projeto político

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Projeto Político Pedagógico PPP - 2008 PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE TREMEMBÉ EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva” EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva” 1

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”

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PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE TREMEMBÉ

EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”

“Formar é muito mais do que puramente treinar o

educando no desempenho de destrezas.”

Paulo Freire

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APRESENTANDO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

a) Introdução

À escola de hoje é pedido que desempenhe papéis que excedam a mera

transmissão e aquisição de conhecimentos. Não se pode, mais, esquecer a

dimensão social presente na educação. A escola é, portanto, uma instituição

que não se esgota na instrução e que tem de ampliar o seu papel a uma

formação geradora de uma real educação.

Mas estes novos mandatos da escola implicam que ela institua uma forte

relação com os contextos e a comunidade em que está inserida, implicam

reconhecer-lhe autonomia e implicam conceber os professores como agentes

ativos na configuração do currículo. Estes novos mandatos pressupõem uma

escola “que se constrói na e com a comunidade” e que privilegia,

simultaneamente, o “estabelecimento de relações com o exterior (...) e uma

rede de comunicações no seu interior” (Fernandes, P. et al., 2001: 82).

O Projeto Político Pedagógico (PPP) pode constituir um instrumento de

concretização e de gestão da autonomia, se concebido e desenvolvido na base

do cruzamento de perspectivas e posições diversas (professores, alunos, pais,

agentes comunitários, educadores...) que proporcionem a existência de diálogo

dentro da escola, e desta com a comunidade, e que enriqueçam a cultura e os

saberes escolares com a dimensão social. Por isso, há quem afirme que o PPP

constitui um processo de desenvolvimento organizacional (Canário, B., 1992) e

de viabilização da reflexidade na escola, inexistente quando dela se esperava

apenas o cumprimento técnico daquilo que lhe foi prescrito.

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b) Marcos Referenciais

Marco Situacional

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A realidade brasileira é representada por uma sociedade complexa e

excludente, reflexo de uma política de dominação, onde opressor e oprimido lutam

e concorrem por objetivos desiguais, aumentando cada vez mais o abismo que os

separa, gerando conseqüências drásticas como o desemprego e a falta de

perspectivas de vida.

Tais desigualdades sociais acabam provocando um índice cada vez maior

de violência na família, na escola e nas diversas instituições, bem como a

ausência de valores básicos – como consciência moral e higiene pessoal.

Assim, a sociedade brasileira se apresenta marcada pela desestrutura

familiar, pelo tráfico de drogas, pela má qualidade de vida e pela crise em setores

como o da saúde.

Neste contexto está inserido o sistema educacional, sucateado e sufocado

por más políticas públicas, onde o descaso dos governantes e o descrédito da

sociedade imperam e aplicam uma dolorosa pena à educação: “educar no

universo do caos”.

Precisamos lutar pela continuidade da vida em nosso planeta, construindo

uma sociedade capaz de compartilhar utopias, respeitando as diferenças

culturais, étnicas, etárias, religiosas, econômicas e políticas, ou seja,

necessitamos urgentemente construir uma sociedade verdadeiramente

democrática, justa, humana, onde predomine a paz e os cidadãos possam

exercer sua criticidade através de uma participação mais efetiva.

Da educação escolar não se espera mais que veicule apenas valores

universais e saberes definidos de forma homogênea para todo o país, ou seja,

que transmita a cultura-padrão, entendida como única. Espera-se, também, que

incorpore e mobilize saberes e recursos que façam da escola uma instituição de

vivência e de aprendizagem das culturas e da democracia e, consequentemente,

que a tornem um espaço propiciador do sucesso educativo para todas as

crianças e jovens.

Sociedade e Educação

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Marco Doutrinal

De acordo com Philipe Meirieu “as finalidades educacionais consistem

em dar aos alunos que vão enfrentar o mundo do terceiro milênio uma cultura,

que lhes permitirá articular, religar, contextualizar, situar-se num contexto e, se

possível, globalizar, reunir os conhecimentos que adquiriram.” (MORIN, Edgar.

2002: 29).

A escola pode ser considerada como um sistema sociocultural, onde

grupos reais e relacionais vivenciam códigos e sistemas de ação. Nesta

perspectiva, Morin (1984: 27) esclarece que é a cultura que torna possível o

contato entre os homens e a constituição desse sistema, pois a “cultura é um

sistema que os faz comunicarem – dialetizando-se – uma experiência

existencial e um saber constituído”, de modo que exista uma relação recursiva

entre o instituído (códigos, normas, sistemas de ação) e o instituinte (vida

cotidiana), que ainda não se integrou aos padrões culturais.

Neste aspecto, a escola pode ser vista como uma grande família por ser

um lugar de práticas relacionais, que em muito se assemelham as de um

sistema familiar. No texto de Furstenau (1971: 71), existe uma clara referência

ao parentesco existente entre Escola e Família, a partir da qual conclui ser

plenamente válido recorrer ao que acontece na história familiar dos sujeitos

envolvidos, para se explicar o que acontece numa escola. Diz ele:

“O encontro que a escola institui reativa sentimentos,

atitudes, posições, fantasias (...) mobilizados na ocasião do

conflito que opôs o professor na sua própria infância a seus

pais, sendo assim atualizado nas relações entre os diversos

atores institucionais: aqueles que ministram o ensino, aqueles

que o recebem, aqueles que o controlam”.

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Por tudo o que vivencia e promove a escola busca formar o cidadão

crítico e atuante, conhecedor de seus direitos e cumpridor dos seus deveres.

O HOMEM QUE QUEREMOS FORMAR

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HonestoEquilibrado

Sensível

Crítico

Humilde

Consciente de sua Religiosidade

Responsável

Participativo

Politizado

Compreensivo

Comprometido

Defensor do Planeta

Solidário

Feliz

Consciente de seus Direitos

Cooperativo

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c) Democratização do acesso e da permanência com sucesso

do aluno na escola

É inegável que, o acesso universal ao ensino fundamental como direito

público, já é uma idéia bastante consolidada. A polêmica que então mobiliza a

comunidade educacional e a opinião pública se desloca para outras esferas,

notadamente para as políticas públicas voltadas para a regularização do fluxo e

a redução da evasão escolar.

A democratização concebida como uma prática pedagógica visa a

formação de personalidades democráticas por meio do cultivo da “liberdade do

educando”. Nesse caso, a ênfase recai sobre um certo tipo de relação

pedagógica: aquela capaz de suprimir — ou pelo menos reduzir drasticamente

— as hierarquias que historicamente marcam as relações pedagógicas entre

professores e alunos, tidas como invariavelmente autoritárias.

Essa concepção, largamente difundida à época e ainda hoje bastante

corrente entre educadores, encontrou sua expressão mais forte na propagação

de um slogan oriundo da obra de Freire: “Todo educador é um educando e todo

educando é um educador”.

Se é fato que todos os seres humanos educam e ensinam a outros seres

humanos, também é fato que o professor o faz não acidental ou

eventualmente, mas tem no ensino e na educação sua escolha de inserção

profissional e social. Para os professores, educar através do ensino é mais do

que uma contingência da condição humana, é uma escolha profissional, que

exerce em instituições, com regras, saberes e inclusive hierarquias que lhe são

peculiares. 7

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O próprio Paulo Freire, em alguns escritos posteriores, chegou a afirmar

que sua visão não deveria implicar a abolição das responsabilidades e

hierarquias próprias da instituição escolar. No entanto, a idéia de uma

equalização como chave da “democratização” das relações escolares está

implícita nessa formulação de que o educador é um educando e vice-versa.

Numa sala de aula, assim como numa família, os cidadãos têm papéis

sociais distintos, e ignorar tal especificidade significa abolir um dos

procedimentos que presidem o funcionamento dessas instituições.

A relação pedagógica pressupõe diferenças que, no contexto escolar,

traduzem-se numa certa hierarquia. Em parte, essas diferenças derivam do fato

de o professor ter certos conhecimentos que os alunos não têm, que são os

conhecimentos escolares. Estes evidentemente não são os únicos, nem

tampouco uma síntese dos “saberes universais”, estes compõem o currículo

escolar, que integram as instituições e são valorizados, escolar e socialmente.

Mas não é essa a única nem a principal razão da autoridade do

professor. A autoridade — e conseqüente responsabilidade do professor, sua

posição hierarquicamente diferente — deriva do fato de que ele é o agente

institucional que inicia os jovens numa série de valores, conhecimentos,

práticas e saberes que são heranças públicas (Arendt, 1978, cap. 5) que uma

nação escolheu preservar através de sua apresentação e incorporação por

parte daqueles que são novos no mundo. Ao professor cabe esse papel de

agente institucional responsável simultaneamente pela preservação de certos

saberes, valores e práticas que uma sociedade estima e pela inserção social

dos novos nessa parcela da cultura humana.

Assim, embora o professor ensine e aprenda, inclusive de seus alunos, e

através de seu ensino eduque e seja educado, o contexto institucional em que

ele o faz não deve permitir que os papéis se confundam, nem tampouco pode

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”implicar uma igualdade, como se o contexto político das relações entre

cidadãos se reproduzisse de forma idêntica ou imediata no contexto escolar e

entre professores e alunos.

É nesse sentido que devemos entender a democratização da escola não

como uma reforma pedagógica que visa alterar as relações pessoais internas à

instituição, mas uma política pública que vise ampliar o direito à escolarização.

Por essa razão, não pode haver democratização do ensino sem esforços

sistemáticos para o acesso e a permanência de todos nas escolas. Assim, um

dos grandes desafios que implica a democratização do acesso à escola é o de

buscar meios pelos quais a educação escolar, através do ensino de grandes

tradições intelectuais, práticas e morais, possa cultivar valores como a

igualdade, a tolerância, a não-violência, a solidariedade, enfim, modos de vida

que tenham na democracia política e social o maior de seus compromissos.

Baseados nestas concepções buscamos garantir o acesso dos nossos

alunos aos conhecimentos, através do desenvolvimento de ações que visem a

permanência qualitativa dos mesmos nos “bancos escolares”. Controles de

freqüência, aproveitamento e comportamento escolar são fundamentais como

ferramentas de acompanhamento e reflexão das ações pedagógicas

desenvolvidas pela escola.

Vale ressaltar que a democratização do acesso e da permanência do

aluno está intimamente relacionada à concepção de educação inclusiva tão

difundida nos meios escolares. Esta por várias vezes têm se tornado motivo

para exaustivas reflexões pedagógicas, a fim de se realinhar olhares e

necessidades típicas do processo de ensino, já que a necessidade de “incluir”

alunos é uma realidade a ser enfrentada e concretizada pelo sistema escolar,

visando a qualificação e eficácia de todo o processo.

"A consciência do direito de constituir uma identidade própria e do

reconhecimento da identidade do outro traduz-se no direito à igualdade e no

respeito às diferenças, assegurando oportunidades diferenciadas (eqüidade),

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”tantas quantas forem necessárias, com vistas à busca da igualdade."

(MEC/SEESP, 2001).

d) Gestão democrática

A gestão democrática implica na efetivação de novos processos de

organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos

coletivos e participativos de decisão.

A participação pode ser entendida como processo complexo que envolve

vários cenários e múltiplas possibilidades organizativas. Ou seja, não existe

apenas uma forma ou lógica de participação.

A democratização da gestão da escola implica o aprendizado e a

vivência do exercício de participação e tomadas de decisões. Trata-se de um

processo a ser construído coletivamente, considerando-se a especificidade e a

possibilidade histórica de cada município, de cada escola.

O processo de participação não se efetiva por decreto, portarias ou

resoluções, mas é resultante, da concepção de gestão e de participação e de

condições objetivas para o trabalho coletivo.

A gestão da escola implica sempre uma tomada de posição dos atores

sociais (pais, professores, funcionários, alunos,...). A sua construção não pode

ser individual, pois deve contemplar a construção coletiva de uma ação

pedagógica coerente com todo o processo participativo.

De acordo com as orientações do Ministério da Educação (MEC) a

construção da gestão democrática envolve:

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as formas de escolha de diretores (as);

a criação e consolidação de órgãos colegiados na escola;

o fortalecimento da participação estudantil;

a construção coletiva do projeto político pedagógico da escola;

a luta pela progressiva autonomia da escola;

a discussão e implementação de novas formas de organização e de

gestão escolar;

a garantia de financiamento público da educação e da escola nos

diferentes níveis e modalidades de ensino.

Neste contexto, surgem os mecanismos de participação colegiada que

constituem as formas que os segmentos sociais envolvidos na comunidade

escolar têm de participar ativamente da escola e do seu funcionamento,

através do envolvimento coletivo nas discussões, no planejamento e na

definição de projetos para a escola.

Entre estes mecanismos desenvolvemos em nossa escola o Grêmio

Escolar, o Conselho de Escola, a Associação de Pais e Mestres (APM) e o

Conselho de Classe/Série.

Para funcionar em uma perspectiva democrática, segundo Ciseki (1998),

os Conselhos, de composição paritária, devem respaldar-se em uma prática

participativa de todos os segmentos escolares (pais, professores, alunos,

funcionários). Para tal, é importante que todos tenham acesso às informações

relevantes para a tomada de decisões e que haja transparência nas

negociações entre os representantes dos interesses, muitas vezes

legitimamente conflitantes, dos diferentes segmentos da comunidade escolar.

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”Os conselhos e assembléias escolares devem ter funções deliberativas,

consultivas e fiscalizadoras, de modo que possam dirigir e avaliar todo o

processo de gestão escolar, e não apenas funcionar como instância de

consulta.

e) Autonomia

A palavra autonomia vem do grego e significa autogoverno, governar-se

a si próprio.

Nesse sentido, uma escola autônoma é aquela que governa a si própria.

No âmbito da educação, o debate moderno em torno do tema remonta

ao processo dialógico de ensinar contido na filosofia grega, que preconizava a

capacidade do educando de buscar resposta às suas próprias perguntas,

exercitando, portanto, sua formação autônoma. Ao longo dos séculos, a idéia

de uma educação antiautoritária vai, gradativamente, construindo a noção de

autonomia dos alunos e da escola, muitas vezes compreendida como

autogoverno, autodeterminação, autoformação, autogestão, e constituindo uma

forte tendência na área (Gadotti,1992).

Várias tendências pedagógicas e experiências relacionam-se,

explicitamente, com a intervenção da criança em alguns aspectos da instituição

escolar (as atividades na escola, o modo de aprender); outras propõem-se a

modificar os objetivos da educação de tal forma que o papel da criança na

escola e no aprendizado se transforma radicalmente. Nesse sentido, quase

sempre o tema é abordado no bojo da produção das teorias que fundamentam

as denominadas pedagogias libertárias, as pedagogias ativas e as que

defendem, de modo geral, a individualização ou personificação do ensino

(Unesco, 1981).12

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Nas denominadas pedagogias ativas, o centro passou a ser o ensino

voltado para a construção de um indivíduo autônomo, tomando por base suas

necessidades e capacidades. Nessa tendência inseriu-se o pensamento de

John Dewey (1859-1952), um dos expoentes máximos da Escola Nova, que

elaborou os conceitos de “aprender fazendo, aprender pela vida e para a

democracia”. Inseriu-se também o pensamento de Decroly, que elaborou a

idéia de uma aprendizagem que se efetivasse por meio da observação, da

expressão e da associação de idéias, possibilitando à criança interferir no meio

educativo (Gadotti, 1992).

Assim, esse contexto histórico promoveu a defesa da autonomia no

âmbito da educação, utilizando-a como sinônimo de autogestão, de liberdade,

de autogoverno, de autoformação. De uma parte, o termo pode ser entendido

como a possibilidade de garantir uma educação libertária – na visão

institucional – e, de outra parte, na visão da escola nova, como a possibilidade

de ensinar a criança a ser autônoma. Trata-se de criar um novo tipo de relação

pedagógica por meio da qual a autonomia e a imaginação possam ser

permanentemente construídas para que não se transformem em mistificação. A

idéia da autonomia e autogestão como projeto de formação educacional se

disseminou, mas, deve ser vista como um projeto a ser desenvolvido nos

limites dados pelas relações de força presentes em todas as sociedades.

Com base na análise de documentos que informam as orientações de

organismos internacionais e na literatura da área, pode-se afirmar que o

conceito de autonomia – ressignificado pelas políticas educacionais vigentes a

partir dos anos de 1980 – passou a ser utilizado, algumas vezes, como

sinônimo de descentralização e desconcentração e, outras, como a etapa

subseqüente de processos descentralizadores, a partir dos quais a unidade

escolar estaria finalmente livre para elaborar seu próprio plano de vôo (Martins,

2001).

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O termo autogestão, significativamente, desapareceu no horizonte

configurado pelas diretrizes internacionais em vigor. Também desapareceu o

eixo central conferido, histórica e filosoficamente, ao conceito de autonomia: a

defesa de conselhos gestores com mandato revogável e liberdade para

utilização de recursos, bem como a instauração da auto-avaliação institucional.

No debate da área da educação, efetivamente, o conceito de autonomia

encontra-se reduzido à redefinição de procedimentos administrativos e

financeiros da rede de escolas, com ampliação de encargos e

responsabilidades para elas (Martins, 2001).

Assim, a educação deve resgatar o ideal de libertação dos indivíduos às

convenções, ao autoritarismo, às idéias que padronizam, à obediência cega e

ao comodismo. Deve estimular a ação do sujeito para a construção de

conhecimentos, propiciando a criticidade e a reflexão. A educação deve lutar

contra os entraves psicológicos, libertar o homem “de sua miséria afetiva, de

sua pobreza criativa e de sua incapacidade desfrutar o prazer de viver” (Toro,

p. 242).

Neste contexto, há de se contemplar a idéia de justiça que é confundida

com a idéia de lei e com a de autoridade. A justiça existe enquanto os deveres

são cumpridos. Os deveres costumam vir sob uma forma pronta e acabada, e

como imperativos a serem obedecidos. A justiça representa mais um ideal,

uma meta, portanto algo a ser conquistado, um bem a ser realizado (TAILLE:

1992, P. 53).

Apesar das adversidades sócio-políticas e pedagógicas enfrentadas pela

educação, é necessário realinhar nossos passos, buscando a superação de

nossas dificuldades, através do desenvolvimento de ações pedagógicas

efetivamente comprometidas com a construção do sujeito “autônomo”.

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f) Valorização dos profissionais da educação

Na categoria “Profissionais da Educação” estão incluídos professores e

funcionários de escola.

Todos os profissionais da educação interagem com as crianças,

participando ativamente de sua educação e, por isso, precisam estar

preparados para realizar suas tarefas. Assim, há de se contemplar o

investimento na formação desses funcionários da escola.

Atualmente, a qualificação para o trabalho exige níveis cada vez mais

altos de escolarização geral, não podendo ficar reduzida à aprendizagem de

algumas habilidades técnicas. É cada vez mais evidente que, de forma

complementar à importante atuação do professor em sala de aula, ocorrem

significativos processos educativos nos demais ambientes da escola. Esses

processos de comunicação interativa e de vivência coletiva colocam em cena

os trabalhadores da educação não docentes.

É necessário, portanto, que se forme um profissional da educação capaz

de desempenhar os novos papéis atribuídos pela escola pública democrática,

através de assistência técnica, proporcionando a condição necessária à sua

responsabilidade social no processo educativo.

Desta forma, espera-se que seja estabelecida uma política de

valorização dos trabalhadores da educação que englobe diversos aspectos,

como reconhecimento profissional; incentivo salarial; carreira e formação

profissional inicial e continuada. Essa política de valorização será construída

em parceria com o Departamento de Educação e Prefeitura Municipal.

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g) Relação entre a escola e a comunidade

A fim de que a escola possa ter garantida uma relação saudável e

positiva com a comunidade, há de se ter clareza de sua função social e do

homem que se quer formar, o que certamente contribuirá para a realização de

uma prática pedagógica competente e socialmente comprometida.

Formar o cidadão que atua na comunidade, não é tarefa apenas da

escola. No entanto, a escola configura-se como um local privilegiado de

trabalho com o conhecimento, tendo grande responsabilidade nessa formação,

pois o trabalho pedagógico possibilita a construção dos saberes indispensáveis

para a inserção dos indivíduos na sociedade.

Para que o trabalho escolar atenta as expectativas e necessidades da

comunidade aonde a escola está inserida, é preciso que ela traga para dentro

de seus espaços o mundo real, do qual os alunos e os professores fazem

parte. Compreender e assumir o tempo presente, com seus problemas e

necessidades, é uma forma de gerar alternativas humanizadoras para o

mundo.

É fundamental que a escola conheça as expectativas da comunidade,

suas necessidades, as formas de sobrevivência, os valores, os costumes e as

manifestações culturais e artísticas. É através desse conhecimento que escola

pode atender a comunidade e auxiliá-la a ampliar seu instrumental de

compreensão e transformação do mundo.

De uma forma simples, isso significa que questões como saúde,

trabalho, violência, desigualdade social, miséria e, também, os avanços da

ciência e da tecnologia, os direitos humanos, a proteção ou a devastação do

meio ambiente são problemas do nosso tempo, que atingem de alguma forma

nossa vida e não podem ficar do lado de fora da escola.

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O ser humano é um ser essencialmente social; sua identidade, portanto,

constrói-se na interação com o outro. Através das relações sociais, cada um vai

configurando uma identidade pessoal e, na vida adulta, o papel profissional é

central para essa construção. A escola é, portanto, o ponto de encontro dos

vários profissionais envolvidos na ação educativa.

Quando implantado com um sentido definido e um alcance planejado, o

trabalho coletivo configura-se, pois, como a instância privilegiada do

desenvolvimento social e profissional para cada um dos componentes da

equipe escolar e, consequentemente, como gerador de novos idéias, novos

projetos. Enfrentar o novo junto é melhor.

Através desses olhares, a escola buscar desenvolver parcerias com a

comunidade local, respeitando-se os limites existentes entre as diferentes

concepções e crenças sociais. Tais parcerias são oportunizadas nas

instituições internas como:

Associação de Pais e Mestres (APM) – responsável pelo gerenciamento

financeiro de verbas recebidas pela escola, via programas

governamentais;

Conselho de Escola – organização de caráter deliberativo, com poder de

decisão junto à Direção Escolar, para o fortalecimento das ações e

parcerias realizadas junto à comunidade local;

Grêmio Estudantil – representatividade do corpo docente, possui

natureza consultiva, interligando o alunado à administração escolar.

Unida a estas instituições, a escola deverá programar eventos que

promovam mudanças e transformações sociais e educacionais.

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h) Qualidade de ensino

A fim de que a escola alcance todos ou parte dos objetivos previstos,

colaborando para a formação qualitativa dos agentes envolvidos no processo

educativo, é necessário adotar valores e atitudes que visem o princípio da

“gestão pela qualidade”.

A eficácia da escola é garantida por um trabalho coletivo coordenado

pela Equipe Técnica Pedagógica da Escola (Diretor e Professores

Coordenadores), envolvendo a todos: corpo administrativo, funcionários,

professores, alunos, pais e demais membros da comunidade.

A instituição precisa prever as necessidades e superar as expectativas

de todos os envolvidos pelo processo, incentivando a cultura de participação e

colaboração entre todos os segmentos.

A participação da comunidade escolar na gestão da escola é

fundamental para unir o grupo e todos se perceberem construtores

responsáveis pelos seus resultados. Isto garante um clima escolar harmônico e

eficaz.

Neste contexto, a avaliação processual – realizada pelos professores,

assume um papel de suma importância, pois objetiva a eliminação do fracasso

escolar. Assim, se faz importante que professor ao formular um julgamento

quanto à qualidade do ensino desenvolvido, atente-se par os seguintes

procedimentos:

1) diagnosticar o que o aluno aprendeu - significa identificar o quanto o

aluno aprendeu, em essência e qualidade, em todo o seu desempenho.

É o mapa situacional da sua aprendizagem;

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2) registrar os resultados do diagnóstico – os resultados alcançados pelo

aluno são descritos em documento próprio, evidenciando o

desenvolvimento nas áreas cognitiva e afetiva, bem na área das

habilidades;

3) reforçar o que não foi aprendido – a análise do diagnóstico possibilita ao

professor identificar o que e por que o aluno não aprendeu a fim de atuar

diretamente no reforço de sua aprendizagem;

4) criar alternativas criativas para resolver as dificuldades – neste momento

é necessário rever a situação do aluno e, buscar ações pedagógicas que

visem a superação ou minimização das dificuldades observadas;

5) permitir o crescimento do aluno – este processo, se seguido à risca,

deverá levar o aluno a um crescimento, mesmo que seja lento, mas

progressivo;

6) tornar a família participativa – a família precisa estar ciente de todo o

esforço que a escola realiza durante o processo de

ensino/aprendizagem para levar o aluno ao sucesso. Todas as ações

devem ser conhecidas e compartilhadas pelas famílias.

Há de se considerar que a qualidade do ensino também depende da

organização escolar, que tem início na atualização contínua das informações

básicas da escola: o lay out do prédio, o número de turmas, de alunos, índice

de evasão, de aprovação e retenção, de professores e respectiva formação e

qualificação de todos os envolvidos no processo educativo.

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”

“Como fazer o sonho coletivo?

Não há solução individual porque

educação é trabalho de todos.

Até quando vamos dicutir?

- sempre!

Queremos ser coletivo, nossa força

é isso: sermos `junto`.”

M. Lourdes M. V. Andrade

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IDENTIFICANDO A NOSSA ESCOLA

a) Dados gerais e tipo de atendimento

A EMEF Profª Maria Dulce David de Paiva – cód. INEP 35273296, está

situada a Rua Iraí, nº 100, no bairro Parque das Fontes, no município de

Tremembé – SP, CEP 12120000, telefone/fax: (012) 3672 2331, telefone: (012)

3672 4515.

A escola tem seu Decreto de Criação nº 39.973 em 22/01/95, sendo

denominada EEPG “Parque das Fontes”. Em 16 de maio do ano de 2001,

através do Convênio de Municipalização, passa a ser denominada Escola

Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professora Maria Dulce David de

Paiva, através da Lei Municipal nº 2664 de 28 de junho de 2001.

Devido a disponibilidade de seu espaço físico, a escola atende o Ensino

Fundamental (de 1ª a 8ª série), não atendendo a CI (Classe de Alfabetização

Inicial).

Atualmente, a escola está sob a Direção do Prof. Marino de Almeida –

RG 16.582.650 e da Prof. Josiane Simões RG 17 097 136, ambos são

professores efetivos, concursados pela municipalidade e, exercem suas

funções mediante Portaria Municipal, por se tratar de cargo de confiança.

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b) Tipo de clientela

A população da Estância Turística de Tremembé, segundo o censo

demográfico do IBGE/2000 é de 34.807 habitantes, sendo a sua maior

concentração situada na periferia do município. A maioria dos bairros possui

condições satisfatórias de saneamento básico (água, luz, esgoto e asfalto),

porém alguns bairros distantes encontram-se sem pavimentação e

saneamento.

Com relação ao lazer, Tremembé oferece aos munícipes algumas

opções diferenciadas de entretenimento, podemos citar o Tênis Clube,

Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), Quadras de Esportes, Horto,

Carnaval e a esperada Festa do Senhor do Bom Jesus que acontece

anualmente no mês de agosto, trazendo várias atrações de lazer para a

comunidade de Tremembé e de municípios vizinhos.

A nossa comunidade escolar é mista, formada em sua maioria por uma

classe sócio-econômica com médio e baixo poder aquisitivo, compondo-se em

sua maioria, de famílias oriundas do próprio bairro e adjacências. Também

recebemos alunos provenientes da área do Assentamento Rural e áreas

centrais da cidade.

A escola tem capacidade física para atender a aproximadamente 1000

alunos. Estes estão inseridos em famílias que enfrentam uma diversidade de

problemas, como: desemprego, desigualdade social, baixa escolaridade e falta

de perspectiva de vida. Consideram-se também os problemas referentes à:

privação cultural, saúde e necessidades básicas – alimentação e higiene.

Problemas emocionais e financeiros também são comuns, haja visto que os

interesses e valores são voltados para atender às necessidades básicas,

diminuindo assim a possibilidade de oferecer apoio aos filhos nos estudos e um

acompanhamento mais qualitativo.

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Através da análise quantitativa de alguns dados, temos a oportunidade

de refletir qualitativamente sobre alguns aspectos. A saber:

grau de escolaridade dos pais – comparando os gráficos de

escolaridade (G1 e G2) é possível perceber que os pais diferenciam-se

quanto ao grau de escolaridade de maneira significativa, já que a

maioria das mães apresentam Ensino Médio Completo, enquanto a

maioria dos pais apresentam Ensino Fundamental completo.

G1

24

Nível de Escolaridade da Mãe

0

20

40

60

80

100

120

140

EF Incom

EMIncom

ESIncom

Nuncafrequentou a escola

EF Comp

EMCom

ESCom

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G2

LEGENDA

EF Incom – Ensino Fundamental Incompleto

EF Comp – Ensino Fundamental Completo

EM Incom – Ensino Médio Incompleto

EM Com – Ensino Médio Completo

ES Incom – Ensino Superior Incompleto

ES Com – Ensino Superior Completo

25

0

50

100

150

200

250

EF Incom

EF Com

EM Incom

EM Com

ES Incom

ESCom

Nuncafrequentou a escola

Nível de Escolaridade do Pai

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situação funcional dos pais – comparando os gráficos referentes a

situação funcional (G3 e G4) é possível perceber que os pais (mães e

pais) em sua maioria estão empregados. Porém, o nível de desemprego

entre os genitores também é visível. A diferença encontra-se no fato de

que há mais mães que “não trabalham” do que pais, um dado que não

parece alarmante. Já, a soma entre desempregados e que não

trabalham entre os dois genitores, alcança índices preocupantes, pois

aproxima-se bastante do número de empregados. Isso evidencia uma

situação econômica extremamente delicada entre as famílias

pertencentes a esta comunidade.

G3

26

Situação Funcional da Mãe

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

Empregada Desempregada Não Trabalha

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0

50

100

150

200

250

P A G

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G4

tipo de moradia – observando o gráfico (G5) percebemos que a maioria

das famílias reside em casa própria.

G5

LEGENDA

P – casa própria

A – casa alugada

G – casa cedida

gratuitamente

27

0

50

100

150

200

250

300

Enpre

gado

Desem

prega

do

Não T

raba

lha

Situação Funcional do Pai

Tipo de Moradia

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horas de lazer – observando o gráfico (G6) percebemos que assistir

televisão é o programa de lazer preferido pela maioria da comunidade.

Mas, sé interessante perceber que “ouvir música”e “conversar com os

amigos” também são citados por uma parcela significativa. Isso

evidencia que estamos inseridos em uma comunidade que ainda preza

valores já extintos em algumas camadas da sociedade.

G6

28

0

50

100

150

200

250

TV Shop EspConversarcom amigos

Ouvir Música Ler Outr.

Programas de Lazer

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0

50

100

150

200

250

Jogo Esporte Chaves Filmes Desenho Jornal Novela

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programas assistidos na TV – observando o gráfico (G7) percebemos

que a maioria das famílias têm como programação preferida na televisão

a novela, seguida pelo jornal e filmes. Dados interessantes e relevantes

quando levantamos programação e interesse cultural, pois percebemos

que a programação educativa não foi indicada.

G7

29

Programas de TV

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número de livros lidos por ano – observando o gráfico (G8)

percebemos a maioria da comunidade lê menos de 5 (cinco) livros por

ano. Já a representatividade daqueles que não lêem é alarmante, pois

corresponde ao segundo “lugar” na escala. Ou seja, a comunidade

“leitora” lê poucos livros e há aqueles que assumidamente não lêem

nada. Trata-se de um “retrato” alarmante pois, a escola geralmente

espera orientação e incentivo da comunidade no tocante à formação de

leitores.

G8

30

0

50

100

150

200

250

-5 - 9 +10 Não lê

Número de Livros Lidos por Ano

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rendimento da família – observando o gráfico (G9) percebemos que a

maioria da comunidade tem uma renda mensal de até 5 salários

mínimos. Uma minoria declarou rendimentos superiores a 10 salários

mínimos. Considerando-se a atual situação econômica do país tais

dados são preocupantes, pois a maioria das famílias é constituída por

um mínimo de três (3) filhos.

G9

31

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

1 salário até 5 salários

até 10 salários

mais de 10 salários

Rendimento da família

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c) Perfil do quadro de profissionais

c.a) Direção

“Núcleo executivo que organiza, superintende, coordena e controla todas

as atividades desenvolvidas no âmbito da unidade escolar”. (Regimento

Comum – art. 5º)

Diretor de Escola: MARINO DE ALMEIDA RG 16.582.650 , formado em

Pedagogia com especialização em Psicopedagogia Institucional. Tem

como experiências anteriores a docência em classes de Educação

Infantil e Ensino Fundamental e o exercício da Coordenação Pedagógica

(de 5ª a 8ª série).

Diretor de Escola: JOSIANE SIMÕES HIRAKAWA RG 17.097.136, formada

em Letras, Pedagogia e Psicologia, possui especializações em

Psicopedagogia Institucional e Psicossomática. Tem como experiência

anterior a atuação como Psicóloga Clínica e a docência no Ensino

Fundamental de 5ª a 8ª séries na área Língua Estrangeira Moderna

(Inglês) e Coordenação Pedagógica nesta unidade escolar.

c.b) Apoio Técnico-Pedagógico

“Conjunto de funções destinadas a proporcionar suporte técnico às

atividades docentes e discentes”. (Regimento Comum – art. 14)

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Professor Coordenador-Pedagógico – cargo provido através de Portaria

Municipal, conforme indicação dos superiores.

“Elemento do sistema de supervisão, responsável pela coordenação,

acompanhamento, avaliação e controle das atividades curriculares, no

âmbito escolar”. (Regimento Comum – art. 16)

Professor Coordenador-Pedagógico – de 1ª a 4ª série. ELIANE

PEREIRA RG 21.925.885, formada em Pedagogia com especializações

em Psicopedagogia Institucional e Coordenação Pedagógica. Tem como

experiência anterior a docência em classes de Educação Infantil e

Ensino Fundamental.

Professor e coordenador Pedagógico – de 5ª a 8ª série. Sebastião de

Lima Filho RG 13.408.743-3, formado em Letras e Pedagogia. Tem

como experiência anterior a docência em classes do Ensino

Fundamental, Coordenação Pedagógica e Direção Escolar.

c.c) Apoio Administrativo

“Conjunto de funções destinadas a oferecer suporte operacional às

atividades-fim da escola, incluindo as atribuições relacionadas com a

administração de pessoal, material, patrimônio, finanças, atividades

complementares e com a vida escolar”. (Regimento Comum – art. 21)

Secretaria

Secretária: Aparecia Célia de Almeida Muniz – RG 8.280.156

Elaine Leal da Silva Rodrigues – RG 29.876.553-6

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Estagiários: Alice Melo dos Santos – RG 43.104.698-0

Amanda de Paula Muzetti – RG 43.104.908-7

Delma de O. Santos – RG 27.025.394-4

Jaklayne Cristine dos Santos Ramos – RG 42.614.298-6

Paula Rocha Santos – RG 46.829.536-9

Rafael Alberto de Siqueira e Silva – RG 34.687.044-6

Atividades Complementares*

Inspetores: Thiago Moreira Rosa – RG 30.379.152-4

Giselda Santos – RG 1.027.163 ES

Merendeiras: Eliane Corrêa dos Santos – RG 30.755.318-8

Keila Louzada Crispim – RG 28.088.817-9

Maria de Fátima Clementino – RG 25.680.306-7

Sueli da Silva Alves Dias – RG 19.615.772

Auxiliar Geral: Ana Cristina Felix Santana – RG 27.259.642-5

Andréa Aparecida de Paula Lima – RG

Marli Aparecida de Paula Lima Pires – RG

Sheila dos Santos Eleotério – RG 32.802.788-1

Olívia Laudelina Monteiro do Prado – RG 19.487.495-3

* A escola também possui um zelador, Sr. Edson da Silva RG 20.993.354-9

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c.d) Corpo Docente

Contamos com dois (2) quadros docentes distintos: o Professor I (PI) –

responsável pela condução do processo educativo de 1ª a 4ª série e o

Professor II (PII) – responsável pelo processo educativo de 5ª a 8ª série.

De acordo com a Lei Municipal Complementar no 076/02 – que dispõe

sobre o Plano de Carreira, em seu artigo 70, determina que o provimento dos

empregos públicos das classes de docentes far-se-á através de concurso

público de provas ou de provas e títulos.

A maioria dos PI possui formação acadêmica com Licenciatura Plena em

áreas diversas, alguns PII possuem cursos de especialização voltados para

área de interesse educativo.

Todo o quadro docente é integrante da Rede Municipal de Educação,

cujas determinações e orientações estão consoantes com o Departamento de

Educação do Município. Assim, o processo de atribuição de classe/aula é

anualmente organizado e desenvolvido pelo Departamento de Educação,

deliberando-se sobre o destino funcional de cada profissional.

Desta forma, trata-se de um quadro docente bastante diversificado que,

devido a política pública de atribuição de classes/aula, está sujeito a sofrer

alterações anuais. De acordo com esta política, os docentes definem sua

escola “sede” para um ano letivo, o que certamente pode vir a ser modificado

de acordo com a disponibilidade de classes/aula.

Atualmente, o Departamento de Educação tem promovido estudos entre

os segmentos interessados, a fim de que sejam “realinhados” os critérios e as

determinações referentes à atribuição de classe/aula, descentralizando as

ações referentes a este processo. Tal atitude tem como principal objetivo o

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investimento contínuo na formação do docente, principalmente no tocante a

execução de projetos cuja periodicidade extrapole o ano letivo vigente, assim

como as orientações pedagógicas que são peculiares a cada realidade.

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“A lei que não protege o meu inimigo

é uma lei que também não me protege”

Rui Barbosa

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OS DISPOSITIVOS LEGAIS

a) Constituição Federal

A Constituição Federal delibera sobre a Educação Nacional, nos

seguintes artigos:

Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

 

Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e

o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de

instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da

lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de

provas e títulos, aos das redes públicas;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade.

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação

escolar pública, nos termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores

considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para

a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Art. 208 - O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a

garantia de:

I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta

gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos

de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas

suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e

assistência à saúde.

§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua

oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino

fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis,

pela freqüência à escola.

 

Art. 210 - Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de

maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e

artísticos, nacionais e regionais.

§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos

horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,

assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas

maternas e processos próprios de aprendizagem.

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Art. 211 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão

em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º - A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,

financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria

educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização

de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino

mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios.

§ 2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na

educação infantil.

§ 3º - Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino

fundamental e médio.

§ 4º - Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios

definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do

ensino obrigatório.

§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.

Todo o trabalho pedagógico deverá estar em consonância com as

deliberações acima.

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b) Constituição Estadual

O Estado de São Paulo em sua Constituição estabelece quanto à

Educação:

Artigo 237 - A educação, ministrada com base nos princípios estabelecidos no

artigo 205 e seguintes da Constituição Federal e inspirada nos princípios de

liberdade e solidariedade humana, tem por fim:

I - a compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do

Estado, da família e dos demais grupos que compõem a comunidade;

II - o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais da pessoa humana;

III - o fortalecimento da unidade nacional e da solidariedade internacional;

IV - o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação

na obra do bem comum;

V - o preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos conhecimentos

científicos e tecnológicos que lhes permitam utilizar as possibilidades e vencer

as dificuldades do meio, preservando-o;

VI - a preservação, difusão e expansão do patrimônio cultural;

VII - a condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção

filosófica, política ou religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de classe,

raça ou sexo;

VIII - o desenvolvimento da capacidade de elaboração e reflexão crítica da

realidade.

Artigo 238 - A lei organizará o Sistema de Ensino do Estado de São Paulo,

levando em conta o princípio da descentralização.

Artigo 239 - O Poder Público organizará o Sistema Estadual de Ensino,

abrangendo todos os níveis e modalidades, incluindo a especial, estabelecendo

normas gerais de funcionamento para as escolas públicas estaduais e

municipais, bem como para as particulares.

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§ 1º - Os Municípios organizarão, igualmente, seus sistemas de ensino.

§ 2º - O Poder Público oferecerá atendimento especializado aos portadores de

deficiências, preferencialmente na rede regular de ensino.

§ 3º - As escolas particulares estarão sujeitas à fiscalização, controle e

avaliação, na forma da lei.

Artigo 240 - Os Municípios responsabilizar-se-ão prioritariamente pelo ensino

fundamental, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria,

e pré-escolar, só podendo atuar nos níveis mais elevados quando a demanda

naqueles níveis estiver plena e satisfatoriamente atendida, do ponto de vista

qualitativo e quantitativo.

Artigo 241 - O Plano Estadual de Educação, estabelecido em lei, é de

responsabilidade do Poder Público Estadual, tendo sua elaboração coordenada

pelo Executivo, consultados os órgãos descentralizados do Sistema Estadual

de Ensino, a comunidade educacional, e considerados os diagnósticos e

necessidades apontados nos Planos Municipais de Educação.

Artigo 242 - O Conselho Estadual de Educação é órgão normativo, consultivo

e deliberativo do sistema de ensino do Estado de São Paulo, com suas

atribuições, organização e composição definidas em lei.

Artigo 243 - Os critérios para criação de Conselhos Regionais e Municipais de

Educação, sua composição e atribuições, bem como as normas para seu

funcionamento, serão estabelecidos e regulamentados por lei.

Artigo 244 - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina

dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

Artigo 245 - Nos três níveis de ensino será estimulada a prática de esportes

individuais e coletivos, como complemento à formação integral do indivíduo.

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Parágrafo Único - A prática referida no "caput", sempre que possível, será

levada em conta em face das necessidades dos portadores de deficiências.

Artigo 249 - O ensino fundamental, com oito anos de duração, é obrigatório

para todas as crianças, a partir dos sete anos de idade, visando a propiciar

formação básica e comum indispensável a todos.

§ 1º - É dever do Poder Público o provimento, em todo o território paulista, de

vagas em número suficiente para atender à demanda do ensino fundamental

obrigatório e gratuito.

§ 2º - A atuação da administração pública estadual no ensino público

fundamental dar-se-á por meio de rede própria ou em cooperação técnica e

financeira com os Municípios, nos termos do inciso VI artigo 30, da

Constituição Federal, assegurando a existência de escolas com corpo técnico

qualificado e elevado padrão de qualidade.

§ 3º - O ensino fundamental público e gratuito será também garantido aos

jovens e adultos que, na idade própria, a ele não tiveram acesso, e terá

organização adequada às características dos alunos.

§ 4º - Caberá ao Poder Público prover o ensino fundamental diurno e noturno,

regular e supletivo, adequado às condições de vida do educando que já tenha

ingressado no mercado de trabalho.

§ 5º - É permitida a matrícula no ensino fundamental, a partir dos seis anos de

idade, desde que plenamente atendida a demanda das crianças de sete anos

de idade.

Artigo 256 - O Estado e os Municípios publicarão, até trinta dias após o

encerramento de cada trimestre, informações completas sobre receitas

arrecadadas e transferências de recursos destinados à educação nesse

período e discriminadas por nível de ensino.

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c) Lei Federal nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Esta é Lei fundamental para a organização escolar, pois define todas as

diretrizes para o desenvolvimento do processo educativo.

Destacam-se os principais artigos, referentes aos princípios e objetivos

da Educação Nacional:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação

dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extra-escolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Do Ensino Fundamental.

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Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e

gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,

mediante:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental

em ciclos.

§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série

podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão

continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-

aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.

§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua

portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas

línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância

utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações

emergenciais.

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d) Lei 8069/96 – Estatuto da Criança e do Adolescente

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também contempla a

educação:

Art. 53 - A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno

desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. direito de ser respeitado por seus educadores;

III. direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias

escolares superiores;

IV. direito de organização e participação em entidades estudantis;

V. acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Parágrafo Único - É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo

pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

Art. 54 - É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I. ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele

não tiveram acesso na idade própria;

II. progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

preferencialmente na rede regular de ensino;

IV. atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de

idade;

V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;

VI. oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente

trabalhador;

VII. atendimento no ensino fundamental, através de programas

suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e

assistência à saúde.

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§ 1º- O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público

subjetivo.

§ 2º- O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou

sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino

fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou

responsável, pela freqüência à escola.

Art. 55 - Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou

pupilos na rede regular de ensino.

Art. 56 - Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental

comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:

I. maus-tratos envolvendo seus alunos;

II. reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os

recursos escolares;

III. elevados níveis de repetência.

Art. 57 - O Poder Público estimulará pesquisas, experiências e novas

propostas relativas a calendário, serração, currículo, metodologia, didática e

avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do

ensino fundamental obrigatório.

Art. 58 - No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais,

artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente,

garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura.

Art. 59 - Os Municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e

facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais,

esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.

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e) Lei Orgânica Municipal

A Lei Orgânica do Município também contempla a Educação nos artigos

abaixo:

ARTIGO 171 — O Município organizará, em regime de colaboração com o

Estado, o seu sistema de ensino, dando prioridade ao atendimento, em creches

e pré-escolas, às crianças de O (zero) a 6 (seis) anos de idade, e ao ensino

fundamental voltado, inclusive, aos que não tiveram acesso na idade própria.

PARÁGRAFO ÚNICO — A administração municipal empreenderá esforços

objetivando:

I — a implantação de ensino profissionalizante;

II — o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências;

III — a criação de cursos de nível superior.

ARTIGO 172 — Será aplicado, anualmente, o percentual de 25% (vinte e cinco

por cento) da receita resultante dos impostos municipais e dos transferidos pela

União ou pelo Estado, na pré-escola e, prioritariamente, no ensino

fundamental.

ARTIGO 173 — Poderá o Município buscar a participação de universidades

federais, estaduais ou de outros municípios para a solução dos problemas

locais, no que se refere a planejamentos, programação e assessoria, e de bens

e serviços da comunidade.

ARTIGO 174 — O Poder Executivo publicará e encaminhará à Câmara, até 15

(quinze) dias após o encerramento de cada bimestre, informações completas

sobre as receitas arrecadadas e aplicadas em educação, colocando-se nestes

dados as receitas vindas da União e do Estado, discriminadas por nível de

ensino e sua aplicação.

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ARTIGO 175 — A educação municipal será voltada a princípios que conduzam

a:

I — erradicação do analfabetismo;

II — universalização do atendimento escolar;

III — melhoria da qualidade do ensino;

IV — formação para o trabalho;

V — promoção humanística, científica e tecnológica.

ARTIGO 178 — A prática de esportes, individuais ou coletivos, será estimulada

como complemento à formação integral do educando e levará em conta as

necessidades dos portadores de deficiências.

ARTIGO 179 — O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá

disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

PARÁGRAFO ÚNICO — O ensino religioso a que se refere este artigo será

abrangente, sendo vedada a vinculação a determinada crença religiosa.

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f) Decreto N° 3.298/99 - Política Nacional para a Integração da Pessoa

Portadora de Deficiência

Este decreto regulamenta a Política Nacional para a Integração da

Pessoa Portadora de Deficiência, adotando os seguintes princípios:

I. Desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade

civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa

portadora de deficiência no contexto socioeconômico e cultural;

II. Estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e

operacionais que assegurem às pessoas portadoras de

deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que,

decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar

pessoal, social e econômico;

III. Respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem

receber igualdade de oportunidades na sociedade, por

reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem

privilégios ou paternalismos.

No que se refere especificamente à educação, o Decreto estabelece a

matrícula compulsória de pessoas com deficiência, em cursos regulares, a

consideração da educação especial como modalidade de educação escolar

que permeia transversalmente todos os níveis e modalidades de ensino, a

oferta obrigatória e gratuita da educação especial em estabelecimentos

públicos de ensino, entre outras medidas.

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“Na ausência do outro,

o homem não se constrói homem .”

Vygotsky

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AS DIRETRIZES PEDAGÓGICAS

Concepções Pedagógicas Adotadas

Antes de tratar da concepção pedagógica adotada, há de se refletir

sobre a origem do conhecimento, através de três grandes correntes que

explicam a sua gênese: empirista, inatista e interacionista.

De acordo com Schaff (1986), do ponto de vista do empirismo, o

conhecimento é algo que existe fora do sujeito. A realidade está fora do

indivíduo, localiza-se no ambiente, no meio, por isso se diz que esta vertente

se caracteriza pelo primado do objeto. O papel do sujeito frente ao

conhecimento é constatar, reconhecer o real que preexiste a ele. O ensino é

visto nessa perspectiva, como o planejamento e o arranjo das contingências de

reforço, que vão permitir as mudanças esperadas nos comportamentos dos

indivíduos. A aprendizagem consiste em mudanças observadas nos

comportamentos do sujeito, tendo em vista objetivos predeterminados.

Do ponto de vista do inatismo, o conhecimento é um processo interno

do sujeito; o real é algo que o sujeito descobre como sendo esse real, por isso

se diz que esta vertente se caracteriza pelo primado do sujeito, cujo papel

deixa de ser receptivo para se tornar ativo, centro do processo. O ensino é

considerado como o “ensino centrado na pessoa”, um processo de auto-

atualização constante decorrente das relações interpessoais em que o

professor e o aluno se envolvem, numa dinâmica de interação que supõe

respeito incondicional à figura do outro, empatia e abertura para novas

aprendizagens e interações. A aprendizagem verdadeira é a aprendizagem

significativa. Para ser significativa, ela precisa atender aos objetivos do

indivíduo, seus interesses e necessidades e ainda envolver sua participação na

definição e no desenvolvimento dessas aprendizagens, assim como na sua

avaliação.

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Do ponto de vista do interacionismo, não há primado do sujeito nem do

objeto, mas o conhecimento decorre de um processo de interação constante do

sujeito com o ambiente. Existe, sim, um papel ativo do sujeito no sentido de

incorporar às suas estruturas os dados do ambiente, modificando-os e criando

estruturas cada vez mais complexas que vão lhe permitir o domínio desse

ambiente e, se necessário sua transformação. O ensino consiste no provimento

de atividades desafiadoras que levem o educando a buscar novos

conhecimentos. São atividades preparadas para que os indivíduos acionem

seus processos mentais, num mecanismo ativo de assimilação dos dados do

ambiente às suas estruturas, modificando-as para incorporar esses novos

dados, num movimento contínuo de desequilíbrio e equilíbrio. A aprendizagem

é compreendida como um processo ativo que ocorre no sujeito, através de uma

interação constante com o ambiente, onde estruturas cada vez mais complexas

vão sendo construídas. Neste sentido, as informações, os conteúdos a que os

educandos estão expostos vão sendo “processados” internamente num

movimento de construção, que torna essa perspectiva também conhecida

como “construtivista”.

Várias correntes aparecem nessa tendência interacionista com algumas

implicações importantes para o ensino e a aprendizagem. Uma delas é a

denominada de sociointeracionista construtivista e que envolve uma inter-

relação entre as concepções piagetianas e vygotskianas. Nessa corrente,

destacam-se duas premissas básicas: o conhecimento é um processo

socialmente construído através da interação do sujeito com o “outro”, torna-se

possível a incorporação dos conhecimentos já sistematizados e o

reconhecimento de sua determinação histórica, ao mesmo tempo em que esse

mesmo sujeito se reconhece como participante do processo histórico de

produção do conhecimento.

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Segundo Vygotsky, quando reconhecemos a importância do

“desenvolvimento proximal” (capacidade do sujeito de resolver problemas sem

ajuda de ninguém) e do “desenvolvimento potencial” (capacidade de resolver

problemas com a ajuda de um adulto ou de uma pessoa mais experiente),

construímos a concepção de um conhecimento onde a importância do “outro”

para a formação de um novo conhecimento é fundamental. Esse conceito tem

implicações diretas para a questão do ensino, já que mostra a importância do

“outro” no processo de aprendizagem. Esse outro seria o professor, com sua

maturidade, nível de sistematização e capacidade de seleção dos conceitos

mais relevantes; ou poderia ser um outro personagem que tivesse esses pré-

requisitos, considerando-se a tarefa específica ou a atividade que estivesse

sendo desenvolvida.

Desta forma temos como concepção pedagógica as linhas de trabalho

que visem a formação do indivíduo socialmente ativo e dinâmico, de acordo

com os preceitos da corrente sócio-interacionista. Entretanto, concepção e

prática pedagógica são construídas dentro de um processo de análise do

conhecimento e qualificação das partes envolvidas. Assim, ainda percebemos

que a ação docente – fortemente marcada pela crença e história pessoal de

cada professor, assume diferentes práticas pedagógicas, centradas em

grandes modelos:

MODELO TRADICIONAL – modelo pedagógico mais consolidado. Essa

proposta de ensino privilegia o conteúdo. É centrada na figura do professor,

encarregado de transmitir o conhecimento. O aluno é um elemento passivo,

que recebe e assimila o que é transmitido. O sistema de avaliação mede a

quantidade de informação absorvida. A ênfase está na memorização e na

reprodução do conteúdo por meio de exercícios. Aqueles que utilizam este

modelo enfatizam que não há como formar um aluno crítico e questionador

sem uma sólida base de informação. Os doentes que seguem esse modelo

tendem a ser rígidos em relação à disciplina.

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MODELO CONSTRUTIVISTA – modelo pedagógico largamente difundido. A

proposta dá prioridade à forma como o aluno aprende, enfatizando a

construção do conhecimento a partir das relações com a realidade. O ponto de

partida é a criança e os conhecimentos que ela traz consigo, buscando fazer

com que esses saberes sejam aprofundados, reconstruídos em diferentes

momentos e de diversas formas. O professor tem o papel de coordenar as

atividades, perceber como cada aluno se desenvolve e propor situações de

aprendizagem significativas. O conteúdo é importante, mas o processo pelo

qual o aluno chega a ele é a prioridade. Aqueles que utilizam esse modelo

afirmam que mais importante do que a informação meramente transmitida é

saber chegar a ela e estabelecer relações e comparações. A aplicação dessa

teoria possibilita a formação de alunos que vão além do mero conteúdo

assimilado. São mais críticos, opinativos, investigativos. Sua disciplina está

voltada para a reflexão e auto-avaliação, portanto não é considerada rígida.

MODELO MONTESSORIANO – modelo pedagógico no qual o aluno deve ser

incentivado a desenvolver um senso de responsabilidade pelo próprio

aprendizado e o ensino deve ser ativo. É esperado que o aluno, consciente de

suas atividades, adquira maior autoconfiança. Sua concepção está voltada

para as atividades motoras e sensoriais: trabalhos, jogos e atividades lúdicas.

Propõe uma aproximação do aluno com a arte, a música e a ciência. Aqueles

que seguem essa linha enfatizam as experiências e o manuseio de materiais

para se obter a concentração individual e o aprendizado. O professor é um

guia, um orientador que remove obstáculos à aprendizagem, localiza e trabalha

as dificuldades da criança. As inovações introduzidas por este modelo estão

presentes na disposição circular dos alunos, nos jogos pedagógicos sempre

disponíveis e nos cubos lógicos de madeira para o ensino da matemática.

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b) Política Educacional vigente

Tudo que acontece na educação - os objetivos e conteúdos que são

selecionados, as formas de ensinar e aprender que são privilegiadas, as

relações que se estabelecem entre professores, alunos, direção e comunidade,

entre outros, está relacionado a determinada maneira de pensar. O mundo da

educação não é, como ingenuamente se pensou em tempos passados, um

espaço autônomo, isolado e independente, desvinculado de outros “mundos”:

do trabalho, da política, da economia, etc. Ao contrário, a educação está

inserida no cenário social mais amplo, integrando uma rede de relações

complexas e nem sempre explicitadas.

Assim, as concepções pedagógicas que permeiam o trabalho

educacional estão sempre ligadas a um tempo, a uma sociedade e estas

condicionam as suas práticas. De forma geral, duas visões sobre o processo

ensino-aprendizagem podem ser destacadas, para definir as perspectivas

pedagógicas: uma perspectiva de transmissão de conhecimentos e outra de

construção de conhecimentos.

O ponto de vista tradicional, que enfatiza a transmissão de

conhecimentos, tem como característica a reprodução, recorrendo à

memorização, à aquisição de modelos pré-estabelecidos, com pouca margem

para a dúvida e a diversidade de respostas possíveis.

A perspectiva que privilegia a construção do conhecimento aponta para

uma educação problematizadora, com ênfase nos desafios e na resolução de

problemas; busca desenvolver a visão crítica, a curiosidade, a pesquisa e a

criatividade. Ressalta a possibilidade de diferentes respostas para uma mesma

questão.

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Assim a política educacional deve trazer em si uma visão de mundo.

Nele, além dos conteúdos formais, podemos aferir as idéias que norteiam sua

concepção. A escola que construímos reflete nosso pensamento sobre o

mundo, na maneira de ver e atuar sobre a realidade. Nenhum ação pedagógica

poderá ser neutro. Ele estará sempre relacionada a uma visão de sociedade e

a uma concepção pedagógica.

A escola tem um entusiasmo natural, seus profissionais trabalham com

motivação e estão abertos aos debates educacionais. São profissionais críticos

e são sempre incentivados a rever sua prática pedagógica.

A política educacional revela-se no trabalho diário e não a teoria

impressa no plano de ensino.

Estar sintonizado quer dizer acreditar no que é proposto. Também

significa levar em conta o perfil de cada agente envolvido no processo. Não há

uma receita pronta, um guia sobre as melhores propostas ou melhores

instituições. Há diferentes concepções de aprendizagem e cada educador deve

escolher aquela que mais se aproxime de suas crenças e atenda à concepção

de conhecimento defendida pela instituição. Esse é o ponto central.

Ao definir sua própria política educacional, o docente não pode esquecer

que o mundo mudou e hoje espera-se que todo indivíduo seja preparado para

desenvolver seu senso crítico, o trabalho em equipe, a flexibilidade e a

autonomia.

O mundo pede homens e mulheres que saibam lidar com a informação e

com os desafios. Afinal, faz parte da missão da escola preparar seres humanos

capazes de sobreviver criativamente num mundo em permanente mudança,

que exigirá deles algo mais do que apenas seguir padrões.

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"Evitai (disse o lavrador) vender a herança

Que de nossos pais veio

Pois ela esconde um tesouro.

Mas ao morrer o sábio pai

Fez-lhes esta confissão:

O tesouro está na educação."

La Fontaine

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OS FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS

"Os quatro pilares da Educação" começou na verdade como um

Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o

Século XXI, coordenada por Jacques Delors. No relatório, editado sob a forma

do livro: “Educação: Um Tesouro a Descobrir” (1999), a discussão dos

"quatro pilares" ocupa todo o quarto capítulo, onde se propõe uma educação

direcionada para os quatro tipos fundamentais de aprendizagem: aprender a

conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros, aprender a ser,

eleitos como os quatro pilares fundamentais da educação.

a) Aprender a Conhecer

Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos “instrumentos do

conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução,

memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência. Contudo, deve

existir a preocupação de despertar no aluno, não só estes processos em si,

como o desejo de os desenvolver, a vontade de aprender, de querer saber

mais e melhor. O ideal será sempre que a educação seja encarada, não

apenas como um meio para um fim, mas também como um fim por si mesma.

Esta motivação pode apenas ser despertada por educadores competentes,

sensíveis às necessidades, dificuldades e idiossincrasias dos alunos, capazes

de lhes apresentar metodologias adequadas, ilustradoras das matérias em

estudos e facilitadoras da retenção e compreensão das mesmas. Pretende-se

despertar em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de aprender

cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos

intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões

e o seu próprio pensamento crítico. Em vista a este objetivo, sugere-se o

incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo,

porque, se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao estudante,

não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que

possa chegar às suas próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos

domínios do saber e do desconhecido.

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b) Aprender a Fazer

Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas,

o aprender a fazer refere-se essencialmente à formação técnico-profissional do

aluno. Consiste essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos

teóricos. Atualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem,

referente à comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba comunicar. Não

apenas reter e transmitir informação, mas também interpretar e selecionar as

torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que somos

bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas

próprias opiniões mediante novos fatos e informações.

c) Aprender a Conviver

Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para

os educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. Cai neste campo o

combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias.

Aposta-se na educação como veículo de paz, tolerância e compreensão; mas

como fazê-lo? O relatório para UNESCO não oferece receitas, mas avança

numa proposta baseada em dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva

do outro”, pois sendo o desconhecido a grande fonte de preconceitos, o

conhecimento real e profundo da diversidade humana combate diretamente

este “desconhecido”. Depois e sempre, a participação em projetos comuns que

surge como veículo preferencial na diluição de atritos e na descoberta de

pontos comuns entre povos, pois, se analisarmos a História Humana,

constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o

semelhante.

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d) Aprender a Ser

Este tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três.

Considera-se que a Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total

do indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade

pessoal, espiritualidade”. À semelhança do aprender a viver com os outros,

fala-se aqui da educação de valores e atitudes, mas já não direcionados para a

vida em sociedade em particular, mas concretamente para o desenvolvimento

individual. Pretende-se formar indivíduos autônomos, intelectualmente ativos e

independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de

comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma

consciente e proativa na sociedade.

A Comissão fez questão de afirmar a sua crença no papel essencial da

educação no desenvolvimento contínuo, tanto das pessoas como das

sociedades. Não como um "remédio milagroso" (...) mas como uma via que

conduz a um desenvolvimento humano mais harmonioso, mais autêntico, de

modo a fazer recuar a pobreza, a exclusão social, as incompreensões, as

opressões, as guerras...

O conceito de educação ao logo de toda a vida aparece, pois, como uma

das chaves de acesso ao século XXI. Ultrapassa a distinção tradicional entre

educação inicial e educação permanente. Vem da resposta ao desafio de um

mundo em rápida transformação (...) a fim de se estar preparado para

acompanhar a inovação, tanto na vida privada como na vida profissional. É

uma exigência que só ficará satisfeita quando todos aprendermos a aprender.

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Mas a modificação profunda nos quadros tradicionais da existência

humana coloca-nos perante o dever de compreender melhor o outro, de

compreender melhor o mundo.

A educação deve transmitir, de fato, de forma maciça e eficaz, cada vez

mais saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva, pois

são as bases das competências do futuro. Simultaneamente, compete-lhe

encontrar e assinalar as referências que impeçam as pessoas de ficar

submergidas nas ondas de informações, mais ou menos efêmeras, que

invadem os espaços públicos e privados e as levem a orientar-se para projetos

de desenvolvimento individuais e coletivos.

À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo

complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que

permita navegar através dele. Nesta visão uma resposta puramente

quantitativa -- uma bagagem escolar cada vez mais pesada -- já não é possível

e nem mesmo adequada. Não basta que cada um acumule uma determinada

quantidade de conhecimentos. É antes necessário estar à altura de aproveitar

e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar,

aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um

mundo em mudança (...)

É preciso insistir sempre nesta finalidade essencial da educação: levar

cada um a cultivar as suas aptidões, a formular juízos e, a partir daí, a adotar

comportamentos livres.

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“Feliz aquele que transfere o que sabe

e aprende o que ensina.”

Cora Coralina

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ORGANIZANDO O CURRÍCULO

a) Visão Geral

O currículo escolar compõe-se de conteúdos seqüenciados, articulados,

selecionados como os mais significativos – segundo critérios determinados –

nas várias áreas do conhecimento. Tais conteúdos são apresentados em

situações de ensino especialmente preparadas pelo professor, levando em

conta as características e necessidades dos alunos.

Os projetos curriculares devem ser meios facilitadores da organização

de dinâmicas de mudança que propiciem aprendizagens com sentido numa

escola de sucesso para todos. O currículo deve contemplar as situações e

características dos diversos contextos, gerando intervenções educativas

adequadas e induzindo um processo formativo de melhor qualidade para todos

os alunos.

Segundo Maria do Céu Roldão (1999: 44) projeto curricular é “a forma

particular como, em cada contexto, se reconstrói e se apropria um currículo

face a uma situação real, definindo opções e intencionalidades próprias, e

construindo modos específicos de organização e gestão curricular, adequados

à consecução das aprendizagens que integrem o currículo para os alunos

concretos daquele contexto”.

Também L. del Carmen e A. Zabala (1991: 169) definem o projeto

curricular de escola como “um conjunto de decisões articuladas, partilhadas

pela equipe docente de uma escola, tendentes a dotar de maior coerência a

sua atuação, concretizando as orientações curriculares de âmbito nacional em

propostas globais de intervenção pedagógica-didática adequadas a um

contexto específico”.

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b) Principais aspectos e objetivos abordados e privilegiados

A construção de situações significativas de aprendizagem pressupõe, de

acordo com Coll, C. et al. (2001), que sejam garantidas algumas condições,

nomeadamente que alunos:

a) compreendam o que estão a aprender, para que servem os conteúdos

e com que outras coisas se relacionam;

b) se sintam implicados nas situações de aprendizagem, que as

considerem atrativas, interessantes, e que, de alguma maneira,

participem na sua escolha (dos temas, das atividades ou dos materiais),

ou seja, que façam, que atuem e que realizem;

c) entendam que, com a sua contribuição, vão conseguir realizar as

aprendizagens com sucesso.

É tendo em conta estes pressupostos que James Beane fala da

importância de se conceber e desenvolver um currículo coerente, definindo-o

como algo que “faz sentido como um todo e cujas peças, quaisquer que sejam,

estão unidas e ligadas pelo sentido da totalidade” (2000: 42). Segundo este

autor, o currículo coerente “abrirá a possibilidade para a integração de

experiências educacionais” dos jovens que os ajudarão a identificar e a

construir novos significados para essas mesmas situações de aprendizagem.

A construção dos projetos curriculares deve obedecer às definições,

orientações e propostas contempladas nos Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCNs) objetivando-se o desenvolvimento de um currículo cujos resultados

atendam aos dispositivos legais.

Para os alunos portadores de necessidades educativas especiais, será

desenvolvida uma proposta de adaptação curricular, conforme os critérios

estabelecidos pela Legislação vigente e de acordo com a proposta em anexo.

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“Não, não tenho caminho novo.

O que tenho de novo

É o jeito de caminhar.”

Thiago de Mello

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OS PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO

a) Concepção de Avaliação

O grande entrave da avaliação é o seu uso como instrumento de

controle, de inculcação ideológica e de discriminação social. Por isso,

necessitamos de um jeito novo para caminhar quando se trata de avaliação

escolar. Observa-se que a diversidade de instrumentos não garante um

processo de avaliação com qualidade. Para promovermos mudanças, é

necessário, então, redirecionar o foco do produto para o processo, isto é,

avaliar o produto no processo.

O que vem acontecendo usualmente consiste na elaboração de provas

com questões relativas à área de conhecimento cujo objetivo único é o de

verificar somente o que foi “lecionado”. As provas aplicadas na rotina

institucional visam apenas coletar elementos para uma avaliação somativa

após uma seqüência instrucional, a qual, geralmente, se limita a indicar uma

nota.

Para que existam progressos significativos no processo avaliativo

escolar, é fundamental tanto uma nova mentalidade como uma nova prática.

Precisamos recuperar os instrumentos de avaliação com novos objetivos,

utilizá-los com a idéia de garantir a aprendizagem, destituindo, desse modo, o

autoritarismo.

A avaliação precisa ser vista como parte importante do processo de

ensino/aprendizagem. Se a opção é pela valorização das aprendizagens

significativas, das estratégias mentais do ato de aprender, da formação do

aluno e dos processos criativos, não há como pensar a avaliação como

mecanismo burocrático e classificatório.

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Compreendida como processo interativo, a avaliação estará a serviço da

superação das concepções quantitativas e autoritárias de conhecimento, da

democratização do processo vivido, do produto alcançado e do julgamento de

valor sobre o resultado pretendido.

Se a avaliação é concebida como um instrumento que ajuda a garantir o

processo de ensino/aprendizagem, desaparecem os limites rígidos entre

atividades de aprendizagem e atividades de avaliação.

Qualquer atividade relevante para a aprendizagem poder ser utilizada

como instrumento de diagnóstico e de investigação, desde que o professor

tenha claros os seus objetivos.

A avaliação deve estar integrada a todo processo educacional, e deve

ser entendida como principal fonte de informação e referência para a

formulação (ou reformulação) de ações pedagógicas que visem à formação

global do aluno.

O processo avaliativo é, antes de tudo, uma questão política, conforme

afirma Celso dos Santos Vasconcellos: “A avaliação não pode ser entendida

isoladamente, uma vez que reflete determinada concepção de homem, de

educação e sociedade.”

A ação avaliativa abrange a compreensão do processo de cognição,

porque o que interessa fundamentalmente ao educador é dinamizar

oportunidades de o aluno refletir sobre o mundo e de conduzí-lo à construção

de um maior número de verdades. “Não há começo, nem limites, nem fim

absolutos num processo de construção do conhecimento.” (Hoffman, 1994, p.

23)

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Segundo Elvira C. A. Souza Lima, a avaliação divide-se em dois ramos

distintos: avaliação somativa e avaliação formativa. Na primeira, os

resultados são do professor, o processo avaliativo ocorre de modo isolado ao

processo de aprendizagem e o objetivo final é classificar os alunos e certificar

os níveis; na segunda, o professor compartilha os resultados com o aluno,

entra no processo de aprendizagem e faz parte dele, e tem como objetivo final

promover o processo de ensino/aprendizagem.

Ao tratar de avaliação, é necessário ressaltar questões essenciais: o

quê, como, quando, para que e para quem avaliar. Sônia Kramer destaca que o

principal problema da avaliação na escola é que só o aluno é avaliado,

enquanto, na verdade, todos aqueles que estão envolvidos no processo

educativo (direção, secretaria, professores e familiares dos alunos) deveriam

ser avaliados também.

Ainda, segundo Sônia Kramer:

“O professor deve proporcionar ao aluno saber em quê, como e quando ele

está sendo avaliado, a gente tem de ter muita humildade, tem de abrir mão do

nosso pretenso poder, a gente tem de se expor a ser, por ele e pelos outros,

avaliados também...”(Kramer, 1994, p.23)

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“Chega mais perto e contempla as palavras

cada um tem mil faces secretas sob a face neutra

e te pergunta, sem interesse pela resposta

pobre ou terrível que lhe deres:

trouxeste a chave?”

Carlos Drumond de Andrade

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CONSIDERANDO TODOS OS SEGMENTOS

a) Refletindo a prática pedagógica...

Nossos professores registraram suas opiniões e reflexões em diferentes

momentos, contribuindo substancialmente para a elaboração deste documento.

Segue as principais considerações de cada segmento, sobre a realidade

pedagógica enfrentada.

1) Para que serve a escola, ou seja, qual a sua função social?

A escola serve para integrar o indivíduo a sociedade, permitindo que

ele exerça seus direitos e cumpra seus deveres com consciência e

respeito. Tem também o papel de formar multiplicadores de

conhecimento, valores e atitudes. (PI)

A escola tem como função social ajudar o aluno a adquirir uma série

de saberes e competências básicas, visando torná-lo cidadão

inserido na sociedade de forma efetiva, desenvolvendo seu sendo

crítico para que o mesmo possa ter atitudes positivas, tornando

melhor o meio em que vive. (PII)

2) A quem serve a escola em que trabalhamos?

A escola serve a comunidade do bairro como um todo, entretanto

atende diretamente os educandos nela matriculados, que a cada dia

letivo têm a chance de obterem crescimento pessoal e aprenderem a

valorizá-la como meio de alcançar a dignidade. (PI)

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A escola em que trabalhamos serve, num primeiro momento a seus

alunos, posteriormente a seus pais e familiares que constituem a

comunidade a que está inserida; e numa perspectiva mais ampla, a

toda a sociedade. Enfim, a escola serve àqueles que sonham e vêem

nela um meio de começar concretizar seu projeto de vida,

estimulados e amparados pela família. (PII)

3) O que se pretende com a ação pedagógica desenvolvida pela

escola?

Dar a oportunidade de desenvolvimento cognitivo, pessoal e social.

Conscientizar os alunos de seus deveres e direitos. (PI)

Pretende-se transmitir ao educando o conhecimento socialmente

constituído, valores e atitudes, informando com qualidade e formando

cidadãos conscientes do seu papel social. (PII)

4) Quem são nossos alunos? Que experiências, vivências e

conhecimentos têm?

Nossos alunos vem de realidades diversas, muitos estão inseridos

em famílias desestruturadas, nas quais não encontram apoio para o

seu desenvolvimento emocional, nem cognitivo.

Muitos encontram no ambiente escolar o carinho que lhes falta em

casa. Neste ano, já é possível perceber que conseguimos mudar a

“cara” da escola, visto que os pais – em sua maioria, têm aceitado

uma parceria com a escola. (PI)

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Os alunos têm vivência familiar complexa. Não há uma linha única,

são vários tipos e níveis de experiência, devido a complexidade e

variedade das famílias em questão. Assim, alunos sem estrutura

familiar, necessitados de atenção e cuidados, com problemas

afetivos, físicos e psicológicos. Porém, há uma parcela menor com

boa estrutura familiar, muito bem orientada e ajustada socialmente.

(PII)

5) Que objetivos temos proposto para eles, considerando a realidade de

suas condições de vida e a realidade da vida contemporânea?

Resgatar valores e atitudes, visando a formação de um ser social e

participativo, digno e capaz. (PI)

Que os alunos se dêem conta de suas capacidades, através do

envolvimento em atividades que permitam enriquecer a criatividade,

gerar indivíduos críticos, autônomos, cooperativos e pesquisadores.

Ainda quem, através da motivação e transformação de seu

conhecimento, lhes seja permitido sonhar. (PII)

6) Como os alunos têm se beneficiado da ação da escola?

Através de igualdade de oportunidades para o crescimento cultural,

cognitivo, pessoal e afetivo. (PI)

Fazem parte de uma escola que “pensa” em seu bem-estar, tem

organização, limpeza e regras; planejamento, liberdade aliada ao

respeito, entrosamento entre os docentes das diversas áreas. O

desenvolvimento de suas potencialidades para preparar-se no

exercício consciente da cidadania. (PII)

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7) Os que entraram na 1ª série alcançaram as séries finais? Como

estão nossos índices de evasão e repetência?

O que mais preocupa o grupo é o “passado” da escola, pois muitos

frutos estão aparecendo agora, ou seja, muitos alunos foram

aprovados sem atingir os conteúdos mínimos e hoje freqüentam as

séries finais, muitas vezes sem saber ler e até escrever na norma

culta. A questão da repetência e da evasão também está sendo

transformada com ações que foram implantadas pela Equipe Escolar

(Projeto Acelera, Sala de Apoio Pedagógico Especializado). (PI)

Os alunos em sua maioria têm a oralidade e a escrita razoavelmente

desenvolvidas. Alguns apresentam e demonstram dificuldades em se

expressar, talvez pela falta de maturidade. O conhecimento e a

aprendizagem diferem no que se diz respeito ao interesse, a

assiduidade, a perspectiva de vida, objetivos e realidade de cada um.

Infelizmente, eles não caem de maneira uniforme e equiparada

devido a estas diferenças.

Alguns necessitarão de acompanhamento especial por portar

dificuldades de aprendizagem. (PII)

8) Como é a comunidade a quem nossa escola presta serviços: quais

seus costumes, seus valores e os problemas que enfrenta?

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”Aos poucos podemos observar uma sensível mudança de

comportamento dos pais e dos alunos. Há mais respeito entre

alunos, pais e professores. (PI)

O perfil da comunidade ora em pauta enfrenta muitos problemas

dentre os quais destacam-se o desemprego e o uso de drogas. É

desconhecido programas voltados à valorização cultural que se faz

tão necessários para o conhecimento da identidade cultural da

comunidade que conduz à elevação da sua auto-estima bem como

eventuais caminhos para a valorização de outros elementos além da

religião e dependência do pseudo relacionamento entre vizinhos.

Em função destes fatores a escola torna-se importante instrumento

para o despertar da consciência coletiva integrando alunos, escola,

pais e comunidade visando o crescimento moral e intelectual para a

formação de uma sociedade melhor. (PII)

9) A comunidade local tem se beneficiado do conhecimento veiculado e

trabalhado na escola?

Sim. Basta observar a presença de pais e alunos durante os eventos

que aqui são realizados. Observa-se também grande incentivo de

boa parte dos familiares dos alunos, preocupando-se com o

desenvolvimento do processo de ensino dos seus filhos. (PI)

Sim. A comunidade é bastante presente e essa participação feita

com responsabilidade inspira no educando um processo de

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”segurança para que os trabalhos possam se desenvolver a contento,

consequentemente, melhorando sua qualidade de vida. (PII)

10) A escola está cumprindo seu papel? Quais são os sinais?

Sim. A escola está totalmente organizada, os alunos mais

respeitosos e calmos. Vários alunos que saem desta U.E. estão

tendo ótimos resultados em vestibulinhos e ainda, os pais estão mais

próximos da escola, compreendendo melhor o papel desta Instituição

de Ensino e aprendendo a valorizá-la. (PI)

Por vezes, sim. Muitos alunos saídos de nossa escola tem

continuado seus estudos, além disso, ela tem contribuído para a

melhoria da qualidade de vida da sua comunidade, através da

aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na escola.

Só uma ação conjunta poderá melhorar o que precisa e perceber que

esse processo (ensino-aprendizagem) é contínuo, flexível e

inacabado. (PII)

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b) Refletindo a realidade pedagógica...

Nossa comunidade também colaborou com suas opiniões e reflexões a

cerca da realidade escolar, contribuindo substancialmente para a elaboração

deste documento. Segue as principais considerações da comunidade quanto

ao papel da escola:

1) Em sua opinião para que serve a escola, ou seja, qual a sua

função social?

A escola tem importante missão de mediar o conhecimento,

tanto acadêmico como o sociocultural.

Auxílio a família na formação de um novo cidadão, que pode

contribuir para um futuro melhor.

(Penha Amaral, mãe de Priscilla e Bruno – 7ª e 8ª série)

A escola serve para a formação e educação das crianças no futuro.

(Marilda Benedito, mãe de Allan – 5ª série E)

Educar pedagogicamente e também dar conceitos básicos sociais aos

alunos, para uma base firme e quem sabe um futuro melhor. (Rivelene

Manso, mãe de Sílvia – 5ª série A)

A escola tem como função a transmissão de conhecimentos aos alunos,

proporcionando a eles o contato com novas experiências e situações de

aprendizagem. (Cátia Jesus, mãe de Isabela – 3ª série B)

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A escola é uma instituição onde acreditamos que, mesmo com as

dificuldades apresentadas no ensino público, nossos filhos irão aprender

a serem pessoas responsáveis e capazes. (Patrícia Aparecida, mãe de

Júlio – 5ª série)

A função social da escola é preparar o aluno para que no futuro seja um

cidadão instruído e capaz de enfrentar o mercado de trabalho. (Wilson

Moreira, pai de Luiz Gabriel – 7ª série A)

A escola é uma extensão da família. Entendo que sua principal função é

preparar a criança, intelectual e socialmente para interagir com o mundo

à sua volta. Destacando os valores morais e éticos. (Eduardo Soares,

pai de Letícia – 4ª série D)

Na minha opinião a escola serve para complementar a educação junto

aos pais e levar seus alunos ao conhecimento e crescimento fazendo

assim sua função social. (Jeane Conceição, mãe de Blenda – 4ª série B)

Em parceria com a comunidade e os pais, a escola serve para levar o

aluno a socialização, a aprender a desenvolver a prepará-lo para o

campo de trabalho. (Luciana, mãe de Adriel – 2ª série)

A escola serve para alfabetizar, educar, ensinar a vivermos em

sociedade. (Silvana Bernardes, mãe de Raphael – 5ª série A)

A função social da escola é formar cidadãos críticos e atuantes.

(Benedita Maria, mãe de Thainara – 5ª série B)

É o 2º lugar depois da família, é a continuação do aprendizado da moral

e os bons costumes e o censo de ter um bom caráter e

responsabilidade. (Fátima Souza, mãe de Leonardo – 8ª série A)

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2) Como são nossos alunos? Que experiências, vivências e

conhecimentos eles têm?

A maioria são crianças e jovens de boas condutas morais,

carregam experiências e exemplos colhidos em casa, com a

família e também com a escola.

(Rivelene Manso, mãe de Sílvia – 5ª série A)

Eles são inteligentes, pois tem bons educadores e com isso as

experiências deles serão boas para que adquiram bons conhecimentos.

(Marilda Benedito, mãe de Allan – 5ª série E)

Os alunos têm situação diversificada de acordo com situação financeira,

social, cultural. Os alunos têm em geral boas condições e já trazem

conhecimentos de casa. (Cátia Jesus, mãe de Isabela – 3ª série B)

A escola encontra-se em um bairro, mas seus alunos não são todos

necessariamente carentes de informação sobre este mundo moderno e

já dotados de conhecimentos globais, diferenciam-se dos alunos de

antigamente com vivências próprias, prontas para serem aproveitadas

na escola. (Penha Amaral, mãe de Priscilla e Bruno – 7ª e 8ª série)

São alunos na sua maioria carentes, crianças que necessitam de

atenção, carinho e compreensão. Acredito que seus conhecimentos são

básicos, ou seja, havendo dedicação podem se tornar crianças bem

avançadas no saber. (Patrícia Aparecida, mãe de Júlio – 5ª série)

A maioria dos alunos são pessoas de boa índole, mas sofrem com a

desigualdade social, influindo nas experiências, vivências e

conhecimentos. (Wilson Moreira, pai de Luiz Gabriel – 7ª série A)

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Geralmente, contam apenas com as experiências vivenciadas no seio

familiar ou, externamente, adquiridas através da televisão e amigos. A

escola oferece o conhecimento para a formação de seus conceitos.

(Eduardo Soares, pai de Letícia – 4ª série D)

Com o pouco tempo de minha filha na escola, o que percebo são alunos

abertos a experiências, vivências muito diferentes pois as classes

sociais, são muitas. (Kelly Morgado, mãe de Laís – 6ª série C)

Cada aluno tem suas diferenças que se origina de sua própria família de

si próprio e um pouco do lugar onde mora. (Luciana, mãe de Adriel – 2ª

série)

Os outros alunos eu não sei, mas minha filha foi criada sempre perto de

mim, com todos os cuidados necessários. (Benedita Maria, mãe de

Thainara – 5ª série B)

A maioria é de boa índole o valor da amizade, responsabilidade,

solidariedade e bons costumes. (Fátima Souza, mãe de Leonardo – 8ª

série A)

3) Que benefícios a escola traz aos alunos?

Através do estudo, o conhecimento; através do conhecimento,

a sabedoria; através da sabedoria, o discernimento; e daí, a

formação de opiniões.

(Eduardo Soares, pai de Letícia – 4ª série D)

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Traz muitos benefícios para o futuro profissional e social. (Marilda

Benedito, mãe de Allan – 5ª série E)

Integrar a uma vida social com objetivos bons e a certeza de um

conhecimento pedagógico para no futuro serem pessoas de bem.

(Rivelene Manso, mãe de Sílvia – 5ª série A)

A escola proporciona ao aluno um aumento de conhecimentos, uma

ampliação das experiências e do convívio com as diversidades culturais.

(Cátia Jesus, mãe de Isabela – 3ª série B)

A escola ensina ao aluno o necessário para poder ter o conhecimento de

como se tornaram pessoas capazes de sobreviver e vencer num mundo

tão competitivo. (Patrícia Aparecida, mãe de Júlio – 5ª série)

A escola leva o aluno a muitos conhecimentos e experiências trazendo

assim benefícios e motivação para ir à escola. (Jeane Conceição, mãe

de Blenda – 4ª série B)

Só traz benefícios, começando pela alfabetização, noções de cidadania,

conhecimentos gerais, etc (Carlos Matienzo, pai de Caroline – 2ª série

A)

O benefício de estar sendo orientado e ajudado a chegar ao

conhecimento não sozinho, mas em parceria com outras crianças de sua

idade, idades diferentes e de um adulto. (Luciana, mãe de Adriel – 2ª

série)

A escola procura ensinar aos alunos a importância de viver e atuar na

sociedade em que vivem. (Benedita Maria, mãe de Thainara – 5ª série

B)

Aprendizado, incentivo ao aluno para o estudo, o benefício de poder

fazer uma boa faculdade e o aluno a decidir qual a profissão a seguir.

(Fátima Souza, mãe de Leonardo – 8ª série A)

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4) Como é a comunidade onde a escola está inserida? Quais são

seus costumes, seus valores e os problemas que enfrenta?

Comunidade pouco participativa, mas que valoriza a

educação, a segurança, a saúde, alguns a família e a religião,

uma preocupação da maioria das famílias são as drogas.

(Luciana, mãe de Adriel – 2ª série)

A comunidade é muito boa e calma. (Marilda Benedito, mãe de Allan –

5ª série E)

Uma comunidade de boa vivência, harmonia, com costumes e tradições

na maioria religiosas com valores morais e princípios, poucos problemas

que talvez sejam político-administrativos. (Rivelene Manso, mãe de

Sílvia – 5ª série A)

A comunidade é formada por diferentes condições sociais, que na sua

maioria passam por algum tipo de dificuldade. (Cátia Jesus, mãe de

Isabela – 3ª série B)

Somos uma comunidade de classe média ou média/baixa, onde pais e

mães trabalham fora e dedicam pouco tempo para o cuidado com a

família, o que afeta a educação dos filhos, somos também uma

comunidade afetada pelos problemas sociais, como insegurança,

violência,desrespeito e até despreparo cultural. (Penha Amaral, mãe de

Priscilla e Bruno – 7ª e 8ª série)

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Uma comunidade carente, de pessoas com costumes simples e que

enfrentam problemas típicos da população pobre desse país ou melhor,

sem muitas condições de investir financeiramente em melhores estudos.

(Patrícia Aparecida, mãe de Júlio – 5ª série)

A meu ver, uma comunidade com relações familiares distintas, ora

conservadora, ora liberal. Mas com princípios bem estruturados. Os

problemas financeiros são os mais comuns. (Eduardo Soares, pai de

Letícia – 4ª série D)

A escola é ótima e tem professores e funcionários de boa qualidade, a

comunidade tenta fazer sua parte para que a escola cresça para o bem

de todos. (Jeane Conceição, mãe de Blenda – 4ª série B)

Boa comunidade, mas precisa de ajustes. Como todas cidades do

interior, quanto aos seus costumes e valores. Não podemos afirmar pois

estamos morando a pouco tempo aqui. (Carlos Matienzo, pai de Caroline

– 2ª série A)

A comunidade é boa, costumes são envolvidos com a religião, festa do

padroeiro da cidade. (Fátima Souza, mãe de Leonardo – 8ª série A)

5) Você acredita que a escola está cumprindo seu papel educativo

e social? Quais são os sinais?

Sim, vejo pelo meu filho que devido ao interesse dos seus

professores tem demonstrado interesse também em aprender

e adquirir mais conhecimentos em determinadas matérias.

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”(Patrícia Aparecida, mãe de Júlio – 5ª série)

Sim, está cumprindo seu papel, pois os alunos gostam da escola, é

limpa tem muitas atividades esportivas, passeios que é muito bom para

a preparação dos alunos. (Marilda Benedito, mãe de Allan – 5ª série E)

Acredito que sim, ver os jovens que continuam os costumes e as regras

da família e com aprendizado capacitado pra um futuro no mercado de

trabalho. (Rivelene Manso, mãe de Sílvia – 5ª série A)

Sim. É muito visível a satisfação nos alunos e nos pais de alunos. A

escola tem excelentes condições para proporcionar a evolução no

ensino das crianças. (Cátia Jesus, mãe de Isabela – 3ª série B)

Sim acredito. A comunidade e os alunos nos últimos meses de

desgastou com a reforma do prédio, depois a contemplou, agora

descobriu que além do prédio bonito, existem pessoas comprometidas

com a educação de nossos filhos. (Penha Amaral, mãe de Priscilla e

Bruno – 7ª e 8ª série)

Sim. Com as condições que os governos estadual e municipal lhes

proporcionam. A comunidade está participando mais ativamente dos

assuntos escolares. (Wilson Moreira, pai de Luiz Gabriel – 7ª série A)

Não vejo uma padronização nas escolas da rede. Mas esta unidade, em

especial, cumpre seu papel sócio-educativo e projeta novas alternativas

de integração do aluno com o exterior. (Eduardo Soares, pai de Letícia –

4ª série D)

Acho que com a mudança de diretor feita no ano passado a escola

mudou muito, dando a nós pais mais credibilidade pois achei que a

escola teve um novo rumo. (Jeane Conceição, mãe de Blenda – 4ª série

B)

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EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”EMEF “Prof. Mª Dulce David de Paiva”No nosso caso sim, mas é muito cedo para falar e os avanços da pra

sentir a cada dia em todos os sentidos. (Carlos Matienzo, pai de Caroline

– 2ª série A)

Acredito que sim, mas acho que muito mais poderia ser feito se a

comunidade ajudasse mais e não só cobrasse. (Kelly Morgado, mãe de

Laís – 6ª série C)

Acredito. Vejo pelo caderno de meu filho, pelas conversas que tenho

com ele. (Luciana, mãe de Adriel – 2ª série)

Os sinais estão no interesse das crianças pela escola e no interesse em

aprender mais. (Luciana, mãe de Adriel – 2ª série)

Sim, pois minha filha está cada dia mais confiante e participando mais

das atividades do dia-a-dia. (Benedita Maria, mãe de Thainara – 5ª série

B)

Acho principalmente com essa nova diretoria, saber cumprir os seus

deveres e sabem valorizar a cada aluno e sabem incentivar os alunos a

serem pessoas melhores para um mundo melhor. (Fátima Souza, mãe

de Leonardo – 8ª série A)

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“Educação é isto: o processo pelo qual os nossos corpos vão

ficando iguais às palavras que nos ensinam. Eu não sou eu: eu sou

as palavras que os outros plantaram em mim. Como disse

Fernando Pessoa: ‘Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que

os desejos dos outros fizeram de mim’”.

(Rubem Alves)

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PARA NÃO CONCLUIR...

Este presente Projeto é um documento pretensioso, que espera

contemplar toda a realidade escolar, o que na verdade é uma utopia, pois a

realidade escolar é muito mais abrangente e complexa, não nos sendo possível

a contemplar em totalidade num único documento.

Assim, este documento tenta representar a intenção desta Unidade

Escolar em realizar um trabalho pedagógico comprometido com a comunidade

local e com os objetivos defendidos pela Educação Nacional.

Para a execução deste Projeto precisamos do engajamento de todos os

pares pertencentes aos diferentes segmentos envolvidos em nossa realidade.

Engajamento este que deverá ser motivado pela intencionalidade do trabalho

pedagógico e pela paixão pelo ato de “educar”.

Somos todos “educadores” dentro do contexto escolar. Por isso, toda a

nossa história e crenças, precisam ser valorizadas e respeitadas, a fim de que

nosso trabalho nos engrandeça, bem como aqueles que dele usufruem.

“A arte de ensinar é a arte de acordar a curiosidade natural nas

mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde.”

Anatole France

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