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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA UEPB CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E LINGUAGEM PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID SUBPROJETO DE LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSOR RAUL CÓRDULA COORDENADORA: MAGLIANA RODRIGUES SUPERVISORA: DIANA NUNES BOLSISTAS: ALESCA J. DA COSTA SILVA; LUCIANA VIEIRA ALVES; MARIA DO LIVRAMENTO;MARCIANA DA SILVA MILÂNEZ PROJETO DE PESQUISA “NAS TRILHAS DA LÍNGUA PORTUGUESA: O texto em foco” CAMPINA GRANDE - PB

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Page 1: Projeto PIBID

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB

CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E LINGUAGEM

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID

SUBPROJETO DE LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSOR RAUL

CÓRDULA

COORDENADORA: MAGLIANA RODRIGUES

SUPERVISORA: DIANA NUNES

BOLSISTAS: ALESCA J. DA COSTA SILVA; LUCIANA VIEIRA ALVES; MARIA

DO LIVRAMENTO;MARCIANA DA SILVA MILÂNEZ

PROJETO DE PESQUISA

“NAS TRILHAS DA LÍNGUA PORTUGUESA:

O texto em foco”

CAMPINA GRANDE - PB

Page 2: Projeto PIBID

AGOSTO /2011

ALESCA J. DA COSTA SILVA

LUCIANA VIEIRA ALVES

MARIA DO LIVRAMENTO

MARCIANA DA SILVA MILÂNEZ

“NAS TRILHAS DA LÍNGUA PORTUGUESA:

O texto em foco”

Projeto de pesquisa apresentado ao Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência (Pibid), sob coordenação da professora

Magliana Rodrigues, do curso de Letras da

Universidade Estadual da Paraíba; e supervisão

da professora Diana Nunes, da E.E.E.F.M. Prof.

Raul Córdula .

CAMPINA GRANDE – PB

AGOSTO / 2011

Page 3: Projeto PIBID

Introdução

Com o advento das discussões lingüísticas no meio acadêmico, o ensino de língua

materna e suas especificidades encontram-se no centro das análises e dos estudos dessas

discussões lingüísticas.Isso posto, dado o fato de o ensino da língua ainda se basear em

questões morfossintáticas desvinculadas do dia-a-dia,ou seja, a não adequação do conteúdo ao

cotidiano dos alunos, reforçando o desinteresse pelo estudo, o que distancia a funcionalidade

do ensino e, dessa forma,os alunos não conseguem vislumbrar a necessidade de estudar

morfologia, sintaxe e semântica, desconhecendo que estes três aspectos do português

permeiam o uso da língua.

Partindo disso, o presente trabalho objetiva propor uma oficina que resgate o interesse

dos discentes através de metodologias atrativas relacionadas ao meio que estão inseridos,

colocando o texto como o foco do processo ensino-aprendizagem do idioma, pois há de se ter

em mente que um ensino mais produtivo da língua está vinculado ao conhecimento de como

o léxico atua na organização e produção de textos.

Diante dos questionamentos dos alunos acerca da (des) necessidade em estudar língua

portuguesa, por estarem “acostumados” a um ensino desvinculado do cotidiano e da indicação

dos PCN’s em trabalhar a gramática em função do texto e das práticas sociais de uso da

língua, o presente trabalho permite sinalizar para que os professores tenham uma visão mais

crítica em relação ao ensino de gramática, a partir de tal prática é possível iniciar um trabalho

em sala de aula visando uma integração entre as áreas básicas que se dividem e se estruturam

no ensino de língua materna: ensino de gramática, ensino de leitura (compreensão de textos),

ensino de redação (produção textual) e ensino de vocabulário, o que favorece uma formação

mais completa.

Visto isso, o presente trabalho objetiva propor uma oficina que resgate o

comprometimento dos discentes, em sala de aula, através de metodologias atrativas

relacionadas ao meio em que estão inseridos. Para isso, faremos uso de recursos audiovisuais,

como: vídeos, músicas, propagandas ,charges, etc.

Plano da natureza do problema

Ao observarmos a realidade do corpo discente da escola escolhida para o projeto,

percebemos um acentuado desinteresse nas aulas de língua portuguesa. Isso nos levou a

refletir as possíveis razões da desmotivação surgindo assim alguns questionamentos: Até que

ponto a disciplina língua portuguesa não é atrativa? Seria a falta de gosto, ou é a metodologia

do professor que não favorece “o gostar”? E até que ponto a disciplina tem relação ou

funcionalidade com o cotidiano do aluno?

Page 4: Projeto PIBID

Plano da natureza das hipóteses

No primeiro momento da vivência escolar, tivemos oportunidade de entrar na sala de

aula, o que nos permitiu observar o processo de ensino, e investigá-lo com maior propriedade.

Sabe-se que o sistema educacional “falha” em diversos aspectos, não apenas na escola aqui

conveniada, mas também nas demais escolas, principalmente públicas, do nosso país. As

teorias sempre propõem um ensino pautado numa relação com o cotidiano, imbuído de

funcionalidade, para assim o aluno perceber a relevância do conteúdo que é/está sendo

estudado, e para que o próprio discente consiga estabelecer essa relação. Se o aluno não está

percebendo isso, ou se o processo de ensino está apresentando algum problema, algo não está

funcionando bem. Pode ser que o próprio corpo estudantil não esteja cooperando com o

processo; ou talvez isso ocorra por conta da metodologia adotada pelo professor, o que

ocasiona um desestímulo, e uma menor assimilação do conteúdo.

Objetivos

Incentivar o interesse pelo aprendizado, por parte dos alunos, nas aulas de língua

portuguesa.

Demonstrar a relevância do estudo de língua portuguesa através de exposições

dinâmicas do conteúdo;

Mostrar a funcionalidade da língua através dos textos;

Trabalhar a leitura e a escrita a partir de recursos audiovisuais;

Resgatar a participação dos discentes em sala de aula;

Estabelecer uma relação do conteúdo com a vida;

Propor atividades interdisciplinares.

Justificativa

Uma das constantes justificativas que discorre a cerca dos problemas sociais do nosso

país encontra-se na falta de investimentos por parte do governo para uma educação de

qualidade, muito se fala que a base para o desenvolvimento de uma nação está entrelaçada a

uma boa educação, contudo pode-se observar iniciativas por parte do governo na criação de

Page 5: Projeto PIBID

projetos que busquem amenizar os problemas educacionais do país, embora esses

investimentos não consigam alcançar efetivamente uma educação de qualidade.

Atentando para essa realidade, é possível observar que a escola hoje desempenha o seu

papel desvinculado das necessidades sociais, o mundo para o qual a escola trabalha está

distante do mundo que é vivido do outro lado do muro pela maioria dos alunos. A idéia de

que a escola faz parte da vida está se dissolvendo na mente da sociedade, contribuindo para o

agravante da situação educacional que vive hoje o Brasil.

Diante disso, faz-se necessário um olhar mais atento ao processo de ensino, ao que

tange o trabalho em sala de aula de forma criativa e interativa, dando aos alunos a

possibilidade de se conhecerem e conhecer as múltiplas facetas do mundo, através do estudo

da língua portuguesa, pelas vias da fala, leitura e da escrita, objetivando o resgate ou até

mesmo a aquisição do prazer de estudar, procurando fazê-los entender que o muro que separa

a escola e a vida é bem menor do que presumiram.

As diversas formas de representação da fala, da leitura e da escrita tem sido

vislumbrada e apreciada de forma exorbitante em nosso cotidiano, isso graças aos avanços

tecnológicos e ao advento da línguistica que tem permitido essa dinamicidade quanto às

formas de linguagem. Sendo assim, não acompanhar essa realidade no ambiente escolar é

negar um ensino inovador atrativo e consequentemente proveitoso. Em face deste contexto,

faz-se necessário repensar o processo de ensino, atentando então para um trabalho na sala de

aula que apele por mostrar a relação entre o conteúdo dado em sala de aula e o cotidiano do

aluno.

Visto isso, não se questiona a relevância de um projeto que busque suprir as lacunas

deixadas por um processo que foi prejudicado por fatores históricos e sociais, pois a sociedade

atual só tende a ser beneficiada com tais atenuantes.

Metodologia

Ao sentir a necessidade de resgatar a importância da língua portuguesa na vida social

dos alunos, partiremos da concepção de que, ensinar uma língua, é potencializar os

argumentos do outro, para elaboramos um planejamento bem organizado com a realização de

uma seqüência didática que atrelada a tal concepção contemple de maneira eficaz a

importância e o uso concreto da língua portuguesa no cotidiano dos alunos, através da leitura

e da escrita.

Page 6: Projeto PIBID

O trabalho com os textos permite a integração com a realidade dos alunos, porque

tanto os textos verbais, não-verbais e orais estão presentes na mídia e consequentemente no

dia-a-dia dos alunos.

Tendo em vista que a finalidade do ensino de gramática é fazer com que os alunos

saibam utilizá-la em seus vários níveis de formalidade, adequadamente, na escrita e na

oralidade, faz-se necessário a utilização dos textos para ampliar a expressão verbal dos alunos

e também permitir que estes vejam a funcionalidade da gramática e a importância de ensiná-

la. É fundamental deixar o aluno falar /escrever de todas as formas, tendo como meta a

organização dos textos. Essa constatação reafirma o que disse Geraldi (1997) “A produção de

textos (orais e escritos) é o ponto de partida e chegada de todo processo ensino aprendizagem

da língua, [...] porque é no texto que a língua se revela na sua totalidade, quer enquanto

conjunto de formas e de seu reaparecimento, quer enquanto discurso. [...]”

Diante disso, pode-se perceber que as aulas de língua portuguesa hoje, estão

dissociadas entre literatura, leitura/escrita e gramática, vê-se dessa forma as grandes lacunas

que permeiam os problemas para conceber as competências lingüísticas e textuais dos alunos

em aulas de língua portuguesa.

Sabendo disso, é fundamental trabalhar de forma integrada, e, sobretudo, de maneira

coerente as aulas de gramática e leitura/ escrita, pois se torna inconcebível a utilização de uma

sem os conhecimentos da outra. O texto é o condutor das analises lingüísticas e, sabendo

como utilizá-las, encontraremos a funcionalidade de um texto.

Partindo desse pressuposto pretende-se trabalhar nas aulas de língua portuguesa o

falar, ouvir, ler e escrever, tendo como principal objeto de estudo o texto, pois este se

encontra no eixo das discussões lingüísticas, por ser entendido como a forma mais completa

de aprender a língua, sendo este o suporte que mostra a língua em uso, é considerado também

a base de toda forma de conversação.

Dessa forma vê-se que os estudos da gramática da língua portuguesa devem está

centrados na capacitação do aluno no domínio da língua para sua utilização comunicativa,

como afirma Travaglia (2009) “Ao ensinar gramática queremos que o aluno domine a língua,

para ter uma competência comunicativa nessa língua. [...]”. Porém, é perceptível que as aulas

de português estão centradas em ensinos fragmentados, e na utilização das regras de uma

gramática que simplesmente os falantes ignoram por não precisarem conhecê-la para falar a

língua e conseguir ter uma boa comunicação com os demais falantes.

Sendo assim como resgatar a importância desse ensino para os alunos?E como superar

essa dicotomia gramática/produção textual? Tais questões já foram levantadas e estão sendo

aos poucos respondidas por estudiosos e professores que tentam trabalhar a língua de forma

Page 7: Projeto PIBID

integrada, a leitura (interpretação), redação ( produção textual), a gramática e estudo do

vocabulário, pois como dito anteriormente tudo o que é gramatical é textual e vice-

versa.Porque a gramática é toda produção de sentido que se manifesta por meio de textos da

língua.

Cronograma

Cronograma de atividades referente ao primeiro semestre de 2011

AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Vivência

escolar e

aplicação do

questionário

X

Elaboração do

projeto escrito

X

Reescrita do

projeto

X X

Início das

atividades

X

Execução do

projeto

X X X

Análise dos

resultados

X

Referências

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de

gramática. 13ªed. São Paulo: Cortez, 2009.

ANTUNES, Maria Irandé. Aula de Português-encontro e interação. São Paulo: Parábola,

2003.

Page 8: Projeto PIBID

GERALDI, João Wanderley (org.). O texto na sala de aula. 3ª Ed. São Paulo: Ática,2000.