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COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO F. F. DA COSTA ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL e-mail: [email protected] Rua Rio Grande do Sul, 125 – Guaraniaçu – Paraná Fone/Fax (0xx45) 3232 1272 - CEP 85.400-000 ADENDO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO AVALIAÇÃO Concepção de Avaliação: O valor da avaliação não está no instrumento em si, mas no uso que se faça dele” Juan Manuel Álvarez Méndez, 2002. Segundo o Regimento Escolar desta escola, a avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno, sendo contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, dando relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização (art. 124 e 125). Segundo o Regimento Escolar, a avaliação é realizada em função dos conteúdos curriculares, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola (art. 126)”. Por isso é de extrema importância que o professor tenha conhecimento do Projeto Político Pedagógico da escola e da Proposta Pedagógica Curricular de sua disciplina. O Regimento Escolar também assegura que a avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando a comparação dos alunos entre si, bem como proporcionar dados que

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COLÉGIO ESTADUAL DESEMBARGADOR ANTONIO F. F. DA COSTA

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL

e-mail: [email protected]

Rua Rio Grande do Sul, 125 – Guaraniaçu – Paraná

Fone/Fax (0xx45) 3232 1272 - CEP 85.400-000

ADENDO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

AVALIAÇÃO

Concepção de Avaliação:

“O valor da avaliação não está no instrumento

em si, mas no uso que se faça dele”

Juan Manuel Álvarez Méndez, 2002.

Segundo o Regimento Escolar desta escola, a avaliação é uma prática

pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de

diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno, sendo contínua,

cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e

considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes

curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos, dando relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização (art. 124 e 125).

Segundo o Regimento Escolar, “a avaliação é realizada em função dos

conteúdos curriculares, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes

com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico

da escola (art. 126)”. Por isso é de extrema importância que o professor tenha

conhecimento do Projeto Político Pedagógico da escola e da Proposta Pedagógica

Curricular de sua disciplina.

O Regimento Escolar também assegura que a avaliação deverá utilizar

procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do

aluno, evitando a comparação dos alunos entre si, bem como proporcionar dados que

permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa

reorganizar a Proposta Pedagógica Curricular.A avaliação deve ser entendida como um

meio de se obter informações e subsídios para favorecer o desenvolvimento do aluno e

o seu processo de aprendizagem. Ao dispor dessas informações é possível adotar

procedimentos para melhorias no processo, aperfeiçoando o trabalho pedagógico.

A decisão de transformar a prática avaliativa não acontece de uma hora para

outra, nem de forma isolada das outras decisões prescritas na Proposta Pedagógica. A

forma de avaliar da escola e sua implementação na prática pedagógica, demanda

estudo e reflexão de professores, equipe pedagógica e direção. Neste sentido, a

avaliação pressupõe um acompanhamento constante do aluno, do corpo docente e de

todos os profissionais que atuam na escola.

A avaliação entendida como acompanhamento da aprendizagem é contínua,

caracterizando-se como um mapeamento que vai identificando as conquistas e as

dificuldades dos alunos em seu processo de aprendizagem. Dessa forma, a avaliação

tem caráter investigativo e processual, superando os limites da nota, passando a

contribuir com a função social da escola, que é promover o acesso à apropriação do

conhecimento cientifico desenvolvido e acumulado historicamente, bem como na

elaboração de novos conhecimentos.

Formas de Obtenção da Nota Bimestral e Recuperação de Estudos

Dessa forma, o processo de avaliação do e ensino da aprendizagem será

organizado em quatro etapas:

A primeira etapa consiste na elaboração coletiva do Plano de Trabalho Docente

do professor, o qual fará a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no decorrer do

ano letivo, a partir da Proposta Pedagógica Curricular, organizando-os em quatro

bimestres. Em seguida, os professores deverão definir, dentro de cada bimestre,

quantos e quais instrumentos avaliativos serão utilizados, a partir dos conteúdos (ou

bloco de conteúdos).

O Plano de Trabalho Docente será elaborado nos dias determinados no

calendário escolar para planejamento e replanejamento, podendo ser avaliado e

revisado, assim que se fizer necessário (nas horas-atividades). Lembrando que, as

formas de avaliação e os conteúdos trabalhados em cada bimestre, previstos no Plano

de Trabalho Docente, deverão estar descritos fielmente no Livro de Registro de Classe.

A segunda etapa ocorre durante cada bimestre. À medida que vai trabalhando

os conteúdos previstos no Plano de Trabalho Docente, o professor aplica os

instrumentos e busca diagnosticar o que os alunos assimilaram e o que necessita ser

retomado em forma de recuperação paralela de conteúdos (não se trata de recuperar a

nota, mas o conteúdo não aprendido).

Dessa forma, após aplicar o(s) instrumento(s) o professor deverá verificar quais

conteúdos precisam ser retomados e proceder a recuperação dos mesmos na

sequência, tendo em vista que “a recuperação de estudos dar-se-á de forma

permanente e concomitante ao processo de ensino (Regimento Escolar, artigo 133)”.

O Regimento Escolar, no artigo 134, estabelece que “a recuperação será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados”. Por isso, na recuperação paralela de conteúdos o

professor deverá usar meios e estratégias diferenciados para ensinar aos alunos os

conteúdos não aprendidos.

O(s) instrumento(s) e o conteúdo avaliado, bem como o conteúdo recuperado,

deverão estar registrados fielmente no Livro de Registro de Classe. Lembrando que o

acompanhamento da equipe pedagógica será realizado a partir do acompanhamento

do Plano de Trabalho Docente, do Livro de Registro de Classe, podendo solicitar o

caderno dos alunos e assistir aulas, quando necessário.

Nesta etapa do processo de avaliação da aprendizagem o número mínimo de

instrumentos avaliativos será determinado a partir do número de aulas semanais,

sendo:

- 02 (dois) instrumentos para disciplinas com 02 (duas) horas aulas semanais;

- 03 (três) instrumentos para disciplinas com 03 (três) ou 04 (quatro) horas aulas

semanais;

- 04 (quatro) instrumentos para disciplinas com 5 (cinco) horas aulas semanais.

Os instrumentos avaliativos aplicados na segunda etapa do processo devem

variar entre, provas (escritas ou orais, objetivas ou dissertativas), trabalhos de

pesquisa, seminários, debates, relatórios de estudo, atividades do cotidiano de sala de

aula e tarefas, entre outros. Pois segundo o Regimento Escolar, no artigo 139,

parágrafo 2º “O professor deverá utilizar instrumentos variados para suas avaliações a

fim de possibilitar aos educandos diferentes oportunidades”. Portanto, não será

permitido aferir apenas um tipo de instrumento avaliativo.

No início de cada bimestre, o professor deverá apresentar para cada turma as

formas de avaliação e obtenção da média bimestral, para que o aluno possa

acompanhar seu desempenho.

Todo e qualquer instrumento avaliativo deverá ter peso 10,0 (dez), pois segundo

o Regimento Escolar, no artigo 135 “a avaliação da aprendizagem terá os registros de

notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)”.

A terceira etapa do processo de avaliação da aprendizagem será composta pela

Avaliação de Recuperação Bimestral (AVRec), que consiste na recuperação dos

conteúdos essenciais do bimestre e pela aplicação de um novo instrumento de

recuperação.

Após trabalhar os conteúdos planejados para o bimestre, conforme consta no

Plano de Trabalho Docente, o professor elencará os conteúdos que precisam ser

recuperados, considerados essenciais para o conhecimento dos alunos. A partir destes

conteúdos, o professor deverá fazer uma nova retomada dos conteúdos, em forma de

revisão e elaborar um instrumento avaliativo denominado Avaliação de Recuperação

Bimestral (AVRec). Os conteúdos retomados e recuperados devem ser aqueles que

não foram aprendidos.

O professor deverá indicar quais conteúdos o aluno deverá estudar para a

Avaliação de Recuperação Bimestral (não todos os conteúdos do bimestre) e agendar

com antecedência, para que os alunos tenham tempo hábil para estudar. Segundo o

Regimento Escolar, no artigo 134 “a proposta de recuperação de estudos deverá

indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina”.

Todos os alunos têm o direito de realizar a Avaliação de Recuperação Bimestral

(AVRec), mesmo que já tenham obtido a nota máxima 10,0 (dez), pois a “recuperação

de estudos é direito do aluno, independente do nível de apropriação dos

conhecimentos básicos (Regimento Escolar, artigo 132)”.

Os alunos que não tenham obtido a nota máxima 10,0 (dez) têm o dever de

realizar a Avaliação de Recuperação Bimestral (AVRec) como oportunidade de

aumentar a média bimestral, pois parte-se do princípio que quanto maior a nota, maior

o conhecimento adquirido, dando relevância ao conhecimento.

O valor da Avaliação de Recuperação Bimestral (AVRec) deverá ter peso 10,0

(dez) e deverá ser registrado fielmente no Livro de Registro de Classe, explicitando

quais conteúdos estão sendo avaliados no referido instrumento.

A quarta etapa do processo avaliativo consiste no cálculo da Média Final do

Bimestre (MFB), após a aferição dos instrumentos de avaliação e de recuperação. Para

obtenção da Média Final do Bimestre (MFB), o professor soma todas as notas dos

instrumentos avaliativos ofertados no bimestre na segunda etapa e divide pelo número

total de instrumentos avaliativos aplicados, registrando uma Média Parcial do Bimestre

(MPB), tendo em vista que “a forma de avaliação adotada neste estabelecimento de

ensino será aritmética: toda e qualquer atividade avaliativa valerá 10,0 (dez pontos),

sendo que os resultados serão somados e divididos pelo número total de avaliações

aplicadas em cada bimestre (Regimento Escolar, artigo 139, parágrafo 1º)”.

Em seguida, o professor registra a nota obtida na Avaliação de Recuperação

Bimestral (AVRec).

Para o cálculo da Média Final do Bimestre (MFB) dos alunos, será analisada a

maior nota obtida pelo aluno, analisando os resultados alcançados na Média Parcial do

Bimestre (MPB) e na Avaliação de Recuperação Bimestral (AVRec).

Vejamos a seguir, um exemplo do registro no campo “Avaliação”, no Livro de

Registro de Classe de uma disciplina com 05 (cinco) horas aulas semanais:

AVALIAÇÃO

Anotações de avaliações e recuperações realizadas ao longo do período (provas, trabalhos, atividades, etc.).

Nº AV1

08/08

AV2

20/08

AV3

04/09

AV4

24/09

MPB

AVRec

10/10

MFB

Nº Faltas Média

1 8,0 6,0 7,0 7,5 7,1 8,0 8,0 1 0 8,0

2 3,0 3,5 5,0 6,0 4,3 6,0 6,0 2 0 6,0

3 8,0 8,5 7,5 8,0 8,0 6,5 8,0 3 0 8,0

4 5,0 4,5 5,5 6,0 5,2 7,5 7,5 4 0 7,5

5 8,0 6,0 7,5 7,0 7,1 6,5 7,1 5 0 7,1

Legenda:

AV - Instrumentos Avaliativos aplicados no bimestre

MPB - Média Parcial do Bimestre

AVRec - Avaliação de Recuperação Bimestral

MFB – Média Final do Bimestre

Data – Dia em que o instrumento foi aplicado

No campo “Conteúdo” o registro deve conter a data e o conteúdo, explicitando

quando e como foram realizadas as avaliações e as recuperações/revisões, vejamos o

exemplo:

CONTEÚDO

SEMESTRE: 3º bimestre

PERÍODO: 25/07/2013 a 11/10/2013. Data Conteúdo Rubrica

05/08 Aula expositiva sobre geometria (triângulos e quadriláteros) 07/08 Resolução de exercícios sobre geometria (triângulos e

quadriláteros)

08/08 Avaliação 01 - Avaliação individual (escrita, sem consulta) sobre Geometria (triângulos e quadriláteros)

12/0 Recuperação de Estudos: aula expositiva e resolução de exercícios sobre Geometria: triângulos

(...) (...) 20/08 Avaliação 02 - Trabalho em grupo: resolução de problemas

com frações (adição, subtração).

23/08 Recuperação de Estudos: aula expositiva e exercícios em grupo sobre subtração de frações.

(...) (...) 04/09 Avaliação 03 – Avaliação individual (escrita, com consulta)

sobre multiplicação de frações

09/09 Recuperação de Estudos: explicação e atividades em grupo sobre multiplicação de frações.

(...) (...) 24/09 Avaliação 04 – Avaliação com consulta sobre divisão de

frações 30/09 Recuperação de Estudos: explicação e lista de exercícios

sobre divisão de frações

09/10 Revisão: Geometria (triângulos); subtração, multiplicação e

divisão de frações.

10/10 AVRec – Prova individual sobre Geometria (triângulos); subtração, multiplicação e divisão de frações.

14/10 Conselho de Classe

É importante ressaltar que os registros do Livro de Registro de Classe devem estar

coerentes com o Plano de Trabalho Docente, bem como com o que foi desenvolvido na

prática. Segundo o Regimento Escolar, no artigo 136, “os resultados das avaliações

serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a

regularidade e autenticidade de sua vida escolar”.

Critérios e Instrumentos de Avaliação

Para uma melhor compreensão do processo avaliativo faz-se necessário definir

critérios e instrumentos de avaliação.

Instrumentos de Avaliação:

Os instrumentos de avaliação são os meios e recursos utilizados para coleta e

análise de dados referentes ao processo de ensino-aprendizagem, visando promover a

aprendizagem dos alunos.

Segundo Méndez (2002, p.98), “mais que o instrumento, importa o tipo de

conhecimento que põe à prova, o tipo de perguntas que se formula, o tipo de qualidade

(mental ou prática) que se exige e as respostas que se espera obter conforme o

conteúdo das perguntas ou problemas que são formulados”.

Se considerarmos a prática de avaliação como um processo, não é possível

conceber e valorizar a aplicação de um único instrumento avaliativo, priorizando uma

só oportunidade para o aluno demonstrar sua aprendizagem. Oportunizar aos alunos

diversas possibilidades de serem avaliados implica em assegurar a aprendizagem de

uma maneira mais consistente. Implica também em compreender a avaliação, teórica e

praticamente, como um verdadeiro processo.

A fim de cumprir com os objetivos propostos no Plano de Trabalho Docente, o

professor analisará a especificidade de suas turmas, os objetivos dos conteúdos

trabalhados e definirá quais instrumentos de avaliação utilizará em cada situação.

A forma como elabora-se os instrumentos está relacionada com a metodologia

do professor.

Existem diversos tipos de instrumentos avaliativos. A seguir, citamos alguns que já

são utilizados cotidianamente (ou que podem vir a ser utilizados):

Provas orais e escritas: apesar do surgimento de novos instrumentos a prova

escrita continua sendo o instrumento mais utilizado no ambiente escolar. Quando

utilizado de forma coerente este instrumento pode contribuir para análise da

aprendizagem dos alunos. As provas devem ser elaboradas com questões objetivas e

subjetivas (descritivas), e os enunciados devem ser contextualizados.

Seminários, trabalhos, debates e pesquisas em geral: estes instrumentos são

boas formas de avaliar quando bem elaborados com roteiros e critérios claros. Ao

solicitar um trabalho ou pesquisa é importante indicar não apenas o conteúdo, mas o

que especificamente deveria ser abordado dentro deste conteúdo, tendo em vista que

os conteúdos estruturantes e básicos são abrangentes. Por exemplo, ao solicitar uma

pesquisa sobre “Revolução Industrial”, o professor deve indicar o que especificamente

quer trabalhar dentro desse conteúdo (conceitos, contexto, transformações,

implicações, etc.) ultrapassando o que está exposto nos livros didáticos. Outro aspecto

importante a ser observado nestes instrumentos refere-se a indicação das referências

bibliográficas. Estas referências devem ser acessíveis ao aluno, ou seja, não é possível

solicitar uma pesquisa na Internet, sem antes verificar se o aluno tem acesso a esta

ferramenta. Ou ainda, no caso de livros, é necessário verificar se estão disponíveis

para empréstimo na biblioteca. O aluno precisa saber o que, como, onde e quando

pesquisar.

Trabalhos/atividades em sala de aula: A resolução de atividades e realização de

trabalhos em sala é um encaminhamento metodológico importante para verificar se o

aluno aprendeu ou não determinado conteúdo. No entanto, é importante que o

professor utilize estratégias de ensino que envolva a turma de forma que todos os

alunos realizem as atividades. O aluno presente em sala de aula deverá realizar todas

as atividades propostas. Dessa forma, a avaliação tem que considerar a aprendizagem,

levando em conta não só os resultados das tarefas realizadas (o cumprimento de

tarefas e o cumprimento dos prazos), mas o percurso percorrido para se chegar ao

resultado final. Para isso, é preciso observar:

a) Que tentativas o aluno fez para realizar a atividade?

b) Que dúvidas manifestou?

c) Como interagiu com os outros colegas?

d) Demonstrou alguma independência?

e) Revelou progressos em relação ao ponto em que estava?

Trabalhos/atividades de casa (tarefas): a realização das tarefas domiciliares

contribui para a aprendizagem, pois permite a fixação e memorização de determinados

conteúdos. É um instrumento importante, mas deve ter critérios explícitos, não sendo a

entrega (ou o visto do professor) o único critério. É preciso verificar se o aluno resolveu

a atividade de forma completa. Também é muito importante conhecer a realidade

socioeconômica dos alunos, ao exigir a realização de tarefas. Saber se o aluno

trabalha, se os pais são alfabetizados, entre outras informações importantes que

podem auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos/atividades domésticos.

Participação em atividades extraclasse (participação na Semana Cultural,

participação em excursões e eventos, visitas em museus, laboratórios, universidades,

entre outros): a participação em atividades extraclasse pode se tornar um instrumento

de avaliação na medida em que o professor envolva toda a turma. Contribuiu para

aperfeiçoar a capacidade de armazenar informações, além de estimular a socialização,

a cooperação, o respeito e o trabalho em equipe. As atividades extraclasse, quando

relacionadas ao conteúdo proposto em sala de aula, podem ser consideradas

complementares, permitindo ao aluno estabelecer articulações que vão além da sala de

aula, ampliando sua capacidade de raciocínio, análise e seu conhecimento de mundo.

Assim como os demais, esse instrumento deve ser planejado antecipadamente e estar

previsto no Plano de Trabalho Docente, definindo os conteúdos relacionados e o

objetivo da atividade.

Relatórios: o relatório é um instrumento utilizado para verificar se o aluno

compreendeu as informações necessárias sobre o assunto ou tema em questão. Ao

solicitar esse instrumento o professor deve indicar o que precisa constar no relatório

(por exemplo: Título, data, identificação, introdução, registro de observações,

destaques dos aspectos relevantes, conclusão, bibliografia e anexos). Podem ser

solicitados relatórios sobre livros, filmes, documentários, após uma visita ou excursão

ou ainda sobre uma experiência realizada.

Autoavaliação: No cotidiano da sala de aula, os alunos devem ser orientados a

refletir sobre a maneira como estão realizando cada tarefa e como podem melhorar o

seu desempenho tendo em vista a sua aprendizagem. A autoavaliação coloca o aluno

na condição de olhar criticamente não só o resultado do seu trabalho, mas também o

que aconteceu no caminho por ele percorrido. A autoavaliação também deve ser

realizada em relação ao trabalho do professor, observando se o encaminhamento

metodológico e os recursos didáticos foram adequados, possibilitando assim rever sua

prática. A autoavaliação é um elemento importante na reformulação dos Planos de

Trabalho Docente, pois possibilita ao professor avaliar se o que foi planejado estava

adequado e quais elementos podem ser reformulados.

Ao avaliar estamos refletindo sobre a nossa atuação e também a respeito do

coletivo da escola em atender a sua função social de produção do conhecimento.

Estes são alguns dos instrumentos que podem ser desenvolvidos em sala de aula,

porém existe uma infinidade de formas de avaliar. Todos esses instrumentos podem ser

aplicados individualmente ou coletivamente (em grupo). Quando realizado

individualmente permite ao professor um maior conhecimento sobre o que o aluno

realmente sabe, porém, o trabalho coletivo também é importante, pois permite o

desenvolvimento de novas potencialidades; permite que o aluno que está num nível de

apropriação maior, socialize os conhecimentos com outros que estão em um nível de

aprendizagem menor.

Independente do instrumento aplicado é importante destacar que:

- Conforme mencionado anteriormente e conforme consta no Regimento Escolar

(artigo 135) todo instrumento deverá ter peso 10,0 (dez);

- Todos os instrumentos deverão ser claros e objetivos, deixando explícito o que se

espera do aluno;

- Todos os instrumentos deverão ser corrigidos e devolvidos para o aluno;

- Em todos os instrumentos deverão estar explícitos os critérios (pesos) atribuídos

para atingir a nota máxima (dez pontos). Por exemplo: numa avaliação escrita com 5

(cinco) questões deve-se informar qual o peso atribuído a cada questão para totalizar

os 10,0 (dez pontos).

- Agendar antecipadamente a aplicação dos instrumentos, bem como determinar um

prazo para entrega de trabalhos, pesquisas, seminários...

Critérios de Avaliação:

Além dos instrumentos é importante definir, na Proposta Pedagógica Curricular e

no Plano de Trabalho Docente, os critérios de avaliação.

A palavra critério vem do latim criterium e do grego kriterion, que quer dizer

discernir. “No sentido filosófico, é um signo ou característica que permite avaliar uma

coisa, uma noção ou apreciar um objeto. É o que serve de fundamento a um juízo.

Pode-se dizer que critério de avaliação é um princípio que se toma como referência

para julgar alguma coisa. Parâmetro, padrão de julgamento, padrão de referência são

alguns sinônimos de critério” (DEPRESBÍTERES,1998, p.166).

No âmbito escolar os critérios estão diretamente ligados à intencionalidade do

ensino de um determinado conteúdo, ou seja, com o objetivo de acompanhar o

processo de aprendizagem dos alunos. Os critérios decorrem dos conteúdos, uma vez

selecionados os conteúdos essenciais que serão sistematizados, o professor deverá

definir os critérios que serão utilizados para avaliar o conhecimento do aluno. Por isso,

devem ser pensados no momento da elaboração do Plano de Trabalho Docente e

devem acompanhar toda a prática pedagógica.

De acordo com Batista (2008) podemos compreender os critérios como o

detalhamento do conteúdo, aquilo que é essencial, que torna imprescindível para a

compreensão do conhecimento na sua totalidade.

Dessa forma, os critérios de avaliação devem ser compreendidos como um

referencial que gera parâmetros que devem ser previamente estabelecidos e descritos

na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente.

Cada instrumento ou conteúdo precisa ter claro o que dentro dele se deseja

ensinar, desenvolver e, portanto avaliar. Critérios definem os propósitos do que

especialmente se avalia e em que dimensão.

Os critérios de avaliação têm um papel importante, na medida em que se tem

clareza sobre os mesmos. Assim, tanto os professores, quanto os alunos estarão mais

atentos ao processo de aprendizagem e terão mais condições de desenvolver

estratégias e recursos para superar possíveis dificuldades.

Ao definir os critérios de avaliação o professor poderá utilizar como subsídio o

Caderno de Expectativas de Aprendizagem, documento que expressa aquilo que é

essencial ao aluno conhecer ao final de cada ano do Ensino Fundamental e ao final do

Ensino Médio, dentro de cada conteúdo básico definido nas Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual. O Caderno de Expectativas

de Aprendizagem pode ser utilizado como um referencial para a elaboração do Plano

de Trabalho Docente e da Proposta Pedagógica Curricular, na definição dos critérios de

avaliação.

Vejamos um exemplo apresentado pela Professora Angela Batista na Produção

Didática do PDE – Programa de Desenvolvimento da Educação do Estado do Paraná

em 2008:

Exemplo: conteúdo de Filosofia / MITO

Intencionalidade: Analisar os mitos construídos historicamente na cultura

clássica e a necessidade que a humanidade tem hoje, apesar da descoberta da ciência

em continuar criando seus mitos

Encaminhamento metodológico:

Dramatizar mitos da antiguidade;

Pesquisar sobre os principais mitos criados pela mídia por exemplo e por que

muitas pessoas se identificam com eles;

Produção escrita sobre as análises feitas

Critérios:

O aluno reconhece e consegue conceituar o que são mitos;

Compreende a relação entre os mitos e a necessidade em se explicar e

acomodar-se no mundo;

Relaciona o “fim” das explicações míticas e a descoberta da ciência;

Analisa a sociedade moderna em suas contradições pela necessidade em

continuar construindo mitos.

Portanto, critério de avaliação não é instrumento. Produção escrita, apresentação

de teatro, pesquisa, seminário, entre outros, não são apenas encaminhamentos

metodológicos, mas instrumentos de avaliação. O critério também não está relacionado

ao peso da avaliação: se determinada atividade vale 10,0 (dez) pontos. Os critérios

subsidiarão a valoração em forma de pesos a partir da intenção que se tinha em

trabalhar algum determinado conteúdo desta ou daquela forma, bem como, trata-se da

expectativa de aprendizagem sobre o conteúdo trabalhado.

Ambos, instrumentos e critérios, devem estar explícitos na Proposta Pedagógica

Curricular da disciplina e no Plano de Trabalho Docente do professor. Estes devem ser

conhecidos pelos alunos e pela comunidade em geral, favorecendo a transparência, a

orientação do trabalho discente e a corresponsabilidade do aluno no processo de

aprendizagem. Com isso, compreendemos que, critérios e instrumentos, forma e

conteúdo, estão intrínsecos e devem ser compreendidos numa mesma perspectiva.

Avaliação e Planejamento

A avaliação tem a importante função de orientar os procedimentos de ensino em

sala de aula. É através dela que o professor obtém informações básicas sobre quantos

e quais alunos estão conseguindo realizar as atividades, onde estão concentradas as

suas dificuldades, possibilitando perceber se as mesmas estão relacionadas com o que

foi proposto, com os materiais utilizados, com o tempo oferecido, ou com outras

condições gerais do funcionamento da escola. Assim sendo, o professor fará as

intervenções pedagógicas que forem necessárias à aprendizagem dos alunos.

Flexibilização no processo avaliativo: Educação Inclusiva

Neste ano de 2014 nossa escola sistematizará as adaptações curriculares em

documento próprio, organizado pelos professores da Sala de Recursos em conjunto

com os professores das disciplinas curriculares. Desta forma, ao receber as

orientações sobre os alunos que apresentam necessidade educativa especial (NEE), os

professores deverão planejar as adaptações de acesso ao conteúdo de sua disciplina

indicando em quais elementos do plano de trabalho docente (PTD) as mesmas

ocorrerão. Estas indicações serão parte do Plano de Trabalho Docente Adaptado de

cada um dos alunos.

Referências Bibliográficas: BATISTA, A.M.P. Critérios de avaliação com enfoque no Ensino Médio, OAC. PDE SEED, 2008. DEPRESBITERIS, L. Avaliação da Aprendizagem do Ponto de Vista Técnico Científico e Filosófico Político. In: Série Ideias n. 8. São Paulo: FDE, 1998, p. 161­172. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p161­172_c.pdf. Acesso em 29/09/11. Méndez, J. M. A. Prova: um momento privilegiado de estudo – não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/caderno_expectativas.pdf. Acesso em 04/02/2014. SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO/CGE/CADEP. O que são critério de Avaliação. Disponível em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/5criteriosavaliacao.pdf. Acesso em 04/02/2014.