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novaluz O bairro da Luz em foco!

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novaluzO bairro da Luz em foco!

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Introdução 2

Política Urbana Municipal 6

Concessão Urbanística Projeto Urbanístico Específico e Estudos Complementares 10

Etapas de Desenvolvimento do Projeto 15

O Processo de Participação Popular 19

O Projeto Urbanístico 24

A Implantação do Projeto 38

Próximos Passos 43

SUMÁRIO

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Introdução

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O Projeto Urbanístico Específico da Nova Luz foi desenvolvido como uma proposta de requalificação de uma área localizada na região central do município de São Pau-lo fazendo uso da Concessão Urbanística, um Instrumento de Política Urbana, previs-to no Plano Diretor Estratégico da cidade.O que se busca com a implantação do Projeto é diversificar os usos instalados,

O Projeto Nova Luz

intensificando o uso residencial e man-tendo a dinâmica da região.Um local para morar, trabalhar e se diver-tir, no qual as pessoas estejam cercadas por elementos históricos e culturais, com espaços públicos convidativos para circu-lação e convívio de moradores e daqueles que fazem uso da área, privilegiando pe-destres e ciclistas.

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Esta região, de características rurais por alguns séculos, viu sua paisagem se modificar com grande intensidade a partir da che-gada da ferrovia São Paulo Railway e da inauguração da Estação da Luz em 1875. A região recebeu ainda a Estrada de Ferro Sorocabana, para a qual foi inaugurada, no início do século XX, a Estação Júlio Prestes. Nes-ta época, a região da Luz era uma das áreas mais bem atendidas da cidade, com iluminação, energia elétrica, rede de água e esgoto, bem como transporte coletivo e espaços públicos para convivência.Para atender as necessidades dos viajantes, negociantes em pas-sagem pelo local, a região passa a adquirir forte característica de centro comercial e de serviços, oferecendo principalmente restau-rantes e hotéis.Posteriormente a região sofreria o impacto da perda da importân-cia das ferrovias como opção de transporte, frente a automóveis e ônibus. Na década de 60, é inaugurado o Terminal Rodoviário da Luz, mantendo a característica de área de passagem que a região as-sumia. Entretanto o Terminal Rodoviário é desativado na década de 80, o que novamente afetou à região.A partir das últimas décadas do século passado, se consolida na região o comércio local, com perfil popular e pautado na especia-lização em produtos elétricos, eletrônicos importados. As dinâmicas a que a área foi submetida consolidaram uma ocu-pação pouco intensiva do solo, com baixa verticalização próximo às estações ferroviárias.Por outro lado junto ao eixo da Avenida São João as dinâmicas foram distintas e levaram a que houvesse maior presença de ver-ticalização e de usos residenciais.Estando localizada na área central, desde o final do século XX, esta região também é objeto de ações que induzam sua requali-ficação, como a “Operação Urbana Centro”, o restauro de edifi-cações de interesse histórico e a ocupação de edifícios por insti-tuições públicas, para fins culturais e de lazer – como o Museu da Língua Portuguesa, a Sala São Paulo e a Estação Pinacoteca. Além disso, houve ainda, a partir de 2005, a implantação de políticas fiscais destinadas a atrair novos negócios para a região.

Histórico de Ocupação

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Política Urbana

Municipal

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Plano Diretor Estratégico

Plano Regional Estratégico

Para exercer seu papel de promover o ade-quado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parce-lamento e da ocupação do solo urbano, o Município tem como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, o Plano Diretor.

O Plano Diretor Estratégico do município de São Paulo aponta a necessidade de requalifi-cação da área central da cidade, instituindo uma série de instrumentos a fim de alcançar este objetivo, como a Operação Urbana, as Zonas Especiais de Interesse Social e a Con-cessão Urbanística, dentre outros.

Complementando o Plano Diretor, foi es-tabelecido o Plano Regional Estratégico da Subprefeitura Sé. Este Plano indica ações específicas para este território, como a deli-

mitação de áreas de ZEIS-3 e Áreas de Inter-venção Urbana, dentre estas a AIU-03 Santa Ifigênia, para a qual foi prevista a utilização do instrumento de Concessão Urbanística.

Zona de Centralidade Polar “a”

Zona de Centralidade Polar “b”

Zona Especial de Interesse Social

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Concessão UrbanísticaA Concessão Urbanística é um instrumento de política urbana pelo qual o Poder Executivo fica autorizado a delegar a um concessio-nário, a realização de obras de urbanização ou reurbanização para implementar diretrizes do Plano Diretor Estratégico.Sua aplicação foi regulamentada pela Lei nº 14.917, de 7 de maio de 2009, na qual foi estabelecido que sua aplicação pode ser feita em área de Operação Urbana ou Área de Intervenção Urbana, com base em Projeto Urbanístico Específico e estudos complementares.

Concessão Urbanística Nova LuzA aplicação deste instrumento na área denominada Nova Luz, com-preendida pelas Avenidas Cásper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias e Rua Mauá, no Distrito da República, se dá com base na Lei nº 14.918, de 7 de maio de 2009, que autorizou o Executivo Municipal a aplicar a Concessão Urbanística nesta área, e estabeleceu diretrizes para a intervenção, como a implantação de unidades habi-tacionais na ZEIS e a recuperação do patrimônio histórico.

Instrumento Urbanístico:Concessão Urbanística

A Operação Urbana é um instrumento urbanístico previsto no Es-tatuto da Cidade e no Plano Diretor Estratégico que visa promover melhorias urbanísticas em regiões previamente determinadas da ci-dade através de parcerias entre o Poder Público e a iniciativa privada.A Concessão Urbanística da Nova Luz se situa no perímetro da Operação Urbana Centro, instituída em 1997, podendo fazer uso de mecanismos desta, como o incentivo ao uso residencial.

Instrumento Urbanístico:Operação Urbana

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Instrumento Urbanístico:ZEIS

O Plano Diretor Estratégico instituiu as Zonas Especiais de Interesse Social, por-ções do território destinadas, priorita-riamente, à recuperação urbanística e produção de Habitações de Interesse So-cial – HIS ou do Mercado Popular – HMP, incluindo a provisão de equipamentos sociais e culturais, além de espaços pú-blicos. Definiu como ZEIS-3 aquelas lo-calizadas em áreas dotadas de infraes-trutura, serviços urbanos e oferta de empregos, nas quais haja interesse pú-blico em promover ou ampliar o uso por Habitação de Interesse Social.

A Habitação de Interesse Social – HIS é aquela destinada a famílias com renda igual ou inferior a 6 (seis) salários mínimos, de pro-moção pública ou conveniada com o Poder Público, com padrão de unidade habitacional com um sanitário, até uma vaga de garagem e área útil de, no máximo, 50 m2.A Habitação de Mercado Popular – HMP é aquela destinada a famílias com renda igual ou inferior a 16 (dezesseis) salários mínimos, de promoção pública ou privada, com padrão de unidade habitacional com até dois sanitários, até uma vaga de gara-gem e área útil de, no máximo, 70 m2.

Família com renda 0-6 SM

37m2

(18,8%)412 UHs

42m2

(4,2%)92 UHs

42m2

(50%)1099 UHs Total

1.820 UHs

Total 373 UHs

Total geral 2.193 UHs

50m2

(8,7%)191 UHs

50m2

(14%)309 UHs

65m2

(4,1%)90 UHs

Família com renda 6-16 SM

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Concessão UrbanísticaProjeto Urbanístico Específico e Estudos Complementares

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Com base na legislação que autoriza a aplicação da Concessão Urbanística na área denominada Nova Luz a PMSP, por meio da Secretaria Municipal de Desenvol-vimento Urbano, desenvolveu um Termo de Referência para a elaboração do Projeto Urbanístico Específico e Estudos Comple-mentares, complementando as diretrizes

já previstas, e indicando as etapas de exe-cução destes estudos.Com base neste Termo de Referência, foi realizada uma licitação para escolha de um consórcio de empresas responsável pela elaboração dos Estudos. O consórcio selecionado é formado pelas empresas AECOM, CONCREMAT, CIA. CITY e FGV.

Concessão Urbanística Nova LuzEstudos Prévios

Projeto Urbanístico Específico

Termo de Referência

O objeto de contratação através do Termo de Referência é a elaboração de Projeto Urbanístico Específico e Estudos Complementares para fundamentar a realização da Concessão Urbanística na área denominada Nova Luz.São quatro os estudos a serem elabora-dos – Projeto Urbanístico Específico; Pla-no de Urbanização de ZEIS; Estudo de

Viabilidade Econômica, Mercadológicos e da Situação Fundiária da área; Estudo de Impacto Ambiental – que se compor-tam como produtos de natureza indepen-dente, porém com resultados interdepen-dentes e sua elaboração evoluiu de forma integrada. Além destes, foi desenvolvido ainda um Plano de Comunicação.

O Projeto Urbanístico Específico (PUE) corresponde a um plano de ocupação e uso da área, tanto para os espaços pú-blicos ou privados, que tem como refe-rência: a legislação aplicável à região, a compreensão da dinâmica atual da área,

bem como os objetivos e diretrizes espe-cíficas definidos no Termo de Referência. O PUE indica as transformações necessá-rias para alcançar tais objetivos, explici-tando a visão futura da área.

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O Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Sé – PRE – Sé delimita uma área de ZEIS que representa aproximadamente 20% de toda a área denominada Nova Luz. Nesta área a transformação do território deve priorizar a produção habitacional para famílias de menor renda, podendo acolher outros usos em menor propor-ção, além de equipamentos sociais públicos.Considerando as especificidades do perímetro de ZEIS existente na área denominada Nova Luz, foram elaborados estudos técni-cos integrados aos demais Estudos Complementares e às propos-ta do PUE, que subsidiaram a definição das intervenções propos-tas para o perímetro da ZEIS-3 C016 (Sé).Os estudos técnicos desenvolvidos subsidiaram as discussões do Conselho Gestor instituído para a ZEIS-3 C016 (Sé).A SEHAB – Secretaria Municipal de Habitação, no uso de suas competências, instituiu e coordena as atividades do Conselho Gestor da ZEIS-3 C016 (Sé), o qual possui formação paritária en-tre representantes do Poder Público e da sociedade civil. Partici-pam deste conselho, representantes de comerciantes, moradores, e proprietários da área, associações de moradores e movimentos de moradia que atuam na região.A partir dos estudos técnicos realizados, o Conselho Gestor deba-teu, no uso de suas atribuições, as propostas para a área de ZEIS e apresentou uma série de propostas complementares que resul-taram na aprovação de um conjunto de diretrizes que orientaram o Plano de Urbanização para a área.As propostas contidas no Plano de Urbanização, tiveram como base os estudos técnicos realizados e novamente foram comple-mentadas por propostas apresentadas pela sociedade civil ao lon-go de um processo de trabalho.Como resultado foi aprovado junto ao Conselho Gestor da ZEIS-3 C016 (Sé), um Plano de Urbanização, cujas propostas foram in-corporadas pelos estudos desenvolvidos no Projeto Nova Luz. Além disso o Plano de Urbanização foi instituído por meio do Decreto 53.489, de 22 de Outubro de 2012.

PUZEIS

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Os Estudos de viabilidade econômica, mercadológicos e da situação fundiária da área avaliaram e delinearam as con-dições necessárias para que as premissas e diretrizes estabelecidas pela Municipali-dade para a área, possam ser concretiza-das indicando o menor aporte de recur-sos públicos orçamentários, por parte da PMSP, para que a Concessão Urbanística na área da Nova Luz possa se realizar.Foram estimados os custos da implanta-ção das intervenções previstas no PUE e no PUZEIS, bem como as despesas com a gestão de programas socioambientais e socioeconômicos previstos no licencia-mento ambiental do projeto.

A legislação que regulamenta a aplicação da Concessão Urbanís-tica aponta a necessidade de elaboração de estudos ambientais prévios, tendo sido desenvolvido o Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental para a intervenção proposta pelo Projeto Urbanístico Específico da Nova Luz.O desenvolvimento do EIA-Rima evoluiu de forma integrada à elaboração do PUE, acompanhando suas eventuais alterações. O PUE, por sua vez, compatibilizou-se às necessidades constatadas na elaboração e aprovação do EIA-RIMA, de forma a manter a coerência entre os escopos previstos no Termo de Referência, ga-rantindo assim a adequação da proposta de intervenção quanto aos aspectos ambientais.

EVEMSF

EIA – RIMAEstudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental

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Etapas de

desenvolvimento

do projeto

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Nesta etapa, foi desenvolvido um diagnóstico geral da região, com análises físico-ambientais, fundiárias e urbanísticas, e caracterização socioeconômica da população moradora e que trabalha na região. Foram realizados levantamentos de informações sobre a área, junto a bancos de dados públicos e também por meio de pesquisas de campo.As informações colhidas nesta etapa foram analisadas e sistema-tizadas permitindo que se realizasse uma leitura da área e de seu potencial de transformação, a fim de orientar a proposta de inter-venção, e o prosseguimento dos diversos estudos considerando suas especificidades.

Etapa 1Estudos Preliminares

Etapa 2Projeto Urbanístico Preliminar

A partir da caracterização da situação urbana existente, baseada na leitura da região, foram identificadas as vocações e estabelecidas as propostas de transfor-mação da área.Foram desenvolvidas propostas para transformação de espaços públicos e pri-vados. Para os espaços privados, foi esti-mada a área construída por quadra, bem como as expectativas de custo para im-plantação do Projeto Urbanístico. Quanto aos espaços públicos foi apresentada a caracterização das intervenções seja em passeios públicos, seja em áreas livres. Foram apontados ainda os equipamen-tos sociais públicos propostos face à nova ocupação proposta.

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Etapa 3Consultas Públicas e Setoriais Preliminares

Etapa 5Consolidação do Projeto Urbanístico

Etapa 4Revisão do Programa de Intervenções

As propostas resultantes do PUE e do Plano de Urbanização de ZEIS em nível Preliminar foram levadas a conhecimento da popula-ção, sendo apresentadas e debatidas jun-to à sociedade e diversos órgãos públicos como: Comissão Executiva da Operação Urbana Centro; CTLU; CADES; CONPRESP; CONDEPHAAT; e CET.

A divulgação das propostas foi realizada ain-da por meio de sítio eletrônico do Projeto, bem como pela exposição no Espaço Projeto Nova Luz, local de exposição e interação com a comunidade, instalado na área do projeto.Nesta etapa foi realizada uma audiência pú-blica para apresentação das propostas resul-tantes do Plano de Urbanização.

As observações, demandas e sugestões coletadas a partir da interação havida com a sociedade civil no período de consulta pública durante a etapa 3, foram objeto de análise pela equipe de projeto. Desta avaliação, resultaram diversos ajustes que foram considerados per-tinentes e adequados e incorporados ao desenvolvimento projeto.

Considerando os ajustes demandados a partir do processo de participação da socie-dade civil e do aprofundamento das pro-postas anteriormente desenvolvidas, o pro-jeto evoluiu para sua versão consolidada, na qual foram definidas as intervenções a serem realizadas através da concessão ur-banística, as contrapartidas ao poder pú-

blico, os empreendimentos propostos, os parâmetros urbanísticos aplicáveis e as so-luções para os espaços públicos e privados.As propostas desenvolvidas pelo PUE e seus Estudos Complementares subsidia-ram ainda ao Estudo de Impacto Ambien-tal e respectivo RIMA.

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Etapa 6Licenciamentos e Audiência Pública

Etapa 7Ajustes e Relatório Final

As propostas do Projeto Urbanístico Específico em sua versão consolidada, foram apresentadas à sociedade para debate, bem como apreciadas por diversos órgãos técnicos para obtenção de pareceres ou licenças prévias.Foram realizadas duas audiências públicas para discussão das propos-tas contidas no projeto, além de uma audiência pública realizada no processo de licenciamento ambiental.As propostas da versão consolidada do projeto foram apreciadas ain-da, dentre outros, pelos seguintes órgãos:

Tendo como referência as demandas apre-sentadas pela sociedade civil e as exigências definidas pelos órgãos públicos durante o processo de licenciamento, foi realizada a revisão do Projeto Urbanístico Específico in-corporando exigências e ajustes recomenda-

dos, revisando e consolidando o conteúdo das propostas de intervenção elaboradas.Com estes ajustes, foram finalizados o Projeto Urbanístico Específico, o Plano de Urbanização da ZEIS e os Estudos de Via-bilidade Econômica.

•Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico – CONPRESP;

•Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado – CONDEPHAAT;

•Companhia de Engenharia de Tráfego – CET;

•Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN;

•Comissão Permanente de Acessibilidade – CPA;

•São Paulo Transporte – SPTrans;

•Comissão Executiva da Operação Urbana Centro – CEOUC;

•Comissão de Proteção a Paisagem Urbana – CPPU;

•Comissão Municipal de Política Urbana – CMPU;

•Conselho Câmara Técnica de Legislação Urbanística – CTLU.

O EIA-RIMA do projeto foi avaliado pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desen-volvimento Sustentável – CADES, obtendo Licença Ambiental Prévia re-ferente às intervenções propostas. Nesta etapa houve ainda a aprovação do Plano de Urbanização da ZEIS 3 C 016 (Sé).

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O Processo de

Participação Popular

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Cadastro Socioeconômico

Participação Popular

A partir de demanda apresentada pela sociedade foi realizado cadastro dos moradores e das atividades econômicas a fim de dimensionar e levantar o perfil socioeconômico dos ocupantes de todas as unidades habitacionais e das atividades econômicas que ocupam os imóveis localizados no perímetro do projeto.

Ao longo do processo de elaboração do Projeto Nova Luz, foram realizadas uma série de iniciativas com a finalidade de aproximar a população local ao desenvol-vimento do mesmo, bem como transcre-ver suas necessidades e anseios ao futuro proposto para a região.O processo de participação se iniciou nas primeiras etapas da elaboração do pro-jeto, quando o Consórcio Nova Luz em nome da PMSP, elaborou um mapeamen-to de entidades sociais e setoriais que atuam na região. A partir da Etapa 3, com o objetivo de ampliar o diálogo entorno do Projeto Preliminar, foram realizadas 94 reuniões entre setores da sociedade civil, ONGs atuantes na área e órgãos técnicos.A intensa troca de sugestões e opiniões deste período foram consolidadas nas Etapas 3 e 4, sendo a matéria prima prin-cipal para o desenvolvimento e aprimora-mento do Projeto Urbanístico Específico e do Plano de Urbanização de ZEIS.

As Audiências Públicas, com participação total de 2.400 pessoas, serviram ainda como um reforço ao contato entre o Pro-jeto e a sociedade civil.O Projeto Nova Luz promoveu, ao longo de seu desenvolvimento, 4 audiências públicas das quais 3 promovidas pela Se-cretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU, e a quarta organizada pela Secretaria do Verde e do Meio Am-biente, como parte do rito de emissão da Licença Ambiental Prévia – LAP.Nestas ocasiões a população pode ma-nifestar suas opiniões, defender os seus pontos de vistas e ouvir, por parte do Mu-nicípio, os planos propostos para a área.Para a sociedade civil, foi uma impor-tante oportunidade de externar suas de-mandas e opiniões, e para o Projeto, uma preciosa ocasião para avaliar as propos-tas urbanísticas com relação às deman-das da sociedade.Outro espaço de participação da sociedade foi o Conselho Gestor da ZEIS-3 C 016 (Sé)

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no qual a sociedade contribuiu para a definição do Plano de Urbanização.As sugestões e manifestações apresenta-das pelos diversos setores da sociedade ci-vil ao longo do processo de elaboração do projeto serviram de elementos de reflexão para a equipe de projeto, e propiciaram ajustes nas propostas desenvolvidas. Em conjunto com as demandas apresen-

tadas por órgãos técnicos, diversas de-mandas da sociedade civil resultaram em adequação do projeto.As propostas do projeto podem ser conhe-cidas nos seguintes endereços eletrônicos:

•http://www.novaluzsp.com.br

•http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/desenvolvimento_urbano/

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F

C

H

GE

A

B

D

BENEFÍCIOS

População• 13000 novos moradores• 19000 novos empregos Moradia • 5298 novas moradias no total• 2632 habitações populares Verde • 1286 novas árvores, ampliando em quase 3

vezes a arborização da área Memória• 77% da área construída será mantida• 100% das edificações preservadas pelo

patrimônio serão restauradas Educação• 3 novas creches• 2 novas escolas - CEMEI e EMEF Cultura• Escola municipal de Iniciação Artística

Saúde• 1 UBS - Unidade Básica de Saúde

Assistência Social • 1 Núcleo de Convivência do Idoso• 1 Centro para Crianças e Adolescentes

Mobilidade/Bicicletas• Criação de malha de ciclovias e ciclofaixas

na área• Melhor conexão dos pedestres com as

estações de metrô e de trem• Acessibilidade universal

Espaços Públicos• 2 novas praças• 1 novo largo• Ampliação das calçadas

Entretenimento/Cultura• Criação de área para instalação de

cinemas e teatros

ESPAÇOS LIVRES B F14D

15E13C 13G

13H

11A Boulevard Mauá Praça de Entretenimento e Cultura

Praça Triunfo

Praça Nébias

Rua VitóriaLargo General Osório

Boulevard Rio Branco

Praça Julio Mesquita

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BENEFÍCIOS

População• 13000 novos moradores• 19000 novos empregos Moradia • 5298 novas moradias no total• 2632 habitações populares Verde • 1286 novas árvores, ampliando em quase 3

vezes a arborização da área Memória• 77% da área construída será mantida• 100% das edificações preservadas pelo

patrimônio serão restauradas Educação• 3 novas creches• 2 novas escolas - CEMEI e EMEF Cultura• Escola municipal de Iniciação Artística

Saúde• 1 UBS - Unidade Básica de Saúde

Assistência Social • 1 Núcleo de Convivência do Idoso• 1 Centro para Crianças e Adolescentes

Mobilidade/Bicicletas• Criação de malha de ciclovias e ciclofaixas

na área• Melhor conexão dos pedestres com as

estações de metrô e de trem• Acessibilidade universal

Espaços Públicos• 2 novas praças• 1 novo largo• Ampliação das calçadas

Entretenimento/Cultura• Criação de área para instalação de

cinemas e teatros

ESPAÇOS LIVRES B F14D

15E13C 13G

13H

11A Boulevard Mauá Praça de Entretenimento e Cultura

Praça Triunfo

Praça Nébias

Rua VitóriaLargo General Osório

Boulevard Rio Branco

Praça Julio Mesquita

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O Projeto

Urbanístico

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A Região de Projeto

A área denominada Nova Luz está delimita-da pelas avenidas Casper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias e Rua Mauá. Localiza-se no Distrito República na Subpre-feitura Sé, abrange 45 quadras e 2 praças, formando um polígono de 500 mil m², que abriga aproximadamente 12 mil moradores e 24 mil postos de trabalho.Esta área incorpora atualmente alguns dos mais importantes centros de comércio de São Paulo, como a Rua Santa Ifigênia, es-pecializada no segmento de eletro-eletrô-nicos, além da Rua General Osório, espe-cializada no segmento de equipamentos para motociclismo.A área contará com a instalação do Cen-tro Paula Souza, que terá, além da sede da instituição, uma nova Escola Técnica (Etec) e um Centro de Capacitação de Professo-res em um complexo localizado entre as ruas Timbiras, Andradas, Aurora e General Couto de Magalhães A região do entorno da Nova Luz é rica em equipamentos culturais de porte e re-levância nacional, como o Museu de Arte Sacra, a Pinacoteca do Estado, a Sala São Paulo, a Estação Pinacoteca e o Museu da Língua Portuguesa. Em breve a região receberá também o novo Complexo Cultural – Teatro da Dan-ça, que irá ocupar o quarteirão localizado entre a Praça Júlio Prestes e a Avenida Rio Branco, com as laterais para a Avenida Duque de Caxias e Rua Helvétia, o edifí-cio terá três teatros para a encenação de musicais, óperas, shows de música popu-lar e outras manifestações artísticas

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O perímetro definido pelas avenidas Casper Líbero, Ipiranga, São João, Duque de Caxias e Rua Mauá, é uma região que possui, além de um comércio especializado vibrante, uma das melhores acessibilidades na cidade com condições excepcionais de trans-porte público.A área denominada Nova Luz possui, entretanto, potencial para abrigar ainda mais atividades econômicas e mais moradias, por meio de uma intervenção que seja acompanhada de qualificação urbanística e ambiental da área.Por meio da aplicação do instrumento de Concessão Urbanística, foi desenvolvida uma proposta para requalificação desta região, em sintonia com as demais iniciativas em curso no centro da ci-dade, aproveitando as potencialidades da região para buscar uma cidade mais equilibrada e eficiente. Além de criar opções de moradia e novos equipamentos públicos, o projeto desenvolvido recupera e preserva o patrimônio arquitetô-nico existente, respeita e estimula a vocação econômica e comercial da região e abre horizontes para a instalação de novas atividades. Entre as melhorias de infraestrutura urbana propostas estão a aber-tura de praças e espaços de convivência públicos, a instalação de es-colas, creches, posto de saúde e equipamentos de cultura e assistên-cia social, a adequação do sistema de drenagem, o alargamento de calçadas, a instalação de mobiliário urbano e o plantio de árvores.O projeto também viabiliza a implementação de uma grande área de Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) na área central, garan-tindo a provisão de habitação de interesse social e de mercado popular para mais de 2.000 famílias.A implementação do projeto urbanístico em desenvolvimento atrairá novos moradores, oportunidades de negócios e mais em-pregos, estabelecendo assim os alicerces para a melhoria do am-biente urbano e beneficiando a população local. É importante destacar que este projeto segue a diretriz de rever-são do esvaziamento populacional da região central, além de pro-mover a melhoria da qualidade dos espaços públicos e do meio ambiente, o estímulo às atividades de comércio e serviços e a preservação e reabilitação do patrimônio arquitetônico nas áreas subaproveitadas de urbanização consolidada.

O Projeto

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Intervenções em Espaços Públicos

BulevarPasseio CulturalRua comercial especializadaMinianel viárioRuas locais tipo ARuas locais tipo BRuas com superfície compartilhadaEspaços livres

•Criação de novos espaços livres de uso público:

– Uma nova praça junto às Ruas dos Gusmões, Barão de Limeira e Conselheiro Nébias;

– Uma nova praça junto aos equipamentos públicos, na Rua dos Gusmões com Rua dos Protestantes;

– Um novo Largo, junto às Ruas do Triunfo e Gal. Couto de Magalhães;

•Valorização à circulação de pedestres: – Ampliação de calçadas; – Criação de vias para circulação prioritária de pedestres;

– Arborização dos passeios públicos; – Nova iluminação pública; – Criação de espaços de estar junto a passeios.

•Intervenções na rede de infraestruturas: – Valas técnicas; – Drenagem; – Redes de abastecimento.

O Projeto propõe um conjunto de intervenções em relação aos espaços públicos, incluindo:

Page 32: Projeto Nova Luz - Cartilha

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•É proposta a ampliação das calçadas favorecendo a circulação de pedestres;

•A circulação viária é reorganizada, permitindo criar uma hierarquia de vias;

•A Rua Vitória passa a ter circulação exclusiva de pedestres, estruturando a ligação entre a Av. São João e a Rua Gal. Couto de Magalhães;

•As ruas Conselheiro Nébias, Gal. Osório, do Triunfo e Timbiras, estruturam a circulação de veículos internamente à área;

•As demais vias internas à área tem circulação compartilhada entre veículos e bicicletas;

•As Avenidas Rio Branco e Duque de Caxias e a Rua Mauá receberão ciclovias.

Circulação

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O projeto propõe a adequação da iluminação pública com:•Recuperação das luminárias existentes do tipo “São Paulo Antigo”, de

valor histórico;

•Substituição das demais luminárias com utilização da tecnologia de LED;

•Complementação da iluminação com luminárias específicas para as Ruas Vitória e Santa Ifigênia;

•Utilização de luminárias em praças públicas valorizando a vegetação e a circulação de pedestres nestas áreas.

Iluminação Pública

Arborização Pública

•O aumento de largura das calçadas e a criação de novas praças permite aumentar a arborização em toda a área da Nova Luz.

•O projeto mantém as mais de 500 árvores existentes na região e plantará mais de 1.200 novas árvores.

•São propostos conjuntos variados de espécies em função das características de cada local, seja praça ou rua.

•O aumento da arborização aumenta o sombreamento na região e cria melhores condições de microclima, além de favorecer o aumento da avifauna, podendo funcionar como importante ligação para pássaros entre o Parque da Luz e a Praça da República.

Page 34: Projeto Nova Luz - Cartilha

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Praças e Espaços Livres

•Além da recuperação de praças existentes (Praça Júlio de Mesquita e Largo General Osório), o projeto propõe a criação de duas novas praças:

– Uma nova praça localizada junto às Ruas dos Gusmões, Barão de Limeira e Conselheiro Nébias, com grandes superfícies gramadas e arborizadas, servindo como espaço de integração para os moradores da vizinhança;

– Uma nova praça junto às ruas dos Gusmões e Protestantes, que se articula aos espaços públicos propostos, voltados à educação. Esta praça atende prioritariamente alunos e pais junto às novas escolas, além dos moradores da vizinhança.

•Criação de espaço de uso público junto às ruas do Triunfo e Gal. Couto de Magalhães:

– Este largo funciona como área de convívio, espaço público de transição entre o calçadão da Rua Vitória, os espaços do Centro de Entretenimento e os equipamentos públicos, priorizando espaços de estar e circulação de grande número de pessoas.

•Criação de áreas de estar junto à Rua Vitória: – Estes espaços se distribuem ao longo da via, fazem parte dos lotes privados, mas estão integrados aos espaços públicos.

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Intervenções em Espaços Privados

A partir das diretrizes para elaboração do projeto definidas pela legislação e pelo Ter-mo de Referência, foram estabelecidos cri-térios para definir quais imóveis estarão su-jeitos à aplicação da Concessão Urbanística.Foram definidos como imóveis a serem mantidos os que atendem aos seguintes critérios:•Imóveis Protegidos pelos órgãos de

preservação do patrimônio;

•Imóveis com número significativo de unidades habitacionais;

•Imóveis que utilizam o Coeficiente de aproveitamento maior ou igual ao máximo definido para a zona de uso;

•Imóveis que complementam a percepção do conjunto arquitetônico protegido.

A partir da aplicação destes critérios, foram identificados os imóveis a serem renova-dos no âmbito da Concessão Urbanística, que correspondem a aproximadamente 50% da área de terreno e apenas 23% da área construída total existente.Os imóveis tombados também integram a Concessão Urbanística a fim de que se-jam recuperados ao longo do período de Concessão.

O Projeto define uma série de parâmetros para intervenções em lotes privados, que deverão ser atendidos na construção dos novos empreendimentos, no âmbito da Concessão Urbanística, estabelecendo-se:•Tipologia de quadras:

– Permeáveis; Não permeáveis; Inserção; Especial.

•As áreas construídas computáveis para os novos empreendimentos propostos:

– Destinadas a usos residenciais; – Destinadas a usos não residenciais; – Distribuição de usos comerciais e de serviços;

•Relações entre as edificações e a rua, quanto a acessos, espaços livres;

•Regras para composição dos pátios internos;

•Articulação com imóveis existentes;

•Definição de gabaritos para as novas edificações;

•Necessidade de apresentar atestação ou certificação ambiental dos projetos de edificações, inclusive em relação aos equipamentos públicos.

Imóveis Tombados

Os imóveis tombados pelos órgãos de proteção ao patrimônio histórico, artístico e arquitetônico serão objeto de recuperação ao longo do período de concessão, a fim de que se resgate e valorize a memória da região.

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O aumento do uso residencial na região é um dos principais ob-jetivos do projeto.A produção habitacional atenderá a distintos públicos, como popula-ção local de baixa renda, além de habitação de mercado popular.Está prevista a construção de mais de 5.000 novas unidades habi-tacionais, das quais mais de 2.600 voltadas a Habitação de Inte-resse Social e Mercado Popular.Serão produzidas aproximadamente 2.200 novas unidades na ZEIS, e destas, mais de 1.700 exclusivamente para população com renda inferior a 6 salários mínimos. Outras 400 unidades para esta po-pulação de menor renda serão produzidas em imóveis localizados fora das ZEIS.O atendimento habitacional será feito com o acompanhamento da Secretaria de Habitação e priorizará a oferta à população que já vive na região.

Produção Habitacional

PROPOSTA – QUADRA 82Volumetria proposta

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Critérios de Atendimento Habitacional

Os empreendimentos de Habitação de Inte-resse Social produzidos na ZEIS-3 C 016 Sé serão destinados à Prefeitura de São Paulo, e o atendimento habitacional das famílias que irão residir nas novas unidades habita-cionais, será realizado por meio de política habitacional definida pela SEHAB, conforme

previsto no Plano de Urbanização desta ZEIS.Será priorizado o atendimento de atuais moradores de imóveis destinados à Con-cessão e também à população que vive na área em imóvel alugado, com base em regras pré-definidas que definem a priori-dade de atendimento.

Renovaluz

A oferta habitacional incorpora um conjunto de sete edifícios lo-calizados na área que já haviam sido decretados de Interesse So-cial para desapropriação pela COHAB.Com a inclusão destes imóveis, se estima a produção de mais de 400 unidades de Habitação de Interesse Social fora da área de ZEIS.

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Produção de Áreas para Comércio e Serviços

Além do uso residencial, está prevista a oferta de área para usos não residenciais como comércio e serviços.Os novos empreendimentos privados terão predominantemente usos comerciais nos térreos, mantendo a característica da região.A concentração de edifícios para escritórios se dá junto às gran-des avenidas como Ipiranga, Rio Branco e Duque de Caxias;Os espaços comerciais produzidos permitem acolher a área co-mercial existente que será objeto de intervenção.Está prevista a criação de espaços do tipo galeria nas quadras permeá-veis que permitem a circulação de pedestres internamente às quadras, ampliando as frentes comerciais.

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Equipamentos Sociais Públicos

Complementando a oferta de novas unidades habitacionais e a requalificação de espaços públicos, para oferecer melhores condi-ções de habitabilidade e aumento da qualidade de vida na região, são propostos diversos equipamentos sociais públicos para aten-dimento da população da área, considerando os atuais e futuros moradores, equipamentos estes voltados a:•Assistência Social, estão previstas a construção e reforma de edifícios para

instalação de Centro para Crianças e adolescentes e Núcleo de convivência do Idoso;

•Cultura, está prevista a construção e reforma de edifícios para instalação de Escola Municipal de Iniciação Artística;

•Educação, estão previstas a construção e reforma de edifícios para instalação de 3 Creches, Centro Municipal de Educação Infantil e Escola Municipal de Ensino Fundamental;

•Saúde, está prevista a construção e reforma de edifícios para instalação de Unidade Básica de Saúde.

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A Implantação do Projeto

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O Projeto Nova Luz será implementado em cinco fases ao longo de aproximadamente quinze anos.O cronograma proposto para implementação do projeto concilia a oferta de novas áreas residenciais e não residenciais à deman-da gerada pela intervenção. Isto é, o projeto sempre permitirá a produção antecipada de espaços para acomodar os moradores e as atividades econômicas da Nova Luz que estejam localizados em áreas de renovação. Com isto, propicia-se uma oferta de imóveis maior do que a demanda por espaços, o que deve regular os pre-ços e facilitar os acordos entre os atuais proprietários e locatários.Como fruto do processo de discussão com a sociedade, e confor-me diretrizes do Projeto Nova Luz, o entendimento entre proprie-tários e concessionário urbanístico é premissa para a realização das intervenções. Estão previstos 3 (três) mecanismos para implementação da inter-venção em lotes privados, sendo eles: a) implantação voluntária, na qual os proprietários dos lotes se organizam para desenvolver o Projeto aprovado; b) implantação compartilhada, na qual os proprietários dos imóveis entram como parceiros do concessioná-rio urbanístico; c) implantação exclusiva, em que o concessionário urbanístico fica responsável pela negociação e intervenção.No que se refere à participação voluntária ou compartilhada, o Projeto proporciona ao grupo de proprietários e inquilinos, se-jam eles residenciais ou não, condições para que estes realizem a intervenção proposta, em parceria ou não com o concessionário urbanístico de acordo com as diretrizes estabelecidas no Projeto, respeitando ainda as definições expostas no edital de licitação e os prazos, para que seja demonstrado o interesse em participar do processo.No caso de implementação exclusiva, o concessionário deverá ad-quirir o imóvel prioritariamente por compra. O valor do imóvel para aquisição por compra, ou eventualmente por desapropria-ção, será aferido em procedimento individualizado e próprio, com avaliação realizada por peritos à época da aquisição do imóvel.

Mecanismo de Implantação

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•A utilização do instrumento de Concessão Urbanística permite que seja realizada uma intervenção urbana com a participação da iniciativa privada que assume a implantação do projeto definido pelo Poder Público;

•A implantação do projeto tem custos relacionados às intervenções em espaços públicos e privados, além de outros relacionadas à gestão de sua implementação;

•Com relação aos espaços públicos, estes custos se relacionam às intervenções em passeios públicos como nova iluminação e arborização, adequações de infraestrutura, criação de novos espaços livres e requalificação dos existentes. A este se relaciona ainda o custo e construção e reforma de imóveis destinados à implantação de equipamentos públicos;

•Com relação às áreas privadas, foram estimados os custos de aquisição de imóveis para realização de empreendimentos privados, incluindo aqueles produzidos na ZEIS, e as unidades de HIS produzidas no Programa Renova Luz que deverão ser entregues à PMSP como parte das contrapartidas;

•As despesas relacionadas à gestão de programas ambientais e sócio econômicos atendendo às exigências do licenciamento ambiental, e à gestão global do empreendimento também são custos do concessionário;

•As receitas do concessionário se relacionam aos novos empreendimentos produzidos no âmbito da Concessão;

•Com as contrapartidas previstas por parte do concessionário foi estimado o montante de recursos para que a Concessão possa se viabilizar;

•Os valores definitivos de recursos públicos serão conhecidos por ocasião da licitação para a Concessão Urbanística e da mesma forma, os valores de aquisição de imóveis serão conhecidos por ocasião da intervenção no momento em que ela ocorra, para cada imóvel em particular.

Viabilidade Econômica

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•As intervenções propostas para a área da Nova Luz levaram em conta a estratégias de sustentabilidade que buscam adequar o projeto às demandas da lei municipal de mudanças climáticas. Com essa preocupação foi definido, por exemplo, que os futuros empreendimentos desenvolvidos por meio da Concessão Urbanística deverão apresentar atestação ou certificação ambiental indicando aumento da eficiência do projeto das edificações;

•O aumento de áreas permeáveis nos lotes privados e em áreas públicas, bem como o aumento da arborização também refletem a busca da viabilidade ambiental do projeto;

•Foram realizados estudos ambientais consolidados em Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que avalia as condições da área e as intervenções propostas, propondo medidas e programas socioambientais visando potencializar os impactos positivos e reduzir potenciais impactos negativos;

•Este estudo foi analisado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que autorizaram emissão de Licença Ambiental Prévia para a intervenção, vinculada ao atendimento de um conjunto de exigências e recomendações, indicando a viabilidade da intervenção sob o aspecto ambiental.

Viabilidade Ambiental

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Viabilidade Sócio Econômica

•O projeto proposto atende aos objetivos do Plano Diretor Estratégico, intensificando o uso do solo em área dotada de infraestrutura e com excelentes condições locacionais, ampliando o uso residencial em especial para Habitações de Interesse Social;

•Por meio da aplicação da concessão Urbanística será possível implementar os empreendimentos habitacionais na ZEIS 3 C 016 Sé, produzindo 1.820 unidades de HIS e outras 373 de HMP. Outras 439 unidades de HIS serão produzidas fora da ZEIS propiciando diversidade de localização e oferta de habitação para todos que forem diretamente afetados pela intervenção;

•A implantação do projeto de forma progressiva ao longo do período de concessão, possibilita a criação de estoque prévio de área construída, permitindo acomodar tanto moradores quanto atividades econômicas hoje instaladas na área;

•Com a implantação progressiva prevista, o impacto sobre as atividades econômicas é atenuado, pois a intervenção ocorre posteriormente à oferta de nova área construída destinada a uso não residencial;

•Esta oferta prévia de área construída cria, portanto, condições para que os atuais ocupantes da área nela permaneçam;

•Os novos espaços livres criados geram áreas de convivência para os moradores e usuários da região fortalecendo vínculos de comunidade local;

•A instalação de novos equipamentos sociais públicos propicia melhores condições de desenvolvimento socioeconômico para a população local, com oferta de equipamentos para assistência social, cultura, educação e saúde, permitindo ampliar a qualidade de vida dos moradores da área.

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Próximos

Passos

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Próximos passos

Com a conclusão da elaboração do Projeto Urbanístico Específi-co e seus Estudos Complementares se encerram as atividades do Consórcio Nova Luz.A partir desta proposição em sua versão final, a Prefeitura do Mu-nicípio de São Paulo possui elementos para levar adiante a reali-zação da concorrência pública que selecionará a empresa, ou o conjunto de empresas, apta a realizar a implantação do Projeto, assim como concebido.Caberá ao Poder Público estruturar um conselho gestor com parti-cipação da sociedade civil, de formação paritária, que acompanha-rá o ciclo completo de execução do Projeto Urbanístico Específico.De acordo com o cronograma de implantação, estima-se que as intervenções se realizem ao longo de 15 (quinze) anos.

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