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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ASSIS CHATEAUBRIAND, PARANÁ, SETEMBRO DE 2011 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Escola Estadual São Francisco de Assis Ensino Fundamental Rua Minas Gerais, 283 – Jardim Progresso - Assis Chateaubriand – Paraná CEP 85935-000 - Telefone: (0**44) 528-4515 – Fax: (0**44) 528-9230

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PROJETO POLÍTICOPEDAGÓGICO

ASSIS CHATEAUBRIAND, PARANÁ, SETEMBRO DE 2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Escola Estadual São Francisco de Assis

Ensino FundamentalRua Minas Gerais, 283 – Jardim Progresso - Assis Chateaubriand – Paraná

CEP 85935-000 - Telefone: (0**44) 528-4515 – Fax: (0**44) 528-9230

SUMÁRIO

Introdução.........................................................................................................02

Apresentação do projeto político pedagógico...................................................05

1. Identificação do estabelecimento...........................................................07

2. Turnos de funcionamentos e organização escolar................................08

2.1 Atividades complementares em contraturno........................................08

3. Sala de ambientes pedagógicos............................................................09

4. Profissionais da educação.....................................................................09

5. Marco situacional (diagnóstico).............................................................13

6. Marco conceitual/ fundamentos.............................................................19

7. Marco operacional..................................................................................43

7.1 Organização do trabalho pedagógico...................................................46

7.2 Princípios de gestão democrática e instrumentos de ação colegiada..48

7.3 Avaliação do projeto político pedagógico..............................................54

Referências bibliográficas............................................................................55

Anexos.........................................................................................................57

Matriz Curricular..........................................................................................58

Calendário Escolar.......................................................................................60

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Escola Escola Estadual São Francisco de Assis

Ensino FundamentalRua Minas Gerais, 283 – Jardim Progresso - Assis Chateaubriand – Paraná

CEP 85935-000 - Telefone: (0**44) 528-4515 – Fax: (0**44) 528-9230

HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual São Francisco de Assis – Ensino

Fundamental iniciou-se no ano de 2004, atendendo ao convite da Secretaria de Estado de

Educação do Paraná período em que foram realizados encontros com as Equipes

Pedagógicas das escolas e Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand –

Paraná para estudos e discussões teóricas sobre a construção de uma escola pública de

qualidade a partir da (re)significação do trabalho pedagógico na escola. A comunidade

escolar estava ciente de que a partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDB 9394/96), onde a obrigatoriedade dos projetos políticos

pedagógicos ficou clara e os debates envolvendo as questões referentes a sua

elaboração se acentuaram no interior da escola ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE

ASSIS fortalecendo as discussões que aconteciam anteriormente e estas se ampliaram

atingindo toda a comunidade escolar.

O PPP é um documento de suma importância, pois reflete a realidade da escola,

sendo um clarificador da ação educativa em sua totalidade.Sua finalidade é assegurar e

fundamentar todo o funcionamento do Colégio, sua estrutura física funcional e também

pedagógica, assim como dar garantia e legitimidade para que “a escola seja palco de

inovações".

Os estudos e debates objetivaram a Construção do Projeto Político Pedagógico.

Iniciando com uma reunião da equipe pedagógica, a fim de traçar metas para desenvolver

passos para o referido trabalho. O primeiro foi a informação aos pais quanto a importância

da família no acompanhamento no desenvolvimento da aprendizagem dos seus filhos.

Visto isso, foi elaborado um convite a comunidade escolar e representantes da sociedade

civil organizada, com o intuito de expor a todos a importância da construção desse

documento e sua implementação para garantir às camadas populares o acesso ao

conhecimento sistematizado.

A primeira reunião foi direcionada a todos os envolvidos no processo educacional:

alunos, pais,representantes da comunidade local, professores,equipe pedagógica,

gestores,equipe de apoio e funcionários esclarecendo a importância da participação de

todos na elaboração, execução e avaliação do P.P.P. Para dar início aos trabalhos, foi

3

realizada uma dinâmica para separar os grupos, que após formados grupos, começar os

trabalhos, e tiveram como roteiro para reflexão e nele continha as seguintes perguntas:

Qual é a escola que temos? Qual é a escola que queremos? Quais são os obstáculos que

estão interferindo para atingirmos esse objetivo? Dando continuidade aconteceu a

segunda reunião dos professores, equipe pedagógica, gestores, equipes de apoio e

agentes educacionais para rever as sugestões da reunião anterior e ao mesmo tempo

traçar estratégias para os próximos passos na construção do PPP.

No mesmo ano aconteceu a terceira reunião com a participação de todos os

professores, de todos os turnos, alunos, pais,equipe de apoio e administrativa para assim

definir: a missão da escola, a avaliação, os objetivos e metas para dar continuidade ao

P.P.P. Nesta reunião surgiram novas dúvidas exigiam a busca de uma resposta

contextualizada apontou para outros questionamentos sobre a visão de mundo, de

sociedade e de cidadão para atuar nessa sociedade apontada como a civilização pós-

moderna/globalizada.

Com todas as dúvidas coletadas a equipe administrativa e pedagógica, realizou

reuniões com objetivo de buscar a fundamentação teórica e a compreensão do projeto

político pedagógico. Os estudos e debates encaminhavam para uma proposta de

educação, cujo principal objetivo é deixar claro para toda comunidade, os reais objetivos

de uma educação de qualidade, que prima por um sujeito crítico, transformador da

sociedade. As práticas aconteceram entre fevereiro e julho deve conduzir, servindo de

instrumento mediador para a efetivação da relação teoria-prática. Fato este que

aconteceu em fevereiro e julho de 2005, durante as semanas de 2005, e todos os

envolvidos no processo educativo tiveram a oportunidade de discutir assuntos pertinentes

à educação e registrar seus estudos sobre, a sociedade, o homem e o conhecimento.

No final de outubro 2005 aconteceu um novo encontro com objetivo analisar as

perspectivas pelas quais o Projeto Político-Pedagógico (PPP) foi construído, identificar

componentes, etapas na sua concepção e compreendendo sua função como

balizador da identidade da escola. A partir da combinação/harmonização da diversidade

cultural presente no projeto político-pedagógico no contexto escolar, nesta mesma

reunião, foi traçado um plano de ação no sentido de fomentar a discussão coletiva sobre

construção continuada do projeto político-pedagógico, tendo em vista a compreensão da

função social da escola, de sua articulação, a identidade escolar e a comunidade a que

atende.

No final do ano 2005, foi apresentado a primeira versão do Projeto Político

Pedagógico da Escola Estadual São Francisco. Dando início a uma série de construção e

ajuste a medida que a realidade assim exigisse.

Em de fevereiro do ano de 2006, foi trabalhado juntamente com todo o corpo

4

docente e agentes educacionais, a versão do PPP com um estudo sobre seu

desenvolvimento, possíveis modificações e ajustes, analisando-se os marcos situacional

e conceitual a fim de definir claramente a educação a que pretendemos.

No mês de julho do mesmo ano, foram organizados novos estudos refletindo sobre

as ações realizadas e as que ainda pretendemos executar, traçando metas a serem

atingidas para a melhoria da educação.

A retomada do processo de atualização do PPP foi reforçada em julho de 2007 e

houve um progressivo debate sobre novos desafios, com acréscimos de novas

fundamentações as propostas aprovadas no final de 2005 e 2006.

No decorrer dos anos de 2008, 2009 e 2010 novos estudos foram se

materializando no processo de Formação Continuada, o amadurecimento e compreensão

dos docentes em relação às teorias progressistas, possibilitaram um novo olhar

pedagógico e assim, fez-se necessário a reconstrução do PPP com fundamentação

teórica que conceituasse a prática pedagógica numa perspectiva histórico-crítica. Nesta

perspectiva, a sistematização dos conteúdos histórico-científicos, seus objetivos, método

de trabalho, metodologia e avaliação, são fundamentais no processo de ensino-

aprendizagem.

No ano de 2011, na capacitação de julho, foram realizados estudos com a revisão

do Projeto Político-Pedagógico e das Propostas Pedagógicas Curriculares, incorporando

as concepções de infância e adolescência relativos à importância do brincar na

aprendizagem das crianças, como sujeito ativo do processo ensino aprendizagem e a

infância como construção social. Considerando especificidades da infância, as

características de desenvolvimento da criança e dos adolescentes em seus aspectos

físicos, psicológicos, intelectual e social, através da unicidade entre os anos iniciais de (5)

anos de duração e os finais de (4)anos, tornando a inclusão de um número maior de

crianças no Sistema Educacional com o Ensino Fundamental de (9) anos, onde a partir de

2012 ingressarão na rede estadual.

A responsabilidade da reorganização deste trabalho, caberá a todos os

profissionais envolvidos no processo educacional: Conselho Escolar, Direção,

Equipe Técnico-Pedagógica, Corpo Administrativo, Funcionários, APMF, Corpo

Docente e Corpo Discente, por entenderem que tal proposta exige o esforço conjunto e a

vontade da comunidade escolar consciente da necessidade e importância de se buscar

uma metodologia de ensino eficaz.

Nesta perspectiva, a elaboração da Proposta Político-Pedagógica é condição

essencial para que se afirme a identidade da Escola o fio condutor de todas as ações,

buscando a autonomia, a fim de transformá-la num espaço que garanta a construção do

conhecimento, a valorização do ser humano.

5

APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual São Francisco de Assis -

Ensino Fundamental, representa uma construção coletiva, num instrumento que expressa

as diretrizes do processo de ensino aprendizagem, tendo como referencial a sua

realidade, baseando se nas expectativas e possibilidades concretas da comunidade

escolar na qual está inserida, acreditando que a função social da escola é a de promover

o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade a fim de

possibilitar ao educando condições de emancipação humana.

“Denomina-se Projeto porque faz uma projeção da intencionalidade

educativa. Denomina-se Político porque define uma proposta do

grupo e expressa um conhecimento próprio,contextualizado, consci-

ente e partilhado, com vistas à formação do cidadão.

Denomina-se Pedagógico porque define a intencionalidade formati-

va,refletida e fundamentada, ou seja, a efetivação da finalidade da

escola na formação para a cidadania”. (VEIGA, 1996)

Esse projeto leva em conta a Constituições Federal e Estadual, a Lei de Diretri-

zes e Bases da Educação Nacional – LDB nº. 9394/96, o Estatuto da Criança e do Ado-

lescente - ECA, e a Deliberação 014/99, do Conselho Estadual de Educação do Estado

do Paraná.

O Presente Projeto Político Pedagógico atende o princípios propostos na Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº. 9394/96, titulo II, Art. 3º. O ensino

será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

6

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extra-escolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais

Esse documento identifica as características físicas da Escola Estadual São

Francisco de Assis- EF, assim como a composição de sua comunidade escolar, apresenta

também o diagnóstico do estabelecimento de ensino - marco situacional -, os princípios

didático pedagógicos – marco conceitual – e o planejamento das ações da escola – marco

operacional, além do Plano de Ação, da Matriz Curricular, das Propostas Pedagógicas

Curriculares e o Calendário Escolar.

É importante ressaltar que este Projeto Político Pedagógico não é um docu-

mento definitivo, ao contrário, tem caráter dinâmico que possibilita mudanças que este-

jam sempre de acordo com os interesses e necessidades de uma sociedade justa

e igualitária.

Ao se pensar em educação no momento histórico atual, é preciso considerar a

educação escolar, conforme SAVIANI (1992), como “prática social produzida

historicamente no processo de produção e reprodução material da vida humana”.

Sendo assim, as relações que se estabelecem no interior das escolas, nascem

também de um processo histórico social que em determinados momentos podem parecer

antagônicas, mantendo muitas vezes uma ordem estabelecida, garantindo situações de

privilégios e interesses de classes dominantes. Ao se discutir o Projeto Político

Pedagógico, pretende-se expor essas contradições e entraves buscando a superação e

implantação de novas relações e estruturas no interior da escola que garantam princípios

básicos de democracia no acesso, na permanência e no êxito; qualidade no processo de

ensino aprendizagem, nas relações interpessoais possibilitando a cada aluno a conquista

de espaço próprio na vida social, econômica e pessoal.

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1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

A Escola Estadual São Francisco de Assis – Ensino Fundamental, está

localizada na Rua Minas Gerais N.º 283 – Bairro Jardim Progresso, telefone (44) 3528-

4515/9230, e-mail [email protected], município de Assis Chateaubriand –

PR, código: 0200, sendo a dependência física estadual e a Entidade Mantenedora o

Governo do Estado do Paraná.

Esta escola foi criada em 03 de janeiro de 1985 através da Resolução 8430/84,

publicada no Diário Oficial de 03/01/1985, sob a denominação de Escola Estadual São

Francisco de Assis - Ensino de 1º Grau, uma homenagem ao padroeiro da cidade de

Assis Chateaubriand.

O Reconhecimento do Estabelecimento de ensino e do Curso de 1º Grau

Regular ocorreu através da Resolução 2318/1990 de 15/08/1990 e publicada no Diário

Oficial de 31/08/1990.

Em 1997 foi implantado o Curso Supletivo de 1º Grau, função Suplência de

Educação Geral Fase II estruturada em Blocos de Disciplinas conforme Deliberação

010/96 de CEE, no período noturno, cuja oferta foi cessada em 2002 através da

Resolução nº2545/2002.

Em 1999 mudou a nomenclatura do estabelecimento de ensino de Escola

Estadual São Francisco de Assis - Ensino de 1º Grau Regular, para, Escola Estadual São

Francisco de Assis - Ensino Fundamental (anos/séries finais).

O período noturno foi ofertado de 1985 até o ano de 2001. Em 1999 começou

a funcionar o ensino fundamental no período matutino, oferecendo a 5ª série

gradativamente, foram ampliadas as séries ofertadas e o número de turmas. De 2002 a

2006 era ofertado apenas o período matutino. Em 2007 foi autorizado o funcionamento do

período Vespertino iniciando com a 5ª Série de forma gradativa.

Os diretores deste estabelecimento de ensino foram: - 1985 a 1987: Lauro

Pedro Gasperin- 1988 a 1989: Luiz Carlos de Loyola- 1990: Virginia Panato- 1991 a 1994:

Sonia Maria Sereno Roman- 1995 a 1997: Luiz Carlos de Loyola- 1998 a 2000: Ana Lúcia

Santolini da Silva- 2000: Déldina Baesso- 2001: Laércio Pereira de Andrade-2001/2011:

Rita de Cássia Isolina Alves Mattje.

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2. TURNOS DE FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

A escola está organizada na modalidade de Educação Básica, no Ensino

Fundamental- Séries/Anos Finais, nos períodos matutino e vespertino.

Atualmente atendemos 163 alunos, que enquadra o estabelecimento no porte

2, distribuídos em nove turmas, sendo 3 (três) 5ª Séries/6º Anos e 2 (duas) turmas de 6ª

Séries/7º Anos, 7ª Séries/8ºAnos e 8ª Séries/9º Anos.

2.1 ATIVIDADES COMPLEMANTARES EM CONTRATURNO

A Escola oferece atividades complementares em contraturno, integradas ao

currículo escolar que visam ampliar a formação do aluno.

Em 2005 foi criado a sala de recursos com a finalidade de proceder um

atendimento aprimorado aos alunos que apresentam alguma necessidade educacional

especial, temporária ou permanente e/ou limitações no processo ensino aprendizagem.

Este projeto de atendimento se justifica da necessidade deste acompanhamento aos

alunos que precisam aperfeiçoar os conhecimentos relativos ás disciplinas possibilitando

um suporte melhor aos domínios da leitura, escrita e cálculos.

No presente ano, solicitamos a autorização para o Funcionamento : Sala de

Recursos Multifuncional Tipo I – Ensino Fundamental (séries/anos finais), Área da

Deficiência Intelectual e Transtornos Globais do Desenvolvimento.

Também oferecemos atendimento em Sala de Apoio à Aprendizagem nas

disciplinas de Matemática de Língua Portuguesa nos períodos matutino e vespertino.

Disciplina/Série Turno Número de alunos

Língua Portuguesa – 5ª Série Matutino 12 alunos

Língua Portuguesa – 8ª Série Matutino 10 alunos

Língua Portuguesa – 5ª Série Vespertino 10 alunos

Língua Portuguesa – 8ª Série Vespertino 12 alunos

Matemática – 5ª Série Matutino 11 alunos

Matemática – 8ª Série Matutino 09 alunos

Matemática – 5ª Série Vespertino 18 alunos

Matemática – 8ª Série Vespertino 11 alunos

Desde o ano de 2008 a escola oferta o curso de Língua Estrangeira Moderna-

CELEM/Espanhol. Este ano (2011) são atendidos 32 alunos, sendo, no primeiro ano 10

9

alunos e no segundo ano 5 do período matutino e alunos no primeiro ano 17 alunos, no

período vespertino.

A Escola solicitou as atividades complementares em contraturno, do Programa

Mais Educação, a Hora Treinamento e a Sala Multifuncional, entretanto, até o momento

esta atividades ainda não foram autorizadas.

3. SALAS DE AMBIENTES PEDAGÓGICOS

Em relação às condições físicas , a escola foi reformada em 2007 e está

fisicamente bem conservada, mas com espaço insuficiente para o desenvolvimento de

algumas atividades pedagógicas. A escola não possui laboratório de ciências, química e

física, necessitando de ampliação. Conta com uma quadra poliesportiva e com sete salas

de aula, equipadas com dois ventiladores de parede cada uma, porém, das sete salas,

somente cinco são ocupadas como salas de aula ; uma abriga a sala de professores e

depósito de merenda, outra abriga o laboratório de informática, a biblioteca, a sala de

apoio á aprendizagem no período matutino e sala de recursos no mesmo período. A

divisão dos ambientes existentes na escola se fez necessária pelo fato da escola não

dispor de espaços específicos para cada atividade.

4. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Os profissionais da escola são: diretora, funcionários - agente educacional I

(serviços gerais) e agente educacional II (secretária e auxiliar administrativo) , professoras

pedagogas e professores. Assim distribuídos:

DIREÇÃO RITA DE CASSIA ISOLINA ALVES MATTJE

AGENTE EDUCACIONAL II

SECRETÁRIA

SIRLEI FERREIRA DA SILVA

AGENTE EDUCACIONAL II

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

MARIA JOSÉ DE MELLO CASTRO

VERA LÚCIA FRITTOLA EVANGELISTA

AGENTE EDUCACIONAL I

NADIR CARLOS DE ALMEIDA

NEUSA GOMES LANZA

SERAFIM MENDONÇA

RAQUEL CAMPOS DOS SANTOS

MARIA NEUZA GONÇALVES

EQUIPE PEDAGÓGICA KACIA APARECIDA FANTINI ALVES

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CLEUZA ZUMIRA KAISER SOUSA

ARTE CRISTIANE APARECIDA ALVES CAMILOTTO

CLEUNICE ROSA DE OLIVEIRA ALENCAR

CIÊNCIAS MARJORIE AP. DE ALMEIDA ORLANDINI

NEUZETE TEREZINHA DALTOÉ

ITAMAR APARECIDO PEREZ

LAUDIMARI DIAS DOS SANTOS

JOHANNES APARECIDA DE OLIVEIRA

NEIVA FERNANDA DE AZEVEDO SHIMADA

EDUCAÇÃO FÍSICA MARCELO ALEXANDRE ROMÃO

WALTER JOSÉ DOS SANTOS

ENSINO RELIGIOSO MARIA DO CARMO A. MENDES CAIRES

GEOGRAFIA FABIANA MARTINS MARTIN

FLORISVALDO DIAS MODOLO

JULIANA FURLAN PINHEIRO

SIMONE REGINA VIANA

LILLIAN ASSIS TOMIN

ELIDA APARECIDA CAMPOS

ANGELO LEONARDO RIBEIRO BELONI

HISTÓRIA

JOSÉ PARDINHO SOUZA

CÉLIA COSTA DA SILVA

JAIR DELINSKI

LÍNGUA PORTUGUESA

MARIA DO CARMO ALAMINOS MENDES CAIRES

FATIMA APARECIDA DE OLIVEIRA SOZZA

LEILA ÂNGELA DE LIMA

MATEMÁTICA CRISTIANE APARECIDA ALVES CAMILOTTO

MARJORIE AP. DE ALMEIDA ORLANDINI

L.E.M. – INGLÊS ELIANE ARCOLEZE DA SILVA

L.E.M. – ESPANHOL MARTA MARIA VILELA

SALA DE RECURSOS ROSYMEIRE APARECIDA CUETO ASSUMPÇÃO

SALA DE APOIO À

APRENDIZAGEM-

MATEMÁTICA

MARJORIE AP. DE ALMEIDA ORLANDINI

ROSYMEIRE APARECIDA CUETO ASSUMPÇÃO

MARCIO VIRGINIO DA SILVA

DANIELLY PEREIRA SILVA PINTO

SALA DE APOIO À

APRENDIZAGEM- LÍNGUA

NEUSA ROSÂNGELA DE LIMA

LEONICE SANCHES MARIN

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PORTUGUESA

O corpo docente constitui-se de 31 professores sendo a maioria efetivos e com

especialização tendo alguns com Mestrado e PDE, cerca de 3% dos professores são

temporários, contratados pelo Estado através do Processo Seletivo Simplificado (PSS).

12

5. MARCO SITUACIONAL

A Escola São Francisco de Assis como escola pública tem como função social de

desenvolver conhecimentos , habilidades, procedimentos, atitudes e valores, dando à

oportunidade dos discentes tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que

vivem, bem como a transmissão do conhecimento historicamente produzido pela

sociedade. Partindo deste pressuposto necessita conhecer a comunidade que atende

para planejar intervenções, encaminhamentos e estratégias para melhor atender seu

objetivo.

Está localizada em um dos bairros mais populosos da cidade, atendendo a uma

comunidade bastante heterogênea, recebendo alunos oriundos dos bairros Jardim

Progresso, Conjunto Primavera, Conjunto Alvorada, Conjunto Bela Vista, conjunto Felipe

Passoni Brazi e Conjunto Olinda Sperafíco, que em sua maioria pertencem às classes

menos favorecidas economicamente. A maioria das famílias necessitam de subsídios do

governo (PETI, BOLSA FAMÍLIA, PROGRAMA DO LEITE entre outros) para completar

seu orçamento, e outras tantas os têm como única fonte de renda evidenciando a

importância dos mesmos para a subsistência da comunidade.

O nível de formação escolar das famílias, na média, não ultrapassa o Ensino

Fundamental Séries/Anos Iniciais, e a renda familiar de maneira geral é baixa, em alguns

casos inferior a 30% do salário mínimo, sendo que uma parte da comunidade não possui

nenhuma renda fixa,sobrevivendo de programas do governo ou de ajuda de outros

segmentos da sociedade, obrigando os alunos a trabalharem desde cedo para garantir a

sobrevivência da família, situação que reflete diretamente na aprendizagem,

comprometendo o desempenho individual do aluno.

Em alguns casos a estrutura familiar também é um agravante, onde uma parte

dos alunos vivem com avós, tios e outros, por motivo de separação dos pais ou abandono

dos mesmos. Resultante deste contexto temos muitos alunos que apresentam problemas

psicológicos e emocionais, o que também favorece a desmotivação para o estudo,

provocando o abandono escolar por uma parte destes alunos, gerando casamentos

prematuros, gravidez na adolescência, envolvimento com uso indevido de drogas,

indisciplina, etc.

Existe também a dificuldade em trazer a comunidade à participar das atividades

escolares, percebendo a falta de acompanhamento dos pais ou responsáveis na vida

escolar dos filhos. Alguns pais são compromissados, estão sempre presentes

acompanhando o desempenho do seu filho, mas a maioria vem a escola somente

mediante convocação, pois apenas convite é insuficiente, para assim tomar ciência do

13

desempenho do filho(a), e outros pais que ficam totalmente alheios, somente

comparecendo com notificação feita por outro órgão, como o conselho tutelar e outros.

A Escola tem enfrentado ao longo desses anos o preconceito e a discriminação

por parte das famílias que constituem a comunidade escolar, no início de cada ano letivo

observa-se a resistência dos pais em matricular seus filhos no estabelecimento de ensino,

algumas famílias acabam transferindo seus filhos para outras escolas pertencentes a

outros jardins, isso se deve pelo receio em relação ao comportamento inadequado por

parte de alguns alunos. A Escola realiza visitas às Escolas Municipais localizadas no

bairro e a partir dessas visitas propõe aos professores das 4ª séries/5º ano juntamente

com suas Direções e Equipes Pedagógicas que estes retribuam a visita e tragam seus

alunos para conhecerem a escola e serem apresentados ao novo ambiente escolar ao

qual eles estão prestes a ingressar, ainda no sentido de quebrar barreiras e diminuir as

distâncias a escola realiza apresentação de seu espaço e seu corpo docente aos

pequenos e realiza através de atividades lúdicas e esportivas a conscientização aos pais

e a comunidade de que termos programas que venham contribuir para um ensino de

qualidade a todos.

Um dos grandes desafios é o de despertar o interesse dos alunos para o

conhecimento, bem como desenvolver o hábito pelos estudos.

Alguns alunos já ingressam na 5ª série/6º ano, com idade superior a da

série, apresentando defasagem de conteúdos ou dificuldade na aprendizagem,

também com reprovas em séries anteriores. Muitas vezes, estes alunos

apresentam indisciplina e falta de interesse, provavelmente por falta de motivação

por todos os acontecimentos dentro e fora da escola, aumentando ainda a

dificuldade em trabalhar com eles sem uma assistência psicológica e de outros

órgãos competentes.

A escola busca proporcionar a educação inclusiva através do paradigma da

integração, oportunizando desafios adequados, trabalhando com a potencialidade

intelectual, respeitando limitações, apoiando a inserção familiar, escolar e social,

imprescindíveis para a formação do indivíduo e que este seja capaz de contribuir

positivamente na sociedade que está inserido transformando sua realidade a partir de

conhecimentos e valores adquiridos no ambiente escolar a fim de construir uma

sociedade igualitária.

Verificando que alguns alunos apresentam necessidade de atendimento

na Área da Deficiência Intelectual e Transtornos Globais do Desenvolvimento, os mesmos

foram encaminhados para a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I.

14

Atualmente a escola conta com a Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua

Portuguesa e Matemática (implantada na escola a partir de 2011), sendo esta

determinante para a melhoria do processo ensino-aprendizagem. O programa prevê o

atendimento aos alunos em contraturno, nas disciplinas já citadas com o objetivo de

trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos relacionados a oralidade,

leitura e escrita como as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e

elementares. Atendendo os alunos de 5ª séries/6º Ano e 8ª séries/9º Ano.

O Programa de Atividade Complementares Curriculares em Contraturno, são

atividades educativas que a escola tem solicitado para atender o nosso alunado. É um

programa da Secretaria de Estado da Educação que visa ampliar a formação educacional

dos sujeitos envolvidos com o conhecimento, tendo como objetivos:

• Promover a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de

tempos e espaços e oportunidades educativas realizadas em contraturno, na

escola, a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos.

• Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao

Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo às demandas

educacionais e aos anseios da comunidade.

• Possibilitar maior integração entre alunos, escola, comunidade,

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

A escola está pleiteando para este ano (2011) o Programa Mais Educação,

programa este que vem de encontro com a proposta da Escola a respeito de uma

educação inclusiva e igualitária. Esta é uma proposta do governo federal criada a fim de

tirar das ruas menores que vivem em situação de risco e proporcionar a complementação

curricular. Previsto para atender os alunos do período matutino em contraturno.

Hora Treinamento no esporte de futsal, previsto para atender em contraturno os

alunos do período vespertino. Oportunizando os alunos matriculados nos dois turnos de

funcionamento.Também solicitamos a continuidade da oferta curso de Língua

Estrangeira Moderna –CELEM Espanhol, como mais uma atividade fortalecimento da

aprendizagem pedagógica que venha contribuir para a formação de nossos alunos.

O índice de rendimento escolar no ultimo ano letivo de 2010 ficou da seguinte

forma: 131 de aprovação, sendo 7 por aprovação pelo conselho, 15 de repetência e 6

de evasão escolar.

Realizou-se o acompanhamento das faltas e evasão escolar com apoio dos

professores juntamente com a equipe pedagógica, tomando-se as devidas providências

de acordo com as orientações da SEED. Desde o final do ano de 2005 está sendo

colocado efetivamente em prática o FICA (Ficha de comunicação do aluno ausente)

15

buscando viabilizar o retorno do aluno à escola, em alguns casos são tomadas

providências de caráter protetivo que se fizerem pertinentes, como o encaminhamento do

caso aos setores competentes da administração pública.

Para garantir o direito de todos a educação de qualidade, é preciso entender que

mesma não se restringe ao acesso e permanência do aluno na escola, mas também à

aquisição do conhecimento com sucesso e consequentemente a terminalidade escolar,

para tanto faz se necessário o planejamento de situações de recuperação que possibilite

a realização deste ideal.

A Escola São Francisco, prima pela gestão democrática, onde é enfatizado por

meio das instâncias colegiadas que compõem a comunidade escolar e que motivam a

existência de um estabelecimento de ensino, que se preocupa com o envolvimento

político de todos os envolvidos.

A Escola está organizada basicamente nas instancias colegiadas do Conselho

Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), Aluno

Representante de turma, professor conselheiro e o Grêmio Estudantil.

A intenção da escola dentro de uma Gestão Democrática, é ter a cooperação

de todos envolvidos, atendendo aos níveis e modalidades de Ensino desta Instituição.

Ressaltando a necessidade de envolvimento dos segmentos escolares: Direção, Direção

auxiliar, professores, funcionários, alunos, APMF, Conselho Escolar, Conselho de Classe,

Grêmio Estudantil e comunidade.

O Conselho escolar, juntamente com os educadores definiu os objetivos e

procedimentos da avaliação do processo de ensino e aprendizagem, entendendo que sua

realização deve ser contínua, cumulativa e sistemática. Entre seus objetivos está a

possibilidade de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, e desenvolvido

em cada nível e etapa da escolaridade

Contamos com APMF, Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e parcerias com a

comunidade para atendimento de nossas necessidades

As reuniões de pais são realizadas bimestralmente para que os mesmos

acompanhem a aprendizagem e quando necessário para tomada de decisões coletivas

em benefício ao ensino aprendizagem e disciplinares.

Para atender as expectativas e as necessidades básicas de aprendizagem dos

alunos dessa Escola os professores planejam e preparam atividades pedagógicas, bem

como analisam assuntos referentes a sua prática educativa durante as aulas de Hora

Atividade, entretanto estas não são suficientes, levando o professor a trabalhar além do

horário. Essas Horas Atividades são realizadas individualmente em virtude da

impossibilidade de montar um cronograma por disciplina e pela impossibilidade de se

16

conciliar o horário entre as escolas. Os professores também realizam formação

continuada em suas respectivas áreas, grupos de estudos, PDE, entre outros.

. Para o planejamento e realização das ações se faz necessário compreender

princípios educacionais para a efetivação da autonomia político pedagógica na gestão da

escola.

A Lei nº 10.639/03 promulgada pelo Presidente da República, estabelece a

obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação

Básica, e a Lei nº11645/2008 que inclui em seu texto também a necessidade do ensino

da cultura indígena. A temática foi incorporada às discussões e contemplada nas

Diretrizes Curriculares com o objetivo de combater as desigualdades sociais, as

discriminações e os preconceitos étnicorraciais que ainda permeiam a sociedade

brasileira.

Em relação às condições físicas,a escola foi reformada em 2007 e está

fisicamente bem conservada, mas com espaço insuficiente para o desenvolvimento de

algumas atividades pedagógicas. Conta com sete salas de aula, equipadas com dois

ventiladores de parede cada uma, porém, das sete salas, somente cinco são ocupadas

como salas de aula ; uma abriga a sala de professores e depósito de merenda, e a outra

abriga o laboratório de informática a biblioteca e sala de recurso uma vez que não

dispomos desses espaços específicos para cada atividade houve a necessidade da

divisão dos ambientes já existentes na escola.

Das cinco salas usadas como salas de aula apenas quatro estão equipadas com

TV multimídia. Há uma sala específica para secretaria e outra para a direção e equipe

pedagógica, dispomos de instalações sanitárias adequadas, masculina e feminina e ainda

um sanitário destinado à pessoas portadoras de necessidades especiais. Não temos

pátio coberto, fator este que dificulta o trânsito de alunos na hora do lanche e

principalmente em dias chuvosos. Possui corredor coberto em frente às salas de aula e

passarela coberta que liga o portão de entrada à porta de entrada do prédio e outra que

liga um bloco ao outro, ambas construídas com recursos da APMF (Associação de Pais

Mestres e Funcionários).

Para a prática desportiva, a escola foi agraciada com a construção de quadra

coberta poliesportiva em 2010 e a partir daí não houve a necessidade de deslocar os

alunos da nossa escola até a escola municipal (vizinha) e nem para a praça, pois estes

eram os únicos espaços, reservados à prática esportiva e de lazer

O estabelecimento de ensino recebeu em 2007, um laboratório de informática com

12 (doze) computadores conectados a rede mundial de computadores, conexão por fibra

óptica e ADSL computadores estes que são usados para pesquisa e contextualização

17

das aulas destinado a professores, alunos e comunidade escolar; entretanto apenas 8

(oito) computadores estão em condições de uso, visto que a reposição da peça danificada

é de exclusividade da Secretaria de Estado da Educação, que ainda não efetuou a

reposição.

Atualmente o laboratório de informática, a biblioteca, e a Sala de Recurso à

Aprendizagem ocupam uma mesma sala, a qual foi dividida em três partes desta maneira

o espaço destinado a cada ambiente é insuficiente para o bom desenvolvimento das

atividades pedagógicas tanto na biblioteca como no laboratório de informática e ainda na

Sala de Recurso à Aprendizagem.

A biblioteca conta com um pequeno acervo para pesquisa e estudo literário, o

acervo é composto na maioria por livros didáticos e conta com excelentes obras na

biblioteca do professor que não possui espaço adequado ficando alojada na sala ocupada

pela direção e equipe pedagógica. A escola recebeu rico material pedagógico na área de

matemática, ciências e biologia, todavia faltam mapas para o estudo de geografia e

história.

Conta com 5 (cinco) aparelhos de televisão, 3 (três) DVDs, 2 (dois)

computadores, 2 (duas) caixas de som, 2 (dois) microfones, 2 (dois) microssisten, 2 (dois)

ventiladores portáteis, 1 (um) freezer horizontal, 1 (uma) máquina fotográfica, 1 (um) fax,

3 (três) impressoras e 1 (um) microscópio.

As melhorias físicas ocorridas na escola, assim como a colocação parcial de

grades de segurança nas portas e janelas e sobretudo a construção da quadra

poliesportiva coberta, foram fundamentais para elevação da autoestima de todos os

envolvidos no processo educativo e o melhor desenvolvimento das atividades

pedagógicas. Mas ainda é presente a falta de ambientes para armazenamento de

documentos, material pedagógico, merenda, patrimônio inservível , falta de uma sala de

multiuso e laboratório de Ciências.

18

6. MARCO CONCEITUAL

Considerando o Projeto Político Pedagógico como a organização do trabalho

escolar como um todo, nas suas especificidades, níveis e modalidades, faz se necessária

uma discussão crítica sobre os problemas da educação e da sociedade que a escola está

inserida, exige se assim, uma reflexão acerca da concepção da escola e sua relação com

a sociedade.

A organização do trabalho pedagógico é constituída pelo Conselho Escolar, equipe

de direção,órgãos colegiados de representação da comunidade escolar, Conselho de

Classe, equipe pedagógica, equipe docente , agentes educacionais I e II.

Nesta perspectiva os fundamentos filosóficos e pedagógicos desta proposta

têm por finalidade nortear às ações deste estabelecimento de ensino. Os conceitos

desenvolvidos e discutidos apresentam a concepção que este estabelecimento de ensino

tem por educação, homem, sociedade, cultura, escola, conhecimento, relação ensino-

aprendizagem, gestão democrática e, consequentemente, o que entendemos por

formação emancipadora do homem, para a construção de uma sociedade mais justa e

democrática que garanta o acesso ao aluno ao conhecimento historicamente produzido

pelo homem através da apropriação do saber universal.

A Escola São Francisco de Assis -EF tem como filosofia a formação integral do

educando, como ser humano consciente, crítico e livre para o exercício da cidadania, para

o fortalecimento da democracia nas relações humanas, sociais e consequentemente à

conquista de uma sociedade mais justa. A tendência filosófica de uma educação

intercultural está assentada no princípio pedagógico mais amplo do acolhimento da

diversidade, isto é, o reconhecimento dos outros como sujeitos de sua individualidade,

portadores de uma identidade cultural própria no processo ensino aprendizagem.

Esta visão de educação relacionando teoria e prática faz com que novas

perspectivas para a educação, sejam levantadas, no intuito de que a prática da educação,

possa ser de fato relacionado a uma nova visão de mundo, real que tem a ver com uma

educação construída a todo o momento, embasado em conteúdos científicos.

A diversidade de culturas, possibilita o conhecimento, de forma a transformar,

envolver os fatos da realidade em conhecimento científicos para a formação de pré

requisitos e interação gradativa do saber.A educação intercultural perpassa a organização

escolar, o tipo de relações humanas que existe entre os profissionais e os usuários da

escola, o respeito a todas as pessoas que nela trabalham.

Do ponto de vista da transmissão dos valores coletivos, tornando-se cada vez

mais evidente que as diversas atividades do homem constituem um todo indissociável.

19

Impossível, por exemplo, dar uma idéia da vida real de uma sociedade sem admitir a

interdependência profunda dos técnicos e das noções científicas.

A concretização desta proposta pedagógica implica na correspondência entre

educadores e educandos, colocando-os como construtores ativos do saber, despertando

a uma leitura de mundo completa.

O processo de ensinar e aprender inseparáveis. Isto acontece por que o ato

de ensinar “ é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a

humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”

(SAVIANI, 1995, p. 17). Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos

elementos culturais necessários a sua humanização.

A construção do conhecimento se faz através de contatos com as culturas

diferentes buscando de respostas aos por quês que fazem parte de uma curiosidade

natural do ser humano.

A relação sujeito objeto oportuniza o conhecimento a partir da curiosidade que

a pessoa tem sobre o objeto, mas o objeto por si próprio já é o conhecimento, basta ser

explorado.

É preciso considerar, além disso, que os alunos trazem para a escola e para as

salas de aula um conjunto de significados, valores, crenças, modos de agir, resultante de

aprendizagens informais, que muitos autores chamam de cultura paralela ao currículo

escolar.

Diante do exposto, qualquer conteúdo é o conhecimento real, que se produz e

reproduz no momento certo, em que o ser humano necessitar, mais vale ressaltar, que a

presença do objeto de conhecimento de forma “ativa e real” e a interação do sujeito com

este objeto, poderá surtir o efeito de apropriação do conhecimento.

Para execução de todo este projeto pedagógico é preciso direcionar, de forma

explicita que tipo de ser humano terá concluído o Ensino Fundamental.

Ao responder a algumas perguntas em relação ao aluno, faz bem lembrar que

a escola é um meio insubstituível de contribuição para a formação humana.

Com uma visão de educação pautada no científico versus cultural, a tendência

na formação do aluno é de que este seja critico e construa um discurso sobre fatos e

fenômenos em geral sem fugir de sua realidade, mas acima de tudo com profundidade no

conhecer embasando suas ações.

Quando pensamos em educação de qualidade vemos a necessidade do resgate da

escola pública que ainda não atende a todas as necessidades da comunidade escolar.

Devemos ressaltar as tradições culturais, costumes e valores dos diferentes grupos, suas

trajetórias, suas experiências, seu saber e do acesso ao acervo cultural disponível a cada

20

momento da história de uma dada sociedade, um povo, um país, a importância do

conhecimento, do saber cientifico e do direito de todos a dele tomar posse e com ele

produzir e criar como conquista na construção da identidade. Sendo assim, faz se

necessário entendermos a sociedade como um todo, enquanto uma dimensão histórico-

cultural e portanto inacabado,sendo que encontra se em uma relação permanente com o

ser humano, igualmente inacabado que transformando o mundo sofre os efeitos de sua

própria transformação. Sendo assim, a Escola Estadual São Francisco de Assis dentro

dos fundamentos aqui colocados tem a finalidade de contribuir por meio da educação o

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício pleno da cidadania.

A escola esta respaldada por uma concepção progressista, segundo Libâneo

(2004, p.53-4) devemos considerar cinco objetivos que devem ser alcançados pela

escola:

“1. Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e

sociais dos alunos (processos mentais, estratégias de aprendizagem, competências do

pensar, pensamento crítico), por meio dos conteúdos escolares.

2. Promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da

identidade cultural dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da

sensibilidade, da imaginação.

3. Preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e

comunicacional(...)

4. Formar para a cidadania crítica, isto é, formar um cidadão trabalhador

capaz de interferir criticamente na realidade para transformá la e não apenas formar para

o mercado de trabalho.

5. Desenvolver a formação para valores éticos, isto é, formação de

qualidades morais, traços de caráter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias.”

A escola hoje é conhecida como parte inseparável da totalidade social,

buscando o conhecimento do mundo, construindo este conhecimento, partilhando ideias,

tomando consciência de vivência, cidadania, buscando a construção de um universo mais

harmonioso, garantindo, no que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, as

concepções primordiais ligadas ao saber e ao desenvolvimento psico intelectual.

A escola deve investir na formação de alunos críticos, para se engajarem na

luta pela justiça social e pela solidariedade humana, na preparação para o exercício da

cidadania, incluindo a autonomia, a participação e o diálogo como princípio educativos,

propiciando conhecimentos, procedimentos e situações para reflexões sobre valores e

critérios de decisão e ação frente ao mundo contemporâneo.

O que propomos, é promover a socialização do saber por meio da apropriação

21

do conhecimento produzido histórica e socialmente, ou seja, pelo trabalho educativo,

produz se intencionalmente nos alunos o que a sociedade produziu coletivamente no

decorrer do tempo, a sua herança cultural: a ciência, as artes, a filosofia, as técnicas etc,

nessa perspectiva valorizando a escola como espaço social responsável pela apropriação

do saber universal, portanto é por meio que os sujeitos podem se entender como parte

determinante de sua história.

A sociedade é resultado histórico de construção humana, na luta por

interesses e na busca de melhoria da qualidade de vida. Essa visão de sociedade dá

condições e reforça a construção de uma sociedade de inclusão universal, regida por

relações de colaboração econômica, com responsabilidade política e solidariedade

ideológica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis

naturais, mas, de leis que se constituem historicamente.

Sendo que a sociedade é mediadora do saber e da educação presente no

trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social .

Atualmente as mudanças ocorrem com tamanha velocidade que muitas vezes a dimensão

humana fica relegada a um segundo plano. Por essa razão é necessário o repensar

constante de nossas atitudes, em uma perspectiva mais humana, propiciando a inclusão

social com vistas ao momento histórico em que vivemos.

Para a sociedade que queremos, torna se necessário proporcionar ações que

contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando uma sociedade

esclarecida, que tenha conhecimento de seu processo histórico e compreenda que as

relações que ocorrem entre os sujeitos não são naturais, mas sim construídas

historicamente. Uma sociedade que busca construir oportunidades de participação efetiva

de todos sujeitos que a compõem. Ainda, uma sociedade que combata o individualismo

onde vigore e valorize o ser.

A cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de

culturas diferentes usam lentes diversas e, portanto, têm visões desencontradas das

coisas (BENEDICT, 1972 apud LARAIA, 2001, p. 67).

Segundo Ferreira (1999) cultura é o padrão de comportamento, crenças,

valores e hábitos transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade.

O conceito de cultura construiu-se através da história da própria humanidade.

A palavra veio do latim medieval colere, que significa cultivo, cuidado, mais relacionado à

agricultura, pois, na Roma antiga, cultivar a terra era uma atividade enobrecedora.

22

Mais tarde, o significado de cultura foi estendido, pelos pensadores romanos,

ao cuidado com as crianças e com a sua educação, ao refinamento intelectual. A partir do

século XVIII, o conceito de cultura foi relacionado ao conceito de civilização – o homem

civilizado era o homem culto. No século XX surgiu a concepção de diversidade cultura., e

a cultura passou a ser vista como uma dimensão social, um conjunto de regras comuns a

um grupo (GOHN, 2001). Santos (1996), em sua abordagem de cultura como “aspectos

da realidade social”, afirma que “cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao

mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos humanos” (p. 8). Sob

esse prisma, admite-se a possibilidade de identificar variações culturais dentro de uma

mesma sociedade, ou seja, permite-se a análise de grupos de indivíduos que se

diferenciam dos demais por seus hábitos e comportamentos sociais. São justamente

essas divergências que mantém o dinamismo das sociedades e das suas culturas.

Nota-se que é consenso entre os autores citados que a cultura é algo

dinâmico, intrinsecamente relacionado às mudanças sociais. A cultura é vista por eles

como produto coletivo da vida humana, uma dimensão do processo social em constante

mudança. Santos conclui que: O estudo da cultura exige que consideremos a

transformação constante por que passam as sociedades, uma transformação de suas

características e das relações entre categorias, grupos e classes sociais no seu interior.

[...] Cultura é uma dimensão do processo social, da vida em sociedade (SANTOS, 1996,

p. 44).

Gohn (2001) compartilha dessa concepção ao afirmar que, nas pesquisas

sociológicas, “a cultura sempre aparece associada a processos de mudança e

transformação social, como mola propulsora de mudanças sociais” (p. 30). Ao se falar em

mudanças sociais e culturais, é pertinente sinalizar para as duas maneiras em que podem

se apresentar.

Conclui se, portanto, que não se pode estudar a cultura como algo pronto,

estático, pois, ao mesmo tempo, ela é condicionada e condiciona uma sociedade que, por

sua vez, está em constante transformação. Sob esse ponto de vista, considera se

importante uma abordagem acerca dos aspectos culturais inerentes à relação entre o

homem, cultura e conhecimento

Daí, a importância que os conhecimentos teóricos assumem na âmbito do

trabalho educativo. A apropriação dos bens culturais é imprescindível para que os

indivíduos se tornem humanos, para que superem o imobilismo que a própria estrutura

social impõe, para se tornarem protagonistas da sua história e da história dos homens.

A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida

familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e nas

23

manifestações culturais, ela se desenvolve por meio do ensino, transmitido através dos

conteúdos culturais universais incorporados pela humanidade permanentemente

reavaliados face às realidades sociais.

Considerando o homem um ser social, sabemos que ele atua e interfere na

sociedade e se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e

também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas

diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito da sua história, segundo Santoro:

”(...) é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais,

transcende as e reorganiza as,superando a condição de objeto, caminhando na direção

de sua emancipação, participante da história coletiva”.Dessa maneira, trabalhar é

condição imprescindível para que o indivíduo se humanize e, consequentemente, sua

ausência ou a deturpação de suas condições constituem mediações de desumanização.

Assim, tanto o trabalho pode humanizar, como também degradar, desumanizar o homem

dependendo das condições em que é realizado histórica e concretamente.

Segundo Saviani (1985) o ser humano é natural e social, agindo na natureza

transformando a e adaptando a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse

processo, envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, acumulando

assim experiências e em decorrência desta, produz seus conhecimentos, tornando assim

sua ação intencional e planejada, medida pelo trabalho, onde produz bens materiais e não

materiais que são utilizados de diferentes formas pelo homem.

O homem é em sua essência um ser social, sendo assim para que o cidadão

se situe como sujeito de sua história, ele precisa se apropriar da riqueza cultural

produzida pela humanidade.

Para Marx, é a existência de seres humanos reais que vivem em sociedade e

estabelecem relações. Para ele a essência do homem é o conjunto das relações sociais.

Assim, a corporeidade natural é uma condição necessária mas não suficiente. A

humanização do ser biológico e específico só se dá dentro da sociedade e pela

sociedade. Gadotti (1984) nos lembra que, para Marx, o homem não é algo dado,

acabado. Ele é processo, ou seja, torna-se homem e, isto, a partir de duas condições

básicas: a) ele produz-se a si mesmo e, ao fazê-lo, se determina como um ser em

transformação, como o ser da práxis e; b) esta realização só pode ter lugar na história.

O que distingue o ser humano dos outros animais, conforme Marx, é o fato de

ele, num dado momento da história, começar a produzir os seus próprios meios de

existência. O que o ser humano é coincide com “o que” e “como” ele produz.

24

Sendo assim, o nosso grande desafio é dar condições ao educando enquanto

homem,de se tornar cidadão consciente, organizados e participativos do processo de

construção político-social e cultural.

A infância é entendida como período da história de cada um, que se entende,

na nossa sociedade do nascimento até aproximadamente dez anos de idade. Numa

sociedade desigual, as crianças desempenham nos diversos contextos, papéis

diferentes.. Crianças são cidadãs, pessoas detentora de direitos,que produzem cultura e

nela são produzidas.

Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a posição

da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto,

não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias

estão submetidas a processos desiguais de socialização e de condições objetivas de vida,

cabe à escola , reconhecer estes sujeitos capazes de aprender os diferentes

conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdos pela

escola, respeitando a singularidade da infância.

“As crianças precisam crescer no exercício desta capacidade de pensar,

indagar-se e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e

de não apenas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças

precisam de ter assegurado o direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo. Se as

liberdades não se constituem entregues a si mesmas, mas na sua assunção ética de

necessários limites, não se faz sem riscos a serem corridos por elas e pela autoridade ou

autoridades com que dialeticamente se relacionam.”É preciso considerar a infância como

uma condição da criança. O conjunto de experiências vividas por elas em diferentes

lugares históricos, geográficos e sociais é muito mais do que uma representação feita por

adultos sobre a essa fase da vida.Segundo Kuhlmann Junior, 1988, é preciso conhecer as

representações feitas da infância e consideradas as crianças concretas, localizá-las nas

relações sociais,etc,.reconhecê-las como produtoras de história.

Percebemos que todas as crianças que povoam nosso cotidiano na sua

materialidade e na sua participação concreta e a defender que todas elas tenham a

oportunidade de fazer parte da história. Se elas são excluídas dessa história, construída

e pensada pelos adultos, é importante que trabalhemos para que ao menos tornem

sujeitos e donas da sua própria vida, indo ao encontro do tão propalado e atual discurso

de que elas são cidadãs e sujeitos de direitos.

De acordo com Vygotsky (2007) a infância e o desenvolvimento infantil é

compreendida como construção histórica, que contempla o desenvolvimento humano,

com ênfase na interação social para a formação da inteligência, bem como características

25

humanas. Em sua teoria o aprendizado é mediado e isso torna o papel do ensino e do

professor mais ativo e determinante. Para ele, a intervenção pedagógica provoca

avanços que não ocorreriam espontaneamente. Onde o aprendizado decorre da

compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade. “ Na

ausência do outro , o homem não se constrói homem”.

É portanto “ a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de sua interação

com membros de seu grupo e de sua participação em práticas sociais historicamente

construídas, que a criança incorpora ativamente as formas de competências já

consolidadas na experiências humanas (REGO, 1995, p. 55).

A criança pequena apresenta um pensamento sincrético, ou seja, não separa os

conhecimentos em campos específicos e se apropria do mundo por meio de diferentes

linguagens, expressando-se através do movimento , da oralidade, do desenho e da

escrita. Esta forma de apreensão da cultura pelas crianças exige atividades encadeadas e

que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo que a ludicidade,eixo

integrador na Educação Infantil, se efetive também no Ensino Fundamental na dimensão

do desenvolvimento humano, a cultura e o conhecimento. Consideramos a infância eixo

primordial para a revisão da proposta pedagógica e do projeto político-pedagógico da

escola,coerente com as especificidades da segunda infância e que atenda, também, às

necessidades de desenvolvimento da adolescência.

Esse ser humano que carrega a leveza da infância ou a inquietude da adolescência

precisa vivenciar, sentir, perceber a essência de cada uma das expressões que o torne

ainda mais humano.

Os processos de desenvolvimento e de aprendizagem envolvidos no brincar são

também constitutivos do processo de apropriação de conhecimento.

Vivemos em tempos em que diversão, lazer, entretenimento apresentam-se como

condições muito requeridas pela sociedade. A ludicidade pode propiciar novas e

interessantes relações e interações entre o homem e deste com os conhecimentos.

Existem inúmeras possibilidades de incorporar a ludicidade na aprendizagem, mas

para que uma atividade pedagógica seja lúdica é importante que permita a fruição, a

decisão, a escolha, as descobertas, as perguntas e as soluções por parte das crianças e

dos adolescentes, do contrário, será compreendida como mais um mero exercício.

Caillois (1996) afirma que o caráter gratuito presente na atividade lúdica é a

característica que mais a deixa desacreditada diante da sociedade moderna. Entretanto,

enfatiza que é graças a essas características que permite ao sujeito se entregar à

atividade despreocupadamente.

Assim, o jogo, a brincadeira, o lazer enquanto atividades livres, gratuitas são

protótipos daquilo que se apresenta como atividade lúdica e longe estão de se reduzirem

26

apenas a atividades infantis. O conceito de ludicidade está ligado àquilo que não é servil e

nem pragmático, delineando-se demarcadamente pela gratuidade permite uma

aprendizagem espontânea.

A condução do processo de ensino requer uma compreensão clara e segura

do processo de aprendizagem em que consiste, como as pessoas aprendem, quais as

condições externas e internas que o influenciam.

A APRENDIZAGEM na escola busca a transformação da realidade, o

conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o professor é mais

do que um mero "ensinante", e o processo ensino aprendizagem adquire movimento de

troca mútua. É a dialética da sala de aula. Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem

desvelou, o processo de ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla: de um lado, o

professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo

dialético, isto é, permeado de contradições e de mediações.

É importante compreender o modo como as pessoas aprendem e as condições

necessárias para a aprendizagem, bem como identificar o papel de um professor, por

exemplo, nesse processo. Este entendimento é importante porque possibilita a este

mestre adquirir conhecimentos, atitudes que lhe permitirão alcançar melhor os objetivos

do ensino.

Na aprendizagem escolar, existem os seguintes elementos centrais, para que o

desenvolvimento escolar ocorra com sucesso: o aluno, o professor e a situação de

aprendizagem.

As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos atos

de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e

tentam explicar a relação entre o conhecimento pré existente e o novo conhecimento. A

aprendizagem não seria apenas inteligência e construção de conhecimento, mas,

basicamente, identificação pessoal e relação através da interação entre as pessoas.

As teorias de aprendizagem têm em comum o fato de assumirem que

indivíduos são agentes ativos na busca e construção de conhecimento, dentro de um

contexto significativo.

Assim, o ensino aparece como instrumento para o conhecimento e também

para a transformação da sociedade e do mundo. Este é o potencial e o caráter

revolucionário da educação. Aí é que surge o papel estratégico da escola, dos

educadores e intelectuais, os quais, em nosso entender, são decisivos para a construção

da consciência de classe do trabalhador.

Tendo em vista os objetivos intrínsecos da Educação numa sociedade

historicamente determinada, o trabalho docente deve assegurar aos aprendizes o domínio

27

firme e consolidado dos conhecimentos científicos, técnicos e culturais; oportunizar meios

e condições para que os alunos adquiram métodos e posturas com vistas a uma

aprendizagem pessoal e a um pensamento autônomo; propiciar condições para que os

elementos mediadores da aprendizagem convirjam para os objetivos essenciais da

Educação.

Neste contexto assumimos e defendemos uma pedagogia progressista, pois

acreditamos que a escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais,

mas que contraditoriamente nela existe um espaço que aponta a possibilidade de

transformação social, onde a educação possibilita a compreensão da realidade histórico-

social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa mesma realidade.

Nesta perspectiva engajados na teoria crítica, acreditamos na finalidade sócio política da

educação como instrumento de luta de educadores ao lado de outras práticas sociais,

para tanto embasamos nossa práxis pedagógica, na tendência Histórico Crítica.

Trabalhar com a diversidade de alunos presentes na Escola Estadual São

Francisco de Assis exige uma reflexão que vai além das características etárias – é preciso

considerar as diferentes situações socioeconômicas, as diferentes influências étnicas e

culturais e as diferenças individuais dos educandos.

Enfim como cita Paulo Freire-“Não existe ensinar sem aprender”; “Quem

ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”; “Quem forma se forma e

reforma ao formar e quem é formado forma se e forma ao ser formado”.

O processo do letramento e alfabetização traz algumas abordagens que

contribuem para a compreensão de um conceito de letramento, alfabetização e

ludicidade. Em termos gerais (SOARES, 1998; KLEIMAN, 1995; TFOUNI, 1996; TERZI,

1997; TEALE, 1992), o letramento está relacionado ao conjunto de práticas sociais orais e

escritas de uma sociedade não apenas no ambiente escolar. A relação mais imediata de

“letramento” ocorre com “alfabetização”. Embora alfabetização não seja pré-requisito para

letramento, esse termo está relacionado com a aquisição, a utilização e as funções da

leitura e da escrita em sociedades letradas. Ele também se relaciona com habilidades e

com conhecimentos que precisam ser ensinados e adquiridos com a escolarização e com

a educação, abrangendo processos educativos que ocorrem em espaços como a

comunidade, a família, o trabalho e a igreja.

Toma-se, aqui, primeiramente, alfabetização em seu sentido próprio,

específico: “processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita”

(SOARES, 2003, p. 15). O debate básico que se desenvolve em torno desse ponto de

vista é tomar os verbos ler e escrever significando, respectivamente, o domínio da

tecnologia, da mecânica, da língua escrita; nessa perspectiva, alfabetizar significa adquirir

a habilidade de codificar a língua oral em língua escrita (escrever) e decodificar a língua

28

escrita em língua oral (ler). A alfabetização, nesse sentido, seria um processo de

representação de fonemas em grafemas (escrever) e de grafemas em fonemas (ler).

A partir do final da década de 1970 e início da década de 1980, buscando

responder às novas exigências sociais e políticas decorrentes das pressões pela

“abertura política” e pela reorganização democrática das instituições e das relações

sociais, a sociedade civil procurou se reorganizar rapidamente. As discussões e as

análises dos problemas educacionais brasileiros passaram a abranger programas de

aspectos mais amplos, tais como: políticos, econômicos, sociais e pedagógicos, e a se

orientar, predominantemente, por uma teoria sociológica.

Ainda nesse clima da época, foi sendo gerado e efetivado um conjunto de

iniciativas referente ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita, articulado com o

desenvolvimento de estudos e de pesquisas acadêmicas sobre educação e alfabetização,

visto que o conceito inicial de alfabetização não condizia mais com as exigências da nova

realidade social vivida pelo, então, contexto histórico.

Ainda na década de 1980, o Houaiss registra o surgimento das palavras

“letrado” e “letramento” e situa esses verbetes no âmbito da Pedagogia. Da mesma forma,

é também na década de 1980, mais propriamente na segunda metade, que, no âmbito das

pesquisas e dos estudos acadêmicos brasileiros, situam-se as primeiras formulações e

proposições da palavra “letramento para designar algo mais do que até então se podia

designar com a palavra alfabetização”. Segundo Kato (1986, p. 7) a língua falada culta “é

conseqüência do letramento”.

Soares (1998, p. 18) conceitua letramento como sendo “o estado ou condição de

quem se apropriou da leitura e da escrita”. Ela compreende o letramento, portanto, como

um processo pelo qual passam indivíduos ou grupos que exercem efetivamente as

práticas sociais de leitura e de escrita e que participam competentemente de eventos de

letramento.

O letramento que implica habilidades várias, tais como:

capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para interagir com outros, para emergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, orientar-se, para apoio à memória, para catarse... ; habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos, habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever; atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita tendo interesse e prazer em ler e escrever, sabendo utilizar a escrita para encontrar ou fornecer informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada (SOARES, 2003, Pp. 91-92)

29

Em síntese: alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um

código e das habilidades de utilizá-lo para ler e para escrever, ou seja, o domínio da

tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e a ciência da escrita. Ao

exercício efetivo e competente da tecnologia da leitura e escrita em contextos específicos

e objetivos específicos denomina-se letramento e das habilidades de utilizá-lo para ler e

para escrever, ou seja, o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer

a arte e a ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da leitura e

escrita em contextos específicos e objetivos específicos denomina-se letramento.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens,

situando os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado

pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Na opinião de Saviani (1992, p.19), “educação é um fenômeno próprio dos

seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o

processo de trabalho. Bem como é ela própria, um processo de trabalho”.

Segundo Pinto (1994), a educação é um processo histórico de criação do

homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício

do homem.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para

constituir e transformar a realidade.

Considerando a educação em sentido lato, podemos afirmar que ela envolve

todas as instâncias sociais. Uma delas é a escola, que tem como função social garantir o

acesso a todos os saberes científicos produzidos pela humanidade.

A Educação, no entanto, não pode ‘cruzar os braços’ e esperar que estas mu-

danças no plano político, econômico e social, por intermédio de outras instâncias, aconte-

çam. As mudanças na sua estrutura básica devem ser um objetivo imediato. Neste senti -

do, o Sistema educacional brasileiro, tem a obrigação de se antecipar às reformas sociais

(KUNZ, 2001a, p. 159).

A educação é um ato político coletivo fruto da ação de todos os envolvidos na

dinâmica do processo ensino-aprendizagem. E para compreendê-la temos que vinculá-la

às condições estruturais da sociedade, bem como ao conjunto das relações sociais que

se dão em cada contexto histórico.

30

"A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas, devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social." (SANCHEZ, 2005)

Diante do exposto, fica claro que a educação inclusiva é antes de tudo uma

questão de direitos humanos.

Numa sociedade plural e democrática, a inclusão escolar representa um

amadurecimento da política educacional. Sendo assim, trazer a diversidade humana que

está na sociedade para dentro do espaço escolar significa democratizar esse espaço,

tornando o mais humanizado e representativo dos diferentes segmentos que compõem o

heterogêneo social.

A inclusão de todos não se restringe ao atendimento daqueles com

deficiências, pois decorre dos múltiplos fatores nela envolvidos que delimitam os grupos

marginalizados e excluídos em cada um dos momentos históricos de determinada

sociedade. Esses fatores incluem uma ampla rede de significações, determinações e

formas de se efetivar esse processo. Sendo assim, acredita se que políticas e práticas de

inclusão não têm um significado único e consensual, já que são determinadas por

múltiplos fatores.

“As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema

educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as

necessidades de qualquer dos alunos” (EDLER CARVALHO, 2004, p.26).

Partindo do pressuposto de que a educação é para todos, busca se

reconhecimento e valorização da diversidade e das diferenças individuais como

elementos intrínsecos e enriquecedores do processo escolar e a garantia do acesso e

permanência do aluno na escola. Acredita se, para tanto, que os sujeitos podem aprender

juntos, embora com objetivos e processos diferentes, tendo em vista uma educação de

qualidade. Conforme CARVALHO,

Especiais devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa

organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso; especiais são os procedimentos de

ensino; especiais são as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover

barreiras para a aprendizagem. Como esse enfoque temos procurado pensar no especial

da educação, parecendo-nos mais recomendável do que atribuir essa característica ao

alunado. (2000, p.17)

O referido conceito nos lança a mudanças significativas no contexto escolar no

que diz às questões pedagógicas, relacionais, administrativas e institucionais, garantindo

a aprendizagem de todos os alunos, tendo em vista o respeito pela diferença. Nessa

31

assertiva, CARVALHO( 2000, p. 17)“[...] a diferença não é uma peculiaridade das pessoas

com deficiências ou das superdotadas. Todos somos absolutamente diferentes uns dos

outros e de nós mesmos, a medida que crescemos e nos desenvolvemos. Somos todos

especiais.”

Portanto, a educação inclusiva requer interação entre os envolvidos no proces-

so educativo, visando à totalidade, numa perspectiva global que contemple todos os alu-

nos em suas necessidades individuais; isso requer uma proposta curricular articulada com

a realidade tendo como resultado a aprendizagem significativa, para a formação de um ci-

dadão consciente a exercer a cidadania.

Sendo assim, as discussões a respeito da inclusão devem ser ampliadas e

estendidas a toda comunidade escolar, para que haja o entendimento e respeito às

diferenças, já que somos todos diferentes com um jeito próprio de pensar e agir. Assim,

“[...] é preciso que tenhamos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos

descaracteriza e o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza.” (SANTOS

apud MONTOAN, 2003, p.34)

Dessa forma, inclusão educacional constitui se na universalização da

educação, se caracterizando em princípios que visam à aceitação das diferenças

individuais, à valorização da contribuição de cada pessoa, à aprendizagem através da

cooperação e à convivência dentro da diversidade humana.

Cabe ao educador a transformação da sociedade, inserindo os indivíduos na

sociedade de forma a intervir na mesma.

Os educadores além dos saberes educacionais específicos de sua área de

formação, precisam conhecer também áreas afins à sua, em decorrência do caráter

interdisciplinar desse ambiente.

A escola, sozinha, tem pouca força na construção da cidadania, pois o

projeto educacional autêntico está necessariamente em conflito com o modelo político de

uma sociedade que oprime a maioria e compromete inclusive o projeto pessoal dos

educadores. O trabalho pedagógico exige a institucionalização dos meios que

vinculam educadores e educandos, pois toda relação pedagógica depende de um

relacionamento humano direto.

O professor educador é aquele que busca construir se de verdade.

Ser um educador que conheça o universo do educando que tenha bom senso

que permita e proporcione autonomia a seus alunos. Que tenha entusiasmo, paixão, que

vibre com as conquistas de seus alunos que não discrimine, que seja participativo,

sabendo sempre que ele é um líder e que tem nas mãos a responsabilidade de um

processo de crescimento humano de formação de cidadão.

32

Dentro desta concepção o professor enquanto detentor dos fundamentos do

conhecimento cientifico, cabe o papel de mediador, ou seja, de desenvolver

procedimentos adequados para viabilizar a apropriação do conhecimento pelos alunos.

Pensar numa educação emancipadora, que busca a transformação da

realidade, o CONHECIMENTO deve ser visto como um processo, como produção; é a

construção do saber. Se o objeto do trabalho pedagógico é o conhecimento como

construção, a função e o objetivo do ato pedagógico é a ampliação do saber dos

educandos sobre determinada realidade. O “conteúdo”, as informações ou o saber

“historicamente acumulado pela humanidade” devem ser trabalhados (e não

“assimilados”) no ato pedagógico. No confronto entre o saber da humanidade, o educando

amplia o seu saber, e constrói capacidades e aptidões sociais, afetivas e cognitivas.

O importante é que o estudante compreenda o contexto, construa seu dizer e

desenvolva seu raciocínio lógico e criativo para participar ativamente da vida social. O ato

pedagógico centrado no conhecimento como construção é, por exigência, interativo,

interpessoal, participativo e democrático. Nessa concepção, portanto, está a importância

que os conhecimentos teóricos assumem na âmbito do trabalho educativo. A apropriação

dos bens culturais é imprescindível para que os indivíduos se tornem humanos, para que

superem o imobilismo que a própria estrutura social impõe, para se tornarem

protagonistas da sua história e da história dos homens.

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, “todo conhecimento

está estreitamente vinculado com relações de poder”. (TOMAS TADEU, 1999).

Sendo assim, o conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no

social gerando mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo

sempre uma intencionalidade. No que cabe a escola, o conhecimento deve ser dinâmico,

não uma mera simplificação do conhecimento cientifico, o mesmo é resultado de fatos,

conceitos, e generalizações, sendo portanto, objeto de trabalho do professor.

Na concepçã histórico crítica se reconhece que o currículo é uma questão

política, “não neutra”, uma vez que toda a proposta supõe sempre escolhas, nas quais

estão presentes interesses, coeficientes de poder, em busca de hegemonia.

De forma sintética a expressão currículo contextualizado no âmbito escolar,

reflete intenções (objetivos) e ações relativas a conhecimentos, procedimentos, valores,

formas de gestão e de avaliação, tornadas realidade pelo trabalho dos professores e sob

determinadas condições providas pela organização escolar, tendo em vista a melhor

qualidade do processo ensino aprendizagem.

33

Todo o processo de educação escolar, por ser intencional e sistemático, implica a

elaboração e realização (incluindo aí a avaliação) de um programa e experiências

pedagógicas a serem vivenciadas em sala de aula e na escola Estamos entendendo por

currículo esse conjunto de atividades.

Currículo refere-se tanto à proposta feita pela instituição, quanto ao caminho, ao

trajeto que o discente percorre no período de sua formação escolar. Entender o currículo

como um caminho, uma jornada, que tem referências, mapas, mas sempre admite

mudanças, atalhos, alterações significativas de rotas. O caminho a ser percorrido

dependerá, pois, dos sujeitos (em especial alunos e professores), do objeto de estudo e

do contexto.

Nessa perspectiva transformadora faz se necessário uma reestruturação

curricular para dar conta dessa escola pública inclusiva e participativa. A escola que

estamos construindo para atender “aos novos desafios” terá sua história marcada pela

construção coletiva e pelo entendimento da educação como um dos direitos fundamentais

do ser humano.

O currículo será efetivado mediante o princípio básico de diminuir a

desigualdade na distribuição dos recursos cognitivos para minimizar a exclusão a que a

grande maioria da população está exposta.

O compromisso da Escola São Francisco de Assis – Ensino Fundamental é

instrumentalizar o seu alunado, por meio de um currículo emancipador, para a leitura

crítica e transformação do mundo vivido. Ao pensar o currículo, estamos preocupados

com valores, atitudes e conhecimentos que contribuam com a sociedade inclusiva,

solidária e participativa que queremos construir.

Numa visão progressista de educação, os conteúdos são entendidos como

reais,vivos e dinâmicos, vinculados à realidade social e cultural.

Parte do pressuposto de que há uma íntima relação entre o processo por meio

do qual o homem produz conhecimento – o que pressupõe um método – e transmissão-

apropriação desse conhecimento – o que pressupõe uma metodologia. Pautamos em

uma perspectiva do método dialético e em uma metodologia de ensino numa perspectiva

crítica e emancipatória de educação.

Para alcançar um ensino que propicie aprendizagem significativa decidimos

pela Metodologi Histórico – Crítica, que tem como ponto de partida a prática social

(universo comum ao professor e ao aluno) e retomando, em seu término, novamente ao

social, portanto, articulada à prática social ( Rosella et al, 2006).

Neste contexto, analisando os conhecimentos historicamente produzidos é

possível selecionar os conteúdos relevantes, básicos e clássicos. Conforme Saviani

34

(2008) clássico não deve ser confundido com tradicional, pois conteúdos clássicos são

aqueles que resistiram ao tempo e permaneceram como contribuição fundamental para o

desenvolvimento cultural da humanidade.

Na Pedagogia Histórico crítica, uma preocupação marcante é com os

conteúdos, entendendo-os como conhecimento historicamente produzido.

Esses conteúdos estão vinculados à prática social, ou seja, não se bastam em

si. Segundo Gasparin (2007), o conteúdo é entendido como uma construção histórica, não

natural, portanto, uma construção social historicizada para responder às necessidades

humanas.

Os conteúdos são definidos a partir dos problemas encontrados no cotidiano,

possibilitando a transformação da compreensão sobre o vivido e oportunizando a

construção de conhecimentos significativos, que se reorganizam na relação entre os

conceitos cotidianos e científicos.

A vinculação dos conteúdos escolares com a proposta pedagógica é que estes

(os conteúdos) estão no centro das decisões pedagógicas escolares. Os conteúdos

traduzem os objetivos, mediando-os. Dos conteúdos dependem o encaminhamento da

proposta pedagógica e da prática docente. O seu papel é tão importante que, com a

identificação dos conteúdos da prática escolar, identifica-se também a direção pedagógica

que predomina nessa prática.

De posse destes princípios compreendemos que os conteúdos são

indispensáveis à compreensão da prática social, pois os mesmos revelam esta realidade

concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no

processo de transformação desta realidade.

O encaminhamento metodológico do trabalho com as Atividades

complementares Curriculares em Contraturno,deve:

a) Icorporar como princípio educativo, a metodologia da problematização

como instrumento de incentivo à pesquisa, à curiosidade pelo inusitado e ao

desenvolvimento do espírito inventivo, nas práticas didáticas;

b)Promover a valorização da leitura em todos os campos do saber,

desenvolvendo a capacidade de letramento dos alunos;

c) Articular teoria e prática, vinculando o trabalho intelectual com atividades

práticas experimentais;

d) Utilizar novas mídias e tecnologias, como processos de dinamização dos

ambientes de aprendizagem.

A concepção de educação progressista esta, epistemologicamente, vinculada à

pedagogia socialista, cuja intencionalidade está na transformação do status quo e não

35

para a adequar as necessidades do educando ao meio social, preparando o para a vida.

Esta concepção crítica de educação emerge uma outra compreensão de ensino e

aprendizagem e logo, de avaliação.

É democrático avaliar para garantir a apropriação e não para promovê lo em

nome da não exclusão. Isso implicaria segundo Kuenzer (2005) em uma inclusão

excludente.

Não obstante, pensar a avaliação de forma democrática e emancipadora

oportuniza refletir sobre a forma como se dá o processo de ensino e aprendizagem e

portanto, nas formas instituídas pela escola e pelos professores de avaliar o processo de

apropriação dos alunos. Assim posto,cabe uma reflexão a respeito das formas em que o

processo de ensino e aprendizagem e, consequentemente de avaliação é concebido, a

fim de romper com as formas ainda instituídas fragmentadas, híbridas e até mesmo,

desvinculadas da aprendizagem.

Desta forma, torna se urgente retomar o conceito de avaliação como

possibilidade perceber nos sujeitos escolares suas fragilidades, seus avanços e nesse

ínterim mediar o processo de apropriação do conhecimento. Além disso, faz se construir

definições e possibilidades que mostram como podem ser organizados os critérios e

instrumentos de avaliação no Plano de Trabalho Docente, partindo do pressuposto de que

o próprio processo de ensino e aprendizagem tem a avaliação como elemento articulador

entre um e outro e, ao mesmo tempo, intrínseco aos dois.

Avaliar, portanto, é uma ação intencional, pois é trabalho, o qual também

contribui para “fundar a humanidade do homem junto com a postura ética, para lhe dar

sustentação.”(Paro, (?)) Uma vez que não é possível, no processo educativo, ater se

apenas ao julgamento direto isto é bom ou não é bom, é preciso então utilizar meios

adequados aos fins estabelecidos para emitir juízos sobre as ações empreendidas pelos

sujeitos envolvidos em um determinado processo, no nosso caso, o processo educativo.

Como se pode ver falamos em avaliação dos sujeitos, o que leva à ideia de

que não se pode apenas avaliar o processo de aprendizagem, mas o de ensino também

e, necessariamente de forma concomitante.

Hoffmann propõe para a realização da avaliação, na perspectiva de

construção, duas premissas fundamentais: confiança na possibilidade do aluno construir

as suas próprias verdades; valorização de suas manifestações e interesses.

É preciso então, considerando a organização escolar e o currículo por

disciplinas e entendendo-se disciplina como “agrupamentos intelectualmente coerentes de

objetos de estudos entre si” (Wallerstein, In: Santomé, 1998), que cada disciplina defina

seus objetivos a partir da seleção de conteúdos estruturantes e específicos, que os

36

encaminhamentos metodológicos sejam adequados para desenvolver e organizar o

trabalho pedagógico em sala de aula e que critérios serão estabelecidos para avaliar o

trabalho em sala de aula e, consequentemente o aproveitamento/apropriação dos alunos

em função dele

A partir destas considerações podemos dedicar nos ao entendimento sobre

instrumentos de avaliação. É neste ato de planejar que o professor pode fazer suas

escolhas quanto aos instrumentos mais adequados para sua ação pedagógicas.

Avaliar significa ação provocativa do professor desafiando o educando a refletir

sobre as situações vividas, a formular e reformular hipóteses, encaminhando o a um

saber enriquecido, acompanhando o “vir a ser”, favorecendo ações educativas para novas

descobertas. A avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no

fazer educativo vinculando a a ideia de qualidade. Não há como evitar a necessidade de

avaliação de conhecimentos, muito embora se possa torná la eficaz naquilo que se

propõe: a melhora de todo o processo educativo.

Avaliar qualitativamente significa um julgamento mais global e intenso, no qual

o aluno é observado como um ser integral, colocado em determinada situação

relacionada às expectativas do professor e também deles mesmos. Nesse momento, o

professor deixa de ser um simples colecionador de elementos quantificáveis e utiliza sua

experiência e competência analisando os fatos dentro de um contexto de valores, que

legitimam sua atitude como educador.

Nessa perspectiva a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido

na medida em que se articula com um projeto pedagógico e com seu consequente

projeto de ensino. A avaliação, tanto no geral quanto no caso específico da

aprendizagem, não possui uma finalidade em si; ela subsidia um curso de ação que visa

construir um resultado previamente definido.

A avaliação de aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.

A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada

como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o

papel de auxiliar o crescimento. Como afirma Caldeira (2000):

A avaliação escolar é um meio e não um fim em si mesma; está delimitada por

uma determinada teoria e por uma determinada prática pedagógica. Ela não ocorre num

vazio conceitual, mas está dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de

homem, de educação e, consequentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na

teoria e na prática pedagógica. (p. 122)

O Conselho de Classe é o órgão colegiado de natureza consultiva e

37

deliberativa em assuntos didáticos pedagógicos, fundamentado no Projeto Político

Pedagógico da escola e no regimento escolar, com a responsabilidade de analisar as

ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do

processo ensino aprendizagem.

Os objetivos do Conselho de Classe é efetuar uma avaliação contínua do aluno

e da turma em seus aspectos qualitativos e quantitativos, aperfeiçoar o trabalho com o

aluno por meio de subsídios fornecidos pela equipe pedagógica, despertar no professor a

consciência de que é necessário realizar a auto avaliação contínua de seu próprio

trabalho, com base na qual ele deve replanejar suas atividades e métodos, criando

condições para um aprendizado mais eficiente por parte do aluno.

O Conselho de Classe deve ter condições para fazer uma avaliação do

desempenho de alunos e professores, analisar as práticas pedagógicas e traçar metas

coletivas ou individuais para solucionar ou amenizar problemas decorrentes do processo

ensino-aprendizagem.

Sendo assim a finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as

informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e

aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar se dos

conteúdos curriculares estabelecidos.

Também é função do Conselho de Classe verificar se os objetivos,

conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação

pedagógico educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político

Pedagógico.

Sendo assim o Conselho de Classe constitui se em um espaço de reflexão

pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem

alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

Cabe ao conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação da

série, devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem. A

individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deve ser

assegurados nas decisões sobre o processo da avaliação.

Por meio de procedimentos adequados é assegurada as condições

adequadas sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem.

Ao nos referir à recuperação paralela é preciso re-significar o seu conceito de

que o aluno não readquire o que nunca teve. Esta afirmação pode nos conduzir ao

reconhecimento que a recuperação diz respeito também ao ensino e suas estratégias e

não só a aprendizagem do aluno, também o mesmo não readquire um conteúdo que não

38

sabe. Esta afirmação leva nos a compreender que o caminho, o ponto central é o saber

que o aluno não domina. Assim para a elaboração de um trabalho de recuperação é o

“saber” do aluno e não apenas o “não saber”. Partir do que o sujeito sabe, domina, é início

de uma nova aprendizagem.

Portanto, para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o

acompanhamento do professor, sendo fundamental a compreensão de que a

aprendizagem ocorre a partir da mediação das pessoas por meio das relações sociais,

tendo claro que todos os sujeitos são singulares, únicos, com características

diferenciadas e, portanto, cada um se apropria do conhecimento de acordo com suas

especificidades. Não somos iguais, sendo assim, a aprendizagem passa a ser um

processo individual.

Paro(2001: 42) defende que A recuperação, em vez disso, deveria ser pensada

como princípio derivado da própria avaliação.

Esta, num processo contínuo e permanente, embutido no próprio exercício de

ensinar e aprender, diagnosticaria os problemas e dificuldades que a recuperação,

também num processo contínuo e permanente, de solucionar (ou intentar soluções) pelo

oferecimento de novos recursos e alternativas de ação.

A recuperação de estudos, portanto concomitante ao processo letivo, tem por

lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de

avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os

conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de

recuperação de estudos.

Portanto é preciso desvincular a ideia de reavaliação, que integra o processo

de recuperação de estudos, através apenas das provas formais,pode ser uma pesquisa,

seminário de apresentação para grupo de alunos diferentes, conforme a dimensão do

conteúdo que não foi apropriada, entre outros.

Enfim todos as concepções aqui concebidas norteia a práxis pedagógica

defendida e praticada por nosso estabelecimento de ensino , vinculada a criação,

inovação e transformação da realidade social dos indivíduos envolvidos no processo

ensino aprendizagem, visando o pleno desenvolvimento do educando seu preparo para

o exercício da cidadania.

As instâncias colegiadas são os espaços de representação dos segmentos da

escola: discentes, docentes, pais e comunidade. É pela utilização desses espaços, fruto

da conquista da própria comunidade, que a gestão democrática ganha força e pode

transformar a realidade escolar. Isso depende, como já mencionamos, das elações que se

estabelecem entre os segmentos e a direção da escola.

39

Segundo Veiga (1998, p.113):

Portanto podemos considerar que a escola é uma instituição na medida em

que a concebemos como a organização das relações sociais entre os indivíduos dos

diferentes segmentos, ou então como conjunto de normas e orientações que regem essa

organização. (...) Por isso torna se relevante as discussões sobre a estrutura

organizacional de escola, geralmente composta por conselho Escolar e pelos conselhos

de Classe que condicionam tanto sua configuração interna, como o estilo de interações

que estabelece com a comunidade.

Nesta perspectiva os órgãos colegiados têm possibilitado a implementação de

novas formas de gestão por meio de um modelo de administração coletiva, em que todos

participam dos processos decisórios e do acompanhamento, execução e avaliação das

ações nas unidades escolares, envolvendo as questões administrativas, financeiras e

pedagógicas.

O conselho escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora. Ele dá pareceres

referentes ao trabalho de organização e realização do trabalho pedagógico e

administrativo da instituição escolar, em conformidade com as políticas e diretrizes

educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político

pedagógico e o Regimento Escola/Colégio , para o cumprimento da função social e

específica da escola (Estatuto do Conselho Escolar, 2005).

O Conselho Escolar tem por função a articulação entre os vários setores da

escola, tendo em vista o atendimento das necessidades comuns e os encaminhamentos

necessários à solução de problemas administrativo e pedagógico que possam interferir no

funcionamento da mesma.

Em face do exposto, constata se que o Conselho Escolar é o grande aliado da

direção na gestão da escola. No entanto, para que essa parceria realize um trabalho de

acordo com o esperado e satisfaça a comunidade, é preciso que haja sintonia entre os

parceiros e abertura por parte da direção para ouvir e aceitar a voz do conselho.

É fundamental que se estabeleça uma relação de respeito pela opinião de

seus pares, cumplicidade nas tomadas de decisão e, principalmente, que todos tenham

objetivos comuns. Diante deste contexto, objetivamos ampliar a participação da

comunidade escolar e local na gestão administrativa, financeira e pedagógica da escola;

apoiar a implantação e o fortalecimento do Conselho Escolar; promover em parcerias , a

capacitação dos conselheiros escolares;.

A APMF é um grupo de pessoas que vivem no entorno e dentro da escola, contribuindo

para a formação da cidadania, não tendo caráter político partidário, religioso, racial, e sem

40

fins lucrativos.

A função da APMF é discutir, no âmbito de ação, sobre ações de assistência

ao educando, de aprimoramento de ensino e integração da família escola comunidade,

enviando sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do

Conselho Escolar e equipe pedagógica administrativa. Portanto, tem como atribuições:

acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, sugerindo as alterações que

julgar necessárias ao Conselho Escolar; estimular a criação e o desenvolvimento de

atividades para pais, alunos professores, funcionários, assim como para a comunidade,

após análise do Conselho escolar; mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua

organização enquanto órgão representativo, para que esta comunidade expresse suas

expectativas e necessidades.

A APMF presta assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a

proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.

Incentiva a busca de integração dos segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa

comunidade. Promoverá entrosamento entre os pais, alunos, professores, funcionários e

toda comunidade, através de atividades socioeducativa cultural.

O Grêmio Estudantil é uma representação do corpo discente da escola. Ele

deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes. É de

fundamental importância esta representação escolar para a democratização e evolução

do Colégio. Devendo ao mesmo representar a vontade coletiva dos estudantes e

promover a ampliação da democracia, desenvolvendo a consciência crítica.

O objetivo do Grêmio Estudantil, é defender os direitos e interesses dos

alunos, bem como cooperar para melhorar a escola e a qualidade de ensino incentivando

e promovendo atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais.

O Grêmio Estudantil deve representar os estudantes, defender seus direitos,

estreitar a comunicação dos alunos entre si e com a comunidade escolar, promovendo

atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais. Também é função do

Grêmio realizar intercâmbio de caráter cultural e educacional com outras instituições.

A formação continuada é necessária ao bom professor para desenvolver práticas

pedagógicas, aproveitando ao máximo todas as oportunidades que lhe são oferecidas e

buscando sempre novas ocasiões de melhorar, num esforço constante de

aperfeiçoamento pessoal e profissional. A tarefa do professor não é simples.

Por isso, no aperfeiçoamento profissional, devemos destacar como importantes: a

observação das atividades de bons professores, a capacidade de análise do trabalho de

41

classe, para, além de apreciar os aspectos positivos de cada um, reconhecer em que

pontos isto poderá ser melhorado, quais as causas das falhas existentes e de que modo

elas poderão ser superadas.

Isto o tornará mais apto para, ao exercer sua função, analisar constantemente o

próprio trabalho, buscando os fatores dependentes quase todos de sua capacidade de

conduzir os educandos para os objetivos em vista, que podem influir para que obtenha ou

não os resultados desejados.

Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em

muitos tempos e espaços diferentes. O avanço da tecnologia se processou rapidamente

em meados do século XX até os dias de hoje. Nos dias atuais temos que correr através

do tempo e acompanhar o avanço das tecnologias, podendo enriquecer nosso trabalho

com este instrumento nas mãos, desde que estejamos preparados para isso.Um fator

importante a ser mencionado trata-se da questão do avanço da tecnologia, que nos dias

de hoje vem se multiplicando, e nesse sentido todos precisam estar atualizados,

utilizando as tecnologias como instrumento no aprendizado de nossos educandos,

enriquecendo este processo de trabalho.

O século XXI revela-nos, pois, a escola e o aluno mergulhados no grande avanço

tecnológico desta nova fase do processo ensino-aprendizagem. Hoje, a tecnologia e a

escola estão caminhando, lado a lado colhendo inúmeras vantagens das múltiplas formas

do aprender.

42

7. MARCO OPERACIONAL- Organização Interna da Escola São

Francisco

Tomando o pensamento de GANDIM (1994) partilhamos da ideia de que não

basta só saber onde estamos, mas principalmente, onde queremos chegar, ou seja, é

importante ter a clareza de onde se está, mas necessariamente saber onde se quer

chegar para estabelecer as metas e a forma de alcançá-las.

Enquanto escola, devemos planejar nossas metas e ações para a efetivação

dos princípios que estabelecemos coletivamente, para tanto, torna se necessário

conhecermos como a escola está organizada. Nesse sentido a Escola Estadual São

Francisco de Assis está em conformidade com a estrutura funcional da Secretaria de

Estado da Educação do Paraná.

A Equipe Administrativa é composta por: Direção, Secretário, que atua no

trabalho pedagógico e administrativo que envolve os aspectos burocráticos, tomadas de

decisões inerentes a todos os servidores lotados no estabelecimento de Ensino. O

Servidor assistente Administrativo, exerce o trabalho relativo a vida escolar de cada aluno,

atualizando matrículas, documentos confidenciais, arquivos, emitindo ofícios e

declarações em nome do estabelecimento de ensino.

A Equipe Pedagógica é coordenado por Professor Pedagogo, que atua

diretamente no atendimento aos alunos e aos professores de forma individual ou coletivo,

com objetivo de melhorar o rendimento escolar destes, e, sempre com o apoio dos pais

que são convocados para acompanhamentos constantes dos filhos na Escola. É de

responsabilidade da Equipe Pedagógica a elaboração e execução dos projetos que visam

uma interação e qualificação do trabalho escolar, ao contextualizar conteúdos

disciplinares com a prática cotidiana.

O Corpo Docente, responsável pela construção do saber elaborado, exerce um

papel fundamental em sala de aula, pois são a partir das relações profissionais dos

professores que acontece o processo ensino aprendizagem.

O Agente Educacionai I , exercem um trabalho muito importante, sendo

responsável pela manutenção de infraestrutura dentro do estabelecimento de ensino, pois

através das atitudes de cuidados com a limpeza, preparo da merenda, faxina geral,

arrumação das salas da Escola, ensinam aos alunos o comportamento adequado em

relação ao respeito que se precisa ter com patrimônio público e principalmente com o

meio ambiente.

43

Na tentativa de reverter os índices de reprovação e evasão escolar, os

professores buscam novas metodologias e mudanças de postura em sala de aula para

que a escola se torne mais atuante dentro do contexto em que está inserida.

Para todos os alunos será proporcionada a recuperação de estudos de forma

paralela, ao longo da série ou período letivo. A recuperação de estudos será planejada,

constituindo se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às

dificuldades dos alunos.

Na recuperação de estudos, o professor considera a aprendizagem do aluno

no decorrer do processo, e entre a nota da avaliação e da recuperação, prevalecerá

sempre a maior. Recupera se o conteúdo com nova oportunidade de aprendizagem e não

o instrumento avaliativo, e preferencialmente com novas estratégias de estudo e de

recuperação.

Sendo assim propomos:

- Retomar os conteúdos que não foram apropriados através de uma

metodologia diferente ;

- Recuperar os objetivos não alcançados durante o bimestre;

Neste intuito a recuperação paralela se processará de várias formas, como:

roteiro de estudos, pesquisa, produção de texto, atividades em grupo, seminários,

trabalhos de pesquisa, revisão das avaliações, entre outros.

Enfim, primando pelos aspectos qualitativos, visando a realização de um

trabalho de forma ordenada e eficaz que contemple os resultados conquistados pelos

alunos durante os bimestres e o ano letivo.

A classificação será efetuada por meio de:

- Promoção – alunos que cursaram com aproveitamento a série anterior. Cabe

ressaltar que a escola não oferece o sistema de progressão parcial.

− Por transferência – para alunos procedentes de outras escolas do país ou do

exterior; Independentemente de escolarização anterior – mediante avaliação feita pela

escola e acompanhada pelo NRE, que defina o grau de desenvolvimento do solicitante e

permita sua inscrição na série adequada.

No que se refere a reclassificação, será feita através da avaliação do grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, bem como a lei vigente, a fim de encaminha-lo ao período de estudo

compatível com seu desempenho, independentemente do que se registre no seu histórico

escolar anterior na própria escola. Este processo terá início, a partir de solicitação por

parte do educando e/ou responsável ou professor.

44

A escola busca tomar todas as iniciativas para garantir a permanência do aluno no

sistema educacional, conscientizando-o da importância da educação em sua vida e para

seu futuro, mantendo contato freqüente e direto com os pais ou responsáveis,

enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos. Neste sentido

realizamos orientações e encaminhamentos a rede sócio educacional, tais como:

Conselho Tutelar; zela por crianças e adolescentes que foram ameaçados ou que tiveram

seus direitos violados e aplica medidas de proteção de acordo com o ECA. Patrulha

Escolar; A Patrulha Escolar Comunitária é a alternativa inteligente que a PMPR encontrou

para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os problemas de

segurança encontrados nas escolas.

Problemas esses que se faziam presentes em quase todos os estabelecimentos de

ensino e que em uns, mais que em outros, determinavam comprometimento na segurança

dos alunos, professores, funcionários e instalações dos estabelecimentos. CRAS; são

unidades de execução dos serviços de proteção social básica destinadas à população em

situação de vulnerabilidade social, decorrentes da pobreza, privação de vínculos afetivos,

serviços e atividades que visam previnir as situações de risco.

Em articulação com a rede socioassistêncial.CREAS; é uma unidade pública

estatal responsável pelo atendimento às famílias e aos indivíduos com seus direitos

violados, mas que ainda estejam com os vínculos familiares, mesmo tênues, e que se

encontrem em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de violência física,

sexual, psicológica, exploração sexual, negligência, uso de drogas e trabalho infantil,

entre outros.

Buscamos apoio junto a rede sócio-educacional a fim de respeitar os direitos dos

nossos educados no que se trata de seus direitos e necessidades.

Desenvolvemos um trabalho de intervenção nas questões de enfrentamento a

atitudes discriminatórias e preconceituosas frente à comunidade escolar, através da

equipe multidisciplinar e dos docentes, com o objetivo de que nossos direitos e deveres

sejam os mesmo independentes de nossa raça, cor ou credo.

45

7.1 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

*A construção da nova sociedade exige uma compreensão do mundo em que

vivemos e seus determinantes históricos, da função da escola e seus desafios na

construção de uma sociedade mais humana. Ainda temos grande dificuldade para efetivar

os princípios da educação e da escola que queremos: pública, gratuita, democrática e de

qualidade para todos. Essa busca precisa acontecer no cotidiano da escola, num

constante trabalho de reflexão, de diálogo, de construção coletiva e compreensão de seu

papel no contexto social.

Temos que repensar sobre a busca de sentido da vida escolar num mundo

globalizado e amadurecer a concepção de que seus problemas são de responsabilidades

do processo social, portanto a solução para tais desafios exige ações coletivas. São as

diferentes funções desempenhadas por diversas pessoas que são trabalhadoras da

educação dentro da escola que garantem a construção de uma escola pública,

democrática, de qualidade e humanizadora.

O verdadeiro sentido do trabalho pedagógico está no compromisso com a

emancipação humana e transformação da sociedade, isso implica em conhecer sua

história, suas contradições e assumir uma posição a favor de uma prática pedagógica

adequada ao atual contexto social, econômico e cultural, ou seja, assumir uma

posição em relação à educação, a forma de educar e para que educar.

7.2 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA E OS

INSTRUMENTOS DA AÇÃO COLEGIADA

Embasados nestes princípios a Escola São Francisco, prima pela gestão

democrática, onde é enfatizado por meio das instâncias colegiadas que compõem a

comunidade escolar e que motivam a existência de um estabelecimento de ensino, que se

preocupa com o envolvimento político de todos os envolvidos. Justificando, citamos Zilah

Veiga, que afirma, “é preciso desencadear um movimento no sentido de organizar o

trabalho pedagógico com base na concepção de planejamento participativo e

emancipador.” (In, VEIGA1998, p. 124).

A Escola Estadual São Francisco de Assis está organizada basicamente nas

instancias colegiadas do Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais,

Mestres e Funcionários (APMF), Representante de turma e o Grêmio Estudantil. A

constituição do Conselho Escolar, que é “um órgão colegiado, formado por todos os

46

segmentos da comunidade escolar: pais alunos, professores, direção e demais

funcionários.” (Ciseki In, MEC, 1998, p. 49), a nosso nosso ver é o primeiro passo para a

autonomia e a gestão democrática da escola pública, sendo o segundo passo, a

construção de forma democrática e participativa do Projeto Político-Pedagógico.

Nosso desafio é desenvolver uma ação pedagógica democrática, contribuindo

para que a escola seja um espaço onde todos participem do planejamento e execução de

todas as suas ações, onde o conjunto de valores, normas e relações obedeçam a uma

dinâmica singular e viva” (VEIGA e RESENDE, 1998).

Para que isso ocorra, é de fundamental importância a construção de uma boa

relação entre todos os agentes escolares, dando aos mesmos que estão direta ou

indiretamente ligados à escola, a oportunidade de participarem da elaboração de um

projeto emancipador. Sendo assim se faz necessário que os papéis de cada ator deste

processo seja discutido e definido na coletividade.

Citamos ainda Vasconcellos, que dá grande ênfase ao planejamento das

ações educacionais, afirmando que “cabe ao planejamento a oportunidade de repensar

todo o fazer escolar, como um caminho de formação dos educadores e dos educandos,

bem como de humanização, de desalienação e de libertação.” (1995, p. 92).

Temos como partida a construção de uma gestão compartilhada, que é ponto

crucial para o sucesso de um plano de formação continuada. As ações serão lideradas

sobretudo pelo diretor, que deve organizar e juntamente com sua equipe, orientar o

trabalho coletivo de sua comunidade escolar.

Nesta perspectiva a intenção da escola dentro de uma Gestão Democrática,é

ter a cooperação de todos envolvidos, atendendo aos níveis e modalidades de Ensino

desta Instituição. Ressaltando a necessidade de envolvimento dos segmentos escolares:

Direção, Direção auxiliar, professores, funcionários, alunos, APMF, Conselho Escolar,

Conselho de Classe, Grêmio Estudantil e comunidade.

Estabelecer uma direção, uma intencionalidade, com reflexão acerca da

concepção de escola e sua relação com a sociedade, definir ações educativas para que

a mesma cumpra sua função social. Para o planejamento e realização das ações se faz

necessário compreender princípios educacionais para a efetivação da autonomia politico

pedagógica na gestão da escola.

A autonomia é uma questão vital para a gestão democrática da escola pública,

e que a nosso ver o Projeto Político Pedagógico é um instrumento eficiente e capaz de

dar a essa escola pública, condições de se planejar e buscar meios e aglutinar pessoas e

recursos na concretização desse projeto, que para nós, antes de tudo é um projeto de

vida, de no mínimo uma geração, que necessita de pessoas envolvidas na sua construção

47

e execução, que tenham bem definidas uma visão de homem, uma visão de sociedade e

uma visão de mundo, tendo bem clara, que homem essa escola irá formar, para qual

sociedade e para qual mundo, mundo esse que devido ao fenômeno da globalização

afeta qualquer ser humano em qualquer parte do nosso planeta.

Reforçando o nosso entendimento sobre a importância do Projeto Político –

Pedagógico em ser um instrumento poderoso para a gestão democrática da escola

pública, para a formação da consciência coletiva, para a mudança de hábitos tanto dos

alunos, seus familiares e da comunidade em geral, e na imersão do homem na vida

pública de sua comunidade, citamos novamente o nosso grande mestre Paulo Freire

(2002, p. 96), que afirma, “O que importa é que a escola de nossa atualidade eduque seu

aluno e suas famílias no sentido da responsabilidade social e política, de que somos tão

carentes ainda”.

Responsabilidade que só se ganha vivendo. Que só se obtém inserindo em

projetos onde seja ela experimentada. Reforçando ainda essa posição da necessidade da

comunidade escolar participar do planejamento educacional, citamos novamente Paulo

Freire, onde ele afirma que:

“Todo o planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem que

responder às marcas e aos valores dessa sociedade. Só assim é que pode funcionar o

processo educativo, ora como força estabilizadora, ora como fator de mudança. Às vezes,

preservando determinadas formas de cultura. Outras, interferindo no processo histórico,

instrumentalmente.” De qualquer modo, para ser autêntico, é necessário ao processo

educativo que se ponha em relação de organicidade com a contextura da sociedade a

que se aplica (2002, p.10)

A Escola Estadual São Francisco de Assis, em consonância com o contexto

histórico no qual estamos inseridos, com a proposta de Educação, de Sociedade e de

Homem que desejamos e à luz dos princípios norteadores desta proposta, propõe

repensar a ação educativa em relação a questões administrativas, pedagógicas e

comunitárias que responda às necessidades educacionais de nossa comunidade.

No campo pedagógico, propomos refletir, analisar nossa prática com base em

referenciais teóricos e discussões que possibilitem o acesso a informações

sistematizadas sobre o processo ensino-aprendizagem.

No campo administrativo, propomos a gestão democrática caracterizada por

práticas transparentes e participativas. Para tanto a escola continuará mediando diversas

formas de participação do coletivo escolar. As ações e instrumentos que demonstram isso

se apresentam nas decisões coletivas, na prestação de contas, na ênfase do trabalho do

Conselho Escolar. Também incentivaremos a prática de interesses coletivos.

48

No âmbito comunitário, a relação escola comunidade, é um desafio

conseguirmos a participação da maioria dos pais nos eventos que a escola promove

periodicamente. A Sala de Recursos está atendendo dentro de sua capacidade, com

profissionais da área, visando um atendimento individualizado, através de cronogramas,

com objetivo de propiciar condições para melhor entendimento aos nossos educandos em

suas dificuldades detectadas através de avaliações pelos profissionais.

Diante deste quadro, e compreendendo a importância da participação dos pais

na escola empenharemos mais esforços no intuito de proporcionar esta parceria.

Diante da exposição fica claro a necessidade de definirmos o papel específico

dos segmentos da comunidade escolar.

Ao diretor cabe a responsabilidade máxima quanto à consecução eficaz da

política educacional e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais organizados,

dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os

recursos para tal deverá evoluir de forma a aprimorar a gestão democrática da escola no

sentido do melhor desempenho de suas funções nos aspectos administrativos, financeiros

e pedagógicos, avançando para a composição de uma direção colegiada que contemple

todos os segmentos da escola.

Por sua posição, seu desempenho exerce forte influência sobre todos os

setores e pessoas da escola, portanto, é do bom desempenho e de sua habilidade em

influenciar o ambiente que depende, em grande parte, a qualidade deste ambiente e clima

escolar, o desempenho do seu pessoal e a qualidade do processo de ensino e

aprendizagem.

A função pedagógica do Diretor está pautada em práticas coletivas e

individuais baseadas em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo escolar onde, da

direção, que é parte desse coletivo escolar, exige se liderança e vontade firme para

coordenar, dirigir e comandar o processo decisório onde a participação é elemento

inerente à consecução dos fins.

O Programa São Francisco Cultural constitui-se em uma oportunidade de

aproximar a família da escola, pois, permite a participação destas nas atividades culturais

que a proposta proporciona. São destinados momentos específicos para a participação

das famílias, onde as mesmas interagem com os alunos e os demais membros da

comunidade escolar.

O Programa Mais Educação é uma proposta do governo Federal que atenderá

aproximadamente 100 alunos matriculados no Estabelecimento e se enquadra na

proposta de se manter o aluno em período integral na escola. O Programa conta com seis

atividades que foram selecionadas a partir da explanação e consulta à comunidade

49

escolar, que definiu as oficinas pela afinidade dos alunos com relação aos temas

propostos no Macro campo.

A Escola Estadual São Francisco de Assis busca com o desenvolvimento desses

programas minimizar problemas que interferem direta ou indiretamente no

desenvolvimento educacional de nossos jovens, que estão expostos a várias situações de

risco desviando-os de sua verdadeira missão que é estudar.

Entendemos que a participação da comunidade nestas propostas, são de grande

valia pois, acreditamos que com a freqüência dos pais no ambiente escolar, possamos

estreitar laços de relacionamento favorecendo trabalho de todos com relação ao nosso

alvo principal que é o aluno, neste sentido também, as reuniões de acompanhamento ao

rendimento escolar que acontecem bimestralmente tem por objetivo despertar o hábito do

comparecimento da família na escola, onde esta possa tratar pessoalmente das questões

relacionadas ao desenvolvimento escolar dos filhos, além disso, as próprias convocações

que são para que os pais ou responsáveis possam tratar de particularidades de uma

forma discreta e respeitosa.

Para o aprimoramento da prática pedagógica a escola conta com capacitações

para Professores proporcionadas pela SEED ( Secretaria de Estado da Educação ),

Reuniões Pedagógicas, Pré Conselho, Conselho Escolar onde se busca através destes

momentos refletir e melhorar a prática pedagógica com uma equipe multidisciplinar

atuante que busca minimizar os problemas relacionados ao processo de ensino

aprendizagem.

A avaliação é realidade em toda a realidade do processo ensino aprendizagem, de

forma qualitativa, diagnóstica e cumulativa. Para a promoção de série, o aluno deve

atingir uma média 6.0 pontos, por bimestre por disciplina. Toda avaliação realizada deve

ser ofertada ao aluno uma recuperação paralela. O aluno tem direito a ser avaliado com

no mínimo dois instrumentos avaliativos. Em nossa escola nossas ações escolares são

pensadas e (re)organizadas pela comunidade escolar, de modo a diagnosticar a

realidade, favorecendo uma prática pedagógica de forma que o conhecimento contribua

para a autonomia do aluno, do ponto de vista intelectual, social e político.

Organizamos ações com base na situação real que expressem os objetivos

estabelecidos e considerem as condições de formação inicial e contínua dos professores,

situação física do prédio, material utilizado por alunos e professores, acervo da biblioteca,

setor técnico administrativo (documentação e escrituração da escola), etc.. para que seja

possível superar as dificuldades existentes e as que surgirem para o sucesso da

aprendizagem dos educandos e aperfeiçoamento dos profissionais.

Enquanto escola procuramos desenvolver um trabalho diversificado capaz de

atender as dificuldades e distintas necessidades através de uma grande diversidade de

50

situações e recursos pedagógicos, alterando sempre diferentes formas de trabalho

( coletivo, individual, diferenciado em pequenos grupos), promovendo condições para a

interação e a integração entre os alunos, as fontes e os objetos de conhecimento.

51

7.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico

Cabe a todo o corpo da Escola São Francisco de Assis a tarefa de avaliar

periodicamente aspectos de execução do Projeto Político Pedagógico, à luz das

informações disponíveis: resultados de atividades organizadas por todos os participantes.

Nestes aspectos em que se procura ser justo e democrático na avaliação, será

desenvolvido por todos, onde um estará ajudando o outro a se auto avaliar, lembrando

sempre de seus objetivos para que a escola caminhe bem. Desenvolveremos reuniões

semestrais, envolvendo representantes de todas as instâncias colegiadas que completam

o ambiente escolar (APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil), para realização de uma

avaliação onde possa contemplar todos os setores do estabelecimento de ensino.

O processo de avaliação consiste essencialmente em determinar se os

objetivos propostos estão sendo realmente alcançados, portanto, é coleta sistemática de

evidências por meio das quais se determinam mudanças que ocorrem em todo ambiente

escolar. É um sistema de acompanhamento de qualidade, pelo qual pode ser

determinada, em cada etapa do processo, e que mudanças precisam ser feitas.

52

Referências Bibliográficas

GADOTTI, Moacir, ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da Escola: Princípios e

Propostas. São Paulo: Cortez, 1997.

PIMENTA, Selma Garrido. A Construção do Projeto Pedagógico na Escola de 1 o. Grau. In: Série Idéias nº8. São Paulo: FDE/ Governo do Estado de São Paulo, 1992.

RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de.; VEIGA, Ilma Passos A .( orgs.). Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

RIOS, Terezinha A. Significados e Pressupostos do projeto pedagógico. In: Série Idéias nº 15, São Paulo: FDE, 1993.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do nosso tempo. Campinas: Autores Associados, 1994.

VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (org.). São Paulo; Cortez, 1996, p. 127.

SAVIANI, Demerval, Sentido da pedagogia e papel do pedagogo, ANDE / Revista da Associação Nacional de Educação, n.º 9, 1985.

GADOTTI, Moacir, ROMÃO, José E. (orgs.). História das idéias Pedagógicas. São Paulo: Editora Ática, 8ª edição,2003.

PILETTI, Claudino, PILETTI, Nelson. (orgs) Filosofia e História da Educação. São

Paulo; Editora Ática, 2001,15ª edição.

MEC/CNE. Ensino Fundamental de 9 anos: orientações para a inclusão da criança de 6 anos de idade.2.ed.Brasília,2007.

ARIÉS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2006.

BRASIL. (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado.

BRASIL. (1996) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de

dezembro de 1996.

VYGOTSKY, Lev S., O teórico do Ensino como Processo Social,pg.92 a 94 / Revista

53

Nova Escola, Grandes Pensadores. ed. especial n.º 19, julho de 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a

inclusão da criança de seis anos de idade/ organização do documento: Janete

Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília: FNDE,

Estação Gráfica, 2006.

AMARAL, Arleandra Cristina Talin do,CASAGRANDE, Roseli Corria de Barros e Viviane

Chulek,.- Ensino Fundamental de nove anos : orientações pedagógicas para os anos

iniciais- Curitiba, PR:Secretaria deEstado da Educação 2010. 176. ; 30 cm.

CAMARGO,Janira Siqueira, ROSIN, Sheila Maria, Psicologia da Educação e os

Processos de Aprendizagem e do Desenvolvimento, Formação de Professores EAD, nº

12, Editora UEM, Maringá, 2005.

GASPARIN, J.L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 2. Ed. Campinas:

Autores Associados, 2003.

54

ANEXOS

55

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: (0200) ASSIS CHATEAUBRIAND MUNICÍPIO: (04) ASSIS CHATAUBRIAND ESTABELECIMENTO: (00899) ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS-EFENDEREÇO: RUA MINAS GERAIS, Nº283 JARDIM PROGRESSOTELEFONE: (44) 3528-4515 / 9230ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º AnoTURNO: MATUTINO MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

BASENACIONALCOMUM

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 4 3Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso* 1 1 - -Geografia 3 3 3 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4

SUBTOTAL 23 23 23 23PARTEDIVERSIFI-CADA

L.E.M. Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa

Assis Chateaubriand, 09 de agosto de 2011.

56

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: (0200) ASSIS CHATEAUBRIAND MUNICÍPIO: (04) ASSIS CHATAUBRIAND ESTABELECIMENTO: (00899) ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS-EFENDEREÇO: RUA MINAS GERAIS, Nº283 JARDIM PROGRESSOTELEFONE: (44) 3528-4515 / 9230ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º AnoTURNO: VESPERTINO MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

BASENACIONALCOMUM

Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 4 3Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso* 1 1 - -Geografia 3 3 3 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4

SUBTOTAL 23 23 23 23PARTEDIVERSIFI-CADA

L.E.M. Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa

Assis Chateaubriand, 09 de agosto de 2011.

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CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia)

Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Deliberação 02/02 - CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12

9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 20

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 26 dias 23 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 31 30 31 1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 18 8 9 10 11 12 13 14 22 5 6 7 8 9 10 11

10 11 12 13 14 15 16 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 20

17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 dias24 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30 21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi

22 Paixão

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 2117 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 dias24 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 31

19 Feriado Municipal 7 Independência

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 19 6 7 8 9 10 11 12 19 4 5 6 7 8 9 109 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 11

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 24 dias23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31 12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República25 Na-tal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Conselho de Clas-se 4 dias Férias Discentes Férias/Recessos/Docentes

Dias letivos 202 janeiro 31 janeiro / férias 30 fevereiro 7 janeiro/julho/reces. 14

julho 18 dez/reces. 13dezembro 13 outros recessos 3Total 69 Total 60

Início/Término Férias

Conselho de Classe Planejamento Início/Término Bimestres

Término do 1º e 2º Semestres/Conselho de Classe 1º Bimestre 08/02 a 25/04/10 Semana Cultural e Esportiva 2º Bimestre 26/04 a 06/07/10 Recesso 3º Bimestre 25/07 a 13/10/10 Formação Continuada 4º Bimestre 14/10 a 16/12/10 Reunião Pedagógica

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Replanejamento / Início do 2º Semes-tre

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