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COLÉGIO ESTADUAL HELOÍSA INFANTE MARTINS RIBEIRO E.F.M. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SANTO ANTÔNIO DA PLATINA OUTUBRO/2010

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COLÉGIO ESTADUAL HELOÍSA INFANTE MARTINS RIBEIRO

E.F.M.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA

OUTUBRO/2010

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SUMÁRIO

01 Apresentação........................................................................................... 03

02 Identificação do Estabelecimento............................................................ 04

03 Objetivos Gerais...................................................................................... 05

04 Marco Situacional.................................................................................... 06

05 Marco Conceitual.................................................................................... 35

06 Marco Operacional.................................................................................. 67

07 Apresentação Proposta P. Curricular....................................................... 83

7.1- Arte.................................................................................................... 84

7.2- Biologia............................................................................................. 103

7.3- Ciências............................................................................................ 114

7.4- Educação Física............................................................................... 144

7.5- Ensino Religioso............................................................................... 163

7.6- Filosofia............................................................................................. 168

7.7- Física................................................................................................ 175

7.8- Geografia.......................................................................................... 180

7.9- História.............................................................................................. 189

7.10- Língua Portuguesa.......................................................................... 214

7.11- Matemática...................................................................................... 230

7.12- Química........................................................................................... 240

7.13- Sociologia....................................................................................... 247

7.14-Inglês............................................................................................... 256

08 Referencias............................................................................................. 269

09 Anexos....................................................................................................

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COLÉGIO ESTADUAL HELOISA INFANTE MARTINS RIBEIRO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

RUA ESMERALDA 315 – POVOADO DE PLATINA

FONE/FAX:0XX43 36151114

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SANTO ANTONIO DA PLATINA - PARANÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1- APRESENTAÇÃO

Este Projeto Político Pedagógico tem por finalidade primeira, expor as

Diretrizes Curriculares Gerais e os Parâmetros que orientam o Ensino Fundamental e

Médio desta instituição.

O presente projeto também tem por objetivo retratar com fidelidade, a

realidade do Colégio Estadual Heloísa Infante Martins Ribeiro - Ensino Fundamental e

Médio, através de análise, do planejamento e da execução de atividades que envolvam

a Escola e a comunidade escolar.

O referido projeto não tem a pretensão de ser imutável e estático, ao

contrário, para que dê conta da realidade, pressupõe a flexibilidade como fator

indispensável para a apreensão da realidade concreta. Sendo assim, a reflexão deve

fazer-se presente envolvendo os vários segmentos que compõem este estabelecimento

de ensino, para que corresponda às expectativas e anseios, por uma educação

transformadora e de qualidade, pensando sempre no bem estar do aluno, sua

aprendizagem, enfim seu desenvolvimento integral.

Segundo a LDB, a educação deve considerar o homem em todos os seus

aspectos, deve concebê-lo como sujeito ativo na transformação da realidade que o

cerca como um dinamizador de toda ação de construção do seu mundo, sendo assim,

o Projeto Político Pedagógico da escola deve explicitar a sua função social, tornando-

se uma proposta de educação que deixe claro para onde a educação deve conduzir,

sendo um instrumento mediador para a efetivação da relação teoria e prática, portanto,

o PPP é ação consciente, organizada e intencional porque é planejada tendo em vista

o futuro. Futuro esse que não pode ser encarado como inexorável, mas sim

problemático, por isso, passível de ser transformado.

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Este PPP está fundamentado legalmente na LDB 9394/96,uma vez que

no Artigo 12, são indicadas as incumbências dos sistemas de ensino, assim, citamos o

inciso I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; no Artigo 13, a lei incumbe os

docentes a participação na elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino, e no Artigo 14, determina que todos os profissionais da educação deverão

estar envolvidos não somente o corpo docente. Sendo assim, é de responsabilidade

coletiva tanto a elaboração como execução do PPP. Ele ainda está fundamentado no

Estatuto da Criança e do Adolescente, onde no Art. 53, resguarda o direito a educação

e o desenvolvimento integral do adolescente, assim se lê: “A criança e o adolescente,

têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo

para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: a

igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”. Salientamos ainda

que os fundamentos deste PPP tem também suas bases na Legislação específica

emanada da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, buscando com isso um

trabalho coeso e comprometido, beneficiando os educandos bem como toda

comunidade escolar.

2- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

2.1 Colégio Estadual Heloísa Infante Martins Ribeiro- E.F.M/Código Nº. 0014-9

2.1.1 Endereço: Rua Esmeralda, Nº.315/ Fone: (0xx) 43 3615 1114

2.2 Município: Santo Antônio da Platina- Código Nº. 2430

2.3 Dependência Administrativa: Estadual, nº 0149

2.4 NRE: Jacarezinho. Código: 017

2.5 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná- Código Nº. 02

2.6.Ato de Autorização do Colégio - Resolução Nº.1165/82 D.O.E. De 17/05 /1982

2.7 Ato de Reconhecimento do Colégio - Resolução Nº.2351/85 D.O.E. 28/05/1985

2.8 Ato de Renovação do Reconhecimento - Resolução Nº. 0429/ D.O.E 26/03/2002

2.9 Ato de Renovação e Reconhecimento do Ensino Fundamental (5ª. a 8ª.série)-

Parecer nº.314/07-CEF/SEED. 07/02/2007.

2.10 Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº.040/08 NRE.13/02/2008

2.11 Distância da Escola do NRE: Aproximadamente 30 Km

2.12 Localização: Zona Rural

2.13 E-mail: [email protected]

2.14 site: www. snpheloisaseed.pr.gov.br

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3.0- OBJETIVOS GERAIS

Este Projeto tem por objetivo apresentar a realidade escolar da nossa

comunidade e propor ações que venham beneficiar o nosso aluno e estabelecer

posições a serem tomadas tais como:

• o desenvolvimento pleno da capacidade de aprender do aluno;

• proporcionar ao educando uma educação gratuita, laica e de qualidade;

• preparar o aluno para o exercício da cidadania;

• levar o aluno a reconhecer-se como sujeito transformador da história.

• Aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

• Proporcionar ao educando a educação tecnológica básica, a compreensão do

significado da ciência, das letras e das artes; do processo histórico de

transformação da sociedade e da cultura e da Língua Portuguesa como

instrumento de comunicação.

• Propiciar a qualidade das atividades escolares nas dimensões técnica e política,

visando o bom desenvolvimento da educação no preparo para a cidadania.

• Fortalecer o Conselho Escolar, tomando-o, como grande articulador do

aperfeiçoamento da gestão democrática na escola.

• Elaborar plano de ação anual, e disponibilizá-lo neste documento.

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4- MARCO SITUACIONAL

4.1- ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

4.1.2-Modalidade de Ensino

Ensino Fundamental: (5ª. à 8ª. Séries) 08 turmas

Ensino Médio: 03 turmas

Viva Escola: 03 turmas

CELEM: 06 turmas

Sala de Recurso: 01 turma

Sala de Apoio: 01 turma – Matemática

Sala de Apoio: 01 turma – Língua Portuguesa

4.1.2-Recurso Humanos

Número de alunos 513

Nº. de professores- 20

Nº. de pedagogos – 02

Nº. de funcionários- 07

Nº. de diretor-01

4.1.3-Turnos de Funcionamento e número de alunos po r turma

Os Turnos de funcionamento do Colégio Estadual Heloísa Infante Martins Ribeiro

– E.F.M são os períodos matutino e noturno, todavia, os programas de

complementação curricular e apoio pedagógico como: CELEM, Viva Escola, Sala de

Recursos, Salas de Apoio são realizados no período vespertino.

Manhã- 5ªA – 25 alunos

6ªA – 25 alunos

7ªA - 22 alunos

8ªA- 17 alunos

Noite- 5ªB- 18 alunos

6ªB- 20 alunos

7ªB- 11 alunos

8ªB- 17 alunos

1ºA - Ano do Ensino Médio- 34 alunos

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2ºA - Ano do Ensino Médio- 25 alunos

3ºA – Ano do Ensino Médio- 20 alunos

Tarde - Programa de Complementação Curricular - Viva Escola e Serviços

Complementares de apoio Pedagógicos:

Artes Visuais- 40 alunos

Mídias- 56 alunos

Preparatório para Vestibular- 22 alunos

CELEM Espanhol – 69 alunos

CELEM Francês – 78 alunos

Sala de Recurso- 13 alunos

Sala de Apoio de Matemática- 14 alunos

Sala de Apoio de Língua Portuguesa- 15 alunos

4.1.4-Horários de Funcionamento

Período Matutino Período Vespertino Período Noturno

Entrada: 7:30h Entrada: 13:00h Entrada:19:00 h

Saída: 11:50h Saída:17:00h Saída: 23:10h

4.1.5-Horário das Aulas

Período Matutino Período Noturno

1ª aula- 7:30 às 8:20

2ª aula- 8:20 às 9:10

3ª aula- 9:10 às 10:00

Intervalo- 10:00 às 10:10

4ª aula-10:10 às 11:00

5ª aula- 11:00 às 11:50

1ª aula- 19:00 às 19:50

2ª aula- 19:50 às 20:40

3ª aula- 20:40 às 21:30

Intervalo- 21;30 às 21:40

4ª aula-21:40 às 22:25

5ª aula- 22:25 às 23:10

4.1.6-Cronograma dos Serviços Complementares - Per íodo Vespertino

2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira

Viva escola – Mídias

CELEM – Espanhol

Sala de Recurso

CELEM- Francês

Viva-Escola-

Preparatório-

vestibular

Sala de Recurso

Sala de Apoio-

Matemática

Viva-escola-Artes

Visuais

Sala de Recurso

Sala de Apoio –

Português

CELEM-Espanhol

CELEM-Francês

Sala de Recurso

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4.2- ESPAÇOS FÍSICOS

Salas de aula : Número total de salas de aula do Colégio: 08 salas, sendo utilizadas:

período matutino 04 salas e período vespertino 03 salas;

01 sala- Sala de recurso de segunda-feira a quinta feira;

01 sala- Sala Viva Escola de segunda a quinta feira;

01 sala- Sala de apoio- quarta e quinta-feira.

Período noturno: 08 salas;

Biblioteca: Serve ao apoio a todos os alunos, professores e funcionários além de

estar aberta a comunidade, sede os livros para pesquisa no domicílio dos alunos. É

importante salientar que não há profissional responsável para atender a biblioteca, por

isso o seu funcionamento fica prejudicado..

Oferece os seguintes atendimentos:

-Atendimento ao usuário;

-Pesquisa bibliográfica;

-Empréstimos.

Laboratório de Informática : Equipado com 12 computadores do Paraná Digital e 10

computadores do PROINFO, com acesso a internet juntamente com impressoras a

laser. Entretanto é importante salientar que o acesso a internet é precário, dificilmente

os alunos conseguem utilizar o laboratório para pesquisas em grupo, pois o excesso de

alunos nos computadores, inviabiliza o acesso a internet, que é via satélite.

Quadra coberta: O Colégio conta com uma quadra esportiva, que desde o mês de

novembro de 2009 esta coberta e reformada conforme os padrões necessários a um

bom atendimento aos alunos deste colégio.

Pátio coberto : O Pátio coberto conta com 10 mesas para refeições, e 20 banquetas.

Sala de Professores: Contendo 01 mesa para reunião, 8 cadeiras, 1 geladeira,

Quadro de feltro, armários de aço para professores, com 20 portas, Filtro de água

gelada.

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Banheiro dos Professores : 1 banheiro.

Banheiros para alunos : 2 banheiros com 04 mictórios masculinos e 04 femininos

Sala de direção : Contendo 1 escrivaninha, 1 armário de madeira, 2 cadeiras, telefone,

1 computador.

Sala de apoio pedagógico : 1 microcomputador, 1 impressora, 2 armário de aço, 1

escrivaninha, 1 mesa para microcomputador 1 cadeira.

Cozinha : Cozinha equipa da com forno industrial, fogão industrial, batedeira

industrial, geladeira freezer, forno elétrico, mesas e utensílio de cozinha.

Secretaria: Contendo 3 microcomputadores na linguagem Linux, 1 impressora laser,

telefone, aparelho de fax, armários de aço, arquivo de aço e escrivaninhas.

4.3- QUADROS DEMONSTRATIVOS – EQUIPE ESCOLAR

Quadro Demonstrativo de Pessoal Técnico Pedagógico

Nome

Função

V

C.H

Formação

Carla Shmeiske da Silva Marinho Diretora QPM 40 Ciências - pós

Ivana Zorobeth C. Fassoni Pedagoga QPM 40 Pedagogia– pós

psicopedagogia

institucional

Neusa Soberanski de Almeida Pedagoga QPM 40 Pedagogia

Apoio Técnico Administrativo

Nome Função Vinc C.H. Formação

Erica Regina Romero Peres Téc. Adm. QG 20 Ciencias/Matemática

Glauce Dos Santos Marcelino Téc.Adm. Qfeb 40 Ensino Médio

Heitor Brustulim Secretário QG 40 Ensino Médio

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Apoio Serviços Gerais

Nome Função V C.H. Formação

Marcelo Ribeiro Serv. Gerais PEAD 40 História

Maria Célia Macedo Donadi Serv. Gerais CLT 40 Ensino Médio

Vilma De Fátima Catarino

Gomes

Serv. Gerais CLT 40 Ensino Médio

Corpo Docente

Nome Vínc Formação

Alessandra Mara Santos QPM Ciencias Biológicas/ Química e Pós em Educação Matem. E Ed. Especial

Ana Cláudia Fedriz QPM Educação Física

Ailton dos Reis Silva PSS Língua Portuguesa/ Celem Espanhol

Antonio José de Oliveira QPM Celem/Frances

Conceição Néspoli QPM História

Cristina Mari da Silva QPM Educação Física/ Pós em Educação Física Escolar e Gestão de Sistema Est. de Ensino

Fátima D’avila Bitencourt QPM Geografia

Giovani Henrique Guidelli QPM Arte

Jacqueline Erichsen QPM Arte

Janice Ribeiro de C. Oliveira QPM Arte

Jussimary Pereira Arantes QPM Pedagogia

Luciana Vardanega QPM L.Inglesa/Pós em Neurociência

Luciana Aparecida Miyao PSS Celem Espanhol

Lucila C. de Paula C. Straus QPM Língua Portuguesa

Luiz dos Santos Oliveira QPM Ed. Matemática/ Pós em Ed. Especial

Maria José de Souza QPM Biologia/Pós em Instrumentalização para o Ensino de Ciências

Maria Silvia Lemes Gusmão QPM História/Sociologia/ Ensino Religioso

Miguel Tarciso Marques QPM Língua Portuguesa/Pós em Especialização em Ensino Fundamental e Médio.

Sarita Regina Silva de Oliveira QPM Ciências/ Biologia/Pós em Ensino de Ciências através de Oficinas Naturais

Simone Maria D. F. Pedroso SC02 Arte / Viva Escola Artes Visuais

Dayse C. Toledo de Gusmão PSS Matemática/pós em Ed. Especial.

Vera Lúcia de S. Barbosa QPM Matemática

Hermínia Gusmão Picolli QPM Pedagoga/Ed.Especial

Josiani de Fátima Serqueira PSS Língua Portuguesa

Josiane Aparecida Peixoto PSS Língua Portuguesa

Vergílio dos Santos QPM História/Prof. Lei 15308/06

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4.4- HISTÓRICO DA REALIDADE

O Colégio Estadual Heloísa Infante Martins Ribeiro, está situado no povoado da

Platina, Município de Santo Antônio da Platina, Norte Pioneiro do Estado do Paraná,

Região Sul do Brasil na Zona Rural com atividades agropecuárias, uma comunidade

pequena, de pessoas de baixa renda, o Colégio atende filhos de trabalhadores

cortadores de cana, sitiantes, funcionários das fazendas de gado, meeiros, domésticas

e outros.

O colegiado procura dentro dos seus limites assumir a responsabilidade de atuar

na transformação e na busca do desenvolvimento social dos sujeitos que dela

participam, se empenhar na construção de uma proposta para a realização desse

objetivo. Também defender a ação prioritária de trabalho com o conhecimento para o

exercício pleno da cidadania, transformando o social, trabalhando os saberes através

do ensino e aprendizagem, buscando a promoção dos que aprendem e também dos

que ensinam.

4.5- DADOS HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A localidade de Platina foi fundada em conseqüência da construção da rede

ferroviária em 1927, chamada: “REDE VIAÇÃO PARANÁ-SANTA CATARINA”, e nesta

localidade foi instalada uma Estação Ferroviária, daí a necessidade de uma escola

neste local.

A primeira escola construída na Platina, em 1935, denominava-se Escola Isolada

da Platina.

Em 1951, o Sr. Francisco de Paula Rocha, morador da localidade, pediu ao

então Governador do Estado, Sr. Moysés Lupion, para que construísse uma escola,

este determinou a construção de um prédio escolar em alvenaria, com quatro salas de

aula, salas para administração, banheiros, etc. em terreno doado pelo Sr. Américo

Martins Ribeiro.

A partir de 1952, passa a denominar-se Grupo Escolar da Platina, sendo

regulamentado pelo decreto nº. 16122 de 08 de março de 1955.

Em 1966, houve uma reforma no prédio escolar, bem como, a construção de

uma cantina, sob a administração da professora Julieta Rocha.

Pelo Decreto nº. 21934 de 15 de dezembro de1970, passa então a denominar-

se Grupo Escolar Heloísa Infante Martins Ribeiro em homenagem aos doadores do

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terreno, onde a escola foi construída.

Por iniciativa da direção do estabelecimento, em 1982 foi implantada a

continuidade do então, Ensino de Primeiro Grau, 5ª/8ª série, gradativamente através da

Resolução da SEED, de nº 1165/82 de 28 de abril de 1982.

Por meio do decreto nº 249/91 e Resolução 679 de 12 de março de 1992 foi

criada para efeito de municipalização de ensino de 1ª. à 4ª. Séries, a Escola Municipal

da Platina–Ensino de 1º. Grau, tendo como entidade mantenedora a Prefeitura de

Santo Antônio da Platina.

Os cursos de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental, funcionam no mesmo prédio,

sendo, porém independentes após a municipalização.

A partir desta época, a escola passou a ser reconhecida como Escola Estadual

Heloísa Infante Martins Ribeiro –Ensino Fundamental.

Em 1999, foi implantado o Ensino Médio noturno (Educação de Jovens e Adultos),

por meio do parecer do CEE, 0562/99, passando a denominar-se Colégio Estadual

Heloísa Infante Martins Ribeiro- Ensino Fundamental e Médio. Entretanto em 2001,

inicia-se o processo de cessação gradativa dessa modalidade.

No ano de 2007, houve a necessidade de implantar o Ensino Médio, visto que os

alunos do Ensino Fundamental enfrentavam muitas dificuldades em prosseguirem com

os estudos, pois dependiam de transporte escolar para se locomoverem para a cidade,

sendo assim, através da resolução 1694/07, foi autorizado o funcionamento do mesmo,

com implantação gradativa.

No ano de 2008, foi construída mais uma sala de aula para atender as

necessidades da escola, mais espaço para os nossos alunos.

4.6- CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A comunidade escolar pode ser caracterizada por pessoas de classe média

baixa, as quais subsistem do corte de cana, da colheita de algodão, de café, e outros

tipos de trabalho volante, sendo assim não têm remuneração estável. A renda familiar

segundo pesquisa realizada não ultrapassa a três salários mínimos, no entanto a

maioria das famílias vive com renda de até 2 salários.

Uma parte dos alunos mora no povoado onde a escola se localiza, outra parte

vem de sítios e fazendas circunvizinhas, são alunos que moram no campo, os quais

fazem uso do transporte escolar. Alguns moram em lugares de difícil acesso e em dias

de muita chuva, o transporte escolar, não chega em suas residências, fazendo com que

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percam muitas aulas, especificamente no período noturno os problemas são ainda

mais evidentes, pois próximo a escola, existem muitos bares com jogos de bilhar e

alguns alunos são atraídos, deixando de frequentar as aulas e chegando a desistência

dos estudos. Esses problemas retratam algumas das causas dos elevados índices de

evasão deste estabelecimento.

A grande maioria tem dificuldades financeiras quanto a aquisição de materiais

didáticos e aos veículos de informação como jornais, revistas, vídeos, CDs, acesso a

internet, e outros. Podemos constatar que se trata de uma comunidade, que não vê

perspectivas na localidade, sendo assim a maioria que permanece na escola e conclui

(ou não) o Ensino Fundamental e Médio, deslocam-se para centros maiores a procura

de empregos e outros horizontes.

Diante da realidade que vivemos dos problemas enfrentados na nação brasileira,

o estado e também o município se incluem nessa realidade de conflitos e violência,

fome e exclusão social, o uso de drogas também vem interferindo na vida social dos

pais e alunos do colégio.

Na comunidade onde a escola está inserida a oportunidade de empregos é

escassa, sendo assim, alguns pais trabalham na sede do município, distante 10 km

dessa localidade, e deixam os filhos sozinhos em casa, não tendo como ajudá-los nas

tarefas escolares e em outras necessidades.

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4.7- LEVANTAMENTO DIAGNÓSTICO JUNTO AO CORPO DISCEN TE

Participaram dessa pesquisa 136 alunos, sugerindo melhorias em alguns

aspectos deste Colégio. Observe a Legenda:

A- Cobrir a quadra de esportes e reformá-la;

B- Utilizar o laboratório de informática para dinamizar as aulas;

C- Acrescentar espelhos nos banheiros;

D- Consertar os vidros e pôr grades nas janelas;

E- Disponibilizar música ambiente no intervalo escolar;

F- Promover Atividades culturais que envolvam toda a escola(teatro, artesanatos, dança)

G- Elevar os muros da escola, garantindo maior segurança;

H- Organizar Laboratório de Física, Química e Biologia para a efetiva relação de teoria e

prática;

I- Consertar os ventiladores;

J- Aumentar as aulas de Ed. Física;

L- Utilizar com maior frequência a Tv pendrive;

M- Melhorar a merenda Escolar;

N- Estabelecer conjuntamente normas de conduta para o bom andamento escolar;

O- Promover atividades esportivas internas como torneios de xadrez, vôlei, futsal, ping

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pong, etc.;

P- Exigir Uniforme Escolar;

Q- Oferecer a todos os alunos café da manhã na chegada à escola;

R- Melhorar a qualidade das aulas, quanto às metodologias e relacionamentos;

S- Encortinar todas as janelas das salas;

T- Organizar Horta escolar;

U- Trancar as salas por ocasião do Intervalo;

V- Aumentar a quantidade de material esportivo;

X- Dinamizar aulas de redação;

Y- Pintar a escola.

Tendo em vista os resultados colhidos no gráfico acima, foram implementado

algumas melhorias:

Laboratório de Informática : Foi organizado um cronograma para o uso de laboratório

de Informática em todas as disciplinas e com todos os professores.

Quadra de Esportes : Já temos construída uma bela quadra de esporte, que

beneficiou e muito os alunos deste Colégio.

Objetivos Proposto para 2009 que Foram Atingidos:

A- Quadra reformada e coberta;

B- uso do laboratório de informática pelos alunos;

C- espelhos nos banheiros;

D- trocas dos vidros quebrados;

F- atividades culturais envolvendo escola e comunidade;

M- melhoria da merenda escolar;

N- normas de boa conduta, para um melhor relacionamento;

O- atividades internas de educação física, com torneios, inter classe, gincanas, etc.

P- uso do uniforme escolar;

S- foram trocadas todas as cortinas das salas;

V- aumento dos materiais esportivos e variedades deles;

Z- pintura da escola, das salas, colocação de piso na sala construída em 2008, pintura

e troca da porta.

Y- também foram adquiridos uniformes novos para a participação dos alunos no Fera

com Ciência.

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4.8- Porte da Escola

Tendo em vista o número de alunos matriculados, mais os alunos do programa

Viva Escola e CELEM, atingimos a partir de 08/03/10, o porte 02. O que nos deixa

mais animados a trabalhar em prol da educação neste povoado.

4.9- Regime Escolar

Reconhecendo a importância da Lei nº. 11.274/06 com avanço e acesso ao

atendimento aos direitos e cidadania, como elementos básicos da igualdade de

condição de acesso aos bens culturais à maioria da população brasileira

fundamentando as decisões em preceitos constitucionais e legais: artigo 208 da

Constituição Federal e Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB, nº. 9394/96, e Leis

11.114/05, 11.274/06 e demais emanadas do Conselho Estadual.

Tendo em vista ao melhor atendimento à infância uma vez que a nação toma

para si, pela obrigatoriedade do ensino Fundamental e pela responsabilidade de

atendimento à criança de 6 anos, previu a Deliberação nº. 03/06- CEE/PR a existência

Simultânea de dois regimes de duração do Ensino Fundamental, ou seja, o de 8 anos,

e o de 9 anos de duração e que o atendimento à criança de 6 anos completos, no

Ensino Fundamental, está vinculado ao regime de 9 anos de duração. Parecer nº.

18/05 CEB/CNE .

4.10- Classificação

Classificação é um procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios

próprios para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com

a idade, experiência e desempenhos adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação pode ser realizada:

I - por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa,

ciclo, período ou etapa anterior na própria escola;

II - por transferência para candidatos, procedentes de outras escolas do país ou

do exterior considerando a classificação da escola de origem;

III - independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, compatível ao seu grau de desenvolvimento

experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

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A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais;

I- organizar comissão formada por docentes, pedagogo e direção da escola para

efetivar o processo;

II- proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III- comunicar o aluno e/ ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

IV- arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V- registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

4.11- Promoção

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração da sua frequência. São usados os seguintes critérios na promoção

ou certificação de conclusão para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio, a

média final mínima exigida é de 6,0 ( seis vírgula, zero) observando a frequência

mínima exigida por lei.

Os alunos do Ensino Fundamental e Médio que apresentarem frequência

mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula, zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Médio serão considerados

retidos ao final do ano letivo quando apresentarem: a) frequência inferior a 75% do total

de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; b) frequência superior

a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula, zero) em cada

disciplina.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente

inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação

escolar.

4.12- Dependência

As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas

serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

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4.13- Regime de Progressão Parcial

Regime da progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo

aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequentes e concomitantemente às séries seguintes.

O Colégio Heloísa I. Martins Ribeiro não oferta aos seus alunos matrícula com

Progressão Parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até

três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de

estudos.

4.14- Problemas existentes no Colégio

Os alunos, deste colégio são crianças e adolescentes de classe socioeconômica

desfavorecida, normalmente provenientes de famílias com estrutura diversa, a minoria

ainda vive com pai e mãe, mas a grande maioria, mora com avós, tios, padrinhos ou

somente com um dos genitores.

Há alguns casos de dificuldades na aprendizagem, talvez pela ausência de

estímulos externos, ou pela falta de cobrança, orientação, e auxílio nas atividades de

casa, deixam de realizar as tarefas e trabalhos escolares, comprometendo assim a

construção efetiva do conhecimento. Alguns alunos possuem deficiências especiais

leves, a Sala de Recurso tem oportunizado atendimento quase que individualizado.

Outro problema que a escola enfrenta se refere às faltas excessivas dos alunos,

por motivos diversos, ora por ausência de transporte escolar, ora por trabalharem

exaustivamente, ora por desinteresse, entre outros, ocasionando um elevado índice de

evasão escolar. Entretanto ela é maior no período noturno, pois alguns alunos se

afastam para assumir compromissos de trabalho temporário. Sem perspectiva de

futuro, perdem o interesse e deixam de freqüentar as aulas.

A repetência acontece em maior número por causa da evasão, muitos precisam

trabalhar fora e acabam desistindo de estudar, outros mudam constantemente em

busca de um emprego melhor e com isso abandonam a escola. Muitos professores

deste Colégio tem se esforçado para que os alunos permaneçam na escola,

diversificando as metodologias, buscando sanar as dificuldades dos alunos. Procuram

trabalhar os conteúdos de modo prático, trazendo-o para o contexto de vida dos

alunos, em especial ao contexto do campo, valorizando seus conhecimentos e

propondo novos saberes que venham completar a sua aprendizagem.

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4.15. Índice de Aproveitamento Escolar

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Os gráficos apresentados se referem ao ano de 2007, matutino e noturno, em

análise, observa-se que a evasão no período noturno é um dos maiores problemas

enfrentados pela escola, caracterizando assim a realidade de alunos que têm jornada

de trabalho diária, e tendo que optar pelo emprego ou pela escola, obviamente

prevalece a subsistência em detrimento da escola. É importante salientar que os

professores são os mesmos nos dois períodos, mas a realidade do período noturno é

absolutamente diversa, uma vez que após jornada de trabalho, os alunos demonstram

esgotamento físico e pouco aproveitamento nas aulas, chegando ao abandono. O

índice de reprovação é pouco expressivo.

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Os gráficos apresentados se referem ao ano de 2008, matutino e noturno, em

análise, observa-se que a evasão no período noturno é um dos maiores problemas

enfrentados pela escola, caracterizando assim a realidade de alunos que têm jornada

de trabalho diária, e tendo que optar pelo emprego ou pela escola, obviamente

prevalece a subsistência em detrimento da escola. É importante salientar que os

professores são os mesmos nos dois períodos, mas a realidade do período noturno é

absolutamente diversa, além da defasagem idade/série, após jornada de trabalho, os

alunos demonstram esgotamento físico e pouco aproveitamento nas aulas e mesmo

com o apoio dos professores, chegam ao abandono. O índice de reprovação é pouco

expressivo, o que demonstra o efetivo trabalho do corpo docente e a consciência da

prática social em que estão inseridos

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EVASÃO ENSINO FUNDAMENTAL - 2009

EVASÃO ENSINO FUNDAMENTAL - 2009

5ª SERIE 6ª.SÉRIE 7ª.SÉRIE 8ª.SERIE

0

5

10

15

20

25

30

3533 50%

24 50%

20 50% 19 50%

25 38%

19 40% 18 45%

15 39%

2 3%0 0%

2 5%0 0%

6 9% 5 10%

0 0%

4 11%

0 0% 0 0% 0 0% 0 0%

DADOS DE EVASAO- 2009MANHÃ

MATR.AP.REPTRDES

SERIE

PORCEN

TAG

EM

5ª. SÉRIE 6ª. SÉRIE 7ª. SÉRIE 8ª.SERIE

0

5

10

15

20

25

30

27 44%

17 50% 17 50%

24 50%

15 24%

5 15%

10 29%

18 38%

0 0%1 3%

0 0%

3 6%

8 13%

4 12%3 9%

2 4%

12 19%

7 21%

4 12%

1 2%

DADOS DE EVASAO

NOTURNO

MATR.APREPTR.DES.

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EVASÃO ENSINO MÉDIO - 2009

4.15- Organização do Tempo e do Espaço

Este colégio cumpre a carga horária de cada disciplina estabelecida na Matriz

curricular, para cada modalidade de ensino: Fundamental e Médio, bem como, as

horas/aulas programadas. O tempo é utilizado em atividades de sala de aula, ou no

laboratório de informática, no pátio escolar, na biblioteca, na quadra esportiva, em

excursões pedagógicas, entre outras. Nesses ambientes são desenvolvidas atividades

diversificadas, como; palestras, filmes, leituras, pesquisas, trabalhos em grupos,

reuniões, as, festas, jogos, feiras, gincanas, maratonas educativas, e outras atividades

similares.

O tempo de permanência do aluno na escola é o tempo das aprendizagens,

intelectual, sociocultural, afetiva e ética. E o desempenho dos alunos no processo de

aprendizado é aferido em diversos momentos durante o ano letivo.

1º.ANO 2º.ANO 3º.ANO

0

5

10

15

20

25

30

35

401º.ANO 35 50%

2º.ANO 21 50%

3º.ANO 12 50%

1º.ANO 2 3%2º.ANO 0 0% 3º.ANO 0 0%

1º.ANO 10 14%

2º.ANO 4 10%

3º.ANO 1 4%

DADOS DE EVASAO ENS. MEDIO NOTURNO

MATR.AP.REP.TR.DES.

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4.16- Equipamentos Físicos e Pedagógicos

O Colégio está equipado, com exceção de uma sala, com a televisão pen-drive,

e possui ainda, um laboratório de informática, com computadores do Programa Paraná

Digital, contando com 12 computadores, e outro do Programa Federal Proinfo,

contando com 10 computadores.

Possui uma televisão Panasonic e um vídeo cassete novos recebidos no ano de

2005 mais um DVD adquirido com recursos da APMF durante ano de 2005. Temos

várias TVs antigas e quase todas com defeitos e sem condições de uso, três vídeos

cassete antigos com problemas; um aparelho de som antigo com alguns Cds; dois

retroprojetores em perfeito estado de uso; um microscópio em estado precário sem

possibilidade de uso. Temos também uma filmadora JVC; uma maquina fotográfica

Mitsuca PC-661.

O Colégio não possui auditório, somente um pátio coberto. Conta ainda com

uma quadra de esporte coberta.

Temos necessidades de novos ventiladores pois os que temos alguns estão sem

funcionamentos de tão velhos que são. Também estamos precisando de um

laboratório de Ciências, pois não temos como trabalhar a prática das pesquisas e teste

químicos necessários ao bom aprendizado de nossos alunos.

4.17-Relações Humanas de Trabalho no Colégio

Este Colégio trabalha embasado numa gestão democrática, onde diretor,

professores, funcionários, pedagogos, conselho escolar, APMF e alunos participam

das decisões, envolvendo o todo escolar. Procura-se trabalhar com envolvimento,

buscando uma contribuição positiva.

4.18- Organização da Hora Atividade

O tempo da Hora Atividade é utilizado para subsidiar o trabalho dos professores,

apresentando novos textos, sugerindo leituras, propondo metodologias, dinâmicas e

atividades diferenciadas com o objetivo de enriquecer a atividade do professor

tornando-a atrativa para o aluno, porém, isso não segue um cronograma rigorosamente

determinado pela escola, oportunizando ao professor administrar sua hora atividade

com liberdade, desde que cumpra os 20% da carga horária prevista. É feita

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individualmente, pois não é possível reunir os professores de acordo com o proposto

pelo NRE.

4.19- Inclusão

Este Colégio se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a

diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade.

Partindo desse principio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos,

sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as

oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada individuo, assim, este

colégio está aberto à inclusão, tanto para atender às necessidades individuais sempre

presentes, quanto às especificidades dos alunos com necessidades educativas

especiais. A implantação da Sala de Recurso em 2009 foi um grande avanço para as

expectativas de aprendizagem, deste colégio, pois foram diagnosticados pelos

psicólogos cedidos pelo município, muitos alunos com deficiência intelectual, os quais

agora podem ser melhor compreendidos, pois tem apóio pedagógico necessário para

superar as dificuldades no aprendizado.

4.20- Gestão Democrática

Para que esta aconteça é preciso juntar esforços, debater problemas, aceitar

sugestões e juntos encontrar soluções e sanar da melhor maneira possível as

dificuldades encontradas. Direção e demais profissionais devem caminhar juntos para

que a Escola cresça, as decisões e os rumos da educação devem ser compartilhados,

tornando a escola lugar de ensino e aprendizagem.

Para que haja uma ação construtiva e criativa é necessário que a liderança seja

realizada de modo bem democrático, através do diálogo aberto e sincero, em que o

respeito aos alunos funcionários, professores equipe pedagógica pais de alunos são

levado em conta. Sempre refletindo e avaliando os acontecimentos para tomada de

decisões, com objetivos de retornar ao planejamento inicial, com adaptações e

mudanças.

As práticas de acolhimento e de integração por parte dos professores,

funcionários e direção são visíveis em todas as ocasiões. Todos participam nas

tomadas de decisões, na definição dos princípios e valores humanitários a serem

praticados pela escola.

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Contribuindo para a melhoria do ensino e aprendizagem dos alunos, propiciando

a construção criativa, responsável para o conhecimento almejado, dividindo

responsabilidades e socializando os resultados positivos, reavaliando os negativos e

projetando novas ações. Todos são responsáveis pelo bom andamento do cotidiano

escolar, desenvolvendo suas tarefas, buscando resultados positivos, sendo flexíveis e

abertos à mudanças. Agindo com liberdade, autonomia e responsabilidade na

construção e avaliação coletiva do P.P.P.

A APMF sempre é convidada a tomar posição nas decisões do coletivo da

escola, às vezes não há uma participação desejada, mas sempre são convidados a

participarem das reuniões e tomadas de decisões da escola.

O Conselho Escolar sempre está envolvido nas ações da escola. Presta a

assistência aos alunos, professores e funcionários. Assegura-lhes condições de

eficiência escolar de acordo com a proposta de trabalho do estabelecimento de ensino.

Representa os reais interesses da comunidade escolar, contribui desta forma para a

melhoria da qualidade do ensino, visa sempre uma escola publica gratuita e de boa

qualidade.

O Conselho de Classe participa e cumpre seu papel, visa sempre o interesse do

aluno, sugere meios de motivação e recuperação do aluno com baixo aproveitamento

escolar. Troca-se ideias e experiências que oportunizaram bons resultados em outros

momentos.

4.21- Conselho de Classe

É um órgão colegiado, de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo

por objetivo avaliar o processo ensino aprendizagem. A relação professor aluno e os

procedimentos adequados a cada caso. É fator muito importante, principalmente

quando visa o aluno e a sua aprendizagem. Deve ser feita de modo claro e objetivo

para que venha beneficiar o aluno e não sirva de objeto de reprovação ou aprovação.

O conselho de classe é constituído pelo diretor, equipe pedagógica, secretário,

por um aluno representante de turma e por todos os professores que atuam numa

mesma sala.

Serão lavradas em atas pelo secretário do estabelecimento, ou em livro próprio

para registro.

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4.22- Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização do

trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as

políticas e diretrizes educacionais da Secretaria de Estado da Educação observando a

Constituição Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional, o

Estatuto da criança e do adolescente, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento

Escolar, para o cumprimento da função social e especifica da escola. O Conselho

Escolar atua dentro das necessidades da escola como um órgão que fiscaliza e avalia

as situações, visando o bem estar do aluno, com responsabilidade e honestidade. Por

muito tempo os Conselhos Escolares tem cumprido funções meramente burocráticas e

formais, todavia, essa escola busca o comprometimento efetivo dessa instância, ainda

que enfrentando a pouca voluntariedade dos envolvimento, tem conseguido

participação satisfatória.

4.23-Grêmio Estudantil

O Grêmio tem a função de representar os interesses dos estudantes na escola.

Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de

ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade, buscando alternativas e

meios de um melhor relacionamento entre os alunos, entre escola e comunidade, para

uma relação amistosa e um aprendizado satisfatório. No nosso Colégio a atuação dos

alunos é fraca e desinteressada.

4.24- APMF

A APMF tem a função de gerir e administrar os recursos financeiros próprios e

os que lhe forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades

estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.

Cabe a APMF colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.

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Colaborando com as possibilidades financeiras da entidade, com as necessidades dos

alunos comprovadamente carentes.

Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindo

de convênios públicos mediantes a elaboração de planos de aplicação, bem como,

reunir-se para prestação de contas desses recursos, com registros em atas.

4.25-Participação dos Pais

Os pais dos alunos deste Colégio, são em sua maioria participativos, estão

sempre atentos aos acontecimentos que envolvem seus filhos, participam de reuniões,

buscam estar apar do aprendizado de seus filhos. Apenas alguns deixam de vir a

escola, de saber com o filho está se saindo na escola. Podemos então dizer que temos

uma comunidade participativa.

4.26-Critérios de Organização e Distribuição de t urmas

Este Colégio é de pequeno porte e não possui muitas turmas, elas são formadas

de acordo com a demanda da localidade por ocasião das matrículas. Existem apenas

uma turma por serie nos respectivos turnos: manhã e noite.

A distribuição das turmas ocorre no início do ano letivo, os professores do

Quadro Próprio do Magistério, lotados na escola, tem prioridade na escolha das

turmas, todavia, são respeitadas as instruções para distribuição de aulas emanadas da

SEED.

4.27-Cidadania e Educação Fiscal

A Educação como estrutura pública não pode ficar alheia dos segmentos

formadores de opinião e do efeito multiplicador de ideias. Sendo assim a Educação

Fiscal contribui para que haja mudanças na construção do ser humano como agentes

críticos e responsáveis pela sua cidadania. Reforçado as informações para que nossos

estudantes estejam preparados para ser ele próprio um agente fiscalizador dos

impostos que nos são cobrados cheguem onde deveriam chegar, e para de lá retornar

em forma de melhorias aos cidadãos brasileiros.

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4.28-Educação Ambiental

A atual crise ambiental, com seus respectivos problemas, marcada pela

degradação socioambiental e fruto da fragilidade dos valores que orientam a relação do

ser humano e natureza, se intensifica ao longo do tempo e de forma cada vez mais

acentuada, resultando na miséria, no consumismo e na exclusão social e econômica.

Esta deterioração gera crises, entre elas, a do conhecimento. Nesse contexto, a

educação é vista como um dos processos do desenvolvimento humano, responsável

pelas estruturas das políticas de conhecimento, pela mudança de mentalidades,bem

como pela formação de novas identidades sociais. Portanto, é nessa construção e

compreensão que a educação ambiental parece surgir, como mediadora à problemática

socioambiental e caracterizada como um fenômeno social complexo.

Cabe repensar a relação sociedade e natureza, pois é da necessidade de

intervenção política e cultural, que as primeiras iniciativas de educação ambiental se

desencadearam, como componente educativo essencial na tentativa de deflagar ação

consciente, crítica e transformadora das posturas em relação ao modo de conceber o

ambiente, o mundo e seus semelhantes, assinalando possível articulação entre as

ciências naturais e as ciências humanas e sociais.

4.29-Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso de Indevido de

Drogas

A partir do ano de 2005, foi elaborado o primeiro Plano Plurianual Estadual de

Enfrentamento à violência contra Crianças e Adolescentes, este documento

estabelecendo um conjunto de ações articuladas para possível intervenção técnico-

política e financeira para o enfrentamento das diversas modalidades de violência,

abuso e exploração sexual.

A escola como local de estudo dessas crianças está tenta para essas questões,

e quando constata essa manifestação, busca os meios junto as autoridades

competentes para proteger assim os menores estudantes, através de denuncias ao

ministério público e a vara da infância e juventude..

Quanto a prevenção ao uso das drogas, no âmbito das escolas públicas

estaduais, mostra-se um processo complexo e desafiador, pois, requer uma

abordagem desprovida de preconceito e discriminação, bem como ser fundamentada

teoricamente por meio de conhecimento científico. As propostas de prevenções

predominantes na sociedade legitimam em discurso moralista e repreensivo, limitando,

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assim a compreensão das múltiplas manifestações das drogas na sociedade na

sociedade. Diante disso, percebe-se a necessidade de problematizá-las e desconstruí-

las a fim de avançar em outras perspectivas que possibilitem uma análise

contextualizada sobre a questão das drogas e sua prevenção.

Procura-se abordar essa questão em sala de aula, através de pesquisas,

trabalhos em grupo, levantamento de dados, e discussões em painel aberto,

contribuindo para um tratamento pedagógico de qualidade sobre a prevenção ao uso

indevido de drogas, onde os alunos expõem experiências pessoais e discutem esse

problema abertamente, estratégia essa usada como arma para o enfrentamento do

problema.

A parceria com a patrulha escolar tem sido de grande valia no assessoramento

dessa comunidade escolar, na busca de soluções para os problemas de segurança e

drogadição, uma vez, que os policiais ministram palestras preventivas aos alunos,

tratando o assunto abertamente.

4.30-História e Cultura Afro Brasileira, Africana

A Lei de diretrizes e base 9.394/96, no seu artigo 26, parágrafo 1 e2, coloca nos

estabelecimentos de ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares, a

obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira, conforme Lei

10.639/03 e 11.645/08.

O conteúdo programático deverá incluir o estudo da história da Africa e dos

africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação

da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,

econômica e política, pertinentes à História do Brasil.

Os conteúdos referentes à História e cultura afro-brasileira também deverão ser

ministrados em quase todas as disciplinas , cabe ao professor buscar meios e recursos

necessários para desenvolver as suas aulas. Podendo ser através de pesquisas,

debates, painéis, etc. Deverão ser desenvolvidas no cotidiano escolar, nos diferentes

níveis e modalidades de ensino como conteúdos de disciplinas, sem que haja prejuízos

nos demais conteúdos.

4.31- Indígenas

Refletir sobre as diretrizes da educação indígena remete para dois amplos

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campos de estudos sociopolíticos e educacionais. Em primeiro lugar, estaremos

lidando com um conjunto de direitos territoriais, políticos e culturais conquistados pelos

povos indígenas e que balizam sua relação com o estado e a sociedade brasileira.

Pensar sobre isso é reconhecer que somos uma sociedade plural, multiétnica e

plurilíngue, que as culturas indígenas são patrimônio cultural da nação brasileira, e

nosso sistema deve se reorganizar para a educação em direitos humanos e respeito às

diferenças culturais.

As políticas educacionais formuladas a partir dos novos marcos constitucionais

tem como diretrizes ”a afirmação das identidades étnicas, a recuperação das

memórias históricas, a valorização das línguas e ciências dos povos indígenas e o

acesso aos conhecimentos e tecnologias relevantes para a sociedade nacional”

(BRASIL, 1996, p.79).

Sendo assim, nossos professores deverão estar conscientes que se algum aluno

indígena for matriculado na escola, ele deverá ser atendido da melhor forma, os

professores buscarão meios para assim fazê-lo. Superando a tendência “adaptar”,

“adequar”, políticas e propostas educacionais de natureza universalizante para escolas

indígenas.

4.32-Educação do Campo

De acordo com a elaboração de Diretrizes Curriculares promovidas pela SEED,

passou-se a repensar a educação no contexto paranaense, introduzindo a Educação

no Campo. É um projeto educacional compreendido a partir dos sujeitos que têm o

campo como seu espaço de vida. É uma educação que deve ser no e do campo. Uma

educação vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais visando

ampliar e superar a visão do rural como local de atraso, no qual as pessoas não

precisam estudar, ou basta uma educação aligeirada e precarizada.

Os saberes destas pessoas devem ser considerados, e a partir daí rever as

praticas pedagógicas da escola no campo. Concebendo o campo como mais do que

um espaço de produção agrícola e pecuária, os seus sujeitos, clientela da nossa escola

têm as mais diferentes denominações (meeiros, boias-frias, sem-terras, pequenos

agricultores, pequenos pecuaristas, peões de fazendas, campeiro, etc.).

Com toda essa diversidade encontrada em nossa região paranaense, as escolas no

campo terão no seu interior uma conflituosa e rica diversidade a qual não pode estar

desvinculada de um projeto de desenvolvimento do campo que pretendemos construir.

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4.33-Diversidade Sexual

Além da família, instituição responsável pela educação e cuidados com os novos

membros da sociedade, a escola é a outra instituição que também se ocupa desta

tarefa; portanto, família e escola são as principais responsáveis pelas masculinidades e

feminilidades que estão sendo formadas em nossas sociedade. É no processo

educativo, principalmente na família e na escola, que os padrões de comportamento, as

regras sociais, os valores étnico e morais, os costumes, os estereótipos, são

transmitidos para as crianças(CARVALHO,1992). A transmissão da cultura ocorre

também através de outros mecanismo sociais, como a mídia ou a religião, mas a

família e escola são instituições fundamentais no processo de socialização dos novos

membros da sociedade. Assim cabe a escola enfrentar toda forma de exclusão

dirigidas àqueles que sofrem discriminação de gênero, ou a pessoas que não seguem

os padrões hegemônicos de natureza sexual. Este colégio tem trabalhado nessa

perspectiva, sensibilizando os alunos para a modificação de estereótipos que geram

comportamentos discriminatórios, objetivando a equidade de gêneros e o respeito a

diversidade sexual.

5.0- MARCO CONCEITUAL

5.1- Fundamentação Teórica

Esta escola preza pelo desenvolvimento do espírito crítico, próprio da verdadeira

educação e cidadania, procurando resgatar os valores éticos, sociais, culturais e

políticos dentro do contexto histórico em que vivemos; despertando o espírito de

solidariedade em todos os segmentos de nossa comunidade escolar, proporcionando

um ambiente favorável, à auto-realização, tornando-se um agente transformador da

sociedade, solidificando a prática da cidadania, da liberdade de expressão e do

respeito ao próximo, vivenciando um bom relacionamento com a comunidade escolar,

promovendo o conhecimento científico sem deixar de acolher e transformar o do senso

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comum.

Procura-se desenvolver uma prática que disponibilize o conhecimento

sistematizado à professores e alunos, para uma inserção social, e produtiva.

Participa, enquanto instituição social, do processo civilizador, o qual permite o

exercício consciente das decisões e ações dos homens na sociedade e as

possibilidades de transformação. A recuperação da escola pública depende da

observação das Diretrizes Curriculares , que estão colocadas para atender as

diferentes demandas das comunidades escolares espalhadas em todo os cantos do

Paraná. Estas diretrizes dão suporte para trabalhar a escola de boa qualidade,

orientando as bases disciplinar dando ênfase aos conteúdos científicos, nos saberes

escolares das disciplinas que compõem a matriz curricular. Os conteúdos

estruturantes, os saberes, conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas,

que identificam e organizam os campos de estudo são selecionados a partir de uma

análise histórica da ciência da disciplina escolar.

Defendemos a organização da escola a partir da formação geral e ampla, dando

acesso aos saberes e conteúdos que permitam o domínio de diferentes linguagens e

por intermédio destas garantir aos estudantes a leitura do mundo e diferentes formas

de expressão sobre a sociedade que vivemos.

5.2- Filosofia do Colégio

Diante da diversidade em que estamos vivendo, a escola assume a

responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social,

seus agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização

desse objetivo. A postura desse é trabalhar no sentido de formar indivíduos

conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da

superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

Na dimensão pedagógica reside a intencionalidade de formar indivíduos

responsáveis, compromissados, críticos e criativos.

Esse Colégio, esta caracterizado como escola de campo e a maioria de nossos

alunos pertence a zona rural, assim, entende-se a necessidade de um tipo de formação

que possa atender às expectativas das vivências diárias desses alunos e para haver a

construção que dê conta de atender essa característica de “educação do campo”,

percebe-se a necessidade de possibilitar a reflexão a partir do lugar em que ela está

inserida, na prática social dos sujeitos, a fim de reconhecer a construção de uma

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identidade cultural e de um sentimento de pertencer, condição fundamental para a

formação que se almeja.

A perspectiva de atuação desse colégio em torno desse tipo de educação, passa

pelo princípio de que ela deve funcionar como um local de produção e socialização

cultural, valorizando os saberes do campo e estimulando a criação de novos saberes,

visando ao pleno desenvolvimento do aluno.

Assim a preocupação com a formação é abrangente vem de encontro à

realidade que enfrentamos, pois muitos dos problemas sociais e educacionais em que

deparamos, contrapõe-se a problemáticas vigentes na sociedade.

Entende-se que pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no

interior da sociedade, dividida em classes sociais, dentro de um modo de produção

capitalista, implica reconhecer a educação como um ato político que possui uma

intencionalidade e, contraditoriamente, vem contribuindo, ou para, reforçar o modelo de

sociedade, sua ideologia, a cultura e os saberes que são considerados relevantes para

os grupos que possuem maior poder, ou para desenvolver a própria forma que a escola

se articula com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num espaço

emancipatório, de construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos

grupos sociais que historicamente tem sua história negada.

O homem contemporâneo se vê obrigado a conviver com tantas diferenças,

partimos do princípio de que resgatando valores de tolerância, convivência coletiva e

respeito às diferenças estaremos contribuindo para que o nosso aluno possa viver e

construir um tipo de sociedade diferente d a que vivemos, sem preconceitos e

discriminação, uma sociedade mais digna para as futuras gerações.

Partimos do princípio de que ela deve dar conta de formar individuos

conscientes de seu papel para com as mudanças sociais, não sendo mero expectador

dos desafios enfrentados em sociedade, ser críticos, contribuindo para mudanças

responsáveis, solidários, criativos, capazes de responder aos desafios do mundo

contemporâneos, usando o conhecimento apreendido na escola para entender a sua

realidade, contribuindo consequentemente para as transformações necessárias.

5.3-Concepção Educacional

A educação hoje, mais do que nunca, está em pauta nas discussões em todas

as áreas. Debatem sobre os problemas educacionais e apostam em novas

perspectivas para a educação brasileira.

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Em termos legais, a lei Federal nº. 9394, de 20/12/96, Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional, estabelece que a educação é dever da família e do Estado,

inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, e tem por

finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho. Vivemos rápidas transformações

econômicas e tecnológicas, e ao mesmo tempo em que os avanços na cultura e na

educação transcorrem de forma bastante lenta, que não se fez acompanhar da

construção de uma consciência para seu desenvolvimento auto-sustentável.

Diante de tudo que ocorre em nosso país e no mundo, há uma expectativa na

sociedade brasileira para que a educação se posicione na linha de frente da luta contra

as exclusões, contribuindo para a promoção e integração de todos os brasileiros,

voltando-se à construção da cidadania, não como meta a ser atingida num futuro

distante, mas como prática efetiva.

A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que aponta as

aprendizagens essenciais para a formação de indivíduos autônomos, críticos e

participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na

sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades

individuais, sociais, políticas e econômicas.

Podemos compreender a importância da escola para a construção da cidadania. E

para que a prática educativa seja uma práxis é preciso que ela se dê no âmbito de um

projeto, em que as partes funcionem integradamente em função dos objetivos

intencionalizados. (SEVERINO). Os quais devem instaurar-se como espaço-tempo,

enquanto instancia social que sirva de base mediadora e articuladora de outros dois

projetos que envolvem o agir do ser humano,o projeto político da sociedade envolvente

e o projeto pessoal dos sujeitos envolvidos com a educação.

A escola como lugar do entrelaçamento do projeto político coletivo da sociedade

com os projetos pessoais e existências de educando e educadores, viabiliza as ações

pedagógicas dos educadores para que se tornem educacionais, para que suas ações

tenham real significado enquanto mediação da humanização do educando.

5.4- Princípios Norteadores da Educação

O Colégio observa os seguintes princípios que norteiam a educação os quais

estão em consonância com as normas estabelecidas pela LDB, 9394/96.

Título II art. 3º.: Pelas Diretrizes Curriculares Estaduais;

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• Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e

o saber;

• Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

• Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

• Gratuidade do ensino público;

• Valorização do profissional da educação escolar;

• Gestão democrática;

• Garantia do padrão de qualidade;

• Valorização da experiência extra-escolar;

• Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as prática sociais.

• Promover a educação inclusiva em todos os seguimentos;

5.5-Objetivos da Escola

• O ensino fundamental de 5ª. à 8ª. séries terá como objetivo a formação básica do

educando;:

• Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meio básicos o domínio da escrita,

da leitura e do cálculo;

• Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, e dos

valores em que se fundamenta a sociedade;

• O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimento, e a formação de atitudes e valores;

• Proporcionar a toda criança, adolescente e jovem o direito à educação, visando o pleno

desenvolvimento do aluno, preparando-o para o exercício da cidadania qualificação

para o trabalho. Com igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

• Ter o direito de ser respeitado por seus educadores, o direito de organização e

participação em entidades estudantis;

• Zelar pela frequência de seus alunos;

• Oferecer um ensino gratuito e de qualidade.

• No ano de 2007, iniciou-se neste Estabelecimento o Ensino Médio Regular, que tem

como objetivo, atender aos alunos residentes no povoado e redondeza que é a zona

rural, os quais concluíram o Ensino Fundamental. E ano de 2009 a primeira turma

concluiu o 3º. Ano do Ensino Médio.

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• Pensar numa proposta curricular que supere a dicotomia, considerando as

especificidades deste período histórico.

• Atender aos anseios, em busca de uma sociedade justa.

• Oferecer uma formação humanista consistente, possibilitando ao aluno apropriar-se

dos conhecimentos historicamente constituídos, desenvolvendo um olhar critico e

reflexivo.

• Possibilitar uma compreensão da lógica e dos princípios técnicos-científicos que

marcam o período histórico e que afetam as relações sociais de trabalho.

• Oferecer uma educação humanista e tecnológica para uma formação pluridimensional,

para além do humanismo clássico e da profissionalização especifica, que possibilite ao

estudante, condições tanto de se inserir no mundo do trabalho quanto de continuar

seus estudos, ingressando no Ensino Superior.

• Sendo assim, a especificidade do Ensino Médio, enquanto Educação Básica, não o

afasta nem dissocia da vida e do mundo do trabalho, mas não deve submetê-lo aos

interesses do mercado.

5.6-Fins Educativos - LDB. (ART.12.13 .)

A Realidade social e educacional atual do nosso país requer o enfrentamento e a

superação da estrutura que existe entre a declaração constitucional dos direitos sociais

e a negação da prática desses direitos. Requer recolocar-se o problema da escola

pública em termos de direitos de todos de acesso ao conhecimento elaborado; requer

também recolocar a questão do trabalho como atividade de produção, apropriação de

conhecimento, não apenas como mera operação mecânica, sem repensar a relação

escola e trabalho.

Segundo Atílio Boron, vivemos em uma sociedade heterogênea e fragmentada,

marcada por profundas desigualdades de todo tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc.

– que foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Compreendendo

essa realidade esse colégio pretende buscar a formação integral do ser humano,

preparando-o para defrontar-se com as realidades diferenciadas e heterogêneas do

mundo social. Sendo assim pretende:

• Elaborar e executar sua proposta pedagógica;

• Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

• Assegurar o cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

• Prover meios para recuperação dos alunos com baixo rendimento;

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• Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processo de integração da

sociedade com a escola;

• Informar com os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos,

bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica;

5.7-Concepções do Estatuto da Criança e do Adolesce nte

A criança e o adolescente tem direito à educação, visando ao pleno

desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação

para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II-direito de ser respeitado por seus educadores;

III- direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias

escolares superiores;

IV- direito de organização e participação em entidades estudantis;

V- acesso a escola pública e gratuita próxima a sua residência.

• É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como

participar da definição das propostas educacionais.

5.8-Concepções quanto a Formação Continuada

Entendemos que a formação continuada de todos os segmentos da comunidade

escolar constitui um pressuposto para efetivar as transformações necessárias para a

construção coletiva de uma educação emancipatória. Assim procuraremos identificar

as necessidades e prioridades do alunado e da escola disponibilizando professores e

funcionários para que os mesmo estejam se capacitando sempre que surgir

oportunidade ofertadas pela SEED, estarão assim fortalecendo as instâncias

colegiadas, tomando decisões coletivas buscando o que é melhor para o nosso aluno.

Busca-se o comprometimento coletivo de todos os segmentos da escola com as

aprendizagens do aluno, especialmente entre professores pais e alunos com

autonomia e responsabilidade.

A partir das necessidades de ações concretas os professores são incentivados

estar participando dos cursos de finais de semana, dos GTR, OAC, Folhas, etc. e assim

se preparem melhor par enfrentar os novos desafios. Também os Conselheiros, são

convidados a participarem de cursos que venham orientá-los na sua representação.

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5.9-Concepção de Homem e Sociedade

Temos uma sociedade fragmentada, injusta, preconceituosa, economicamente

má distribuída, culturalmente livre, passiva, ingênua, corrupta, com famílias

desestruturadas e desinformadas.

Queremos uma sociedade mais integrada, mais justa, organizada, informada,

crítica, participativa, honesta, educada, culta, ética, ecologicamente consciente,

economicamente e moralmente estruturadas, menos capitalista e mais humana.

Para estabelecer-se uma completa relação entre homem, sociedade, mundo,

educação e aprendizagem, a escola deverá proporcionar uma educação básica que

possibilite ampliar a capacidade do aluno aprender, dominando plenamente a leitura,

escrita e calculo. Possibilitar a eles a compreensão do ambiente natural e social, do

sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a

sociedade, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades, a formação de

atitudes e valores, fortalecendo os vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana, de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Vivemos em um país de grande diversidade racial, cultural, religiosa e social,

cabe a escola respeitar essa diversidade, preservar a identidade dos alunos, ressaltar e

valorizar a sua cultura, sua raça sem estigmatizar nenhuma diferença.

A escola como promovedora de conhecimento deverá valorizar os saberes do

aluno e articular esses conhecimentos de forma que proporcionem aos alunos uma

base essencial para o exercício da cidadania, fornecendo meios para que o aluno

progrida no trabalho, dentro do contexto histórico-social em que vive e para estudos

posteriores, sempre tendo o professor como mediador.

O homem como ser social interfere e atua na sociedade, participa e convive

coletivamente, transcende e a reorganiza, supera condição de objeto, caminha para

emancipação participante da história coletiva, se este homem for bem preparado

poderá modificar completamente a sociedade que temos para melhor. E porque não

sonhar mais alto. Um mundo melhor com homens dignos, honestos, capazes de

transcender e reorganizar uma sociedade mais justa. Onde haja a inclusão social,

racial, sexual e as deficiências possam ser amenizadas, que o ser humano seja

incluído na sociedade, fazendo a diferença.

Este Colégio propõe que a construção da cidadania envolva um processo

ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse

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processo em termos de direitos e deveres, combatendo as discriminação, abolindo

barreiras segregativas entre alunos e professores, combatendo as apresses e os

tratamentos desiguais, promovendo a igualdade de condições de acesso as políticas

públicas e participação de todos nas tomadas de decisões. Tendo condições essencial

de cidadania reconhecer que a emancipação depende fundamentalmente do

interessado, uma vez que a desigualdade faz com que os indivíduos sejam dependente

dos serviços públicos.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de exercer sua

cidadania (sujeito de seus direitos), organizados e participativos do processo e da

construção político-social e cultural. A educação como um dos principais instrumentos

de formação como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo sua inserção

na sociedade.

A realidade social e educacional atual requer o encorajamento e a superação

das contradições da estrutura existente entre a declaração constitucional dos direitos

sociais e a negação da prática desses direitos (dentre eles, a educação); da ideologia

que associa a pobreza material a cultural.

A cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,

constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições

permanentes para expressão política. A cidadania ainda requer a consciência clara

sobre o papel da educação e as novas exigências colocadas para a escola que, como

instituição de ensino-educação formal deve ser um local excelente para a construção

da mesma.

5.10-Concepção de Escola

Ao constatarmos a necessidade de uma educação representativa na pratica

efetiva, partimos daí para compreender a importância da escola na construção da

cidadania, e para que a prática educativa real seja uma práxis, é preciso que ela se dê

no âmbito de um projeto. A escola é o lugar institucional de um projeto educacional, isto

quer dizer que ela deve instaurar-se como espaço-tempo, enquanto instância social

que sirva de base mediadora e articuladora entre o projeto político da sociedade

envolvente e o projeto pessoal dos sujeitos envolvidos na educação. É ela que viabiliza

as ações pedagógicas dos educadores para que se tornem educacionais, despertando

o interesse dos educandos para exercer com dignidade a cidadania.

A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática,

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planejada e continuada para crianças, adolescentes, jovens e adultos durante um

período continuo e extensivo de tempo. A permanência dos alunos na escola é hoje um

grande desafio a serem enfrentados por todos na educação. O não reconhecimento da

diversidade faz com que toda e qualquer situação que não esteja dentro do padrão seja

tratado como problema e não como desafio. Devemos reconhecer a diversidade e

buscar formas de acolhimento. Requerendo disposição e disponibilidade de toda

equipe escolar, discussões e reflexões. O acolhimento requer compromisso político

com a educação e com o aluno. Valorizar o conhecimento do aluno, considerar suas

dúvidas e inquietações, promover situações de aprendizagem que façam sentido para

ele. Exercer o convívio social no âmbito escolar, favorecer a construção de uma

identidade pessoal pois a socialização se caracteriza pela diferenciação individual e

pela construção de padrões coletivos.

A educação como instrumento de transformação da sociedade deverá ser uma

educação crítica, aquela que tem como finalidade principal a instrumentalização dos

sujeitos para que esses tenham uma prática social crítica e transformadora. O que

significa dizer que, numa sociedade desigual, os sujeitos precisam se apropriar de

conhecimentos, ideias, atitudes, valores, comportamentos etc. de forma crítica e

reflexiva para que tenham condições de atuar criticamente na sociedade na perspectiva

de sua transformação.

A escola tem contribuído dando assistência e garantia ao aluno da sua

permanência na escola através de reuniões com os pais, palestras de incentivos,

gincanas culturais, até mesmo através de conversas individual.

A ação pedagógica e feita através de conversa com o aluno, de visitas às

residências para a conscientização da escolarização e ofertas de possibilidades para

sua permanência como trabalhos extra-classes para recuperar os conteúdos.

Reuniões periódicas com os pais para que os mesmos tomem consciência da

atuação de seu filho (a), do aproveitamento escolar e da aprendizagem, tanto através

da nota como da conversa com os professores. Acontecem sempre na entrega dos

boletins, portanto a cada bimestre. Se necessário for, acontecerá em caráter

extraordinário, para que sejam sanado alguma dúvida.

5.11-Concepção de Tempo e Espaço na Escola

A escola como espaço de construção do conhecimento e do exercício da crítica

às relações sociais vigentes, busca a transformação da ordem social injusta e desigual.

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Portanto, é espaço da crítica e da utopia, constituindo um permanente desafio.

Nas condições sócio-econômicas em que vivem os segmentos majoritários da

sociedade brasileira, a escola ocupa lugar de destaque ao cumprir a sua tarefa

precípua a de ser lócus de produção, de sistematização e de socialização do

conhecimento produzido, ao longo do tempo pela humanidade.

Tempo e espaço sempre estiveram no centro da preocupação humana com a

vida. E à escola é atribuída a tarefa imensa de favorecer aos estudantes a

compreensão do movimento dialético que impregna as relações entre o homem, a

natureza e a cultura no continuo do tempo. É necessário estar atento para o tempo

escolar e exercer a mediação pedagógica consciente.

O tempo escolar compreende o período de vivência pedagógica dos estudantes

no ambiente escolar durante o curso básico. O tempo escolar é o tempo pedagógico de

aprendizagens significativas para toda a vida.

Para assegurar esse tempo pedagógico, o currículo é definido em termos

oficiais. O estudante tem o direito à continuidade e terminalidade de estudos,

envolvendo definição e organização de atividades curriculares no coletivo da escola,

respeitando o ritmo, o tempo e os conhecimentos dos estudantes para que essas

experiências sejam bem sucedidas, em nosso estabelecimento, este tempo está

colocado por série, seguindo uma sequência ordenada, visando um bom

aproveitamento dos alunos

A organização curricular está colocada por disciplina e deve estar pautada numa

visão do conhecimento interdisciplinar, possibilitando o estabelecimento de relações

recíprocas entre vivências, conteúdos e realidade. Buscando nas vivências escolares o

espaço adequado para que as relações pedagógicas se democratizem. Estimular todas

as oportunidades de inserção dos estudantes em praticas democráticas, que venham

assegurar a formação cidadã do estudante.

A relação professor e aluno deve ser a mais amistosa possível, o professor deve

criar hábitos de estudos para que o aluno não fique ocioso na sala, perdendo o seu

tempo, tempo este precioso para estudar, não devendo desperdiçá-lo. Impor respeito,

respeitar para ser respeitado, tratar o aluno com educação, saber valorizar para ser

valorizado. Desenvolvendo sua prática pedagógica articulando os conteúdos com a

dinâmica da sala de aula, dentro do processo educativo, de modo claro e preciso,

empregando recursos didáticos-pedagógicos que facilitem a aprendizagem dos alunos.

Trabalhando a interdisciplinaridade, contextualizando os conteúdos tornando-os

acessíveis ao entendimento do aluno.

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O professor como facilitador do ensino e aprendizagem deve intervir

conscientemente no processo de aprendizagem de seus alunos com possibilidade de

melhor entendimento dos conteúdos, buscando um melhor relacionamento com os

mesmos, estabelecendo limites, negociando regras claras e precisas. Inserir as

aprendizagens e também as atividades necessárias para a vida, como cooperação,

ação positivas para desenvolver conflitos e problemas.

Ter postura firme de resistência e de segurança para tomada de decisões. Criar

oportunidades para que todos participem de suas aulas com responsabilidade. Estar

atento para impedir qualquer atitude de zombaria, escárnio, ou agressão verbal aos

colegas, estabelecer expectativas realistas de desempenho, respeitar a capacidade de

cada grupo, estar sempre apostando que eles conseguirão ir além. Usando todas as

chances que tiver para oferecer apoio e encorajamento aos alunos. E ensinar a todos

em clima de acolhimento e confiança, cumprindo seu papel, pois aprendizado do aluno

depende, em grande parte, da competência profissional do educador, do seu

compromisso com a formação do aluno, de um fazer pedagógico mais integrado entre

professores e especialistas, principalmente, da transmissão de conhecimentos

relevantes e significativos, tratar o aluno como sujeito e não como mero objeto do

processo ensino-aprendizagem.

Assim a escola estaria contribuindo para melhoria da qualidade de ensino para a

socialização do saber elaborado, dando condições necessárias e estabelecendo uma

nova hegemonia das classes trabalhadoras.

5.12-Concepção de Hora Atividade

A hora–atividade uma das realidades sonhadas pelos professores há muito

tempo hoje tem seu espaço determinado pela SEED, é muito importante para o

professor, que poderá preparar suas aulas dentro do espaço escolar sem prejuízo de

suas horas de descanso em seu lar. Alem do preparo das aulas, rever e avaliar

trabalhos e outras atividades propostas aos alunos, ainda poderão trocar experiências

com outros professores, pesquisar se for o caso acessar a internet para preparar suas

aulas com mais incentivos, salvar aulas e vídeos no Pen-driv , e assim melhorar suas

aulas, tornando-as mais atrativas e educativas.

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5.13-Concepção de Plano de Trabalho Docente

O Plano de Trabalho de Docente deve utilizar-se de uma abordagem centrada

na importância da dimensão conceitual que os professores tem a cerca dos

documentos escolares e das relações de seu trabalho com a realidade social, o

objetivo deste trabalho é fundamentar os professores para que atendam a necessidade

de diagnosticar e intervir nos problemas ocorridos na escola com relação as

dificuldades encontradas na aplicação do Plano de Trabalho Docente. Através de

pesquisas na escola de atuação e de pesquisas bibliográficas, verificar os saberes dos

alunos, para assim montar o seu P.T.D. Partindo dos saberes dos alunos, atingir os

objetivos propostos. E na elaboração diária, o professor configure todas as relações

existentes para uma aprendizagem satisfatória dos alunos. Faz-se necessário estudar

e transformar conceitos para que a educação se efetive. Cabe aos professores assumir

uma política de trabalho de continuidade no processo de ensino aprendizagem de seus

alunos.

5.14-Concepção de Reunião Pedagógica

Acontecerá sempre que se faça necessário reunir o colegiado para estudo de

documentos enviados pelo NRE, ou que assuntos pertinentes a educação devam ser

tratados com urgência e necessidade. Deverá acontecer uma por bimestre, não

ultrapassando quatro por ano letivo. As quais deverão estar agendadas no calendário

escolar, para que o NRE tomem consciência da data que estão sendo realizadas.

Através dessas reuniões teremos um maior contato com os professores, saber dos

seus anseios quanto ao aluno e a sua aprendizagem, e num diálogo aberto encontrar

soluções para os problemas que surgem no cotidiano escolar.

5.15-Concepção de Conselho de Classe

Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado neste projeto, e no Regimento

Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando

alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino aprendizagem. Tem

a finalidade de reunir-se e analisar as informações e dados apresentados e intervir em

tempo hábil no processo ensino e aprendizagem. Oportunizando ao aluno formas

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diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos estabelecidos. Cabe a equipe pedagógica

organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de

Classe.

Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos

metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógica-educativa,

estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico do

estabelecimento de ensino

O Conselho de Classe é um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os

sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem

ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades e dificuldades

apontadas no processo ensino aprendizagem.

Cabe ao conselho de classe emitir parecer sobre assuntos referentes ao

processo ensino e aprendizagem; analisar informações sobre os conteúdos

curriculares, encaminhamento metodológicos e processo de avaliação; propor medidas

que viabilizem um melhor aproveitamento escolar; estabelecer planos viáveis de

recuperação do aluno; elaborar e executar planos de adaptação de alunos transferidos

quando se fizer necessário; decidir sobre aprovação ou reprovação de alunos que após

apuração dos resultados finais não atingiu o mínimo necessário, levando em conta o

desenvolvimento do aluno; analisar junto com professores de educação especial os

resultados do desempenho de aluno com necessidades especiais considerando o

respeito as suas diferenças individuais e as dificuldades de aprendizagem decorrentes

de deficiência mental, sensorial, ou de distúrbios emocionais.

Serão lavradas em atas pelo secretário do estabelecimento, ou em livro próprio

para registro.

5.16-Concepção de Tempo Escolar

A escola como espaço de construção do conhecimento e do exercício da crítica

às relações sociais vigentes, busca a transformação da ordem social injusta e desigual.

Portanto, é espaço da crítica e da utopia, constituindo um permanente desafio.

Nas condições sócio-econômicas em que vivem os segmentos majoritários da

sociedade brasileira, a escola ocupa lugar de destaque ao cumprir a sua tarefa

precípua a de ser lócus de produção, de sistematização e de socialização do

conhecimento produzido, ao longo do tempo pela humanidade.

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Tempo e espaço sempre estiveram no centro da preocupação humana com a

vida. E à escola é atribuída a tarefa imensa de favorecer aos estudantes a

compreensão do movimento dialético que impregna as relações entre o homem, a

natureza e a cultura no continuo do tempo. É necessário estar atento para o tempo

escolar e exercer a mediação pedagógica consciente.

O tempo escolar compreende o período de vivência pedagógica dos estudantes

no ambiente escolar durante o curso básico. O tempo escolar é o tempo pedagógico de

aprendizagens significativas para toda a vida.

Para assegurar esse tempo pedagógico, o currículo é definido em termos

oficiais. O estudante tem o direito à continuidade e terminalidade de estudos,

envolvendo definição e organização de atividades curriculares no coletivo da escola,

respeitando o ritmo, o tempo e os conhecimentos dos estudantes para que essas

experiências sejam bem sucedidas, em nosso estabelecimento, este tempo está

colocado por série, seguindo uma sequência ordenada, visando um bom

aproveitamento dos alunos

5.17-Organização Curricular

A organização curricular está colocada por disciplina e está pautada numa visão

do conhecimento interdisciplinar, possibilitando o estabelecimento de relações

recíprocas entre vivências, conteúdos e realidade. Buscando nas vivências escolares o

espaço adequado para que as relações pedagógicas se democratizem. Estimular todas

as oportunidades de inserção dos estudantes em praticas democráticas, que venham

assegurar a formação integral do educando.

O Currículo compõe-se de ideias teorias e métodos, é uma seleção ampla de

conhecimentos e saberes, que deve estar de acordo com a clientela que se servirá

dela, tem de dar conta da realidade, sendo assim, deve ser executado com clareza e

responsabilidade. Sua função é transformar o conhecimento que o aluno traz (senso

comum) em conhecimento elaborado(científico).A organização curricular neste

estabelecimento foi implementado a partir das Diretrizes Curriculares Estaduais e das

proposta curricular de cada disciplina de acordo com as orientações da SEED, observa

a colocação dos mesmo por disciplinas.

O papel do currículo na formação humana do aluno é de grande importância,

são eles que traçam os limites e também as possibilidades na prática docente. Estão

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apoiados em normas legais e procuram contribuir na busca de respostas a problemas

identificados no ensino fundamental, com objetivo de transformação que venham

atender as demandas da nossa sociedade. De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional), é competência da União estabelecer, em colaboração

com estados, distrito federal e municípios, diretrizes que nortearão os currículos e seus

conteúdos mínimos, de modo a assegurar uma formação básica comum. Respeitando

as diversidades regionais, culturais, políticas, existentes no país. Por isso devem ser

flexíveis para que se promovam discussões e re-elaborações quando realizados em

sala de aula, o professor é que traduz esses princípios na pratica cotidiana.

Para estabelecer-se uma completa relação entre homem, sociedade, mundo,

educação e aprendizagem, a escola deverá proporcionar uma educação básica que

possibilite a ampliar a capacidade que o aluno tem de aprender, dominando

plenamente a leitura, escrita e calculo.

Deve possibilitar a eles a compreensão do ambiente natural e social do sistema

político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade,

tendo em vista a aquisição de conhecimentos, a formação de atitudes e valores,

fortalecendo os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana,de tolerância

recíproca em que se assenta a vida social.

Vivemos num país de grande diversidade racial, cultural, religiosa e social, cabe

a escola respeitar essa diversidade, preservar a identidade dos alunos, ressaltar e

valorizar a sua cultura, sua etnia sem estigmatizar nenhuma diferença para que

aconteça a verdadeira inclusão.

A escola promotora de conhecimento deverá valorizar os saberes do aluno e

articular esses conhecimentos de forma que proporcionem uma base essencial para o

exercício da cidadania, fornecendo meios para que o aluno progrida no trabalho, dentro

do contexto histórico-social em que vive e para estudos posteriores, sempre tendo o

professor como mediador.

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5.18- MATRIZ CURRICULAR

5.18.1- ENSINO FUNDAMENTAL – 2010/MANHÃ

DISCIPLINA 5ª. SÉRIE 6ª.SÉRIE 7ª.SÉRIE 8ª. SÉRIE

ARTE 2 2 3 3

CIÊNCIAS 4 4 4 4

E. FISICA 2 2 2 2

ENS. RELIG. 1 1 - -

GEOGRAFIA 3 3 3 3

HISTÓRIA 3 3 3 3

LÍNG. PORT. 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

LEM INGLES 2 2 2 2

TOTAL 25 25 25 25

5.18.2-ENSINO FUNDAMENTAL – 2010/ NOTURNO

DISCIPLINA 5ª.SÉRIE 6ª.SÉRIE 7ª.SÉRIE 8ª.SÉRIE

ARTE 3 3 2 2

CIÊNCIAS 4 4 4 4

E. FÍSICA 2 2 2 2

ENS. RELIG. 1 1 - -

GEOGRAFIA 3 3 4 3

HISTÓRIA 3 3 3 4

LÍNGUA PORT. 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

LEM-INGLES 2 2 2 2

TOTAL 25 25 25 25

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5.18.3-ENSINO MÉDIO – 2010/NOTURNO

DISCIPLINAS 1º.ANO 2º.ANO 3º.ANO

ARTE 2 3 -

BIOLOGIA 2 2 2

EDUC. FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 - 2

FÍSICA 2 2 3

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 3 2 2

SOCIOLOGIA - 2 2

LEM-INGLES 2 2 2

TOTAL 25 25 25

5.18.4-MATRIZ CURRICULAR -VIVA ESCOLA – 2010/TARDE (LDB nº. 9394/96).

VIVA ESCOLA- ARTES VISUAIS - PD 04

VIVA ESCOLA – MÍDIAS - PD 04

VIVA ESCOLA PREPAR. VESTIBULAR - PD 04

TOTAL 12

5.18.5-MATRIZ CURRICULAR CELEM – 2010/TARDE ( LDB n º. 9394/96).

LÍNGUA ESPANHOLA- CELEM BNC 04 + 04

LÍNGUA FRANCESA- CELEM BNC 04 + 04

5.18.6-MATRIZ CURRICULAR CELEM -2010/NOTURNO (LDB n º. 9394/96).

LÍNGUA ESPANHOLA- CELEM BNC 04

LÍNGUA FRANCESA- CELEM BNC 04

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5.19-EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS E ENSINO DE HISTÓRIA E

CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

A Resolução CP nº. 1 de 17/06/2004 (institui Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana e Lei Complementar 11.645/08

A lei de Diretrizes e base 9.394/96 no seu artigo 26 parágrafo 1 e 2, assim

coloca nos estabelecimento de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,

torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-brasileira, conforme Lei

10.639/03 e 11.645/08.

O conteúdo programático deverá incluir o estudo da história da África e dos

africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação

da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,

econômica e política, pertinentes à História do Brasil.

Os conteúdos referentes à Historia e cultura afro-brasileira também deverão ser

ministrados em especial nas áreas Arte, Educação Física, de Literatura e História

Brasileira, devem ser ofertados inclusos nas diversas disciplinas, o professor terá

autonomia de buscar formas variadas de repassar esses conteúdos buscando um

maior interesse dos alunos, podendo ser através de pesquisas, debates painéis, etc.,

tanto no Ensino Fundamental como no Médio deste Colégio.

Para que essa colocação seja trabalhada, faz-se necessário que a comunidade

escolar explicite e busque compreender e interpretar as diferentes formas de expressão

e de organização de raciocínio e pensamentos de raiz da cultura africana.

Promover oportunidades de diálogo para se conhecer, que se busquem formas

de convivências respeitosas, que se construa um elo, que todos se sintam encorajados

a expor e defender sua especificidade étnico racial e a buscar garantias para que

todos o façam.

Sejam incentivadas atividades onde estudantes, professores, servidores,

integrantes da comunidade externa ao Colégio de diferentes culturas interatuem e se

interpretem reciprocamente, respeitando os valores, visões do mundo, raciocínios e

pensamentos de cada um.

O Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação das

relações étnico-raciais, serão desenvolvidos no cotidiano escolar, nos diferentes níveis

e modalidades de ensino como conteúdos de disciplinas particularmente, Arte,

Literatura e História do Brasil, e demais disciplinas contempladas pelo curso, sem que

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haja prejuízos nos demais conteúdos, quer em atividades curriculares ou não, trabalhos

em salas de aulas, laboratórios, aula de leitura, biblioteca, áreas de recreação, quadra

de esportes e outros ambientes escolares.

As datas significativas deverão ser assinaladas: 13 de maio, Dia da Denúncia

Nacional contra Racismo e da lei Áurea, 20 de novembro, dia Nacional da Consciência

Negra, 21 de marco, Dia Internacional de luta contra a Discriminação Racial.

Podendo ser trabalhados através de projeto de diferentes naturezas, no decorrer

do ano letivo.

O importante é que o que seja trabalhado venha beneficiar o aluno, acabar com

o racismo, com a discriminação e o preconceito entre os alunos e também na

comunidade e que o aluno negro se valorize.

5.20- O Ensino da História do Paraná

Em observação a Lei nº. 13.381/2001 ( obrigatoriedade do Ensino da História do

Paraná), esses estudos são feitos integrados as disciplinas de História e Geografia,

onde são trabalhados com uso do livro didático, textos preparados pelos professores,

pesquisas na internet, uso dos livros recebidos da SEED, imagens, jornais, revistas,

linguagem cartográfica, dependendo da disciplina em que são trabalhados, também

são usados filmes, seminários sobre as pesquisas individuais, painéis, murais, e

maquetes.

5.21-Estudos de Filosofia e Sociologia

O estudo de Filosofia e também o de Sociologia é ofertado como disciplina

específica, colocado na grade curricular. São trabalhados textos filosóficos clássicos e

textos sociológicos e seus comentadores, através de atividades investigativas,

pesquisas, debates, que possam orientar e organizar os estudos.

São usados os livros enviados pela SEED, trechos de músicas que retratam o

Brasil, e assim no contexto das músicas trabalhar o lado filosófico existente. Pesquisas

na internet sobre os temas diversos sugeridos no Plano de Trabalho Docente, para

uma melhor compreensão do assunto.

.

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5.22-Concepção de Complementação Curricular ( Instr ução nº. 010/2009-

Programa Viva a Escola)

O programa Viva Escola ARTES VISUAIS pretende viabilizar o acesso dos

educandos às novas perspectivas de vida, através das aulas de Artes Visuais, espera-

se que os alunos possam vivenciar o processo artístico, evoluindo no que se refere a

produção técnica, a representação imaginativa e a expressividade; Compreender os

modos de fazer trabalhos com artes visuais; também a produção de trabalhos de artes

visuais utilizando recursos tecnológicos; a compreensão e prática do artesanato.

No Programa Viva Escola MÍDIAS pretende-se capacitar os alunos para que

sejam capaz de identificar aspectos teóricos e práticos referentes aos meios de

comunicação no contexto das diferentes mídias e no uso integrado das linguagens de

comunicação: sonora, visual, impressa, audiovisual, informática e telemática,

destacando as mais adequadas ao processo de ensino aprendizagem. Dinamizar

práticas e vivências no uso integrados de diferentes mídias. Oferecer aos alunos

interessados a oportunidade de elaborarem e desenvolverem periódicos escolares,

jornais, murais, rádio escolar,vídeos,etc. Orientando o aluno na utilização das

tecnologias de informação como meio para a apropriação dos conhecimentos

científicos.

No programa Viva a Escola, PREPARATÓRIO PARA VESTIBULAR, pretende-se

disponibilizar ao educando do Ensino Médio, e egressos, os conteúdos necessários

para ingresso nos vestibulares; trabalhar temas complementares às diretrizes

curriculares a fim da construção da cidadania para nossos educando; incentivar os

alunos para a prática de estudos diários em horários definidos, para melhores chances

de aprovação; fazer bom uso de meios didático-pedagógicos para que os alunos

possam tirar suas dúvidas a respeito de toda as disciplinas de vestibular.

5.23- Concepção de Desafios Contemporâneos (Cidadan ia e Educação Fiscal)

A educação como uma estrutura pública não pode fica alheia dos segmentos

formadores de opinião e do efeito multiplicador de ideias, incluindo assim a educação

fiscal. Pensando em construir respeitáveis agentes de mudanças, surge a necessidade

de investimentos nesse imenso universo de estudantes,reforçar as informações para

que os nossos alunos desenvolvam uma consciência crítica e participativa de como

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nossos impostos são empregados, e prepará-los para exercer a sua cidadania,

sabendo agir em defesa própria, fiscalizando se o imposto que pagamos chega onde

deveria chegar, para de lá retornar em forma de bens e de serviços de qualidade,

somos todos cidadãos e temos o dever de dar a nossa contribuição, participando

atentamente na fiscalização dos nossos impostos. Se houver participação integral, será

possível praticar efetivo controle social e contribuir para o engrandecimento do Estado

e do País, praticar a cidadania.

5.24-Educação do Campo

Com toda a diversidade encontrada em nossa região paranaense, as escolas no

campo terão no seu interior uma conflituosa e rica diversidade a qual não pode estar

desvinculada de um projeto de desenvolvimento do campo que se pretenda construir.

Considerando que estes sujeitos, ao longo da história foram explorados e expulsos do

campo, devido a um modelo produtivista ( que tem como eixo a monocultura e a

produção em larga escala para exportação; a utilização de insumos industriais,

agrotóxicos, sementes transgênicas; o desmatamento irresponsável; a pesca

predatória; as queimadas; a utilização de mão-de-obra escrava e outros), é necessário

na educação no campo se assuma a construção de um modelo de desenvolvimento

que tenha como elemento fundamental o ser humano. Significando dizer que a mesma

deve ser redimensionada a partir da diversidade de produtos da utilização de recursos

naturais, da agropecuária, das sementes criolas, da agricultura familiar, da reforma

agrária, da pesca ecologicamente sustentável, do preparo natural do solo, etc., dando

possibilidade de um modelo de desenvolvimento do campo que se contrapõe ao

hegemônico. Possibilitando a compreensão do que é educação no campo, e quais os

sujeitos que as constitui e que modelo de campo se acredita. A escola como tal deve

conceber a Escola de Campo, valorizando a identidade dos alunos, sejam eles

crianças, adolescentes, jovens ou adultos. Valorizar os saberes por eles acumulados

ao longo de suas experiências. Estes saberes devem estar presentes nas praticas

pedagógicas e na organização do trabalho pedagógico escolar. Não perdendo de vista

a concepção de Educação no Campo, inserindo a escola nas comunidades, indo além

de um local de produção e socialização do conhecimento, sendo também espaço

convívio social, onde acontece as reuniões, festas, celebrações religiosas, atividades

comunitárias. Possibilitar a permanente reconstrução de uma identidade cultural,

evitando que os alunos percorram grandes distâncias para estudar. Mas que ali mesmo

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no seu espaço de convivência tenham a formação integral como sujeitos do campo.

Possibilitar acesso a todos os níveis e modalidades de ensino, desde a Educação

Infantil do Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, não apenas restringir às

séries iniciais do Ensino Fundamental.

5.25-Valorização da cultura dos povos do campo.

O eixo central das Diretrizes Curriculares para as Escolas do Campo, cultura

entendida como toda produção humana que se constrói a partir das relações do ser

humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Devendo ser compreendida

como os modos de vida, os costumes, as relações de trabalho, familiares religiosas, de

diversão, festas, etc. Caracterizam estes elementos os diferentes sujeitos, povos do

campo.

Estes conteúdos culturais devem estar presentes nas práticas pedagógicas, pois

são eles que fazem com que a escola tenha um sentido na formação dos alunos.

Valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculo com a

comunidade, gerar sentimento de pertença onde se vive. Possibilitar a criação de uma

identidade cultural que leve o aluno a compreender o mundo e transformá-lo.

É necessário repensar a organização dos saberes escolares para que se efetive

a valorização da cultura dos povos do campo na escola. Repensar os conteúdos a

serem trabalhados, o que pode ocorrer de duas formas:

No interior das diferentes disciplinas de Base Nacional Comum (Língua

Portuguesa, Arte, Educação Física, Matemática, Ciências, História, Geografia, Ensino

Religioso, Língua Estrangeira Moderna, Biologia, Física, Química, Sociologia, e

Filosofia, articulando os conteúdos sistematizados com a realidade do campo.

Sendo necessário questionar, que conteúdos culturais dos povos do campo

devem estar presentes nas disciplinas para que se instrumentalizem os alunos a

compreenderem o mundo em que vivem. E quais saberes dos povos do campo que

precisam integrar os currículos das disciplinas.

A educação do campo é fundamental para garantir que a realidade do campo,

com sua diversidade, estejam presentes em toda a organização escolar abordando por

ex: o desenvolvimento rural, a agroecologia, a pesca artesanal, etc. Pensar em formas

alternativas de como encaminhar as práticas pedagógicas, por ex: trabalhar com horta

escolar, jardinagem, alimentação saudável, remédios caseiros, plantio da mata ciliar,

etc.

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Além dos projetos, os temas geradores possibilitam outras formas de trabalho,

para uma articulação das diferentes disciplinas entre si e com a realidade do campo,

aproveitando a rica diversidade encontrada no entorno da escola.

Os espaços do campo seja a roça, a mata, os rios, a vida no campo, que às

vezes passam despercebidos são recursos que devem ser utilizados nas mais

diferentes disciplinas e não apenas nas aulas de Ciências. Sendo necessário que cada

uma delas, a partir do seu conhecimento próprio, consiga identificar como os diversos

ambientes podem se fazer presentes nas suas praticas pedagógicas.

5.26-Concepção Curricular

Currículo é um conceito de uso relativamente recente, considerando a

significação que tem em outros contextos culturais e pedagógicos nos quais conta com

uma maior tradição e afirma esta precariedade nos diversos conceitos. O currículo é

uma práxis ante que um objeto estático. O Currículo compõe-se de ideias teorias e

métodos, é uma seleção ampla de conhecimentos e saberes, que deve estar de acordo

com a clientela que se servirá dela, tem de dar conta da realidade, sendo assim, deve

ser executado com clareza e responsabilidade. Sua função é transformar o

conhecimento que o aluno traz (senso comum) em conhecimento

elaborado(científico).A organização curricular neste estabelecimento foi implementado

a partir das Diretrizes Curriculares Estaduais e das proposta curricular de cada

disciplina de acordo com as orientações da SEED, observa a colocação dos mesmo

por disciplinas.

O papel do currículo na formação humana do aluno é de grande importância,

são eles que traçam os limites e também as possibilidades na prática docente. Estão

apoiados em normas legais e procuram contribuir na busca de respostas a problemas

identificados no ensino fundamental, com objetivo de transformação que venham

atender as demandas da nossa sociedade. De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional), é competência da União estabelecer, em colaboração

com estados, distrito federal e municípios, diretrizes que nortearão os currículos e seus

conteúdos mínimos, de modo a assegurar uma formação básica comum. Respeitando

as diversidades regionais, culturais, políticas, existentes no país. Por isso devem ser

flexíveis para que se promovam discussões e re-elaborações quando realizados em

sala de aula, o professor é que traduz esses princípios na pratica cotidiana.

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5.27-Relação entre conteúdo, método, contexto sócio -cultural e fins da educação

Os processos educativos escolares são, por sua vez, espaços de produção

teórica, do trabalho intelectual que devem ser articulados a práxis, uma vez que a

escola é espaço de desenvolvimento de atividades relacionadas ao trabalho intelectual,

onde a prática se faz presente no movimento do pensamento.

A mediação pedagógica entre teoria e a prática é feita na escola, através dos

processos de ensino-via metodologia- onde articula o trabalho intelectual de moda que

o aluno se aproprie da prática no pensamento, pela sua capacidade de abstração, a

compreenda e, assim, adquira condições para intervir, considerando o conjunto das

relações sociais e produtivas através das quais o pensamento adquire materialidade ao

transformar em ação.

Reside aí os limites dos processos escolares formais, pois, seria ingenuidade

idealizar a utopia de resolver, via estratégias pedagógicas e curriculares, aspectos que

estão circunscritos ao âmbito estrutural da sociedade contemporâneo-capitalista,

portanto, é o movimento dialético que permitirá que se apreenda as contradições

presentes no processo educativo escolar, por se fazer parte do mesmo.

A escola tem por função socializar os conceitos já elaborados sobre a realidade,

o que contribui para assegurar a todos os cidadãos o direito de acesso aos

conhecimentos já produzidos. Daí a relevância do currículo escolar, pois é a partir dele

que se faz a seleção dos conhecimentos advindos dos diversos campos da ciência,

organizando-os em disciplinas.

A proposta curricular do Estado do Paraná, a partir dessas orientações, tem uma

base disciplinar, ou seja, a ênfase será nos conteúdos científicos, nos saberes

escolares das disciplinas que compõem a matriz curricular. Tais disciplinas foram

selecionadas de acordo com a tradição curricular e conforme LDB.

5.28-Relações entre concepções de homem, sociedade, mundo, educação,

aprendizagem e os conteúdos escolares

Para estabelecer-se uma completa relação entre homem, sociedade, mundo,

educação e aprendizagem, a escola deverá proporcionar uma educação básica que

possibilite ampliar a capacidade do aluno aprender, dominando plenamente a leitura,

escrita e calculo. Possibilitar a eles a compreensão do ambiente natural e social, do

sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a

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sociedade, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades, a formação de

atitudes e valores, fortalecendo os vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana, de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

5.29-Respeito à identidade cultural do aluno na per spectiva da diversidade

cultural

Vivemos em um país de grande diversidade racial, cultural, religiosa e social,

etc, cabe a escola respeitar essa diversidade, preservar a identidade dos alunos,

ressaltar e valorizar a sua cultura, sua etnia sem estigmatizar nenhuma diferença.

5.30-Relação professor aluno

A relação professor e aluno é a mais amistosa possível, o professor deve criar

hábitos de estudos para que o aluno não fique ocioso na sala, perdendo o seu tempo,

tempo este precioso para estudar, não devendo desperdiçá-lo. Impor respeito, respeitar

para ser respeitado, tratar o aluno com educação, saber valorizar para ser valorizado.

O professor como facilitador do ensino e aprendizagem deve intervir

conscientemente no processo de aprendizagem de seus alunos com possibilidade de

melhor entendimento dos conteúdos, buscando um melhor relacionamento com os

mesmos, estabelecendo limites, negociando regras claras e precisas. Inserir as

aprendizagens e também as atividades necessárias para a vida, como cooperação,

ação positivas para desenvolver conflitos e problemas.

Ter postura firme de resistência e de segurança para tomada de decisões. Criar

oportunidades para que todos participem de suas aulas com responsabilidade. Estar

atento para impedir qualquer atitude de zombaria, escárnio, ou agressão verbal aos

colegas, estabelecer expectativas realistas de desempenho, respeitar a capacidade de

cada grupo, estar sempre apostando que eles conseguirão ir além. Usando todas as

chances que tiver para oferecer apoio e encorajamento aos alunos. E ensinar a todos

em clima de acolhimento e confiança, cumprindo seu papel, pois aprendizado do aluno

depende, em grande parte, da competência profissional do educador, do seu

compromisso com a formação do aluno, de um fazer pedagógico mais integrado entre

professores e especialistas, principalmente, da transmissão de conhecimentos

relevantes e significativos, tratar o aluno como sujeito e não como mero objeto do

processo ensino-aprendizagem.

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Assim a escola estará contribuindo para melhoria da qualidade de ensino para a

socialização do saber elaborado, dando condições necessárias e estabelecendo uma

nova hegemonia das classes trabalhadoras.

5.31-Relação entre a formação continuada do profess or e a dinâmica de sua

prática em sala de aula

Considerando a Escola como um todo, não podemos pensá-la como um

conjunto de profissionais da educação e por esse motivo desenvolveremos um plano

de formação continuada de acordo com as necessidades da comunidade escolar,

observando as seguintes prioridades:

Propõe-se que o professor desenvolva a sua prática pedagógica de forma e

articular os conteúdos com a dinâmica da sala de aula, dentro do processo educativo,

de modo claro e preciso, empregando recursos didáticos-pedagógicos que facilitem a

aprendizagem dos educandos. Trabalhando a interdisciplinaridade, contextualizando os

conteúdos tornando-os acessíveis ao entendimento do aluno.

O professor como facilitador do ensino e aprendizagem deve intervir

conscientemente no processo de aprendizagem de seus alunos com possibilidade de

melhor entendimento dos conteúdos, buscar um melhor relacionamento com os alunos,

estabelecer limites, com a negociação de regras claras e precisas. Inserir a

aprendizagem e também as atividades necessárias para a vida, como cooperação,

ação positiva para resolver conflitos e problemas. Ter postura firme de resistência e de

segurança para a tomada de decisão. Criar oportunidades para que todos participem

de suas aulas com responsabilidade.

Os professores estão participando dos cursos ofertados nos finais de semana,

muitos já participaram ou estão dispostos a participar de Simpósios na capital ou em

Faxinal do Céu. Eles pedem para que haja cursos com novas dinâmicas, aulas

modelos para que os mesmos estejam se aperfeiçoando o seu trabalho junto aos

alunos, que se apresentem novas metodologias, planejamentos e ideias novas para

atender esse público tão exigente.

Durante o correr do ano letivo pretende-se trabalhar alguns temas que estão

sendo colocados pelo NRE, tais como: a educação no campo, os novos currículos, a

história e cultura afro-brasileira e indígena, também ir em busca de novos entendimento

do que se pretende para os anos vindouros. Isto deve ser feito através de grupos de

estudos. Ou outros meios que possam surgir desde que visem uma melhor qualidade

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da educação neste colégio.

5.32-Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como:

Conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o

que o aluno efetivamente assimilou ou não, intervindo assim para superação das

dificuldades;

A avaliação existe como meio de saber se o aluno aprendeu o que lhe foi

ensinado, de que forma e em quais condições, e após estes dados, um conjunto de

procedimentos investigativos são preparados para que se tenha a possibilidade de

ajustes e a orientação da intervenção pedagógica para tornar possível o ensino e a

aprendizagem de melhor qualidade.

Constitutiva da prática educativa, dado que é a análise das informações obtidas

ao longo do processo de aprendizagem que possibilitará ao professor a organização de

sua ação de maneira adequada.A avaliação precisa acontecer num contexto em que

possibilite ao aluno a reflexão tanto dos conhecimentos construídos, quanto dos

processos pelos quais isso ocorreu, o que precisa aprender, o que precisa saber fazer

melhor.

Serão selecionados critérios de avaliação de acordo com as necessidades da

clientela identificando, de fato, as aprendizagens realizadas e análise de seus avanços

ao longo do processo, considerando que as manifestações desses avanços não são

lineares, nem idênticas, em diferentes sujeitos. É imprescindível observar os conteúdos

e o encaminhamento metodológico realizado para que os mesmos estejam em

consonância com os instrumentos e critérios de avaliação.

Neste colégio as avaliações, tem caráter processual, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados obtidos durante o ano letivo ainda

são feitas recuperações de aprendizado buscando um melhor aproveitamento dos

conteúdos.

A frequência mínima exigida é de 75% do total de horas letivas para aprovação

do aluno, valorizando a permanência e participação do educando na sala de aula. Não

se admitindo a possibilidade de baixa frequência para efeito de aprovação, nem de um

aproveitamento elevado substituir o percentual de frequência mínima.

Propõe-se que a escola trabalhe projetos alternativos que possam conduzir a

avaliação num sentido mais democrático, que permita uma análise mais complexa dos

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problemas e dos caminhos para sua solução.

A avaliação será diagnóstica, formativa, somativa e processual, dando ênfase

aos aspectos qualitativos da aprendizagem realizada, visando determinar até que nível

os objetivos programados dentro da grade curricular, previamente estabelecidos, foram

ou deixaram de ser alcançados pelos alunos.

O Estabelecimento utilizará como procedimentos do processo avaliativo:

avaliações orais e escritas, atividades individuais ou em grupos, relatórios, entrevistas,

apresentação de trabalhos, debates, pesquisas e outros recursos que o professor

achar necessário.

A avaliação se traduzirá num trabalho cooperativo entre Direção, coordenação

pedagógica, Corpo docente e a Família, integrados na diagnose dos problemas que

interferem no processo ensino e aprendizagem, para que haja uma solução adequada.

O sistema de Avaliação adotado e legalizado no Regimento Escolar do Colégio

é o resultado da média aritmética obtida nos bimestres em cada disciplina prevista na

grade curricular de acordo com a seguinte fórmula:

MF= 1º.B+ 2º.B + 3º.B +4º.B = 60

--------------------------------------------

4

5.33-Conceito de Educação Emancipadora

A escola como detentora de conhecimentos sistematizados tem a

responsabilidade de abrir caminhos para que os excluídos possam ser incluídos no

processo de transformação social, tendo em vista uma melhoria de vida individual e

coletiva. Isto só será possível se os agentes educativos detentores do saber

cientificamente organizado, decidirem agir com ousadia e assumir o compromisso de

fazer a integração do saber popular com o saber científico, alicerçando a ação

educadora, a partir do processo de transformação do sujeito para tomar posse dos

seus direitos e deveres. Tendo assim uma escola emancipadora, formando alunos

críticos e emancipados.

5.34-Critérios de Promoção

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

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aliada à apuração da sua frequência. São usados os seguintes critérios na promoção

ou certificação de conclusão para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio, a

média final mínima exigida é de 6,0(seis vírgula zero) observando a frequência mínima

exigida por lei.

Os alunos do Ensino Fundamental e Médio que apresentarem frequência

mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Médio serão considerados

retidos ao final do ano letivo quando apresentarem: a) frequência inferior a 75% do total

de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; b) frequência superior

a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada

disciplina.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente

inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação

escolar.

5.35-Periodicidade de registro de Avaliação

As avaliações serão registradas bimestralmente em documentos próprios, a fim

de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

5.36-Planos de Avaliação

A avaliação da aprendizagem, será organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Se dará por intermédio,

da análise das atividades realizadas em sala de aula, de trabalhos extra-classe, bem

como por instrumento escrito ou oral, terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0(zero) a 10,0 (dez vírgula zero), a cada bimestre de acordo com os

seguintes critérios: atividades extra-classe- 2,0 (dois vírgula zero), atividades em sala

de aula 2,0 (dois vírgula zero) , instrumentos escritos ou orais -6,0 ( seis vírgula zero).

5.37-Adaptação Curricular

A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático pedagógica

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desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular,

para que o aluno possa seguir o novo currículo. A adaptação de estudos far-se-a pela

Base Nacional Comum. Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo

menos, uma Língua Estrangeira Moderna. A adaptação de estudos será realizada

durante o ano letivo.

5.38-Recuperação

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo pelo qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que

lhes possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

A Recuperação Estudos, encaminhamento de caráter pedagógico, destinada a

alunos de aproveitamento escolar insuficiente, serão oferecidas obrigatoriamente por

este Estabelecimento, de forma concomitante, contínua e progressiva durante o

período letivo, visando melhoria do aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do

currículo.

A Recuperação de Estudos deve constituir um conjunto integrado ao processo

de ensino, além de adequar as dificuldades dos alunos possibilitando a apreensão dos

conteúdos básicos. É importante salientar que todos os alunos poderão participar da

recuperação de estudos, mesmo não tendo ficado abaixo da média.

O processo de recuperação será desenvolvido de maneira concomitante às

atividades regulares do aluno, à medida que forem constatadas dificuldades com

acompanhamento contínuo do aluno, oportunizando-lhe reforços para atingir os

objetivos propostos.

Para que os conteúdos e estratégias pedagógicas sejam adequados às

dificuldades de aprendizagem demonstradas pelos alunos, devem assumir várias

formas como: estudo dirigido, pesquisas, atividades individuais e em grupo com

monitoramento de alunos que sobressaem no conteúdo, avaliação oral, escrita, e

dramatizado.

O processo de recuperação paralela deverá ser registrado no Diário de Classe, o

aluno para submeter-se a recuperação paralela, deverá ter realizado todas as

avaliações pertinentes aos conteúdos estudados.

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5.39-Classificação

Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios

próprios para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com

a idade, experiência e desempenhos adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação pode ser realizada:

I - por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa,

ciclo, período ou etapa anterior na própria escola;

II - por transferência para candidatos, procedentes de outras escolas do país ou

do exterior considerando a classificação da escola de origem;

III - independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola

que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita tal

inserção na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada a sua idade.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos das escolas

e dos profissionais:

I - Proceder a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

II - Comunicar o aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para

obter desde o respectivo consentimento;

III - Organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção de escola

para efetivar o processo;

IV - Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados nas

pastas dos alunos, por no mínimo 10 (dez) anos;

O aluno que ingressar no estabelecimento por meio de classificação, terá seu

controle de frequência computado a partir da data efetiva de sua matrícula.

5.40-Reclassificação.

Reclassificar é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento,

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a

fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com sua experiência e

desempenho; independentemente do que registra o seu histórico escolar.

Fica vedada a classificação e ou reclassificação para etapa, ciclo, fase, ou

período inferior a anterior cursada.

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5.41-Avaliação Final

A avaliação final do aluno deve ser considerados os resultados obtidos durante

todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento

escolar, tomado na sua melhor forma. Os resultados das atividades avaliativas serão

analisados durante o ano letivo, somando os quatro bimestres, dividindo por quatro.

Deve se obter a média mínima de seis virgula zero. Para que haja a aprovação do

aluno. Observamos a o seguinte sistema de avaliação:

MF=1º.B+2º.B+3º.B+4º.B

-------------------------------------- = 60

4

5.42-Procedimento Informação aos Pais.

A direção junto com equipe pedagógica através de convite, convoca os pais

para uma reunião, onde serão informados do aproveitamento de seus filhos através do

boletim de notas, podendo conversar com os professores de seus filhos (as), saber

quais, as dificuldades apresentadas e o que poderá ser feito para saná-las. Bem como

os professores poderão também informá-los do comportamento, aplicação e

assiduidade de seus filhos(as), e assim juntos achar um meio de melhoria no

aproveitamento dos mesmos.

Essa reunião com os pais deverá ocorrer a todo final de bimestre, assim que

todos tenham feito a avaliação bimestral, a secretaria tenha disponibilizado os boletins

de notas para que os pais tomem conhecimento.

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6.0- MARCO OPERACIONAL

6.1-Plano de Ação do Colégio

Os objetivos e ações administrativas da escola são: por em prática o Projeto

Político Pedagógico da escola, e junto com os professores, funcionários, equipe

pedagógica, Conselho Escolar, representantes de turmas, APMF, comunidade, fazer

estudos e periodicamente fazer devida revisão para adequar a realidade escolar local.

Refletir e avaliar os pontos positivos e negativos do projeto. Quem somos? Onde

queremos chegar? Como chegar a esse objetivo? O que fazer ?

Aplicar os recursos financeiros oriundos da SEED e da APMF, nas prioridades do

colégio.

Reunir bimestralmente professores, equipe pedagógica, funcionários, APMF,

Conselho Escolar para avaliar as ações administrativas no colégio.

Dar continuidade aos projetos já existentes tais como: Feira do Artesanato, ,

Projeto de Olimpíada de Matemática, Projeto Fera e Com Ciência, programa Viva

Escola , Artes Visuais, Mídias, Curso Preparatório para Vestibular, e os cursos de

CELEM – Francês e Espanhol outros programas organizados pela SEED.

Diagnosticar, sensibilizar, reunir e divulgar as ações administrativas junto a

comunidade escolar.

Buscar coletivamente soluções para atender o interesse dos alunos na

educação escolar, nas dificuldades de aprendizagem, na formação de cidadãos

autônomos e críticos em relação à desigualdade social.

Reorganizar a biblioteca escolar já existente.

Valorizar o espaço físico do colégio.

Trabalhar para aumentar a auto-estima do aluno e da comunidade.

Buscar o retorno dos alunos evadidos da sala de aula e melhorar o índice de

aprovação.

Os alunos serão recuperados durante o bimestre, após revisão dos conteúdos,

utilizando outras maneiras diferenciadas das formas usadas durante as atividades

bimestrais, dando a eles outra oportunidade de aprendizagem desses conteúdos.

Incentivar a participação dos professores e funcionários na capacitação

profissional.

Re-elaborar os documentos com base nos resultados da revisão de conteúdos e

metodologias das disciplinas.

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Trabalhar atividades relacionadas ao ambiente do campo em todos as

disciplinas.

A avaliação interna do colégio deverá ser realizada bimestralmente, pela equipe

técnica pedagógica com a possibilidade de redirecionar objetivos, metas e ações caso

não estejam sendo satisfatórias.

A comunidade escolar será informada sobre as propostas e metas a serem

atingidas pelo colégio participando da avaliação, levando em conta o que deu certo e o

que deu errado, e o que precisa ser reformulado, baseado na construção da proposta

pedagógica.

De acordo com a LDB, a escola deverá oferecer um sistema de avaliação

competente tanto para alunos, como professores e funcionários, quando solicitado.

A avaliação do trabalho da equipe pedagógica, equipe administrativa e

professores dar-se-á, visando desempenho e produtividade dos mesmos através de

fichas solicitadas pela SEED ou NRE , semestralmente.

Pretende-se dar-se toda assistência necessária ao bom andamento dos

programas idealizados no Viva Escola: Artes Visuais, Mídias, Preparatório para

Vestibular, aos CELEM de Francês e Espanhol.

6.2-Mudanças significativas a serem alcançadas

O colégio anseia pela construção de mais salas para atender melhor a clientela

escolar, uma sala para que possamos ter espaço da biblioteca ampliado, uma sala para

instalação do laboratório de Ciências, e um espaço maior para a cantina e despensa

para guardar os produtos alimentícios. Também espaços para os produtos de limpeza.

Mas para que isso aconteça precisamos que a SEED disponibilize verbas concretas e

suficientes.

6.3-Organização da hora/atividade

A hora-atividade será organizada, quando possível, agrupando as disciplinas e

professores por área do conhecimento, conforme quadro abaixo:

2ª Feira 3ªFeira 4ªFeira 5ªFeira 6ªFeira

L.Portuguesa Matemática História Ciências Ed.Física

LEM -Inglês Física Geografia Biologia Arte

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Filosofia Química

Sociologia

E.Religioso

A hora-atividade, apesar de organizada por área do conhecimento, deverá

favorecer a formação de grupos de professores para o planejamento e para o

desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas

diagnosticadas no interior do estabelecimento, reuniões pedagógicas, grupos de

estudos, troca de experiências, pré-conselhos, e também deverá garantir carga horária

que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes

ao exercício da docência, como: correção de tarefas dos alunos, projetos pedagógicos,

assessoramento de alunos, atendimento aos pais e outros assuntos educacionais de

interesse do professor.

Ficará a cargo de a equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e

acompanhar as atividades individuais a serem desenvolvidas durante a hora-atividade.

Caberá à direção do estabelecimento de ensino a distribuição e a verificação do

cumprimento da hora-atividade, bem como, a sistematização do quadro da distribuição

da hora atividade, que deverá constar em edital, permitindo seu acompanhamento e

informando à comunidade escolar da disponibilidade de horário de atendimento do

professor aos alunos e pais.

As reuniões pedagógicas acontecerão a cada bimestre, e se necessário em

outras ocasiões, com convocação do diretor.

6.4- Linhas de Ação Pedagógicas

� Conselho de Classe: Órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos com atuação restrita a cada classe do

estabelecimento de ensino, será realizado 01 por bimestre.

Os Conselhos de classe serão constituídos pelo Diretor, pela Equipe

Pedagógica, pelo secretário e por todos os professores que atuam na mesma

classe e haverá ainda a participação indireta dos alunos opinando a respeito

do processo ensino-aprendizagem através de caixinha de sugestões e da

participação direta dos representantes de turmas, que sistematizarão as

sugestões e avaliações dos colegas e levarão para estudo, no Conselho de

Classe.

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O Conselho Final que fará a apuração dos resultados finais, não contará

com a participação dos alunos por ser essa atribuição do colegiado de

professores.

� Reunião Pedagógica: As reuniões serão realizadas bimestralmente e

consideradas como efetivo trabalho escolar, organizadas e estruturadas a

partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no

planejamento anual.

Nas Reuniões Pedagógicas serão feitas exposições dos problemas

enfrentados pêlos membros da equipe escolar, leitura de textos de interesse

do grupo e legislação educacional emanada da SEED, apresentação de

atividades práticas realizadas em sala de aula, seleção de textos e

componentes curriculares comuns a todas as disciplinas, entre outros.

Recuperação de Estudos

� A Recuperação de Estudo é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo pelo qual os alunos, com aproveitamento

insuficientes, dispõe de condições que lhes possibilitem a apreensão de

conteúdos básicos.

A Recuperação de Estudos, encaminhamento de caráter pedagógico,

destinada a alunos de aproveitamento escolar insuficiente, será ofertada

preferencialmente por este estabelecimento, forma contínua e progressiva

durante o período letivo, visando a melhoria do aproveitamento escolar e

aperfeiçoamento do currículo. Para que os conteúdos sejam recuperados, os

professores deverão utilizar técnicas e estratégias pedagógicas adequadas

às dificuldades de aprendizagem demonstradas pelos alunos, assumindo

várias formas como: Estudos dirigidos, pesquisa, leitura e interpretação de

textos, atividades individuais e em grupo com monitoramento de alunos que

se sobressaem no conteúdo, interpretação oral e escrita de vídeos

educativos, avaliação oral, escrita e dramatizada, entre outros.

Processo de recuperação poderá ser registrado no livro de freqüência ou em

fichas próprias elaboradas pelo professor e/ou equipe pedagógica.

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� Administração dos Recursos Financeiros

Por tratar-se de escola pública o Colégio conta com recursos financeiros

oriundos de três fontes: Recursos do Governo Federal, Recursos do

Governo Estadual e Recursos próprios.

A principal entidade mantenedora do Colégio é o Governo do Estado do

Paraná, através de programas estaduais, como Fundo-Rotativo repassado

pela Fundepar e PDDE proveniente do FNDE. .

O dinheiro do Fundo Rotativo, é o único que é repassado diretamente

para o Diretor da escola, ficando sob sua responsabilidade, com o

acompanhamento do Conselho Escolar. Destina-se a aquisição de materiais

de expediente, limpeza, esportivos, à execução de pequenos reparos e a

complementação de gêneros alimentícios para a merenda escolar.

A escola conta ainda com recursos oriundos da APMF, que através das

suas pequenas promoções angaria alguns poucos recursos financeiros para

a escola. Dinheiro esse a ser usado no atendimento de necessidades

prioritárias e imediatas de forma a atingir o objetivo maior que é a construção

de uma escola pública de qualidade.

� Estratégias de articulação Família/Comunidade

� Palestras com a Promotora de Justiça sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente;

� Reuniões com instrutores dos Patrulha Escolar- Abordando temas como:

Drogadição e Violência na escola;

� Reuniões semestrais com a Comunidade Escolar, para o

acompanhamento do desenvolvimento escolar dos filhos;

� Organização de Feira do Artesanato, Peças teatrais, objetivando atrair os

pais à escola através de eventos prazerosos;

� Enviar convites para as famílias visitarem e conhecerem a escola que o

filho estuda;

� Palestras com psicólogos, buscando melhor entendimento sobre as fases

de desenvolvimento dos adolescentes;

� Estratégias para a Inclusão

• Rever as práticas pedagógicas e os processos de avaliação;

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• Conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o processo de

ensino aprendizagem, e como ele se dá para cada aluno;

• Investir em capacitação, atualização, sensibilização, envolvendo toda

comunidade escolar;

• Focar na formação profissional do professor, que é relevante para aprofundar as

discussões teóricas práticas;

• Assessorar o professor para resolução de problemas no cotidiano na sala de

aula, criando alternativas que possam beneficiar todos os alunos;

• Utilizar currículos e metodologias flexíveis, levando em conta a singularidade de

cada aluno, respeitando seus interesses, suas idéias e desafios para novas

situações;

• Investir na proposta de diversificação de conteúdos e práticas que possam

melhorar as relações entre professor e alunos;

• Avaliar de forma continuada e permanente, dando ênfase na qualidade do

conhecimento e não na quantidade, oportunizando a criatividade, a cooperação

e a participação;

• Valorização maior das metas e não dos obstáculos encontrados pelo caminho,

priorizando as questões pedagógicas e não apenas a questão biológica, com

expectativa de que tudo será resolvido pela saúde;

6.5-Ações para que se efetive a Gestão Democrática

A gestão democrática é o princípio para a consolidação da escola que se

pretende, enquanto instituição de ensino.

A gestão democrática escolar supõe a abertura de novos espaços de decisões,

desenvolvendo projetos e propostas nos âmbitos interno e externo, opinando sobre a

aplicação dos recursos financeiros, da atuação dos Conselhos existentes na estrutura

institucional .

Essas iniciativas apontam no sentido da articulação da democracia, considerada

representativa com legitimidade e participação.

Dessa forma, a escola, por ser uma instituição social que apresenta objetivos

sócio-políticos e pedagógicos, deve se apoiar na concepção de que as pessoas são

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agentes de mudanças; portanto, cada membro é indispensável na construção da

gestão. Por isso é imprescindível a autonomia desse instituição na tomada de decisão

sobre suas diretrizes, objetivos e metas definidos nesse Projeto Pedagógico, fazendo

valer a decisão coletiva da comunidade escolar.

• Garantir e consolidar a participação dos conselhos e colegiados escolares;

• Garantir o cumprimento dos direitos e deveres de todos os segmentos da

instituição (docentes, administrativos e discentes);

• Divulgar leis e normas da educação no âmbito da instituição, promovendo

estudos e reflexões na observância de sua aplicabilidade;

• Assegurar os espaços de atuação das entidades representativas dos

estudantes;

• Criar fóruns de discussões e decisões coletivas sobre a prática escolar;

• Instituir comitê coordenador da implementação do P.P.P.;

6.6- AÇÕES EDUCATIVAS PARA INSERÇÃO DA CULTURA AFR O-BRASILEIRA E

AFRICANA NO CURRICULO

• A conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a experiência

de vida dos alunos e professores, valorizando aprendizagens vinculadas às suas

relações com pessoas negras, brancas, mestiças, assim como as vinculadas às

relações entre negros, indígenas e brancos no conjunto da sociedade;

• a crítica pelos coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais,

professores, das representações dos negros e de outras minorias nos textos,

materiais didáticos, bem como providências para corrigi-las;

• condições para professores e alunos pensarem, decidirem, agirem, assumindo

responsabilidade por relações étnico-raciais positivas, enfrentando e superando

discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os contrastes das diferenças;

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• valorização da oralidade, da corporeidade e da arte, por exemplo, como a

dança, marcas da cultura de raiz africana, ao lado da escrita e da leitura;

• educação patrimonial, aprendizado a partir do patrimônio cultural afro-brasileiro,

visando a preservá-lo e a difundi-lo;

• o cuidado para que se dê um sentido construtivo à participação dos diferentes

grupos sociais, étnico- raciais na construção da nação brasileira, aos elos

culturais e históricos entre diferentes grupos étnico- raciais, às alianças sociais;

• participação de grupos do Movimento Negro, e de grupos culturais negros, bem

como da comunidade em que se insere a escola, sob a coordenação dos

professores, na elaboração de projetos político-pedagógicos que contemplem a

diversidade étnico-racial.

• Estes princípios e seus desdobramentos mostram exigências de mudança de

mentalidade, de maneiras de pensar e agir dos indivíduos em particular, assim

como das instituições e de suas tradições culturais.

É neste sentido que se fazem as seguintes determinações:

�O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, evitando-se distorções,

envolverá articulação entre passado, presente e futuro no âmbito de experiências,

construções e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e realidades do

povo negro. É um meio privilegiado para a educação das relações étnico- raciais e tem

por objetivos o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos

afrobrasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos, reconhecimento e igual

valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias,

asiáticas.

�O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana se fará por diferentes meios,

em atividades curriculares ou não, em que:

• explicitem-se, busquem compreender e interpretar, na perspectiva de quem

o formule, diferentes formas de expressão e de organização de raciocínios e

pensamentos de raiz da cultura africana;

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• promovam-se oportunidades de diálogo em que se conheçam, se ponham

em comunicação diferentes sistemas simbólicos e estruturas conceituais,

bem como se busquem formas de convivência respeitosa, além da

construção de projeto de sociedade em que todos se sintam encorajados a

expor, defender sua especificidade étnico-racial e a buscar garantias para

que todos o façam;

• sejam incentivadas atividades em que pessoas — estudantes, professores,

servidores, integrantes da comunidade externa aos estabelecimentos de

ensino — de diferentes culturas interatuem e se interpretem reciprocamente,

respeitando os valores, visões de mundo, raciocínios e pensamentos de

cada um.

�O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação das relações

étnico-raciais, se desenvolverá no cotidiano dessa escola, como conteúdo de todo o

currículo, especialmente nas áreas de Arte, Literatura e História do Barsil, em

atividades curriculares ou não, trabalhados em sala de aula, nos laboratórios

disponiveis, bem como na utilização da sala de leitura, biblioteca, quadra de esportes e

outros ambientes escolares.

6.7-Ações Educativas para o Apoio a Educação do Cam po

• Propiciar práticas e idéias educativas que respeitem as várias diferenças

culturais e locais.

• Divulgar o respeito necessários a identidade e origem dos sujeitos sociais;

• Dinamizar a ligação dos seres humanos com a produção das condições

de existência social, na relação coma terra e o meio ambiente,

incorporando os conhecimentos especificos dos povos do campo;

• Priorizar no Curriculo escolar conteúdos e metodologias apropriadas as

reais necessidades e interesses dos alunos de zona rural.

6.8-Papel das Instâncias Colegiadas

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� Grêmio Estudantil

� Conselho Escolar

� APMF

Grêmio Estudantil

O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na

escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras

possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade,

buscando alternativas e meios de um melhor relacionamento entre os alunos, entre

escola e comunidade, para uma relação amistosa e um aprendizado satisfatório.

O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,

convivência, responsabilidade e de luta por direitos, também pelo cumprimento dos

deveres estudantis.Devem estar presentes na avaliação do P.P.P. e também nas

reuniões do Conselho de classe.

Será realizada eleição a cada 2 anos para escolha do Grêmio Estudantil, de

forma democrática através de voto secreto, em que qualquer aluno poderá candidatar -

se.

Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e

fiscal, tem por finalidade efetivar a gestão escolar e os setores da escola constituindo-

se como órgão auxiliar da direção do estabelecimento de ensino, seu papel será:

� Democratizar as relações no âmbito da escola, visando a qualidade do ensino,

através de uma educação transformadora que prepare o indivíduo para a plena

cidadania;

� Promover a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da

escola a fim de garantir o cumprimento da sua função que é ensinar;

� Estabelecer no âmbito da escola diretrizes e critérios gerais relativos a sua

organização, funcionamento e articulação com a comunidade, de forma compatível

com as orientações da política educacional da SEED, participando e

responsabilizando-se social e coletivamente pela implantação de suas deliberações;

� Garantir a participação da Comunidade Escolar na definição do Projeto Político

Pedagógico da Unidade Escolar;

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� Acompanhar o desenvolvimento do Calendário Escolar;

� Acompanhar a evolução dos indicadores educacionais (abandono escolar,

aprovação, aprendizagem, entre outros) propondo quando se fizerem necessárias,

intervenções pedagógicas e/ou medidas socio-educativas, visando a melhoria da

qualidade social da educação escolar;

� Fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da unidade escolar;

� relação ao desempenho dos alunos;

APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual

Heloisa Infante Martins Ribeiro, pessoa jurídica de direito privado é um órgão de

representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino, não

tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados seus dirigentes e conselheiros.

Cabe a APMF:

� Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir das necessidades

apontadas por esses segmentos.

� Acompanhar o Desenvolvimento da Proposta Pedagógica sugerindo as alterações

que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento, para deferimento

ou não;

� Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,

professores, funcionários, assim como a comunidade, após análise do Conselho

Escolar;

� Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

� Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de

convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como

reunir-se para prestação de constas desses recursos, com registro em ata.

� Receber doações e contribuições voluntárias, mobilizar a comunidade escolar na

perspectiva de sua organização enquanto órgão representativo para que esta

comunidade expresse suas expectativas e necessidades.

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6.9-Plano de Trabalho Docente

O Plano de Trabalho Docente é um documento que registra o que se pensa

fazer, como fazer, com que fazer e como fazer. É um norte para as ações educacionais.

É a formalização dos diferentes momentos do processo de planejamento.

Também é a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas,implica no

registro escrito e sistematizado do planejamento do professor, organizando o tempo e o

material de forma adequada.

É um instrumento político e pedagógico que permite a dimensão do conteúdo.

Permite também uma avaliação do processo ensino e aprendizagem, possibilitando a

compreender a concepção de ensino e aprendizagem e avaliação do professor.

Orienta e direciona o trabalho do professor, requerendo conhecimento prévio da

Proposta Pedagógica Curricular. Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa.

6.10-Organização do Trabalho Pedagógico

Tem-se por objetivo atender aos alunos coletivamente e individualmente quando

se fizer necessário, estar conversando com os alunos, saber quais são as suas

dificuldades, os porquês do seu baixo desempenho e aprendizado, procurar junto com

os professores uma maneira de poder ajudá-los a sanar essas dificuldades e melhorar

o seu aprendizado.

Orientar os professores para que haja uma mudança na sua prática pedagógica,

e que os mesmos elaborem planos de trabalho de acordo com as Diretrizes

Curriculares Estaduais, diversificando suas aulas para que haja um aproveitamento

melhor, desenvolver a capacidade de aprendizagem dos alunos nas disciplinas que

eles têm mais dificuldades de aprendizado.

Chamar o aluno para conversar sempre que houver necessidade, seja por

indisciplina ou baixo aprendizado. Trabalhar com os mesmos para que superem as

dificuldades. Procurar participar do seu desenvolvimento, aconselhando-o e

incentivando-o a melhorar e participar mais das aulas. Se necessário for ir ter com os

pais para que estes intervenham junto aos seus filhos para uma maior motivação dos

mesmos.

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Em caso de faltas nas aulas, buscar junto aos pais sanar esse problema e se for

necessário atender todas as propostas de trabalho colocadas pelo “FICA comigo” para

que todas as crianças, adolescentes e até jovens sejam incluídos no processo

educativo, que permaneçam na escola e concluam o seu aprendizado com louvor.

Estudar com os professores as Diretrizes Curriculares, ou outros textos

referentes a educação enviados pela SEED ou NRE. Incentivá-los a a por em prática

tudo aquilo que aprenderam de novo, usando de dinâmicas e diversidades para um

melhor aproveitamento na aprendizagem.

6.11- Formação continuada

Considerando a Escola como um todo, não podemos pensá-la de outra forma,

mas sim como um conjunto de profissionais da educação e por esse motivo

desenvolveremos um plano de formação continuada de acordo com as necessidades

da comunidade escolar, observando as seguintes prioridades:

Propõe-se que o professor desenvolva a sua prática pedagógica de forma e

articular os conteúdos com a dinâmica da sala de aula, dentro do processo educativo,

de modo claro e preciso, empregando recursos didáticos-pedagógicos que facilitem a

aprendizagem dos educandos. Trabalhando a interdisciplinaridade, contextualizando os

conteúdos tornando-os acessíveis ao entendimento do aluno.

O professor como facilitador do ensino e aprendizagem deve intervir

conscientemente no processo de aprendizagem de seus alunos com possibilidade de

melhor entendimento dos conteúdos, buscar um melhor relacionamento com os alunos,

estabelecer limites, com a negociação de regras claras e precisas. Inserir a

aprendizagem e também as atividades necessárias para a vida, como cooperação,

ação positiva para resolver conflitos e problemas. Ter postura firme de resistência e de

segurança para a tomada de decisão. Criar oportunidades para que todos participem

de suas aulas com responsabilidade.

Os professores estão participando dos cursos ofertados nos finais de semana,

muitos já participaram ou estão dispostos a participar de Simpósios na capital ou em

Faxinal do Céu. Eles pedem para que haja cursos com novas dinâmicas, aulas

modelos para que os mesmos estejam se aperfeiçoando o seu trabalho junto aos

alunos, que se apresentem novas metodologias, planejamentos e ideias novas para

atender esse público tão exigente.

Durante o correr do ano letivo pretende-se trabalhar alguns temas que estão

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sendo colocados pelo NRE, tais como: a educação no campo, os novos currículos, a

história e cultura afro-brasileira e indígena, também ir em busca de novos entendimento

do que se pretende para os anos vindouros. Isto deve ser feito através de grupos de

estudos. Ou outros meios que possam surgir desde que visem uma melhor qualidade

da educação neste colégio.

Os funcionários deste estabelecimento têm participado das capacitações

programadas pela SEED. Estão sempre procurando estar por dentro de todos os

estudos propostos pela escola.

Os alunos representantes de turmas sempre estão sendo orientados para estar

preparados e buscar orientações devidas para cada assunto que possa surgir. Um dos

alunos representante do grêmio participou do encontro em Faxinal do Céu, repassando

aos colegas os assuntos debatidos no encontro.

6.12-Ações Didático-pedagógicas

6.12.1-Fera Com Ciência e jogos colegiais

Durante o ano letivo pretende-se que os alunos participem das diversas

atividades: o Projeto FERA, o Com Ciência, os jogos colegiais realizados entre alunos

do colégio, os realizados entre alunos de outros colégios, os chamados inter-séries,

inter-classes, intermunicipais, etc. Também da gincana preparada pelo colégio, e outras

atividades que possam aparecer durante o ano letivo desde que estas não prejudique

as aulas.

6.12.2-Jogos Colegiais

Teremos também os jogos colegiais, os quais deverão ter a participação dos

educandos em todas as modalidades e principalmente na modalidade Xadrez , que é o

forte dos alunos.

6.12.3-Participação no OAC, Folhas e Educação fisca l.

Alguns professores estarão participando do OAC, e também do Folhas, e da

Educação Fiscal.

6.12.4-Estudos de Filosofia

O estudo de Filosofia é feito por meio de leitura de textos filosóficos clássicos e

seus comentadores, de atividades investigativas; pesquisas e debates, que orientam e

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organizam o estudo da filosofia.

Trechos de músicas que retratam o Brasil, e assim no contexto das músicas

trabalhar o lado filosófico existente em nossas músicas. Pesquisas na internet com os

alunos sobre os diversos temas sugeridos no plano de trabalho docente, para que

analisando e tenham uma melhor compreensão dos conteúdos filosóficos. Também são

trabalhados através de aulas expositivas, trabalhos em grupos, e individual,

exposições de trabalhos, etc.

6.12.5-Estudos de Sociologia

O estudo de Sociologia é desenvolvido de forma que cada tema trabalhado seja

uma oportunidade oferecida aos alunos para possibilitar a formação de cidadãos

críticos, que interajam com a sociedade. É feito através de aulas expositivas, debates,

trabalhos em grupos, e individual, pesquisas na internet, exposições, leituras e

interpretações de textos sobre os assuntos dos conteúdos oferecidos aos alunos,

análise de músicas que venham dar suporte ao ensino da sociologia.

6.13-. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

6.13.1-Plano de acompanhamento do PPP.

A partir da formação continuada, os professores tomaram consciência da

necessidade de reformular o PPP, e participaram com ideias e colocações necessárias

ao melhoramento do mesmo. Assim, opinaram e deram sugestões para que o mesmo

fosse reformulado, de acordo com o modelo sugerido pelo NRE.

Nos momentos de hora-atividade, os professores puderam ler e sugerir

proposição ao PPP , posteriormente ele foi digitado e na primeira reunião pedagógica

o colegiado pode fazer nova leitura e algumas reformulações. E assim concluirmos o

trabalho.

6.13.2-Participação das instâncias Colegiadas

Participaram destas avaliações os membros do Conselho Escolar, do Grêmio

Estudantil, representantes da APMF, e docentes deste estabelecimento.

6.13.3-Periodicidade do acompanhamento e Avaliação do PPP.

Devido ao pouco tempo para reformulação do mesmo, foi acompanhado em

horas que os professores estavam disponíveis, a cada duas semanas. E pelo Conselho

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Escolar uma por mês, duas ao todo.

7.0-PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

APRESENTAÇÃO

A partir das Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio, os

professores e pedagogos tiveram a responsabilidade de elaborar a presente Proposta

Pedagógica Curricular, contemplando a realidade da escola e dos alunos que a

freqüentam, de modo que a concepção de disciplina e seus fundamentos teórico-

metodológicos façam sentido na organização e tratamento dos conteúdos e, mais

especificamente, na aprendizagem dos alunos. Este foi, portanto, o espaço para os

professores, na sua disciplina de atuação, expressarem as relações entre os conteúdos

escolares, historicamente construídos e os saberes de seus alunos e da comunidade.

Constituiu-se também, num momento de compartilhar experiências com outros

professores, estabelecer novas relações profissionais e de adotar práticas

comprometidas com o zelo pelo processo de ensino e de aprendizagem desenvolvidos

na escola.

Portanto, esta ação educacional pretende além de desenvolver capacidade para

tomada de decisão, oferecer aos estudantes e ao próprio corpo docente uma

reconstrução reflexiva da realidade, tomando como ponto de partida as teorias,

conceitos, procedimentos, costumes, etc., que existem na sua comunidade e aos quais

se devem facilitar o acesso. A proposta pedagógica curricular deve ser entendida como

expressão de uma política cultural, na medida em que seleciona conteúdos e práticas

de uma dada cultura para serem trabalhados no interior da escola. Assim sendo o

currículo é a expressão dinâmica do conceito que a escola e o sistema de ensino têm

sobre o desenvolvimento dos seus alunos e que se propõe realizar com e para eles.

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7.1-PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTE

Desde o século XVI, com a ação dos Jesuítas, encontramos o ensino da Arte

presente no Brasil, cujo objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui

habitavam. Este ensino incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a Música

e as Artes Manuais. Com a expulsão dos Jesuítas pelo Marquês de Pombal, o

pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.

A Reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina (1792- 1800) – fez

com que o ensino da Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi

associado à matemática na forma de Desenho Geométrico.

No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte – o que

resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – porém, o ensino ainda

era influenciado pelo iluminismo, priorizando a área cientifica. Essa visão foi ratificada

na 1º Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por Benjamin

Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.

A partir de 1931, por influência de Heitor Villa Lobos, o ensino de Arte fez-se

presente no primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto

Orfeônico imprimindo na escola uma primeira noção da Arte como linguagem.

Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo o

educador de Artes como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser

obrigatório no currículo das escolas brasileiras, porém como forma de atividade e não

disciplina. Somente em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº

9394/96 ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica.

O objetivo da proposta pedagógica para o ensino de Arte no Ensino

Fundamental e Médio no Paraná é o aprendizado da Arte como linguagem, visando a

um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade em que vive.

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A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – é

concretizada utilizando-se de elementos próprios da linguagem artística. A Arte nos

fornece uma simbologia própria e, portanto outras leituras do mundo que nos cerca. Ou

seja, “as diversas leituras de mundo via diferentes linguagens – não somente a verbal –

possibilita-nos conhecer, reconhecer, re-significar e expressar o sentido da vida em

sociedade.” (Marques e Brasil, 2005).

A Arte como linguagem utiliza – se de símbolos e de elementos próprios

que estão presentes na Dança (movimento e não movimento), na Música (sons), no

Teatro (dramatização), e nas Artes Visuais (forma e luz). Essa discussão em torno da

Arte como linguagem, pondera o entendimento de que a arte não apenas suscita

sentimentos, mas pressupõe diálogo, comunicação e conhecimento.

Assim sendo, um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte

no ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a responsabilidade de

relacionar, questionar, experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim

de que façam sentido em nossas próprias vidas e na construção da sociedade

brasileira.

A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordados, esta proposta

considera alguns pontos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do

objeto de estudo desta disciplina:

• o conhecimento estético está relacionado à apresentação do objeto artístico em

seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção

articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a

forma de representações artísticas como por exemplo, palavras na poesia; sons

melódicos na música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores, linhas e

formas nas artes visuais.

• o conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo.

Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o

contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses

emocionais e cognitivas expressam saberes específico a partir da experienciação com

materiais, com técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes

Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.

• o conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político,

econômico e sociocultural) dos objetivos artísticos e contribui para a compreensão de

seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na

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investigação desse objeto.

Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do

conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na

experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/ produção e da

contextualização histórica. Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais

são interdependentes e articulados entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de

estudo.

A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é

transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma nova

realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas,

amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. Nas sociedades

capitalistas, o sujeito não se identifica com o produto de seu trabalho, pois se separa o

trabalho da criação, transformando-o em trabalho alienado. No ensino de Arte,

contrapondo-se a essa alienação, há possibilidades de resgatar o processo de criação,

permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar. É com base nesses

pressupostos que trataremos a Arte como linguagem, buscando propiciar ao aluno o

acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de

saberes em Arte que lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos na compreensão

das realidades e amplie o seu modo de vê-las, bem como, analisar, respeitar,

preservar, produzir e contextualizar as diversas manifestações da arte em suas

múltiplas linguagens utilizadas por grupos sociais e étnicos, desenvolvendo a fruição

considerando o momento sócio/ histórico/cultural de cada conteúdo. Objetiva-se

também no ensino da arte investigar produções artísticas e articular os componentes

de forma estética/científico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

* Elementos Formais;

* Composição;

* Movimentos e Períodos;

No conteúdo Estruturante Elementos Formais , o sentido da palavra formal

está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, os recursos empregados numa

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obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza,

matéria-prima para produção artística e o conhecimento de arte. Esses elementos

usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas,

ex: o timbre em música, a cor em Arte Visuais, a personagem em teatro ou o

movimento corporal em dança.

No processo pedagógico o professor em Arte deve aprofundar o conhecimento

dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as

outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.

A Composição é o processo de organização dos elementos formais que

constituem uma produção artística. Num processo de composição na área de artes

visuais, os elementos formais- linha, superfície, volume, luz e cor "não tem significado

pré-estabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são

símbolos de nada, não definem nada, nada antes de entrarem num contexto formal

(OSTROWER, 1983,p.65). Ao participar de uma composição, cada elemento visual

configura o espaço diferente e, ao caracterizá-lo os elementos também se

caracterizam.

Na área da música, todo som tem sua duração, a depender do tempo de

repercussão da fonte sonora que o originou. É pela manipulação das durações

mediadas pelo conhecimento, que esse som passa a constituir um ritmo ou uma

composição.

Com a organização dos elementos formais, por meio do conhecimento de

composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais,

teatrais, musicais, ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

O conteúdo estruturante Movimento e Períodos se caracteriza pelo contexto

histórico relacionado ao conhecimento de Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais,

culturais e econômicos presentes numa composição artística explicita as relações

internas de um movimento artístico em sua especificidade, gêneros, estilos, e correntes

artísticas.

Para facilitar a aprendizagem do aluno e para que tenha uma ampla

compreensão do conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar

presente em vários momentos do ensino. Sempre que possível, o professor deve

mostrar relações que cada movimento e período de uma determinada área da arte se

estabelece com outras áreas e como se apresentam características em comum,

coincidindo ou não com o mesmo período histórico.

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Se o trabalho se iniciou pelo conteúdo estruturante movimento e períodos em

música, por ex: enfatizar o período Contemporâneo e o movimento Hip-Hop, com a

pesquisa de sua origem, que teve sua raízes no Rap, articulando-os, assim, às áreas

de música, de artes visuais, de dança, respectivamente.

A disciplina de Arte no Ensino Fundamental e no Ensino Médio contempla as

linguagens das artes visuais, da dança, da música, e do teatro e os conteúdos

estruturantes selecionados para essa disciplina vem constituir a base para a prática

pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes compreendem todos

os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização dos

conteúdos específicos.

Dessa forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento

presente nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com

a proximidade das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao

selecionar os conteúdos específicos que irá desenvolver, enfocará essas formas de

relação da arte com a sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto de

estudo por meio dos conteúdos estruturantes.

A Lei 10.639/03 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana a Lei

11.645/08, refente à História e Cultura Afro-Brasileira, Indígena, bem como, a Lei nº

13.381/2001 referente a história do Paraná. Serão trabalhadas dentro dos conteúdos

básicos, em conformidade com a lei que o determina, buscando acrescentar e valorizar

as referidas culturas. Serão inclusos os seguintes temas:

As danças de natureza:

a- religiosa: candomblé;

b- lúdica: brincadeiras de roda;

c- funerária: axexê;

d- guerreira: congada;

e- dramática: maracatu;

f- profana: jongo.

As contribuições artísticas da cultura africana na formação da Música Popular

Brasileira: origem do batuque, do samba entre outros.

Cantores e compositores negros:

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A poética musical envolvendo a temática do negro.

A cultura africana e afro-brasileira e as artes plásticas: máscaras, esculturas, em

(argila, madeira, metal); ornamentos; tapeçaria; tecelagem; pintura corporal;

estamparia.

Artistas plásticos como Mestre Didi,(Bahia-Brasil) e a presença e influencia da arte

africana nas obras de artistas contemporâneos.

As sugestões devem ultrapassar a condição de conteúdos, para que possam ser

analisados e recontextualizados pela ótica das artes e serem avaliadas esteticamente

por meio dos elementos do movimento, do som, dos elementos plásticos: da cor, da

forma, etc.

Propõe-se que sejam explorados dentro dos conteúdos os diversos temas a

cima colocados através de pesquisas, debates, apresentações, análise e discussões.

As influências Indígenas devem ser vistas e valorizadas em nossas cultura,

superando a visão preconceituosa de sub-raça.

De acordo com a lei nº 11645 de 10 de março de 2008 fica estabelecido para o

ensino fundamental e médio o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena,

que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que

caracterizam a formação da população brasileira , a partir desses dois grupos étnicos,

resgatando as suas contribuições nas áreas: social, econômica e política, pertinentes

a história do Brasil.

O ensino da história afro-brasileira, africana , indígena,paranaense e a educação

do campo, tem por objetivo reconhecer e valorizar a identidade histórica e cultural dos

mesmos, bem como a divulgar e produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores

que preparem o cidadão para uma vida de fraternidade e partilha entre todos sem as

barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos e estereótipos e de discriminação.

A História da Arte Paranaense, (lei nº13 . 381/2001) será contemplada através

de apresentações de obras de artistas paranaenses, bem como produções teatrais,

musicais, danças locais e até mesmo folclóricas.

Dentro da disciplina de Arte, serão atendidas as especificidades da Educação

do Campo, por meio de trabalhos artesanais com materiais naturais.

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CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL

ÁREA: MÚSICA

5ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica, pentatônica

cromática

Improvisação

Greco-Romana Oriental

Ocidental

Africana

6ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros:folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal,

instrumental, mista

Improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

7ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a

fusão de ambos.

Técnicas: vocal,

Indústria Cultural Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno...

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instrumental e mista

8ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,

instrumental, mista

Gêneros: popular,

folclórico, étnico.

Música Engajada

Música Popular

Brasileira.

Música contemporânea

ÁREA: ARTES VISUAIS

5ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura,

escultura,

arquitetura...

Gêneros: cenas da

Mitologia

Arte Greco-Romana Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

6ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Proporção Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura,

escultura, modelagem,

gravura...

Arte indígena Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

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Luz Gêneros: Paisagem,

retrato, natureza

morta.

7ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho,

fotografia, audiovisual,

mista

Indústria Cultural Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

8ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura,

grafitte,

performance...

Gêneros: Paisagem

urbana, cenas do

cotidiano

Realismo Vanguardas

Muralismo e Arte

Latino-americana

Hip Hop

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ÁREA: TEATRO

5ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Personagem

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro. Espaço Cênico,

adereços

Técnicas: jogos

teatrais, teatro

indireto e direto

improvisação,

manipulação,

máscara...

Gênero: Tragédia,

Comédia, Circo

Greco-Romano Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

6ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação, Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos

teatrais, Mímica,

improvisação, formas

animadas...

Gêneros: Rua, arena,

Caracterização. Comédia dell’ arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

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7ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Cinema e Mídias Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos

teatrais, sombra,

adaptação cênica

Indústria Cultural Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

8ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção,

ensaio, Teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

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ÁREA: DANÇA

5ª série

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre, interrompido)

Rápido e lento

Formação Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto

e indireto)

Dimensões (pequeno

e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

Pré-história Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

6ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve, pesado)

Fluxo (livre, interrompido e

conduzido)

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Dança Popular Brasileira Paranaense

Africana

Indígena

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Gênero: Folclórica, popular, étnica

7ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e

desaceleração

Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda) Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e espetáculo

Hip Hop Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

8ª série

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero:

Performance,

moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

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CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO MÉDIO

ÁREA: MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo Melodia

Harmonia

Escalas

Modal, Tonal e fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica,

informática e mista

Improvisação

Música Popular Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americano

ÁREA: ARTES VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Simetria

Deformação

Estilização

Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguarda

Indústria Cultural

Arte Contemporânea

Arte Latino-Americana

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Técnica:Pintura,desenho,

modelagem, instalação

performance, fotografia, gravura

e esculturas, arquitetura,

história em Quadrinhos.

Gêneros:paisagem, natureza-

morta, Cenas do Cotidiano,

Histórica, Religiosa, da

Mitologia

ÁREA: TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Personagem:

Expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais,

teatro direto e indireto,

mímica, ensaio, Teatro-

Fórum

Roteiro

Encenação, leitura

dramática

Gêneros: Tragédia,

Comédia, Drama e Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia, sonoplastia,

figurino, iluminação Direção

Produção

Teatro Greco-Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-

Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

ÁREA: DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

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Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e Queda

Giro

Rolamento

Movimentos articulares

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo,

industrial cultural,étnica,

folclórica, populares, salão

Pré-história Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança

Contemporânea

* As danças de natureza:

religiosa: candomblé;

lúdica: brincadeiras de roda;

funerária: axexê;

guerreira: congada;

dramática: maracatu;

profana: jongo.

* As contribuições artística da cultura africana na formação da Música Popular

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Brasileira: origem do batuque, do samba entre outros.

Cantores e compositores negros:

* A poética musical envolvendo a temática do negro.

* A cultura africana e afro-brasileira e as artes plásticas: máscaras, esculturas, em

(argila, madeira, metal); ornamentos; tapeçaria; tecelagem; pintura corporal;

estamparia.

* Artistas plásticos como Mestre Didi,(Bahia-Brasil) e a presença e influencia da arte

africana nas obras de artistas contemporâneos.

METODOLOGIA

A Metodologia é o elemento da pedagogia que está mais intimamente ligado à

prática em sala de aula. Este trabalho deve ser pautado pela relação que o ser humano

tem com a arte, essa relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou

de sentir e perceber as obras artísticas.

Na metodologia do ensino de arte, devemos contemplar três momentos de

organização pedagógica: o sentir e perceber, o conhecimento e o trabalho artístico.

Sentir e perceber:

É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de música, teatro, dança e

artes visuais para que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de

produção da arte, bem como, envolver a apreciação dos objetos da natureza e da

cultura.

O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação e

apropriação com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as

obras e a realidade, transcendendo as aparências, aprendendo parte da totalidade da

realidade humano-social.

Conhecimento em Arte:

O conhecimento em arte, na perspectiva desta proposta materializa-se no

trabalho escolar com os conteúdos estruturastes (elementos formais, composição,

movimentos e períodos, tempo e espaço) da disciplina e como eles se constituem nas

artes visuais, dança música e teatro.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social

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dos alunos, trabalhando em suas aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e

as manifestações artísticas que produzem significado de vida para estes alunos, tanto

na produção como na fruição.

A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como

aula teórica e sim contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o

conhecimento em arte se efetiva somente quando esses três momentos são

trabalhados.

Arte é um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de

indivíduos histórica e socialmente datados, onde cada conteúdo tem sua origem e

história, que devem ser conhecidas para melhor compreensão por parte do aluno.

Este conhecimento transforma-se através do tempo, em função dos modos de

produção social, o que implica para o aluno conhecer como se organizam as várias

formas de produzir arte, como também, a maneira pela qual a sociedade estrutura-se

historicamente.

Trabalho Artístico:

A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e momento

do exercício as imagens e criação. Apesar das dificuldades que a escola encontra para

desenvolver estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte não pode ser

apreendida somente de forma abstrata, o processo de produção do aluno acontece

quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humanizados.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem

em arte. Esses três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala

de aula, pois apesar de serem interdependentes é preciso planejar a aula com recursos

e metodologia específica para cada um desses momentos utilizando os recursos

tecnológicos disponíveis como: TV, DVD, aparelho de som, vídeo, câmera filmadora e

fotográfica, retroprojetor, multimídia, pen-drive., entre outros

O encaminhamento pode iniciar-se por qualquer desses momentos, mas o

fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir e

perceber, ao conhecimento e ao trabalho artístico.

AVALIAÇÃO

A avaliação em Artes deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo

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aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no

processo quanto na produção individual e coletiva desenvolvida a partir desses

saberes. É necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas,

tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a

avaliação consiste e fundamenta, permitindo ao aluno posicionar-se em relação aos

trabalhos artísticos estudados e produzidos. A avaliação significativa exige

fundamentação para que abra portas e aponte caminhos para o redimensionamento

das práticas pedagógicas, pois, o professor participa do processo e compartilha a

produção do aluno.

A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de

medição de apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um

a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do

pensamento estético levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a

leitura da realidade. Avaliar exige acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar,

que se estabeleçam nos critérios para em seguida, escolherem-se os procedimentos,

inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no

processo de ensino e de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

CALABRIA, Carla paula Brondi, Arte História e Produção, vol. 1 e 2. Editora FTD. São

Paulo.1997.

HADDAD, Denise Akel, Morbim, Dulce Gonçalves- A arte de fazer arte . 3ª ed.-São Paulo: Saraiva,2003.

CANTELE, Bruna Renata; Leonardi, Angela Cantele. Arte Linguagem Visual , Coleção Horizontes, IBEP, São Paulo.

LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

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102

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Fundamental e Médio. Curitiba, 2006.

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7.2-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de

manifestações. Se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados,

quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. As

diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no

espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e transformadoras do ambiente.

Ao longo da história da humanidade, a preocupação com a descrição dos seres

vivos e dos fenômenos naturais levou o homem a diferentes concepções sobre o que é

VIDA.

Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as

observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das

plantas, foram sendo registradas nas pinturas rupestres dentro das cavernas.

Sendo assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no

Ensino Médio não implicam o resultado de apreensão contemplativa da natureza em si,

mas evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Na Idade Média, sob a influência do cristianismo, a Igreja tornou-se uma

instituição poderosa, o conhecimento do universo foi associado a Deus,

institucionalizando o dogmatismo teocêntrico, porém, mesmo sob a influência da Igreja,

dentro das universidades medievais compostas no séc. XII, as divergências relativas

aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de pensamento dos que

não se enquadravam à escolástica; ao romper à visão teocêntrica, a explicação para os

fenômenos naturais passou a ter uma nova trajetória na história da humanidade.

O período entre Idade Média e Idade Moderna foi marcado por mudanças

significativas em diversos segmentos, como por exemplo, a navegação, a ampliação

favorável de trocas de mercadorias, o que propiciou a abertura de novos caminhos

para as revoluções industriais do séc. XVIII.

Já no período da Renascença, surgiram novas contribuições para o ensino da

Biologia, Carl von Linné, fundador do sistema moderno de classificação cientifica, em

sua obra Systema Naturae(1735), propôs a organização dos seres vivos a partir de

características estruturais, anatômicas e comportamentais, mantendo a visão de

mundo estático idêntico, mantendo o principio da criação divina, o ser perfeito.

Sob a influencia do pensamento positivista, reafirmou-se o pensamento

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mecanicista, que compreende que, para entender o funcionamento da Vida, a Biologia

precisou fracionar os seres vivos em partes cada vez mais especializadas e menores,

para entender as relações e causa, efeito e funcionamento de cada uma delas.

No final do séc. XVIII e inicio do séc. XIX, a imutabilidade da VIDA foi

questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos, estudos sobre a

mutação dos seres vivos foram apresentadas por Monet e Erasmus Darwin. Lamarck,

outro naturalista da época, adepto da teoria da geração espontânea, criou o conceito

de sistema evolutivo em constante mudança.

Já no início do séc. XIX, o também naturalista britânico Charles Darwin,

apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies, quando se afirmou que todos

os seres vivos atuais e do passado tiveram origem evolutiva e que o principal agente

de modificação seria a ação da seleção natural sobre a ação individual, criou-se a base

para a Teoria da evolução das espécies, assentada no ponto de integração entre

pensamento científico e filosófico.

Para consolidar suas teorias, Darwin demonstrou evidências evolutivas, as quais

foram consideradas provas e suporte de suas concepções: registro de fósseis,

distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas e a

modificação de organismos domesticados.

A partir dessas provas, ele foi um dos primeiros a aplicar o que hoje é conhecido

como Método hipotético-dedutivo.

As leis que regulam a hereditariedade, tal como foi proposto por Mendel, eram

desconhecidas de Darwin. Na época, o modelo usado para explicar a hereditariedade

defendia a herança por misturas, das quais, patrimônios heterogêneos dariam origem

à homogeneidade entre indivíduos.

Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de

características entre os seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de

divisão celular e de transmissão de caracteres hereditários, mas Mendel realizou

diversos cruzamentos entre ervilhas para observar como as características eram

transmitidas.

Destaca-se também que a Biologia fez grandes progressos no séc. XIX, com a

proposição da Teoria celular, onde vários cientistas e botânicos, afirmavam que todas

as coisas vivas, eram compostas por células, com aperfeiçoamento dos estudos sobre

a origem da vida.

No séc. XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e

provocou uma revolução conceitual em Biologia, tal concepção contribuiu para a

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construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao

material genético, o que marcou a influência do pensamento biológico evolutivo.

Na década de 1930, os currículos escolares ampliaram a abordagem dos

conhecimentos biológicos, pois fatores sociais e econômicos passaram a ser

considerados, entretanto, a ênfase no conteúdo se manteve sob um ensino de natureza

descritivo, livresco e memorístico.

Já na década de 1950, os alunos estudavam os vários grupos de organismo

separadamente e as suas relações filogenéticas, e as aulas práticas tinham como meta

ilustrar as aulas teóricas.

A tradicional divisão em botânica e zoologia passou do estudo sistemático das

diferenças dos seres vivos para a análise dos fenômenos comuns entre eles, incluindo

assuntos sobre constituição molecular, ecologia, genética e evolução.

Decorrentes das pesquisas nessas áreas destacaram-se, nesse período, a

importância ao método científico e a preocupação com a Formação do Cidadão.

O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a

promulgação da LDB (5692/71), que fixava Diretrizes e Bases da Educação. Essa lei

trazia alterações que continham os aspectos liberais constantes na lei anterior e

estabelece um ensino tecnicista para atender ao regime vigente do estado.

Em 1980, os conteúdos de biologia eram aprendidos com base na observação, a

partir da qual poderiam ser explicados por raciocínio lógicos comprovados pela

experimentação. Surgiu então no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria

como fonte de inspiração a análise do processo de produção do conhecimento na

Ciência.

Na década de 1990, surgiu outro campo de pesquisa, o da mudança conceitual,

os estudos buscavam compreender explicações previamente existentes, com análises

do empreendimento do individuo no processo de mudança para uma explicação

científica.

Apesar da tentativa de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia

histórico-crítica, tal proposta apresentava uma visão de totalidade caracterizando

“conteudista” os conhecimentos de Biologia.

Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio, para normatizar a LDB. O ensino passou a ser organizado por áreas de

conhecimento, ficando a Biologia disposta na área de Ciências da Natureza,

Matemática e suas Tecnologias.

Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), apontaram como objeto de

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estudo na disciplina de biologia o fenômeno VIDA, em sua diversidade de

manifestações, eles apresentaram propostas inovadoras de avanços teóricos e

metodológicos, numa tentativa de romper as concepções teóricas anteriores, mas na

verdade promoveram um esvaziamento dos conteúdos formais, com a presença de

temas geradores e criação de subsistemas, em que valores, conhecimentos e

capacidades, estariam continuamente em transformação, orientados por uma

sociedade aberta, controlada pela competência individual.

Nas últimas décadas as mudanças estão ocorrendo de forma muito rápida,

vivemos num mundo em contínua transformação, não só tecnológica, como também

social, cada vez mais, a sociedade vai ter que opinar sobre problemas éticos referentes

a organismos geneticamente modificados, bebês de proveta, mães de aluguel e etc. O

ensino de Biologia para o ensino médio deve preparar os adolescentes na sua maioria

para uma vida adulta, onde mais importante do que apresentar grande quantidade de

conceitos, é fornecer aos jovens maneiras de buscar informações, estimulá-los a

questionar e propor soluções em diversos aspectos sócio-biológicos.

Em suma o maior objetivo do Ensino de Biologia hoje, é que os jovens sejam

crítico, com capacidade de síntese, de reelaborar o conhecimento; relacionando ao seu

contexto social.

Para que tudo isso se efetive, faz-se necessário que o ensino de Biologia seja

ágil e instigante, devendo fomentar a análise crítica e estimular o posicionamento

consciente dos alunos diante de situações no seu cotidiano; espera-se que os alunos

adquiram uma visão crítica do que lhe é proposto e apresente o conhecimento como

resultado do fazer humano, não fragmentado nem atemporal.

Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,

Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles têm origem

nos modelos construídos a partir da investigação da Natureza.

Propiciar o acesso ao conhecimento da história da Biologia, associando os

conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que

originaram sua construção.

Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção

científica não deve ser entendida como uma verdade absoluta.

Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos,

as questões sociais e ambientais.

Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com

obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações

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conceituais, interdisciplinares e contextuais.

Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer

da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados

para estabelecer relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de

aprendizagens anteriores e o que aprende de novo.

Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento.

Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos

da pesquisa científica que envolva a manipulação genética.

Para que se efetive a valorização da cultura dos povos do Campo na escola, é

necessário repensar a organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos

específicos a serem trabalhados, as experiências a serem apresentadas pelos

professores, sinalizando que esta reorganização pode ser articulatória, sistematizando

os conteúdos de Biologia com a realidade do Homem do Campo.

Os saberes escolares localiza-se em dois planos: os saberes da experiência

trazida pelos alunos com os saberes da experiência trazida pelos professores,

somados aos específicos de cada área do conhecimento.

Elencar temas centrais para a prática pedagógica escolar da Escola de Campo,

pode ser um caminho para articular os conhecimentos específicos das áreas. Por

exemplo: Meio Ambiente, Trabalho na terra, Alimentação, Saúde podem ser temas de

projetos escolares, porem a essência do trabalho estará na articulação a ser feita entre

as áreas do conhecimento científico. O envolvimento de professores, equipe

pedagógica, alunos e comunidade rural é um dos caminhos para a realização da

participação social e garantira da qualidade de aproximação disciplinar.

Cabe à escola valorizar as indagações feitas pelos alunos da Escola de Campo

e seu aprofundamento, para que ocorram apropriação e produção de novos

conhecimentos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

* Organização dos seres vivos

* Mecanismos Biológicos

* Manipulação genética

* Biodiversidade

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CONTEÚDOS BÁSICOS

- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

- Sistema biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

- Teorias evolutivas.

- Transmissão das características hereditárias.

- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente.

- Organismos Geneticamente Modificados.

1º. ANO MÉDIO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

-A natureza da vida:

-O que é a vida

- Origem da vida na Terra

- A base molecular da vida

- A descoberta da célula

- Fronteiras da célula

- O citoplasma

- Núcleo e cromossomos

- Divisão celular

- ciclo celular

- Mitose

- Meiose

- Metabolismo energético: respiração celular e fermentação

- Energia para a vida

- ATP, a moeda energética do mundo vivo

- Respiração celular

- Fermentação

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- Metabolismo energético: fotossíntese e quimiossíntese

- Aspectos gerais e etapas da fotossíntese

- Transformação de energia luminosa em energia química

- fotofosforilação acíclica e cíclica

- Ciclo das pentoses

- Quimiossíntese

- O controle gênico das atividades celulares

- Natureza química do geneticamente- Genes e RNA

- Mecanismo de síntese de proteínas

- A diversidade celular dos animais

- Tecidos epiteliais

- Tecidos conjuntivos

- Tecidos sanguíneos

- Tecidos musculares

- Tecidos nervosos

- Reprodução e desenvolvimento

- Reprodução e ciclos de vida

- Desenvolvimento embrionário dos animais

- Desenvolvimento embrionário humano

- Características dos seres vivos

- Níveis de organização em Biologia

- A Biologia e algumas questões da atualidade

- A Biologia como ciência

- A formação da Terra

- Biogênese Versus abiogênese

- Teoria moderna sobre a origem da vida

- Evolução e diversificação da vida

- A química da vida

- Constituinte da matéria viva

- A água e os seres vivos

- Glicídios

- Lipídios

- Proteínas

- Vitaminas

- Organização e Processos celulares

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2º. ANO MÉDIO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- O que é sistemática

- O desenvolvimento da classificação biológica

- O sistema de classificação de Lineu

- O conceito de espécie biológica

- A evolução da vida

- Classificação e parentesco evolutivo

- O reino dos seres vivos:

- Vírus

- Os seres procarióticos - bactérias e arqueas

- Protoctistas: algas e protozoários

- Fungos

- Diversidade e reprodução das plantas

- Desenvolvimento e morfologia das plantas angiospermas

- Fisiologia das plantas angiospermas

- Características gerais dos animais;

- Poríferos e cnidárias

- Platelmintos e nematelmintos

- Moluscos e anelídeos

- Artrópodes

- Equinodermos e protocordados

3º. ANO MÉDIO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Evolução humana; fisiologia I: coordenação nervosa e locomoção;

- Anatomia e fisiologia humana

- Fisiologia humana II: digestão e nutrição;

- Digestão

- O sistema digestório humano

- Nutrição e saúde

- Fisiologia humana III: respiração, circulação e excreção;

- Sistema respiratório

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- Sistema cardiovascular

- Circulação linfática e mecanismos de defesa

- Seres humanos e a manutenção da temperatura interna

- Sistema cardiovascular

- Circulação linfática e mecanismos de defesa

- Seres humanos e a manutenção da temperatura interna

- Sistema urinário

- Fisiologia humana IV: controle hormonal e reprodução

- Controle hormonal

- O ciclo menstrual

- Reprodução humana

- Genética: a primeira lei de Mendel;

- O início da Genética.

METODOLOGIA

Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem

dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de

modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e

compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível,

também, discutir o mecanismo de funcionamento, processo evolutivo, a extinção das

espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a

abordagem do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único

conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho

poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente modificados”, partindo-

se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os

processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação

dos seres vivos.

Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro

conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos

Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo

estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização

dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre sistemas, envolvendo,

inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é

importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento

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da estrutura dos seres vivos,quanto um elemento que permite observar, comparar,

agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma , a abordagem do conteúdo

estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes

grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a

variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio

ambiente, e os seres vivos tem sofrido modificações naturais e as produzidas pelo

homem.

Compreender o fenômeno da Vida e sua complexidade de relações, na disciplina

de Biologia, significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório

permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita mudar conceitos e teorias

elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.

O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deverá ocorrer de forma

integrada, à medida que se discute um conteúdo específico do conteúdo estruturante,

biodiversidade, por exemplo, requer conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e

organização dos seres vivos, para compreender melhor porque determinados

fenômenos acontecem e como a Vida se organiza na Terra para tais implicações dos

avanços biológicos decorrentes.

Como recurso metodológico, é recomendável diagnosticar primeiro as ideias dos

alunos, favorecendo debates em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui

para a formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca conhecer e

compreender a realidade.

Para que aconteça a efetivação do processo pedagógico com os conteúdos

específicos de Biologia em sala de aula, faz-se necessário:

A prática social, que se caracteriza como ponto de partida cujo objetivo é

perceber e denotar, às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão

sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;

A problematização do assunto, implica no momento para detectar e apontar as

questões a serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que

conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências

sociais de aplicação do conhecimento; a instrumentalização, consiste em apresentar os

conteúdos sistematizados para que os alunos assimilem e os transforme em

instrumento de construção pessoal e profissional;

A catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno

e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,

transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender

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e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a

conscientização.

O retorno à prática social, se caracteriza pela apropriação do saber concreto e

pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção

de uma sociedade igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no inicio do

processo passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento para uma fase

de maior clareza e compreensão.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de

mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar

comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO & GIL-

PÉREZ, 2001).

Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam

uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico

em que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino aprendizagem,

abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à

continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos

constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado

pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a

avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade do

ensino.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.

Pressupõe- se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento

dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.

Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a

verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a

avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos”.

Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do

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114

processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os

obstáculos existentes.

REFERÊNCIAS:

AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia; 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2004.

LAURENCE.J. Biologia: ensino médio, volume único - 1.ed.- São Paulo: Nova Geração, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Biologia, 2008

7.3-PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua

complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das

ciências naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de

natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora

tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e

alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto

estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas

ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências

matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos

conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os seres

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humanos com os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de

condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do Homem sobre a

Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores

produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o

trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do

conhecimento científico, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza,

de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.

Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao

conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é

produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam.

Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa

identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e

compreendê-la, nos diversos momentos históricos.

Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962)

contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento

científico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com

modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados

fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do

desenvolvimento do conhecimento científico: estado pré-científico, estado científico e

novo espírito científico.

No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard

(1996), um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento

científico.

Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com

base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da

natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade

até fins do séc. XVIII.

RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a

divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e

pelas divindades o ser humano expressava o entendimento do mundo natural sob o

ponto de vista “de um mundo divino operando no mundo da natureza” .

Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e

eterno, composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à

Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo

geocêntrico. A explicação para a dinâmica do Universo, sistematizada por Aristóteles,

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pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da

lua, dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas consideradas superiores à esfera

da Terra, referência imóvel e central (modelo geocêntrico).

A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,

principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a

cura de todas as doenças (RONAN, 1997c). Outra interpretação da finalidade da

alquimia relacionava-a com uma prática de investigação a respeito da constituição da

matéria para dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. Tal

interpretação foi superada no século XVIII.

No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período

histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é

constituído para a compreensão da Natureza.

No período do estado científico buscou-se a universalidade do método

cartesiano de investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do

conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais

compreensível.

No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo

como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as

evidências de mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a

transformação da matéria e a conservação de energia.

Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição

da matéria, desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa

matéria na Natureza. Tais estudos, associados aos conhecimentos relativos à lei da

conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza

ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à ideia de criação e destruição e

estabeleceu modelos de transformação da energia na Natureza.

Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-

cartesiano” influenciaram fortemente o pensamento científico que se apropriou das

“verdades” mecanicistas para explicar o funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da

natureza, o movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação.

O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho

científico não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma

elite intelectual que as acessava por meio dos cursos universitários.

No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período

fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de

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divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços

científicos.

A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não

só por educadores em ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm

tido uma grande abrangência. Nesse sentido, torna-se importante discutir os diferentes

significados e funções que se têm atribuído à educação científica com o intuito de

levantar referenciais para estudos na área de currículo, filosofia e política educacional

que visem analisar o papel da educação científica na formação do cidadão.

Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no

compreendera função social da ciência.

Pela natureza do conhecimento científico, não se pode pensar no ensino de

seus conteúdos de forma neutra, sem que se contextualize o seu caráter social, nem

há como discutir a função social do conhecimento científico sem uma compreensão do

seu conteúdo.

Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes

ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras.

O ensino de Ciências deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados,

de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências.

Essas inter-relações devem ser fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência

atividade humana).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia, Biodiversidade.

5ª SÉRIE

ASTRONOMIA

Universo – Galáxias, Movimento do Universo.

Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da

Lua, constelações, dias e noites.

Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.

Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis,

meteoros,meteoritos, cometas.

MATÉRIA

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Constituição da matéria – Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva,

camadas atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células,

unicelular,pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.

ENERGIA

Formas de Energia – Energia elétrica, energia eólica.

Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.

Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.

BIODIVERSIDADE

Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, Diversidade das espécies,

extinção de espécies, comunidade, população.

Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e

características)

Evolução dos seres vivos- Catástrofes naturais e a relação com os seres vivos

Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de

Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo

estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo

a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da

disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo

a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico,

químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

Relações Conceituais: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida,

fósseis, efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio,

gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.

Relações Interdisciplinares : territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

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diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

Relações de Contexto : instrumentos astronômicos, história da astronomia,

contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia: joias, relógios e outros,

mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água, queimadas,

desmatamento, manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação do solo,

conservação dos aquíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global,

biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o

ambiente, coleta seletiva de lixo, reservas ambientais – APA, código florestal brasileiro,

fauna brasileira ameaçada de extinção, ação humana nos ecossistemas,

desmatamento, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de voo , aquecimento

global, saneamento básico, questões de higiene, alimentos transgênicos, aterro

sanitário, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, forno micro ondas,

lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola,

microfone e alto-falante, para-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas,

baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação

ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

6ª SÉRIE

ASTRONOMIA

Astros – Constituição físico-química dos astros.

Movimentos terrestres -Estações do ano,dia e noite, etc

Movimentos celestes -Movimentos aparentes do céu, eclipsese do sol e da

lua,Composição fisio-1uímica do sol, etc.

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MATÉRIA

Constituição da matéria – Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes

do surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto

terrestre,núcleo terrestre, estrutura química da célula.

Sistemas Biológicos

Célula – Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular,

fotossíntese, reserva energética.

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres

vivos, órgãos e sistemas animais e vegetais,

ENERGIA

Formas de Energia – Energia luminosa, energia térmica

Transmissão de Energia – A interferência da energia luminosa nos seres vivos,

sistemas ectotérmicos, sistemas endotérmicos,

BIODIVERSIDADE

Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o

surgimento da vida, geração espontânea.

Organização dos Seres Vivos – , diversidade das espécies, extinção de

espécies.

Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,

populações.

Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de

Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo

estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo

a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da

disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo

a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico,

químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais.

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POSSÍVEIS RELAÇÕES

Relações Conceituais: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de

ozônio, a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia

renováveis e não renováveis, Ilhas de calor, entre outras.

Relações Interdisciplinares : territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

Relações De Contexto : Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da

água, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo

para agricultura, contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico, elevadores

hidráulicos, lixo e o ambiente, unidades de conservação, ocupação da mata atlântica,

exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das

araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas,

desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e

pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos

químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e

ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,

dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos,

automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia,

interferência do ser humano na produção de frutos de comercialização,

comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais,

fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento

básico, medicamentos, influência da alimentação na saúde , aterro sanitário, corantes e

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tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas,

baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação

ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

7ª SÉRIE

ASTRONOMIA

Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo (

Teorias Cosmogônicas), modelos de Universo finito, modelos de Universo infinito,

modelos de Universo inflacionário, modelos de Universo em expansão, a teoria da

relatividade e a cosmologia moderna.

MATÉRIA

Constituição química da matéria – alimentos , sangue, tecidos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular,

fotossíntese, reserva energética.

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e

vegetais, estrutura e funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos

biológicos de diferentes seres vivos, sistemas comparados (aspectos evolutivos),

sistemas exclusivos de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de

acordo com os diferentes grupos de seres vivos e suas particularidades, como por

exemplo, sistema digestório, sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.

ENERGIA

Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa,

energia,nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica.

Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas

Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de

Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo

estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo

a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da

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disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo

a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico,

químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

Relações Conceituais: a ação de substâncias químicas no organismo, gases,

fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.

Relações Interdisciplinares : territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

Relações de Contexto : tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e

degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica,

biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo

homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de

comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e

soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene,

tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia,

melhoramento genético e transgênica, alimentos transgênicos, exames sanguíneos,

transfusões e doações sanguíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise,

terapia gênica, CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas,

métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, reprodução humana

assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e

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questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,

educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

8ª SÉRIE

ASTRONOMIA

Astros – Marés.

Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.

MATÉRIA

Propriedades da matéria – Massa ,volume densidade ,

compressibilidade,elasticidade,divisibilidade,indestrutibilidade, impenetrabilidade

,maleabilidade ,ductibilidade, flexibilidade, elasticidade, permeabilidade,

condutibilidade, dureza,tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos -Sistema nervoso,Sistema sensoria,

sistema reprodutor e endócrino.

Mecanismos de herança genética - Noções de hereditariedade,

cromossomos, gene,DNA, RNA, mitose, meiose.

ENERGIA

Formas de energia- Elementos conversores de energia, fontes de energia a

sua relação com a lei da conservação.

Conservação de Energia – Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria,

eletro magnetismo, movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho,

potência,eletro magnetismo, conversão de energia potencial em cinética.

BIODIVERSIDADE

Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas,

relações intraespecíficas.

Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de

Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo

estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo

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a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da

disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo

a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico,

químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

Relações Conceituais: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis,

Ilhas de calor, máquinas simples – alavancas, polia, engrenagens, entre outras.

Relações Interdisciplinares : territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas

de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

Relações de Contexto : lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável,

elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica,

óculos, telescópios , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na

produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, influência da

alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização

Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica,

dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes

e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e

fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia,

instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno micro ondas, lâmpadas,

chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-

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falante, para-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e

questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,

educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –

história e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos

indígenas, Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.

Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri-étnica , lei 11.645/03/08 que integra

a História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e

Médio.

METODOLOGIA

Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem

de Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados,

para que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas

conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos,

caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.

A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é

incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele

a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica

ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de

significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de

associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo escolar a ser

aprendido não consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de

aprendizagem mecânica, ou seja, quando as novas informações são aprendidas sem

interagir com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa

decora fórmulas, leis, mas esquece após a avaliação.

Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em

primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser

memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica.

Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente

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significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o

significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado

psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma

filtragem dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio.

Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso

trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho

pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os

interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica

dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os

avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das

relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos

disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de

aprendizagem para um bom resultado final.

Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais

tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos,

assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e

a atividade experimental.

Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos

instrucionais, dentre outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento

cognitivo dos estudantes.

Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no

processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento

das concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a

concepção de ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino.

Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de

forma bem articulada os seguintes itens:

· recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais

como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,

música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,

modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre

outros), microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,

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exposições de ciência, seminários e debates.

As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais

são fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma

significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a

problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais e o lúdico.

Abordagem problematizadora

A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar

um novo conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento

alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar.

A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas

dimensões: na primeira, levaremos em conta o conhecimento de situações

significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda,

realizaremos a problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do

conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados.

Relações contextuais

Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o

contexto histórico e geográfico do nosso aluno, com outros momentos históricos, com

os interesses políticos e econômicos que levaram à sua produção para que o

conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode ser

um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e próximo

à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A

contextualização pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a

opção por iniciar a nossa prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.

Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos

escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre

outras. Esta aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de

metodologias que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros,

voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos produtores

do conhecimento

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Relações interdisciplinares

A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que

muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros

conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os

tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se

estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são

incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações

interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos de

outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o

conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.

Pesquisa

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do

conhecimento. Essa estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela

interpretação desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser

apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos

sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno,

pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias e explicitar seu

entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na

apresentação oral o aluno deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a

compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.

Divulgação científica

A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos

e nós, professores, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior

aprofundamento de conceitos. Cabe analisarmos o material a ser trabalhado, levando

em conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a

linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser

utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:

1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br

2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional –

Disponível em www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).

3.Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da

Editora Duetto – Disponível em www.sciam.com.br

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4.Portal dia-a-dia educação – Projeto Folhas – Disponível em

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

5.Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação –

Disponível em www.mec.gov.br

Atividade em grupo

No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências,

apresentar suas proposições aos outros alunos, confrontar ideias, desenvolver espírito

de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências

dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de

conhecimento pelo estudante.

Observação

A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar

fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por

outro lado, permite que nós, professores, perceber as dificuldades individuais de

interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas teórico-conceituais.

Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da

disciplina, pois o aluno pode desenvolver observações e superar a simples

constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria

observação possibilita.

Atividade Experimental

A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se

como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós,

professores, de forma a desenvolver o interesse nos alunos e criar situações de

investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço

possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços

pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.

Entretanto, é importante que nossas práticas proporcionem discussões, interpretações

e se coadunem com os conteúdos trabalhados na sala. Não devemos, portanto,

propiciar apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das

aulas teóricas.

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Recursos instrucionais

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser

usados na análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e

na avaliação da aprendizagem. Esses recursos são instrumentos potencialmente

significativos para sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa

e subsidiam nosso trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos

por elementos extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da

interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso aluno criar

sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no

momento da aula, seja no momento da avaliação.

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas

a serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter

estruturas diversas, pois ultrapassam a ideia de serem apenas sínteses conceituais.

Lúdico

O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se

de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o

interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas

habitualmente por nós, professores. O lúdico permite uma maior interação entre os

assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta interação, maior será o nível de

percepções e re estruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico será

considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da faixa etária do

aluno, porém, adequaremos a elas quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos

recursos utilizados como apoio.

AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser

contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

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INSTRUMENTOS

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à

concepção de avaliação contínua e formativa.

Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno,

então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de

ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.

INSTRUMENTO 1

ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS

A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos

a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio

do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, devemos considerar algumas

situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os

critérios de avaliação.

Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão

atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem

como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se

perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a

discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os

conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada

disciplina.

Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar: houve compreensão das

ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de

questionamentos, concordâncias ou discordâncias; o aluno, ao falar sobre o texto,

expressou suas ideias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada;

foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

INSTRUMENTO 2

PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

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O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica,

constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno

o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando.

Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa

construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.

O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso

requer que tenhamos conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros

quanto periódicos ou outros materiais, para podemos fazer indicações de leituras para

nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos indicar artigos ou

textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno

tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.

A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que

se propõe ao aluno.

Passos para uma consulta bibliográfica:

1.Contextualização: Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o

contexto (espaço / temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma

introdução ao tema.

2.Problema: Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema,

apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de

solução para o problema.

3.Justificativa: Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em

que alunos e professores encontram-se inseridos.

4.Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica: É o texto escrito pelo aluno, a

partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos lidos, através

de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão

atendendo as orientações.

INSTRUMENTO 3

PRODUÇÃO DE TEXTO

As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e

interativa da linguagem e o processo inter-locutivo. Isso significa compreender que a

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linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de

linguagem que se concretizam nas atividades humanas. Qualquer texto produzido é

sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.

Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que

solicitaremos aos nossos alunos para que eles possam assumir-se como locutor e,

desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como

dizer, interlocutores para quem dizer.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na

verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma

função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”.

Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que

podem e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de

escrita numa abrangência maior de esferas de atividade.

Na prática da escrita, há três etapas articuladas: planejar o que será produzido,

tendo em vista a intenção; escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;

revisar, re-estruturar e re-escrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidade, etc.);

Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);

Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe

diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da

disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Elaborar argumentos consistentes;

Produzir textos respeitando o tema;

Estabelecer relações entre as partes do texto;

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

INSTRUMENTO 4

PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL

A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão

do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a

organização e exposição das ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um

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trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada

em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação

Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de

um conteúdo).

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:

Conhecimento do conteúdo;

Argumentos selecionados;

Adequação da linguagem;

Sequência lógica e clareza na apresentação;

Produção e uso de recursos;

INSTRUMENTO 5

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação.

São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que

está ocorrendo.

Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro,

o acaso, a intuição. Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados

ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do

conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto.

É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele

conhecimento com o qual nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta

significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito

mais do que com a sofisticação dos equipamentos.

A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua

compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já

construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre

outras possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente dos materiais,

só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas.

Não conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas

atividades forem apenas eventuais.

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A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para

que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das

hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes para avaliarmos

juntos a atividade.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

g- quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,

h- do conceito a ser construído ou já construído,

i- a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre

outras possibilidades.

INSTRUMENTO 6

PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO

O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas

alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a

construção de conhecimentos e para a formação dos nossos alunos como agentes

sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o trabalho de campo

como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação

investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica

que possibilita a formulação de noções ou conceitos; a realização das ações,

notadamente no trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o ato de

fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo

exclusivo de nós, professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel

de protagonista da própria aprendizagem.

Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a

busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma

experiência educacional insubstituível.

Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo: Preparar o

conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico,

discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses do

alunos e suas expectativas; Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo

antecipadamente; Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções

necessárias, questionamentos ou problematização; Os alunos devem ser orientados

para registrarem as informações, no local; Definir o material necessário para a

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pesquisa de campo; Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem

proceder, o que levar; Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do

material coletado, concluindo assim o trabalho prático.

O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos

alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em

relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.

A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis,

produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos

avaliaram sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade

de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo.

INSTRUMENTO 7

RELATÓRIO

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os

relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da

comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao aluno a

reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi

desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre

outras.

O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou

desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados

podem-se extrair deles.

Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades

desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.

O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou

procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados

obtivemos.

São elementos do relatório:

1.Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao

relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do

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conteúdo abordado, dos conceitos construídos.

2.Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se

deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não

pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito

do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

3.Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos

resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações

interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode

utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos

resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade,

os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram

origem à atividade em questão.

Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a

atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o

aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os

objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar ao

estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem

alcançada.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Avaliaremos analisando os elementos do relatório.

INSTRUMENTO 8

SEMINÁRIO

O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa,

a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde

cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos

apresentados.

A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as

explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato

direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.

Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se

fossem aulas expositivas dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados

em livros. Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela

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equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com

especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em

público, ordene as ideias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e

fale aos colegas com seriedade.

Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa

parte, pois podemos cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se

expressar. É importante que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com

valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante

que avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas

réplicas; a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos

utilizados); a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos

trazidos para enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções

dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.

O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde

falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com

os alunos na ocasião em que o seminário for proposto.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

• a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas

réplicas;

• a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos

utilizados);

• a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;

• os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;

• a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que

assiste a apresentação.

INSTRUMENTO 9

DEBATE

É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos

tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso

garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do

debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em

possíveis critérios de avaliação:

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1.Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos

divergentes;

2.Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;

3.Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua

posição;

4.Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;

5.Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da

superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior

aproximação possível entre as posições dos participantes;

6.Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate. Além disso, o debate nos

possibilita avaliar:

o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;

o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;

a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o

conteúdo da disciplina.

INSTRUMENTO 10

ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS

Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderemos, entre

várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo

discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como

metáfora do que está sendo exposto.

O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua

efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de

questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no

que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a

linguagem utilizada.

Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa

disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou

expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.

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A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:

Z- a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;

AA- a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto

literário lido.

BB- o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.

INSTRUMENTO 11

ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS

Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que

podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.

O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a

nossa pesquisa sobre o recurso a ser levado para os alunos.

Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo

abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem

específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização

do conteúdo cabe a nós, professores.

As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar,

entre outros critérios:

• a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;

• a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual;

• o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;

INSTRUMENTO 12

TRABALHO EM GRUPO

O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos,

na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de

aprendizagem.

A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas

envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de

atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o

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conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua

aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas ações são as de um orientador que

acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as

atividades.

Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de

formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se

como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho

coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para

nós, são socializadas no grupo.

O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam

elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos

e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,

na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;

Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua

relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

INSTRUMENTO 13

QUESTÕES DISCURSIVAS

Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam

verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.

Uma questão discursiva nos possibilita avaliar o processo de investigação e

reflexãorealizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos

conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos

com maior clareza o erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância

pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas

características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo

abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que

escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser

considerados:

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Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta

compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o

próprio enunciado carece de clareza e objetividade.

Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa

foi adequada.

Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da

norma padrão da língua portuguesa.

Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.

Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma

clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau

de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que

constituem o processo de avaliação.

INSTRUMENTO 14

QUESTÕES OBJETIVAS

Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da

avaliação, nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu

principal objetivo é a fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e

esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a

compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão devemos

definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a

não cometer injustiças.

A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do

enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de

se utilizar de conhecimentos adquiridos.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Ciências. Curitiba, Disponível em:http://www.ciencias.seed.pr.gov.br. Acesso em 25 de

outubro de 2010.

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7.4-PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A educação física é uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza

formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança, ginástica.

Formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de

cultura corporal.

A perspectiva da educação física escolar, que tem como objeto de estudo o

desenvolvimento da aptidão física do homem, tem contribuído historicamente para

defesa dos interesses da classe no poder mantendo a estrutura da sociedade

capitalista.

Apóia-se nos fundamentos sociológicos, psicológicos e enfaticamente, nos

biológicos para educar o homem forte, ágil, apto, empreendedor, que disputa uma

situação social privilegiada na sociedade competitiva de livre concorrência: a

capitalista. Procura, através da educação, adaptar o homem à sociedade, alienando-o

da sua condição de sujeito histórico, capaz de interferir na transformação da mesma.

Recorre a filosofia liberal para a formação do caráter do indivíduo, valorizando a

obediência, o respeito às normas e à hierarquia.

Nessa linha de raciocínio pode-se constatar que o objeto é desenvolver a

aptidão física. O conhecimento que se pretende desenvolver no aluno, é o de através

de atividades corporais, permitir que o mesmo atinja o máximo de sua capacidade

física. Os conteúdos são selecionados de acordo com a perspectiva do conhecimento

que a escola elege para apresentar ao aluno.

Na perspectiva referenciada, o esporte é selecionado porque possibilita o

exercício do alto rendimento e, por isso, as modalidades esportivas selecionadas são

geralmente as mais conhecidas e que desfrutam de prestígio social, como por exemplo,

voleibol, basquetebol etc.

O ensino da educação física escolar, que tem como objeto a reflexão sobre a

cultura corporal, contribui para a afirmação dos interesses de classe

as camadas populares, na medida em que desenvolve uma reflexão pedagógica sobre

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valores como solidariedade substituindo individualismo, cooperação confrontando a

disputa, distribuição em confronto com apropriação, sobretudo enfatizando a

liberdade de expressão dos movimentos à emancipação, negando a dominação e

submissão do homem pelo homem.

A educação física tem também um sentido lúdico que busca instigar a

criatividade humana à adoção de uma postura produtiva e criadora de cultura, tanto no

mundo do trabalho como no do lazer, as quais pretendem possibilitar a comunicação e

a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os outros, com o seu meio

social e natural.

A Educação física traz uma proposta que procura democratizar, humanizar e

diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar de uma visão apenas

biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões: afetiva, cognitiva e

sociocultural dos alunos, incorporando, de forma organizada, as principais questões

que o professor deve considerar no desenvolvimento de seu trabalho, subsidiando as

discussões, os planejamentos e as avaliações da prática da Educação Física nas

escolas. Que reconheça a recreação e o lazer como práticas educacionais importantes

para o desenvolvimento da autonomia, da consciência do movimento, da cidadania, da

comunicação do corpo através da expressão corporal e das manifestações culturais e

suas variações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO FUN DAMENTAL

Os conteúdos estruturantes são os conhecimentos de grande amplitude,

conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de

estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.

Esses conteúdos devem ser abordados em complexidade crescente, pois cada

aluno traz consigo múltiplas experiências que devem ser consideradas no processo

ensino-aprendizagem, e podem ser enriquecidos com experiências corporais das mais

diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada comunidade.

Cada um dos conteúdos estruturantes deverá ser tratado sob uma abordagem

que contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,

históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade

representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças,

na formação social crítica e autônoma.

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A disciplina de Educação Física apresenta os conteúdos estruturantes de acordo

com a DCEs. Caminham juntos os conteúdos básicos e estes estão coerentes com a

justificativa da disciplina no currículo escolar.

Em conformidade com as Leis Nº 10.639/03 e 11.645/08. Nesta disciplina serão

trabalhadas através da expressão corporal (danças e lutas).

Os conteúdos estruturantes como instrumentos para cumprir o objetivo da

disciplina na Educação Básica são os seguintes:

• Esporte;

• Jogos e brincadeiras;

• Ginástica;

• Lutas;

• Dança.

ESPORTE

Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas

esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede

pública de ensino.

Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao

fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,

destrezas motoras, táticas de jogo e regras. Ao trabalhar o conteúdo estruturante

“esporte”, os professores devem considerar os determinantes histórico-sociais

responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos anos, considerando a

possibilidade de recriação dessa prática corporal.

Portanto, o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve sim

contemplar o aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades

esportivas, mas não se limitar a isso. É importante que o professor organize, em seu

plano de trabalho docente, estratégias que possibilitem a análise crítica das inúmeras

modalidades esportivas e do fenômeno esportivo que sem dúvida é algo bastante

presente na sociedade atual.

Conteúdos Específicos

Coletivos futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão;

rugby.

Individuais atletismo; tênis de mesa.

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JOGOS E BRINCADEIRAS

Os jogos e as brincadeiras são pensados de forma complementar, mesmo

apresentando cada qual suas especificidades. Como conteúdo estruturante, ambos

compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação

da realidade.

No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se

mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além

de seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as

possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva.

Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o

desenvolvimento do ser humano, pois atuam como formas de representação do real

através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à escola

fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos. Não obstante,

para que sejam relevantes é preciso considerá-los como tal. Tanto os jogos quanto as

brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados, conforme a realidade regional e

cultural do grupo, tendo como ponto de partida à valorização das manifestações

corporais próprias desse ambiente cultural.

Almeja-se organizar e estruturar a ação pedagógica da Educação Física, de

forma que o jogo seja entendido, apreendido, refletido e reconstruído como

conhecimento que constitui um acervo cultural (COLETIVO DE AUTORES, 1992, apud

PARANÁ, 2008). Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu

processo de criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem

presentes desde sua invenção.

Oportunizar aos alunos a construção de brinquedos a partir de materiais

alternativos discutindo a problemática do meio ambiente através do (re)aproveitamento

de sucatas e a experimentação de seus próprios brinquedos e brincadeiras pode dar

outro significado a esses objetos e a essas ações respectivamente, enriquecendo-os

com vivências e práticas corporais.

Dessa maneira, como conteúdo estruturante da disciplina de Educação Física,

os jogos, brincadeiras e brinquedos compõem um conjunto de possibilidades que

ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a

curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes

atividades.

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Conteúdos Específicos

Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop;

bolinha de gude; ;bets; peteca; fito; pipa; relha; corrida de sacos;

pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus;

queimada; policia e ladrão

Brincadeiras e cantigas de roda

Gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau

no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da

cadeira

Jogos de tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez

Jogos dramáticos Improvisação; imitação; mímica

Jogos cooperativos Futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira

livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

GINÁSTICA

A ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu

corpo, ou seja, as diferentes formas de representação das ginásticas devem ser objeto

de ensino nas aulas de Educação Física.

Ainda, espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os apelos da

mídia no que se refere à apologia do culto ao corpo, aos padrões estéticos e aos

cenários e materiais que afirmam ser essenciais à prática da ginástica, sem deixar de

reconhecê-la como prática corporal sistematizada, ganhou estatuto de disciplina

escolar e importância como atividade para educação dos corpos na sociedade atual.

Ampliando esse olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma

gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais

circenses, a Ginástica Geral, até as esportivizadas: artística e rítmica.

Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de forma que os

alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do

próprio corpo. Com efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia a

interação, o conhecimento e a partilha de experiências, que contribuem para ampliar as

possibilidades de significação e representação do movimento.

Conteúdos Específicos

Ginástica artística/olímpica Solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas

assimétricas

Ginástica rítmica Corda; arco; bola; maças; fita.

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Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step;

core board; pular corda; pilates

Ginástica circense Malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim; perna de

pau

Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela,

rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte)

LUTAS

As lutas, como cultura humana, historicamente produzidas e repletas de

simbologias, possibilitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde

as lutas foram ou são praticadas. Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante

esclarecer os alunos acerca de suas funções, inclusive apresentando às

transformações pelas quais passaram ao longo de sua trajetória.

De maneira geral, as lutas estão associadas ao contato corporal, a chutes,

socos, disputa, quedas, atitudes agressivas, entre outros. Apesar disso, elas não se

resumem apenas a técnicas, que também são importantes de serem transmitidas, pois

os alunos devem ter acesso ao conhecimento que foi historicamente construído.

O desenvolvimento desse conteúdo deve ser abordado de forma reflexiva,

levando o aluno à uma vivência crítica e consciente. Esse conteúdo pode propiciar

além do trabalho corporal, a aquisição de valores e princípios essenciais para a

formação do ser humano, como por exemplo, cooperação, solidariedade, o

autocontrole emocional, o entendimento da filosofia que geralmente acompanha sua

prática e acima de tudo, o respeito pelo outro, pois sem ele a atividade não se

realizará.

Uma das possibilidades de se trabalhar com as lutas na escola é a partir dos

jogos de oposição, cuja característica é o ato de confrontação que pode ocorrer em

duplas, trios ou até mesmo em grupos.

Conteúdos Específicos

Lutas de aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô

Lutas que mantêm à distância karatê; boxe; muay thai; taekwondo

Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô

Capoeira angola; regional

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DANÇA

A dança pode ser considerada o conteúdo responsável por apresentar as

possibilidades de superação dos limites e das diferenças corporais, uma manifestação

da cultura corporal capaz de levar a reflexão sobre o corpo e suas formas de

expressão, que se concretiza em diferentes práticas, como nas danças típicas

(nacionais e regionais), danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre

outras.

A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita

compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências vividas

na escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo superar os

modelos pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de perceber o mundo

(SARAIVA, 2005, apud PARANÁ, 2008).

O professor poderá aliar aos aspectos culturais e regionais específicos e

vivências dos diferentes estilos de dança, possibilitando a liberdade de recriação

coreográfica e a expressão livre dos movimentos. Outra maneira de abordagem da

dança, nesta perspectiva crítica proposta pelas diretrizes, seria problematizar a forma

como essa manifestação corporal tem se apropriado da erotização do corpo, tornando-

se um produto de consumo do público jovem.

Dessa forma, é importante que o professor reconheça que a dança se constitui

como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois

contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a

cooperação, entre outros aspectos.

Conteúdos Específicos

Dança folclórica

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de são Gonçalo;

frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café;

cuá fubá; ciranda; carimbo

Danças de salão Valsa; merengue; forro; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero;

salsa; swing; tango.

Danças de rua Break; street dance; funk

Danças criativas

Elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência);

qualidades de movimento; improvisação; atividades de

expressão corporal

Danças circulares Contemporâneas; folclóricas; sagradas

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Sendo assim, a Educação Física para ser entendida e compreendida deve ser

considerada em um plano motor e intelectual, ocorrendo, portanto a integração entre

“FÍSICO E MENTE”

Nas aulas de Educação Física os docentes buscam que os alunos sejam

capazes de:

N- Entender o mundo e sua realidade de forma crítica superadora;

O- Ser solidário, cooperativo e tenha espírito associativo;

P- Entender a necessidade do movimento;

Q- Compreender a necessidade de criar o hábito de praticar as atividades

físicas;

R- Conhecer as regras e penalidades desportivas;

S- Conhecer um pouco da história da Educação Física e dos Desportos;

T- Desenvolver o seu próprio senso-crítico de forma construtiva visando um

mundo com melhor qualidade de vida para si e para seus companheiros.

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido

tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas

corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos

Elementos Articuladores.

Podemos exemplificar isto através dos seguintes sistemas de complexos

temáticos:

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivização;

• Cultura Corporal – técnica e tática;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia.

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,

indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem

no cotidiano escolar. São, a um só tempo, fins e meios do processo de ensino-

aprendizagem, pois devem transitar pelos conteúdos estruturantes e específicos de

modo a articulá-los o tempo todo.

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CULTURA CORPORAL E CORPO

O corpo deve ser entendido em sua totalidade, ou seja, o ser humano é o seu

corpo, que sente, pensa e age. Os aspectos subjetivos de valorização – ou não – do

corpo devem ser analisados sob uma perspectiva crítica da construção hegemônica do

referencial de beleza e saúde, veiculado por mecanismos mercadológicos e midiáticos,

que fazem do corpo uma ferramenta produtiva e um objeto de consumo.

Faz parte dessa discussão a reflexão crítica sobre a dicotomia corpo-mente.

Todas as discussões que envolvem o corpo devem estar atreladas às manifestações e

práticas corporais no interior das aulas de Educação física.

CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

Esse elemento articulador ganha relevância porque, ao vivenciar os

aspectos lúdicos que emergem das e nas brincadeiras, o aluno torna-se capaz de

estabelecer conexões entre o imaginário e o real, e de refletir sobre os papéis

assumidos nas relações em grupo. Reconhece e valoriza, também, as formas

particulares que os brinquedos e as brincadeiras tomam em distintos contextos e

diferentes momentos históricos, nas variadas comunidades e grupos sociais.

Dessa maneira, a ludicidade como elemento articulador, apresenta-se como uma

possibilidade de reflexão e vivência das práticas corporais em todos os conteúdos

estruturantes, desde que não esteja limitada a uma perspectiva utilitarista, na qual as

brincadeiras surgem de modo descontextualizado, em apenas alguns momentos da

aula, relegando o lúdico a um papel secundário.

Os aspectos lúdicos representam uma ação espontânea, de fruição, que

interfere sobre e na construção da autonomia, que é uma das finalidades da

escolarização.

CULTURA CORPORAL E SAÚDE

Esse elemento articulador permite entender a saúde numa dimensão

histórico-social. Portanto, é contrária à tendência dominante de conceber a saúde como

querer individual. Na esteira dessa discussão, propõem-se alguns elementos a serem

considerados como constitutivos da saúde:

• Nutrição: abordagem das necessidades diárias de ingestão de carboidratos,

de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de aminoácidos, e também de seu

aproveitamento pelo organismo, no processo metabólico que ocorre durante uma

determinada prática corporal;

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• Aspectos anatômicos e fisiológicos da prática corporal: trata-se de conhecer

o funcionamento do próprio corpo, identificar seus limites na relação entre prática

corporal e condicionamento físico, e propor avaliação física e seus protocolos;

• Lesões e primeiros socorros: abordam-se informações sobre as lesões mais

freqüentes ocorridas nas práticas corporais e como tratá-las a partir das noções de

primeiros socorros. Trata-se, ainda, de discutir as conseqüências ou seqüelas do

treinamento de alto nível no corpo dos atletas;

• Doping: discutem-se as influências das condições econômicas, sociais,

políticas e históricas no uso de substâncias ilícitas, por atletas e não-atletas, numa

sociedade pautada na competição exacerbada; os motivos, os valores determinantes

no uso de esteróides anabolizantes e seus efeitos.

Propõe-se ainda a sexualidade, que pode ser analisada sob, no mínimo, dois

aspectos: primeiro, que a entende como fruição, prazer, alegria, encontro; segundo, a

respeito do que ela representa em termos de miséria humana: prostituição infantil,

dominação sexual, sexismo, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis

entre outros. Na prática pedagógica, para dirimir as diferenças, sugere-se jogos mistos,

trazendo a responsabilidade da discussão para o aluno, mostrando a importância do

convívio social entre os mesmos, através da mudança de regras.

Nessa perspectiva, ter saúde, estar saudável não pode ser atribuído tão

somente a uma responsabilidade do sujeito, mas sim, compreendidos no contexto das

relações sociais, por meio de práticas e análises críticas dos discursos a ela relativos.

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

O mundo do trabalho torna-se elemento articulador dos Conteúdos Estruturantes

da Educação Física, na medida em que concentra as relações sociais de

produção/assalariamento vigentes na sociedade em geral e na Educação Física em

específico. A profissionalização esportiva, o assalariamento de diversos atletas são

exemplos de temas que devem ser abordados.

Outro aspecto a ser abordado é a o caráter utilitarista que a Educação Física

tem assumido na formação dos alunos. A Educação Física já esteve associada a

formação do trabalhador eficiente, adaptado.

Na crítica a esse processo, o professor poderá propor atividades que alertem os

alunos para os reais sentidos de tal prática, como exemplo dos exercícios calistênicos,

tão difundidos no interior da escola no período de ditadura militar.

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CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO

A desportivização deve ser analisada à luz da padronização das práticas

corporais. Isso significa que o primeiro objetivo de tornar qualquer atividade um

esporte, é colocá-la sob normas e regras padronizadas e subjugadas a federações e

confederações, para que sua difusão seja ampla em todo o planeta, deixando o

aspecto criativo da expressão corporal num segundo plano.

Isso não significa que a criatividade não está mais presente nos esportes. É só

lembrarmos de inúmeras jogadas criadas por jogadores de futsal, ou dos movimentos

criativos da ginástica rítmica. Apesar disso, a objetividade é predominante no esporte

rendimento e, portanto, priorizada em detrimento da criatividade.

Com esse olhar, o professor poderá discutir com seus alunos as contradições

presentes nesse processo de esportivização das práticas corporais pois, no ensino de

Educação Física, é preciso compreender o processo pelo qual uma prática corporal é

institucionalizada internacionalmente com regras próprias e uma estrutura competitiva e

comercial.

CULTURA CORPORAL - TÉCNICA E TÁTICA.

Os aspectos técnicos e táticos são elementos que estão presentes nas mais

diversas manifestações corporais, especificamente naquelas que constituem os

conteúdos da Educação Física na escola. A técnica é, nesse sentido, fundamento

central para pensar os diferentes conteúdos da Educação Física, fruto do rigor

científico e do desejo humano em criar estratégias e métodos mais eficientes para

educar e padronizar gestos das diversas práticas corporais.

Não se trata de negar a importância do aprendizado das diferentes técnicas e

elementos táticos, mesmo porque compõem os elementos que constituem e identificam

o legado cultural das diferentes práticas corporais. Mas, sim, conceber que o

conhecimento sobre estas práticas vai muito além dos elementos técnicos e táticos. Do

contrário, corre-se o risco de reduzir ainda mais as possibilidades de superar as velhas

concepções sobre o corpo, baseadas em objetivos focados no desenvolvimento de

habilidades motoras e no treinamento físico, por meio das conhecidas progressões

pedagógicas.

CULTURA CORPORAL E LAZER

A disciplina de Educação Física tem, entre outros, o objetivo de promover

experiências significativas no tempo e no espaço, de modo que o lazer se torne um dos

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elementos articuladores do trabalho pedagógico. Por meio dele, os alunos irão refletir e

discutir as diferentes formas de lazer em distintos grupos sociais, em suas vidas, na

vida das famílias, das comunidades culturais, e a maneira como cada um deseja e

consegue ocupar seu tempo disponível.

O professor de Educação Física pode trabalhar com seus alunos o conceito de

lazer, apresentando seus aspectos históricos, proporcionando uma compreensão mais

ampla de seu significado. Outra forma de se trabalhar com esse elemento articulador

pode ser através de pesquisas relacionadas ao dia-a-dia do aluno, onde o professor

propõe algumas indagações, tais como: o que faço no meu tempo livre? Quais são os

espaços e equipamentos de que me aproprio? Qual é a minha atitude frente ao

tempo/espaço de lazer?

Nesse sentido, trabalhar a questão do lazer nas aulas de Educação Física pode

possibilitar aos alunos, no tempo disponível – fora das obrigações escolares, familiares,

religiosas ou de trabalho – uma apropriação crítica e criativa de seu tempo, por meio da

interiorização do conhecimento historicamente construído e apreendido na escola.

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE

A abordagem sobre a cultura corporal deve conduzir ao reconhecimento e

ampliação da diversidade nas relações sociais1. Por isso, as aulas de Educação Física

podem revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito

entre as diferenças, de desenvolvimento de idéias e de valorização humana, para que

seja levado em conta o outro, numa perspectiva em que a inclusão represente uma

experiência formativa enriquecida pela pluralidade, pela diferença, pelo aprendizado

com os outros.

Ainda quanto ao reconhecimento das diferenças, é preciso valorizar as

experiências corporais do campo e dos povos indígenas. Esses registros culturais têm

riquíssimos acervos, muitas vezes esquecidos porque predominam os modelos

urbanos de educação do corpo. Assim, torna-se pertinente valorizar as práticas

corporais de cada segmento social e cultural nas escolas do campo e indígenas, tanto

quanto nas escolas urbanas.

Outra experiência que pode contribuir para a formação dos alunos é a

participação em esportes adaptados, facilitando a abordagem das dificuldades

1 Ressalta-se o que estabelece a Lei 10.639/03, que torna obrigatória a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira, em todos os currículos.

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encontradas pelos portadores de necessidades especiais. Busca-se, com isso, uma

conscientização das diferenças existentes entre as pessoas, tendo como pressuposto

básico de convivência o respeito e o convívio social.

CULTURA CORPORAL E MÍDIA

Esse elemento articulador deve propiciar a discussão das práticas corporais

transformadas em espetáculo e, como objeto de consumo, diariamente exibido nos

meios de comunicação para promover e divulgar produtos. Para uma análise crítica

dessa concepção das práticas corporais, diversos veículos de comunicação podem

servir de referência, quais sejam: programas esportivos de radio e televisão, artigos de

jornais, revistas, filmes, documentários, entre outros.

A atuação do professor de Educação Física tem sua importância no sentido de

aprofundar a abordagem dos conteúdos, considerando as questões veiculadas pela

mídia em sua prática pedagógica, de modo a possibilitar ao aluno discussão e reflexão

sobre questões como: a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde,

consumo; os extremos sobre a questão salarial dos atletas; os extremos de padrões de

vida dos atletas; o preconceito e a exclusão; a ética que permeia os esportes de alto

nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia.

CONTEÚDOS PARA ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

j- Esportes, jogos, ginástica, lutas e danças. ( conteúdos estruturantes);

k- Elementos articulares: a desportização, a mídia, a saúde, o corpo, a tática

e a técnica, o lazer, a recreação.

2ª SÉRIE

• Esportes, jogos, ginástica, lutas e danças. ( conteúdos estruturantes);

• Elementos articulares: a desportização, a mídia, a saúde, a qualidade de

vida, o corpo, primeiros socorros, a tática e a técnica, o lazer, a recreação.

3ª SÉRIE

CC- Esportes, jogos, ginástica, lutas e danças. ( conteúdos estruturantes);

DD- Elementos articulares: o estilo de vida, a organização de eventos,

avaliação física ( cálculos de zona alvo de treinamento), desportização, a mídia, a

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saúde, a qualidade de vida, o corpo, primeiros socorros, a tática e a técnica, o lazer, a

recreação.

METODOLOGIA

As aulas no Ensino Fundamental devem propiciar aos alunos a participação em

atividades corporais, incentivar as relações equilibradas e construtivas com os colegas,

sem qualquer forma de discriminação, valorizar atitudes de respeito mútuo, dignidade e

solidariedade em situações lúdicas e esportivas. Deve transmitir também informações

sobre hábitos saudáveis de vida, despertando o gosto pela atividade física. Sendo

assim, coerente com a concepção metodológica proposta na DCE.

Os recursos didáticos e temáticos a serem utilizados são:

• Retroprojetor;

• Textos históricos evolução das modalidades;

• TV pen drive;

• Vídeo e DVD;

• Aparelho de som;

• Materiais diversos: bolas, cordas, bastões, cone e arcos, materiais de sucata;

pátio e quadra poliesportiva.

Propõem-se que a Educação Física, na Educação Básica, calçada na

concepção de Cultura Corporal, seja fundamentada nas reflexões sobre as

necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na

valorização da educação.

Por isso é de fundamental importância considerar os contextos e experiências de

diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade. Pode e deve ser

trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura

Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da

vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza,

de forma articulada com o projeto político-pedagógico da escola.

Nesse sentido, deve-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento

produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto

histórico, político, econômico e social, representando uma mudança na forma de

pensar o tratamento teórico metodológico dado às aulas de Educação Física, adotando

uma prática que contemple a enorme riqueza das manifestações corporais produzidas

socialmente pelos diferentes grupos humanos.

Portanto, compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa

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entender que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações sociais,

políticas, econômicas e culturais dos povos.

As DCEs apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo e ensino da

Educação Física. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão

sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem

produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em jogos, brinquedos e brincadeiras,

danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como

formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem (COLETIVO DE

AUTORES, 1992, apud PARANÁ, 2008).

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física, a Cultura

Corporal, por meio dos conteúdos estruturantes propostos – esporte; dança; ginástica;

lutas; jogos, brinquedos e brincadeiras – a Educação Física tem a função social de

contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio

corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as

práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a

comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso

de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar

o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias,

nas práticas e nas reflexões.

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

'teórico', mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a

construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar ao mesmo tempo a

expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e, a

reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o princípio da complexidade

crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino

Fundamental quanto no Ensino Médio.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física

na Educação Básica, é preciso levar em consideração, inicialmente, aquilo que o aluno

traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da

realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para

a construção do conhecimento escolar.

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o

professor propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de

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dúvidas sobre os conhecimentos prévios. Por exemplo, levantar a seguinte questão

sobre o jogo: todo jogo é necessariamente competitivo? Será que existe alguma forma

de jogar sem que exista um vencedor no final?

Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado,

para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo,

assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática

corporal. Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas

necessárias, para que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos

estabelecidos.

Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos

alunos que criem outras formas de jogo, vivenciando-as. Neste momento, é possível

também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de ensino-

aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação a prática

realizada.

Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de

experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que

se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

Compreender a educação física num contexto mais amplo significa entender que

esta área de conhecimento é parte integrante de uma totalidade definida por relações

que se estabelecem na realidade social e política.

Na Educação Física tem-se o propósito de desenvolver aulas a partir de

perspectiva, utilizando as mais variadas formas possíveis de movimento para que o

aluno reflita sobre os mesmos, relacionando-os ao mundo onde o homem se

desenvolveu no decorrer de toda a história, através da experiência corporal, dos jogos,

danças, lutas, ginásticas, esportes, entre outros. Para tornar ainda mais interessantes

os conteúdos podem-se ainda ter variações a partir de idéias vindas dos alunos.

E de grande importância que o professor saiba trabalhar com o capitalismo, pois

o mesmo dita formas de agir com o corpo, assim teremos o esporte que pode servir de

potencializador das medidas.

As lutas, considerando as concepções e os aspectos voltados a sua história. A

ginástica como prática corporal abrangente e sistematizadora.

A dança como uma das formas mais primitivas de representação de cultura de

diversos povos, com enfoque no modismo emergente de toda a natureza. Está inserida

dentro do contexto escolar a cultura Afro-Brasileira Africana e Educação Escolar

Indígena.

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O jogo que na sociedade capitalista é apropriado à análise das regras e

preceitos a serem seguidos pelos indivíduos levando-os a organizar atividades de lazer

e recreação dentro da escola que enfatizam a importância do movimento e da

expressão corporal de um povo, assim como suas ideias sobre as mesmas para

diminuir as desigualdades. Utilizando a disciplina com fins recreativos que impliquem

desenvolvimento e capacidade de organizar seus próprios jogos e suas regras.

Compreender a educação física num contexto mais amplo significa entender que

esta área de conhecimento é parte integrante de uma totalidade definida por relações

que se estabelecem na realidade social e política.

AVALIAÇÃO

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a

avaliação está vinculada ao projeto político pedagógica da escola, com critérios

estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade do ensino. Deve ser

contínua e identificar os processos do aluno durante o ano letivo de modo que

considere o que preconiza a LDB 9394/96, pela chamada avaliação formativa em

comparação à avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vista a

diminuir a desigualdades sociais e construir uma sociedade justa e mais humanizada.

Os instrumentos de avaliação serão através de aulas práticas e teóricas,

atividades individuais, em duplas e grupos e também pesquisas e debates permitindo

uma formação contínua.

A avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, de

acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os

critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e

envolvimento dos alunos no processo pedagógico: O comprometimento e envolvimento

dos alunos pode ser avaliado considerando:

K- Se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor;

L- Se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de

jogos e regras;

M- Se o aluno consegue resolver, de forma criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo

soluções para as divergências;

N- Se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja através de

participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

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Partindo-se destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo

contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações

realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os

alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no

processo pedagógico, com objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas. Sugere-se os

seguinte passos:

W- Primeiro momento – início da aula ou bloco de aulas: o professor deve

buscar conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes

realidades dos alunos, problematizando-as. É a primeira fonte de avaliação, que

possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio

por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de

várias formas, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.

X- Segundo momento: é quando o professor propõe atividades correspondentes

à apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de

indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação,

o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização,

os (pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de

situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor

(PALLAFOX e TERRA, 1998, apud PARANÁ, 2008).

Y- Parte final da aula ou bloco de aulas: é o momento em que o professor

realiza, com seus alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso

pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a

expressão corporal. Neste momento, é fundamental desenvolver estratégias que

possibilitem aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o

que mais lhes chamou a atenção.

Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se auto-

avaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes

do seu próprio processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-

se de outros instrumentos avaliativos, como dinâmicas em grupo, seminários, debates,

juri simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo

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pedagógico entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos

demais colegas.

A avaliação deve considerar todas as possibilidades e tentativas do aluno em

explicitar à sua maneira, de que forma compreende os conteúdos abordados.

O professor de Educação Física encontra-se em uma posição para avaliar a

partir de critérios informais e formais, como o interesse, a participação, a organização

para o trabalho cooperativo, o respeito aos colegas, debates, seminários, testes,

pesquisas trabalhos, pois esses aspectos tornam-se bastante evidentes nas situações

de aula. Alem de possibilitar que o aluno construa uma perspectiva positiva em relação

ao seu futuro. Daí a necessidade de explicar aos alunos, logo de início, sobre suas

competências de como, quando e de que modo estará sendo avaliados, para que sua

participação e entendimento do processo de ensino aprendizagem sejam ampliados.

Também será abordado como método para avaliar, a avaliação concomitante,

aquela que, como o nome sugere, ocorre junto ao processo de ensino aprendizagem,

fornecendo dados importantes para o ajustamento das ações educativas, possibilitando

a tomada de decisões quanto a continuidade do programado ou da necessidade de

alterações. E a avaliação final ou somática que se refere aos instrumentos que

pretendem avaliar o final de cada processo de aquisição de conteúdo. Por fim, os

professores devem ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada a parte do

processo de ensino aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com as

discussões sobre as estratégias didático-metodológicas entendendo esse processo

como algo contínuo, permanente e cumulativo.

Em síntese, os instrumentos de avaliação deverão:

5. Ser claros o suficiente para que o aluno saiba o que, como e quando sera

avaliado;

6. Aferir a capacidade do aluno de expressar-se pela linguagem escrita e

falada, sobre a sistematização dos conhecimentos relativos ao conteúdo

ou tema ministrado;

7. Reconhecer o desenvolvimento individual valorizando o aluno e

contribuindo para a auto-estima.

REFERÊNCIAS

DARIRO, Soraya Cristina, ANDRADE, Irene Conceição. EDUCAÇÃO FISICA NA

ESCOLAIMPLICAÇÕES PARA PRÁTICA PEDAGÓGICA. Ed. Guanabara Koogan s.a.

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163

2005.

MATTOS, Mauro Gomes de : NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física na adolescência:

Construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte editora,2000.

www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/diretrizes/dir_em_edfisica.pdf

Diretrizes e Bases do Ensino Médio e fundamental do estado do Paraná 2006.

METODOLOGIA do Ensino da Educação Física/ Coletivo de autores, São Paulo,

Cortez, 1992.

Orientações curriculares de Educação Física – Departamento de Ensino Médio.

7.5-PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Após uma longa trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, com a nova

redação do artigo 33 da LDBEN 9394/96, cumpre destacar que, o Ensino Religioso é

arte integrante da formação básica do cidadão, assegurado o respeito à diversidade

cultural religiosa do Brasil, sendo proibido toda forma de proselitismo.

O Ensino Religioso, embora de matrícula facultativa, cumpre parte importante na

formação da criança, pois, atualmente, em meio a tanta intolerância religiosa faz-se

necessário estabelecer relações entre culturas, espaços e diferenças como forma de

incutir o respeito pela crença do outro.

Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais, culturais

e religiosas em seu social, através da identificação dessas diferenças e semelhanças a

fim de firmar atitudes de paz, compreensão, solidariedade e superação de toda forma

de preconceito.

Reconhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das

pessoas, bem como os símbolos, os rituais e as espiritualidades das diferentes

Tradições Religiosas que orientam a vivência da fé dos adeptos, sua experiência e

relação com Transcendente, desenvolvendo respeito pela experiência e expressão

religiosa das culturas afros do Brasil.

Identificar a diversidade cultural na realidade social e conhecer a origem história

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das diferentes religiões, bem como um dado da cultura, situando-se nele e

desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância e do convívio respeitoso das religiões

africanas presentes no Brasil.

E através das aulas de Ensino Religioso os alunos passam a respeitar o

pluralismo religioso, tendo pensamento e o espírito voltados para o universo religioso,

visando uma educação para a paz, o diálogo, a cidadania, consciência ecológica e

outros temas relacionados a vida cidadã.

Pretende-se com a disciplina de Ensino Religioso que o aluno se torne uma

pessoa esclarecida quanto a diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo e

desta forma, aprender a respeitar os outros nas suas diferenças e a conviver

respeitosamente com pessoas de diferentes religiões e culturas, bem como

proporcionar aos educandos oportunidades de se tornarem capazes de entender os

momentos específicos das diversas culturas, colaborando para a autêntica cidadania.

Os conteúdos trabalhados nas aulas de Ensino Religioso privilegia o estudo das

diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, a partir da concepção prevista na

legislação e nas Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino

Fundamental.

Cultura Afro–Brasileira, Africana e Indígena

A inserção da Lei 10.639/03 que dispões sobre a Cultura Afro–Brasileira e

Africana e a Lei 11.645/08 que se refere à História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

nas Diretrizes Curriculares Nacionais, faz-se necessário para conhecer a situação

desses povos que aqui vivem e aprender a valoriza-los é para que isso aconteça é

preciso trabalhar desde as suas origens até a situação atual. Este tipo de abordagem

leva os alunos a entenderem a complexidade das origens da população brasileira como

uma confluência de heranças que se preservam,vencendo políticas explícitas de

homogeneização cultural havidas no passado, resistindo, recolocando-se, recriando-se,

ativas em diferentes momentos da história.

A existência de cultura, tecnologia e modos de vida própria desses povos são

pontos ainda obscuros na história do Brasil, que está para ser contada: a história dos

negros e dos índios. Como até então, essas questões passaram em branco no ensino

tradicional de História do Brasil e nos livros didáticos, agora, justifica-se um tratamento

à parte, propondo uma visão ampla sobre a trajetória dessas culturas e etnias, como

forma de resgatar a dignidade desses povos que também são partes integrantes e

essenciais da nossa própria história, tais como:

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165

- Estudo sobre a influencia das celebrações religiosas das tradições afros na

cultura do Brasil.

- Pesquisa acerca das religiões africanas presentes no Brasil-

- Pesquisa acerca das religiões indígenas presentes no cotidiano brasileiro.

DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

O compromisso com a formação do cidadão ativo faz com que a escolarização

assuma alguns princípios básicos que, tradicionalmente não era da sua área, até

mesmo era tabu falar sobre determinados assuntos, sexo, por exemplo, só de maneira

conceitual, técnica, pois quem devia falar sobre isso era a família; hoje, já não é

possível ficar alheia à medida que a gravidez na adolescência aumenta a cada ano –

observada na própria escola –, a violência, as drogas já chegaram à escola, e em vista

disso, abordagens sobre indisciplina, meio ambiente, droga dição, saúde, ética entre

outros devem ser discutidos à luz da realidade, pois os temas sugeridos são

fundamentais tanto para a própria formação do aluno quanto para a sua atuação de

modo crítico na sociedade, constituindo-se, pois, de conhecimentos sociais relevantes

e presentes no seu dia-a-dia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª série

Organizações religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais ou escritos

Símbolos Religiosos

6ª série

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

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166

Ritos

Vida e Morte

METODOLOGIA

O Ensino Religioso no sentido de contribuir para a formação da cidadania, como

toda disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria.

Os conteúdos devem ser trabalhados conforme direção dos conteúdos

estruturantes. Observando a linguagem científica e não a religiosa, superando as

tradicionais aulas de religião. Evitando toda e qualquer forma de proselitismo e

doutrinação, trabalhando os conteúdos enquanto conhecimento da diversidade sócio-

político e cultural.

A abordagem desses conteúdos se realizará de modo diversificados,

dependendo dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. E quando

necessário será desdobrado em conteúdos específicos. Contribuindo para a formação

da cidadania, como toda disciplina escolar, tendo uma visão pedagógica e holística, o

educando conhecerá ao longo do Ensino Fundamental os elementos básicos que

compõem o fenômeno religioso, para que possa entender melhor a sua busca pelo

transcendente.

As práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de aula,

serão no sentido de fomentar o respeito às diversidades de manifestações religiosas,

ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, com articulação de conteúdo,

diálogo, sensibilidade à pluralidade, mediar conflitos e também atenção especial aos

alunos com necessidades especiais, na inclusão social.

AVALIAÇÃO

Em Ensino Religioso é necessário destacar que os procedimentos avaliativos

não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a

atribuição de notas ou de conceitos. Não se constitui objeto de reprovação, mas não

deixa de ser importante no processo educativo.

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário definir

os instrumentos e estabelecer os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou

do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras

disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica,

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167

fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui

para a transformação social.

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em

diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser

tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:

- O aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm

opções religiosas diferentes da sua?

- O aluno respeita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

- O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social?

- O aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes

manifestações do sagrado?

A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do

Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e

construir instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo

de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a intencionalidade do

ensino explicitada nos planos de trabalho docente. O que se busca, em última

instância, com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam

a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá

elementos para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem

como para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também

elementos indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados em conteúdos

que desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorganização do trabalho

com o objeto e os conteúdos estruturantes.

Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se

levar em conta as especificidades de oferta e frequência dos alunos nesta disciplina

que todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo

de implementação nas escolas e, por isso a avaliação pode contribuir para sua

legitimação como componente curricular. Apesar de não haver aferição de notas ou

conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o

professor registre o processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à

escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos

na disciplina. A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do

conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de

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concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno

do objeto de estudo do Ensino Religioso, o sagrado, sua complexidade, pluralidade,

amplitude e profundidade.

REFERÊNCIAS

ELIADE, Mercer. Tratado de História das religiões do mundo.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso para o Ensino Fundamental.

MARCHON Bent; KIEFFER, Jean François. AS Grandes Religiões no Mundo.

7.6-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

O cumprimento da exigência intrínseca a qualquer disciplina que figura na

matriz curricular faz surgir uma série de questões e problemas a serem discutidos. Daí

que, da década de 1980 até hoje, os professores de filosofia vêm manifestando uma

preocupação com o conteúdo e a metodologia, em outras palavras, a necessidade de

pensar a relação entre os textos filosóficos e a experiência filosófica no ensino médio.

Segundo Gallo (2004), observa-se hoje no Brasil um movimento de pensar

filosoficamente o ensino de Filosofia, no qual os filósofos têm tomado para si a

responsabilidade de pensar a prática docente nos vários níveis.

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem

compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma

contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a

Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação

e crítica; qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a

qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposições para levantar novas

questões, para repensar, imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da

emancipação humana, do pensamento e da ação livres de qualquer forma de

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169

dominação.

Formação pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a

possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas

múltiplas particularidades e especializações.

Adquirir espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do pensamento

original, da busca da compreensão, imaginação, da investigação, da análise e da

criação de conceitos.

Provocar o despertar da consciência de ensinar a pensar filosoficamente, isto é,

ensinar a exercer a cidadania apoiada no pensamento crítico.

Formar o aluno crítico integrado com a sociedade.

Levar o aluno a desenvolver estilo próprio de pensamento

Levar o aluno a pensar, discutir, argumentar, criar e recriar para si os conceitos

filosóficos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia

O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria

explicações. Ao criar explicações, cria pensamentos, processo em que estão presentes

tanto o mito como a racionalidade. Ou seja, a base mitológica, como pensamento por

figuras, e a base racional, como pensamento por conceitos, são constituintes do

conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado porque, a partir

dele, o homem desenvolve ideias, inventa sistemas, cria conceitos, elabora leis,

códigos e práticas.

Dentro deste conteúdo estruturante serão abordados os seguintes conteúdos

básicos: Saber mítico; Saber filosófico;~Relação mito e filosofia; Atualidades do mito; O

que é filosofia.

Teoria do Conhecimento

Constituída como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma apenas

na Idade Moderna, a teoria do conhecimento se ocupa de modo sistemático com a

origem, a essência e a certeza do conhecimento humano. Basicamente, aborda

questões como:

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170

• Critérios de verdade – O que permite reconhecer o verdadeiro?

• Possibilidade do conhecimento – Pode o sujeito apreender o objeto?

• Âmbito do conhecimento – Abrange ele a amplitude do real ou se

restringe

ao sujeito que conhece?

• Origem do conhecimento – Qual é a fonte do conhecimento?

]

Os conteúdos básicos são os seguintes: Possibilidades do Conhecimento; As

formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento

e lógica.

Ética

Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Um dos grandes problemas

do campo da ética é o da relação entre o sujeito e a norma. Essa relação é

eminentemente tensa e conflituosa, uma vez que todo estabelecimento de norma

implica cerceamento da liberdade. Assim, “compete à tessitura das forças sociais

convencionar entre ambos alguma forma de equilíbrio; ou então, por vezes, reconhecer

que o equilíbrio se faz difícil e mesmo impossível” (BORNHEIM, 1997,p. 247).

A ética possibilita análise crítica para atribuição de valores. Pode ser ao mesmo

tempo especulativa e normativa, crítica da heteronomia e da anomia e propositiva na

busca da autonomia. Por isso, a ética possibilita o desenvolvimento de valores, mas

pode ser também o espaço da transgressão, quando valores impostos pela sociedade

se configuram como instrumentos de repressão, violência e injustiça.

A ética enquanto conteúdo escolar tem por foco a reflexão da ação individual ou

coletiva na perspectiva da Filosofia. Mais que ensinar valores específicos trata-se de

mostrar que o agir fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais

que o agir sem razão ou justificativas.

Conteúdos Básicos que serão abordados: Ética e moral; Pluralidade ética; Ética

e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade

das normas.

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Filosofia Política

A Filosofia Política busca compreender os mecanismos que estruturam e

legitimam os diversos sistemas políticos, discute relações de poder e concebe novas

potencialidades para a vida em sociedade. As questões fundamentais da política

perpassam a História da Filosofia, nas obras de grandes pensadores, da antiguidade à

contemporaneidade.

As sociedades que transformaram o poder político em coisa pública,

transparente, participável e voltado à construção do bem comum, são exceções no

espaço e no tempo. Se, por um lado, a modernidade está distante do ideal da polis

ateniense ou da res-publica romana, por outro é preciso reconhecer que ela trouxe

conquistas fundamentais, como a valorização da subjetividade e da liberdade

individual. Mas, a valorização exacerbada da esfera dos interesses privados nos

afastou da esfera pública e dos interesses comuns e, por isso, o modelo da

representação política tem sido a forma hegemônica do retorno da democracia nas

sociedades modernas. No entanto, é preciso considerar que atravessamos uma crise

da representação política que coloca em questão o atual modelo dos chamados

Estados democráticos liberais.

No Ensino Médio, a Filosofia Política, por meio dos textos filosóficos, tem por

objetivo problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,

igualdade e liberdade, dentre outros, de maneira a preparar o estudante para uma ação

política consciente e efetiva. Na sequência são apresentados os Conteúdos Básicos:

Relação entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e

ideologia;Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa.

Filosofia da Ciência

Filosofia da Ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos

resultados das diversas ciências. Sua importância consiste em refletir criticamente

sobre o conhecimento científico, para conhecer e analisar o processo de construção da

ciência do ponto de vista lógico, linguístico, sociológico, político, filosófico e histórico.

Ciência e tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo

empirista e pragmatista da pesquisa aplicada. A Filosofia da Ciência nos mostra que o

conhecimento científico é provisório, jamais acabado ou definitivo, sempre tributário de

fundamentos ideológicos, religiosos, econômicos, políticos, históricos e metodológicos

No Ensino Médio, portanto, importa estudar a Filosofia da Ciência na perspectiva

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da produção e do produto do conhecimento científico, problematizar o método e

possibilitar o contato com o modo como os cientistas trabalham e pensam.

Assim os conteúdos básicos serão os seguintes: Concepções de Ciência; A

questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

Estética

A atitude problematizadora e investigativa, característica da Filosofia, volta-se

também para a realidade sensível. Compreender a sensibilidade, a representação

criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as

relações do homem com o mundo e consigo mesmo, é objeto do conteúdo estruturante

Estética.

Voltada principalmente para a beleza e à arte, a Estética está intimamente ligada

à realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir,

completar, alterar, apropriar-se do mundo como realidade humanizada.

Aos estudantes do Ensino Médio, a Estética possibilita compreender a apreensão da

realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da

atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que

contribuem para constituir sujeitos críticos e criativos.

Os conteúdos básicos serão os seguintes: Natureza da arte; Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublima, trágico, cômico,grotesco, gosto, etc.; Estética

e sociedade.

METODOLOGIA

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos

específicos se realizará em quatro momentos:

l- a mobilização para o conhecimento;

m- a problematização;

n- a investigação;

o- a criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma

imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música.

São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e

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motivar possíveis relação entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser

desenvolvido.

Iniciando o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a investigação e

a criação de conceitos, o que n~´ao significa dizer que a mobilização não possa ocorrer

diretamente a partir do conteúdo problematizado.

A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando o

professor e estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o

conteúdo. É importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização.

Filmes, música, textos e outros podem ser retomados a qualquer momento do

processo de aprendizagem.

Por meio da investigação, através do professor o aluno é convidado a analisar o

problema, podendo ser o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica. Visto

que é imprescindíveis recorrer à história da Filosofia e os textos clássicos dos filósofos,

com diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já

elaboradas, que orientam e dão qualidade à discussão.

É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades

investigativas individuais e coletivas que organizem e oriente o debate filosófico,

dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

A leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a

investigação seja fundamento no processo de criação de conceitos no ensino da

Filosofia.

O bom planejamento.

O livro didático público possibilita o trabalho com os quatro momentos do ensino

da Filosofia.

AVALIAÇÃO

Conforme a LDB nº 9394/96, no seu artigo 24, a avaliação deve ser concebida

na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo

redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,

mesmo não concordando com elas, pois o que está em questão é a capacidade de

argumentar e a de identificar os limites dessas posições.

Deve ser levados em conta a atividade com conceitos, a capacidade de construir

e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e

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discursos.

Trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• qual conceito trabalhou e criou/recriou;

• qual discurso tinha antes;

• qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por

meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o

estudo.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Filosofia, Disponível em: http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/ Acesso em 26 de outubro

de 2010.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro

Didático Público. Fílosofia/ vários autores. 2ª Edição, Curitiba:SEED-PR, 2006.

Disponível

em:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/l

ivro/filosofia/seed_filo_e_book.pdf. Acesso em 26 de outubro de 2010.

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7.7-PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

FÍSICA

APRESENTAÇÃOGERAL DA DISCIPLINA

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por

isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida,

segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Isto é, o Universo – sua

evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem. Ressalte- se que os

conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são

coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no

intuito de explicar e entender essa natureza.

Os conhecimentos que temos hoje sobre o mundo físico resultam de um longo

processo histórico de experiências, descobertas, acertos e erros que na luta pela

sobrevivência o homem obrigatoriamente teve que dominá-lo. Através da interação

com a natureza, o homem aprendia e transmitia os conhecimentos adquiridos para as

suas gerações futuras.

Quando o homem pré-histórico usou uma pedra para abrir o crânio de um animal

ou fez um arco para atirar uma flecha, ele incorporou conhecimentos de Mecânica. Os

primeiros povos civilizados, na mesopotâmia e no Egito, aprenderam, entre outras

coisas a bombear água para as plantações, transportar e levantar enormes blocos de

pedra, a construir monumentos, eles estavam começando a desenvolver e aplicar

conhecimentos físicos.

As evoluções do conhecimento humano e físico estão intimamente ligadas, e

estas evoluções, uma vez que resultam da ação coletiva de alguns homens notáveis e

das condições históricas de uma determinada sociedade que favorece ou não a

ampliação do saber.

A Física estuda os fenômenos naturais tal como eles ocorrem no espaço e no

tempo e os descreve por meio de teorias expressas em uma linguagem matemática.

Com a ajuda da Física, podemos utilizar algumas formas de energia e fazê-las

trabalhar para nós, por este motivo que o conhecimento das leis e dos fenômenos

físicos constitui um complemento indispensável à formação cultural do homem

moderno, não só em virtude do grande desenvolvimento cientifico e tecnológico do

modo atual, como também porque o mundo da física nos rodeia por completo.

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Nos nossos dias, as teorias físicas permitem predizer resultados experimentais

com grande precisão e muitas delas tiveram aplicações tecnológicas que

transformaram consideravelmente nosso modo de vida. Entende-se, então, que a física

deve educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito

crítico, capaz de admirar a beleza da produção cientifica ao longo da história e

compreender a necessidade dessa dimensão do conhecimento para o estudo e o

entendimento do universo de fenômenos que o cerca, bem como a não neutralidade da

produção desse conhecimento para que se perceba os aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais da mesma, seu comprometimento e envolvimento com as

estruturas que representam esses aspectos.

O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,

propostos nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos

conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático

como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à

memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e

tomados como verdades absolutas, como coisas reais. As Diretrizes buscam construir

um ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar os

estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta

não é somente fruto da racionalidade . O estudo da Física deve ressaltar a importância

de um enfoque conceitual que não leve em conta apenas uma equação matemática,

mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é

uma construção humana com significado histórico e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A partir da história da Física constituída ao longo dos tempos, o quadro teórico

dessa ciência foi sistematizado em três campos de estudo: MOVIMENTO,

TERMODINÂMICA E ELETROMAGNETISMO como estruturantes da disciplina, porque

representam campos de estudos que desdobrados em conteúdos básicos, garantem o

objeto de estudo (UNIVERSO) da forma mais abrangente aos estudantes do Ensino

Médio.

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CONTEÚDOS BÁSICOS :

MOVIMENTO: Momentum e inércia, Conservação de quantidade de movimento, 2ª Lei

de Newton, 3ª Lei de Newton, condições de Energia e o Principio da conservação de

energia e Gravidade.

TERMODINÂMICA: Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica: 1ª Lei da

Termodinâmica, 2ª Lei da Termodinâmica, Oscilações, Entropia e 3ª Lei da

Termodinâmica.

ELETROMAGNETISMO: Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas,

Força eletromagnética, Equações de Maxwell: (Lei de Gauss, lei de Coulomb para

eletrostática, lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday) e A natureza da

Luz e suas propriedades.

Obs.: A presente Proposta Curricular vem contemplar a Lei 11.645/08, referente à

“História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.”

METODOLOGIA

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do

conhecimento prévio dos estudantes onde se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas, que são provenientes da experiência cotidiana sobre os

fenômenos físicos. Todavia a concepção científica envolve um saber socialmente

construído e sistematizado, sendo a escola, por excelência, o lugar onde se produz

esse conhecimento. O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento

não está pronto e acabado, mas que deve ser superado. A principal finalidade é que

professores e estudantes compartilhem significados na busca da aprendizagem que

ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e,

simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o saber

já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo .

Os conceitos de Física serão ministrados de forma a estimular o interesse pelos

conteúdos através de atividades práticas, associando com o cotidiano, levando a

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formação de hipóteses, questionamentos e apresentações de soluções. Estes

aperfeiçoados com os trabalhos e pesquisas individuais ou em grupos.

Como introdução a esses conceitos básicos em Física, serão utilizados, entre

outras atividades, textos que despertem a curiosidade do aluno e que sirvam como

elos com os conceitos já aprendidos, objetivando familiarizar o aluno com termos,

símbolos, códigos, enfim a linguagem da Física escrita, fazendo uso também de

recursos áudio-visuais como TV multimídia, DVDs e a utilização do laboratório de

informática. Todos os textos utilizados para aperfeiçoar ideias e ampliar a linguagem

Física serão amplamente aproveitados em trabalhos de expressão oral, pois no

momento em que o aluno dominar a escrita física, se trabalhará com a interpretação de

acontecimentos do dia-a-dia através de questionamentos, pesquisas, etc.

Espera-se que o ensino da física, no Ensino Médio, contribua para a formação

de uma cultura efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e

processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a

natureza como parte integrante da própria natureza em transformação. Sendo assim,

ao estudar gravitação sob o modelo de Newton, o aluno deve perceber não apenas

uma equação matemática, mas a síntese de uma concepção de espaço, matéria e

movimento, resultado de um processo que iniciou nos primeiros estudos dos

movimentos, movido pela necessidade ou pela curiosidade e chegou à sistematização

realizada por Newton, assim, o professor pode e deve utilizar problemas matemáticos

no ensino da física, mas entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o

estudante elabore hipóteses além das solicitadas pelo exercício, para que efetivamente

ele compreenda a teoria física e possa relacioná-la com os fenômenos físicos de sua

vivência, permitindo um envolvimento maior com essas teorias e por consequência

uma aprendizagem muito mais significativa.

AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se

estuda e interpreta os dados da aprendizagem, assim, estando a serviço da

aprendizagem, sua finalidade deve ser sempre o crescimento e a formação do aluno.

Dessa forma, ela deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de

vista instrumental. Entretanto, do ponto de vista quantitativo o professor deve orientar-

se normatizado pelo regimento escolar de cada instituição.

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Os Critérios de avaliação em física devem corroborar:

1. A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

2. A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

3. A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis

e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva

os conhecimentos da Física.

4. Os instrumentos de avaliação serão os seguintes:

5. Produção em sala de aula;

6. Trabalhos de Pesquisa;

7. Relatório individual em aulas de experiementação;

8. Relatório explicativo das práticas demonstrativas realizadas pelo professor;

9. Trabalhos e tarefas envolvendo situações problemas;

10. Avaliação envolvendo situações problemas.

11. Assim, o professor terá subsídio para verificar a aprendizagem dos estudantes e,

se for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu

planejamento.

REFERÊNCIAS

BONJORNO, R.A; BONJORNO, J.R; BONJORNO,V; RAMOS, C.M. Física Completa,

volume único, São Paulo, ed. FTD. 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Física. Curitiba, Disponível em: http://www.fisica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/fisica.pdf

Acesso em: 03 de setembro de 2010

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro

Didático Público. Física/ vários autores. 2ª Edição, Curitiba:SEED-PR, 2006.

SAMPAIO, J.L; CALÇADA, C.S; Universo da Física. Volumes I,II e III. Atual editora, 2ª.

Edição, São Paulo, 2005.

PENTEADO, M. P. C.; TORRES, C. M; Física – Ciência e Tecnologia. Volumes I,II,III.

São Paulo: Moderna, 2005.

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7.8-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

Geografia tem como objeto de estudo o “Espaço Geográfico”, entendido como o

espaço produzido (LEFEBURE,1974) e apropriado pela sociedade, composta por

objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e

econômicas) inter-relacionadas (SANTOS, 1996). Desta perspectiva os objetos

geográficos são indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos

naturais.

O espaço geográfico é dinâmico, não se apresenta pronto e acabado. É

necessário que o aluno compreenda essa dinamicidade do processo de construção do

espaço.

A geografia fornece ao educando uma visão crítica e construtiva do seu espaço

no âmbito social, físico e histórico, passando a fazer parte do processo de mudança do

mundo em que vive.

A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do

mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da

vida social. Portanto, a escola é um dos lugares que produz, analisa e sistematiza

conhecimentos subsidiando os alunos para que sejam capazes de interpretar com olhar

crítico o mundo que o cerca, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas

geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

As teorias críticas da geografia possibilitam um ensino geográfico com base na

análise das relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao

global, retornando ao local.

A cultura afro é colocada como parte integrante dos conteúdos, para que se

conheça esta cultura de forma aberta e ampliada. As influências africanas em nossas

vidas, suas contribuições, respeitando sempre a diversidade cultural, econômica, social

e racial. Muitos são os objetivos para o ensino de Geografia dentre ele citamos:

1. Selecionar e interpretar os conceitos de fatos geográficos e

transformações reais esses conhecimentos, sendo capaz de tomar

posições críticas com argumentações embasadas nas atuais situações.

2. Compreender as mudanças ocorridas no espaço geográfico, identificando

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as em seu contexto histórico e estabelecendo entre elas uma relação

temporal;

3. Preparar e formar o cidadão crítico e com visão de mundo que lhe

permita participara ativamente da sociedade em que vive, tornando-o

capaz de perceber e entende os fatos que acontecem no mundo, de

interpretá-los e de estabelecer relações não só entre esses fatos, mas

também contextualizá-lo com a realidade do local onde vive;

4. Conhecer e utilizar procedimentos de pesquisa da geografia para

entender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,

identificando suas relações, problemas e contradições.

5. Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio-diversidade,

reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e elementos de

fortalecimento da democracia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE Posição geográfica;

Recursos energéticos;

Políticas ambientais;

Biopirataria;

Meio ambiente e desenvolvimento;

Estado, nação e território;

Desigualdade social;

As eras geológicas;

Os movimentos da Terra no Universo e suas influências ( rotação, translação,

fuso horário, coordenadas geográficas );

As rochas e minerais;

Paisagem – espaço geográfico – lugar Cartografia – representação do espaço,

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convenções cartográficas Ambiente urbano e rural;

Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas Rios e bacias

hidrográficas;

Sistemas de energia;

Circulação e poluição atmosférica;

Desmatamento;

Chuva ácida;

Buraco na camada de ozônio;

Efeito estufa ( aquecimento global );

Meios de comunicação;

O movimento do povo africano no tempo e no espaço;

Questões relativas a renda e trabalho Divisão social do trabalho.

6ª SÈRIE Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,

manifestações culturais e socioambientais;

Recursos energéticos;

Políticas ambientais;

Biopirataria;

Meio ambiente e desenvolvimento;

Movimentos sociais: ONGs, MST,MTST Divisões regionais do Brasil;

Contribuição do negro na construção da nação brasileira;

Ambiente urbano e rural;

Movimentos socioambientais;

Sistemas de energia;

Circulação e poluição atmosférica;

Desmatamento;

A composição étnica da formação da população Êxodo rural;

Urbanização e favelização;

Ambiente urbano e rural;

Fatores do tipo de migração e suas influências no espaço geográfico Estrutura

etária;

Movimentos sociais;

População: crescimento natural e vegetativo, população economicamente ativa e

etnia;

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Divisão regional do Brasil;

Índice socioeconômico;

Estrutura populacional paranaense.

7ª SÉRIE Setores da economia;

Sistemas de produção industrial;

Globalização e seus efeitos no espaço geográfico;

Acordos e blocos econômicos;

Economia e desigualdade social;

Dependência tecnológica;

Sistema político econômico: capitalismo e socialismo Índice sócio-econômico;

As relações econômicas, a dependência tecnológica e desigualdade social do/no

espaço geográfico;

Sistema político econômico: capitalismo e socialismo;

Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,

manifestações culturais e socioambientais;

Blocos econômicos;

Formação dos estados nacionais;

Globalização;

Desigualdade dos países: Norte/Sul;

A Guerra Fria e suas influências no mundo Políticas ambientais;

Órgãos internacionais;

Biopirataria;

Meio ambiente e desenvolvimento;

Divisão do mundo: regionalização;

Terrorismo;

Narcotráfico;

Quadro natural: os continentes;

Movimentos socioambientais;

Circulação e poluição atmosférica;

Desmatamento;

Formação e conflitos étnicos, religiosos e raciais, consumo, consumismo e

cultura;

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Movimentos sociais;

Índice socioeconômico;

Quadro social: os continentes;

Segregação racial no continente americano.

8ª SÉRIE Globalização e seus efeitos no espaço geográfico Acordos e blocos econômicos;

Economia e desigualdade social;

Dependência tecnológica;

Sistema político econômico: capitalismo e socialismo Índice socioeconômicos;

Sistemas políticos e econômicos: Capitalismo e Socialismo Organização do

espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e sócio-

ambientais Blocos econômicos;

Formação dos Estados Nacionais;

Globalização;

Desigualdade dos países: Norte e Sul Conflitos mundiais, suas causas e efeitos;

A Guerra Fria e as suas influências no mundo Políticas ambientais;

Órgãos internacionais;

Neoliberalismo;

Biopirataria;

Meio ambiente e Desenvolvimento;

Movimentos sociais;

Divisão do Mundo: regionalização;

Terrorismo;

Narcotráfico;

Quadro Natural: Os continentes;

Movimentos socioambientais;

Circulação e poluição atmosférica;

Desmatamento;

Chuva ácida

Buraco na camada de ozônio;

Efeito Estufa;

Desigualdade social e problemas ambientais;

História das migrações mundiais;

Estrutura etária;

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Formação e conflitos étnicos, religiosos e raciais, consumo, consumismo e

cultura;

Movimentos sociais;

Quadro Social: Os continentes;

Características gerais do continente africano Apartheid;

A colonização da África pelos europeus e conflitos territoriais;

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

Modos de produção e formações sócio-espaciais;

A industrialização clássica, periférica e planejada;

Agroindústria;

A revolução técnico-científico informacional, e o novo arranjo do espaço na

produção;

Distribuição espacial das indústrias nas diversas escalas geográficas;

Urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades

grandes, médias e pequenas; Industrialização no Brasil, Agroindústria no Brasil;

Recursos minerais e energéticos do Brasil;

O espaço agropecuário brasileiro;

Os transportes no Brasil;

Oposição norte/sul e aspectos econômicos da produção, Internacionalização do

capital e sistemas financeiros;

Formação dos blocos econômicos regionais;

Órgãos internacionais;

Re-estruturação do segundo mundo e economia de transição;

Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e

ambientais.

Dimenção Política do Espaço Geográfico

Noções Cartográficas;

A organização política e administrativas e a divisão regional do Brasil;

Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano brasileiro;

Conflitos rurais e a estrutura fundiária brasileira;

Questões territoriais indígenas;

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Territórios urbanos marginais: narcotráficos, prostituição, sem teto, e outros;

A nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos, e a atual

oposição norte/sul;

Neoliberalismo;

Os atuais conceitos de estado-nação, país, fronteira, e território;

Regionalização do espaço mundial;

Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos,

culturais, políticos, econômicos, entre outros.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfic o

Crescimento demográfico e suas implicações políticas , sociais e econômicas;

Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países;

Composição demográficas dos lugares: geração, gênero e etnia;

População urbana e rural: composição etária, de gênero e de emprego;

Reconhecimento dos negros como sujeitos na construção da sociedade, em

diferentes tempos e lugares;

Relações entre composição demográfica, emprego, renda, e situação econômica

do Brasil, da região e do lugar;

População urbana e rural: composição etária, de gênero e de emprego;

Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;

População brasileira;

Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras;

Miscigenação de povos;

A distribuição espacial da população afro descendente no Brasil;

A contribuição do negro na construção da nação brasileira;

Apartheid;

Nacionalismo, minorias étnicas, separatismo, e xenofobia;

A formação e os conflitos étnico-raciais no continente africano.

Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

A dinâmica da natureza e a formação dos objetos naturais( estrutura da Terra,

dinâmica interna e externa do relevo);

Meio ambiente e as paisagens naturais do planeta, Atividades humanas, e

transformação paisagem natural nas diversas escalas geográficas;

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Recursos naturais, conservacionismo, ( uso sustentável de bens naturais) e

preservacionismo ( áreas protegidas); Patrimônio culturais e ecológicos

Crise ambiental: conflito e interesses econômicos Atmosfera e os fenômenos

metereológicos Produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, o

solo, o ar, o clima ( efeito estufa, buraco na camada de ozônio, chuva ácida, lixo,

poluição das águas), Ocupação das áreas de riscos, encostas mananciais, Patrimônio

culturais e ecológicos do Brasil; Crise ambiental: conflitos políticos e interesses

econômicos do Brasil; Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;

Biotecnologia e impactos ambientais; Caracterização do espaço brasileiro( localização,

estrutura geológica, clima, ecossistema e hidrografia);

Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus conteúdos

específicos, os grandes conceitos geográficos que somente inter-ligados tornam-se

significativos e contribuem para a compreensão do espaço Geográfico, onde, não são,

desde sempre os mesmos conteúdos que constituem o campo de estudo da Geografia,

enquanto estes citados acima tiveram sua abordagem teórica re-elaborada, em função

das transformações históricas que modificaram as relações sócio- espaciais em

diferentes escalas geográficas.

Dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos específicos, os quais devem

ser abordados a partir das relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-natureza,

pois essas relações estão perpassando os mesmos, garantindo assim a totalidade da

abordagem.

Considera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno terá noções

geográficas sobre os diferentes recortes territoriais do planeta. No Ensino Médio esses

conhecimentos serão aprofundados em abordagens que considerem o princípio de

complexidade crescente, enfatizando um tratamento relacional dos conteúdos,

respeitando a crescente capacidade de abstração do aluno, agora adolescente e a

consequente possibilidade de formações conceituais mais amplas.

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METODOLOGIA

A paisagem local e o espaço vivido são as referências para o professores

organizarem seu trabalho e, a partir daí, introduzir os alunos nos espaços geográficos.

O aluno precisa aprender a dialogar com o espaço geográfico para compreender

os diferentes elementos desse espaço, e para isso o professor deve manter constante

diálogo, debates, realizar experiências e reflexões que estabeleçam relações entre as

comunidades animais e vegetais que povoam a terra.

Os conhecimentos das diferentes culturas é importante para o aluno entender o

processo simultâneo de mundialização e fragmentação em que vive a humanidade face

ao diversidades culturais impondo internet, e–mail e a mídia de um modo geral como

comunicação rápida para a compreensão desse mundo tecnológico que se renova dia-

a-dia.

A geografia como outras ciências humanas dá ao aluno a possibilidade de

pensar o homem por inteiro em sua dimensão humana e social aberto ao novo com

força para intervir na realidade da qual é participante.

As atividades serão trabalhadas de forma crítica e dinâmica, e serão abordados

e enfocados temas do conteúdo estruturante de acordo com algumas metodologias

como:

Interpretação de texto; atividades cartográficas; gráficos e tabelas e dados

estatísticos (fazendo a leitura e atividades de cada recurso);

Uso de recursos áudio visuais – fotos, ilustrações, filmes, charges, reportagens,

enfocando temas relevantes, aproveitando os recursos tecnológicos disponíveis na

escola, como: vídeo, DVD, aparelho de som, retroprojetor, etc.

Aula de campo – com atividades dirigidas de acordo com a pesquisa; fazer a

visita in loco, sistematizando a observação, descrição, relatos, registro de informações;

Pesquisas bibliográficas, com a exposição de cartazes, orais, individuais e/ou

grupos;

Aulas expositivas e orais, utilizando-se livros didáticos, textos de apoio.

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AVALIAÇÃO

No critério de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relaciona-los com as mudanças que ocorrem no

processo de ensino e aprendizagem.

Como critério de avaliação utilizaremos instrumentos que terão como alguns

pressupostos: procedimentos, atitudinais, a aquisição de conteúdos conceituais,

observando pensamentos ou argumentos lógicos; coerentes e críticos.

A avaliação será diagnóstica, somativa, contínua e gradativa, contemplando as

diferentes práticas pedagógicas. A proposta avaliativa será bem clara para os alunos,

ou seja, será esclarecido previamente, como eles serão avaliados.

REFERÊNCIAS:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Geografia. Curitiba, Disponível em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br.pdf Acesso em:

03 de setembro de 2010.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro

Didático Público. Geografia/ vários autores. 2ª Edição, Curitiba:SEED-PR, 2006.

7.9-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Por meio destas Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação

Básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos,

culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do

conhecimento histórico.

O ensino de História pode ser analisado sob duas perspectivas: uma que o

compreende a serviço dos interesses do Estado ou do poder institucional; e outra que

privilegia as contradições entre a História apresentada nos currículos e nos livros

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didáticos e a história ensinada na cultura escolar.

Nestas Diretrizes, propõe-se analisar o ensino de História, principalmente no

período da década de 1970 até os dias atuais, a partir das tensões identificadas entre

as propostas curriculares e a produção historiográfica inserida nas práticas escolares.

Para tanto, serão destacadas as permanências, mudanças e rupturasocorridas no

ensino de História e suas contradições frente à ciência de referência.

Tais análises têm por finalidade fazer a crítica ao ensino de História que se quer

superar e propor Diretrizes Curriculares para essa disciplina na Educação Básica da

Rede Pública Estadual.

A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio

PedroII, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

(IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica. Alguns professores do

Colégio Pedro II faziam parte do IHGB e construíram os programas escolares, os

manuais didáticos e as orientações dos conteúdos que seriam ensinados.

Essas produções foram elaboradas sob influência da História metódica e do

positivismo1, caracterizadas, em linhas gerais, por uma racionalidade histórica

orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como

fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva da valorização política dos heróis.

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista

como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade

expressa na síntese das raças branca, indígena e negra, com o predomínio da

ideologia do branqueamento. Nesse modelo conservador de sociedade, o currículo

oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o

processo histórico conduzido por líderes excluía a possibilidade das pessoas comuns

serem entendidas como sujeitos históricos.

Este modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889),e o

Colégio Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional

brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a

História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal.

Nessa nova configuração, o conteúdo de História do Brasil ficou relegado a um

espaço restrito do currículo, que, devido à sua extensão, dificilmente era tratado pelos

professores nas aulas de História. Assim mantinha-se a produção do modelo de nação

brasileira mencionado anteriormente.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no

período autoritário do governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político

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nacionalista do Estado Novo (1937-1945), e se ocupava em reforçar o caráter moral e

cívico dos conteúdos escolares.

Desde o início da década de 1930, porém, debates teóricos sobre a inclusão da

disciplina de Estudos Sociais na escola foram incentivados pelo recém criado Ministério

da Educação e Cultura. As experiências norte-americanas na organização dessa

disciplina passaram a fazer parte dos debates educacionais trazidos pela Escola Nova.

Para dar viabilidade à inserção dessa disciplina nos currículos escolares, Anísio

Spínola Teixeira (1900-1971), responsável pela Diretoria de Instrução Pública do

Distrito Federal e intelectual da Escola Nova, publicou uma proposta de Estudos

Sociais para a escola elementar em 1934, denominada Programa de Ciências Sociais.

Contudo, essa proposta não chegou a ser instituída no Brasil dos anos 1930 e 1940.

Na década de 1950, em continuidade a essa proposta, foi instituído o Programa

de Assistência Brasileiro-Americano ao Ensino Elementar (PABAEE), resultado do

convênio entre os governos Federal de Minas Gerais e estadunidense, para instituir o

ensino de Estudos Sociais. A proposta se efetivava com investimentos na formação dos

professores da Escola Normal Primária, na produção de materiais didáticos e na

publicação dos trabalhos desenvolvidos nas escolas primárias de Minas Gerais. Essas

experiências serviram como referência para a posterior instituição dos Estudos Sociais

no Ensino de Primeiro Grau, por força da Lei n. 5.692, de 1971.

Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu

caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do

ponto de vista factual. Mantiveram-se os grandes heróis como sujeitos da História

narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações. Modelo

da ordem estabelecida, de uma sociedade hierarquizada e nacionalista, o ensino não

tinha espaço para análise crítica e interpretações dos fatos, mas objetivava formar

indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da pátria. O Estado figurava

como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da nação,

exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país.

Naquele contexto, o Estado realizou um amplo programa de reorganização

educacional, com o propósito de ampliar o controle sobre as instituições escolares,

tendo em vista a legitimação dos interesses político-ideológicos do regime e o

necessário controle dos espaços e de setores da sociedade que se opunham à ordem

estabelecida e/ou representavam alguma forma de resistência.

Ao mesmo tempo em que grupos de intelectuais e vários setores da sociedade

brasileira apresentavam resistência no período ditatorial, havia uma parcela da classe

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média que defendia o regime pelo avanço econômico do país, o qual a beneficiava.

Essas tensões também eram percebidas no espaço escolar por meio do silêncio de

alguns professores e pela fala de outros – que denunciavam o regime por cercear os

direitos humanos e a liberdade de expressão.

Ainda no regime militar, a partir da Lei n. 5692/71, o Estado organizou o Primeiro

Grau de oito anos e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa

formação tecnicista, voltada à preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho.

Em decorrência dessa ênfase no currículo, as disciplinas da área de ciências humanas

passaram a ser tratadas de modo pragmático, na medida em que assumiam o papel de

legitimar, por meio da escola, o modelo de nação vigente junto às novas gerações. No

entanto, na configuração curricular definida pelo regime militar, as disciplinas da área

de ciências humanas perderam espaço nos currículos.

No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas

como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária para o ensino de

Educação Moral e Cívica (EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi

reduzida e a disciplina de Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou a

compor o currículo. O esvaziamento da disciplina de História deu-se também devido à

proliferação de cursos de Licenciatura Curta em Estudos Sociais, que abreviavam e

tornavam polivalente a formação inicial, seguida da simplificação de conteúdos

científicos.

Com a adoção dessas medidas, o Estado objetivava exercer maior controle

ideológico sobre o corpo docente, porque retirava o instrumental intelectual politizador

e centrava a formação numa prática pedagógica pautada na transmissão de conteúdos

selecionados e sedimentada pelos livros e manuais didáticos.

O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos

seus deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para adaptá-los à

realidade. A História continuava tratada de modo linear, cronológico e harmônico,

conduzida pelos heróis em busca de um ideal de progresso de nação.

Na década de 1970, o ensino dessa disciplina era predominantemente

tradicional, tanto pela valorização de alguns personagens como sujeitos da História e

de sua atuação em fatos políticos quanto pela abordagem dos conteúdos históricos de

forma factual e linear, formal e abstrato, sem relação com a vida do aluno. A prática do

professor era marcada por aulas expositivas, a partir das quais cabia aos alunos a

memorização e repetição do que era ensinado como verdade.

Nesse contexto, o ensino distanciou-se da produção historiográfica acadêmica,

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envolvida em discussões a respeito de objetos, fontes, métodos, concepções e

referenciais teóricos da ciência histórica. A aproximação entre a Educação Básica e a

Superior foi retomada apenas a partir da década de 1980,com o fim da ditadura militar

e o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira.

O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no início dos anos

1980, tanto pela academia quanto pela sociedade organizada, sobretudo pela

Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH). Esses

segmentos sociais defendiam o retorno da disciplina de História como condição para

que houvesse maior aproximação entre a investigação histórica e o universo da sala de

aula.

Posteriormente, na segunda metade da década de 1980 e no início dos anos

1990, cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,

processo que repercutiu nas novas propostas de ensino de História.

Essa discussão entre educadores e outros setores da sociedade foi resultado da

restauração das liberdades individuais e coletivas no país. Isso levou tanto à produção

diferenciada de materiais didáticos e paradidáticos quanto à elaboração de novas

propostas curriculares, em vários Estados. A produção de livros didáticos e

paradidáticos procurou incorporar novas historiografias e, em alguns casos, chegou a

ditar o currículo.

No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar a produção acadêmica

de História ao ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na pedagogia

histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do

Paraná (1990). Essa proposta de renovação tinha como pressuposto a historiografia

social, pautada no materialismo histórico dialético, e indicava alguns elementos da

Nova História.

A opção teórica do Currículo Básico, coerente com o contexto de

redemocratização política do Brasil, valorizava as ações dos sujeitos, em relação às

estruturas em mudança, que demarcam o processo histórico das sociedades e incluía,

entre os conteúdos da 5.a série, o estudo da produção do conhecimento histórico, das

fontes e das temporalidades.

A proposta confrontou o esvaziamento de conteúdos até então presente no

ensino de Estudos Sociais no Primeiro Grau, assim como procurou ser contrária, em

seus pressupostos teóricos, ao ensino de uma racionalidade histórica linear; ou seja,

eurocêntrico, factual, heroico e cronológico, pautado na memorização, na realização de

exercícios de fixação e no direcionamento dos livros didáticos.

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Por sua vez, o documento Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no

Paraná (1990), também fundamentado na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos,

apresentava uma proposta curricular de História que apontava a organização dos

conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e a

inserção do Brasil nesse quadro pela retomada da historiografia social ligada ao

materialismo histórico dialético.

Apesar do avanço das propostas naquele contexto histórico, os documentos

apresentaram limitações, principalmente devido à definição de uma listagem de

conteúdos que se contrapunha, em vários aspectos, à proposta apresentada nos

pressupostos teóricos e metodológicos. Para o Primeiro Grau, o conteúdo foi dividido

em dois blocos distintos: História do Brasil e História Geral. A História do Paraná e da

América Latina, apareciam como estudos de caso, descolados dos grandes blocos de

conteúdos. Eram apresentadas com pouca relevância nos contextos estudados. Essa

forma de organização curricular demonstrava a dificuldade da proposta em romper a

visão eurocêntrica da História. Exemplo disso foi o uso de termos como comunidades

primitivas para designar os grupos indígenas, o que desconsiderava a abordagem

antropológica da diversidade cultural e do processo histórico dessas comunidades.

No encaminhamento metodológico, o Currículo Básico indicou o trabalho

didático com outras linguagens da História, sem tecer orientações para sua realização;

indicou a importância do trabalho com os conteúdos significativos, mas não os

esclareceu adequadamente nem os relacionou de modo efetivo aos conteúdos

propostos. Por fim, tendeu a uma supervalorização dos conteúdos em detrimento dos

temas, sub-temas que tinham como orientações as formações sociais do processo

histórico.

Apesar de apresentarem referências de autores da história cultural, os

documentos curriculares para o Primeiro e Segundo Graus não superaram a

racionalidade histórica linear e cronológica na abordagem político-econômica da

disciplina, o que dificultava a inserção de uma perspectiva cultural no tratamento dos

conteúdos.

A ausência de oferta de formação continuada dificultou a implementação dessas

propostas para o ensino de História, pois, desde os anos de 1970, os professores

ministravam aulas de Estudos Sociais, Organização Social e Política do Brasil,

Educação Moral e Cívica. Devido a isso, estavam afastados da especificidade do

conhecimento histórico. A orientação para que essas propostas fossem adotadas

simultaneamente em todas as séries, desconsiderou a necessidade de discussões

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teórico-metodológicas, o que limitou sua compreensão. Além disso, os governos que se

seguiram deram pouca ênfase à implementação dos currículos de Primeiro e Segundo

Graus. Os problemas então identificados tiveram implicações significativas para o

currículo de História da Rede Pública Estadual. Destaca-se que, devido a pouca

apropriação do Currículo Básico no ensino da disciplina, o professor se viu na

iminência de submeter-se aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e à orientação

dos livros didáticos.

Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da Educação

divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os PCN para o Ensino Fundamental e Médio.

Os PCN para o Ensino Médio organizaram o currículo por áreas do

conhecimento e a disciplina de História fazia parte das Ciências Humanas e suas

tecnologias juntamente com as disciplinas de Geografia, Sociologia e Filosofia. No

Ensino Fundamental, os PCN apresentaram as disciplinas como áreas do

conhecimento, e a História foi mantida em sua especificidade, integrada às demais

pelos chamados Temas Transversais.

O Estado do Paraná incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros

Curriculares Nacionais como referência para a organização curricular da Rede Pública

Estadual. Tal implementação se deu de modo autoritário, apesar de ser garantida na

LDB/96 a autonomia das escolas para elaborar suas propostas curriculares.

Os PCN foram referências para os programas educacionais, os procedimentos

de avaliação institucionais destinados ao Ensino Fundamental (Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica – SAEB) e ao Ensino Médio (Exame Nacional do

Ensino Médio – ENEM), bem como para a definição de critérios para a seleção do livro

didático (Programa Nacional do Livro Didático – PNLD).

Nos PCN, a disciplina de História foi apresentada de forma pragmática, com a

função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno. Ressaltou-se a relação

que o conhecimento deve ter com a vivência do educando, sobretudo no contexto do

trabalho e do exercício da cidadania. Essa perspectiva abriu espaço para uma visão

presentista da História, porque não se ocupava em contextualizar os períodos

históricos estudados. Além disso, muitos conceitos referenciais da disciplina foram

preteridos em nome da aquisição de competências.

Apesar dos PCN proporem uma valorização do ensino humanístico, a

preocupação maior era de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, cada vez

mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.

Para atender a essa demanda do mercado, a área de Ciências Humanas perdeu

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espaço no currículo. Essa situação repercutiu na Rede Pública Estadual do Paraná

com a redução da carga horária da disciplina de História por causa da aprovação da

Deliberação 14/99, pelo Conselho Estadual da Educação, que dividiu a carga horária

da matriz curricular em base nacional comum (75%) e parte diversificada (25%).

A implementação dos PCN na Rede Pública Estadual ofereceu pouca

oportunidade de formação continuada aos professores de História. Os cursos foram

reduzidos a um encontro anual e ocorriam em conjunto com outras disciplinas da área

de humanas, com poucas vagas disponíveis nos chamados Seminários de Área de

Ciências Humanas e suas Tecnologias.

Os PCN do Ensino Fundamental, entretanto, apresentavam alguns aspectos

positivos, quais sejam: um histórico da disciplina no Brasil; a historiografia sugerida era

atualizada; e houve uma tentativa de aproximação entre o ensino e a pesquisa em

História. Uma nova racionalidade não-linear pautada em novas temporalidades, novos

objetos, novas perspectivas, novas metodologias presentes na discussão acadêmica

foram incorporadas ao documento, tais como: tempo, memória, fontes históricas,

patrimônio histórico, bem como o incentivo à pesquisa e a diversificação de

metodologias de ensino, de modo que estimulou a superação do ensino de uma

racionalidade linear.

Por outro lado, com base em conteúdos conceituais, atitudinais e

procedimentais, os PCN do Ensino Fundamental privilegiaram uma abordagem

psicológica e sociológica dos conteúdos; minimizaram a análise do objeto de estudos

da disciplina e do pensamento crítico; e propuseram uma articulação dos conteúdos

aos elementos psicológicos, à historiografia atual e ao contexto vivido pelos alunos. A

complexidade da proposta dificultou uma apropriação mais efetiva pelos professores.

No entanto, sua inserção no âmbito escolar foi favorecida pela adoção dos livros

didáticos que, para serem aprovados pelo PNLD, deveriam adequar-se aos

fundamentos teórico-metodológicos dos PCN.

No Ensino Médio, a articulação entre os conteúdos propostos e as competências

apresentadas nos PCN remetia a uma abordagem funcionalista, pragmática e

presentista dos conteúdos de História. A relação entre o saber e os princípios propostos

pela Unesco (aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a

ser), ao lado de uma referência cognitivista e psicológica, não se conectava à

historiografia proposta como base teórica da disciplina. Além disso, a contextualização

proposta para o ensino de História vinculava-se, principalmente, às preocupações do

mercado de trabalho.

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Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na Rede Pública

Estadual até o ano de 2002. No ano seguinte, iniciou-se uma discussão coletiva

envolvendo professores da rede estadual, com o objetivo de elaborar novas Diretrizes

Curriculares Estaduais para o ensino de História.

Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a

diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam contemplar

demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e destacam

os seguintes aspectos:

• o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;

• o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

• o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

A análise histórica da disciplina e as novas demandas sociais para o ensino de

História se apresentam como indicativos para estas Diretrizes Curriculares, visto que

possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram

produzidos e repercutiram na organização do currículo da disciplina.

Neste documento, a organização do currículo para o ensino de História tem

como referência os Conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos que

aproximam e organizam os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos

Estruturantes relações de trabalho, relações de poder e relações culturais podem ser

identificados no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico

que sustenta a investigação histórica em uma nova racionalidade não- linear e

temática.

A inserção da Lei 10.639/08 que dispões sobre a História e Cultura afro–

brasileira, e Indígena nas Diretrizes Curriculares Nacionais, faz-se necessária para que

se conheça a situação desses povos que aqui vivem, e para que se aprenda a valorizá-

los, assim, é preciso trabalhar desde as suas origens até a situação atual. Este tipo de

abordagem leva os alunos a entenderem a complexidade das origens da população

brasileira como uma confluência de heranças que se preservam, vencendo políticas

explícitas de homogeneização cultural havidas no passado, resistindo, recolocando-se,

recriando-se, ativas em diferentes momentos da história.

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A existência de cultura, tecnologia e modos de vida própria desses povos são

pontos ainda obscuros na história do Brasil, que está para ser contada: a história dos

negros e dos índios. Como até então, essas questões passaram em branco no ensino

tradicional de História do Brasil e nos livros didáticos, agora, justifica-se um tratamento

à parte, propondo uma visão ampla sobre a trajetória dessas culturas e etnias, como

forma de resgatar a dignidade desses povos que também são partes integrantes e

essenciais da nossa própria história.

O compromisso com a formação do cidadão ativo faz com que a escolarização

assuma alguns princípios básicos que, tradicionalmente não era da sua área, até

mesmo era tabu falar sobre determinados assuntos, sexo, por exemplo, só de maneira

conceitual, técnica, pois quem devia falar sobre isso era a família; hoje, já não é

possível ficar alheia à medida que a gravidez na adolescência aumenta a cada ano –

observada na própria escola –, a violência, as drogas já chegaram à escola, e em vista

disso, abordagens sobre indisciplina, meio ambiente, droga dição, saúde, ética entre

outros devem ser discutidos à luz da realidade, pois os temas sugeridos são

fundamentais tanto para a própria formação do aluno quanto para a sua atuação de

modo crítico na sociedade, constituindo-se, pois, de conhecimentos sociais relevantes

e presentes no seu dia-a-dia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes da disciplina de história, apontam para o estudo das

ações e relações humanas que constituem o processo histórico, configuram-se em:

Relações de Trabalho.

Relações de Poder.

Relações Culturais.

Por meio destes conteúdos estruturantes, o professor deve discorrer também

sobre os problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas,

deste modo, destacam-se no Brasil as temáticas da Histórica Local, História e Cultura

Afro-Brasileira, História do Paraná, bem como a História da Cultura Indígena.

CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓR IAS

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1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o

tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações

humanas no tempo)

O local e o Brasil

• o jovem aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e

periodizações): memórias e documentos familiares e locais;

• o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte,

escola, cidade,estado, pais, mundo).

A relação com o Mundo

• a formação do pensamento histórico;

• os vestígios humanos: os documentos históricos;

• o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos,

monumentos espaços públicos, privados,sagrados;

• as diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriais;

• as formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos significativos,etc.

2)Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo:as gerações e as etnias

O local e o Brasil

• os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e

tupi-guaranis;

• colonizadores portugueses e suas culturas na América e no território paranaense;

• os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná;

• os imigrantes europeus e asiáticos e suas cultura no Brasil e no Paraná;

• a condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná.

A relação com o Mundo

• o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua expansão: as

teorias sobre seu aparecimento;

• as sociedades comunitárias;

• as sociedades matriarcais;

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• as sociedades patriarcais – o significado das crianças, jovens e idosos nas

sociedades históricas;

3-) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e

religiosidades; a constituição do pensamento científico; as formas de representação

humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história.

O local e o Brasil

• os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses – as manifestações

populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades

religiosas;

• pinturas rupestres e sambaquis no Paraná – a produção artística e científica

paranaense.

A relação com o Mundo

• pensamento científico: a antiguidade grega e Europa moderna;

• a formação da arte moderna;

• as relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa histórica;

A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS: RURAL E URBANO E A

FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPA ÇOS

1)As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a

propriedade privada; a terra.

O local e o Brasil

• a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e

faxinais no Paraná;

• a família e os espaços privados: a sociedade patriarcal brasileira a constituição do

latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicano, as reservas

naturais e indígenas no Brasil;

• a reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra nos assentamentos.

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A relação com o Mundo

• a constituição do espaço o público da antiguidade na pólis grega e na sociedade

romana;

• a reforma agrária na antiguidade greco romana . a propriedade coletiva nas

sociedades pré-colombianas.

2)O mundo do campo e o mundo da cidade

O local e o Brasil

• as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipais -o

engenho colonial a conquista do sertão;

• as missões jesuíticas;

• a Belle Èpoque tropical modernização das cidades -cidades africanas e pré-

colombianas.

A Relação com o mundo

• as cidades na antiguidade oriental;

• as cidades nas sociedades antigas clássicas;

• a ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu;

• a constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África

meridional) e glebas servis (Europa Ocidental);

• as transformações no feudalismo europeu;

• o crescimento comercial e urbano na Europa.

3)As relações entre o campo e a cidade

O local e o Brasil

• as cidades mineradoras;

• as cidades e o tropeirismo no Paraná;

• os engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto.

A relação com o Mundo

• relações campo – cidade no Oriente;

• as feiras medievais;

• o comércio com o Oriente;

• os cercamentos na Inglaterra moderna;

• o inicio da industrialização na Europa;

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• a reforma agrária na América Latina no século XX.

4)Conflitos, resistências e produção cultural campo /cidade

O local e o Brasil

• a relação entre senhores e escravos;

• o sincretismo religioso(formas de resistência afro-brasileira) . as cidades e as

doenças;

• a aquisição da terra e da casa própria;

• o MST e outros movimentos pela terra;

• os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos

XIX, XX e XXI.

A relação com o Mundo

• a peste negra e as revoltas camponesas;

• as culturas teocêntrica e antropocêntrica;

• as manifestações culturais na América Latina África e Ásia . as resistências no campo

e na cidade: América Latina e continente africano . a história da mulheres orientais,

africanas e outras.

O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA

1)História das relações da humanidade com o trabalh o

O local e o Brasil

• o trabalho nas sociedades indígenas;

• Sociedade patriarcal e escravocrata;

• Mocambos/Quilombos as resistências na colônia -Remanescentes de quilombos.

A relação com o Mundo

• a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas;

• o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita o trabalho assalariado.

2)O trabalho e a vida em sociedade

O local e o Brasil

• a desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império . a busca pela cidadania no

Brasil Império;

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203

• os saberes nas sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as tradições

corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador.

A relação com o Mundo

• os significados do trabalho na Antiguidade – Oriental e Antiguidade Clássica;

• as três ordens do imaginário feudal;

• as corporações de ofício;

• o entretenimento na corte e nas feiras;

• o nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor.

3)O mundo do trabalho

O local e o Brasil

• a desvalorização do trabalho;

• o latifúndio no Paraná e no Brasil;

• a sociedade oligárquico-latifundiária;

• a vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as contradições da modernização. A relação com o Mundo

• a produção e a organização social capitalista

• a Ética e moral capitalista

4)As resistências e as conquistas de direito

O local e o Brasil

• o movimento sufragista feminino;

• a discriminação racial e linguística (o caipira no contexto do capital);

• as congadas como resistência cultural;

• a consciência negra e o combate ao racismo;

• movimentos sociais e emancipacionistas;

• os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná.

A relação com o Mundo

• o movimento sufragista feminino;

• a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;

• o Ludismo;

• a constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadores os homens, as mulheres e os

homossexuais no mundo contemporâneo.

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RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA:A FORMAÇÃO DO E STADO E DAS

INSTITUIÇÕES SOCIAIS

1)A formação das instituições sociais: as instituiç ões políticas; as instituições

econômicas; as instituições religiosas; as institui ções culturais; as instituições

civis

O local e o Brasil

• a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil;

• aIgreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesa;

• as irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesa;

• o surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos,

escolas e universidades no Brasil;

• a formação dos sindicatos no Brasil;

• as associações e clubes esportivos no Brasil.

A relação com o Mundo

• a instituição da Igreja no Império Romano;

• as ordens religiosas católicas;

• as guildas e as corporações de ofício na Europa medieval;

• o surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais;

• a organização do poder entre os povos africanos;

• a formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente o

surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI,

OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas).

2)A formação do Estado: a monarquia; a república (a ristocracia, ditadura e

democracia); os poderes do Estado

O local e o Brasil

• as relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa -os

quilombos na América portuguesa e no Brasil Imperial -a formação do Estado nação

brasileiro;

• as constituições do Brasil imperial e republicano -a instituição da república no Brasil:

as ditaduras e a democracia -os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e

judiciário -as empresas públicas brasileiras;

• a constituição do Mercosul.

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A relação com o Mundo

• o surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente Fértil; a

monarquia e a nobreza na Europa medieval; a formação dos reinos africanos;

• o Estado Absolutista europeu;

• a constituição da república no Ocidente;

• o imperialismo no século XIX;

• a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as

democracias;

• a constituição dos dos Estados socialistas e dos Estados de Bem- Estar Social;

• a formação dos blocos econômicos;

3)Guerras e revoluções: os movimentos sociais: polí ticos, culturais e religiosos;

as revoltas e revoluções sociais (políticas, econôm icas, culturais e religiosas);

guerras locais e guerras mundiais .

O local e o Brasil

• as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil

imperial;

• as revoltas republicanas na América portuguesa -as revoltas sociais no Brasil imperial

e republicano -as guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai -os movimentos

republicano e abolicionista no Brasil imperial -o movimento anarquista, comunista e

tenentista no Brasil;

• o Brasil nas Guerras Mundiais;

• os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, étnico raciais e

estudantis).

A relação com o Mundo

• as revoltas democráticas nas pólis gregas;

• as revoltas plebeias, escravas e camponesas na república romana -as heresias

medievais;

• as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas -as revoltas religiosas na

Europa moderna;

• A conquista e colonização da América pelos povos europeus -as revoluções modernas

• os movimentos nacionalistas;

• as guerras mundiais;

• as revoluções socialistas no século XX;

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• as guerras de independência das nações africanas e asiáticas -os movimentos

camponeses latino-americanos e asiáticos.

CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

• O conceito de trabalho – livre e explorado;

• O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado

escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas;

• Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado;

• O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades

humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e

africanas;

• As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de

Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos.

Urbanização e industrialização

• As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da

Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas;

• Urbanização e industrialização no Brasil; Urbanização e industrialização nas

sociedades ocidentais, africanas e orientais;

• Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do

capitalismo;

• A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços

O Estado e as relações de poder

EE- Os Estados teocráticos;

FF- Os Estados na Antiguidade Clássica;

GG- O Estado e a Igreja medievais;

HH- A formação dos Estados Nacionais;

II- As metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão

do capitalismo;

JJ- O Paraná no contexto da sua emancipação;

KK- O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo);

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LL- O nacionalismo nos Estados ocidentais;

MM- O populismo e as ditaduras na América Latina;

NN- Os sistemas capitalista e socialista;

OO- Estados da América Latina e o neoliberalismo;

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

• Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na

Antiguidade grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos;

• Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma;

• Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses,

artesãos, mulheres, hereges e doentes;

• Relações de resistência na sociedade ocidental moderna;

• As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa;

• Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro;

• As revoltas sociais na América portuguesa.

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guer ras e revoluções

• As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA);

• Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento

do sindicalismo;

• A América portuguesa e as revoltas pela independência;

• As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano;

• As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria;

• As revoluções socialistas na Asia , Africa e América Latina;

• Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina;

• Os Estados africanos e as guerras étnicas;

• A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra

na América Latina;

• A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.

Cultura e religiosidade

• A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e

europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo;

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• os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo,

budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo;

• Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista;

• Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais;

• O modernismo brasileiro;

• Cultura e ideologia no governo Vargas;

• Representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte

brasileira;

• As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e

religiosas;

• As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi

de

• mamão, romaria de São Gonçalo.

DISTRIBUIÇÃO DOS CONTEÚDOS BÁSICOS SERIADOS NO ENS INO MÉDIO

1ª SÉRIE: TEMAS HISTÓRICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho.

Relações de poder.

Relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1)Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalh o servil.

I – O conceito de trabalho livre e explorado.

II – O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado

escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas).

III – Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado.

IV – O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo; as primeiras sociedades

humanas, as sociedades nômades e semi-nômades,as etnias indígenas e africanas.

V – As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de

Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos.

2) Urbanização e industrialização

I – As cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da Europa

medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas.

II – Urbanização e industrialização no Brasil. Urbanização e industrialização nas

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sociedades ocidentais, africanas e orientais.

III – Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo.

IV – A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços.

VI – Urbanização nos países em desenvolvimento: problemas sociais.

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS.

1) O Estado e as relações de poder.

I – Os Estados teocráticos.

II – Os Estados na Antiguidade Clássica.

III – O Estado e a Igreja Medieval.

2) O Estado e a relações de poder na História Moder na

I – A formação dos estados Nacionais.

II – As metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do

capitalismo.

III – O Paraná no contexto da sua emancipação.

IV – O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo e positivismo).

V – O nacionalismo nos Estados ocidentais.

VI – O populismo e as ditaduras na América Latina.

VII – Os sistemas capitalistas e socialistas.

VIII – Estados da América Latina e o neoliberalismo.

IX – Jovens na sociedade globalizada: drogas e violência.

3) Cultura e religiosidade

I – A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus

neolíticos: xamanismo, totens, animismo.

II – Os mitos e a arte greco-romana e a formação das grandes religiões: hinduismo,

budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo.

III – Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista.

IV – Reforma e Contra–Reforma : seus desdobramentos culturais.

V – O modernismo brasileiro.

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VI – Cultura e ideologia no governo Vargas.

VII – Representações dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte

brasileira.

VIII – As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e

religiosas.

IX – As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de

mamão, romaria de São Gonçalo.

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS.

1) Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

I – Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana: mulheres,

crianças, estrangeiras e escravos.

II – Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma.

III-Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos,

mulheres, hereges e doentes.

IV – Relações de resistência na sociedade ocidental moderna.

V – As revoltas indígenas, africanas na América portuguesa.

VI – Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro.

VII – As revoltas sociais na América portuguesa.

VIII – Perspectivas para os jovens do século XXI.

XIX - Movimentos Sociais Políticos e Culturais e as Guerras e Revoluções .

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METODOLOGIA

A metodologia proposta por esta diretriz curricular tem como base a utilização

dos conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação

teórica e os temas selecionados pelos professores e devem estar assegurados no

Projeto Político Pedagógico da Escola. A Metodologia de História deve se constituir do

processo histórico das diversas sociedades humanas, desde as comunidades

primitivas e a sociedade atual globalizada.

Os conteúdos da disciplina de História serão desenvolvidos de forma que cada

tema trabalhado seja uma oportunidade oferecida aos alunos para possibilitar um

aprendizado eficiente.

Caberá, ao problematizar o conteúdo propondo a produção do conhecimento,

considerando que a apropriação pelo aluno é processual, exigindo assim, constante

retomada do mesmo.

Este encaminhamento metodológico terá que ir além do livro didático, buscando

outros referenciais que possam compreender o conteúdo tratado em sala de aula.

Para enriquecimento das aulas, o uso da biblioteca e dos materiais didáticos,

tecnológicos tais como: DVD, TV, CD, filmes, retroprojetores, computador, etc., é de

fundamental importância, sendo orientado pelo professor.

AVALIAÇÃO

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas diretrizes,

objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção da história defendida e

as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A

avaliação deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo

que permeie o conjunto das ações pedagógicas.

No processo avaliativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez

que, o fim desse processo é aprendizagem, ou verificação dela, mas também permitir

que haja uma reflexão da prática pedagógica. Para cumprir essa função a avaliação

deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora que envolve o ensino

e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelece o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as

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práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar o processo educativo

que envolve professor e aluno e aluno no acesso ao conhecimento.

É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se

estabelece no Projeto Político Pedagógico, na Proposta Pedagógica Curricular e no

Plano de Trabalho Docente, documentos fundamentais nas Diretrizes Curriculares.

Esse projeto e sua realização explicitam a concepção de escola e de sociedade

com que se trabalha e indicam os sujeitos que se quer formar para sociedade que se

quer construir .

Nesta Diretriz Curricular para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que

construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e

histórico de que são frutos e que , pelo acesso do conhecimento, sejam capazes de

inserir como cidadãos transformadores na sociedade.

A avaliação nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vista às mudanças necessárias para

que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade,

da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos

estão inseridos.

Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino

e explicita os propósitos e a dimensão do que se avalia.

Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com

as possibilidades teórico-metodológico que oferecem.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, É

preciso investir em todas as estratégias possíveis para que ele aprenda usar diversas

formas de avaliação para que haja possibilidade de observa os diversos processos

cognitivos dos alunos tais como: memorização, observação, percepção, descrição,

argumentação, análise crítica, interpretação criatividade e formulação de hipóteses.

Recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os

encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem, a

recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos.

Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório,

autoritário, que desvinculam a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos

conteúdos e do seu tratamento conforme as concepções pedagógicas definidas no

projeto pedagógico da escola.

Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual,

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continuada e diagnóstica, considerando três aspectos importantes: (1) a apropriação de

conceitos históricos; (2) o aprendizado dos conteúdos estruturantes e, (3) específicos.

A avaliação deve possibilitar uma constante elaboração não só do conhecimento

produzido, mas da ação pedagógica como um todo.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação e Superintendência da Educação, 2006.

______. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação e Superintendência da Educação, 2006.

______,Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação de Educação Escolar Indígena. - Curitiba:SEED – PR.,2006. - 88 p-(Cadernos Temáticos).

______,Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico - raciais. Curitiba:SEED-PR, 2006. - 110p.-(Cadernos Temáticos).

______,Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR,2005. 43 p.

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7.10-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Historicamente, o processo de ensino da Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se

com a Educação Jesuítica. Era instrumento fundamental na formação da elite colonial,

ao mesmo tempo em que se propunha a "alfabetizar" e "catequizar" os indígenas. Não

havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à

alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da igreja.

Objetivava a formação de elites subordinadas à metrópole, favorecendo o modelo de

sociedade escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do país

colonizador.

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se as escolas de ler e

escrever, mantidas pelos Jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram

de gramática, latina e retórica, além de estudos de grandes autores clássicos.

No período colonial a língua mais utilizada era o Tupi. O Português era a língua

da burocracia, a língua das translações comerciais, dos documentos legais. A interação

entre colonizadores e colonizados resultou na constituição da Língua Geral. Por muito

tempo essas línguas foram usadas na comunicação informal por grande parte da

população não escolarizada.

A partir de 1758, um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua

Portuguesa o idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da língua Geral. A partir da

Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças estruturais que

atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial . Com a vinda da família real para o

Brasil, foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior no Brasil, as quais

privilegiavam as camadas superiores da sociedade. As classes populares que

precisavam aprender ler e escrever Língua Portuguesa continuavam abandonadas.

Nas ultimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a

fazer parte do currículo escolar brasileiro. Até 1869, o currículo privilegiava as

disciplinas clássicas, sobretudo o Latim, restando ao Português um espaço sem

relevância. O ensino de Português fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e

Poética. No final do século XIX, com advento da República e a nascente

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industrialização influenciou a estrutura curricular em vista a formação profissional. O

ensino de Português tratava de prover uma determinada classe de uma língua,

considerada "boa língua"., houve tentativa de uma aprendizagem hierárquica e seletiva.

O conteúdo gramatical ganhou denominação de Português em 1871, data em

que foi criado o cargo de Professor de Português.

Em 1922, defendia a necessidade de romper com os modelos tradicionais

portugueses e privilegiar o falar brasileiro, contribuindo para uma língua escrita mais

próxima do falar cotidiano do Brasil.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados

do século XX, quando a partir de 1960, iniciou um processo de expansão do ensino

primário público, o qual ampliou as vagas e em 1971, a eliminação dos chamados

exames de admissão, multiplicando assim os alunos.

A partir dos anos 80, a disciplina de Língua Portuguesa se revela nos estudos

linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. A

dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas,

envolvendo questões de uso , contextuais, valorizando o texto como unidade

fundamental de uso.

Na década de 90, o Currículo Básico do Paraná visava uma prática pedagógica

que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na Literatura, uma análise mais

aprofundada dos textos, com menos ênfase na conotação moralista.

Considerando o percurso da disciplina de Língua Portuguesa na Educação

Básica brasileira, e confrontando com a situação de analfabetismo funcional, de

dificuldade compreensiva e produção de textos apresentados pelos alunos das

Diretrizes curriculares estadual de Língua Portuguesa , requerem, novos

posicionamentos em relação às práticas de ensino ; sejam pela discussão crítica

dessas práticas, seja pelo desenvolvimento direto dos professores na construção de

alternativas.

Essas considerações resultaram nas DCEs numa proposta que dá ênfase à

língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e

produtiva. Com adoção das práticas de linguagens como ponto central de trabalho

pedagógico.

Para que seja alcançado tal objetivo é importante pensarmos sobre a

metodologia que vamos usar.

Para que isso aconteça, se busca uma nova proposta e novos posicionamentos

baseados no contexto onde se reconhece a linguagem como uma realidade social e

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histórica, como um fato linguístico do qual o homem se serve para construir o seu

mundo e a sua história.

Nessa perspectiva, o grande objetivo da Língua Portuguesa é a interação, a

comunicação com o outro dentro de um espaço social. É preciso basear nas práticas

de oralidade, leitura e escrita a partir do uso da língua em situações concretas de

produção e reflexão.

Vale a pena lembrar que aprender a Língua não significa apenas aprender

palavras, mas sim, seus significados que são construídos no processo de interação.

Portanto, está em contínua mudança e aquele que a utiliza não é um ser passível, mas

o sujeito da comunicação, tendo o discurso como prática social. Sendo assim, a

disciplina deve contemplar conteúdos estruturantes que envolvam leitura, oralidade e

escrita. Buscando através da análise linguística, o uso de uma linguagem mais flexível

capaz de cumprir sua função na comunicação.

Essa proposta curricular tem como princípio educativo a perspectiva do campo,

uma vez que a prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os

conhecimentos e valores construídos historicamente no campo. Assim a educação

escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no sentido de explicações

de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas

ciências, na história e na filosofia.

Os objetivos de ensino de Língua Portuguesa, tendo como base a leitura,

oralidade e escrita, compreende:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la em

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e se posicionando diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando: os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero ou

tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos , propiciando através da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as

práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

Reconstruir o texto, eliminando possíveis dúvidas resultantes da primeira leitura;

Observar diferenças e semelhanças entre os textos lidos, no que se refere à

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forma de composição e ao ponto de vista;

Perceber diferenças entre a comunicação oral e escrita;

Utilizar-se da linguagem como forma de manifestação e compreensão do meio

em que vive, permitindo o exercício de cidadania.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Prática da Oralidade

Prática da Leitura

Prática da Escrita

Análise Linguística

Literatura

5ª.SÉRIE

LEITURA

• Interpretação textual, observando:

• conteúdo temático

• interlocutores

• fonte

• ideologia

• papéis sociais representados

• intertextualidade

• intencionalidade

• informatividade

• marcas linguísticas

*Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários *As

particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal.

-Texto verbal e não verbal

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ORALIDADE

*Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

*Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)

*Variedades linguísticas

*Intencionalidade do texto

*Papel do locutor e do interlocutor:

• participação e cooperação

*Particularidades de pronuncia de algumas palavras

ESCRITA

*Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Linguagem formal/informal

• Argumentação

• Coerência e coesão textual

• Organização das ideias/parágrafos

• Finalidade do texto

Refacção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA

perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

• Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elemento do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: Aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen

• Acentuação gráfica

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

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• Representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico; determinado/indeterminado; ativo/passivo

• Neologismo

• Figuras de pensamento (hipérbole, ironia,eufemismo, antítese)

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• Linguagem digital

• Semântica

• Particularidade de grafia de algumas palavras

6ª. SÉRIE

LEITURA

• Identificação do tema

• Interpretação textual, observando:

• conteúdo temático

• interlocutores

• fonte

• intertextualidade

• informatividade

• intencionalidade

• marcas linguísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• Inferências

ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Papel do locutor e do interlocutor;

• participação e cooperação

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

• Elementos extralinguísticos:

• entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

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• Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Argumentação

• Paragrafação

• Clareza de ideias

• Re-facção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA

• perpassando as praticas de leitura, escrita e oralidade:

• Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elemento do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica

• Processo de formação de palavras

• Gírias

• Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia... 0

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• Particularidade de grafia de algumas palavras

GÊNEROS DISCURSIVOS

• Entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa,

mítica, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos,

álbum de família, literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor,

instruções de uso, cartum, história em quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, entre

outros

7ª. SÉRIE

LEITURA

• Interpretação textual, observando:

• conteúdo temático

• interlocutores

• fonte

• ideologia

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• intencionalidade

• informatividade

• marcas linguísticas

• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• As diferentes vozes sociais representadas no texto

• Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.

• Relações dialógicas entre textos

ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

• conteúdos temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Coerência global do discurso oralidades

• Variedades linguísticas

• Papel do locutor e do interlocutor:

• participação e cooperação

• turnos da fala

• Particularidades dos textos orais

• Elementos extralinguísticos:

• entonação, pausas, gestos...

• Finalidade do texto oral

ESCRITA

• Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elemento composicionais

• Marcas linguísticas

• Argumentação

• Coerência e coesão textual

• Paráfrase de textos

• Paragrafação

• Re-facção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA

• perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade;

• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oralidades * Conotação e

denotação

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• A função das conjunções na conexão de sentido do texto

• progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...)

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica

• Figuras de linguagem

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• A elipse na sequência do texto

• Estrangeirismos

• As irregularidades e regularidades da conjugação verbal

• A função do advérbio: modificador e circunstanciador

• Complementação do verbo e de outras palavras

GÊNEROS DISCURSIVOS:

-regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto

fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia,

resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção

científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa, e de

acusação, mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura,

entre outros.

8ª. SÉRIE

LEITURA

• Interpretação textual, observando:

• conteúdo temático

• interlocutores

• fonte

• intencionalidade

• intertextualidade

• ideologia -informatividade

• marcas linguísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

• Informações implícitas em textos

• As vozes sociais presentes no texto

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• estética de textos literários

ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Variedades Linguísticas

• Intencionalidade do texto oral

• Argumentação

• Papel do locutor e do interlocutor:

• turnos da fala

• Elementos extralinguísticos:

• entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

• Adequação ao gênero:

• conteúdos temáticos

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Argumentação

• Resumo de textos

• Paragrafação

• Paráfrase

• Intertextualidade

• Refacção textual

METODOLOGIA

As aulas serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o interesse

dos alunos pelos assuntos abordados, garantindo a participação dos mesmos no

processo de construção do conhecimento.

O ensino da Língua Portuguesa hoje deve abordar a leitura, a produção de

textos e a produção gramatical sobre uma mesma perspectiva da língua como

instrumento de comunicação e interação social. Para isso propõe-se:

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Retomar os temas anteriormente, sob outros enfoques e linguagens;

Propiciar momentos de vivência, bem como desenvolver outras formas de

expressão e ampliar de forma sistematizado e gradual suas habilidades orais de leitura

e escrita;

Trabalhando em grupo aprendendo a ouvir a voz dos colegas, ouvir críticas e

delas tirar o melhor proveito, a reconsiderar seus pontos de vista, a pensar da melhor

maneira e obter sucesso no conjunto;

Ampliar seus referenciais e suas leituras de mundo;

Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua

portuguesa. Qual a composição étnica? Apurar as diferenças entre o português falado

e o escrito entre eles: alimentação, música, religião.

Oferecer um conjunto de atividades aos alunos para utilizá-los de forma efetiva

e criativa;

Realizar e exercitar determinadas operações como: antecipações a partir do

contexto e do conhecimento prévio que possui;

Trabalhar levantamentos de hipótese, captando o que não está explícito: As

práticas discursivas subdividem-se em:

PRÁTICA DA ORALIDADE

Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho

precisa pautar-se em situações reais e tendo o aluno como sujeito do processo,

lembrando-se sempre de que a oralidade está presente em todos os momentos da vida

do aluno, compete à escola valorizar a fala como forma de expressão a as

possibilidades de adequação de acordo com a situação. Fazendo uso da variedade de

linguagem que eles empregam, suas interações familiares, no cotidiano.

As possibilidades de trabalho são diversas e apontam diferentes

caminhos,como: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade,

um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno

ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias;

declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; juris-simulados e

outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

As atividades propostas não devem ter como objetivo simplesmente ensinar o

aluno a falar, emitindo opiniões. É necessário avaliar, juntamente com o falante, por

meio da reflexão sobre os usos da linguagem, é o conteúdo de sua participação oral.

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Pode-se analisar a linguagem em uso em outras esferas sociais, como: em

programas televisivos ( jornais, novelas, propagandas); em programas radiofônicos; no

discurso do poder em suas diferentes instâncias: público, privado, enfim, nas mais

diversas realizações do discurso ora.

PRÁTICA DA LEITURA

A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto,

tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura

pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa

estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua

vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes esferas

sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,

midiática, literária, publicitária e também o hipertexto( texto no suporte

digital/computador); considerando as linguagens verbais e não-verbais.

É preciso considerar na prática da leitura o texto em que se quer trabalhar e,

então, planejar as atividades.

LITERATURA

Na literatura deve-se partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los,

aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos mesmos.

O aluno é o leitor, e como leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele

quem traz vida ao que lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, linguísticos, de

mundo.

O texto literário deve ser de sensibilidade, de identificação. Numa apresentação

em sala de aula, o educando pode se projetar na narrativa através do estímulo do

professor. Os alunos serão solicitados a dizer o que entenderam da história lida.

As estruturas de apelo serão trabalhadas demonstrando aos alunos que não é

qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que o texto permite. No caso

de texto poético, deve-se estimular, nos alunos, a sensibilidade estética, usando a

leitura expressiva. Dar-se-á oportunidade ao aluno a experiência ,na leitura, escrita e

oralidade, com novos gêneros e novas formas de expressão, adequadamente à série

ou ao nível do aluno.

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PRÁTICA DA ESCRITA

Em relação à escrita, resulta-se a partir das necessidades de comunicar-se, o

aperfeiçoamento só é possível através da leitura de diferentes textos, o aluno

perceberá a diferença da estrutura e a função de cada um e terá maiores condições de

produzir de acordo com o gênero do texto, percebendo a utilidade daquilo que produz e

a quem é dirigido. Variam de conforme se produza uma história, um poema, um bilhete,

uma receita, um texto de opinião, ou outro tipo de texto.

Para que se produza um texto com sucesso é preciso que haja um

envolvimento do autor com aquilo que ele escreve por meio da motivação, reflexão e

revisão daquilo que fez. É um processo que acontece em vários momentos, o da

motivação do texto; o da reflexão, da re-estruturação e de re-escrita do texto.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

• perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

• Conotação e denotação

• Coesão e coerência textual

• Vícios de linguagem

• Operadores argumentadores e os efeitos de sentidos

• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...)

• Semântica

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica

• Estrangeirismos, neologismos, gírias

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

• A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

• Coordenação e subordinação nas orações do texto

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CULTURA AFRO-BRASILEIRA –AFRICANA E INDÍGENA

Este conteúdo será incluído em todas as séries, faz-se necessário abordar

pontos importantes como estabelece a lei 11.645/03 que torna obrigatório a inclusão

em todos os currículos da História e Cultura Afro-Brasileira, levando-se em

consideração a participação dos negros e os índios na constituição do país. Bem como

sua contribuição cultural neste caso para Língua Portuguesa.

Serão trabalhadas as palavras de origem africanas, as de origem indígenas,

seus significados, a importância da raça negra no Brasil, valorizando os da raça negra

como ser humano consciente, igual a qualquer outra raça, independente da sua cor.

• Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que falam a língua

portuguesa. O que os une? Quais as razões? Atualmente como estão esses países?

Qual a composição étnica? Apurar diferenças do português falado e escrito entre eles.

Ex: Alimentação: vatapá, acarajé, caruru, canjica etc; _ Música: os instrumentos

musicais, marabá, cuíca, atabaque, reco-reco, agogô, e _ Religião: umbanda, e

candomblé.

• Organizar debates sobre textos propostos aos alunos, solicitar que produzam

textos sobre temas como:

• o racismo no Brasil;

• a presença do negro na mídia;

• políticas afirmativas, cotas;

• mercado de trabalho, etc.

• Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo “negro” e outras

expressões do vocabulário.

• Realizar com os alunos estudos de obras literárias de escritores negros como

Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade etc., destacando a

contribuição do povo negro à cultura nacional.

• Incluir nos conteúdos de literatura o estudo do teatro experimental de negro,

iniciado no Rio de Janeiro, produzidos por afros-descendentes que circularam

semanalmente durante até mais de cinquenta anos.

• Utilizar pesquisas e revistas produzidas pela comunidade afrodescendente do

município.

• Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial.

• Propiciar acesso aos gêneros musicais do samba e rap.

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• Propor aos alunos a produção de poesias relacionadas ao povo afrodescendente

e sua cultura. A partir dessa literatura, a criança afrodescendente constrói uma imagem

da realidade social que não a inclui.

• Realizar estudos de obras brasileiras que discutam, abordem questões

relacionadas à cultura afro-brasileira: Macunaíma, Mário de Andrade; Casa Grande e

Senzala, Gilberto Freyre; O Escravo, Castro Alves; Sermões do Pe. Antônio Vieira; A

Cidade de Deus, Paulo Lins; O mulato, Aluísio de Azevedo; O Bom Crioulo, Adolfo

Caminha.

• Na pintura, interpretar obras de Di Cavalcanti, Lazar Segall e Cândido Portinari

que retratam a figura do negro.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

O que caracteriza os povos do campo é jeito peculiar de se relacionarem com a

natureza, o trabalho na terra, a utilização de mão-de-obra dos membros da família; cuja

a identidade desses povos comporta categorias sociais como posseiros, boias frias,

ribeirinhos, pequenos proprietários( dependendo da região do Brasil), comunidades

negras rurais, quilombolas e também as etnias indígenas.

Toda essa diversidade encontrada nas populações do campo paranaense

sinaliza um fato que não pode ser deixado de lado: as escolas do campo onde terão

presente no seu interior essa conflituosa e rica diversidade sociocultural e política. A

educação do campo deve imergir os conteúdos e debates sobre a utilização de

recursos naturais, agroecologia e demandas históricas por reformas agrárias,

trabalhadores assalariados rurais.

A educação para os povos do campo deve ser trabalhada a partir de um

currículo essencialmente e deslocado das necessidades e da realidade do campo.

O objetivo é que o estudo tenha o desenvolvimento dos conteúdos escolares

que venham valorizar a cultura construída nos diferentes lugares do país, ampliando

conhecimentos; mediante o estabelecimento de relação entre o conhecimento científico

e o conhecimento do mundo da vida.

AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um

processo de aprendizagem contínuo e de prioridade à qualidade e ao desempenho do

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aluno ao longo do ano letivo.

A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a

chamada avaliação formativa (capitulo II, artigo 24, inciso V item a: "avaliação contínua

e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais

provas finais;"), vista como mais adequada ao dia a dia da sala de aula e com grande

avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo

ou classificatório.

A avaliação é o instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos

alunos. É contínua, pois o processo de aprendizagem realiza-se a cada momento,

entretanto é necessário priorizar o desenvolvimento do aluno e não um momento em

destaque.

Há de se ter em mente que a avaliação serve para perceber os avanços e

dificuldades do aluno, portanto será usada principalmente como referência para o

professor selecionar os conteúdos e metodologia a serem utilizados, de acordo com o

objetivo previamente definido. Sendo assim, é fundamental que se faça uso de

instrumentos variados para verificação do desempenho de acordo com o conteúdo

proposto, pois numa avaliação diagnostica, torna-se possível escolher o caminho a

seguir.

Nessa perspectiva, adota-se uma avaliação formativa, que respeita o ritmo e

processo de aprendizagem de cada aluno, considerando as diferenças individuais, ela

considera a participação do aluno em atividades orais, de leitura e escrita, focando os

objetivos gerais. Assim recomenda-se que na oralidade o aluno expresse suas

opiniões em debates, discussões e narrações, com clareza e adequação, observando

sempre, o seu interlocutor; na leitura é recomendado que se verifique se houve

compreensão do texto lido e qual seu posicionamento diante do tema; na escrita deve

ser considerado o caminho que o aluno percorreu em seu processo de produção, bem

como, sua capacidade de rever o texto, adequando a linguagem ao gênero. Outro

critério a ser considerado é a Análise linguística, onde o texto oral e escrito pode ser

manifesto em vários aspectos discursivos, textuais e gramaticais, assim os elementos

linguísticos de diferentes diferentes gêneros devem ser avaliados sob uma prática

reflexiva e contextualizada que possibilite a compreensão desses elementos no texto.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e

refletem sobre as diferentes possibilidade de uso da língua, os que lhes permite o

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aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

REFERÊNCIAS:

Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Língua Portuguesa, 2008

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná:

Educação do Campo, SEED- 2006

Paraná, Secretaria de Estado da Educação. História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana: educando para as relações étnicos-raciais. Curitiba : SEED-PR, 2006.

(Cadernos Temáticos).

7.11-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTI CA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

Há registros que 2000 a C. Já haviam anotações matemáticas que hoje estão

classificados como álgebra elementar ( comparar formas, tamanhos, quantidades)

Esse seriam nascimento da Matemática.

Foi com a civilização Grega que regras, princípios lógicos começaram a ser

registrados e também surgiram as preocupações iniciais da matemática no ensino e na

formação das pessoas.

Um século depois a matemática entrou no contexto educacional e já se tinha

uma matemática mais abstrata, assim veio acontecendo a sistematização das

matemáticas estáticas e desenvolveram a aritmética, a geometria, a álgebra e a

trigonometria.

Baseada em práticas pedagógicas no século V a. C. Os sofistas tinham objetivo

de formar o homem político e as suas metodologias era uma educação intelectual e

científica.

No século IV a II a. C. A educação foi de forma clássica e enciclopédica. Ensino

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baseado na memorização e repetição.

No século V d. C o ensino teve caráter religioso- cálculos para entender o

calendário litúrgico.

No século VII e IX o ensino passa por mudanças e surgem escolas e a

organização dos sistemas de ensino.

Com avanço das atividades comerciais e industriais aconteceram novas

descobertas na matemática e seu ensino foi, influenciado para atividades práticas e

experimentais.

No século XVI aconteceu um processo científico e econômico e a matemática

servia para preparar os jovens para o exercício de atividades de comércio, arquitetura,

música, geografia, astronomia, arte de navegação e outros.

No século XVIII- a educação desempenhou um papel para comprovação e

resultados- lei quantitativa- conceito de função do cálculo.

Dessa maneira, a Educação Matemática necessita de profissionais que

estabeleçam uma postura teórico-metodológico e seja questionador frente às

concepções pedagógicas historicamente difundidas.

O objeto de estudo da Educação Matemática ainda encontra-se em processo de

construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da Matemática

e engloba as relações entre o ensino e a aprendizagem e o conhecimento matemático,

e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se

apropria da própria matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos,algoritmos, etc. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do

conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando

a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma

visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e

reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno.

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes

análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.

Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas

teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por

conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

A disciplina de Matemática tem como objetivo geral:

• Desenvolver o campo da investigação matemática e a produção do

conhecimento, com relevância a história da matemática.

• Associar o conhecimento matemático com outras áreas do conhecimento.

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• Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de

conjecturas, a descoberta de soluções e a capacidade de construir (resoluções de

problemas).

• Relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas

manifestações culturais e relações de produção de trabalho (etno matemática).

• Formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas para

uma solução particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte para

outras aplicações e teorias(modelagem matemática).

• Ampliar suas possibilidades de observação e investigação através das

mídias tecnológicas.

• Proporcionar a formação integral do aluno para que este possa ser capaz

de interagir com autonomia nas suas relações sociais.

• Permitir a todos os acessos dos conhecimentos matemáticos, presentes

em qualquer situação da realidade, como condição necessária para participarem e

interferirem na sociedade em que vive.

• Propiciar o conhecimento de forma que compreenda os conceitos e

princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique as ideias matemáticas,

reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua

compreensão. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.

• Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometria

• Funções

• Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

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NÚMEROS E ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL:

conjuntos numéricos e operações

equações e inequações

polinômios

proporcionalidade

NÚMEROS E ÁLGEBRA NO ENSINO MÉDIO

Números reais;

Números Complexos;

Sistemas Lineares;

Matrizes e determinantes;

Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares;

Poinômios.

GRANDEZAS E MEDIDAS NO ENSINO FUNDAMENTAL:

Sistema monetário;

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de tempo;

Medidas derivadas: área e volumes;

Medidas de ângulos;

Medidas de temperaturas;

Medidas de velocidade;

Trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações

trigonométricas nos triângulos.

GRANDEZAS E MEDIDAS NO ENSINO MÉDIO

Medidas de Massa;

Medidas derivadas: área e volume.

Medidas de informática;

Medidas de energia;

Medidas de grandezas vetoriais;

Trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulos retângulo e a

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trigonometria na circunferência.

GEOMETRIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria Analítica;

Noções básicas de geometria não-euclidianas.

No Ensino Médio esses conteúdos terão seus conceitos mais aprofundados, na

geometria plana e espacial por exemplo, o nível de abstração terá maior

complexidade.

FUNÇÕES NO ENSINO FUNDAMENTAL

Função Afim;

Função quadrática;

FUNÇÕES NO ENSINO MÉDIO

Função afim;

Função quadrática;

Função polinomial;

Função Exponecial;

Função Logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão Aritmética;

Progressão Geométrica.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL :

Noções probabilidade

Estatística

Matemática financeira

Noções de análise combinatória

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL :

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Estatística;

Probabilidade;

Matemática Financeira.

Conteúdo Afro-brasileiro contemplando as Leis10639/03 -História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, Lei nº 11645/08 – História Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com a Lei 10.639/03, referente à

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana serão trabalhadas as seguintes atividades:

• Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira

por cor, renda e escolaridade no país e no município.

• Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no

país.

• Realização com alunos de pesquisas de dados no município com relação

á população negra.

Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena através de análises e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de reconhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluri-étnica, lei 11.645/08 que integra a

história e Cultura afro-brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e

Médio.

Refletir sobre à cultura afro-brasileira, com intuito de preparar uma construção

de críticas construtivas, e apontar soluções para construção de relacionamentos

positivos em relação às diversidades. Especificamente montar gráficos e fazer

porcentagens referente pesquisas realizadas na própria escola.

Essa proposta curricular tem como principio educativo a perspectiva do campo,

uma vez que a prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os

conhecimentos e valores construídos historicamente no campo. Assim a educação

escolar estará vinculada organicamente a essa problemática, no sentido de explicações

de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo um conhecimento com base nas

ciências, na história e na filosofia.

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METODOLOGIA

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das

quais destacamos:

• resolução de problemas;

• modelagem matemática;

• mídias tecnológicas;

• etno matemática;

• história da Matemática;

• investigações matemáticas.

Resoluções de problemas

Possibilitar aos estudantes compreender os argumentos matemáticos e ajudá-

los a ver com um conhecimento passível de ser aprendido por todos os sujeitos

presentes de ensino e da aprendizagem.

As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar

informações, dados importantes do problema, par sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se

necessário, até chegar a uma solução aceitável( POLYA, 2006).

Etno matemática

O papel da etno matemática é reconhecer e registrar questões de relevância que

produzem o conhecimento matemático

Leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e

todos são importantes. As manifestações matemáticas são percebidas por meio de

diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes

culturais.

Modelagem matemática

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de

situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre

situações de vida . Consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas

matemáticos e resolvê-los interpretando sua linguagem do mundo real.

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Mídias Tecnológicas

Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da Internet, entre outros, tem favorecido as experimentações matemáticas e

potencializado formas de resolução de problemas. De posse dos recursos tecnológicos,

os estudantes conseguem desenvolver argumentos e conjecturas resultados dessa

experimentação. Enfim, esse trabalho insere formas diferenciadas de ensinar e

aprender e valorizar o processo de produção de conhecimento.

História da Matemática

A história deve ser o fio condutos que direciona as explicações dadas aos

porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois

propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído

historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.

Investigação Matemáticas

Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de

forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser

investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá

ser indicado através, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o

significado de investigar. Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como

um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas,

principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está sendo investigado.

Assim, as Investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos,

procedimentos e representações matemáticas.

Valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquirido em séries

anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das

vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados, com objetivo de

validá-los cientificamente, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização

de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de

aprendizagem.

Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que

possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações

matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da

linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. Objetivando uma formação

científica geral, os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor

objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos

conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da

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própria ciência matemática.

Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para

resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática, mas, como

nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso da matemática.

Possibilitar aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de

conceitos e formulação de ideias. Aulas expositivas, pesquisas extra-classe, trabalho

em grupo, aula-prática. Utilização de material concreto.

AVALIAÇÃO

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação

sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades

diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades

devem incluir manifestação escritas, orais, e de demonstração, inclusive por meio de

ferramentas e equipamentos, tais como materiais de manipuláveis, computador e

calculadora.

Propor atividades em sala de aula, sempre insistir com os alunos para que

explicitem os procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar

oralmente ou por escrito as suas afirmações, quando estiverem tratando algoritmos,

resolvendo problemas, entre outras. A avaliação deve ser continua, diagnóstica,

cumulativa, participativa e somativa.

Encaminhamentos diversos como trabalho extraclasse, pesquisas, tarefas, prova

escrita, atividades em grupo, bem como, a observação, a intervenção, a revisão de

noções e subjetividade, isto é, buscar diversos métodos avaliativos, incluindo o uso de

materiais manipuláveis, computador e calculadora.

O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua

vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas

de Matemática. Assim, será então possível que as práticas avaliativas finalmente

superem a pedagogia do exame para basearem-se numa pedagogia do ensino e da

aprendizagem.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas, quais sejam:

Comunicar-se matematicamente, oral ou por escrito;

Compreender por meio da leitura, o problema matemático;

Lança mão de organização do pensamento que possibilite a solução de

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problemas;

Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático.

Realiza o retrospecto da solução de um problema.

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à

concepção de avaliação contínua e formativa. Assim os instrumentos podem ser

afetivar em manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de

ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e

calculadora.

Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, e a formação do

aluno, precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de

ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.

REFERÊNCIAS:

ANDRINI, Álvaro. Novo Praticando a Matemática , Maria José C. de V. Zampirolo. - São

Paulo: Editora do Brasil, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Matemática. Curitiba, Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/out_2

009/matematica.pdf. Acesso em 18/10/2010.

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7.12-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DISCIPLINA DE QUÍMICA

A química está ligada intimamente a todo o desenvolvimento das civilizações, a

partir das necessidades do homem pré – histórico, tais como: necessidades de

sobrevivência, de comunicação, de desenvolvimento de técnicas de domínio de fogo,

etc. Também não se pode falar da história da química sem se reportar a fatos

políticos, religiosos e sociais. O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as

doenças, sinônimo da vida eterna, são buscas incessantes da humanidade. Sendo

assim as primeiras citações acerca da química são provenientes da alquimia, que

buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal.

O século XIX foi o período no qual a ciência se consolidou e passou a definir as

marcas na caminhada da humanidade. As primeiras atividades qual a de caráter

educativo envolvendo a química no Brasil, surgiram também neste século, provenientes

das transformações de ordem política e econômica que ocorriam na Europa.

Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do

século XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de

computação. Com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui

uma era de transformações nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver.

Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia genética,

exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos estudos

espaciais e pela farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com

destaque à Química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora no

estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e

presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.

Muito embora existam, atualmente, formas distintas de conceber o ensino de

Ciências e de Química, a pedagogia sócio-histórica já é um referencial teórico na

prática de alguns professores.

Qual seria a concepção de ensino de QUÍMICA que romperia com as

abordagens tradicionais do objetivo de estudo da disciplina?

Chassot propõe “alternativas para um ensino com utilidade onde se busca

mostrar uma educação, através da Química, que: contribua para a alfabetização

científica do cidadão; faça a migração do esoterismo ao exorcismo e, facilite a leitura

do mundo”. (CHASSOT,1995,p.151).

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Nessas diretrizes propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento

químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química,

que é o estudo da matéria e suas transformações. Este processo deve ser planejado,

organizado e dirigido pelo professor, numa relação dialógica, onde a aprendizagem dos

conceitos químicos se realize no sentido da organização do conhecimento científico.

Acredita-se, pois, que o ensino de Química que leve à alfabetização científica do

sujeito, e deve estar centrado na inter – relação de dois componentes básicos:

conhecimento químico e o contexto social.

A abordagem no ensino da Química, será norteada , pela construção/

reconstrução de significados de conceitos científicos, vinculada aos contextos

históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada em

teóricos como: Chassot, Mortimer, Maldaner, Bernadelli.

Educação do Campo: Pensar a educação desde ou junto com uma concepção

de campo significa assumir uma visão de totalidade dos processos sociais; significa no

campo da política pública, por exemplo, pensar a relação entre uma política agrária, e

uma política de educação; entre política agrícola, política da saúde, a política da

educação, e assim por diante. E na dimensão da reflexão pedagógica significa discutir

a arte de educar, e os processos de formação humana, a partir dos parâmetros de um

ser humano concreto e historicamente situado.

Desafios Educacionais Contemporâneos; numa perspectiva histórica, para o

entendimento destas discussões em sua totalidade, é preciso, em primeiro lugar, que o

professor busque outros referenciais que possibilitem outra representação sobre os

fatos e sobre o passado. É importante perceber,

Segundo Savoia (2008), que na impossibilidade de resgatar o passado tal como

foi, construímos sempre em relação a ele uma representação. É preciso então que os

conhecimentos universais como os desafios do cotidiano tornam-se parte do

conteúdo sobre os fatos e sobre a história que nos indicam que as questões sociais,

econômica, sexualidade, meio ambiente, educação fiscal, suscitando a busca por

suportes concretos, dada a compreensão dos mesmos em sua concretude.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude

que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Os

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conteúdos estruturantes da Química devem considerar, em sua abordagem teórico-

metodológica, as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos específicos.

A partir deles derivam conteúdos específicos a serem trabalhados na relação de ensino

aprendizagem no cotidiano escolar. Os conteúdos estruturantes estão em constante

relação uns com os outros e que na realidade nunca se separam; precisam se inter-

relacionar para se tornarem significativos, nesta proposta serão ministrados nas três

séries, aprofundados em abordagens que considerem o princípio da complexidade

crescente.

São conteúdos estruturantes de química:

• Matéria e sua natureza;

• Biogeoquímica;

• Química sintética.

MATÉRIA E SUA NATUREZA

É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de

Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e sua

natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais

conteúdos estruturantes.

BIOGEOQUÍMICA

Bio geoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos

sobre a composição química da terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre

hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos

biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p.2).

QUÍMICA SINTÉTICA

Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e

materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria

alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e

dos Agrotóxicos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

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MATÉRIA

Constituição da matéria;

Estados de agregação;

Natureza elétrica da matéria

Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).

Tabela Periódica.

SOLUÇÃO

Substância: simples e composta;

Misturas;

Métodos de separação;

Solubilidade

Concentração;

Forças intermoleculares;

Temperatura e pressão;

Densidade;

Dispersão e suspensão;

Tabela Periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas; Condições fundamentais para ocorrência

das reações químicas. (natureza dos reagentes, teoria da colisão) Fatores que

interferem na velocidade das reações ( superfície de contado, temperatura, catalisador,

concentração dos reagentes); Lei da velocidade das reações químicas; Inibidores das

reações químicas; Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO

Reações químicas reversíveis;

Concentração;

Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio )

Deslocamento de equilíbrio ( princípio de Le Chatelier): Catalizadores;

Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização,Ks ).

Tabela Periódica.

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LIGAÇÃO QUÍMICA

Tabela periódica;

Propriedade dos materiais;

Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;

Solubilidades e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades

dos materiais; Ligações de Hidrogênio;

Ligação metálica;

Ligações sigma e Pi ;

Ligações polares e apolares

Alotropia.

REACÕES QUÍMICAS

Princípios da termodinâmica;

Calorias;

Reações exotérmicas e endotérmicas Variação de entalpia;

Equações termoquímicas;

Lei de Hess;

Entropia de energia livre;

Diagrama das reações exotérmica e endotérmicas; Calorimetria;

Tabela periódica.

RADIOATIVIDADE

Modelos atômicos (Rutherford);

Elementos químicos (radioatividade); Tabela periódica;

Reações químicas;

Velocidades das reações;

Emissões radioativas;

Leis da radioatividades;

Cinética das reações químicas;

Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear);

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GASES

Estados físicos da matéria; Tabela periódica;

Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura,

pressão x volume e temperatura x volume);

Modelos de partículas para os materiais gasosos; Misturas gasosas;

Diferença entre os gás e vapor;

Leis dos gases.

FUNÇÕES QUÍMICAS

Funções Orgânicas;

Funções inorgânicas;

Tabela Periódica

METODOLOGIA

A abordagem teórico metodológica mobilizará para o estudo da química

presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma

repetição de fórmulas, números e unidades de medida. Sendo assim quando o

conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante

Biogeoquímica será feito um diálogo sobre a atmosfera, hidrosfera e litosfera; na

abordagem com o conteúdo estruturante química sintética o foco será a produção de

novos materiais e com o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, serão

priorizados o comportamento macroscópico e microscópico da matéria.

Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética a

sistematização dos conceitos acontecerá por meio das abordagens histórica,

sociológica e ambiental, representacional dos conteúdos químicos. Mas para o

conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza tais abordagens são limitadas, pois pela

sua origem, apenas abordagem representacional como as fórmulas químicas, modelos

podem ser explorados amplamente.

Cabe ao professor programar uma relação dialógica em sala de aula, expressa

em oportunidades pelas quais as múltiplas formas de pensar e as pré-concepções dos

alunos entrem em contatos umas com as outras.

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AVALIAÇÃO

A Avaliação Formativa e Processual leva em conta todo o conhecimento prévio

do aluno e deve subsidiar e redirecionar o curso da ação dos professores no ensino

aprendizagem, garantindo a qualidade do processo educacional desenvolvido no

coletivo da escola.

Espera-se que o aluno;

p- Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos

na área de química;

q- Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

r- Problematize a construção dos conceitos químicos;

s- Tome posições frente as situações sociais e ambientais desencadeadas

pela produção do conhecimento químico.

A avaliação deve ser diagnóstica e continua, podendo o professor utilizar-se

dos seguintes instrumentos: avaliação escrita e oral, leitura, interpretação de textos,

leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, apresentação de

seminários, conferências, simpósios experimentação no laboratório etc.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria do estado da educação, DIRETRIZES CURRICULARES DE

QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO ,Curitiba Paraná, 2008.

PARANÁ, Secretaria do estado da educação, EDUCAÇÃO DO CAMPO, Curitiba

Paraná, 2005.

PARANÁ, Secretaria do estado da educação, OS DESAFIOS EDUCACIONAIS

CONTEMPORÂNEOS E OS CONTEÚDOS ESCOLARES: REFLEXOS NA

ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR E A ESPECIFICIDADE

DA ESCOLA PÚBLICA ,CGE/SEED, julho de 2008.

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7.13-

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

A Sociologia, ciência que se constitui no século XIX, na Europa, está ligada

diretamente ao desenvolvimento e consolidação da sociedade capitalista. As

Revoluções Industrial e Francesa marcaram definitivamente a configuração das

sociedades em nível mundial, provocando profundas e intensas transformações, onde

a mudança torna-se fator chave na moldagem das relações sociais.

Com o objetivo de compreender as alterações nas relações sociais e, ao mesmo

tempo, a permanência de determinados elementos que permitem a existência de um

conjunto social, E. Durkheim, amplamente influenciado por A. Comte, estabelece as

bases desta ciência ao definir seu objeto de estudo e metodologia. À Sociologia

caberia, de acordo este pensador, o estudo dos fatos sociais, modos de ser, pensar e

agir que são exteriores ao indivíduo, a eles se impõem e independem de suas vontades

para se manifestarem. Por meio de uma análise objetiva, afastando-se as pré-noções,

as instituições sociais poderiam ser compreendidas, explicadas e, em caso de

eventuais desequilíbrios sociais, restaurados os padrões normais de equilíbrio e

harmonia, inerentes às sociedades.

No entanto, se é com Durkheim que as bases científicas da Sociologia são

consolidadas, outros pensadores contribuem com o desenvolvimento desta ciência, à

medida que introduzem outros elementos na análise do social. Karl Marx, nesse

sentido, em seus escritos, realiza uma análise que mescla elementos sociológicos,

econômicos, políticos, culturais, sem segmentá-los em uma ou outra direção.

Considerando que as relações sociais só podem ser compreendidas a partir dos

interesses diferenciados e contraditórios que as classes sociais, formadas por

proprietários e não proprietários apresentam, Marx constata que não basta apenas

explicar essas relações, para ele essencialmente de exploração, mas antes modificá-

las. Não há um suposto equilíbrio social, mas conflitos, latentes ou explícitos, que só

serão superados com a revolução proletária, quando os resultados do trabalho serão

igualmente apropriados por todos os trabalhadores, e não apenas por aqueles que

detêm os meios de produção.

Nessas duas visões, opostas entre si, as relações sociais são vislumbradas

como se impondo aos indivíduos, embora para Durkheim essa imposição seja

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inevitável e incapaz o indivíduo de resistir, enquanto que para Marx há a necessidade

de modificá-las, possibilidade concreta a partir da organização da classe trabalhadora.

Para Max Weber, no entanto, não existe a sociedade, mas indivíduos que, por

meio da ação social, conferem sentido as suas ações. A sociedade nada mais seria do

que um conjunto de relações sociais, estabelecidas por meio do compartilhar de

sentido estabelecido por meio das ações sociais. Para se compreender a sociedade,

torna-se necessário considerar as motivações individuais, já que os indivíduos são os

únicos portadores de sentido, possibilitando o entendimento dessa “teia de

significados”.

Essas linhas teóricas diferenciadas, e apresentadas brevemente, configuram o

pensamento sociológico em seu desenvolvimento inicial e posterior. Considerados os

fundadores da Sociologia, Dukheim, Marx e Weber são clássicos, ou seja, permanece

a atualidade do seu pensamento. T. Parsons, P. Bordieu, J. Habermas, A. Touraine, R.

Kurz, e tantos outros, nos países desenvolvidos, assim como Fernando Azevedo, Caio

Prado Jr., Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, no Brasil,

estarão comumente atualizando, contextualizando ou mesmo se contrapondo aos

pressupostos dos fundadores da Sociologia.

Ciência marcada pela análise e eventuais intervenções na realidade social, os

métodos específicos da disciplina não impedem que discordâncias apaixonadas sobre

o que é, e o que deve ser a realidade, aflorem no debate científico.

Assim como cada pessoa percebe algumas coisas que para outras são

imperceptíveis, a Sociologia não é uma ciência monolítica, comportando interpretações

diversas e opostas, todas elas referenciais teóricos válidos para a análise do social.

Essa pluralidade analítica influiu na sua inserção e permanência no conjunto das

disciplinas oferecidas no sistema oficial de ensino brasileiro.

Introduzida como disciplina oficial nos cursos secundários no início do período

republicano, foi excluída no início do século XX e, no decorrer deste, a inconstância foi

uma das marcas, ora sendo obrigatória, ora retirada conforme o contexto social político

mais amplo.

A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abre

novas perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que

dita no art.36, §1º, inciso III, a importância do “domínio da Filosofia e Sociologia como

necessários ao exercício da cidadania”. No entanto, durante a regulamentação da Lei,

a seguinte interpretação deste artigo foi feita: a partir das Diretrizes Curriculares

Nacionais do Ensino Médio (DCNEM, Parecer CNE/CEB 03/98) tanto o art.36, quanto o

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artigo 35 da LDB, ambos relativos ao Ensino Médio, tiveram alterados profundamente o

seu sentido, pois as “Diretrizes” apresentaram como proposta o tratamento

interdisciplinar, por outras disciplinas das Ciências Humanas, dos conteúdos de

Sociologia, esvaziando, portanto, o seu caráter de obrigatoriedade.

Essa trajetória do ensino da Sociologia, caracterizada por frequentes

interrupções, trouxe marcas a esta disciplina, as quais não podem ser ignoradas

quando se reflete a respeito da sua inserção no cenário educacional. Alguns aspectos

originários dessas intermitências irão contribuir para que a disciplina apresente

dificuldades em impor-se nas escolas. No entanto, em alguns estados, como Minas

Gerais e Paraná, políticas públicas voltadas à inserção da Sociologia na grade

curricular têm obtido sucesso, promovendo a conscientização da comunidade escolar a

respeito da importância do conhecimento sociológico para o aluno do Ensino Médio.

A Sociologia no presente tem o papel histórico que vai muito além da leitura e

explicações teóricas da sociedade. Não cabem mais as explicações e compreensões

das normas sociais e institucionais para a melhor adequação social, ou mesmo para a

mera crítica social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização do social no sentido

de sua transformação. É tarefa inadiável da escola a formação de novos valores, de

uma nova ética e de novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de

construção de novas relações sociais, no que a Sociologia pode oferecer importante

contribuição.

A disciplina tem como objeto o conhecimento e a explicação da sociedade

através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em

grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos,

bem como a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e

coletividades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

t- O Processo de Socialização e as Instituições Soc iais

Conteúdos Básicos:

Processo de Socialização;

Instituições Sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

Instituições de reinserção(prisões, manicômios, educandários, educandários, asilos,

etc.).

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• Cultura e Indústria Cultural

Conteúdos Básicos:

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise

das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação em massa;

Sociedade de consumo;

Questões de gênero;

Culturas afro-brasileira e africana;

Cultura indígena.

PP- Trabalho, Produção e Classes Sociais

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais:estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil.

QQ- Poder, Política e Ideologia

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de Poder;

Conceitos de Ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões de violência nas sociedades contemporâneas.

RR- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

Direitos:civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

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Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONG's.

METODOLOGIA

Os instrumentos metodológicos para o ensino de Sociologia devem ser variados,

mas adequados aos objetivos que se pretende atingir, pois assim como os conteúdos

estruturantes e os específicos deles desdobrados, os encaminhamentos metodológicos

e o processo de avaliação ensino-aprendizagem devem estar relacionados à própria

construção histórica da Sociologia crítica, caracterizada por posturas teóricas e práticas

favorecedoras ao desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante. Por isso as

diretrizes sugerem que o ensino da disciplina seja iniciado com uma breve

contextualização da construção histórica da Sociologia e das teorias sociológicas

fundamentais, que devem ser constantemente retomadas durante o curso, no sentido

de fundamentar os conteúdos específicos.

Nesse sentido, as problemáticas sociais devem ser explicitadas e explicadas de

maneira concreta e contextualizada, desconstruindo pré-noções que os alunos possam

trazer e que dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas

direcionadas à transformação social.

Para que os conteúdos trabalhados e a metodologia usada possam atender às

necessidades do grupo social atendido, nesse caso o aluno do ensino Médio, este deve

ser considerado em sua especificidade etária e em sua diversidade cultural, além de

aspectos como: a linguagem, interesses pessoais e profissionais e necessidades

materiais. Outro aspecto importante a ser levado em conta são as peculiaridades da

realidade em que a escola está inserida e a origem social do aluno. O ensino de

Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu

aprendizado; que este aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com

o vivido, a rever conhecimentos e reconstruir coletivamente novos saberes.

Sejam quais forem as práticas pedagógicas no ensino de Sociologia, se não

forem trabalhadas com método e rigor em nada contribuirão para a construção do

pensamento científico.

Três encaminhamentos metodológicos são próprios do conhecimento

sociológico: a pesquisa de campo e o uso de recursos áudio-visuais, especialmente

vídeos e filmes, leitura e análise de textos Sociológicos.

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Para trabalhar a Lei 10.639/03 que trata da História e Cultura Afro Brasileira e

Africana e a Lei 11. 645/08, referente à História e Cultura Afro Brasileira e Indígena,

Propõem-se que, sejam revistos os:

• Princípios de de igualdade básico de pessoa humana como sujeito de

direitos;

• `a compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que

pertencem a grupos étnico raciais distintos, que possuem cultura e história próprias,

igualmente valiosas e que em conjunto constroem, na nação brasileira, sua história;

• à valorização da história dos povos africanos e da cultura afro brasileira

na construção histórica e cultural brasileira;

• à superação da indiferença, injustiça e desqualificação com que os

negros, os povos indígenas e também as classes populares às quais os negros, no

geral, pertencem, são comumente tratados;

• à desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas,

objetivando eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela ideologia do

branqueamento, pelo mito da democracia racial, que fazem tanto mal a negros e

brancos;

• combate à privação e violação de direitos de individuais.

Para que haja um bom aproveitamento, são necessárias ações que propiciem o

contato com a cultura africana e afrodescendente, culminando em exposições, mostras

de teatro e dança, por meio das quais sejam apresentados penteados, vestimentas,

adereços, utensílios, objetos e rituais resultantes desse processo. Provocar discussões

e atividades que tenham o jovem negro e sua família em diferentes contextos sociais e

profissionais, para a valorização da diversidade étnica brasileira. Pesquisas e debates

sobre o espaço dos afrodescendentes e de sua cultura nos meios de comunicação em

massa ( em especial na TV).

É importante que se use a leitura e análise de textos teóricos sociológicos, para

subsidiar o desenvolvimento dos conteúdos. Os textos sociológicos que forem

utilizados deverão ser contextualizados. Exemplo: quem é o autor, quando escreve,

onde ele escreve, com quem dialoga? Etc, para que o texto não seja tomado como

uma verdade absoluta.

O exercício de texto teórico propicia e aproxima o aluno com as linguagens das

Ciências Sociais. A utilização de textos literários contextualizados e articulados com as

análises dos conteúdos trabalhados, também é uma ferramenta importante na sala de

aula.

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Pesquisa de campo:

• discussão com o grupo para definição do tema e enfoque a ser

privilegiado;

• elaboração de pré-projeto de pesquisa a partir de revisão bibliográfica;

• elaboração de roteiro de observação e/ou entrevistas;

• visita ao campo para levantamento de dados;

• organização dos dados coletados;

• organização de tabelas ou gráficos;

• análise e articulação com a teoria.

Filme:

O filme deve ser entendido como “texto” e como tal, passível de “leitura” pelo

aluno; “leitura” esta reflexiva, inserida num contexto, afinal cinema e TV têm linguagens

próprias e compreendê-las não significa apenas apreciar imagens e sons:

• escolha do filme — que atenda aos interesses do conteúdo, faixa etária e

repertório cultural do aluno;

• discussão da ficha técnica do filme;

• elaboração de roteiro com aspectos fundamentais para o conteúdo em

estudo;

• exibição do filme;

• discussão e articulação das temáticas contempladas com a teoria

sociológica;

• sistematização através da produção de texto e/ou outra linguagem (visual,

musical, literária).

É importante ressaltar a importância do Livro Didático Público de Sociologia

como suporte teórico às aulas, podendo este ser usado como ponto de partida para

professores e alunos, embora o ensino da disciplina não estará esgotado ou suprido

com seu uso.

AVALIAÇÃO

Considerando as especificidades da Sociologia e os objetivos que se pretende

atingir, a avaliação nesta disciplina deve perpassar todas as atividades relacionadas a

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ela, necessitando para isso de um tratamento metódico e sistemático.

Os critérios estabelecidos para a avaliação devem ser debatidos, criticados e

acompanhados por todos os envolvidos pela disciplina. São critérios passíveis de

observação no decorrer do curso:

• apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática;

• a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;

• a clareza e coerência na exposição das ideias, seja no texto oral ou

escrito.

O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia, deve perpassar

todas as atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de um tratamento

metódico e sistemático. Deve ser pensada e elaborada de forma transparente e

coletiva, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os

envolvidos pela disciplina. A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência,

articulados com a prática social; a capacidade de argumentação fundamentada

teoricamente; a clareza e coerência na exposição das ideias, seja no texto oral ou

escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no decorrer do curso.

Também a mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim como iniciativa

e a autonomia para atitudes diferenciadas e criativas, que rompam com acomodação e

o senso comum, são dados que informarão aos professores, o alcance e a importância

de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em Sociologia devem acompanhar as próprias práticas

de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates

derivadas de textos ou filmes; a participação nas pesquisas de campo quando estas

forem possíveis; a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação

entre teoria e prática, tudo no sentido da apreensão/ compreensão/ reflexão dos

conteúdos pelo aluno. Portanto, entendemos que não só o aluno, mas também

professores e a instituição escolar devem constantemente ser avaliados em suas

dimensões práticas e discursivas e principalmente em seus princípios políticos com a

qualidade e a democracia.

A avaliação no ensino de Sociologia proposto nestas Diretrizes pauta-se numa

concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados

com os critérios de avaliação propostos. Concebendo a avaliação como mecanismo de

transformação social articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se uma prática

avaliativa que vise desnaturalizar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e

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propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na

sociedade.

Deve ocorrer de maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer

identificando aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que

apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Deve

servir como instrumento docente para a reformulação da prática através de

informações colhidas, a avaliação também deve ser contínua, processual, por estar

presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante

intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia da educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem

da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham

os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que

demonstrem capacidades de articulação entre teoria e prática, dentre outras

possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que tenham perspectivas ao

selecioná-las, a clareza dos objetivos, que se pretende atingir, no sentido de

apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão

oral e escrita da sua percepção de mundo. Assim a avaliação de Sociologia busca

servir como instrumento diagnostico da situação, tendo em vista a definição de

encaminhamento adequado para uma efetiva aprendizagem. A avaliação se dará de

forma contínua e participativa, através de trabalho de pesquisa, avaliação escrita,

apresentação de trabalho, etc.

REFERÊNCIAS

IANNI, Octavio. Pensamento social no Brasil . Bauru, EDUSC: 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Sociologia

para o Ensino Médio . Curitiba 2008.

PARANÁ: Secretaria de Estado da Educação. Sociologia Ensino Médio/Vários

autores. 2da. Ed. Curitiba: SEED-PR, 2006.

ROMANCINI, Maria Rosa. Direitos Humanos! Que direitos? In Secretaria de Estado

da Educação Cadernos Temáticos disponível em

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http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/arquivos/File/educacao_dh/material_apoio/folhas_dire

itoshumanos.pdf acesso em 10 de outubro de 2010.

SELONK, Marcus. Jacarezinho: paradoxo de prosperidade e miséria in Revista

Mediações V. 4 n. 2 jul-dez. Londrina. Ed. UEL, 1999.

7.14-PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LEM – ING LÊS APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE INGLÊS

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo

escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política

e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino

são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a

propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas

gerações. O Estado orienta as mudanças curriculares, justificando-as pela atualização

dos debates.

Com objetivo de melhoria na instrução pública, D. João VI, em 1809, assinou o

decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de Inglês e Francês.

Em 1837, com a fundação do Colégio Pedro II, em nível secundário, foi

referência para outras instituições por quase um século. O currículo do Colégio se

inspirava nos moldes franceses: sete anos de Francês, cinco de Inglês e três de

Alemão, implantado em 1840.

O modelo de ensino de línguas instituído por esse Colégio se manteve até 1929.

O Francês era o idioma priorizado, por representar um ideal de cultura e civilização,

seguido do Inglês e depois do Alemão. De 1929 até 1931, o Italiano também passou a

compor o currículo .

A abordagem pedagógica tradicional das raízes europeias, também chamadas

de gramática-tradução, prevaleceu no ensino de línguas modernas. A língua era

concebida como um conjunto de regras e privilegiava a escrita. Essa metodologia

vigorou até o início do século XX e tinha como objetivos permitir o acesso a textos

literários e possibilitar o domínio da gramática normativa. As atividades tratavam das

regras gramaticais, tradução, versão e ditados, sendo que a avaliação preocupava-se

com o conhecimento gramatical.

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Com a publicação de Cours de Linguistique Générale de Ferdinand Saussure

(1857-1913), na Europa, em 1916, os estudos da linguagem assumiram um caráter

científico, fornecendo elementos para definição do objeto de estudo específico da

linguística: a língua, possibilitando a fundamentação e estrutura, uma das principais

correntes da linguística moderna.

Em 1920, a reforma educacional de São Paulo, de caráter nacionalista, proibiu o

ensino de Línguas Estrangeiras à crianças menores de dez anos que ainda não

dominasse corretamente o português.

A reforma Francisco Campo em 1931, estabeleceu, pela primeira vez, um

método oficial de ensino de Línguas Estrangeiras: o Método Direto, surgido na Europa,

no final do século XIX e início do século XX, atendendo aos novos anseios sociais

impulsionados pela necessidade do ensino das habilidades orais, visando à

comunicação na língua alvo.

Nesse método, a língua materna perde seu papel de mediadora no ensino de

língua estrangeira e tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante

contato com a língua em estudo, sem intervenção da tradução; raciocina-se na língua

estrangeira. A transmissão dos significados acontece por meio de gestos, gravuras,

fotos, simulação, de tudo que possa facilitar a compreensão. A gramática é aprendida

de forma indutiva, praticando perguntas e respostas, exercitando a pronúncia, com

objetivo de atingir uma competência semelhante à do nativo. Dava-se preferência ao

professor nato.

Com a Segunda Guerra Mundial, em 1939, o ministério de Educação e Saúde

privilegiou, nos currículos oficiais, os conteúdos que valorizassem a História do Brasil e

de seus heróis, e que contribuíssem para a apropriação da Língua Portuguesa por

todos os brasileiros. A aversão ao estrangeiro fez com muitas escolas, principalmente

de colônias alemãs, fossem fechadas ou perdessem sua autonomia.

Com a Reforma Capanema, em 1942, atribuiu-se ao ensino secundário um

caráter patriótico - o currículo oficial buscava atrelar todos os conteúdos ao

nacionalismo.

A partir do Estado Novo, no Governo Vargas, a estrutura de ensino intensificou a

ênfase no discurso nacionalista de fortalecimento da identidade nacional. O prestígio

das línguas estrangeiras foi mantido no ginásio. O Francês apresentava-se com uma

ligeira vantagem sobre o Inglês, e o Espanhol foi introduzido como matéria obrigatória,

alternativa ao ensino de Alemão. O Latim permaneceu como língua clássica. Mesmo

com a valorização do Espanhol no ensino secundário, o ensino de Inglês teve espaço

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garantido nos currículos oficiais, por ser o idioma mais usado nas transações

comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua tradição curricular.

A dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos se acentuou

durante e após a Segunda Guerra Mundial, intensificando a necessidade de aprender

Inglês. Assim, falar Inglês passou a ser um anseio das populações urbanas. Desse

modo, o ensino de Inglês ganhou cada vez mais espaço no currículo.

Desde a década de 1950, o sistema educacional brasileiro se viu responsável

pela formação de seus alunos para o mundo de trabalho, gerando a ampliação da rede

escolar, e o ensino das humanidades foi substituído, paulatinamente, por um currículo

cada vez mais técnico, diminuindo a carga horária das Línguas Estrangeiras, a Língua

Inglesa foi valorizada devido às demandas de mercados de trabalho, que se expandiu

no período.

Com o Método Audiovisual, com uso de gravador com gravações de falantes

nativos, do projetor de slides, dos cartões ilustrativos, dos filmes fixos, dos laboratórios

audiolinguais, conferiu-se um avanço inestimável à aquisição de línguas.

Na década de 1970, em oposição ao modelo inatista de aquisição da língua, é

entendida como resultado de interação entre o organismo e o ambiente, em

assimilações e acomodações responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência.

No mesmo período, como alternativa ao cognitivismo piagetiano, educadores

brasileiros passaram a estudar a concepção de Vygotsky (1896-1934), no campo da

aquisição da linguagem.

Com a Lei nº. 5692/71 e sob a égide de um suposto nacionalismo, o governo

militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de 1º e 2º graus.

Assim, evitar-se-ia o aumento da dominação ideológica de outras sociedades e do

colonialismo cultural no país.

Na década de 1970, o pensamento nacionalista do regime militar tornava o

ensino de línguas estrangeiras um instrumento a mais das classes favorecidas para

manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos da escola pública não tinha

acesso a esse conhecimento.

Em 1976, o ensino voltou a ser valorizado, quando a disciplina se tornou

novamente obrigatória somente no 1º grau, desde que a escola tivesse condições de

ofertar.

No Estado do Paraná, a partir da década de 1970, geraram-se movimentos de

professores insatisfeitos com a reforma do ensino, movimentos estes que ecoaram no

Colégio Estadual do Paraná, fundado em 1846, o qual contava com professores de

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Latim, Grego, Francês, Inglês e Espanhol. Após o parecer nº. 581/76, uma das formas

de manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas, numa tentativa de

superar a hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro

de Línguas Estrangeiras do Colégio Estadual do Paraná, em 1982, que passou a

oferecer aulas de Inglês, Espanhol, Francês e Alemão, aos alunos no contra turno. Em

15 de agosto de 1986, a Secretaria de Estado da Educação criou oficialmente os

Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), como forma de valorizar o

plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense. Tal oferta tem

sido preservada pela SEED há mais de vinte anos.

Para Hymes (1972), competência comunicativa era o uso da língua na

integração de sistemas de competência gramatical , o sociocultural, e o probabilístico,

unia, dessa forma, as noções de desempenho e competência que estariam bem

distintas na dicotomia proposta por Chomsky. Era importante que o sujeito não somente

conhecesse, mas se apropriasse das regras do discurso especifico da comunidade de

falantes da língua-alvo.

Savignon (1972), destacou que a capacidade de falar/aprender está

condicionada a elementos, tais como: léxico, sintático e até mesmo a subjetividade do

falante.

Por sua vez, Halliday desenvolveu a teoria de funções da linguagem e a língua

passou a ser vista como um sistema de escolhas de acordo com o contexto de uso da

língua, as quais devem estar em constante associação para que se desenvolva a

interpretação.

Em 1980, Canale e Swain ampliaram o conceito de competência comunicativa

ao incorporarem, além da competência gramatical, outras três em seu modelo final: a

competência sociolinguística, a estratégica e a discursiva. Ainda propuseram quatro

habilidades respectivas: leitura, escrita,fala,e audição. Após dez anos do primeiro

modelo, Bachman apresentou o modelo de competência comunicativa e desempenho,

no qual o uso de uma determinada língua envolve tanto o seu conhecimento quanto a

capacidade de implementação ou de seu uso.

Na Abordagem Comunicativa, o professor deixa de ser o centro do ensino e

passa ser à condição de mediador do processo pedagógico. Espera-se que o aluno

desempenhe o papel de sujeito de sua aprendizagem. De acordo com essa concepção,

as atividades pedagógicas devem priorizar a comunicação, por meio de jogos,

dramatizações, etc. O erro integra o processo de ensino e aprendizagem, entendido

como um estágio provisório de interlíngua, por meio do qual os alunos podem testar as

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possibilidades de uso da língua.

O surgimento das teorias da análise do discurso da Escola Francesa contribuiu,

no Brasil, com uma nova orientação de ensino/aprendizagem com ênfase no texto e

não mais na gramática. Em paralelo, as teorias da análise do discurso da Escola

Anglo-Saxã, subsidiaram o ensino pautado na abordagem comunicativa de Língua

Estrangeira, cujo objeto era a conversação cotidiana, sob referência apenas da cultura

e não das formações sócio-histórico-ideológicas.

A partir de 1990, a abordagem comunicativa passou a ser criticada por

intelectuais adeptos da pedagogia crítica, inspirados pelas ideias de Paulo Freire.

Embora a abordagem comunicativa tenha se apresentado como reação à visão

estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos semânticos e não no código

linguístico, ela começou a ser criticada por muitos intelectuais.

Em 1996, a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.9.394 determinou

a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino

Fundamental, a partir da 5ª série, e a escolha foi atribuída à comunidade escolar,

conforme suas possibilidades de atendimento (Art. 26, § 5º.).

Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma Língua

Estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e

uma segunda, em caráter optativo, dentro das possibilidades da instituição(Art. 36,

Inciso III).

Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino fundamental de Língua Estrangeira (PCN),

pautados numa concepção de língua como prática social, fundamentada na abordagem

comunicativa. Tal documento recomendou um trabalho pedagógico com ênfase na

prática de leitura, em detrimento das demais práticas de oralidade e escrita,

apresentando a justificativa que no contexto brasileiro há poucas oportunidades de

uso efetivo da oralidade pelos alunos, particularmente da Rede Pública de Ensino.

Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua

Estrangeira para Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e

escrita, para atender às demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e

profissional. Esta diferença entre as concepções de língua observadas nos dois níveis

de ensino influencia os resultados da aprendizagem desta disciplina na Educação

Básica. Muitos linguistas têm realizado trabalhos que analisam a função da Língua

Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais e

desvelar as relações de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado

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as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto

educacional brasileiro e servem de subsídios na elaboração destas Diretrizes.

Ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira , pretendeu-se problematizar

as questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que tem marcado,

sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.

O objetivo do ensino de Língua Inglesa como parte do currículo é de contribuir

para a formação, o desenvolvimento psicológico, social, cultural e afetivo do aluno,

dando-lhe conhecimentos gerais que lhe permitam efetuar estudos posteriores mais

complexos ou encaminhar-se para o trabalho. O ensino de Inglês compromete-se,

portanto, com um processo educacional mais amplo, cooperando para alargar o

horizonte do aprendiz, respeitando sua individualidade e levando em conta suas

necessidades e expectativas.

Por tudo isso, busca-se uma nova proposta baseada no contexto onde se

reconhece a linguagem como uma realidade social, lembrando que aprender uma

língua não significa somente aprender palavras, mas sim seus significados que são

construídos no processo de interação, porque a língua está em constante mudança e

quem a utiliza não é um ser passível, mas sim o sujeito da comunicação, tendo como

prática social, o discurso.

A partir das reflexões em torno da abordagem comunicativa e de suas

implicações no ensino de Língua Estrangeira Moderna, serão apresentados a seguir os

fundamentos teóricos metodológicos que referenciam as Diretrizes. Inicialmente

destacam-se alguns princípios educacionais que orientam essa escolha:

- atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a

garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em

relação às demais obrigatórias do currículo;

- o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no

currículo da Educação Básica;

- o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de

línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para

que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que

se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados

são historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática

social.

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Sendo assim, a disciplina de Língua Estrangeira deve contemplar conteúdos

estruturantes que envolvam leitura, oralidade e escrita, oportunizando ao educando a

capacidade de ler, escrever, falar e compreender a língua estrangeira que ele está

conhecendo.

Portanto a Língua Estrangeira deve ser apresentada tanto no ensino

fundamental como no ensino médio, como um processo dinâmico onde o sujeito

reconhece e compreende a realidade, mesmo esta sendo apresentada em outra língua.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Conteúdo estruturante para o ensino da Língua Estrangeira Moderna é o

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL , desdobrado em quatro práticas: gêneros

discursivos, oralidade, leitura e escrita.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros discursivos Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas

diferentes esferas, a, em conformidade com as características da escola e com o nível

de complexidade adequado a cada uma das séries.

Esferas Sociai s de Circulação

Exemplos de Gêneros

COTIDIANA

Adivinhas Álbum de Família Anedotas Bilhetes Cantigas de Roda Carta Pessoal Cartão Cartão Postal Causos Comunicado Convites Curriculum Vitae

Diário Exposição Oral Fotos Músicas Parlendas Piadas Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos de Experiências Vividas Trava-Línguas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura

Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas

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Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias

Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos

CIENTÍFICA

Artigos Conferência Debate Palestra Pesquisas

Relato Histórico Relatório Resumo Verbetes

ESCOLAR

Ata Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Mapas Palestra Pesquisas

Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)

Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras

PUBLICITÁRA

Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan

Músicas Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político

POLÍTICA

Abaixo-Assinado Assembleia Carta de Emprego Carta de Reclamação Carta de Solicitação Debate

Debate Regrado Discurso Político “de Palanque” Fórum Manifesto Mesa Redonda Panfleto

JURÍDICA

Boletim de Ocorrência Constituição Brasileira Contrato Declaração de Direitos Depoimentos Discurso de Acusação Discurso de Defesa

Estatutos Leis Ofício Procuração Regimentos Regulamentos Requerimentos

Bulas Manual Técnico Placas

Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha

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PRODUÇÃO E CONSUMO Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

MIDIÁTICA

Blog Chat Desenho Animado E-mail Entrevista Filmes Fotoblog Home Page

Reality Show Talk Show Telejornal Telenovelas Torpedos Vídeo Clip Vídeo Conferência

Conteúdos Básicos para o Ensino Fundamental LEITURA - Identificação do tema; - Intertextualidade; - Intencionalidade; - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; - Acentuação gráfica; - Ortografia.

ESCRITA - Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade do texto; - Intertextualidade; - Condições de produção; - Informatividade (Informações necessárias para a coerência do texto); - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos estilísticos ( figuras de linguagem); - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; - Ortografia; - Acentuação gráfica.

ORALIDADE - Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos da fala; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; - Pronúncia.

Conteúdos Básicos para o Ensino Médio Leitura Escrita Oralidade - Identificação do tema; - Intertextualidade; - Intencionalidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Léxico; - Coesão e coerência; - Marcadores do discurso; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Discurso direto e indireto; - Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; - Recursos estilísticos(figuras de

- Tema texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade do texto; - Intertextualidade; - Condições de produção; - Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); - Vozes sociais presentes no texto; - Vozes verbais; - Discurso direto e indireto; - Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc,...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Vozes sociais presentes no texto; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; - Adequação da fala ao contexto; - Pronúncia.

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linguagem); - Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação; recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; -Acentuação gráfica; - Ortografia.

- Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; - Ortografia; - Acentuação gráfica;

METODOLOGIA

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do

papel das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à

informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e de construir significados. O trabalho com a

Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas

sociedades.

O Discurso como prática social, é o Conteúdo Estruturante da língua

estrangeira moderna e nele serão trabalhados questões linguiísticas, sociopragmáticas,

culturais e discursivas, bem como, leitura, oralidade e escrita, todavia, o ponto de

partida para a aula será o texto, verbal e não verbal.

Serão abordados os vários gêneros textuais , através de atividades

diversificadas, analisando sua função, composição, a intertextualidade, recursos

coesivos, coerência e então por último, o professor poderá trabalhar a gramática;

Assim o ensino de língua inglesa prioriza antes de tudo o texto e não a gramática, sem,

no entanto, abandoná-la.

O contato com textos verbais e não-verbais, proporciona ao aluno a reflexão

critica, a medida que eles os reconhecem como representações da realidade, como

construções sociais, portanto, eles poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu

universo de sentido.

As atividades serão abordadas a partir de textos de modo a proporcionar ao

aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos

discursos apresentados. Deste modo, para cada texto escolhido, verbal ou não-verbal,

o professor poderá trabalhar, levando em conta os itens abaixo:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada

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atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no

texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras

leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado;

c) Variedade Linguística: formal ou informal;

d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série, conforme se

apresenta nas Diretrizes Curriculares da LEM.

e) Atividades:

• Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.

Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais

sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou

na internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e

assim por diante, também serão consideradas pesquisas.

• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as

pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa

atividade poderá ser feita em Língua Materna.

• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com

a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.

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AVALIAÇÃO

Conforme analisa Luckesi (1995, p. 166), a avaliação da aprendizagem

necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a

construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso

aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade,

que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o

crescimento.

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de

entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo

ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,

solidários e autônomos.

A avaliação deverá, então, dar subsídios para o professor analisar as

dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções, encarando o erro como

efeito da própria prática, ou seja, como resultado do processo de aquisição de uma

nova língua. Este deve ser visto como fundamental para a produção de conhecimento

pelo ser humano, como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um

entrave no processo que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo

tempo para diferentes pessoas. Refletir a respeito da produção do aluno, o

encaminhará à superação, ao enriquecimento do saber e, nesse sentido, a ação

avaliativa reflexiva cumprirá a sua função. Tudo isso deve levar o professor a um

processo de ação- reflexão-ação. Ao identificar dificuldades, ele deverá planejar e

propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.

A avaliação deverá, ainda, estar articulada com os objetivos e conteúdos

definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos constantes neste

documento.

REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação básica.

Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. Disponível

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br, acesso em 01/10/10

LEFFA, Vilson J. Metodologia do Ensino de Língua. In.: Bohn, H.I. Vandresen – P.

Tópicos em linguística Aplicada: O ensino de Línguas Estrangeiras, Florianópolis: Ed.

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Da UFSC, 1988, p. 211-236.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: Inserção dos conteúdos

de história e cultura afro-brasileira e africana e indígena nos currículos escolares.

Curitiba: SEED- PR, 2005.

SARMENTO, S. Muller, V. (org.)O ensino do Inglês como Língua Estrangeira: estudo e

reflexões. Porto Alegre: APRIS, 2004

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08. REFERÊNCIAS

ARCO-VERDE. Yvelise Freitas de Souza, INTRODUÇAO ÀS DIRETRIZES

CURICULARES. 2006.

-BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990.

-BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº.9394/96.

− PARANÁ. CADERNOS TEMÁTICOS. Lei nº. 10639/03: A inserção dos conteúdos

de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:

2005

- CAMPELO. Maria Regina Clivati, Diversidade Cultural e desigualdades sociais:

Primeiras aproximações. UNOESTE.

-DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS: para o Ensino Fundamental.

Parecer nº. 1000/03- CEE – Base Nacional Comum e Parte Diversificada. Curitiba.

-DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL: para o Ensino

Fundamental. Base Nacional Comum e Parte Diversificada. Curitiba. Julho- 2006

LIMA FILHO, Antenor de. / JANATA, Natacha Eugenia. Educação do Campo. Texto da

SEED. E SEDEF.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa.

SP: Paz e Terra, 1996.

− NOVA ESCOLA /abril 2005. Ed. 181: Editora Abril.

− PARANÁ. CADERNOS TEMÁTICOS. Lei nº. 10639/03: A inserção dos conteúdos

de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:

2005

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− PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, Superintendência de Educação,

Departamento de Ensino Fundamental.

− -PARANÁ. CADERNOS TEMÁTICOS. História e cultura afro-brasileira e africana:

educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED/PR, 2006

− PARANÁ. CADERNOS TEMÁTICOS. Educação Escolar Indígena. Curitiba:

SEED/PR, 2006

− PARANÁ. CADERNOS TEMÁTICOS DA DIVERSIDADE. Educação Ambiental.

Curitiba: SEED/PR, 2008.

− PARANÁ. CADERNOS TEMÁTICOS. Enfrentamento à Violência na Escola.

Curitiba: SEED/PR, 2008.

− PARANÁ. CADERNOS TEMÁTICOS. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

Curitiba: SEED/PR, 2008

PARO. V. H. Ciclos, progressão continuada, promoção automática. IN: PARO. V.H.

Reprovação escolar: renúncia a educação: São Paulo: Xamã, 2001, p. 33 à 56.

− Revista Gestão em Rede / outubro de 2005,nº. 65, CONSED (Conselho Nacional de

Secretários de Educação).

-SEVERINO, Antônio Joaquim. Escola e a construção da cidadania. SP: Papirus: 1992,

p. 9-14.

- VAZQUEZ. Sanchez Adolfo,1915- Ética – tradução de João Dell”Anna 23ª. ed. Rio de

Janeiro: civilização brasileira, 2002.

-VEIGA, Ilma Passos Alencastro . Ensino e Avaliação: uma relação intrínseca à

organização do trabalho pedagógico. S.P.:Papirus, 1996,p 149-169.

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09- ANEXOS

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