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COLÉGIO ESTADUAL MONTEIRO LOBATO Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional Rua Bahia, 1258 – Fone-Fax: (44) 3323.1012 – E-mail: [email protected] Colorado - Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 1

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 · Articulação Ensino Fundamental Anos Inciais e Finais … ... Plano de Trabalho Docente … ... Proposta Pedagógica do Ensino Profissional

COLÉGIO ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional

Rua Bahia, 1258 – Fone-Fax: (44) 3323.1012 – E-mail: [email protected]

Colorado - Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2011

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SUMÁRIOIntrodução …............................................................................................................... 4

Justificativa …............................................................................................................. 5

Identificação do Estabelecimento …........................................................................... 6

Organização da Instituição Escolar …........................................................................ 8

Regime Escolar …............................................................................................. 9

Turno de Funcionamento ….............................................................................. 9

Constituição Física da Escola …................................................................................ 9

Perfil dos Profissionais da Escola ….......................................................................... 10

Calendário Escolar …................................................................................................. 11

Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica …............................................ 12

Ensino Aprendizagem................................................................................................. 14

Avaliação …................................................................................................................ 15

Gestão Democrática da Escola ….............................................................................. 17

Instâncias Colegiadas …............................................................................................ 17

Conselho Escolar …......................................................................................... 17

Conselho de Classe …..................................................................................... 18

Grêmio Estudantil …......................................................................................... 19

APMF …............................................................................................................ 20

Estágio não Obrigatório ….......................................................................................... 21

Caracterização Socioeconômica Cultural da Comunidade Escolar …...................... 22

Organização do Tempo e Espaço da Escola ….…..................................................... 23

Organização Curricular …........................................................................................... 23

Diretriz Curricular ….................................................................................................... 25

Articulação Ensino Fundamental Anos Inciais e Finais ….......................................... 25

Articulação Ensino Fundamental e Médio …............................................................. 28

Matriz Curricular – Ensino Médio …........................................................................... 30

Ensino Fundamental …............................................................... 31

Formação de Docentes …........................................................... 32

Técnico em Administração - Subsequente ….............................. 33

Técnico em Secretariado - Subsequente …............................... 34

Espanhol – Básico …................................................................... 35

Reuniões Pedagógicas …........................................................................................... 35

Intervenções Pedagógicas …..................................................................................... 35

Educação Inclusiva …................................................................................................. 35

Programa e Atividades Integradoras do Currículo...................................................... 38

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Sala de Apoio à Aprendizagem …........................................................................... 38

CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna ….............................................. 38

Sala de Recursos …................................................................................................ 38

Sala de Recursos Multifuncional …......................................................................... 39

Formação Continuada …............................................................................................ 39

Acompanhamento e Realização da Hora Atividade …............................................... 40

Avaliação …................................................................................................................ 40

Do Processo de Classificação …................................................................................ 43

Do Processo de Reclassificação …............................................................................ 44

Plano de Trabalho Docente ….................................................................................... 45

Plano de Ação da Escola …....................................................................................... 45

Proposta Pedagógica do Ensino Profissional …......................................................... 48

Curso Formação de Docentes da Educação Infantil................................................... 49

Proposta Pedagógica Curricular …............................................................................. 50

Proposta Pedagógica Curricular de Arte …............................................................. 50

Proposta Pedagógica Curricular de Biologia …...................................................... 58

Proposta Pedagógica Curricular de Ciências …..................................................... 61

Proposta Pedagógica Curricular de Ed. Física …................................................... 68

Proposta Pedagógica Curricular de Ensino Religioso …....................................... 97

Proposta Pedagógica Curricular de Física ….......................................................... 100

Proposta Pedagógica Curricular de Geografia …................................................... 105

Proposta Pedagógica Curricular de História …....................................................... 114

Proposta Pedagógica Curricular de L. E. Moderna Espanhol – CELEM …............ 124

Proposta Pedagógica Curricular de L. E. Moderna – Inglês …............................... 140

Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa …..................................... 146

Proposta Pedagógica Curricular de Matemática …................................................. 163

Proposta Pedagógica Curricular de Química …...................................................... 169

Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia …..................................................... 177

Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia ….................................................. 180

Avaliação do Projeto Político Pedagógico.................................................................. 186

Referências Bibliográficas …...................................................................................... 186

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INTRODUÇÃO

A proposta de gestão democrática para a escola pública reflete a atualidade

dos processos políticos no Brasil. São reformas em âmbito nacional, estadual e municipal

que alteram a visão da educação pública, do cidadão/aluno, do corpo docente, dos

setores administrativos e serviços gerais da escola e da equipe pedagógica.

Segundo Oliveira (1.999, p. 31),

“A ação política democratizante no interior da escola ocorre pela transformação das práticas sociais que se desenvolvem em seu interior, tendo em vista a necessidade de se ampliar os espaços de participação, de se ampliar os debates, respeitando-se as diferenças de interesse entre os diversos sujeitos e grupos de interação, e criando condições para uma participação autônoma dos diversos segmentos, viabilizando, nesse processo, a horizontalização das relações de força entre eles”.

Os problemas precisam passar a serem resolvidos pelo coletivo da

comunidade escolar. Não há mais espaço para que um ou alguns determinem os

parâmetros e a filosofia política e educacional da escola, e para que outros, a maioria,

passe grande parte do seu tempo tentando se engajar e se apropriar de determinações

das quais não participou, não debateu, não opinou, ou seja, não foi agente de sua

construção.

“A participação favorece a experiência coletiva ao efetivar a socialização de decisões e a divisão de responsabilidades. Ela afasta o perigo das soluções centralizadas e dogmáticas desprovidas de compromisso com os reais interesses da comunidade escolar, efetivando-se como processo de co-gestão. A participação constitui-se, pois, em elementos básicos de integração social democrática”. (PRAIS, 1.996).

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JUSTIFICATIVA

A Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96), concedeu a escola

progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira.

A construção do Projeto Político Pedagógico se faz necessário para atender a

legislação vigente e a sociedade da qual está inserida, onde a escola planeja suas

atividades, define sua filosofia, elabora e executa sua proposta pedagógica assegurando

a gestão democrática. Essa autonomia permite a escola construir sua identidade

permitindo à equipe escolar uma atuação que a torna sujeito histórico de sua própria

prática. Portanto, promovendo a melhoria da qualidade de ensino.

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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Escola/Colégio: Colégio Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental, Médio,

Normal e Profissional.

Código: 00217

LOCALIZAÇÃO: Colorado

Código: 0590

Dependência Administrativa: Estadual

Código:

NRE: Maringá

Código: 19

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Aspectos históricos:

O Colégio Monteiro Lobato é público, e de referência na cidade de Colorado,

busca atender a comunidade cada vez melhor, tentando superar suas dificuldades para

ofertar um ensino de qualidade.

Por volta de 1970, houve um grande crescimento da população "colorados", e

o êxodo rural, surgindo então a necessidade da ampliação da rede escolar para o

atendimento estudantil, pois a procura tornou-se maior do que a demanda.

Através do decreto nº 31.048 de 11/09/1970 criou-se o Grupo Escolar

Monteiro Lobato, cuja Direção a cargo do professor Norival Antônio Dias.

Em 1978, com o decreto 5322 de 02/08 alterasse a denominação para Escola

Monteiro Lobato – Ensino de 1º Grau.

Com o parecer 038 de 01/02/78 do Conselho Estadual de Educação

determina que o Estabelecimento seja regido pela Lei 5692 aprovando as habilitações de

Técnico em Contabilidade e Magistério, passando a denominar Colégio de Colorado –

Ensino de 2º Grau, ficando extinta a Escola Normal Colegial Estadual Maria Auxiliadora e

o Colégio Comercial Estadual de Colorado.

O decreto 2670 de 21/07/80 denomina este Estabelecimento como Colégio

Monteiro Lobato – Ensino de 1º e 2º Graus.

Através do decreto 2670 de 23/07/80, houve a implantação da 1ª a 4ª séries.

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• A Resolução 2115 de 31/08/1982 implanta neste Estabelecimento 5ª a 8ª série, o

curso Magistério e o Auxiliar Técnico em Contabilidade (início do curso) e Resolução

4531 de 24/12/1991 (para Técnico em Contabilidade).

• A Resolução 635 de 11/03/1987 cria o curso de Educação Geral.

• O Decreto 2545/88 cria o Ciclo Básico de 1ª a 2ª séries neste Estabelecimento.

• A Resolução Secretarial nº 3120/98, publicada no Diário Oficial de 11/09/1998,

denominou este Estabelecimento de Ensino como Colégio Estadual Monteiro

Lobato – Ensino Fundamental e Médio.

• A Resolução nº 2279/99 cessou as atividades do Ensino Fundamental (1ª a 4ª

série) mantidas pelo Governo do Estado do Paraná, em caráter definitivo, do

Colégio Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental e Médio, autorizado a

funcionar pela resolução 2670/80.

O Ato Administrativo nº 006/2005, homologou o Parecer nº 006/2005 de

10/01/2005, de Setor de Estrutura e Funcionamento do Núcleo Regional de Ensino

– Maringá, referente ao Adendo nº 2 do Regimento Escolar, autorizando a

implantação do Curso Técnico em Administração – Subsequente.

O Ato Administrativo nº 007/2005, homologou o Parecer nº 007/2005 de

10/01/2005, de Setor de Estrutura e Funcionamento do Núcleo Regional de Ensino

– Maringá, referente ao Adendo nº 2 do Regimento Escolar, autorizando a

implantação do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos

Iniciais do Ensino Fundamental – Integrado.

O Curso de Técnico em Secretariado ainda está em processo de

implantação.

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ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

Modalidades de Ensino

O colégio atende as modalidades Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissional em três turnos: manhã, tarde e noite.

Manhã: Ensino Fundamental, 8º e 9° ano;

Ensino Médio, 2ª e 3ª séries;

Tarde: Ensino Fundamental, 6º e 7º ano;

Ensino Médio, 1ª séries;

Noite: Ensino Médio, 1ª, 2ª e 3ª séries;

Ensino Profissional: Formação De Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental,1º,2º,3º,4º e 5º anos;

Curso Técnico em Administração – Subsequente: 1º, 2º e 3º períodos;

Curso Técnico em Secretariado – Subsequente: 1º e 2º períodos.

Estrutura da escola

De porte 7, o Colégio atua em 3 turnos, atendendo no período manhã o Ensino

Fundamental, 08 turmas e Ensino Médio, 06 turmas, CELEM, 02 turmas, e 01 Sala de

Recursos Multifuncional, Tipo I, destinada aos alunos dos Anos Finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio para atendimento aos alunos com Deficiência, Transtornos

Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação.

No período da tarde, o Colégio atende o Ensino Fundamental, 09 turmas e

Ensino Médio, 05 turmas, CELEM, 2 turmas. No período noturno são atendidos o Ensino

Médio, 07 turmas e o Ensino Profissional que é dividido em Curso de Formação de

Docentes, 05 turmas, sendo 02 descentralizadas no Colégio Estadual Dr. Ivan Ferreira

do Amaral e Silva, no município de Nossa Senhora das Graças, Técnico em

Administração Subsequente, 03 turmas e o curso Técnico em Secretariado subsequente,

02 turmas.

O total geral deste estabelecimento é de 1.427 alunos, divididos em 613

alunos no Ensino Médio e 567 alunos no Ensino Fundamental, no Ensino Profissional -

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Técnico em Administração Subsequente, 87 alunos, Técnico em Secretariado

Subsequente, 48 alunos, Formação de Docentes, 111 alunos, CELEM – Espanhol

Básico, 113 alunos. O total de 80 professores atuam no estabelecimento.

Do total de 19 funcionários, 7 atuam no setor administrativo e 12 em serviços

gerais.

A Equipe Pedagógica é composta de 6 professores pedagogos, dos quais

2 atuam no período manhã, 3 no período tarde e 3 no período noturno. Também

atuam neste Estabelecimento, 3 professores que ocupam os cargos de Direção

(atuante nos períodos manhã e tarde) e Direção-Auxiliar (período manhã e

noturno).

Regime Escolar

Ofertamos em nosso Estabelecimento de Ensino as modalidades: Ensino

Fundamental , Médio e Normal, em regime anual, composto por dois semestres e o

Curso Profissional, em regime semestral, composto por dois bimestres.

Turno de Funcionamento

Os turnos de funcionamento do colégio é dividido em manhã, tarde e

noite, de acordo com a instrução da SEED, sendo no período diurno 5 aulas de 50

min. cada, perfazendo 800 horas aulas anuais. No período noturno 5 aulas de 48

min. cada, não perfazendo às 800 horas que são complementadas aos sábados.

CONSTITUIÇÃO FÍSICA DA ESCOLA

No início, o colégio tinha apenas algumas salas de aulas, com o passar

do tempo e de acordo com as necessidades, ele passou por algumas ampliações.

Hoje o colégio é composto por 17 salas de aulas, diretoria, direção-auxiliar,

secretaria, sala de professores, sala da equipe pedagógica, laboratório de

informática, (Paraná Digital-Proinfo), laboratório de Ciências Físicas e Biológicas,

cozinha, depósito de merenda, quadra coberta, biblioteca, sala de leitura, sala de

vídeo, salão nobre, sala de hora atividade, sanitários dentro do prédio, sanitário

adequado a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida e dependências e vias

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adequadas a alunos com deficiências ou mobilidade reduzida, sala de jogos, sala

ambiente Arte, almoxarifado.

Os Programas Sala de Apoio, Sala de Recursos Multifuncionais e

CELEM-Língua Espanhola, funcionam em salas de aula em contraturno seguindo

um cronograma elaborado para acomodar cada turma.

PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA

Compõem a equipe educacional deste colégio 01 diretora, 01 diretor-

auxiliar, 05 pedagogos, 03 coordenadores de cursos, 01 secretaria, 05 apoio

técnico administrativo, 82 professores, sendo 50 QPM e 32 PSS, 03 merendeiras e

10 auxiliares de serviços gerais. Dentre os profissionais da educação temos 02

professores com mestrado, 54 com especialização e 26 com graduação. Na equipe

administrativa 01 com especialização, 2 com especialização e Profuncionário, 2

com Profuncionário. Nos serviços gerais, 01 com especialização e Profuncionário,

2 com Profuncionário.

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CALENDÁRIO ESCOLAR

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOL. EST. MONTEIRO LOBATO - ENS. FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

Anexo da Resolução N º 3979/2010 – GS/SEED

Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia); Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 dias 6 7 8 9 10 11 12 20 dias9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 13 14 15 16 17 18 19

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 dias 1 2 3 4 5 6 7 20 dias - di 5 6 7 8 9 10 11 20 dias

10 11 12 13 14 15 16 8 9 10 11 12 13 14 21 dias - not 12 13 14 15 16 17 1817 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30

29 30 31

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 4 dias 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 22 dias 4 5 6 7 8 9 10 20 dias - di

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 21 dias - not

17 18 19 20 21 22 23 7 dias - di 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 8 dias - not 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 20 dias 6 7 8 9 10 11 12 19 dias 4 5 6 7 8 9 10 12 dias9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 11 12 13 14 15 16 17

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31

Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro/férias 30Conselho de Classe 4 dias fevereiro 7 jan/julho/recesso 14Reun.ou C.de Clas. 1 dia julho 18 dez/recesso 13Dias letivos 200 dezembro 13 outros recessos 3

Total 69 Total 60

Início/Término

Férias Semana CulturalRecesso Complementação de carga horária - noturno

Formação Continuada

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011

1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi

22 Paixão 24 Feriado Municipal

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Reunião Pedagógica (noturno em contraturno)

Planejamento e Replanejamento (noturno em contraturno) Conselho de Classe (noturno em contraturno)

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

Princípios norteadores da Educação:

Concepções de:

• Conhecimento: O conhecimento é a matéria-prima do trabalho pedagógico dada

a sua condição de ser produto histórico-cultural, Isto é, ser produzido e elaborado

pelos homens. O conhecimento sempre envolverá um fazer, um atuar do homem,

que não somente reage às pressões do meio, mas realiza uma atividade

organizadora e transformadora na sua interação com o mundo.

A escola sistematiza o conhecimento, ou seja, ensina o conhecimento científico,

que não pode ser adquirido em casa ou em outra comunidade. O conhecimento é

produto do trabalho realizado no interior de uma dada relação social (não é do

sujeito,nem do objeto). Luckesi afirma que o conhecimento é social,histórico e

finalmente o conhecimento é a compreensão da realidade e como necessidade

para o ser humano,pode ter função de libertação ou de opressão(p.56).

“Conhecimento é aquele que possibilita uma efetiva compreensão da realidade, de

tal forma que permite agir com adequação”. (Luckesi,1992 p.124).

• Educação: Tem um papel fundamental na apropriação pelo sujeito, da experiência

culturalmente acumulada.

Para além do acesso à cultura e conhecimento socialmente valorizado, a escola

promove a convivência social, que favorece e estimula a formação de uma

consciência crítica, para o exercício da cidadania. Vai além das explicações

prontas, que ocultam os interesses subjacentes de um modelo econômico, cada

vez mais excludente.

Espaço privilegiado de sistematização/socialização do conhecimento

historicamente produzido (Saviani). A escola abrange a dinâmica das mudanças

sociais, das interações pessoais e profissionais e desenvolve seus objetivos

mediante a participação conjunta de toda comunidade escolar.

“[...] O processo educativo é também, em última análise, uma relação social, que

se objetiva entre aquele que aprende e aquele que ensina, concretamente situada

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numa dada sociedade. É no exercício dessa relação que a aprendizagem dar-se-

á. [...] Educação, nesse sentido, é o conjunto dos esforços que a sociedade

realiza para levar o indivíduo a se apropriar das características próprias dessa

sociedade, no que tange a todos os aspectos humanos. (KLEIN, 1993).

Para complementar essa concepção:” a escola dirige-se a todos, é aberta a todos

e trata de formar a liberdade.”(Snyders,1988,p.223).

Nas palavras de SAVIANI (2005, p. 22) pode-se concluir esclarecendo, em

resumo, a especificidade da educação:

(...) a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a especificidade de educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens.

• Homem: sujeito concreto – historicamente situado; sujeito produtor de

conhecimento e não um mero receptáculo, que absorve e contempla o real.

Sujeito ativo o conhecimento sempre envolverá um fazer, um atuar do homem,

que não somente reage às pressões do meio, mas realiza uma atividade

organizadora e transformadora na sua interação com o mundo.

De acordo com o materialismo histórico dialético: “O homem é um ser de relações.

Relaciona-se com a natureza, através do trabalho; com os outros homens, através

da prática social e consigo mesmo, através da própria subjetividade.”

O homem é entendido como ser social e histórico que, mesmo sendo determinado

por contextos econômicos, políticos e culturais, é também o agente da realidade

social e transformador desses contextos, mediados por sua ação política.

• Mundo: ”Dentro desse mundo no qual somos dados, percebemo-nos diversos

dele compreendemo-lo como outro, como um contexto que nos desafiam com

suas resistências a que o enfrentemos o tornemos mais nosso, no sentido que ele

seja arrumado e ordenado, segundo o nosso modo de ser. Fazemos o mundo que

nos é dado, um mundo cultural. E isso se dá pela prática, no nosso viver e

sobreviver neste mundo”.(...) (Luckesi,1995 p.48-49).

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Percebe-se que a nossa relação com o mundo surgem do conhecimento e a

compreensão da realidade.

• Sociedade: É sempre a sociedade que dita a concepção que cada educador

tem do seu papel, do modo de executá-lo, das finalidades de sua ação, tudo isso

de acordo com a posição que o próprio educador ocupa na sociedade. A noção de

posição está tomada aqui no sentido histórico-dialético amplo e indica por isso não

só os fundamentos materiais da realidade social do educador, mas igualmente o

conjunto de suas ideias em todos os terrenos,e muito particularmente no da

própria educação(...). Se a sociedade é o verdadeiro educador do educador, sua

ação se exerce sempre concretamente, isto é, no tempo histórico no momento

pelo qual está passando seu processo de desenvolvimento. Por isso em cada

etapa do desenvolvimento social o conteúdo e a forma da educação que a

sociedade dá a seus membros vão mudando de acordo com os interesses gerais

de tal modo. (Vieira Pinto, 2000 p.108-110).

Vivemos numa sociedade marcada por desigualdades sociais, com má

distribuição de renda, violência. Precisamos mudar essa realidade. Os homens,

ao viverem em sociedade, buscam igualdade de oportunidades. Estas operam em

relação aos bens sociais primários, como são: a liberdade, os direitos, os poderes

políticos, sociais, culturais, os rendimentos e as riquezas, com o fim precípuo de

alcançar a justiça distributiva.”

Lutamos por uma sociedade democrática, lutamos pela igualdade social, solidária,

justa, inclusiva que procura propiciar condições humanas para o homem.

Precisamos procurar desenvolver o senso crítico e participativo para que o

homem possa atuar como agente transformador.

Ensino-aprendizagem

De acordo com os estudos de Vygotski, a aprendizagem ocorre à partir da

compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade. A

formação se dá numa relação dialética de interação entre o sujeito e a sociedade a seu

redor, o homem transforma o ambiente e o ambiente transforma o homem.

Portanto, todo aprendizado é necessariamente mediado, e isso torna

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indispensável o papel do ensino e do professor em sala de aula. O primeiro contato da

criança com novas atividades, habilidades ou informações devem ter a participação de

um adulto e/ou de uma criança mais experiente. Assim a intervenção pedagógica

provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente.

O ensino para Vygotski, deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe

nem é capaz de aprender sozinho, porque a aprendizagem precede o desenvolvimento.

A Zona de Desenvolvimento Proximal, é um de seus principais conceitos, onde a criança

pode adquirir em termos intelectuais tudo, quando lhe é dado o suporte educacional

devido.

Para Vygotski, o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível

de compreensão e habilidade que ainda não domina completamente, apropriando-se de

um novo conhecimento.

Nesse sentido, tem se também o acesso as tecnologias, como um meio de

ampliar as transformações sociais, desencadeando uma série de mudanças na forma

como se constrói o conhecimento.

Desse modo, na sociedade da informação uma mudança qualitativa no

processo de ensino/aprendizagem acontece quando conseguimos contribuir para o

crescimento intelectual do educando, utilizando-se desses recursos tecnológicos. O

professor tem um grande leque de opções metodológicas que possibilitam organizar a

sua comunicação ao introduzir um tema. Cada docente pode encontrar sua forma mais

adequada de integrar as várias tecnologias e procedimentos metodológicos, mas

também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação

interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática, entre outros.

As novas tecnologias não substituem o professor, mas modificam algumas de

suas funções, onde ele faz uso delas, instigando a curiosidade do aluno por querer

conhecer, pesquisar e buscar as informações.

Avaliação

A avaliação tem a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno e não uma avaliação pura e simples para promoção, assim a

promoção é uma decorrência do processo de aprendizagem.

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A avaliação deve refletir o desenvolvimento global do aluno, com ponderação

das características individuais no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Entende-se por instrumento de avaliação, provas, pesquisas, exercícios

individuais ou em grupos, auto-avaliação, atividades extra classe. A avaliação deve

proporcionar dados para que a escola possa reorganizar conteúdos, instrumentos e

métodos de ensino.

Na avaliação deve ser observada a ordenação e a sequência do currículo,

para que possa ser sempre contínuo, cumulativo e processual, ressaltando maior

importância a atividade crítica, a capacidade e a elaboração pessoal do aluno, sobre a

memorização mecânica.

A avaliação é de caráter semestral, mas a cada final de bimestre os pais são

convocados a comparecerem no colégio, a fim de ficarem cientes da situação escolar do

aluno: processo ensino-aprendizagem, comportamento e frequência.

A Recuperação Paralela acontece quando os objetivos previstos não se

realizam plenamente para todos os alunos. Sendo assim, quando o aluno não atinge o

conhecimento é necessário reforçar em forma de revisão cada tópico (unidade)

trabalhado, tornando-o de real significado para o aluno.

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GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA

A gestão democrática na escola se constitui em processo político de

participação de todos nas decisões e ações a serem desenvolvidas na escola,

preocupados com a democratização do saber e a qualidade de ensino para todos.

Na medida em que a gestão democrática define coletivamente as ações

e concepções de escola, ela passa a constituir-se numa condição determinada e

determinante de uma teoria e prática progressista de educação, principalmente,

quando esta gestão vem como uma necessidade Histórica. (Saviane 2007).

Para realizar uma gestão democrática participativa deve haver o

envolvimento das instâncias colegiadas, APMF, Conselho Escolar, Conselho de

Classe e Grêmio Estudantil nos assuntos relacionados com trabalho pedagógico

administrativo e financeiro, repeitando suas ideias e acatando suas decisões.

Dessa forma, a gestão democrática é garantida na eleição de diretores,

na escolha do aluno representante de turma, implementando o conselho de classe,

como forma de aperfeiçoamento de metodologias para efetivar o ensino-

aprendizagem. Como também incentivar professores e funcionários a participarem

de cursos de formação continuada.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Conselho Escolar

É um colegiado representativo da Comunidade Escolar, com membros

representantes de todos os segmentos, que dirige as atividades educacionais,

articulando a comunidade e a escola, constituindo-se como órgão máximo de direção do

Estabelecimento de Ensino.

O Conselho Escolar tem natureza deliberativa, consultiva e avaliativa sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar.

Não pode ter caráter político-partidário, religioso, racial e nem lucrativo. Seus dirigentes

e/ou Conselheiros não podem ser remunerados.

O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar. A gestão

escolar é o processo que rege o funcionamento da escola, compreendendo tomada de

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decisão, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões

administrativas e pedagógicas, no âmbito da unidade escolar, baseada nas diretrizes

pedagógico-administrativas fixadas pela Secretaria de Estado da Educação (SEED),

observando a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Estatuto da

Criança e Adolescente (ECA) e o Regimento Escolar do Colégio, para o cumprimento da

função social e específica da Escola.

Objetivando uma gestão democrática, o Conselho Escolar tem especial papel

para garantir os princípios de representatividade, da legitimidade e da coletividade no

planejamento, acompanhamento e tomada de decisão nas ações que ocorrem dentro da

escola. Com a participação coletiva efetiva-se o envolvimento da comunidade através de

seus representantes eleitos na forma definida pelo Regimento Escolar.

O Conselho Escolar representa a comunidade escolar dentro do Colégio e tem

por finalidade principal promover a articulação entre os segmentos da comunidade

escolar e os setores do Estabelecimento, a fim de garantir o cumprimento de sua função

que é ensinar.

Conselho de Classe

A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das

necessidades socioculturais, exigindo dos sujeitos a reflexão crítica de práticas já

sedimentadas e a construção de novas práticas, incorporando alterações necessárias

para os novos tempos.

Nesse contexto, considera-se que o Conselho de Classe seja o mais

importante de todas as instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu trabalho. É

fundamental que tanto a equipe pedagógica quanto os professores da escola estejam

atentos aos rumos dados às relações sociais presentes na organização de todo trabalho

escolar.

O diagnóstico apresentado pelos conselheiros, equipe e direção norteará suas

ações para oportunizar novos caminhos para a efetivação da aprendizagem.

Os Conselhos de Classe serão realizados em data conforme calendário da

SEED e NRE.

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Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil cumpre um papel importante na formação e

desenvolvimento educacional, cultural e esportivo dentro da comunidade escolar,

organizando atividades decisivas, que contribuem para a formação e o enriquecimento

educativo de grande parcela da nossa juventude.

A ação dos alunos neste colegiado em parceria com os demais, traz ao

ambiente escolar à gestão escolar e a perspectiva do jovem, seus anseios e formas de

encaminhamento para formação cidadã.

Atuarão junto à Equipe de Direção e outros órgãos colegiados da escola

promovendo a gestão democrática, participando das tomadas de decisões. Promovendo

também a interação entre a Equipe de direção, corpo docente e discente e comunidade

escolar.

Seu funcionamento acontecerá conforme estatuto próprio.

Plano de Ação- Gestão 2011/2012

Considerando a importância da participação dos alunos na vida da escola e da comunidade escolar, apresentamos este documento que pretende orientar a organização dos alunos e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento pessoal e formação de estudantes.

Ação Quando

• Dia do Professor: Confecção de cartazes homenageando os professores.

• Na semana da criança será passado um filme para os alunos do Ensino Fundamental e também iremos pedir para a direção, se possível distribuição de pipoca durante o filme.

Outubro de 2011

• Carteirinha do Estudante: Pode ser utilizada para pagar meia entrada em alguns locais : Cinema, rodeio, fazer passe do ônibus , etc .

Outubro/Novembro de 2011.

• Premiação para “alunos nota 10”.• Confraternização com campeonatos de diversas modalidades,

apresentação de dança, teatro , músicas , etc.Dezembro de 2011

• Confecção de cartazes de boas vindas aos alunos e demais funcionários

Fevereiro de 2012

• Palestra: Uso indevido de Drogas e seus malefícios para todos os alunos do colégio.

Março de 2012

• Dia do Monteiro Lobato: O Grêmio confeccionará cartazes

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destacando a biografia e as principais obras do autor. Abril de 2012

• Palestra: DST e gravidez na adolescência .Será convidada uma enfermeira do posto para ministrar a palestra para os alunos do Ensino Médio.

Maio de 2012

• Campanha para o Meio Ambiente: Esta é uma das tarefas mais importantes, incentivar a reciclagem , menos poluição, gasto de água. Faremos cartazes , promoveremos plantação de árvores , entre outros trabalhos.

Junho de 2012

• Campanha de arrecadação de agasalhos para alunos carentes do colégio.

Julho de 2012

• Premiações para “alunos nota 10”.• Dia 10 de Agosto : comemoração do Dia do Estudante com

lanche diferenciado e diversas apresentações no horário do recreio

Agosto de 2012

• Dia do Professor: Confecção de cartazes homenageando os professores.

• Na semana da criança será passado um filme para os alunos do Ensino Fundamental e também iremos pedir para a direção, se possível distribuição de pipoca durante o filme.

Outubro de 2011

• Premiações para alunos “nota 10”.• Finalização do Grêmio estudantil com amigo secreto

Dezembro de 2012

• Campanha contra Bullyng: Um grande número jovens cometem esse crime , sem ao menos perceber o que estão fazendo muitas vezes até como uma brincadeira. As vítimas tem medo de denunciar, então faremos campanhas, grupos de apoio e buscaremos apoio junto com as pedagogas e direção para serem tomadas as devidas providências.

Ano Todo

• Quadro de reclamação:Podem ser feitas reclamações dos alunos , por seus direitos e estas irão ser reportadas imediatamente à direção.

Ano Todo

• Grupos de estudos: Alunos com dificuldade , ou que querem estudar em grupo. Falaremos com os professores a saber das dificuldades dos alunos e assim iremos montando esses grupos.

Ano Todo

• Festivais: Para termos mais entretenimento, será organizado diversos festivais , caso seja de interesse dos alunos . Ex: Dança, música , desenho, teatro , poesia, textos, etc.

Ano Todo

APMF

A APMF é o espaço privilegiado para fortalecer a participação da família e a

comunidade na vida escolar. O respeito de uma comunidade pela sua escola se

consolida a partir da sua aproximação ao ambiente escolar. A comunidade sendo

solicitada a discutir em conjunto, os problemas da escola, propor soluções e assumir

tarefas, se torna co-responsável, passa a entender o que acontece na escola, valoriza-a

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e sente-se motivada a colaborar.

A APMF se constitui com o objetivo de trabalhar para a melhoria da escola.

Nesse âmbito de atuação, ela deverá representar o pensamento da comunidade na

avaliação e discussão dos problemas ligados ao ensino, como: repetência, abandono,

conteúdos curriculares, problemas de aprendizagem, exigência de livros, materiais, etc.

Deve empenhar-se na conservação e melhoria do prédio escolar e seus

equipamentos, atuando também nas ações de conscientização e melhoria na qualidade

de vida no âmbito escolar.

Assegurar assistência aos educandos, professores e funcionários com

melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica,

objetivando a melhoria na qualidade de ensino.

Incentivar os alunos a organizarem-se em associações (Grêmio Estudantil)

que promovam a cidadania, o bem estar coletivo e atendam seus próprios anseios.

Promover, em parceria com o Conselho Escolar, atividades sócio-educativas,

culturais e desportivas.

As reuniões da APMF acontecem ordinariamente uma vez por mês e

extraordinariamente quando se fizer necessário de acordo com seu Regimento

ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Em cumprimento a Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de

estudantes e a Instrução nº 028/2010- SUED/SEED, que orienta os procedimentos do

estágio dos estudantes da Educação Profissional, Técnica de Nível Médio e do Ensino

Médio, do Ensino Fundamental Anos Finais, contemplamos nessa instituição de ensino o

Estágio Não Obrigatório.

O Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente

e trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas

ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre

o aspecto produtivo; para o estágio é exigido a idade mínima de 16 anos.

O Estágio Não Obrigatório não interfere na aprovação / reprovação do aluno e

não é computado como componente curricular.

Ao receber alunos para a realização de estágio, oriundos de outras instituições

de ensino os mesmos devem adequar-se às regras do regimento interno da Instituição

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Concedente.

A jornada de estágio não poderá ultrapassar a 4 ( quatro) horas diárias e 20

(vinte) horas semanais, como também não comprometer a frequência às aulas e o

cumprimento dos compromissos escolares.

CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR

Para que esta etapa do projeto político pedagógico fosse elaborada, realizou-

se uma pesquisa com a comunidade para o levantamento dos dados.

O instrumento de coleta de dados utilizados foi um questionário contendo

questões subjetivas e objetivas que possibilitou o confronto com a realidade das famílias

pertencentes à nossa comunidade escolar.

A pesquisa realizou-se por amostragem e constatou-se que em sua grande

maioria a população escolar moram em casa própria, tendo em sua composição familiar

de quatro a seis pessoas, quanto as funções profissionais exercidas variam de

trabalhadores rurais, tais quais: tratoristas, cortadores de cana, operadores de máquina,

pecuaristas, entre outros tais quais: autônomos, professores, eletricistas, pedreiros,

padeiros, caminhoneiros, frentistas, comerciantes, mecânicos de autos e industriais,

funcionários públicos, bancários, balconistas, funileiros, manicures, auxiliar de

enfermagem e alguns profissionais liberais.

E de acordo com a pesquisa, também constatou-se que os rendimentos

financeiros variam de 1 a 3 salários mínimos com raras exceções.

Quanto a escolaridade, denota-se uma grande maioria em sua formação de

ensino fundamental, médio, médio incompleto e com algumas exceções o curso

superior.

Detectou-se que a comunidade escolar possui hábitos de leitura de jornais e

revistas e que em suas atividades de lazer estão inclusas as festas populares, bailes,

shows, esportes e algumas exceções para a pesca.

Por esta amostragem da realidade de vida da população pertencente ao

Colégio, podemos claramente entender a importância e a necessidade de um plano

educacional que responda à necessidade real da escola, neste contexto faz-se

necessário um ensino voltado para a formação de um cidadão que compreenda sua

realidade e possa intervir nela para transformá-la.

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O intuito educativo defendido neste Projeto Político Pedagógico é justamente

que a educação cumpra a sua função social: que sejam garantidos a todos os indivíduos,

o direito claramente descrito no art. 205 da Constituição Federal de 1988 e na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394 de 1996, no art. 2º:

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO DA ESCOLA

O Calendário Escolar do Colégio Monteiro Lobato define e assegura os dias

letivos que caracterizam o ano escolar. Este é igual e fixo em todo o Estado do Paraná,

cujo objetivo é oportunizar um trabalho harmônico dos docentes, para que haja igualdade

do período de férias, bem como de início e término do período.

De acordo com a L.D.B 9394/96 são garantidos anualmente os 200 dias

letivos de trabalho escolar e o mínimo de 800 horas relógio, 04 horas diárias em sala de

aula e as orientações e normas definidas pela SEED para o setor educacional.

Os sábados, domingos, recessos, feriados nacionais, aniversário do

município e conselhos de classe não estão computados no Calendário Escolar (200

dias letivos).

Os programas ofertados no colégio são: CELEM, a Sala de Recursos

Multifuncional e Sala de Apoio, acontecem em contraturno, seguindo um

cronograma de funcionamento em salas de aulas, sala de jogos e sala de vídeo.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um número

cada vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao assumir essa função,

que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade

de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto sociedade que se

quer para o país.

A depender das políticas públicas em vigor, o papel da escola define-se de

formas muito diferenciadas. Baseada na perspectiva das teorias críticas da educação,

devemos ter em mente um sujeito fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em

que está inserido, mas que é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do

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modo como o compreende e como dele lhe é possível participar.

Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola

contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso,

as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um forte caráter político.

O currículo como configurador da prática, está vinculado às teorias críticas,

com metodologias que priorizam diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar,

considerando o conhecimento nas suas dimensões, científica, filosófica e artística,

enfatizando a importância de todas as disciplinas.

De acordo com as políticas educacionais definidas pela SEED, o colégio

propõe um currículo com o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as

oportunidades sejam iguais para todos.

Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de

socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente

importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que tem nela uma

oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado.

Esse currículo deve estar de acordo com a concepção materialista dialética

que compreende a categoria trabalho como princípio educativo.

Ele define que os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de

modo contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares,

propondo que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais,

políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e

propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos

contextos em que elas se constituem.

Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica,

colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos

conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo

escolar.

Em síntese, o currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo,

de ensino e aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e

seu papel social, das práticas pedagógicas e das relações nela vivida.

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DIRETRIZ CURRICULAR

O currículo da escola contempla os estudos sobre o Estado do Paraná nas

disciplinas de História, Geografia e Arte.

É estudado na área de História, no conteúdo Tratado de Tordesilhas.

A cultura paranaense é estudada em Arte, e outros aspectos do Paraná

são estudados em Geografia na 3ª série do Ensino Médio, aspectos geográficos

como clima, relevo e vegetação.

De acordo com as Diretrizes Estaduais da Educação Básica e Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, são tratadas como conteúdos curriculares

nas disciplinas da Matriz Curricular em cumprimento a Lei nº 10.639/03 e nº 11.645/08.

O ensino de Filosofia e Sociologia são contempladas na Base Nacional

Comum: Filosofia e Sociologia nas três séries do Ensino Médio.

A Língua Estrangeira Moderna (Espanhola) é facultativa por meio do

CELEM.

ARTICULAÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS E FINAIS

Em cumprimento às considerações dispostas nas:

• a Lei Federal n. 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases daEducação Nacional;• a Resolução n. 7/2010-CNE/CEB, que fixa as Diretrizes CurricularesNacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;• a Deliberação n. 03/2006-CEE/CEB;• o Parecer n. 407/2011-CEE/CEB, que responde a consulta da SEEDquanto à implantação do 6° ao 9° ano e;• a obrigatoriedade da oferta do 6° ano do Ensino Fundamental em2012 emite a seguinte:

INSTRUÇÃO

1. As instituições do Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino Fundamental anos finais, devem, a partir de 2012, implantar o 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental.

2. Nas instituições de ensino da rede pública municipal e da rede privada a oferta do 6° ao 9° ano poderá ser de forma simultânea ou gradativa.

3. Nas instituições de ensino da rede pública estadual, a oferta do 6° ao 9° ano será de forma simultânea.

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4. A implantação do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental dar-se-á por meio da adequação do Projeto Político-Pedagógico à esta oferta.

5. Compete ao Núcleo Regional de Educação acompanhar a elaboração dos Projetos Político-Pedagógicos para a oferta do Ensino Fundamental com nove anos de duração das instituições de ensino sob sua jurisdição, bem como orientar a sua reconstrução e reelaboração.

O conceito de cuidar e educar, devem integrar o trabalho dos professores, é

uma necessidade fundamental, reconhecendo que o conhecimento não espelha a

realidade, mas é resultado a ser desenvolvido no saber fazer próprio dos professores de

crianças, o qual inclui não apenas criação, mas significação e ressignificação dos

sentidos da existência humana e social. No Ensino Fundamental, assim como na

Educação Infantil o cuidar e educar são indissociáveis, não tem como separar essas

duas coisas, porque esses dois temas atendem uma demanda e uma faixa etária, onde

as crianças estão se estruturando enquanto indivíduo, enquanto cidadãos e estão

começando exercer a sua autonomia.

O Colégio Estadual Monteiro Lobato, define como ações de articulação entre o

ensino fundamental nos anos iniciais:

Estabelecer um protocolo de ações em que as equipes técnicas pedagógicas

de as escolas envolvidas no processo possam trocar informações sobre o perfil das

turmas e alunos e os casos específicos em que haja a necessidade de atendimento em

sala de apoio à aprendizagem, sala de recursos, e outras necessidades que sejam

importantes ao aprendizado dos alunos.

Considerar a importância de um trabalho pedagógico articulado e pressupondo

a integração entre as equipes técnicas pedagógicas, será estabelecido um diálogo

padrão dando continuidade ao processo de recuperação de estudos que ambas as

instituições realizam com sucesso, bem como, fazer o repensar da práxis em sala de

aula nos casos em que as metodologias não estejam atendendo a necessidade do aluno,

pois é ele o protagonista e razão da existência da escola pública.

Refletir que estabelecer a média aritmética como mecanismo de acompanhar

os progressos e dificuldades dos alunos não pode ser considerado como sinônimo de

eficiência, pois se refere a não considerar a subjetividade humana, há, então, que se

desenvolver instrumentos que possam de fato investigar os avanços e dificuldades, tais

como, avaliação psicoeducacional com relatórios e laudos de especialistas nos casos em

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que se observa que as dificuldades extrapolam as esperadas para série e idade.

Trabalhar em parceria com a rede de apoio, dar continuidade e aperfeiçoar o

sistema de ficha de acompanhamento individual por se tratar de um instrumento

importante e eficaz na observação do processo ensino-aprendizagem, fortalecer e

aprimorar o conselho de classe, pois se caracteriza por ser um importante momento em

que os professores deliberem sobre suas práticas e pedagógicas e o processo de ensino

aprendizagem.

Manter o registro, na ficha individual dos alunos que tenham necessidade de

acompanhamento específico e/ou médicos, para tanto é importante que a escola no ato

da matrícula, solicite dos responsáveis, através de um questionário padrão, as

informações sobre a saúde e as necessidades específicas dos filhos. De posse das

informações a equipe técnico pedagógica deverá informar, quando necessário, os

professores e demais agentes educacionais como proceder no atendimento do aluno.

Organizar o horário de forma que as aulas do 6º Ano não sejam cinco

disciplinas diferentes no mesmo dia. O aluno estará passando por um processo de

adaptação que deve ser o mais tranquilo possível, e a menor variedade de aulas no

favorecerá sua adaptação à nova realidade escolar. Também se faz necessário

estabelecimento de horário diferenciado na saída para o intervalo dos 6º anos, bem

como a manutenção da organização da escola por turnos nos quais permaneçam os

alunos de 6º e 7º anos e 1ª série do ensino médio num período, e os de 8º e 9º anos e 2ª

e 3ª séries do ensino médio em outro, facilitando adaptações, ações e interação entre

alunos da mesma faixa etária e em início de mesma modalidade de ensino, além de se

observar que esta organização trouxe inegável qualidade ao ambiente escolar e ao

processo de ensino e aprendizagem.

Incentivar a formação continuada dos professores e dos agentes educacionais

nas capacitações ofertadas pela SEED e demais instituições parceiras, pois são

inegavelmente importantes para a qualidade da educação, porém aos professores do 6º

ano deve haver capacitações específicas, em que possam conhecer as políticas públicas

da SEED relacionadas ao ensino de 9 anos, características da faixa etária e

especificidades para compreensão e melhor atuação à essa nova realidade.

Considerar que a escola pública tem a obrigatoriedade de ser inclusiva, para

tanto, deverá estabelecer e desenvolver projetos de acessibilidade aos alunos que

necessitarem de atendimento especial, portanto deve organizar as condições estruturais

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como mobiliário adequado, equipamentos, acervo bibliográfico e materiais didáticos.

ARTICULAÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio tornou-se alvo de

pesquisas e preocupações. Observa-se um pico de evasão e abandono da vida escolar

dos jovens dos 14 aos 18 anos, idade justamente que os jovens deveriam concluir o

Ensino Médio .

O educando nesta fase de transição enfrenta alguns desafios, pois ainda se

encontra em uma fase crítica de muitas dúvidas e incertezas, transformações de ordem

biopsicosocial, se sente pressionado a fazer escolhas e enfrentar desafios na vida

estudantil. Nem sempre preparados para este momento tão importante de suas vidas, se

sentem desistimulados.

Ao concluir o Ensino Fundametal faz-se necessário que o educando tenha: o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente material e

social, o conhecimento do sistema político, da tecnologia, das Artes e dos valores em

que se fundamenta a sociedade. (Art. 32 da LDB nº9394/96).

No entanto, o aluno finaliza o Ensino Fundamental com uma base

comprometida pela parcialidade dos conteúdos apreendidos, mas promovidos pela

estrutura educacional que possibilita ao aluno a aprovação com notas que, nem sempre,

retratam a formação básica necessária ao 1º ano do Ensino Médio.

Alguns dos grandes desafios da escola são promover aos alunos a aquisição

de habilidades e conhecimentos básicos durante o Ensino Fundamental e adequar o

currículo na transição do Ensino Fundamental para o Médio, evitando-se a ruptura do

processo de ensino e de aprendizagem.

Os profissionais envolvidos precisam adequar-se quanto às metodologias e

inovações tecnológicas que favoreçam esta transição, valorizando a cultura do aprender

e o despertar pelo caráter científico do saber. Também é preciso que os mesmos

realizem trocas de experiências em grupos de estudo, horas atividade e Formação

Continuada, procurando ter unicidade na Proposta Pedagógica.

A escola mantém contato constante com as famílias, mas nem sempre se

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constata a parceria efetiva no acompanhamento escolar, especialmente nesta fase de

transição, quando se espera dos jovens um nível de comprometimento e auto-

responsabilidade não verificado na prática. Manter a aproximação familiar no Ensino

Médio é fundamental, reuniões e outros encontros, tem valor fundamental e possibilita a

comunhão com a ampliação da cultura e do conhecimento, tão importantes para sua

autoestima, formação cidadã e inclusão ao mundo do trabalho. Necessário se faz, então,

que profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem, desenvolvam um

trabalho de unicidade em torno dos objetivos de ensinar o que é essencial para concluir o

Ensino Fundamental, dar continuidade ao Ensino Médio e o conclua com nível de

conhecimentos que o promova como cidadão atuante na sociedade.

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MATRIZ CURRICULAR

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 19 - MARINGÁ MUNICÍPIO: 0590 - COLORADO

ESTABELECIMENTO: 00217 – COL. EST. MONTEIRO LOBATO – ENS. FUND, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

ENDEREÇO: RUA BAHIA, 1258 – CENTRO FONE: (44) 3323-1012

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINASSÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 - -

BIOLOGIA 2 3 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 3 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 3 2

LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 3 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 25 25 22

PARTE DIVERSIFICADA

LEM- ESPANHOL * 4 4 4

LEM-INGLÊS - - 3

SUB-TOTAL 4 4 7

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.

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Município: COLORADO

Estabelecimento: MONTEIRO LOBATO, C E -E FUND MED NOR PROFISSIONAL

Período Letivo: 2010

Curso: ENS. FUNDAMENTAL DE 5/8 SERIE

Turno: Manhã e Tarde

Código Matriz: 66161 Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição

Curricular Carga Horária Semanal das Seriações

Grupo Disciplina

O (*)

5 6 7 8

1 ARTES (725) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 4 3 S

3 EDUCACAO FISICA (601) BNC 3 3 3 3 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC 1 1 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BNC 3 3 3 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 4 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106) BNC 4 4 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BNC 4 4 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S

Total C.H. Semanal 25 25 25 25

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Município: COLORADO

Estabelecimento: MONTEIRO LOBATO, C E -E FUND MED NOR PRO

Período Letivo: 2011

Curso: Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Normal

Turno: Noite Código Matriz: 66160

NºNome da Disciplina (Código SAE) Composição

Curricular

Carga Horária Semanal das Seriações GrupoDisciplina

O (*)

1 2 3 4

1ARTE (704) BNC 2 0 0 0 S

2FISICA (901) BNC 0 0 3 2 S

2BIOLOGIA (1001) BNC 2 2 0 0 S

3EDUCACAO FISICA (601) BNC 2 2 2 2 S

4FILOSOFIA (2201) BNC 2 0 0 0 S

5GEOGRAFIA (401) BNC 3 2 0 0 S

5QUIMICA (801) BNC 0 0 2 2 S

6HISTORIA (501) BNC 2 2 0 0 S

6L.E.M.-INGLES (1107) PD 0 0 2 2 S

7LINGUA PORT. E LITERATURA (104) BNC 2 3 2 3 S

7METODOL.ENS.DE ARTE (1642) FE 0 0 0 2 S

7FUNDAMENTOS FILOS.EDUCACAO (1786) FE 0 0 2 0 S

8MATEMATICA (201) BNC 2 2 4 2 S

8LITERATURA INFANTIL (108) FE 0 0 2 0 S

8METODOL.ENS.CIENCIAS (1640) FE 0 0 0 2 S

8CONCEPCOES NORTEADORAS ED.ESP. (1725) FE 0 2 0 0 S

9FUNDAMENTOS HIST.EDUCACAO (1743) FE 2 0 0 0 S

9METODOL.ENS.MATEMATICA (1637) FE 0 0 2 0 S

9METODOL.ENS.EDUC.FISICA (1641) FE 0 0 0 2 S

9FUNDAMENTOS HIST.POL.DA ED INF (1712) FE 0 2 0 0 S

10FUNDAMENTOS PSICOL.DA EDUCACAO (1710) FE 2 0 0 0 S

10METODOLOGIA DO ENS.PORT.ALFAB. (1635) FE 0 0 2 2 S

10METODOL.ENS.GEOGRAFIA (1639) FE 0 0 0 2 S

10FUNDAMENTOS SOCIOL.EDUCACAO (1742) FE 0 2 0 0 S

11ORGANIZACAO DO TRAB.PEDAGOGICO (1803) FE 2 2 0 0 S

11METODOL.ENS.HISTORIA (1638) FE 0 0 0 2 S

12TRABALHO PEDAG.NA EDUC.INFANTI (1726) FE 0 2 2 0 S

12PRATICA DE FORMACAO (EST.SUPE) (1669) FE 5 5 5 5 S

13SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 0 0 S

Total C.H. Semanal30 30 30 30

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Município : COLORADO

Estabelecimento : MONTEIRO LOBATO, C E -E FUND MED NOR PRO

Período Letivo : 2011-1

Curso : TEC.EM ADMINISTRACAO-SUBS-ET GN

Turno : Noite

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular

Carga Horária Semanal das Seriações Disciplina

O (*)

1 2 3

1 ADMINISTRACAO DE PROD.E MAT. (4019)

FE 2 3 0 S

2 ADM.FINANC.E ORCAMENTARIA (4191) FE 3 0 0 S

3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL (296)

FE 0 0 3 S

4 CONTABILIDADE (1801) FE 0 3 2 S

5 ELABORACAO E ANALISE PROJETOS (4177)

FE 0 0 2 S

6 ESTATISTICA APLICADA (4303) FE 3 0 0 S

7 FUNDAMENTOS DO TRABALHO (3514) FE 2 0 0 S

8 GESTAO DE PESSOAS (1513) FE 0 3 2 S

9 INFORMATICA (4404) FE 2 2 0 S

10 INTRODUCAO A ECONOMIA (4017) FE 0 3 2 S

11 MARKETING (4115) FE 0 0 3 S

12 MATEMATICA FINANCEIRA (206) FE 2 2 0 S

13 NOCOES DE DIREITO LEG.TRABALHO (295)

FE 0 2 3 S

14 ORGANIZACAO,SISTEMAS E METODOS (4055)

FE 3 0 0 S

15 PRATICA DISCURSIVA LINGUAGEM (294)

FE 3 0 0 S

16 TEORIA GERAL DA ADMINISTRACAO (1474)

FE 0 2 3 S

Total C.H. Semanal 20 20 20(*) Indicativo de Obrigatoriedade

Município: COLORADO

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Estabelecimento: MONTEIRO LOBATO, C E -E FUND MED NOR PROPeríodo Letivo: 2011Curso: TEC.EM SECRETARIADO-SUBS ET GNTurno: NoiteCódigo Matriz: 66167

Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição Curricular

Carga Horária Semanal das Seriações

GrupoDisciplina

O (*)

1 2

1 ADMINISTRACAO (4119) FE 3 0 S

2 CERIMONIAL E PROTOCOLO (4181) FE 0 3 S

3 CONTABILIDADE (1801) FE 0 3 S

4 FUNDAMENTOS DO TRABALHO (3514) FE 0 2 S

5 GESTAO DE PESSOAS (1513) FE 3 0 S

6 INFORMATICA (4404) FE 2 2 S

7 INTRODUCAO AS FINANCAS (4062) FE 0 3 S

8 L.E.M.-ESPANHOL (1108) FE 0 4 L.Est. Moderna S

8 ESPANHOL TECNICO (1306) FE 2 0 L. Est. Moderna S

9 L.E.M.-INGLES (1107) FE 0 2 L. Est. Moderna S

9 INGLES TECNICO (1102) FE 2 0 L. Est. Moderna S

10 LINGUA PORTUGUESA E RED EMPRES (4063) FE 2 0 S

11 MATEMATICA FINANCEIRA (206) FE 2 0 S

12 METODOLOGIA CIENTIFICA (1717) FE 3 0 S

13 NOCOES DE DIR.E LEG.SOC.TRAB. (4168) FE 0 3 S

14 PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL (4179) FE 3 0 S

15 TECNICAS DE SECRETARIADO (4060) FE 3 3 S

Total C.H. Semanal

21 19

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Município : COLORADOEstabelecimento : MONTEIRO LOBATO, C E -E FUND MED NOR PROPeríodo Letivo : 2011Curso : ESPANHOL - BASICOTurno : Manhã e TardeCódigo Matriz : 98644 Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição

Curricular Carga Horária Semanal das Seriações

Grupo Disciplina

O (*)

1 2

1 LINGUA ESPANHOLA-CELEM (288) BNC 4 4 S

Total C.H. Semanal

4 4

REUNIÕES PEDAGÓGICAS

As reuniões pedagógicas acontecem conforme calendário escolar,

organizadas e dirigidas pelos pedagogos juntamente com a direção para tratar de

assuntos relacionados ao ensino-aprendizagem, metodologias, avaliação, evasão,

problemas disciplinares e questões administrativos com o objetivo de buscar soluções.

INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS

A escola oferece como intervenções pedagógicas a Sala de Apoio,

monitoria de matemática com estagiárias da FAFIPA, os alunos avaliados para

Sala de Recursos são atendidos na Escola Cecília Meireles.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A ideia de escola inclusiva passou a ganhar força a partir da década de

noventa, com a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em Jomtiien,

Tailândia,e, 1990. Os primeiros reflexos no Brasil forma o Plano Decenal de Educação

(PDE-1993-2003) e a nova Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional (LDBEN-

9394/96).

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É sabido que os fundamentos teóricos metodológicos da inclusão escolar

centralizam-se numa concepção de educação de qualidade para todos enfatizando o

respeito dos educandos. O Inciso III do artigo 208 da Constituição Brasileira se refere ao

atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências principalmente na

rede regular de ensino. E na Política nacional de Educação Especial (MEC/SEEP, 1994),

o MEC estabelece como diretrizes da Educação Especial apoiar o sistema regular de

ensino para a inserção dos portadores de deficiência e dar prioridade, quando do

financiamento, e projetos institucionais que desenvolvem ações de integração. Esta

mesma definição foi posteriormente reforçada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei nº 9394/96), e recentemente nas Diretrizes nacionais para Educação

Especial na Educação Básica (CNE/CEB, 2001), e também contemplada na Deliberação

02/03 do CEE.

As pessoas portadoras de necessidades especiais tem direito à educação

pública e gratuita assegurado por lei, preferencialmente na rede pública regular de ensino

e, se for o caso, a educação adaptada às suas necessidades em escolas especiais,

conforme estabelecido nos Art.58, da Lei Federal n° 9394, de 20 de dezembro de 1996,

Art 24 do Decreto n° 3289/99 e Art. 2° da Leis n° 7853/89. Por isso a LDB obriga o poder

público a ampliar o atendimento aos alunos com necessidades especiais na rede pública

regular de ensino (Art. 60 parágrafo único).

A concepção de uma sociedade inclusiva que não segrega os indivíduos e se

modifica para ser acessível a todos é um marco na transformação de uma realidade

histórica de exclusão social educacional das pessoas com deficiência. Assim, constitui-se

como ponto de partida para garantir o direito a uma educação inclusiva, de qualidade e

para todos.

Pensar em Educação Inclusiva, é mais do que um atendimento escolar

direcionado aos alunos com deficiência. É, sim refletir sobre o direito à educação para

todas as crianças em que se amplia a participação de todos os estudantes nas escolas.

Trata-se de uma reestruturação de cultura, da prática e das políticas vivenciadas no

ambiente escolar de modo que estas respondam à diversidade dos alunos, de forma a

eliminar a exclusão.

Frente a nova política nacional de educação especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva, acreditamos que a educação especial passa a integrar a proposta

pedagógica de todas as escolas que são orientadas a partir dos princípios da atenção e

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valorização das diferenças, não mais como uma modalidade substitutiva ao ensino

regular, mas com a função de promover a eliminação de barreiras que limitam o acesso

pleno ao currículo.

Esta concepção rompe com as políticas de fortalecimento das estruturas

segregadas, de classes e escolas especiais que no modelo de integração, enfatizam o

déficit do aluno e a sua capacidade de adaptação. Além disso promove a construção de

um sistema inclusivo, centrado no acesso aos recursos, processos e serviços que

possibilitem o desenvolvimento das potencialidades dos alunos.

Isto nos aponta para a importância da discussão no que diz respeito à

proposta do trabalho com as diferenças e o acolhimento da diversidade no Projeto

Político Pedagógico da escola. Podendo este ser usado como um instrumento usado

para o inicio ao combate das desigualdades. Entender o PPP como documento rico para

emancipação política, pedagógica e administrativa da escola concerne estabelecer

relação com a afirmação que Edler Carvalho (2004, p.67) faz sobre a função da escola:

“ a escola precisa ressignificar suas funções políticas, sociais e pedagógicas, adequando seus

espaços físicos, melhorando as condições materiais de trabalho de todos os que nela atuam, estimulando

neles a motivação, a atualização dos conhecimentos a capacidade crítica e reflexiva, enfim, aprimorando

suas ações para garantir a aprendizagem e a participação de todos, em busca de atender às necessidades

de qualquer aprendiz, sem discriminações”.

A inclusão é o mais novo paradigma em discussão na área educacional e faz

parte da tentativa de adequar a escola às necessidades de uma sociedade exigente no

que se refere à igualdade de oportunidades, e veloz em suas inovações. O que não

significa considerar que todos sejam iguais, mas, sim reconhecer que os educandos

aprendem e participam com ritmos, tempo cronológico, interesses, estratégias e com

recursos diferente, condições que poderão ser garantidas na flexibilização curricular.

O nosso estabelecimento de ensino já atende alunos com necessidades

educacionais especiais, promovendo atendimentos complementares garantidos por lei e

incluídos à classe comum, além de promover ações pedagógicas de acordo comas

necessidades de cada educando a flexibilidade curricular a partir da adaptação de tempo,

de metodologias e avaliações.

Atualmente, o Colégio conta com os atendimentos especializados oferecido

levando em conta as necessidades de cada programa e educando do 6º ao 9º ano,

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Ensino Médio e profissionalizante na área da Deficiência Mental e Distúrbios de

Aprendizagem, sala de Recursos na área de Superdotação/Altas Habilidades para

enriquecimento curricular, Profissional intérprete para educandos surdos com domínio da

língua de sinais/LIBRAS e atendimento na área de deficiência visual.

PROGRAMA E ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO

Sala de Apoio à Aprendizagem

Sala de Apoio

• Objetivo – Dar apoio pedagógico aos educandos do 6º ano com

dificuldades de aprendizagem em Matemática e Língua Portuguesa.

• Metodologia – Por meio de atividades lúdicas e uso de materiais concretos.

O aluno com dificuldades em Língua Portuguesa e Matemática é

encaminhado pelo professor da sala regular, sendo atendido por um

professor em contraturno, conforme cronograma:

Manhã:

Matemática: Português:

Terça-feira: 9:10 às 11:05 Terça-feira: 7:30 às 9:10

Quinta-feira: 7:30 às 9:10 Quinta-feira: 9:10 às 11:05

CELEM – Centro de Língua Estrangeira Moderna

O Colégio oferta o Curso Básico de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM –

Espanhol), na modalidade CELEM. O Curso é ofertado no turno da manhã e tarde, sendo

duas turmas em cada período. O curso tem duração de dois anos, com início e término

concomitante com o período letivo.

Sala de Recursos

A necessidade de atendimento especializado a alunos com deficiências é

possível através de programa da Sala de Recursos, que, no Paraná abrange as

deficiências e os Transtornos de Aprendizagem. Portanto, a demanda encontra-se em

aberto, mas há dificuldades que estão sendo sanadas de (Re)Avaliação

Psicoeducacional. Assim, estes alunos que estavam alijados de Atendimento

Especializados poderão ser atendidos, bem como, se estabelecer intercâmbio com

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professores do ensino regular para que suas potencialidades sejam valorizadas e suas

dificuldades superadas.

Sala de Recursos Multifuncional

A sala de Recursos é um serviço de Apoio Especializado, de natureza

pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns

do ensino Fundamental.

Este estabelecimento possui duas Salas de Recursos para atendimento no

período da manhã aos alunos de 6º e 7º anos e no período da tarde aos alunos de 8º e 9º

anos que apresentam dificuldades de aprendizagem com atraso acadêmico significativos

decorrentes de deficiência intelectual/ ou transtornos funcionais específicos.

Esta sala tem o objetivo de desenvolver os processos cognitivos, motor, socio-

afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.

O professor elabora um planejamento pedagógico individual, com metodologia

e estratégia diferenciada.

Para ingresso na sala de Recursos será realizada avaliação do contexto

escolar pelos regentes, pedagogo e psicólogo/ neurologista. Os conteúdos trabalhados

pelos professores de Recursos são registrados em uma ficha (relatório), onde são

descritas as dificuldades e os avanços apresentados durante o processo ensino-

aprendizagem. O encaminhamento, a saída ou a permanência do aluno na Sala de

Recursos se dará mediante concordância dos professores regentes da sala

regular/recurso e também da equipe pedagógica.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A proposta de formação continuada para professores e funcionários se faz

necessário própria natureza do saber.

Para a valorização dos profissionais da Educação, considerando o contido na

LDB 9394/96 em seus artigos 67, 80 e 87, bem como a Lei Nacional 10172/2001,

Resolução 1467/04, a SEED viabiliza a realização de eventos direcionados a todos os

profissionais do sistema público: professores, diretores, Agentes Educacionais I e II,

como também representantes da comunidade escolar APMF e Grêmio Estudantil.

De acordo com as políticas educacionais da SEED, o NRE, oportuniza o

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Itinerante, Grupos de Estudos aos sábados, Formação Continuada na Semana

Pedagógica no início do ano letivo e no início do Segundo Semestre.

Os funcionários do Colégio participam do Profuncionário, evento de

capacitação ofertado pelo MEC, num total de 1.200 horas, correspondendo a um curso

Técnico de Nível Médio.

Todo o material utilizado para subsidiar a Formação Continuada é embasada

no Materialismo Histórico Dialético, a fim de que professores e funcionários possam

atualizar-se, tirar as suas dúvidas, refletir sobre o ensino-aprendizagem.

Este estabelecimento vem realizando esta prática de estudos, visando

redimensionar a prática do corpo docente e funcionários, numa perspectiva de

aperfeiçoamento profissional como também proporcionando um atendimento de

qualidade aos alunos.

ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE

A realização da Hora Atividade acontece conforme cronograma sugerido pelo

N.R.E. de Maringá, cada dia da semana uma disciplina. O acompanhamento é feito para

reflexão sobre a prática pedagógica do dia a dia. Os professores da área se reúnem

quando possível com a pedagoga do período para discutir as dificuldades de ensino-

aprendizagem e propor ações para encaminhamentos necessários.

Às vezes, os professores de áreas afins, dos três períodos, reúnem-se

com as pedagogas para estudos de textos relacionados com a prática. Utilizam-na

para prepararem aulas de acordo com P.T.D., elaboram provas e pesquisam no

laboratório de informática para enriquecimento dos conteúdos.

AVALIAÇÃO

A avaliação escolar ainda é um desafio, pois mesmo preconizada na Lei

maior da Educação, Lei nº 9394-Lei De Diretrizes e Bases da Educação, que a avaliação

seja contínua, cumulativa do desempenho do aluno, reforçada pela sua função formativa

que a pedagogia Histórico-Critica enfatiza, nos deparamos com algumas realidades

enviesadas a serem enfrentadas.

A finalidade da avaliação do colégio é fornecer informações sobre o processo

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pedagógico e permitir aos docentes, decidir sobre as intervenções e redirecionamentos

necessários em fase do projeto educativo definido coletivamente e comprometido com a

garantia da aprendizagem do aluno.

Proposta de avaliação semestral

A avaliação é compreendida como elemento integrador entre a aprendizagem

e o ensino, um instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços,

dificuldades e possibilidades, como uma ação que ocorre durante todo o processo de

ensino e aprendizagem e não apenas em momento específico.

Para que esse procedimento se efetive, professores, equipe pedagógica e

administrativa deste colégio acreditam que a semestralidade proporcionará novas

oportunidades de encaminhamentos pedagógicos, avaliativos e consequentemente

melhor qualidade de ensino.

Os pais acompanharão o desenvolvimento de seus filhos, pelo CGM,

atendimento pelas pedagogas às terças-feiras, participando das reuniões mensais,

bimestrais, específicas quando necessário marcadas pela Equipe Pedagógica e após

realização do Conselho de Classe.

Obs.: A avaliação do desempenho dos alunos dos cursos Técnicos em

Administração Subsequente - em Nível Médio e Secretariado Subsequente - em Nível

Médio acontece bimestralmente devido a organização curricular.

De acordo com o Regimento Escolar:

Art. 75 - A avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o professor estuda e interpreta

os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar resultados e estabelecer-lhes valor.

Art. 76 - Na avaliação serão utilizados os seguintes critérios:

I - Observação contínua e permanente do desempenho do aluno nas diversas

áreas de Conhecimento, Habilidades e Participação nas atividades desenvolvidas;

II- Respeito à realidade individual do aluno;

III- Ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem;

IV- Ênfase na atividade crítica de síntese e elaboração pessoal de cada aluno;

V- Avaliação oral, testes, trabalhos individuais e/ou coletivos, pesquisas,

entrevistas, auto-avaliação e outros instrumentos que se fizerem necessários.

§ 1. º - Na elaboração dos instrumentos avaliativos não poderão ser

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considerados para sua formação elementos subjetivos, tais como: comportamento,

assiduidade e participação do aluno nas atividades.

§ 2. º - É vedada a avaliação em que o aluno é submetido a uma só

oportunidade de aferição e a só um instrumento de avaliação.

Art. 77 - O registro da avaliação da aprendizagem será contínuo, permanente

e cumulativo, indicando a correspondência da etapa em que o aluno se encontra.

Art. 78 – Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os

aspectos qualitativos da aprendizagem.

Parágrafo Único: Dar-se-á maior importância à atividade crítica, à capacidade

de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

Art. 79 – Os resultados das avaliações serão computados semestralmente e

expressos em notas em todas as disciplinas que compõem a Matriz Curricular, de 0

(zero) a 10 (dez), sendo que o rendimento mínimo exigido ser 6, 0 (seis vírgula zero), em

todas as disciplinas que compõem a matriz curricular.

Parágrafo Único – Para cálculo da média anual (M.A.) será usado a seguinte

fórmula: M.A. = 1º Semestre + 2º Semestre

2

Art. 80 – Os resultados semestrais registrados no registro de classe e na ficha

individual e informados através do Boletim Escolar ou Edital.

Parágrafo Único – Na documentação oficial do aluno, Ficha Individual e

Histórico Escolar, os resultados serão expressos em notas de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula

zero).

Seção II

Da Recuperação de Estudos

Art. 81 - A recuperação de estudos tem por objetivo proporcionar ao aluno que

demonstrar rendimento insuficiente, estudos complementares, oportunizando melhoria de

aproveitamento.

Art. 82 - Este Estabelecimento de Ensino ofertará Recuperação Paralela aos

alunos, com objetivo de proporcionar melhoria de conteúdo e rendimento.

Art. 83 - Este Estabelecimento proporcionará Recuperação de estudos de

forma paralela obrigatória, que será desenvolvida pelo professor durante todo o ano

letivo, dirigida aos alunos que tiverem rendimento insuficiente, devendo ser planejada

constituindo-se um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às

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dificuldades dos alunos.

Art. 84 – Na recuperação de estudos o professor considera a aprendizagem

do aluno no decorrer do processo e, para aferição do semestre, entre as notas de

avaliação e as de Recuperação, prevalecendo as de maior valor.

Seção III

Da Promoção

Art. 85 - Após a apuração dos resultados de aproveitamento e frequência,

serão definidas as situações de aprovação e reprovação do aluno, conforme segue:

I - Será considerado aprovado após o ano letivo regular, o aluno que

apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da

carga horária do período letivo e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis);

II - Estará automaticamente reprovado, após o ano letivo, o aluno que

apresentar frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária

do período letivo, com qualquer rendimento anual;

III - Será considerado reprovado, o aluno que apresentar frequência igual ou

superior a 75% (do total da carga horária do período letivo) e média anual inferior a seis

vírgula zero.

Parágrafo único – O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis), mesmo após os estudos

de recuperação paralela, ao longo da série letiva, será submetido à análise do

Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.

Art. 86 – A síntese do Sistema de Avaliação é a seguinte:

Frequência de 75% a 100% e Média >= 6,0 APROVADO

Frequência de 75% a 100% e Média < 6,0 REPROVADO

Frequência menor que 75% e Média qualquer REPROVADO

Do Processo de Classificação

Art.72- A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível

com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais ou informais,

podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano ou

fase anterior, na própria escola;

II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país 43

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ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno no ano compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência,

adquiridos por meios formais ou informais.

Art.73- A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola

para efetivar o processo;

II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,

para obter o respectivo consentimento;

IV. arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

Do Processo de Reclassificação

Art.74- A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino

avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,

levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de

estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do

que registre o seu Histórico Escolar.

Art.75- Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência no ano ou série, dar

conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de

reclassificação.

Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão

solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à

escola aprová-lo ou não.

Art.76- A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao

aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a

fim de obter o devido consentimento.

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Art.77- A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela

equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações

emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a

necessidade da reclassificação.

Art.78- Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas

reuniões, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos

realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

Art.79- O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe durante

dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

Art.80- O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno.

Art.81- O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à

SEED.

Art.82- A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

O Plano de Trabalho Docente é elaborado no início do ano letivo e após às

férias de julho seguindo as orientações da SEED. As pedagogas acompanham e

orientam sua construção, no entanto, ele é retomado sempre que se perceba dificuldades

, promovendo a sua reorganização. No momento ainda percebemos falta de

fundamentação teórica quanto a concepção histórico-crítica.

PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

C E MONTEIRO LOBATO - EFMNPSEMANA PEDAGÓGICA – FEVEREIRO/2011

PLANO DE AÇÃO 2011PROBLEMAS

LEVANTADOS AÇÕES PROPOSTAS RESPONSÁVEIS QUANDO

1Encontros entre nós

da áreaOrganizar cronograma mensal da H. A.

Equipe Pedagógica A partir de Março

(1 x mês)Diretor (a)

2 Aluno não participativo

Partir do conhecimento que o aluno tem, valorizando-o.

Professores, alunos,

Profissionais da Escola

Na montagem do Horário

Levá-lo a apropriar níveis mais Ano Todo

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elaborados do conhecimento

3Aluno

Descompromissado

Encontros iniciais com os pais, professores e alunos

Equipe organiza reuniões

Início do ano e periodicamente

Disponibilidade dos professores

E divulgar em edital

Professores participarem sempre das

reuniões

Acompanhamento Periódico da FamíliaEquipe

Pedagógica / Família

Reuniões e dia da Família na Escola

Conhecer, estudar e aplicar os referenciais teóricos que devem basear na dinâmica da escola hoje. (Ped. Hist. - Crítica)

Professores e Pedagogas

Ano Todo

Encontros de Estudo para potencialização profissional de todos

Professores, Pedagogas

FuncionáriosAno Todo

Dominar conteúdos específicos das disciplinas e contemplar os desafios contemporâneos na práxis.

Professores Ano Todo

4

Altos índices de evasão nos 5º, 9º

anos do E.F. e 1ª e 2ª séries do Ensino

Médio noturno

Falta de Perspectiva

Prof. Informar 3 faltas consecutivas ou 5 alternadas do aluno

Professores

Ano Todo

Contato imediato com a família / Conselho Tutelar

Pedagoga Responsável

Aulas partindo da realidade do aluno

ProfessoresLevar os alunos à mostras de profissões da UEM e eventos pertinentesElaboração e divulgação de gráficos Pedagogas Março /2011

5Pouco hábito de leitura

Dar continuidade ao projeto de leitura Ajustar coletiva, com consulta a todos só segmentos envolvidos

Pedagoga Responsável e Professoras de

L.P.1º Semestre8º e 9º anos do E.F. – Continuar com a

aula de leitura uma vez por semana – (Na disciplina de Língua Portuguesa)Análise de referências que embasem a importância da leitura em todas as disciplinas.

Pedagogas e Professores

Encontros Agendados

6

Altos índices de repetência nos 6º,

8º 9º E.F. e 1ª séries T. E N. Do

Ens. Médio

Filme com sessão em duas aulas selecionado pelo professor(a) e equipe

Pedagoga organiza,

revezamento de duplas de prof.

1 vez por mês

Sala de apoio com frequência adequada

Pedagoga Responsável e Profs. Mat. LP

das turmas

Ano TodoParceria entre profs de Sala e da S. Apoio

Trabalho em equipe, encontros contínuos

Equipe e profs por disciplina

Durante H A

Registro das ações realizadas com a família

Pedagoga Responsável

Ano Todo

Reunião de Equipe, pais e professores, convocando os pais através de bilhetes

Equipe, Professores e

Pais

15 dias após início do ano letivo

7 Avaliação Repensar a forma de avaliar a aprendizagem processualmente,

Diretora, Equipe e professores

Estudo Encontros

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durante o ensino e na retomada do conteúdo

Prática DocenteConscientização da família e do aluno sobre Avaliação processual e não só através de provas Diretora, Equipe e

professoresNa conscientização enfatizar os conceitos de avaliação

8Não há adaptação curricular para os alunos Inclusos

Finalizar as Av. do Contexto Escolar em andamento

Pedagoga Responsável

1º Semestre

Realizar as avaliações no Contexto Escolar pendentes de 2010

Pedagoga e Professores

Ano Todo

Organizar o acompanhamento pedagógico com os professores de turmas com alunos inclusos. Pedagoga

ResponsávelAno Todo

Dar orientações às famílias sobre os procedimentos pendentes à Av. No Contexto Escolar e inclusão.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO PROFISSIONAL

Nortear o trabalho pedagógico em face à construção da cultura e da gestão

democrática contemplando a sociedade atual em sua diversidade, é um desafio para a

escola. Desafio esse, que é possibilitado por meio do Projeto Político Pedagógico. Aliado

a ele, temos a mídia e suas tecnologias em toda sua amplitude. Diante deste processo os

educadores em sua totalidade necessitam intervir, apresentando significativas

contribuições para a formação constante do profissional brasileiro.

A escola deverá ser o espaço apropriado para este processo, através do seu

constante repensar e de suas constantes mudanças e adequações; flexibilizando ações

educativas que proporcionam a efetiva contribuição para a melhoria educacional e

também profissional de nosso país.

Diante deste contexto, nos propomos a atender as necessidades de nossa

comunidade local e ao enfrentamento de mais este processo para o benefício e

construção justa da verdadeira cidadania.

Tendo em vista estes objetivos educacionais, o Projeto Político Pedagógico,

visa propor a conceitualização, reorganizando o conhecimento para aquisição e

desenvolvimento das capacidades do aluno, o exercício da cidadania democrática e

atuação no sentido de reformular a construção do saber.

Essa reformulação significa apontar um rumo, uma direção, um sentido para

um compromisso estabelecido coletivamente, construindo um processo participativo de

decisões, preocupando-se em instaurar uma forma de organização do trabalho

pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, buscando eliminar as relações

competitivas, corporativas e autoritárias, permitindo as relações horizontais no interior da

escola.

A educação profissional vem romper as barreiras impostas por um modelo

tradicional de sociedade que busca um profissional diplomado. Este porém, busca a

aprimoração, a prática e a sensibilidade em prestar um trabalho de excelência.

Os cursos de educação profissional em sua carga horária já destina espaço

para o estágio supervisionado, cuidado este que a escola teve em realizar parcerias com

as empresas e escolas do município.

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CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL DE FORMA DESCENTRALIZADA - COLÉGIO ESTADUAL DR. IVAN FERREIRA DO AMARAL E SILVA FILHO – EFM, EM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

Em 2007 e 2008, o Colégio Estadual Monteiro Lobato – EFMNP efetuou várias

matrículas de alunos oriundos do município de Nossa Senhora das Graças, situado a 25

km do município de Colorado e, conforme Ata nº 07/2008, do Livro de Atas de Reuniões

de Pais do Colégio Estadual Dr Ivan Ferreira do Amaral e Silva, de 04/11/2008, com mais

de 50 assinaturas confirma o interesse de mais de 40 pessoas em frequentarem o

referido Curso. Pondera-se também, que a distância entre os dois municípios, provoca

ônus aos interessados, tendo que contratar transporte especial, pois o existente não tem

horários compatíveis com os horário escolar, tanto para aulas como para realização de

Estágio/Prática de Formação.

Portanto, houve a necessidade do Colégio Estadual Dr. Ivan Ferreira do

Amaral e Silva Filho – EFM, ofertar o Curso de Formação de Docentes – Normal em

Nível Médio, de forma descentralizada visando atender as expectativas da comunidade,

suprindo a demanda existente, da qual muitos interessados já trabalham como monitores

de turmas na Educação Infantil e outros são alunos concluintes do Ensino Fundamental.

A Direção do Colégio a ser descentralizado o curso, confirma que a demanda

reprimida poderá ser atendida com uma sala temporária, num período máximo de 2

(dois) anos de matrículas iniciais para suprir a deficiência regional de profissionais

atuantes na área de abrangência do Curso. O mesmo possui as instalações, recursos

humanos e materiais, parcerias e termos de compromisso com instituições para a

realização do curso de forma descentralizada e as aulas de Prática de Formação.

O Colégio Estadual Monteiro Lobato - EFMNP oferece assessoria necessária

para que o Curso mantenha o padrão de qualidade oferecido no Colégio Sede, inclusive

disponibilizando o acervo bibliográfico e materiais utilizados pelos docentes e discentes.

Promove encontros periódicos entre os coordenadores e professores do curso para

participarem em conjunto dos grupos de estudos e capacitação promovidas pela SEED –

Secretaria do Estado da Educação e elaboração de Planos de Trabalho Docente, bem

como, acompanhamento e orientações das aulas de Prática de Formação.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

A PPC como parte integrante do PPP está fundamentada nas DCEs da

Educação Básica, com a intenção de um ensino de qualidade, se estrutura a partir de

um movimento dialético para a organização curricular e o desenvolvimento do trabalho

pedagógico dos profissionais da educação. A partir desta proposta, o professor realizará

o seu PTD, efetivando o conhecimento curricular em sala de aula.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Arte é acima de tudo, uma forma de conhecimento e uma das mais antigas

manifestações do ser humano, vivendo e registrando a sua existência retratando todas

as épocas da história, revelando os conhecimentos construídos pela humanidade nas

mais diferentes linguagens: artes visuais, teatro, música e dança.

A cultura brasileira começou a ser formada no período colonial com a

catequização dos indígenas com ensinamentos de artes e ofícios.

Após esse período, não se registrou mudanças significativas até a chegada da

família real Portuguesa ao Brasil em 1808, quando um grupo de artistas franceses

fundaram a Academia de Belas Artes, com o objetivo de ensinar a arte clássica,

caracterizado por exercícios de cópias fieis de obras consagradas, o que influenciou no

pensamento tradicional do ensino de arte.

O desenvolvimento das artes plásticas e da música, se daria com a criação da

Escola de Belas Artes e Indústria em 1886, por Antônio Mariano de Lima.

A primeira reforma educacional do Brasil republicano, ocorreu em 1890 com a

proclamação da república, que passou a valorizar o desenho geométrico, logo após

apenas abordaria as técnicas e as artes manuais.

O contexto histórico do inicio do século XX, influenciaria na valorização do

artista brasileiro e promoveria o rompimento por meio do manifesto Antropofágico, das

estéticas europeias vigentes. O ensino de Arte seguiria a tendência da livre expressão e

criatividade.

O ensino da música tornou-se obrigatório nas escolas brasileiras com o

trabalho do músico Villa Lobos, sendo a principio trabalhado com teoria, canto orfeônico,

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hinos e canto coral, após reduzido ao estudo de leitura rítmica, hinos e canções cívicas.

Grandes movimentos e produções musicais, como as Bienais, os Festivais, O

Teatro de Arena e o Cinema Novo foram intensificadas a partir da década de 60 do

século XX.

A disciplina de Educação Artística tornou-se obrigatória em 1971 com a Lei

Federal nº. 5692/71, onde era direcionado a trabalhar com técnicas e habilidades,

minimizando o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Já o Currículo

Básico (1990) pensaria a escola como instrumento para a transformação social, dando

um novo parâmetro para se trabalhar a arte, não apenas como mero objeto de

reprodução de técnicas, mas sim pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e

pelo trabalho artístico.

Após várias mudanças e conquistas no ensino da arte, ressaltamos a lei que

estabeleceu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática histórica

e cultura Afro-brasileira e Indígena, que para o ensino da arte é uma possibilidade de

romper com uma hegemonia da cultura europeia, ainda presente em muitas escolas.

Em 2008, foi sancionada a lei nº. 11.769 em 18 de agosto, que estabelece a

obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, reforçando a necessidade do

ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte.

Todos esses avanços foram para a valorização da Arte como campo de

conhecimento. (DCE – ARTE)

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

O contexto histórico é imprescindível na forma de pensar a Arte e

consequentemente o seu ensino, pois cada período da História da Arte é constituído das

ações socioculturais, econômicas e políticas. “Nesse sentido as diversas teorias sobre a

arte estabelece referencias sobre sua função social, tais como: da arte poder servir a

ética, a política, a religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em

mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.” (DCE-ARTE)

As teorias teórico-metodológicas são conceituadas nos campos de estudos

da estética, da história e da filosofia, sendo que alguns conceitos foram incorporadas

pelo senso comum. Essas formas históricas de interpretar a arte especificam

propriedades essenciais comuns a todas as obras de arte.

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Para que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de

pensamento, de criação artística e expandir sua capacidade de criação e pensamento

crítico é necessário o ensino de Arte basear-se num processo de reflexão sobre a

finalidade da Educação, seus objetivos, seus conteúdos e a metodologia proposta.

Para definir a arte utilizam-se conceitos historicamente produzidos, sendo:

Conhecimento estético: está relacionado a apreensão do objeto artístico como

criação de cunho sensível e cognitivo.

Conhecimento da produção artística: está relacionado aos processos do fazer e da

criação, nas diversas áreas com artes visuais, dança, música e teatro.

Educar os alunos em arte é possibilitar um novo olhar, um ouvir mais critico,

um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade,

bem como a ampliação das possibilidades de fruição.

A disciplina de Arte, além de promover conhecimento sobre as diversas áreas

de arte, deve possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e

unitário. Alem disso, tem uma forte característica interdisciplinar que possibilita a

recuperação da unidade do trabalho pedagógico, pois seus conteúdos de ensino

ensejam diálogos com a história, a filosofia, a geografia, a matemática, a sociologia,a

literatura, etc.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os Conteúdos Estruturantes são os Elementos formais, a Composição e os

Movimentos e Períodos, são conceitos de grande amplitude e fundamentais para a

compreensão das quatro áreas de arte (Artes visuais, Teatro, Dança e Música).

Os Elementos formais são os recursos usados para organizar todas as áreas

artísticas e são diferentes em cada uma delas, possibilitam ao professor que estabeleça

correlação das quatro áreas, aprofundando os da sua área de formação.

Na Composição os elementos formais se organizam e formam uma produção

artística.

O conteúdo estruturante, movimentos e períodos contextualiza o momento

histórico ao qual o período artístico se desenvolveu.

Apesar de terem as suas especificidades, os conteúdos estruturantes são

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interdependentes e de mútua determinação. Devem ser organizados de modo

simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do

conhecimento em arte, constituirão a composição que se materializa como obra de arte

nos diferentes movimentos e períodos.

CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

ÁREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônica, cromática.Improvisação

Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana

ARTES VISUAIS

PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: pintura, escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia...

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica

TEATRO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço

Enredo, roteiroEspaço Cênico, adereços.Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

DANÇA

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos ArticularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e LentoFormaçãoNíveis (alto médio e baixo).Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica: improvisaçãoGênero: circular

Pré-HistóriaGreco-RomanaRenascimentoDança Clássica

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7º ANO

ÁREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnico.Técnicas: vocal, instrumental e mista.Improvisação

Música Popular e étnica(ocidental e oriental)

ARTES VISUAIS

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte IndígenaArte PopularBrasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco

TEATRO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia.Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell’ arteTeatro PopularBrasileiro e ParanaenseTeatro Africano

DANÇA

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre e interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderado.Níveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular e étnica.

Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena

8º ANO

ÁREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, tecno.

ARTES VISUAIS

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCor

SemelhançasContrasteRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho,

Indústria CulturalArte no Séc.XXArte Contemporânea

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Luzfotografia, áudio-visual e mista...

TEATRO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço

Representação no Cinema e MídiasTexto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiro Técnicas: jogos, teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo

DANÇA

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural e espetáculo.

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria culturalDança moderna

9º ANO

ÁREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: Vocal, instrumental e mista.Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Música EngajadaMusica Popular Brasileira.Música Contemporânea

ARTES VISUAIS

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigura-fundoRitmo VisualTécnica: Pintura, grafite, performance...Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

RealismoVanguardaMuralismo e Arte Latino-AmericanaHip Hop

TEATRO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,Teatro-Fórum...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas

DANÇA

Movimento Corporal

Tempo

KinesferaPonto de ApoioFluxo QuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e

VanguardasDança ModernaDança Contemporânea

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Espaço longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance e moderna

CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO MÉDIO

ÁREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaEscalasModal, Tonal, e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop...Técnica: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.Improvisação

Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana

ARTES VISUAIS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

BidimensionalTridimensionalFigura-fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilizaçãoTécnicas: pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura , esculturas, arquitetura, história em quadrinhos...Gêneros: Paisagem, natureza- morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte ContemporâneaArte Latino-Americana

TEATRO

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Forúm.RoteiroEncenação e leitura dramáticaGêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico.DramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia, sonoplastia, figurino e iluminação.DireçãoProdução

Teatro Greco-romanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-americanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaFluxoPesoEixoSalto e Queda

Pré-históriaGreco-romanaMedievalRenascimentoDança Clássica

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DANÇA GiroRolamentoMovimentos ArticularesLento, Rápido e Moderado.Aceleração e desaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

Dança Popular BrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria CulturalDança ModernaVanguardasDança Contemporânea

AVALIAÇÃO

A avaliação é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do

professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos

os momentos da prática pedagógica.

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da

apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para

o aluno. Inclui observação do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades

percebidos na apropriação do conhecimento por eles. O professor deve observar como o

aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas

discussões em grupo. É necessário dar importância não só ao produto final, e sim ao

conjunto das atividades pelas quais os alunos passam, envolvendo o refletir, o pesquisar,

o fazer, o refazer, o apreciar, o criticar, fazendo a retomada do conteúdo quando

necessário, podendo utilizar os seguintes instrumentos de verificação:

- Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

- Pesquisas bibliográficas e de campo;

- Debates em forma de seminários e simpósios;

- Provas teóricas e práticas;

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando às seguintes expectativas de aprendizagem:

- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a

sociedade contemporânea;

- A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade

singular e social;

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− A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas

culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

REFERÊNCIAS:

- Diretrizes curriculares da Educação básica – ARTE, Secretaria de Estado da Educação;

- BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n.9394/96: Lei de diretrizes e bases da Educação

Nacional, LDB. Brasília, 1996.

- GOMBRICH, E. H. Arte e Ilusão. São Paulo: M. Fontes, 1986;

- HAUSER, A. História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins fontes, 1995.

- OSTROWER, F. Universo da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

- PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação do Departamento de Ensino Médio.

- LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

Apresentação da disciplina

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo, o fenômeno VIDA.

Portanto, procurar sempre que possível relacionar os conteúdos de Biologia com fatos do

cotidiano e temas importantes da atualidade, como poluição, questões sociais, AIDS,

consequências políticas e morais da engenharia genética e de outras biotecnologias,

cuidados em relação à saúde e à sexualidade é imprescindível. Afinal, todos sabemos

que a ciência deve estar a serviço do homem e que as consequências sociais e éticas

das descobertas científicas precisam ser conhecidas e debatidas por toda a sociedade.

Fundamentos teórico-metodológicos

A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a concepção

de ciência presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como as

interferências que tal concepção sofre e provoca no processo de construção de conceitos

sobre o fenômeno VIDA, reafirmado como objeto de estudo da Biologia.

A metodologia de ensino da Biologia envolve o conjunto de processos

organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de organismo no meio,

na relação ser humano e natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e

culturais.

Para o ensino de Biologia, é proposto o método da prática social, que decorre

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das relações dialéticas entre o conteúdo de ensino e a concepção de mundo; entre a

compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade (SAVIANI, 1997; LIBÂNEO,

1983). Confrontam-se, assim, os saberes do aluno com o saber elaborado, na

perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência como atividade humana.

Ainda, busca-se a coerência por meio do qual o aluno seja agente desta apropriação do

conhecimento.

Enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem, serão realizadas,

durante o desenvolvimento dos conteúdos, atividades que contemplem a “História e

Cultura Afro”, Lei 10.639/03 e “Meio Ambiente”, Lei 9.795/99, tais como: pesquisas,

discussões, elaboração de textos, exposição de cartazes e apresentação de slides.

Para o processo de ensino-aprendizagem serão utilizados:

• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro

didático, texto de jornal, revista científica, figuras em quadrinhos, música, quadro de

giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático(torso,

esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa,

jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

• recursos instrucionais como mapas conceituais, mapas de relações, gráficos, entre

outros;

• alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios,

exposição de ciência, seminários e debates.

Assim, o ensino de Biologia deve ser pensado criticamente, as abordagens do

processo e o vínculo pedagógico devem estar em consonância com as práticas sociais.

Nas diretrizes curriculares, valoriza-se a construção histórica dos

conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada. A

formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, se consolida por meio de um trabalho em

que o professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas

anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a

produção de saberes científicos a favor da compreensão do fenômeno VIDA.

Conteúdos Estruturantes e básicos

Estruturantes-

- Organização dos Seres Vivos;

- Mecanismos Biológicos; 59

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- Biodiversidade;

- Manipulação Genética.

Básicos-

• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

• Teorias evolutivas.

• Transmissão das características hereditárias.

• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente.

• Organismos geneticamente modificados.

Avaliação

Na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo, cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela

intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe- se uma tomada

de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua

aprendizagem e se organize para as mudanças necessárias.

Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a

verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a avaliação

como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos”.

Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do

processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os

obstáculos existentes.

As avaliações ocorrerão diariamente, segundo o desempenho dos alunos, por

meio de diálogos, relatórios em grupos ou individuais, avaliações subjetivas e objetivas,

trabalhos em grupo ou individuais, pesquisas e produção de textos.

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REFERÊNCIAS

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos

psíquicos superiores. 4a ed., São Paulo. Martins Fontes, 1991.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares da Rede

Pública de Ed. Básica do Estado do Paraná. Biologia. Curitiba: SEED, 2006.

SAVIANI, DEMERVAL,1944. Escola e democracia. 25. ed. São Paulo: Cortez: Autores

Associados, 1997.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ciência e tecnologia são vivenciadas pelas pessoas de modo automático e

imediato. Apesar de constituírem um conhecimento especializado – diferente e distante

do senso comum – exercem poderosos impactos na vida cotidiana. Ao lidar com esse

conhecimento, as pessoas se deparam com ideias que não parecem reais, como genes,

vírus, partículas, forças, campos e elétrons. Por isso, o ensino de Ciências deve atender

às necessidades cotidianas das pessoas comuns e, ao mesmo tempo, alargar seus

horizontes e sua imaginação.

A ciência, além de um acervo de conhecimentos, continuamente confirmados,

retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui um modo de

pensar, de chegar as conclusões coerentes a partir de, de questionar preconceitos, de

estimular o equilíbrio entre novas ideias e as já estabelecidas.

Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo

contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e colocando

sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto

de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos

contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas

estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica,

a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.

Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica,

colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos

conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo

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escolar.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

No ensino de Ciências o professor se depara constantemente com

conhecimentos alternativos, tanto pela banalização da divulgação científica, quanto pelo

uso de linguagem simplificada do conhecimento científico, inclusive nos livros didáticos.

Nesse momento, o contato com a história da ciência pode propiciar ao professor

compreender como se desenvolveu o conhecimento científico.

Na escola, o obstáculo epistemológico assume função didática e permite

superar duas grandes ilusões no ensino de Ciências: o não rompimento entre os

conhecimentos cotidiano e científico e a crença de que se conhece a partir do nada.

Dessa forma, o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera

transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação

de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos

estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica (LOPES, 1999). Espera- se uma

superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos, rompendo com

obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações

conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita

comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos científicos

algo significativo no seu cotidiano.

Enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem, serão realizadas, durante

o desenvolvimento dos conteúdos, atividades que contemplem a “História e Cultura Afro”,

Lei 10.639/03 e “Meio Ambiente”, Lei 9.795/99, tais como: pesquisas, discussões,

elaboração de textos, exposição de cartazes e apresentação de slides.

Para o processo de ensino-aprendizagem serão utilizados:

• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro

didático, texto de jornal, revista científica, figuras em quadrinhos, música, quadro de

giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

didático(torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),

microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

• recursos instrucionais como mapas conceituais, mapas de relações, gráficos, entre

outros;62

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• alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios,

exposição de ciência, seminários e debates.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de

Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo

estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a

articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos da disciplina

de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo a

integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico,

químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais, interdisciplinares

e contextuais.

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

- Universo- Galáxias, Movimentos do Universo.

- Sistema solar- Geocentrismo, heliocentrismo.

- Movimentos Terrestres e Celestes -Rotação, translação, estações do ano.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

- Constituição da matéria – Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva,

camadas atmosféricas, solos rochas, minerais, água.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

- Níveis de organização -Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,

pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.

4. Conteúdos Básicos de Energia

- Formas de Energia – energia elétrica, energia eólica.

- Conversão de Energia – Fontes de energia renováveis e não-renováveis.

- Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.

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5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

- Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção das espécies,

comunidade, população.

- Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,

populações

- Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e

características)

- Evolução dos seres vivos – Teorias evolutivas.

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

- Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua,

constelações, dias e noites.

- Astros – Constituição físico-química dos astros.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

- Constituição da matéria – Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do

surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,

núcleo terrestre, estrutura química da célula,

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

- Célula – Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular,

fotossíntese, reserva energética.

- Morfologia e Fisiologia dos seres vivos – Características gerais dos seres vivos,

órgãos e sistemas animais e vegetais.

4. Conteúdos Básicos de Energia

Formas de Energia – energia luminosa, energia térmica

Conversão de Energia – A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas

ectotérmicos, sistemas endotérmicos, eletromagnetismo, conversão de energia potencial

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em cinética.

Transmissão de Energia – Irradiação sistemas de transmissão de energia.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

- Organização dos Seres Vivos– Deriva continental, diversidade das espécies,

extinção das espécies.

- Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,

populações.

- Ecossistemas -Eras geológicas.

- Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia

alimentar. Seres autótrofos e heterótrofos.

- Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o

surgimento da vida, geração espontânea.

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

- Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de

coordenadas.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

- Constituição da matéria - Conceito de matéria e átomo.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

- Célula – Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese,

reserva energética

- Morfologia e fisiologia humana – Estrutura e funcionamento dos tecidos, órgãos e

sistemas como por exemplo, sistema digestório, sistema cardiovascular, sistema

excretor e sistema urinário.

4. Conteúdos Básicos de Energia

- Formas de Energia – energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia

nuclear, energia elétrica, energia química e energia eólica.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

- Evolução dos seres vivos – Teorias evolutivas.

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9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

- Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis meteoros,

meteoritos e cometas.

- Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

- Propriedades da matéria – massa, volume, densidade, compressibilidade,

elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade,

ductibilidade, flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza,

tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

- Morfologia e fisiologia humana – sistema sensorial, sistema reprodutor, sistema

endócrino e sistema nervoso.

- Mecanismos de herança genética – Noções de hereditariedade, cromossosmos,

gene, DNA, RNA, mitose e meiose.

4. Conteúdos Básicos de Energia

- Conversão de energia – Sistemas semi-conservativos ciclos de matéria,

eletromagnetismo, movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho,

potência.

- Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de

transmissão de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos,

equilíbrio de forças.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

- Interações ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações

intraespecíficas.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do

processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática

pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo

é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão

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sobre a ação da prática pedagógica. A avaliação, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para

que essa aprendizagem se caracterize e a escola se faça mais próxima da comunidade,

da sociedade como um todo , no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos

estão inseridos.

As avaliações ocorrerão diariamente, segundo o desempenho dos alunos,

através de instrumentos como: diálogos, relatórios, trabalhos em grupos ou individuais,

avaliações subjetivas e objetivas.

Para concretizar esse objetivo, deve-se ter claro que os critérios de avaliação

definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do

que se avalia. Os critérios são elementos de grande importância no processo avaliativo,

porque articulam todas as etapas da ação pedagógica.

Os critérios de avaliação devem focar aquilo que esteja ao alcance dos

alunos, diante dos propósitos do que se avalia e de que forma, deve ser justo e uniforme

a cada conteúdo específico apresentado, por série na elaboração do plano de trabalho,

sendo eficaz na produção e mudanças no comportamento.

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BIBLIOGRAFIA:

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, ed. Mmartins Fontes, 1989.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Ciências – Paraná , 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A transição para o século XXI trouxe mudanças rápidas em todos os

segmentos da sociedade, tanto tecnológicas, científicas, industriais, econômicas e sócio-

culturais. Em função disso, a sociedade necessita de um novo perfil de homens e

mulheres capacitados para as transformações que a globalização, a competição e à

mídia exigem.

O fenômeno da globalização tem trazido consigo realidades altamente

complexas e desafiadoras que são pouco compreendidas, mas que tem enormes

implicações em nossa sociedade. Santos (2008), discutindo globalização, fala da

existência de três mundos em um só: um mundo como nos fazem ver, um mundo como

ele realmente é (perverso), e um mundo como ele pode ser (uma outra globalização).

Suas palavras auxiliam a entender melhor esse processo:

O mesmo sistema ideológico que justifica o processo de globalização,

ajudando a considerá-lo o único caminho histórico, acaba, também, por impor uma certa

visão da crise e a aceitação dos remédios sugeridos. Em virtude disso, todos os países,

lugares e pessoas passam a se comportar, isto é, a organizar sua ação, como se tal

“crise” fosse a mesma para todos e como se a receita para afastá-la, devesse ser

geralmente a mesma. Na verdade, porém, a única crise que os responsáveis desejam

afastar é a crise financeira e não qualquer outra. Aí está, na verdade, uma causa para

mais aprofundamento da crise real-econômica, social, política, moral – que caracteriza o

nosso tempo.

Com base nas afirmações de Santos (2008) se percebe que, diante das

diversidades e ações que caracterizam o mundo contemporâneo, é por intermédio do

conhecimento historicamente construído que conseguiremos nos libertar das amarras

que nos são impostas sem que, por vezes nos apercebamos disso. Santos (2008) ainda

reforça que, neste mundo globalizado, a competitividade, o consumo, a confusão dos

espíritos constituem baluartes do presente estado de coisas. A competitividade comanda

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nossas formas de ação. O consumo comanda nossas formas de inação. E a confusão

dos espíritos impede o nosso entendimento do mundo, do país, do lugar, da sociedade e

de cada um de nós mesmos. Portanto, faz-se necessário que a educação seja

universalizada e de qualidade, a fim de podermos lutar por uma sociedade mais

igualitária e justa para todos.

Neste sentido utilizaremos o movimento humano como expressão da

identidade corporal e como prática social, concretizados por meio dos conteúdos

estruturantes da Educação Física escolar, incluindo assim reflexões sobre as

necessidades de superação de uma visão fragmentada de homem. Portanto, para

entendermos melhor o que vivenciamos hoje, será necessário um olhar retrospectivo

para a Educação Física, ou seja, a sua história, história essa que receberá um recorte a

partir do século XIX e XX, período de sua afirmação como disciplina curricular.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008, p.39) relatam que Rui

Barbosa, ainda no século XIX, afirma a importância da ginástica na formação de corpos

fortes e cidadãos preparados para defender a pátria, equiparando, assim, a ginástica às

demais disciplinas escolares. No Brasil especificamente nas quatro primeiras décadas do

século XX, foi marcante no sistema educacional a influência dos Métodos Ginásticos e da

Instituição Militar (Coletivos de Autores, p. 53).

No início do século XX, a partir de 1929, a disciplina de Educação Física

tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade

e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro de

Guerra, General Nestor Sezefredo Passos(DCE, p.39).

A partir da Constituição de 1937 a prática de exercícios físicos se consolidou

no contexto escolar, com o objetivo de doutrinar, dominar e conter os ímpetos das

classes populares. Procurava também enaltecer o patriotismo, a hierarquia e os

princípios higienistas para um corpo forte e saudável, para a defesa da Pátria e da

família. No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar, confundindo-se

com a própria Educação Física e a partir de 1964, o esporte firmou-se na Educação

Física com ênfase no tecnicismo centrado na competição e no desempenho .(DCE, p.40)

Em meados dos anos 80, o sistema educacional brasileiro passou por um

processo de reformulação com o fim da Ditadura Militar, e a comunidade científica da

Educação Física se fortaleceu com a expansão da pós-graduação, dando origem a

tendências que criticavam severamente o modelo vigente. Surgiram vários discursos e

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proposições relevantes acerca da legitimação da disciplina como área de conhecimento,

destacando-se as seguintes abordagens, conforme destaca as DCEs (2008, p.44).

- Desenvolvimentista: Defende a ideia de que o movimento é o principal meio e fim

da Educação Física. O ensino das habilidades motoras nesta abordagem está de

acordo com uma sequência de desenvolvimento. Sua base teórica é,

essencialmente, a psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.

− Construtivista: Uma abordagem que segundo as DCEs (2008, p.44) inclui as

dimensões afetivas e cognitivas do movimento humano e fundamenta-se também

na psicologia do desenvolvimento.

Ainda, por meio dos estudos das DCEs (2008, p.44), nenhuma das

abordagens citadas acima se vincula a uma teoria crítica da educação. Mediante as

discussões da pedagogia crítica brasileira e às análises das ciências humanas (Filosofia

da Educação e Sociologia) emergem as seguintes tendências:

- Crítico-superadora: Pedagogia histórico-crítica, cujo objeto de estudos é a cultura

corporal, formada por conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e

a dança. Valoriza o conhecimento sistematizado em ciclos, historicizado e

espiralado, conforme apontam as DCEs.

- Crítico-emancipatória: As DCEs (2008, p.45) nos relatam que o movimento

humano, nessa tendência, é entendido como uma das formas de comunicação

com o mundo, numa visão crítica.

Um momento relevante para o Estado do Paraná foi a elaboração do Currículo

Básico na década de 1990. Mesmo sendo o seu processo de elaboração nacional, foi o

resultado de um trabalho coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação

Pública do Paraná (DCEs 2008, p.46). Na Educação Física, o currículo baseava-se na

pedagogia histórico-crítica sob pressupostos do materialismo-dialético, fruto dos diversos

estudos de cunho científico e crítico na área. Esta proposta buscava superar as

contradições e injustiças sociais. No Currículo Básico, os conteúdos eram rígidos e a

oferta de formação continuada para os docentes deixava a desejar.

Uma nova proposta surge, no final da década de 1980 e início de 1990,

intitulada de Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau (hoje

Ensino Médio), também para a disciplina de Educação Física. Ainda pautada na

concepção histórico-crítica de educação para resgatar o compromisso social de ação

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pedagógica, e pensava-se em transformar a sociedade individualista numa sociedade

com menor desigualdade social. Esta Proposta Curricular destacou a dimensão social da

Educação Física, proporcionando um novo entendimento com relação ao movimento

humano como expressão da identidade corporal, como prática social e como forma do

homem se relacionar com o mundo, valorizando a produção histórica cultural dos povos

(DCE 2008,p.47).

Tomando como base de estudos, ainda, as Diretrizes Curriculares (2008,

p.48), podemos constatar que a partir dos PCNs, a Educação Física abandonava as

perspectivas da aptidão física fundamentada em aspectos técnicos e fisiológicos,

destacando as dimensões culturais, sociais, políticas e afetivas no tratamento com os

conteúdos. Pode-se dizer que os PCNs, para o Ensino Médio, mesmo assim foram

insuficientes, pois as diversas concepções ali presentes valorizavam a individualização e

a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir e oportunizar o acesso a

conhecimentos que possibilitem aos educandos a formação crítica.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura

Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao

conhecimento e a reflexão críticas das inúmeras manifestações ou práticas corporais

historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais

amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito,

que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.(DCE, p.49)

Os conteúdos estruturantes desta disciplina, fundamentada no Coletivo de

Autores (1992) e lançada posteriormente aos alunos, por meio do Livro Didático Público

de Educação Física para o Ensino Médio do Estado do Paraná (2006), tem um papel

importantíssimo, pois trabalha a expressão/criação de homens e mulheres que se

constroem no conflito entre classes, etnias, gêneros, religiosidades, racionalidades. Os

conteúdos estruturantes da disciplina de Educação Física, então, vão além da

preocupação com a perfeição do gesto motor. Busca-se o seu significado e este, por sua

vez, é entendido como uma construção que se efetiva nas relações sociais, históricas e

culturais que as pessoas mantêm umas com as outras.

Tomando como aporte as Diretrizes Curriculares (2008), a Educação Física

como disciplina escolar busca formar o aluno por meio de seus conteúdos estruturantes,

de forma mais significativa, voltada para uma consciência crítica, de forma a desmitificar

formas arraigadas e equivocadas em relação às diversas práticas e manifestações

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corporais.

É partindo dessa posição que estas Diretrizes apontam a Cultura Corporal

como objeto de estudo e ensino de Educação Física, evidenciando a relação estreita

entre a formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais

decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal e jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e

esporte. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação

simbólica de realidades vividas pelo homem (Coletivo de Autores, 1992).

Por meio do conhecimento sistematizado, a diversidade cultural nas aulas de

Educação Física podem revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento,

convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização

humana, para que o outro seja considerado. Destaca-se que a inclusão não representa

caridade ou assistencialismo, mas condição de afirmar a pluralidade, a diferença, o

aprendizado com o outro, algo que todos os alunos devem ter como experiência

formativa. (DCEs, p. 60, 61)

Ressalta-se o que estabelece a Lei n. 10.639/03, que torna obrigatória a

inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira, em todos os currículos.

Os conteúdos como o esporte, os jogos e brincadeiras, a ginástica, a dança e

as lutas podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades

vividas pelo homem, portanto, devem estar comprometidos com uma Educação Física

transformadora (DCEs 2008, p.63).

Interligados aos conteúdos estruturantes da Educação Física estão alguns

elementos articuladores que auxiliarão para um entendimento mais amplo dos

conhecimentos em questão, os quais citam as DCEs, 2008, p.53: Cultura Corporal e

Corpo, Ludicidade, Saúde, Mundo do Trabalho, Desportivização, Técnica e Tática, Lazer,

Diversidade e Mídia.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOSConteúdo Estruturante: DANÇA

A dança é uma das formas mais primitivas de representação da cultura de

diversos povos. Nessa perspectiva, a dança será abordada, nas aulas de Educação

Física, em sua dimensão cultural, social e histórica, de modo à ressignificar valores,

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sentidos e códigos sociais. Como linguagem social, a dança permite a transmissão de

sentimentos e expressão de afetividade nas esferas do trabalho, da religiosidade, dos

costumes, que podem ser marcadas singularmente pela criação dos gestos que

caracterizam um sujeito. Quanto à criatividade, em hipótese alguma deverá ser

considerada imperativo, sem que haja uma reflexão mais aprofundada da importância da

dança, pois o desenvolvimento da consciência analítica e crítica é que traz o significado

ao dançar.

Conteúdo Básico

− Danças Folclóricas;− Dança de Rua;− Dança Criativa.− Dança de Salão− Dança Circulares− Dança Afro-brasileira

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

O esporte deve propiciar uma leitura do fenômeno esportivo para a

compreensão de sua complexidade social, histórica e política. Busca-se que o aluno

tenha um entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser

tratadas de forma ampla; isto é, desde sua condição técnica, tática, seus elementos

básicos, até o sentido da competição esportiva, a expressão social e histórica e sua

significação cultural como fenômeno de massa. Na prática esportiva, é preciso combater

signos sociais que expressam preconceito racial e ou técnico, discriminação entre

gêneros, violência moral decorrentes de singularidades entre o grupo. Como conteúdo na

escola, o esporte deve estar acessível em igualdade de condições para todos os alunos.

Conteúdo Básico

• Coletivos

• Individuais

• Radicais

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA

A ginástica como conteúdo da Educação Física, nesta concepção, permite

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diversas possibilidades de movimentos corporais nas aulas, sejam elas: ginástica

artística, ginástica rítmica desportiva, ginástica geral, ginástica localizada, hidroginástica,

antiginástica, ginástica aeróbica e suas variantes. Propõe-se que a ginástica e suas

modernas variações sejam desmitificadas, para que se atenda às demandas da realidade

escolar, como ato contra-hegemônico. Trata-se de um processo pedagógico que propicia

a interação, o conhecimento, à partilha de experiências, a reflexão, para uma visão crítica

que implique diversas possibilidades de significação e representação.

Conteúdo Básico

• Ginástica Rítmica;

• Ginástica Circense;

• Ginástica Geral.

• Ginástica Artísitica/Olímpica

• Ginástica de Condicionamento Físico

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS

Como conteúdos nessa perspectiva, os jogos e brincadeiras devem ser

abordados conforme a realidade regional e cultural do grupo. Devem ainda, ter um olhar

mais crítico no que cerne a questão de se reforçar o modelo excludente. Os jogos e

brincadeiras comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para que sejam

adaptados, conforme o interesse dos participantes. Torna-se importante, então, que os

alunos auxiliem na construção dessas regras, segundo necessidades e desafios

estabelecidos. Brincar (o jogo em aula) torna o aluno capaz de estabelecer conexões

entre o imaginário e o simbólico.

Conteúdo Básico

• Jogos e brincadeiras populares;

• Brincadeiras e cantigas de roda;

• Jogos de tabuleiro;

• Jogos cooperativos.

• Jogos dramáticos.

Conteúdo Estruturante: LUTAS

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A proposta nessa perspectiva é de valorizar a origem das lutas como produção

cultural e considerar suas representações históricas e simbólicas. As lutas desenvolvidas

nos diversos continentes estão sempre permeadas pelas questões culturais. Tanto as

lutas ocidentais como as orientais surgiram de necessidades sociais, em um dado

contexto histórico, influenciadas por fatores econômicos, políticos e culturais, Cordeiro Jr.

(1999). Espera-se que por meio de processos pedagógicos os alunos desenvolvam um

senso crítico tal que as lutas possam ser revestidas de um valor simbólico voltado ao

respeito pela integridade física, e que não despertem o sentido de violência em suas

relações sociais.

Conteúdo Básico

• Lutas de aproximação;

• Capoeira.

• Lutas que mantém a distância

• Lutas com instrumento mediador

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS POR SÉRIES

ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

Conteúdo Básico

• Coletivos

• Individuais

Abordagem Teórico-Metodológica

• Origem/histórico dos esportes.

• Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas.

• Fundamentos básicos.

Avaliação

I. Espera-se que o aluno conheça, na origem dos diferentes esportes:

- o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;

- sua relação com jogos populares.

II. Experimentação de diferentes esportes com regras adaptadas.

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS

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Conteúdo Básico

III. Jogos e brincadeiras populares;

IV. Brincadeiras e cantigas de roda;

V. Jogos de Tabuleiro;

VI. Jogos cooperativos.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;

• Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos;

• Construção dos brinquedos;

• Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.

Avaliação

I. Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,

brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, apropriar-

se efetivamente das diferentes formas de jogar;

II. Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de

brinquedos com materiais alternativos.

Conteúdo Estruturante: DANÇA

Conteúdo Básico

− Danças Folclóricas;

− Dança de Rua;

− Dança Criativa.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Origem e histórico das danças;

• Contextualização da dança;

• Atividade de criação e adaptação;

• Movimentos de experimentação corporal (sequência de movimentos).

Avaliação

• Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre

outros) das danças circulares;

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• Experimentação, criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de

diferentes seqüências de movimentos.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA

Conteúdo Básico

• Ginástica Rítmica;

• Ginástica Circense;

• Ginástica Geral.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Origem e histórico da ginástica artística;

• Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda);

• Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades

ginásticas;

• Cultura do circo;

• Consciência corporal.

Avaliação

• Conhecer a história da ginástica artística e das práticas corporais circenses;

• Experimentação dos fundamentos básicos da ginástica:

- Saltar;

- Equilibrar;

- Rolar/Girar;

- Trepar;

- Balançar/Embalar;

- Malabares.

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de

materiais alternativos.

Conteúdo Estruturante: LUTASConteúdo Básico

• Lutas de aproximação;

• Capoeira.

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Avaliação

• Origem e histórico das lutas;

• Jogos de oposição;

• Musicalização;

• Ginga esquiva e golpes;

• Atividades que utilizem materiais alternativos.

Avaliação

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes

formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de

materiais alternativos.

ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

Conteúdo Básico

• Coletivos;

• Individuais.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história;

• Noções das regras e elementos básicos;

• Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

• Sentido da competição esportiva.

Avaliação

• Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferenças de cada esporte,

relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;

• Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;

• Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações

esportivas.

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Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdo Básico

• Jogos e brincadeiras populares;

• Brincadeiras e cantigas de roda;

• Jogos de tabuleiro;

• Jogos cooperativos.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e

brincadeiras;

• Diferença entre brincadeira, jogo e esporte;

• A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;

• Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais .

Avaliação

I. Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro;

II. Conhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos,

brincadeiras e brinquedos;

III. Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.

Conteúdo Estruturante: DANÇA

Conteúdo Básico

• Danças Folclóricas;

• Dança de Rua;

• Dança Criativa;

• Danças Circulares.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas;

• Criação e adaptação de coreografias.

Avaliação

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• Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e

Maracatu;

• Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, por meio da criação

e adaptação de coreografias;

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de

instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA

Conteúdo Básico

• Ginástica rítmica;

• Ginásticas circenses;

• Ginástica geral.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Aspectos históricos e culturais da ginástica;

• Noções de posturas e elementos ginásticos;

• Cultura do Circo.

Avaliação

I. Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);

II. Experimentar e vivenciar outras formas de movimentos e os elementos da GR

como:

- saltos;

- piruetas;

- equilíbrios;

Conteúdo Estruturante: LUTASConteúdo Básico

IV. Lutas de aproximação;

V. Capoeira.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Origem das lutas, mudanças no decorrer da história;

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• Jogos de oposição;

• Ginga esquiva e golpes;

• Rolamentos e quedas.

Avaliação

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes

formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;

• Conhecer a história do judô, karate, taekwondo e alguns movimentos. básicos

como as quedas, rolamentos e outros movimentos;

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de

materiais alternativos e dos jogos de oposição.

ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

Conteúdo Básico

• Coletivos;

• Radicais.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte;

• Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento,

condicionamento físico;

• Esporte e mídia;

• Esporte: benefícios e malefícios à saúde;

• Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;

• Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.

Avaliação

• Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de

lazer, como esporte de rendimento ou como aptidão física e saúde;

• Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes;

• Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas;

• Conhecer e vivenciar diferentes modalidades esportivas.

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Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdo Básico

• Jogos e brincadeiras populares;

• Jogos de tabuleiro;

• Jogos dramáticos;

• Jogos cooperativos.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e

brinquedos;

• Festivais;

• Estratégias de jogo.

Avaliação

• Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos,

adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro;

• Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,

brincadeiras e brinquedos.

Conteúdo Estruturante: DANÇA

Conteúdo Básico

• Danças criativas;

• Danças circulares.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;

• Hip Hop: apresentação dos elementos de forma crítica (DJ, MC, GRAFITE E

BREAK);

• Elementos e técnicas de dança;

• Esquetes (são pequenas seqüências cômicas).

Avaliação82

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• Conhecer e compreender os diferentes elementos do Hip-Hop a partir do contexto

histórico;

• Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de

deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças;

• Montar pequenas composições coreográficas.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA

Conteúdo Básico

• Ginástica rítmica;

• Ginástica geral;

• Atividades circenses.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica;

• Noções de postura e elementos ginásticos;

• Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades,

pensando suas mudanças ao longo dos anos;

• Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica;

• Movimentos acrobáticos;

Avaliação

Manusear os diferentes elementos da GR como:

I. Corda;

II. Fita;

III. Bola;

IV. Maças;

V. Arco.

Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades

circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.

Conteúdo Estruturante: LUTAS

Conteúdo Básico

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Capoeira

Judô

Karate

Taekwondo

Abordagem Teórico-Metodológica

− Organização de roda de capoeira;

− Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à

projeção e imobilização.

Avaliação

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes

formas de lutas;

• Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição,

os ritos e os significados da roda;

• Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.

ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

Conteúdo Básico

• Coletivos;

• Radicais.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

• Organização de festivais esportivos.

• Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;

• Pesquisar e estudas as regras oficiais e sistemas táticos;

• Vivência da prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

Expectativas de Aprendizagem

• Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se

desenvolveram.

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Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdo Básico

• Jogos de tabuleiro;

• Jogos dramáticos;

• Jogos cooperativos.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Reconhecer a importância da organizaçãocoletiva na elaboração de gincanas e

RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), compreendendo

que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes

personagens, vivendo aventuras e superando desafios;

• Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos.

Avaliação

• Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e

RPG

• Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes

elementos:

- Visão do jogo;

- Objetivo;

- O outro;

- Relação;

- Resultado;

- Consequência;

- Motivação.

Conteúdo Estruturante: DANÇA

Conteúdo Básico

• Danças criativas;

• Danças circulares.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança;

• Organização de festivais;

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• Elementos e técnicas constituintes da dança.

Avaliação

•Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu

contexto histórico;

•Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de

deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças

africanas;

•Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes

criações coreográficas realizadas pelos alunos.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA

Conteúdo Básico

• Ginástica rítmica;

• Ginástica geral,

Abordagem Pedagógica

• Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.

Construção de coreografias

• Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).

Análise sobre o modismo

• Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas;

• Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).

Avaliação

• Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais;

• Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos

presentes no circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo

perfeito.

Conteúdo Estruturante: LUTAS

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Conteúdo Básico

• Lutas com instrumento mediador;

• Capoeira.

Abordagem Teórico-Metodológica

• Pesquisar origens e aspectos históricos das lutas.

Avaliação

• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas

de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO

Conteúdo Estruturante: ESPORTE

Conteúdo Básico: Coletivos;

Individuais;

Abordagem Teórico-Metodológica

Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

Esporte de rendimento X qualidade de vida.

Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

Regras oficiais e sistemas táticos.

Súmulas, noções e preenchimento.

Conhecimento popular X conhecimento científico.

Relação Esporte e Lazer.

Função social.

Esporte e mídia.

Esporte e ciência.

Doping e recursos ergogênicos.

Nutrição, saúde e prática esportiva.

Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.

Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS

Conteúdo Básico: Jogos de Tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos Cooperativos.

Abordagem Teórico-Metodológica:

Apropriação dos jogos pela Indústria Cultural.

Dinâmica de grupos.

Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer.

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Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

Avaliação

Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de

superação.

Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e considerem

individualidades.

Conteúdo Estruturante: DANÇA

Conteúdo Básico: Dança Folclórica;

Dança de Salão;

Dança de Rua.

Abordagem Teórico-Metodológica

Dança e expressão corporal e diversidade de culturas.

Diversidade de manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.

Interpretação e criação coreográfica.

Alongamento, relaxamento e consciência corporal.

Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.

Diferentes tipos de dança.

Organização de Festival de Dança.

AVALIAÇÃO

• Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros

• Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais,

por meio da dança.

• Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural.

• Criação e apresentação de coreografias

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA

Conteúdo Básico: Ginástica Artística/Olímpica;

Ginástica de academia

Ginástica Geral.

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Abordagem Teórico-Metodológica:

Função social da ginástica.

Fundamentos da ginástica.

Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).

Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.

Correções posturais.

Grupos musculares, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de

força; fontes energéticas.

Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de treinos.

Festival de ginástica.

Frequência cardíaca.

Fonte metabólica e gasto energético.

Composição corporal.

Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).

Construção cultural do corpo.

Desvios posturais.

Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.

Avaliação

Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentados os diferentes movimentos

ginásticos.

Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que

envolvam a ginástica.

Compreender a função social da ginástica.

Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da Indústria cultural na ginástica.

Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.

Avaliação teórica dos conteúdos estudados.

Conteúdo Estruturante: LUTAS

Conteúdo Básico: Lutas com aproximação

Lutas que mantêm à distancia

Lutas com instrumento mediador

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Capoeira

Abordagem Teórico-Metodológica:

Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais.

Lutas X Artes Marciais.

Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de

instrumentos, movimentação, roda etc.

Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias.

Apropriação da Luta pela Indústria Cultural

Avaliação:

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características dessa luta e se possível

vivenciar algumas manifestações.

Vivenciar os diferentes estilos de jogo/luta/dança.

Discutir e aprofundar sobre a forma de apropriação das lutas pela Indústria Cultural.

Conhecer os diferentes ritmos e golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento,

entre outros.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O objeto de ensino e de estudos da Educação Física em consonância com as

DCEs (2008, p.72 a 75) é a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes

propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física

tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de

reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir

criticamente sobre as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação

e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação

e pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de

conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e

nas reflexões.

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio

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da cultura corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivizaçao das práticas corporais. No encaminhamento proposto pelas Diretrizes o

conhecimento é transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento

político, econômico e social em que os fatos estão inseridos.

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

“teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a

construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a

expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a

reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o princípio da complexidade

crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental

quanto no Ensino Médio.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física

na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como

referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade.

Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a

construção do conhecimento escolar.

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o

professor propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas

sobre os conhecimentos prévios. Por exemplo, levantar a seguinte questão sobre o jogo:

todo jogo é necessariamente competitivo? Será que existe alguma maneira de jogar sem

que exista um vencedor no final?

Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado,

para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo,

assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal.

Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias,

para que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos.

Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos

alunos que criem outras variações de jogo, vivenciando-as. Neste momento, é possível

também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de

ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à

prática realizada.

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Espera-se que o professor desenvolva um trabalho efetivo com seus alunos

na disciplina de Educação Física, cuja função social é contribuir para que ampliem sua

consciência corporal e alcancem novos horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.

O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas

em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e

acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento

sistematizado, como oportunidade para reelaborar ideias e atividades que ampliem a

compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas

implicações para a vida.

Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de

experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que

se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

AVALIAÇÃO

Falar de avaliação em Educação Física significa reconhecer a insuficiência

das discussões e teorizações sobre esse tema no âmbito desta disciplina curricular no

Brasil (COLETIVO DE AUTORES, 1992). No entanto, mesmo diante dessa realidade, é

necessário assumir o compromisso pela busca constante de novas ferramentas e

estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência com o par dialético

objetivos-avaliação. Isto é, pensar formas de avaliar que sejam coerentes com os

objetivos inicialmente definidos.

Diante das discussões desenvolvidas nas Diretrizes, é necessário entender

que a avaliação em Educação Física à luz dos paradigmas tradicionais, como o da espor-

tivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão física, é insuficiente

para a compreensão do fenômeno educativo em uma perspectiva mais abrangente.

Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é,

a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que

permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse

processo.

Destaca-se que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-

pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo

docente. Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos,

considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

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Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades propostas

pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da

recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa,

situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o

posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o aluno se

mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas

ou realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo

contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas

corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos

metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações

realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os

alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no

processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve

buscar conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes

realidades os alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de

avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o

entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso

pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre

outras.

No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes

à apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de

indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o

que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os

(pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações

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problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor (PALLAFOX

E TERRA, 1998).

Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus

alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de

diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal.

Nesse momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos

expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que mais lhes chamou a

atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se

autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser

agentes do seu próprio processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode

utilizar-se de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários,

debates, júri-simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo

pedagógico, entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos

demais colegas.

Outra sugestão é a organização e a realização de festivais e jogos escolares,

cuja finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam

numa situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia

dos alunos.

As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das

aulas de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar

e classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,

também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.

Por fim, os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve ser

pensada à parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialo-

gando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas, compreendendo

esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.

BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.

95

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BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992.

______. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In.: Caderno CEDES, Campinas, v. 19, n. 48, 1999.

______. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 2005.BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa as diretrizes e bases para o ensino de primeiro e segundo graus, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 12 ago. 1971.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Coleção educação física escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico-crítico-social. São Paulo: Ícone, 2002.

CASCUDO, L. C. Dicionário do Folclore Brasileiro. 11ª ed. São Paulo: Global, 2001

CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: história que não se conta. 4 ed. Campinas: Papirus, 1994

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

FRITZEN, José Silvino. Jogos dirigidos para grupos, recreação e aulas de Educação Física. 30. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

LEÃO, Márcia Aparecida da Silva. O negro no Mercado de Trabalho pela Cultura Hip Hop. Disponível em www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2006/docspdf/ABEP2006_371.pdf. Acesso em 15 jul. 2008.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995.

MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 2. ed. São Paulo Cortez, 2005.

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PINTO, I. C. Folclore: aspectos gerais. Ibpex: Curitiba, 2005.

SALTO PARA O FUTURO-Boletim-Jogos e BRINCADEIRAS-Abril/2006

SANTOS, Milton. Por uma globalização: do pensamento único à consciência universal. 16. ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.

SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

SEED. Livro Didático Público de Educação Física para o Ensino Médio do Estado do

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Page 97: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 · Articulação Ensino Fundamental Anos Inciais e Finais … ... Plano de Trabalho Docente … ... Proposta Pedagógica do Ensino Profissional

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SILVA, Caroline X. Prazer, HIP HOP! Monografia, Campinas, 2001.

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______. Educação Física: raízes europeias e Brasil. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 2004.

TIRADO, Augusto C. S. B. Meu primeiro livro de xadrez: curso para escolares.1. ed.

Curitiba: Expoente, 1995.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Com o advento da República, e do ideal positivista de separação entre Estado

e Igreja, todas as instituições e assuntos de ordem pública e consequentemente a

educação do povo foram incumbidos da tarefa de se reestruturar de acordo com o critério

de laicidade interpretada no sentido de neutralidade religiosa. Iniciou-se então uma

disputa entre os defensores da manutenção do ensino confessional e os partidários do

princípio republicano de educação laica.

Em 1934, o Estado Novo procurou por fim a esta querela com a introdução da

disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o

direito individual de liberdade de credo, apresentando em forma de lei, uma proposta de

ensino de temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma disciplina

desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um caráter facultativo

para os estudantes não católicos.

Se o Estado brasileiro era explicitamente laico e se a escola pública estava

preocupada, exclusivamente, com a formação do cidadão, por que a própria constituição

da República exigia um Ensino Religioso ministrado de acordo com a confissão religiosa

do aluno. Seria incoerente conceder a liberdade de credo e depois doutrinar os

estudantes num conjunto específico de preceitos religiosos. A Constituição de 1934 e as

que a seguiram pretendiam responder a essa questão com o acréscimo e manutenção

do caráter facultativo da disciplina. Para elas, uma vez que estivesse, legalmente,

garantindo o direito de não participar do Ensino Religioso, a liberdade de credo do

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cidadão estaria igualmente garantida.

O que ocorreria na prática, no entanto, não manifestava uma postura de

respeito às liberdades religiosas, pois aquele que pertencia à religião hegemônica,

frequentando ou não as aulas de Ensino Religioso, não tinha o privilégio de ter sua

religião contemplada na educação pública.

Concretamente, porém, as aulas continuavam relegadas a professores

voluntários ligados às denominações religiosas e, consequentemente, sofriam forte

influência do caráter confessional dessas instituições. O Estado se esquiava,

continuamente, de sua responsabilidade com o ensino Religioso, o que resultava na

fragmentação da identidade dessa disciplina.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se

concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475.

Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação

brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer

forma de prática catequética na escola pública.

Neste propósito,ao definir os conteúdos estruturantes para o Ensino Religioso-

a Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso eu texto Sagrado- são as instâncias

que ajudam a compreender o sagrado.

O SAGRADO / CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- Paisagem Religiosa

- Universo Simbólico Religioso

-Texto Sagrado

CONTEÚDOS BÁSICOS:

6º ANO

-Organizações Religiosas

-Lugares Sagradas

-Textos Sagrados Orais ou Religiosos

- Símbolos Religiosos

7º ANO

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-Temporalidade Sagrada

- Festas Religiosas

- Ritos

- Vida e Morte

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A diretriz de ERE (PR-2008 ) propõe, um processo de ensino e de

aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo debate, pela

apresentação da hipótese divergente, da dúvida real e metódica do confronto de ideias,

de informações discordantes e, ainda, da exposição competente dos conteúdos

formalizados. Opõe-se, portanto, a um modelo educacional que centra o ensino tão-

somente na transmissão dos conteúdos pelo professor, o que reduz as possibilidades de

participação do aluno e não atente a diversidade cultural e religiosa.

A disciplina de Ensino Religioso propiciará a compreensão, comparação e

análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus

múltiplos significados. Ainda, subsidiará os educandos na compreensão de conceitos

básicos no campo religioso e na forma como as sociedades são influenciadas pelas

tradições religiosas.

Ao iniciar o conteúdo, o professor dará enfase em aulas expositivas

dialogadas fazendo uma sondagem dos conhecimentos prévios e experiência religiosa

do aluno. Após, exercerá o papel de mediador entre o conhecimento empírico e os

conteúdos a serem trabalhados em sala de aula, primando por assuntos da sua prática

social.

A seguir problematizará o assunto por meio de questões para a construção do

conhecimento.

Ao abordar o conteúdo, o professor deve estabelecer uma relação com o

objeto de estudo e o que ocorre na sociedade.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do

ensino Religioso. Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem

aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se ao professor implementar práticas

avaliativas e construir instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o

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processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a

intencionalidade do ensino explicitada nos planos de trabalho docente.

A sistematização dos resultados da avaliação permite que o professor faça as

necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como retomar as lacunas

identificadas na aprendizagem do aluno, enfim, se o aluno expressa uma relação

respeitosa pelas manifestações do Sagrado e a diversidade religiosa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Diretrizes Curriculares Da Educação Básica – Secretária de Estado da Educação do

Paraná

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO

A física tem como objetivo geral de estudo o universo, em toda sua

complexidade. E a disciplina de física propõe aos estudantes o estudo da natureza.

Ressalta-se que os conhecimentos da Física apresentados aos estudantes do Ensino

Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo

Homem no intuito de explicar e entender essa natureza. As explicações a respeito do

Universo mudam, em cada época, de acordo com o que se conhece sobre ele.

A Física como ciência permitiu o desenvolvimento das civilizações,

determinando maneiras diferenciadas no modo de viver. A Física fundamenta-se como

uma ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos sociais, culturais,

éticos, bem como o seu relacionamento como um ser que se interage e modifica, positiva

ou negativamente, o meio que vive. De um lado, a Física é uma Ciência que permite

compreender uma imensidade de fenômenos naturais, indispensáveis para a formação

profissional, a preparação para o vestibular, a compreensão e interpretação do mundo

pelos sujeitos.

Desta forma, é importante considerar que o conhecimento físico não é algo

pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.

A física deve educar para cidadania contribuindo para o desenvolvimento de

um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção cientifica ao longo da história e

compreende a dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo 100

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de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua

produção, bem como os aspectos sociais, políticos econômicos e culturais desta ciência,

seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses

aspectos. Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual que não leve em conta

apenas a equação matemática, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que

o conhecimento cientifico é uma construção humana com significado histórico e social.

OBJETIVOS

• Compreender as ideias fundamentais da ciência e a importância histórica para a sua

construção.

• Desenvolver habilidades para enfrentar e solucionar situações problemas do seu dia a

dia relacionados com os conteúdos estruturantes da física: movimentos,

termodinâmica e eletromagnetismo.

• Propiciar ao aluno condições básicas para poder avançar nos seus conhecimentos em

estudos progressivos.

METODOLOGIA

No processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do conhecimento

prévio que os estudantes respeitando seu contexto social e suas concepções

espontâneas a respeito da ciência e devem culminar no saber socialmente constituído e

sistematizado.

O ensino de Física deve estar voltado para os fenômenos físicos, enfatizando-

os qualitativamente, com redução de ênfase na formulação matemática sem, no entanto,

perda da consistência conceitual, visto que é importante a compreensão da evolução dos

sistemas físicos, bem como das aplicações decorrentes dessa compreensão e suas

influências na sociedade contemporânea.

Os conteúdos serão trabalhados de forma gradual, através de problemas que

envolvam situações reais e teóricas que proporcionem aplicações dos conceitos e

procedimentos envolvimentos. Incentivar e valorizar a discussão e envolvimento do aluno

no decorrer das aulas. Os conteúdos deverão ser retomados sempre que novos

conceitos forem introduzidos, proporcionando aprendizagem que possa desenvolver

habilidades necessárias ao aluno, bem como servir de pré-requisitos a estudos futuros.

As aulas serão ministradas por meio de exposição oral e visual, leitura e estudos futuros 101

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e interpretação de textos, resolução de problemas (individualmente e em grupos) e

pesquisas.

Um dos recursos didáticos utilizados é o livro didático, uma importante

ferramenta pedagógica, como é o computador, a televisão, a rede web, etc e sua

eficiência está associada ao controle o trabalho pedagógico e deve ser responsabilidade

do professor. Enfantizando que este e os demais recursos são apenas instrumentos de

apoio para o professor e não a substituição do mesmo.

O uso ou não de atividades experimentais podem suscitar a compreensão de

conceitos ou a percepção da relação de um conceito com alguma ideia anteriormente

discutida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES -

Movimento,Termodinâmica e Eletromagnetismo

1ª Série - Ensino Médio

Conteúdo Estruturante: Movimento

Conteúdos Básicos:

− História da Física e suas relações com outras Ciências;

− Espaço, velocidade e aceleração;

− Grandezas Escalares e Grandezas Vetoriais;

− Força e Movimento- Leis de Newton: A Física no cotidiano;

− Conservação da Energia Mecânica;

− Conservação da Quantidade de Movimento;

− Teoria da Gravitação Universal;

2ª Série - Ensino MédioConteúdo Estruturante: TermodinâmicaConteúdos Básicos:− Calor;

− A teoria cinética da matéria;

− A temperatura e suas escalas;

− Os Estados Físicos da Matéria;

− O comportamento térmico dos sólidos e líquidos;

− Calorimetria: Calor sensível e calor latente; trocas de calor, mudanças de fase e

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transmissão de calor;

− O comportamento térmico dos gases: Lei Geral dos Gases Perfeitos;

− As transformações Gasosas e as trocas energéticas: transformação isobárica,

isocórica, isotérmica e adiabática;

− A transformação cíclica de um gás;

− Lei zero da Termodinâmica;

− Primeira Lei da Termodinâmica;

− Segunda Lei da Termodinâmica;

3ª Série - Ensino Médio

Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo

Conteúdos Básicos:

− Eletrostática:

− Carga elétrica, condutores e isolantes;

− Processos de eletrização;

− Lei de Coulomb;

− Campo Elétrico; Potencial Elétrico: energia potencial elétrica;

− Eletrodinâmica:

− Corrente Elétrica;

− Estudo dos resistores; Classificação dos dispositivos elétricos;

− Leis de Ohm;

− Potência elétrica e associação de resistores;

− Geradores e receptores.

− Magnetismo;

AVALIAÇÃO

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação deve ter caráter diversificado, fazer um acompanhamento do

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aproveitamento dos alunos durante o desenvolvimento das atividades através de tarefas,

pesquisas e relatórios, analisando se houve a compreensão dos conceitos físicos,

verificando a capacidade de elaboração destas atividades.

Periodicamente, na ocasião em que se complete um ciclo de aprendizagem de

um conteúdo, serão realizadas avaliações. Essas serão realizadas por meio de

observação direta da aprendizagem do aluno, apresentação de trabalhos, testes formais,

resolução de exercícios propostos individualmente ou em grupo analisando a

interpretação e o relacionamento do conceito, a linguagem matemática e o contexto

histórico social.

A recuperação de estudos é direito dos alunos independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem. A LDB n. 9394/1996 estabelece que:

Art.12 . Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as de seu

sistema de ensino, terão a incumbência de:

V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

(…)

Art. 13 . Os docentes incumbir-se-ão de:

III – zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

(…)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVARENGA, B. e MÁXIMO, Antonio. Curso de Física. vol. 1, 2 , 3. SP: Scipione, 2002.

ANALDI, Ugo. Imagens da Física. SP: Scipione, 1995.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – FÍSICA. Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, 2010.

GASPAR, Alberto. Mecânica. vol. 1. SP: Editora Ática, 2001.

_________. Ondas, Óptica e Termodinâmica. vol. 2. SP: Editora Ática, 2001.

_________. Eletromagnetismo e Física Moderna. vol. 3. SP: Editora Ática, 2001.

QUADROS, S. A termodinâmica e a invenção das máquinas térmicas. SP: Scipione,

1996.

ROCHA, J. F. (org). Origens e evolução das ideias da Física. Salvador: EDUFRA,

2002.

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As relações com a natureza e o pensamento geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde sua constituição primitiva. Os

povos pré-históricos, caçadores e coletores, já observavam a dinâmica das estações do

ano e a relacionavam com o ciclo reprodutivo da natureza para realizarem suas

migrações, em busca de frutos e da caça.

A escolha dos pontos estratégicos para a sua organização no espaço, indica a

importância do pensamento geopolítico para a organização espacial dos impérios.

O conhecimento da direção, da constância e da dinâmica dos ventos foi

fundamental para os povos navegadores. Os agricultores utilizavam-se de seus

conhecimentos sobre as variações climáticas. Estes conhecimentos permitiram às

sociedades modificarem a natureza, apesar desta modificação ser muito pequena se

comparada a realizada atualmente.

Na antiguidade clássica, houve muitos avanços na elaboração dos saberes

geográficos. Os estudos descritivos do meio eram conhecimentos fundamentais para

suas organizações políticas e econômicas. Partindo deste contexto, houve uma

necessidade de desenvolver estudos ligados a cartografia.

Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos constituídos anteriormente

foram abandonados, tidos como não verdade, pois feriam a visão de mundo imposta pelo

poder político então estabelecido, de acordo com Andrade( 1987, p. 34).

Os monges e os doutores da Igreja procuravam desenvolver a fé, sobretudo

quando ameaçada pela expansão muçulmana e adaptar todas as ideias e concepções

aos ensinamentos bíblicos. Surgiram da interpretação dos textos da Bíblia, dúvidas e

contestações às ideias da esfericidade da Terra, procurando-se justificar outras formas

para o planeta que não contrariassem a interpretação do livro sagrado (....). A ideia de

que a Terra era um disco generalizou-se e tornou-se para a Igreja de então uma verdade

que não podia ser contrariada, conforme os ensinamentos dos sábios e santos. Só com a

difusão das ideias de Aristóteles, após o Século XII, é que se voltou a admitir, não sem

grandes riscos, a esfericidade do planeta.

Foi a partir do século XII, as questões cartográficas voltaram a ser discutidas, 105

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devido à necessidade de registrar as rotas marítimas, a localização e a distância dos

continentes.

A partir do século XVI, as expedições terrestres passaram a descrever e

representar detalhadamente o espaço o espaço de também as relações homem-natureza

em sociedades distintas e desconhecidas até aquele momento, com levantamento de

dados sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos.

Os saberes geográficos passaram a ser evidenciados nas discussões

filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao

espaço e a sociedade.

Até o século XIX não havia sistematização da produção geográfica.

No imperialismo do século XIX, foram criadas diversas sociedades

geográficas, que tinham apoio dos Estados colonizadores como a Inglaterra, França,

Prússia e, mais tarde, Alemanha. Estas sociedades organizavam expedições científicas

para a África, Ásia e a América do Sul, procurando conhecer as riquezas dessas áreas.

As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento das escolas nacionais do

pensamento geográfico – destacadamente a Alemã e a Francesa.

A instituição da Geografia no Brasil, se consolidou apenas a partir da década

de 1930, onde as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na

perspectiva do nacionalismo econômico. Fez-se necessário, então, um levantamento de

dados demográficos e informações sobre os recursos naturais do país.

Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuou-se por boa

parte do século XX, caracterizando-se na escola, pelo caráter decorativo/enciclopedista,

focada na descrição do espaço na formação e fortalecimento do nacionalismo. É possível

afirmar que essas características marcaram o ensino dos temas da Geografia, mesmo

antes de se tornar autônoma , desde o período imperial até os anos 60 dos século XX. A

Geografia teve papel significativo na consolidação dos estados nacionais e no

fortalecimento dos governos autoritários, como no Brasil após 1964, como diz Bradant

(2003, p.18) “o discurso nacionalista reforçou o peso dos elementos físicos” negando

uma análise crítica da realidade.

O período histórico que se iniciou após a Segunda Guerra desencadeou

mudanças na Ordem Mundial, com a bipolaridade as multinacionais, novas técnicas de

transportes e comunicação, modificando as relações espaço-tempo.

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As transformações políticas no cenário mundial, nas décadas de 70 e 80,

sobretudo relacionadas com o fim da bipolaridade e do socialismo, levaram a outras

reformulações teóricas do pensamento geográfico, no sentido de se buscar certa

criticidade no estudo do espaço, retomado e fortalecendo as discussões da Geografia

com questões sócio-econômicas, sócio-ambientais, culturais.

Portanto, o objetivo da geografia é levar o educando a compreender o espaço

geográfico de forma integrada em suas inter-relações, mostrando as relações existentes

entre a natureza e as diferentes sociedades humanas. Compreendendo que como

cidadão participa da evolução do espaço geográfico e, inserido nesse “meio” ele é um

agente na construção e transformação da sociedade.

02- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

• Dimensão Política do Espaço Geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

• Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

• Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

CONTEÚDOS TEMÁTICOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

- Tempo e espaço: dois elementos abstratos.- Medindo o tempo e o espaço.- O tempo da natureza e o tempo do ser humano.- Os diferentes tipos de espaço.- Duas noções de espaço: em cima e em baixo.- Os pólos e os hemisférios.- A rosa-dos-ventos.- Meios de orientação.- Introdução a cartografia.- Área de contato das diferentes camadas da Terra.- Planeta Terra ou Planeta Água?- A biosfera e a superfície terrestre.- O ser humano na superfície terrestre.- A sociedade moderna e a natureza.- Litosfera. - O tempo geológico.- As placas tectônicas.- Os três grupos de rochas.- O ciclo das rochas.- As camadas da atmosfera.- Relação entre relevo e o tempo.- Os agentes internos e o relevo.

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- Os agentes externos e o relevo.- As massas de ar.- As estações do ano.- Os principais tipos de clima do mundo.- Os climas no Brasil.- O ser humano e a atmosfera.- O relevo submarino.- Oceanos e mares.- Os rios, lagos, as águas subterrâneas.- A hidrografia no Brasil- A vegetação é uma síntese da paisagem natural.- Floresta Amazônica.- A biosfera é um gigantesco organismo.- O acúmulo de gás carbônico na atmosfera.- O buraco na camada de ozônio.- O armamentismo.- As relações ser humano-natureza.

CONTEÚDOS TEMÁTICOS DO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

- Sociedade, povo, nação e país (distribuição da população afro no Brasil).- A sociedade moderna ou industrial.- O Estado e suas funções.- Qual é a origem do Estado?- O Estado e o espaço geográfico.- Do artesanato à indústria moderna.- Classificação da indústria moderna.- As fontes de energia.- As diversas formas e etapas da industrialização.- A atividade industrial nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.- A atividade industrial no Brasil.- A divisão do trabalho entre o campo e a cidade.- Urbanização e industrialização.- O sítio urbano, a situação e as funções das cidades.- A rede urbana.- As megalópoles.- A urbanização no mundo.- O crescimento urbano no Brasil.- A indústria moderna e as transformações no setor primário.- A atividade rural e a fome nos países do Sul.- A agropecuária nos países subdesenvolvidos e desenvolvidos.- A atividade rural no Brasil.- A indústria moderna e o desenvolvimento do setor terciário.- As relações comerciais internacionais.- Os meios de transportes.- As comunicações.- O comércio externo e transportes no Brasil.- O que é população.- O crescimento da população mundial.

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- População jovem e população idosa.- Explosão demográfica.- A população brasileira.- Brasil: país de contrastes.- A formação histórico-econômica do Brasil.- A divisão oficial do IBGE.- A divisão do Brasil em três regiões geoeconômicas.

CONTEÚDOS TEMÁTICOS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

- A América Latina.- A formação histórica.- A situação atual de subdesenvolvimentos e dependência.- O autoritarismo político.- As diferenças entre os países latino-americanos.- O México, aspectos físicos, humanos.- A América Central, aspectos físicos e humanos.- A América Andina e suas Guianas.- A América Platina.- Características gerais do Brasil.- O Brasil e a América do Sul.- O Brasil e o Mercosul.- Aspectos gerais do continente africano.- A colonização e descolonização e suas consequências.- Aspectos geopolíticos da África.- África Branca e África Negra.- O Continente Asiático.- O Oriente Médio.- O sul da Ásia .- O sudeste e o Leste da Ásia.- O dragão e os tigres asiáticos.CONTEÚDOS TEMÁTICOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

- O Norte e o Sul;- Os países do Norte;- Aspectos físicos do continente europeu;- O imperialismo da Europa ocidental;- A urbanização e a população da Europa ocidental;- A industrialização nos países europeus ocidentais;- Os mini-estados europeus.- As diferenças regionais;- As três nações bálticas;- Conhecimento dos países integrantes do leste europeu;- A desintegração e a atual Iugoslávia;- Conhecimento dos países desmembrados da antiga Iugoslávia. - Aspectos físicos da CEI;- A construção do Império Russo;- A Federação Russa;- Da União Soviética a CEI;

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- Estados Unidos: das treze colônias inglesas à federação;- A formação do Canadá;- O espaço industrial-urbano dos Estados Unidos;- O espaço industrial-urbano do Canadá.- A civilização da rizicultura;- O extraordinário desenvolvimento industrial no Japão;- O esgotamento do “modelo japonês”;- Austrália o gigante da Oceania;- Nova Zelândia, um Estado onde a democracia surgiu precocemente;- A nova ordem mundial;−Quem terá hegemonia no século XXI?

CONTEÚDOS TEMÁTICOS DA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO- Coordenadas geográficas- Os movimentos da Terra e os Fusos Geográficos- Cartografia- O tempo geológico e as placas tectônicas- A estrutura da Terra- A dinâmica interna e externa do relevo- As várias “fisionomias” da superfície Terra- A atmosfera e os fenômenos meteorológicos- Os fatores que influenciam o clima- Tipos de clima- Os grandes biomas terrestres- O planeta pede água- Oceanos e mares- As águas continentais- A população da Terra- As atividades agropecuárias e os sistemas agrários- Atividade industrial no mundo- Energia- Cidades a urbanização da humanidade- Redes urbanas- A destruição da natureza- O lixo urbano e os impactos ambientais- A poluição do ar- Desenvolvimento sustentável

CONTEÚDOS TEMÁTICOS DA 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

- Os principais conceitos de geografia- Os continentes- O capitalismo e a construção do espaço geográfico- O socialismo- CapitalismoXsocialismo: a guerra fria- O mundo pós-guerra fria- A internacionalização do capital- O subdesenvolvimento- Os novos países industrializados

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- O comércio mundial- União Européia-Outros Blocos econômicos- As novas migrações internacionais- Nacionalismo – minorias étnicas e separatismo- O Islã – entre a paz e o terrorismo- O Oriente Médio- O mundo sem a URSS- O novo leste Europeu- A Comunidade dos Estados Independentes- China- Coreia do Norte, Cuba e Vietnã- América Latina- África (localizar no mapa e pesquisar sobre a atualidade dos povos africanos, segregação racial.)- Reino Unido e França- Itália e Alemanha- Canadá e Japão- Austrália e Nova Zelândia- EUA

CONTEÚDOS TEMÁTICOS DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO- A formação e a expansão do território brasileiro.- Caracterização do espaço brasileiro- Brasil: estrutura geologia e relevo- O clima do Brasil- Ecossistemas brasileiros- A hidrografia brasileira- A organização político-administrativa e a divisão regional do Brasil- Complexos regionais brasileiros- Brasil: de agro-exportador a país industrializado subdesenvolvido- O comércio exterior brasileiro- O espaço agropecuário brasileiro- A estrutura fundiária e os conflitos de terra do Brasil- Os recursos minerais no Brasil- Os recursos energéticos do Brasil- A industrialização no Brasil- A distribuição espacial na industria brasileira- O transporte no Brasil- A população brasileira (destacando o movimento do povo africano no tempo e espaço).- Questões relativas ao trabalho e a renda do povo africano. - Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras- Impactos ambientais e ecossistemas brasileiros- Geografia do Paraná: aspectos físicos e humanos

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

De acordo com a proposta das Diretrizes a metodologia de ensino deve

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permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e

compreendam o processo de produção e transformação do espaço geográfico.

O processo de apropriação e construção dos conceitos se dá a partir da

intervenção intencional própria do ato docente, mediante um planejamento que articule a

abordagem dos conteúdos com a avaliação (CAVALCANTI, 1998).

Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,

recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e provocativa.

Essa problematização tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento.

Por outro lado, na perspectiva teórica das diretrizes para a construção do conhecimento em

sala de aula deve ocorrer a contextualização do conteúdo, pois contextualizar é mais que relacioná-lo a

realidade vivida pelo aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente nas relações políticas, sociais,

econômicas, culturais e em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas.

Sendo assim, o professor deve conduzir o processo de aprendizagem de

forma dialogada, possibilitando o questionamento a a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.

Ao considerar esses pressupostos metodológicos, o professor organiza o

processo de ensino de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise do

espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada vez mais

complexa.

Algumas práticas pedagógicas para a disciplina da geografia atrelados aos

fundamentos teóricos destas diretrizes tornam-se importantes instrumentos para a

compreensão do espaço geográfico.

De acordo com os fundamentos teóricos-metodológicos poderá utilizar-se das

seguintes práticas:

− Aulas de Campo, onde diferencia o espaço geográfico de paisagem.

− Recursos Audio-Visuais, como filmes, tabelas, fotos, cartóes postais, autdoors e

charges. Ao utilizar-se destes recursos estará atendendo como um problematizador e

estimulador para a pesquisa.

− Cartografia, ao apropriar-se da linguagem cartográfica o aluno estará apto a

reconhecer representações de realidades mais complexas que exigem maior nível de

abstração. Propõem-se que os mapas deverão ser lidos como se fossem textos

passíveis de interpretação, problematização e análise crítica.

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− Literatura, as obras literárias podem ser entendidas como uma representação social

condicionada a certos períodos históricos. Além disso facilita abordagens

pedagógicas interdisciplinares.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem, deve servir não

apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho

pedagógico do professor.

É fundamental que a avaliação seja contínua e continuada propiciando a

aprendizagem, considerando que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes. Desta forma o professor deve procurar caminhos para que

todos os alunos aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se no processo de

ensino aprendizagem.

O professor deverá usar instrumentos de avaliação que contemplem várias

formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de

textos, leitura e interpretação de foto, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas

bibliográficas, relatório de aulas de campo, apresentação de seminários, construção e

análise de maquetes e outros.

É necessário que os critérios de formas de avaliação fiquem bem claros para

os alunos, como direito que tem de acompanhar todo o processo.

Tendo como base a Avaliação Processual e Formativa nos diferentes níveis,

ela deve estar ligada aos critérios de acordo com os objetivos e a metologia dos

conteúdos.

REFERÊNCIAS

MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio . Geografia Geral e do Brasil. Vol.único.1ª

ed. SP: Scipione, 2002.

VESENTINI, José Wilian – Geografia Geral e do Brasil – Sociedade e Espaço.3ª ed.SP:

Ática, 2000

KRAJEWSKI, Ângela Correia e GUIMARAES, Raul Borges e RIBEIRO, Vagner Costa,

Geografia, Pesquisa e Ação. Vol. Único. 1ª ed.SP:Moderna, 2000.

MOREIRA, João Carlos e SENE, Estáquio. Espaço geográfico e globalização. 2ª

ed.SP: Ática, 2000.

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VESENTINI, J.Willian e VLACH, Vânia.Geografia crítica. SP: Ática, 2006

SENE, Eustáquio e MOREIRA, João Carlos.Trilhas da Geografia.SP: Scipione, 2002.

MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço Mundial.SP: Ática, 2001

LUCCI, Elian Alabi e BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia, homem e espaço.SP:

Ed.Saraiva, 2006

Geografia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. -. 280 p.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Diretrizes Curriculares da

Educação Básica.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO

O estudo de História é fundamental para provocar reflexões sobre os aspectos

políticos, econômicos, culturais, entre outros que permearam e permeiam as relações

travadas pelos homens na história. A disciplina possibilita que o educando faça relações

entre o conhecimento sistemetizado a a realidade. Cumpre portanto a determinação das

Diretrizes Curriculares de Educação Básica de Estado do Paraná, pelo qual o ensino de

História deve ser visto como uma disciplina que possibilite reflexões a respeito dos

contextos históricos em que os saberes humanos foram produzidos no processo de

formação do povo brasileiro e sua repercussão na organização do currículo dessa

disciplina.

O estudo da História tem como objetivo incutir no aluno a importância das

experiências do passado na construção da consciência histórica. Essa prática

pedagógica é fundamentada pelo conhecimento construído por interpretações históricas

compostas por teorias que diagnosticam os conhecimentos produzidos pelos sujeitos

históricos, como define a DCE

“a produção científica, as manifestações artísticas e o legado filosófico da

humanidade, como dimensões para as diversas disciplinas do currículo,

possibilitam um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade

do conhecimento e sua relação com cotidiano” (DCE, 2008, p.21).

Materiais fossilizados, resquícios de presença humana, escritas através de

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sinais ou a escrita moderna, entre outras fontes histórias fundamentam essa visão.

A história estuda a vida humana através do tempo, estuda o que os homens

fizeram, pensaram ou sentiram enquanto seres sociais produzindo culturas diversas e

similaridades. Portanto, esta disciplina entende que o estudo do passado e a

compreensão do presente, contribui para a formação de sujeitos mais críticos e

conscientes de seu papel na sociedade.

Fundamentos teóricos metodológicos

O estudo da História pressupõe a valorização dos sujeitos históricos, não

somente como objetos de análises historiográfica, mas como agentes que constroe o

conhecimento histórico através das reflexão histórica e, portanto, da produção conceitual,

de sua prática vivencial e investigativa no universo escolar.

“... a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento

histórico a partir da produção do conhecimento. Esse conhecimento é

provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.” (DCE,

2008, p.47).

Há a necessidade de se fazer a seleção das informações adivindas do mundo

extra-escolar através de uma conceitualização teórica rigorosa, considerando-se a forma

como os sujeitos socio-históricos abordam e constroi a narrativa histórica –

interpretações e explicações dentro da disciplina de História. O Brasil é um país

alicerçado na pluralidade racial e cultural e essa questão deve ser fundamental dentro da

disciplina, ou seja, abordar a cultura indígena e afro é indispensável para a compreensão

da história como componente formativo da cidadania.

As estruturas socio-históricas podem ser descobertas, interpretadas e

analisadas a partir de metodologias que se confrontam com os dados empíricos,

transformando-os em conhecimento científico, ou seja, aquele que a humanidade vem

acumulando ao longo de sua existência no espaço terrestre. Nesta concepção as teorias

e as metodologias não são somente formas discursivas, pois elas se constituem a partir

da realidade sócio-histórica do objeto de estudo.

A escola pública é o retrato da sociedade plural brasileira e como tal, cabe

especialmente à disciplina de História a tarefa de expor a pluralidade com a qual o país

foi construído, obedecendo as determinações da Lei 10639/03. Segundo as DCE, “a

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capacidade dos jovens se orientarem na vida e constituírem uma identidade a partir da

alteridade” (p. 57) deve ser a base do processo de aprendizagem histórica.

Todo esse trabalho deverá ser desenvolvido a partir da leitura de textos,

utilizando-se o livro didático, documentos históricos, textos complementares, entre

outros. A partir de várias leituras, os alunos deverão debater sobre o assunto de forma

oral e escrita, interagindo, também com os colegas da turma em um processo contínuo

de aprendizagem e produção de conhecimentos. Vários recursos serão utilizados para

permitir que o processo ensino-aprendizagem se desenvolva de forma adequada,

utilizando de lendas indígenas, africanas que normalmente são esquecidas pela

disciplina ao longo do ano mas que fundamentam a visão democrática da sociedade

brasileira.

Utilizando-se materiais pedagógicos como livro didático, revistas, jornais,

documento históricos, fragmentos de filmes ou de documentários, pesquisas bilbliográfica

em livros ou, na internet, etc. Espera-se que o estudante desenvolva de forma adequada

as suas potencialidades na construção do próprio conhecimento histórico.

Conteúdos estruturantes

São conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudo

fundamental para compreender o mundo e as pontes entre o passado e o presente,

sempre permeados pelas noções de tempo e espaço. Conhecimentos amplos que

organizam os os campos de estudo fundamentais para a compreensão da disciplina.

Esses conteúdos devem ser articulados entre si para organizar a discussão

dos problemas contemporâneos e deles se organizam os temas básicos das discussões

na sala de aula e nos conteúdos das séries. Como são dinâmicos, eles estarão presentes

em todas as séries e em todos os conteúdos pois constituem todo o processo histórico.

São eles:

Relações de trabalho – através do trabalho, os homens estabelecem relações entre si

com a natureza, modificando-as ou mantendo-as. Estudar o mundo do trabalho a partir

da perspectiva da classe trabalhadora permite aos alunos perceber as diferentes visões

da história fora do círculo dos documentos oficiais. Evidente que o estudo do trabalho

deve estar articulado aos demais conteúdos estruturantes.

Relações de poder – ao refletir sobre esse conteúdo estruturante, os alunos percebem

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que as relações de poder estão presentes em nosso cotidiano. Além disso, determinam a

construção da sociedade nas suas dimensões sociais e ideológicas entre aqueles que

dominam e aqueles que se submetem ao poder.

Relações culturais – como os seres humanos construíram os significados para explicar

os mistérios que acercam a vida, ou seja, a sua cultura possibilita ao estudante

compreender o passado pelo olhar da diversidade. Utilizando a micro história, a anomalia

na história como ponto de partida para a compreensão dos valores formativos da

comunidade e dos sujeitos que construíram a sociedade.

Conteúdos básicos – ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

• A vida humana na pré-história.

• A evolução dos seres humanos: priorizar os estudos sobre o surgimento do homem

na África.

• A Mesopotâmia.

• O Egito Antigo.

• A China e a Índia na antiguidade.

• Fenícia e os Hebreus no passado.

• A Grécia Antiga.

• O surgimento das cidades.

• O continente americano antes do domínio europeu: dar ênfase ao estudo da cultura

indígena no Brasil quando da chegada dos europeus.

• Roma das origens ao Império e sua decadência.

• O Brasil que os europeus encontraram na época do descobrimento.

7º ANO

I. A economia na Idade Média.

II. O Império islâmico na Idade Média: estudar a expansão dos islamismo em alguns

países africanos.

III. O Império Carolíngio e a igreja católica.

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IV. A Formação do feudalismo.

V. O continente africano das sociedades tribais.

VI. O continente africano e os grandes reinos.

VII. O crescimento do comércio e das cidades.

VIII. A civilização Asteca, Inca e Maia: dar ênfase também ao estudo dos grupos

indígenas residentes na área pertencente a coroa portuguesa.

IX. A expansão marítima europeia.

X. A colonização europeia no continente americano: destacar a exploração do

trabalho indígena.

XI. As missões jesuíticas no continente americano.

XII. A escravidão no Brasil do passado.

XIII. A Europa: comércio, riqueza e poder na Europa feudal.

XIV. A União Ibérica.

XV. As epidemias na Europa feudal e as revoltas camponesas.

XVI. O renascimento.

XVII. A Reforma Protestante e a contra-reforma.

8º ANO

I. Da produção artesanal à manufatura: estudar o sistema produtivo em território

africano.

II. A Revolução Industrial as cidades.

III. As cidades industriais, as cidades mineiras e a vida dos operários.

IV. A exploração dos operários e os sindicatos.

V. A expansão cafeeira no Brasil do passado.

VI. Os imigrantes no Brasil: estabelecer as diferenças e semelhanças entre a

exploração do trabalho do “homem branco” e do “negro africano”.

VII. O absolutismo.

VIII. Portugal e o ouro brasileiro.

IX. A independência os Estados Unidos.

X. A França antes da Revolução Francesa.

XI. A Revolução Francesa.

XII. Napoleão Bonaparte e o seu Império na França.

XIII. O Brasil como sede do Reino português.

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XIV. A Independência do Brasil.

XV. O Primeiro Reinado, o Período regencial e o Segundo Reinado no Brasil.

XVI. A unificação da Itália e da Alemanha.

XVII. Estados Unidos e a Guerra da Secessão.

XVIII.O iluminismo.

XIX. A Europa das revoluções.

XX. A abolição do trafico de escravos para o Brasil: estabelecer um paralelo sobre a

situação do “negro liberto” e do índio no Brasil.

9º ANO

• O Imperialismo na África e na Ásia: destacar em os aspectos a situação dos africanos

nesse período.

• A questão escravista no Brasil imperial.

• O governo de Dom Pedro II.

• A abolição lenta e gradual da escravidão no Brasil.

• Os escravos do Brasil depois da Lei Áurea: regatar a contribuição dos africanos para a

formação da cultura brasileira.

• Colonização do Estado do Paraná.

• A proclamação da República no Brasil.

• O período da República Velha no Brasil.

• A guerra de Canudos no Estado da Bahia do século XIX.

• A industrialização e o crescimento das cidades no Brasil.

• A vida dos operários nas fábricas do Brasil da República velha.

• Reformas e revoltas na cidade do Rio de Janeiro (capital do Brasil) na República

velha.

• A Primeira Guerra Mundial.

• A Rússia do período imperial.

• A Revolução socialista na Rússia.

• A economia européia no início do século XX.

• O mundo após o fim da Primeira Guerra Mundial.

• A década de 1920, a crise de 1929 e o New Deal.

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• O totalitarismo na Europa do período entre a primeira e segunda guerra mundial.

• A Segunda Guerra mundial.

• O longo governo de Getúlio Vargas no Brasil.

• A Assembleia Constituinte e a constituição brasileira de 1934.

• O crescimento da economia brasileira no período do Estado Novo de Getúlio Vargas.

• A organização sindical e as leis trabalhistas no Brasil do Estado Novo.

• A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

• A renúncia do Presidente Getúlio Vargas em 1945.

• A era do rádio no Brasil.

• O Mundo Bipolar e a Guerra Fria.

• O estado de bem-estar social, após a Segunda Guerra Mundial e a participação do

estado na economia.

• A descolonização do continente Africano.

• Revoluções no continente Asiático.

• A revolução socialista na China.

• A independência da Indochina.

• A Guerra do Vietnã.

• A questão judaico-palestina.

• A criação do Estado de Israel e a expansão territorial desse país.

• Revoluções e ditaduras na América Latina do século XX.

• Democracia e ditadura na no Brasil depois de 1945.

• O retorno a democracia no Brasil.

• A constituição de 1946.

• O governo de Juscelino Kubistchek e a construção ode Brasília para ser a capital

brasileira.

• O governo de Eurico Gaspar Dutra no Brasil.

• O segundo governo de Getúlio Vargas e sua morte durante esse mandato.

• O governo de Juscelino Kubitschek no Brasil.

• Jânio Quadros na presidência do Brasil e sua renúncia em 1961.

• O Governo de João Goulart e o golpe militar de 1964.

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• A ditadura militar no Brasil após 1964.

• A redemocratização do Brasil com a eleição de Tancredo Neves em 1985.

• O governo de José Sarney no Brasil.

• O fim do socialismo na União Soviética e no leste europeu.

• O Brasil contemporâneo e o governo LULA.

Conteúdos básicos – ENSINO MÉDIO

1ª série

• A origem dos seres humanos e sua evolução com destaque para a origem humana

africana

• O Brasil antes da chegada dos portugueses destacando as sociedades indígenas e

sua diversidade.

• Mesopotâmia e o Egito Antigo.

• Índia e China tradição e modernidade.

• Fenícios, Persas e Hebreus.

• A Grécia Antiga.

• Roma: das origens à República.

• O Império Romano.

• A Ásia durante o período medieval.

• Os reinos africanos com destaque às sociedades de onde provieram os negros para o

Brasil.

• O Império Bizantino.

• A Europa medieval e o Império carolíngio.

• O mundo feudal e o poder da igreja.

2ª série

− A crise do feudalismo e o renascimento comercial e urbano.

− Humanismo: Renascimento Cientifico, cultural e Reforma Religiosa.

− Estados Modernos: Absolutismo, Expansão Marítima e Formação dos Impérios

Coloniais

− A América (Brasil) pré-colombiana destacando as sociedades meso americanas e as

sociedades tribais do território brasileiro.121

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− Sistema Colonial na América: América Espanhola e Brasil abordando a miscigenação

entre portugueses, índios e africanos.

− As primeiras expedições de exploração no litoral do Paraná com destaque para a

fundação das primeiras cidades e as relações entre brancos e índios.

− Trabalho na América: Escravidão indígena e negra na América Portuguesa e Inglesa;

Mita e Encomenda na América Espanhola.

− África: sociedade e trabalho na África no século XVI: tráfico interno de escravos,

tecnologias, artesanato e agricultura.

− Liberalismo: Iluminismo

− Revoluções Burguesas: Independência dos EUA, França e Inglaterra.

− Crise do Sistema Colonial: independência da América Espanhola e do Brasil.

− Formação do Estado Nacional Brasileiro: Primeiro Reinado

− Período regencial: rebeliões no nordeste e no sul do Brasil.

• Transformações no mundo do trabalho e nas relações de poder político na Europa no

final do século XVIII.

• Revoluções Burguesas no século XIX no continente europeu.

• Expansão capitalista dos Estados Unidos

• Expansão do capital: Imperialismo e Primeira Guerra Mundial

• Consolidação do Estado Nacional Brasileiro: Segundo Reinado e proclamação da

República.

• Abolição da escravidão e a contribuição do negro para a formação da sociedade

brasileira.

3ª série

• Economia cafeeira: modernização e imigração.

• Introdução do café na economia paranaense destaque para a região do município de

Colorado.

• Crise do capitalismo: alternativas – socialismo, Comuna de Paris, Revolução Russa e

a crise econômica de 1929.

• Estados Totalitários: Segunda Guerra Mundial.

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• Crise das oligarquias no Brasil: Revolução de 1930 e Era Vargas.

• O mundo dividido: Guerra Fria e descolonização da África e Ásia.

• Populismo no Brasil e na América Latina: 1946-1964.

• Governos Totalitários no Brasil e na América latina: regimes militares.

• O mundo globalizado: Brasil e o mundo – 1980 até a atualidade.

Avaliação

A avaliação é parte do processo de ensino e de internalização do

conhecimento. Como tal, a avaliação é um “fenômeno compartilhado, contínuo,

processual e diversificado” propiciando uma análise crítica pelo professor e pelo aluno da

prática pedagógica.

A avaliação não é um elemento externo ao processo de aprendizagem, mas

parte estruturante do processo e base para a definição da permanência ou continuidade

de metodologia, práticas e atitudes.

Na avaliação diagnóstica, o professor identifica o ritmo da aprendizagem; na

avaliação formativa, o professor identifica a aprendizagem e na avaliação somativa o

professor tem uma amostragem se os objetivos foram alcançados ou não, permitindo a

retomada dos conteúdos quando se fizerem necessário.

Na elaboração dos instrumentos avaliativos, serão considerado os conteúdos

estruturantes – relações de poder, relações de trabalho e relações culturais – em cada

avaliação, priorizando ora um especificamente, ora outro ou todos eles simultaneamente.

Dentro dessa concepção, as práticas avaliativas e os instrumentos utilizados

será realizada atividades que possibilitem associação entre a aprendizagem e

internalização das ideias históricas, capacidade de sintetizar e redigir narrativas

históricas, expressar ideias e conceitos históricos e especialmente a leitura de

documentos contemporâneos como imagens, documentos oficiais, música, documentos

iconográficos.

“...a avaliação da disciplina de história... considera três aspectos: a investigação e a apropriação de

conceitos históricos pelos estudantes; a compreensão das relações da vida humana (Conteúdos

Estruturantes); o aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.” (DCE, 2008, p. 82).

Os instrumentos avaliativos estão relacionados a:

123

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• Leitura, análise e interpretação de textos, imagens e documentos.

• Trabalhos de investigação histórica de documentos e imagens contextualizando-os na

temática abordada.

• Aplicação de testes objetivos.

• Pesquisas temáticas.

• Produção de textos.

• Seminários e debates.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, Gislane Campos e Reinaldo Seriacopi. História, voluma único, 1ª edição, editora Ática São Paulo, 2008.

PETTA, Nicolina Luiza de, Eduardo Aparício Baez Ojeda, História, Coleção Base, volume único, 1a edição, Editora Moderna, São Paulo, 1999.

PEDRO, Antonio, Lizânias de Souza Lima e Yone de Carvalho, História do mundo ocidental, volume único, 1a edição, Editora FTD, São Paulo, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Educação Básica dos Estado do Paraná – História, 2008.

BITTENCOURT, C. (org.) O saber histórico na sala de aula. 7ª ed. São Paulo: Contexto, 2002.

CARDOSO, C. F.; VAINFAS, R. (Org.), Domínios da Historia: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ESPANHOL

APRESENTAÇÃOA escolha da Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM) a compor o

currículo, bem como os métodos de ensino sempre estiveram atrelados a fatores

políticos, sociais e econômicos.

A princípio, valorizava-se no Brasil o ensino das línguas clássicas (Grego e

Latim). Somente em 1809, com a assinatura do decreto de 22 de junho, D. João VI criou

as cadeiras de Inglês e Francês para atender às demandas que surgiram com a abertura

dos portos ao comércio, o que marcou o início da valorização deste ensino no Brasil.

Neste momento o método de ensino adotado era o Tradicional, onde a língua era

concebida como um conjunto de regras gramaticais a serem memorizadas.

124

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No final do século XIX e início do século XX aumentou, consideravelmente, o

número de imigrantes no país. Estes organizaram-se para construir escolas para seus

filhos onde a língua de seus ascendentes era ensinada como língua materna. Porém,

estas foram fechadas em 1917 numa tentativa de manter o nacionalismo. Esta medida foi

intensificada durante o governo Getúlio Vargas.

Com a Reforma Francisco Campos, em 1931, o Método Direto foi estabelecido

como o primeiro método oficial de ensino de Língua Estrangeira no Brasil. Este

apregoava que para adquirir fluência em Língua Estrangeira deve-se evitar a tradução e

o uso da língua materna, o significado deve ser construído por meio de figuras e gestos e

a gramática aprendida de forma indutiva.

A partir do governo Vargas, o país foi tomado por uma política nacionalista.

Nesta conjuntura, o MEC autorizava o ensino das Línguas Estrangeiras que não

tivessem um número relevante de imigrantes no país, pois assim evitaria o fortalecimento

de suas línguas e de suas culturas. Como a presença de imigrantes da Espanha era

restrita no Brasil, o Espanhol foi introduzido, no curso secundário, como matéria

obrigatória alternativa ao ensino de Alemão. Outro fator que influenciou para a

valorização da Língua Espanhola foi o fim do prestígio das línguas alemã, japonesa e

italiana, em função da Segunda Guerra Mundial.

[...] o espanhol, que até então não havia configurado como componente curricular, é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. [...] Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que [...] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO ,2003 apud DCE , 2008, p.42).

Na década de 1950, para atender à demanda do mercado de trabalho, o

currículo passou a ser mais técnico. Isso culminou na retirada da obrigatoriedade do

ensino de LEM no colegial pela LDB n.4.024, promulgada em 1961.

Após a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de formar falantes em

LEM rapidamente, o que ocasionou o surgimento de novos métodos: audiovisual e audio-

oral. Nestes, a língua era ensinada pela observação e repetição. A língua era concebida

como um conjunto de hábitos a serem automatizados. O ganho destes métodos foram os

recursos didáticos.

Na época da ditadura militar as Línguas Estrangeiras deixaram de ser 125

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obrigatórias tanto no currículo do primeiro quanto do segundo grau (Lei N. 5692/71),

numa tentativa exacerbada de impedir a entrada de outras culturas e ideologias no país.

Em 1976 a disciplina voltou a ser obrigatória ao segundo grau, porém o parecer n.581/76

do Conselho Federal determinou que esta fosse ensinada por acréscimo, conforme as

condições de cada estabelecimento. Essa abertura fez com que muitas escolas

reduzissem o ensino de Língua Estrangeira para uma hora semanal, por apenas um ano,

de um único idioma. Isso gerou um descontentamento por parte dos professores, que se

mobilizaram para protestar contra o parecer n.581/76. Estas mobilizações culminaram na

criação do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de

1986.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, a partir

da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da comunidade escolar. (Art.26,

5o). Já para o Ensino Médio, a lei determinou que uma LEM, escolhida pela comunidade

escolar, seja disciplina obrigatória e uma segunda seja ofertada em caráter optativo,

dentro das disponibilidades de cada estabelecimento de ensino (Art. 36, Inciso III).

Em função do Mercosul, foi assinada em 5 de agosto de 2005 a lei n.11.161,

que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino

Médio, com matrícula facultativa para o aluno; tendo os estabelecimentos de ensino 5

anos para implementá-la.

Analisando a trajetória do ensino de LE no Brasil, a partir da retomada dos

momentos históricos significativos, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela

seletividade, tendências e interesses. Então, diante da realidade brasileira, o acesso a

uma língua estrangeira consolidou-se historicamente como privilégio de poucos.

Atualmente, o interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e propostas

para que o ensino de LE possa ter um papel democratizante das oportunidades e um

instrumento de educação que auxilie ao aluno como sujeito e construa seu processo de

aprendizagem. Ao contrário de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar

suporte aos educandos sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira

Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer

por meio da leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM

direcionado à construção do conhecimento e à formação cidadã e, que a língua

aprendida seja caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades

126

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linguísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos do e no

mundo. Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática

social e portanto, instrumento de comunicação.

JUSTIFICATIVA

Aprender uma nova língua não significa apenas conhecer um novo código

linguístico, mas sim confrontar-nos com outro recorte da realidade, pois entramos em

contato com uma nova forma de organizar o pensamento, de articular o parelho fonador,

e temos a oportunidade de conhecer diferentes culturas e ideologias. E é nesse contato

que acabamos encontrando espaços para repensar e questionar o funcionamento de

nossa língua materna e de nossa cultura.

Com base nesse pensamento, o curso CELEM pretende apresentar a língua

estrangeira e seu funcionamento de uma maneira diversificada e criativa, o aluno será

motivado não apenas a comunicar-se em espanhol, mas também a descobrir o que há de

semelhante e de diferente entre sua língua materna e esse novo idioma, a estabelecer

inferências e refletir criticamente sobre características de cada uma dessas línguas, a

aproximar-se de culturas hispanofalantes, a conhecer mais sobre sua própria cultura,

valorizando-a e questionando-a, ajudando a melhorar a capacidade de reflexão e

decorrente engrandecimento intelectual, visando à ampliação de horizontes,

imprescindível para a formação crítica do aluno. Enfim, verá no aprendizado de uma

língua estrangeira a possibilidade de conhecer mais o outro e a si mesmo.

OBJETIVOEsse curso prima levar o aluno a comunicar-se de maneira satisfatória em

situações que não exijam conhecimentos profundos sobre a língua. Nossos alunos

devem receber um bom domínio de conhecimentos sociolinguísticos, discursivos e

estratégicos, elementos básicos de nossa meta de trabalho.

Um dos objetivos da disciplina da Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão

aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se

limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas

descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa

sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do

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comprometimento mútuo (DCE 2009, p57).

O ensino de LEM se justifica com prioridade, pelo objetivo de possibilitar que o

aluno:

• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Torne-se crítico e transformador através do estudo de textos que permitam

explorar as práticas de leitura, e que incentivem a pesquisa e a reflexão;

• Vivencie, na aula de Língua Espanhola, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante da Língua Estrangeira Moderna é o Discurso como

prática social, a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados nas práticas

sociais de leitura, escrita e oralidade, permeados pela análise linguística. A palavra

discurso inicialmente significa curso, passar por, isso indica que a postura frente aos

conceitos fixos, imutáveis, deve ser diferenciada.

“A linguagem, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a

ser”. A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, mas algo em que eles

“ingressam numa corrente móvel de comunicação verbal”. Ao contrário de uma

concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso tem

como foco o trabalho com os enunciados orais e escritos (DCE 2009 p 62).

CURSO BÁSICO DO CELEM (02 ANOS DE DURAÇÃO)

CONTEÚDOS BÁSICOS – P1

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Para trabalhar as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística no

128

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CELEM, serão adotados como conteúdo básico os seguintes gêneros discursivos:

ESFERA COTIDIANA DE CIRCULAÇÃOBilheteCarta PessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária

ESFERA PUBLICITÁRIA DE CIRCULAÇÃO Anúncio**Comercial para rádio*FolderParódiaPlacaPublicidade ComercialSlogan

ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃOConto CrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema

ESFERA JORNALÍSTICA DE CIRCULAÇÃOAnúncio classificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**Sinopse de filme

ESFERA ARTÍSTICA DE CIRCULAÇÃOAutobiografiaBiografia

ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃOCartaz Diálogo**Exposição oral*MapaResumo

129

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ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃOCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe*

ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃOBula EmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor :

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto :

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);130

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Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSICA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor :

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto :

Intertextualidade;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Partículas conectivas básicas do texto;

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor :

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

131

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Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto :

Intertextualidade;

Partículas conectivas básicas do texto;

Vozes do discurso: direto e indireto;

Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras, figuras de linguagem;

Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal e nominal.

CONTEÚDOS BÁSICOS – P2

ESFERA CODITIANA DE CIRCULAÇÃOComunicadoCurriculum VitaeExposição oral*Ficha de inscriçãoLista de comprasPiada**Telefonema*

ESFERA PUBLICITÁRIA DE CIRCULAÇÃO

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Anúncio**Comercial para televisão*folderInscrições em muroPropaganda**PublicidadeInstitucionalSlogan

ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃOInstrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento

ESFERA JORNALÍSTICA DE CIRCULAÇÃOArtigo de opiniãoBoletim do tempo**Carta do leitorEntrevista**Notícia**Obituário Reportagem**

ESFERA JURÍDICA DE CIRCULAÇÃOBoletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento

ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃOAula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oralPalestra*ResenhaTexto de opinião

ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃOContação de história*ContoPeça de teatro*RomanceSarau de poema*

ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃO

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Aula vistualConversação chatCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor :

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto :

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSICA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor :

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

134

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Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto :

Intertextualidade;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Partículas conectivas básicas do texto;

Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,

sublinhadas, números, substantivos próprios;

Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais

recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor :

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;135

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Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto :

Intertextualidade;

Partículas conectivas básicas do texto;

Vozes do discurso: direto e indireto;

Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras, figuras de linguagem;

Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal e nominal.

METODOLOGIA DA DISCIPLINATomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da

disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através das

práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou não

verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos. Logo, as

atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão questões linguísticas,

sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que ensinar estruturas linguísticas, o

que se pretende é ensinar ao aluno como construir significados e subjetividade para agir

por meio da linguagem.

Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do aluno de

agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem permeia todas as

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relações sociais, faz-se necessário que ele compreenda que cada situação exige um agir

específico e para tal se propõe um estudo de textos de diferentes gêneros discursivos.

O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas, analisando a

função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,

somente depois de tudo isso, a gramática em si. Uma vez que a leitura, numa concepção

discursiva, deve ser crítica, o aluno será sempre questionado sobre quem disse o quê,

para quem, onde, quando e por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças

subjacentes ao texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno

compreenda que a língua não é neutra.

Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em conta:

Gênero – explorar o gênero escolhido;

Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde,

Quando e por que (contexto de produção e circulação);

Variedade Linguística – formal ou informal;

Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção de sentidos;

Atividades- de pesquisa, discussão e produção.

Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar para

o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar para quem se

está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno (escritor) estabelecer um

diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu discurso, isto será definitivo para a

legitimidade desta interação. Neste processo, o professor deverá ser solícito para

oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais para

auxiliá-lo na produção. Ainda, será feita a refacção dos textos sempre que necessário.

Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos

diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas não

serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção discursiva leitura,

oralidade e escrita não se separam em situações concretas de comunicação.

Será critérios para a seleção dos textos, o seu conteúdo ao que se refere às

informações, de modo que instiguem à pesquisa e discussão. Dentro das temáticas que

serão desenvolvidas, estarão os Desafios Educacionais Contemporâneos e as leis: Lei

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10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99

“Meio Ambiente” e Lei 11645/08 “História e cultura dos povos indígenas”.

Uma vez que o Conteúdo Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto,

à disposição dos falantes, mas como diz Stam, apud DCE (2008) “a linguagem , em

Bakhtin, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a ser”, os

conteúdos poderão ser retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma

não linear, posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para

que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de

Espanhol/Português encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV multimídia,

o laboratório de informática, revistas e jornais na língua alvo para leitura e para recorte,

CD, DVD e CD-room.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB

n.9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua

Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED. Logo, será

formativa, diagnóstica e processual.

Uma vez que nosso conteúdo é língua numa concepção discursiva e discurso

não é algo pronto, acabado, à disposição dos falantes, mas é construído passo a passo,

interação a interação, engajamento a engajamento, a avaliação processual é a

concepção de avaliação que melhor se ajusta a esta prática pedagógica.

A opção pela avaliação processual representa o respeito à diversidade, uma

vez que os alunos têm ritmos de aprendizagem diferentes e devem ser respeitados em

suas individualidade. Nesse sentido,

O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno das noções

em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes. Essencialmente, por que não

há paradas ou retrocessos nos caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre

evoluindo, mas em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do professor

precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a progredir sempre. (HOFFMANN,

1991, p. 47)

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De acordo com as DCE (2008) é importante que o professor observe

diariamente a participação dos alunos e o engajamento discursivo entre eles, deles para

com ele e com o material didático, tanto nas discussões em Língua Estrangeira Moderna

quanto em Língua Portuguesa.

Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise lingüística-

discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento diante do

que está sendo lido.

Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua

Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da variedade

linguística para diferentes situações.

Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para

resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu explicitar

seu posicionamento de forma coerente e se houve planejamento, adequação ao gênero,

articulação das partes e escolha da variedade linguística adequada na atividade de

produção. É importante considerar o erro como efeito da própria prática.

Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de leitura, debates,

pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações orais, seminários, trabalhos

em grupos, avaliações escritas e apresentações de peças teatrais, jograis e cantos.

O principal objetivo da avaliação será verificar os avanços e dificuldades dos

alunos para rever a prática pedagógica e intervir quando necessário. Neste sentido, é

que se propõe a avaliação diagnóstica:

“[...] a avaliação não é o ato pelo qual A avalia B. É o meio pelo qual A e B

avaliam juntos uma prática, seu desenvolvimento, os obstáculos encontrados ou os erros

e equívocos por ventura cometidos. Daí o seu diálogo. (...) Neste sentido, em lugar de

ser um instrumento de fiscalização, a avaliação é a problematização da própria ação.”

(FREIRE, 1997, p.26)

Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão ofertados

estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24, alínea e, da LDB

n.9394/96 e estes serão organizados “com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados, anotados em Livro Registro de

Classe (Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED , Item 6, subitem 10).

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REFERÊNCIAS

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ANGELES PALOMINO, Maria. Dual: pretextos para hablar. Madrid: Edelsa, 1998.

BECHER, Idel. Manual de español: Gramática. São Paulo: Nobel, 80ª ed., 1997.

BOM, Matte Francisco. Gramática Comunicativa del Español. De la lengua a la idea. España: Edelsa, 1999

----Gramática Comunicativa del Español. De la idea a la lengua. España: Edelsa, 1999

DOMÍNGUEZ, Pablo; BAZO, Plácido & HERRERA, Juana. Actividades comunicativas. Madrid: Edelsa, 1991.

LEFFA, Vilson J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas:

Educat, 2006.

________________ O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2006.

MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações, relações e identidades sociais. Florianópolis: UFSC, 2000. p.155-171.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 22p. Disponível em: <http://diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrução_2008/Instrução_019_CELEM.pdf> Acesso em 23 de março de 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Resolução n. 3904-2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008 01p.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Livro Didático Público. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. 2. ed. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PPP Col. Est. Monteiro Lobato – Colorado- PR

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Num mundo globalizado como o nosso, a língua estrangeira assume uma

importância cada vez maior. É a condição para que se possa sentir inserido na realidade

e dela participar ativamente. A história demonstra o quanto a Língua Estrangeira

Moderna tem influência na sociedade.

No caso específico da Língua Inglesa, conforme demonstra as DCEs:

A dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos se

acentuou durante e após a Segunda Guerra Mundial. Com isso, intensificou-se a

necessidade de aprender Inglês. Na década de 1940, professores universitários,

militares, cientistas, artistas, imbuídos por missões norte-americanas, e, com eles, a

produção cultural daquele país. Assim, falar Inglês passou a ser um anseio das

populações urbanas, de modo que o ensino dessa língua ganhou cada vez mais espaço

no currículo (DCEs, 2008, p. 43).

Além disso adquire-se com a Língua Estrangeira um instrumento a mais para

entender seu papel como cidadão a ter acesso a uma variedade de informações em

diversos campos do conhecimento, com ênfase na oralidade e escrita contextualizada.

Portanto, os objetivos da disciplina é ensinar os fundamentos da Língua Inglesa,

valorizando a construção da identidade dos sujeitos.

Neste aspecto, cabe a língua estrangeira:

• A interação entre professor e aluno, pelas representações e visões de mundo que vão

sendo reveladas no dia a dia.

• A análise das questões da nova ordem global, desenvolvendo uma consciência crítica

à respeito do papel das línguas na sociedade.

• Servir como meio para progressão no trabalho e estudos posteriores.

• Inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados a suas comunidades

locais.

• A interação com outras culturas, os alunos têm a oportunidade de refletir sobre a

língua como um artefato cultural.

• O confronto com a cultura do outro para reconstruir sua identidade como agente

social.

Conteúdos Estruturantes

O conteúdo partirá da seleção de textos analisando os elementos linguísticos

de acordo com a faixa etária e a realidade do indivíduo, bem como a compreensão de

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textos oral,verbal e não-verbal. Esta temática é inclusa em todas as séries.

6º ano

• Cardinal Numbers;• Verb To Be;• Personal Pronouns;• Greetings;• Countries;• The alphabet;• Family;• Infinite Article;• Colors;• Occupations;• School Subjects;• Prepositions;• The classsroom;• Clothes;• Months of the year;• Days of the week;• Question words: When, what time, where.

7º ano

− Verb To Be-Present Simple;− Prepositions;− Nationalities;− There To Be- Present Simple(affirmative and negative statements);− Can(affirmative and negative statements);− Adverbs;− Present Simple(affirmative and negative statements);− Countable and uncountable nouns;− Popular snacks;− Time expressions;− Word order(adjective+noun);− Genitive and possessive pronouns;− Plural nouns;− Irregular plural nouns;− Places of work;− How often;− Articles:a, an;− Adjectives− Some,any;− Object pronouns;− Present continuous;

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− Parts of house.

8º ano− Places in a city / Locations / Directions;− Prepositions: in, on, at, between, behind, on the corner of, across from, in front of, next to;− There to be ( affirmative and negative);− Would like ( affirmative and negative);− Wh questions;− Prices fast food items;− How much / how many / a, some, any;− Lunch or dinner food;− Future with “Going to” ( affirmative and negative), wh questions/ short and full answers;− Future time expressions;− Verb + gerund X infinitive : like, enjoy, hate, want, would like, need;− City Characteristics;− Comparative of adjectives.− Seasons of the year / weather conditions.− Past Simple of to be ( affirmative and negative);− Personality traits;− Professions;− Past Simple of regular and irregular verbs ( affirmative and negative);− Past time expressions;− Past, Presentand Future with “Going to”;− Parts of the body, illnesses, remedies.

9º ano

• Simple Past;• Regular and irregular verbs;• Vacation destinations transport place to stay;• Simple Past ( regular verbs, WH question time) expressions – prepositions versus

conjuntions and adverbs;• Life phases and events;• Simple Past; • Regular and irregular verbs past;• Continuous – statements reflexive verbs past;• Activities – accidents parts of the body;• Past continuous – WH questions there was/were, statements quantifiers: no, a/one,

few, not, many, a lot of, many;• Superlative of adjetives veb+if+complement: know, think, don't know, am sure not, am

not sure;• Have to, can/may (permission), yes/no questions, WH questions, short and full

answers can/could (requests), yes/no, questions answers.• Phasal verbs position of noun phases wil -startments first – conditional – if/when, can,

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go,• Phasal verbs used in telephone conversations.

3º Ano (Ensino Médio)• Verbo To Be (presente, passado);• Pronomes pessoais;• Pronomes possessivos;• Presente simples;• Presente contínuo;• Presente perfeito;• Verbo There to be (presente, passado);• Pronomes demonstrativos, reflexivos, possessivos, interrogativos;• Much, many, little, few;• Plural dos substantivos;• Adjetivos;• Adjetivos possessivos;• Caso genitivo;• Passado simples (verbos regulares e irregulares);• Passado contínuo;• Passado perfeito;• Futuro simples;• Futuro imediato;• Modal verbs;• Comparativos e superlativos;• Advérbios;• Preposições;• Artigo (definido e indefinido);• Números e datas.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Partindo do pressuposto de que a língua é uma construção social, as línguas

estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender

o mundo e construir significados (DCEs, 2008, p.63).

O ensino da Língua Inglesa deve contemplar os usos desta forma de

comunicação nas dimensões da leitura, oralidade, e escrita portanto o fazer da LEM

deverá ser efetuado a partir do uso de texto verbal e não-verbal, como unidade da língua

em uso.

Para que esta prática se efetive para o professor é imprescindível a

abordagem de vários gêneros textuais, atividades diversificadas, análise da função do

gênero estudado, composição, distribuição de informações, o grau de informação,

intertextualidade, recursos coesivos, a coerência e ao final a gramática para que essa,

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possa fazer sentido como elemento componente do texto e não algo isolado.

Caberá ao professor:

• Trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais emergentes, tarefa que se

encaixa perfeitamente nas atribuições da Língua Estrangeira, pois o trabalho com

desta língua em sala de aula precisa partir do entendimento do papel das línguas na

sociedade das línguas na sociedade como mais do que meros instrumentos de

acesso a informação as línguas estrangeiras. São também possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir

significados.

• Analisar e refletir sobre os fenômenos linguísticos e culturais como realizações

discursivas, as quais se revelam na /pela história de sujeitos que fazem parte deste

processo.

• Considerar que o trabalho com o texto em contextos de uso, promove a construção

dos significados

• Discussões e interpretações orais sobre o texto.

• Utilização de recursos visuais, tais como: transparência, jogos.

• Utilização de recursos de áudio – músicas.

• Trabalhar a leitura e interpretação de letras de músicas relacionadas à questão racial.

• Trabalhar com os gêneros musicais do samba e rap.

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação dever se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem tanto quanto instrumento de

investigação da prática pedagógica. Portanto, a avaliação é um recurso de ideias

cognitivas que se faz através de atividades desenvolvidas em sala de aula, tais como:

Leitura e interpretação oral, escrita, individual ou em grupo, e produção de

texto acompanhada pela verificação diária do professor no atendimento individual

constando os avanços e dificuldades para assim, proceder a retomada de conteúdos, a

fim de sanar totalmente as dificuldades de assimilação e memorização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHING, Elizabeth Young; ZAOROB, Maria Lúcia. Keep in mind: língua estrangeira moderna: inglês. São Paulo: Scipione,2009.

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FERRARI, Mariza Tiemann; RUBIN, Sarah G. Inglês: volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2003.

KLASSEN, Susana. Discovery 5, 6, 7, 8. São Paulo: FTD, 2000. (Coleção Discovery).

LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English book. São Paulo: FTD, 1998.

MEC. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Estrangeira. Curitiba, 2008.

ROCHA, Analuiza Machado; FERRARI, Zuleica Águeda. Take your time. 3 ed. reform. São Paulo: Moderna, 2004.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentação

O processo de ensino da Língua Portuguesa no Brasil, historicamente,

perpassou por significativas transformações desde a educação jesuítica com

características elitistas até os dias atuais onde as práticas de ensino são discutidas

criticamente.

O conhecimento da Língua Portuguesa constitui ferramenta básica para o

aprimoramento da competência linguística, de forma a garantir sua inserção ativa e

crítica na sociedade.

Refletir sobre o ensino da língua e da literatura implica pensar as

contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade.

Segundo Bakhtin, os homens não recebem a língua pronta para ser usada, ela

é adquirida por meio de um processo de interação social. Partindo dessa concepção,

para se ensinar a língua materna, é necessário considerar os aspectos sociais e

históricos em que o sujeito está inserido bem como o contexto de produção do

enunciado.

Pensar o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa dessa forma implica

saber avaliar as relações entre as atividades de falar e de ler e de escrever como praticar

como práticas discursivas e cada uma delas particularmente configurada em cada

espaço em que seja posta como objeto de reflexão (Neves, 2003, p.89).

Dessa forma, o professor precisa propiciar ao educando a prática, a

discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais, e cada uma delas

produzindo os gêneros necessários a suas atividades.

Os gêneros discursivos” são formas comunicativas que não são adquiridas em

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manuais, mas sim nos processos interativos”(Machado,2005, p. 137). Nessa concepção,

antes de constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica

com a língua. Logo, o aprimoramento da competência linguística do aluno somente

acontecerá somente por meio das práticas de leitura , escrita e oralidade, o aluno tomar

conhecimento do caráter dinâmico dos gêneros discursivos.

Objetivos

Geral: O ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos

linguísticos e discursivos dos alunos, para que possam compreender os discursos que os

cercam e tenham condições de interagir.

Específicos:

_ Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e

propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles.

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção.

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie

seus conhecimentos linguístico-discursivos.

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura

e da escrita.

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos.

Conteúdos

Conteúdo Estruturante : Discurso enquanto prática social

Língua Portuguesa - Ensino Fundamental

6º ANO

Conteúdos Básicos

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Gêneros Discursivos

Adivinhas

carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Provérbios

Autobiografia

Biografia

Contos

Contos de fadas

narrativas

Poemas

Tiras

Requerimento

Lendas Africanas e indígenas

Leitura

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade

Elementos Composicionais do gênero

Léxico

Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Escrita

Contexto de produção

Interlocutor

Finalidade do texto

Informatividade

Elementos composicionais do Gênero

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Divisão do texto em parágrafo

marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas , travessão , negrito), figuras de linguagem.

Processo de formação de palavras

Acentuação gráfica

Ortografia

Concordância verbal/nominal

Pesquisa sobre a influência da cultura negra na linguagem, na música, na dança, no

carnaval, na alimentação.

Oralidade

Tema do texto

Finalidade

Argumentos

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos....

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos

Ensino Fundamental - 7º ANO

Conteúdo Estruturante : Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos

Gêneros Discursivos

Músicas

Relatos de experiências vividas

Diário

Narrativas

Poemas

Contos de fadas contemporâneos

Paródia

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Romances

Tiras

Folder

Panfleto

Bulas

Leitura

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Elementos composicionais do gênero

Repetição proposital de palavras

Léxico

Ambiguidade

Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função de classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita

Contexto de produção

Interlocutor

Finalidade do texto

informatividade

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem

Acentuação Gráfica

Ortografia

Estudo de expressões oriundas da língua africana.

Oralidade

Tema do texto

Finalidade

150

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Papel do Locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

Semântica

Ensino Fundamental - 8º ANO

Conteúdos Básicos

Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social

Gêneros discursivos

Carta pessoal

Relatos de experiências vividas

Receitas

Crônicas

Narrativas

Poemas

Texto Dramáticos

Tiras

Publicidade Comercial

Placas

Carta de reclamação

Carta de Solicitação

Requerimentos

Rótulos e Embalagens

Vídeoclipe

Contos africanos

Leitura

Conteúdo Temático

Interlocutor

151

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Intencionalidade do texto

Argumentos do texto

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes sociais presentes no texto

Elementos composicionais do Gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito)

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões que

denotam ironia e humor no texto

Escrita

Conteúdo temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Informatividade

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes sociais presentes no texto

Elementos composicionais do gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação , recursos gráficos como aspas, travessão, negrito

Concordância verbal e nominal

Oralidade

Conteúdo temático

Finalidade

Argumentos

Papel do locutor e interlocutor

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

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Variações Linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

Elementos semânticos

Adequação da fala ao contexto( uso de conectivos, gírias, repetições, etc)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

Ensino Fundamental - 9º ANO

Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos

Gêneros Discursivos

Carta Pessoal

Provérbios

Letras de música

Carta do leitor

Cartum

Charge

Editorial

Reportagem

Notícia

Parágrafo de Opinião

Mesa Redonda

Publicidade Comercial

Leitura

Conteúdo temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Argumentos do texto

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes sociais presentes no texto

Elementos composicionais do Gênero

153

Page 154: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 · Articulação Ensino Fundamental Anos Inciais e Finais … ... Plano de Trabalho Docente … ... Proposta Pedagógica do Ensino Profissional

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito)

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões que

denotam ironia e humor no texto

Leitura e interpretação de letras de música relacionadas à questão racial.

Escrita

Conteúdo temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Informatividade

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes Sociais presentes no texto

Elementos composicionais do gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Partículas conectivas do texto

Progressão referencial do texto

Oralidade

Conteúdo temático

Finalidade

Argumentos

Papel do locutor e interlocutor

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações Linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

Elementos semânticos

Adequação da fala ao contexto( uso de conectivos, gírias, repetições, etc)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

154

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3-Metodologia da Disciplina

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita. Esse

domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore

sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. O aprimoramento linguístico possibilitará

ao aluno a leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o pressuposto,

instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos

alunos a reflexão do seu próprio texto ,tais como atividades de revisão, de reestruturação

ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de

diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar.

O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao

professor explorar as classes gramaticais relevando a função que as mesmas

desempenham para os sentidos do texto , não para a categoria em si.

Definida a intenção para o trabalho com a língua, o aluno também pode

passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se,

ampliando sua capacidade linguísitco-discursiva em atividades de uso da língua.

• Explanação do professor usando como referência situações da prática cotidiana do

aluno.

• Trabalhar o conteúdo de forma significativa, para que o aluno sinta que é importante

saber aquilo para sua vida em sociedade ou que lhe será útil para entender o mundo

que vive;

• Conduzir reflexões sobre temas atuais a fim de levar os alunos a produzirem

argumentos, temas, teses;

4-Avaliação

A avaliação de Língua Portuguesa e Literatura deve ser necessariamente um

processo de aprendizagem contínuo e que dê prioridade à qualidade e ao desempenho

do aluno ao longo do ano letivo.

Levando-se em conta que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes, o professor deve avaliar por meio de provas, observação diária

e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e /ou objetivo.155

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A avaliação em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações utilizar-se-á dos seguintes instrumentos:

-seminário;

• prova escrita – em grupo ou individual;

• Trabalhos individuais ou em grupo;

• Exposição de trabalhos e pesquisas;

• Relatos de histórias.

Língua Portuguesa - Ensino Médio

Conteúdo Estruturante – Discurso como Prática Social

1ª Série - Ensino Médio

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos

Relatos de experiências vividas

Contos

Fábulas

Histórias em quadrinhos

Romances

Textos dramáticos

Publicidade Comercial

Leitura

Conteúdo Temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Argumentos do texto

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes sociais presentes no texto

Elementos composicionais do Gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

156

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pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões que

denotam ironia e humor no texto

Progressão referencial

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica (operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem)

Gêneros Literários

Trovadorismo (cantigas de amor, escárnio, maldizer, amigo)

Quinhentismo (Carta de Pero Vaz de Caminha)

Barroco (poemas e sermões)

Arcadismo (poemas, epopeias e liras)

Leitura e Interpretação de letras de música relacionada à questão racial.

Escrita

Conteúdo temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Informatividade

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes Sociais presentes no texto

Elementos composicionais do gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Partículas conectivas do texto

Progressão referencial do texto

Interpretação de textos literários

Gêneros Literários – interpretação de textos

Trovadorismo (análise da linguagem, momento histórico, características das cantigas)

Quinhentismo (análise da Carta de Pero Vaz de Caminha)

Barroco (análise de poemas e sermões)

Arcadismo (análise de poemas)

157

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Oralidade

Conteúdo temático

Finalidade

Argumentos

Papel do locutor e interlocutor

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações Linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

Elementos semânticos

Adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias, repetições, etc)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

Trovadorismo (discussão sobre a época histórica, o linguajar)

Quinhentismo – contribuição desta fase ao Modernismo

Barroco – obras barrocas

Arcadismo – Lira de Marília de Dirceu

2ª Série - Ensino Médio

Conteúdo Estruturante – Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos

Romances

Resumo

Charge

Notícia

Reportagens

Crônica

Carta do leitor

Resenha Crítica

Anúncio

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

158

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Vídeo Clip

Narrativas (Aventura, enigma, ficção científica, humor, fantásticas)

Seminário

Júri simulado

Leitura

Conteúdo Temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Argumentos do texto

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes sociais presentes no texto

Elementos composicionais do Gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões que

denotam ironia e humor no texto

Progressão referencial

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica (operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem)

Romantismo – prosa e poemas

Realismo – Contos e romances machadianos

Naturalismo – romances naturalistas

Parnasianismo – poemas

Escrita

Conteúdo temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Informatividade

159

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Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes Sociais presentes no texto

Elementos composicionais do gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Partículas conectivas do texto

Progressão referencial do texto

Estudos de obras Literárias de escritores negros como: Cruz e Souza, Machado de Assis

e Lima barreto, destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional.

Análise de obras românticas, realistas,naturalistas, parnasianistas

Oralidade

Conteúdo temático

Finalidade

Argumentos

Papel do locutor e interlocutor

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações Linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

Elementos semânticos

Adequação da fala ao contexto( uso de conectivos, gírias, repetições, etc)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

3ª Série - Ensino Médio

Conteúdo Estruturante – Discurso como Prática Social

Conteúdos Básicos

Gêneros discursivos

Artigo de opinião

Editorial

Entrevista(oral e escrita)

texto de Opinião

Texto Argumentativo

160

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Resumo

Carta argumentativa

Resposta argumentativa

Resposta Interpretativa

Seminário

Dissertação-argumentativa

Leitura

Conteúdo Temático

Interlocutor

Intencionalidade do texto

Argumentos do texto

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes sociais presentes no texto

Elementos composicionais do Gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões que

denotam ironia e humor no texto

Progressão referencial

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica ( operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem)

Leitura de alguns trechos de obras pre-modernistas

Fragmentos de obras modernistas da primeira geração , segunda e terceira.

Principais autores contemporâneos

Escrita

Conteúdo temático

Interlocutor

161

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Intencionalidade do texto

Informatividade

Contexto de produção

Intertextualidade

Vozes Sociais presentes no texto

Elementos composicionais do gênero

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

Partículas conectivas do texto

Progressão referencial do texto

Análise de obras pré-modernistas: linguagem, momento histórico, características

peculiares e gerais de cada autor( Euclides da Cunha, Monteiro lobato, Lima Barreto,

Graça Aranha)

Análise de fragmentos dos principais autores modernistas da primeira geração, segunda

e terceira.

Análise de obras de autores contemporâneos.

Oralidade

Conteúdo temático

Finalidade

Argumentos

Papel do locutor e interlocutor

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações Linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

Elementos semânticos

Adequação da fala ao contexto( uso de conectivos, gírias, repetições, etc)

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

Debate sobre o Filme: Amistad

Referências Bibliográficas:

PARANÀ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

Português: linguagens,5ª a 8ª/ Willian Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães – 5

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ed. Reform. - São Paulo: Atual.2009

Português: linguagens, 1º, 2º e 3º Ensino Médio/ Willian Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães – 5 ed. Reform. - São Paulo: Atual.2009

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE MATEMÁTICAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

A disciplina de Matemática historicamente desde os seus primórdios procurou

atender as necessidades da sociedade.

A Matemática tem um valor formativo que ajuda a estruturar o pensamento e

o raciocínio dedutivo, porém, também desempenha um papel instrumental, pois é

ferramenta que serve para a resolução de problemas do cotidiano.

Por intermédio do conhecimento matemático o estudante constrói valores e

atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,

particularmente, do cidadão, isto é, do homem público, portanto, espera-se que o aluno

consiga:

• Desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar, representar, abstrair e

generalizar;

• Desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e rigor;

• Habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação;

• Conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem usual;

• Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na sociedade em

que vive;

• Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que

proporcione a construção de seu aprendizado;

• Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de conjecturas,

a descoberta de soluções e a capacidade de concluir;

• Associar a Matemática a outras áreas do conhecimento;

• Construir uma imagem da matemática como algo agradável e prazeroso.

A construção do conhecimento matemático envolve valores humanos, tem

relações com a tecnologia, com toda a vida social, a cultura e a interação social na

produção coletiva. O aprendizado matemático é projetado como um processo que orienta

163

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e valoriza a interdisciplinaridade, a contextualização, a formação de pessoas capazes de

exercitar a cidadania.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Algumas propostas metodológicas, procuram alterar as maneiras pelas quais

se ensina Matemática. Destacamos a Resolução de Problemas, a Modelagem

Matemática, o uso de Mídias Tecnológicas, a Etno matemática e a História da

Matemática. Uma tendência não é mais importante que a outra, tampouco devem ser

abordadas isoladamente, uma vez que se completam.

Os avanços já conquistados pela Educação Matemática indicam que, para

que o aluno aprenda com significado é fundamental:

• Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da simbologia,

antes da linguagem matemática;

• Estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias, descubra e tenha

autonomia de pensamento;

• Trabalhar a matemática por meio de situações – problemas.

• Que o conteúdo trabalhado com o aluno seja significativo, que ele sinta que é

importante saber aquilo para a sua vida em sociedade ou que lhe será útil para

entender o mundo em que vive;

• Valorizar e aprimorar os conhecimentos acumulados pelo aluno fora da escola.

• Estimular o aluno a fazer cálculo mental, estimativa e arredondamentos, obtendo

resultados aproximados;

• Compreender a aprendizagem da Matemática como um processo ativo;

• Utilizar a História da Matemática como um excelente recurso didático;

• Utilizar jogos;

• Uso de materiais manipulativos, que permitam ao aluno o desenvolvimento do

raciocínio lógico, a construção e a generalização de conceitos e o aprendizado

significativo;

• Aula dialogada usando como referência situações-problemas cotidiana do aluno.

OBJETIVO GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL

Identificar os conhecimentos matemáticos como meio para compreender e

164

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transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico

da matemática, como aspecto que estimula interesse a curiosidade, o espírito de

investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

• Números e Álgebra;• Grandezas e Medidas;• Geometrias;• Funções;• Tratamento da informação.

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se

desdobra nos seguintes conteúdos:

• conjuntos numéricos e operações

• equações e inequações

• polinômios

• proporcionalidade

GRANDEZAS E MEDIDAS

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas

englobam os seguintes conteúdos:

• sistema monetário

• medidas de comprimento

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• medidas de massa

• medidas de tempo

• medidas derivadas: áreas e volumes

• medidas de ângulos

• medidas de temperatura

• medidas de velocidade

• trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações

trigonométricas nos triângulos

GEOMETRIAS

Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se

desdobra nos seguintes conteúdos:

• geometria plana

• geometria espacial

• geometria analítica

• noções básicas de geometrias não-euclidianas

FUNÇÕES

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os

seguintes conteúdos:

• função afim

• função quadrática

166

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação

engloba os seguintes conteúdos:

• noções de probabilidade

• estatística

• matemática financeira

• noções de análise combinatória

OBJETIVO GERAL DO ENSINO MÉDIO

Ao longo do processo de ensino e aprendizagem, o aluno deverá desenvolver

habilidades e competências para:

I. reconhecer a matemática como instrumento para ampliar conhecimentos

II. utilizar, como eficácia, os conhecimentos matemáticos nas situações do dia a dia,

como forma de integração com seu meio;

• usar estruturas de pensamento que sejam suporte para o conhecimento da própria

matemática e de outras;

• valorizar o raciocínio abstrato e a linguagem simbólico como fonte de interpretação de

situações reais;

• compreender o papel da interação na aquisição do conhecimento e no crescimento

pessoal e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES;

• Números e Álgebra;

• Grandezas e Medidas;

• Geometrias;

• Tratamento da informação.

Conteúdos Básicos – 1ª Série - EM

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− Teoria dos conjuntos

− Relações e Funções

− Função Polinomial do 1º Grau

− Função Polinomial do 2º Grau

− Função Exponencial

− Função Logarítmica

− Progressão Aritmética

− Progressão Geométrica

Conteúdos Básicos – 2ª Série - EM

• Trigonometria

• Matrizes

• Determinantes

• Sistemas Lineares

• Análise Combinatória

• Binômio de Newton

• Probabilidade

Conteúdos Básicos – 3ª Série - EM

I. Geometria Plana

II. Geometria Espacial

III. Geometria Analítica

IV. Números Complexos

V. Polinômios

AVALIAÇÃO

A avaliação na matemática deve valorizar os aspectos onde os alunos

explicitem os procedimentos adotados e que expliquem oralmente ou por escrito as suas

afirmações pois as avaliações de acordo com as DCES, tem papel de mediação no

processo pedagógico, isto é, ensino, aprendizagem e avaliação integram um mesmo

sistema.

Os encaminhamentos avaliativos devem pressupor reflexões sobre a formação

do aluno como cidadão atuante numa sociedade que agrega problemas complexos. Para

168

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ampliar a eficácia da avaliação, deve incluir a complexa relação do aluno com o

conhecimento, a medida que o aluno atribui significado ao que aprendeu e consegue

materializar situações que exigem raciocínio matemático.

Será utilizado os seguintes instrumentos:

• Prova escrita – em grupo ou individual

• Trabalhos individual ou em grupo

• Análise de gráficos e tabelas, pesquisadas em jornais e revistas

• Exposição de trabalhos e pesquisas

RECUPERAÇÃO

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem, será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didáticos-metodológicos diversificados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dante, Luiz Roberto. Matemática 1a Edição São Paulo. ática 2004

Autores Álvaro Andrine, Maria \José de Vasconcelos. Matemática 1a edição São Paulo 2002. Editora do Brasil.

BARRETO FILHO, Benigno & SILVA, Cláudio Xavier. Matemática aula por aula. 1ª. ed. São Paulo: FTD, 2003.

BIANCHINI, Edwaldo & PACCOLA, Erval. Curso de Matemática. 1ª. ed. São Paulo: Moderna, 1997.

GIOVANI, José Ruy & BONJORNO, José Roberto. Matemática Fundamental. São Paulo: FTD, 1994.

KÁTIA & ROKU. Matemática para o ensino médio. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

ANGEL PANADES RUBIÓ & LUCIANA MARIA TENUTA DE FREITAS. Matemática e suas tecnologias 1ª edições. São Paulo- IBEP-2005

Paraná: Diretrizes Curriculares de Matemática. Secretaria de Estado da Educação – 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

JUSTIFICATIVA

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Atualmente, vivenciamos um processo de grandes mudanças nos hábitos da

sociedade. Um dos fatores responsáveis por esse processo é, sem dúvida, o rápido

desenvolvimento científico e tecnológico que marcou o século passado. Vivemos hoje em

um mundo notadamente influenciado pela ciência e pela tecnologia. Como afirmam

Santos e Mortimer (2002), as sociedades modernas passaram a confiar na ciência e na

tecnologia como se confia em uma divindade. A lógica do comportamento humano

passou a ser a lógica da eficiência tecnológica e suas razões passaram a ser as da

ciência (BAZZO, 1998). Com isso, cresceram de forma ilimitada a confiança na ciência e

na tecnologia como as principais causas do progresso social.

A visão sobre a supervalorização da ciência repercute no seu ensino, na

ênfase dada ao método científico, principalmente a partir do final dos anos 50, quando

passa a exercer grande influência no ensino de ciências. Um exemplo sobre a

consequência desse cientificismo, pode ser dado através de Bazzo (2003), quando

discute a simples equação que representa o chamado “modelo linear de

desenvolvimento: + ciência = + tecnologia = + riqueza = + bem-estar social”.

No entanto, em meados do século XX, sobretudo no período posterior ao da

Segunda Guerra Mundial, começaram a surgir discussões evidenciando que a ciência e a

tecnologia, além de não estarem conduzindo linear e automaticamente ao

desenvolvimento do bem-estar social, estavam colocando em risco a humanidade como

um todo (AULER e BAZZO, 2001). O vertiginoso desenvolvimento da ciência e da

tecnologia que gera um potencial extraordinário para transformar a natureza e satisfazer

muitas necessidades humanas, também produz uma crescente deterioração ambiental,

originando novos riscos e perigos para a humanidade.

Assim, a sociedade moderna requer muitos conhecimentos e habilidades dos

nossos alunos. E é nesse momento que o conhecimento de Química revela sua grande

importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica que exige de seus cidadãos,

atitudes e posicionamentos para um modelo de desenvolvimento que garanta a

existência das gerações futuras.

Dentro dessa perspectiva histórica está a disciplina de Química. Como ela se

situa? Como e o que ensinar para que a Química potencialize nossos alunos para o

conhecimento científico e a formação da cidadania?

A Química trata de todas as substâncias que constituem o meio em que

vivemos. Trata também das modificações sofridas por essas substâncias – modificações

170

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que fazem a diferença entre um planeta frio e sem vida e outro onde há vida e

crescimento. A Química nos ajuda a entender e a tirar benefício da maravilhosa natureza.

A Química constitui parte importante do que chamamos de Ciência. Como

todas as fases de nossa vida diária são afetadas pelos frutos da atividade científica,

todos nós precisamos saber o que é a atividade científica, o que ela pode fazer e como

funciona. O estudo da Química nos ajudará a compreender essas coisas.

A Química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos –

alimentação, vestuário, saúde, moradia, transporte, etc. – e todo mundo deve

compreender isso. Algumas vezes, os meios de comunicação tratam a Química de modo

preconceituoso, passando a impressão que essa ciência é responsável pela poluição e

por muitas catástrofes que acontecem. Quando um indivíduo não tem conhecimento de

Química, ainda que mínimo, fica muito difícil posicionar-se sobre essas demandas que

acontecem em sua vida cotidiana e consequentemente fica difícil exercer a sua

cidadania. Ter noções básicas de Química, instrumentaliza o cidadão para que ele possa

exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade. Os

conhecimentos acerca dessa disciplina, vão possibilitar ao cidadão se posicionar frente a

inúmeros problemas da vida moderna, como poluição, recursos energéticos, recursos

minerais, uso de matérias-primas, fabricação e uso de inseticidas, pesticidas,

agrotóxicos, fabricação de explosivos fabricação e uso de medicamentos, e muitos

outros. Além disso, aprender sobre os diversos materiais e substâncias, suas

ocorrências, seus métodos de obtenção e suas aplicações, permite ao indivíduo se situar

sobre o desenvolvimento social e econômico do homem ao longo de sua caminhada.

Tudo isso demonstra a importância do aprendizado de Química.

Dessa forma, as novas propostas para a Educação no Brasil e em particular

no Paraná através das Diretrizes Curriculares apresentam grande ênfase na formação de

cidadãos críticos que sejam capazes de compreender a cidadania como participação

social e política, assim como reconhecer os seus deveres e direitos nesta sociedade que

valoriza cada vez mais o conhecimento científico e tecnológico. Concordamos com

Bazzo et al. (2003, p. 144) quando ele afirma que: “A democracia pressupõe que os

cidadãos, e não só seus representantes políticos, tenham a capacidade de entender

alternativas e, com tal base, expressar opiniões e, em cada autores Álvaro Andrine,

Maria\José de Vasconcelos. Matemática 1a edição São Paulo 2002. Editora do Brasil.

caso, tomar decisões bem fundamentadas”.

171

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Por outro lado, saber como se processa o conhecimento químico pode dotar

as pessoas de um pensamento crítico mais elaborado. Estudando Química, o indivíduo

vai passar a compreender a formulação de hipóteses, a generalização de fatos por uma

lei, a construção de métodos científicos, etc. Como a Química utiliza muitos modelos

abstratos para relacionar o mundo macroscópico com o microscópico universo atômico-

molecular, ela é de grande valia também para ao desenvolvimento do raciocínio do

estudante em qualquer área do conhecimento.

Concluímos portanto, que o saber químico torna-se um instrumento de

formação humana que amplia os horizontes culturais dos alunos, os meios destes

interpretarem o mundo e a realidade na qual estão inseridos.

172

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FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

A descrição de processos era a principal característica do ensino de Química

até meados do século XX. Já a partir da segunda metade do século, o ensino começou a

mudar. Os avanços tecnológicos exigiram uma profunda alteração dos conteúdos e dos

métodos no ensino de Química e, atualmente, a sociedade moderna requer muitas

habilidades e conhecimentos de nossos alunos que vão além da simples memorização

de fórmulas, regras, nomes, etc.

Consoante com tais constatações, a abordagem no ensino da química será

norteada pela construção/reconstrução de significado dos conceitos científicos, vinculada

aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, objetivando formar um

aluno que, além de se apropriar do conhecimento químico, também seja capaz de refletir

criticamente sobre a construção e o uso desses conhecimentos. Assim, a Química será

apresentada como uma ciência com seus conceitos, métodos e linguagem própria e com

sua construção histórica, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos

aspectos da vida em sociedade. A introdução dos conteúdos será pautada pela

valorização do conhecimento prévio dos alunos, incluindo aí as concepções alternativas,

a partir das quais será elaborado um conceito científico.

Coerente com este encaminhamento metodológico, as aulas contarão com a

explicação/exposição do professor, oportunizando o debate e os questionamentos, a

partir dos quais os alunos serão levados a trocar suas concepções prévias por

conhecimentos científicos a respeito do conteúdo trabalhado.

Visando a aplicações de conhecimentos da química para a compreensão de

situações do cotidiano e contextualização dos processos e fenômenos químicos, os

conteúdos serão complementados por textos, realizações de pesquisas, palestras e

seminários, que permitirão aos alunos outras leituras críticas do mundo no qual estão

inseridos.

A experimentação será utilizada, sempre que necessária e possível, para

problematizar e/ou complementar o conteúdo trabalhado.

173

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

MATÉRIA

•Constituição da matéria;

•Estados de agregação;

•Natureza elétrica da matéria;

•Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton,

Bohr...)

•Estudo dos metais;

•Tabela Periódica.

SOLUÇÃO

− Substância: simples e composta

− Solubilidade;

− Concentração;

− Forças intermoleculares;

− Temperatura e pressão

− Densidade;

− Dispersão e suspensão;

− Tabela Periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

• Reações Químicas;

• Lei das reações químicas;

• Representação das reações químicas;

• Condições fundamentais para ocorrência das

reações químicas (natureza dos reagentes, contato

entre os reagentes, teoria da colisão)

• Fatores que interferem na velocidade das reações

(superfície de contato, temperatura, catalisador,

concentração dos reagentes, inibidores);

• Lei da velocidade das reações químicas;

• Tabela Periódica.

174

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QUÍMICA SINTÉTICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

•EQUÍLIBRIO QUÍMICO

• Reações químicas reversíveis;

• Concentração;

• Constante de equilíbrio

• Deslocamento de equilíbrio (Princípio de Le

Chatelier);

• Concentração, pressão, temperatura e efeito dos

catalisadores;

• pH, Ks

• Tabela Periódica.

CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

LIGAÇÃO QUÍMICA

• Tabela Periódica;

• Propriedade dos materiais;

• Tipos de ligações químicas em relação às

propriedades dos materiais;

• Solubilidade e as ligações químicas;

• Propriedades das substâncias moleculares;

• Ligação metálica;

• Ligações sigma e PI;

• Ligações polares e apolares;

• Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS

I. Reações de óxi-redução;

II. Reações exotérmicas e endotérmicas;

III. Diagramas das reações endotérmicas e

exotérmicas;

IV. Variação de entalpia;

V. Calorias;

VI. Equações termoquímicas;

VII.Lei de Hess;

VIII. Calorimetria;

IX. Tabela Periódica.175

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BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

RADIOATIVIDADE

I. Modelos atômicos (Rutherford);

II. Elementos químicos (radioativos);

III. Tabela Periódica;

IV. Emissões radioativas;

V. Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear).

FUNÇÕES QUÍMICAS

• Funções Orgânicas;

• Funções Inorgânicas

• Tabela Periódica.

AVALIAÇÃO

Utilizando como critério principal que a avaliação em química deve privilegiar a

formação de conceitos científicos, como também oferecer subsídios para a ação do

professor no processo de ensino-aprendizagem, ela será promovida de forma

processual, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade.

Desse modo, as avaliações serão feitas por meio de provas escritas,

contemplando também outras formas de expressão dos alunos, tais como: leitura e

interpretação de textos, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas práticas,

apresentação de seminários, produção de textos, etc.. Esses instrumentos serão

selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivos de ensino.

REFERÊNCIAS

AULER, D.; BAZZO, W.A. Reflexões para a implementação do movimento CTS no contexto educacional brasileiro. Ciência e Educação. São Paulo: Escrituras, v.7, p.2-13, 2001.

BAZZO, W.A. Ciência, tecnologia e sociedade: e o contexto da educação tecnológica. Florianópolis: EDUFSC, 1998.

BAZZO, W.A. et al. Introdução aos estudos CTS: O que é Ciência, Tecnologia e Sociedade? Cadernos de Ibero-América, Editora OEI, 2003.

BELTRAN, N.O.; CISCATO, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.

CHASSOT, A. A ciências através dos tempos. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.

176

Page 177: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 · Articulação Ensino Fundamental Anos Inciais e Finais … ... Plano de Trabalho Docente … ... Proposta Pedagógica do Ensino Profissional

FELTRE, R. Química, 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2000.

MALDANER. O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química: Professor/Pesquisador. 2ª Ed. Unijui, 2003. p. 120.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Médio. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Química. Curitiba: SEED/DEM, 2010.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

Apresentação da disciplinaA filosofia é uma das formas de conhecimentos que guarda muitas

especificidades em relação a todas as demais, ou seja, em relação à ciência, à arte, à

religião, ao mundo da linguagem, da literatura e à produção histórica do ser humano.

Constituída como pensamento há mais de dois mil e seiscentos anos, tem sua

origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre

o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Portanto dentre as principais

preocupações de seu ensino, destacava-se o fato de que: A Filosofia favorecia posturas

polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento. Neste

sentido, a preocupação maior quanto à delimitação das metodologias para o ensino de

filosofia é garantir que os métodos de utilizados não lhe deturpem o conteúdo.

No Brasil, a Filosofia figura como disciplina nos currículos escolares desde o

ensino jesuítico. Nessa perspectiva, a educação em geral e consequentemente a

Filosofia, eram entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os

cânones da Igreja Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local.

Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos

currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não significou,

porém, um movimento de crítica á configuração social e política brasileira, que oscilou

entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. No caso brasileiro não houve

represália quanto ao ensino da Filosofia nas academias durante os governos militares,

destacando-se como exemplo Instituto Brasileiro de Filosofia (IBF), fundado em 1951,

atravessou incólume os quinze anos de ditadura militar, de opressão e repressão, de

prisão, tortura e morte, sem perseguição.

A partir de 1980, com o processo de abertura política e de redemocratização

do país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao Ensino Médio (á época,

denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do Brasil, de modo especial na 177

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Universidade Federal do Paraná, onde os professores dessa área reivindicaram maior

espaço para essa disciplina nos currículos escolares brasileiros.

No atual momento histórico, após vários avanços e retrocessos, a Filosofia

teve seu reconhecimento legal como disciplina obrigatória nos currículos escolares em

todos os anos do Ensino Médio com implantação gradativa a partir da correção da LDB

em junho de 2008 pela Lei 11.684. Desta forma ficou estabelecido que de um ano

passaria a dois em 2010, contemplando então seu ensino obrigatório em 2011 nos três

anos do Ensino Médios, como se observa na determinação do Currículo Básico para a

Disciplina de Filosofia a ser aqui discriminado.

Encaminhamentos Metodológicos

Entendemos que a aula de filosofia deve funcionar como “oficina de conceitos”

(Gallo 2005) onde os temas propostos devem ser tratados partindo dos conhecimentos

prévios dos alunos,mas utilizando para trabalhar os conceitos próprios da Filosofia, o que

entendemos como pressuposto básico para desenvolver a reflexão crítica.

O ensino de Filosofia coloca o aluno como sujeito de seu aprendizado por

meio de:

- Debates,leituras de trechos de textos filosóficos que possibilitem ao estudante o

contato com diferentes modos de construção desses textos argumentativos;

- Análises de vídeo de modo a provocá-los a relacionar as teorias com seu cotidiano, a

rever conceitos e conhecimentos e a construir e reconstruir coletivamente os saberes;

- Pesquisa de campo: definição do tema do interesse, elaboração do roteiro,

levantamento de dados, confecção de tabelas, relatórios são um dos

encaminhamentos metodológicos que são fundamentais para dar razões a reflexão

frente aos problemas e as tradições da sociedade.

Outro encaminhamento metodológico são os recursos audiovisuais, como

filmes, documentários, músicas para dar suporte ao trabalho de interpretação reflexiva

sobre o tema escolhido.

Conteúdos estruturantes e básicos da disciplina

1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

Mito e Filosofia;

- Saber mítico;

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- Saber Filosófico;

- Relação mito e Filosofia;

- Atualidade do mito;

- O que é Filosofia;

Teoria do conhecimento;

-O problema da verdade;

- As formas do conhecimento;

-Possibilidade do conhecimento

2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

Ética

- Ética moral;

- Pluralidade ética;

- Ética e violência

- Razão, desejo e vontade;

Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Filosofia Política

- Relações entre comunidade e poder;

- Liberdade e igualdade política;

- Política e Ideologia;

- Esfera pública e privada;

- Cidadania formal e ou participativa.

3ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

Filosofia da Ciência

- Concepções de ciência;

- A questão do método científico;

- Contribuições e limites da ciência;

- Ciência e ideologia;

- Ciência e ética.

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Estética

- Natureza e arte;

- Filosofia e arte;

- Categorias estéticas - feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.;

- estética e sociedade.

Avaliação (Instrumentos e critérios da disciplina)

Para entender a avaliação como processo na Filosofia, esta se inicia com a

mobilização para o conhecimento e por meio de análise comparativa do que o estudante

pensava antes e do que pensa após o estudo.( DCE p. 62)

A avaliação será realizada por meio de atividades realizadas em sala de aula

com questões objetivas e subjetivas e dos trabalhos de pesquisas realizadas pelos

alunos, fazendo com que o aluno tenha uma visão e uma reflexão sobre o mundo e a

sociedade em que vive.

REFERÊNCIAS:

- Documentos consultados online de páginas diversas;

- CHAUÍ, Marilene, Introdução a História da Filosofia, Dos Pré-Socráticos e Aristóteles São Paulo: Brasiliense 1994;

- FILOSOFANDO, Maria Lúcia de Arruda Aranha / Maria Helena Martins. Ed. Moderna;

− LIVRO PÚBLICO – Secretaria de Estado da Educação.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A partir da clareza e objetividades dos teóricos e as problematizações que se

apresentam, os educandos passam a ver a sociedade por novas vias e acaba

entendendo que de fato a sociedade pode ser estudada, deve ser estudada e com isso,

vem a proposta de uma nova consciência social, pois cada educando precisa se portar

como indivíduo social e tem em si a responsabilidade histórica, ou seja, ele contribuirá

para a formatação de sua nação, aquilo que ela irá se tornar.

O objetivo da disciplina é mais que uma simples apresentação histórica, é pois

uma provocação pessoal e coletiva, pessoal por entender que sou responsável pelos

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meus atos e coletiva por entender que o outro precisa ser visto como co-autor neste

processo social (consciência das mudanças ), e que sozinho não posso atingir grandes

metas, tais como tem nos mostrado os “movimentos sociais organizados”. Por fim, a

sociologia é uma disciplina clara em seus objetivos e os educandos são orientados para

esta realidade... Em linhas gerais, a sociologia é uma forma de pensar e interpretar a

história, ou seja, o homem e sua caminhada social. A partir dos teóricos, temos

elementos que sustentam nossa investigação sobre os fatos sociais, e assim obter

conceitos claros da nossa história, estudá-la e nos projetarmos nela.

Os educandos entendem que estudar sociologia significa se posicionar

enquanto cidadãos, enquanto estudantes, tendo consciência das realidades que se

formam ao nosso redor, de toda estrutura de governo administrativo, do papel social que

cada qual possui e isto é inegável. Neste sentido, apresentamos a importância do voto, e

da responsabilidade perante a política e outras iniciativas de caráter popular...

As ideias que as DCEs trazem são fundamentadas em teóricos que precisam

ser levados em conta, pois os mesmos apontam caminhos para se seguir numa

investigação sociológica participativa e bem contextualizada.

Autores como Karl Marx, Max Weber, nos comunicam suas maneiras de

pensar, criticar e projetar a sociedade a partir de suas pesquisas e interpretações. Por

fim, a sociologia é apresentada de forma determinada, fazendo sempre ligação com os

clássicos da sua origem, aqueles que fizeram estudos, esboços e aos quais tivemos

acesso, nos proporcionando assim, uma nova visão de mundo, de sociedade e de

homem de forma geral.

Nos primeiros contatos com a disciplina e ressaltada a sua importância, sua

história, as lutas pela volta aos currículos escolares, sua influência em época passadas,

enfim, a sociologia é importante como saber escolar pois forma opiniões, abre horizontes

e proporciona um senso crítico mais apurado, “comparado ao da filosofia”..

Neste processo de formação dos educandos, a sociologia contribui para a

formação da consciência social, a partir dos conteúdos, debates e todo material didático

utilizado. O desejo de conhecimento é característica dos jovens e a sociologia o

apresenta de forma crítica, estrutural e fiel ao contexto histórico.

Os conteúdos programados exercem o papel de consciência histórica e prática

nos educandos, sendo estes extraídos e trabalhados a partir do livro didático e outros

recursos (apostilas, pesquisas), que são propostas aos educandos como material de

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apoio.

Os textos seguem as diretrizes do PPP e PTD constituído e a partir dos temas

propostos pelo livro didático e a proposta acima citada, os educandos são conduzidos à

uma leitura dinâmica e crítica. Sempre com objetividades e levado em conta as

contribuições dos alunos durantes a leitura e questionamentos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

Conteúdo Estruturante/Conteúdos Básicos

1. O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

- Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.

− O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais

- Processo de Socialização;

- Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

− Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

3.Cultura e Indústria Cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise

das diferentes sociedades;

- Diversidade cultural;

- Identidade;

- Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de gênero;

- Cultura afro-brasileira e africana;

- Culturas indígenas.

4.Trabalho, Produção e Classes Sociais182

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- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

- Globalização e Neoliberalismo;

- Relações de trabalho;

- Trabalho no Brasil.

5. Poder, Política e Ideologia

- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

- Democracia, autoritarismo, totalitarismo

- Estado no Brasil;

- Conceitos de Poder;

- Conceitos de Ideologia;

- Conceitos de dominação e legitimidade;

- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

- Direitos: civis, políticos e sociais;

- Direitos Humanos;

6. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

- Conceito de cidadania;

- Movimentos Sociais;

- Movimentos Sociais no Brasil;

- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

-A questão das ONG's.

METODOLOGIA

Numa perspectiva crítica que contemple diferentes linhas interpretativas, a

análise sociológica da categoria trabalho, na contemporaneidade, deve problematizar o

lugar da mulher, do negro e do índio, das denominadas minorias.

É importante que o aluno do Ensino Médio conheça as formas pelas quais

essas minorias e parte considerável dos trabalhadores, vivenciam a discriminação, a

exploração, a opressão, o assédio moral. Pela apropriação e reconstrução do

conhecimento sistematizado, cabe à educação escolar garantir ao aluno a compreensão

crítica das mudanças nas relações de trabalho, problematizando a precarização do

emprego que amplia o quadro de exclusão e de instabilidade sociais.

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Neste sentido a metodologia objetiva uma melhor compreensão dos conteúdos

aplicados, também as práticas pedagógicas são claras e ambas procuram fazer co que

os educandos entendam e assimilem cada conteúdo trabalhado. Por fim a sociologia é

apresentada como uma disciplina essencial na formação dos educandos para uma

melhor compreensão da sociedade em que vivemos e suas mudanças, revoluções e

características específicas, sempre com o objetivo de fazê-los compreender que cada um

dele é parte fundamental da sociedade. Como encaminhamentos metodológicos básicos

para o ensino são propostos: aulas expositivas, exercícios escritos e orais, leitura de

textos: clássicos, teóricos, contemporâneos, literários e jornalísticos, debates,

seminários, pesquisas, análises de filmes, músicas e outros.

AVALIAÇÕES

Por fim, as avaliações são conforme o entendimento dos educandos, sempre

com instrumentos diversificados, como, interpretação de textos, questões objetivas,

provas com exercícios que proporcionem uma leitura do conteúdo trabalhado em sala,

associe corretamente, pesquisas. A sociologia é compreendida como disciplina

formadora de conceitos, senso crítico e visão do todo e não de parcialidade no universo

social.

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se

numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam

afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula.

Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e

articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática

avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e

propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na

sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e

ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento

da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. A

avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo

em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.

Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teóricos

metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade

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apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de aplicação direta,

pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar” ideias em relação aos

fenômenos sócio-históricos.

Qual a concepção de avaliação de acordo com o PPP e as DCEs –

Sociologia?

Conforme Luchesi (2005), alguns critérios básicos devem ser considerados no

ensino da sociologia: a apreensão dos critérios básicos da ciência, articulados com a

prática social.

A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente. A clareza e a

coerência na exposição das ideias sociológicas. A mudança na forma de olhar e

compreender os problemas sociais. A recuperação de conteúdos será realizada ao

durante de cada bimestre, sendo precedida por revisões e participações efetivas dos

educandos, apresentando suas dúvidas sobre os conteúdos.

REFERÊNCIAS:

ADORNO, Theodor. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural.

BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,1968.

BAUMAN, Zigmunt. Por uma sociologia crítica; um ensaio sobre o senso comum e emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.

BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 11.ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

BOTTOMORE, Tom (Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988.

COHN, Gabriel (Org.). Sociologia: para ler os clássicos. Rio de janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977.

COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva. In: Os Pensadores. v. XXXIII, São Paulo: Editor Victor Civita, 1973.

COSTA PINTO, Luiz. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora.

A construção do Projeto Político Pedagógico ora elaborado, está em

consonância com o Regimento Escolar que normatiza a Instituição que por ele se

responsabiliza assegurando a execução do PPP.

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AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político Pedagógico acontecerá durante todo o ano

letivo, mediante observação do desenvolvimento das atividades, da participação e dos

resultados registrados. Através dessas observações, procura-se revitalizá-lo,

complementando e revisando o que for necessário mudar. Será uma avaliação contínua

baseada na análise dos dados estatísticos da escola, priorizando sempre a

aprendizagem.

Contando com a participação de professores, funcionários, equipe

pedagógica, direção e órgãos colegiados, essa avaliação anual servirá também como

diagnóstico para a intervenção constante do professor e da gestão democrática,

promovendo uma discussão continuada e coletiva da prática pedagógica e da gestão

escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Colégio Estadual Monteiro Lobato. Projeto Político Pedagógico. Colorado, 2007.

CIAVATTA M. Trabalho como princípio educativo na sociedade contemporânea. O trabalho como princípio educativo(apostila).

DALBEN, A. Conselhos de Classe e Avaliação. Papirus: 2004.

Colégio Estadual Monteiro Lobato - Plano de ação. Diretor. Gestão 2009/2011.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo:Cortez,1991. 261p.

LUCKESI. C. C. Filosofia da Educação. São Paulo:Cortez, 1992.183 p.

MARTINS, N. T. O papel do pedagogo na gestão:como mediador da intencionalidade educativa da Escola Pública. Projeto PDE 2009.

MORASTONI. J. Gestão Democrática. Universidade Tuiuti.

MOREIRA, A. F. B. Indagações sobre o currículo, Conhecimento e Cultura. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Básica, 2008. 48p.

SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná l e ll. Paraná 2008.

SEED-CGE, Semana Pedagógica. Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço e da autonomia na definição de seu projeto político pedagógico/Aspectos a serem considerados na ação, discussão e compreensão das demandas da escola pública.

SOUZA. A. R de, GOUVEIA, A. B, SILVA. M. R, SCHWELENDLER S. F. Gestão da

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Escola Pública,caderno 3: Projeto Político Pedagógico. Curitiba: UFPR, 2005.

SOUZA. A. R de, GOUVEIA, A. B, SILVA M. R, SCHWELENDLER S. F. Gestão da Escola Pública, caderno 1: Gestão da Escola Pública. Curitiba: UFPR, 2005.

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www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

YOUNG M. Para que servem as escolas públicas? Educ. Soc. Vol. 28. nº 101. Campinas. Setembro/dezembro 2007.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para construção de currículos inclusivos.

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