projeto político pedagógico & proposta curricular 2011 · de elaborar e executar sua proposta...
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Colégio Estadual Dr. Bayard Osna - EFM Colégio Estadual Dr. Bayard Osna - EFM
Projeto PolíticoProjeto Político
Pedagógico & PropostaPedagógico & Proposta
CurricularCurricular
20112011
Rua Rio Santana, 459 – Iguaçu – Fazenda Rio Grande
3627-2003 - e-mail: [email protected]
2SUMÁRIO
I – APRESENTAÇÃO 4
1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 6
1.1 Aspectos Históricos 6
1.2 Caracterização do Atendimento 7
1.3 Oferta de Cursos e Turmas 7
1.4 Corpo Docente e Técnico Administrativo 8
1.5 Organização do Espaço Físico 9
1.6 Perfil da Comunidade 9
1.7 Matriz Curricular 11
1.8 Calendário Escolar 2010 15
2 OBJETIVOS GERAIS 16
3 MARCO SITUACIONAL 19
4 MARCO CONCEITUAL 28
5 MARCO OPERACIONAL 60
6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 77
7 PROPOSTA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 80
7.1 Língua Portuguesa – Ensino Fundamental e Médio 85
7.2 Matemática - Ensino Fundamental e Médio 116
7.3- História – Ensino Fundamental e Médio 134
7.4 Geografia – Ensino Fundamental e Médio 158
7.5 Ciências– Ensino Fundamental 168
7.6 Biologia – Ensino Médio 176
7.7 Arte – Ensino Fundamental e Médio 183
7.8 Educação Física – Ensino Fundamental e Médio 197
7.9 Química – Ensino Médio 221
37.10 Filosofia– Ensino Médio 227
7.11 Sociologia- Ensino Médio 235
7.12 Língua Estrangeira Moderna – Inglês e Espanhol – Ensino Fundamental e Médio 241
7.13 Ensino Religioso – Ensino Fundamental 274
8 EDUCAÇÃO ESPECIAL 281
8.1 Sala de Recurso 281
8.2 Sala de Apoio à Aprendizagem 282
9 REFERÊNCIAS 284
4I - APRESENTAÇÃO
A elaboração e a construção do Projeto Político Pedagógico, como
projeto/intenção, constitui-se em tarefa comum de toda a equipe escolar previsto no
art. 12, inciso I, da Lei nº. 9394/96 que estabelece, “os estabelecimentos de ensino,
respeitado as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência
de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
Assim, para a construção desse Projeto Político Pedagógico, foram
necessários, leituras de textos, momentos de estudos, debates, discussões e
reflexões acerca da concepção de educação, de ensino-aprendizagem, avaliação,
de conhecimento e a compreensão da relação sociedade - escola e, principalmente
sobre o homem a ser formado, ou seja, um repensar sobre o papel da escola diante
das transformações que caracterizam o acelerado processo de mundialização, e da
exigência da qualificação profissional que afetam a organização do trabalho e o perfil
dos trabalhadores nos dias atuais.
Neste processo, foi fundamental a participação do corpo diretivo e da equipe
técnica, dos professores, dos pais, dos alunos, e do pessoal técnico-administrativo.
O processo de construção do projeto aconteceu de forma participativa e
dinâmica, o que exigiu da equipe pedagógica e dos professores, conhecimento,
comprometimento, competência didática e pedagógica para que a organização das
discussões se realizasse de forma coletiva, com o envolvimento da comunidade
escolar, tanto interna quanto externa, na busca de sustentação e legitimação das
propostas. Entretanto, cabe lembrar que a construção e a elaboração do projeto
político pedagógico é um processo que requer uma avaliação criteriosa no mínimo
um vez ao ano.
Isso quer dizer que o Projeto Político Pedagógico é o Plano de trabalho global
da instituição. Ele tem uma importante contribuição no sentido de ajudar a conquistar
e consolidar a autonomia da escola, criando um clima de responsabilidade pelas
opções, compromissos e as tarefas educativas assumidas pelo grupo. Temos como
finalidades do Projeto Político Pedagógico:
Resgatar a potência da coletividade, gerando solidariedade e parceria
pedagógica;
Ser um instrumento de transformação da realidade;
5 Superar a crise de sentido, re-significando o trabalho pedagógico;
Colaborar na formação profissional de todos os participantes da equipe
escolar;
Dar um referencial de conjunto para a caminhada, possibilitando a
continuidade da linha de trabalho escolhida coletivamente;
Superar o caráter fragmentário das práticas em educação;
Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos, contradições, avançando na
autonomia e na criatividade.
Assim, o presente Projeto Político Pedagógico, é resultado de um processo
reflexivo sobre as reais finalidades da escola, a compreensão de sua organização
didática pedagógica, do seu funcionamento, organização e estrutura, bem como da
importância da participação coletiva na tomada de decisões.
61- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual Doutor Bayard Osna - Fundamental e Médio – código
00261 – localiza-se na área urbana do Município de Fazenda Rio Grande, distante
aproximadamente 4km do NRE da Área Metropolitana Sul. Situa-se à Rua Rio
Santana, nº. 459, Bairro Iguaçu - código nº.0764. Seu endereço eletrônico é:
[email protected]. Telefone: 3627 2003.
Está sob a dependência Administrativa da Secretaria de Estado da Educação
– código 0015- pertencendo ao Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana
Sul de Curitiba – código 03 – tendo como entidade Mantenedora o Governo do
Estado do Paraná.
O Colégio Estadual Dr. Bayard Osna foi criado pelo Decreto nº. 25 de 30 de
agosto de 1993, ato este, assinado pelo então Prefeito Municipal Geraldo Cartário
Junior e pelo Secretário Estadual de Educação Elias Abrahão, com a Resolução nº.
1248/94.
Este Estabelecimento de Ensino teve seu Ato de Autorização de
funcionamento inscrito sob a resolução nº. 1268/94 de 04 de março de 1994. Ato de
reconhecimento inscrito sob a Resolução nº. 2035/2000 e o Parecer do Núcleo
Regional de Educação para aprovação do Regimento Escolar ato nº314/08 de 20 de
outubro de 2008.
1.1. ASPECTOS HISTÓRICOS
O nome do Colégio foi uma homenagem ao Doutor Bayard Osna, figura ilustre
na área esportiva, tendo exercido atividades como advogado e publicitário, também
presidente da Federação de Desportos Aquáticos do Paraná em 1973, e Presidente
da URBS em 1984 e do Coritiba Futebol Clube em 1988, sendo um homem de
grande visão administrativa e determinação. Mantinha relações de amizade com
importantes figuras públicas de nosso Estado como o atual Governador Roberto
Requião1, enfim, teve uma vida participativa voltada às atividades culturais,
esportivas e sociais.
As primeiras atividades letivas do Colégio Estadual Dr. Bayard Osna , tiveram
1 Fonte- O Jornal do Estado do Paraná, 1984.
7inicio no dia 28 de fevereiro de1994, atendendo inicialmente 318 alunos de 5ª. a
7ª.séries do Ensino Fundamental.
O Colégio, a princípio não dispunha de estrutura básica de funcionamento,
como carteiras, cadeiras e outros materiais permanentes, o que obrigou os primeiros
alunos a terem aulas dispostos no chão das salas de aula.
Foram muitas as lutas e os desafios na busca de melhorar os espaços físicos, os
recursos pedagógicos, bem como, materiais e equipamentos para que se atingissem
os objetivos do ensino e da aprendizagem a que se propõem todos os envolvidos
com a prática educacional.
1.2. CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
O Colégio Estadual Dr. Bayard Osna - EFM, atualmente oferta cursos de
Ensino Fundamental e Médio, nos períodos da manhã das 7:30 às 11:45, período da
tarde da 13:00 às 17:15 e no período da noite das 19:00 às 23:00, atendendo 830
alunos aproximadamente.
1.3- OFERTA DE CURSOS E TURMAS:
Embora a demanda e a procura por vagas seja maior que o espaço físico
disponível, o Colégio procura na medida do possível atender todos os alunos da
comunidade, oferecendo educação de qualidade para todos.
ANO DE 2010
SÉRIE Nº DE ALUNOS TURNO
5º 177 Manhã
6º 149 Tarde
7° 133 Tarde
8º 149 Manhã/Noite
1º 76 Noite
2° 80 Noite
3° 48 Noite
SALA DE RECURSOS 5 Manhã
SALA DE APOIO 15 Tarde
81.4- CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO ACADÊMICA
Adriana Professora
Agnaldo Márcio de Lima Técnico Administrativo Ensino Médio
Álvaro Antônio da Fonseca DIRETOR Ciências Físicas e
Biológicas
Alzires W. Werha Professor Matemática
Calimã Nassar de Souza Professor Letras-Port/Inglês
Cindia Regina Bordim Professora
Claudinéia Apª da Cruz PROF. PEDAGOGO Pedagogia
Clelita Regina G. Da Silva Professora Letras-L.Portuguesa
Daianne Weber Professora Ciências Biológicas
Deizelle Barbosa dos
Santos
Professora Lic.Desenho
Denise Tomasi Professora História
Eva Evaristo Professora História/Pedagogia
Francisco Aurélio do Prado Professor Matemática
Gilberto Sanabe Profesor Geografia
Jasnderson da Silva Professor Letras-Port/Inglês
Jihane Cristina do
Nascimento Ribeiro
Técnico Administrativo Ensino Médio
José Carlos da Silva
Barbosa
Professor Letras-port/Inglês
Larissa Soares Ferreira Professora Ciências Biológicas
Leonardo de Paula Dias professor Letras-Port/Inglês
Luciana de O. Blank Ribeiro Técnico Administrativo Ensino Médio
Luciene Vicente de Oliveira Professora Matemática
Lucinéia Nunes Técnico adiministrativo Ensino Médio
Márcio José Schumack Professor Ed. Física
Neide Arseno Tesseroli DIRETORA AUXILIAR Pedagogia
Nilza Apª de Oliveira Professora Matemática
Sérgio Rodrigues Sales Professor Matemática
Solange Apª Machado Técnico Administrativo Administração(3º.Sem)
Sonia Maria do Nascimento Técnico Administrativo Ciências Biológicas
9
Suzi Cristiane da Silva Professora História
Suzimar Regina Serafim Professora Pedagogia
Thayane U. da Fonseca Professora Letras-Port/Inglês
Valdina Gomes Rodrigues Pedagoga
Valeria Picagewicz Professora
Vilmar Antunes de Oliveira Professor Geografia
1.5- ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual Dr. Bayard Osna dispõe de 07 salas de aula, 01
biblioteca, 01 sala de recursos, 01 laboratório de ciências físicas e químicas, 01 sala
para os professores, 01 sala de direção, 01 cozinha com dispensa, 01 sala de vídeo,
banheiro para professores, banheiros feminino e masculino (para os alunos), quadra
poliesportiva (não coberta), quadra de areia.
O pátio é todo calçado, sendo coberto somente o hall de entrada e a entrada
para as salas de aula. Existe também uma pequena extensão de terra onde se
desenvolvem projetos de ciências, p. ex: cuidados com terra, plantação de ervas
medicinais, temperos, flores, etc.
1.6- PERFIL DA COMUNIDADE
O Colégio Estadual Doutor Bayard Osna, está localizado no mais antigo bairro
do município de Fazenda Rio Grande, entretanto, continua sendo um bairro
periférico, com problemas sociais de toda ordem , principalmente os relacionados
com a segurança. No aspecto de urbanização, encontra-se próximo à escola um
grande número de botecos, mercearias, lojinhas, oficinas mecânicas, salão de
cabeleireiros, igrejas evangélicas e igrejas católicas. Os espaços culturais e de lazer
que existem no bairro são: uma praça pública com quadra poliesportiva, e terrenos
baldios que são utilizados para brincadeiras com bola.
As características gerais dos egressos são filhos de trabalhadores formais e
informais e de um grande número de desempregados, que moram em casas
alugadas, pagam lotes financiados, vivem em ocupações ou moram em terrenos
cedidos pela Prefeitura Municipal. Muitas famílias recebem ajuda do governo,
10participando de programas sociais como: PETI, Leite das Crianças, Bolsa Escola.
São famílias carentes das políticas públicas de assistência a saúde e a assistência
social, bem como, necessitam de boas escolas públicas.
Diante dessa realidade, enfrentar os problemas e os dilemas reais do
cotidiano da escola é uma empreitada que exige de todos os envolvidos, uma
capacidade reflexiva para identificar e solucionar os problemas pedagógicos
decorrentes da marginalização cultural dos alunos.
O trabalho educativo transformador é muito exigente. Pressupõe maior
esforço e dedicação de todos os envolvidos com o processo educativo,
principalmente o compromisso e a dedicação do professor pois é ele quem cria e
recria o vínculo libertador que propicia a autonomia do indivíduo. As armas de que
dispõe os educadores são prioritariamente aquelas fornecidas pelo conhecimento.
É através da “detenção do conhecimento produzido historicamente, que os
educadores na condição de intelectuais, poderão atuar como participantes dos
mesmos interesses emancipatórios da comunidade, fundamentados na ética, na
democracia e na justiça social, enquanto valores da vida humana que determinam o
eixo temático das políticas públicas.” (FREIRE,1996).
111.7- MATRIZ CURRICULAR
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
NRE: 03 – ÁREA METROP. SUL MUNICÍPIO: 0764 – FAZENDA RIO
GRANDE
ESTABELECIMENTO: 00261 – BAYARD OSNA, C E Dr. - E FUND E MÉDIO
ENT MATENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS/SÉRIES 1 2 3 4 5 6 7 8
BASE
NACIO NAL
COMUM
ARTE
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
2
3
3
1
3
3
4
4
2
3
3
1
3
3
4
4
2
4
3
3
3
4
4
2
4
3
3
3
4
4
SUB - TOTAL 23 23 23 23
L.E.M - INGLÊS 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
12ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
NRE: 03 – ÁREA METROP. SUL MUNICÍPIO: 0764 – FAZENDA RIO
GRANDE
ESTABELECIMENTO: 00261 – BAYARD OSNA, C E Dr. - E FUND E MÉDIO
ENT MATENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS/SÉRIES 1 2 3 4 5 6 7 8
BASE
NACIO NAL
COMUM
ARTE
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
2
3
3
1
3
3
4
4
2
3
3
1
3
3
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4
2
4
3
3
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4
4
2
4
3
3
3
4
4
SUB - TOTAL 23 23 23 23
L.E.M - INGLÊS 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
13ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
NRE: 03 – ÁREA METROP. SUL MUNICÍPIO: 0764 – FAZENDA RIO
GRANDE
ESTABELECIMENTO: 00261 – BAYARD OSNA, C E Dr. - E FUND E MÉDIO
ENT MATENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS/SÉRIES 1 2 3 4 5 6 7 8
BASE
NACIO NAL
COMUM
ARTE
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO RELIGIOSO
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
2
3
3
1
3
3
4
4
2
3
3
1
3
3
4
4
2
4
3
3
3
4
4
2
4
3
3
3
4
4
SUB - TOTAL 23 23 23 23
L.E.M - INGLÊS 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
14
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
NRE: 03 – ÁREA METROP. SUL MUNICÍPIO: 0764 – FAZENDA RIO
GRANDE
ESTABELECIMENTO: 00261 – BAYARD OSNA, C E Dr. - E FUND E MÉDIO
ENT MATENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS/SÉRIES 1 2 3 4 5 6 7 8
BASE
NACIO NAL
COMUM
ARTES
CIÊNCIAS
EDUCAÇÃO FÍSICA
FILOSOFIA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUA PORTUGUESA
MATEMÁTICA
QÍMICA
SOCIOLOGIA
2
2
2
2
2
2
4
3
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
2
3
2
2
2
2
2
3
3
2
2
SUB - TOTAL2
3
2
3
2
3
L.E.M – INGLÊS
L.E.M – ESPANHOL
2 2
2
TOTAL GERAL2
5
2
5
2
5
15
1.8 – CALENDÁRIO ESCOLAR 2010
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2. OBJETIVOS GERAIS
A sociedade brasileira está passando por intensas transformações
econômicas, sociais, políticas, culturais. Há novas exigências educacionais que
marcam o enfrentamento às diferenças culturais e as desigualdades sociais.
Segundo VEIGA (p.22), “... a escola é concebida como espaço social marcado pela
manifestação de práticas contraditórias, que apontam para a luta e/ou a
acomodação de todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico...”
Diante dessa realidade, a escola do século XXI deverá criar um ambiente
escolar capaz de “acolher” pedagogicamente a demanda de alunos de classes
sociais distintas. Embora a especificidade da escola, seja a universalização dos
conhecimentos científicos, a formação para a cidadania e o desenvolvimento das
capacidades intelectuais, vemos o discurso muitas vezes se distanciar da prática,
causando sérios entraves no sistema público de ensino.
Conforme CARRILHO(1995), é preciso ficar claro que só haverá mudança no
âmbito escolar quando a escola parar de camuflar a realidade social na qual está
inserida. É sabido que o próprio sistema escolar impede um processo educativo
adequado, desse modo as escolas devem realizar a sua finalidade, garantindo
qualidade do ensino e da aprendizagem a todos de maneira justa e igualitária. Para
que o fracasso escolar diminua significativamente a escola deve pesar e (re) pensar
a sua prática.
Nesse contexto é fundamental a construção coletiva do Projeto Político
Pedagógico no sentido de ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola e
criar um clima, onde os professores e equipe diretiva se sintam responsáveis pelo
desenvolvimento integral dos alunos, como diz ABRAMOVICK (1990), “...é preciso
preparar a pessoa para a vida e não para o acúmulo de informações...” , ou seja , é
preciso trabalhar o aluno como uma pessoa inteira, com sua afetividade, suas
percepções, sua expressão, seus sentidos, sua crítica e sua criatividade.
Educar não é uma tarefa fácil. Para tanto, é fundamental que o professor
acredite que o aluno é capaz de apropriar-se do conhecimento, entendê-lo, modificá-
lo e transformá-lo.
Assim, o professor deverá conduzir os conteúdos conforme a realidade da
17
sala de aula e de seus alunos, articulando a sua prática pedagógica às áreas do
conhecimento de maneira participativa, prazerosa e interativa. Pode-se dizer que o
sucesso do trabalho educativo dependerá em grande parte da adequação das
metodologias, das estratégias e dos encaminhamentos feitos pelo professor,
respeitando às características próprias de cada turma.
A função mediadora do professor deverá ser encarada como forma de
estimular o processo de ensino-aprendizagem, manifestando preocupações em
descobrir caminhos em direção a uma escola acolhedora, atuante, crítica e criativa.
O professor mediador permitirá que o aluno tome consciência de seu crescimento e
de suas necessidades, e ainda dará oportunidade de seu aluno aprender através da
dialética utilizando-se da maiêutica2 como processo de ensino-aprendizagem.
No entanto, o entendimento do “erro” com fundamento da aprendizagem,
deverá ainda ser avançado na escola, as ações muitas vezes se manifestam de
maneira excludente, classificatória e discriminatória, pois o “erro” do aluno é visto
como aspecto negativo, e não como tentativa de acerto. Deve-se ter claro que, o
“erro” no processo ensino-aprendizagem, cabe tanto ao aluno como ao professor,
pois ambos caminham lado a lado na construção do conhecimento, existindo a troca
constante entre professor e aluno, ambos aprendem juntos através da dialética.
É possível concluir, que se quisermos uma escola libertadora, “...é
absolutamente decisivo que os alunos assumam seu papel de sujeitos, que sejam
protagonistas de seu processo de educação, superando a longa tradição escolar que
tenta, de todas as formas, ainda que com a melhor das intenções, reduzi-los a
meros “receptáculos”, VASCONCELOS (2002). Assim, a sala de aula, espaço
privilegiado do processo educativo, transmuda-se em espaço político, subordinando
aquele a este, porém sem negá-lo. Nesse sentido, é preciso ter clareza, pois o
trabalho pedagógico em sala de aula se não tiver objetividade, é opressivo, a-político
e acrítico.
Além do trabalho em sala de aula, o professor deve ter bem claros os
objetivos contidos em seu planejamento escolar, onde o mesmo deverá conter os
conteúdos a serem trabalhados, os objetivos, as metodologias, os encaminhamentos
2 Maêutica “Arte de fazer os espíritos darem à luz: a maêutica designa o método pelo qual Sócrates levava seus interlocutores a descobrirem a verdade que trariam em si mesmo, sem saber”.
18
didáticos metodológicos, os critérios e os instrumentos de avaliação, recursos ,
referências bibliográficas, fontes de pesquisas, além dessas importantes
recomendações, o planejamento deverá ser compartilhado, ou seja, contemplar são
só as ações do professor, mas somar forças com as ações dos alunos e de toda a
equipe escolar, numa perspectiva democrática, portanto, participativa.
O Planejamento Participativo, segundo CORNELY (1986,p.23), “ (...)se
constitui num processo político, num contínuo propósito coletivo, numa deliberada e
amplamente discutida construção do futuro da comunidade, na qual participe o maior
número possível de membros de todas as categorias que a constituem(...)”, ou seja,
o Planejamento Participativo procura compreender o homem em sua realidade
pessoal em seu contexto sócio-histórico-político-cultural. Com isso o trabalho escolar
participativo, respeita o aluno em sua totalidade, através da ação conjunta de todos
os elementos envolvidos no processo – escola-família-comunidade-, educando-o
para a responsabilidade, para a reflexão crítica, para a mudança, para a criatividade
e para os demais aspectos que caracterizam a ação do homem no mundo moderno
dotado de desafios, exigências e tecnologias avançadas.
Partindo de uma concepção de educação humanística, libertadora e
progressista, o planejamento participativo, propõe que o professor, juntamente com
a equipe pedagógica, discuta os problemas comuns ao fazer pedagógico e construa,
a partir de um processo de trocas e buscas, o futuro da comunidade na qual estão
inseridos. Sendo assim, o desafio da escola é o de requerer que todos os elementos
envolvidos passem a agir não em função de seus interesses individuais e
particulares, mas em função da dignidade de cada ser humano, considerando-o
individualmente ou em grupo, compreendendo que a liderança múltipla é muito
comum em situações participativas e que o verdadeiro Planejamento Participativo,
exigirá dos diferentes líderes, humildade e respeito mútuo para evitar conflitos e
preferências irracionais, que terminariam por prejudicar todo o trabalho coletivo.
É ainda necessário considerar, que na medida em que decide, escolhe,
planeja e executa, o grupo se responsabiliza por seus atos e tende a realizá-los com
maior perfeição. Conseqüentemente, a comunidade é levada a tomar consciência de
suas necessidades e problemas, dialogar sobre eles para descobrir a melhor
solução, com criatividade e consciência.
19
3. MARCO SITUACIONAL
Há cinco séculos a sociedade brasileira vem se transformando. Ela nasceu
duplamente explorada. Primeiramente organizou-se sob uma economia agrária,
latifundiária e escravista que assumiu a tarefa de enriquecer e fazer progredir as
economias externas fazendo avançar o capitalismo em âmbito internacional.
Socialmente conviveu com a mais desprezível forma de exploração do homem, a
escravidão, que perdurou por quatro séculos! Assim, o Brasil vem se constituindo
historicamente por diferentes formas de subordinação e por uma brutal desigualdade
social que perdura até os dias de hoje. Na educação não poderia ser diferente.
A história mostra que desde a colonização, os princípios doutrinários e os interesses
econômicos, políticos e sociais da classe dominante constituem as bases que
fundamentam a educação pública.
A educação sempre esteve a serviço do interesse da elite, principalmente
para recuperar a economia, cuja finalidade é manter e enriquecer os ricos e
poderosos. Pode-se dizer que ainda não temos uma política educacional definida, ou
seja, os impactos das transformações nos sistemas de ensino e nas escolas
alteravam significativamente o perfil de formação geral e profissional dos alunos e de
professores, além das mudanças nos currículos e nas formas de gestão.
Mesmo a Constituição Federal no Art. 208 com a Emenda Constitucional nº
59/2009 determinarem a obrigatoriedade escolar dos quatro aos dezessete anos,
ainda hoje existe 4% de crianças fora da escola, isso representa milhões de
crianças, sem considerar que mais de 25%, são expulsos do processo através de
reprovação e da evasão escolar - como já comentado - ou são promovidos por
projetos de aceleração de estudos, contribuindo dessa forma para engrossar as
estatísticas de analfabetos funcionais.
Conforme dados apresentados por OLIVEIRA (2005), pode-se identificar que
no Brasil, “apesar do aumento expressivo do número de matrículas na etapa
obrigatória de escolarização, chegou-se ao final da década de 1980 com uma taxa
expressiva de repetência: de cada 100 crianças que ingressavam na 1ª série, 48
eram reprovadas e duas se evadiam ( Brasil, Ministério da Educação, 1998), o que
evidenciava a baixa qualidade da educação oferecida à população brasileira”.
20
No Paraná, a oferta do Ensino Fundamental, atinge, atualmente, cerca de
98% da população em idade escolar. Embora estes dados sejam importantes, a
garantia do acesso não é suficiente. Faz-se necessário viabilizar a permanência
dessas crianças e jovens na escola fundamental. Infelizmente, os números têm
revelado que um percentual de 4,2 % de crianças e jovens não tem conseguido
manter-se na escola, outros 12,85 % permanecem na escola durante todo o ano
letivo, todavia tem como resultado final a reprovação.
Quanto ao rendimento escolar, pode-se observar que, em 2002, o número de
alunos aprovados foi de 1.429.962; de reprovados 191.915; de desistentes 440.079
e 838.713 concluintes do Ensino Fundamental Regular.
Estes dados demonstram que no Paraná, a cada ano, aproximadamente 130
mil alunos da rede pública estadual são desistentes e reprovados. Diante deste
quadro há que se ter um enfrentamento, tendo em vista a necessidade de criar
condições de aprendizagem para que as crianças e jovens, que freqüentam a escola
pública, possam exercer a sua cidadania. Isso exige do coletivo da escola e
principalmente, dos professores, a compreensão de que o ponto de partida é a
apropriação do conhecimento historicamente produzido.
A partir desse diagnóstico, a escola, por meio da relação que os professores
estabelecem com o conhecimento e com os seus alunos, nas múltiplas situações de
aprendizagem, deve criar condições para o educando vencer obstáculos e ampliar a
sua leitura de mundo. Nela, os educandos precisam (re)descobrir a paixão pelo
conhecimento, pelo aprender, bem como entender que o conhecimento é uma
produção humana que resulta do trabalho da coletividade e é historicamente
construído. Portanto, pode ser revisto, enriquecido, questionado, transformado pelas
múltiplas relações e tensões políticas, econômicas, sociais e culturais.
A Constituição Federal, em seu Artigo 205, estabelece que “ a educação um
direito de todos,dever do estado e da família. Será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. A partir desse
princípio legal, é garantido o acesso à educação a todas as pessoas,
independentemente das condições de gênero, etnia, idade ou classe social.
Portanto, esse acesso à escola implica a apropriação do saber e as oportunidades
21
educacionais com vistas a atingir as finalidades da educação.
As análises de dados e dos números de alunos aprovados, reprovados,
desistentes, do Colégio Estadual Dr. Bayard Osna, suscitaram uma reflexão a
respeito das causas e das conseqüências da reprovação e da evasão escolar de
nossos alunos.
Em 2008 no ensino fundamental tivemos 76,2% de aprovação, 18,8% de
reprovação e 5% de taxa de abandono. No Ensino Médio tivemos 58,8% de
aprovação, 20,3% de reprovação e 21,2% de taxa de abandono.
No ano de 2009 no ensino fundamental tivemos 81,44% de aprovação, 15,0%
de reprovação e 3,52% de taxa de abandono. No Ensino Médio tivemos 81,7% de
aprovação, 6,9% de reprovação e 11,4% de taxa de abandono.
Segundo os professores, isso se deve a vários fatores sociais e educacionais,
como: gestão; equipe pedagógica; metodologia do professor; falta de recursos
didáticos pedagógicos, exploração do trabalho infantil, influências negativas que
ficam no entorno da escola; ameaças e violência urbana. Neste contexto, comprova-
se a necessidade de constantemente repensar a proposta curricular, especialmente
as metodologias de ensino, os critérios e os recursos de avaliação, bem como, as
reais finalidades da escola pública.
Embora as reformas educacionais sejam pautas de discussões nos campos
político e econômico, ainda há muito a ser feito pela educação pública. Não é
novidade a denúncia de que a escola precisa mudar. E o desafio implica alterar
concepções enraizadas e, sobretudo enfrentar e superar a cultura escolar existente
há séculos.
Neste contexto, é praticamente impossível mudar a prática de sala de aula
sem vinculá-la a uma proposta conjunta de escola, a uma leitura da realidade, à
filosofia educacional, às concepções de sociedade, de homem, currículo,
planejamento,disciplina, avaliação e de concepção de gestão.
A escola não muda a sociedade, mas pode através da postura crítica e
reflexiva de seus atores articular os conteúdos escolares de maneira a oferecer aos
alunos a compreensão da realidade e oportunizá-los e apropriar-se de instrumentos
para mudar sua própria vida.
Nessa perspectiva, os problemas da educação, para serem resolvidos, não
22
dependem somente da solução das questões de ordem econômica e política, mas
que se tomem posição crítica diante deles agindo coletiva e organizadamente contra
tal situação.
3.1 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES E
FUNCIONÁRIOS
No processo de transformação da escola e da realidade, todos os
profissionais envolvidos com a tarefa educativa, direta e indiretamente - professores,
pedagogos, direção, alunos, funcionários, pais, autoridades, comunidade local - têm
um papel importante a desempenhar como agentes de mudança do ensino.
Diante da profunda crise de sentido em que vive atualmente a sociedade,
particularmente, o aluno que se questiona, (“Estudar para quê?”) e o professor que
se pergunta, (“O que é que estou fazendo em sala de aula?”), é urgente repensar o
papel do professor como coordenador do processo ensino- aprendizagem, bem
como sua formação inicial e continuada. Para exercer com competência o seu papel,
o professor deve estar bem preparado, isso significa que ele deve estar
constantemente se qualificando para exercê-la.
Os cursos de formação inicial têm um papel muito importante na construção
dos conhecimentos, atitudes e convicções dos futuros professores necessários à
sua identificação com a profissão. Mas é na formação continuada que essa
identidade se consolida, uma vez que ela pode desenvolver-se no próprio trabalho.
Ela visa o desenvolvimento pessoal e profissional mediante práticas de envolvimento
dos professores na organização da escola, na organização e articulação do
currículo, nas atividades de assistência pedagógica, junto com o pedagogo, nas
reuniões pedagógicas e nos conselhos de classe, etc. Conforme CHRISTOV(1998):
“A Educação Continuada se faz necessária pela própria natureza do saber e
fazer humanos como práticas que se transformam constantemente. A
realidade muda e o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e
ampliado sempre. Dessa forma, um programa de educação continuada se
faz necessário para atualizarmos nossos conhecimentos, principalmente
para analisarmos as mudanças que ocorrem em nossa prática, bem como
23
para atribuirmos direções esperadas a essas mudanças (CHRISTOV apud
LIBÂNEO).
No Colégio Estadual Doutor Bayard Osna a formação inicial dos professores
respeita as especificidades das disciplinas das quais lecionam. Quanto à formação
continuada, os professores participam de cursos ofertados pela SEED, grupos de
estudos, leituras e discussões de textos nos momentos de hora atividade, bem
como, debates de assuntos pertinentes à realidade da escola, como: avaliação,
disciplina, metodologia, conteúdos curriculares, bem como, palestras, congressos,
cursos, considerados muitos importantes pela equipe escolar.
Quanto a formação inicial e continuada dos agentes educacionais, está
intimamente ligada no processo histórico educacional que passa pela história da
educação.
Embora a formação continuada dos funcionários, seja uma prática recente, há
uma crescente preocupação com sua formação e valorização. Isso se percebe
através da oferta de concursos públicos e da participação em momentos específicos
de estudos e reflexões sobre temas sugeridos inicialmente pela SEED, como o
estudo do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Projeto Político Pedagógico,
e leitura, debates de acordo com a necessidade educativa da escola.
3.2 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO
A organização escolar constitui-se numa prática educativa, ou seja, as
pessoas podem mudar aprendendo com a organização e a organização também
pode mudar aprendendo com as pessoas. Isso significa construir a cultura da escola
a partir dos valores, práticas e comportamentos das pessoas que nela trabalham e
convivem. Entender a organização escolar como cultura, significa dizer que ela é
construída pelos seus próprios membros que tanto podem criar um espaço de
trabalho produtivo e até prazeroso ou um espaço hostil estressante.
Segundo (ABDALLA apud LIBÂNEO), sobre o papel da escola como
contexto de ação e de formação continuada do professor aponta como a cultura
interna da escola influi no desenvolvimento pessoal e profissional do professor
(positivamente ou negativamente).Essa cultura escolar, afirma Abdlla, seria o
24
espaço de possibilidades de mudança, onde os professores vão tornando
conscientes suas necessidades subjetivas, intersubjetivas e objetivas, podendo
produzir conjuntamente sua profissionalidade.
A organização desse espaço implica a criação de lugares e tempos que
incentivem as trocas de experiências entre todos os envolvidos no processo de
modo a se implantar uma cultura colaborativa.
A cultura colaborativa será a síntese dos elementos que asseguram a relação
entre a organização escolar e o desenvolvimento pessoal e profissional dos
professores: o projeto pedagógico-curricular, a gestão, a organização do currículo e
a formação continuada.
Cabe destacar que valoriza-se as diferentes formas de trabalho no interior da
instituição de ensino. No entanto, há de se considerar a importância e a garantia do
espaço e do tempo destinados às reuniões pedagógicas. Ela é fundamental para
despertar e/ou enraizar a nova postura educativa. É neste espaço que a unidade
entre o sujeito da ação e o da reflexão, coletivamente trocam de experiência, partilha
de dúvidas, inquietações, angústias, partilha de esperanças e práticas. Além de
desenvolver atitudes de cooperação e co-responsabilidade, avaliar o trabalho e (re)
planejar.
3.3 EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS
O novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a re-
estruturação do sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento,
vêm pressionando as instituições escolares a repensar seu papel, suas finalidades
e objetivos, bem como, a aquisição e o uso de equipamentos físicos e pedagógicos.
Já não se concebe numa escola, por exemplo, o uso da máquina de escrever como
instrumento de trabalho de professores, alunos e funcionários.
Segundo (LIBÂNEO, 2001), “a escola necessária para fazer frente a essas
realidades é a que provê formação cultural e científica, que possibilita o contato dos
alunos com a cultura provida pela ciência, pela técnica, pela linguagem, pela
estética, pela ética. Especialmente, uma escola de qualidade é aquela que inclui,
uma escola contra a exclusão econômica, política, cultural, pedagógica”.
25
Diante disso, a escola deve preparar o aluno para o mundo tecnológico e
comunicacional, ou seja, a escola precisa torná-lo capaz de interferir criticamente na
realidade para transformá-la e não apenas para integrar-se ao mercado de trabalho.
Após esta pequena introdução, apresentamos os equipamentos físicos e
pedagógicos de que a escola dispõe para realizar o seu trabalho pedagógico, bem
como, os objetivos pretendidos com o seu uso.
A biblioteca é utilizada pelos alunos e pelos professores para leituras,
pesquisas e estudos, com o objetivo de desenvolver nos alunos, as habilidades de
leitura , de pesquisa e contribuir com a formação geral .
Os laboratórios de ciências e informática são espaços com objetivo de
instigar a pesquisa e a produção de novos conhecimentos, através dos processos de
ensino e aprendizagem.
Equipamentos como a TV Pen Drive, o DVD, o vídeo, o rádio, o Data Show,
são recursos pedagógicos muito utilizados pelos professores para desenvolver
aulas mais dinâmicas, possibilitando o debate crítico sobre os mais variados
assuntos.
3.4 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA
As escolas são organizações educativas que têm tarefas sociais e éticas bem
definidas. Para atingir seus objetivos sócio-educacionais, a escola precisa criar e
desenvolver uma cultura e uma estrutura organizacional que permita um
relacionamento confiável, previsíveis e justos entre todos os envolvidos.
“Sem confiança, desentendimentos rotineiros são interpretados como
traições; ordens simples se tornam expressões ríspidas; os planos mais
bem concebidos fracassam. Sem confiança, os indivíduos tomam como
pessoais as críticas e buscam esconder os pontos fracos em seu
desempenho. Sem confiança, a comunicação se torna pouco objetiva, vaga
e defensiva, na medida em que os indivíduos brigam sobre questões que
devem ser abertamente discutidas, caso a organização deseje ser eficaz.
Sem confiança, assumir riscos, buscar inovações e ter criatividade são
ações sufocadas”. (CULBERT e McDONOUGH apud LÜCK).
26
A confiança é assim, o “cimento” fundamental que mantém uma organização
unida, facilitando a boa comunicação, corrigindo ações, possibilitando o atendimento
de objetivos e criando as condições para o sucesso organizacional. Outro fator
considerado importante numa instituição escolar é a participação. O conceito de
participação se fundamenta no de autonomia, que significa a capacidade das
pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprios , isto é, de conduzirem
sua própria vida.
A autonomia se opõe às formas autoritárias de tomada de decisão. Portanto,
“um modelo de gestão democrática-participativa tem na autonomia um dos seus
mais importantes princípios, implicando a livre escolha de objetivos e processos de
trabalho e a construção conjunta do ambiente de trabalho”. (LIBÂNEO,2001)
Quanto a participação dos professores e dos pais na vida escolar, ocorre de
uma forma delegada na APMF, no Conselho de Escola, na eleição de diretores, nas
reuniões, na entrega de boletins e sempre que sentirem necessidades de
esclarecimentos referentes a questões educativas.
Ainda se faz necessário fortalecer a democracia no ambiente de trabalho
bem como, compartilhar objetivos comuns através do diálogo, da participação e da
confiança, principalmente, buscando estabelecer na escola e na comunidade um
sentido comum, de cumplicidade, no desenvolvimento dos objetivos educacionais.
3.5 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS
O ART.12 da LDB, Lei nº. 9394/96, inciso V, incumbe aos docentes “ministrar
os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional”. Mas para que a escola cumpra com este disposto se faz necessário
uma estrutura que assegure o cumprimento das atribuições de cada membro da
equipe.
É indispensável para o funcionamento da escola, a organização e a
distribuição de turmas, levando-se em conta o espaço físico e a faixa etária dos
alunos.
Um importante aspecto da organização escolar é o regime de trabalho diário,
27
expresso no horário escolar. Sua função essencial é a de distribuir racionalmente as
atividades da escola pelos dias da semana. Implica a distribuição de disciplinas com
sua carga horária correspondente e as horas atividades.
Os critérios adotados pela escola para distribuir as aulas respeitam a
classificação de concurso público, especialização, a competência e o perfil do
professor. Quanto a organização das turmas considera-se, idade-série e o número
de alunos por turma.
A hora/atividade é um direito do professor previsto em lei. Este momento é
utilizado pelos professores com disciplinas afins e equipe pedagógica para a
correção de provas, elaboração do plano de trabalho docente, organização do
Registro de Classe e estudos.
Do ponto de vista pedagógico, muitas são as necessidades de mudança no
cotidiano escolar, a organização da hora/atividade é uma delas.
O compromisso da equipe com a transformação das condições objetivas de
trabalho é fundamental para a prática consciente na hora atividade. A organização
escolar deve ter: objetivos comuns e compartilhados, buscar o envolvimento da
equipe de profissionais com esses objetivos, contar com uma estrutura
organizacional em que as responsabilidades estejam muito bem definidas, dispor de
várias formas de comunicação entre a organização e as pessoas para uma atuação
conjunta em torno de objetivos comuns.
Cabe, ao educador, construir sua identidade profissional, com clareza política
de suas implicações, pois o exercício da cidadania está carregado de
responsabilidades sociais, o que torna necessário à coerência entre os marcos
teóricos e a sua prática educativa. Entendendo que a hora/ atividade é o tempo para
ele refletir, estudar e preparar as aulas.
A luta pela escola pública de qualidade requer um professor compromissado
com a transformação desta e da realidade social mais ampla, responsável pela
formação política, científica e técnica do aluno, afim de ajudá-lo a construir-se como
sujeito social.
As análises de dados e dos números de alunos aprovados, reprovados,
desistentes, do Colégio Estadual Dr. Bayard Osna, suscitaram uma reflexão a
respeito das causas e das conseqüências da reprovação e da evasão escolar de
28
nossos alunos.
Em 2008 no ensino fundamental tivemos 76,2% de aprovação, 18,8% de
reprovação e 5% de taxa de abandono. No Ensino Médio tivemos 58,8% de
aprovação, 20,3% de reprovação e 21,2% de taxa de abandono.
No ano de 2009 no ensino fundamental tivemos 81,44% de aprovação, 15,0%
de reprovação e 3,52% de taxa de abandono. No Ensino Médio tivemos 81,7% de
aprovação, 6,9% de reprovação e 11,4% de taxa de abandono.
No ano de 2010 no ensino fundamental tivemos 77,83% de aprovação,
16,58%de reprovação e 5,58% de abandono. No Ensino Médio tivemos 72,46% de
aprovação, 8,21% de reprovação e 19,32% de abandono.
Considerando a análise dos dados, é necessário que a comunidade escolar a
cada início de ano letivo tenha o compromisso de refletir coletivamente a prática
pedagógica desenvolvida, com vistas ao aprimoramento do processo ensino
aprendizagem e dos resultados obtidos nos anos anteriores, traçando ações que
superem os índices atuais da escola.
4. MARCO CONCEITUAL
O processo educativo sempre se encarregou de difundir os valores sobre os
quais se estruturava a sociedade em que estava inserido: assim sendo, na Grécia de
Péricles, o ideal era a formação do cidadão consciente e participante da
administração de sua cidade-estado; na Roma dos césares, almejava-se formar o
político loquaz e o bravo guerreiro; durante a Idade Média, a meta era a formação do
homem moralmente íntegro e do cristão temente a Deus; por ocasião da revolução
comercial e, posteriormente, industrial, nas sociedades que sofrem de forma mais
aguda e intensa o impacto dessa fase, propunha-se formar o burguês dotado de
iniciativa e senso comercial. E assim foi ao longo dos séculos: cada sociedade e
cada época histórica, de acordo com os valores sobre os quais se alicerçava, tinham
um ideal de homem a ser formado. E a escola, agência dessa sociedade, se
encarregava de cumprir esse ideal.
Mas, que ideal de homem, a escola quer formar para o século XXI? Esta é a
29
questão fundamental, para a qual precisamos encontrar uma resposta urgente.
Enquanto não se souber que tipo de ser humano precisa ser formado para atuar
nesta sociedade, qualquer tentativa de reformular a escola, seja definindo objetivos
e programando conteúdos, seja criando novas técnicas, será em vão, pois o que
está sendo questionado não é o como educar, mas o para que educar. Em outras
palavras, o que está em jogo é o próprio sentido da educação.
Definir o tipo de homem que a escola deverá formar não é uma tarefa fácil,
pois nem a sociedade organizada apresenta claramente, o seu protótipo de homem.
Não obstante, esta mesma sociedade que se proclama portadora de valores
humanísticos, seus valores reais são bem outros: o progresso material é mais
importante que o desenvolvimento dos padrões culturais e espirituais. Em outras
palavras, acima do homem está o dinheiro; mais vale ter do que ser. O que significa
que o homem é medido, avaliado e julgado pelo que aparenta e pelo que tem, e não
pelo que realmente é. Portanto nossa sociedade tenta camuflar seus reais valores
através do pedestal em que ostenta a bandeira do humanismo.
É este choque de valores que atinge a escola. Portanto, a crise da educação
não é de natureza metodológica, nem financeira. É antes de tudo, de caráter
filosófico. Como toda pedagogia supõe uma filosofia, pode-se afirmar que o que está
em crise, é a própria Filosofia, isto é, a própria concepção de homem, de mundo, de
vida.
Diante da situação conflitante e de valores tão contraditórios, cabe a nós
educadores, traçar o rumo a seguir e encontrar a melhor forma de agir para a
consecução do ideal a ser atingido. Assim, antes de entrar em sala de aula, o
professor deve pensar o que quer que seus alunos se tornem? Burocratas,
tecnocratas, executivos, operários, homens de negócios bem sucedidos, enfim, o
homem-máquina nas suas várias modalidades, que corre pelas ruas e pelas
empresas, sempre em ritmo acelerado, em busca de dinheiro, da ascensão social,
do progresso apenas material? O homem que pesa a si e aos outros na balança do
ter, e julga a si próprio e aos outros pelo prisma da aparência, formando estereótipos
rígidos, que se vão cristalizar em preconceitos? Ou formar o indivíduo sadio, tanto
física quanto psicologicamente, que esteja em harmonia consigo próprio e com a
natureza, que demonstre equilíbrio interior, ponderado, que respeite o próximo, que
30
seja cidadão participante, conhecedor e consciente de seus direitos e deveres,
dotado de senso crítico e capacidade de auto-análise para poder reconhecer suas
próprias falhas e avaliar as experiências que vivencia, tendo em vista o
aperfeiçoamento constante e portador de espírito construtivo e senso de
responsabilidade pelos destinos da humanidade?
Ao fazer esta escolha, o professor estará simplesmente demarcando seus
próprios valores, os quais condicionarão sua forma de agir dentro e fora da sala de
aula, consciente ou inconscientemente, sendo que todas as suas atitudes serão
reflexos destes valores. Isso significa dizer que cada educador carrega sobre os
ombros a responsabilidade desta escolha.
Disso resulta que a consideração acerca da educação como um fenômeno
humano nos remete a uma análise, ainda que sumária, do homem. Sobre a
concepção de homem, Paulo Freire diz que:
“não pode haver uma teoria pedagógica, que implica em fins e meios da
ação educativa, que esteja isenta de um conceito de homem e de mundo.
Não há, nesse sentido, uma educação neutra. Se, para uns, o homem é um
ser da adaptação ao mundo, sua ação educativa, seus métodos, seus
objetivos, adequar-se-ão a essa concepção. Se, para outros, o homem é um
ser de transformação do mundo, seu que fazer educativo segue outro
caminho.(...) Se o encararmos como pessoa, nosso quefazer será cada vez
mais libertador”.(Paulo Freire apud Haydt).
Conscientes de que a produção e a difusão de conhecimento constituem o
modo mais promissor para a obtenção de subsídios capazes de operar as mudanças
desejáveis por todos, cabe à escola como espaço social, trabalhar para a formação
do cidadão crítico, capaz de transformar o mundo em busca da qualidade de vida,
respeitando todos os aspectos da vida em sociedade.
Assim, a educação escolar tem a tarefa de promover a apropriação de
saberes, procedimentos, atitudes e valores por parte dos alunos, pela ação
mediadora dos professores e pela organização e gestão da escola.
Com isso é possível afirmar que, educar e ensinar, então não significa
esquecer o conhecimento sistemático e científico, mas engrandecê-lo e dar-lhes
objetividade, sendo esses, formadores de competentes cidadãos. Esses
31
competentes cidadãos devem dominar a leitura, a escrita e as diversas formas de
linguagens, se inserindo na sociedade, de saber tomar decisões e solucionar
positivamente os problemas e as crises, saber analisar, sintetizar e interpretar
dados, fatos e situações para participar da vida ativa na sociedade global.
Mas, para formar esse cidadão, a escola precisa sistematizar o conhecimento
(saber) acumulado pelo homem através das gerações. Para tanto, precisamos
entender como se processa e se manifesta o conhecimento.
Dá-se o nome de conhecimento à relação que se estabelece entre um sujeito
cognoscente e um objeto. Assim, todo conhecimento pressupõe dois elementos: o
sujeito que quer conhecer e o objeto a ser conhecido, que se apresentam frente a
frente, dentro de uma relação. Isso equivale a dizer que conhecimento é o ato, o
processo pelo qual o sujeito se coloca no mundo e, com ele, estabelece uma
ligação.
Só há saber para o sujeito cognoscente se houver um mundo a conhecer,
mundo este do qual ele é parte, uma vez que o próprio sujeito pode ser objeto de
conhecimento.
Nesta perspectiva, a prática educativa escolar dependerá, em grande medida,
da concepção de currículo que se tem, pois ele é a espinha de sustentação do
trabalho pedagógico, uma vez que toda “proposta supõe sempre a escolha de
determinados conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais”, do imenso
patrimônio cultural da humanidade. ( VASCONCELLOS, 2000).
O Projeto Político Pedagógico define os objetivos políticos da ação, assim
como as linhas mestras a serem seguidas: o planejamento curricular; o plano de
trabalho docente. Do Projeto Pedagógico da instituição escolar dependerá a
perspectiva do currículo da escola, e de ambos dependerá o planejamento de ensino
dos professores em suas áreas ou disciplinas.
Assim, quanto aos currículos do ensino fundamental e médio, nas disposições
gerais sobre a Educação Básica, no ART. 26, parágrafos 1º e 2º , do texto da Lei nº
9394/96, observa-se que os currículos devem ter uma base nacional comum , a ser
complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigidas pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura e da economia.
32
Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da
quinta, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará
a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.
O ART. 27, estabelece as diretrizes para os conteúdos curriculares da
educação básica:
A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres
dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
I. Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
II. Orientação para o trabalho;
III. Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-
formais.
É por meio dos conteúdos que se transmite e se assimila conhecimentos, mas
é também por meio do conteúdo que praticamos as operações cognitivas,
desenvolvemos hábitos e habilidades e trabalhamos as atitudes. “(...) Convém
lembrar que o conteúdo abrange a organização do conhecimento e também das
experiências educativas no campo desse conhecimento. Quanto à organização do
conhecimento, refere-se às informações, aos dados, aos conceitos, aos princípios e
às generalizações acumuladas pela experiência do homem e que são transmitidas
ao aluno. As experiências educativas referem-se ao próprio aluno que poderá
vivenciar em torno desses conhecimentos(...) Esses conteúdos não se esgotam
apenas com informações a respeito de tal realidade.
O ensino é, portanto, a transmissão intencional e sistemática de conteúdos
culturais e científicos, que constituem um patrimônio coletivo da sociedade. Esses
conteúdos são selecionados tendo em vista seu valor formativo e instrumental e sua
ligação com a realidade social.
A escola ao desenvolver sua prática educativa deve oferecer e utilizar as
ferramentas do conhecimento com criticidade, dando sentido às práticas mediadoras
da existência real, uma vez que, pelo uso adequado do conhecimento, o homem tem
a possibilidade de situar-se no espaço social e no tempo histórico, compreendendo
sua inserção no tríplice universo do trabalho, da sociabilidade e da cultura simbólica.
Para que a escola cumpra efetivamente com a sua função social e sua
33
especificidade - ensino/aprendizagem - é relevante considerar o ato de avaliar no
cotidiano da sala de aula, bem como, a avaliação Institucional e a avaliação do
Projeto Político Pedagógico em todos os seus aspectos funcionais, legais e
pedagógicos.
O ato de avaliar na vida cotidiana se dá, permanentemente, pela unidade
imediata de pensamento e ação. Ao fazer um juízo visando a uma tomada de
decisão, o homem coloca em funcionamento seus sentidos, sua capacidade
intelectual, suas habilidades, seus sentimentos, paixões, idéias e ideologias.
Nessas relações estão implícitos não só os aspectos pessoais dos indivíduos,
mas também aqueles adquiridos em relações sociais.
Ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos
da vida humana, está admitindo que ele também está presente em todos os
momentos vividos em sala de aula. Alunos e professores estão permanentemente
avaliando a tudo e a todos.
Quanta a avaliação da aprendizagem, (KENSKI apud VEIGA) diz que a
avaliação efetiva vai se dar durante o processo, nas relações dinâmicas de sala de
aula, que orientam as tomadas de decisões frequentes, relacionadas ao tratamento
do conteúdo e à melhor forma de compreensão e produção do conhecimento pelo
aluno.
Para que isso ocorra, faz-se necessário que o professor esteja
permanentemente atento às alterações de comportamento dos alunos; que haja um
clima favorável à participação de todos em sala de aula; que os alunos não se
sintam reprimidos e possam manifestar suas dúvidas, inquietações e
incompreensões quanto ao que está sendo aprendido.
É nas relações cotidianas entre professor e aluno que vai se dar a
aprendizagem. Dessa interação vão surgir condições mais efetivas para que ambos
possam ser capazes de se avaliar, de avaliarem o conteúdo em questão e de
tomarem decisões quanto ao prosseguimento do processo ensino-aprendizagem.
Parceiros na dinâmica da sala de aula, professor e aluno devem participar de
todo o processo de avaliação. Nesse processo não devem estar em julgamento
apenas o grau de aprendizagem alcançado pelo aluno, mas também muitos outros
questionamentos. Precisa ocorrer durante o processo a auto-avaliação, de cada uma
34
das partes, a avaliação da forma como o conhecimento vem sendo ensinado-
aprendido, dos recursos que estão sendo utilizados e dos critérios que estão
orientando a aprendizagem e que é possível alterar de acordo com as novas
necessidades sentidas pelo grupo.
A auto-avaliação nesse contexto passa a ter uma grande importância. A
opção por um ensino transformador leva a que o aluno precise ter oportunidades de
desenvolvimento de sua capacidade crítica e, para isso, é importante que ele tenha
condições não só de criticar o que lhe é externo. Que essa capacidade se volte
para dentro de si mesmo nas suas relações com o conhecimento e com os outros,
através da autocrítica, na auto-avaliação.
Da mesma forma, a auto-avaliação efetuada pelo professor é o seu momento
de reflexão mais intensa, de encontro com suas verdades, o seu conhecimento e a
realidade, caracterizada então pela sua prática com um determinado grupo de
alunos. É o seu momento de questionamento, de desorganização e reorganização.
Não há necessidade de se instituir momentos formais para a realização de tais
atividades. Elas devem se dar em meio às práticas do cotidiano da sala de aula, em
momentos que a especificidade da matéria, do grupo de alunos e do professor é que
pode determinar.
Segundo LUCKESI (2003), o ato de avaliar na escola implica na “disposição
de acolher a realidade como ela é”. Isso significa a possibilidade de tomar uma
situação da forma como se apresenta, seja ela satisfatória ou não. Acolhê-la como
ela está, é o ponto de partida para se fazer qualquer coisa que possa ser feita com
ela. Avaliar um educando implica, antes de qualquer coisa acolhê-lo no seu ser e no
seu modo de ser, para então, a partir daí, decidir o que fazer. Para que a avaliação
se torne um instrumento subsidiário significativo da prática educativa, é importante
que tanto a prática educativa quanto a avaliação seja conduzida com um
determinado rigor científico e técnico e principalmente, respeitando a concepção de
educação definidas no Projeto Político Pedagógico.
Sobre isso HOFFMANN (2001), diz que os alicerces da avaliação são os
valores construídos por uma escola: que educação pretendemos? Que sujeito
pretendemos formar? O que significa aprender, nesse tempo, nessa escola, para os
alunos que acolhemos, para o grupo de docentes que a constituem? Qual a
35
natureza ético-política de nossas decisões?
O Conselho de Classe é o “momento é o espaço de uma avaliação
diagnóstica da ação pedagógica-educativa da escola, feito pelos professores e pelos
alunos (em momentos distintos, às vezes), à luz do Marco Operativo da Escola”.
(DUTRA,1986).
Um dos maiores desafios, do ponto de vista da prática pedagógica, é realizar
um trabalho que tenha um significado relevante tanto para o professor quanto para
os alunos. A Equipe Pedagógica tem um papel fundamental e muito importante
como elemento que ajuda o grupo de professores a pensar o aluno como um todo e
não reduzi-lo apenas a um produtor/reprodutor de conteúdos programáticos.
Seria muito positivo que o professor pudesse sentir a Equipe pedagógica
como autêntica aliada nesta tentativa de alterar a prática e não como elemento de
controle e fiscalização, pois, ela tem por função articular todo o trabalho formal e
burocrático. É importante refletir sobre a diferença entre acompanhar que é uma
necessidade e fiscalizar que é colocar-se fora e acima do processo.
No cotidiano da escola, percebe-se que as grandes dimensões do
planejamento (realidade, finalidade, plano de ação, ação, avaliação), costumam se
traduzir para o professor em preocupações como o quê vai se ensinado (conteúdo),
como vai ser trabalhado (metodologia), porquê (necessidade) e para quê vai ser
trabalhado (finalidades) e como vai se saber se os alunos estão assimilando ou não
o que fazer diante disto (avaliação).
Ocorre que, para alguns professores, a forma de trabalho, por exemplo, é tão
familiar que não sentem necessidade de discutir com os colegas ou colocar no
papel. Aí entra a mediação da equipe, resgatando a dimensão coletiva do trabalho
educativo e a necessidade da explicitação para comunicação e interação entre os
pares e com o Projeto da escola; além disto, ao explicitar, o professor pode se
apropriar com mais rigor de sua prática, possibilitando a tomada de consciência da
necessidade de aperfeiçoamento.
A maneira de se fazer o plano pode ser fruto de uma aprendizagem coletiva,
através da troca de experiência e de uma reflexão crítica e solidária sobre as
diferentes práticas.
É preciso compreender onde é que o grupo está, quais suas necessidades.
36
Ou seja, na busca de mudança do processo de planejamento, o ideal é a equipe
construir junto a proposta.
O planejamento define os meios e os resultados a serem atingidos, a
execução constrói os resultados e a avaliação serve de instrumento de verificação
dos resultados planejados, assim como fundamenta as decisões que devem ser
tomadas para que os resultados sejam construídos.
Nesta perspectiva, a democratização da escola pública e a socialização do
saber elaborado, deverão estar articulados a uma concepção democrática de
gestão.
A participação é o principal meio de se assegurar a gestão democrática da
escola, pois possibilita o envolvimento de todos os profissionais – professores,
funcionários - , pais e comunidade na tomada decisões e no funcionamento da
organização escolar. Todavia, é preciso considerar que, “ a participação implica
processos de organização e gestão, procedimentos administrativos, modos
adequados de fazer as coisas, a coordenação, o acompanhamento e avaliação das
atividades, a cobrança das responsabilidades. Ou seja, para atingir os objetivos de
uma gestão democrática e participativa e o cumprimento de metas e
responsabilidades decididas de forma colaborativa e compartilhada, é preciso uma
mínima divisão de tarefas e a exigência de alto grau de profissionalismo de todos”.
(LIBÂNEO, 2001).
Cabe ressaltar, finalmente, que a prática da participação nos processos de
gestão, por si só, não esgota as ações necessárias para que seja assegurada a
qualidade do ensino. Tanto quanto os vários elementos do processo organizacional,
e como um dos elementos deste, a participação é um meio de alcançar melhor e
mais democraticamente os objetivos da escola, que se centram na qualidade dos
processos de ensino e aprendizagem.
4.1. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A Educação Especial é uma área relativamente nova, foi sistematizada em
meados do século XX e, apenas na década de 1960, passou a integrar a
organização das Secretarias de Educação como parte integrante da estrutura e
37
funcionamento dos sistemas de ensino, e no Paraná teve inicio em 1963.
Esse marco histórico guarda um significado para a compreensão atual da
Educação Especial, já que as concepções sobre a natureza do atendimento
realizado até então esta relacionada a uma complexa luta de interesses decorrentes
das transformações políticas e econômicas por que passaram as diversas
formações sociais.
Deve-se entender o movimento histórico que definiu a Educação Especial
como integrante do sistema de ensino em meios às mesmas contradições
existentes no contexto geral da educação, decorrentes de suas formas de
participação na sociedade capitalista.
São mudanças nas formas de organização de vida produtiva e material que
determinam as transformações na constituição do alunado da Educação Especial ao
londo de sua história, pois na sua origem no séc. XVIII, prestava-se atendimento
apenas as pessoas com deficiências sensoriais como a surdez e a cegueira,
atualmente está incorporado e esta demanda uma ampla gama de alunos com
necessidades educacionais especiais e que, não necessariamente, apresentam
alguma deficiência, como é o caso dos superdotados. A definição desse alunado
esta condicionada às complexas relações de poder imersas nos movimentos sociais
concretos e não a mera relação do meio social com a representação da deficiência.
A organização da Educação Especial sempre esteve determinada por um
critério básico: a definição de um grupo de sujeitos que, por inúmeras razões, não
correspondem a expectativa da normalidade ditada pelos padrões vigentes. Assim,
ao longo da história, ela se constitui uma área da educação destinada a a presentar
respostas educativas a alguns alunos, ou seja, àqueles que, supostamente, não
apresentariam possibilidades de aprendizagem no coletivo das classes comuns, que
foram, entre outras denominações estigmatizados, rotulados como excepcionais,
retardados, deficiente...
A partir do final do século XIX, com o desenvolvimento de pesquisas na área
da medicina, um novo enfoque passou a dado à deficiência, centrado em
concepções clinicas que se ocupavam da doença, dos tratamentos e da cura. Desse
modo, pode-se afirmar que as primeiras práticas cientificas de atenção à pessoa
com deficiências tinham como finalidade sua segregação, em instituições, para o
38
cuidado, tratamento e atendimento médico, que vigorou aproximadamente por oito
séculos, tendo como base o paradigma da institucionalização.
Neste período no Brasil foram criadas as primeiras instituições para o
atendimento as pessoas cegas e às pessoas surdas. A preocupação com outras
áreas de deficiências, como a física e a mental, deu-se muito mais tarde, em torno
de 1950, o atendimento especializado era centrado em cuidados assistenciais e
terapêuticos, enraizando concepções e práticas presentes até os dias de hoje.
Este modelo institucionalista permaneceu até meados da década de 1950,
quando surgiu inúmeros movimentos sociais no mundo gerados após a segunda
Guerra Mundial. A principal bandeira ideológica deste movimento foi a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, este aponta os “direitos a ter direitos”.
O ponto alto nesse período da história da Educação Especial está relacionada
a mudança da concepção da pessoa com deficiência, que passaram a ser vistas
como cidadãs, com direitos e deveres de participação social. Nas décadas de 1960
e 70, acirraram-se os movimentos sociais que mobilizaram pais e educadores, em
decorrências da democratização da escola às camadas mais desfavorecidas
economicamente. Organizaram também as primeiras associações de pais e amigos
e pessoas com deficiência.
Diante deste cenário em 1961 surge LDB n. 4024/61, onde exemplifica este
movimento de maneira inovadora destinava um título à Educação Especial, com
menção à oferta de serviços educacionais aos portadores de deficiências, “dentro do
possível no ensino regular”.
A partir de então proliferaram-se os serviços de recursos especializados de
caráter clínico terapêutico, que objetivavam reabilitar aspectos anatômicos-
fisiológicos das pessoas, de modo a torná-las o mais próximo da normalidade
possível para então serem inseridos, integradas, ao convívio em sociedade.
Em consonância da nova visão que incluía alternativas de atendimento no
contexto da escola comum e do aumento das matrículas escolares, em decorrência
do crescimento da população e o acesso à escola, houve uma mudança na oferta da
Educação Especial, pois muitos alunos começaram a apresentar certas dificuldades
de aprendizagem, e estes eram vistos como “normais”, aos quais não se adaptaram
com as praticas homogeneizadoras, voltadas ao aluno ideal. A partir de então
39
ressurgiu um novo perfil de aluno passou a compor o público-alvo dessa
modalidade educacional, incorporando as chamadas deficiências não acentuadas,
ou leves, e os distúrbios de aprendizagem, o que evidenciou as contradições de um
sistema educacional despreparado para lidar com os diferentes estilos e ritmos de
aprendizagens.
A expansão quantitativa da Educação Especial e sua organização como
sistema ocorreu de fato, na segunda metade do século XX, com o aumento de
escolas especiais , centro de reabilitações, oficinas protegidas de trabalho, clubes
sociais especiais, associações desportivas especiais, e outros segmentos que
oferecem serviços para as pessoas com deficiências.
Nesta perspectiva a Educação Especial, que se caracterizava por procurar
atender os estudantes tradicionalmente excluídos dos ambientes regulares de
ensino, está voltada para evitar toda forma de exclusão dos estudantes que
apresentam necessidades educacionais especiais, pois vivemos em uma sociedade
que é exigente e que não admite preconceitos, discriminação, barreiras entre seres,
povos e culturas.
Sendo assim, a Educação Inclusiva, deixou-nos, entre outros, o desafio de
viabilizar políticas e de produzir práticas educacionais capazes de ultrapassar o
limite da simples inclusão dos sujeitos na escola, e sim, garantir a todos os alunos,
em suas diferenças constitutivas, as possibilidades de integração, aprendizado e
desenvolvimento.
Diante disso, pode-se vislumbrar um futuro diferente para as pessoas com
necessidades especiais e para as pessoas ditas “normais”, na escola e na
sociedade, isso significa que nem todas as pessoas que apresentam necessidades
especiais são pessoas com deficiências, já que um contingente de alunos com
dificuldades em seu processo de ensino e aprendizagem, advindos de inúmeros
fatores, quase sempre atrelados às condições socioeconômicas e, ou pedagógicas
desfavoráveis, estão inseridas neste contexto. Tudo isso indica que recursos e
serviços educacionais diferenciados daqueles comumente utilizados no contexto
escolar, serão utilizados, assim que o alunado apresentar tal necessidade tanto as
práticas educacionais devem ser ressignificadas, bem como a escola e todo o
sistema educacional.
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Tal compreensão nos permite definir a Educação Inclusiva numa perspectiva
de inserção social ampla, que deve estar voltada para a prática da cidadania, em
uma instituição dinâmica que valorize e respeite a diversidade de cada aluno e
assim, valorizar o aluno como sujeito, em seu processo de conhecer, aprender e
produzir a sua cultura.
A atenção a essas diferenças implica em uma mudança, ou seja, uma
adaptação no atendimento e na organização escolar, nas estratégias de ensino, na
gestão dos recursos e do currículo, para que dessa forma proporcione o
desenvolvimento maximizado de todos, de acordo com as características pessoais e
as necessidades individuais de cada um.
De acordo com URBANECK (2005,p. 04), a inclusão considera a criação de
condições e possibilidades para que as pessoas com necessidades educacionais
especiais, possam realmente usufruir da comunidade, tendo suas singularidades
respeitadas. Uma sociedade e uma escola inclusiva aprendem a trabalhar com as
diferenças, com a diversidade de ritmos, estilos de aprendizagem, interesses,
motivações, maneiras distintas de construir o conhecimento. Considerando que
todas as diferenças humanas são normais e que o ensino deve ajustar-se as
necessidades de cada pessoa e não o contrário. A deficiência, nesta perspectiva
deve ser pensada não pela lógica da falta, mas como pura e simples diferença.
Segundo o autor Peter Mittler (2003, p.138), o governo está procurando
promover políticas que sejam dirigidas tanto para a redução do impacto causado
pela pobreza e pela desvantagem social como para o alcance de uma agenda mais
inclusiva nas escolas.
Contudo, o grande salto para a construção de um sistema educacional
inclusivo se deu a partir de 1994, com a Conferência Mundial sobre Necessidades
Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade, ocorrida em Salamanca, na Espanha.
Essa conferência ratificou a Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada
em 1990, em Jomtien, na Tailândia. Tal encontro referenda a necessidade de
adotarmos práticas heterogêneas, transformadoras, críticas e de inserção social nas
escolas e na sociedade, no sentido de respeitar cada criança, levando em conta
seus interesses, capacidades, potencialidades e necessidades de aprendizagem.
De acordo com MITTLER (id.), os objetivos da inclusão e da justiça social
41
envolvem mudanças fundamentais na sociedade e nas nossas concepções sobre o
potencial humano.
Para tanto, o desafio da inclusão escolar é o de repensar e re-estruturar
políticas e estratégias educativas, de maneira a não apenas criar oportunidades
efetivas de acesso para crianças e adolescentes com necessidades educacionais
especiais, mas, sobretudo, garantir condições indispensáveis para que possam
manter-se na escola e aprender, portanto, o processo de inclusão educacional exige
planejamento e mudanças sistêmicas, político-administrativa na gestão educacional,
que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização
curricular que ocorre na sala de aula.
Devemos, entretanto pensar a inclusão como algo além dos bancos
escolares, pois incluir é deixar o ser humano desenvolver-se com autonomia, é
deixá-lo usufruir de todos os seus direitos e, nunca em nenhum momento passe
despercebido pela sociedade, tornando-se parte da nossa história, que nunca seja
apontado pela dificuldade e sim pelas habilidades, pois quem faz a história da
humanidade somos nós, porque somos pessoas e merecemos ser respeitados e
viver com dignidade.
4.1.1. ADAPTAÇÕES CURRICULARES
A aprendizagem escolar na educação inclusiva se dá em função do currículo
organizado para orientar os diversos níveis de ensino e as ações docentes.
O currículo é a própria identidade da escola e se revela no tratamento dado
por ela à diversidade cultural, cognitiva, social e emocional dos estudantes, na
seleção e dosagem de conteúdos, atividades e procedimentos, e na configuração
das metodologias e avaliações para atender às diferenças individuais.
Nas práticas inclusivas, especialmente se tratando de alunos com
necessidades educacionais especiais, o currículo deve ser flexível, não deve ocorrer
à obrigatoriedade de todos os alunos atingirem o mesmo grau de abstração ou de
conhecimento num determinado tempo.
As adaptações curriculares para os alunos com necessidades educacionais
especiais precisam ser organizadas pela Equipe Pedagógica da escola, juntamente
com professores e especialistas que atendem esses estudantes. Essa equipe deve
42
identificar as competências e habilidades que eles apresentam e, a partir daí,
elencar os objetivos a serem atingidos, os conteúdos a serem desenvolvidos, a
periodicidade e os critérios de acompanhamento para com o aluno que será
atendido em sala de recurso.
Pois, inclusão significa oportunidades para as pessoas com necessidades
especiais participando ativamente e contribuindo na comunidade, mas todo trabalho
de inclusão traz desafios e possibilidades tanto para os alunos como para
professores.
Alguns grupos de professores têm uma visão diferenciada quanto ao
processo de inclusão, apresentando resistência como não podia deixar de ser.
Quebrar essa resistência se torna um trabalho muito difícil para as escolas que
abriram as portas para as mudanças. Sobre as possibilidades e garantias do direito
à inclusão percebe-se um sentimento de incompletude ou impotência das redes de
ensino em geral, das escolas e professores, em particular, na perspectiva da ação,
do fazer valer a inclusão. Segundo ele, as leis existem, mas o seu cumprimento
estaria condicionado a ideia do vir a ser, de conquista, talvez a longo prazo.
Atualmente a regulamentação do saber na ótica da legislação educacional
transplanta para o universo escolar o modelo hegemônico das elites dominantes.
Por isso, a legalidade confere legitimidade de um pensamento que se materializa na
releitura e reinterpretação do conteúdo prescrito na lei. Há de se entender que para
a inclusão acontecer é necessário que os fatores internos à estrutura escolar, tais
como a organização (administrativa e disciplinar), currículo, os métodos, os recursos
humanos e materiais da escola sejam determinantes para a inclusão desses alunos
com necessidades especiais.
Nesse contexto é irrelevante a figura do professor, sendo o facilitador no
desenvolvimento das ações mais direta no processo da inclusão, o professor deve
trabalhar com as diferenças e com preconceito que rodeiam essas crianças.
Para Montoan (1997):
“É preciso lembrar, que a inclusão do aluno especial é com certeza
prioridade que deve ser dada a todo ser humano, sem qualquer
discriminação nem rotulação. Os sistemas públicos e particulares de ensino
precisam viver a experiência da integração para sentir que o respeito à
43
diferença é o único caminho para a vivencia da igualdade.” ….”A inclusão
escolar constitui uma proposta que representa valores simbólicos
importantes, condizentes com igualdade de direitos e de oportunidades
educacionais para todos, independentes de classe, raça, gênero,
características individuais ou necessidades especiais, possam interagir e
aprender com as crianças “ditas normais” em uma escola de qualidade.
Existem alguns aspectos do ensino para disponibilizar condições que sejam
favoráveis à aprendizagem de todas as crianças com necessidades
especiais”.
É importante a análise e reflexão sobre a política global da escola e a prática
pedagógica dos envolvidos no que diz respeito à organização do espaço físico da
escola, visto que ser este um dos aspectos que pode contribuir para proporcionar
condições de apoio ou de exclusão da pessoa com necessidades especiais do
espaço escolar.
Neste sentido as escolas devem apresentar adaptações de forma a garantir e
oferecer a todos seus alunos o acesso aos mais variados instrumentos físicos,
quanto ao simbólico, tais como: conceito, valores, atitudes, objetos sócio-culturais
necessário à constituição da personalidade para serem capazes de compreender a
cultura e a sociedade, de maneira segura, solitária e cooperativa.
Atualmente, os recursos educacionais destinados ao atendimento de alunos
com necessidades educativas especiais, refere-se aos serviços e auxílio especial
cuja finalidade é suplementar, apoiar, de modo a proporcionar a cada educando a
possibilidade de atingir níveis de desempenho compatíveis com suas características
de aprendizagem.
A falta de adaptações nas escolas dificultam o acesso e a interação dos
alunos com necessidades especiais, por isso é fundamental a organização e a
cooperação de toda a comunidade para enfrentar novos desafios, para tanto se faz
necessário as adaptações curriculares que poderão ser de pequeno porte, onde o
professor irá adequar materiais, atividades, recursos didático-pedagógicos, etc, aos
alunos com algum tipo de necessidade educativa especial. E, de grande porte que
deverão ser feitas de acordo com a necessidade do educando, o que neste caso,
envolverá adaptações na estrutura do prédio ou na adequação de materiais de alto
custo.
44
Desta maneira se propõem algumas medidas que constituem as adaptações
de acesso e de currículo:
criar condições físicas, ambientais e materiais para o aluno na sua unidade
escolar de atendimento;
propiciar os melhores níveis de comunicação e interação com as pessoas
com as quais convive na comunidade escolar;
favorecer a participação nas atividades escolares;
propiciar o mobiliário específico necessário;
fornecer ou atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais
específicos necessários;
adaptar materiais de uso comum em sala de aula;
adotar sistemas de comunicação alternativos para os alunos impedidos de
comunicação oral (no processo de ensino aprendizagem e na avaliação);
agrupar os alunos de uma maneira que facilite a realização de atividades em
grupo e incentive a comunicação e as relações interpessoais;
Propiciar ambientes com adequada luminosidade, sonoridade e
movimentação;
encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a participação, o sucesso, a
iniciativa e o desempenho do aluno;
adaptar materiais escritos de uso comum: destacar alguns aspectos que
necessitam ser apreendidos com cores, desenhos, traços; cobrir partes que podem
desviar a atenção do aluno; incluir desenhos, gráficos que ajudem na compreensão;
destacar imagens; modificar conteúdos de material escrito de modo a torná-lo mais
acessível à compreensão etc.;
providenciar adaptação de instrumentos de avaliação e de ensino-
aprendizagem:
favorecer o processo comunicativo entre aluno e professor, aluno e outros
alunos, aluno e depois pessoas.
providenciar softwares educativos específicos;
despertar a motivação, a atenção e o interesse do aluno;
apoiar o uso dos materiais de ensino-aprendizagem de uso comum;
45
atuar para eliminar sentimentos de inferioridade, fracasso e baixa estima.
Materiais adaptados para o aluno com dificuldade visual, baixa visão e
cegueira:
materiais desportivos adaptados: bola de guizo e outros;
sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno:
sistema braille, tipos de escrita nos livros com letras ampliados, ou transcritas em
braile;
textos escritos com outros elementos (ilustrações táteis) para melhorar a
compreensão;
posicionamento do aluno na sala de aula de modo que favoreça sua
possibilidade de ouvir o professor e de perceber o que acontece ao seu redor;
organização do espaço escolar para favorecer o deslocamento do aluno na
sala de aula para obter materiais e informações, facilitando a disposição no
mobiliário;
explicações verbais sobre todo o material apresentado em aula, de maneira
visual;
conscientização e boa postura dos demais alunos, evitando-se os
maneirismos comumente exibidos pelos alunos que são cegos ou dificuldade visual;
adaptação de materiais escritos de uso comum: tamanho das letras, relevo,
softwares educativos em tipo ampliado, textura modificada etc.;
máquina braille, reglete, sorobã, bengala longa, livro falado etc;
organização espacial para facilitar a mobilidade e evitar acidentes: colocação
de extintores de incêndio em posição mais alta, pistas olfativas para orientar na
localização de ambientes, espaço entre as carteiras para facilitar o deslocamento,
corrimão nas escadas etc.;
material didático e de avaliação em tipo ampliado para os alunos com baixa
visão e em braille e relevo para os cegos;
braille para alunos e professores videntes que desejarem conhecer o referido
sistema;
materiais de ensino-aprendizagem de uso comum: pranchas ou presilhas
para não deslizar o papel, lupas, computador com sintetizador de vozes e periféricos
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adaptados etc.;
recursos ópticos;
apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e mobilidade,
visando à locomoção independente do aluno
Para alunos com dificuldade auditiva ou surdez:
materiais e equipamentos específicos: prótese auditiva, treinadores de fala,
tablado, softwares educativos específicos etc.;
textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua
compreensão: linguagem gestual, língua de sinais e outros;
sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno:
leitura orofacial, linguagem gestual e de sinais;
salas-ambiente para treinamento auditivo, de fala, rítmico etc.;
posicionamento do aluno na sala de tal modo que possa ver os movimentos
orofaciais do professor e dos colegas;
material visual e outros de apoio, para favorecer a apreensão das
informações expostas verbalmente;
Para alunos com dificuldades intelectuais:
ambientes de aula que favoreçam a aprendizagem, tais como: atelier,
cantinhos, oficinas etc.
desenvolvimento de habilidades adaptativas: sociais, de comunicação,
cuidado pessoal e autonomia.
Para alunos com deficiência física:
sistemas aumentativos ou alternativos de comunicação adaptado às
possibilidades do aluno impedido de falar: sistemas de símbolos (baseados em
elementos representativos, em desenhos lineares, sistemas que combinam símbolos
pictográficos, ideográficos e arbitrários, sistemas baseados na ortografia tradicional,
linguagem codificada), auxílios físicos ou técnicos (tabuleiros de comunicação ou
sinalizadores mecânicos, tecnologia microeletrônica), comunicação total e outros;
adaptação dos elementos materiais: edifício escolar (rampa deslizante,
elevador, banheiro, pátio de recreio, barras de apoio, alargamento de portas etc.);
mobiliário (cadeiras, mesas e carteiras); materiais de apoio (andador, coletes,
abdutor de pernas, faixas restringidoras etc.); materiais de apoio pedagógico
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(tesoura, ponteiras, computadores que funcionam por contato, por pressão ou outros
tipos de adaptação etc.);
deslocamento de alunos que usam cadeira de rodas ou outros equipamentos,
facilitado pela remoção de barreiras arquitetônicas;
utilização de pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, suporte para
lápis, presilha de braço, cobertura de teclado etc.
textos escritos complementados com elementos de outras linguagens e
sistemas de comunicação.
Para alunos com superdotação e altas habilidades:
evitar sentimentos de superioridade, rejeição dos demais colegas,
sentimentos de isolamento etc.;
pesquisa, de persistência na tarefa e o engajamento em atividades
cooperativas;
materiais, equipamentos e mobiliários que facilitem os trabalhos educativos;
ambientes favoráveis de aprendizagem como: ateliê, laboratórios, bibliotecas
etc.;
materiais escritos de modo que estimule a criatividade: lâminas, pôsteres,
murais; inclusão de figuras, gráficos, imagens etc., e de elementos que despertam
novas possibilidades.
Para alunos com deficiências múltiplas:
As adaptações de acesso para esses alunos devem considerar as
deficiências que se apresentam distintamente e a associação de deficiências
agrupadas: surdez-cegueira, deficiência visual-mental,deficiência física-auditiva etc.
As adaptações de acesso devem contemplar a funcionalidade e as condições
individuais do aluno:
ambientes de aula que favoreça a aprendizagem, como: ateliê, cantinhos,
oficinas;
acesso à atenção do professor;
materiais de aula: mostrar os objetos, entregá-los, brincar com eles,
estimulando os alunos a utilizá-los;
apoio para que o aluno perceba os objetos, demonstrem interesse e tenham
acesso a eles.
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Para alunos com transtornos globais do desenvolvimento, autismo,
síndromes:. O comportamento desses alunos não se manifesta por igual nem parece
ter o mesmo significado e expressão nas diferentes etapas de suas vidas. Existem
importantes diferenças entre as síndromes e quadros clínicos que caracterizam as
condições individuais e apresentam efeitos mais ou menos limitantes. As seguintes
sugestões favorecem o acesso ao currículo:
encorajar o estabelecimento de relações com o ambiente físico e social;
oportunizar e exercitar o desenvolvimento de suas competências;
estimular a atenção do aluno para as atividades escolares;
utilizar instruções e sinais claros, simples e contingentes com as atividades
realizadas;
oferecer modelos adequados e corretos de aprendizagem (evitar alternativas
do tipo “aprendizagem por ensaio e erro”).
Intervenções pedagógicas para ajudar a criança com transtornos de
aprendizagens a se ajustar melhor à sala de aula:
Deve-se proporcionar uma boa estrutura, organização e constância (exemplo:
sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras
claramente definidas).
Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do
professor, na parte de fora do grupo.
Encorajar frequentemente, elogiar e ser afetuoso, para que os alunos não
desanimem facilmente;
Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se
sintam necessárias e valorizadas
Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais
complexas.
Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de
madeira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude.
Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer
oportunidades sociais;
Trabalhar em grupos pequenos, buscando atingir melhores resultados
acadêmicos, comportamentais e sociais.
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Manter comunicação com os pais, pois geralmente, eles sabem o que
funciona melhor para o seu filho.
Proporcionar mudança do ritmo ou o tipo de tarefa com frequencia para
eliminar a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e
isso vai ajudar a auto-percepção.
Dar recompensa pelo esforço, persistência e o comportamento bem sucedido
ou bem planejado.
Trabalhar com exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da
comunidade.
Proporcionar contato aluno/ professor, permitindo um “controle” extra sobre o
aluno na execução da tarefa, possibilitando oportunidades de reforço positivo e
incentivo para um comportamento mais adequado.
Colocar limites claros e objetivos; tendo uma atitude disciplinar equilibrada e
proporcionar avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a
desenvolver um comportamento adequado.
Fornecer instruções claras, simples e dadas uma de cada vez, com um
mínimo de distrações
Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como
exercícios de alongamento ou isométricos.
Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho que o aluno pode ganhar
como recompensa por esforço feito, aumentando o tempo da atenção concentrada e
o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento;
Substituir as aulas monótonas por aulas mais estimulantes que venham
prender a atenção do aluno.
Utilizar recursos variados que não são habituais na sala de aula (informática,
experiências, construção de maquetes, atividades desafiadoras de criar, construir e
explorar.
Procurar trazer os alunos para perto do quadro, podendo acompanhar melhor
o processo educativo, se está conseguindo acompanhar o ritmo, ou se é necessário
desacelerar um pouco.
Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno perceba as regras
pré-definidas e que todos devem cumprí-las.
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As tarefas devem ser curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare
pela metade, o que é muito comum.
Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar
giz em outra sala, ir ao banheiro, assim estará evitando que ele fuja da sala por
conta própria.
Elogiar o bom comportamento e as produções, ajudando a elevar sua auto-
estima.
Utilizar uma agenda de comunicação entre pais e escola, evitando que as
conversas se deem apenas em reuniões.
Aproveitar as aulas de educação física como auxílio na aprendizagem dos
alunos que parecem ter energia triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que
parece ser inesgotável, melhora a concentração com exercícios específicos,
estimula hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem
problemas de lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem). por meio das
orientações e estratégias citadas o professor poderá melhorar o desenvolvimento
tanto do aluno como da turma, uma vez que todos irão se adaptar ao novo trabalho
realizado em sala de aula.
Algumas propostas para minimizar os problemas dentro da sala de aula para
um aluno disléxico:
Deve estar sentado numa carteira à frente na sala de aula;
Deve ter apoio pedagógico acrescido às disciplinas de Inglês/Espanhol,
Português e matemática (Escolher de forma a que não haja excesso na carga
horária do aluno).
Deve ser avaliado essencialmente pela oralidade;
Deve iniciar os testes de avaliação após estes já terem sido lidos pelo
professor.
Não deve ser penalizado pelos seus erros ortográficos;
Deve ser avaliado mais pelo conteúdo das respostas do que pela forma como
estão escritas e estruturadas;
Deve ser permitido em determinadas circunstâncias que a composição seja
feita em casa.
O professor deve usar diferentes materiais de suporte na aula: projetor,
51
vídeos e demonstrações práticas;
Deve ser estimulado a resolver todos os exercícios e elogiado sempre pelo
esforço e pelos sucessos, valorizando as suas iniciativas de forma a aumentar a sua
auto-estima;
Perguntar se ficou alguma dúvida na exposição da matéria;
Lembrá-lo de anotar datas de testes, tarefas e pesquisas;
Pedir para anotar explicações que não constem no texto;
Para que a inclusão seja satisfatória é preciso criar condições para os alunos
com necessidades especiais, será necessário que as escolas sejam adaptadas,
garantindo acesso para desenvolver suas habilidades e favorecendo o processo de
ensino aprendizagem.
O objetivo da escola, enquanto instrumento de educação, será o de
desenvolver seres humanos críticos, criativos, pensantes, produtivos e adaptados ao
seu momento histórico. Para a escola desenvolver seus alunos pensantes, críticos,
produtivos, faz-se necessário fazer as mudanças e adaptações adequadas às
crianças com necessidades especiais, proporcionando a integração e o
desenvolvimento de todos, onde os mesmos possam ser vistos como indivíduos
capazes de fazer parte de um mundo onde todos tem seu papel e sua função.
4.1.2. AVALIAÇÃO
O vocábulo "avaliar" origina-se do latim "valere", que significa: ser forte, ter
valor. No senso comum, "avaliar" é empregado no sentido de atribuir valor a um
objeto. Assim, a avaliação permite diversos significados, tais, como: verificar,
calcular, medir, apreciar, classificar, diagnosticar, entre outros.
Avaliar, segundo Luckesi (1998), significa: Determinar a valia ou o valor de;
apreciar ou estimar o merecimento de: avaliar um caráter; avaliar um esforço; etc.
Com esta significação, a avaliação se encerra com a determinação de um juízo de
valor sobre a realidade.
Dentro da perspectiva pedagógica, esta acepção não é suficiente, pois,
segundo Luckesi (1998), a avaliação do aproveitamento escolar precisa ser
praticada como uma atribuição de qualidade dos resultados da aprendizagem dos
52
alunos e percebida como um ato dinâmico, que precisa ter como objetivo final uma
tomada de decisão que vise a direcionar o aprendizado para o pleno
desenvolvimento do educando. Essa visão é ampliada, quando se considera que
"avaliar é ser capaz de acompanhar o processo de construção de conhecimento do
educando, para ajudar a superar obstáculo" De acordo com a nova Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996), a avaliação do rendimento escolar do
aluno deverá observar os seguintes critérios: Contínua e cumulativa do desempenho
do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; possibilidade de
aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; possibilidade de avanço nos
cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado (Brasil, 1996).
A avaliação contínua é compreendida como uma abordagem que encoraja o
professor a investigar continuamente sua performance, bem como a rever formas e
caminhos de aprendizagem.
O papel da escola inclusiva é o de ajudar os alunos a se envolverem
ativamente na sua educação, descobrindo e utilizando seus estilos de aprendizagem
e múltiplas inteligências, a fim de aprender, com sucesso, a adquirir e produzir
conhecimentos, lidar com informações e com pessoas, resolver problemas etc.;
cabendo aos professores e demais profissionais, na condição de facilitadores da
aprendizagem dos alunos, compartilhar com eles o seu poder e as suas
responsabilidades de tomada de decisão e criar um clima de respeito mútuo diante
da diversidade humana e das diferenças individuais.
Para inserir a avaliação numa perspectiva transformadora, se faz necessário
remover o caráter de terminalidade e verificação dos conteúdos assimilados, tão
presentes no sistema educacional, com o objetivo de que "os resultados da
avaliação possam ser concebidos como indicadores para a reorientação da prática
educacional e nunca como um meio de estigmatizar os alunos". (Brasil, 2000).
A respeito disso, Luckesi (1998) nos lembra que, por muitas vezes, o que
fazemos no nosso sistema educacional é verificação da aprendizagem,
representada por notas ou conceitos, cuja meta principal é classificar alunos em
aprovados, reprovados, ou colocá-los sob suspeita de apresentar distúrbios ou
dificuldades de aprendizagem. Para o autor, esse procedimento difere do real
53
sentido da avaliação, que na sua ótica é compreender os progressos, limitações e
dificuldades que os alunos encontram para alcançar os objetivos pedagógicos
propostos.
Sendo assim a avaliação para identificação das necessidades educacionais
especiais é realizada no contexto escolar contando com a participação do professor
e da equipe técnico-pedagógica da escola, de modo processual e contínuo, com o
objetivo de avaliar os conhecimentos prévios, as potencialidades, as possibilidades e
o saber adquirido.
Uma escola inclusiva é aquela que apresenta currículos adequados a práticas
pedagógicas que sejam flexíveis e que favoreçam o ajustamento sócio-educacional
dos alunos que apresentam necessidades especiais.
Um professor deve ainda ter os meios de construir seu próprio sistema de
observação, interpretação e intervenção em função de sua concepção pessoal de
ensino, dos objetivos, do contrato didático, do trabalho escolar. Sendo assim o
professor é capaz de promover o aprendizado dos alunos devendo sempre ter em
mente alguns elementos que garantam uma prática inclusiva dentro de sua sala de
aula:
planejar e/ou desenvolver situações e atividades de avaliação tanto no início
dos processos de ensino e de aprendizagem (temas, unidades didáticas, cursos)
quanto durante esses processos e no seu final);
planejar e/ou desenvolver um número suficiente de situações e de atividades
de avaliação;
planejar e/ou desenvolver situações e atividades de avaliação diversas e
variadas, que permitam que se obtenha uma informação rica sobre o que os alunos
aprenderam, avaliando, equilibradamente, distintos tipos de conteúdos e distintos
tipos de capacidades;
planejar e/ou desenvolver situações e atividades destinadas a ajudar os
alunos a planejar, a regular e a avaliar por si mesmos seus próprios processos de
aprendizagem;
as situações de avaliação que planejamos e/ou desenvolvemos apresentam
relações entre elas que ajudem a avaliar o processo gradual dos alunos, bem como
a amplitude, a riqueza e a complexidade de suas aprendizagens;
54
diversificar a seqüência de situações e de atividades de avaliação que os
alunos realizam em função de suas características e necessidades educativas
particulares;
planejar e/ou desenvolver habitualmente atividades preparatórias das
situações de avaliação - por exemplo, de resumo e de recapitulação dos conteúdos
que serão avaliados, de exercício de habilidades exigidas para que sejam resolvidas
as tarefas que fazem parte da situação de avaliação, ou de apresentação dos
critérios de correção em que as tarefas serão aplicadas;
planejar e/ou desenvolver habitualmente tarefas de avaliação abertas e
contextualizadas que admitam diferentes formas de resolução e diferetes soluções
possíveis. Avaliando o processo de realização efetuado pelos alunos, além do
produto final obtido. Fomentar e avaliar a justificativa das soluções propostas por
parte dos alunos.
planejar e/ou desenvolver habitualmente tarefas de avaliação que possam ser
resolvidas tanto individualmente como em pequeno grupo. Permitimos que os alunos
utilizem, para resolver as tarefas de avaliação, instrumentos, materiais e auxílios
similares aos que podem ser utilizados nas atividades e nas tarefas de ensino e de
aprendizagem.
permitir e estimular o uso, por parte dos alunos, de suportes comunicativos
diversos na resolução das tarefas de avaliação.
planejar e/ou desenvolver habitualmente atividades de correção e de
avaliação dos resultados produzidos ou gerados pelos alunos em que estes tenham
uma participação explícita - por exemplo, discutindo ou elaborando com o professor
critérios de correção, ou aplicando-os junto.
comunicar aos alunos explícita, formal e sistematicamente os resultados de
sua participação nas situações ou atividades de avaliação? os distintos alunos
recebem diretrizes e apoios concretos que lhes ajudem a superar as lacunas e os
erros detectados em sua aprendizagem.
incorporar modificações e ajustes na programacão das posteriores atividades
de ensino e de aprendizagem a partir dos resultados dos alunos na avaliação.
fomentar a participação e a responsabilidade dos alunos na definição e na
configuração das situações de avaliação como conjunto, ou de alguns de seus
55
aspectos.
diversificar algum (ns) do (s] elemento (s) das situções e atividades de
avaliação em função de suas características e necessidades educativas particulares.
as decisões de habilitação, de aprovação e de titulação de nossos alunos são
coerentes com os princípios de diversificação e de flexibilização próprios de um
ensino adaptativo.
Então, a prática avaliativa deve ser capaz de ir além de avaliar a
aprendizagem, entender o valor do aluno e propiciar o seu crescimento como
indivíduo e como integrante de uma sociedade. E que acima de tudo, seja uma
avaliação envolvida com uma prática pedagógica real, inovadora e não excludente.
Segundo Vygotsky (1987), o bom ensino é o que se adianta ao
desenvolvimento. Esta reflexão abre caminho para o conceito de zona de
desenvolvimento proximal (ZDP), que compreende a distância entre o que a criança
é capaz de realizar sozinha (nível real de desenvolvimento) e o que ela não pode
fazer sozinha, mas consegue realizar na interação com o outro mais experiente
(nível potencial).
Nesta perspectiva a escola inclusiva visa realizar a avaliação onde seja
emancipadora dentro do paradigma da racionalidade comunicativa, busca o
entendimento pelo diálogo como forma de se chegar a verdade coletivamente,
buscando o consenso, tendo como finalidade o diálogo e a integração social.
Esse processo avaliativo ajuda o professor a investigar e acompanhar o
desenvolvimento, tanto do processo de ensino quanto de aprendizagem, refletindo
sobre sua prática pedagógica e reformulando-a quando necessário. Ele também
aponta os tipos de recursos educacionais que a escola terá que disponibilizar
quando forem requisitados.
A escola é um sistema, mas é também um mundo vivo, onde inicialmente
pode estar vinculada ao paradigma burocrático, patológico - ou pode descolonizar-se
desse vivido e viver plenamente os conflitos, compondo uma harmoniosa sinfonia de
vozes, sons, gestos, palavras, ações... Enfim, a avaliação pode e deve definir os
rumos, promover o respeito, a individualidade, a criatividade, as competências, a
autonomia e cidadania.
Para tanto, o professor deve ser um observador, investigador e pesquisador e
56
lançar mão de todas as práticas pedagógicas possíveis, a fim de diminuir
preconceitos, estigmas e estereótipos que levem à discriminação daqueles que
diferem dos padrões preestabelecidos pela sociedade, garantindo o direito de todos
os estudantes, principalmente daqueles com necessidades educacionais especiais,
para que os mesmos possam ter acesso ao currículo e a garantia da aprendizagem
significativa e permanência na escola.
"A prática avaliativa deve ser capaz de ir além de avaliar a
aprendizagem, mas entender o valor individual de cada aluno,
propiciando o seu crescimento como indivíduo e como
integrante de uma sociedade. E que acima de tudo, seja uma
avaliação envolvida com uma prática pedagógica real,
inovadora, não excludente e muito amorosa". (Luckesi, 1987)
Avaliação só se completa com a possibilidade de indicar caminhos mais
adequados e mais satisfatórios para uma ação, que está em curso. O ato de avaliar
implica busca do melhor e mais satisfatória estado daquilo que está sendo avaliado.
A avaliação da aprendizagem, deste modo, nos possibilita levar à frente em
uma ação que foi planejada dentro de um arcabouço teórico, assim como político.
Não será qualquer resultado que satisfará, mas sim um resultado compatível com a
teoria e com a prática pedagógica que estamos utilizando.
Em síntese, avaliar a aprendizagem escolar implica estar disponível para
acolher nossos educandos no estado em que estejam, para, a partir daí, poder
auxiliá-los em sua trajetória de vida. Para tanto, necessitamos de cuidados com a
teoria que orienta nossas práticas educativas, assim como de cuidados específicos
com os atos de avaliar que, por si, implicam em diagnosticar e renegociar
permanentemente o melhor caminho para o desenvolvimento, o melhor caminho
para a vida. Por conseguinte, a avaliação da aprendizagem escolar não implica
aprovação ou reprovação do educando, mas sim orientação permanente e para o
seu desenvolvimento, tendo em vista a tornar-se o que o seu SER pede.
4.1.3- SALA DE RECURSOS
57
O Colégio Estadual Dr. Bayard Osna vem trabalhando de acordo com a
legislação vigente, no que se refere ao atendimento educacional aos educandos
com necessidades educacionais especiais em sala de recursos. Os principais
documentos que embasam nosso trabalho na escola são:
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96 – Capítulo V –
art. 58, 59 e 60.
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –
Parecer n° 17/01 CNE e Resolução CNE nº 02/01.
Deliberação nº 02/03 – CEE.
Decreto Nº 186/08 - Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30
de março de 2007
O trabalho em Sala de Recursos que teve seu reconhecimento obtido em 21
de junho de 2006 inscrito sob a Resolução Nº 2941/06 e destinasse ao serviço de
apoio especializado aos alunos de 5ª a 8ª série, sendo ofertado no período contrário
daquele em que o aluno frequenta na Classe Comum, com professor da Educação
Especial, em espaço físico adequado, onde o atendimento pedagógico específico se
dá individualmente ou em pequenos grupos, com cronograma de atendimento, com
vistas ao progresso global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de
aprendizagem, com utilização de programações específicas, métodos, estratégias,
atividades diversificadas e extracurriculares. Para receberem atendimentos em sala
de recursos os alunos devem passar por avaliação psicopedagógica.
A Sala de Recursos no Colégio Estadual Dr. Bayard Osna destinasse ao
atendimento de crianças e jovens com dificuldades acentuadas de aprendizagem
ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o
acompanhamento das atividades curriculares, não vinculadas a uma causa orgânica
específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou deficiências.
Desse modo, o trabalho desenvolvido em sala de recursos contempla as
diferenças individuais, oportunizando o acesso à aprendizagem, mediante
atendimento diferenciado, visando ao desenvolvimento das habilidades e
potencialidades dos estudantes. Sendo assim, deverá ser de caráter transitório,
58
diferenciando-se do reforço escolar (resgate das defasagens de conteúdos
acadêmicos), pois proporciona ao estudante com necessidades educacionais
especiais condições de aprender e crescer por meio de um conjunto rico e variado
de interações, com atividades dinâmicas que promovam mudanças de atitude e
comportamento em face da aprendizagem.
4.1.4- SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
Serviço de apoio para alunos de 5ª série é ofertado no período contrário
daquele em que os alunos frequentam a classe comum, visando resgatar as
defasagens de conteúdos acadêmicos.
A sala de apoio busca estender o tempo escolar dos alunos de 5ª série com
defasagens de aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo. A principal meta é
desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que atendam às
diferenças individuais dos alunos e contribuam decisivamente para a superação das
dificuldades de aprendizagem.
Num ambiente de atendimento extra-classe, as atividades serão
desenvolvidas individualmente e ou em pequenos grupos. A utilização de materiais
diversificados visa a motivação e o progresso dos alunos que apresentam
dificuldades no processo de aprendizagem.
O processo de avaliação se dá na forma diagnóstica e contínua. A
observação da progressão na aprendizagem será realizada por meio das atividades
propostas durante as aulas em consonância com o desenvolvimento do aluno no
ensino regular.
4.1.5- PERFIL DO EDUCANDO COM NECESSIDADES EDUCATIVAS
EDUCACIONAIS
Entende-se por Necessidade Educativas Educacionais (NEE) qualquer
dificuldade e/ou impedimento que o educando venha apresentar durante sua vida
escolar, podendo sua NEE ser de ordem temporário e/ou permanente relacionada
ou não a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou
59
deficiências.
O Colégio Estadual Dr. Bayard Osna, ainda não dispõe de profissionais
especializados e nem de espaço físico para o atendimento de jovens e/ou
adolescentes com deficiência física, visual, auditiva e de transtornos mentais
(transtorno global do desenvolvimento e transtorno funcional específico).
O perfil dos educandos atendidos em nosso estabelecimento de ensino é em
sua grande maioria relacionados a dificuldades de aprendizagem.
60
5. MARCO OPERACIONAL
A construção do Projeto Político Pedagógico necessita ser desenvolvido em
conjunto, baseando-se na realidade escolar e da comunidade que a cerca. Essa
produção deve ser fruto de um trabalho coletivo, com o objetivo de decidir e unir
forças para organizar e transformar o contexto no qual pessoas de diferentes
culturas estão inseridas. Diante da diversidade de valores existentes, deve-se levar
em conta o diagnóstico das práticas desenvolvidas no interior a articulação e a
reflexão sobre o cotidiano de tais elementos, resgatando experiências e a identidade
de uma proposta no âmbito da perspectiva pedagógica, administrativa, financeira e
político-educacional. Para tanto a escola se torna muito mais do que um mero
processo de ensino. “A escola é o espaço privilegiado de totalidade do
desenvolvimento humano, ela é espaço de socialização, de cultura de saídas
pedagógicas, de rituais e celebração”. (GADOTTI, 1993, p.43)
Pensando nisso, a escola procura estabelecer como meta principal o diálogo
sobre a prática desenvolvida, permitindo-nos assim, refletir acerca das tomadas de
decisões em todas as esferas que envolvem as linhas de ação que norteiam o
trabalho escolar.
5.1. PERSPECTIVA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
Através da perspectiva administrativa busca-se consolidar os mecanismos de
participação e democratização da gestão escolar e fortalecer a autonomia da escola,
favorecendo assim os processos coletivos e participativos de decisão, Nesse
sentido, a participação constitui um dos pontos fundamentais a serem
complementados pelos diferentes atores que constroem o cotidiano escolar.
Para que a participação na administração escolar seja realmente democrática
e efetiva, são necessários meios e condições favoráveis quanto ao: quadro de
pessoal qualificado (concursado – QPM/QFEB); infra-estrutura adequada e apoio
estudantil. De tudo isso, contudo, um ponto deve ser destacado: a participação
através do exercício do diálogo entre as partes (direção e comunidade escolar).
Pautando-se na re-estruturação educacional e de acordo com as legislações
61
vigentes, busca-se a sintonia da prática com a teoria e a realidade, desenvolvendo
dentro dos princípios básicos norteadores da educação as seguintes linhas de ação
no que se refere à administração escolar.
Tem-se como meta administrativa o envolvimento de todos que trabalham e
contribuem com o ambiente da escola: pais, alunos, professores, funcionários,
equipe pedagógica e direção, os quais num processo de coletividade, contribuam e
encontrem fundamentos e soluções para as necessidades escolares de maneira
crítica e consciente sem perder o foco principal que é o ensino com qualidade,
respeito e dignidade.
Um dos fatores que compõe a esfera administrativa da escola é a aplicação
do Regimento Escolar; a definição de papéis (funções) dentro da escola tanto para
os alunos, como para professores e funcionários para que essa forma o trabalho
escolar aconteça com harmonia.
Visando uma escola que respeita e valoriza a comunidade escolar, seu corpo
docente e discente aplicando com honestidade e transparência os recursos
financeiros que lhes são destinados à melhoria da infra-estrutura e qualidade de
ensino.
Tendo em vista a legislação em vigor LDB nº. 9394/96 e de acordo com a
Princípios Filosóficos da instituição nos propomos a oferecer uma educação de
qualidade, voltado aos interesses e formação integral dos alunos. Sendo assim,
buscamos a sintonia entre teoria e prática . Com isso propõe-se desenvolver dentro
dos princípios básicos da educação e do atual projeto político pedagógico o seguinte
plano de ação:
Palestras: desenvolver temas como: Orientação vocacional; ética; cidadania;
higiene, primeiros socorros, violência, educação sexual, mercado de trabalho; etc.
Semana cultural: oportunizar aos alunos e professores participação e acesso
a atividades que expressem e desenvolvam aptidões voltadas à arte, cultura e
esporte, com a participação de toda a comunidade escolar e/ou pais;
Feira do conhecimento: oportunizar aos alunos e professores a participação e
a demonstração à comunidade com apresentação de experiências vivenciadas na
teoria e na pratica em sala de aula;
Planejamento/Projetos: buscar-se-á maneiras diferentes de proporcionar a
62
aprendizagem dos conteúdos através da elaboração de projetos voltados para a
integração das disciplinas, visando a qualidade e o enriquecimento das aulas, bem
como o ensino e a aprendizagem dos alunos;
Avaliação: proporcionar através das reuniões, encontros pedagógicos e
Conselho de Classe a discussão acerca das metodologias aplicadas em sala de
aula, bem como as formas de avaliação e recuperação paralela;
Recuperação de estudos: elaborar projetos de recuperação de estudos a
partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de aula, de modo a
garantir condições básicas para que o processo de socialização do conhecimento
científico e de construção do saber realmente se efetive;
Conselho de Classe: garantir um processo coletivo e participativo de reflexão-
ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e em sala de aula,
através de propostas de intervenção decorrentes desse processo;
Hora – atividade: apoio curricular com suporte da equipe pedagógica,
proporcionar condições para estudo com criação de projetos que enriqueçam as
aulas, despertem os interesses do aluno e valorize diferentes metodologias;
Sala de recursos: ambiente pedagógico destinado ao atendimento de criança
e jovens com necessidades educacionais especiais voltadas para distúrbios e
dificuldades de aprendizagem.
Sala de apoio: Viabilizar um espaço com metodologias diferenciadas na
busca da melhoria do processo educativo.
Laboratórios de Ciências e Informática: Incentivar o uso dos laboratórios
como forma de enriquecer as aulas.
5.2- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA AÇÃO PEDAGÓGICA
É a missão da escola proporcionar aos educandos uma visão do mundo
natural e do mundo social que os ajudem a se inserir nas relações sociais, políticas
e culturais de uma sociedade “moderna”, isto é, uma sociedade em que as relações
capitalistas estão se expandindo. É preciso conhecer as leis civis e estatais em sua
evolução histórica para saber, inclusive, que elas podem se transformar.
A aprendizagem escolar tem, pois, um papel decisivo na conscientização da
63
criança, dos seus próprios processos mentais. A consciência reflexiva chega à
criança através dos conhecimentos científicos e depois se transfere aos conceitos
cotidianos. Os dois processos, dos conceitos espontâneos e dos científicos, se
relacionam e influenciam constantemente, fazendo parte de um único processo: o
desenvolvimento da formação de conceitos.
O educando será considerado como um ser em processo de
desenvolvimento, sujeito a influências sociais, econômicas, culturais e tecnológicas,
recebendo estímulos decorrentes do meio em que vive, sendo, portanto, respeitado
em sua individualidade.
A educação é um processo ativo onde envolve os interesses dos alunos,
levando-os a perceber que a aprendizagem requer interesse e esforço e que se
aprende fazendo, incutindo, assim, hábitos de persistência e tenacidade.
Os métodos e técnicas de ensino serão selecionados e estudados pelo corpo
docente dentre os quais mais possibilitem a integração do educando diante de
situações e práticas, a fim de levá-lo a pensar, refletir e agir, criticamente diante das
situações apresentadas.
Serão exploradas todas as possibilidades do estudo em grupo, e
individualmente, proporcionando trabalhos em conjunto e investigação dos princípios
de cidadania e democracia.
Os conteúdos serão selecionados, a partir das Diretrizes Curriculares
Estaduais (DCE's), dentre os mais significativos e reais para a consecução dos
objetivos, tanto das matérias do núcleo comum como da parte diversificada.
O processo de ensino seguirá os princípios LDB(9394/96) para cumprimento
aos fins da Educação Nacional.
As Diretrizes Curriculares Nacionais, ressaltam a valorização da experiência
extracurricular dos alunos e a vinculação entre a educação escolar e as práticas
sociais como sendo o fim maior da educação.
A LDB 9394/96 em seu artigo 22 remete-se ao desenvolvimento do educando
na busca de lhe assegurar a formação comum indispensável ao exercício da
cidadania. E, no artigo 32, considera a formação básica do cidadão mediante o
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e
64
social, do sistema político da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade, desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, do
fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância, situados no horizonte da igualdade.
À escola, cabe assumir um compromisso para com a população, com vistas a
formar cidadãos ativos e transformadores da sociedade, sempre respeitando as
diferenças individuais, culturais e sócio-econômicas dos alunos. Ela propicia a
construção da cidadania, levando o educando a um compromisso ético e
democrático, onde o conhecimento escolar é dinâmico e a escola um espaço de
formação, informação e transformação.
Formação de cidadãos conscientes e críticos, capazes de transformação da
sociedade, e que atuem no sentido de estabelecer condições favoráveis ao bem
viver de todos, observando os critérios da moral e da ética de valores, onde cada
indivíduo possa ser respeitado em sua individualidade e valorizado em suas
aptidões; capazes ainda de socialização entre os grupos para que cada um possa
respeitar e aprender com o outro e assim dar continuidade ao processo educativo,
seja no meio em que vive ou trabalha, e com isso resgatar de si e dos outros sua
dignidade e amor mútuo, garantindo uma melhor e satisfatória qualidade de vida.
As modernas teorias educacionais afirmam que toda aprendizagem é um
processo dinâmico e pessoal que implica na modificação de comportamento.
Podemos dizer que houve mudança de comportamento, isto é, quando o educando
evidencia novas formas de pensar, sentir e agir. Por isso a aprendizagem é um dos
fatores básicos para o desenvolvimento humano e para que ela se realize torna-se
necessário que considere o HOMEM um ser BIO-PSICO-SOCIAL-ESPIRITUAL, UM
SER INTEGRAL.
A escola deve alicerçar as múltiplas necessidades do educando, garantir
aprimoração dos conhecimentos científicos numa concepção dialética, dinâmica e
contínua, viabilizando a aprendizagem por interações coletivas de forma ativa, pela
pesquisa, impulsionando assim a construção de novos conhecimentos. É no seu
interior que ocorre uma mediação entre o cotidiano do aluno e a prática social global.
Pois é ali que a educação escolar irá se efetivar. Cabe a escola, como instituição
responsável pela educação formal, cumprir a função social de levar o aluno ao
65
exercício das relações humanas que não estão ao seu alcance, pois é no exercício
dessas relações que a aprendizagem é constituída.
Como base de administração, a escola deve ter uma Gestão Participativa,
onde todos os envolvidos no âmbito educacional participam ativamente de todas as
decisões, visando um único objetivo, que é buscar a qualidade para a educação.
5.3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA POLÍTICA-EDUCACIONAL
Vivemos um novo período na história da humanidade. Período esse marcado
por inúmeras transformações de ordem política, econômica, social, e claro,
educacional. A simples constatação da velocidade com que ocorrem as mudanças
em nossa vida diária, já nos remete a uma nova sociedade, uma outra realidade que
nos envolve e nos desafia.
Isso significa que a sociedade está a nos exigir, enquanto escola, uma prática
pedagógica que garanta a construção do conhecimento, voltada para criatividade e
criticidade do indivíduo.
A escola e a educação, por sua importância política, merecem um papel de
destaque e lógico uma proposta de reforma, de mudança. Neste esforço de
reorganização da vida social e política, velhas instituições e antigos conceitos são
redefinidos de acordo com essa lógica e com interesses em novos conceitos são
introduzidos.
5.4. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
A gestão escolar se traduz cotidianamente com ato político, devido sua
implicação na tomada de decisão de todos os envolvidos, pais, alunos, professores,
funcionários. Logo, sua construção deve ser coletiva, devendo envolver a todos na
discussão e na tomada de decisões.
Para que aja, participação e tomada de decisão compartilhada, é necessária a
implementação de vários mecanismos de participação, tais como: Conselhos
Escolares, Conselhos de Classe, Representantes de turma, APMF e Grêmio
Estudantil.
66
5.4.1. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado composto por representantes da
comunidade escolar local, tendo como atribuição deliberar sobre questões político-
pedagógicas, administrativas, disciplinares, financeiras, no âmbito escolar. Cabe
ainda, ao Conselho Escolar, analisar as ações para cumprimento das finalidades e
do Regimento Escolar.
O Conselho Escolar deve atuar em conjunto de maneira democrática e
responsável, representando um lugar de participação e decisão, um espaço de
discussão, negociação e encaminhamento das demandas educacionais, dessa
maneira promover a participação e a gestão democrática.
A seleção dos membros do Conselho Escolar será pautada nas diretrizes do
sistema de ensino. Levando em conta a possibilidade de efetiva
participação,representatividade, disponibilidade e o compromisso. O saber ouvir e a
dialogar e dessa forma assumir com responsabilidade de acatar e representar as
decisões da maioria, sem nunca deixar de opinar ou de apresentar propostas, pois
como já foi dito, o conselho escolar é um espaço de participação e, portanto de
exercício de cidadania.
Com isso vale lembrar que o respeito é a base para a socialização cultural e
que é função da escola formar o cidadão, assegurando ao estudante o acesso e a
apropriação do conhecimento sistematizado. Para tanto prima-se a participação do
Conselho Escolar nas decisões tomadas em todas as instancias escolares: Projeto
Político Pedagógico, Avaliação, Gestão, Currículo e Aprendizagem.
Dessa maneira espera-se que a reflexão conjunta contribua para que trabalho
e atuação do Conselho Escolar se fortaleça enquanto grupo.
5.4.2. CONSELHO DE CLASSE
O conselho de classe é um órgão colegiado composto pelos professores,
equipe pedagógica, direção e alunos. Permite o acompanhamento dos alunos,
visando um conhecimento mais detalhado da turma e de cada aluno através da
análise do desempenho escolar e da auto-avaliação do professor com base nos
67
resultados alcançados.
A participação no Conselho de Classe requer dos professores e equipe
pedagógica a consulta a informações e registros que possam subsidiar as decisões.
O Colégio Estadual Dr. Bayard Osna acredita que o Conselho de Classe
deve acontecer de maneira participativa e, assim suscitar de uma REFLEXÃO sobre
a AÇÃO educativa de maneira consciente.
Fazendo a análise reflexiva entre a práxis avaliativa que vem sendo realizada
em nossa escola, verificamos que a nossa prática vinha sendo contraditória,
passamos a pensar maneiras de estruturar nosso Conselho de Classe, repensando
assim, a nossa atuação dentro e fora de sala de aula, nos questionando sobre: os
conteúdos contribuem para o crescimento do aluno? Os conteúdos são
significativos? Quais são as dificuldades de aprendizagem do nosso aluno? E, assim
concluímos que o Conselho de Classe não deve ser apenas o livro de chamada e
notas do aluno, mas sim um momento de participação que contemple a contribuição
e a opinião do corpo discente, através dos representantes de classe, trabalho esse
que vem sendo realizado em nossa Instituição com a Equipe Pedagógica. Sabemos
que através do trabalho com os representantes e com as turmas será possível
diagnosticar as necessidades de cada turma, fazer o repasse de informações aos
professores sobre o que foi relatado pelos alunos através de relatórios e/ou gráficos.
Para que essa nova proposta de Conselho de Classe dê certo é preciso
assumir as dificuldades, deixando claro, a diferença entre representatividade e
monitoria, tanto aos alunos como aos professores. É sabido que toda mudança
necessita de compromisso e perseverança, pois só assim é possível ousar e mudar.
Sabemos também, sobre a contribuição que o aluno traz ao participar das decisões
da escola, ainda mais quando se trata dele mesmo, ou seja, de sua auto-avaliação.
Sendo assim, a vivência da prática do Pré – Conselho em nossa Escola teve
início no ano letivo de 2005, para que os alunos obtivessem maior entendimento de
sua participação nesse momento, já que para tanto se faz necessário preparar e
fortalecer os alunos, no que diz respeito, a colocação e defesa de seus pontos de
vista com argumentação e orientação prévia da equipe pedagógica através do que
chamamos de “Ficha diálogo”. Com esse trabalho é possível contemplar a
participação da classe e seus representantes, pois os mesmos durante o Conselho
68
de Classe serão porta vozes da turma, salientando que é possível com esse trabalho
dar aos professores que lecionam na turma o feed-back necessário para sua auto-
avaliação e o repensar de sua prática em sala de aula (apud DUTRA, 1986). Com o
mesmo enfoque dado a ficha diálogo, a equipe pedagógica elaborou também um
“roteiro de auto-avaliação do professor”, para que nossos docentes possam através
desse roteiro analisar, repensar e avaliar seus métodos de ensino aprendizagem,
didáticos e avaliativos dentro do processo educativo de nossa Escola.
5.4.3. ELEIÇÃO DE ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA
A sociedade atual brasileira é marcada pelas diferenças e desigualdades. A
escola sofre também as influências por fazer parte dessa sociedade, assumindo
uma prática voltada para a competição e a individualidade.
Buscar novos conhecimentos para atuar de forma transformadora, pressupõe
maior esforço e dedicação, porém ao mesmo tempo propicia a autonomia. Portanto
as armas de que dispomos para reverter este quadro são aquelas fornecidas pelo
conhecimento. È através da detenção do conhecimento produzido historicamente,
que poderemos atuar como participantes dos mesmos interesses da comunidade,
fundamentados na ética na democracia e na justiça social, enquanto valores da vida
humana.
Neste contexto o Colégio Estadual Dr. Bayard Osna acredita na formação de
um homem responsável, participativo, crítico e criativo. Portanto, propõe ações que
permitam a compreensão do conjunto social e das formas e possibilidades de
atuação para a compreensão e transformação desta realidade.
Para tanto iniciou-se esta prática dos representantes de turma no ano de
2005 a qual é diferente de monitoria, pois entende-se que, quando os alunos
assumem um papel ativo na vida da escola e no ambiente da sala de aula, assumem
responsabilidades coletivas pelo bem estar de todos e preservação do seu
ambiente, compreendendo a importância da participação como forma de
organização social que possibilita o desenvolvimento de seu próprio processo de
formação para a cidadania.
69
OBJETIVOS DO TRABALHO COM OS ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA
Possibilitar ao aluno o exercício de práticas democráticas através do processo
de reuniões e discussões com os representantes.
Desenvolver a capacidade crítica de nossos alunos, para que os mesmos
aprendam a interferir nas discussões e problemáticas da escola.
Compreender a importância da participação como forma de organização
social que possibilita o desenvolvimento de seu próprio processo de formação do
cidadão.
Explicitar a função do representante de turma na perspectiva de uma
democracia representativa e participativa.
Os alunos representantes de turma serão eleitos através de votos diretos, no
primeiro mês do ano letivo e seu mandato será de um ano.
A aplicação dos objetivos para a representatividade se dará através de
reuniões mensais com os representantes de turma, onde através de pautas serão
discutidos diversos assuntos envoltos no Projeto Político Pedagógico da Escola, no
Regimento Escolar, no Conselho de Classe, etc...
Os alunos Representantes de Classe possuirão um caderno para o registro
dos principais pontos debatidos durante os encontros junto à Equipe Pedagógica. A
cada encontro será feita uma ata relatando a pauta discutida no encontro.
Já para os Pré- Conselhos de Classe, os alunos representantes irão
preencher uma ficha chamada de FICHA –DIÁLOGO, após irão desenvolver o
trabalho de representatividade com suas turmas, onde as mesmas orientadas pelos
representantes responderão a mesma ficha, em seguida os representantes e a
equipe pedagógica colocarão os dados em gráficos para estudos posteriores com os
professores e direção da escola.
O trabalho basicamente será permeado pelas discussões, levantamento de
problemas e viabilização de resoluções de problemas através de linhas de ação
concreta e feed-beak.
70
5.4.4. APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)
A APMF (Associação de Pais, Mestes e Funcionários) é um órgão de
representação dos Pais, Mestes e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não
tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados nenhum dos seus dirigentes e conselheiros.
A Associação de Pais, Mestes e Funcionários do Colégio estadual Dr. Bayard
Osna possui sua sede e foro no Distrito de Fazenda Rio Grande, Estado do Paraná,
localizado na Rua Rio Santana, 459. A APMF deste Estabelecimento de Ensino é
regida por seu Estatuto e pelos Dispositivos legais ou regulamentos que lhe forem
aplicados.
Considera-se de grande importância a participação da APMF no
acompanhamento do desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico; na discussão
acerca das ações de assistência ao educando, aos professores e funcionários
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com o
Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino. Buscando a integração
dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar, discutindo a política
educacional, visando sempre à realidade dessa comunidade, bem como contribuir e
colaborar com a manutenção do prédio escolar e suas instalações, conscientizando
sempre a comunidade sobre a importância desta ação.
Com isso, a APMF através de uma gestão participativa e democrática deverá
representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa maneira,
para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola pública, gratuita e
universal.
5.4.5. GRÊMIO ESTUDANTIL
A função da escola é garantir educação aos estudantes, contribuindo para
que se tornem sujeitos, isto é, autores e senhores de suas vidas. Isso significa criar
oportunidades para que eles decidam, pensem, tornem-se livres e responsáveis,
autônomos, emancipados.
Para que nossas crianças e jovens tornem-se autônomos, livres,
71
responsáveis e emancipados, eles precisam incorporar e apropriar-se da cultura da
comunidade onde vivem e ao mesmo tempo, desenvolver condições pessoais e
subjetivas para intervir originalmente no mundo, na construção da história, na
melhoria das condições de vida. Uma das formas de fazer com que nossos jovens
se sintam dessa forma é proporcionar a eles sua participação nas decisões
escolares através do Grêmio Estudantil, pois é através dele que alunos começam a
ter clareza do que é ética, cidadania, cultura, sociedade, política e, claro,
democracia.
O Grêmio deverá ter como princípio o desenvolvimento de atividades culturais
e esportivas, produzir o jornal informativo interno da escola, organizar debates e
palestras sobre os mais variados assuntos de interesse dos estudantes pois, dessa
maneira ele será um órgão reconhecido de apoio à Direção e Equipe Pedagógica da
escola.
A escolha e formação do Grêmio Estudantil acontecerão conforme a cartilha
do Grêmio Estudantil da Rede Estadual de Ensino do Paraná, tendo sempre como
meta à representatividade dos interesses dos alunos de maneira respeitosa,
organizada e democrática.
5.5. AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA
Proporcionar educação de qualidade significa percorrer uma jornada de lutas,
perseverança, tolerância, dedicação, profissionalismo, comprometimento e otimismo.
Buscar qualidade na educação é atender necessidades presentes e futuras dos
alunos. Assim, faz-se necessário trabalhar por melhorias contínuas em todas as
facetas relacionadas com o ensino.
Trabalhar com o conhecimento requer um profundo esforço; é necessário que
todos aqueles que estejam envolvidos no processo ensino-aprendizagem
mantenham-se em constante aperfeiçoamento.
Sendo assim, é necessário criar espaços dentro da escola para que cada
profissional reveja a sua prática. Para tanto, será oportunizado momento de
diálogo, de troca de experiências, como: reuniões pedagógicas, grupos de estudos,
encontros, projetos de formação continuada a todos os profissionais da escola, para
72
reflexão e aprofundamento de temas significativos à realização e ao aprimoramento
do trabalho pedagógico escolar, com o objetivo de encontrar em conjunto propostas,
alternativas, sugestões e/ou críticas que venham garantir um processo coletivo de
reflexão-ação sobre o trabalho desenvolvido pela escola e em sala de aula.
Para tanto, “o diálogo entre os professores é fundamental para consolidar
saberes emergentes da prática profissional, pois é através de “trocas de
experiências e da partilha de saberes que construímos a educação de qualidade e
conseqüentemente consolidamos espaços de formação mútua, e “nos quais cada
professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de
formando”. ( NÓVOA apud VASCONCELLOS, 2002, p.123).
Tendo em vista a necessária formação continuada de todos os professores, a
escola incentivará a participação no Projeto Folhas.
O Projeto Folhas3 objetiva viabilizar meios para que os professores da Rede
Pública Estadual do Paraná pesquisem e aprimorem seus conhecimentos,
produzindo, de forma colaborativa, textos de conteúdos pedagógicos, com base nas
Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e/ou Médio e seus conteúdos
estruturantes, nas disciplinas de cada nível de ensino.
A formação continuada diz respeito também à diversidade de leituras - obras
científicas - técnicas - específicas – teóricas, sugeridas ao professor. Assim, a
leitura dos livros da Biblioteca do Professor, será incentivada e acompanhada
pela equipe pedagógica da escola.
Será incentivada também a participação de professores e demais
funcionários em cursos on line, GTR's, especialmente os cursos sob orientação da
equipe do CRTE/NRE AM-SUL O. A . C. ( Objeto de Aprendizagem Colaborativo).
A Hora – Atividade é um conquista de todos os professores. É nesses
momentos que o professor faz o seu plano de trabalho docente, organiza o Livro
Registro de Classe, faz leituras, corrige as atividades avaliativas, troca experiências,
redefine metas.
Durante a hora-atividade, a equipe pedagógica orienta o professor , sugere
atividades, leituras e levanta as possíveis dúvidas referentes aos alunos e às
práticas pedagógicas, metodológicas e avaliativas .
3 Para se inscrever no Projeto ver Manual de Produção do Folhas ou Portal Dia-a-dia Educação - www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.
73
5.6. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO GERAL DO DESEMPENHO DOS
DOCENTES, PEDAGOGOS E FUNCIONÁRIOS.
A avaliação de desempenho é uma apreciação de desempenho sistemático
do indivíduo no cargo e no seu potencial de desenvolvimento. Toda avaliação
deverá ser um processo para estimular ou julgar o valor, a excelência, as qualidades
ou o status de algum processo ou pessoa.
Informações, feedback sobre desempenho e responsabilidade são três fatores
associados à avaliação individual de desempenho de professores e funcionários na
escola.
Entendemos que a avaliação de desempenho na escola deve ser contínua e
ter natureza pedagógica, voltada para a orientação da melhoria contínua do
desempenho profissional coletivamente organizada.
Segundo LÜCK (2000), a avaliação de desempenho eficaz é caracterizado
por quatro aspectos:
É compatível com as metas e objetivos específicos da escola em que está
sendo aplicado, e com isso é alterado na medida em que os objetivos da
escola mudam;
A liderança da organização e os recursos institucionais são fornecidos para a
implantação deste processo;
Os avaliados recebem capacitação especializada para desempenhar seu
papel;
Tanto os gestores como os servidores compartilham um entendimento dos
objetivos e processo da avaliação.
Acrescenta-se ainda que a avaliação deve ter como princípio uma visão pró-
ativa, orientada para feedback e a melhoria do desempenho. Em consequência,
deve também levar em consideração o contexto do trabalho e sua organização, que
são, em grande parte, condicionadores do desempenho.
Assim, o processo de avaliação de desempenho que se pretende, será
dinâmica e aberta ao crescimento e à mudança, respeitando critérios balizadores e
coerentes com os objetivos da escola.
Os critérios para avaliar o desempenho serão discutidos em reunião
74
específica entre os professores, funcionários e o gestor. Esse momento é para
esclarecer dúvidas e mal-entendidos e também para tranquilizar as apreensões
surgidas em função da avaliação.
Embora, a avaliação de desempenho de um professor em sala de aula seja
um assunto bastante polêmico, pois ensinar é uma arte e, por esta razão, é uma
atividade permeada por subjetividade, insinuações e complexidades sutis, entende-
se que através da avaliação de desempenho os professores possam desenvolver
habilidades, rever sua prática e buscar conhecimento para melhor desenvolver seu
trabalho.
A equipe pedagógica procurará envolver tanto os professores como os
funcionários, de uma forma ativa nas discussões, sobre a prática e também sobre a
filosofia de sua forma de atuar, ajudando a facilitar a compreensão por parte dos
integrantes da escola sobre o processo de avaliação de desempenho.
Apresentamos a seguir alguns critérios e instrumentos de avaliação de
desempenho que serão discutidos com os professores e funcionários.
Na avaliação de professores por exemplo, serão considerados os seguintes
critérios:
Habilidades pedagógicas (planejamento, metodologia, avaliação, currículo);
Gestão de sala de aula (procedimentos em sala de aula, material de apoio,
mantém livro registro de classe em dia, entrega relatórios de alunos, de estudos,
organiza atividades individuais, em grupos, projetos);
Gestão de disciplina dos alunos em sala de aula (desenvolve e implanta
estratégias de disciplina, encoraja a auto-disciplina, trabalha o regimento e os
padrões corretos de conduta);
Interesse em ensinar os alunos (relação harmoniosa com todos os
alunos,reconhece as características particulares de cada aluno, orienta o processo d
e aprendizagem);
Esforço para provocar melhorias, quando necessário(realiza auto-avaliação
contínua, toma conhecimento das recomendações feitas);
Preparação profissional e fundamentação teórica da disciplina que ministra
(possui e mantém um embasamento acadêmico sólido).
Na avaliação de funcionários serão considerados os desempenhos e como
75
instrumento, se propõe um questionário com algumas perguntas sobre o seu fazer:
Executa as tarefas da melhor forma? Está comprometido?
Ajuda os colegas de outros setores? Toma iniciativas para evitar perda de
tempo?
É pontual? Se descobre que vai atrasar, avisa imediatamente as pessoas?
Tem orgulho do seu trabalho?
Tenta evitar desperdícios de recursos?
Pede ajuda quando não consegue dar conta do trabalho?
A avaliação de desempenho é fundamental para a melhoria do ensino, pois
pretende auxiliar os novos professores a desenvolver suas competências em sala de
aula, assim como dar feedback aos mais antigos sobre seu desempenho, visando à
sua melhoria contínua. O mesmo se aplica aos funcionários em geral. Entretanto,
para alcançar o objetivo da avaliação de desempenho é necessário envolver os
professores na identificação de suas próprias necessidades, respeitar as diferenças
e principalmente cultivar relacionamentos interpessoais favoráveis e abertos.
5.7. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO,
DEPENDÊNCIA E RECUPERAÇÃO PARALELA
A avaliação dar-se-á durante todo o processo de ensino-aprendizagem, por
isso a mesma deverá ser, diagnóstica/formativa, contínua e cumulativa, em função
dos objetivos propostos e tem por finalidade a verificação do processo de construção
do conhecimento, do aproveitamento e do crescimento do educando, atendendo
dessa forma às orientações curriculares.
A avaliação far-se-á pela observação constante do desempenho do educando
em trabalhos individuais, em equipe, atividades em classe, extra-classe e
domiciliares, pesquisas, provas, trabalhos, testes, maquetes, teatro, seminários,
projetos especiais e demais modalidades, que se mostrarem apropriadas e de
aplicação possível.
O aluno deverá demonstrar que se apropriou dos critérios pré estabelecidos
das disciplinas e dos conhecimentos básicos necessários para para avançar no
processo de aprendizagem.
76
Bimestralmente e ao término do ano letivo, os pais e/ou responsáveis serão
informados quanto ao desempenho do aluno, através de instrumento próprio.
O resultado da avaliação será expresso através de notas numa escala de 0
(zero) a 10 (dez) sendo que o grau zero será atribuído em caso de frequência nula
no bimestre. Para que o aluno obtenha aprovação ao término do ano letivo, deverá
obter média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), e frequência igual ou superior
a 75% (setenta e cinco por cento) por disciplina, calculada através da medida
aritmética:
MA= 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB=
4
Em nosso Estabelecimento de Ensino, conforme reza o Regimento Escolar, o
aluno não fará dependência em nenhuma disciplina, porém só será considerado
reprovado (retido na série) se obtiver frequência inferior a 75% sobre o total da carga
horária do período letivo, com qualquer média anual; com frequência igual ou
superior a 75% e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero), neste caso o aluno
será submetido a analise do Conselho de Classe que definirá sua aprovação ou
reprovação de acordo com o seu desempenho no ano letivo. Durante os Conselhos
de Classe serão analisados todas as situações de aprendizagem, assiduidade e
rendimento dos alunos, bem como a necessidade de revisão das metodologias
utilizadas pelos professores e seus critérios e instrumento avaliativos.
A recuperação paralela dos conteúdos acontecerá simultaneamente às
avaliações dos alunos, independente do rendimento escolar, seja ele insuficiente
e/ou média bimestral igual ou inferior a 6,0 (seis vírgula zero) e/ou superior a 6,0
(seis vírgula zero) ou inferior a 10,0 (dez vírgula zero). Todos os alunos terão a
oportunidade, o dever e o direito de rever o conteúdo trabalhado durante o bimestre,
refazer atividades, tirar e sanar possíveis dúvidas e/ou dificuldades de aprendizagem
e executar novas avaliações.
A média do bimestre (MB) será a soma da nota das atividades diárias, que
contemplará atividades realizadas em sala, em casa, trabalhos, (instrumentos do
professor) com peso 2,0 (dois vírgula zero) mais o total de avaliações, que deverão
ser no mínimo duas por bimestre (o critério para o número de avaliações dependerá
do número de horas/aula de cada professor/disciplina), devendo o total de
77
avaliações somar 8,0 (oito vírgula zero). Com isso, a média máxima por bimestre
somará 10 (dez). Contudo, prevalecerá na soma final a média de maior valor.
Exemplo de registro e cálculo:
ATIVIDADES DIÁRIAS = 2,0
AVALIAÇÕES= 8,0
RECUPERAÇÃO= 10,0
6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
(P.P.P)
A construção do Projeto Político Pedagógico é um processo dinâmico e
permanente, pois continuamente novos atores se incorporam ao grupo, trazendo
novas experiências, capacidades e necessidades. É um eterno diagnosticar,
planejar, repensar, começar e recomeçar, analisar e avaliar.
A escola que a sociedade democrática requer é aquela capaz de implementar
seu próprio Projeto Político Pedagógico, elaborado coletivamente, devidamente
atualizado, divulgado e avaliado por todos os interessados.
A função avaliativa que se harmoniza com a autonomia escolar, vai ganhado
importância na medida em que as equipes (pedagogos, professores, direção,
funcionários, alunos) estão buscando se aperfeiçoamento através da auto-avaliação
e da avaliação diagnóstica.
O diagnóstico funciona como um “balanço geral” da escola. Esta avaliação
mais geral e sistemática da escola será feita uma vez por ano, especialmente, no
início do ano letivo. Entendemos que a avaliação institucional deve abarcar todas
as dimensões da escola: Pedagógica, Administrativa e Comunitária. Devemos
destacar que o caráter da avaliação institucional, assim como o da aprendizagem,
deve ser formativo, emancipatório.
Assim, será elaborado um roteiro para a avaliação do projeto, o qual
contemplará algumas questões consideradas importantes, como: o que foi
realizado? O que não foi? As atividades realizadas estão de acordo com as
necessidades do grupo? As normas estabelecidas pelo grupo ajudaram a
78
concretizar os propósitos da instituição? As necessidades foram supridas? Quais
permaneceram? Quais são as novas?, entre outras.
Entendemos que o processo de planejamento, bem como a proposta de
transformar a realidade é complexa. No entanto, o Projeto Político Pedagógico na
linha do Planejamento Participativo é uma potente ferramenta teórico-metodológica
de transformação da realidade educacional, ou seja, é uma mediação que ajuda
organizar e expressar o desejado e o vivido, tomar consciência da distância entre
ambos, bem como diminuir essa distância.
Concluindo, o Planejamento Participativo é um instrumento teórico-
metodológico de luta, para intervenção desejada e refletida no real, possibilitando o
avanço de uma educação democrática e transformadora.
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críticas em educação. Manuel Castells e outros; trad. Juan Acuna. Porto Alegre:
Artes Médicas. 1996.
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Atuais. Brasília, 1999.
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79
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RUSS. Jaqueline. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Editora Scipione, 2003.
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VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do
80
projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo:Libertad, 2002.
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XAVIER. Maria Elizabete Sampaio Prado. História da educação: a escola no
Brasil. São Paulo: FTD, 1994.-( Coleção Aprender&Ensinar).
7- PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Cumprindo com o pressuposto legal previsto na LDB Lei nº. 9394/96, ART 13
Parágrafos I, II, III, os professores do Colégio Estadual Dr. Bayard Osna – E.F.M,
elaboraram essa Proposta Curricular com o objetivo de realizar uma educação de
qualidade para todos.
Segundo PERRET-CLEM E SCHUABAUER-LEONI,1989, citado por
GIMENO,
“... A aprendizagem é um processo fundamental da vida humana, que
implica ações e pensamento tanto quanto emoções, percepções, símbolos,
categorias culturais, estratégias e representações sociais. Ainda que
descrito freqüentemente como um processo individual, a aprendizagem é
também uma experiência social com vários companheiros (pais,
professores(as), alunos(as)...”.
Diante dessa citação a Proposta Curricular aqui apresentada, é uma
construção coletiva e representa o comprometimento dos professores com o
processo educativo.
81
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A prática educativa escolar dependerá, em grande medida, da concepção de
currículo que se tem, pois ele é a espinha de sustentação do trabalho pedagógico,
uma vez que toda proposta curricular supõe sempre a escolha de determinados
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, do imenso patrimônio cultural
da humanidade.
Grundy assegura que:
“ O currículo não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não
se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de existência fora e
previamente à experiência humana.É antes,um modo de organizar uma
série de práticas educativas” ( Grundy apud Sacristán,1987).
Do Projeto Político Pedagógico da instituição escolar, dependerá a efetivação
do currículo da escola, e de ambos dependerá o planejamento de ensino dos
professores em suas áreas ou disciplinas.
Nas disposições gerais sobre a Educação Básica, ART. 26. parágrafo 1º e 2º
do texto da Lei n. 9394/96, observa-se que os currículos do Ensino Fundamental e
Médio, deve ter uma Base Nacional Comum - Língua Portuguesa, Matemática,
Conhecimento do mundo físico e natural, da realidade social e política,
especialmente do Brasil – a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigidas pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
O ART. 27, estabelece as diretrizes para os conteúdos curriculares da
educação básica:
I. A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres
dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II. Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
III. Orientação para o trabalho;
IV. Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-
formais.
82
O ensino é, portanto, a transmissão intencional e sistemática de conteúdos
culturais e científicos, que constituem um patrimônio coletivo da sociedade. Esses
conteúdos são selecionados tendo em vista seu valor formativo e instrumental, bem
como, a importância de sua ligação com a realidade social.
Nesta perspectiva, a equipe pedagógica exerce um papel fundamental e
muito importante como elemento que ajuda o grupo de professores a pensar o aluno
como um todo e não reduzi-lo apenas a um produtor/reprodutor de conteúdos
programáticos.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio da Rede
Pública Estadual, constitui-se num documento orientador, cujo propósito é apontar
indicativos teórico-metodológico para que a escola organize a proposta curricular de
acordo com concepção de educação, de homem e de sociedade, presente em seu
Projeto Político Pedagógico.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede Pública
Estadual são as seguintes:
I. As escolas da rede pública estadual que ofertam o ensino fundamental
pautarão todas as suas ações visando à garantia de acesso, de permanência
e de aprendizagem para todos os alunos em idade escolar e para aqueles
que não tiveram acesso ao ensino fundamental em idade própria.
II. O processo de escolarização fundamental contribuirá para o enfrentamento
das desigualdades sociais, visando uma sociedade justa.
III. As escolas elaborarão as suas propostas curriculares, tendo como referência
às diretrizes curriculares para o ensino fundamental, objetivando o zelo pela
aprendizagem dos alunos.
IV. O coletivo da escola elaborará a sua proposta curricular, com vistas à
valorização dos conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares.
Quanto ao Ensino Médio, as Diretrizes Curriculares são balizadas pelos
conceitos de ciência, cultura e trabalho.
No Simpósio do Ensino Médio as discussões avançaram na tentativa de
definição do conceito de conhecimento. O esforço foi de superar a visão positivista e
apontar as três possibilidades de conhecimento a serem a abordadas pelo currículo:
o conhecimento científico, o conhecimento da Arte e o conhecimento filosófico.
83
A presença do conhecimento científico no currículo do Ensino Médio deverá
ter uma abordagem histórica deste conhecimento, para que o aluno compreenda
quando, onde e porque foi desenvolvido, que perceba a não neutralidade da sua
produção, sempre tão atrelada a interesses políticos e econômicos nos diversos
períodos históricos.
Um currículo que historicize a produção do conhecimento científico pode
trazer para a discussão a questão das fontes e dos métodos de pesquisa,
familiarizando o aluno com estes procedimentos e diminuindo a distância entre
aquele que produz as “verdades” e aqueles que as aprende. Finalmente, é preciso
que o currículo fomente a discussão sobre a controvertida questão do acesso social
aos benefícios e às conquistas do conhecimento científico.
Outro saber que deve compor a base do currículo do Ensino Médio é a Arte,
entendida como conhecimento necessário para a formação de um sujeito criativo,
que possibilita a apreensão da realidade na sua totalidade, para além das
aparências empíricas.
A Arte é parte integrante da realidade social, elemento da estrutura da
sociedade e expressão da produtividade social e espiritual do homem. Desvendar as
complexas relações da Arte com a realidade possibilita aos sujeitos do Ensino Médio
um posicionamento crítico e criativo diante do mundo.. Para tanto será necessário
que a Arte como uma forma de conhecimento, presente e privilegiado num currículo
escolar, aborde a análise e reflexão das produções pretéritas e presentes, clássicas
e populares, sempre contextualizadas historicamente.
O terceiro pilar da estrutura do currículo do Ensino Médio é o conhecimento
filosófico. O saber pensar filosoficamente é condição para a formação de um sujeito
que tem consciência de si e do mundo, que se percebe como autônomo e
emancipado. A Filosofia no currículo do Ensino Médio deve estar voltada para os
problemas a serem discutidos pelos sujeitos do Ensino Médio respeitando sua idade
e maturidade, buscando na história da filosofia como conteúdo produzido
historicamente,dando sentido e respostas para questões atuais.
É preciso não esquecer que o tripé do conhecimento a ser contemplado no
currículo do Ensino Médio - Filosófico, Científico e Artístico - tem um caráter
interdisciplinar implícito, pois os saberes relativos a cada um perpassam os demais.
84
Interdisciplinaridade e contextualização são conceitos que transitam pelas mais
diferentes matrizes curriculares, das conservadoras às críticas, há muitas décadas.
A estrutura curricular proposta para o Ensino Médio do Estado do Paraná é
disciplinar e prima pela importância da análise e do debate sobre a história das
disciplinas (de referência e/ou escolares), da constituição de seus campos do
conhecimento/conteúdo estruturantes e de seus quadros teóricos conceituais. Desta
perspectiva, o olhar sobre os saberes que estão ou devem estar presentes no
currículo busca na história de cada disciplina como se constituíram estes saberes,
os possíveis vínculos que eles estabelecem entre a disciplina de referência e a
disciplina escolar, a que interesses serviram e/ou servem no contexto histórico de
sua constituição e de sua ressignificação, etc.
Neste tipo de estrutura curricular é a partir das disciplinas que se constrói a
interdisciplinaridade, ou seja, esta se dá por meio da articulação rigorosa de
conceitos e metodologia afins, que colocam em relação às disciplinas que
comandarão o processo investigativo de um determinado conteúdo escolar. A
disciplina aqui, não é entendida como um instrumento da interdisciplinaridade e sim
como o elemento motor que a constrói. Ainda, é o recorte/enfoque dado ao objeto
(conteúdo) de cada disciplina, no processo de investigação do mesmo, que
possibilitará a interdisciplinaridade.
O conceito de interdisciplinaridade está profundamente relacionado ao
conceito de contextualização, enquanto princípios integradores do currículo.
De acordo com RAMOS,
Sob algumas bordagens, a contextualização, na pedagogia, é
compreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em uma
realidade plena de vivências, buscando o enraizamento do conhecimento
explícito na dimensão do conhecimento tácito. Tal enraizamento seria
possível por meio do aproveitamento e da incorporação de relações
vivenciadas e valorizadas nas quais os significados se originam, ou seja, na
trama de relações em que a realidade é tecida.(s/d)
Esta argumentação chama atenção para a importância da práxis na dimensão
pedagógica, para a importância da perspectiva relacional entre teoria e prática na
85
construção do conhecimento na escola. Este princípio contribui para que o
conhecimento ganhe significado para o aluno, para que aquilo que lhe parece sem
sentido seja problematizado e apreendido.
7.1- LÍNGUA PORTUGUESA/ LITERATURA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há
muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do
professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 de século XX.
Levando-se em conta o tempo decorrido desde a chegada ao Brasil dos
primeiros conquistadores europeus, podem-se tomar os cento e poucos anos da
disciplina e os quase oitenta de preocupação com a formação dos professores como
fatos recentes. Acrescenta-se a isso que a formação da nação brasileira deve à
língua muito da sua identidade. Nesse aspecto, tencionando o uso culto da língua,
emergem, no nível popular, coloquial, práticas de língua que definem muitos
aspectos da tradição, que hoje, correm o risco de desaparecer sob os influxos da
indústria cultural massiva.
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da
sociedade.
Entende-se que os diversos e diferentes motivos para o ensino da língua se
entrecruzam na escola, dentre eles os seus condicionantes sociais, culturais e
políticos. Priorizam-se os seguintes motivos:
a) a formação do aluno para a cidadania e para a participação social;
b) o processo de desenvolvimento da aprendizagem, as necessidades dos alunos, a
cultura/saber que eles trazem para a escola, suas relações dentro e fora do espaço
escolar, e as demandas do contexto histórico-social;
c) as razões das famílias, razões essas que, direta ou indiretamente, refletem o
valor social e educativo tanto da disciplina Língua Portuguesa quanto da escola.
Desse modo, ensinar Português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a
oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles têm das práticas de
86
linguagem. Toda reflexão com e sobre a língua somente tem sentido se considerar,
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades
que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais de uso da língua
materna. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem, aqui, à linguagem
escrita; abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem
verbal com “as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia,
a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as
charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio
linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas
sociais, discursivas) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos,
seus diferentes modos de composição e de geração de significados) (FARACO,
2002,p.101). Considera-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a
serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa / Literatura, tendo em vista o
papel de suporte para todo o conhecimento. Multiletramente, significa, que
“compreender e produzir textos não se restringe ao trato do verbal (oral ou escrito),
mas à capacidade de colocar-se em relação às diversas modalidades de linguagem
– oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos – para delas
tirar sentido” (ROJO, 2004 p. 31).
Diante do exposto, pode-se entender que as práticas de linguagem, como
fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano,
potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar.
As Diretrizes Curriculares propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua
Portuguesa esteja sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e
social. Por Conteúdo Estruturante entende-se o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar. A partir deles, advêm os conteúdos específicos, a serem
trabalhados no cotidiano escolar.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o
Conteúdo Estruturante, portanto, é discurso como prática social.
Afirma João W. Geraldi (1991), citado nas Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa, “A linguagem não é o trabalho de um artesão, mas trabalho social e
87
histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui”.
OBJETIVOS GERAIS
Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de
ensino:
empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções questão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como
condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está
inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e
coletivo;aprimorar, pelo contato com as práticas, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com
as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
valorizar a história e cultura afro-brasileira, o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes a história do Brasil (Lei nº 10.639/2003);
valorizar a vida em todas as suas formas e manifestações, compreendendo
que o ser humano é parte integrante da natureza e pode transformar o meio em que
vive (Lei do Meio Ambiente).
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes
supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio da
88
inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e
escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do
aluno e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE - LÍNGUA PORTUGUESA
5ª. SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
Segundo as Diretrizes curriculares, o professor deve planejar e desenvolver
um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar
também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais.
Variações linguísticas;
Adequação à língua padrão;
Harmonia entre a linguagem verbal e linguagem corporal;
Elementos extra linguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Intencionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor: participação e cooperação;
Particularidades de pronúncia de algumas palavras.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, entende-se a leitura como
um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou
relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.
GÊNEROS TEXTUAIS: histórias em quadrinhos, diálogos, carta pessoal,carta
de solicitação, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor,
classificados, verbetes, descrições, lendas, fábulas, contos de fadas, bilhetes,
89
causos, letras de músicas, poemas, textos lúdicos, (trava-línguas, quadrinhas,
advinhas, parlendas, cantigas de roda e piadas), publicitários, didáticos,
paradidáticos, literatura infanto-juvenil, narrativa de enigma, narrativa de aventura,
dramatização, exposição oral, aviso, fotos, mapas, horóscopo, regras de jogo,
anedotas, comercial para tv, textos abordando temas como meio ambiente, cultura
Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena, política entre outros.
ESPECIFICIDADES DO TEXTO: estrutura composicional, elementos de
conteúdo, aspectos temáticos e aspectos discursivos mais relevantes;
LEITURA: compreensão, fluência (ritmos,pausas,entonações), interpretação
textual: conteúdo temático, interlocutores, fonte, intertextualidade, informatividade,
intencionalidade, marcas linguísticas; identificação do argumento principal e dos
argumentos secundários; inferências.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ESCRITA
Conforme as Diretrizes Curriculares, o envolvimento do aluno e do professor
com a escrita, acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do
texto, o da reflexão, que deve preceder e acompanhar o processo de produção; o da
revisão, re-estruturação e re-escrita do texto, que constitui, também, um produtivo
momento de reflexão.
Os temas abordados nas produções textuais estarão ligados a criatividade, a
cidadania, ao espírito crítico, entre outros.
Leitura e produção de textos: histórias em quadrinhos, diálogos, descrições,
cartas, entrevistas, anúncios publicitários, narrativas, poemas, bilhetes,
cartazes, avisos, resumos, verbetes de enciclopédias, entre outros;
Variações linguísticas;
Elementos da narrativa;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas:
Argumentação;
Paragrafação;
Clareza de ideias;
90
Refracção textual;
Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
discurso direto, concordância verbal e nominal, discurso indireto, vocabulário,
expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto, função do
adjetivo, adverbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do
texto, coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno; a pontuação
e seus efeitos de sentido no texto; recursos gráficos: aspas, travessão,
negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica; processo de formação de palavras;
gírias; algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia, antítese,
comparação, metáfora...); particularidades de grafia de algumas palavras.
6ª. SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
Segundo as Diretrizes curriculares, o professor deve planejar e desenvolver
um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar
também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais.
Variações linguísticas;
Adequação à língua padrão;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,
repetições, pausas, etc.)
Intencionalidade do texto;
Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;
Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
91
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, entende-se a leitura como
um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou
relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.
GÊNEROS TEXTUAIS: publicitário, descritivo, narrativo, história em
quadrinhos, lúdico, diálogo, carta, reportagem, letra de música, entrevista, artigo,
notícia, contos, fábulas, poesia, textos didáticos, literatura infanto-juvenil, crônica de
ficção, estatutos, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródias, chats,
provérbios, torpedos, álbuns de família, literatura de cordel, diário, carta de
reclamação, carta ao leitor, instruções de uso, cartum, placas, pinturas, textos
abordando temas como meio ambiente, cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura
Indígena, política entre outros.
ESPECIFICIDADES DO GÊNERO: estrutura composicional, elementos de
conteúdo, aspectos temáticos e aspectos discursivos mais relevantes;
LEITURA: interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, ideologia, papéis sociais representados, intertextualidade,
intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas; identificação do argumento
principal e dos argumentos secundários; as particularidades (lexicais, sintáticas e
textuais) do texto em registro formal e informal; texto verbal e não-verbal.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ESCRITA
Conforme as Diretrizes Curriculares, o envolvimento do aluno e do professor
com a escrita, acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do
texto, o da reflexão, que deve preceder e acompanhar o processo de produção; o da
revisão, re-estruturação e re-escrita do texto, que constitui, também, um produtivo
momento de reflexão.
Os temas abordados nas produções textuais estarão ligados a temas atuais, a
criatividade, a cidadania, ao espírito crítico, entre outros.
Leitura e produção de textos: histórias em quadrinhos, diálogos,
descrições, cartas, entrevistas, anúncios publicitários, narrativas, poemas, cartazes,
92
resumos, literatura de cordel, propaganda,notícias, tiras, paródias, placas, pinturas,
diário, entre outros;
Variações linguísticas;
Elementos e etapas da narrativa;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,
marcas linguísticas;
Linguagem formal e informal;
Argumentação;
Coerência e coesão textual;
Organização das ideias, parágrafo;
Finalidade do texto;
Refracção textual;
Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
discurso direto , indireto e indireto-livre na manifestação das vozes que falam no
texto; função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto; a pontuação e seus efeitos de sentido no texto; recursos
gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen, acentuação gráfica;
valores sintáticos e estilísticos dos modos e dos tempos verbais; a representação do
sujeito no texto (expressivo, elíptico; determinado, indeterminado; ativo e passivo);
neologismo; figuras de pensamento ( hipérbole, ironia, eufemismo, antítese); alguns
procedimentos de concordância nominal e verbal; linguagem digital; semântica;
particularidades de grafia de algumas palavras.
7ªSÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
Segundo as Diretrizes curriculares, o professor deve planejar e desenvolver
um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar
também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais.
93
Variação linguística;
Adequação à norma culta;
Defesa do ponto de vista;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala;
Particularidade dos textos orais;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
Finalidade do texto oral;
Articulação da fala com recursos escritos, como apoio;
Aproveitamento dos recursos melódicos da fala (entonação, fluência, ritmo,
pausa, etc.), de modo a realçar aspectos do conteúdo textual.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
GÊNEROS TEXTUAIS: crônicas, poesias, letra de música, cartas, descrições,
textos didáticos, argumentativos, dissertativos, ficcionais, informativos, lúdicos,
publicitários, técnicos, regimentos, slogan, telenovelas, telejornal, reportagens,
pesquisas, contos fantásticos, narrativas de terror, charge, narrativa de humor,
crônica jornalísticas, paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme,
biografia, narrativa de ficção científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, juri
simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda, dissertação,
regulamentos, caricatura, escultura, pintura, textos de imprensa, divulgação
científica e livros de literatura infanto-juvenil, textos abordando temas como meio
ambiente, cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena, política entre outros.
ESPECIFICIDADES DO GÊNERO: estrutura composicional, elementos de
conteúdo, aspectos temáticos e aspectos discursivos mais relevantes;
LEITURA: interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, ideologia, intencionalidade, informatividade, marcas
linguísticas; identificação do argumento principal e dos secundários; as diferentes
vozes sociais representadas no texto; linguagem verbal e não-verbal, midiático,
94
infográfico, etc; relações dialógicas entre textos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ESCRITA
Conforme as Diretrizes Curriculares, o envolvimento do aluno e do professor
com a escrita, acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do
texto, o da reflexão, que deve preceder e acompanhar o processo de produção; o da
revisão, re-estruturação e re-escrita do texto, que constitui, também, um produtivo
momento de reflexão.
Os temas abordados nas produções textuais estarão ligados a temas atuais, a
criatividade, a cidadania, ao espírito crítico, entre outros.
Produção de textos: crônicas, cartas, poemas, narrativas, descritivos,
publicitários, reportagens, notícias, entrevistas, técnicos, resumos, paródias,
paráfrases, cartazes, slogan, telejornal, reportagem, pesquisa, conto, biografia,
haicai, dissertação;
Variações linguísticas;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,
marcas linguísticas;
Argumentação;
Coerência e coesão textual;
Paráfrase de texto;
Paragrafação;
Refracção textual;
Análise linguística perpassando as práticas da leitura, escrita e oralidade:
semelhanças e diferenças entre discurso escrito e oral; conotação e denotação; a
função das conjunções na conexão de sentido do texto; programação referencial
( locuções adjetivas, pronomes, substantivos...); função do adjetivo, adverbio,
pronome, artigo, e de outras categorias como elementos do texto; a pontuação e
seus efeitos de sentido no texto; recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen,
itálico, acentuação gráfica; figuras de linguagens; procedimentos de concordância
verbal e nominal; a elipse na sequencia do texto; estrangeirismos; as irregularidades
e regularidades da conjugação verbal; a função do adverbio modificador e
95
circunstanciador; complementação do verbo e de outras palavras.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
Segundo as Diretrizes Curriculares, o professor deve planejar e desenvolver
um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar
também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais.
Adequação à norma culta;
Persuasão, pertinência de ideias, argumentos, defesa do ponto de vista
Articulação da fala com recursos escritos, como apoio: resumos/esquemas de
consulta (gráficos, cartazes etc);
Elementos extras linguísticos (entonação, fluência, ritmo, pausas, gestos) de
modo a realçar o conteúdo textual;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Variedades linguísticas;
Intencionalidade do texto oral;
Papel do locutor e do interlocutor: turnos de fala.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, entende-se a leitura como
um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou
relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.
GÊNEROS TEXTUAIS: publicitário, descritivo, narrativo, história em
quadrinhos, lúdico, diálogo, carta, reportagem, letra de música, entrevista, artigo de
opinião, debate, manifesto, seminário, relatório, resenha crítica, romance, história de
humor, charges, editorial, curriculum vitae, assembleia, agenda cultural, reality show,
novela fantástica, conferência, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, notícia,
96
contos, fábulas, poesia, textos didáticos, literatura infanto-juvenil, textos abordando
temas como meio ambiente, cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena,
política entre outros.
ESPECIFICIDADES DO GÊNERO: estrutura composicional, elementos de
conteúdo, aspectos temáticos e aspectos discursivos mais relevantes;
LEITURA: Interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, intencionalidade, intertextualidade, ideologia, informatividade,
marcas linguísticas; identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários; informações implícitas em textos; as vozes sociais presentes no texto;
estética do texto literário.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ESCRITA
Conforme as Diretrizes Curriculares, o envolvimento do aluno e do professor
com a escrita, acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do
texto, o da reflexão, que deve preceder e acompanhar o processo de produção; o da
revisão, re-estruturação e re-escrita do texto, que constitui, também, um produtivo
momento de reflexão.
Os temas abordados nas produções textuais estarão ligados a temas atuais, a
criatividade, a cidadania, ao espírito crítico, entre outros.
Produção de textos: crônicas, cartas, poemas, descritivo, argumentativo,
dissertativo, narrativo, publicitário, técnico, entrevista, notícia, reportagem, resumo,
cartazes, relatório, artigo de opinião, charges, resenha, resumo.
Variações linguísticas;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Argumentação;
Resumo de texto;
Paragrafação;
Paráfrase;
Intertextualidade;
Refracção textual;
97
Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
conotação e denotação; coesão e coerência textual; vícios de linguagem;
operadores argumentativos e os efeitos de sentido; expressões modalizadoras (que
revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente,
comovedoramente...); semântica; expressividade dos substantivos e sua função
referencial no texto; função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras
categorias como elementos do texto; a pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica;
estrangeirismo, neologismos, gírias; procedimentos de concordância verbal e
nominal; valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais; a função das
conjunções e preposições na conexão das partes do texto; coordenação e
subordinação nas orações do texto.
PRÁTICAS DISCURSIVAS
No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto verbal
– oral ou escrito – e também as outras linguagens, tendo em vista o multiletramento,
como unidade básica, que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas se
estabelecem de modo dinâmico com experiências reais de uso da língua.
Quanto maior o contato com linguagem, na diversidade textual, mais
possibilidades se tem de entender o texto como material verbal carregado de
intenções e de visões de mundo. Para Andrade (1995), “o trabalho com o texto
surge como possibilidade de mudança, na qual o professor assume uma postura
interlocutiva com seu aluno, construindo um projeto mais arrojado e eficaz para a
aprendizagem da língua escrita”.
Ressalta-se que as aulas pautadas somente na gramática tradicional
desconsideram a constituição interativa da linguagem. A análise linguística amplia
esse leque tão restrito da gramática tradicional e relativiza o que a gramática postula
como errado. Além disso, sua atuação perpassa as três práticas, ou seja, a
oralidade, a escrita e a leitura. Dessa forma consegue abranger o dinâmico sistema
da linguagem porque não opera de modo estanque, mas usa reflexões como falante
para sistematizar e compreender outras operações. Na análise linguística, o aluno
98
não é mero ouvinte, sua participação é fundamental.
A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não apenas a
leitura e a expressão oral ou escrita, mas, também, reflexão sobre o uso da
linguagem em diferentes situações e contextos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA ORALIDADE
Na prática da oralidade, as Diretrizes Curriculares consideram as variantes
linguísticas como legítimas formas de expressão. Em especial, as de grupos sociais
historicamente marginalizados serão tratados em sua relação à centralidade
ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta.
Assumindo a fala como conteúdo que implica conhecimentos relativos às
variedades linguísticas e as diferentes construções da língua, inclusive quanto aos
aspectos argumentativos do discurso, precisam ser desenvolvidas em sala de aula
atividades que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como
relacionadas a seguir:
apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, filmes,
livros, a participação do negro na sociedade, meio ambiente etc;
depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou
pessoas de seu convívio;
debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
uso do discurso oral para emitir opiniões, trocar opiniões, justificar ou
defender opções tomadas;
colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor
programações, dar avisos, fazer convites, etc;
confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas
similaridades e diferenças;
relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;
análise de programas televisivos ou radiofônicos a partir de gerações para
serem ouvidas transmitidas e analisadas, observando-se as pautas, hesitações,
99
truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau
de formalidade, comparação com outros textos, etc;
utilização de recursos didáticos e tecnológicos, como: Tv pendrive, laboratório
de informática, livros literários, rádio e outros.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA LEITURA
O texto verbal ou não verbal fornece várias informações, conhecimentos,
opiniões que, uma vez socializados, fornecem a reflexão e a ampliação de sentido
sobre o que foi lido. O professor pode propor uma infinidade de diferentes gêneros
textuais, porém, a fim de desenvolver a subjetividade do aluno, deve considerar,
também, a preferência e a opinião dele ao selecioná-los.
O trabalho com a literatura permite que o aluno perceba seu papel na
interação com o texto, porque este carrega em si ideologias, mas somente a partir
da visão de mundo de quem o lê é possível estabelecer relações que venham
aceitar ou refutar os valores ali presentes.
Essa abordagem de ensino pode contemplar diferentes gêneros textuais,
assim como diferentes meios de comunicação, televisão, cinema, teatro, uma vez
que pretende um leitor capaz de desvendar posicionamentos ideológicos que se
fazem presentes no meio social e cultural que o cerca.
A produção de significados, que implica uma relação dinâmica entre autor /
leitor e entre aluno / professor, de forma compartilhada, é uma prática ativa, crítica e
transformadora que possibilita abarcar diferentes tipos e gêneros textuais: textos
lúdicos, jornalísticos, informativos, didáticos, científicos, literários, entre tantos que
povoam o cotidiano.
As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica
não apenas considerar diferentes leituras de mundo, experiências de vida e,
consequentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o
texto e não sobre o texto, dirigido pelo professor. Além disso, o trabalho com a
leitura implica reconhecer a incompletude dos processos discursivos, os vazios que
eles apresentam – implícitos, pressupostos, subentendidos – que devem ser
preenchidos pelo leitor.
100
Algumas estratégias podem favorecer, na escola, o envolvimento com a
leitura, como:
organização de sessões de leitura livre;
partilha de leituras(socialização);
enfatizar a atividade de leitura no planejamento de aula. Se possível reservar
uma aula por semana para a prática de leitura;
empréstimo de livros da biblioteca para leitura em casa;
organizar exposições de livros;
leitura, desde poemas até histórias prediletas;
comentários de leituras(histórias) do professor com alunos e vice-versa;
produção coletiva de peças de teatro e dramatizações sobre textos lidos;
discussão, antes da leitura do título e das ilustrações da história;
encontrar músicas apropriadas para o momento da leitura;
criar momentos em que os alunos exponham suas idéias, opiniões e
experiências de leitura;
ler trechos de obras e expô-los em cartazes;
organizar um clube de livro para que os alunos se reúnam para a realização
de leitura extra-classe;
escolher o autor do mês ou do bimestre e trabalhar a leitura de suas obras;
cercar os alunos de livros, revistas e jornais, que possam ser folheados, lidos;
mural da leitura com textos variados, sendo este semanal;
seleção dos textos que se destacaram no decorrer do ano letivo, para
comporem um livro anual com produções dos alunos;
leitura silenciosa, oral (individual ou coletiva), dialogada, dramatizada,
interpretativa, reflexiva, contrastiva, informativa, intertextualizada;
leitura de textos que fazem parte do universo de interesse do aluno e/ou que
propõem a discussão de temas com os quais ele tem ou virá a ter contato, seja
individualmente, seja como participante da vida coletiva, familiar ou social.
101
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA ESCRITA
A escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva discursiva que
aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática
textual. Prática esta não ligada apenas à norma padrão, pois a assimilação da
escrita em que não há reducionismo linguístico, autoritarismo e a desconsideração
pela linguagem do aluno tende a ser a mais eficiente.
Tanto o professor quanto o aluno necessitam, primeiramente, planejar o que
será produzido; em seguida escrever a primeira versão sobre a proposta
apresentada e, finalmente, revisar, re-estruturar e re-escrever esse texto. Havendo
necessidade, tais atividades de ser retomadas, analisadas e avaliadas durante todo
o processo de ensino e de aprendizagem. O estudo do texto e da sua organização
sintático-semântico permite ao professor a exploração das categorias gramaticais,
conforme cada texto em análise. Mas não deve se perder de vista que o que vale
não é a categoria em si: e sim a função que ela desempenha para os sentidos do
texto.
Quanto mais variado for o contato do aluno, com diferentes tipos e gêneros
textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da norma
padrão.
É preciso que os alunos se envolvam com os textos que produzem,
assumindo de fato a autoria do que escrevem. Somente sendo autor o aluno
interage e penetra na escrita viva e real, feita na história.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa priorizando a qualidade e
o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano
letivo. A avaliação será formativa, já que é o melhor caminho para garantir a
aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Dessa forma, o
professor poderá avaliar seus alunos não apenas através de provas, mas também
poderá utilizar a observação diária e instrumentos variados, como discussão sobre o
tema a ser produzido; seleção do gênero, finalidade, interlocutores; orientação sobre
102
o contexto social de uso do gênero trabalhado; produção textual; revisão textual; re-
estruturação e re-escrita textual, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou
objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos
de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o
professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajuda-os a refletir. Faz o
professor procurar caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais
das aulas.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada em função da adequação do
discurso do discurso / texto aos diferentes interlocutores e situações. Num
seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num relato
de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser
considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a
participação do aluno em diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao
expor suas ideias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que
apresenta ao defender seu ponto de vista. O aluno também deve se posicionar como
avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos,
programas televisivos,etc e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo
em vista o resultado esperado.
Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,
discussões, debates, leitura de textos de diferentes gêneros, utilização de materiais
gráficos diversos para interpretação de textos, relatos de experiência, sessões de
leitura livre, comentários de leituras, mural da leitura e outras atividades que lhe
permita avaliar as estratégias que eles empregam no decorrer da leitura, a
compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como
valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do
processo de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na
proposta de produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar
devem estar bem definidos para o professor e para o aluno. Além disso, o aluno
precisa estar em contextos reais de interação comunicativa, para que os critérios de
103
avaliação que tomam como base às condições de produção tenham alguma
validade. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais
e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador
tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados
nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e
contextualizada, que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior
do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem incluí-los em outras operações
linguísticas, de re-estrutura do texto, inclusive.
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados
continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e
refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos,
gradativamente chegam a almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento.
Engajado com as questões de seu tempo, o professor respeitará as
diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto
para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões preestabelecidos e
conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações sociais mais
generosas e includentes.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno:
empregue a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções questão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
desenvolva o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
reflita sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
104
reconheça a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como
condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está
inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e
coletivo;aprimorar, pelo contato com as práticas, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com
as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
valorize a história e cultura afro-brasileira, o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes a história do Brasil (Lei nº 10.639/2003);
valorize a vida em todas as suas formas e manifestações, compreendendo
que o ser humano é parte integrante da natureza e pode transformar o meio em que
vive (Lei do Meio Ambiente).
7.1.1 - LÍNGUA PORTUGUESA/ LITERATURA – ENSINO MÉDIO
Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há
muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do
professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 de século XX.
Levando-se em conta o tempo decorrido desde a chegada, ao Brasil, dos
primeiros conquistadores europeus, podem-se tomar os cento e poucos anos da
disciplina e os quase oitenta de preocupação com a formação dos professores como
fatos recentes. Acrescenta-se a isso que a formação da nação brasileira deve à
língua muito da sua identidade. Nesse aspecto, tencionando o uso culto da língua,
emergem, no nível popular, coloquial, práticas de língua que definem muitos
aspectos da tradição, que hoje, correm o risco de desaparecer sob os influxos da
indústria cultural massiva.
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da
sociedade.
105
Entende-se que os diversos e diferentes motivos para o ensino da língua se
entrecruzam na escola, dentre eles os seus condicionantes sociais, culturais e
políticos. Priorizam-se os seguintes motivos:
a formação do aluno para a cidadania e para a participação social;
o processo de desenvolvimento da aprendizagem, as necessidades dos
alunos, a cultura/saber que eles trazem para a escola, suas relações dentro e fora
do espaço escolar, e as demandas do contexto histórico-social;
as razões das famílias, razões essas que, direta ou indiretamente, refletem o
valor social e educativo tanto da disciplina Língua Portuguesa quanto da escola.
Desse modo, ensinar Português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a
oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles têm das práticas de
linguagem. Toda reflexão com e sobre a língua somente tem sentido se considerar,
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades
que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais de uso da língua
materna. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem, aqui, à linguagem
escrita; abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem
verbal com “as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia,
a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as
charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio
linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas
sociais, discursivas) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos,
seus diferentes modos de composição e de geração de significados) (FARACO,
2002,p.101). Considera-se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a
serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa / Literatura, tendo em vista o
papel de suporte para todo o conhecimento. Multiletramente, significa, que
“compreender e produzir textos não se restringe ao trato do verbal (oral ou escrito),
mas à capacidade de colocar-se em relação às diversas modalidades de linguagem
– oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos, infográficos – para delas
tirar sentido” (ROJO, 2004 p. 31).
Diante do exposto, pode-se entender que as práticas de linguagem, como
fenômeno de uma interlocução viva, perpassam todas as áreas do agir humano,
potencializando, na escola, a perspectiva interdisciplinar.
106
As Diretrizes Curriculares propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua
Portuguesa esteja sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e
social. Por Conteúdo Estruturante entende-se o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar. A partir deles, advêm os conteúdos específicos, a serem
trabalhados no cotidiano escolar.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas
diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o
Conteúdo Estruturante, portanto, é discurso como prática social.
Afirma João W. Geraldi (1991), citado nas Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa, “A linguagem não é o trabalho de um artesão, mas trabalho social e
histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui”.
OBJETIVOS GERAIS
Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de
ensino:
empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções questão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como
condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está
inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coletivo;
aprimorar, pelo contato com os eixos, a capacidade de pensamento crítico e a
107
sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição
de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas
da oralidade, da leitura e da escrita.
valorizar a história e cultura afro-brasileira, o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes a história do Brasil (Lei nº 10.639/2003);
valorizar a vida em todas as suas formas e manifestações, compreendendo
que o ser humano é parte integrante da natureza e pode transformar o meio em que
vive (Lei do Meio Ambiente).
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes
supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio da
inserção e participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e
escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do
aluno e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
Segundo as Diretrizes Curriculares, o professor deve planejar e desenvolver um
trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar
também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em
determinados contextos sociais.
Variação linguística;
Articulação da fala com recursos escritos, como apoio: resumos/esquemas de
consulta (gráficos, cartazes etc);
Resumos/esquemas de consulta individual/gráficos/cartazes apresentados ao
público.
Aproveitamento dos recursos melódicos da fala (entonação, fluência, ritmo,
pausas) de modo a realçar o conteúdo textual.
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
108
Intencionalidade do texto;
Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala;
Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
Finalidade do texto oral;
Materialidade fônica dos textos poéticos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, entende-se a leitura como
um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou
relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.
ESPECIFICIDADES DO TEXTO: estrutura composicional, elementos de
conteúdo e aspectos discursivos mais relevantes e aspectos temáticos;
LEITURA: interpretação textual, observando: conteúdo temático,
interlocutores, fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade, situacionalidade,
marcas linguísticas; identificação do argumento principal e dos argumentos
secundários; inferências; as particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais)
do texto em registro formal e informal; as vozes sociais presentes no texto; relações
dialógicas entre textos; textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc; estética do texto
literário; contexto de produção da obra literária; diálogo da literatura com outras
áreas.
GÊNEROS TEXTUAIS: literatura de informação, poemas, textos literários das
escolas: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Barroco, Arcadismo, Romantismo,
Simbolismo, Realismo/Naturalismo, Parnasianismo, Modernismo, Concretismo,
Literatura Contemporânea, textos dramáticos, romance, crônica, conto,
testemunhos, biografia, debate, artigos de opinião, editorial, classificados, notícias,
reportagens, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação,
resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário, conferência,
palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções,
regras em geral, leis, estatutos, tiras, cartum, charge, caricatura, paródia,
propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos,
pinturas, esculturas, depoimentos, folhetos, mapas, croqui, explicação, provérbios e
109
outros.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ESCRITA
Conforme as Diretrizes Curriculares, o envolvimento do aluno e do professor
com a escrita, acontece em vários momentos: o da motivação para a produção do
texto, o da reflexão, que deve preceder e acompanhar o processo de produção; o da
revisão, re-estruturação e re-escrita do texto, que constitui, também, um produtivo
momento de reflexão.
Os temas abordados nas produções textuais estarão ligados a criatividade, a
cidadania, ao espírito critico, a formação profissional, entre outros.
As variações linguísticas;
Elementos da comunicação;
Funções da linguagem;
Fonética;
Sentido das palavras: denotação e conotação;
Acentuação gráfica;
Figuras de linguagem;
Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas
linguísticas;
Argumentação;
Coesão e coerência textual;
Finalidade do Texto;
Paragrafação;
Paráfrase do texto;
Resumos;
Diálogos textuais;
Refracção textual;
Análise linguística perpassando as práticas de leitura, de escrita e oralidade:
- conotação e denotação;
- figuras de pensamento e linguagem;
110
- vícios de linguagem;
- operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
- expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao
que diz, como: felizmente, comovedoramente...);
- semântica;
- discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam
no texto;
- expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
- progressão referencial no texto;
- função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, e de outras categorias como
elementos do texto;
- função das conjunções e preposições na conexão nas partes do texto;
- coordenação e subordinação nas orações do texto;
- a pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
- recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
- acentuação gráfica;
- gírias, neologismos, estrangeirismo;
- procedimentos de concordância verbal e nominal;
- particularidades de grafia de algumas palavras.
PRÁTICAS DISCURSIVAS
No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto verbal
– oral ou escrito – e também as outras linguagens, tendo em vista o multiletramento,
como unidade básica, que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas se
estabelecem de modo dinâmico com experiências reais de uso da língua.
Quanto maior o contato com linguagem, na diversidade textual, mais
possibilidades se tem de entender o texto como material verbal carregado de
intenções e de visões de mundo. Para Andrade (1995), “o trabalho com o texto
surge como possibilidade de mudança, na qual o professor assume uma postura
interlocutiva com seu aluno, construindo um projeto mais arrojado e eficaz para a
aprendizagem da língua escrita”.
111
Ressalta-se que as aulas pautadas somente na gramática tradicional
desconsideram a constituição interativa da linguagem. A análise linguística amplia
esse leque tão restrito da gramática tradicional e relativiza o que a gramática postula
como errado. Além disso, sua atuação perpassa as três práticas, ou seja, a
oralidade, a escrita e a leitura. Dessa forma consegue abranger o dinâmico sistema
da linguagem porque não opera de modo estanque, mas usa reflexões como falante
para sistematizar e compreender outras operações. Na análise linguística, o aluno
não é mero ouvinte, sua participação é fundamental.
A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não apenas a
leitura e a expressão oral ou escrita, mas, também, reflexão sobre o uso da
linguagem em diferentes situações e contextos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA – PRÁTICA DA ORALIDADE
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam
diferentes caminhos: debates, discussões, seminários, transmissão de informações,
de troca de opiniões, de defesa do ponto de vista (argumentação), contação de
histórias, declamação de poemas, representação teatral, relatos de experiências,
entrevistas, músicas, paródias, livros etc. Além disso, podemos analisar a linguagem
em uso: em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas; em
programas radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias; no
discurso público; no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do
discurso oral.
Utilização de recursos didáticos e tecnológicos, como: Tv pendrive, laboratório
de informática, livros literários, rádio e outros.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA – PRÁTICA DA LEITURA
As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica
não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida e,
consequentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o
112
texto (e não sobre o texto, dirigido pelo professor).
A formação de leitores contará com atividades que contemplem as linhas que
tecem a leitura, que YUNES (1995) aponta como sendo:
Memória: o ato de ler, quando pede a atitude responsiva do leitor, suscita
suas memórias, que guardam sonhos, suas opiniões, sua visão de mundo. O ato da
leitura convoca o leitor ao ato de pensar;
Intersubjetividade: o ato de leitura é interação não apenas do leitor com
o texto, mas coma as vozes presentes nos textos, marcas do uso que os falantes
fazem da língua, discursos que atravessam os textos e os leitores;
Interpretação: a leitura não acontece no vazio. O encontro de
subjetividades e memórias resulta na interpretação. As perguntas de interpretação
de textos, que tradicionalmente dirigimos aos alunos, buscam desvendar um
possível mistério do texto e esquecem do mistério do leitor.
Fruição: a fruição do ato de ler não se esgota ao final da leitura e das
sensações. Ela permanece. E nisso ele difere do prazer que se esgota rapidamente.
Ela decorre de “uma percepção mista de necessidade e prazer(...)” (YUNES, 1995).
Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos textos, em
diferentes linguagens, que antes do ato de leitura permeiam o mundo e criam uma
rede de referências e recriações: palavras, sons, cores, imagens, versos, ritmos,
títulos, gestos, vozes, etc. No ato de ler enquanto conhecimento de mundo, a
memória recupera intertextualidades.
Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que percebam a
incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos,
subentendidos – que devem ser preenchidos pelo leitor.
Leitura de textos que fazem parte do universo de interesse do aluno e/ou que
propõem a discussão de temas com os quais ele tem ou virá a ter contato, seja
individualmente, seja como participante da vida coletiva familiar ou social.
Leitura silenciosa, oral (individual e coletiva), dialogada, dramatizada,
interpretativa, reflexiva, constrativa, informativa, intertextualizada.
113
METODOLOGIA DA DISCIPLINA – PRÁTICA DA ESCRITA
A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência linguística do
estudante em situações específicas, e não a língua ideal. É na experiência com a
escrita que o aluno vai aprender as exigências dessa manifestação linguística, o
sistema de organização próprio da escrita, diferente da oralidade da organização da
fala.
Produzir textos argumentativos, descritivos, de notícia, narrativos, cartas ou
memorandos, poemas, abaixo assinados, crônicas ou textos de humor, informativos
ou literários, quaisquer que possam ser os gêneros, deve sempre constituir resposta
a uma intenção e a uma situação, para que o estudante posicione-se como sujeito
daquele texto, daquele discurso, naquela determinada circunstância, naquela esfera
de atuação, e para que ele perceba seu texto como elo de interação, também pleno
de expectativa ele perceba seu texto como elo de interação, também pleno de
expectativa, de atitudes responsivas ativas por parte de seus passivos leitores.
Tanto o professor quanto o aluno necessitam, primeiramente, planejar o que
será produzido; em seguida escrever a primeira versão sobre a proposta
apresentada e, finalmente, revisar, re-estruturar e re-escrever esse texto. Havendo
necessidade, tais atividades de ser retomadas, analisadas e avaliadas durante todo
o processo de ensino e de aprendizagem. O estudo do texto e da sua organização
sintático-semântico permite ao professor a exploração das categorias gramaticais,
conforme cada texto em análise. Mas não deve se perder de vista que o que vale
não é a categoria em si: e sim a função que ela desempenha para os sentidos do
texto. É relevante lembrar de que o trabalho com a escrita é um processo, e não
algo acabado. Dessa forma, fazem-se necessárias atividades que permitam ao
aluno refletir sobre seu texto e reelaborá-lo. O refazer textual pode ser realizado de
forma individual ou em grupo, considerando sempre a intenção e as circunstâncias
da produção e não a mera “higienização “ do texto do aluno, para atender apenas
aos recursos exigidos pela
Quanto mais variado for o contato do aluno, com diferentes tipos e gêneros
textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da norma
padrão.
114
É preciso que os alunos se envolvam com os textos que produzem,
assumindo de fato a autoria do que escrevem. Somente sendo autor o aluno
interage e penetra na escrita viva e real, feita na história.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, continua e cumulativa priorizando a qualidade e
o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano
letivo. A avaliação será formativa, já que é o melhor caminho para garantira
aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Dessa forma,o
professor poderá avaliar seus alunos não apenas através de provas, mas também
poderá utilizar a observação diária e instrumentos variados, como discussão sobre o
tema a ser produzido; seleção do gênero, finalidade, interlocutores; orientação sobre
o contexto social de uso do gênero trabalhado; produção textual; revisão textual; re-
estruturação e re-escrita textual, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou
objetivo.
Nessa perspectiva a oralidade será avaliada,primeiramente, em função da
adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num
seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, numa
contação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve
ser considerado numa analise de produção oral dos estudantes. Mas é necessário,
também que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais
convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc.) e de suas
próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido
construído para o texto, sua reflexão e sua resposta para o texto, leitura de textos de
diferentes gêneros, utilização de materiais gráficos diversos para interpretação de
textos, relatos de experiência, sessões de leitura livre, comentários de leituras, mural
da leitura. Não é de mais lembrar que essa avaliação precisa considerar as
diferenças de leituras de mundo e repertório de experiência de alunos.
Em relação à escrita o que determina a adequação do texto escrito são as
115
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir dai que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na
oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como avaliador tanto dos
textos que o rodeia quanto do seu próprio texto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Espera-se que o aluno:
empregue a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções questão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
desenvolva o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
reflita sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
reconheça a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como
condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está
inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coletivo;
aprimore, pelo contato com os eixos, a capacidade de pensamento crítico e a
sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição
de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas
da oralidade, da leitura e da escrita.
valorize a história e cultura afro-brasileira, o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes a história do Brasil (Lei nº 10.639/2003);
valorize a vida em todas as suas formas e manifestações, compreendendo
que o ser humano é parte integrante da natureza e pode transformar o meio em que
vive (Lei do Meio Ambiente).
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7.2- MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os primeiros conhecimentos que vieram compor a
Matemática que se conhece hoje. Por volta de 2000 a.C., os babilônios acumulavam
registros do que hoje pode ser classificado como álgebra elementar.
Nos séculos V e V! a.C., em solo grego, a matemática surge como campo de
conhecimento. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a
importância e o papel matemático no ensino e na formação das pessoas.
Os gregos foram responsáveis por inserir a matemática no contexto
educacional pelo raciocínio abstrato, estabelecendo, uma base racional que
perdurou até o século XV!! d.C. Neste período desenvolveram-se a Aritmética, a
Geometria, a Álgebra e a Trigonometria.
Entre os séculos V!!! e !X, o ensino passou por mudanças significativas com o
surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino.
Após o século XV, com o avanço das navegações, intensificações das
atividades comerciais e, mais tarde, industriais, possibilitaram novas descobertas na
matemática cujos conhecimentos e ensino voltou-se para atividades práticas.
As produções matemáticas do século XV! contribuíram para uma fase de
grande progresso científico e econômico que se aplicou na construção,
aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, concentrando
estudos na Matemática pura e aplicada.
No Brasil, na metade do século XV!, os jesuítas instalaram colégios católicos,
com uma educação de caráter clássico-humanista o que contribuiu para o processo
pela qual, a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos das
escolas brasileiras.
No século XV!!, com a Revolução Industrial, evidenciaram-se diferenças entre
classes sociais e a necessidade de educação para essas classes, de modo a formar,
tanto trabalhadores quanto dirigentes de processo produtivo. A Matemática então
demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência que daria
117
base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.
Com a vinda da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, implementou-se a
Matemática nos cursos técnico-militares, sendo dividida em Matemática Elementar e
Matemática Superior.
No final do século X!X e início do século XX, em encontros internacionais,
elaboraram-se propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a matemática
como disciplina escolar e vincular seu ensino com os ideais de exigências advindos
das transformações sociais econômicas dos últimos séculos.
Entre 1900 a 1914, em congressos internacionais, pensou-se um ensino de
matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a
Geometria e a Trigonometria.
Perante a um contexto de mudanças, a uma reação contra a estrutura
educacional artificial e verbalizada, a Educação Matemática se torna um campo fértil
e promissor para o ensino da Matemática.
Várias tendências influenciaram o ensino de Matemática em nosso país,
muitas fundamentam o ensino de Matemática até hoje, como: formalista clássica,
formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica.
No final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente um
documento de referência curricular para a rede pública denominada Currículo
Básico. O texto de Matemática teve uma forte influência da pedagogia histórico-
crítica em sua fundamentação teórica.
A partir de 1988 foi distribuído os Parâmetros Curriculares Nacionais, que
para o ensino fundamental apresentavam conteúdos de Matemática.
Em 2003 a SEED em um processo de discussão coletiva com professores e
equipes pedagógicas, constituem as DCEs, as quais resgatam importantes
considerações teórico-metodológicas para o ensino da Matemática.
Nas DCEs assume-se a Educação Matemática como campo de estudo que
possibilita ao professor balizar sua ação docente fundamentada numa ação crítica
que conceba a Matemática como atividade humana em construção.
A finalidade da aprendizagem da Matemática é o fazer com que o aluno
construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e particularmente, do
118
cidadão, isto é do homem público.
Deve a Matemática formar um estudante crítico, capaz de agir com autonomia
nas suas relações sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de
conhecimentos, dentre eles, o matemático. A Matemática enquanto ciência tem
singularidades qualitativas nas leis que definem seu desenvolvimento. No entanto,
são as generalizações que se caracterizam como uma das formas para as pessoas
adquirirem sua consciência social. Assim tem-se presente a ideia de que, pelo
conhecimento do conteúdo matemático, o estudante se aproprie de conhecimentos
que possibilitem a criação de relações sociais.
Desta forma, o ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento
matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando a formação do
pensamento humano e a produção de sua existência por meio das ideias e das
tecnologias.
O objetivo da Matemática no ensino fundamental é contribuir para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizando e
apropriando-se de uma linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos ligados à Matemática e outras áreas do conhecimento. Assim, o
conhecimento matemático visa em toda sua dimensão fazer o aluno pensar
produtivamente desenvolvendo seu raciocínio lógico; equipar o aluno com as
estratégias para resolver problemas dando a oportunidade de se envolver com as
aplicações da Matemática.
OBJETIVOS GERAIS
Para assumir uma concepção transformadora no ensino da matemática,
torna-se necessário compreender que as relações sociais, políticas, econômicas e
culturais precisam ser analisadas numa visão de totalidade, sendo a matemática um
dos conhecimentos que facilitam esta compreensão.
O ensino da matemática deve proporcionar aos alunos a aquisição clara,
crítica e aplicável de seus conhecimentos. Assim, propomos:
Desenvolver a educação matemática enquanto campo de investigação e de
119
produção de conhecimentos- natureza científica – e a melhoria da qualidade do
ensino e da aprendizagem – natureza pragmática;
Fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria matemática
concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algorítimos,
etc;
Fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do
ser humano e, particularmente, do cidadão;
Formar um estudante com pensamento crítico capaz de agir com autonomia
nas suas relações sociais;
Conceber as relações sociais entre o ensino de determinados conteúdos e as
estruturas da realidade social;
Aprofundar e desvelar as situações que acontecem em nossa sociedade para
estabelecer novas e complexas relações que ajudem o aluno a compreender e a
atuar no mundo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Sistema de Numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números Decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Medidas de comprimento;
120
− Medidas de massa;
− Medidas de área;
− Medidas de volume;
− Medidas de tempo;
− Medidas de ângulos;
− Sistema monetário.
GEOMETRIAS
− Geometria plana;
− Geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
− Dados, tabelas e gráficos;
− Porcentagem.
Para a 5ª série pretende-se que o aluno:
− Conheça os diferentes sistemas de numeração;
− Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo
seus elementos;
− Realize as operações fundamentais com números naturais;
− Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problemas que
envolvam as operações;
− Estabeleça relações de igualdade e transformação entre: fração e número
decimal; fração e número decimal; fração e número misto;
− Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
− Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
− Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e
geométricos.
− Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
121
− Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
− Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
− Calcule o perímetro e a área de figuras planas, usando unidades de medida
padronizadas;
− Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
− Transforme uma unidade de medida de tempo em outra unidade de medida
de tempo;
− Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos);
− Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais
sistemas mundiais;
− Calcule a área de uma superfície usando unidade de medida de superfície
padronizada;
− Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta;
− Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
− Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada, identificando
seus elementos;
− Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se
apresentam;
− Resolva situações-problema que envolvam porcetagem e relacione com os
números na forma decimal e fracionária.
6ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
− Números inteiros;
− Números racionais;
− Equação e Inequação do 1º grau;
− Razão e proporção;
− Regra de três.
122
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Medidas de temperatura;
− Ângulos.
GEOMETRIAS
− Geometria Plana;
− Geometria Espacial;
− Geometrias Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
− Pesquisa Estatística;
− Média Aritmética;
− Moda e Mediana;
− Juros Simples.
Para a 6ª série pretende-se que o aluno:
− Reconheça os conjuntos numéricos, suas operações e registro;
− Compreenda os princípios aditivos e multiplicativos como propriedade da
igualdade e desigualdade;
− Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa
ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
− Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
− Compreenda o conceito de incógnita;
− Identifique os diversos tipos de medidas e saiba aplicá-las em diferentes
contextos;
− Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadro para medi-los;
− calcule área de figuras planas;
− Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
− Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior,
fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados;
123
− Analise e interprete informações de pesquisa estatísticas;
− Leia, interprete, construa e analise gráficos;
− Calcule a média aritmética e a moda de dados artísticos;
− Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
7ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
− Números Irracionais;
− Sistema de Equações do 1º graus;
− Potências;
− Monômios e Polinômios;
− Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Medidas de comprimento;
− Medida de área;
− Medida de ângulos.
GEOMETRIAS
− Geometria plana;
− Geometria espacial;
− Geometria analítica;
− Geometrias não-euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
− Gráfico e informação;
124
− População e amostra.
- Pretende-se que o aluno:
− Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, dos números
inteiros, dos números racionais e irracionais;
− Compreenda o objetivo de notação científica e sua aplicação;
− Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
− Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número
irracional especial;
− Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
− Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas;
− Calcule o comprimento da circunferência;
− Calcule o comprimento e área de polígonos e círculos;
− Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptada por
transversal;
− Reconheça triângulos semelhantes, identifique e some seus ângulos internos,
bem dos polígonos regulares;
− Trace e reconheça retas paralelas num plano de desenvolva a noção de
paralelismo;
− Realize cálculo de superfície e volume de poliedros;
− Reconheça os eixos que constituem o Sistema de Coordenadas Cartesianas,
marque pontos, identifique os pares ordenados e sua denominação (abscissa e
ordenada);
− Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais;
− Represente uma mesma informação em gráficos diferentes;
− Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
125
8ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
− Números Reais;
− Propriedades dos radicais;
− Equação do 2º grau;
− Teorema de Pitágoras;
− Equações Irracionais;
− Equações Biquadradas;
− Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Relação métrica no Triângulo Retângulo;
− Trigonometria no Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES
− Noção intuitiva de Função Afim;
− Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
− Geometria plana;
− Geometria espacial;
− Geometria analítica;
− Geometria não-euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
126
− Noções de análise combinatória;
− Noções de probabilidade;
− Estatística;
− Juros composto.
Para a 8ª série pretende-se que o aluno:
− Opere com expoentes fracionários;
− Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
− Extraia uma raiz usando fatoração;
− Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta,
reconhecendo seus elementos;
− Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes
processos;
− Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
− Identifique equações irracionais;
− Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau;
− Utilize a regra de três composta em situações problemas;
− Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo;
− Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de
um triângulo retângulo;
− Expresse a dependência de uma variável em relação a outra;
− Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
− Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
− Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a
concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
− Analise graficamente as funções afins;
− Analise graficamente as funções quadráticas;
− Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre
eles;
127
− Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver
situação-problemas;
− Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
− Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;
− Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;
− Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita do fractal;
− Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que
envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
− Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório;
− Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
− Resolva situações-problema na qual envolvam cálculos de juros compostos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO
MÉDIO
1ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
− Números Reais;
− Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Medidas de área;
FUNÇÕES
− Função Afim;
− P.A;
− Função Quadrática;
128
− Função Exponencial;
− P.G;
− Função Logarítmica;
− Função Modular;
GEOMETRIAS
− Geometria plana;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
− Estatística;
2ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
− Matrizes e determinantes.
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Trigonometria.
FUNÇÕES
− Função Trigonométria;
GEOMETRIAS
− Geometria não-euclidiana;
129
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
− Análise Combinatória;
− Binômio de Newton;
− Estudo das probabilidades.
3ª SÉRIE
NÚMEROS E ÁLGEBRA
− Números complexos;
− Polinômios;
− Sistemas Lineares;
GRANDEZAS E MEDIDAS
− Medidas de Informática;
FUNÇÕES
− Função Polinomial;
GEOMETRIAS
− Geometria espacial;
− Geometria analítica.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
− Estatística e Matemática Financeira.
130
METODOLOGIA
Sendo a educação um ato intencional e planejado, devemos garantir, no
processo de construção do pensamento dos nossos alunos, o caráter dinâmico da
produção do conhecimento matemático, bem como, transformar concepções
espontâneos em conhecimentos mais elaborados, pelo processo de abstração e
sistematização.
Portanto, o processo de ensino e aprendizagem da Matemática precisa ser
mais do que memorizar regras e cálculos, nomear figuras ou transformar unidades
de medidas. Ensinar e aprender Matemática é adquirir o conhecimento
historicamente, com o objetivo de compreender criticamente as relações sociais e as
possíveis necessárias transformações que a realidade exige. A metodologia do
professor deve ser organizada a partir de INTERPRETAÇÃO E RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS.
Ensinar e aprender Matemática, nessa concepção, significa levar em
consideração que o conhecimento não é pronto e acabado, pois é historicamente
construído e acumulado pela humanidade, que a Matemática é uma disciplina
simbólica, que possui uma linguagem própria utilizada pela sociedade letrada, nas
suas relações políticas, econômicas e culturais, que exige uma relação entre os
conteúdos matemáticos ensinados na escola e a realidade vivenciada pelos alunos.
Portanto, a Educação deve construir, lentamente, no aluno, o “bom senso”, ou seja,
a superação do senso comum e a inserção da análise e da síntese como fatores
determinantes para a compreensão das relações do homem com o próprio homem e
do homem com a natureza.
Assim cabe ao professor organizar práticas de ensino e aprendizagem de
forma interativa, realizando a mediação entre aluno e conhecimento, isto é,
mediatizando o processo de aquisição do conhecimento, como também, explicitando
as relações existentes entre a produção histórica do conhecimento e a lógica de sua
elaboração. A mera repetição de símbolos numéricos não garante a construção do
conceito de número.
Em algumas situações do cotidiano pode-se abordar a Modelagem
Matemática, além de proporcionar a valorização do aluno no contexto social, procura
131
levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Essa
tendência contribui para a formação do estudante ao possibilitar maneiras pelas
quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática docente, cujo
resultado será um aprendizado significativo.
No contexto da Educação Matemática, os ambientes de aprendizagem
gerados por aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e
potencializam o processo de ensino e da aprendizagem.
Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras,
os aplicativos da internet entre outros, deve favorecer as experimentações
matemáticas, potencializando formas de resolução de problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação deve auxiliar estudantes e professores
a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de maneira
passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho
colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a
teoria e a prática.
O trabalho realizado com as mídias tecnológicas, insere formas diferenciadas
de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
A História da Matemática é importante entendê-la como componente
necessário para a prática escolar e um dos objetivos primordiais da Matemática.
Sendo assim se faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da
Matemática e a sua relevância na vida da humanidade. Não se trata com essa
tendência, apenas curiosidades ou um conjunto de biografias de matemáticos
famosos, mas sim, o vínculo das descobertas matemáticas aos fatos sociais e
políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinavam o
pensamento e influenciavam no avanço científico de cada época.
A História da Matemática deve orientar na elaboração de atividades, na
criação das situações-problema, na fonte de busca, na compreensão e como
elemento esclarecedor de conceitos matemáticos.
Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao
aluno conhecer a Matemática como campo de conhecimento que se encontra em
construção e pensar em ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e
padronizados, sem nenhuma relação com os outros campos do conhecimento. É
132
também, uma possibilidade de dividir com eles a dúvida e questionamentos que
levam à construção da Ciência Matemática.
AVALIAÇÃO
Na concepção de ensino, adotada nesta proposta e em virtude do
desenvolvimento em Educação Matemática, as práticas pedagógicas têm se
expandido em relação aos conteúdos e às tendências pedagógicas (modelagem,
resolução de problemas, uso das tecnologias e história da matemática). Há um
crescimento das possibilidades do ensino e da aprendizagem, a avaliação merece
uma atenção especial por parte dos professores da disciplina.
As práticas avaliativas encontram-se atravessadas mais por uma pedagogia
do exame que por uma pedagogia do ensino e da aprendizagem. A avaliação se
volta para a realização de provas e dados que vão compor os quadros estatísticos
de avaliação, tratada à parte, como instrumento disciplinador, seletivo,
classificatório, com caráter autoritário e de exclusão, não possibilitando a
socialização do conhecimento.
Com vistas na superação desta avaliação tradicional e coercitiva, é importante
o professor de Matemática ao propor atividades em suas aulas, sempre insistir para
que os alunos explicitem os procedimentos adotados e que tenham a oportunidade
de explicar oralmente ou por escrito as suas afirmações quando estiverem tratando
algoritmos, resolvendo problemas, entre outras, pois, o professor deve reconhecer
que o conhecimento matemático não é fragmentado e seus conceitos não são
concebidos isoladamente, o que pode limitar as possibilidades do aluno expressar
seus conhecimentos.
Avaliar tem papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou
seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como integrantes de um
mesmo sistema.
É importante ressaltar que a avaliação voltada à emancipação humana
assume uma função fundamentalmente diagnóstica. Sendo assim não pode
considerar apenas os resultados finais, mas, o processo de desenvolvimento,
construção e de conclusão da prática educativa.
133
Portanto, o professor é o responsável pelo processo de ensino e da
aprendizagem e precisa considerar nos registros escritos e nas manifestações orais
de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo de
aprendizagem.
O erro deve ser entendido como fundamento de aprendizagem e como ponto
de partida para a reformulação do planejamento do professor. Dessa forma, o
professor, ao se deparar com o erro do aluno, deve dar um tratamento adequado a
ele. O erro deve passar a ser visto como um elemento de análise do processo, ou
seja, que possibilite ao professor compreender onde está a dificuldade do aluno,
podendo, dessa forma, replanejar o encaminhamento dado ao conteúdo interferindo
para ajudá-lo a alcançar o objetivo proposto, problematizando.
Uma avaliação que se restringe em apenas quantificar o nível de informação
que o aluno domina não é coerente com a proposta da Educação Matemática. Para
ser completa, a avaliação deve abarcar toda a complexa relação
aluno/conhecimento. Isso significa, em que medida o aluno atribuiu significado ao
que aprendeu e consegue materializá-lo em situações que exigem raciocínio
matemático.
Os instrumentos de avaliação e recuperação de estudos (recuperação de
conteúdo e reavaliação) deverão ser os mais variados possíveis. Entretanto baseado
nos conteúdos estruturantes da disciplina sugere-se os seguintes instrumentos: uma
simples entrevista, discussão, diálogos, pesquisas, observações em sala de aula,
caderno de anotações, avaliações escritas ou orais, jogos, software, construções,
apresentações, seminários, exercícios, entre outros. Cada momento comporta uma
forma de avaliação e recuperação de ensino e o professor deve utilizar várias formas
para alcançar o êxito no processo ensino aprendizado.
É oportuno ressaltar, que o importante, numa avaliação, não é somente as
respostas certas, mas superação conceitual dos conceitos matemáticos, bem como,
formulação e reformulação de hipóteses que auxiliem o processo de construção do
conhecimento.
Para finalizar, concorda-se com D'Ambrósio, que a “avaliação deve ser uma
orientação para o professor na condução de sua prática docente e jamis um
instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus esquemas de
134
conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar
indivíduos para isto ou aquilo não são missão do educador” (2001, p.78).
Após analisar os dados das avaliações, será disponibilizada aos alunos a
recuperação de estudos, quando necessário, e se dará em dois momentos:
recuperação de conteúdo que por sua vez é realizada diariamente, pois, ao resolver
um determinado problema retomam-se vários conteúdos da disciplina, tendo em
vista que os conteúdos matemáticos estão interligados formando uma linha
ascendente.
Será ofertada no mínimo duas reavaliações bimestrais, com peso equivalente
ao que se foi avaliado, podendo se dar por conteúdo ou blocos de conteúdo.
7.3- HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA
A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio
Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica. Alguns
professores do Colégio Pedro II faziam parte do IHGB e construíram os programas
escolares, os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos que seriam
ensinados.
Essas produções foram elaboradas sob influência da História metódica e do
positivismo1, caracterizadas, em linhas gerais, por uma racionalidade histórica
orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como
fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva da valorização política dos
heróis.
A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista
como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade
expressa na síntese da raça branca, indígena e negra, com o predomínio da
ideologia do branqueamento. Nesse modelo conservador de sociedade, o currículo
oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o
135
processo histórico conduzido por líderes excluía a possibilidade das pessoas
comuns serem entendidas como sujeitos históricos.
Este modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889).
Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a História do
Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal. Nessa nova configuração,
o conteúdo de História do Brasil ficou relegado a um espaço restrito do currículo,
que, devido à sua extensão, dificilmente era tratado pelos professores nas aulas de
História.
O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no
período autoritário do governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político
nacionalista do Estado Novo (1937-1945), e se ocupava em reforçar o caráter moral
e cívico dos conteúdos escolares.
Desde o início da década de 1930, porém, debates teóricos sobre a inclusão
da disciplina de Estudos Sociais na escola foram incentivados pelo recém criado
Ministério da Educação e Cultura. Contudo, essa proposta não chegou a ser
instituída no Brasil dos anos 1930 e 1940.
Na década de 1950, em continuidade a essa proposta, foi instituído o
Programa de Assistência Brasileiro-Americano ao Ensino Elementar (PABAEE),
resultado do convênio entre os governos Federais de Minas Gerais e estadunidense,
para instituir o ensino de Estudos Sociais. A posterior instituição dos Estudos Sociais
no Ensino de Primeiro Grau, por força da Lei n. 5.692, de 1971.
Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu
caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas
do ponto de vista factual. O ensino não tinha espaço para análise crítica e
interpretações dos fatos, mas objetivava formar indivíduos que aceitassem e
valorizassem a organização da pátria. O Estado figurava como o principal sujeito
histórico, responsável pelos grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos
governantes e das elites condutoras do país.
Ainda no regime militar, a partir da Lei n. 5692/71, o Estado organizou o
Primeiro Grau de oito anos e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou-
se numa formação tecnicista, voltada à preparação de mão-de-obra para o mercado
de trabalho.
136
O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento
dos seus deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para adaptá-
los à realidade. A História continuava tratada de modo linear, cronológico e
harmônico, conduzida pelos heróis em busca de um ideal de progresso de nação.
Na década de 1970, o ensino dessa disciplina era predominantemente
tradicional, tanto pela valorização de alguns personagens como sujeitos da História
e de sua atuação em fatos políticos quanto pela abordagem dos conteúdos
históricos de forma factual e linear, formal e abstrato, sem relação com a vida do
aluno. A prática do professor era marcada por aulas expositivas, a partir das quais
cabia aos alunos a memorização e repetição do que era ensinado como verdade.
Nesse contexto, o ensino distanciou-se da produção historiográfica
acadêmica, envolvida em discussões a respeito de objetos, fontes, métodos,
concepções e referenciais teóricos da ciência histórica.
O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no início dos anos
1980, tanto pela academia quanto pela sociedade organizada, sobretudo pela
Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH). Esses
segmentos sociais defendiam o retorno da disciplina de História como condição para
que houvesse maior aproximação entre a investigação histórica e o universo da sala
de aula.
Posteriormente, na segunda metade da década de 1980 e no início dos anos
1990, cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área
educacional, processo que repercutiu nas novas propostas de ensino de História.
Essa discussão entre educadores e outros setores da sociedade foi resultado
da restauração das liberdades individuais e coletivas no país. Isso levou tanto à
produção diferenciada de materiais didáticos e paradidáticos quanto à elaboração de
novas propostas curriculares, em vários Estados. A produção de livros didáticos e
paradidáticos procurou incorporar novas historiografias e, em alguns casos, chegou
a ditar o currículo.
No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar a produção acadêmica
de História ao ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na pedagogia
histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do
Paraná (1990).
137
A proposta confrontou o esvaziamento de conteúdos até então presente no
ensino de Estudos Sociais no Primeiro Grau, assim como procurou ser contrária, em
seus pressupostos teóricos, ao ensino de uma racionalidade histórica linear,
ou seja, eurocêntrico, factual, heroico e cronológico, pautado na memorização, na
realização de exercícios de fixação e no direcionamento dos livros didáticos.
Por sua vez, o documento Re-estruturação do Ensino de Segundo Grau no
Paraná (1990), também fundamentado na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos,
apresentava uma proposta curricular de História que apontava a organização dos
conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e a
inserção do Brasil nesse quadro pela retomada da historiografia social ligada ao
materialismo histórico dialético.
Apesar do avanço das propostas naquele contexto histórico, os documentos
apresentaram limitações, principalmente devido à definição de uma listagem de
conteúdos que se contrapunha, em vários aspectos, à proposta apresentada nos
pressupostos teóricos e metodológicos.
Apesar de apresentarem referências de autores da história cultural, os
documentos curriculares para o Primeiro e Segundo Graus não superaram a
racionalidade histórica linear e cronológica na abordagem político-econômica da
disciplina, o que dificultava a inserção de uma perspectiva cultural no tratamento dos
conteúdos.
A ausência de oferta de formação continuada dificultou a implementação
dessas propostas para o ensino de História.
Devido a pouca apropriação do Currículo Básico no ensino da disciplina, o
professor se viu na iminência de submeter-se aos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) e à orientação dos livros didáticos.
Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da
Educação divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os PCN para o Ensino
Fundamental e Médio. Os PCN para o Ensino Médio organizaram o currículo por
áreas do conhecimento e a disciplina de História fazia parte das Ciências Humanas
e suas tecnologias juntamente com as disciplinas de Geografia, Sociologia e
Filosofia. No Ensino Fundamental, os PCN apresentaram as disciplinas como áreas
do conhecimento, e a História foi mantida em sua especificidade, integrada às
138
demais pelos chamados Temas Transversais.
O Estado do Paraná incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros
Curriculares Nacionais como referência para a organização curricular da Rede
Pública Estadual.
Nos PCN, a disciplina de História foi apresentada de forma pragmática, com a
função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno. Essa perspectiva abriu
espaço para uma visão presentista da História, porque não se ocupava em
contextualizar os períodos históricos estudados. Além disso, muitos conceitos
referenciais da disciplina foram preteridos em nome da aquisição de competências.
Em 2003 iniciou-se uma discussão coletiva envolvendo professores da rede
estadual, com o objetivo de elaborar novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o
ensino de História.
Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a
diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam contemplar
demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e
destacam os seguintes aspectos:
O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
O cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o
ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
O cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil. A
organização do currículo para o ensino de História tem como referência os
Conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos que aproximam e
organizam os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos Estruturantes
relações de trabalho, relações de poder e relações culturais podem ser identificados
no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico que
sustenta a investigação histórica em uma nova racionalidade não- linear e temática.
139
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLOLÓGICOS
Os critérios de validade do conhecimento histórico na academia e nos
currículos escolares tem sido problematizados e organizados por alguns
intelectuais, propondo uma matriz disciplinar da História para que se compreenda a
organização do pensamento histórico dos sujeitos. O professor, ao entender como
se dá esta organização do pensamento histórico, poderá encaminhar suas aulas de
maneira que o aprendizado seja significativo para os estudantes.
Propõe-se alguns elementos intercambiantes que devem ser observados na
constituição do pensamento histórico, tais como:
• a observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em
sua prática social estão ligadas com a orientação no tempo. Essas necessidades
fazem com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do
presente.
• as teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a
relação passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana,
considerando todas as experiências anteriores vividas por eles,
• os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem
fundamentações específicas relativas às pesquisas ligadas ao modo como as ideias
históricas são concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e
confrontação científica dos documentos;
• as finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as
interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e
métodos historiográficos apresentados;
• essas finalidades se expressam e realizam sob a forma de narrativas
históricas.
A organização do currículo para o ensino de História tem como referência os
Conteúdos Estruturantes (Trabalho, Poder e Cultura), entendidos como
conhecimentos que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos.
140
Objetivos Gerais da Disciplina
A disciplina de História do Ensino Médio está inteiramente compromissada
com o pleno desenvolvimento da cidadania voltada à formação de uma juventude
crítica e que se perceba como um agente construtor de sua própria história,
instrumentalizada para compreender, por meio de contínua reflexão, à sociedade
dinâmica em que vive. Voltada ainda para a formação do cidadão com preparação
científica e histórica crítica que lhe possibilite viver com autonomia neste mundo
dinâmico, competitivo e em constante transformação. Sua finalidade é a busca da
superação das carências humanas fundamentada por meio de um conhecimento
constituído por interpretações históricas.
Assim, a disciplina de História tem como objetivos:
Contribuir plenamente para o desenvolvimento integral do educando, através
de uma prática educativa contextualizada e conscientizadora, problemática e crítica
dialógica e participativa, a partir da concepção desenvolvida nas discussões dos três
conteúdos estruturantes (Trabalho, Cultura e Poder) tendo como conceito articulador
o tempo juntamente com a noção de espaço;
• Construir a percepção da formação da consciência histórica tanto no
professor quanto no aluno, ambos como sufeitos da História;
• Facilitar o entendimento da construção histórica do conceito de cidadania e
do processo de constituição da participação política nas mais diversas instituições
marcadas por consensos, tensões e conflitos relevados em toda a sua historicidade.
• Viabilizar a possibilidade de compreensões alternativas em relação a
determinados conteúdos, estudando o passado a partir das problematizações do
presente, detectando as descontinuidades, transformações e permanências
presentes na articulação entre o processo histórico e os acontecimentos.
Para o Ensino Médio:
• Contribuir plenamente para o desenvolvimento integral do educando, através
de uma prática educativa contextualizada e conscientizadora, problemática e crítica
dialógica e participativa, a partir da concepção desenvolvida nas discussões dos três
conteúdos estruturantes (Trabalho, Cultura e Poder) tendo como conceito articulador
o tempo juntamente com a noção de espaço.
141
• Construir a percepção da formação da consciência histórica tanto no
professor quanto no aluno, ambos como sujeitos da História;
• Facilitar o entendimento da construção histórica do conceito de cidadania e
do processo de constituição da participação política nas mais diversas instituições
marcadas por consensos, tensões e conflitos revelados em toda a sua historicidade.
• Viabilizar a possibilidade de compreensões alternativas em relação a
determinados conteúdos, estudando o passado a partir das problematizações do
presente, detectando as descontinuidades, transformações e permanências
presentes na articulação entre o processo histórico e os acontecimentos.
CONTÉUDOS ESTRUTURANTES PARA TODAS AS SERIES DO ENSINO
FUNDAMENTAL.
_ A Dimensão Política;
_ A Dimensão Econômico-social;
_ A Dimensão Cultural.
CONTÉUDOS ESPECIFICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL, POR SÉRIE.
5ªSÉRIE
DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI-DIFERENTES TRAJETÓRIAS,
DIFERENTES CULTURAS.
Produção do conhecimento histórico
O historiador e a produção do conhecimento histórico.
Tempo, temporalidade.
Fontes Históricas, documentos.
Patrimônio material e imaterial.
Pesquisa dos Historiadores.
142
Articulação da História com outras áreas do conhecimento
Arqueologia, antropologia, palenteologia, geografia, geologia, sociologia,
etnologia e outras.
Observação: o estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação
da História com outras áreas do conhecimento se fazem necessário em todas as
séries do ensino fundamental, não necessariamente no início do ano letivo como
está posto para a 5ª série.
Arqueologia no Brasil
Lagoa Santa – Luzia (MG)
Serra da Capivara (PI)
Sambaquis (PR).
Povos indígenas no Brasil e Paraná
Ameríndios do território brasileiro
Kaigang, Guarani, Xetá e Xokleng.
A chegada dos europeus na América
(des) encontros entre culturas.
Resistência e dominação
Escravização
Catequização.
Formação da sociedade brasileira e americana
América portuguesa.
143
América espanhola.
América franco-inglesa
Organização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias).
Manifestações culturais (sagrada e profana).
Organização social (família patriarcal e escravismo).
Escravização de indígenas e africanos.
Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
A humanidade e a História
De onde viemos quem somos como sabemos?
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações.
Teoria do surgimento do homem na América.
Mitos e lendas da origem do homem
Desconstrução do conceito de Pré-história.
Povos ágrafos, memória e história oral.
As Primeiras civilizações na América
Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas.
Ameríndios da América do norte.
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia.
Egito, Núbia, Gana e Mali*.
Hebreus, gregos e romanos*.
*Observação: Não se trata aqui de “esgotar história destas civilizações,
144
mais sim, levantar alguns aspectos como religiosidade, organização social”.
Península Ibéricanos séculos XIV e XV: Cultura, sociedade e política.
Reconquista do território.
Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Comércio (África, Ásia, América e Europa).
Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa.
Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa, (Zimbabwe) e outros.
Comércio.
Organização política-administrativa.
Manifestações culturais.
Organização social.
Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil.
6ª SÉRIE
DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX
Expansão e consolidação do território
Missões.
Bandeiras.
Invasões estrangeiras.
145
Colonização do território “paranaense”
Economia.
Organização social.
Manifestações culturais.
Organização política-adminstrativa.
Movimentos de contestação
Quilombos (BR e PR).
Irmandades manifestações de sincretismo religioso.
Revoltas Nativistas e Nacionalistas.
Inconfidência Mineira.
Conjuração baiana.
Revolta da cachaça.
Revolta do maneta.
Guerra dos mascates.
Chegada da família real ao Brasil
De Colônia a Reino Unido.
Missões artístico-científicas.
Biblioteca nacional.
Banco do Brasil.
Urbanização na Capital.
Imprensa régia.
O processo de independência do Brasil
Governo de D. Pedro I.
Constituição outorgada de 1824.
146
Unidade territorial.
Manutenção da estrutura social.
Confederação do Equador.
Província Cisplatina.
Haitianismo.
Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina
Reforma e contra-reforma.
Independência das treze colônias inglesas da América do Norte
Diáspora africana
Revolução francesa
Comuna de Paris.
Invasão napoleônica na Península Ibérica
O processo de independência das Américas
Haiti
Colônias espanholas.
7ª SÉRIE
PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO
DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
147
A construção da nação
Governo de D. Pedro II.
Criação do IHGB.
Lei de terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850.
Início da imigração européia.
Definição do território.
Movimento Abolicionista e emancipacionista.
Emancipação política do Paraná (1853)
Economia.
Organização social.
Manifestações culturais.
Organização política-adminstrativa.
Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e
externas (europeus).
Os povos Indígenas e a política de terras.
A guerra do Paraguai e/ou a guerra da tríplice Aliança
O processo de abolição da escravidão
Legislação.
Resistência e negociação.
Discursos. - Abolição, Imigração – Senador Vergueiro – Branqueamento e
miscigenação (Oliveira Viana, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Silvio Romero no
Brasil, Sarmiento na Argentina).
Os primeiros anos da República
Idéias positivistas.
Imigração asiática.
148
Oligarquia, coronelismo e clientelismo.
Movimentos de contestação: campo e cidade.
Movimentos messiânicos
Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro.
Movimento operário: anarquismo e comunismo
Paraná: - Guerra do Contestado – greve de 1917 - Curitiba.
Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná, Langue
de Morretes, João Turim.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)
Luddismo.
Socialismos.
Anarquismo.
Relacionar: Taylorismo, Fordismo, Toyotismo.
Colonização da África e da Ásia
Guerra civil e imperialismo estadunidense
Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé.
Questão Agrária na América Latina
Revolução mexicana
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa.
149
8ª SÉRIE
REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A semana de 22 e o repensar da nacionalidade
Economia.
Organização social.
Organização político-administrativa.
Manifestações culturais.
Coluna Prestes.
A “Revolução” de 30 e o período Vargas (1930 a 1945)
Leis trabalhistas.
Voto feminino.
Ordem e disciplina no trabalho.
Mídia e divulgação do regime.
Criação do SPHAN, IBGE.
Futebol e carnaval
Contestações à ordem.
Integralismo.
Participação do Brasil na II Guerra Mundial.
Populismo no Brasil e na América Latina
Cárdenas – México.
Perón – Argentina.
Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil.
150
Construção do Paraná moderno
Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Neto
e Ney Braga.
Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa: Copel,
Banestado, Sanepar, Codepar.
Movimentos culturais.
Movimentos sociais no campo e na cidade – Ex.: Revolta dos colonos década
de 50 no Sudoeste.
Os Xetá.
O Regime Militar no Paraná e no Brasil
Repressão e censura uso ideológico dos meios de comunicação.
O uso ideológico do futebol na década de 70 – O tricampeonato mundial, a
criação da liga nacional (campeonato brasileiro).
Cinema Novo
Teatro
Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.
Movimentos de contestação no Brasil
Resistência armada.
Tropicalismo.
Jovem Guarda.
Novo sindicalismo.
Movimento Estudantil.
151
Paraná no contexto atual
Redemocratização
Constituição de 1988.
Movimentos populares rurais e urbanos: MST (Movimento dos Sem Terra),
MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.
Mercosul.
Alça.
O Brasil no contexto atual
A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Crise de 29
Ascensão dos regimes totalitários na Europa
Movimentos populares na América Latina
Segunda Guerra Mundial
Independência das colônias afro-asiáticas
Guerra Fria e os regimes Militares na América Latina
Política de boa vizinhança.
Revolução cubana.
11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende.
Censura aos meios de comunicação
O uso ideológico do futebol na década de 70
152
A copa da Argentina – 1978.
Movimentos de contestação no mundo
Maio de 68 – França.
Movimento Negro.
Movimento Hippie.
Movimento Homossexual.
Movimento Feminista.
Movimento Punk.
Movimento Ambiental.
Fim da bipolarização mundia
Desintegração do bloco socialista.
Neoliberalismo.
Globalização.
11 de Setembro nos EUA.
África e América Latina no contexto atual
7.3.1- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
Acredita-se que a disciplina de História no Ensino Médio esteja inteiramente
compromissada com o pleno desenvolvimento da cidadania voltada à formação de
uma juventude crítica e que se perceba como uma agente construtora de sua própria
história, instrumentalizada para compreender, por meio de contínua reflexão, à
sociedade dinâmica em que vive.
Pretende-se, não apenas aumentar a cultura geral, mas sim formar um
cidadão com preparação científica e histórica crítica que lhe possibilite viver com
153
autonomia neste mundo dinâmico, competitivo e em constante transformação.
1º ANO
Abordagem Central
A História entre a ciência e a filosofia;
- Construção da ciência da história;
- Existe o tempo?;
O surgimento do ser humano e da civilização;
- África berço da humanidade;
- Migrações euro-asiáticas e para a América o povoamento do mundo;
- Revolução agrícola e o nascimento das civilizações;
O mundo antigo;
- Organização social no mundo antigo;
- O Estado teocrático;
- Sociedades matriarcais
- Sociedades patriarcais
- O trabalho escravo e livre
- Religiosidade/mitologia (Mesopotâmia, Egito/Núbia, hebreus, fenícios, persas)
Grécia e Roma – modelos do mundo ocidental;
- A filosofia grega ( importância do Egito nessa construção)
- Educação, a família e a mulher
- Mundo escravo
- Propriedade da terra – divina ou privada?
- A expansão romana e o encontro com outras culturas
a cristianização
O império da Igreja Cristã na Europa;
- Ruralização da economia
- Cruzadas: encontro Oriente e Ocidente
- Império Bizantino
- O Islã
154
- A África Islâmica
- A Península Ibérica Islâmica
2º ANO
Grandes civilizações americanas;
- Maias
- Astecas
- Incas
- Tupi Guarani
África.
- Sociedades subsaarianas:
- tribos
- cidades-estados
- reinos e impérios
- Reino de Axum (Etiópia)
- Grande Zimbabwe
Terras ou dinheiro? O mundo ocidental entre a nobreza e a burguesia.
- A riqueza do Oriente: novas tecnologias (imprensa), novas culturas
- O poder absolutista, o mercantilismo e o Sistema Colonial
- A burguesia e sua nova visão de mundo
Encontro de culturas: os ameríndios e os espanhóis, os ameríndios e os
portugueses, os negros africanos e os portugueses
- O Sistema Colonial Espanhol
- Resistência e extermínio dos ameríndios
- Paraná espanhol (Revolta de Guairacá, os jesuítas e a escravização indígena)
- A colônia como produtora de riqueza para a metrópole: organização do Sistema
Colonial
- A escravidão africana
- Resistência à escravidão
- Sociedade patriarcal para a elite. E o resto?
- Achamento do ouro e a urbanização da colônia
155
Iluminismo: o pensamento burguês muda o mundo
- Como a burguesia conquistou o poder
- As ideias burguesas impregnam-se no imaginário coletivo
- Manifestações do iluminismo (Revolução Inglesa, Ind. EUA, Revolução Francesa,
Era napoleônioca
Brasil: liberdade ou dependência?
- Processo de independência do Brasil
- A luta entre o liberalismo e o conservadorismo
- Revolte de elite e populares
Capital e Trabalho
- Revolução industrial
- Mudança na forma de trabalho
- Exploração: mais valia expansão imperialista e colonialista
- A partilha da África
− Contestação ao capitalismo
3º ANO
Brasil e a República
- A República da Espada
- Revolução Federalista
- Cerco da Lapa no Paraná
O mundo em guerra
- Primeira Guerra Mundial
- Os Tratados de Paz
- Revolução Russa
- Crise de 1929
- Fascismo
- Segunda Guerra Mundial
Oposição capitalismo X comunismo
- Guerra Fria
- Descolonização da África e Ásia
156
- República Popular da China
- Cuba
Brasil contemporâneo
- Era Vargas e a política nacionalista
- Período democrático no Brasil
- Ditadura Militar
- Abertura política
- Os governos neoliberais e o impacto social
América Latina no século XX
- Ditaduras militar e resistência
- Democratização e dependência
- Alternativas sustentáveis
A hegemonia do EUA
- As políticas estadunidenses para o mundo – neocolonialismo
- Fundamentalismo religioso e o confronto com o Oriente Médio
METODOLÓGIA DA DISCIPLINA
Quando se pretende que o ensino de história contribua para a construção da
consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com
seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico. Cabe
lembrar que é importante o aluno compreender, os limites do livro didático, aí a
necessidade de se utilizar outras fontes para se fazer diferentes interpretações de
um mesmo acontecimento histórico; a necessidade de ampliar o universo de
consulta.
Deve-se possibilitar aos alunos a valorização e contribuição para a
preservação de documentos, dos lugares de memória como museus, bibliotecas,
acervos de fotografias de documentos escritos e visuais, entre outros. O livro
didático deve ser um instrumento utilizado pelo professor de maneira a ser
problematizado junto aos alunos, identificando seus limites e possibilidades para se
aprender história. Implica também na busca de outros referenciais que possam
complementar o conteúdo tratado em sala de aula. Este encaminhamento exige que
157
o professor esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido publicada em:
livros, revistas especializadas e, também meios eletrônicos.
A metodologia proposta para o Ensino Médio tem como base, a utilização dos
conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação
teórica e os temas selecionados pelos professores e devem estar assegurados no
Projeto Político Pedagógico da escola.
A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-
social, política e cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as
ações e relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos
estruturantes propostos: as relações de trabalho, as relações de poder e as relações
culturais.
Propõe-se como encaminhamento metodológico que os conteúdos
estruturantes da disciplina de História sejam abordados através de temas, na
compreensão de que não é possível representar o passado em toda sua
complexidade.
Primeiramente deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se
quer representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar, delimitar o
tema histórico em um período bem definido demarcando referências temporais fixas
e estabelecer uma separação entre o seu início e o seu final. Por fim, os professores
e alunos definem o espaço ou território de observação do conteúdo tematizado. O
que delimita esta demarcação espaço temporal é a historiografia específica
escolhida e os documentos históricos disponíveis.
Depois de selecionado o tema, o professor se utilizará três formas para
construir uma narrativa histórica, sendo elas: Narração; Descrição; Argumentação,
Explicação e Problematização.
Documentos como as imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos,
fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas podem ser transformados
em materiais didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico.
A Proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina, no caso de História, que ocorre a
articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
Assim narrativas, imagens, sons, etc. de outras disciplinas relacionadas devem ser
158
tratadas como documentos a ser abordados historiograficamente.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, de modo que permita o conjunto das ações pedagógicas, e não como um
elemento externo a este processo.
A avaliação diagnóstica levará professor e aluno a revisitar as práticas
desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo de ensino-
aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a
superação das dificuldades constatadas.
A avaliação proposta tem como objetivo superar a avaliação classificatória.
Diante disso, propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual,
continuada e diagnóstica. A avaliação deve estar contemplada no planejamento do
professor e ser registrada de maneira formal e criteriosa.
Para o Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de trabalho,
as relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e constituem o
processo histórico. E compreender que o estudo do passado se realiza a partir de
questionamentos feitos no presente por meio da análise de diferentes documentos
históricos.
A avaliação proposta considera três aspectos importantes: a apropriação de
conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e
indissociáveis.
7.4- GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL
Toda ciência para ser considerada como ciência precisa de um objeto de
estudo, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico dando ênfase a
relação do homem com o meio ambiente. O homem é o único elemento da biosfera
que é capaz de transformar a natureza em seu beneficio ou em seu prejuízo .
Na antiguidade clássica muito se avançou na elaboração dos saberes
159
geográficos (elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da
terra etc) .
Na Idade Média a geografia assim como as demais ciências pouco
avançaram.
No século XVI, no contexto das grandes navegações, os saberes geográficos,
passaram a ser evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que
buscavam explicar questões referentes ao espaço e a sociedade.
No entanto, até o século XIX, não havia sistematização da produção
geográfica, os estudos relativos a este campo de conhecimento estavam dispersos
em obras diversas.
O pensamento geográfico da escola Alemã com Humboldt (1769/1859), Ritter
(1779/1859) e Ratzel ( 1844/1904), foi fundamental para a sistematização da
geografia como ciência . Muito se deve também a escola de geografia Francesa que
tve como principal representante Vidal de La Blache (1845/1918).
A institucionalização da geografia no Brasil, no entanto, se consolidou apenas
a partir da década de 1930 .
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a
Segunda Guerra Mundial (1939/1945), trouxeram mudanças políticas, econômicas,
sociais e culturais na ordem mundial que interferiram no pensamento geográfico,
originando novos enfoques para a análise do espaço geográfico além de
reformulações no campo temático da geografia (priorizando assuntos como a
degradação da natureza, desigualdades sociais entre outros) .
OBJETIVOS GERAIS
O objetivo da Geografia é formar um aluno critico, questionador, consciente
que cumpra seus deveres, mas que saiba e lute por seus direitos perante a
sociedade.
Um outro objetivo da Geografia é o de auxiliar o aluno a aprender a se
localizar na superfície terrestre, bem como fazê-lo questionar sobre as
desigualdades sociais existentes no mundo.
160
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
5ª SÉRIE
A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
As paisagens da terra
Os movimentos da terra
As eras geológicas
A orientação no espaço
A localização no espaço
A representação do espaço
A terra no sistema Solar
A teoria do Big-Bang
O sistema Solar
Rochas e Minerais
Rochas ígneas e Magmáticas
Rochas sedimentares
Rochas metamórficas
Vulcanismo
Fenômenos Atmosféricos e climáticos
Hidrografia
Rios e bacias hidrográficas
Sistemas de energia
Circulação e poluição atmosférica
Desmatamentos
Chuva Acida
Camada da ozônio
Efeito estufa ( aquecimento global)
O campo e a cidade
161
O espaço rural e suas paisagens
Problemas ambientais no campo
O espaço urbano e suas paisagens
Os principais problemas urbanos no Brasil
Atividades econômicas I: Extrativismo e Agropecuária
Atividades econômicas II: Indústria, Comércio e Serviços
6ª SÉRIE
A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA
O Brasil no globo terrestre
A População brasileira
Migrações (fatores e consequências)
O êxodo rural
Urbanização e favelização
História das migrações mundiais
Brasil: um país de desigualdades
As Regiões do IBGE
As Regiões Geoeconômicas
Brasil: o espaço Agropecuário
O processo de Industrialização Brasileira
Os tipos de Industrias
Fatores da localização industrial
Meios de comunicação
7ª SÉRIE
GEOPOLITICA
Os sistemas econômicos
162
O sistema econômico Capitalista
O sistema econômico Socialista
Capitalismo X Socialismo
Blocos econômicos
Globalização
Economia e desigualdades Sociais
Desigualdades dos países: Norte x Sul
Dependência Tecnológica
A Guerra Fria
Órgãos Internacionais
Neoliberalismo
A América do Norte
A América Central
A América do Sul
8ª SÉRIE
O ESPAÇO MUNDIAL
A Europa
A África
A Ásia
Blocos econômicos
Globalização
Globalização e pobreza
Globalização e meio Ambiente
Meio ambiente e desenvolvimento
Políticas ambientais
Órgãos Internacionais
Movimentos sociais
163
Terrorismo
Narcotráfico
A ONU e a Paz mundial
Conflitos mundiais
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Geografia vai trabalhar os conteúdos específicos de forma critica e
dinâmica, interligando teoria pratica e realidade, utilizando a cartografia como
ferramenta essencial.
Construção e desenvolvimento, em conjunto com os alunos de projetos que
busquem estimular e ampliar os conteúdos específicos.
AVALIAÇÃO
Avaliação diagnóstica, formativa e continua que visa o aprendizado de todos
os alunos, que contempla várias formas de comunicação; leitura, interpretação e
produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, de mapas, de
tabelas, de gráficos, aulas de campo, relatórios.
7.4.1- GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO
A Geografia é uma ciência que estuda a superfície terrestre, não somente
como a Terra é, mas também analisa, interpreta a ação produzida pelo homem. Por
isso, o professor de Geografia deve compreender a concepção do ensino da
Geografia na perspectiva crítica, que trouxe questões econômicas, sociais e
políticas, sendo fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.
O ensino de Geografia deve estar ancorado no objeto de estudo da área do
conhecimento, que no caso da Geografia é o estudo do espaço geográfico.
164
OBJETIVOS GERAIS
Contribuir plenamente para o desenvolvimento integral do educando, através
de uma prática educativa contextualizada e conscientizadora, problemática e crítica,
dialética e participativa, a partir da concepção desenvolvida nas discussões dos
conteúdos estruturantes (Dimensão econômica da produção do/no espaço;
Geopolítica; Dimensão socioambiental; e Dinâmica cultural e demográfica), contidos
nas Diretrizes Curriculares de Educação.
Conscientizar o aluno acerca das relações sócio-espaciais de seu tempo;
Fornecer conhecimentos específicos da Geografia, que possibilite leitura e
interpretação crítica do espaço, considerando a diversidade das temáticas
geográficas e suas diferentes formas de abordagem;
Possibilitar a compreensão do espaço em que se está inserido, a partir do
entendimento da constituição e das relações estabelecidas entre os territórios
institucionais, bem como entre os territórios que a eles se sobrepõem como campos
de forças sociais e políticas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
1ª SÉRIE EM
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO/NO ESPAÇO E HISTÓRIA E
CULTURA-AFRO BRASILEIRA E AFRICANA (LEI Nº 10.639/03)
-Atividades agropecuárias;
-Sistemas agrários;
-Atividade industrial do mundo;
-Recursos minerais;
-Urbanização;
-fontes de energia
165
GEOPOLÍTICA
Conflitos agrários;
-Conflitos industriais
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL E A LEI DO MEIO-AMBIENTE
-Biomas terrestres;
-Água;
-Impactos ambientais;
-Poluição do solo;
-Erosão;
-Poluição do ar;
-Desenvolvimento sustentável.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
-Fatores de crescimento da população;
-Teorias demográficas;
-A população da Terra e suas diversidades.
2ª SÉRIE EM
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO/NO ESPAÇO.
Sistemas financeiros;
-Países desenvolvidos e subdesenvolvidos;
-Comércio mundial.-
166
GEOPOLÍTICA E HISTÓRIA E CULTURA-AFRO BRASILEIRA E AFRICANA (LEI
Nº 10.639/03)
Conflitos dos sistemas econômicos;
-Formação dos blocos econômicos;
Conflitos étnico-culturais;
-Nação, Estado e Território
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL E A LEI DO MEIO-AMBIENTE
Impactos ambientais causados pela industrialização e pelas migrações.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
As migrações e suas conseqüências
3ª SÉRIE EM
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO/NO ESPAÇO E A LEI DO MEIO-
AMBIENTE
Espaço agropecuário brasileiro;
-Estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil;
-Recursos minerais do Brasil;
-Recursos energéticos do Brasil;
-Industrialização no Brasil;
-Urbanização e regiões metropolitanas no Brasil;
-O comércio exterior no Brasil;
-Organização político-administrativa do Brasil;
-Complexos regionais brasileiros.
167
GEOPOLÍTICA
Conflitos de terra no Brasil;
- Formação e expansão do território brasileiro.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL E A LEI DO MEIO-AMBIENTE
Ecossistemas brasileiros;
-Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros;
-Impactos ambientais causados pelo desenvolvimento dos centros urbanos.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA E CULTURA-AFRO BRASILEIRA E
AFRICANA (LEI Nº 10.639/03)
Crescimento e formação étnica da população brasileira.
-Distribuição e estrutura da população brasileira;
-Movimentos migratórios;
-A cultura das regiões brasileiras.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, sempre
mantendo a coerência com os fundamentos teóricos propostos.
O conteúdo específico deve ser abordado nos quatro conteúdos
estruturantes, contemplando ainda as leis nº 10.639/03 “História e Cultura Afro-
brasileira e Africana” e a “Lei do Meio Ambiente”. Os desdobramentos receberão no
momento da aula as ênfases específicas de cada conteúdo estruturante, porém, não
acontecerá uma separação nas abordagens, pois na realidade concreta as
dimensões socioambiental, cultural, demográfica, econômica e geopolítica não se
separam, mas se intercruzam o tempo todo.
O professor também tem em mãos, as aulas de campo como pratica de
ensino da Geografia, os recursos áudio visuais e a cartografia como linguagem, que
168
auxiliam o processo ensino-aprendizagem da Geografia.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser diagnóstica , contínua, formativa e cumulativa,pois cada
aluno possui ritmos e processos de aprendizagem diferentes.
O professor deve usar vários instrumentos de avaliações que contemplem
várias formas de expressão dos alunos, como: avaliação escrita, leitura e
interpretação de textos, de fotos, de imagens, de gráficos, de tabelas e mapas,
pesquisas bibliográficas, seminários e outros.
Os instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
7.5- CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL
Historicamente o ensino de ciências esta em constante mudanças, devido às
necessidades relacionadas ao meio ambiente através de pesquisas e
descobrimentos.
Mesmo antes da descoberta do fogo, o homem começou a buscar maneiras
de satisfazer suas necessidades cotidianas, caçando e criando objetivos próprios
para isso. Logo, em seguida utilizou-se da descoberta do fogo e passou a cozinhar
os alimentos, usando técnicas de conservação de alimentos e até mesmo, maneiras
de transformar uma substancia em outra, processo hoje chamado de experiência
química.
Assim do homem que caçava, se inicia um período em que ele começa a tirar
proveito da natureza para sua subsistência, aperfeiçoando suas técnicas
aprendendo a armazenar alimentos, desenvolvendo poções de cálculos criando até
mesmo calendários a partir de movimentos celestes, começa a formular teorias,
desenvolvendo crenças e valores, partindo de uma ciência racional, a filosofia. Desta
forma a ciência passa a ser determinada pela maneira com que o homem expressa
seu conhecimento.
Através do decreto de 19.890/31, a disciplina de ciência foi inserida no
169
currículo a partir de reforma Francisco Campos. O método de ensino usado na
época destaca-se com a exposição, memorização e repetição, sendo propostos os
conteúdos de Água, Ar, Terra, considerando as perspectivas físicas, químicas,
cósmicas, biológicas e sociais.
A ciência utiliza-se de métodos que visam buscar explicações aos fenômenos
naturais físicos, químicos, biológicos , geológicos, alem disso, a ciência deve
considerada a partir da influencia de fatores sociais, econômicos e políticos e
vinculadas as relações de poder existentes na sociedade.
A Ciência, alem de um acervo de conhecimentos, continuamente confirmados
retificados e por vezes, complemente superados, também constitui um modo de
pensar de chegar a conclusão coerentes a partir de premissas de questionar
preconceitos de estimular o equilíbrio entre novas ideias e as já estabelecidas.
A ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a imaginação,
a intuição e a emoção. A comunidade cientifica sofre a influencia do contexto social,
histórico e econômico em que esta inserida, fazer ciências exige escolhas e
responsabilidades.
A importância do ensino de ciências cresceu em todos os níveis e passou a
ser objeto de movimento em busca de reformas educacionais para os
desenvolvimentos econômicos, culturais e sociais da época.
O final dos anos 70 marcou-se por uma crescente degradação ambiental,
através do grande desenvolvimento industrial, resultando numa nova ênfase nos
currículos escolares. Assim, neste momento emerge o movimento ciência. Neste
momento a tecnologia e sociedade traz ao mundo uma grande competição
tecnológica e o Brasil se vê em meio a uma transição política onde a
democratização influencia o ensino de ciências se associando a questões sociais,
alguns temas estiveram presentes nos programas desenvolvimento para aprimorar o
ensino de ciências e a tecnologia ainda que muitas vezes, assumisse uma postura
ingênua, sem estabelecer relações com pratica social.
A partir dos anos 90, o currículo básico propôs ao ensino de ciências a
integração dos conteúdos em três eixos norteadores: Noções de Astronomia,
Transformação e Interação de Matéria e Energia e Saúde.
Em 2003, uma nova metodologia foi implantada no ensino de ciências, a qual
170
buscou solicitar ao professor uma maior reflexão perante a realidade da escola,
criando uma interação entre a escola e a comunidade, preparando melhor os
professores, e a partir daí aumentar a valorização do estudo da disciplina.
A disciplina de ciências constitui um conjunto de conhecimento necessário
para compreender e explicar os fenômenos da natureza resultantes das relações
entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,
campo, energia e vida, e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece
relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos
cenários estão os problemas reais, a pratica social.
O processo de ensino e aprendizagem de ciências valoriza a dúvida, a
contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e
incertezas e faz superar o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos de
modo a dar prioridade à sua função social.
A disciplina de ciências caracteriza-se pela necessidade da compreensão do
mundo natural, do mundo construído pelo cotidiano historicamente e dialeticamente
pela humanidade, levando em consideração os aspectos sociais, políticos,
econômicos, culturais e éticos. Com esse conhecimento, o aluno poderá intervir na
sociedade avançando a ciência e a tecnologia e consequentemente melhorando o
ambiente e a qualidade de vida.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino de ciências devera propiciar condições para que os sujeitos do
processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão
do seu papel frente as demandas sociais, ima vez que questões relacionadas a
saúde, sexualidade e meio ambiente, dentre outras, são imprescindíveis a disciplina
de ciências.
Identificar o conhecimento cientifico como resultado do trabalho de gerações
de homens e mulheres em busca do conhecimento para compreensão do mundo.
Perceber a interdependência existente entre os seres vivos e dos demais
elementos do ambiente natural e cultural com a qualidade de vida.
Abordar os conteúdos de forma consistente, critica, históricas considerando
171
as relações entre as ciências, a tecnologia e a sociedade.
Compreender a explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no
mundo, por isso estabelecer relações entre os diferentes conhecimentos físicos
químicos e biológicos.
Entender os problemas reais, socialmente importantes a pratica social pode
se dizer que a partir dessa ideia o estudo tornara mais amplo.
Abordar os conteúdos referentes a Lei do Meio Ambiente, a Lei nº 13381/01
“História do Paraná” e a Lei 10639/03 “História e Cultura Afro-brasileira” afim de que
o aluno compreenda as diferenças de raças e etnias, entenda a importância dos
diversos povos na cultura mundial e se conscientize sobre a importância de
preservar o meio em que vive.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ASTRONOMIA
Universo
Sistema Solar
Astros
Movimentos celestes
Movimentos terrestres
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização celular
ENERGIA
Formas de energia
Conversão de energia
172
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
173
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ASTRONOMIA
Origem e evolução do Universo
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Gravitação universal
MATÉRIA
Propriedades da matéria
174
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
METODOLOGIA
O estudo da disciplina de ciências, e os elementos do Movimento Ciência
Tecnologia e sociedade, devem ser encaminhados metodologicamente numa
abordagem articulada, seguindo uma perspectiva critica e histórica considerando a
articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Para que as ciências se efetive na escola é preciso que os participes do
processo de ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de ciências como
construção humana cujos conhecimentos científicos são passíveis de alterações ao
longo da historia da humanidade e marcados pôr intensas relações de poder. A
partir dessa compreensão da ciência, o tratamento exige-se conhecimento cientifico
de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no
mundo. A química, a física, a biologia, a geociências, a astronomia e outras áreas
contribuem significativamente, objeto de estudo da disciplina de ciências.
“Para o ensino de Ciências propõem uma prática pedagógica que leva à
integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para isso
é necessário superar prática pedagógica centrada num único método e baseadas
em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam tão somente à
comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos alunos” (DCE, 2008,
p.68).
175
O ensino de Ciências deve possibilitar ao aluno a capacidade de: situar-se no
mundo de forma ativa e crítica; entender e avaliar questões sociais, econômicas e
políticas.
É importante que o professor trabalhe os conteúdos específicos ao longo dos
quatro anos, respeitando o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, a diversidade
cultural, a realidade local e os aspectos essenciais no ensino de Ciências: a História
da Ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.
Nesta proposta, inclui-se estudos relacionados à Educação Ambiental, Lei nº:
9.795/99, voltada para a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade do
planeta. A disciplina de Ciências desenvolverá seus conteúdos fazendo uma
reflexão com os temas étnicos-raciais, Lei 11.645/08”História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena”, Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro-Brasileira”, através de
pesquisas, problematizações, estudos das teorias antropológicos, características
biológicas dos diversos povos, contribuição dos povos africanos e de seus
descendentes para os avanços da Ciência e da Tecnologia, alimentos de origem
afro e indígena, flora medicinal(práticas curativas das tribos indígenas), recursos
naturais(caça e pesca).
Faz se também necessário incluir neste estudo a História do Paraná, que,
dentro do currículo de Ciências trata de espécies animais e vegetais característicos
da região, espécies ameaçadas e áreas de preservação e conservação. Tudo isso
para que o aluno adquira conhecimento, desenvolva habilidades, atitudes e
competências voltadas a preservação e conservação do meio ambiente.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, de
forma contínua e cumulativa, observando o desempenho do grupo e individualidade
do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos e quantitativos.
“A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É
fundamental que se valorize também, o que se chama de “erro” de modo a retomar a
176
compreensão (equivocada) do aluno por meio de diversos instrumentos de ensino e
de aprendizagem”. (DCE 2008, p.77).
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem
expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam, produzem,
discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam e argumentam sobre seu ponto
de vista.
Segundo as Diretrizes Curriculares, a avaliação não pode estar centralizada
em uma única atividade e, precisam considerar os alunos como sujeitos históricos
do processo pedagógico.
As avaliações diagnósticas devem acontecer de diferentes formas de
expressão e oportunidade para que o próprio aluno sinta a necessidade do valor do
ensino de Ciências, assim ele criará consciência das suas possibilidades, objetivos e
interesses.
“Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo
ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma
aprendizagem realmente significativa para sua vida” (DCE 2008, p.79)
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo.
7.6- BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
Partindo-se da dimensão histórica foram identificados os marcos conceituais
da construção do pensamento biológico. Cabe ressaltar que a importância desta
compreensão histórica e filosófica da ciência está em conformidade com o atual
contexto sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da
concepção da ciência enquanto construção humana.
A Biologia é uma ciência em que os fenômenos estudados geralmente são
cercados por variações e exceções. Os fenômenos biológicos desenvolvem-se
segundo determinados padrões, mas dentro de uma faixa de variação individual que
precisa ser compreendida e considerada.
Entende-se a Biologia como uma ciência dinâmica, pois dinâmica é a vida,
177
uma realidade em constante transformação.
Cada vez mais a área biológica tem trazido informações que visam melhorar a
qualidade do meio, aumentar a oferta de alimentos, aprimorar as condições de
saúde e desvendar os mecanismos que regem a vida. Essas informações precisam
ser compreendidas por pessoas das mais diversas áreas de atuação, para que
possamos reverter a triste situação em que se encontra a vida no planeta. Com isso,
a área biológica vem assumindo cada vez mais importância na formação das
pessoas.
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.
A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA tem sua origem
registrada desde a Antiguidade. As ideias deste período que contribuíram com o
desenvolvimento da Biologia, tiveram como principais pensadores e estudiosos, os
filósofos Platão (428/27 a.C. - 347 a.C.) e Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), que,
deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As
interpretações filosóficas buscavam explicações para compreensão da natureza.
Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da
humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos
em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a
promulgação da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava Diretrizes e Bases do Ensino
de 1º e 2º graus. Essa lei trazia alterações no sentido de conter os aspectos liberais
constantes na lei anterior, estabelecendo um ensino tecnicista para atender ao
regime vigente voltado para a ideologia do Nacionalismo Desenvolvimentista
(AGOSTINI, 2000).
O Ensino de Ciências é reorganizado. “A escola secundária deve servir agora
não mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente
ao trabalhador, peça essencial para responder às demandas do desenvolvimento”
(KRASILCHIK, 1987. p.18).
Em meio à crise dos anos 80 começaram a surgir várias críticas às
concepções que prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciências. O
ponto central desta revisão é a respeito da idéia de Ciência positivista e da utilização
da metodologia científica pelo aluno. Os projetos caracterizavam-se por uma
178
concepção empírico-indutivista para a Biologia, e visavam desenvolver essa
concepção no ensino.
Os conteúdos de Biologia eram aprendidos com base na observação, a partir
da qual, os mesmos poderiam ser explicados por raciocínios lógicos comprovados
pela experimentação. A experimentação garantia também a descoberta de novos
fatos, de forma que o ciclo se fechava: voltava-se à observação, depois ao
raciocínio, depois à experimentação.
Em virtude das críticas ao contexto educacional, ao findar os anos 80 e iniciar
os anos 90, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propõe o
Programa de Re-estruturação do Ensino de 2º Grau. A proposta, apresentada para o
ensino teve como referencial teórico à pedagogia histórico-crítica. Este novo
programa analisava as relações entre escola-trabalho-cidadania.
Para o ensino da Biologia, a proposta estabelece seis temas que envolviam
as diferentes ciências de referência desta disciplina e algumas noções do
desenvolvimento científico e tecnológico. Este documento tinha por finalidade a
busca de uma alternativa metodológica para o ensino de Biologia, oportunizando aos
professores e alunos a uma visão totalizante da Biologia.
Tal proposta, apesar da tentativa de superação do ensino tradicional e
tecnicista com a pedagogia histórico-crítica, apresentava os conteúdos ainda
divididos por blocos tradicionais do livro didático, reunidos em temas geradores. A
visão de totalidade caracterizava o "conteudismo" dos conhecimentos da biologia.
Em 1998 foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB 03/98), para normatização da LDB
9394/96. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a
Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Os conhecimentos da Biologia, expressos no PCN apontaram como objeto de
estudo da disciplina o fenômeno vida em toda sua "diversidade de manifestações",
porém os conceitos básicos da Biologia, são apresentados de forma reducionista,
com ênfase nos resultados da Ciência e omissão do seu processo de produção, sem
a abordagem histórica, permitindo uma pedagogia de projetos para assuntos que
não contemplam o conjunto de conhecimentos historicamente construídos para a
Biologia (MOREIRA, 1991; BIZZO, 2000; NARDI, 2002).
179
Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia foram identificados os
marcos conceituais da construção do pensamento biológico. Estes marcos foram
utilizados como critérios para escolha dos Conteúdos Estruturantes e dos
Encaminhamentos Metodológicos. Cabe ressaltar que a importância desta
compreensão histórica e filosófica da Ciência está em conformidade com o atual
contexto sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da
concepção de Ciência enquanto construção humana.
OBJETIVOS GERAIS
As Diretrizes Curriculares Estaduais redimensiona a importância dada ao
processo de construção histórica dos conhecimentos biológicos de forma que os
mesmos possibilitem acesso, a cultura científica, socialmente valorizada, tendo
como objetivo a formação do sujeito crítico e reflexivo.
Compreender a natureza como um todo dinâmico, e o ser humano, em
sociedade, como agente transformador do mundo em que vive, em seu
relacionamento com os demais seres vivos.
Compreender a Biologia como um processo de produção do conhecimento e
uma atividade humana de natureza social, inserida num contexto econômico,
político, cultural e histórico.
Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia
e condições de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórica.
Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos a serem promovidos por diferentes agentes.
Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos da Biologia, pondo em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à citologia, genética,
reinos e vida.
Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos,
observados em microscópio ou olho nu.
Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia
180
Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em
estudo;
Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados
nem hierarquizados, esses conteúdos estruturantes são: organização dos seres
vivos, mecanismos biológicos, biodiversidade e manipulação genética. Eles devem
ser abordados de forma integrada, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de
estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de
referência da Biologia.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Como proposta metodológica para o ensino de Biologia, propõe-se a
utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórico-crítica
centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às camadas
181
populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica para a
transformação da realidade (SAVIANI, 1997; LIBÂNEO, 1993).
O método da prática social decorre das relações dialéticas entre conteúdo de
ensino e concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a intervenção
nesta realidade. Confrontam-se os saberes do aluno com o saber elaborado, na
perspectiva da apropriação da concepção de ciência da realidade social.
Fundamenta-se no materialismo histórico com a concepção de Ciência enquanto
atividade humana e que estuda os modos de produção. Busca-se a coerência com
os fundamentos de uma pedagogia entendida como processo através de qual o
homem torna-se plenamente humano.
A metodologia de ensino da Biologia, envolve o conjunto de processos orga-
nizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de organismo no meio,
na relação ser humano e natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e
culturais.
Assim, a experimentação deve ter como finalidade o uso de um método que
privilegie a construção do conhecimento, em caráter de superação à condição de
memorização direta, comportamentalista. Parte-se do pressuposto que a adoção de
uma prática pedagógica fundamentada nas teorias críticas deve assegurar ao pro-
fessor e ao aluno a participação ativa no processo pedagógico.
Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como produtos
históricos indispensáveis à compreensão da prática social, podem contribuir para re-
velar a realidade concreta de forma crítica e explicitar as possibilidades de atuação
dos sujeitos no processo de transformação desta realidade (LIBÂNEO, 1983).
Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua
complexidade de relações significa pensar em uma Ciência em transformação, cujo
caráter provisório garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar
e a mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento
histórico, social, político, econômico e cultural.
Torna-se importante, então, considerar a necessidade de se conhecer e
respeitar a diversidade social, cultural e as ideias primeiras do aluno, como
elementos que também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos conceitos
182
científicos que levam a compreensão do conceito VIDA.
Como recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é recomendável
favorecer o debate em sala de aula. Este oportuniza a reflexão e contribui para a
formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca conhecer e
compreender a realidade. Dizer que o aluno deve superar suas concepções
anteriores implica em promover ações pedagógicas que permitam tal superação.
Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com
a Lei n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este deverá
ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento
dos conteúdos específicos. Portanto é necessário que o professor contextualize esta
abordagem em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que os conteúdos
específicos sobre as questões ambientais não sejam trabalhados isoladamente na
disciplina de Biologia. (DCE 2010).
As leis 10.639/03 História e Cultura Afro-Brasileira e indígena serão
contemplados, dentro dos conteúdos de Genética e Evolução.
Os encaminhamentos metodológicos expressos nestas Diretrizes objetivam
potencializar o aprendizado e nesse sentido são indissociáveis do processo ensino-
aprendizagem de Biologia. Assim os experimentos podem ser o ponto de partida
para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com
as ideias discutidas em aula, levando os alunos à reflexão sobre a teoria e a prática
e, ao mesmo tempo permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser uma prática emancipadora. Deste modo, a avaliação na
disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é
obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para
nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos
resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias
superando o senso comum.
Segundo as DCE's é necessário a participação ativa dos professores na
183
análise crítica da própria avaliação.
“Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que
garantam uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho
pedagógico em que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto,
em construção”
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo.
7.7- ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de arte visa promover o estudo dos saberes específicos, desse
importante campo de conhecimento, envolvendo todo tipo de produção cultural
manifestado pelos homens ao longo de toda sua concepção histórica. A História da
Arte permite entender e ter acesso a essa produção de diferentes povos e de suas
influências no mundo contemporâneo.
A importância da disciplina de artes está fundamentada na socialização do
conhecimento, promovendo ao aluno o acesso ao mundo através das várias
linguagens artísticas. De acordo com as DCE, a dimensão artística pode contribuir
significativamente para humanização dos sentidos, superando a condição de
alienação e repressão à qual os sentidos humanos foram submetidos. A arte
concentra conhecimentos de diversos campos, promovendo diálogos com as outras
disciplinas.
Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de
socialização do conhecimento, pois essa função da
instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes
menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de
acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do
contato com a arte.
A disciplina de arte visa abordar as formas como ela é compreendida no
184
cotidiano dos alunos e como as pessoas se defrontam com o problema de
conceituá-la. O ensino de arte é abordado a partir dos campos conceituais como o
conhecimento estético, que está relacionado à apreensão do objeto artístico como
criação de cunho sensível e cognitivo e o conhecimento da produção artística, que
está relacionada aos processos do fazer e da criação.
Desde os primórdios da humanidade a arte já se fazia presente como
atividade fundamental do ser humano, ela desempenhou importantes papéis desde
então, que vai da própria sobrevivência aos mais diversos objetivos.
O ensino da Arte institucionalizado está interligado diretamente ao processo
de formação da própria cultura brasileira, desde a fase colonial até a república, pois
já era utilizado como conhecimento na catequização dos índios, de 1500 a 1759
aproximadamente, com os ensinamentos de artes e ofícios. Também, passando pela
célebre Missão Francesa de 1816, com a criação da Academia Imperial de Belas
Artes, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Escola Nacional de Belas
Artes.
Como legislação, o ensino da Arte foi criado com a Lei n 5.692 de 1971, como
componente curricular de Educação Artística, ao qual se propunha os saberes
básicos nas principais linguagens artísticas, como as artes visuais, artes cênicas, a
música e a dança. Uma proposta foi estabelecida em 1996 com a nova Lei de
diretrizes e bases da educação Nacional (LDB n 9394), ao qual se deve constituir o
ensino da arte como componente curricular obrigatório, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos. No Paraná, em 2003 iniciou-se o processo de
discussão com professores da Educação Básica do Estado, NREs e IES, para uma
proposta de construção coletiva de diretrizes curriculares, resultando em políticas
que valorizam a arte na rede estadual do Paraná. Assim formou-se a Instrução
Secretarial n 015/2006 que estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas se
manais/ano para todas as disciplinas do Ensino Médio. Também a disponibilidade de
livros didáticos para cada disciplinas com a produção conceitual dos próprios
professores da rede.
A arte é um processo de humanização, onde o aluno experimenta, descobre,
produz, interage, se relaciona, se expressa, torna-se um crítico, transformando o
meio em que vive.
185
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Elementos formais – São relacionados aos recursos empregados numa obra.
• Composição - É o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística.
• Movimentos e períodos – Está caracterizado pelo contexto histórico relacionado
ao conhecimento em Arte, na produção artísticas de diferentes povos ao longo do
tempo, movimentos artísticos, de forma linear ou não.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Artes Visuais;
Teatro;
Dança;
Música.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Ensino Fundamental
5ª artes visuais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura,
escultura,
arquitetura...
Gêneros: cenas da
mitologia...
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
5ª teatro
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico,
adereços
Técnicas: jogos
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
186
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
teatrais, teatro
indireto e direto,
improvisação,
manipulação,
máscara...
Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo.
5ª dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos
articulares
Fluxo (livre e
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e
baixo)
Deslocamento (direto
e indireto)
Dimensões (pequeno
e grande)
Técnica:
Improvisação
Gênero: Circular
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
5ª música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica
pentatônica
cromática
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
187
6ª artes visuais
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura,
escultura,
modelagem,
gravura...
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza
morta...
Arte Indígena
Arte Popular Brasileira e
Paranaense
Renascimento
Barroco
6ª teatro
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia.
Técnicas: jogos
teatrais, mímica,
improvisação, formas
animadas...
Gêneros:
Rua e arena,
Caracterização.
Comédia dell’ arte
Teatro Popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
6ª dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre,
interrompido e
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
188
conduzido)
Lento, rápido e
moderado
Niveis (alto, médio e
baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica,
popular e étnica
6ª música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico,
indígena, popular e
étnico
Técnicas: vocal,
instrumental
e mista
Improvisação
Música popular e
étnica (ocidental
e oriental)
7ª artes visuais
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, audiovisual
e mista...
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
7ª teatro
Personagem:
expressões
Representação no
Cinema e Mídias
Indústria Cultural
Realismo
189
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra,
adaptação cênica...
Expressionismo
Cinema Novo
7ª dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente,
atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
Cultural e espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
7ª música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a
fusão de ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental
e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
8ª artes visuais
Linha Bidimensional Realismo
190
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura,
grafitte,
performance...
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
Vanguardas
Muralismo e Arte
Latino-Americana
Hip Hop
8ª teatro
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo,
jogos teatrais,
direção, ensaio,
Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
8ª dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
191
e moderna
8ª música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental
e mista
Gêneros: popular,
folclórico e étnico.
Música Engajada
Música Popular
Brasileira.
Música Contemporânea
Ensino Médio
Ensino Médio - artes visuais
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura,
desenho,
modelagem,
instalação
performance,
fotografia, gravura
e esculturas,
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Arte Latino-Americana
192
arquitetura, história
em quadrinhos...
Gêneros: paisagem,
natureza-morta,
Cenas do Cotidiano,
Histórica, Religiosa,
da Mitologia...
Ensino Médio - teatro
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos
teatrais, teatro direto
e indireto, mímica,
ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação e leitura
dramática
Gêneros: Tragédia,
Comédia, Drama e
Épico
Dramaturgia
Representação nas
mídias
Caracterização
Cenografia,
sonoplastia, figurino
e iluminação
Direção
Produção
Teatro Greco- Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino-Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
Ensino Médio - dança
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
193
Giro
Rolamento
Movimentos
articulares
Lento, rápido e
moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo,
industria cultural,
étnica, folclórica,
populares e salão
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança Contemporânea
Ensino Médio - música
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, Tonal e fusão
de ambos.
Gêneros: erudito,
clássico, popular,
étnico, folclórico,
Pop ...
Técnicas: vocal,
instrumental,
eletrônica,
Música Popular Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americana
194
informática e mista
Improvisação
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Assim como para nos apropriarmos de uma linguagem é preciso entendê-la,
interpretá-la e dar sentido a ela, tem-se que operar com seus códigos, como fazem
os professores que alfabetizam na linguagem das palavras e dos textos orais e
escritos, também se faz necessário e com preciosismo a alfabetização da linguagem
artística. É por meio delas que poderemos ampliar a compreensão do mundo,
interpretando as formas sensíveis e subjetivas que compõem a humanidade e sua
pluralidade cultural.
A metodologia da disciplina de artes no Ensino Médio tem por objetivo fazer
com que o aluno passe por três momentos essenciais que permitam a ele construir
seu conhecimento cognoscitivo. Estudando a história da arte ele vai conhecer o
passado e perceber sua influência no mundo atual, ligando fatos à realidade
compreendendo a razão de muitas influências e características. Através de
exposição de obras artísticas existentes, painéis, vídeos, multimeios, audições
músicas, apresentações de danças e teatrais, do passado ou atual, o aluno passa
por outro momento no qual o sentir e o perceber são os tópicos principais
necessários ao seu desenvolvimento artístico. Nesse momento ele poderá sentir
como as diversas áreas artísticas se relacionam entre si e como cada uma delas se
comporta, ou funcionam, quanto aos signos, ritmos, composições, tempo e espaço,
além de verificar que um assunto ou tema tem relação direta ou indiretamente com
outras áreas.
Outro momento trabalhado na disciplina de artes é o fazer artístico, parte
prática aonde o aluno trás à existência suas ideias levando em conta seus
sentimentos, estilos, pesquisas e conhecimentos adquiridos, podendo trabalhar
individualmente ou coletivamente. Esse é um momento de vivências e troca de
ideias.
Os momentos da organização pedagógica trabalhos dentro da disciplina de
artes poderão ser iniciados a qualquer momento, devendo os alunos passar por
195
todos eles afim de que possam se desenvolver nesta área sobre todos os aspectos
e possam ter uma mente criativa e crítica participando e contribuindo para o meio
sócio cultural em que vivem. A interdisciplinaridade é um fator essencial na disciplina
de artes, sendo um conhecimento basilar para outras áreas ou mesmo usando-as
como ferramentas de conhecimentos essenciais.
Os recursos didáticos utilizados são:
Quadro/lousa
Giz
TV multimídia
Materiais artísticos básicos
Pen drive, Cds, DVDs e outras mídias
Aparelhos de áudio e vídeo
Livro didático público e outras referências
AVALIAÇÃO
A avaliação em artes se dá através da observação diária, registros de
trabalhos práticos e teóricos, participação nos trabalhos em equipes e auto -
avaliação, levando em conta a evolução de cada aluno, respeitando cada grau
evolutivo pessoal, sem parâmetros comparativos entre indivíduos, sejam eles de
qualquer espécie. A avaliação em artes deve considerar o conhecimento
cognoscitivo do aluno, o pensamento crítico, a interpretação do assunto estudado e
o desenvolvimento de acordo com o objetivo explanado, caracterizando então, a
mescla entre as assimilações teóricas e os processos pragmáticos inerentes aos
saberes da disciplina. Todas as disciplinas podem instigar o aluno frente aos
fenômenos sócio-culturais pelo qual ele é bombardeado a cada momento, o
professor pode articular esses saberes relacionando-os com conteúdos que
permeiam a evolução da humanidade. Desta forma os instrumentos de avaliação
utilizados são:
Avaliação teórica e prática
Trabalhos artísticos individuais e em grupo
Debates, seminários, reflexão e simpósios
196
Visitação
Pesquisas bibliográficas e de campo
Registro de relatórios, gráficos, portfólios, áudio visual,
OBSERVAÇÕES GERAIS
A disciplina da Arte visa possibilitar o acesso e mediar o conhecimento, para
que o aluno possa interpretar a arte e a realidade, transcendendo as aparências,
apreendendo, através da arte e da totalidade da realidade humano social,
transformando em um indivíduo crítico e reflexivo.
LEGISLAÇÃO
No ensino da Arte a obrigatoriedade de inclusão dos conteúdos tendo como
ponto de partida a Lei 9394/96:
A obrigatoriedade o ensino da história e a cultura afro-brasileira e a promulga-
ção da Lei 10.639, de 09 de Janeiro de 2003, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigato-
riedade da temática “História e Cultura Afro -Brasileira” que na disciplina de Arte pre-
tende visar a valorização da comunidade negra, contribuindo para a educação de
sua auto-estima e reconhecer a constante presença da marca Africana na literatura,
na música, na criatividade, na forma de viver, de pensar.
A Lei n. 13.381/01, torna obrigatório no Ensino Fundamental e Médio os con-
teúdos de História do Paraná. No ensino da Arte pretende-se trabalhar a diversidade
cultural nos locais de memória paranaenses, de modo que busca contemplar de-
mandas em que também se situam os movimentos sociais organizados, valorizar e
resgatar a arte paranaense.
A Lei 9.795/99 visa a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente buscando uma cons-
ciência global das questões relativas ao meio, para que possam assumir posições
afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria; reconhecer fatores
que produzem o real bem estar, desenvolver um espírito de crítica às induções do
197
consumismo e um senso de responsabilidade de solidariedade no uso dos bens co-
muns e recursos naturais, de modo a respeitar o ambiente e as pessoas da comuni-
dade.
7.8- EDUCAÇÃO FÍSICA -ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Devido às transformações sociais pelas quais o Brasil passava, durante o
século XIX, o fim da exploração escrava e as políticas de incentivo à imigração,
principalmente o crescimento das cidades exigindo uma série de medidas com vistas
a aplicar os preceitos de moralidade, bem como, instaurar a ordem social,
adaptando o modo de viver dos novos cidadãos das cidades à nova configuração da
sociedade.
A princípio a Educação Física tinha fins de “adestramento” e preparação para
a defesa da Pátria, visto que, começou dentro de uma escola militar. Foi com o
parecer de Rui Barbosa em 1882 quando ocorreu a reforma do ensino primário é
que a Educação física teve destaque como fator formador de jovens.
Apoiados numa visão de que a ginástica assemelhava-se a atividade manual
e esta era própria dos escravos, a classe dirigente que consistia na época (elite)
oferecia grande resistência à tradução da ginástica nas escolas.
A partir de então a Educação Física, sempre atrelada a valores morais
médicos e militares em cada época, tornou-se obrigatória primeiramente nos cursos
primários e secundários e posteriormente em todos os níveis e graus de ensino.
Na década de 1930, o esporte começou a se popularizar confundindo-se com
a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com o intuito de
promover políticas nacionalistas pensadas para o país. Uma série de medidas forma
implantadas para ressaltar o sentimento de valorização da Pátria por meio dos
esportes.
A Educação Física por muito tempo tem seguido paralelo à educação e não
como parte dela, servindo a outros objetivos e não aos relacionados dentro de uma
visão histórico-social. É necessário que a Educação Física passe de uma condição
198
passiva de coadjuvante do processo educacional para ser parte integrante deste,
buscando colocá-lo em seu verdadeiro espaço de área de conhecimento.
Na década de 1970 surge a Educação Física Psicomotora com a finalidade de
servir a outras disciplinas, uma vez que componentes como equilíbrio, lateralidade,
eram vistos como importantes para melhorar o aprendizado de matemática ou
português, por exemplo. Em meados dos anos de 1980 já se pode falar não só de
uma comunidade científica, mas também da delimitação de tendências ou correntes,
suscitando os primeiros debates voltados à uma criticidade.
Já no início da década de 1990 um momento significativo para o Estado do
Paraná foi a elaboração do Currículo Básico. O Currículo da Educação Física está
embasado na pedagogia histórico-crítica da Educação Física. No mesmo período foi
elaborado também o documento de restruturação da proposta curricular do ensino
de segundo grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também se
fundamentou na concepção histórico -crítica da educação, naquele momento
pretendia-se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação
Física.
É importante tomar como ponto de partida a concepção de corpo que a
sociedade vem produzindo historicamente, levando os alunos a se situarem na
contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o conhecimento do seu
corpo. Deverá ser considerado o tipo de sociedade onde este saber foi produzido,
proporcionando-se condições de análise e reflexão para re-elaboração do seu saber
e consequente, re-elaboração da consciência e da cultura corporal.
A Educação Física enquanto ciência tematiza o movimento humano o qual
não pode ser avaliado ao nível exclusivo de suas propriedades físicas e
biomecânicas, porque há nele toda a historicidade das sociedades. Faremos uso
aqui da definição de Educação Física postulada pelo coletivo, que a entende como
“uma área do conhecimento que engloba os elementos da cultura corporal, sendo
eles: esporte, dança, lutas, ginástica e expressão corporal (1992).
O professor de Educação Física é aqui entendido como elemento chave para
operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável sobre o corpo, dentro
de uma constante dialética do homem em relação com a natureza e com o próprio
homem.
199
Sua ação criadora e inovadora deverá dinamizar o trabalho em sua escola,
contribuindo com a conscientização de seu grupo, para modificação e valorização de
prática pedagógica e a flexibilidade de ações atreladas ao conteúdo numa constante
reflexão crítica, o que enriquece o processo ensino-aprendizagem.
A ação educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para
reivindicar seu direito de opinar, discutir, criticar e alterar a ordem social e de ter
acesso à cultura e à história de seu tempo.
A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação do
indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação
dinâmica, onde os envolvidos no processo de ensino aprendizagem estão
conscientes e exercitam sua criatividade durante todo o processo.
OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver a postura crítica dos alunos perante as atividades da cultura
corporal, no sentido da aquisição da autonomia de conhecimentos/habilidades
necessária a uma prática intencional e permanente, que considere o lúdico e os
processos sócio-comunicativos, no sentido do prazer, da auto-realização e da
qualidade coletiva de vida.
Oportunizar aos alunos a vivência da expressão corporal como linguagem;
Enriquecer a vida de movimento dos alunos com possibilidades de movimentos
construídos histórica e culturalmente pela humanidade;
Oportunizar o uso imediato das atividades da cultura corporal (jogos, esportes,
lutas, danças, expressão corporal...) ao aluno nas aulas de educação física;
Favorecer ao aluno o uso dos temas da cultura corporal em espaços e tempos
extra-escolares;
Discutir valores éticos, políticos e sociais da corporeidade humana na realidade
regional dos alunos através dos jogos cooperativos;
Oportunizar ao aluno a vivência do movimento humano no contexto escolar, de
modo que re-elabore, amplie e o utilize como uma nova prática social;
Oportunizar atividades da cultura corporal com ênfase na ludicidade, sem deixar
de abordar temas na perspectiva normatizada e institucionalizada;
200
Oportunizar a aquisição, o aprimoramento e a combinação de variadas formas de
movimento (elementares e habilidades específicas);
Oportunizar a vivência e a organização de atividades de movimento em grupos
heterogêneos nos mais variados aspectos (gênero, raça, habilidades...);
Relacionar educação física com temas periféricos como atividade física,
educação, saúde, energia, consciência corporal, lazer, trabalho, sexualidade,
cidadania, consumo, meio ambiente e cultura.
CONTEÚDOS
SERIE: 5ª
conteúdo
estruturante
conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativas de
aprendizagem
Manifestações
esportivas
Futebol
Handebol
Basquetebol
Atletismo
Tênis de mesa
Futsal
Xadrez
Origem/histórico dos
esportes.
Atividades pré
desportivas com
fundamentos e regras
adaptadas.
Fundamentos básicos.
Espera-se que o aluno
possa conhecer, na
origem dos diferentes
esportes:
- o surgimento de cada
esporte com suas
primeiras regras;
- sua relação com jogos
populares.
Experimentar e vivenciar
diferentes esportes com
regras adaptadas.
jogos e
brincadeiras
Brincadeiras
de rua / populares
Brinquedos
Brincadeiras
de roda
Jogos de
tabuleiro
Origem e histórico dos
jogos, brinquedos e
brincadeiras.
Brinquedos, jogos e
brincadeiras com e sem
materiais alternativos.
Construção dos
conhecer o contexto
histórico em que foram
criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras,
bem como experimentar e
vivenciar, ou seja, se
apropriar efetivamente das
201
Jogos de
estafetas
Jogos
dramáticos e de
interpretação
jogos e
brincadeiras
indígena*
Brinquedos.
Disposição e
movimentação básica
dos jogos de tabuleiro
diferentes formas de jogar;
Reconhecer as
possibilidades de vivenciar o
lúdico a partir da construção
de brinquedos com
materiais alternativos.
dança
Danças
folclóricas
Atividades de
expressão corporal
Cantigas de
roda
danças
africanas e indígenas*
Origem e histórico das
danças.
Contextualização da
dança.
Atividades de criação e
adaptados
Movimentos de
experimentação corporal
(sequencia de
movimentos)
Espera-se que conheçam
a origem e alguns
significados (místicos,
religiosos, entre outros)
das danças circulares;
Tenham condições de
experimentar, vivenciar,
criar e adaptar tanto as
cantigas de rodas quanto
diferentes sequencias de
movimentos.
ginástica
Ginástica
artística
Atividades
circenses
Ginástica
natural
Origem e histórico da
ginástica artística.
Movimentos Básicos
(ex: rolamento, parada
de mão, roda)
Construção e
experimentação de
materiais utilizados nas
diferentes modalidades
ginásticas.
Cultura do Circo.
Consciência Corporal.
Conhecer os aspectos
históricos da ginástica
artística e das práticas
corporais circenses;
Experimentar e vivenciar os
fundamentos básicos da
ginástica:
Saltar;
Equilibrar;
rolar/girar;
trepar;
balançar/embalar.
202
Reconhecer as
possibilidades de vivenciar o
lúdico a partir da utilização
de materiais alternativos.
lutas
Judô
Karate
Taekwondo
Capoeira*
Origem e histórico das
lutas
Atividades que utilizem
materiais alternativos
Jogos de oposição
Musicalização
Ginga, esquiva e golpes
Conhecer a história da
esgrima e da capoeira;
Reconhecer as
possibilidades de vivenciar
o lúdico a partir da
utilização de materiais
alternativos e dos jogos de
oposição.
SERIE: 6ª
conteúdo
estruturante
conteúdos básicos abordagem
pedagógica
expectativa de
aprendizagem
esporte
Futebol
Handebol
Voleibol
Basquetebol
Atletismo
Tênis de mesa
Futsal
Xadrez
Origem dos diferentes
esportes e mudanças
no decorrer da história.
Noções das regras e
elementos básicos.
Prática dos
fundamentos das
diversas modalidades
esportivas.
Sentido da competição
esportiva.
Espera-se que o aluno
possa conhecer a difusão e
diferenças de cada esporte
relacionando-a com as
mudanças do contexto
histórico brasileiro.
Reconhecer e se apropriar
dos fundamentos básicos
dos diferentes esportes.
Tenham noções básicas
das regras das diferentes
manifestações esportivas.
Brincadeiras de
rua
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços, nos jogos,
Difusão dos jogos e
brincadeiras populares e
tradicionais no contexto
203
jogos e
brincadeiras
Jogos
dramáticos e de
interpretação
Jogos de
raquete e peteca
Jogos
cooperativos.
Jogos de
estafetas
− Jogos de
tabuleiro
jogos e
brincadeiras indígena*
brinquedos e
brincadeiras.
Diferença entre
brincadeira, jogo e
esporte.
A construção coletiva
dos jogos, brincadeiras e
brinquedos.
Os Jogos, as
brincadeiras e suas
diferenças regionais.
brasileiro.
Conhecer as diferenças e
as possíveis relações
existentes entre os jogos,
brincadeiras e brinquedos.
Construir individualmente
ou coletivamente
diferentes jogos e
brinquedos.
dança
Hip Hop:
Break
Dança
folclórica
Dança criativa
danças
africanas e
indígenas*
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços, na dança.
Desenvolvimento de
formas corporais
rítmico/expressivas.
Criação e adaptação de
coreografias.
Construção de
instrumentos musicais.
Conhecer a origem e o
contexto em que se
desenvolveram o Break,
frevo e maracatu;
Vivenciar as diferentes
manifestações rítmicas e
expressivas, por meio da
criação e adaptação de
coreografias.
Reconhecer as
possibilidades de vivenciar o
lúdico a partir da construção
de instrumentos musicais
como, por exemplo, o
pandeiro e o chocalho.
Atividades
circenses
Ginástica
Aspectos históricos e
culturais da ginástica.
Noções de posturas e
Conhecer os aspectos
históricos da ginástica
rítmica (GR);
204
ginástica rítmica
Ginástica
artística
Ginástica
natural
elementos ginásticos.
Cultura do Circo.
Experimentar e vivenciar
outras formas de
movimentos e os
elementos da GR como:
- saltos;
- piruetas;
- equilíbrios;
lutas
Capoeira*
Judô
Karate
Taekwondo
Origem das lutas,
mudanças no decorrer
da história
jogos de oposição
Ginga, esquiva e golpes
Rolamentos e quedas
Conhecer a história do
judô e alguns movimentos
básicos como as quedas e
os rolamentos;
Reconhecer as
possibilidades de vivenciar
o lúdico a partir da
utilização de materiais
alternativos e dos jogos de
oposição.
SERIE: 7ª
205
conteúdo
estruturante
conteúdos básicos abordagem
pedagógica
expectativa de
aprendizagem
esporte
Futebol
Handebol
Voleibol
Basquetebol
Atletismo
Futsal
Xadrez
Tênis de mesa
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços, no esporte.
Possibilidade do
esporte como atividade
corporal: lazer, esporte
de rendimento,
condicionamento físico.
Esporte e mídia.
Esporte: benefícios e
malefícios à saúde
Prática dos
fundamentos das
diversas modalidades
esportivas.
Discutir e refletir
noções de ética nas
competições
esportivas.
Entender que tais práticas
podem ser vivenciadas no
tempo/espaço de lazer,
como esporte de
rendimento ou como
aptidão física e saúde.
Compreender a influência
da mídia no
desenvolvimento dos
diferentes esportes.
Reconhecer os benefícios
e os malefícios que as
práticas esportivas
proporcionam a seus
praticantes.
Conhecer e vivenciar
diferentes modalidades
esportivas.
jogos e
brincadeiras
Jogos
cooperativos
Jogos
intelectivos
Jogos de
raquete e peteca
Jogos de
tabuleiro
• jogos e
brincadeiras indígena*
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços, nos jogos,
brincadeiras e
brinquedos.
Festivais
Estratégias de jogo
Desenvolver festivais a
partir dos diferentes jogos
sejam eles cooperativos,
competitivos ou de
tabuleiro.
Conhecer o contexto
histórico em que foram
criados os diferentes jogos,
brincadeiras e brinquedos.
206
dança
Hip Hop
Danças
folclóricas
Dança de rua
Dança de salão
• danças africanas
e indígenas*
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços, na dança.
Hip Hop: apresentação
dos elementos de
forma crítica (DJ, RAP
E BREAK).
Elementos e técnicas
de dança
Esquetes (são
pequenas sequências
cômicas).
Conhecer e compreender
os diferentes elementos
do Hip-Hop a partir do
contexto histórico.
Conhecer os diferentes
ritmos, passos, posturas,
conduções, formas de
deslocamento, entre
outros elementos que
identificam as diferentes
danças.
Montar pequenas
composições
coreográficas
ginástica
Ginástica
artística
Ginástica
rítmica
Ginástica
geral
Atividades
circenses
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços, na ginástica.
Noções de postura e
elementos ginásticos.
Origem da Ginástica
com enfoque
específico nas
diferentes
modalidades,
pensando suas
mudanças ao longo
dos anos.
Manuseio dos
elementos da
Ginástica Rítmica.
Movimentos
acrobáticos
Manusear os diferentes
elementos da GR como:
− corda;
− fita;
− bola;
− maças;
− arco.
Reconhecer as
possibilidades de vivenciar
o lúdico a partir das
atividades circenses como
acrobacias de solo e
equilíbrios em grupo.
207
lutas
Capoeira*
Judô
Karate
Taekwondo
Roda de capoeira
Projeção e imobilização
Jogos de oposição
Aprofundar alguns
elementos da capoeira
procurando compreender
a constituição, os ritos e
os significados da roda.
Conhecer as diferentes
projeções e imobilizações
do judô.
SERIE: 8ª
conteúdo
estruturante
conteúdos básicos abordagem
pedagógica
expectativa de
aprendizagem
esporte
Futebol
Handebol
Voleibol
Basquetebo
l
Atletismo
Futsal
Tênis de
mesa
Xadrez
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços.
Organização de
festivais esportivos
Analise dos diferentes
esportes no contexto
social e econômico.
Regras oficiais e
sistemas táticos.
A prática dos
fundamentos das
diversas modalidades
esportivas.
Súmulas, noções e
Vivenciar festivais
esportivos, trabalhando
com arbitragens, súmulas e
as diferentes noções de
preenchimento.
Reconhecer o contexto
social e econômico em que
os diferentes esportes se
desenvolveram.
208
preenchimento.
jogos e
brincadeiras
Jogos
cooperativos
Jogos de
tabuleiro
• jogos e
brincadeiras indígena*
Organização e criação
de gincanas e RPG
(Role-Playing Game,
Jogo de Interpretação
de Personagem), é um
jogo de estratégia e
imaginação, em que os
alunos interpretam
diferentes personagens,
vivendo aventuras e
superando desafios.
Diferenciação dos jogos
cooperativos e
competitivos
Reconhecer a importância
da organização coletiva na
elaboração de gincanas e
R.P.G.
Diferenciar os jogos
cooperativos e os jogos
competitivos a partir dos
seguintes elementos:
Visão do jogo;
Objetivo;
O outro;
Relação;
Resultado;
Consequência;
Motivação.
dança
Dança de salão
Dança
Folclórica
danças
africanas e indígenas*
Recorte histórico
delimitando tempos e
espaços, na dança.
Organização de
festivais.
Elementos e técnicas
de dança
Reconhecer a importância
das diferentes
manifestações presentes
nas danças e seu contexto
histórico.
Conhecer os diferentes
ritmos, passos, posturas,
conduções, formas de
deslocamento, entre outros
elementos presentes no
forró, vanerão e nas
danças africanas.
Criar e vivenciar festivais
de dança, na qual sejam
209
apresentadas as diferentes
criações coreográficas
realizadas pelos alunos.
ginástica
• Ginástica
artística
• Ginástica
rítmica
• Ginástica de
academia
Origem da Ginástica:
trajetória até o
surgimento da
Educação Física.
Construção de
coreografias.
Ginástica e a cultura de
rua. (circo, malabares
e acrobacias).
Análise sobre o
modismo.
Vivência das técnicas
específicas das
ginásticas desportivas.
Recursos ergogênicos
(doping).
Conhecer e vivenciar as
técnicas da ginásticas
ocidentais e orientais.
Compreender a relação
existente entre a ginástica
artística e os elementos
presentes no circo.
A influência da ginástica
na busca pelo corpo
perfeito.
lutas
Taekwondo
5. Capoeira*
6. Karatê
7. Judô
Origens e aspectos
históricos
Conhecer os aspectos
históricos das diferentes
lutas e se possível
vivenciar algumas
manifestações.
*: Refere-se ao estudo da cultura africana e indígena que vem atender a Lei nº
11.645.
210
METODOLOGIA
As propostas buscam levar informações e aprendizagens por meio da
participação prática e teórica, sendo o professor um mediador durante as atividades,
e procurando instigar o aluno para a superação de suas dificuldades corporais
internas e externas através da promoção de um ambiente afetivo propício para
relações produtivas e saudáveis.
A forma de se trabalhar as propostas deve atingir o interesse do aluno, onde
as atividades que se tornam adequadas de um dado ambiente escolar, ganham
significado para ir além do ambiente escolar, relacionando o que vivencia
corporalmente com a vida, a sociedade e o capitalismo. Nesse contexto, a Educação
Física Escolar dispõe de uma diversidade de formas de abordagem para a
aprendizagem, entre elas, as situações de jogo coletivo, os exercícios de preparação
corporal, de aperfeiçoamento, de improvisação, a apreciação e discussão e as
atividades recreativas. Dentro dessa esfera, os conteúdos funcionam como
estratégias de ensino, um meio para se chegar a um fim utilizando o conhecimento
trazido pelo aluno, contribuindo para um processo contínuo de ensino-
aprendizagem. Nisto, diante da individualidade de cada aluno, poderão ser
propostas atividades que integram a teoria com a prática social.
O Professor, partindo da realidade social que se encontra, pode contextualizar
problemas detectados e relacioná-los com o funcionamento do corpo, onde se
conhecendo (sentimento, sensações, emoções) o aluno pode vir a entender melhor
a vida em sociedade, percebendo a si e ao outro, como seres que compartilham o
mesmo espaço com diferentes maneiras de agir. Tais propostas corporais
estabelecem relações equilibradas e construtivas, buscam adotar hábitos saudáveis
de qualidade de vida, de atividades físicas saudáveis, de preservação da saúde e de
formação de um cidadão preparado para conviver e viver em sociedade. Serão
trabalhadas:
Atividades em sala de aula, na quadra e em espaços alternativos;
Estudo dirigido (individual e em grupo);
Pesquisa de campo e relatórios de visitas;
211
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação deve se levar em consideração a faixa etária dos
alunos e o grau de autonomia e discernimento que possuem, de forma contínua,
revelando as alterações próprias e características desse momento de aprendizado.
Abordagens que os incluam como participantes do processo avaliativo serão bem
aceitas, pois além de estimular o desenvolvimento da responsabilidade pelo próprio
processo, credita-lhes maturidade e responsabilidade, o que favorecerá a maior
compreensão e localização desses alunos na construção do conhecimento.
Os instrumentos, além de serem discutidos entre aluno e professor, poderão
ser tão variados quanto forem os conteúdos e seus objetivos; esses instrumentos
poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem, como uma forma
sistemática de valorização e de reflexão sobre as formas com que foram entendidos,
vivenciados e externados (com autonomia), os conhecimentos corporais e científicos
da disciplina, sendo eles: avaliação escrita, avaliação “prática”, trabalhos (individuais
e em grupos), seminários, resenhas, relatórios, pesquisas (de campo e multimídia –
livros, revistas, periódicos e internet), produções de texto.
Além disso, por se tratar de uma disciplina que tem muitos dos seus
conteúdos trabalhados fora da sala de aula, far-se-á necessário estabelecer alguns
critérios para a avaliação da participação do aluno nestes momentos, sendo que
estes seguem abaixo listados:
o/a aluno/a participa das atividades se dispondo à experiência do movimentar-
se mesmo quando parece não gostar da atividade.
o/a aluno/a participa da aula demonstrando interesse e dando sugestões para o
bom andamento das atividades.
o/a aluno/a justifica-se quando não pode participar da aula ou alguma atividade
por motivo de saúde, lesão ou outro.
o/a aluno/a durante os jogos ajuda na resolução de conflitos e dúvidas que
surgem durante os mesmos.
o/a aluno/a respeita as diferenças de opinião e de aprendizagem de cada um de
seus colegas.
o/a aluno/a demonstra capacidade de construir regras para os jogos e
212
movimentos de forma a não ficar preso a um padrão de comportamento ou de
técnicas.
o/a aluno/a colabora com o grupo e com o professor sabendo ouvir e falar de
acordo com as circunstâncias de cada momento da aula.
7.8.1- FÍSICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do conhecimento
não ocorre da Física, em particular, deve acompanhar o contexto do momento em
que vivemos.
No Ensino Médio, a Física contribui para a formação de uma cultura científica
efetiva, permitindo ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos
naturais, redimensionando sua relação com a natureza em transformação.
A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução
cósmica, investigar mistérios do mundo microscópico, das partículas que compõem
a matéria e, ao mesmo tempo, permite desenvolver novas fontes de energia e criar
novos materiais, produtos e tecnologia.
O grande desafio na atualidade é que a atividade científica seja vista como
uma atividade humana, com seus acertos, virtudes, falhas e limitações.
Não é objetivo da Física apenas transmitir conhecimentos, mas também
possibilitar a formação crítica, valorizando desde a abordagem de conteúdos
específicos até suas implicações históricas. Isso ocorre quando o aluno desenvolve
suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na sociedade,
compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com temas do
cotidiano que se articula com outras áreas do conhecimento.
O ensino da Física terá um significado real quando a aprendizagem partir de
ideias e fenômenos que façam parte do contexto do aluno, possibilitando analisar o
senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência de vida.
Nesse sentido, os fenômenos físicos devem ser apresentados de modo
prático e vivencial, privilegiando a interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da
213
ciência a fim de que o ensino possa ser articulado e dinâmico.
A Física tem como objetivo o estudo do Universo em toda sua complexidade.
Por isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza,
considerando a necessidade de formar cidadãos, em oposição a idéia de formar
apenas cientistas. Para isso o método científico torna-se uma ferramenta necessária
para a democratização do ensino destinado ao homem comum.
O ensino da Física deve considerar não apenas a formação de especialistas
mas também a formação integral do estudante.
OBJETIVOS GERAIS
A Física tem como objetivo o estudo do Universo em toda a sua
complexidade. Por isso a disciplina de Física propõe ao estudante o estudo da
natureza, considerando a necessidade de formar cidadãos, em oposição a ideia de
formar apenas cientistas. Para isso o método científico torna-se uma ferramenta
necessária para a democratização do ensino destinado ao homem comum. O ensino
da Física deve considerar não apenas a formação de especialistas, mas também a
formação integral do estudante. Assim temos como objetivos:
Identificar em dada situação problema as informações ou variáveis relevantes
e possíveis estratégias para resolvê-la.
Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do
conhecimento científico, estabelecer relações; identificar regularidade, invariantes e
transformações.
Selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, representar dados
e fazer escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados.
Compreender o conhecimento científico e o tecnológico como resultado de
uma construção humana, inseridos em um processo histórico social.
Reconhecer e utilizar adequadamente, símbolos, códigos e nomenclaturas da
linguagem científica.
Compreender as leis e princípios da Física.
Aplicar conceitos, leis teorias e modelos gerais da Física.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
214
Os conteúdos Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo são
estruturantes porque indicam desdobramentos em conteúdos específicos que
permitem trabalhar o objeto de estudo da disciplina de Física de forma mais
abrangente possível. A seleção desses conteúdos estruturantes se fundamenta na
História da Física e no entendimento de que o Ensino Médio deve estar voltado à
formação de sujeitos, cuja cultura agregue a visão da natureza, das produções e das
relações humanas.
Além disso, os conteúdos relativos a Movimento, Termodinâmica e
Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações
interdisciplinares, sob uma abordagem que contemple os avanços da Física nos
últimos anos e suas perceptivas.
1º ANO
Notação Científica
Cinemática
Movimento de um corpo;
Trajetória de um corpo;
Posição escalar (s);
Deslocamento escalar (∆S);
Intervalo de tempo (∆t);
Velocidade escalar médio (Vm);
Movimento retilíneo e uniforme (M.R.U.)
Equação horária;
Diagrama das velocidades;
Encontro de dois móveis.
215
Aceleração Média
Movimento Retilíneo uniforme variado (MRUV)
Equação das velocidades;
Equação horária;
Equação de Torricelli;
Queda de corpos.
Dinâmica
Forças
Força resultante – equilíbrio;
Representação das forças.
Leis do Movimento ou Leis de Newton
Primeira Lei de Newton ou Princípio da Inércia;
Segunda Lei de Newton (princípio Fundamental)
Terceira Lei de Newton – ação e reação.
Trabalho e Energia
Energia;
Trabalho;
Energia Potencial;
Energia Cinética;
Energia Mecânica.
Transformações Energéticas
O aproveitamento da energia não-convencional;
216
Fotossíntese, a transformação energética mais espetacular da natureza;
Coletores solares;
Célula Fotovoltaica;
Biodigestores;
Energia eólica;
Não se pode desperdiçar nem poluir o ambiente.
2º ANO
Calor e seus efeitos
Calor e temperatura, são a mesma coisa?;
Medindo calor e temperatura;
A temperatura é medida em graus;
Um termômetro para cada caso;
Graduando um termômetro
As escalas termométricas;
Mudando de escala;
Cálculo de temperatura em outras escalas.
Calorimetria
Introdução;
Propagação do calor;
Cálculo de quantidade de calor sensível;
Capacidade térmica de um corpo;
Cálculo de quantidade de calor latente;
Trocas de calor e conservação de energia.
217
Dilatação dos Corpos
Dilatação linear;
dilatação superficial e volumétrica.
Movimento Ondulatório
Produzindo ondas;
As características das ondas;
Ondas sonoras.
Óptica: Conceitos Fundamentais
Fenômenos luminosos e aplicações;
Os espelhos refletem luz;
Quando a luz atravessa o corpo;
A luz e os seres vivos.
Óptica da Visão
O olho humano;
Os defeitos da visão;
O estranho olho dos insetos;
O olho noturno da coruja;
“A noite todos os gatos são pardos”.
Luz branca, uma mistura de cores
Os seres vivos produzem luz.
218
3º ANO
A ELETRICIDADE NA VIDA DO HOMEM
Processos de Eletrização
Como é possível eletrizar um corpo;
Ligação com a Terra.
A Lei de Coulomb
Campo Elétrico
Pilha e Baterias;
Blindagem Eletrostática.
Eletrodinâmica
Carga Elétrica;
Corrente Elétrica;
Efeitos da Corrente Elétrica;
Circuito Elétrico
Resistência Elétrica
Primeira Lei de Ohm;
Segunda Lei de OHM;
Potência Elétrica;
O consumo de energia;
Associação de resistores.
219
Eletromagnetismo
Campo Magnético;
Força Magnética.
Centrais Elétricas
Transformadores.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo de ensino e aprendizagem, em Física, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas
ou concepções, sobre os quais a ciência tem um conceito científico.
Podemos dizer que a concepção espontânea, o estudante adquire no seu dia
a dia na interação com os diversos objetivos no seu espaço de convivência e que,
na escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de ensino e
aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e
sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser transmitido no
ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o
conhecimento científico historicamente produzido.
No entanto, quando os estudantes chegam a escola eles não estão vazios,
não são uma tábua rasa. E, ainda, a composição de uma sala de aula mistura
pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias que dependem
dessa origem, o que torna impossível moldá-los como se fossem iguais. Dentro de
um determinado conteúdo, seja qual for à metodologia escolhida pelo professor, é
importante que considere o que eles conhecem e, esse seja ponto de partida para o
início de uma aprendizagem que agregue significados para professor e estudantes.
Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não
conhecem? Ou ainda, questões que eles trazem, mas não sabem como formular.
Nesses casos é imprescindível o papel do professor como uma espécie de
informante científico. Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da
formação é preciso uma mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento
físico, num processo organizado e sistematizado pelo professor. O objetivo é que
220
professor e estudantes, em conjunto, compartilhem significados na busca da
aprendizagem que acontece quando as novas informações interagem com o
conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,
integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive
substituí-lo.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos
os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um
texto, seja literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo
físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer
outro evento que envolva a Física, como por exemplo, uma visita ao Parque da
Ciência, dentre outros.
No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com
nota, como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o aluno ou
mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem
sentido quando utilizada como instrumento para intervir no processo de
aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.
LEGISLAÇÃO
Neste contexto a Lei nº 10639/03 História e Cultura Afro-brasileira, Lei nº
11645/03 História e Cultura Afro-brasileira e Indígena e a Lei 9795/99 Educação
Ambiental, abre um espaço para o desenvolvimento de Projetos relacionados com a
cultura, economia, sociedade, valores e aspectos biológicos que o acerca.
Esses projetos são elaborados inter, multi e transdisciplinar, buscando a
quebra de paradigmas e preconceitos, proporcionando a inserção do indivíduo como
ser social e cultural. E que esse novo olhar lançado ao educando, o mesmo possa
inovar se degradar, explorar sem prejudicar o meio em que se vive.
221
7.9- QUÍMICA – ENSINO MÉDIO
A principal finalidade do estudo da Química no Ensino Médio é motivar os
estudantes de maneira adequada, a fim de que eles obtenham resultados concretos
no aprendizado dos conceitos e dos princípios fundamentais da Química. Acredita-
se numa abordagem de ensino de Química voltado à “construção/reconstrução de
significados de conceitos científicos” (Maldaner, 2003, p.144) no contexto da sala de
aula. Isso implica na compreensão do conhecimento científico e tecnológico para
além do domínio estrito dos conceitos de química.
Dar ênfase ao estudo da história da disciplina, buscar uma seleção dos
conteúdos (estruturantes) que identifiquem a disciplina como campo do
conhecimento que se constituiu historicamente, nas relações políticas, econômicas,
sociais e culturais das diferentes sociedades, são pressupostos considerados
fundamentais para formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e
também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual, ou seja,
para que os alunos possam entender, os assuntos abordados pela disciplina, de
maneira usual, e que também possam desenvolver seu raciocínio, suas opiniões e
suas críticas utilizando-se do pensamento da ciência, obtendo como resultado dessa
junção a apropriação de conceitos científicos que devem ser utilizados na vivência
em sociedade.
A química como ciência, representa uma significativa evolução humana. As
ciências naturais incluem disciplinas que procuram mostrar um estudo sistemático
da natureza.
A química ganhou não apenas uma linguagem universal quanto a
nomenclatura, mas também, quanto aos seus conceitos fundamentais. A química
estuda a natureza, as propriedades a composição e as transformações da matéria.
O campo de interesse e aplicação da química é tão amplo que envolve quase todas
as outras ciências.
Há muitas razões que explicam o porque do estudo da química, do ponto de
vista prático, a química ajuda a adquirir um útil discernimento dos problemas da
sociedade, com aspectos científicos e técnicos. Atuando como um instrumento
prático para o conhecimento e a resolução de problemas em muitas áreas de
222
atuação da vida.
Os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião e à
alquimia. a teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiu na
Grécia antiga e a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que
lançaram algumas bases para o atomismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton
e outros. A teoria atômica foi uma questão amplamente discutidas pelos químicos do
século XIX, que a tomaram como central para o desenvolvimento da química como
ciência.
Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatros décadas do
seculo XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de
computação, com aumento da sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui
uma era de transformação nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver.
Esse período, marcado pelas descobertas de novos materiais, engenharia genética,
exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos estudos
espaciais e pela farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com
destaque à química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora no
estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e
presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola. Na química, por exemplo,
priorizou o estudo de fatos cotidianos, ambientais e industriais, sem, contudo,
maiores aprofundamentos teóricos que utilizassem a próprio saber químico.
O aprendizado deve ser relevante para a vida em sociedade do aluno, de
forma a permitir que ele se torne um cidadão mais consciente de suas obrigações e
seus direitos; mais apto a participar do mercado de trabalho e a assimilar as grandes
mudanças tecnológicas, sociais e éticas. Desta forma, o aluno aproxima-se cada vez
mais qualitativamente do conceito desejado. Há a necessidade de compreensão
precisa de conceitos e do entendimento de suas relações com os diversos campos
do conhecimento.
OBJETIVOS GERAIS
Perceber que as ciências estão em constante evolução e que o conhecimento
é construído gradativamente;
223
Ter uma visão mais abrangente do mundo e relacionar os conceitos teóricos
com aplicações cotidianas da Química, evitando que a matéria seja vista como um
amontoado de fórmulas que a tornam abstrata;
Verificar a validade dos conceitos teóricos e expandir seus conhecimentos
através de experimentos simples;
Formar um cidadão crítico e ético;
Analisar e perceber os possíveis benefícios ou malefícios provenientes do uso
da Química, desenvolver uma atitude crítica, e, por sua vez, influir enquanto
integrante da sociedade.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes são: matéria e sua natureza, biogeoquímica e
química sintética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Matéria;
Solução;
Velocidade das relações;
Equilíbrio químico;
Ligação química;
Reações químicas;
Radioatividade;
Gases;
Funções químicas.
1ª SÉRIE
Introdução ao estudo da química
224
Propriedade da matéria
Substancias e puras
Processos de separação
Composição da matéria
Classificaçao Periódica dos Elementos
Ligações Químicas
Química Inorgânica
Gases
2ª SÉRIE
Solução
Velocidade das reações
Equilíbrio Químico
Reações Químicas
Radioatividade
Óxido-Redução
3ª SÉRIE
Compostos orgânicos
Funções orgânicas
Comparação entre compostos orgânicos
Reações orgânicas
Isomeria
Polímeros
Introdução a bioquímica
Química descritiva
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo de ensino-aprendizagem, em Química, parte do conhecimento
225
prévio dos estudantes, a partir do qual será desenvolvido um conceito científico. Os
alunos não chegam ao Ensino Médio, desprovido de conhecimento, pois os mesmos
adquirem no seu dia-a-dia, em interação com o seu meio de convívio, a concepção
de alguns conceitos, os quais serão relacionados, na escola, com o conhecimento
científico. E, a fim de tornar o aprendizado eficiente, de modo que o aluno seja
capaz de elaborar conclusões, ampliar seus conhecimentos e ter uma visão crítica
do mundo, o ensino deve ser elaborado de forma clara e precisa, conceitualmente,
e, sempre que conveniente, apresentar alguns experimentos com intuito de discutir e
aprofundar os conceitos e interelacioná-los com outros já conhecidos.
A explanação teórica deve ser desenvolvida de acordo com a capacidade do
estudante, e sempre que possível, deve ter um aspecto concreto (fato) para a teoria,
o conteúdo deve ser relacionado com acontecimentos cotidianos e com a constante
retomada de conhecimentos anteriores.
A aplicação dos conceitos teóricos deve ser feita de maneira em que se criem
situações envolventes e criativas, os exercícios de classe funcionam como a
sequencia da teoria e fazem com que a mesma seja aprofundada e fixada pelos
estudantes. A utilização de textos ou artigos de revistas que se relacionam com os
temas abordados na disciplina reforçam a motivação dos alunos, a leitura também
tem o objetivo de despertar uma consciência crítica perante a Ciência, bem como
sua utilização e suas consequências.
A experimentação tem grande importância na melhor compreensão dos
fenômenos químicos. A utilização de equipamentos e substâncias devem ser de
fácil acesso, com aulas práticas no laboratório de química. As práticas trabalhadas
não devem visar somente o resultado quantitativo do experimento, para que seja
possibilitado ao estudante, relacionar suas observações com a teoria, mas também
de ter a capacidade de elaborar conclusões no caso de um experimento ter um
resultado diferente do esperado na teoria, estes momentos também podem ser
instrumentalizados com vídeos científicos, artigos, pesquisa bibliográficas dentre
outros. Para que isso aconteça a linguagem/discurso exerce um papel fundamental
nesse movimento, pois depende da forma como os significados e os entendimentos
são desenvolvidos no contexto social da sala de aula.
Para os conteúdos estruturantes biogeoquímica e a química sinética, a
226
significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens históricas, sociológica,
ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Para o
conteúdo estruturante matéria e sua natureza, tais abordagens são limitadas; Os
fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem ser
amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas
químicas e modelos.
Enfim, a contextualização e a interdisciplinaridade com as outras áreas do
conhecimento, são indispensáveis para atingir um aprendizado eficiente e dar
validade ao saber científico que é dinâmico e está em constante transformação.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de uma forma processual e formativa, sob
condição diagnóstica e contínua. Deve sair do modelo tradicional, onde a avaliação
é classificatória e pontual e, que simplesmente faz uma verificação, na memória do
aluno, das explanações feitas em sala de aula. Em Química, o principal critério de
avaliação é a formação de conceitos científicos, a partir de uma ação pedagógica,
em que se utilizam os conhecimentos anteriores dos alunos, o que permite aos
mesmos o entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por
meio de conceitos químicos.
A avaliação deve ser feita de modo a utilizar instrumentos que abordem várias
formas de expressão, os quais devem ser selecionados de acordo com o objetivo de
cada conteúdo ensinado. As práticas avaliativas também devem abordar uma
concepção crítica e que estabeleçam relações com aspectos econômicos, políticos e
sociais, e que articulem os conceitos químicos com a prática experimental.
Os critérios e formas de avaliação devem ficar bem claros para os alunos,
como direito que têm de acompanhar todo o processo.
Espera-se que o aluno:
• Entenda e questione a ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na
área de química;
• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;
• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
227
produção do conhecimento químico;
• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos
dobre modelos atômicos, estados de agregação a natureza elétrica da matéria;
• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em relação a
outra espécie com a qual estabelece interação;
• Entenda as reações químicas como transformações da matéria. Sua
velocidade, e equilíbrio químico.
Na disciplina de Química, as avaliações não se limitam a provas, serão usados
instrumentos variados que contemplem várias formas de expressão como: leitura,
produção e interpretação de textos, pesquisas bibliográficas, apresentação de
seminários, relatório de aulas em laboratório, exercícios proposto, prova escrita e
recuperação paralela, utilizando os mesmo critérios da prova escritas.
7.10- FILOSOFIA
A Filosofia ocupa hoje um importante espaço e uma rica contribuição frente
aos desafios da sociedade atual, acerca da reflexão dos valores éticos, políticos,
estético e epistemológico.
Segundo as DCE's (2008) a filosofia é “Constituída como pensamento há
mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na Grécia antiga, traz consigo
o problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as
teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre
o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia que,
sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da Filosofia
teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino
de Filosofia se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio
de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como
o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento”.
O Ensino da Filosofia faz ver, a partir da compreensão expressa por
Emmanuel Appel (1999), que não há propriamente ofício filosófico sem sujeitos
democráticos e não há como atuar no campo político cultural, avançar e consolidar a
228
democrática quando se perde o direito de pensar, a capacidade de discernimento, o
uso autônomo da razão.
Compreende-se então, que a Filosofia gira basicamente em torno de
problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por sua
vez devidamente utilizados, geram discussões promissoras e criativas que
desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações.”(DCE's, 2006)
Agora cabe à Filosofia, como “ciência do conhecimento”, demonstrar sua rica
contribuição no Ensino Médio, trabalhando com conteúdos de extrema importância
para a formação de um ser crítico e emancipado, abordando conceitos e valores,
girando sempre em torno de problemas que por sua vez irão gerar inúmeras
discussões em sala de aula, pois:
“é no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é
próprio: o pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A
Filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a
inteligência buscando no diálogo e no embate entre as diferenças a sua
convivência e a construção da sua história.” (DCE Filosofia, 2008, p. 45).
Nas Diretrizes o trabalho com conteúdos estruturantes são tomados como
conhecimentos básicos, que se constituíram ao longo da história da Filosofia e de
seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o
estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e
educacional.
OBJETIVO GERAL
Um dos objetivos da Filosofia no Ensino Médio é a formação integral dos
estudantes, possibilitando instrumentos para compreender a complexidade
do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações
obtendo-se assim condições de ser um construtor de ideias com caráter inusitado e
criativo.
229
Objetivos Específicos
• Refletir por meio dos problemas e textos filosóficos para que se possa pensar
e argumentar criticamente e que nesse processo crie e recrie para si os conceitos
filosóficos, ou seja, possibilitar o desenvolvimento de estilo próprio de pensamento.
Mostrar ao aluno a diferenciação entre o pensamento mítico, baseado em
crendices e irracional ao pensamento elaborado racionalmente, livre de
fantasmagorias e misticismos, e em que período histórico da civilização ocidental se
deu essa passagem, caracterizando a Filosofia.
Conhecer e compreender a Filosofia como disciplina, que nos auxilia no
cotidiano e durante nossa vida, levando os indivíduos a uma maior reflexão sobre as
diferenças pessoais, sociais, políticas e comportamentais.
Refletir com maior profundidade, livre em parte do senso comum, visto que a
Filosofia não pode ser dogmática, sobre as diferenças temáticas e através do
conhecimento tentar uma transformação individual e da sociedade a qual pertence.
Contribuir para um maior entendimento de como o homem compreende sua
vida e seu mundo, seja ele particular ou coletivo, como indivíduo ou como
sociedade.
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos estruturantes são conhecimentos básicos de uma disciplina, que
se constituíram historicamente,em contextos e sociedades diferentes,mas que neste
momento ganham sentido político,social e educacional,tendo em vista o estudante
de Ensino Médio.
As Diretrizes Curriculares propõem a organização do ensino de Filosofia por
meio dos seguintes conteúdos estruturantes:
• Mito e Filosofia;
• Teoria do Conhecimento;
• Ética;
• Filosofia Política;
• Filosofia da Ciência;
230
• Estética.
MITO E FILOSOFIA
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria
explicações. Ao criar explicações, cria pensamentos, processo em que estão
presentes tanto o mito como a racionalidade. Ou seja, a base mitológica, como
pensamento por figuras, e a base racional, como pensamento por conceito, são
constituintes do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser
considerado porque, a partir dele, o homem desenvolve ideias, inventa sistemas,
cria conceitos, elabora leis, códigos, práticas.
MITO:
Origem do mito
O mito e a origem de todas as coisas
Mito e razão filosófica
Racionalização do mito
filósofos pré -socráticos(Sófocles,Aristófanes,Homero,Hesíodo)
TEORIA DO CONHECIMENTO
Constituída como campo do conhecimento filosófico de forma autônoma
apenas no início da Idade Moderna, a teoria do conhecimento se ocupa de modo
sistemático com a origem, a essência e a certeza do conhecimento humano.
O problema do conhecimento (Platão, Protágoras)
Filosofia e método (Aristóteles,Platão,Descartes)
Perspectivas do conhecimento (Descartes,Hume,Kant)
ÉTICA
Ética é o estudo dos fundamentos da ação humana. Um dos grandes
problemas do campo da ética é o da relação entre o sujeito e a norma. Essa relação
231
é eminentemente tensa e conflituosa, uma vez que todo estabelecimento de norma
implica cerceamento da liberdade “e, que compete à tessitura das forças sociais
convencionar entre ambos alguma forma de equilíbrio; ou então por vezes,
reconhecer que o equilíbrio se faz difícil e mesmo impossível.
A virtude em Aristóteles e Sêneca
Amizade (aristóteles e Jean Pierre Vernant)
Liberdade (Guilherme de Ockam,Hannah Arendt e Sartre)
FILOSOFIA POLÍTICA
A filosofia Política busca discutir as relações de poder e compreender os
mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos. No Ensino
Médio,a filosofia Política tem por objetivo problematizar conceitos como o de
cidadania ,democracia ,soberania, justiça,igualdade e liberdade,dentre outros,de
modo que se atenda ao dispositivo da LDB,de maneira a preparar o estudante para
uma ação política efetiva.
* Em busca da essência do politico (Platão, Aristoteles, Hanna Arendt)
*A política em Maquiavél
*Politica e violência (Max Weber, Karl Marx, Hobbes , Locke , Russeau,
Hegel)
*Gestão Democrática (Gerd Bornheim, Jhon Locke, Adam Smith,
Montesquieu)
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Filosofia da Ciência é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências. Consiste em refletir criticamente o conhecimento
científico, para conhecer e analisar o processo de construção da ciência do ponto de
vista lógico, linguístico, sociológico, interdisciplinar, político e histórico. A Filosofia da
Ciência nos mostra que o conhecimento científico é provisório, jamais acabado ou
definitivo, sempre tributário de fundamentos ideológicos, religiosos, econômicos,
políticos e históricos.
232
O Progresso da Ciência (Gaston Bachelard,Aristóteles,Galileu).
Pensar a ciência (Ptolomeu ThomasSamoel Kuhn Bachelard)
Bioética (Hipócrates)
ESTÉTICA
A atitude problematizadora e investigativa característica da Filosofia volta-se
também para a realidade sensível. Compreender a sensibilidade, a representação
criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam
as relações do homem com o mundo e consigo mesmo é objeto do conteúdo
estruturante de estética.
Pensar a beleza(Sócrates,Platão,Michel Foucault)
A universalidade do gosto (Èmile Durkheim,David Hume,Kant,Marx)
Necessidade ou fim da arte?(Karl Mannheim,Ernest Fischer,Georg wilhelm
Friedrich Hegel)
O cinema e uma nova percepção(Merleau ponty,Husserl)
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Filosofia, uma vez que articula vários elementos, pressupõe um
bom planejamento que inclua leitura, produção de textos, entre outras estratégias, a
fim de que a investigação seja de fato a diretriz do ensino, articulando-a com as
outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da
história, das ciências e da arte.
“Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão
a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar: ensinamos a filosofar ou ensinamos
Filosofia? Para Kant (1985), só é possível ensinar a filosofar, isto é, exercitar a
capacidade da razão em certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso,
contudo, reservar à atividade filosófica em sala de aula o direito de investigar as
ideias até suas últimas consequências, conservando-as ou recusando-as. Em Hegel,
o conhecimento do conteúdo da Filosofia é indispensável a sua prática, ou seja, do
filosofar. A Filosofia constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele”. (DCE's, p.
233
49, 2009)
Para trabalhar o ensino de Filosofia se faz necessário seguir quatro
momentos. O primeiro a mobilização, é quando o conteúdo filosófico a ser
trabalhado é relacionado com a música, texto de jornal, filme, ou seja, algo que
relacione o conteúdo com a atualidade e chame a atenção do aluno. Depois dessa
primeira abordagem inicia-se o processo de problematização por parte do professor,
e investigação e criação de conceitos juntamente com o aluno. No final desse
processo o aluno poderá elaborar uma dissertação onde sejam apresentadas as
ideias envolvidas com os conceitos formulados.
O ensino da filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma
imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música ,
para investigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o
conteúdo filosófico .Isso denomina-se sensibilização. Os recursos didáticos a serem
utilizados variam desde o texto filosófico relacionado ao tema, um recorte de jornal,
revista, charge, música, peça teatral, filme que podem ser vinculados junto ao
conteúdo trabalhado. E também o uso de computadores para pesquisas e a TV
multimídia.
Após a sensibilização, inicia-se o trabalho propriamente filosófico-
problematização ,,a investigação ,a criação de conceitos ,o que não significa dizer
que a sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo
problematizado.
Ao problematizar , o professor convida o estudante a analisar o problema ,o
que se faz por meio da investigação,que pode ser o primeiro passo para possibilitar
a experiência filosófica.
É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico,
dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.”(DCE,2006,p.32-33)
234
AVALIAÇÃO
No ensino de Filosofia, a avaliação não se resume apenas a perceber quanto
o estudante assimilou dos conteúdos de Filosofia, dos problemas filosóficos ou de
examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema, deve ter função
extremamente diagnóstica, tendo respeito pelas posições do estudante, sua
formação de conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os
princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
“Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições dos
estudantes, mesmo que não concorde com ela, pois o que está em jogo é a
capacidade de: argumentar, identificar, considerar, refletir, construir e detecta os
princípios e interesses subjacentes aos conceitos, temas e discursos
trabalhados.”(DCE,2006,p.34)
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante, elaborando
respostas aos problemas suscitados e investigados .
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto,
terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo
resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
Os instrumentos de avaliação serão os seminários, debates e atividades em
sala de aula pertinente ao tema trabalhado, relatório de filmes, provas escritas, entre
outros.
235
7.11- SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
A Sociologia, desde a sua constituição como conhecimento sistematizado,
tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens sobre a sua própria
condição de vida e fundamentalmente para a análise da sociedade, ao compor,
consolidar e alargar um saber especializado pautado em teorias e pesquisas que
esclarecem muitos dos problemas da vida social.
“A sociologia como ciência surge num contexto de transformações
econômicas e sociais, decorrentes principalmente da Revolução Industrial e da
Revolução Francesa. A principal preocupação dessa ciência, era compreender as
modificações nas relações sociais, decorrentes das mudanças estruturais impostas
pela formação de um novo modo de produção econômica, e buscar soluções para
os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista.”
(DCE,2006,p.15)
A globalização derruba fronteiras provocando a sensação de que
pertencemos a uma sociedade com características únicas, mas não apaga as
diferenças sociais, econômicas e culturais entre regiões e povos. Elas persistem e
tendem a se agravar. Para compreender, analisar, criticar e atuar na sociedade
contemporânea é de fundamental importância o ensino da sociologia.
Nesse contexto, há um percurso histórico de construção de conceitos e
categorias que conferiram estatuto científico à Sociologia, possibilitando que
atualmente, as graves questões que marcam as dinâmicas sociais, econômicas,
políticas e culturais sejam questionadas de perspectivas diferentes entre si.
No século XX, a Sociologia incorporou o pensamento de Karl Marx e seus
colaboradores que realizaram estudos da economia, filosofia, política e da história e
passaram a influenciar boa parte da produção teórica do pensamento social.
Mais contemporaneamente, outros pensadores marcaram a produção
sociológica como Max Weber que construiu um campo teórico denominado de
análise compreensiva.
Assim a disciplina fundamenta-se no estudo de sociedade enquanto objeto de
análise e eixo de trabalho, proporcionando questionamento de seus problemas
possibilitando sua compreensão e propondo novos caminhos de investigação.
236
A compreensão do mundo do trabalho poderá ser constituída a partir de
diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no seu modo de
organização bem como os diferentes determinantes da sua divisão técnica, em nível
internacional, observando-se as especificidades regionais e locais e as relações
entre os homens e às influências sociais de seu comportamento.
É de extrema importância proporcionar uma visão sobre a constituição das
relações sociais em nível internacional e nacional.
OBJETIVO GERAL
O objetivo da disciplina de Sociologia para o Ensino Médio é o conhecimento
e a explicação da sociedade através da compreensão das diversas formas pelas
quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no
interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das
consequências dessas relações para indivíduos e coletividade.
OBJETIVOS ESPECÍFICO
Perceber o processo de mundialização da economia e de inserção do país no
mercado internacional;
Perceber os direitos (e respectivos deveres) do cidadão como parte de uma
construção social;
Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de
povos, etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos;
Construir sua identidade social (e pessoal) a partir do princípio de alteridade;
Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos
econômicos, político, social e cultural em que se insere;
Caracterizar as relações políticas, econômicas e sociais em nível nacional e
internacional;
Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao estado,
analisá-las, compará-las;
Observar nas práticas sociais o respeito/desrespeito, conhecimento/
237
desconhecimento dos direitos e deveres no exercício da cidadania;
Identificar os direitos (e respectivos deveres) emergentes cuja necessidade
de institucionalização é reivindicada socialmente;
Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar em
equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar;
Analisar fenômenos da mídia servindo-se de conhecimentos sociológicos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As Diretrizes Curriculares, propõe-se metodologicamente que o ensino da
Sociologia seja fundamentado em conteúdos estruturantes que não se resumem a
uma listagem de temas e conceitos encadeados de forma rígida.
Os conteúdos estruturantes propostos são representativos dos grandes
campos de saber,da cultura e do conhecimento universal e devem ser
compreendidos a partir da práxix pedagógica como construção histórica.
Ressalta-se que os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos
propostos devem ser trabalhados de modo inter-relacionados ,conforme a sequência
que o professor considerar mais adequada e, sobre tudo ,podem ser rearticulados e
revistos sempre que uma nova questão a eles relacionada se apresente.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos são:
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIOLOGIA;
A socialização -inserção,construção, e transmissão de valores, normas e
regras capazes de desenvolver a vida em sociedade constitui o processo que
possibilita compreender as diferentes formas de organização sociais.
*As teorias sociológicas na compreensão do presente
*A produção sociológica brasileira
*A instituição escolar
*A instituição religiosa
*A instituição familiar
238
A cultura e a indústria cultural
A cultura se reproduz á medida que os anos se passam;no entanto,uma de
suas características é a dinamicidade, pois se transforma de modo rápido,incorpora
aspectos que vêm de fora dos grupos ou,simplesmente modifica aqueles que já a
integram. Não podemos dizer que a sociedade se constitua de uma cultura
única,porque se compõe de vários e distintos grupos.
*Culturas ou cultura:uma contribuição antropológica
*Diversidade cultural brasileira
*Cultura,criação ou apropriação?
*História e cultura afro-brasileira e africana
Trabalho,produção e classes sociais:
O trabalho é a condição de sobrevivência humana. Ao agir sobre a natureza
para suprir as condições materiais da sua existência, os homens transformam a
natureza,reproduzem a si mesmos e,ao reproduzirem a vida, produzem riqueza.
*Processo de trabalho e a desigualdade socialização
*Globalização
Poder, política e ideologia
Em relação a este conteúdo estruturante, é primordial ressaltar que os
conteúdos específicos, dele derivados, discutem as relações de poder e são
permeados por ideologias. Por tanto o primeiro conteúdo a ser desenvolvido é o de
poder.
*Ideologia
*Formação do estado moderno
Direito,cidadania e movimentos sociais
Na análise dos direitos, deve-se considerar se eles foram inscritos na lei
239
lentamente ou se foram conquistados pela pressão dos que não tinham inclusão
civil, política, social. A cidadania é a possibilidade de sermos sujeitos atuantes, os
direitos se tornam plenos se forem exercidos no cotidiano das ações das pessoas.
Direito na lei, que não é exercido, é apenas direito formal. Por isso, nestas
Diretrizes, vincula-se essa temática aos movimentos sociais, pois sua existência
está relacionada à criação de novos direitos ou para fazer valer os que já estão
escritos na lei.
* Movimentos sociais
*Movimentos agrários no Brasil
*Movimento estudantil
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Pretende-se com os conteúdos estruturantes de Sociologia que se tenha a
clareza da necessidade do redimensionamento de aspectos da realidade para uma
análise didática e crítica das problemáticas sociais.
As Diretrizes sugerem que “a disciplina seja iniciada com uma breve
contextualização da construção histórica da Sociologia e das teorias sociológicas
fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas, numa perspectiva
crítica, para fundamentar teoricamente as varias possibilidades de explicação
sociológica.
No ensino de sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos, como textos, filmes, musica, jornais, revistas, entrevistas entre
outros, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a
leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), a analise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica ou
outros, pois assim como os conteúdos específicos deles derivado-os
encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-aprendizagem
também devem estar relacionados na própria construção histórica da Sociologia
critica, caracterizada, portanto por posturas teóricas e práticas favorecedor as ao
desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante.” (DCE,2008)
Para que haja uma reflexão mais profunda e ampliação de conceitos sobre a
240
construção do conhecimento sociológico vários instrumentos metodológicos estão
disponíveis para auxiliar a prática pedagógica como a leitura e interpretação de
gráficos, confecção de tabelas, filmes adequados a faixa etária e o repertório cultural
do aluno, relacionado ao conteúdo; discussão e articulação das temáticas
contempladas com a teoria sociológica; produção de texto; análise e discussão de
textos literários e letra de músicas e debates.
O trabalho referente as Leis: 11.645 “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”, Lei 13.381/01 “História do Paraná” e Lei 9.795/99 “ Meio Ambiente” serão
desenvolvidos através de leituras de textos , bem como exibição de documentários e
filmes diversos.
AVALIAÇÃO
A partir do momento em que o professor desenvolve um conteúdo mais
significativo e uma metodologia participativa, deve desenvolver uma avaliação
diferenciada. O sujeito só adquire o conhecimento quando num processo ativo
reconstrói o objeto do conhecimento. Assim não cabe mais aqui a avaliação
autoritária, decorativa, repetitiva, sem sentido.
A avaliação deverá ser contínua, verificando os vários momentos do
desenvolvimento dos alunos e não os julgando apenas num determinado momento.
Deve-se avaliar o processo da construção de habilidades e competências e não
apenas o produto final.
A avaliação deve ter efeito prático: mudar a forma de trabalho tanto do
professor que deve dar atenção especial aos alunos com dificuldades, organizar a
recuperação paralela, quanto do aluno que deve também rever o esquema de
participação na construção do seu conhecimento.
“A avaliação de sociologia proposta pelas Diretrizes curriculares, de uma
maneira geral, coincidem com a prática de ensino e de aprendizagem da disciplina,
seja a reflexão critica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a
participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que demonstrem
capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim vários podem ser as formas,
desde que atinja o principal objetivo, no sentido da apreensão/compreensão/reflexão
241
dos conteúdos pelo aluno.”(DCE)
Os instrumentos serão em formas de debates, seminários, trabalhos,
discussões, provas e outros.
7.12- LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS E ESPANHOL– ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
O Cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do
currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização
social no decorrer da história. As propostas curriculares e as metodologias são
instigadas a atender as expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Desde o início da colonização do território que hoje corresponde ao litoral
brasileiro, houve a preocupação do Estado português em promover a educação, a
fim de facilitar o processo de dominação e expandir o catolicismo. Naquele contexto,
coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos
que habitavam o território, como exemplo de língua culta.
No entanto, durante a União Ibérica (1581-1640, os jesuítas foram expulsos
dos territórios portugueses na América. Assim em 1759, o ministro Marquês de
Pombal instituiu o sistema de ensino régio no Brasil, por meio do qual cabia ao
Estado a responsabilidade de contratar professores não religiosos. As línguas que
continuaram a integrar o currículo eram o grego e o latim, línguas clássicas
consideradas de suma importância para o desenvolvimento do pensamento e da
literatura. Por meio dessas línguas, ensinavam-se o vernáculo, a história e a
geografia.
O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado somente depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1809, com assinatura do
decreto de 22 de junho, pelo príncipe regente D. João VI, criaram-se as cadeiras de
inglês e francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às
demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. Em 1837, ocorreu a
fundação do Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário do Brasil e referência
242
curricular para outras instituições escolares por quase um século. O currículo do
Colégio se inspirava nos moldes franceses e, em seu programa, constavam sete
anos de francês, cinco de inglês e três de alemão, cadeira esta criada no ano de
1840.
Com a Reforma Francisco Campos de 1931, pela primeira vez, estabeleceu-
se um método oficial de ensino de língua estrangeira: o Método Direto. No final do
século XIX e início do século XX, esse método surgiu na Europa em contraposição
ao Tradicional, de modo a atender aos novos anseios sociais impulsionados pela
necessidade de ensino das habilidades orais, não contempladas no método anterior.
Cook (2003) aponta os movimentos migratórios e o comércio internacional da
época como fatores responsáveis pela mudança do perfil dos aprendizes que ora se
apresentavam. O surgimento desse método foi uma primeira tentativa de conceber a
língua como um fenômeno particular compartilhado com outros falantes da mesma
língua.
A dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos
emergiu durante a Segunda Guerra Mundial. Com isso, intensificou-se a
necessidade de aprender inglês. Na década de 1940, professores universitários,
militares, cientistas, artistas, imbuídos por missões norte-americanas, vieram para o
Brasil e, com eles, a produção cultural daquele país. Assim, falar inglês passou a ser
um anseio das populações urbanas, de modo que o ensino dessa língua ganhou
cada vez mais espaço no currículo, em lugar do ensino de francês.
Após a tomada do governo brasileiro pelos militares, a LDB?61 foi
reformulada, pela LBDB n.º 5.692/71. A partir de então, a finalidade do Ensino de
Segundo Grau passou a centrar-se na habilitação profissional. Por consequência
dessa ênfase, a legislação desobriga o ensino de línguas estrangeiras nos currículos
de 1º e 2º Graus, assim denominado em substituição ao antigo curso secundário:
ginásio e colegial. Sob a égide do falso nacionalismo, a escola não deveria se
prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural
estrangeira, para evitar o aumento da dominação ideológica de outras sociedades
que consagrariam, assim o colonialismo cultural no país.
Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a
disciplina se tornou novamente obrigatória, somente no 2º Grau. Entretanto, não
243
perdeu o caráter de recomendação para o 1º Grau, se a escola tivesse condições de
oferecê-la. De acordo com o Parecer 581/76 do Conselho Federal, a língua
estrangeira seria ensinada por acréscimo, conforme condições de cada
estabelecimento. Isso fez muitas escolas a suprimirem a língua estrangeira no 2º
Grau, ou reduzirem seu ensino para uma hora semanal, por apenas um ano, com
um único idioma.
Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício para
que os professores, organizados em associações, liderassem um amplo movimento
pelo retorno da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas. Em
decorrência de tais mobilizações, a Secretaria de Estado de Educação criou,
oficialmente, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem), em 15 de
agosto de 1986, como forma de valorizar a diversidade étnica que marca a história
paranaense.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), n.º 9.394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no
ensino fundamenta, a partir da quinta série, cuja escolha do idioma foi atribuída à
comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento. (Art. 26,
Parágrafo 5º)
Para o Ensino Médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua
estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade
escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição (Art.36, Inciso III)
Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira(PCN),
pautados numa concepção de língua como prática social, fundamentada na
abordagem comunicativa. No entanto, tal documento recomendou um trabalho
pedagógico com ênfase na prática da leitura em detrimento das demais práticas –
oralidade e escrita. A justificativa apresentada foi que, no contexto brasileiro, há
poucas oportunidades de uso efetivo da oralidade pelos alunos, Particularmente na
Rede Pública de Ensino.
Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio de Língua Estrangeira (PCN), cuja ênfase está no ensino da
244
comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal,
acadêmica e profissional. Essas diferenças entre as concepções de língua
apregoadas nos dois níveis de ensino influencia os resultados da aprendizagem
dessa disciplina na Educação Básica.
Com o resultado de um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul,
em 5 de agosto de 2005 foi criada a Lei n.º 11.161, que tornou obrigatória a oferta de
língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. Com isso, também se
buscou atender aos interesses políticos econômicos para melhorar as relações
comerciais do Brasil com países de língua espanhola.
A oferta da disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa
para os alunos. Por sua vez, os estabelecimentos de ensino têm cinco anos, a partir
da data de publicação da lei, para implementá-la.
Ao contextualizar o ensino de língua estrangeira, pretendeu-se problematizar
as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os
aspectos que a têm marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e
educacionais.
A língua estrangeira pode ser propiciadora da construção das entidades dos
sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento na consciência sobre o papel
exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama
internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.
O professor deve estar ciente de que ensinar e aprender línguas é também
ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é formar
subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido.
OBJETIVOS GERAIS
Mostrar que a língua estrangeira apresenta-se como um espaço para ampliar
o contato com outras formas do conhecimento, com outros procedimentos
interpretativos de construção da realidade.
Analisar as questões da nova ordem global, desenvolvendo uma consciência
crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.
Proporcionar aos envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem, a
245
inclusão social, através do estudo da língua,
Utilizar-se da língua que estão aprendendo em situações significativas que
possibilita proporcionar a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades
na interação humana.
Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita.
Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.
Apreender novas percepções de mundo e construir novos sentidos e
significados para compreender melhor a realidade, revelando sua identidade como
sujeito transformador.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
De acordo com as DCE’s, é necessário expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, procurando entendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma
diversidade de gêneros que qualquer uso de linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal
como ocorre na escrita em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com sons específicos da língua que está aprendendo.
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
246
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Segundo as DCE’s, para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja
subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
Identificação do tema, do argumento principal.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
CONTEÚDOS DA ESCRITA
De acordo com as DCE’s, com relação à escrita, não se deve esquecer que
ela de vê ser vista como um a atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois,
em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem
se constrói uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir
um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Analise linguística perpassando pelas práticas da oralidade, leitura e escrita:
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,
substantivo, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias
como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
247
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
De acordo com as DCE’s, é necessário expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, procurando entendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma
diversidade de gêneros que qualquer uso de linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal
como ocorre na escrita em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com sons específicos da língua que está aprendendo.
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Segundo as DCE’s, para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja subsidiado
com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos.
Identificação do tema, do argumento principal.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
CONTEÚDOS DA ESCRITA
De acordo com as DCE’s, com relação à escrita, não se deve esquecer que
ela de vê ser vista como um a atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois,
em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem
248
se constrói uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir
um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
Analise linguística perpassando as práticas da oralidade, leitura e escrita:
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,
substantivo, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias
como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
De acordo com as DCE’s, é necessário expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, procurando entendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações, Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma
diversidade de gêneros que qualquer uso de linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal
como ocorre na escrita em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com sons específicos da língua que está aprendendo.
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
249
diferentes países.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Segundo as DCE’s, para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja
subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ESCRITA
De acordo com as DCE’s, com relação à escrita, não se deve esquecer que
ela de vê ser vista como um a atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois,
em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem
se constrói uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir
um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
ANALISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO AS PRÁTICAS DA ORALIDADE,
LEITURA E ESCRITA:
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, verbos,
250
concordância verbal e nominal palavras interrogativas, substantivos contáveis e
incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções e outras categorias como
elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
De acordo com as DCE’s, é necessário expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, procurando entendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma
diversidade de gêneros que qualquer uso de linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal
como ocorre na escrita em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com sons específicos da língua que está aprendendo.
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em
diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extraliguísticos: entonação, pausas, gestos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Segundo as DCE’s, para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja
subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
251
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
CONTEÚDOS DA ESCRITA
De acordo com as DCE’s, com relação à escrita, não se deve esquecer que
ela de vê ser vista como um a atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois,
em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem
se constrói uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir
um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Paragrafação.
Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
ANALISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO AS PRÁTICAS DA ORALIDADE,
LEITURA E ESCRITA:
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições,
verbos,advérbios, locuções adverbiais, substantivos contáveis e incontáveis,
question tags, falsos cognatos, conjunções e outras categorias como elementos do
texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
252
PRÁTICAS DISCURSIVAS
O ensino de Língua estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a
compõem; ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados
nas práticas discursivas. Trata-se de fazer da aula de língua estrangeira um espaço
de:
“acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir
outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a
hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e
ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que
estão excluídos dos tipos de (...) [conhecimentos necessários] para a vida
contemporânea, estando entre eles os conhecimentos [em língua
estrangeira] (MOITA LOPES, 2003, p.43).
Isso significa desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de
sentidos, de relação com os textos, não para extrair deles significados que
supostamente estariam latentes em sua estrutura, mas para comunicar-se com eles,
para lhes conferir sentidos e travar batalhas pela significação. É oportunizar-lhes
maneiras de perceber a língua como “arena de conflitos” (BAKHTIN, 1992) e o uso
da linguagem como prática social e cultural contextualizada e heterogênea.
Toda proposta de ensino se concretiza no trabalho com textos, que envolve
análise crítica das relações entre texto, língua, poder, grupos sociais e práticas
sociais. Refere-se às formas de olhar o texto escrito, visual, oral e hipertexto para
questionar e desafiar as atitudes, os valores e as crenças a ele subjacentes.
A ênfase do ensino recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem
ativamente pelo discurso, sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas,
materializadas em diferentes tipos de texto, considerando a imensa quantidade de
informações que circulam na sociedade. Isso significa participar dos processos
sociais de construção de linguagem e de sentidos legitimados, e desenvolver uma
criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
O trabalho com língua estrangeira fundamenta-se nessa diversidade de
gêneros discursivos e busca alargar a compreensão dos diversos usos da
linguagem, bem como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no
253
processo de construção dos significados possíveis. Tendo em vista que texto e
leitura são dois elementos indissociáveis, e que um não se realiza se não existir o
outro.
Dessa forma ao ensinar uma língua estrangeira, alunos e professores
percebem ser possível construir significados além daqueles permitidos pela língua
materna. Os sujeitos envolvidos no processo pedagógico não aprendem apenas
novos significados nem a reproduzí-los, mas sim aprendem outras maneiras de
produzir sentidos, outros procedimentos interpretativos que alargam suas
possibilidades de entendimento do mundo.
Portanto, é na língua, e não por meio dela, que se percebe e entende a
realidade e, por efeito, a percepção do mundo está intimamente ligada às línguas
que se conhece.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA ORALIDADE
Nas reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira
com o texto. Isso não apresenta privilegiar a prática da leitura, o professor lê o texto
em voz alta, apontando ora para imagens ou ilustrações, ora para palavras escritas
na página, não apenas narrando ou contando uma história, mas realizando
perguntas aos alunos. Assim, na aula de língua estrangeira será possível fazer
discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais, escritos
e/ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas neste
processo, tais como: dramatizações, entrevistas, diálogos, declamações de poemas,
músicas, opiniões, discussões e exposições orais.
Daí a importância da utilização de recursos visuais para auxiliar o trabalho
pedagógico em sala de aula. Tais materiais podem auxiliar na preparação da leitura,
a medida que auxiliam os alunos no processo de inferência sobre o tema e sentidos
dos textos. Neste caso os alunos com deficiência auditiva, terão possibilidade de
participar da aula, a medida que elas se configuram com espaços nos quais os
diversos sentidos são mobilizados para a aprendizagem de língua: visuais, orais,
cognitivos.
254
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA LEITURA
A leitura é um processo de negociação, leituras consensuais dependem do
uso de estratégias acordadas entre as partes. Assim, o papel da gramática
relaciona-se ao entendimento, quando necessário, dos procedimentos para
construção de significados utilizados na língua estrangeira: o trabalho com a
gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida em que permite o
entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Nesse caso
pode-se dizer que um texto apresenta várias possibilidades de leituras, não trazendo
em si um sentido preestabelecido pelo seu autor, mas sim uma demarcação para os
sentidos possíveis, restringidas pelas suas condições de produção e, por isso,
constrói-se a cada leitura: não é o texto que determina a sua interpretação, mas sim
o sujeito com a sua constituição histórica.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA ESCRITA
O professor trabalhará o texto em seu contexto social e de produção e dele
selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua.
A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de
orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero,
planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística adequada –
formal ou informal.
Isto não quer dizer fazer uso do texto apenas para ensinar gramática, mas tê-
lo como conteúdo a ser explorado para, a partir dele, produzir outros textos. Numa
perspectiva discursiva, o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado
ao conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes
de necessidades especificas dos alunos, a fim de que possam expressar-se ou
construir sentidos com os textos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia
nacional e internacional atribuindo na disciplina de Língua Estrangeira.
A prática escolar de produção escrita, ainda restrita a construção de uma
frase, a um parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção
uma atividade menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da
255
escola, ou seja, elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.
AVALIAÇÃO
Segundo as DCE”s, a avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o
seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida. Ao propor sobre as práticas avaliativas, objetiva-se
favorecer a coerência entre tais aspectos (avaliação, concepção de língua e
objetivos de ensino) e o processo de ensino e de aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem de língua estrangeira precisa superar a
concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que
ela se configura com processual e, tal, objetiva subsidiar discussões acerca das
dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo
de ensino e aprendizagem.
O planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem,
caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o
engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação verbal, a
partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os
alunos da turma; na interação dos alunos com o material didático .
Produzir sentidos no processo de compreensão dos textos, tais como: inferir,
servindo-se dos conhecimentos prévios, levantar hipóteses a respeito da
organização textual no qual poderão ser incluídos seus comentários sobre pontos
fortes e fracos de cada atividade ou bloco de atividades, permitindo que
desenvolvam uma percepção melhor de seu avanço.
Nesse trabalho o professor precisa orientar os alunos na organização de seus
portfólios, auxiliá-los na escolha de títulos para as atividades a serem incluídas, ler e
comentar as suas produções, incentivar a leitura dos portfólios pelos alunos da
turma. Trabalho extra ao professor, uma vez que demanda comentários nos textos
dos alunos em vários momentos durante o ano letivo, a fim de que se possa fazer
uma avaliação mais preocupada com o processo do que com os produtos finais
apresentados.
256
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua
condição de produção.
Localizar informações explícitas e implícitas no texto
emitir opiniões a respeito do que leu.
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais.
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e
informal).
Ampliar, no indivíduo o seu horizonte de expectativas.
Reconhecer as variantes lexicais.
Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas
informações aos saberes já adquiridos.
Desenvolver a oralidade através da sua prática.
Estabelecer relações entre partes do texto, identificando repetições ou
substituições.
Apresentar clareza de ideias.
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas.
Diferenciar a linguagem formal da informal.
Utilizar adequadamente recursos linguísticos, como o uso da pontuação, o
uso do artigo, dos pronomes, etc.
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.
Conhecer e ampliar o vocabulário.
7.12.1- LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS – ENSINO MÉDIO
Com o avanço vertiginoso da tecnologia e da comunicação, na era da
Internet, do e-mail, do celular, a língua é o único elo que liga indivíduos de diferentes
nacionalidades, situados em todas as partes do mundo. A língua mais utilizada
nessas situações de comunicações é a língua inglesa que tem o status de língua
257
universal, falada em vários países e estudada em muitos outros.
Em vista disso a escola pública vem ao encontro dessa necessidade de se
apreender uma nova língua, de se conhecer outra cultura, proporcionando aos
educandos o aprendizado de uma língua estrangeira, fazendo a ligação de indivíduo
com o mundo globalizado, já que a língua pode ser vista como estrutura que faz
intermediação entre o indivíduo e o mundo, ou seja, o agir e o interagir no mundo
seriam possibilitados pelas estruturas da língua, ela seria o elemento entre os dois.
O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira exige o confronto
das formas discursivas da língua que se esta aprendendo. Ao participar desse
processo, o sujeito não será mais o mesmo de antes de iniciá-lo. Essa perspectiva
permite que, tantos alunos como professores percebam que é possível construir
significados além daqueles que são possíveis na língua materna, que há outras
possibilidades de se entender o mundo.
O Cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do
currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização
social no decorrer da história. As propostas curriculares e as metodologias são
instigadas a atender as expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Desde o início da colonização do território que hoje corresponde ao litoral
brasileiro, houve a preocupação do Estado português em promover a educação, a
fim de facilitar o processo de dominação e expandir o catolicismo. Naquele contexto,
coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos
que habitavam o território, como exemplo de língua culta.
No entanto, durante a União Ibérica (1581-1640, os jesuítas foram expulsos
dos territórios portugueses na América. Assim em 1759, o ministro Marquês de
Pombal instituiu o sistema de ensino régio no Brasil, por meio do qual cabia ao
Estado a responsabilidade de contratar professores não religiosos. As línguas que
continuaram a integrar o currículo eram o grego e o latim, línguas clássicas
consideradas de suma importância para o desenvolvimento do pensamento e da
literatura. Por meio dessas línguas, ensinavam-se o vernáculo, a história e a
geografia.
258
O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado somente depois da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1809, com assinatura do
decreto de 22 de junho, pelo príncipe regente D. João VI, criaram-se as cadeiras de
inglês e francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às
demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. Em 1837, ocorreu a
fundação do Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário do Brasil e referência
curricular para outras instituições escolares por quase um século. O currículo do
Colégio se inspirava nos moldes franceses e, em seu programa, constavam sete
anos de francês, cinco de inglês e três de alemão, cadeira esta criada no ano de
1840.
Com a Reforma Francisco Campos de 1931, pela primeira vez, estabeleceu-
se um método oficial de ensino de língua estrangeira: o Método Direto. No final do
século XIX e início do século XX, esse método surgiu na Europa em contraposição
ao Tradicional, de modo a atender aos novos anseios sociais impulsionados pela
necessidade de ensino das habilidades orais, não contempladas no método anterior.
Cook (2003) aponta os movimentos migratórios e o comércio internacional da
época como fatores responsáveis pela mudança do perfil dos aprendizes que ora se
apresentavam. O surgimento desse método foi uma primeira tentativa de conceber a
língua como um fenômeno particular compartilhado com outros falantes da mesma
língua.
A dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos
emergiu durante a Segunda Guerra Mundial. Com isso, intensificou-se a
necessidade de aprender inglês. Na década de 1940, professores universitários,
militares, cientistas, artistas, imbuídos por missões norte-americanas, vieram para o
Brasil e, com eles, a produção cultural daquele país. Assim, falar inglês passou a ser
um anseio das populações urbanas, de modo que o ensino dessa língua ganhou
cada vez mais espaço no currículo, em lugar do ensino de francês.
Após a tomada do governo brasileiro pelos militares, a LDB?61 foi
reformulada, pela LBDB n.º 5.692/71. A partir de então, a finalidade do Ensino de
Segundo Grau passou a centrar-se na habilitação profissional. Por consequência
dessa ênfase, a legislação desobriga o ensino de línguas estrangeiras nos currículos
de 1º e 2º Graus, assim denominado em substituição ao antigo curso secundário:
259
ginásio e colegial. Sob a égide do falso nacionalismo, a escola não deveria se
prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural
estrangeira, para evitar o aumento da dominação ideológica de outras sociedades
que consagrariam, assim o colonialismo cultural no país.
Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a
disciplina se tornou novamente obrigatória, somente no 2º Grau. Entretanto, não
perdeu o caráter de recomendação para o 1º Grau, se a escola tivesse condições de
oferecê-la. De acordo com o Parecer 581/76 do Conselho Federal, a língua
estrangeira seria ensinada por acréscimo, conforme condições de cada
estabelecimento. Isso fez muitas escolas a suprimirem a língua estrangeira no 2º
Grau, ou reduzirem seu ensino para uma hora semanal, por apenas um ano, com
um único idioma.
Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício para
que os professores, organizados em associações, liderassem um amplo movimento
pelo retorno da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas. Em
decorrência de tais mobilizações, a Secretaria de Estado de Educação criou,
oficialmente, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem), em 15 de
agosto de 1986, como forma de valorizar a diversidade étnica que marca a história
paranaense.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), n.º 9.394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no
ensino fundamenta, a partir da quinta série, cuja escolha do idioma foi atribuída à
comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento. (Art. 26,
Parágrafo 5º)
Para o Ensino Médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua
estrangeira moderna com0o disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade
escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição (Art.36, Inciso III)
Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira(PCN),
pautados numa concepção de língua como prática social, fundamentada na
abordagem comunicativa. No entanto, tal documento recomendou um trabalho
260
pedagógico com ênfase na prática da leitura em detrimento das demais práticas –
oralidade e escrita. A justificativa apresentada foi que, no contexto brasileiro, há
poucas oportunidades de uso efetivo da oralidade pelos alunos,. Particularmente na
Rede Pública de Ensino.
Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio de Língua Estrangeira (PCN), cuja ênfase está no ensino da
comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal,
acadêmica e profissional. Essas diferenças entre as concepções de língua
apregoadas nos dois níveis de ensino influenciam os resultados da aprendizagem
dessa disciplina na Educação Básica.
Com o resultado de um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul,
em 5 de agosto de 2005 foi criada a Lei n.º 11.161, que tornou obrigatória a oferta de
língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. Com isso, também se
buscou atender a interesses políticos econômicos para melhorar as relações
comerciais do Brasil com países de língua espanhola.
A oferta da disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa
para os alunos. Por sua vez, os estabelecimentos de ensino têm cinco anos, a partir
da data de publicação da lei, para implementá-la.
Ao contextualizar o ensino de língua estrangeira, pretendeu-se problematizar
as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os
aspectos que a têm marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e
educacionais.
A língua estrangeira pode ser propiciadora da construção das entidades dos
sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento na consciência sobre o papel
exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama
internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.
O professor deve estar ciente de que ensinar e aprender línguas é também
ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é formar
subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingido.
261
OBJETIVOS GERAIS
O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a
infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.
Fazer com que o aluno compreenda a língua como algo que se constrói e é
construído por uma determinada comunidade.
Proporcionar atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os
textos e os percebe como uma prática social de uma sociedade em um determinado
contexto sócio-cultural particular.
Construir conhecimento sistêmico sobre organização textual e sobre como
utilizar linguagem nas situações de comunicação tendo como base os
conhecimentos da língua materna.
Apreender novas percepções de mundo e construir novos sentidos e
significados para compreender melhor a realidade, revelando sua identidade como
sujeito transformador.
PRÁTICAS DISCURSIVAS
O ensino de Língua estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a
compõem; ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados
nas práticas discursivas. Trata-se de fazer da aula de língua estrangeira um espaço
de:
“acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir
outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a
hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e
ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que
estão excluídos dos tipos de (...) [conhecimentos necessários] para a vida
contemporânea, estando entre eles os conhecimentos [em língua
estrangeira] (MOITA LOPES, 2003, p.43).
Isso significa desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de
sentidos, de relação com os textos, não para extrair deles significados que
supostamente estariam latentes em sua estrutura, mas para comunicar-se com eles,
262
para lhes conferir sentidos e travar batalhas pela significação. É oportunizar-lhes
maneiras de perceber a língua como “arena de conflitos” (BAKHTIN, 1992) e o uso
da linguagem como prática social e cultural contextualizada e heterogênea.
Toda proposta de ensino se concretiza no trabalho com textos, que envolve
análise crítica das relações entre texto, língua, poder, grupos sociais e práticas
sociais. Refere-se às formas de olhar o texto escrito, visual, oral e hipertexto para
questionar e desafiar as atitudes, os valores e as crenças a ele subjacentes.
A ênfase do ensino recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem
ativamente pelo discurso, sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas,
materializadas em diferentes tipos de texto, considerando a imensa quantidade de
informações que circulam na sociedade. Isso significa participar dos processos
sociais de construção de linguagem e de sentidos legitimados, e desenvolver uma
criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
O trabalho com língua estrangeira fundamenta-se nessa diversidade de
gêneros discursivos e busca alargar a compreensão dos diversos usos da
linguagem, bem como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no
processo de construção dos significados possíveis. Tendo em vista que texto e
leitura são dois elementos indissociáveis, e que um não se realiza se não existir o
outro.
Dessa forma ao ensinar uma língua estrangeira, alunos e professores
percebem ser possível construir significados além daqueles permitidos pela língua
materna. Os sujeitos envolvidos no processo pedagógico não aprendem apenas
novos significados nem a reproduzi-los, mas sim aprendem outras maneiras de
produzir sentidos, outros procedimentos interpretativos que alargam suas
possibilidades de entendimento do mundo.
Portanto, é na língua, e não por meio dela, que se percebe e entende a
realidade e, por efeito, a percepção do mundo está intimamente ligada às línguas
que se conhece.
263
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
1ªSÉRIE EM
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
De acordo com as DCE’s, é necessário expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, procurando entendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações, Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma
diversidade de gêneros que qualquer uso de linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal
como ocorre na escrita em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com sons específicos da língua que está aprendendo.
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extraliguísticos: entonação, pausas, gestos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA LEITURA
Segundo as DCE’s, para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja
subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Finalidade do texto, estética do texto.
264
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ESCRITA
De acordo com as DCE’s, com relação à escrita, não se deve esquecer que
ela de vê ser vista como um a atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois,
em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem
se constrói uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir
um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Paragrafação.
Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
Analise linguística perpassando as práticas da oralidade, leitura e escrita:
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, verbos,
concordância verbal e nominal palavras interrogativas, substantivos contáveis e
incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, discurso direto e indireto,
verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais e outras
categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
2ªSÉRIE EM
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
De acordo com as DCE’s, é necessário expor os alunos a textos orais,
265
pertencentes aos diferentes discursos, procurando entendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações, Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma
diversidade de gêneros que qualquer uso de linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal
como ocorre na escrita em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com sons específicos da língua que está aprendendo.
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extraliguísticos: entonação, pausas, gestos.
CONTEÚDOS DA LEITURA
Segundo as DCE’s, para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja
subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Finalidade do texto, estética do texto.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
CONTEÚDOS DA ESCRITA
De acordo com as DCE’s, com relação à escrita, não se deve esquecer que
ela de vê ser vista como um a atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois,
266
em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem
se constrói uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir
um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Paragrafação.
Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
ANALISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO AS PRÁTICAS DA ORALIDADE,
LEITURA E ESCRITA:
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, verbos,
concordância verbal e nominal palavras interrogativas, substantivos contáveis e
incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, discurso direto e indireto,
verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais e outras
categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
3ªSÉRIE - EM – ESPANHOL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA ORALIDADE
De acordo com as DCE’s, é necessário expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, procurando entendê-los em suas
especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua
estrangeira segundo suas limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma
diversidade de gêneros que qualquer uso de linguagem implica e que existe a
necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal
267
como ocorre na escrita em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com sons específicos da língua que está aprendendo.
Variedades linguísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extraliguísticos: entonação, pausas, gestos.
CONTEÚDOS DA LEITURA
Segundo as DCE’s, para que uma leitura em língua estrangeira se transforme
realmente em uma situação de interação, é fundamental que o aluno seja
subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal. As particularidades do texto em registro formal e
informal.
Finalidade do texto, estética do texto.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
CONTEÚDOS DA ESCRITA
De acordo com as DCE’s, com relação à escrita, não se deve esquecer que
ela de vê ser vista como um a atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois,
em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem
se constrói uma representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir
um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e
268
marcas linguísticas.
Clareza de ideias.
Paragrafação.
Adequar o conhecimento adquirido a norma padrão.
Analise linguística perpassando as práticas da oralidade, leitura e escrita:
Coesão e coerência
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, preposições, verbos,
concordância verbal e nominal palavras interrogativas, substantivos contáveis e
incontáveis, conjunções, discurso direto e indireto, verbos modais, concordância
verbal e nominal, orações condicionais e outras categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – ESPANHOL – 3º ANO
Repaso: ¿quién soy?
el alfabeto, deletrear y grafía correcta de las palabras
los saludos y las despedidas
para conocerse. Presentarse, decir la edad, donde vive y la nacionalidad
buscar palabras en el diccionario
- vocabulario: “En clase”. Nombrar los objetos de clase, explicando la importancia de
ser estudiante en la actualidad
- los pronombres objeto indirecto
- los verbos “ser” y “estar” en presente de subjuntivo
- vocabulario: “La escuela”. Haciendo una maqueta de la escuela que te gustaría
tener.
- presente de subjuntivo de los verbos “andar, hablar y estudiar”
- vocabulario: “la casa”. Decir la dirección y buscar en el diccionario los objetos de la
casa, como si fueras un vendedor
269
- el género y el número
- la primera conjugación: verbos terminados en AR en presente de subjuntivo
- los refranes y dichos espanõles.
- vocabulario: “la ciudad”. Nombrar todo que hay en una ciudad y en un país
- las reglas de acentuación
- los numerales
- los colores y las ropas
- decir las horas en diferentes países
- los días de la semana (mi agenda
- los meses del año y lo qué hago en ellos
- vocabulario: “la comida”. Decir los nombres de las frutas y las verduras
- las estaciones del año
- la segunda conjugación: verbos terminados en ER, en presente de subjuntivo
- los pronombres objeto directo y indirecto
- vocabulario: “las profesiones”: ¿qué espero de mi futuro?
España: el mapa y las costumbres, incluyendo hispanoamérica
- Vocabulario: “razgos de carácter físicos y psicológicos”
- Los heterosemánticos
- Vocabulario: “los deportes” en la copa del mundo
La tercera conjugación: verbos terminados en IR en presente de subjuntivo
- El verbo “ir” en presente de subjuntivo
- Vocabulario: comparando la vida en el campo y en la ciudad
- Vocabulario: “los animales” y su función en la naturaleza
- Las preposiciones
Verbo auxiliar “haber” en subjuntivo.
- leyendo cuentos
- Revisión de los verbos en subjuntivo.
- Revisión de los verbos en pretérito
- Vocabulario: “Las fiestas en España y Hispanoamérica”
Diversidades que serán trabajadas en medio a los contenidos durante todo el año:
Historia y cultura afrobrasileña y africana : rescatar la lengua de sus ancestrales
270
através de palabras que se establecerán en nuestro idioma/ insertar la cultura
africana y afrodescendente/ letras de músicas respeto al tema/ textos sobre la vida
de lideranzas como Malcom X y Martin Luther King.
Imigrantes: respetando el escenario de imigración japonesa en Brasil, trabajando
con ideogramas , leyendas y mitos japoneses.
Indígenas: expresiones que influyeron en nuestro idioma/ leyendas y mitos
indígenas.
Género: trabajar con textos que hablen respecto a la mujer, a los homosexuales y
de las personas mayores en los países de habla hispánica.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICAS DA ORALIDADE
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreende-los em
suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em línguas
estrangeiras dentro de suas limitações. É necessário que se explicite que, mesmo
oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e
que existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes
situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante
que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.
Nas reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira
com o texto. Isso não apresenta privilegiar a prática da leitura, o professor lê o texto
em voz alta, apontando ora para imagens ou ilustrações, ora para palavras escritas
na página, não apenas narrando ou contando uma história, mas realizando
perguntas aos alunos. Assim, na aula de língua estrangeira será possível fazer
discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais, escritos
e/ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas discursivas neste
processo, tais como: dramatizações, entrevistas, diálogos, declamações de poemas,
músicas, opiniões, discussões e exposições orais.
Daí a importância da utilização de recursos visuais para auxiliar o trabalho
pedagógico em sala de aula. Tais materiais podem auxiliar na preparação da leitura,
a medida que auxiliam os alunos no processo de inferência sobre o tema e sentidos
271
dos textos. Neste caso os alunos com deficiência auditiva, terão possibilidade de
participar da aula, a medida que elas se configuram com espaços nos quais os
diversos sentidos são mobilizados para a aprendizagem de língua: visuais, orais,
cognitivos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA LEITURA
Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com os
diferentes gêneros textuais, provenientes de várias práticas sociais de uma
determinada comunidade que utiliza a língua que se esta aprendendo – leitura,
publicidade, jornalismo, mídia etc. cabe ao professor criar condições para que o
aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos
diferentes textos há um sujeito, com que se depare e entenda que por traz de cada
texto há um sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares
e próprios da comunidade em que está inserido. Para que o aluno compreenda a
palavra do outro e preciso que se construa o contexto sócio-histórico e os valores
estilísticos e ideológicos que gerarem o texto.
O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita
ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que a leitura em língua
estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação é fundamental
que o aluno seja subsidiado com os conhecimentos linguísticos, sócio-pragmáticos,
culturais e discersivos, necessários e dos quais não dispõe para a efetiva
compreensão de cada texto particular com que se deparar.
A leitura é um processo de negociação, leituras consensuais dependem do
uso de estratégias acordadas entre as partes. Assim, o papel da gramática
relaciona-se ao entendimento, quando necessário, dos procedimentos para
construção de significados utilizados na língua estrangeira: o trabalho com a
gramática, portanto, estabelece-se como importante na medida em que permite o
entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Nesse caso
pode-se dizer que um texto apresenta várias possibilidades de leituras, não trazendo
em si um sentido preestabelecido pelo seu autor, mas sim uma demarcação para os
sentidos possíveis, restringidas pelas suas condições de produção e, por isso,
272
constrói-se a cada leitura: não é o texto que determina a sua interpretação, mas sim
o sujeito com a sua constituição histórica.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA - PRÁTICA DA ESCRITA
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como
uma atividade sócio-interacional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de
uso. Escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma
representação. Sendo assim, é preciso que no contexto escolar esse alguém seja
definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno irá produzir
um diálogo-imaginário-fundamental para a construção do texto e de sua coerência.
Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que o professor proporcione aos
alunos elemento necessário para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe,
tais como conhecimentos discursivos, linguísticos, sócio-pragmaticos e culturais.
O professor trabalhará o texto em seu contexto social e de produção e dele
selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua.
A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de
orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero,
planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística adequada –
formal ou informal.
Isto não quer dizer fazer uso do texto apenas para ensinar gramática, mas tê-
lo como conteúdo a ser explorado para, a partir dele, produzir outros textos. Numa
perspectiva discursiva, o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado
ao conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes
de necessidades especificas dos alunos, a fim de que possam expressar-se ou
construir sentidos com os textos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia
nacional e internacional atribuindo na disciplina de Língua Estrangeira.
A prática escolar de produção escrita, ainda restrita a construção de uma
frase, a um parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção
uma atividade menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da
escola, ou seja, elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.
273
AVALIAÇÃO
Segundo as DCE”s, a avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o
seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida. Ao propor sobre as práticas avaliativas, objetiva-se
favorecer a coerência entre tais aspectos (avaliação, concepção de língua e
objetivos de ensino) e o processo de ensino e de aprendizagem.
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e
contribuir para a construção de saberes.
Propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e as
perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto
sócio-cultural particular. Portanto, é necessário prover-lhe de conhecimentos
linguísticos, discursivos, sócio-pragmaticos e culturais de que não disponha para
que tenha elementos suficientes para interagir com esses textos.
A avaliação deve ser contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos, além de ser útil para verificação da
aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá, principalmente, para que o professor
repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades
de seus alunos. É através dela que se tornar possível perceber quais são os
conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmaticos ou culturais e as praticas
– leitura escrita ou oralidade que ainda não foram suficientemente trabalhados e que
precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do
aluno com os discursos em língua estrangeira.
O planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem,
caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que o
engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio de interação verbal, a
partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os
alunos da turma; na interação dos alunos com o material didático .
274
7.13- ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL
O Ensino Religioso hoje mais do que em outras épocas, surge a necessidade
de se dar prosseguimento aos grandes esforços empreendidos nesses últimos anos,
em torno da legitimidade do Ensino Religioso na Escola diante da realidade que ai
está. É a partir dessa realidade que a educação acontece, aí estão presentes os
grandes desafios da modernidade e pós-modernidade, fazendo parte do contexto
sócio-econômico-politico-cultural. É com esses e outros desafios que a Educação
convive e mantém a sua proposta de formatação de um tipo de homem e de
sociedade.
O profissional de educação deve ser sensível à pluralidade, consciente da
complexidade sócio-cultural da questão religiosa e que garanta a liberdade do
educando sem proselitismo, oferecendo à família e à comunidade religiosa, o lugar
privilegiado para a experiência da fé e opção religiosa.
A escola deve ser o espaço socializador do conhecimento, que, através dos
conteúdos, tem a responsabilidade de fornecer as informações, responder aos
aspectos principais do fenômeno religioso, presente em todas as culturas e em
todas as épocas. Todos precisam da escola para conhecer o fenômeno religioso.
Para tanto, se faz necessário uma postura de consciência multi-cultural, no respeito
ao posicionamento religioso dos alunos, na intenção de possibilitar a decodificação
do fenômeno presente em todas as culturas.
A religião pode ser definida como o conjunto de atitudes e dos atos pelos
quais o homem manifesta sua dependência em relação à potências invisíveis
consideradas sobrenaturais.
Os conteúdos de Ensino religioso no eixo "Ethos" (costumes) se desenvolvem
a partir de:
Alteridade - refletindo as orientações para o relacionamento com o outro
permeado por valores culturais e religiosos.
Valores, pelo conhecimento do conjunto de normas de cada tradição
Religiosa, apresentando para os fiéis no contexto da respectiva cultura;
Limites, estudando a fundamentação dos limites éticos propostos pelas várias
tradições religiosas.
275
OBJETIVOS GERAIS
O Ensino Religioso tem como objetivo ampliar a abordagem curricular no que
se refere à diversidade religiosa, as Diretrizes curriculares para o Ensino Religioso,
define como objetivo de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por
contemplar algo que esta presente em todas as manifestações religiosas
favorecendo assim, a uma abordagem ampla de conteúdos específicos da disciplina.
Assim pretende-se:
Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais,
culturais e religiosas em seu convívio social, através da identificação dessas
diferenças e semelhanças, a fim de firmar atitudes de paz, compreensão,
solidariedade e superação de toda a forma de preconceitos;
Conhecer as normas de conduta, os limites éticos e os preceitos propostos
pelas Tradições religiosas, construindo um referencial ético para o
estabelecimento de relações justas e humanizadoras, bem como, atitudes de
compromisso com a defesa e valorização da vida de todos os seres;
Identificar a diversidade cultural religiosa presente na realidade social e
conhecer a origem histórica das diferentes religiões, bem como um dado da
cultura, situando-se nele e desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância e
do convívio respeitoso;
Conhecer os textos sagrados verbais e não-verbais, os contextos históricos,
sociais e culturais que determinam a sua revelação e construção, as formas
de interpretação entendendo que estes textos se constituem em referencial
de fé, prática e orientação para a vida dos adeptos ou fiéis;
Conhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das
pessoas, bem como os símbolos, os rituais e as espiritualidades das
diferentes Tradições Religiosas que orientam a vivência de fé dos adeptos,
sua experiência e relação com o Transcendente, desenvolvendo respeito pela
experiência e expressão religiosa do outro;
Conhecer diferentes ideias do Transcendente construída ao longo do tempo e
as respostas que as diferentes Tradições Religiosas dão para a vida, além
morte, desenvolvendo uma atitude reflexiva a partir de questionamentos
276
existenciais e do compromisso perante a defesa e promoção de uma vida de
qualidade para todos.
O Ensino Religioso tem por objeto o estudo das diferentes manifestações do
sagrado no coletivo, tais conteúdos privilegiam o estudo das diferentes
manifestações do sagrado, possibilitando a análise e a compreensão do mesmo
como o cerne da experiência religiosa que se expressa no universo cultural de
diferentes grupos sociais, uma vez que sagrado é uma das formas de expressão
empregada para se explicar os fenômenos que não obedecem às leis da natureza e
compõem o universo cultural de diferentes grupos humanos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO POR SÉRIE
Segundo as Diretrizes Curriculares, o conhecimento religioso é entendido
como um patrimônio por estar presente no desenvolvimento histórico da
humanidade.
Legalmente, é instituído como disciplina escolar a fim de promover a
oportunidade aos educandos de se tornarem capazes de entender os movimentos
específicos das diversas culturas e para que o elemento religioso colabore na
constituição do sujeito. Sob tal perspectiva, o Ensino Religioso é uma disciplina que
contribui para o desenvolvimento humano, além de possibilitar o respeito e a
compreensão de que a nossa sociedade é formada por diversas manifestações
culturais e religiosas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Os conteúdos estruturantes constituem a manifestação religiosa por
excelência, que escapa à razão conceitual e é reconhecida através de seus efeitos.
As paisagens, os símbolos, os textos são frutos dessa experiência e, por essa razão,
ela atravessa todos os conteúdos da disciplina de Ensino Religioso:
Paisagem Religiosa - à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os
espaços Sagrados.
277
Universo Simbólico Religioso - à apreensão conceitual através da razão, pela
qual concebe-se o Sagrado pelos seus predicados e reconhece-se a sua lógica
simbólica. É entendido como sistema simbólico e projeção cultural.
Texto Sagrado - à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno.
Neste sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais
Sagradas e dos Mitos.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA A 5ª SÉRIE
Organizações Religiosas
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:
respeito à liberdade religiosa.
Direito de professar fé e liberdade de opinião e expressão.
Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado
Lugares Sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados de peregrinação, de
reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado
nestes locais.
Lugares da natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.
Textos Sagrados orais ou escritos
Ensinamentos transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosas.
Leitura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações,etc.)
Exemplo: Vedas – Hinduismo, escrituras Bahá’ís – Fé Bahá’ís, Tradições
Orais Africanas, Afro-brasieliras e Ameríndias, Alcorão – Islamsmo, etc.
278
Símbolos Religiosos
CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA A 6.ª SÉRIE
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos
diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup
(Indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
Ritos
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas
por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um
acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da
identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem
remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
Ritos de passagem
Mortuários
Propiciatários
Outros
Vida e morte
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
Re-encarnação
Ressurreição – ação de voltar à vida
279
Além Morte
Ancestralidade – vida dos antepassados se tornam presentes
Outras interpretações.
A América Latina entre o populismo e o militarismo;
Os Estados Unidos;
Brasil: democracia e industrialização;
O longo ciclo militar;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso portou-se historicamente no ensino do cotidiano que
expressava a proximidade do Império com a igreja católica. Depois, com o advento
da Republica, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou ser
laico.
Faz-se necessário a superação de modelos lineares e fragmentados de
compreensão da realidade e a busca de outros referenciais que permitam uma
análise mais complexa da sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio
para a escola e, mais especificamente, para o Ensino Religioso.
Nessa nova perspectiva o ensino Religioso tem como objetivo tratar todas as
religiões como conteúdos nas aulas, uma vez que o sagrado compõe a
universalização de deferentes sociedades.
O Ensino Religioso é a área do conhecimento que tem como objetivo de
estudo o Fenômeno Religioso. Ele se estrutura como resposta aos questionamentos
fundamentais da vida: - Quem sou? Para que vivo? De onde vim? Para onde vou?
O conhecimento religioso visa subsidiar o educando no entendimento do
fenômeno religioso, presente no dia-a-dia, em diferentes manifestações e que o
educando experimenta, observa e relaciona em seu contexto. Por isso é um
conhecimento que gera o "saber de si", superando as concepções conteudistas.
Dessa forma, há uma interação entre educando (sujeito), fenômeno religioso
(objeto) e conhecimento (objetivos).
A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de
conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre influências
280
das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado, por fim
proporcionar subsídios para a compreensão de uma das interfaces de cultura e da
constituição da vida em sociedade.
AVALIAÇÃO
“O Ensino Religioso de matrícula facultativa, é parte integrante da formação
básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas do
Ensino Fundamental, assegurado o respeito a diversidade cultural, religiosa do
Brasil, vedada quaisquer formas de proselitismo” (Lei 9394/96 Art. 33) a disciplina
não se constitui como objeto de reprovação, bem como, não terá registro de notas
ou conceitos na documentação escolar.
Entretanto a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do
processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a
implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de
apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os
conteúdos e os seus objetivos.
Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que
o auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou tem se
apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Dessa maneira,
pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação
respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua;
aceita as diferenças e, principalmente, reconhece que fenômeno religioso é um dado
da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para
referir-se às diferentes manifestações do sagrado.
281
8- EDUCAÇÃO ESPECIAL
8.1- SALA DE RECURSO
O trabalho desenvolvido contempla as diferenças individuais, oportunizando o
acesso à aprendizagem, mediante atendimento diferenciado, visando ao
desenvolvimento das habilidades e potencialidades dos estudantes sendo assim,
deverá ser de caráter transitório, pois proporciona ao estudante com necessidades
educacionais especiais condições de aprender e crescer por meio de um conjunto
rico e variado de interações, com atividades dinâmicas que promovam mudanças de
atitude e comportamento em face de aprendizagem.
OBJETIVOS GERAIS
Analisar o contexto da aprendizagem para responder às necessidades
educativas especiais os alunos;
Detectar e prevenir os problemas identificados como de aprendizagem dos
alunos antes que eles se agravem;
Tomar decisões quanto ao processo avaliativo para identificação das
necessidades educacionais;
Promover uma participação efetiva do professor especializado no
processo avaliativo;
Instrumentalizar o professor da classe comum para que ele se torne um
avaliador /investigador - participação colaborativa.
METODOLOGIA
O atendimento pedagógico especifico, se dá individualmente ou em pequenos
grupos, com cronograma de atendimento, com vistas ao progresso global dos alunos
que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem, com atividades
dinâmicas que promovam mudanças de atitude e comportamento em face a
aprendizagem.
282
AVALIAÇÃO
Identificar os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula;
Analisar a produção do aluno (material escolar);
Observar o ritmo de desenvolvimento, o estilo e a progressão da
aprendizagem do aluno;
Utilizar instrumentos informais (observações, jogos, avaliação dos conteúdos
pedagógicos e outros);
Reconhecer as características individuais que definem a forma como o aluno
enfrenta as tarefas escolares, suas capacidades, potencialidades, suas preferências,
seus interesses, suas habilidades, bem como as suas dificuldades e necessidades
individuais.
8.2- SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
Serviço de apoio para alunos de 5ª série é ofertado no período contrário
daquele em que os alunos frequentam a classe comum, visando resgatar as
defasagens de conteúdos acadêmicos.
OBJETIVOS GERAIS
A sala de apoio busca estender o tempo escolar dos alunos de 5ª série com
defasagens de aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo. A principal meta é
desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que atendam às
diferenças individuais dos alunos e contribuam decisivamente para a superação das
dificuldades de aprendizagem.
METODOLOGIA
Num ambiente de atendimento extra-classe, as atividades serão
desenvolvidas individualmente e ou em pequenos grupos. A utilização de materiais
diversificados visa a motivação e o progresso dos alunos que apresentam
283
dificuldades no processo de aprendizagem.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação se dá na forma diagnostica e contínua. A
observação da progressão na aprendizagem será realizada por meio das atividades
propostas durante as aulas em consonância com o desenvolvimento do aluno no
ensino regular.
284
9- REFERÊNCIAS
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BRASIL, MEC/SEESP O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes
Comuns da Rede Regular / Ministério Público Federal: Fundação Procurador Pedro
Jorge de Melo e Silva (organizadores) / 2ª ed. rev. e atualiz. . Brasília: Procuradoria
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de Janeiro: Guanabara, 1988
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críticas em educação. Manuel Castells e outros; trad. Juan Acuna. Porto Alegre:
Artes Médicas. 1996.
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Atuais. Brasília, 1999.
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PAULO, Freire. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
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