaliar as medidas que estão sendo adotadas para sua
preservação;
reconhecer a importância da árvore na inter-relação desta com as
diferentes espécies de organismos num ecossistema;
conscientizar os educandos de que quando sofre a natureza, sofrem as
espécies, aumenta a poluição e diminuindo sua saúde.
Metodologia
O trabalho será interdisciplinar:
Produção de texto, vídeos, preparo da cova e plantio de uma árvore, tratos
culturas, aulas de campo, coleta e tabulação de dados estatísticos, produção de
Poesias com o tema, encenações (teatro), produção de cartazes, história em
quadrinho, charges, escolha de um mascote (desenho).
Detalhamento da execução:
Especificação das fases ou etapas do projeto
Direcionamento do trabalho aos educandos, orientado pelos
professores, ficando assim distribuído:
1as séries do Curso Técnico em Agropecuária:
Produção de mudas reflorestáveis.
Seleção das mudas.
106
Demarcação da área a ser reflorestada.
Preparo e identificação do berço que vai receber a muda de árvore.
Plantio e identificação da muda selecionada.
Tratos culturais ( com o replantio, se for necessário).
Coleta e tabulação de dados.
2as séries do Curso Técnico em Agropecuária
Tratos culturais (com o replantio, se for necessário).
Manutenção da identificação
Coleta e tabulação de dados
3as séries do Curso Técnico em Agropecuária
Tratos culturais (com o replantio, se for necessário).
Manutenção da identificação
Coleta e tabulação de dados
Especificação do uso dos espaços e equipamentos
Sala de vídeo, sala de aula, laboratório de Ciências, biblioteca, saguão
(palestras), retroprojetor, vídeo, DVD, computador, Unidade Didática Produtiva,
ônibus para transporte dos educandos.
Recursos Humanos participantes do projeto
Educandos, Educadores e funcionários do Colégio Agrícola e membros da
comunidade, palestrantes (especialistas no assunto).
Informamos que o número de horas é indeterminado, considerando que o
projeto foi iniciado em abril de 2004 não tendo previsão do término.
Recursos Físicos
Locação de fitas de vídeo, transporte, xerox de material produzido e de
disseminação, embalagens para propagação das mudas, adubos e corretivos,
cavadeiras, enxadas, enxadões, trados, carrinhos de mão, tesouras de poda,
serrotes de poda, sementes ou estacas, fita métrica.
Material de Consumo
107
Papel, cartolina, canetas coloridas, lápis de cor, isopor, plaquetas para
identificação da árvore e embalagens para as mudas de árvores.
Serviços
Produção das mudas, locação e preparo das covas, plantio de mudas, tratos
culturais
Parcerias
Prefeitura Municipal de Toledo, Instituto Ambiental do Paraná – Unidade de
Toledo.
Avaliação do Projeto
A avaliação deste Projeto será através do material produzido pelos
educandos, sucesso do reflorestamento, planilha de tabulação dos dados, exposição
oral dos educandos através de seminários.
Observação no decorrer do desenvolvimento do Projeto das atitudes
(responsabilidade/compromisso) dos educandos em relação ao tema trabalhado.
6.15.7 Projeto Restauração de pastagens do CAET
Identificações do projeto
Restauração de pastagens do Colégio Agrícola Estadual de Toledo – CAET,
tendo por finalidade maior produção de massa verde para suplementação dos
animais, e também a organização e rotação dos piquetes.
Identificações do proponente / executor
O projeto de restauração de pastagens será realizado pelos alunos do 3º A
do Colégio Agrícola Estadual de Toledo – CAET, localizado no km 05, linha
Mandarina, Toledo – PR, CEP: 85900 – 000. Tendo como coordenadora a
professora Juliana Oro.
108
Históricos de experiência da instituição proponente / executora
A instituição de ensino Colégio Agrícola Estadual de Toledo busca formar
profissionais em técnicos em agropecuária, com isso esse projeto auxiliará nos
estudos nos 3 anos de curso. As pastagens do Colégio estão com alguns problemas
com buracos de antigos silos, muitas plantas daninhas, pastagens degradadas e
com erosão, precisando assim de melhorias.
Caracterizações do Problema
O projeto tem como objetivo realizar a restauração das pastagens, ajudando
na melhor aprendizagem dos alunos nas aulas práticas, para a obtenção deste
conhecimento, que poderá ser utilizado futuramente pelo estudante no mundo do
trabalho.
Este projeto irá solucionar os problemas que abrangem as pastagens para
os bovinos, ovinos e caprinos. Também proporcionará aos alunos conhecimento
sobre este assunto, além de ajudar os professores das matérias como Produção
Animal e Produção Vegetal demonstrar na prática o que é estudado em sala de aula.
Justificativa
As técnicas aprendidas teoricamente serão implantadas no projeto,
melhorando o entendimento sobre o assunto. O projeto será implantado para o
melhoramento das pastagens, diminuindo assim o custo com ração para os animais.
Ajudando também na parte ambiental e ecológica diminuindo problemas com o solo.
Público alvo
O público alvo será necessariamente os alunos do colégio e professores
para expansão do conhecimento sobre técnica tenham a oportunidade de obter
conhecimentos de pastagens e tenham visualização desse conhecimento a campo.
O projeto tem como publico alvo os alunos do Colégio e professores, pois
serão privilegiadas com técnicas e novos conhecimentos ali aplicados, sendo
também utilizado por outros colégios agrícolas como um exemplo de novas
pastagens.
Objetivo geral
109
O principal objetivo do projeto é possibilitar aos alunos tenham
conhecimentos sobre pastagens, novas tecnologias , doenças e pragas será
adquirido novos acontecimentos técnicos para ser usado futuramente no mercado
de trabalho. Também utilizado na amostra técnica para abrir novos conhecimentos
aos produtores da região.
A implantação do projeto no Colégio Agrícola de Toledo é o aprendizado de
alunos e professores na parte de pastagens, com o projeto os alunos terão um
conhecimento mais amplo em relação a atual pastagem do colégio, podendo
observar como é feito a adubação, tratos culturais e quantia de massa verde
fornecida aos animais e o principal a recuperação das pastagens.
Metodologia
A restauração de pastagens é uma solução para a deficiência de
alimentação necessária para o desenvolvimento dos animais, obtendo assim um
aumento significativo na produção da instituição, além de ser uma alternativa para o
maior conhecimento dos alunos e o desenvolvimento das aulas pelos professores
Este projeto do 3°A tem como objetivo melhorar o conhecimento dos alunos
sobre as pastagens visando uma maneira de desenvolverem experimentos
Essa restauração servirá para os professores como apoio para as aulas
praticas e em beneficio do colégio assim divulgando o colégio e diminuindo os
impactos ambientais como erosão.
Para que tenha finalidade esse projeto é necessário a renovação das
pastagens para que os alunos, professores e funcionários possam desenvolver
atividades ligadas com essa implantação.
Primeiramente deve reconhecer a área, fazer a medição da área separar os
setores para os alunos, os grupos ficaram responsáveis por esses setores e
aprendizados dos mesmos.
Para que se obtenha um bom resultado deste projeto, precisaremos estudar
o local aonde será desenvolvido o projeto e dividir as atividades que serão
elaboradas em grupos para facilitar o desenvolvimento das atividades, onde cada
grupo ficará encarregado de certas funções nos piquetes das pastagens. Será
necessário adquirir sementes e mudas das forragens que serão utilizadas no projeto.
Plano de implantação
110
- Escolha da área
- Marcação da área
- Limpeza da área
- Acompanhamento dos alunos e professores
- Adubação e irrigação da área
- Área
- Marcação do local
- Mapeamento da área
- Limpeza da área
- Montagem dos piquetes
- Preparo do solo
- Escolha da espécie de forragem
- Plantio
-Tratos culturais
- Estudo da área com a forragem até o fim do ciclo da cultura
Plano de implantação
Escolha da área
Limpeza das pastagens
Escolha das mudas
Implantação das mudas
Adubação
Irrigação
Manter o controle das ervas daninhas
Finalização do projeto
A área utilizada será divida por piquetes, localizadas na bovinocultura,
caprinocultura e ovinocultura.
A necessidade de pastagens será devidamente plantada conforme a
necessidade alimentar dos animais. Nesta área será envolvidos todos alunos e
professores e colaboradores.
Cronograma
ABRIL
111
05/04/2012: Limpeza dos piquetes
12/04/2012: Limpeza ao redor dos piquetes
19/04/2012: visita técnica
26/04/2012: termino do relatório e entrega
MAIO
03/05/2012: escolha da pastagem semente e mudas
10/05/2012: preparação da área para o plantio
17/05/2012: preparação da área para o plantio
24/05/2012: plantio das mudas
31/05/2012: termino do plantio das mudas
JUNHO
14/06/2012: limpeza dos piquetes
21/06/2012: atividades pendentes a serem terminadas
28/06/2012: finalização do projeto
Podemos dizer que o projeto de renovação de pastagens é importante, pois
além de beneficiar a área do colégio agrícola com uma pastagem de boas qualidade
e que supri as necessidades alimentares do rebanho, vai nos ajudar a um maior
conhecimento na área de pastagens e também professores e visitantes assim
beneficiando varias pessoas .
6.15.8 Projeto Mostra Técnica de Inverno
Identificação do Projeto
Demonstração das culturas de inverno implantadas no Colégio Agrícola
Estadual de Toledo, com o objetivo do desenvolvimento de estudos de caráter
pedagógico, além disso, oportunizar a participação dos alunos em um evento
interno, visando o ensino em extensão rural e o conhecimento de diversas culturas
de inverno.
Identificação do proponente/executor
112
O projeto tem como seus executores os alunos do 3° ano da turma C no setor
de forragens, os alunos do 3° ano B com a cultura do milho, os alunos do 2° A, B e C
com as culturas de azevém, trigo e sorgo, e também os alunos 1°C com as culturas
do trigo, triticale, azevém, aveia preta, e milho e sorgo para silagem. Este projeto
será realizado no Colégio Agrícola Estadual de Toledo, localizada na estrada da
Usina, Linha Mandarina Km 05, fone (045) 3278 1956, CEP 85500000, na cidade de
Toledo, Paraná. A data do evento será no dia 26 de junho de 2012, durante o
período vespertino e matutino.
Justificativa
O fortalecimento da Agricultura Familiar, a necessidade de produção, o
desenvolvimento e socialização participativa do conhecimento são indispensáveis à
mudança social no meio rural. O reconhecimento dessa importância aponta também,
para uma nova concepção de pesquisa, assistência técnica e extensão rural,
centrada na agricultura familiar, exigindo a renovação da educação rural e na
diversificação das economias rurais a serem potencializadas.
Numa escola cidadã, é indispensável tanto para professores como para
estudantes, as práticas e realizações das pesquisas científicas e o saber pensar.
Entendendo como componentes do saber pensar: lógica e jeito, saber aprender,
saber cuidar, saber inovar, saber acreditar, com ênfase na construção social da
autonomia, sobretudo solidária.
Para articular e organizar os conhecimentos, conhecer e reconhecer os
problemas do mundo faz-se necessária a reformulação do pensamento, admitir e
refletir sobre as cegueiras paradigmáticas do conhecimento moderno, marcado
pelos erros e ilusões, e dessa forma promover mudanças.
A mostra de culturas de inverno pode ser definida como uma forma de
estender ao povo rural, conhecimentos e habilidade sobre práticas agropecuárias,
aproximando os alunos com a sociedade rural e urbana. Além disso, possibilitará
aos alunos exercer na prática os conhecimentos obtidos nas disciplinas estudadas
durante o curso técnico. Também este projeto irá conferir aos alunos capacidade no
futuro de trabalhar junto ao produtor rural, podendo dessa forma utilizar seu
aprendizado para repassar ao produtor métodos e técnica para o desenvolvimento
econômico.
113
Metodologia
Nas aulas práticas os alunos realizaram canteiros didáticos, para observar na
prática o conteúdo visto em sala de aula. Assim estes alunos apresentarão os seus
trabalhos para os demais colegas, professores e funcionários do Colégio.
Este projeto será realizado no dia 26/06/2012. Os alunos irão fazer a
explanação dos manejos utilizados nos canteiros, como também a explicação de
pesquisas em diferentes referências bibliográficas. Assim desta forma, submeter os
estudantes ao desafio próximo ao que encontrará no mundo de trabalho.
Este projeto promoverá a interdisciplinaridade entre as diferentes áreas do
conhecimento que formam o currículo do profissional técnico agropecuário, bem
como, servirá de estímulo ao senso crítico e desafia os estudantes a procurarem
soluções para os problemas encontrados, uma vez que essas atividades farão parte
do dia a dia desses profissionais.
Objetivo Geral
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo possibilita a oportunidade a vários
experimentos desenvolvidos pelos alunos, com intuito de aproximar os alunos das
famílias, comunidade e empresas de área específica da formação. Esse projeto
possibilitará aos alunos a demonstração de trabalhos realizados em aula prática,
aprimorar seus conhecimentos e praticar um método de extensão rural.
Objetivos específicos
Utilizar as experiências existentes nas aulas práticas das disciplinas de
produção vegetal.
Envolver a participação dos alunos em projetos de pesquisa e extensão
rural.
Definir culturas, metodologias, tratos culturais, ferramentas de
produção das principais culturas de inverno.
Promover um evento interno no Colégio que promova a integração de
alunos, professores, e funcionários.
Público-alvo
O público alvo será basicamente alunos, funcionários e professores do
Colégio Agrícola Estadual de Toledo.
114
6.15.9 Simulado – TECNEM
Descrição
Refere-se a uma avaliação de desempenho do Curso Técnico em
Agropecuária e preparação para o Enem e concursos
O sistema educacional brasileiro apresenta baixos índices de conclusão do
ensino nos mais diversos níveis, com altos índices de evasão e repetição, e
acentuadas disparidades educacionais entre as várias regiões. Essa baixa qualidade
da educação, principalmente a pública, é ligada a uma ineficiente administração e
gerenciamento educacional, uso insuficiente e impróprio dos recursos financeiros e
principalmente à estratégias de ensino e avaliação do desempenho escolar
inadequadas.
Novas políticas e estratégias educacionais são, portanto, exigidas para
reverter tal situação, mas faltam aos seus formuladores informações precisas
sistemáticas e padronizadas sobre o desempenho do sistema educacional. Não
existe, na verdade, uma cultura de avaliação no país nem um envolvimento efetivo
da sociedade no aperfeiçoamento do sistema educacional.
Neste sentido, pretendemos neste trabalho desenvolver reflexões sobre o
papel da avaliação do desempenho escolar como ferramenta de exclusão social,
conseqüência da prática pedagógica desvirtuada adotada pelo nosso sistema
educacional.
Objetivos
A educação é componente substancial de qualquer política de
desenvolvimento, não só como bem em si e como mais eficaz instrumentação de
cidadania, mas igualmente como primeiro investimento tecnológico.
Seguindo essa linha, o educador passa a ser o educador problematizador,
que desafia os educando que são agora investigadores críticos, permeados por
constantes diálogos, pois a educação como prática de liberdade deve negar o
conceito de isolamento e abstração do ser humano, assim como tornar o mundo
uma presença constante em seu diálogo.
O principal objetivo do TECNEM é avaliar o desempenho do aluno já no
segundo e terceiro ano do curso em Técnico em Agropecuária, para aferir
desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno do profissional
115
Técnico e da cidadania. Desde a sua concepção o Tecnem foi pensado como
diagnostico da qualidade do curso e também como modalidade alternativa ou
complementar aos exames de acesso aos cursos do ensino superiores concursos.
O Tecnem busca, ainda, oferecer uma referência para auto-avaliação com
vistas a auxiliar nas escolhas futuras dos cidadãos quanto à sua inclusão no mundo
do trabalho. A avaliação pode servir como complemento do currículo para a seleção
de emprego.
Justificativa
Avaliação de desempenho é de extrema relevância não só no contexto
institucional, mas no contexto da educação profissional. Trata-se de importante
estratégia para a gestão institucional, principalmente na analise dos procedimentos
pedagógico que estão sendo adotados, pois as informações produzidas no processo
avaliativo ira orientar a tomada de decisões, permitindo a melhora da qualidade do
processo de ensino aprendizagem.
Segundo SOUSA o ato de avaliar deve estar fundamentado nos seguintes
pontos:
Continuidade: a avaliação deve estar presente durante todo o processo
educacional, e não somente em períodos específicos;
Compatibilidade com os objetivos propostos: a avaliação deve estar em
conformidade com os objetivos definidos como norteadores do
processo educacional para que venha realmente cumprir a função de
diagnóstico;
Amplitude: a avaliação deve estar presente em todas as perspectivas
do processo educacional, avaliando assim todos os comportamentos
do domínio (cognitivo afetivo e psicomotor);
Diversidade de formas: para avaliar devemos utilizar as várias técnicas
possíveis visando também avaliar todo o comportamento do domínio.
Com base nestes pressupostos, podemos afirmar que a realidade do
processo avaliativo é completamente oposta a filosofia da educação
problematizadora necessária em nossas escolas.
A posterior discussão dos resultados e reflexão, por todo o corpo escolar
(direções,docentes , discentes ,coordenações e funcionários). Dara condições de
116
contextualizar uma avaliação do curso e um parâmetro mais adequado da
preparação obtida pelo educando, considerando as transformações nas políticas
educacionais, seus princípios e suas concepções.
Organização
Será constituída uma equipe organizadora pela direção pedagógica, sendo
esta equipe responsável para formatar, acompanhar e aplicar a avaliação , posterior
correção da redação e tabulação dos dados. A composição desta equipe fica restrita
a integrantes que não atuem em sala de aula como professora (a) da serie que esta
sendo avaliada.
Com antecedência de 60 dias da realização do Tecnem será disponibilizado
um e-mail especifico para que cada professor em sua respectiva disciplina na serie
a ser avaliada, formule 5 questões nos moldes propostos, com respectivos gabaritos
e envie as mesma a equipe organizadora .
Será feito com uma antecedência de no mínimo duas semanas pela direção
pedagógica ao alunos, uma orientação de todos os procedimentos que serão
adotados para realização do Tecnem
Metodologia
Do ponto de vista metodológico o Tecnem adota alguns procedimentos do
ENEM (exame nacional do ensino médio), como: provas de cores diferentes,
questões de múltipla escolha etc..
A avaliação será feita com um agendamento prévio de datas, atendendo
uma proximidade do exame do ENEM, e principalmente em concordância aos
conteúdos já oferecidos ao alunos na respectiva serie.
A avaliação será feita em um auditório com respectiva organização e
identificação das carteiras, todas saídas necessárias durante a realização da
avaliação será com acompanhamento de um fiscal. Será servido o lanche no horário
de intervalo no próprio local de realização da avaliação.
Todas as avaliações devem oferecer identificações dos alunos, assim como
o cartão de respostas.
Todos os critérios adotados baseiam-se em processos de vestibulares ou
concursos, serão adotados: horário de inicio e termino do processo de avaliação,
tempo para realização da redação, preenchimento correto do cartão resposta,fiscais
117
para acompanhamento do processo,proibição de uso de máquinas e (ou) relógios de
calcular, bem como de rádios, gravadores, readphones, telefones celulares ou fontes
de consulta de qualquer espécie, utilização de caneta esferográfica de tinta azul ou
preta)
A avaliação
A avaliação é composta de um caderno de 70 questões divididas entre as
disciplinas da base nacional comum e a base especifica,um caderno de Redação,
com respectivas orientações , contendo três propostas para redação, uma folha de
rascunho , uma folha para versão definitiva da redação ,um cartão resposta e um
questionário com questões complementares , onde o educando avalia os
procedimentos adotados no processos de ensino aprendizagem adotado pelos
docentes.
Será considerado um peso Máximo de 2,0 pontos, entre a redação e as
questões, pontuação esta que será repassada posteriormente a todos os
professores das diversas disciplinas que compõem cada serie onde o mesmo ira
considerá-la como um do procedimento avaliativos do bimestre.
6.15.10 Projeto Limpeza e Organização da Fábrica de Ração do CAET
Identificação
Limpeza e organização da fábrica de ração do Colégio Agrícola Estadual de
Toledo, visando o desenvolvimento de estudos de caráter pedagógico, além disso, o
melhor aproveitamento do local e controle de produção.
Identificação do proponente/executor
O projeto tem como seus executores os alunos do 3° ano da turma C. A
coordenadora é a professora Juliana Oro, responsável pelo suporte técnico da
instituição. Este projeto será realizado no Colégio Agrícola Estadual de Toledo,
localizada na estrada da Usina, Linha Mandarina Km 05, fone (045) 3278 1956, CEP
85500000, na cidade de Toledo, Paraná.
Histórico de experiência da instituição proponente/executadora
118
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo proporciona aos seus alunos a
formação em Técnico em Agropecuária, capacitando-os durante os três anos para o
mercado de trabalho. Assim este projeto ajudará os alunos a adquirirem bases de
noções de organização e limpeza de setores de produção, como por exemplo, o
programa de 5S.
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo possibilita oportunidade a vários
experimentos desenvolvidos pelos alunos, uma amostra técnica anual com intuito de
aproximar os alunos das famílias, comunidade e empresas de área específica da
formação.
O espaço físico do Colégio é dividido em vários setores da área de
agricultura e pecuária. Todos esses espaços são voltados ao ensino e
aprendizagem dos alunos e também para o funcionamento do colégio (parte a
campo). A fábrica de ração é um setor importante, pois outros setores como
suinocultura e bovinocultura estão diretamente relacionados e dependentes da
mesma. Assim, este projeto proporcionará mais uma área didática e prática para os
alunos facilitando seu aprendizado.
Caracterização do problema
O projeto tem a finalidade de melhorar a organização da fabrica de ração,
pois parte desse setor esta sendo utilizado como depósito de entulhos. Também não
existe um controle com fichas de produção diária de ração. Assim, os alunos terão o
conhecimento na prática de como melhorar as condições de trabalho em um setor
de produção.
Justificativa
Este projeto do 3º ano “C” tem como finalidade melhorar a aprendizagem
dos alunos do Colégio Agrícola Estadual de Toledo, tendo uma noção do
funcionamento e acompanhamento de todas as etapas na produção de ração e das
máquinas utilizadas no processo.
O projeto desenvolvido visa também facilitar a relação do aluno\professor,
sendo que as informações transmitidas, vão tornar as aulas mais dinâmicas com
melhor aproveitamento por parte dos alunos.
A necessidade de implantação do projeto da fábrica de ração vem com a
finalidade de melhorar a qualidade do aprendizado em aulas práticas e fornecer uma
119
melhor estrutura tanto para aulas práticas quanto para facilitar o trabalho dos
funcionários da área.
Outra parte importante deste projeto é proporcionar aos alunos participar do
programa de qualidade 5 “S”, onde primeiro vão conhecer na teoria como este
programa funciona e posteriormente na prática, aplicando tudo aquilo que
aprenderam referente aos 05 sensos.
Metodologia
Este projeto tem como finalidade oferecer aos alunos uma experiência
diferente, onde será realizada uma limpeza e organização em geral. Para o
desenvolvimento do projeto é necessário que cada executor conheça a importância
de cada componente da fábrica de ração e que tenha conhecimento do suporte que
o Colégio poderá oferecer com a implantação deste projeto. Primeiramente deve-se
retirar todos os equipamentos e objetos oriundos de outras matérias e áreas do
colégio. Após realiza-se a organização do setor através da implantação de um
programa de organização e qualidade. Também será feito o controle da fabricação
de ração e será melhorado o aspecto paisagístico. Todas as fases do projeto serão
registradas para que no futuro possa ser utilizadas em sala de aula como exemplo
do antes e como ficou depois do trabalho realizado.
Público-alvo
O público alvo será basicamente alunos, funcionários e professores do
Colégio Agrícola Estadual de Toledo, que irão dispor de um local apropriado para
atuação e desenvolvimento de atividades do setor, tendo oportunidade para
aumentar o nível de conhecimento de todos.
Objetivo geral
O projeto tem como objetivo e finalidade a melhoria do espaço físico da
fábrica de ração, para fins didáticos e atividades em geral. As vantagens dentro da
área de ensino são muitas:
- Facilitar o acesso e acomodação dos alunos durante aulas práticas,
melhorando o aproveitamento das mesmas.
120
- Já concluído o projeto visará melhorar o acompanhamento durante
todas as fases e etapas da fabricação da ração, como também conhecer os
ingredientes, suas formas de uso e armazenamento.
- Também benefícios em questões como organização, limpeza e lay-out
visual do local.
Objetivos específicos
Oportunizar a participação dos alunos na organização e limpeza de um setor
de produção, agregando conhecimento sobre fábrica de ração, novas tecnologias de
produção, ingredientes e formas diferentes de produzir diversos tipos de ração
animal.
Este local também poderá servir além dos fins didáticos, para a produção
interna do Colégio Agrícola Estadual de Toledo, demonstração na Mostra Técnica e
visita técnica em geral.
Também beneficiará a todos os envolvidos: alunos, professores e
funcionários na produção de forma experimental de rações utilizando ingredientes e
aditivos lançados pelas empresas no mercado.
Meta
O objetivo é que durante as aulas práticas se façam limpeza e organização,
tanto no interior como na parte externa da fábrica. Também, após o termino do
projeto os alunos podem fazer uso da fábrica, diminuindo possíveis dúvidas que por
acaso ficou quando da explanação em sala de aula.
O projeto também auxiliará no desenvolvimento do lado avaliador e
profissional dos alunos para possíveis situações que possam ocorrer no dia a dia de
uma fábrica de ração, ou de outro setor de produção.
Concluindo o projeto “Limpeza e organização da fábrica de ração do Colégio
Agrícola Estadual de Toledo, o grupo de alunos terá a obtenção de certas
responsabilidades e visão administrativa no que diz respeito a distribuição de
tarefas, trabalho em grupo e programa de qualidade 5 “S”.
Plano de implantação
Etapas:
121
a) Conhecimento da área onde será implantado o projeto.
b) Seleção dos materiais reaproveitados.
c) Retirada dos materiais armazenados em conjunto da fábrica.
d) Limpeza com o auxílio de lava-jato e demais materiais necessários.
e) Seleção criteriosa dos materiais diversos.
f) Encaminhamento de materiais que não tenham utilidade ao depósito de
lixo.
g) Reorganização dos componentes da fábrica de ração no mesmo
espaço físico.
h) Limpeza e organização do espaço externo, tornando assim mais
apresentável.
i) Melhoria do aspecto paisagístico ao redor do setor.
j) Organização de papéis para a demonstração de todo o funcionamento
da fábrica de ração.
k) Levantamento de dados sobre ingredientes disponíveis, números de
animais, consumo e quantidade de ração necessária.
Orçamento
Todas as atividades a serem desenvolvidas serão realizadas com recursos
internos já disponibilizados pelo Colégio Agrícola Estadual de Toledo.
Cronograma
- 15/02/2012:
Conhecimento do projeto.
- 29/02/2012:
Conhecimento e organização das principais atividades a serem
realizadas.
- 07/03/2012:
Inicio da limpeza externa do local.
- 14/03/2012:
Inicio da limpeza interna do local.
- 21/03/2012:
122
Continuação da retirada dos objetos junto à fábrica e início da limpeza
com o auxilio de água com pressão e demais materiais necessários.
- 04/04/2012:
Classificação dos objetos que possam ser reutilizados no Colégio Agrícola
Estadual de Toledo.
- 11/04/2012:
Classificação dos objetos para reciclagem.
- 18/04/2012:
Conclusão da organização dos objetos da fábrica de ração.
- 25/04/2012:
Divisão das atividades da fábrica entre os grupos de alunos.
- 09/05/2012:
Curso técnico em topografia.
- 16/05/2012:
Início do trabalho em grupos. Os alunos foram divididos em 4 grupos, onde
ficarão responsáveis pela aspecto paisagismo, organização interna, planejamento e
limpeza externa.
OBS: O prazo de entrega será no início do segundo semestre numa
solenidade com a presença de alunos, funcionários, professores e direção do
Colégio Agrícola Estadual de Toledo.
6.15.11 Projeto “Revitalização de Açudes Adjacentes do CAET
Identificação do Projeto
Limpeza, organização e revitalização de toda a área destinada ao policultivo
de peixes do Colégio Agrícola Estadual de Toledo, visando o desenvolvimento de
estudos de caráter pedagógico, além disso, o melhor aproveitamento do local e
melhoria das condições do cultivo de peixes.
Identificação do proponente/executor
O projeto tem como seus executores os alunos do 2° ano da turma C. A
coordenadora é a professora Keli Libardi, responsável pela coordenação técnica
pecuária. As principais parcerias deste projeto são os professores da disciplina de
123
Produção Animal, Agroecologia e afins, pois poderão também utilizar a área com
intuito pedagógico e experimental. Este projeto será realizado no Colégio Agrícola
Estadual de Toledo, localizada na Estrada Narciso Antônio Casarotto, nº1911 – Jd.
Panorama, telefone (045) 3278 1956, CEP 85500-000, na cidade de Toledo, Paraná.
Histórico de experiência da instituição proponente/executadora
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo proporciona aos seus alunos a
formação em Técnico em Agropecuária, capacitando-os durante os três anos para o
mercado de trabalho. Assim este projeto ajudará os alunos a adquirirem bases sobre
a construção de reservatórios de água destinado ao policultivo de peixes, bem como
a aquisição das práticas de manejo na piscicultura.
O Colégio Agrícola Estadual de Toledo possibilita oportunidade a vários
experimentos desenvolvidos pelos alunos, uma amostra técnica anual com intuito de
aproximar os alunos das famílias, comunidade e empresas de área específica da
formação.
O espaço físico do Colégio é dividido em vários setores da área de
agricultura e pecuária. Todos esses espaços são voltados ao ensino e
aprendizagem dos alunos e também para o funcionamento do colégio (parte a
campo). A piscicultura é um setor importante, pois outros setores como suinocultura
e agroindústria estão diretamente relacionados e dependentes da mesma. Assim,
este projeto proporcionará mais uma área didática e prática para os alunos
facilitando seu aprendizado.
Caracterização do problema
O projeto tem a finalidade de revitalizar e aumentar a área destinada as
práticas relacionadas com a piscicultura, pois parte desse setor estava até o
momento desativado. Assim, os alunos terão o conhecimento na prática de como
melhorar as condições de trabalho em um setor de produção.
Justificativa
Este projeto do 2º ano “C” tem como finalidade melhorar a aprendizagem
dos alunos do Colégio Agrícola Estadual de Toledo, tendo uma noção das práticas
relacionadas com a piscicultura regional, desde o planejamento da cultura, os
manejos rotineiros com os tanques, até o produto final (peixes).
124
O projeto desenvolvido visa também facilitar a relação do aluno\professor,
sendo que as informações transmitidas, vão tornar as aulas mais dinâmicas com
melhor aproveitamento por parte dos alunos.
A necessidade de implantação do projeto da revitalização dos açudes vem
com a finalidade de melhorar a qualidade do aprendizado em aulas práticas e
fornecer uma melhor estrutura tanto para aulas práticas quanto para otimizar a área
destinada ao policultivo de peixes.
Metodologia
Este projeto tem como finalidade oferecer aos alunos uma experiência
dinâmica, onde será realizada uma limpeza, reorganização e revitalização dos três
açudes adjacentes ao principal. Para o desenvolvimento do projeto é necessário que
cada participante conheça a importância do policultivo de peixes tanto para o
produtor quanto para o Colégio, além de conhecer os manejos da piscicultura e que
tenha conhecimento do suporte que o Colégio poderá oferecer com a implantação
deste projeto. Primeiramente deverá ser realizado um planejamento em cima da
área, retirar todos os entulhos presente dentro dos reservatórios. Após será feito a
organização do setor através da limpeza ao redor e dentro dos reservatórios,
retirando todo e qualquer material vegetativo do local. Também será feito tanques
para a produção de alevinos com material reciclável, e tanques de engorda
controlados. Além do projeto em suma, será realizado juntamente com os
professores das áreas a revitalização paisagística da área circundante para que os
alunos possam utilizá-las futuramente. Todas as fases do projeto serão registradas
para que no futuro possa ser utilizadas em sala de aula como exemplo do antes e
como ficou depois do trabalho realizado.
Público-alvo
O público alvo será basicamente alunos, funcionários e professores do
Colégio Agrícola Estadual de Toledo, que irão dispor de um local apropriado para
atuação e desenvolvimento de atividades do setor, tendo oportunidade para
aumentar o nível de conhecimento de todos.
Objetivo geral
125
O projeto tem como objetivo e finalidade o aproveitamento físico da área
destinada a piscicultura, para fins didáticos e atividades em geral. As vantagens
dentro da área de ensino são muitas:
- Facilitar as práticas didáticas dos alunos durante aulas, melhorando o
aproveitamento das mesmas, pois haverá outras áreas destinadas a cultura.
Objetivos específicos
Oportunizar a participação dos alunos na organização e limpeza de um setor
de produção, agregando conhecimento sobre a revitalização de açudes, policultivo
de peixes, instalações zootécnicas, ambiência, tecnologias de produção, diferentes
manejos e espécies envolvidas no policultivo.
Este local também poderá servir além dos fins didáticos, para a produção
interna do Colégio Agrícola Estadual de Toledo, demonstração na Mostra Técnica e
visita técnica em geral.
Também beneficiará a todos os envolvidos: alunos, professores e
funcionários na produção de peixes, desde as formas jovens até o produto final de
caráter didático e experimental.
Meta
O objetivo é que durante as aulas práticas se façam limpeza, revitalização e
organização, tanto no interior como na parte externa dos tanques de peixes. Esse
projeto necessitará de um longo tempo de trabalho, sendo que seus objetivos serão
alcançados em um tempo pré-determinado de até dois anos. Ao decorrer do projeto
os alunos poderão fazer uso dos tanques, bem como de suas instalações
adjacentes, esclarecendo possíveis dúvidas a respeito das explanações dos
professores em aulas e também sobre o projeto.
O projeto também auxiliará no desenvolvimento do lado extensionista e
profissional dos alunos para possíveis situações que possam ocorrer no dia a dia de
um fomento de piscicultura, ou de outro setor de produção ligado à cultura.
Concluindo o projeto “Revitalização de Açudes Adjacentes” do Colégio
Agrícola Estadual de Toledo, o grupo de alunos terá a obtenção de certas
responsabilidades e visão administrativa e extensionista no que diz respeito a
distribuição de tarefas, elaboração e desenvolvimento de obras e instalação de
viveiros para peixes e afins.
126
Plano de implantação
Etapas:
a) Exposição do projeto aos alunos, bem como das práticas a ser
realizadas no local.
b) Conhecimento da área onde será implantado o projeto.
c) Mensuração da área proposta para o projeto
d) Seleção dos materiais a ser utilizados no local do projeto.
e) Retirada dos materiais (entulhos) de toda a área destinada ao
projeto.
f) Limpeza interna dos açudes.
g) Encaminhamento de materiais que não tenham utilidade (orgânicos)
para compostagem
h) Compactação de solo e possível calagem.
i) Limpeza na área externa, incluindo todo o capim Napier das
encostas dos reservatórios.
j) Seleção criteriosa dos materiais diversos.
k) Reorganização das entradas e saídas de água.
l) Construção ou reforma de possíveis monges.
m) Abertura de água para os tanques.
n) Mensuração da lâmina de água disponível para a cultura.
o) Aferição dos dados ambientais, bioclimatológicos e limnológicos.
p) Levantamento de dados sobre espécies a ser implantadas nos
açudes.
q) Construção de viveiros para organismos jovens e adultos com
materiais recicláveis.
r) Soltura de alevinos.
s) Aferição de medidas biométricas dos peixes quinzenalmente.
t) Mensuração do estado limnológico dos açudes mensalmente.
127
u) Controle semanal de toda estrutura, revisar todas as entradas e
saídas de água, bem como eventuais vazamentos que poderão surgir com o passar
do tempo de projeto.
v) Limpeza e organização do espaço externo, tornando assim, o
espaço mais agradável para as aulas (paisagístico).
Orçamento
Todas as atividades a serem desenvolvidas serão realizadas com recursos
internos já disponibilizados pelo Colégio Agrícola Estadual de Toledo.
Cronograma
- 16/02/2012:
Conhecimento do projeto.
- 01/03/2012:
Explanação e seminários sobre a piscicultura em geral.
- 08/03/2012:
Conhecimento e organização das principais atividades a serem
realizadas.
Inicio da limpeza interna e externa do local.
- 15/03/2012:
Continuação da limpeza interna do local.
- 22/03/2012:
Continuação da limpeza interna do local
Continuação da retirada dos objetos junto aos açudes e início da retirada
de materiais orgânicos.
- 05/04/2012:
Continuação da limpeza interna do local
Continuação da retirada dos objetos junto aos açudes e início da retirada
de materiais orgânicos.
- 12/04/2012:
Continuação da limpeza interna do local
Continuação da retirada dos objetos junto aos açudes e início da retirada
de materiais orgânicos.
- 19/04/2012:
128
Continuação da limpeza interna do local
Continuação da retirada dos objetos junto aos açudes e início da retirada
de materiais orgânicos.
- 26/04/2012:
Continuação da limpeza interna do local
Retirada dos capins Napier em torno dos açudes
Divisão das atividades entre os grupos de alunos.
- 10/05/2012:
Continuação da limpeza interna do local
Continuação da retirada dos objetos junto aos açudes e início da retirada
de materiais orgânicos.
- 17/05/2012:
Continuação da limpeza interna do local
Organização
- Junho de 2012 à Fevereiro de 2013:
Revitalização da área externa e adequação das condições ambientais
para a liberação de água para os reservatórios e posteriormente a soltura dos
alevinos.
- Fevereiro de 2013:
Aferições limnológicas dos tanques e biometria dos peixes quinzenalmente.
OBS: O prazo de entrega do projeto dependerá do andamento de todas as
atividades e também da disponibilidade dos recursos hídricos e financeiros.
6.15.12 Projeto Reciclagem de Lixo
Separar e reciclar - o meio ambiente agradece
Justificativa
Envolver os alunos, professores e agentes educacionais num projeto que
busca não só a conscientização da importância da preservação do planeta, mas da
ação de cada um através do não-desperdício, do reaproveitamento de matéria-prima
e da reciclagem do lixo. Que alunos, professores e agentes educacionais possam
manter as instalações, salas de aula e demais setores higienizados.
129
Objetivo
Mostrar como a educação ambiental é importante para o nosso planeta,
dando enfoque à problemática do lixo e à solução oferecida pela reciclagem.
Elaborar um informativo a respeito da reciclagem do lixo; conscientizando a
comunidade da importância do reaproveitamento dos materiais recicláveis.
Que alunos professores e funcionários incorporem em seu dia a dia a defesa
do meio ambiente.
Levar os alunos à conscientização da problemática do lixo;
Criar uma consciência ambiental ao ensinar aos alunos a importância
da redução, da reutilização e da reciclagem;
Esclarecer eventuais dúvidas acerca da reciclagem, aumentando,
assim, o horizonte do conhecimento desses alunos;
Ensinar o aluno a reaproveitar o lixo, a fim de que ele crie objetos úteis
para o seu dia-a-dia;
Conscientizar-se da importância desse trabalho e utilizar os
conhecimentos adquiridos para o bem estar de sua vida e do meio ambiente;
Enfocar os prejuízos que a sociedade sofre com a má utilização do lixo,
causando enchentes, poluição e doenças.
Estabelecimento de relações entre os materiais que utilizamos no dia-
a-dia e seu reaproveitamento final.
Separação do lixo
A separação do lixo vai ser feito de acordo com o cronograma (Anexo 01)
pelos alunos, com acompanhamento dos professores e dos coordenadores de
campo.
Separar o lixo reciclável do lixo não reciclável
O que é lixo não reciclável:
Papéis não recicláveis: adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono,
fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos engordurados,
papéis metalizados, parafinados ou plastificados.
130
Metais não recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço, latas de
tintas, latas de combustível e pilhas.
Plásticos não recicláveis: cabos de panela, tomadas, isopor,
adesivos, espuma, teclados de computador, acrílicos.
Vidros não recicláveis: espelhos, cristal, ampolas de medicamentos,
cerâmicas e louças, lâmpadas, vidros temperados planos.
O que é lixo reciclável:
PAPEL: Aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, papel de
fax, formulários de computador, folhas de caderno, cartolinas, cartões, rascunhos
escritos, envelopes, fotocópias, folhetos, impressos em geral.
Quais cuidados que deve ter?
Devem estar secos, limpos (sem gordura, restos de comida, graxa), de
preferência não amassados. As caixas de papelão devem estar desmontadas por
uma questão de otimização do espaço no armazenamento
PLÁSTICO: Tampas, potes de alimentos (margarina), frascos,
utilidades domésticas, embalagens de refrigerante, garrafas de água mineral,
recipientes para produtos de higiene e limpeza, PVC, tubos e conexões, sacos
plásticos em geral, peças de brinquedos, engradados de bebidas, baldes.
Embalagens Tetra Pak podem ser separadas juntamente com o plástico.
Quais cuidados que deve ter?
Potes e frascos limpos e sem resíduos para evitar animais transmissores
de doenças próximo ao local de armazenamento.
METAL: latas de alumínio (ex. latas de bebidas), latas de aço (ex. latas
de óleo, sardinha, molho de tomate), tampas, ferragens, canos, esquadrias e
molduras de quadros...
Quais que cuidados deve ter?
Devem estar limpos e sempre que possível reduzidos a um menor volume
(amassados).
VIDRO: Tampas, potes, frascos, garrafas de bebidas, copos,
embalagens.
Quais que cuidados deve ter?
Devem estar limpos e sem resíduos. Podem estar inteiros ou quebrados.
Se quebrados devem ser embalados em papel grosso (jornal ou craft).
131
Separar o lixo reciclável
Separar os materiais depositando nos recipiente (bags), cada um terá a
identificação papel, metal, plástico e vidro.
Se houver algum recipiente com papel, o professor, o coordenador e os
alunos serão chamados para refazer a separação.
Cronograma para separação do lixo.
DATA/SEMANA TURMAS
22 A 26/AGOSTO/2011 3os. ANOS
29/AGOSTO A 2/SETEMBRO/2011 2os. ANOS
05 A 09/SETEMBRO/2011 1os ANOS
12 A 16/SETEMBRO/2011 3os. ANOS
19 A 23/SETEMBRO/2011 2os. ANOS
26 A 30/SETEMBRO/2011 1os ANOS
03 A 07/OUTUBRO/2011 3os. ANOS
10 A 14/OUTUBRO/2011 2os. ANOS
17 A 21/OUTUBRO/2011 1os ANOS
24 A 28/ OUTUBRO/2011 3os. ANOS
31/ OUTUBRO A 04/NOVEMBRO/2011 2os. ANOS
07 A 11/NOVEMBRO/2011 1os ANOS
14 A 18/NOVEMBRO/2011 3os. ANOS
21 A 25/NOVEMBRO/2011 2os. ANOS
28/NOVEMBRO A 02/DEZEMBRO/2011 1os ANOS
05 A 09/DEZEMBRO/2011 3os. ANOS
12 A 16/DEZEMBRO/2011 2os. ANOS
Professora de Artes: trabalhar com sucata/material reciclável, abordando a
importância da reciclagem. Ideia: peças de decoração.
6.15.13 Projeto Paisagismo e Reserva Legal
Identificação do projeto
Implantação do paisagismo nas dependências do Colégio Agrícola de
Toledo – CAET, visando o desenvolvimento de atividades em caráter
didático/pedagógico em complementação aos estudos de horticultura. E também a
implantação da reserva legal do colégio que já foi averbada.
132
Identificação do proponente/ executor
O projeto de paisagismo e da implantação da reserva legal será executado
pelos alunos do 2ª. ano “A” do Colégio Agrícola Estadual de Toledo. O projeto tem
como coordenador a Eng. Agr. Saionara M. Tesser.
Caracterização do problema
O projeto de paisagismo do CAET é uma opção para manter a organização
do espaço exterior em função das necessidades atuais ao desejo estético, e tem
como objetivo ensinar aos alunos as técnicas de paisagismo mais adequadas a
nossa situação regional. O paisagismo serve para manter o equilíbrio do
ecossistema destruído pelo homem em suas construções.
A outra etapa do projeto consiste em implantar a Reserva Legal do Colégio
Agrícola, pois esta encontra-se em fase de implantação, pois tem-se o prazo até
31/12/2018 para implantar o plano de recuperação da Reserva Legal na
propriedade.
Justificativa
O paisagismo surgiu da necessidade criada pelo homem de modificar seu
habitat, diversificando suas paisagens de modo a adaptar a natureza às grandes
construções que foram tomando conta do cotidiano da humanidade. Os grandes
jardins criados na Itália na época do Renascimento e os Jardins Babilônicos são
prova de que o paisagismo existe há tempos e que esteve presente durante uma
boa parte da história da humanidade. O paisagismo em si é composto por diversas
funções e, dentre elas, podemos destacar as funções ecológica e social, as quais
são, sem dúvidas, essenciais para o desenvolvimento harmônico e contínuo da vida
humana. Sendo assim o paisagismo e a jardinagem irá proporcionar ao aluno a
oportunidade de desenvolver projetos para a manutenção do equilíbrio ecológico,
participando efetivamente da utilização e restauração do meio ambiente, de forma a
aplicar a teoria na parte prática. O aluno poderá perceber que o paisagismo e a
jardinagem é um mercado promissor e está em expansão em nossa região servindo
até de incentivo a pequenos produtores como uma ótima opção de fonte de renda.
Já a implantação da Reserva Legal visa cumprir a legislação vigente no pais.
A Reserva Legal é uma área de vegetação nativa que, no Paraná, deve ocupar pelo
menos 20% do estabelecimento rural. (Código Florestal Brasileiro - Lei Federal nº
133
4771/65). Ela existe para conservar e reabilitar processos ecológicos e a
biodiversidade, bem como para servir de abrigo e proteção a plantas e animais.
Metodologia
O objetivo principal deste projeto é a manutenção e implantação e canteiros e
do setor paisagístico da escola. E a implantação da Reserva legal do colégio.
Através do projeto aluno terá a oportunidade de acompanhar as técnicas
paisagísticas empregadas, desta forma habilitando o aluno para a realização de
projetos, onde irão produzir flores anuais de inverno e verão, fazendo a semeadura
em bandejas das espécies a serem cultivadas, após o desenvolvimento das mudas
será realizada a repicagem e as mudas serão transferidas para sacos de plástico
com dimensões de 10cmx18cm corrigindo a adubação para cada tipo de planta para
que haja o perfeito desenvolvimento da mesma. As plantas irão permanecer no
viveiro até o início do florescimento, quando serão plantadas nos canteiros
definitivos, previamente preparados e adubados corretamente. De acordo com a
necessidade será realizado as atividades de limpeza dos jardins como retirada de
galhos secos, corte de grama, retirada de plantas daninhas, poda de arbustos e
árvores para assim mantermos a organização do espaço externo do colégio.
Já na implantação da Reserva Legal a metodologia empregada será o
REFLORESTAMENTO heterogêneo que é utilizado quando as áreas estão
degradadase não há possibilidade de que a floresta seja formada por meios naturais.
Este método de reflorestamento acelera a recuperação da vegetação da área. O
reflorestamento heterogêneo, ou utilização de arvores pioneiras, secundarias e
clímax, é uma forma de imitar a natureza. Onde as arvores pioneiras crescem
primeiro sombreando as arvores secundarias e clímax. Com o passar dos anos as
arvores secundarias irão ocupar o lugar das pioneiras e no futuro as arvores clímax
formarão a floresta final.
Público – alvo
O público-alvo são os alunos do colégio, juntamente com os professores e a
comunidade em geral, tanto da zona urbana como da zona rural.
Objetivos gerais
134
Capacitar os alunos do curso Técnico em Agropecuária do ensino médio
integrado para assessorar, implantar e conduzir projetos de paisagismo, jardinagem
e implantação de Reservas Legais.
Objetivos específicos
Conhecer a realidade sobre a produção e comercialização de plantas
ornamentais; Compreender e aplicar os princípios fisiológicos relacionados com o
comportamento das plantas ornamentais; Compreender, selecionar e aplicar
métodos e técnicas adequadas e racionais de propagação, poda e condução das
plantas; Permitir a aplicação de conceitos e princípios relacionados com a
implantação e manejo de projetos paisagísticos e de jardinagem; Conhecer e aplicar
métodos e fluxos adequados da colheita, transporte, comercialização e conservação
das plantas.
Com relação a Reserva Legal assegurar o equilíbrio do meio ambiente,
asárvores e plantas nativas têm um papel muito importantena conservação da água
e do solo. Isso porque elas:Controlam a erosão, o que evita a perda de solo,a
contaminação de rios com resíduos químicos eorgânicos, e seu
assoreamento;Armazenam água no solo para períodos de seca;Contribuem para
criar condições de microclimafavoráveis, com temperaturas mais
agradáveis;Protegem contra ventos;Melhoram a qualidade do ar, porque absorvem
gás carbônico e liberam oxigênio.
135
Cronograma de atividades
ATIVIDADES
jan
eir
o
Fevere
iro
març
o
ab
ril
Maio
jun
ho
julh
o
ag
osto
sete
mb
ro
ou
tub
ro
no
vem
bro
dezem
bro
Limpeza das áreas de
jardinagem do Colegio
X X X X X X X X X X X
Poda de arvores X X X X X X X
Preparo de canteiros X X X X X
Produção de mudas de
flores
X X X X X X
Produção de mudas de
arvores
X X X X X X X X X X X
Implantação de canteiros
de flores
X X X X
Limpeza da área da
reserva legal
X
Plantio das mudas de
arvores.
X X X X X
136
6.15.14 Identificação do Projeto/Estufa de bambu”
A instituição de ensino, Colégio Agrícola Estadual de Toledo – CAET pretende
implantar o projeto denominado “Estufa de bambu” que, localiza abaixo dos galpões
de avicultura e sericicultura da instituição de ensino.
Identificação do proponente/executor
O projeto da estufa de bambu tem como seus executores os alunos do
segundo terceiro da turma B, do Colégio Agrícola Estadual de Toledo, orientados
pelo professor Engenheiro Agrônomo José Augusto de Souza e a Medica Veterinária
Franciele Piassa, sendo eles: Adriel Fernando de Souza, Alan Roberto Souza
Cavalini, Alisson Sevilha, Ana Paula dos Santos, Arlon Felipe Pereira, Bárbara
Dandara Eichmann, Cleison Piovesan, Daniela Chiodi, Deise Jaine Kuhn, Douglas
Felipe Lopes, Elaine Leina Lemke, Emerson Matheus dos Santos, Evandro Pitarelli,
Flávio Bandoch Calovi, Gabriel Simich Ordonez, Haroldo Chiqueti Junior, Jayne
Mayara Nyland, Jeferson Rodrigo Ludwig, Jéssica Gabi Dessbesell, Johnatha
Dumke, Larissa Aline Bellaver, Leomar Antonio Becker, Luan Rafael Dupont, Maik
Fernando Franz, Marcos Aparecido dos Santos, Marcus Vinicius Santana da Silva,
Paulo Cristiano Fornari, Raul Natanael Grings Martins, Tiago Mallmann, Vinicius
Augusto Herpich e Natalie Alencar. Será implantado no Colégio Agrícola Estadual de
Toledo, localizado na estrada da Usina, Linha Mandarina Km 05, fone: (045) 3278-
1956, CEP: 85500-00, na cidade de Toledo, Paraná. As principais parcerias deste
projeto são com os professores de disciplinas afins, pois eles também poderão
utilizar esta área para seus projetos e experimentos.
Histórico de experiência da instituição proponente/executadora
A instituição de ensino do Colégio Agrícola Estadual de Toledo - CAET, que
tem como ênfase a agricultura familiar, proporcionar aos jovens, ensino em curso
que proporcionara a formação em Técnico em Agropecuária, capacitando-os durante
os 3 anos para o mercado de trabalho.
Como já há muitos profissionais formados por esta instituição, o Colégio
Agrícola Estadual de Toledo, também desenvolve anualmente “Mostra Técnica”,
alunos, pais, convidados e visitantes podem conhecer de perto a instituição, os
137
alunos as podem mostrar as atividades desenvolvidas e o método de ensino, além
de esta ser uma grande oportunidade para alunos do terceiro ano que estão
concluindo o curso, ter em contatos com pessoas de várias empresas e/ou
propriedades
O projeto “Estufa de bambu” proporcionará a esta instituição uma área
didático/pratica para os alunos, facilitando um maior proveito por parte do
entendimento dos alunos na prática e ajudando os professores em seus trabalhos a
campo.
Caracterização do problema
O colégio possui algumas estufas, mas estão muito velhas com condições
precárias, também possui uma que está desativada, por isso que esse projeto será
importante, nesta área, estas estufas estão mal localizadas, ou seja, um mau padrão
tecnológico.
Esta será uma estufa inovadora, pois terá custos mais baixos e mais
finalidades como melhores aulas, pois nestas estufas que o colégio possui as aulas
não podem ser realizadas adequadamente.
Com a construção desta estufa esperamos que todos esses problemas e
estas dificuldades seja revertida.
Justificativa
Este projeto do 3º ano “B” do Colégio Agrícola Estadual de Toledo – CAET de
implantar uma Estufa de Bambu tendo em vista as seguintes justificativas para sua
realização:
I – O projeto visa à realização de uma, estufa de bambu dado as condições
precárias que se encontram a atual montada no Colégio Agrícola Estadual de
Toledo; a sua idade de utilização, acumulo de água nas lonas de coberturas
possibilitando a multiplicação de mosquitos, a falta de manutenção e a
desatualização tecnológica, motivam a construção de uma nova estufa na área. A
nova estufa será armazenada mudas de diferentes espécies para que os alunos
possam realizar o replantio de mudas no campo, de espécies florais e de olericolas,
melhoria no plantio.
138
II – Aprendizagem dos conteúdos teóricos e práticos, maior segurança dentro
das recomendações técnicas e possibilidade de trabalhar projetos de maneira
efetiva no inicio e conclusão da obra
III – A estufa ficara no Colégio Agrícola Estadual de Toledo por diversos anos
fazendo que vários alunos possam colocar seus conhecimentos, sendo assim, os
recursos serão de baixo custo de forma mais viável a natureza. Essa estufa ajudará
os produtores da região com uma maior rentabilidade financeira e em épocas de
geada ajudara como proteção para as plantas.
Metodologia
O objetivo principal deste projeto é a construção e implantação de uma estufa
de bambu, para que com isso os alunos possam ter uma melhor aprendizagem na
área de construções e em produções de mudas após o seu termino.
Com a construção de uma estufa de bambu ter como prioridade um menor
gasto no material, e um incentivo para os alunos e produtores que desejam
aumentar sua renda com o cultivo de hortaliças em estufa.
Para a implantação do projeto, primeiro deve se fazer a escolha do local, deve
ser um local plaino e após a escolha e necessário a manutenção.
Para que haja um melhor desenvolvimento deste projeto haverá a divisão
entre o grupo de alunos nas atividades a serem realizadas.
Os alunos ligados ao projeto estarão envolvidos desde o desenvolvimento ate
o termino do mesmo.
A avaliação estará sendo feita de diferentes formas. Os professores
envolvidos também estarão participando de todas as atividades, tanto na construção
quanto na utilização da estufa de bambu, por meio de aulas e em exposições
agrícolas.
Publico-alvo
O publico alvo especificamente são os alunos do colégio, juntamente com os
professores, outras instituições de ensino e produtores locais.
Os professores serão privilegiados com a realização de uma estufa de bambu
podendo expandir também para outros colégios agrícolas e escolas publicas ou
privadas.
139
Também ira possibilitar a participação dos pais que vão avaliar o
desenvolvimento do ensino, e bem como os produtores que queiram elaborar uma
estufa com grande durabilidade, pois os produtores poderão ter em suas
propriedades.
Assim sendo trocar parcerias podendo acontecer entre as mais diversas
atividades e o Colégio Agrícola Estadual de Toledo – CAET.
Objetivos gerais
Melhorar e aprimorar o resultado na área do Colégio Agrícola Estadual de
Toledo, ao caminhar na área de campo percebeu-se que a mesma possuía uma
estufa, mas não atendia as necessidades do colégio para o desenvolvimento de
plantas mais sensíveis e outros em sua fase inicial. Com isso, no estado que se
encontra a estufa, não esta apta para fornecer as condições favoráveis para o bom
desenvolvimento das plantas.
Com esse projeto haverá possibilidade de maior conhecimento sobre o
desenvolvimento das plantas e possibilitando o conhecimento sobre a fertilização do
solo.
Essa área do colégio será enquadrada com as atividades a serem
desenvolvidas, bem como alimentos produzidos fora da época com maior
valorização, devido a escassez no mercado. Sendo sua principal vantagem a
diminuição do custo de produção, pois diminui o custo com agrotóxicos para controle
de pragas e doenças, podendo também se manipular as condições favoráveis para
uma boa produção o ano todo, sem a interferência de condições adversas.
Alem da importância didática pedagógica, a mesmo, apresenta características
de tornar o espaço com um bom visual e um local mais amplo para quem
desenvolve seus trabalhos bem como para aqueles que possam estar visualizando a
área demonstrativa, bem organizada e que alcance o resultado esperado por alunos
e instituição de ensino.
Objetivos específicos
Estufa de Bambu: seu principal objetivo é a segurança dos alunos na
construção do projeto e posteriormente o aprendizado, e a participação dos alunos e
a criação de mudas para fins didáticos e comerciais.
140
A estufa de bambu será criada para que os alunos tenham mais tenham mais
conhecimento em fins didáticos. Essa estufa será feita pelos alunos.
A estufa vai ser para a produção de mudas de arvores, flores e verduras para
serem utilizadas para diversos fins, por exemplo, reflorestamento, jardinagem e
produção de olericolas.
Neste projeto serão realizadas atividades, mas quais os alunos poderão obter
conhecimentos práticos ao contexto escolas como, a ocorrência de pragas doenças
a implantação de novas tecnologias que não estão disponíveis no colégio e que
poderão ser trazidas de fora.
O local poderá ser utilizado como ponto de vista técnico e servira também
como mostra a divulgação do colégio.
Será implantado o projeto sendo plantadas mudas e as mesmas serão
acompanhadas do inicio ao fim do tempo que estarão à estufa para avaliar reação
do clima, desenvolvimento das plantas.
A implantação desse projeto proporcionara para o colégio um grande
beneficio e conhecimentos aos alunos que estarão ao longo dos anos estudando
nesse espaço.
Meta
Os objetivos a serem realizados são a implantação de uma estufa de bambu
para produção de mudas e flores e hortaliças.
A prática auxilia no desenrolar das aulas teóricas, pois muitas duvidas são
tiradas em aulas praticas, além das duvidas é muito importante ressaltar que só com
a teoria o aluno não aprende tudo o que necessitamos para o futuro no mercado de
trabalho.
A interação das disciplinas é muito importante, porque se pode ter um melhor
desenvolvimento e assim colocando em pratica os conceitos e conhecimentos
adquiridos de outras disciplinas.
Após a conclusão do projeto – Implantação da Estufa de Bambu a expectativa
é de dever cumprido com responsabilidade e trabalho em equipe para que
possamos usufruir a melhor maneira.
141
6.15.15 Plano de ação “Evasão e Fracasso Escolar
Identificação do Projeto:
O Projeto consiste em aprimorar as metodologias do processo de ensino e
aprendizagem, com o objetivo de manter e melhorar os índices de evasão e fracasso
escolar do Colégio Agrícola Estadual de Toledo. Assim será feito uma análise da
realidade escolar em busca de alternativas para a solução de problemas e tomada
de decisões. O projeto será implantado a partir de 2012.
Caracterização do problema e justificativa:
A questão da evasão e repetência não é recente, mas é um fenômeno
presente há pelos menos seis décadas. E, nesse período, pouco se conseguiu fazer
para alterar tal quadro que atinge uma parcela significativa dos estudantes que
ingressam no sistema educacional brasileiro. O fracasso escolar surgiu, quando a
maioria da população, formado por membros das classes trabalhadoras urbanas e
rurais, teve acesso à escola pública e gratuita (SILVA et al., 2007).
O acesso à escola para todos foi uma reivindicação e conquista dos
trabalhadores, cujo direito está garantido em lei, pela Constituição Federal de 1988,
reafirmado e regulamentado pela LDB 9394/96 e no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA, 1990). O fato de estar garantido em lei não significa que
efetivamente seja para todos, pois vivenciamos, ainda, elevados índices de evasão e
repetência nas escolas públicas brasileiras. Este é o grande desafio a ser superado
na atualidade pelo sistema educacional: escola pública de qualidade para todos.
Para tanto, faz-se necessário que, além do acesso, também seja garantido a essas
crianças sua permanência e sucesso na escola.
Nesse processo, o educador tem um papel fundamental de estar ajudando os
pais, a comunidade, a si mesmo e aos educandos a agirem, cada vez mais de forma
adulta, ou seja, sem lamúrias, mas na busca de soluções efetivas. Nesse processo,
necessitamos de ter claro que “acender um fósforo” é mais significativo que
“lamentar a escuridão”. A lamentação não ajuda a arredar um pé do lugar; o que
ajuda é tomar a realidade em nossas mãos e agir a partir dela e com ela, na busca
de soluções. Gerir democrática e participativamente a escola significa criar
condições para que todos ocupem os seus lugares e os seus papéis, da melhor
142
forma que for possível, em função do bem estar de si e do outro, o que significa ter
presente também o grupo e o meio ambiente (LUCKESI)
A escola tem um papel fundamental para a mudança das condições de
desigualdade, pois é pelo acesso ao conhecimento que a classe trabalhadora
poderá mudar sua condição de exploração. O professor tem em suas mãos a
possibilidade de promover o processo de humanização deste aluno tornando-o
consciente da realidade que o cerca e o instrumentalizando para o enfrentamento de
sua condição de explorado (HADDAD, 2011). Conforme Luckesi, aprender e viver a
experiência da gestão democrática da escola implica na consciência que a própria
sala de aula é um lugar de gestão e, principalmente, de aprendizagem da gestão
democrática, não só da escola, mas da vida.
Para tanto, é necessário considerar que a escola e a sociedade estão em
constante movimento, oriundos das contradições que possibilitam as mudanças. É
preciso analisar estas contradições, pois se a escola se diz democrática à medida
que possibilita a oferta de vagas para quase toda a população em idade escolar, por
vezes ela se mostra excludente quando não tem cumprido com sua função de
garantir a aprendizagem efetiva deste aluno, o que leva muitas vezes à reprovação,
à defasagem idade série e à evasão (HADDAD, 2011).
Segundo Saviani (2002), a política de educação compensatória foi uma
estratégia acionada para superar o fracasso através da proposta de nivelar as pré-
condições de aprendizagem das crianças. Mantido o princípio liberal de que a
função básica da escola seria a equalização social, propunha-se, via pré-escola, a
compensação das desvantagens de diferentes ordens - de saúde e nutrição,
familiares, emotivas, cognitivas, motoras, lingüísticas etc. - das crianças carentes.
Equalizadas as pré-condições de aprendizagem, o fracasso voltava a depender dos
limites individuais.
Em sintonia com os princípios gerais e comuns da Educação Profissional, o
curso técnico em agropecuária deste estabelecimento de ensino, na sua
organização curricular e na prática educativa, observará as características da
flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização, na construção do currículo em
diferentes perspectivas, na organização de conteúdos, na elaboração e
desenvolvimento de projetos, metodologias, com a participação de todos os
envolvidos no processo educacional e na relação entre conteúdos e contextos, a fim
de se dar significado à vivência e as práticas profissionais.
143
Conforme o perfil do curso trabalha-se com a formação profissional para
trabalhadores da agricultura e pecuária, com ênfase na agricultura familiar e na
pequena propriedade, valorizando e resgatando a autoestima e o valor do homem
do campo, para que os mesmos possam desenvolver os trabalhos, seguindo
padrões ambientalmente corretos e com qualidade de vida. A valorização da sua
cultura e a história dos seus antepassados, também é uma preocupação da
instituição escolar, além do reconhecimento da importância da cultura globalizada e
da informação científica na formação profissional para o mundo do trabalho, e para o
convívio em sociedade.
Neste contexto, o Colégio, como instituição escolar, não pode omitir-se e
deve enfrentar as situações de exclusão, crise de valores, falta de motivação,
promovendo a integração de toda comunidade, voltando-se para construção da
cidadania. É necessário fazer uma reflexão acerca do fracasso escolar, objetivando
entender como se caracterizou ao longo da história, numa tentativa de desmistificar
e explicitar os seus determinantes, a fim de promover uma reflexão no espaço
educacional. A partir daí, pretendemos buscar possibilidades para a construção do
sucesso escolar.
Na tabela abaixo se encontra os resultados obtidos nos últimos cinco anos no
Colégio Agrícola Estadual de Toledo (CAET).
RESULTADO FINAL ÚLTIMOS 5 ANOS
ANOS SÉRIE MATRÍCULA DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
20
07 1° 131 0 126 5
2° 69 0 62 6
3° 55 0 53 2
20
08 1° 116 0 111 15
2° 120 0 115 4
3° 62 0 61 1
20
09 1° 145 2 141 4
2° 114 1 114 0
3° 61 1 58 1
20
10 1° 99 1 96 3
2° 82 0 81 1
3° 58 0 58 0
20
11 1° 103 0 101 0
2° 93 0 90 3
3° 81 0 80 1
Fonte: CAET, 2012.
144
Superar e obter índices baixos em evasão escolar e fracasso escolar é um
desafio nos dias atuais. Assim neste sentido, este projeto será uma proposta
educacional que demonstrará as ações desenvolvidas em nosso Colégio que estão
funcionando e as possíveis medidas que serão adotadas para melhorar as
metodologias e ferramentas do nosso cotidiano escolar.
Essa nova realidade que buscamos refletirá na qualificação profissional dos
alunos, na possibilidade de construção de uma nova sociedade mais justa e
igualitária, na integração entre pais, alunos, escola e comunidade, e também nas
tomadas de decisões no processo ensino aprendizagem.
Objetivo
Oferecer uma educação de qualidade que venha de encontro com as
demandas tecnológicas, científicas e sociais, e, também, valorizar o homem do
campo, realizando uma reflexão dos índices de evasão e fracasso escolar existentes
em nosso estabelecimento, abordando as medidas utilizadas para a obtenção
desses resultados, visando melhorar ainda mais esses índices.
Analisar as condições de trabalho na escola, as políticas educacionais e o
contexto escolar.
Ampliar a divulgação do Projeto Político Pedagógico a todos os seguimentos
da comunidade escolar, para assim sugerir melhorias ao ensino.
Identificar os motivos que anteriormente estavam ligados à evasão escolar.
Levantar as ações que já estão sendo realizadas no nosso cotidiano, para
superar o fracasso escolar.
Melhorar os instrumentos para a seleção de alunos, conforme a instrução
normativa da SEED.
Trabalhar a motivação dos alunos para a permanência do curso.
Aprofundar as discussões coletivas, procurando aproximar o Colégio da
comunidade.
Planejar ações para a construção do sucesso escolar.
Metas
Manter o índice de evasão obtido através das ações desenvolvidas, e
viabilizar novos projetos para melhorar ainda mais o ensino aprendizado. Garantir a
qualidade de atendimento aos alunos. Reduzir o índice de reprovação e
145
transferência por motivos de adaptação ou perfil, sem prejudicar a qualidade de
ensino. Envolver toda a comunidade escola nos projetos e ações. Deve-se ressaltar
que estas metas já estão sendo executadas desde o início do ano letivo de 2012, e
no fim deste ano já se pretende obter os resultados.
Metodologias
Conforme o nosso cotidiano escolar, as metodologias utilizadas neste projeto
levarão em consideração as atribuições para cada segmento escolar, descritas
abaixo:
Direção: administração, gestão, e ação de forma integrada e articulada de
todos os elementos do processo organizacional, envolvendo atividades de
mobilização, liderança, motivação, comunicação e coordenação. Assim, coordenar,
organizar e gerenciar todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais
componentes do corpo de especialistas e de técnicos administrativos, atendendo às
leis, regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e
às decisões no âmbito da escola assumidas pela equipe escolar e pela comunidade.
Equipe pedagógica: elaboração, coordenação, implantação e implementação
do Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino. Supervisionar, acompanhar,
assessorar, apoiar, avaliar as atividades didáticas e pedagógicas, realizando
articulação e integração entre as disciplinas. Acompanhar o processo
ensino/aprendizagem, o desempenho dos alunos e do relacionamento escola/pais e
comunidade.
Professores: desenvolver um planejamento anual de ensino, obedecendo
aos conteúdos estruturantes do curso, prevendo a possibilidade e a flexibilidade para
revisão ou retomada de conteúdos da série anterior partindo do conhecimento real
da turma. Realizar o objetivo prioritário do Colégio, o ensino, além do papel
específico de docência, também participar na elaboração do plano escolar ou da
Proposta Pedagógica Curricular, na realização das atividades do estabelecimento, e
nas decisões do Conselho Escolar e de Classe ou série, das reuniões com pais da
APMF e das demais atividades cívicas, cultuais, esportivas e recreativas da
comunidade.
Alunos: instigar a conhecer a legislação específica e debater os assuntos
presentes em nosso cotidiano. Aproveitamento do ensino/aprendizado e ter uma
frequência escolar.
146
Para alcançar as metas propostas neste projeto e manter os resultados
alcançados, será dada continuidade as atividades detalhadas abaixo (Item 6.1).
Atividades
- Divulgação do curso.
- Conversas individualizadas e coletivas com os alunos.
- Contatos frequentes com as famílias: orientação, encaminhamentos e
novas estratégias.
- Reuniões com pais e alunos para buscar soluções para sanar dificuldade
de ensino-aprendizado.
- Diálogo entre professores e alunos, juntamente com a equipe pedagógica.
- Cursos, palestras, e visitas técnicas: conforme o andamento das disciplinas
é marcado palestras, visitas, ou cursos, como motivação e também para os alunos
observarem na prática o que é estudado em sala de aula. Além de aprimorar o
conteúdo, o estudante pode verificar também possibilidades de mercado de trabalho.
- Reuniões com a direção e equipe pedagógica na segunda feira: todas as
segundas feiras, no período matutino, a equipe pedagógica, os diretores, os
coordenadores, e representantes dos funcionários se reúnem para discutir
atividades que acontecerão na semana, possíveis ações, e soluções para alguns
problemas. Este tipo de atividade caracteriza o planejamento conjunto entre os
diferentes setores.
- Atividades culturais e recreativas: aproximação dos alunos com
professores, funcionários, direção e equipe pedagógica, criando um ambiente
escolar mais agradável para todos.
- Projetos de campo: esses projetos acontecem fora do horário letivo, e
oferecem aos alunos a possibilidade de estudar um assunto novo, aumentando a
motivação de estar no Colégio, estimulando a liderança, e a obtenção de resultados,
pois os alunos estão diretamente ligados na elaboração, execução, e finalização do
projeto.
- Incentivo a formação dos professores: docentes com pós-graduação,
mestrado, doutorado e formação pedagógica.
- Cronograma de avaliação fixado nos murais dentro de cada sala de aula:
permite aos alunos uma maior organização dos estudos, e também não ocorre o
acúmulo de provas em um mesmo dia.
147
- Salas de aula climatizadas, e com quadro branco.
- Ações pós-conselho de classe: devido a especificidade do Colégio, os
boletins são entregues aos alunos juntamente com uma carta a serem entregues
aos pais, as quais retornam ao Colégio assinada. Para os alunos que obtiveram
todas as notas acima da média é entregue uma carta de reconhecimento. Para os
alunos que obtiveram notas baixas, é entregue uma carta de convocação aos pais,
para orientação e acompanhamento do desempenho escolar do aluno junto à equipe
pedagógica.
- Reuniões com as turmas sobre o rendimento escolar.
- Reuniões no início do ano letivo, com alunos por série sobre o regimento
escolar e as normas gerais.
- Reuniões com os professores, no inicio do ano letivo, sobre as normas
gerais do Colégio.
- Presença atuante da APMF e Conselho escolar.
- Incentivo a participação nas Formações pedagógicas e formação
continuada.
- Desenvolvimento de atividades complementares curriculares em
contraturno, como o projeto Segundo tempo, e a Hora treinamento no macrocampo
Esporte e Lazer
- Realização de projetos específicos do curso, como o projeto Minha árvore
mais que uma vida, Projeto lixo útil, e Projeto de Irrigação Noturna, assim como a
Mostra técnica e TECNEN.
- Projeto Mostra Técnica: acontece todos os anos, onde os alunos
apresentam os diversos setores do nosso estabelecimento, assim este evento
aproxima o Colégio da comunidade, divulgação e possibilita aos alunos a prática de
extensão rural e demonstração de seus conhecimentos.
- Projeto TECNEN: é um sistema de avaliação, parecido com a organização
do ENEN, onde os alunos podem testar os seus conhecimentos, e ainda se
prepararem para possíveis vestibulares, e também para o ENEN.
- Avaliação institucional: os alunos no momento do TECNEN recebem uma
ficha de questões onde podem avaliar o ensino, estrutura e equipe, além de sugerir
mudanças.
148
- Elaboração de cardápios semanais para o refeitório do Colégio, envolvendo
pedagoga do internato, cozinheiras, funcionário do almoxarifado e direção auxiliar
pedagógica.
- Presença atuante do Grêmio Estudantil.
- Laboratórios: além dos laboratórios montados já existentes, outros
laboratórios (química, física, biologia, matemática, informática) do Colégio oriundos
do Programa Brasil Profissionalizado estão sendo organizados (elaboração dos
regulamentos próprios para a utilização), melhorando assim as aulas do professor e
também o ensino dos estudantes.
- Acompanhamento e orientação dos alunos do internato, quanto ao horário
de estudo obrigatório, em contraturno.
- Incentivo a participação dos alunos no curso de espanhol (CELEM).
- Planejamento coletivo: PPC, PTD, e PPP.
- Avaliação: O sistema de avaliação esta sendo discutido como um dos
fatores que levam a evasão escolar. Nosso sistema de avaliação ajuda nos nossos
índices, pois é bastante diversificado, e possibilita aos alunos ser avaliado de várias
formas.
- Acesso a utilização e empréstimo de todos os livros disponíveis na
biblioteca a alunos e professores.
- Desenvolver um trabalho unificado dentro do ambiente escolar na busca da
formação profissional, conforme proposto no PPP.
- Seleção dos alunos: aprimorar a entrevista com alunos, deixando mais
claro na visita a campo com pais e filhos o objetivo do curso, para assim diminuir a
taxa de transferência do primeiro ano.
- Promover reuniões com os pais e alunos escritos, no período de pré-
matrícula, para divulgação dos projetos, regimento escolar, normas e grade
curricular as quais os futuros alunos estarão sendo submetidos ao ingressarem no
curso.
Disseminação dos resultados
- Salas de aulas.
- Sala dos professores.
- Sala do funcionários.
- APMF.
149
- Conselho Escolar.
- Reuniões Pedagógicas.
- Reuniões nas segundas-feiras.
Cronograma:
SEGMENTO META AÇÃO A SER DESENVOLVIDA PERÍODO
DIREÇÃO Manter o índice de evasão, diminuir índice de reprovação e transfer ncia no 1 ano.
Coordenar, gerenciar as atividades do Colégio, e orientar todas as ações da equipe.
No decorrer do ano letivo.
EQUIPE PEDAGÓGICA E COORDENAÇÃO
Manter o índice de evasão, diminuir índice de reprovação e transfer ncia no 1 ano.
Acompanhar o processo ensino/ aprendizado, e o relacionamento entre escola, pais e comunidade. Motivação dos alunos, através de projetos, curso, palestras e visitas técnica.
No decorrer do ano letivo.
PROFESSORES Manter o índice de evasão, diminuir índice de reprovação e transfer ncia no 1 ano.
Cumprir o plano de ensino, diversificação de avaliações e criatividade nas aulas práticas e teóricas.
No decorrer do ano letivo.
FUNCIONÁRIOS Manter o índice de evasão, diminuir índice de reprovação e transferência no 1 ano.
Participação das atividades do Colégio.
No decorrer do ano letivo.
ALUNOS Terminar o curso/ ou aprovação.
Dedicação, gostar do curso (perfil), aprendizagem, frequência escolar.
No decorrer do curso.
FAMILIARES Participação da vida escolar dos filhos.
Participação ativa de todas as atividades do Colégio. Assim como responsabilidade na educação de seus filhos e preocupação com o rendimento escolar.
No decorrer do curso.
6.15.16 Projeto de Irrigação Noturna
Introdução
A incidência de fatores limitantes à produção, bióticos ou abióticos, está
cada vez mais caracterizada como reflexo do manejo convencional da agricultura,
trazendo a urgência da busca pelo melhor equilíbrio ambiental, para melhor
sustentabilidade e eficiência dos sistemas agrícolas de produção de alimentos.
Tendo-se em vista a superação de adversidades climáticas, do ponto de
vista educativo na área profissionalizante, nas disciplinas relacionadas à agricultura,
150
o manejo e o uso estratégico da água nos períodos de seca demandam recursos e a
definição de metas organizacionais vinculadas ao contexto didático-pedagógico em
acordo com a realidade regional da instituição, que pode ser conseguido por meio de
vários sub-projetos, onde se inclui o manejo racional de águas através da irrigação.
Neste contexto, a utilização da água nos setores didático-produtivos do
Colégio Agrícola Estadual de Toledo (CAET) pode ser trabalhada em nível de
conteúdos teórico/práticos pela implementação de ações que visem o aumento da
infiltração de água no solo, a quebra de camadas compactadas e a proteção do solo
da irradiação direta da luz solar; através do uso de cobertura vegetal (palhadas,
plantas espontâneas, adubos verdes em rotação e consorcio de culturas comerciais
da época). De forma inter-relacionada ao manejo ambiental, práticas alternativas
como a aplicação de matéria orgânica no solo (composto e húmus) e a proteção
vegetativa da área de trabalho por meio de quebra-ventos podem ser também
discutidas.
Sendo assim, de forma a incrementar os sistemas de irrigação da instituição,
a introdução de sistemas de irrigação que prioriza a redução das perdas locais de
água, através da evaporação, escorrimento superficial e percolação foi concretizada
pela microaspersão e pelo gotejamento além dos cultivos experimentais irrigados por
aspersão convencional, sob a perspectiva da irrigação noturna.
151
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155
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 1
1.1 ASPECTOS LEGAIS E FUNDAMENTAÇÃO .................................................... 1
1.2 FINALIDADES ................................................................................................... 3
2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
2.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO ................................................................................ 5
2.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
TÉCNICA DE NÍVEL MÉDI0 ................................................................................... 6
2.3 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ......................................................................... 6
2.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ............................................................ 9
2.5 OFERTA DE CURSOS ................................................................................... 10
2.5.1Funcionamento .......................................................................................... 11
2.5.2 Critérios de formação de turmas ............................................................... 11
2.5.3 Organização do tempo e do espaço escolar ............................................. 12
2.5 UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA - UDP ..................................................... 13
2.6 DESCRIÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL ...................................................... 23
2.6.1 Organograma ............................................................................................ 24
3.1 ASPECTOS LEGAIS E SOCIAIS .................................................................... 24
3.2 OBJETIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO ........................................................ 25
3.2.1 Os princípios da Educação Profissional .................................................... 26
4 MARCO SITUACIONAL ....................................................................................... 26
4.1 REALIDADE BRASILEIRA .............................................................................. 26
4.1.1 Realidade Local ................................................................................... 28
4.2 ANÁLISE E CONTRADIÇÕES ........................................................................ 29
4.3 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR .......................................................... 30
5 MARCO CONCEITUAL ........................................................................................ 33
5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ..................................................................... 33
5.3 CONCEPÇÃO DE HOMEM ............................................................................ 36
5.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ...................................................................... 37
5.5 A ESCOLA E SUA FUNÇÃO SOCIAL ............................................................ 39
5.6 AVALIAÇÃO .................................................................................................... 41
156
5.7 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS .................................................................... 44
5.8 ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO COM AS FAMÍLIAS ........................ 44
5.9 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................................ 45
5.10 GESTÃO DEMOCRÁTICA ............................................................................ 45
5.10.1 Filosofia .................................................................................................. 46
5.10.2 Princípio da igualdade ............................................................................ 47
5.10.3 Liberdade/autonomia .............................................................................. 48
5.10.4 A ética da identidade .............................................................................. 50
5.10.5 Inclusão .................................................................................................. 52
5.11 CONSELHO ESCOLAR ................................................................................ 55
5.12 CONSELHO DE CLASSE ............................................................................ 55
5.13 GRÊMIO ESTUDANTIL E CONSELHO DE REPRESENTANTE DE TURMAS
.............................................................................................................................. 56
5.14 APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS) .............. 56
6. MARCO OPERACIONAL .................................................................................... 57
6.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA .............................................................................. 57
6.2 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ....................................................... 57
6.2.1 Direção ..................................................................................................... 57
6.2.2 Equipe pedagógica................................................................................... 58
6.2.2.1. Organização pedagógica .................................................................. 58
6.2.2.2 Direção Auxiliar Pedagógica .............................................................. 58
6.2.2.3 Direção Auxiliar da UDP .................................................................... 59
6.2.2.3.1 Da Unidade Didático Produtiva - UDP ........................................ 59
6.2.2.4 Professor Pedagogo .......................................................................... 59
6.2.2.5 Orientador Pedagógico de Internato ................................................... 60
6.2.2.6 Coordenação de Curso ...................................................................... 60
6.2.2.7 Da Coordenação de Estágio .............................................................. 61
6.2.2.8 Orientação de Estágio ....................................................................... 61
6.2.2.9 Do Estágio Obrigatório e Não Obrigatório Supervisionado ................ 61
6.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR .................................................. 63
6.4 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................. 65
157
6.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA – ORGANIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA
PROPOSTA DAS DISCIPLINAS – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL .................................................................................................... 66
6.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS: UM
PROCESSO PARALELO ...................................................................................... 67
6.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA – REUNIÕES PEDAGÓGICAS ........................ 68
6.7 PROFESSORES ............................................................................................ 69
6.7.1 Funções e atribuições dos docentes ........................................................ 69
6.7.3 Formação continuada – participação em grupos de estudos ................... 71
6.8 AGENTE EDUCACIONAIS ............................................................................. 72
6.8.1 Inspetores de Alunos ................................................................................ 72
6.8.2 Trabalhadores do campo ......................................................................... 73
6.10 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ....................................................................... 73
6.10.1 Conselho Escolar .................................................................................... 73
6.10.2 Conselho de Classe ............................................................................... 73
6.10.3 Grêmio Estudantil e Conselho de Representantes de Turmas .............. 74
6.10.4 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) ............................ 74
6.11 RELAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E
PEDAGÓGICOS ................................................................................................... 75
6.12 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS ............................................................... 77
6.12.1 Educação Fiscal ...................................................................................... 77
6.12.2 Educação Ambiental ............................................................................... 77
6.12.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas ................................................... 78
6.12.4 Enfrentamento à Violência na Escola ...................................................... 78
6.13 DIVERSIDADE .............................................................................................. 79
6.13.1 Educação do Campo ............................................................................... 79
6.13.2 História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ............................ 80
6.13.3 Educação de Jovens e Adultos/ Paraná alfabetizado ............................. 82
6.13.4 Gênero e Diversidade Sexual Sexualidade ............................................. 83
6.13.5 Tecnologias na Educação ....................................................................... 83
6.14 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ...................................................................... 84
6.14.1 Colégios Agrícolas e Florestal/ Casas Familiares rurais ......................... 85
6.14.2 Educação especial .................................................................................. 86
6.14.3 Jogos Colegiais ...................................................................................... 87
158
6.14.4 Dados e Informações Educacionais ........................................................ 88
6.15 OUTRAS ESPECIFICIDADES – PROJETOS E EVENTOS INTEGRADOS
AO PPP ................................................................................................................. 89
6.15.1 Biossistema Integrado na Suinocultura - BSI ......................................... 89
6.15.2 Projeto Segundo Tempo ......................................................................... 93
6.15.3 Atividade complementar em contra turno ................................................ 97
6.15.4 Projeto de prevenção contra a dengue .................................................. 98
6.15.5 Mostra Técnica CAET ............................................................................. 99
6.15.6 Projeto minha árvore é mais que uma vida ........................................... 103
6.15.7 Projeto Restauração de pastagens do CAET ........................................ 107
6.15.8 Projeto Mostra Técnica de Inverno........................................................ 111
6.15.9 Simulado – TECNEM ............................................................................ 114
6.15.10 Projeto Limpeza e Organização da Fábrica de Ração do CAET......... 117
6.15.11 Projeto “Revitalização de Açudes Adjacentes do CAET ..................... 122
6.15.12 Projeto Reciclagem de Lixo ................................................................. 128
6.15.13 Projeto Paisagismo e Reserva Legal .................................................. 131
6.15.14 Identificação do Projeto/Estufa de bambu” .......................................... 136
6.15.15 Plano de ação “Evasão e Fracasso Escolar ........................................ 141
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 151