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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy RibeiroCentro de Ciência e TecnologiaLaboratório de Ciências Físicas

Coordenação do Curso de Licenciatura em Física

Projeto Pedagógico do Cursode Graduação em Física

(Modalidade Licenciatura)

Campos dos Goytacazes - RJ

2009

ii

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Prof. Dr. Almy Junior Cordeiro de Carvalho

Reitor

Profa. Dra. Lílian Maria Garcia Bahia de Oliveira

Pró-reitora de Graduação

Prof. Dr. Alexandre Moura Stumbo

Diretor do Centro de Ciência e Tecnologia

Prof. Dr. Helion Vargas

Chefe do Laboratório de Ciências Físicas

Colegiado do Curso de Licenciatura em Física

• Prof. Dr. Juraci Aparecido Sampaio (coordenador)

• Profa. Dra. Denise Ribeiro dos Santos

• Profa. Dra. Marília Paixão Linhares

• Profa. Dra. Valéria Nunes Belmonte

• Profa. Dra. Ana Maria Silva de Senna(representante externo ao LCFIS)

• Mila Vieira da Rocha (representante Discente)

Sumário

Sumário iii

1 Identificação do Curso 1

2 Apresentação 2

3 Histórico do Curso e sua Relevância 3

4 Princípios e Fundamentos 7

5 Perfil do Egresso 9

6 Competências e Habilidades 12

6.1 Competências e Habilidades Específicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

6.2 Competências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

6.3 Habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

7 Objetivos 15

8 Organização Curricular 17

8.1 Núcleo de Conteúdos Curriculares de Natureza Científico-Cultural . . . . . . 18

8.2 Núcleo de Práticas como Componente Curricular. . . . . . . . . . . . . . . 21

iii

SUMÁRIO iv

8.2.1 Monografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

8.3 Núcleo de Estágios Supervisionados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

8.3.1 Execução dos Estágios Supervisionados. . . . . . . . . . . . . . . . 32

8.3.2 Avaliação do Estágio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

8.4 Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural. . . . . . . . . . . . . . 36

8.5 Distribuição de disciplinas para integralização do Curso . . . . . . . . . . . . 38

9 Equivalência Curricular 48

10 Avaliação 53

10.1 Avaliação de Aproveitamento de Conteúdos pelos Discentes . . . . . . . . . 53

10.2 Avaliação do Projeto Pedagógico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

11 Disposições Gerais 55

1

Identificação do Curso

• Denominação do Curso:Curso de Graduação em Física

• Modalidade: Licenciatura

• Titulação Conferida: Licenciado em Física

• Ano do início de funcionamento do Curso:2000

• Duração do Curso:4 anos

• Carga Horária total: 2907 horas

• Regime Acadêmico:Semestral, com entrada anual

• Número de Turmas Oferecidas:1 (uma)

• Turno Previsto: Noturno

• Número de Vagas Oferecidas:30

Endereço

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Curso de Licenciatura em Física - Secretaria Acadêmica CCT

Av. Alberto Lamego, 2000 - Campus Leonel Brizola

28013-602 - Campos dos Goytacazes, RJ

Telefone 0 (xx) 22 2739-7149 - Telefax 0(xx) 22 2739-7044

E-mail: [email protected]

1

2

Apresentação

Este documento apresenta o Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Física, Mo-

dalidade Licenciatura, da Universidade Estadual do Norte Fluminese Darcy Ribeiro (UENF),

denominado também nesse documento como Curso de Licenciatura em Física, revisado em

agosto de 2009, como parte das exigências para revalidação do Curso pelo Conselho Estadual

de Educação do Rio de Janeiro. Na elaboração deste projeto buscou-se estar em consonância

com as diretrizes do Conselho Nacional de Educação, dispostas nas Resoluções do CNE/CP

n◦1 de 18/02/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Profes-

sores da Educação Básica, em Nível Superior, Curso de Licenciatura, de Graduação Plena e

do CNE/CP n◦ 2 de 19/02/2002, que institui a duração e a carga horária dos Cursos de Licen-

ciatura, de Graduação Plena; nos Pareceres do CNE/CP n◦ 9/2001, n◦ 27/2001, n◦ 28/2001,

bem como na Resolução do CNE/CES n◦ 9/2002 e no Parecer do CNE/CES n◦ 1.304/2001,

que instituem as Diretrizes Nacionais Curriculares para osCursos de Física.

Em anexo constam documentos diversos que regulamentam as atividades correlatas aos

componentes curriculares do projeto pedagógico.

2

3

Histórico do Curso e sua Relevância

O Curso de Graduação em Física da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy

Ribeiro, Modalidade Licenciatura, teve seu início em 2000 sob a responsabilidade do Labo-

ratório de Ciências Físicas (LCFIS), que faz parte do Centrode Ciência e Tecnologia (CCT).

Desde a sua criação é adotado o regime semestral com ingressoanual, funcionando no horário

noturno, cuja matriz curricular com carga horária total de 2907 horas foi elaborada para ser

concluída no período de 8 semestres e com duração máxima em 15semestres.

O curso, reconhecido pela Portaria CEE 232 publicada no DO em06/03/2006, tem por

objetivo a formação de profissionais para o exercício do magistério na formação básica na

área de Física, levando-os ao conhecimento e domínio de métodos e técnicas que permitam o

desenvolvimento de atitudes críticas e inovadoras para a aplicação no ensino da física.

Desde a sua criação, 78 estudantes obtiveram os diplomas de Licenciados em Física. Atu-

almente o curso conta com 65 estudantes matriculados. A cadaano são oferecidas 30 vagas,

cujo ingresso se dá através de concurso público de vestibular, sendo que o ingresso para 2010

terá processo seletivo desvinculado do Vestibular Estadual da Universidade Estadual do Rio

de Janeiro (UERJ).

Ao longo dos últimos anos a matriz curricular do curso sofreuvárias mudanças a fim formar

licenciados capazes de compreender a realidade e, fundamentalmente, atuar e modificar essa

realidade, no intuito de propiciar, de fato, uma melhoria doensino, principalmente, mas não

3

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somente, na Região Norte Fluminense, onde a UENF está estabelecida. Atualmente o corpo

discente do Curso de Licenciatura em Física é composto em suagrande maioria por alunos

provenientes da cidade de Campos dos Goytacazes e da Região Norte Fluminense, e em uma

proporção menor de outras cidades do Estado do Rio de Janeiro, região sul do Estado do

Espírito Santo e região sudeste do Estado de Minas Gerais.

A UENF foi criada dentro da filosofia de que nenhuma Escola vivepara o presente, mas

trabalha o futuro e para o futuro. Partindo desse pressuposto entende-se que o estudante deve

ter também a pesquisa como parte de sua formação. De fato, desde a criação da UENF grande

parte dos seus estudantes participam de atividades de Iniciação Científica, tanto aqueles dos

cursos de bacharelado, como dos cursos de licenciatura. Neste contexto, a matriz curricular

do Curso de de Graduação em Física, Modalidade Licenciatura, foi elaborada a fim de que

os egressos possuam conhecimentos tanto na área do Ensino deFísica, bem como na área da

Física Teórico-Experimental. Pretende-se portanto que o egresso além de obter competências

para para produzir materiais didáticos de qualidade para o ensino de Física, tenha uma forma-

ção inicial para obter também as competências para compreender e/ou participar de pesquisa

científica. Logo, o perfil do egresso do Curso de Licenciaturaem Física da UENF deverá ser

predominantemente a de físico-educador.

Para a realização de atividades de pesquisa, ensino e extensão, o Curso de Licenciatura em

Física conta com 4 laboratórios didáticos, bem como laboratórios de pesquisa equipados para

análises envolvendo difração de raios x de pó, técnicas fotoacústicas e técnicas fototérmicas.

Nesses laboratórios são investigadas propriedades de novos materiais, poluentes de meio am-

biente, além de técnicas físicas voltadas à fruticultura. Devido a essa estrutura de pesquisa,

há uma boa interação entre os alunos dos Curso de Licenciatura em Física, bolsistas de inicia-

ção científica, com pós-graduandos do programa de Ciências Naturais, que desenvolvem suas

pesquisas de mestrado ou doutorado nos Laboratórios de Ciências Físicas e Químicas. Alguns

dos professores vinculados a esse programa de pós-graduação fazem também pesquisa na área

5

de educação. Recentemente com a contratação de novos professores as linhas de pesquisa vem

se expandindo, oferecendo assim maiores possibilidades para que o graduando possa ter um

contato mais direto com pesquisadores de várias áreas do conhecimento das Ciências Físicas.

O aluno do Curso de Licenciatura em Física pode participar durante a sua formação de

vários programas de inserção à vida acadêmica. Entre os vários programas desenvolvidos na

UENF há o que concede a Bolsa de Apoio Acadêmico, cujo objetivo é dar oportunidade aos

estudantes de graduação de participar do apoio logístico àsatividades de ensino, pesquisa e

extensão, bem como administrativas, desenvolvendo tarefas de ordem geral na Universidade.

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) tem como meta oferecer o

treinamento dos estudantes em atividades de pesquisa sob a orientação de docentes da UENF.

Uma outra modalidade de bolsa está ligada ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência (PIBID), cuja finalidade é a de valorizar o magistério e apoiar estudantes de licen-

ciatura plena inserindo-os no cotidiano de escolas da rede pública por meio de estágios a fim

de promover uma maior integração entre educação superior e educação básica. O Programa

de Bolsa de Monitoria busca despertar no aluno o interesse pela carreira docente e assegurar a

cooperação do corpo discente com o docente nas atividades deensino com vistas à melhoria

das mesmas, além de complementar a sua formação, e repassar os conhecimentos adquiridos

pelo monitor a outros alunos. Todos os programas possuem características próprias, sendo

que as bolsas são oferecidas por meio de editais específicos,com periodicidade semestral ou

anual, em que é observado o desempenho acadêmico do estudante, bem como a pertinência

dos projetos propostos pelos orientadores.

Portanto, o Curso de Licenciatura em Física, ao formar profissionais aptos para atuar na

área do ensino de Física, que poderão inclusive atuar na áreade pesquisa, tem uma relevância

sócio-técnico-científica muito grande para toda a Região Norte Fluminense. De fato, ainda

hoje há uma uma carência significativa de professores de Física em todo o Estado do Rio de

Janeiro, inclusive boa parte de professores que atuam no ensino médio são formados em outras

6

áreas do conhecimento. Assim sendo o Curso de Licenciatura em Física é fundamental para

mudar essa realidade, principalmente no que concerne a educação de qualidade.

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Princípios e Fundamentos

A portaria do Conselho Nacional de Educação (CNE) de 8/5/2001, explicita queo planeja-

mento da matriz curricular de formação de professores constitui o primeiro passo para a trans-

posição didática que o formador de formadores precisa realizar para transformar conteúdos

selecionados em objetos de ensino de seus alunos, futuros professores. A organização curricu-

lar deve ser norteada por critérios que levem em conta essa concepção teórico-metodológica,

baseadas:

√

nos diferentes âmbitos de conhecimento profissional;

√

na interação e comunicação e no desenvolvimento da autonomia intelectual e profissio-

nal;

√

na disciplinaridade e interdisciplinaridade;

√

na formação comum e na formação específica;

√

nos conhecimentos a serem ensinados e nos conhecimentos educacionais e pedagógicos

que fundamentam a ação educativa;

√

nas dimensões teóricas e práticas;

Para contemplar as diretrizes na construção de um projeto próprio e inovador, é preciso

instituir tempos e espaços curriculares diversificados como oficinas, seminários, grupos de tra-

7

8

balho supervisionado, grupos de estudo, tutorias e eventos, atividades de extensão e outros,

que atendam ao primeiro eixo proposto. A realização de atividades constantes de aprendiza-

gem colaborativa e de interação, de comunicação entre os professores em formação e deles

com os formadores poderá ser favorecida com a utilização de recursos de tecnologia da infor-

mação que possibilitem a convivência interativa dentro da instituição e entre esta e o ambiente

educacional.

A utilização de estratégias didáticas que privilegiem a resolução de situações-problema

contextualizadas, a formulação e realização de projetos, contemplam atividades para as quais

são indispensáveis abordagens interdisciplinares.

A prática na formação de professores não deve ficar restrita ao estágio como algo desarti-

culado do curso. O planejamento do curso deve prever situações didáticas em que os futuros

professores coloquem em uso os conhecimentos que aprenderem, em diferentes tempos e es-

paços curriculares: no interior das disciplinas e nos procedimentos de observação e reflexão

para compreender e atuar em situações contextualizadas.

O estágio obrigatório deve atender a um projeto planejado e avaliado conjuntamente pela

escola de formação inicial e as escolas campos de estágio, com objetivos e tarefas claras, e

deve ser conduzido por uma equipe de formadores e não apenas pelo professor da disciplina

específica. A proposta de estágio supervisonado será apresentada nas próximas seções. A es-

trutura curricular poderá, ainda, contemplar a formação continuada que propicie oportunidade

de retorno planejado e sistemático dos professores à Universidade.

5

Perfil do Egresso

O Licenciado em Física, conforme as recomendações do MEC, deve ser um profissional

que, apoiado em conhecimentos sólidos e atualizados da Ciência Física, e no contexto da

educação básica esteja capacitado para abordar e tratar problemas novos e tradicionais do

ensino dessa disciplina e esteja sempre preocupado em buscar novas formas do saber e do fazer

científico ou tecnológico na área. Em todas as suas atividades a atitude de investigação deve

estar sempre presente, mesmo quando associada às diferentes formas e objetivos de trabalho.

Como o propósito do Curso de Licenciatura em Física da UENF é aformação do físico-

educador, além das competências preconizadas acima, o egresso deverá dedicar-se preferen-

cialmente à formação e à disseminação do saber científico em diferentes instâncias sociais,

seja através da atuação no ensino escolar formal, seja através de novas formas de educação

científica, como vídeos, programas de computador, ou outrosmeios de comunicação.

Nesse sentido, a formação do professor de Física para a Educação Básica deve levar em

conta tanto as perspectivas tradicionais de atuação docente, como as novas demandas que vêm

emergindo nas últimas décadas.

Em uma sociedade em rápida transformação, como a que hoje vivemos, surgem continua-

mente novas funções sociais e novos campos de atuação, colocando em questão os paradigmas

profissionais anteriores, com perfis já conhecidos e bem estabelecidos. Propõe-se, assim, uma

formação ao mesmo tempo ampla e flexível, que desenvolva habilidades e conhecimentos ne-

9

10

cessários às expectativas atuais e capacidade de adequaçãoa diferentes perspectivas de atuação

futura. O egresso do curso de Licenciatura em Física formadopela UENF deverá ser capaz de:

√

compreender e atuar sobre o processo de ensino-aprendizagem na escola básica e nas

suas relações com o contexto no qual se inserem as instituições de ensino;

√

adotar estratégias de ensino diversificadas que explorem menos a memorização e privi-

legiem o raciocínio;

√

adotar estratégias de avaliação diversificadas atendendo às múltiplas formas de expres-

são do conhecimento; considerar os aspectos emocionais e afetivos envolvidos no pro-

cesso de ensino-aprendizagem, aprimorando as relações interpessoais presentes no ato

educativo tais como: relação aluno-professor, aluno-aluno, e professor-professor;

√

considerar, na formação dos alunos da educação básica, suascaracterísticas socio-culturais

e psicopedagógicas;

√

tratar com respeito a pluralidade de formas de conhecimentocotidiano trazidas por sa-

beres e habilidades dos alunos;

√

propiciar aprendizagens significativas ancoradas em saberes, conhecimentos e habilida-

des anteriores dos estudantes;

√

promover o ensino da Física com estimulo à autonomia intelectual do aluno, valorizando

a expressão de suas idéias, de seus saberes não científicos, tratando-os como ponto de

partida para o entendimento dos saberes científicos;

√

resolver problemas concretos da prática docente e da dinâmica escolar, zelando pela

aprendizagem dos alunos e pela qualidade do ensino ministrado;

√

tratar os conteúdos de ensino de Física de modo contextualizado, estabelecendo relações

entre diferentes conteúdos dentro da Física, entre os conhecimentos físicos e outras for-

11

mas de conhecimentos científicos e saberes cotidianos, e entre a física e a sociedade, as

tecnologias, a história e a filosofia;

√

propor projetos e/ou atividades que viabilizem a relação escola-sociedade;

√

conhecer e dominar os conteúdos básicos relacionados a Física e às áreas de conheci-

mento afins, que são objeto de sua atividade docente, adequando-os às necessidades dos

alunos;

√

dominar o conhecimento da Física, tendo tanto a visão globalem suas grandes áreas,

como o aprofundamento necessário ao ensino das especificidades das mesmas, estando

bem alicerçado sobre sua estrutura, com bases matemáticas,éticas e pedagógicas;

√

valorizar o aspecto experimental da Física;

√

compreender o processo de transformação do conhecimento humano e atualizar cons-

tantemente seus estudos para acompanhar as transformaçõesdo conhecimento humano,

seja do campo educacional geral e específico, seja de campo deconhecimento científico-

tecnológico, bem como da vida humana em geral;

√

manter atualizado seus conhecimentos sobre legislação educacional e a atuação profis-

sional;

√

atuar de forma integrada em programas envolvendo equipes multidisciplinares;

√

ser crítico, criativo, participativo e ético no desempenhode suas atividades;

√

ser capaz de incentivar e motivar novas carreiras científicas;

√

ser capaz de sistematizar e socializar a reflexão sobre a prática docente.

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Competências e Habilidades

6.1 Competências e Habilidades Específicas

O parecer do CNE/CES 1.1304/2001publicado no DOU em 7/12/2001 estabele que os Cur-

sos de Licenciatura em Física devem necessariamente contemplar as seguintes competências e

habilidades específicas:

√

o planejamento e o desenvolvimento de diferentes experiências didáticas da Física, re-

conhecendo os elementos relevantes às estratégias adequadas;

√

a elaboração ou adaptação de materiais didáticos de diferentes naturezas, identificando

seus objetivos formativos, de aprendizagem e educacionais.

6.2 Competências

A diversidade de atividades e atuações pretendidas para o formando em Física necessita

de qualificações profissionais básicas comuns, que devem corresponder a objetivos claros de

formação para todos os cursos de graduação em Física, independente da modalidade do curso,

através das competências essenciais desses profissionais, conforme abaixo relacionadas:

√

dominar princípios gerais e fundamentos da Física, estandofamiliarizado com suas áreas

clássicas e modernas;

12

13

√

descrever e explicar fenômenos naturais, processos e equipamentos tecnológicos em ter-

mos de conceitos, teorias e princípios físicos gerais;

√

diagnosticar, formular e encaminhar a solução de problemasfísicos, experimentais ou

teóricos, práticos ou abstratos, fazendo uso dos instrumentos laboratoriais ou matemáti-

cos apropriados;

√

manter atualizada sua cultura científica geral e sua culturatécnica profissional específica;

√

desenvolver uma ética de atuação profissional e a consequente responsabilidade social,

compreendendo a Ciência como conhecimento histórico, desenvolvido em diferentes

contextos sócio-políticos, culturais e econômicos.

6.3 Habilidades

O desenvolvimento das competências gerais apontadas está associado à aquisição das se-

guintes habilidades:

√

utilizar a matemática como uma linguagem para a expressão dos fenômenos naturais;

√

resolver problemas experimentais, desde seu reconhecimento e a realização de medições,

até a análise de resultados;

√

propor, elaborar e utilizar modelos físicos, reconhecendoseus domínios de validade;

√

concentrar esforços e persistir na busca de soluções para problemas de solução elaborada

e demorada;

√

utilizar a linguagem científica na expressão de conceitos físicos, na descrição de proce-

dimentos de trabalhos científicos e na divulgação de seus resultados;

14

√

utilizar os diversos recursos da informática, dispondo de noções de linguagem computa-

cional;

√

conhecer e absorver novas técnicas, métodos ou uso de instrumentos, seja em medições,

seja em análise de dados (teóricos ou experimentais);

√

reconhecer as relações do desenvolvimento da Física com outras áreas do saber, tecno-

logias e instâncias sociais, especialmente contemporâneas;

√

apresentar resultados científicos em distintas formas de expressão, tais como relatórios,

trabalhos para publicação, seminários e palestras.

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Objetivos

Os objetivos do Curso de Licenciatura em Física da UENF são:

√

preparar Licenciados em Física para atender às demandas do trabalho docente na escola

básica ou em outros ambientes educativos e suprir as necessidades das diferentes comu-

nidades, participando ativamente do seu desenvolvimento sócio-cultural e econômico;

√

promover o saber científico, gerar novas tecnologias e estimular a evolução cultural,

procurando socializar os conhecimentos produzidos pela Academia, por meio de todos

os níveis do ensino e veículos de comunicação;

√

desenvolver, apoiar e estimular atividades de ensino, pesquisa ou extensão relacionadas

com a solução de problemas técnico-científicos;

√

preparar o Licenciado para atuar como docente do ensino médio, trabalhando com di-

namismo e postura crítica frente à realidade, incentivandoatividades de enriquecimento

cultural e desenvolvendo práticas investigativas e utilizando metodologias, estratégias e

materiais de apoio;

√

preparar o Licenciado para atuar como educador consciente de seu papel na formação

dos cidadãos, orientando e mediando o ensino para a aprendizagem do aluno;

15

16

√

preparar o Licenciado para atuar interdisciplinarmente como professor e membro de

uma Instituição Educacional, participando ativamente do Projeto Político Pedagógico

da Escola onde atuará, desenvolvendo hábitos de colaboração e trabalho em equipe;

√

preparar o Licenciado para construir um sistema de avaliação discente orientador de

seu trabalho educativo, que considere as diferentes correntes psicológicas, sociológicas,

antropológicas, filosóficas e pedagógicas que explicam o desenvolvimento humano e sua

relação com a aprendizagem;

√

preparar o Licenciado para integrar-se à dinâmica do mundo do trabalho, buscando,

sempre que necessário, ações de formação continuada e aprimoramento profissional.

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Organização Curricular

Entendemos que um Curso de Licenciatura em Física é um curso de formação inicial de

professores de Física, já que partimos do pressuposto que a aquisição de conhecimento é um

exercício dinâmico de aprendizagem. Neste contexto, a matriz curricular aqui proposta deve

ser vista como a base para esse aprendizado que deverá ser contínuo após a formação inicial

do Licenciado.

A proposta pedagógica do curso de Licenciatura em Física da UENF preconiza que todas as

componentes curriculares estão correlacionadas, e que o aluno deve construir o conhecimento

baseado em informações oriundas de várias áreas do saber.

Considerando o perfil do aluno ingressante, bem como a legislação vigente e os objetivos

e princípios básicos propostos anteriormente, a organização da matriz curricular foi concebida

considerando quatro grandes núcleos de conhecimentos, cuja carga horária total é de 2907 h.

Esses núcleos estão divididos em:

1. Núcleo de Conteúdos Curriculares de Natureza Científico-Cultural, com carga horária

de 1887 h;

2. Núcleo de Práticas como Componente Curricular com carga horária de 408 h;

3. Núcleo de Estágios Supervisionados com carga horária de 408 h;

4. Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural com carga horária de 204 h.

17

18

8.1 Núcleo de Conteúdos Curriculares de Natureza

Científico-Cultural

O Núcleo de Conteúdos Curriculares de Natureza Científico-Cultural contempla a carga

horária de1785 h em disciplinas obrigatórias, sendo subdivido em sete grupos de conteúdos

específicos, conforme a Tabela 8.1, mais 102 h de disciplinasde caráter optativo, de acordo

com a Tabela 8.2.

O primeiro grupo, que totaliza 340 h, diz respeito aos conteúdos básicos de matemática,

que estão intrinsicamente ligados aos conteúdos de física básica do segundo grupo. Essas

cinco disciplinas foram distribuídas nos quatro primeirossemestres do curso. No primeiro

semestre do curso foi introduzida a disciplina de Matemática Elementar a fim de que os es-

tudantes possam preencher a lacuna de conhecimento existente em relação aquele conteúdo,

já que a experiência recente mostra que muitos alunos não dominam completamente os con-

teúdos de matemática elementar do ensino médio. Da mesma forma, a disciplina Introdução

à Física, busca resgatar os conceitos de Física Básica do Ensino Médio, além dos conteúdos

de ótica geométrica e gravitação que não necessita de ferramental matemático sofisticado. A

ênfase maior nessa disciplina é trabalhar os conceitos físicos, com o uso mínimo de ferramen-

tal matemático. As demais disciplinas de Física Básica foram distribuídas de tal forma que

o estudante tenha primeiramente os conteúdos de Cálculo para posteriormente fazer uso dos

mesmos nas disciplinas do segundo grupo, que totalizam 340 h.

As disciplinas de Física Experimental, que fazem parte do terceiro grupo, totalizam a carga

horária de 204 h, e foram distribuídas na grade de tal forma que o aluno sempre irá cursá-

las simultaneamente com a suas correlatas teóricas. As disciplinas experimentais têm como

objetivo fazer o estudante reconhecer os domínios da validade de modelos teóricos, além de

aguçar o espírito investigativo através da realização de experimentos. Grande ênfase será dada

na elaboração de relatórios científicos, baseados na análise de dados, incluindo a análise gráfica

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e propagação de erros.

O quarto grupo concerne às disciplinas de formação geral, com 255 h, onde o estudante

deverá adquirir os conhecimentos básicos de Química, Computação, e ter noções sobre as

interfaces entre as Ciências Sociais e as Ciências Exatas.

O quinto grupo contempla os conteúdos da História da Ciência, totalizando carga horária

de 102 h. Essas disciplinas foram dispostas intercaladamente em semestres não consecutivos a

fim de que o aluno tenha tempo para amadurecer os conceitos da evolução das ideias da Física.

Esse intercalamento perimitirá ao estudante o tempo necessário para que possa adquirir outros

conhecimentos que ainda lhes faltam. Será abordada nessas disciplinas a História da Ciência

ocorrida desde a Grécia Antiga até à Contemporaneidade.

As disciplinas de Física Avançada do sexto grupo, com carga horária total de 408 h, foram

distribuídas a partir do quinto período de curso, partindo do pressuposto que o aluno já tenha

adquirido os conhecimentos de Matemática e Física Básica, pois a partir dessa fase do curso,

os alunos começarão a usar ferramental matemático sofisticado. Visando principalmente o

melhor desempenho e devido ao grau de dificuldade dessas disciplinas, tomou-se o cuidado de

distribuí-las de tal forma que o aluno curse no máximo duas delas por período letivo.

E finalmente, no sétimo grupo com carga horária de 102 h, estãoagrupadas as disciplinas de

formação pedagógica básica, que devem ser cursadas obrigatoriamente antes do aluno iniciar

os Estágios Supervisionados.

A fim de completar a carga horária desse núcleo, o aluno deverácursar, pelo menos, 102

h das disciplinas de caráter optativo, constantes na Tabela8.2. A inclusão ou exclusão de

disciplinas da Tabela 8.2 ficará a cargo do Colegiado de Curso. Fica facultado, porém su-

jeito à aprovação, aos alunos solicitarem através do seu representante no Colegiado do Curso,

a inclusão de novas disciplinas optativas, oferecidas pelos diversos cursos da UENF, desde que

o conteúdo seja condizente com a formação de Licenciado em Física.

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Tabela 8.1: Disciplinas Obrigatórias que compõem o Núcleo de Conteúdos Curriculares deNatureza Científico-Cultural com suas respectivas cargas horárias (CH).

Disciplinas Obrigatórias CH Teórica CH Prática CH TotalGrupo 1 - Disciplinas Básicas de Matemática

Matemática Elementar I 34 ∅ 34Cáculo Diferencial e Integral I 102 ∅ 102Cáculo Diferencial e Integral II 68 ∅ 68Cáculo Diferencial e Integral III 68 ∅ 68Métodos Matemáticos Para Física 68 ∅ 68

Grupo 2 - Disciplinas Básicas de FísicaIntrodução à Física 68 ∅ 68Mecânica 68 ∅ 68Eletricidade e Magnetismo 68 ∅ 68Física Ondulatória 68 ∅ 68Fundamentos da Física Térmica 34 ∅ 34Física Moderna 68 ∅ 68

Grupo 3 - Disciplinas de Física ExperimentalLaboratório de Mecânica ∅ 34 34Laboratório de Eletricidade e Magnetismo ∅ 34 34Laboratório de Física Térmica ∅ 34 34Laboratório de Física Ondulatória ∅ 34 34Métodos Experimentais da Física Moderna 34 34 68

Grupo 4 - Disciplinas de Formação GeralQuímica Geral I 51 ∅ 51Laboratório de Química Geral I ∅ 34 34Fundamentos da Ciência da Computação 34 34 68Computação 68 ∅ 68Ciência e Sociedade 34 ∅ 34

Grupo 5 - Disciplinas de Evolução e História da CiênciaIntrodução à História e Filosofia da Ciência 34 ∅ 34Evolução dos Conceitos da Física I 34 ∅ 34Evolução dos Conceitos da Física II 34 ∅ 34

Grupo 6 - Disciplinas Avançadas de FísicaTermodinâmica 68 ∅ 68Física Matemática 68 ∅ 68Mecânica Analítica 68 ∅ 68Eletromagnetismo 68 ∅ 68Estrutura da Matéria 68 ∅ 68Física Quântica I 68 ∅ 68

Grupo 7 - Disciplinas de Formação PedagógicaPsicologia da Educação 51 ∅ 51Fundamentos da Educação 51 ∅ 51Total 1547 238 1785

21

Tabela 8.2: Disciplinas Optativas que compõem o Núcleo de Conteúdos Curriculares de Natu-reza Científico-Cultural, e suas respectivas cargas horárias (CH).

Disciplinas Optativas CH Teórica CH Prática CH TotalEletrônica Básica ∅ 34 34Ciências Ambientais 68 ∅ 68Física no Cotidiano 51 ∅ 51O Laser aplicado: Gases Poluentes 68 ∅ 68Física Contemporânea ∅ 68 68Física Ambiental 68 ∅ 68Física Estatística 68 ∅ 68Física para Professores de Ciências 51 ∅ 51Noções Básicas de Cosmologia 34 ∅ 34Tópicos em Física I 17 34 51Biofísica 68 ∅ 68Química Geral II 51 ∅ 51Físico-Química Aplicada 51 34 85Desenho Geométrico 17 34 51Probabilidade e Estatística 68 ∅ 68Educação Inclusiva: Prática do Respeito à Diversidade 68 ∅ 68Comunicação Linguística e Semiótica 51 ∅ 51Organização da Educação Brasileira 68 ∅ 68Política Educacional 68 ∅ 68Português Instrumental I ∅ 68 68Português Instrumental II ∅ 68 68Teatro de Divulgação Científica 68 ∅ 68

Pelo menos 102 hs devem ser cursadas desse grupo de disciplinas.

8.2 Núcleo de Práticas como Componente Curricular

O segundo núcleo diz respeito às Práticas como Componente Curricular e contempla a

carga horária de 408 h, levando em consideração o parecer do CNE/CP 28/2001 aprovado

em 02/10/2001. De acordo com o parecer,a Prática como Componente Curricular deve ser

vista como a prática que produz conhecimento no âmbito do ensino e deve ter articulação

intrínseca com o estágio supervisionado. Ela deve ainda serentendida como o conjunto de

atividades ligadas à formação profissional, inclusive as denatureza acadêmica, que se voltam

para a compreensão das práticas educativas e de aspectos variados da cultura das instituições

22

educacionais e suas relações com a sociedade e com as áreas deconhecimento específico.

A concepção de Prática como Componente Curricular é uma dimensão do conhecimento

que tanto está presente no momento em que se trabalha na reflexão sobre a atividade pro-

fissional, como durante o estágio, nos momentos em que se exercita a atividade profissional.

Assim, as disciplinas da grade proposta nesse Projeto Pedagógico apresentadas na Tabela 8.3

e que fazem parte desse núcleo pretendem trabalhar um tipo deconhecimento necessário para

o exercício da profissão docente e são mediadoras entre os saberes relacionados aos conteúdos

científicos e culturais e às ações de ensino realizadas no estágio curricular.

Tabela 8.3: Disciplinas Obrigatórias que Compõem o Núcleo de Práticas Como ComponenteCurricular

Disciplinas Obrigatórias CH Teórica CH Prática CH TotalDidática 51 ∅ 51Novas Tecnologias para o Ensino de Física 34 ∅ 34Estrutura e Funcionamento do Sistema de Ensino 51 ∅ 51LIBRAS: inclusão educacional da pessoa surda oucom deficiência auditiva

34 34 68

Estratégias de Ensino I 34 ∅ 34Estratégias de Ensino II 34 ∅ 34Estratégias de Ensino III 34 ∅ 34Oficina de Criação ∅ 34 34Monografia I ∅ 34 34Monografia II ∅ 34 34Total 272 136 408

A fim de atender às diretrizes estabelecidas, buscou-se distribuir essas práticas desde o

início e ao longo da duração do processo formativo. Todavia,considerando-se o perfil do es-

tudante ingressante no curso de Licenciatura em Física da UENF, preferiu-se começar essas

atividades no segundo semestre do curso, já que pensamos serconveniente ao aluno ter o pri-

meiro semestre para se adequar ao ambiente acadêmico, em queas disciplinas serão voltadas

à revisão de conteúdos do ensino médio, bem como aos conteúdos da disciplina de Cálculo

Diferencial e Integral I. Neste contexto, essas atividadesdeverão ser iniciadas no segundo se-

23

mestre do curso, contemplando duas disciplinas com esse enfoque, a saber, Novas Tecnologias

para o Ensino de Física e Didática.

O conjunto das três disciplinas Estratégias de Ensino I, II eIII, que serão oferecidas no

terceiro, quinto e sétimo períodos, foi proposto com a finalidade de integrar conhecimentos

teóricos específicos da formação do Licenciado em Física à prática docente. Essas disciplinas

pertencem à Didática das Ciências e tem por objetivo atenderalgumas características relacio-

nadas à especificidade da pesquisa educativa. Além disso, essas disciplinas visam:

√

a construção de um corpo de conhecimentos específicos, integrando de forma coerente os

resultados das pesquisas relacionadas aos problemas propostos pelo ensino/aprendizagem

de Física;

√

estimular o trabalho que seja focado na mudança didática do comportamento docente

espontâneo;

√

favorecer a vivência de propostas inovadoras e a reflexão didática;

√

fornecer subsídios ao futuro professor para que este tenha acesso às formas de pesquisa

e inovação em ensino de ciências;

√

conceber uma conexão direta entre núcleo integrador dos diferentes aspectos da forma-

ção e a ação docente.

No terceiro semestre o aluno deverá cursar, entre outras, asdisciplinas Estratégias de En-

sino I, bem como Fundamentos da Ciência da Computação que é defundamental importância,

pois o professor-educador necessita ter conhecimentos de várias tecnologias, e que saiba fazer

uso das mesmas. As novas tecnologias em sua grande maioria fazem uso de conhecimentos

das disciplinas da área de informática, desta forma é cada vez mais salutar que os futuros

professores adquiram as competências e habilidades necessárias para aprender a produzir pro-

gramas educativos como por exemplo: simulações de experimentos de física, jogos educativos,

24

e outros aplicativos para uso na internet. Deve-se ter em mente que o aluno do Ensino Médio

da atualidade já está familiarizado com esse tipo de tecnologia. O professor-educador deve

usar desses novos artifícios tecnológicos para melhor cativar seus estudantes. Desta forma,

as disciplinas Fundamentos da Ciência da Computação e Computação que pertencem ao pri-

meiro Núcleo (grupo 4), darão o suporte necessário para que ofuturo professor-educador possa

desenvolver esse tipo de material.

No quinto semestre do curso o estudante deverá cursar as disciplinas Estrutura e Funci-

onamento do Sistema de Ensino e Estratégias de Ensino II e a realizar o primeiro estágio

supervisionado. Neste período o aluno já deverá ter obtido abase teórica e prática, ou seja, ter

cursado os grupos 1, 2 do Primeiro Núcleo, para que possa começar a produzir conhecimento

na área de Ensino.

Em continuidade às práticas como componente curricular, nosexto período, o aluno deverá

cursar a disciplina Oficina de Criação, pois já terá subsídios para recriar ou criar novos expe-

rimentos nas escolas do ensino fundamental e médio. Essa disciplina foi elaborada pensando

na realidade em que o futuro-professor poderá encontrar nasescolas, principalmente no que

concerne a laboratórios de ensino. O futuro professor-educador deverá criar experimentos de

física usando materiais recicláveis e de baixo custo, de talforma que ele poderá dar dinamismo

às aulas de Física no Ensino Médio. Entendemos que o estagiário já terá a essa altura do curso,

conhecimento acerca das condições da infraestrutura da escola em que está estagiando, e po-

derá portanto vincular as necessidades dessas escolas à disciplina Oficina de Criação. Isto

criará uma interação escola-universidade, cujos maiores beneficiários serão os alunos dessas

escolas.

Finalmente, em atendimento ao Decreto da Presidência da República N◦ 5626, de 22 de

dezembro de 2005, o aluno do Curso de Licenciatura em Física deverá cursar obrigatoriamente

a disciplina de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) a fim de totalizar a carga horária de

práticas como componente curricular. Essa disciplina na UENF é denominada Libras: inclusão

25

educacional da pessoa surda ou com deficiência auditiva, cuja carga horária é de 34 h de caráter

teórico e 34 h de caráter prático, alocada no oitavo período do curso. Todavia o aluno poderá

cursá-la a qualquer tempo ao longo do curso desde que tenha a anuência da coordenação do

curso.

8.2.1 Monografia

A monografia terá por objetivo estimular a capacidade investigativa e criativa do licenci-

ando e contribuir para a sua formação básica, profissional, científica, artística e sócio-política.

Na estrutura curricular do Curso de Licenciatura em Física,a monografia será desenvolvida

por meio de duas disciplinas fortemente articuladas, intituladas Monografia I e Monografia

II, ambas com a mesma carga horária, desenvolvidas em semestres concecutivos. Elas estão

estruturadas de forma que os licenciandos inicialmente tenham contato direto com os possí-

veis professores orientadores e propostas de temas a serem desenvolvidos, realizem leituras

e estudos de forma não presencial, além de receber as informações básicas quanto as normas

técnicas de redação científica.

A proposta desse projeto pedagógico é que a monografia estejavinculada às atividades de

formação do licenciando e que seja de interesse da futura atividade profissional do educador.

Desta forma, propõem-se aos alunos o desenvolvimento de um tema utilizando conhecimentos

específicos da Física, adquiridos ao longo da formação inicial, relacionados às componentes

pedagógicas (disciplinas, práticas como componentes curriculares e estágios supervisionados).

Os objetos de estudo podem contemplar aspectos diversos, tais como: metodologias de ensino

e aprendizagem, estudos curriculares, abordagens históricas, aspectos cognitivos da aprendi-

zagem, processos avaliativos, desenvolvimento de materiais didáticos, divulgação de ciências,

etc. Espera-se que a monografia traga uma visão crítica do ensino praticado na escola brasileira

e que os assuntos abordados estejam voltados às necessidades ou possibilidades de melhorias

da Escola de Ensino Básico.

26

Monografia I

O graduando só poderá se matricular na disciplina MonografiaI se já tiver obtido

aprovação nas disciplinas Estágio Supervisionado II e Física Moderna, bem como, tenha

cursado pelo menos 80% da carga horária mínima exigida para aconclusão do curso,

conforme estabelece o artigo 10◦ da Resolução 003/2008 do Colegiado Acadêmico (CO-

LAC) da UENF .

O discente terá até 40 dias após o início do semestre letivo emque se matricular na

disciplina Monografia I para apresentar ao Colegiado de Curso o aceite de um orienta-

dor docente da carreira de magistério superior da UENF, através de formulário específico

obtido junto a Secretaria Acadêmica do Curso.Caso isso não ocorra no prazo aqui estabe-

lecido, o Colegiado do Curso fará a indicação de um orientador para o estudante, se valendo

do parágrafo 2◦ do artigo 5◦ da Resolução 003/2008 do COLAC.

A monografia deve estar interligada às atividades do Núcleo de Práticas como Componente

Curricular e Estágios Supervisionados. Acreditamos que essa interligação é muito impor-

tante, uma vez que os futuros professores-educadores já estarão atuando no campo de ensino-

pesquisa.

O aluno deverá apresentar ao professor da disciplina Monografia I um projeto de 10

a 15 páginas, com antecedência de pelo menos quinze dias da sua defesa. O professor da

disciplina homologará a banca para a defesa do projeto, que deverá ser composta pelo

orientador e outro docente da UENF, ou em casos excepcionais, de um doutorando ou

pós-doutorando que tenha formação compatível com o tema do projeto. A defesa do pro-

jeto, que consistirá de uma apresentação oral pública, com duração entre 20 e 30 minu-

tos, seguida de arguição, deverá ocorrer até o encerramentodo semestre letivo (segundo

o Calendário Acadêmico) em que o aluno esteja matriculado nadisciplina Monografia I.

Será atribuída nota zero ao aluno que não cumprir esse prazo. A nota da disciplina Mo-

nografia I será atribuída pela banca examinadora, lavrada emata, cujo formulário específico

27

será fornecido na Secretaria do Curso, devendo ser encaminhada ao professor da disciplina

Monografia I.

Monografia II

A disciplina Monografia II tem por finalidade dar subsídios aoaluno para que possa apre-

sentar de forma clara, concisa e na forma padrão os resultados obtidos em sua pesquisa.

Recomenda-se que a monografia tenha de 30 a 50 páginas, devendo expressar o domínio do as-

sunto abordado, capacidade de reflexão crítica e rigor técnico-científico.A versão preliminar

da monografia e a indicação dos membros da banca, deverão ser entregues ao Colegiado

do Curso pelo menos 30 dias antes da defesa, para a homologação da banca examina-

dora. Conforme resolução 003/2008 do COLAC, artigo 9◦ e parágrafo 1◦, a banca exami-

nadora deverá ter a seguinte composição: (i) o Professor Orientador e/ou Co-orientador do

aluno, que presidirá os trabalhos, (ii) um membro indicado,de comum acordo, pelo estudante

e seu Professor Orientador ou Co-Orientador e (iii) um membro indicado pelo Colegiado do

Curso; e do parágrafo 2◦ dos membros titulares que comporão a banca examinadora, dois,

obrigatoriamente, deverão pertencer ao quadro permanentede docentes da UENF. Em ca-

ráter excepcional, um dos três avaliadores poderá ser um doutorando ou pós doutorando que

tenha formação compatível com o tema da monografia. Além dos membros titulares, deverá

ser indicado um membro suplente. A composição da banca deverá ser aprovada pelo Colegi-

ado do Curso, dando preferência para que o presidente seja doutor. Quando o orientador ou

co-orientador estiver impossibilitado de estar presente na banca examinadora, o coordenador

do Curso de Licenciatura em Física poderá representá-lo, desde que seja requerido por escrito

e antecipadamente pelo orientador do aluno.

Os três exemplares da monografia deverão ser entregues aos membros da banca homolo-

gada pelo menos 7 dias antes da defesa, que consistirá de uma apresentação oral pública, com

duração de 30 a 40 minutos, seguida de arguição. A nota da disciplina Monografia II será atri-

28

buída pela banca examinadora, lavrada em ata própria, devendo ser encaminhada ao professor

da disciplina Monografia II.A entrega da versão corrigida e encadernada da monografia

deverá ocorrer até o encerramento do semestre letivo (segundo o Calendário Acadêmico).

Será atribuída nota zero ao aluno que não cumprir esse prazo.

Serão consideradas atribuições do professor responsável das disciplinas de Monogra-

fia I e II:

√

propiciar um processo de reflexão e divulgação do que seja um projeto, sua estrutura e

as normas técnicas adequadas para a redação de uma monografia;

√

estabelecer contatos e promover palestras onde serão apresentados os possíveis temas, e

os possíveis orientadores;

√

manter contato com os orientadores visando o acompanhamento dos projetos em curso;

√

receber e cadastrar os projetos de trabalho elaborados pelos alunos, em conjunto com

seus futuros orientadores;

√

concretizar o contato entre aluno e o futuro orientador;

√

no caso de Monografia I deverá homologar a banca de defesa do projeto;

√

no caso de Monografia I e II fazer cumprir os prazos estabelecidos nesse Projeto Peda-

gógico.

Serão consideradas atribuições do professor orientador deMonografia I e II:

√

acompanhar o aluno no desenvolvimento de seus projetos;

√

indicar membros para as bancas e programar, juntamente com todos os envolvidos, data

e horário para as apresentações de defesa pública da Monografia;

29

√

divulgar as avaliações obtidas pelos alunos, quando da defesa pública dos trabalhos, e

encaminhar a documentação comprobatória das mesmas à Coordenação do Curso de

Licenciatura em Física para registro da conclusão desta componente curricular.

Serão consideradas atribuições do aluno:

√

elaborar em conjunto com o orientador um projeto de trabalho, e encaminhá-lo ao pro-

fessor responsável pela disciplina Monografia I para os encaminhamentos necessários;

√

elaborar e entregar a monografia ao professor orientador responsável pela disciplina Mo-

nografia II para os encaminhamentos necessários;

√

manter contato contínuo com o professor orientador, segundo uma dinâmica estruturada

coletivamente por ambos, visando o bom desenvolvimento dasatividades previstas.

√

Solicitar a Secretaria Acadêmica do Curso o preenchimento dos formulários necessários

para a defesa do Projeto de Monografia I e defesa de Monografia II.

√

Fazer as correções pertinentes indicadas pela banca examinadora, bem como a entrega da

versão final da Monografia no formato impresso junto à Biblioteca e no formato digital

junto à Secretaria do Curso.

8.3 Núcleo de Estágios Supervisionados

A Lei N◦ 11.788 de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio deestudantes,

em seu primeiro parágrafo estabelece que oEstágio é ato educativo escolar supervisionado,

desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparaçãopara o trabalho produtivo de

educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior

(...), quevisa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e a contex-

tualização curricular, e faz parte do Projeto Pedagógico do curso.

30

As 400 h de Estágios Supervisionados para os cursos de formação de professores, pro-

posta na resolução CNE/CP n◦1 de 18/02/2002, porporciona uma excelente oportunidade para

praticar a integração entre a Universidade e a Escola através do trabalho orientado dos alunos

em formação. Neste intuito , acreditamos que a convivência entre os futuros professores e

os professores experientes atuantes, desenvolvendo propostas de interesse mútuo, irá buscar

estimular a formulação de questões essenciais para o desenvolvimento profissional e escolar.

De fato, o produto dos trabalhos voltados à investigação científica sobre ensino de Ciên-

cias e Matemática tem contribuído pouco para a melhoria do ensino nas escolas de Educação

Básica. São muitos os fatores que determinam essa realidade. O resultado destes trabalhos ra-

ramente chega à Escola e aos seus professores. Mesmo quando odocente tem conhecimento,

através de cursos ou publicações especializadas, muitas vezes estes não atendem as deman-

das mais urgentes das escolas e das salas de aula. Busca-se hoje formar grupos ou redes de

trabalho através de parcerias entre a Universidade e a Escola e a partir de interesses comuns,

elaborar projetos voltados ao ensino das grandes áreas de conhecimento. Algumas parcerias

têm realizado trabalhos bem sucedidos.

No caso da formação inicial de professores, um dos momentos que encontramos a opor-

tunidade para constituir uma rede de formação, em que futuros e atuais professores possam

trabalhar em colaboração, é o do Estágio Supervisionado. O surgimento dessa rede pode re-

sultar no desenvolvimento de projetos voltados aos temas pertinentes à educação escolar.

A constituição destes grupos é salutar já que os professoresdas escolas de Educação Básica

serão instigados a adotar uma postura de investigação científica, onde os temas selecionados

estarão relacionados à prática docente e ao cotidiano escolar. Nesta concepção a escola é vista

como um laboratório de pesquisa, cujas proposições, reflexões e investigações são extraídas

do seuseio. O estágio curricular durante a formação docente é o espaço privilegiado para

trocas entre os diferentes atores envolvidos no processo educativo: alunos, futuros professores

e professores atuantes da Educação Básica e dos Cursos de Licenciaturas. Desta forma, a

31

proposta do presente Projeto Pedagógico é a distribuição dedisciplinas desse núcleo de acordo

com a Tabela 8.4 que contempla a carga horária total de 408 h.

Tabela 8.4: Disciplinas que compõem o Núcleo de Estágios Supervisionados e suas respectivascargas horárias.

Disciplinas Obrigatórias CH Teórica CH Prática CH TotalEstágio Supervisionado I ∅ 102 102Estágio Supervisionado II ∅ 102 102Estágio Supervisionado III ∅ 102 102Estágio Supervisionado IV ∅ 102 102Total ∅ 408 408

Um dos caminhos para transformar o ensino de ciências na escola seria, portanto, através

da integração entre alunos iniciantes das Licenciaturas e professores atuantes, em programas de

educação continuada. Os alunos das Licenciaturas devem participar desde cedo de atividades

em sala de aula, na medida que essas atividades, seu planejamento, seu desenvolvimento,

sua avaliação e seus desdobramentos, seriam o próprio objeto de estudo das investigações

propostas1.

A partir da década de 1980 em artigos sobre formação de professores aparecem diver-

sas referências ao autor Shön, que embora formado em filosofia, teve a sua atenção voltada

para formação de profissionais desde que foi convidado a participar de um estudo sobre esta

problemática2. A partir dessa experiência, dedicou-se à educação profissional, praticando e

desenvolvendo a propostareflexão a partir da açãoNo que se refere à formação de profes-

sores, grande parte da literatura atual tem enfatizado a necessidade de formá-los práticos -

reflexivos, explorando os conceitos e perspectivas de abordagem presente3.

1TERRAZAN, E. A. e USTRA, S. R. V.Planejamentos Didáticos e Diários de Bordo na Formação Per-manente de Professores de Física, in Atas do Encontro de Pesquisadores de Ensino de Física, Santa Catarina,1998.

2ALARCÃO, I. Reflexão Crítica Sobre o Pensamento de D. Shön e os Programas de Formação de Pro-fessores. Revista da Faculdade de Educação - USP, São Paulo: FEUSP, 1996, v. 22, n. 2.

3SCHÖN, A. D.La Formacion de Profissionales Reflexivos: hacia um nuevo diseño de la enseñanza yele aprendizage en las professiones. Barcelona: Paidós, 1992.

32

A formação de professores, na tendência reflexiva, reflete uma política de valorização do

desenvolvimento pessoal e profissional dos professores e das escolas, uma vez que supõe con-

dições adequadas para a formação contínua no local de trabalho, em redes de auto-formação, e

em parceria com as universidades é discutido emOs professores e a sua Formação4, inovações

na prática de ensino em diversos países; são apresentadas iniciativas que incluem, entre outras,

o desenvolvimento de programas temáticos de formação de professores e das relações mais

estreitas entre os estágios e cursos universitários específicos; a localização dos estágios em

escolas que têm um papel especial na formação de professorese uma perspectiva das práticas

pedagógicas como uma aprendizagem cognitiva. Estas inovações têm sido analisadas à luz de

diferentes concepções de ensino consideradas como práticas reflexivas. Busca-se responder de

que forma as inovações sobre as práticas pedagógicas procuram ultrapassar obstáculos que se

opõem à aprendizagem do professor e que caracterizam as práticas convencionais5.

8.3.1 Execução dos Estágios Supervisionados

A proposta do presente Projeto Pedagógico é de que o Estágio Supervisionado deve ser

iniciado a partir do momento em que o aluno tenha cumprido todos os créditos referente as

disciplinas de formação básica: matemática, física, disciplinas experimentais e disciplinas de

formação geral, que corresponde a metade da carga horária docurso. O desenvolvimento dos

estágios contempla a carga horária de 408 h, sendo distribuídas nos quatro últimos períodos

do curso, com carga horária semanal de 6 h. Neste contexto, o Estágio Supervisionado está

estruturado em quatro fases:

A primeira fase diz respeito a observação do contexto escolar, tem duração de um semestre

letivo e tem caráter teórico/prático, isto é, observação e análise do contexto escolar com suporte

da literatura especializada. As atividades de divulgação de ciências propiciam a articulação

4NÓVOA, A. Os Professores e Sua Formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.5ZEICHNER, K. M., in NÓVOA. A.Novos Caminhos para o Praticum: Uma Perspectiva para os anos

90, Lisboa: Dom Quixote, 1992.

33

entre os estagiários dos diferentes cursos, entre os estagiários e a comunidade escolar e entre

esta comunidade e a universidade, facilitando a integraçãoentre os diferentes atores deste

processo educativo. Essa fase está estruturada a seguir:

√

história, filosofia e regimento da escola;

√

estrutura administrativa;

√

aspectos físicos e funcionais;

√

serviços, recursos tecnológicos;

√

integração escola/comunidade;

√

planejamento anual;

√

projeto pedagógico;

√

desenvolvimento de pequenos projetos de divulgação científica;

√

elaboração de relatório;

√

auto-avaliação.

A segunda fase contempla a observação participante da sala de aula, e tem duração de um

semestre letivo. Além do aprofundamento das questões relativas à primeira fase, os estagiários

terão a oportunidade de discutir e avaliar os planejamentosde ensino com os professores das

disciplinas (supervisores) e participar das aulas, observando a relação entre alunos e professor,

dificuldades de aprendizagem e as estratégias adotadas. Para enriquecer as ações pedagógi-

cas, o grupo, desenvolve atividades de leitura sobre a prática reflexiva de professores, sobre

aspectos do ensino construtivista, analisa livros didáticos, discute o ENEM (Exame Nacional

do Ensino Médio) e o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) e a utilização de tecnologias

educacionais. A estrutura dessa fase é dada abaixo:

34

√

aprofundamento da primeira fase;

√

observação e participação de atividades didáticas;

√

leitura e análise sobrecomo formar professores como profissionais reflexivos;

√

avaliação de livros didáticos;

√

abordagem de conteúdos levando em consideração aspectos doensino construtivista;

√

utilização de tecnologias educacionais;

√


√

auto-avaliação e avaliação do estagiário pelo supervisor.

Através de ações conjuntas discutidas na escola no início dosemestre letivo, os estagiários

poderão promover atividades com intuito de desenvolver as capacidades, sugeridas no PCN,

de comunicação, de questionamento dos processos naturais etecnológicos, de compreensão

da ciência como elemento de interpretação e intervenção na sociedade e de compreensão da

tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático. Nessas duas primeiras fases,

o professor supervisor do estágio na escola deverá atuar junto aos Licenciandos, conduzindo

o processo através de discussões, do auxílio na implementação e da avaliação. O trabalho

terá suporte de literatura especializada e orientação do professor responsável pela disciplina

na universidade.

A terceira fase concerne a co-participação das atividades didáticas onde inicia-se a inves-

tigação sobre um modelo didático desejável para as aulas de física. Os estagiários planejam

e co-participam de atividades didáticas coerentes com o modelo estruturado. As principais

atividades a serem abordadas nessa fase são:

√

aprofundamento das fases anteriores;

35

√

investigação sobre um modelo didático desejável para as aulas de ciências;

√

planejamento e co-participação em atividades de ensino coerente com o modelo didático

traçado;

√


√


Na quarta fase ocorre a intervenção dos estagiários em sala de aula, representando um

aprofundamento da fase anterior. O estagiário atua em sala de aula aplicando o planejamento

de unidade de ensino elaborado de acordo com o modelo didático estruturado anteriormente.

O professor supervisor acompanha o trabalho e discute os resultados com o grupo. Abaixo são

apresentadas as principais atividades a serem desenvolvidas:

√

aprofundamento das fases anteriores;

√

estruturação e aplicação de unidades de ensino coerentes com o modelo didático traçado;

√


√


8.3.2 Avaliação do Estágio

No final de cada fase do Estágio Supervisionado o estagiário fará um relatório individual

referente às atividades desenvolvidas ao longo do período.Para isso, deve ser fundamental o

uso do caderno de anotações (diário reflexivo) onde as impressões pessoais sobre as atividades

devem ser anotadas e comentadas. Será também pedida uma auto-avaliação ao estagiário. O

professor supervisor avaliará os estagiários de acordo coma participação e desempenho dos

estagiários. O professor responsável pela disciplina na universidade avalia os relatórios, a

matriz de avaliação e atribui uma média a cada aluno.

36

8.4 Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural

O Núcleo de Formação Acadêmico-Científico-Cultural que integra a estrutura curricular

do Curso de Licenciatura em Física da UENF contemplará a carga horária total de 204 h,

correspondente a 3 créditos. Inclui a participação de alunos em eventos de natureza social,

cultural artística, científica e tecnológica, tanto no âmbito das Ciências de modo geral, quanto

no âmbito de sua preparação ética, estética e humanística. As atividades acadêmico-científico-

culturais serão consideradas conforme a Tabela 8.5.

A fim de que o aluno diversifique a sua participação nessas atividades, foi estabelecida uma

carga horária máxima para cada tipo de atividade.

Sugere-se ao estudante a sua participação nos vários eventos que são promovidos pela

UENF ao longo de cada ano letivo. O aluno deve ter em mente que tais atividades auxiliam na

sua formação pois é nesse tipo de evento que ele poderá ter contato direto com outras fontes de

informação além daquelas obtidas em sala de aula. A Semana Acadêmica é o mais importante

evento realizado pelos alunos da Universidade, e é justamente nessa semana que é realizado

o Encontro de Licenciatura em Física (ELF) que busca trazer palestrantes de várias vertentes

da Física, tanto do ensino quanto da pesquisa básica. Há durante o ELF a realização de mini-

cursos e oficinas.A organização do ELF deverá estar sob responsabilidade dos alunos do

quinto/sexto período do curso. Outra oportunidade para participar de um evento anual é o

Encontro de Inciação Científica onde há a participação de todos os alunos de IC que expõem

os trabalhos realizados em suas pesquisas. Por outro lado a Semana de Ciência e Tecnologia

tem como finalidade mobilizar a população de modo geral, e os alunos da Universidade parti-

cularmente, em torno de temas e atividades de Ciência e Tecnologia (C&T) buscando valorizar

a criatividade, a atitude científica e a inovação.

Será considerada responsabilidade do aluno entregar, na secretaria do Curso, uma cópia do

comprovante de cada atividade realizada, pelo menos com 30 dias de antecedência do fim do

37

semestre letivo (segundo Calendário Acadêmico) em que irá se graduar. A Coordenação do

Curso irá então proceder a contagem e validação da carga horária. O colegiado terá auto-

nomia para atribuir a carga horária e validar as atividades não contempladas na Tabela

8.5.

Tabela 8.5: Atividades Acadêmico-Científico-Culturais e Respectivas Cargas Horárias Máxi-mas.

Atividades CH MáximaOrganização do Encontro de Licenciatura em Física(Semana Acadêmica da UENF) 60Organização de outros eventos 40Apresentação de trabalho em evento científico-cultural local 40Apresentação de trabalho em evento científico-cultural nacional 40Participação em evento científico-cultural local 20Participação em evento científico-cultural nacional 30Grupo de estudos de temas específicos 20Visita técnica orientada a centros de excelência 20Bolsa de Monitoria 20/anoBolsa de Iniciação Científica 20/anoBolsa de Apoio Acadêmico 10/anoBolsa de Extensão 20/anoRepresentação Estudantil 10/anoRepresentação Discente no Colegiado do Curso 20/anoDisciplina eletiva 30Prêmio recebido 50Publicação de artigo científico em revistas indexadas 30Publicação de artigo científico em revistas não-indexadas 10Atuação voluntária em Programas de Difusão da Ciência 50Participação em Seminários de Defesa de Monografia como ouvinte 10Participação em Atividades Especiais de Ensino, Pesquisa eExtensão 30Docência no Ensino Fundamental ou Médio (Graduandos de 2a Licenciatura) 100

38

8.5 Distribuição de disciplinas para integralização do

Curso

O prazo para a integralização do Curso de Licenciatura em Física é de 4 anos, distribuídos

em 8 períodos letivos conforme Tabelas 8.6 a 8.13. Nessas tabela são informados os códigos

UENF das disciplinas, os pré e co-requisitos, o número de créditos e a carga horária de cada

disciplina. De acordo com as Normas de Graduação da UENF, cada crédito teórico corres-

ponde a 17 h, cada crédito prático corresponde a 34 h, enquanto que cada crédito extra-classe

corresponde a 68 h. O aluno deverá cursar no mínimo 8 créditospor semestre conforme Nor-

mas da Graduação da UENF.Somente no caso do aluno ser provável formando, quando

lhe restar poucas disciplinas para concluir o curso, ou quando lhe faltar os pré-requisitos

para cursar mais disciplinasé que o mesmo poderá cursar menos de 8 créditos. O limite má-

ximo de créditos que o aluno fica autorizado a cursar será de 24créditos. Nos casos omissos,

caberá ao Colegiado do Curso estipular o número de créditos mínimos e máximos que aluno

deverá cursar no semestre.O prazo máximo para a integralização do curso é de sete anos

e meio, ou seja, 15 semestres letivos.

As disciplinas foram distribuídas ao longo dos semestres detal forma que o aluno possa

desenvolver diversas atividades interligadas aos diferentes núcleos discutidos anteriormente.

A fim de que os alunos possam ter um melhor desempenho acadêmico recomenda-se que os

mesmos integralizem o curso obedecendo a distribuição aquiproposta.

Cada disciplina será ofertada uma única vez por ano, no semestre estabelecido nas

Tabelas 8.6 a 8.13. A abertura de turmas de disciplinas para alunos repetentesfica a critério

do Colegiado de Curso, dependendo também da disponibilidade de professor para ministrar a

disciplina, e do número de alunos a ser matriculados, seguindo o Princípio da Razoabilidade e

o Princípio da Economicidade.

Na ocasião da matrícula, o aluno deverá priorizar a se matricular nas disciplinas remanes-

39

centes dos períodos anteriores, ou seja, naquelas disciplinas que o mesmo ainda não tenha

cursado, ou que ainda não tenha obtido aprovação.Fica vedado ao aluno se matricular em

disciplinas obrigatórias, excluindo as disciplinas optativas, que estejam alocadas 2 (dois)

períodos além daquele em que o aluno já tenha concluído. Terá prioridade de vaga na ma-

trícula o aluno que estiver cumprindo rigorosamente a matriz curricular. Qualquer exceção

será avaliada pelo Colegiado de Curso.

40

Tabela 8.6: Disciplinas do Primeiro Período.

Código Disciplina Pré-requisito Co-requisito Créditos Carga Horária(T/P/E) (horas)

FIS01107 Introdução à Física ∅ ∅ 4/0/0 68MAT01114 Matemática Elementar I ∅ MAT01111 2/0/0 34MAT01111 Cálculo Diferencial e Integral I ∅ MAT01114 6/0/0 102QUI01102 Química Geral I ∅ QUI01103 3/0/0 51QUI01103 Laboratório de Química Geral I ∅ QUI01102 0/1/0 34FIS01140 Introdução à História e Filosofia da Ciência ∅ ∅ 2/0/0 34Carga Horária Total do Período 323

T = Teórica, P = Prática, E = Extra-classe

Tabela 8.7: Disciplinas do Segundo Período.


MAT01206 Cálculo Diferencial e Integral II MAT01111 ∅ 4/0/0 68FIS01240 Mecânica MAT01111 FIS01241 4/0/0 68

FIS01107FIS01241 Laboratório de Mecânica MAT0111 FIS01240 0/1/0 34

FIS01107FIS01211 Novas Tecnologias Para o Ensino de Física ∅ ∅ 2/0/0 34LEL04106 Fundamentos da Educação ∅ ∅ 3/0/0 51LEL04108 Didática ∅ ∅ 3/0/0 51Carga Horária Total do Período 306

T = Teórica, P = Prática, E = Extra-classe

41

Tabela 8.8: Disciplinas do Terceiro Período.


MAT01109 Cálculo Diferencial e Integral III MAT01206 ∅ 4/0/0 68FIS01142 Eletricidade e Magnetismo MAT01206 FIS01143 4/0/0 68FIS01143 Laboratório de Eletricidade e Magnetismo MAT01206 FIS01142 0/1/0 34FIS01155 Fundamentos da Física Térmica MAT01206 FIS01154 2/0/0 34FIS01154 Laboratório de Física Térmica MAT01206 FIS01155 0/1/0 34FIS01248 Estratégias de Ensino I ∅ ∅ 2/0/0 34MAT01112 Fundamentos da Ciência da Computação ∅ ∅ 2/1/0 68

Carga Horária Total do Período 340T = Teórica, P = Prática, E = Extra-classe

Tabela 8.9: Disciplinas do Quarto Período.


MAT01225 Métodos Matemáticos Para Física MAT01114 ∅ 4/0/0 68MAT01109FIS01154

FIS01104 Termodinâmica FIS01155 ∅ 4/0/0 68QUI01102QUI01103

FIS01242 Física Ondulatória MAT01206 FIS01245 4/0/0 68FIS01245 Laboratório de Física Ondulatória MAT01206 FIS01242 0/1/0 34MAT01222 Computação MAT01112 ∅ 4/0/0 68FIS01146 Evolução dos Conceitos da Física I FIS01140 ∅ 2/0/0 34


42

Tabela 8.10: Disciplinas do Quinto Período.


FIS01145 Física Matemática MAT01225 ∅ 4/0/0 68MAT01109

FIS01244 Física Moderna FIS01240 ∅ 4/0/0 68FIS01241FIS01242

FIS01132 Estágio Supervisionado I LEL04106 LEL04105 0/3/0 102LEL04108 LEL04107FIS01242

FIS01149 Estratégias de Ensino II FIS01248 ∅ 2/0/0 34LEL04105 Psicologia da Educação ∅ ∅ 3/0/0 51LEL04107 Estrutura e Funcionamento do Sistema de

Ensino∅ ∅ 3/0/0 51


43

Tabela 8.11: Disciplinas do Sexto Período.


FIS01246 Mecânica Analítica FIS01240 ∅ 4/0/0 68FIS01145FIS01142

FIS01247 Eletromagnetismo FIS01143 ∅ 4/0/0 68FIS01145

FIS01108 Oficina de Criação FIS01242 ∅ 0/1/0 34FIS01211

FIS01249 Evolução dos Conceitos da Física II FIS01156 ∅ 2/0/0 34FIS01132

FIS01232 Estágio Supervisionado II LEL04105 ∅ 0/3/0 102LEL04107

CCH04101 Ciência e Sociedade ∅ ∅ 2/0/0 34


44

Tabela 8.12: Disciplinas do Sétimo Período.


FIS01244FIS01250 Estrutura da Matéria FIS01145 ∅ 4/0/0 68

MAT01222FIS01148 Monografia I FIS01232 ∅ 0/1/0 34

FIS01244FIS01253 Estratégias de Ensino III FIS01149 ∅ 2/0/0 34FIS01150 Estágio Supervisionado III FIS01232 ∅ 0/3/0 102

FIS01244CCH04101

Disciplina Optativa 2/0/0 34Disciplina Optativa 4/0/0 68


45

Tabela 8.13: Disciplinas do Oitavo Período.


FIS01147 Física Quântica I FIS01250 ∅ 4/0/0 68FIS01251 Métodos Experimentais da Física Moderna FIS01244 ∅ 2/1/0 68FIS01252 Monografia II FIS01148 ∅ 0/1/0 34FIS01254 Estágio Supervisionado IV FIS01150 ∅ 0/3/0 102FIS04110 Atividades-Acadêmico-Científico-Culturais ∅ ∅ 0/0/3 204*LEL04410 Libras: Inclusão educacional da pessoa

surda ou com deficiência auditiva∅ ∅ 2/1/0 68


A carga horária deverá ser comprovada de acordo com seção 8.4e Tabela 8.5.

46

Figura 8.1: Organograma do Curso de Licenciatura em Física

47

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA

(Aprovada na 30ª Reunião do Colegiado do CLFIS em 20/08/2008 – Válida para ingressantes no curso desde 2007)

(Homologada Pela Câmara de Graduação em 09/12/2008)

1º PERÍODO 2º PERÍODO 3º PERÍODO 4º PERÍODO 5º PERÍODO 6º PERÍODO 7º PERÍODO 8º PERÍODO

Cálculo Diferencial e

Integral I

(MAT01111)

(102,0,0)


Integral II

(MAT01206)

(68,0,0)


Integral III

(MAT01109)

(68,0,0)

Métodos Matemáticos Para

Física

(MAT01225)

(68,0,0)

Física Matemática

(FIS01145)

(68,0,0)

Mecânica Analítica

(FIS01246)

(68,0,0)

Estrutura da Matéria

(FIS01250)

(68,0,0)

Física Quântica I

(FIS01147)

(68,0,0)

Matemática Elementar I

(MAT01114)

(34,0,0)

Mecânica

(FIS01240)

(68,0,0)

Eletricidade e Magnetismo

(FIS01142)

(68,0,0)

Termodinâmica

(FIS01104)

(68,0,0)

Física Moderna

(FIS01244)

(68,0,0)

Eletromagnetismo

(FIS01247)

(68,0,0)

Monografia I

(FIS01148)

(0,34,0)

Métodos Experimentais da

Física Moderna

(FIS01251)

(34,34,0)

Química Geral I

(QUI01102)

(51,0,0)

Laboratório de Mecânica

(FIS01241)

(0,34,0)

Laboratório de Eletricidade

e Magnetismo

(FIS01143)

(0,34,0)

Física Ondulatória

(FIS01242)

(68,0,0)

Estágio Supervisionado I

(FIS01132)

(0,102,0)

Oficina de Criação

(FIS01108)

(0,34,0)

Estratégias de Ensino III

(FIS01253)

(0,34,0)

Monografia II

(FIS01252)

(0,34,0)

Laboratório de Química

Geral I

(QUI01103)

(0,34,0)

Novas Tecnologias para o

Ensino de Física

(FIS01211)

(34,0,0)

Fundamentos da Física

Térmica

(FIS01155)

(34,0,0)

Laboratório de Física

Ondulatória

(FIS01245)

(34,0,0)

Estratégias de Ensino II

(FIS01149)

(34,0,0)

Evolução dos Conceitos da

Física II

(FIS01249)

(34,0,0)

Estágio Supervisionado III

(FIS01150)

(0,102,0)

Estágio Supervisionado IV

(FIS01254)

(0,102,0)

Introdução à Física

(FIS01107)

(68,0,0)

Fundamentos da Educação

(LEL04106)

(51,0,0)

Laboratório de Física

Térmica

(FIS01154)

(0,34,0)

Computação

(MAT01222)

(68,0,0)

Psicologia da Educação

(LEL04105)

(51,0,0)

Estágio Supervisionado II

(FIS01232)

(0,102,0)

Disciplina Optativa

(34,0,0)

Libras: inclusão

educacional da pessoa

surda ou com

deficiência auditiva

(LEL04410)

(34,34,0)

Introdução à História e

Filosofia da Ciência

(FIS01140)

(34,0,0)

Didática

(LEL04108)

(51,0,0)

Estratégias de Ensino I

(FIS01248)

(34,0,0)

Evolução dos Conceitos da

Física I

(FIS01146)

(34,0,0)

Estrutura e Funcionamento

do Sistema de Ensino

(LEL04107)

(51,0,0)

Ciência e Sociedade

(CCH04101)

(34,0,0)

Disciplina Optativa

(68,0,0)

Fundamentos da Ciência da

Computação

(MAT01112)

(34,34,0)

Atividades-Acadêmico-Científico-Culturais

(FIS04110)(0,0,204)

323 horas 306 horas 340 horas 340 horas 374 horas 340 horas 340 horas 544 horas

Carga horária: (teórica, prática, extra-classe); Disciplinas obrigatórias = 2125 horas; Disciplinas optativas = 102 horas; É obrigatório o ENADE quando requerido.Estágios supervisionados = 408 horas; Monografia = 68 horas; Atividades acadêmico-científicos culturais comprovadas = 204 horasCarga horária mínima a ser cumprida = 2907 horas; Tempo mínimo de integralização = 8 semestres; Tempo máximo de integralização = 15 semestresAs Atividades-Acadêmico-Científico-Culturais devem ser realizadas em caráter extra-classe ao longo do curso e comprovadas no último período.

Figura 8.2 : Matriz Curricular Resumida do Curso de Licenciatura em Física

9

Equivalência Curricular

A matriz Curricular vigente até 2006 contemplava a carga horária mínima de 2835 h.

Vale ressaltar que essa matriz já estava dentro das diretrizes do MEC, ou seja, das resolu-

ções CNE/CP nº 1 de 18/02/2002, CNE/CP nº 2 de 19/02/2002, dospareceres CNE/CP nº

9/2001, nº 27/2001 e resoluções CNE/CES nº 9/2002 e CNE/CP nº1304/2001. Portanto as

mudanças que ocorreram, foram ajustes a fim de adequar o cursodentro das necessidades. A

nova matriz aqui proposta teve a adição de 72 h, cuja carga horária total mínima a ser cumprida

passou a ser de 2907 h. As mudanças que ocorreram foram frutosde sugestões de professo-

res e alunos, principalmente no que concerne à alocação de disciplinas nos períodos, visando

principalmente o melhor aproveitamento pelos alunos dos deconteúdos que eram ensinados

comitantemente com disciplinas correlatas, mas que de certa forma exigia algum tipo de co-

nhecimento prévio. A atual matriz curricular buscou eliminar esse tipo de deficiência.

Embora entendemos que o aluno deva ter a liberdade de escolher as disciplinas que deverá

cursar a cada semestre, foram explicitados os pré-requisitos, que não estavam regulamentados

no Projeto Pedagógico anterior. Ao deixar explícito os pré-requisitos, procura-se portanto

orientar os alunos a ordem cronológica que as disciplinas devam ser cursadas a fim de que

o mesmo tenha um melhor desempenho no curso. Teve-se a preocupação de que o aluno

tenha cursado disciplinas básicas antes de poder se matricular em disciplinas de conteúdos

avançados.

48

49

Outra mudança mais aparente na matriz curricular diz respeito ao nome de algumas disci-

plinas, que foram alterados a fim de deixar mais explícito o que se refere cada uma delas. A

seguir são elencados alguns dos principais pontos de mudança entre a grade anterior e a aqui

proposta.

√

A disciplina Física Térmica (FIS01144) que contemplava 68 haulas foi substituída por

duas novas disciplinas: Fundamentos da Física Térmica (FIS01155) com 34 h e La-

boratório de Física Térmica (FIS01154). Desta forma, os alunos que ainda necessitem

cursar a disciplina Física Térmica obterá equivalência ao cursar as duas novas disciplinas

criadas.

√

Houve a inclusão da disciplina obrigatória Termodinâmica (FIS01104), cuja carga ho-

rária é de 68 h. A inclusão dessa disciplina buscou fornecer ao licenciado em física um

aperfeiçoamento dos conceitos obtidos nas disciplinas Fundamentos da Física Térmica

e Laboratório de Física Térmica. Fica facultado aos alunos da matriz curricular anterior

cursar a disciplina Termodinâmica, que poderá ser considerada como disciplina optativa.

√

As Atividades acadêmico-científico-culturais que contemplava 200 h, passou para 204

h, a fim de se adequar ao sistema de créditos adotados pela UENF, que corresponde a 3

créditos extra-classe. A inclusão dessas 4 h mais as 68 h da disciplina Termodinâmica,

totaliza 72 h que foram adicionadas na matriz curricular anterior.

√

Houve a exclusão da disciplina Oficina de Criação II (FIS01209) que contemplava 34

h, que estava alocada no 3º período. Acreditamos que essa mudança não irá trazer

dano à formação do licenciado em física, uma vez que a disciplina Oficina de Cria-

ção (FIS01108) passou a ser alocada no 6º período, ao invés deser no 2º período. Com

essa mudança, quando o aluno for cursar a disciplina Oficina de Criação já terá cursado

todas as disciplinas experimentais, que é a base para o desenvolvimento de experimen-

tos simples, feito a base materiais recicláveis e de baixo custo, preparando-os para poder

50

criar experimentos em escolas que não possuem estrutura adequada ou laboratórios de

ensino. Na grade anterior o aluno precisava se dedicar muitomais para obter os mes-

mos resultados, já que lhes faltavam parte do conhecimento prévio que agora passa a

ser suprido pelas disciplinas de física experimental. Os alunos da matriz curricular atual

que tenham cursado a disciplina Oficina de Criação II poderá obter a equivalência como

disciplina optativa.

√

As 34 aulas oriundas da disciplina Oficina de Criação II, foi usada para a inclusão da

disciplina Matemática Elementar I (MAT01114), cujo objetivo de inclusão foi dar sub-

sídios aos alunos ingressantes no Curso de Licenciatura em Física, para aprender ou

revisar conteúdos de matemática elementar que não tenham sido bem assimilados no

Ensino Médio. Essa disciplina tem ainda como objetivo dar o suporte as disciplinas de

Cálculo que são fundamentadas nesses conceitos básicos. A disciplina Matemática Ele-

mentar I começou a ser obrigatória a partir do 1º semestre de 2007, e atualmente todos

os alunos regularmente matriculados no curso que necessitavam cursá-la já o fizeram.

√

A disciplina Física Matemática I (FIS01243) que contemplava 68 h aulas foi substituída

pela disciplina Métodos Matemáticos Para Física (MAT01225), sob a responsabilidade

do Laboratório de Ciências Matemáticas. A equivalência entre ambas as disciplinas é

automática, já que não houve mudança no conteúdo ministrado.

√

A disciplina Computação Científica (FIS01124) foi substituída pela disciplina Computa-

ção (MAT01222), com cargas horárias equivalentes, ou seja,68 h. A disciplina Noções

Básicas de Informática (FIS01141) foi substituída pela disciplina Fundamentos da Ci-

ência da Computação (MAT01112), também com cargas horáriasequivalentes, de 68 h.

A equivalência entre as disciplina será considerada automática. A principal mudança

diz respeito a responsabilidade de ministrar essas disciplinas, que anteriormente estava

a cargo do LCFIS e agora está a cargo do LCMAT.

51

√

Houve a mudança de nomes de algumas disciplinas, sem mudanças nos seus conteúdos:

– a disciplina Física Experimental I passou a ser denominada Laboratório de Mecâ-

nica (FIS01241);

– a disciplina Física Experimental II passou a ser denominadaLaboratório de Eletri-

cidade e Magnetismo (FIS01143);

– a disciplina Física Experimental III passou a ser denominada Laboratório de Física

Ondulatória (FIS01245);

– a disciplina Oficina de Criação I passou a ser denominada de Oficina de Criação

(FIS01108);

– a disciplina Física Matemática II passou a ser denominada Física Matemática

(FIS01145);

– a disciplina Física Quântica passou a ser denominada FísicaQuântica I (FIS01147);

– a disciplina Métodos da Física Experimental passou a ser denominada doravante

de Métodos Experimentais da Física Moderna (FIS01251).

√

Houve a inclusão da disciplinaLibras: inclusão educacional da pessoa surda ou com

deficiência auditiva, em atendimento ao Decreto N◦ 5626, de 22 de dezembro de 2005,

que estabelece a obrigatoridade da disciplina LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para

os cursos de formação de professores. A disciplina contempla a carga horária de 68 h.

Para a acomodação dessa carga horária na matriz curricular foi reduzida a carga horária

total das disciplinas optativas que passou de 170 h para 102 h. Os alunos da antiga matriz

curricular que cursar a nova disciplina terá a mesma convalidada como optativa.

A matriz curricular apresentada no presente Projeto Pedagógico está em vigência desde

2007, sendo que desde aquela ocasião foram tomados os cuidados necessários para que a tran-

sição entre uma grade e outra se desse da forma mais suave possível. Dos alunos regularmente

52

matriculados no curso, apenas 21 alunos estão na grade anterior, sendo que a maioria deles

encontram-se com grande parte das disciplinas concluídas,restando-lhes apenas cursar disci-

plinas que não sofreram alteração na grade. Desse montante,aproximadamente 13 alunos irão

possivelmente colar grau até o primeiro semestre de 2010. Cerca de 8 alunos destes entraram

no curso antes de 2006, e estão tendo acompanhamento especial do Colegiado de Curso a fim

de que tenham asseguradas o oferecimento de disciplina que necessitem cursar. O prazo final

para que a transição entre uma grade e outra esteja concluídaé o primeiro semestre de 2011.

10

Avaliação

10.1 Avaliação de Aproveitamento de Conteúdos pelos

Discentes

Conforme estabelecido no Capítulo X das Normas da Graduação, compete ao professor

responsável pela disciplina determinar o número de trabalhos escolares necessários para efeito

de avaliação de aprendizagem dos discentes. Desta forma, cada professor terá autonomia para

propor, dentro da sua disciplina, as formas e instrumentos avaliadores que julgar mais adequa-

dos às especificidades e peculiaridades de seu trabalho pedagógico podendo portanto, revisar

se necessário a cada semestre, a melhor maneira de avaliar o desempenho de aprendizagem

dos alunos. Será recomendado, entretanto, que os instrumentos de avaliação sejam feitos de

modo diversificado e aplicados ao longo do processo de aprendizagem e não apenas ao final de

cada semestre letivo. As avaliações especiais de rendimento, como por exemplo 2ª chamada,

deverão ser regidas pela resolução Nº 004/2004 da Câmara de Graduação, ou pela legislação

vigente à época da aplicação de tais avaliações especiais, determinadas por aquele Colegiado

superior da UENF.

53

54

10.2 Avaliação do Projeto Pedagógico

O Projeto Pedagógico, e consequentemente, a nova matriz curricular são frutos de várias

discussões e sugestões que ocorreram desde à criação do curso, não somente por parte dos pro-

fessores do Laboratório de Ciências Físicas, mas também dosalunos do Curso de Licenciatura

em Física. Acreditamos que a atual proposta é a mais adequadapara o processo formativo dos

alunos, mas entendemos que o Projeto Pedagógico aqui proposto deverá ser avaliado constan-

temente, a fim de se fazer as mudanças pertinentes para o aperfeiçoamento e a melhoria da

formação do Licenciado em Física. Ficará a critério do Colegiado do Curso buscar as formas

e os meios de executar a avaliação do presente Projeto Pedagógico. Todaviafica estabele-

cido que essa avaliação deverá ocorrer a cada dois anos, pelo menos. Quaisquer sugestões

tanto dos docentes quanto dos discentes deverão ser encaminhadas por escrito ao Colegiado de

Curso para analisar a pertinência e possíveis providênciaspara viabilizar tais proposições.

11

Disposições Gerais

Os vários tópicos abaixo buscam explicitar e esclarecer alguns pontos importantes da vida

acadêmica que são frequentemente fonte de dúvidas dos estudantes.

• Das normas da graduação

As Normas da Graduação e as Resoluções Específicas da Câmara de Graduação são as

diretrizes que norteam a vida acadêmica do estudante durante o seu processo de forma-

ção.É responsabilidade do aluno estar atento a essas regras bem como cumprí-las.

• Do reingresso

O aluno que tiver abandonado o curso e obtiver o direito de reingresso através de pro-

cesso seletivo para tal fim, ao reingressar no curso deverá cumprir as disciplinas da grade

curricular vigente na ocasião do seu reingresso.Somente nos casos em que o aluno

reingressante tiver cumprido pelo menos 80% das disciplinas da matriz curricular

do curso é que o mesmo poderá concluir a grade curricular que estava vinculado

quando da ocasião do abandono do curso. Nesse caso específico, se as disciplinas

daquela grade não estiver sendo mais oferecida, o aluno deverá se matricular em disci-

plinas equivalentes de acordo com a orientação da coordenação do curso. Após obter

a aprovação nessas disciplinas o aluno deverá requerer junto a secretaria acadêmica o

pedido de equivalência.

55

56

• Do ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes)

Conforme artigo 2◦ da deliberação do Conselho Estadual de Educação (CEE) do Estado

Rio de Janeiro n◦ 296, de 29 de março de 2008, todas instituições de Ensino Superior

do Estado devem participar obrigatoriamente do Exame Nacional de Desempenho de

Estudantes (ENADE).

Desta forma, todos os alunos do Curso de Licenciatura em Física deverão participar do

ENADE, quando requerido, a fim de cumprir os requisitos necessários para poder obter

a colação de grau.

• Regime de Atendimento Especial de Aprendizagem

O aluno ou seu procurador deverá entrar em contato com a coordenação do curso para in-

formar sobre a impossibilidade de frequentar as atividadesacadêmicas durante o semes-

tre letivo, em virtude de condições alheias a sua vontade (como por exemplo: gravidez,

doença), devendo ser oficialmente comprovado.

O Regime de Atendimento Especial de Aprendizagem (RAEA) é regulamentado por

resolução específica da Câmara de Graduação.

O Colegiado do Curso de Licenciatura em Física se valendo dessa resolução enfatiza

quenão será concedido atendimento especial às aulas práticas das disciplinas de

Física Experimental, bem como dos Estágios Supervisionados. Caso o aluno esteja

matriculado nessas disciplinas deverá requerer o trancamento das mesmas.

O aluno que estiver amparado pelo Decreto Lei n◦ 1.044 de 21 de outubro de 1969 ou

Decreto Lei n◦ 6.202, de 17 de abril de 1975, que regulamentam a frequência escolar de

alunos em condições especiais, ao retornar às atividades escolares deverá dar prioridade

a prestar os exames ou trabalhos escolares pertinentes a cada disciplina que esteja sob

tais amparos. O aluno terá até 30 (trinta dias) após expiradoo prazo de afastamento para

requerer junto a coordenação do curso as datas das avaliações que faltam para cumprir

57

os requisitos de cada disciplina.Caso aluno não compareça após o prazo estabelecido

será atribuída nota zero para tais disciplinas.

O aluno não poderá se matricular em disciplinas cujo pré-requisito esteja ainda sob o

REAE.

• Do Aproveitamento de Estudos - Transferência Externa

O aproveitamento de disciplinas cursadas pelo aluno antes do seu ingresso na UENF é

regida pela resolução 003/2004 da Câmara de Graduação. O aproveitamento de discipli-

nas autorizadas e cursadas em outras Instituições de EnsinoSuperior (IES) não poderá

ultrapassar 50% (cinquenta por cento) da carga horária total exigida para a conclusão do

curso na UENF.

Disciplinas cursadas há mais de 10 anos serão somente aproveitadas após o aluno se

submeter a exame de avaliação e demonstrar o domínio do conteúdo da disciplina soli-

citada. O aluno deverá obter pelo menos nota 6,0 (seis vírgula zero) para poder pleitear

a dispensa.

O colegiado do Curso de Licenciatura em Física somente analisará pedidos de equi-

valência de disciplinas se for apresentado a documentação completa exigida no ar-

tigo 3◦ da referida resolução, que inclui a ementa de cada disciplina, conteúdo progra-

mático, referências bibliográficas e histórico escolar comprovando a aprovação na(s)

disciplina(s).

O aluno poderá requerer a dispensa de disciplinas até o término do primeiro semestre

que tenha ingressado no Curso.

O aluno deverá obrigatoriamente se submeter a um exame de avaliação para disci-

plinas cursadas comitantemente em Instituições de Ensino Superior após o seu in-

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