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Universidade Católica do Salvador Instituto de Letras Curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas com Ênfase em Marketing PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO MARIANA MAGALHÃES Autores: Ana Cláudia Reis Ana Luiza Oliveira Bruna Nascimento Everton Santos Iva Regina Brito Jeferson Ribeiro Jocilene Silva Larissa Dourado Luciana Barbosa Lucimeire Conceição Professores Orientadores: Ilka Carrera Iraneide Costa José Hamilton Sampaio Mário Garcia Mateus Freire Nadja Wine Salvador Bahia 2008.1

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Page 1: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

Universidade Católica do Salvador

Instituto de Letras

Curso de Comunicação Social com Habilitação em

Relações Públicas com Ênfase em Marketing

PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

ABRIGO MARIANA MAGALHÃES

Autores:

Ana Cláudia Reis

Ana Luiza Oliveira

Bruna Nascimento

Everton Santos

Iva Regina Brito

Jeferson Ribeiro

Jocilene Silva

Larissa Dourado

Luciana Barbosa

Lucimeire Conceição

Professores Orientadores:

Ilka Carrera

Iraneide Costa

José Hamilton Sampaio

Mário Garcia

Mateus Freire

Nadja Wine

Salvador – Bahia

2008.1

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OM ENFASE EM MARKETING

PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

ABRIGO MARIANA MAGALHÃES

Equipe

Professores Orientadores

Page 3: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

Universidade Católica do Salvador

Instituto de Letras

Curso de Comunicação Social com Habilitação em

Relações Públicas com Ênfase em Marketing

PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

ABRIGO MARIANA MAGALHÃES

Trabalho apresentado ao Curso de Comunicação Social

com habilitação em Relações Públicas com ênfase em

Marketing, da Universidade Católica do Salvador, como

requisito final para obtenção do grau de Bacharel em

Relações Públicas e Marketing.

Salvador – Bahia

2008.1

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Universidade Católica do Salvador

Instituto de Letras

Curso de Comunicação Social Com Habilitação Em

Relações Públicas com Ênfase em Marketing

Nome do departamento:

Comunicação Social

Diretora:

Maria do Socorro de Souza Fraga

Vice-Diretor:

Milton Reis Barbosa

Chefe do Departamento:

Luis Carlos Teodoro

Coordenador do curso:

José Hamilton Sampaio

Professores Orientadores:

Ilka Carrera, Iraneide Costa, José Hamilton Sampaio, Mário Garcia, Mateus Freire, Nadja

Wine

Cliente:

Abrigo Mariana Magalhães

Equipe:

Ana Cláudia Reis, Ana Luiza Oliveira, Bruna Nascimento, Everton Santos, Iva Regina Brito,

Jeferson Ribeiro, Jocilene Silva, Larissa Dourado, Luciana Barbosa, Lucimeire Conceição

Salvador – Bahia

2008.1

Page 5: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

A

Nossos pais, por nos terem ensinado a

aprender e por nos ajudarem a dar passos cada

vez maiores.

Nossos mestres, pelo incentivo e pela

orientação, ajudando-nos a mostrar o quão é

importante o uso da comunicação.

Nossos amores e amigos, por nos ajudarem e

por compreenderem a importância desta

caminhada em nossas vidas.

Page 6: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente ao Pai Maior, pela oportunidade que nos foi concedida de

vencermos mais este obstáculo; aos nossos pais, que, com confiança e perseverança, sempre

acreditaram no nosso potencial; à nossa família, que nos apoiou nessa caminhada; aos

professores, que nos orientaram com maestria em toda a nossa vida acadêmica; aos parceiros,

que contribuíram para a realização das ações implementadas e aos amigos Camila Castor,

Camila Liz, Edneudes Sacramento, Elba Boa Morte, Fernanda Lima, Gillian Bahia, Igor

Lima, Larissa Lima e Vlaidi Gonçalves, pelo apoio dado no período do projeto.

Page 7: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

A alegria está na luta, na tentativa, no

sofrimento envolvido. Não na vitória

propriamente dita.

MAHATMA GANDHI

A mente que se abre a uma nova idéia jamais

volta ao seu tamanho original.

ALBERT EINSTEIN

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RESUMO

O Projeto Experimental de Relações Públicas é um plano de comunicação elaborado para o

Abrigo Mariana Magalhães com objetivo de divulgar a sua imagem perante a sociedade e

estreitar as relações da instituição com seus stakeholders. O AMMA é uma instituição

filantrópica que presta um serviço de utilidade pública, de acolhimento e cuidado à senhoras

idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de

Relações Públicas e Marketing, apreendidas no decorrer do período acadêmico, identificando

os pontos positivos e negativos da organização, para aproveitar as oportunidades e trabalhar

as fraquezas. Com base nesta primeira análise, foram estruturadas pesquisas direcionadas aos

públicos estratégicos, objetivando o levantamento de dados para um estudo mais preciso dos

cenários internos e externos da organização. Fundamentado no estudo dos dados obtidos,

diagnosticou-se que a comunicação do AMMA era mal estruturada e ineficaz, o que

ocasionava problemas de relacionamento entre a instituição e seus públicos. Por conseguinte,

foi necessária a elaboração de um planejamento estratégico que reestruturasse e abrisse os

canais de comunicação com estes públicos. Inicialmente, foram implementadas ações de

comunicação interna e institucional, dirigidas aos colaboradores e moradoras, por se tratar de

um público essencial para a organização, e no segundo momento, ações de comunicação

direcionadas para os grupos estratégicos do cenário externo da instituição. Os resultados das

ações desenvolvidas têm como propósito consolidar a imagem do AMMA na sociedade como

uma instituição sem fins lucrativos que presta um serviço de utilidade pública e fortalecer as

redes de relacionamentos existentes.

Palavras chaves: Projeto Experimental, Relações Públicas, Imagem, stakeholders,

comunicação.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Formas de auxílio.................................................................................................29

Tabela 2 - Diferença entre filantropia e compromisso social................................................30

Tabela 3 - Cronologia da atividade de Relações Públicas nos EUA.....................................32

Tabela 4 - Cronologia da atividade de Relações Públicas no Brasil.....................................32

Tabela 5 - As definições e funções das Relações Públicas ..................................................33

Tabela 6 - As funções das Relações Públicas.......................................................................36

Tabela 7 - Demonstrativo da conceituação lógica de públicos.............................................38

Tabela 8 - Definição de valor e satisfação para o cliente.....................................................49

Tabela 9 - Os 4P´s versus os 4 C´s........................................................................................54

Tabela 10 - Critérios para a diferenciação de serviços.........................................................56

Tabela 11 - Classificação de serviços de consumo..............................................................56

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Sexo dos entrevistados ....................................................................................... 131

Gráfico 2 – Faixa etária dos entrevistados ............................................................................ 132

Gráfico 3 – Grau de instrução dos entrevistados ................................................................... 133

Gráfico 4 – Faixa de renda dos entrevistados ........................................................................ 134

Gráfico 5 – Bairro onde residem os entrevistados ................................................................. 135

Gráfico 6 – Qual setor que ocupa na instituição .................................................................... 136

Gráfico 7 – Há quanto tempo trabalha no AMMA ................................................................ 137

Gráfico 8 – Conhece a história do AMMA ........................................................................... 138

Gráfico 9 – Qual a imagem do AMMA ................................................................................. 139

Gráfico 10 – Como acha que pode contribuir para melhorar a imagem do

AMMA....................................................................................................................................140

Gráfico 11 – Sente-se parte integrante do abrigo ................................ ..................................141

Gráfico 12 – Sente-se motivado a desenvolver seu trabalho no abrigo................................. 142

Gráfico 13 – O AMMA realiza treinamento ......................................................................... 143

Gráfico 14 – Caso a resposta seja sim, esse lhe ajudou no desenvolvimento das suas

atividades na instituição......................................................................................................... 144

Gráfico 15 – Gostaria que o abrigo oferecesse treinamentos ................................................ 145

Gráfico 16 – Quais são os meios de comunicação utilizados pelo AMMA para divulgar as

informações ........................................................................................................................... 146

Gráfico 17 – Na instituição, existe algum meio de comunicação que seja destinado a sugestões

e/ou reclamações.................................................................................................................... 148

Gráfico 18 – Com que freqüência o AMMA promove reuniões ........................................... 149

Gráfico 19 – Comparece às reuniões oferecidas ................................................................... 150

Gráfico 20 - Por que não comparece às reuniões .................................................................. 151

Gráfico 21 – Opina nas reuniões ........................................................................................... 152

Gráfico 22 – Caso a resposta seja Não, por que não opina ................................................... 153

Gráfico 23 – Caso a resposta seja sim, se suas opiniões são levadas em consideração.... .... 154

Gráfico 24 – Qual o meio que utiliza para manifestar suas opiniões .................................... 155

Gráfico 25 – Qual seu grau de satisfação com relação à Diretoria, colegas de trabalho,

moradoras e administração. ................................................................................................... 156

Gráfico 26 – Qual seu grau de satisfação com relação à disponibilidade de acesso ao AMMA,

segurança na localização, infra-estrutura, higiene e salário/benefícios. ................................ 160

Gráfico 27 – Cite três pontos positivos do AMMA............................................................... 165

Gráfico 28 – Cite três pontos negativos do AMMA .............................................................. 166

Gráfico 29 – Faixa etária das idosas ...................................................................................... 167

Gráfico 30 – Profissão das idosas .......................................................................................... 168

Gráfico 31 – Faixa de renda das idosas ................................................................................. 169

Gráfico 32 – Se as idosas têm filhos. Caso a resposta seja sim, quantos .............................. 170

Gráfico 33 – Se possuem plano de saúde, qual .................................................................... 171

Gráfico 34 – Quem paga o abrigo ......................................................................................... 172

Gráfico 35 – Como conheceu o abrigo .................................................................................. 173

Gráfico 36 – Como foi tomada a decisão de ir morar no abrigo ........................................... 174

Gráfico 37 – Como a família reagiu à iniciativa de ir morar no abrigo ................................ 175

Gráfico 38 – Os que não aceitaram foram porque ................................................................. 176

Gráfico 39 – Há quanto tempo reside no Abrigo................................................................... 177

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Gráfico 40 – Em qual andar fica localizado seu quarto ......................................................... 178

Gráfico 41 – De quais itens dispõe seu quarto ...................................................................... 179

Gráfico 42 – Porque escolheu o Abrigo Mariana Magalhães ................................................ 180

Gráfico 43 – O Abrigo Mariana Magalhães está correspondendo às suas expectativas ....... 181

Gráfico 44 – A estrutura do Abrigo Mariana Magalhães lhe agrada..................................... 182

Gráfico 45 – Qual sua opinião com relação à segurança do Abrigo Mariana Magalhães ..... 183

Gráfico 46 – Está satisfeita com os serviços prestados pelos colaboradores do Abrigo ....... 184

Gráfico 47 – Está satisfeita com os recursos de apoio (enfermaria, cozinha, apartamentos,

capela, fisioterapia) ................................................................................................................ 185

Gráfico 48 – Na opinião das idosas, quais serviços podem ser melhorados ......................... 186

Gráfico 49 – Participa das atividades promovidas pelo abrigo (confraternizações, missas e

fisioterapia) ............................................................................................................................ 187

Gráfico 50 – Como se dá sua relação com as demais moradoras do abrigo.......................... 188

Gráfico 51 – Recomendaria o Abrigo Mariana Magalhães a uma amiga ............................. 189

Gráfico 52 – Freqüenta as aulas de Psicodrama .................................................................... 190

Gráfico 53 – O que o Abrigo Mariana Magalhães representa hoje para você ....................... 192

Gráfico 54 – Conhece a causa franciscana ............................................................................ 193

Gráfico 55 – Qual sua opinião em relação a essa causa ........................................................ 194

Gráfico 56 – Concorda com que o Abrigo é uma Organização filantrópica (ONG) ............ 195

Gráfico 57 – Lê as informações fixadas nos murais .............................................................. 196

Gráfico 58 – Tem conhecimento das atividades que o Abrigo Mariana Magalhães

desenvolve......... .................................................................................................................... 197

Gráfico 59 – Tem conhecimento das mudanças que ocorrem no Abrigo Mariana

Magalhães......... ..................................................................................................................... 198

Gráfico 60 - Bairro onde residem os entrevistados ............................................................... 199

Gráfico 61 – Sexo dos entrevistados ..................................................................................... 201

Gráfico 62 – Faixa etária dos entrevistados .......................................................................... 202

Gráfico 63 – Grau de instrução dos entrevistados ................................................................. 203

Gráfico 64 – Religião dos entrevistados ................................................................................ 204

Gráfico 65 – Ocupação dos entrevistados ............................................................................. 205

Gráfico 66 – Quantas pessoas compõem o grupo familiar .................................................... 206

Gráfico 67 – Renda mensal da família .................................................................................. 207

Gráfico 68 – Conhece alguma ONG na cidade do Salvador que abriga idosos .................... 208

Gráfico 69 – ONG‟s soteropolitanas que abrigam idosos ..................................................... 209

Gráfico 70 – Como considera o trabalho desenvolvido pelo abrigo de idosos na sociedade 211

Gráfico 71 – Se é dever da sociedade civil e das empresas privadas contribuirem com as

ONG‟s que abrigam idosos ................................................................................................... 213

Gráfico 72 – Se tem algum membro da família (idoso) que viva num abrigo ...................... 215

Gráfico 73 – Se a resposta for NÃO, se colocaria um membro da sua família em um

abrigo................. .................................................................................................................... 216

Gráfico 74 – Conhece ou já ouviu falar no Abrigo Mariana Magalhães ............................... 217

Gráfico 75 – Caso a resposta seja SIM, de que forma. .......................................................... 218

Gráfico 76 – Caso a resposta seja SIM, em qual bairro fica localizado. ............................... 219

Gráfico 77 – Você ou um membro da família ajuda ou já ajudou algum abrigo de idosos .. 220

Gráfico 78 – Abrigos ajudados pelos entrevistados .............................................................. 221

Gráfico 79 – Que tipo de referência levaria em conta ao escolher um abrigo de idosos para

realizar uma doação ............................................................................................................... 222

Gráfico 80 – Como gostaria de colaborar, caso esteja disposto a ajudar um abrigo de

idosos............ ......................................................................................................................... 224

Gráfico 81 – Como gostaria de tomar conhecimento das ações desenvolvidas pelo abrigo . 225

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Gráfico 82 – Qual sua avaliação em relação ao jornal mural ................................................ 249

Gráfico 83 – Qual sua avaliação em relação ao quadro de avisos ......................................... 249

Gráfico 84 – Qual sua avaliação em relação a sinalização .................................................... 253

Gráfico 85 – Qual sua avaliação em relação ao painel de memória ...................................... 257

Gráfico 86 – Qual sua avaliação em relação a placa de filosofia

organizacional..........................................................................................................260

Gráfico 87 – As ferramentas de comunicação aplicadas transmitiram clareza e

objetividade............. .............................................................................................................. 266

Gráfico 88 – Qual sua avaliação em relação ao evento de inauguração das ferramentas de

comunicação .......................................................................................................................... 267

Gráfico 89 – Como você avalia o evento .............................................................................. 277

Gráfico 90 – Como você avalia a iniciativa do AMMA ao realizar este evento ................... 277

Gráfico 91 – O AMMA deve incluir em seu planejamento outras atividades como esta... ...278

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 18

2. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 200

3. OBJETIVOS DO PROJETO ....................................................................................... 244

3.1. Objetivo Geral ............................................................................................................ 244

3.2. Objetivos Específicos .................................................................................................. 244

4. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 255

4.1. Terceiro Setor ............................................................................................................... 26

4.2. Responsabilidade Social ............................................................................................... 29

4.3. Relações Públicas ........................................................................................................ 300

4.4. Públicos .......................................................................................................................... 35

4.5. Comunicação ............................................................................................................... 388

4.6. Comunicação Institucional .......................................................................................... 39

4.7. Comunicação Dirigida .................................................................................................. 41

4.8. Comunicação Interna ................................................................................................. 422

4.9. Marketing .................................................................................................................... 455

4.10. Marketing de Relacionamento .................................................................................. 477

4.11. Serviços ........................................................................................................................ 511

5. METODOLOGIA .......................................................................................................... 566

6. ANÁLISE DE MACROAMBIENTE ........................................................................ 5959

6.1. Ambiente Demográfico............................................................................................. 5959

6.2. Ambiente Econômico ................................................................................................ 6262

6.3. Ambiente Natural-Geográfico ................................................................................... 666

6.4. Ambiente Tecnológico ................................................................................................ 700

6.5. Ambiente Político-Legal ............................................................................................... 72

6.6. Ambiente Sócio-Cultural ........................................................................................... 755

7. BRIEFING ................................................................................................................... 7979

7.1. A Organização .......................................................................................................... 7979

7.1.1. Identificação e dados gerais ........................................................................................ 79

7.1.2.História ........................................................................................................................ 800

7.1.3. Infra-estrutura

física....................................................................................................822

7.1.4.Transporte ................................................................................................................... 844

7.1.5. Produtos e Serviços .................................................................................................... 844

7.1.6. Situação Econômica .................................................................................................. 866

7.1.7. Estrutura Organizacional e Administrativa .......................................................... 877

7.1.8. Filosofia .................................................................................................................. 9089

7.1.9. Cultura Organizacional ............................................................................................ 911

7.1.10. Clima Organizacional ............................................................................................. 933

7.2. A Comunicação ........................................................................................................... 966

7.2.1. Sistema de Comunicação .......................................................................................... 966

7.2.2. Mapeamento dos Públicos ...................................................................................... 1000

7.2.2.1. Público interno ...................................................................................................... 1011

7.2.2.2. Público externo ..................................................................................................... 1044

8. RELATÓRIO DE PESQUISA ................................................................................... 1166

8.1. Introdução ................................................................................................................. 1166

Page 14: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

8.2. Metodologia ............................................................................................................... 1188

8.3. Análise de dados ......................................................................................................... 122

8.4. Cruzamento dos dados ........................................................................................... 21919

8.5. Considerações Finais .............................................................................................. 22929

9. ANÁLISE DE PFOA ................................................................................................... 2333

9.1. Potencialidades do AMMA ...................................................................................... 2344

9.2. Fragilidades do AMMA ........................................................................................... 2344

9.3. Oportunidades de mercado ..................................................................................... 2355

9.4. Ameaças de mercado ................................................................................................ 2355

10. DIAGNÓSTICO .......................................................................................................... 2366

10.1. Problemas .................................................................................................................. 2366

10.2. Oportunidades ........................................................................................................ 23737

11. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO ..................................................................... 23939

11.1. Objetivos e Estratégias de marketing ................................................................... 23939

11.1.1. Objetivo Geral .................................................................................................. 23939

11.1.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 23939

11.1.3. Estratégias de Marketing ................................................................................... 2400

11.2. Objetivos e Estratégias de Comunicação................................................................ 2411

11.2.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 2411

11.2.2. Objetivos Específicos .......................................................................................... 2411

11.2.3. Estratégias de Comunicação .............................................................................. 2422

12. AÇÕES IMPLEMENTADAS .................................................................................... 2444

12.1. “AMMA em Pauta” .................................................................................................. 2444

12.2. “É por Aqui!” ............................................................................................................ 2511

12.3. “AMMA Conta Sua História” ................................................................................. 2555

12.4. “Conhecer é Preciso!” ............................................................................................ 25959

12.5. “Bem Vindo ao AMMA” .......................................................................................... 2622

12.6. “Conheça o AMMA!” ............................................................................................. 26969

12.7. “Sou AMMA Sim!” .................................................................................................. 2733

12.8. “AMMA em Obras” ................................................................................................. 2800

12.9. “Semeando um Sorriso!” ......................................................................................... 2844

12.10. “Quem AMMA Doa!” ......................................................................................... 288

12.11. “AMMA em Canto” ............................................................................................ 293

12.12. “AMMA em Imagens” ........................................................................................ 297

12.13. “Comunidade AMMA” ..................................................................................... 3011

12.14. “Seja AMMA Você Também!” ........................................................................ 3055

12.15. “AMMA INFORMA!” ...................................................................................... 3088

13. AÇÕES SUGERIDAS ............................................................................................... 31111

13.1. “AMMA Comunica” .............................................................................................. 31111

13.2. “Conectado ao Mundo!” .......................................................................................... 3144

13.3. “Dia-Dia AMMA” .................................................................................................... 3177

13.4. “O Sorriso de Quem é AMMA!” ............................................................................. 3199

13.5. “Grandes Damas Baianas” .................................................................................... 32222

13.6. “Dançar é Viver!” ................................................................................................... 32626

14. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 3299

15. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 33232

15.1. Bibliográficas .......................................................................................................... 33232

15.2. Sites .......................................................................................................................... 33535

16. ANEXOS ...................................................................................................................... 3399

Page 15: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

18

1. INTRODUÇÃO

Uma das premissas para o sucesso das organizações é o relacionamento com seus públicos;

este deve ser concebido e cuidado de maneira a formar uma imagem organizacional positiva.

A atividade de relações públicas consiste exatamente em salvaguardar a imagem das

organizações e gerenciar o relacionamento com os públicos que a cercam, alcançando a

confiança destes através do planejamento e execução de estratégias e programas de

comunicação dirigida. O estabelecimento de canais de comunicação ajuda a equilibrar as

necessidades das organizações e de seus públicos, assim propiciando a ambos uma relação

satisfatória.

Desta maneira, a comunicação é um valor social e político para as empresas; enquanto o

marketing é um valor econômico e um processo de satisfação de desejos e necessidades

através da troca de valores. Quando associados, eles dão condições para que sejam alcançados

os objetivos organizacionais. Com base nisso, o Grupo 1 (G1), da turma 2008.1 do curso de

Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas e ênfase em Marketing da

Universidade Católica do Salvador, elaborou este projeto experimental, um trabalho

acadêmico direcionado para o mercado.

O planejamento da comunicação do Abrigo Mariana Magalhães – AMMA é uma produção

científica, que tem a instituição como objeto de estudo e propõe soluções práticas para o que

foi diagnosticado. Apresenta uma parte teórica, com conceitos e metodologias que servem

como referência para o desenvolvimento deste plano. E uma prática, quando a realidade da

instituição é conhecida e são diagnosticados os problemas e as necessidades, são propostas

soluções através do planejamento e execução de ações de relações públicas e marketing, bem

como são avaliados os resultados obtidos.

Sua viabilidade na instituição é decorrente da vontade da administração em torná-la moderna,

com a melhoria de seus serviços e relacionamentos; na verdade, a atividade de relações

públicas se faz viável em qualquer tipo de organização, “dependendo do tipo, dos objetivos,

Page 16: PROJETO EXPERIMENTAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ABRIGO … · idosas. Para consecução do projeto, inicialmente, foram utilizadas ferramentas das áreas de Relações Públicas e Marketing,

19

da finalidade e da política da organização, é que se vai traçar um plano adequado a cada

uma”. (KUNSCH, 2003, p. 90-1)

Este projeto usa as ferramentas de marketing e relações públicas para auxiliar no

cumprimento da missão organizacional, utilizando-se de seus conceitos, enfoques e

instrumentos, mesmo que distintos, porém seguindo o mesmo processo metodológico. Kunsch

(2003, p. 95-6) ressalta a importância de ambas e define as atividades dos profissionais que

atuam nessas áreas, como:

relações públicas: a) identificam os públicos, suas reações, percepções e

pensam em estratégias comunicacionais de relacionamentos de acordo com

as demandas sociais e o ambiente organizacional; b) supervisionam os

programas de comunicação com públicos [...]; c) prevêem e gerenciam

conflitos e crises [...];

marketing: a) objetiva persuadir o público-alvo e satisfazer os

clientes/consumidores; b) identifica e cria mercados para os produtos e

serviços das organizações; c) coordena e supervisiona os programas de

comunicação mercadológica ou de marketing para criar e manter os

produtos e serviços.

São analisados neste plano, através da visão de relações públicas, os processos de

comunicação, o relacionamento da organização com seus públicos e a imagem resultante

deles. E, sob a ótica do marketing, os processos de troca de valor e as interferências do

mercado na organização.

Neste contexto, com o uso de levantamento bibliográfico, pesquisa quantitativa e qualitativa,

observações e conversas informais, analisou-se a realidade do AMMA, o seu microambiente,

o perfil do seu cliente; e o macroambiente, com suas variáveis de mercado, levantando as

possíveis ameaças e oportunidades. Desta análise, foram levantadas informações que

embasaram o diagnóstico produzido pelo G1.

Verificou-se, através das pesquisas e do estudo da empresa, a necessidade de implementação

de técnicas de comunicação e mercadologia, com o objetivo de promover a imagem do

AMMA como uma organização filantrópica, de utilidade pública, bem como de fortalecer o

relacionamento com seus públicos estratégicos, interno (colaboradores) e externo (abrigadas,

sociedade, parceiros, fornecedores e imprensa), no período de fevereiro a junho de 2008.

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2. JUSTIFICATIVA

O projeto experimental em relações públicas constitui-se de uma aplicação dos conhecimentos

teóricos e práticos adquiridos durante o período acadêmico, em organizações reais do

primeiro, segundo ou terceiro setor, com o intuito de conscientizá-las sobre a atividade

profissional. Para isso, buscamos junto ao Abrigo Mariana Magalhães um aprendizado prático

e uma produção de qualidade, que nos enriquecesse com sabedoria e experiências.

O G1 identificou no Abrigo Mariana Magalhães a necessidade da aplicação do projeto

experimental. Viu aí uma oportunidade para a utilização da capacidade das relações públicas

de:

elevar „o nível de entendimento, solidariedade e colaboração entre uma

entidade, pública ou privada, e os grupos sociais a ela ligados, num processo

de interação de interesses legítimos, para promover o desenvolvimento

recíproco e da comunidade a que pertencem‟. (ANDRADE apud FORTES,

2003, p. 41)

Por uma questão histórica, as relações públicas estavam mais centradas no âmbito empresarial

e governamental. Nas últimas décadas, com o fortalecimento e organização da sociedade civil,

a valorização do terceiro setor, o crescimento do número de organizações não-governamentais

(ONGs) e entidades com ou sem fins lucrativos, deu-se uma expansão do campo de atuação e

pesquisa1 (KUNSCH, 2003, p. 90-1).

Isto oportuniza ao profissional vivenciar novas perspectivas e possibilidades em uma área

com uma grande demanda de comunicação. As relações públicas têm a oportunidade de

auxiliar no relacionamento com os grupos de interesse das instituições, fazendo um completo

1 Esta expansão pode ser notada neste Plano de Comunicação para o Abrigo Mariana Magalhães, que representa

uma contribuição à produção acadêmica da área de Relações Públicas, uma fonte de pesquisa aos estudantes e

profissionais que queiram conhecer a viabilidade desta atividade profissional no Terceiro Setor. De acordo com

Freitas e França (2002, p. 185), o projeto experimental, a partir de sua visão sistêmica da administração aliada ao

planejamento estratégico, ultrapassa o caráter experimental e se aproxima qualitativamente aos projetos

profissionais. Eles também versão sobre a contribuição temática dos projetos para a academia, como os “temas

institucionais e promocionais, assuntos governamentais e de interesse público, temas sociais e comunitários,

questões ecológicas, estudo e defesa da profissão, e outros” (2002, p. 33).

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estudo dos públicos, empregando ferramentas de comunicação com o intuito de divulgar a

causa, os objetivos e valores, propagando a imagem institucional e firmando parcerias e

acordos com o primeiro e segundo setor.

A necessidade de se “estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma organização e

todos os grupos aos quais está, direta ou indiretamente, ligada” (ANDRADE apud FORTES,

2003, p. 40) justifica e legitima a criação deste plano de comunicação para o Abrigo.

Identificou-se, através de reuniões, análises de dados e observações, a necessidade de se

proceder um trabalho de comunicação na instituição que desenvolvesse diálogos com seus

públicos, com a utilização de canais de comunicação estruturados, a fim de informá-los sobre

a realidade da instituição, criando uma opinião pública esclarecida, menos susceptíveis a

conflitos e capazes de disseminar a filosofia organizacional.

Kunsch (2003, p. 120) percebe as ações sociais e projetos desenvolvidos em benefício da

sociedade pelas organizações como possibilidades bem sucedidas de atuação das relações

públicas, que “poderão coordenar projetos; [...] promover parcerias entre os poderes públicos,

a iniciativa privada e o terceiro setor; [...]; colaborar com iniciativas da comunidade local”.

Neste contexto, de acordo com as definições das funções de relações públicas, foram

pensados objetivos, estratégias e ações para melhor gerir a comunicação do Abrigo.

De acordo com Kunsch (2003, p. 100), a função administrativa visa “atingir toda a

organização, fazendo as articulações necessárias para maior interação entre setores, grupos,

subgrupos etc”. O G1 planejou ações de valorização dos colaboradores e uma comunicação

interna dirigida, para que esses se sintam parte integrante da mesma, sejam motivados a

prestar os serviços com qualidade, unindo-se as relações públicas às relações humanas.

Ajudar no posicionamento das organizações perante a sociedade, atingindo seus objetivos,

cumprindo a sua missão, desenvolvendo a sua visão e cultivando os seus valores, logo

fortalecendo a sua imagem institucional, é uma função estratégica (KUNSCH, 2003, p. 103).

Através do uso da comunicação institucional, este plano trabalha a identidade coorporativa do

Abrigo, identificando os problemas e oportunidades relacionados a ela, propondo soluções

para desenvolver uma opinião pública favorável.

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É vital o uso da comunicação e de seus diversos meios, massivos e dirigidos, para mediar as

relações entre as organizações e seus públicos, reciprocamente. A função mediadora é

essencial para o desenvolvimento eficiente das atividades de relações públicas, através da

prática do “intercâmbio de informações” e da “comunhão de idéias”. Para colocá-la em

prática, o G1 usa a comunicação integrada, para viabilizar o diálogo entre o Abrigo e seus

públicos, munindo estes últimos de informações e de canais acessíveis e direcionados de

comunicação.

Segundo Kunsch (2003, p. 109), “como função política, as relações públicas lidam

basicamente com as relações de poder dentro das organizações e com a administração de

controvérsias, confrontações, crises e conflitos sociais que acontecem no ambiente do qual

fazem parte”. A partir da afirmação acima, o G1 planejou o exercício desta função, através do

gerenciamento de eventuais problemas de relacionamentos, provocados pelo comportamento

da própria instituição, das abrigadas e dos colaboradores.

Este plano busca gerir a comunicação nessas quatro instâncias, de acordo com as funções:

administrativa, a estratégica, a mediadora e a política; para desta forma conseguir superar as

expectativas da instituição em relação à atividade de relações públicas; como, também, dos

colaboradores, das abrigadas e da sociedade em geral em relação ao Abrigo. Isto se dará

através da reestruturação dos canais de comunicação, da implementação de programas de

relações públicas que atinjam a todos os públicos-alvos. Assim, poderão ser alterados os

comportamentos e atitudes dos mesmos que antes eram prejudiciais à instituição e

influenciavam negativamente na cultura, para que se consiga uma melhora no clima

organizacional e se gerem benefícios mútuos.

Assim, “na prática, as relações públicas buscam criar e assegurar relações confiantes ou

formas de credibilidade entre organizações e os públicos com quais elas se relacionam”

(KUNSCH, 2003, p. 102). Como uma ação conjunta ao uso das atividades de relações

públicas, as ferramentas de marketing também são utilizadas nesse plano para que se

alcancem os objetivos da instituição.

Kotler (2000, p. 30) afirma que o marketing é “um processo social por meio do qual pessoas e

grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e

livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. Podemos, então, entendê-lo

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como um processo de satisfação de desejos e necessidades através da troca, havendo lucro ou

não. Dentro da realidade do Abrigo Mariana Magalhães, falar de marketing é relacioná-lo à

prospecção de parceiras para a obtenção de recursos materiais, humanos e financeiros; e como

também na satisfação das abrigadas em relação ao serviço oferecido, enquanto consumidoras

e razão de existir do Abrigo.

Esse processo de marketing é possível após se “analisar as oportunidades de marketing,

pesquisando e selecionando mercados-alvo, delineando estratégias, planejando programas e

organizando, implementando e controlando o esforço de marketing” (KOTLER, 2000, p.

108). Logo, análise do macro e do microambiente do Abrigo, aqui feita, dá ao profissional de

marketing a necessária justificativa de se acreditar na implementação de suas ações em

organizações sem fins lucrativos, conscientizando sobre a importância de sua atuação para a

prospecção de parceiros em um setor carente dos mesmos.

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3. OBJETIVOS DO PROJETO

3.1. Objetivo Geral

Analisar o exercício da comunicação e do marketing no Abrigo Mariana Magalhães e o

relacionamento com seus públicos estratégicos, diagnosticando suas necessidades e

implementando ações programadas visando solucionar os problemas encontrados e, assim,

fortalecendo a imagem institucional.

3.2. Objetivos Específicos

Conscientizar a instituição quanto à importância do uso das Relações Públicas;

Observar a dinâmica organizacional;

Conhecer os processos de comunicação organizacional;

Conhecer os relacionamentos da instituição;

Analisar as ameaças e as oportunidades proporcionadas pelas forças macroambientais;

Propor estratégias que atendam às necessidades de relacionamento da instituição com

os grupos de interesse;

Implementar instrumentos que assegurem a interação da instituição com os grupos de

interesse;

Analisar a evolução da reação dos grupos diante das ações da instituição.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

Este referencial objetiva melhor compreender a atividade de relações públicas e marketing,

criando um embasamento necessário para a discussão sobre a utilização da comunicação

organizacional em organizações do terceiro setor, tendo como objeto de estudo o Abrigo

Mariana Magalhães.

O primeiro tema a ser abordado, o Terceiro Setor, discute o seu surgimento, a origem do seu

conceito, utilizando de algumas definições de autores como Domeneghetti, Gabin, Melo e

Froes e do Instituto Ethos, para elucidar a sua existência. É abordada, também, a

Responsabilidade Social e a diferenciação entre compromisso social e filantropia.

Para a compreensão da utilidade da comunicação no AMMA, como um instrumento

fundamental para o relacionamento entre a organização e seus grupos de influência, foram

utilizados autores como Bordenave, Chiavenato, Kunsch, Fortes, Cesca, e Wey, analisando

temas como a Comunicação Institucional, a Comunicação Dirigida e a Comunicação Interna.

Dentro da comunicação, analisaram-se, também, as funções, as atividades e as definições de

Relações Públicas, como uma maneira de intermediar o relacionamento entre a organização e

seus públicos para promover uma imagem positiva da instituição.

Considerando o Marketing um processo de troca e satisfação das necessidades e desejos, ele

deve ser analisado dentro do contexto do AMMA, utilizando os conceitos de Marketing de

Relacionamento e de Marketing de Serviços para confirmar a importância de se manter bons

relacionamentos com o público-alvo dos serviços. Foram utilizados autores como Las Casas,

Kotler, Bretzke, Ian Gordon, McCarthy, Loverlock, McKenna e Achrol, seus conceitos e

definições.

Os temas abordados e as devidas análises estão relacionados, a seguir.

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4.1. Terceiro Setor

Os trabalhos organizados socialmente tiveram origem nos séculos XVI e XVII na Europa, na

América do Norte e América Latina. Inicialmente, surgiram com caráter religioso ou político,

sendo também influenciadas pelos sistemas de governo e pelas políticas nacionais vigentes. A

partir do ano 1800, a relação da sociedade civil2 e do setor privado com o Estado e com o

governo diversificou-se e intensificou-se e fez com que as associações adquirissem

características do Estado e da Igreja. (ALBUQUERQUE, 2006)

Após a Primeira Guerra Mundial, o pensamento liberal pressupõe um papel mais ativo do

Estado de Bem-Estar Social, como uma tentativa de reaproximar o Estado e a sociedade. A

partir da Segunda Guerra Mundial, ocorreram mudanças que causaram problemas locais,

regionais, nacionais e mundiais. Em 1970, na América Latina, surge a sociedade civil, com

expressivo caráter político. (ALBUQUERQUE, 2006)

A origem do conceito de Terceiro Setor surge nos Estados Unidos, na primeira metade do

século, a partir do caráter filantrópico de algumas organizações norte-americanas, sendo uma

combinação do Estado (público) e empresariado (privado). Segundo Domeneghetti (2001, p.

2001), surge “uma esfera pública não estatal e de iniciativas privadas com sentido público”.

No Brasil, o conceito ainda é recente, mas estudos mostram que o Terceiro Setor já responde

por 1,5% do PIB com R$ 10,9 bilhões, surgindo assim uma nova possibilidade de atenuar ou

estagnar os problemas sociais. O termo originou-se da expressão inglesa Thirt Sector, e ainda

causa confusão com o Setor Terciário. (DOMENEGHETTI, 2001)

De acordo com Domeneghetti (2001, p. 19-20), a sociedade moderna poderá ser divida em

três setores: o Primeiro Setor refere-se ao Governo e suas empresas (as empresas estatais), o

Segundo, que diz respeito às empresas ou ao mercado, que geram capitais e têm fins

lucrativos e, por fim, o Terceiro Setor, que é composto pela sociedade civil e dá ênfase à

2 Para Albuquerque, organização da sociedade civil pode ser entendida como um conjunto de associações e

organizações livres, não pertencentes ao Estado e não econômicas que, entretanto, têm comunicação com o

campo público e com os componentes sociais. (ALBUQUERQUE, 2006)

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participação de causas coletivas. Segundo ela, este último surge da incapacidade do Estado

em prestar assistência à sociedade.

Pelo fato de o Abrigo Mariana Magalhães ser uma entidade filantrópica3 de utilidade pública

4

federal e estadual, nós abordaremos com maior ênfase o Terceiro Setor, que, segundo

Fernandes (apud DOMENEGHETTI 2001, p. 20) é:

o conjunto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela

ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando

continuidade às praticas tradicionais de caridade, da filantropia e do

mecenato, expandindo o seu sentido para outros domínios, graças sobretudo

à incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações

da sociedade civil

Embora Fernandes (apud DOMENEGHETTI 2001, p. 20) afirme que estas instituições não

possuem lucro, Domeneghetti (2001, p. 21) salienta que as organizações do terceiro setor

“também pressupõem de lucro, porém em outro plano, e não é por não estarem voltadas para

fins lucrativos que elas não necessitam de uma disciplina de lucro financeiro”. Como qualquer

organização, ela tem gastos com recursos físicos, materiais e às vezes humanos além de

necessitar de conhecimento sobre finanças.

Devida a pouca profissionalização do AMMA na busca de captar parceiros, sua receita

equipare-se a suas despesas, fazendo com que o Abrigo necessite de parceiros, que o auxiliem

em recursos físicos, materiais e humanos. Desse modo, a concorrência subsiste em relação a

outras instituições também carentes dessas parcerias.

Para facilitar o entendimento dos diversos conceitos que fazem parte do setor em questão,

utilizaremos algumas definições de autores como Domeneghetti, Kunsch, Melo Neto e Froes

(1999) e do Instituto Ethos.

3 De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), uma entidade é filantrópica, quando é criada

com o propósito de produzir o bem, tais como: assistir à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à

velhice, promovendo ainda a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e integração ao

mercado de trabalho. 4Segundo o decreto 50.517/61 no seu Art. 1º organizações que possuem o certificado de utilidade pública são as

sociedades civis, associações e fundações, constituídas no país, que sirvam desinteressadamente à coletividade

poderão ser declaradas de utilidade pública, a pedido ou ex officio, mediante decreto do presidente da República.

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O Abrigo pertence à Ordem Franciscana Secular da Igreja de Nossa Senhora da Piedade,

sendo assistido constantemente pelos integrantes da Ordem, através da solidariedade e

caridade. Domeneghetti (2001, p. 21) utiliza-se do catolicismo para definir conceitos como

caridade, filantropia, mecenato e solidariedade. No entanto, o uso de qualquer religião, dogma

e crença para definir algo pode causar pré-conceitos e não aceitação para alguns indivíduos.

CARIDADE – Virtude soberana cristã, sem a qual jamais atingiremos o Reino dos céus, que assim,

como suas irmãs, a fé e a esperança, é qualidade subjetiva da alma do indivíduo. (Nos ensina São

Paulo em sua epístola ao aos Corintios e São Tiago em sua epístola).

FILANTROPIA – Amor à humanidade ou amor ao próximo, geralmente expresso por donativo

pecuniário do rico ao pobre ou às obras que têm como objetivo beneficiar as classes menos

favorecidas.

MECENATO – Palavra usada na literatura anglo-saxã, na época da Renascença, que significa o apoio

generoso às artes e as ciências.

SOLIDARIEDADE – apoio a uma causa, a um princípio ou a outrem, ou numa definição mais ampla,

sentido moral, que vincula o individuo à vida, aos interesses de um grupo social ou da humanidade”. Fonte: Domeneghetti (2001, p. 21)

Já a responsabilidade social não é oferecer empregos para as pessoas e bens e serviços aos

clientes como alguns pensam. As empresas são socialmente responsáveis quando ajudam a

preservar o meio ambiente, vendem produtos seguros, tratam bem seus funcionários e

algumas vezes chegam mais longe, “oferecendo treinamento aos desempregados, contribuindo

para educação e as artes e ajudando a revitalizar áreas urbanas [...]”, segundo Peter Wright,

Mark J. Kroll e John Parnell (apud KUNSCH 2003).

Neste contexto de disseminação de práticas de ações e políticas socialmente responsáveis,

surge o Instituto Ethos (KUNSCH 2003, p. 131). Segundo o site da própria instituição, ela foi

“criada com a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de

forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade

sustentável e justa”. Para aprofundarmos no assunto, abordaremos o tema Responsabilidade

Social.

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4.2. Responsabilidade Social

Responsabilidade Social, segundo o Diretor - Presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew

(apud MELO e FROES 1999, p. 79), perpassa o conceito de filantropia, pois remete a atenção

da organização a todos os seus setores, estreitando um relacionamento socialmente

compromissado com colaboradores, clientes, fornecedores, meio ambiente, etc. Sob essa

perspectiva, fica claro que para a organização tornar-se efetivamente socialmente responsável,

é necessário que sejam adotadas políticas de desenvolvimento e apoio internas, e,

posteriormente, difundi-las para o meio externo com o foco na comunidade nas áreas de

educação, saúde, programas de voluntariado, atuando concomitantemente com as ações

desenvolvidas pelo Estado.

Para diferenciarmos o compromisso social da filantropia, utilizamos o quadro de Gabin (apud

KUNSCH, 2003, p.130):

Filantropia Compromisso Social

Motivação humanitária Sentimento de responsabilidade

Participação reativa Participação proativa

Doador Ações integradas

A ação é por opção pessoal do dirigente Incorporada na cultura da empresa, a ação

envolve todos os colaboradores

Resultados: gratificação pessoal

Sem preocupação em associar imagem da

empresa e ação social

Resultados: preestabelecidos

Sem preocupação em associar imagem da

empresa e ação social

Transparência na atuação e busca por

multiplicar iniciativas

Sem preocupação em relacionar-se com o

Estado

Complementa-se a ação do Estado, numa

relação de parceria e controle

Embora o compromisso social seja uma prática sustentável, transparente, que tem como

objetivo atenuar os problemas sociais, essa questão foi distorcida e tornou-se fundamental na

disputa por clientes e mercado entre as empresas. Sobre o assunto, Kotler (apud

ALBUQUERQUE, 2006, p.104) diz:

Trata-se da modalidade de ação mercadológica institucional que tem por

objetivo atenuar ou eliminar problemas sociais e carências da sociedade em

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questões como saúde pública, trabalho, educação, habitação, transporte e

nutrição.

Para Melo e Froes (1999, p. 156-161), a filantropia consiste na doação que pode ser de

dinheiro, equipamentos e outros bens com o objetivo de promover a imagem do empresário e

divulgar a empresa. Desta forma, o objetivo primário da instituição doadora é possuir uma

imagem positiva perante a sociedade.

Atualmente, os indivíduos percebem cada vez mais a importância na participação do

“processo de construção de uma sociedade mais justa, sabedor de que o Estado sozinho não

dá conta de cumprir sua missão” (Kunsch, 2003, p. 130). Esta nova consciência faz com que

as empresas atuem em ações que contribuam para o bem-estar social; o caso contrário, ela não

será bem vista perante os seus consumidores. Segundo Richard Eels (apud KUNSCH, 2003,

p. 135), as empresas que não o fizerem poderão “entrar em eclipse”, sofrendo conseqüências

imprevisíveis.

Kunsch (2003, pág. 134) salienta a importância do profissional de Relações Públicas

transcender as suas práticas, não atuando apenas no setor privado ou governamental, mas

também em organizações sem fins lucrativos. Para entender melhor sobre a abragência das

Relações Públicas, dedicaremos o tópico a seguira este tema.

4.3. Relações Públicas

A atividade de Relações Públicas surge da necessidade de gerenciar graves conflitos sociais

entre organizações e a sociedade norte-americana. Os grandes protestos da época levaram a

administração pública a tomar algumas providências para intermediar o relacionamento

turbulento (KUNSCH, 1997, p. 04).

Para ampliar o conhecimento acerca do processo ocorrido nos EUA, construímos a tabela a

seguir na qual encontra-se o marco cronológico da atividade de Relações Públicas. Suas

informações estão baseadas em Hebe Wey (1986, p. 32-33)

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Marco Histórico nos EUA Acontecimentos

1807

Thomas Jefferson, 3º presidente dos EUA apresenta seu

plano de governo para o exército.No texto,ao enfatizar a

necessidade de o poder público prestar contas ao povo ele

usa, pela primeira vez,a expressão “Public Relations”.

1907

É criado, no corpo de fuzileiros navais dos EUA, um

serviço de Relações Públicas para o atendimento aos

clientes e esclarecimentos da opinião pública sobre os

objetivos da arma.

1916

Aparece Ivy Lee, revelando-se o verdadeiro “pai” das

Relações Públicas norte-americanas e, mesmo mundiais, ao

resolver a greve do Colorado Fuel & Iron Co., do grupo

Rockefeller.

1917

Foi constituído o primeiro serviço oficial de Relações

Públicas a funcionar em caráter sistemático e permanente,

por ato do Pres. Wilson, no Dept. de Guerra dos EUA.

1923

Edward Bernays, genro de Sigmund Frued, tornou-se o

primeiro professor de Relações Públicas, no mundo, ao

lecionar a disciplina na Universidade de New York.

1945 É publicado o primeiro livro sobre Relações Públicas de

autoria de Philip Lesly, da Universidade de IIinois.

Segundo Wey (1986), a atividade de Relações Públicas no Brasil, teve como marco inicial a

criação do departamento de Relações Públicas da The São Paulo Tramway Light and Power

Co. Limited, em 1914; porém foi a partir de meados dos anos 50 que as atividades se

profissionalizaram. Para acompanhar o processo, utilizamos a tabela proposta por Wey

(1986):

Marco Histórico no Brasil Acontecimentos

1914

Criação do primeiro departamento de Relações

Públicas na “The São Paulo Tramway Light and

Power Co. Limited .”

1940

Criação dos serviços de informação agrícola do

Ministério de Agricultura marca o aparecimento de

um serviço de Relações Públicas no campo oficial.

1946

Determinação das atividades de Relações Públicas

no sentido de incrementar as boas relações entre

DASP, o público e os demais órgãos da

administração pública, assim como fazer pesquisa

de opinião pública em relação às suas atividades e

também de outros órgãos administrativos.

1950

Profissionalização das atividades de Relações

Públicas, criação da Associação Brasileira de

Relações Públicas e Associação dos executivos de

Relações Públicas (ABRP), em São Paulo.

Primeiro cursos para preparação de especialistas,

primeiras assessorias e publicações de Relações

Públicas.

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1955

Foi introduzida a disciplina de Relações Públicas

ESAN – Escola Superior de Administração de

Negócios, da fundação de Ciências Aplicadas, em

São Paulo.

1960 Surge as faculdades de Comunicação Social com

especialização em Relações Públicas.

Percebe-se que a introdução das Relações Públicas no Brasil sofreu grande influência dos

EUA através de multinacionais. Desta forma, elas já eram praticadas antes mesmo de existir

um curso superior no país. Neste processo, houve a profissionalização da atividade, passando

a ganhar um perfil estratégico, deixando apenas de evitar conflitos, para facilitar a

compreensão entre a organização e seus públicos (KUNSCH, 1997, p.08).

Ainda sobre a atividade, Porto Simões (2001, p. 17), defende a importância da teoria ao

praticar as Relações Públicas. Para ele, toda disciplina ou área do conhecimento humano

implica dois elementos, o processo e o programa. O primeiro engloba a estrutura - os

componentes e a dinâmica do fenômeno. Já o programa se “refere à ação humana

interveniente no processo a fim de controlá-lo”.

O quadro a seguir deixa claras as definições de autores tradicionais sobre o assunto.

Definição Função

“A atividade de Relações Públicas é a gestão

da função política da

organização.(SIMÕES,1995, p.83)

“Diagnosticar o sistema; prognosticar o futuro do

sistema; assessorando nas políticas

organizacionais; e implementando programas de

comunicação.” (SIMÕES, 1995)

“Às Relações Públicas tem uma ativa

participação no processo estratégicos das

organizações, entendendo que devem ser

conseqüentes, ter objetivos minuciosos e

amparar permanentemente as diretrizes da

empresa” (FORTES, 2003)

Funções básicas são: pesquisa, assessoramento,

coordenação, planejamento, execução, controle e

avaliação. Estas funções básicas subdividem-se

em outras funções específicas a depender da

organização em questão. (FORTES, 2003, p. 47-

48)

“As atividades de Relações Públicas não se

dirigem ao público em geral; elas estão

voltadas a grupos cuidadosamente selecionados

de pessoas que constituem subdivisões do

grande público.” ANDRADE, 2003).

“São funções de Relações Públicas:

assessoramento, pesquisa,planejamento,

execução (comunicação) e avaliação”.

(ANDRADE, 2003).

“Às Relações Públicas buscam criar e

assegurar relações confiantes ou formas de

credibilidade entre as organizações e os

públicos com os quais elas se relacionam.”

(KUNSH, 2003, p.102)

“As Relações Públicas exercem funções

essenciais e específicas, apoiando e auxiliando os

demais subsistemas, sobretudos nos processos de

gestão comunicativa e nos relacionamentos das

organizações com seu universo de públicos”

(KUNSH, 2003, p.199)

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Percebemos que as Relações Públicas têm o objetivo de intermediar o relacionamento entre a

organização e seus públicos para promover uma imagem positiva da instituição. Partindo

desta premissa, é de extrema relevância para o AMMA ter um profissional responsável em

gerir os relacionamentos organizacionais facilitando a captação de recursos (humanos e

financeiros) que deverão ser revertidos para a manutenção do abrigo.

Esta afirmativa pode ser comprovada por Simões (2001, p. 52), ao dizer que: “[...] a atividade

de Relações Públicas tem como objetivo obter a cooperação mútua, entre as partes, do sistema

organização - públicos visando à consecução da missão organizacional” e não apenas “formar

imagem, criar a boa vontade, obter atitudes positivas e estabelecer a compreensão mútua”.

Para isto, o profissional de Relações Públicas deve ter uma sensibilidade e percepção para

compreender as mudanças e tendências organizacionais.

Já Fortes (1998, p.40) acredita que as Relações Públicas vão além de intermediar o

relacionamento entre a organização e seus públicos. Para ele, a atividade deve contribuir

também para o desenvolvimento dos grupos de interesse como afirma a seguir:

a atividade de Relações Públicas deva cumprir sua meta-fim de

desenvolvimento da instituição, dos grupos sociais e da comunidade

processada ao fornecer a compatibilidade aos grupos de interesse genuíno,

para “estabelecer e manter a compreensão mútua entre organização e todos

os grupos os quais está direta ou indiretamente ligada”.

Com este trecho, evidenciamos a importante contribuição do profissional de Relações

Públicas para o desenvolvimento das organizações e de seus públicos com objetivo de não

apenas criar, como também, manter o relacionamento entre organização – públicos.

Abordaremos também este tema no item Marketing de Relacionamento.

Para Kunsch (2003, p. 100-114), a atividade divide-se em quatro funções essenciais:

administrativa, estratégica, mediadora e política. Embora exista uma prevalência de algumas

funções sobre outras em uma organização, elas não ocorrem de maneira isolada. Ainda sobre

o assunto, expõe-se o quadro a seguir:

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Além de conhecer as funções, é importante ter amplo conhecimento sobre os públicos.

Kunsch (2002, p. 95) acredita que é importante, para o profissional de Relações Públicas,

identificar os públicos da organização e suas reais percepções. Desta forma, será mais fácil de

supervisionar e coordenar ações de comunicação, além de prever conflitos e crises, pois

somente “terá condições de atingir os vários públicos se “[...] conhecer as suas propostas e

realizações, bem como os seus esforços de integração com eles”. (KUNSCH, 2003, p. 105)

Acreditamos que apenas após o real conhecimento dos públicos do AMMA é possível

formular estratégias para firmar um relacionamento profícuo com estes públicos, que

influenciam e sofrem influência da organização. Desta forma, poderá ocorrer a proliferação da

imagem positiva do abrigo gerando, consequentemente, maior interesse da sociedade em

colaborar com a instituição.

Ainda discutindo sobre os públicos, Kunsch (2003, p.69) acredita que é fundamental para

organização manter bons relacionamentos com meio externo e alcançar eficácia nas funções

administrativas através do amplo conhecimento sobre o sistema comunicacional. Para

aprofundarmos a importância da comunicação, desenvolvemos tópicos que incluem:

Comunicação, Comunicação Institucional, Comunicação Dirigida e Comunicação Interna.

Função Definição

Administrativa

Visa atingir toda a organização fazendo as

articulações necessárias para maior interação

entre setores, grupos, subgrupos etc.

Estratégica

Apresentar resultados e ajudar as

organizações a atingir seus objetivos, cumprir

sua missão, desenvolver sua visão e cultivar

seus valores.

Mediadora Fazer a mediação entre as organizações e seus

públicos.

Política

Lidar com as relações de poder dentro das

organizações e com a administração de

controvérsias, confrontações, crises e

conflitos sociais que acontecem no ambiente

do qual faz parte.

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4.4. Públicos

As relações públicas possuem como objeto de estudo as organizações e seus públicos. Sendo

assim, é importante sabermos as distinções entre os públicos existentes em uma organização.

Segundo Fortes (2003, p.63), só existe realmente um público após haver um trabalho de

Relações Públicas; caso contrário, serão apenas grupos.

Marchiori (2006, p.16) diz que, para os profissionais de Relações Públicas obterem eficácia

em seus relacionamentos, é essencial conhecer seus públicos em profundidade, segundo ela

“não há como obter sucesso se não estiverem inseridos no contexto da cultura

organizacional”.

Cultip & Center (apud ANDRADE, 2003, p.17) define público como “um substantivo

coletivo que serve para designar um grupo de indivíduos estritamente relacionados entre si

por interesses comuns e que compartilham de um sentimento de solidariedade”.

Para Andrade (2003 p. 95), a classificação do público interno abrange:

os funcionários das empresas seus familiares e seus dependentes. Não

importa se todos os colaboradores da organização estão ou não sob um

mesmo teto; existindo o vínculo da “venda” de trabalho por algum tipo de

remuneração, será estabelecida a relação que caracteriza público interno.

Partindo da mesma premissa, Fortes (2003, p. 72) diz que o público interno é formado por

“agrupamento espontâneo, com ou sem contigüidade física, perfeitamente identificável,

originário das pessoas e dos grupos ligados à empresa por relações funcionais oficializadas

que caracterizam um „empregador‟ e o „empregado‟”. Este grupo é constituído por

empregados, funcionários fixos, familiares e dependentes, terceirizados. Para ele, “é

constituído dos funcionários de uma organização em todos os níveis, bem como de seus

familiares e dependentes; os demais públicos são chamados públicos externos”. Embora

alguns estudiosos coloquem os acionistas, fornecedores e intermediários (atacadistas,

distribuidores e revendedores) como interno, por possuir uma relação estreita com a

organização. Devida esta dificuldade de classificação de alguns públicos, Andrade (2003)

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classifica-os como misto. Embora citemos o público misto, não utilizamos esta classificação

para analisar os públicos do AMMA.

Fortes (2003, p. 74) diz que o público misto é oriundo de grupo-clientela, perfeitamente

identificável, que tem, ao mesmo tempo, feições de público interno e externo incluindo-se

investidores, fornecedores, intermediários, cooperados.

Para Fortes (2003, p. 77) o público externo é um “agregado perfeitamente identificável

proveniente dos grupos que têm expectativas em uma instituição, com qual é estabelecida

uma rede de relacionamento dependente dos interesses mais ou menos prementes”. Incluindo-

se nesta classificação: comunidade, grupos organizados,sindicatos e entidades representativas,

celebridades, escolas, imprensa em geral, governo, concorrentes e competidores,

consumidores e países e grupos internacionais

Ainda sobre público, França (2004) utiliza outra classificação para os públicos, a qual

utilizamos para embasar o projeto como veremos no quadro a seguir:

Quadro 8 – Demonstrativo da conceituação lógica de públicos

Públicos essenciais

Públicos essenciais: a

organização deles depende sua

constituição, manutenção de

sua estrutura, sobrevivência e

execução das atividades-fim.

de dependência situacional,

variará de acordo natureza e os

interesses cada organização.

Constitutivos da organização:

garantem a existência,

manutenção, sobrevivência da

organização, oferecendo todos os

recursos para sua constituição e

operação.

São os empreendedores que criam

e correm o risco do negócio ou o

autorizam: investidores, sócios,

presidentes, diretores, governo

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Não-constitutivos ou de

sustentação: imprescindíveis; não

interferem diretamente na

constituição da empresa, mas na

sua viabilização, enquanto

colaboram para a execução das

atividades-fim.

São formados pelos empregados,

fornecedores, clientes,

revendedores, sócios de clube,

alunos de instituições particulares

a) Primários: a empresa depende

deles para a viabilização do seu

empreendimento: gozam de maior

estabilidade na relação com a

empresa por estarem envolvidos

com ela de modo legal e

permanente. São formados por:

fornecedores de matéria-prima,

insumos básicos, colaboradores

diretos

b) Secundários: contribuem para a

viabilização da empresa em nível

de menor envolvimento e

participação; estabilidade menor

em relação à empresa. São

formados por: fornecedores de

produtos não essenciais,

empregados terceirizados,

temporários.

Públicos não-essenciais

II – Públicos não-essenciais

ou especiais: não participam

das atividades-fim; não

ligados a fatores produtivos,

mas à prestação de serviços, à

intermediação política ou

social. Atuam externamente na

promoção institucional ou

mercadológica da empresa ou

intermediando

relacionamentos com

entidades organizadas e com a

comunidade.

De consultoria e

promoção

Representados por empresas externas

prestadoras de serviços; oferecem

colaboração qualificada . Exemplos:

agências de relações públicas, de

propaganda, consultorias

Setoriais associativos Representados por associações de classe e

de categorias empresariais. As empresas

filiadas têm diferente nível de envolvimento

e participação, mas há sempre laços legais

que garantem a representatividade das

associações. Exemplos:

associações de classe, setoriais, patronais,

comerciais, conselhos profissionais etc.

Setoriais sindicais São os sindicatos patronais e de

trabalhadores. São diversos em suas

finalidades, mas ambos defendem interesses

classistas.

Setoriais comunitários Existem na comunidade múltiplos públicos.

Devem ser considerados dentro do sistema

administrativo-jurídico-político da

comunidade; poderes: executivo,

legislativo, judiciário; demais organizações

e associações da comunidade.

– Públicos de redes de

interferência: representam

públicos especiais do cenário

externo às empresas; pelo seu

poder operacional ou

representativo podem exercer

fortes influências no

desempenho das organizações

e no seu conceito público.

Rede de concorrentes Representam qualquer tipo de organização

que oferece ao mercado produtos e serviços

similares aos de outras organizações. A

concorrência pode ser direta, indireta, com

características locais, regionais, nacionais e

internacionais.

Rede de comunicação de

massa

As redes de comunicação centralizadas na

mídia de massa, em particular na imprensa,

representam permanentes ameaças a

qualquer organização. Público especial, de

características exclusivas; pode interferir na

legitimação ou não das organizações pelo

seu alto poder de persuasão.

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4.5. Comunicação

A comunicação é um instrumento fundamental para o processo relacional entre os indivíduos.

A palavra comunicação provém do latim “commuunicationem”, que significa ação de

“partilha”, “que pertence a muitos” (ANDRADE, 1993, p.103). Observa-se então que a

palavra na sua essência possui o caráter social.

Portanto, comunicar não é apenas o ato de informar, e, sim, todo o processo de interação entre

os indivíduos. Segundo Andrade (1993, p. 103), “a vida social não poderia existir se os

homens não pudessem comunicar-se entre si, partilhar as suas experiências e trocar idéias

acerca de interesse comum”.

Para Bordenave (2002, p. 29), a comunicação não é fundamental apenas para a existência do

indivíduo, mas também é importante na formação de sua personalidade, interferindo

diretamente na sua maneira de ser, agir e pensar. Sendo assim, as organizações devem ter

consciência da influência do processo comunicacional no seu dia-a-dia, pois ela pode moldar

comportamentos e atitudes de seus colaboradores.

A comunicação pode sofrer interferência por diversos tipos de barreiras que podem ser:

mecânicas ou físicas, que estão relacionadas com os aparelhos de transmissão, como barulho,

ambientes e equipamento inadequados, que podem dificultar ou mesmo impedir que a

comunicação ocorra; barreiras fisiológicas, que dizem respeito aos problemas genéticos ou de

malformação dos órgãos da fala; barreiras semânticas: são as que decorrem do uso

inadequado de uma linguagem não comum ao receptor ou aos grupos visados; por fim, as

barreiras psicológicas, que são os preconceitos e estereótipos que fazem com que a

comunicação fique prejudicada. (KUNSCH, 2003, p. 74)

Ao ingressar em uma organização, o profissional deve também saber lidar com as barreiras

organizacionais como as barreiras administrativas/burocráticas que podem ocorrer através da

distância física, relação de poder e status. Outros tipos de barreiras são: excesso de

informação, informações incompletas e parciais, incredibilidade da fonte e problemas

semânticos. (KUNSH, 2003, p.75-6)

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Outro ponto de extrema relevância que deve ser analisado ao estudarmos a comunicação são

as redes que podem ser formais ou informais. Para Kunsch, (2003, p. 83), “o sistema informal

de comunicações emerge das relações sociais entre as pessoas” pois, este fluxo “não é

requerido e contratado pelas organizações” e por isso gerando às vezes boatos e rumores. Os

boatos podem ser rapidamente espalhados através de conversas na própria organização,

internet e outros meios, gerando desconforto e mal estar no clima organizacional.

Contrário à comunicação informal, a rede formal “procede da estrutura organizacional

propriamente dita, de onde emana um conjunto de informações pelos mais diferentes veículos

impressos, visuais, auditivos, eletrônicos, telemáticos, etc” (KUNSCH, 2003, p. 84). Esta rede

transmite maior confiabilidade aos envolvidos no processo, pois a fonte é facilmente

identificável, havendo menor probabilidade de distorções.

Além das redes, vale explanar também os fluxos de comunicação que podem ser

descendentes, ascendentes, horizontais ou laterais. A comunicação descendente ocorre da

direção para os colaborados, de cima para baixo. Vale salientar que, embora ela seja descente,

nem sempre ela será formal. Na comunicação ascendente, acontece o inverso, as pessoas de

nível hierárquico menor informam às pessoas com maior autoridade, podendo ocorrer através

de caixas de sugestões e reuniões. Já o fluxo horizontal ou lateral acontece entre pessoas do

mesmo nível hierárquico (KUNSCH, 2003, p. 85-6).

A comunicação possui várias especificações como, por exemplo, comunicação dirigida,

institucional, interna. Para estruturar o nosso projeto, temos que ter amplo conhecimento

sobre estas distinções.

4.6. Comunicação Institucional

Para Gaudêncio Torquato (apud KUNSCH 2003, p.164), “a comunicação institucional

objetiva conquistar simpatia, credibilidade, confiança, e também a influência político-social”,

utilizando para tanto, “estratégias de Relações Públicas tanto no campo empresarial como no

governamental, de imprensa, publicidade, até as técnicas e práticas do lobby”.

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O G1 vem almejando construir uma imagem positiva e de credibilidade do AMMA para seus

públicos de interesse. Desta forma, reforça-se a idéia de que imagem é o que se passa na

mente dos públicos. É o que salienta Gaudêncio Torquato (apud KUNSCH 2003 p. 173)

quando define imagem: “Por imagem deve-se entender aquilo que passa, que se transfere

simbolicamente, para a opinião pública”.

Portanto, comunicação institucional nada mais é que o esforço para estabelecer relações de

confiança entre a organização e seus públicos. Ainda sobre o assunto, Kunsch (2003, p. 69)

define a comunicação como elemento vital no processamento das funções administrativas

dentro da organização.

O processo comunicacional dentro das instituições é de fundamental importância para a

mesma, pois permite que ela seja percebida e aceita de forma adequada pelos demais

públicos. E todo esse processo se dá com utilização de ferramentas de comunicação

específicas, como pode ser comprovado por Kunsch (2003, p.166) que defende a idéia de que

os:

Instrumentos que convergem para formatar uma comunicação da

organização entre si, como sujeito institucional, perante seus públicos, a

opinião pública e a sociedade em geral. Esses instrumentos são: as Relações

Públicas, às quais cabe delinear e gerenciar essa comunicação, o jornalismo

empresarial, a assessoria de imprensa, a publicidade/propaganda

institucional, a imagem e a identidade corporativa, marketing social, o

marketing cultural e a editoração multimídia.

Partindo dessa análise, ficou evidente para o G1 que o cliente necessita de um trabalho de

comunicação integrada que busque usar dessas ferramentas para que possa conseguir o apoio

dos diversos públicos. O que é determinante para que o AMMA ofereça seus serviços com

mais qualidade e a um maior número de pessoas. Para isso, deve-se utilizar de uma

comunicação mais assertiva, através da comunicação dirigida.

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4.7. Comunicação Dirigida

Pelo fato do AMMA possuir públicos com características e necessidades diferentes, o G1

utilizou-se da comunicação dirigida com o objetivo de atingir e estabelecer um

relacionamento eficiente e eficaz com cada público. Para Waldir Ferreira (apud KUNSCH

2003, p. 186) cabe à comunicação dirigida:

[...] a elaboração de mensagem eficiente, eficaz e apta a produzir, os efeitos

desejados no público receptor. Evidentemente, sob este enfoque, enquadram-

se todos os requisitos e elementos essenciais que integram e caracterizam a

comunicação dirigida.

Fortes (2003, p. 238-9) também defende que a comunicação dirigida traga efeitos positivos

para a organização, pois, segundo ele, há a propensão de “maiores chances de obter um

resultado positivo, contribuindo com o relacionamento que se pretende fixar”. Sendo assim, é

importante para o G1 entender este conceito para criar ações com o objetivo de manter ou

criar relacionamentos duradouros entre o AMMA e seus públicos.

Para que o instrumento de comunicação dirigida seja usado com eficiência e, assim, o

profissional de Relações Públicas consiga alcançar o resultado almejado, o mesmo deve ter

como prioridade a identificação dos públicos. Após a segmentação dos públicos, o

profissional deve escolher o veículo de comunicação dirigida mais adequado para transmitir a

mensagem, de modo que esta seja bem planejada, podendo atingir seu objetivo eficazmente.

A importância do conhecimento do público específico é abordada por Cesca (1994, p. 38) ao

definir o objetivo de comunicação dirigida que tem por finalidade “transmitir ou conduzir

informações para estabelecer a comunicação limitada, orientada e freqüente com um número

selecionado de pessoas homogêneas e conhecidas”.

Andrade (apud CESCA, 1994, p. 38-39) divide os veículos de comunicação dirigida em

quatro grupos: escritos (correspondência; mala direta, relatórios e periódicos); orais (reuniões

de informação ou discussão, congresso e convenções, conferência e discursos, conferama

(conferência com dramatização), telefone); aproximativos (visitas, auditório, biblioteca,

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museus, ambulatórios e outros logradouros usados pelos públicos); auxiliares (compreendem

os recursos visuais, auditivos e audiovisuais).

Os termos comunicação direcionada e comunicação dirigida, embora pareçam sinônimos,

para Fortes (2003, p. 239) há diferença. Para ele, a comunicação é direcionada quando há um

encaminhamento da comunicação massiva transmitida a um determinado grupo da população

sem haver certeza de que as pessoas receberão a informação. Já a comunicação dirigida para

Fortes (2003, p.239) tem “objetivo de atingir o alvo exato, além de haver o controle integral

do emissor, do canal e, singularmente, do depositário da informação (grupos que almeja

converter em públicos)”.

A comunicação dirigida, ao ser aplicada para o público interno, tem como principal objetivo

valorizar o colaborador, de modo que o mesmo sinta-se parte integrante da organização. No

próximo item, será analisada a importância da comunicação interna para as organizações,

levando em consideração que um bom relacionamento com o público em questão proporciona

uma imagem positiva da organização.

4.8. Comunicação Interna

Para uma organização desempenhar suas funções com excelência, é necessário que mantenha

seus colaboradores constantemente informados. Estas informações não devem limitar-se

apenas a informar como as funções devem ser desempenhadas, mas também sobre quais são

os objetivos organizacionais (missão e visão), a filosofia e os valores da organização.

A boa gestão da comunicação interna é determinante no relacionamento entre a organização e

seus colaboradores. “A comunicação interna é uma ferramenta estratégica para

compatibilização dos interesses dos empregados e da empresa, através do estímulo do

diálogo, à troca de informações e de experiências e à participação de todos os níveis”

(KUNSCH, 2003, p. 154).

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Esta prática somente será bem sucedida, não sendo desenvolvida de forma amadora, mas, sim,

através de um profissional qualificado, atuando como um facilitador na disseminação das

informações dentro da organização.

Para Kunsch (2003, p. 158-9), uma comunicação interna bem gerida transforma-se em bons

resultados para os empregados e para as organizações. Os funcionários desejam ser tratados

com respeito, participar e opinar na organização onde trabalham. Estas atitudes proporcionam

uma imagem positiva da organização.

Os costumes das organizações estão mudando. Antes elas davam importância apenas para o

público externo, porém esta nova mentalidade dá espaço para um pensamento voltado para os

colaboradores internos. Algumas empresas adotam a política de comunicação participativa

que proporcionam aos funcionários participar através de murais, caixa de sugestões, boletins,

terminais de computador, intranet, rádio, teatro, etc.. (KUNSCH, 2003, p. 159)

Estas atitudes fazem com que os funcionários sintam-se parte integrante da organização,

executando suas atividades com maior motivação. Como pode ser comprovado pela

experiência de Hawthorne5 (apud CHIAVENATO, 2001, p. 139), que defende a idéia que:

o nível de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica

do empregado, (como firmava a Teoria Clássica), mas por normas sociais e

expectativas grupais. É a capacidade social do trabalhador que determina o

seu nível de competência e eficiência e não sua capacidade de executar

movimentos eficientes dentro do tempo estabelecido.

É necessário que a organização socialize o seu empregado dentro do ambiente de trabalho,

utilizando um método de motivação que faça o individuo se integrar de forma mais rápida à

cultura organizacional onde está inserido. Isso faz com que ele aprenda de forma clara, as

práticas e a filosofia da empresa. Esse processo faz com que o funcionário se sinta importante

para o crescimento da organização, podendo proporcionar melhoria na qualidade de produtos

e serviços. Esta afirmação pode ser constatada por Chiavenato (2003, p.172-3):

5 Experiência realizada em 1927 em uma fábrica no bairro de Hawthorne, Chicago, coordenada por Elton Mayo.

A pesquisa buscou a correlação entre iluminação e eficiência dos operários medido por meio da produção, além

de analisar a fadiga, acidentes de trabalho, rotatividade do pessoal (turnover) e ao efeito das condições de

trabalho sobre a produtividade do pessoal.

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A motivação existe dento das pessoas e se dinamiza com as necessidades

humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias, que podem ser

chamadas de desejos, aspirações, objetivos individuais ou motivos. As

necessidades humanas ou motivos são forças internas que impulsionam e

influenciam cada pessoa determinando seus pensamentos e direcionando o

seu comportamento frente às diversas situações da vida.

Cada ser humano tem sua motivação própria, no entanto, para que ela seja externada, é

necessário que as suas necessidades venham à tona, o que determina as decisões e

comportamento do indivíduo diante de certas situações. A motivação humana é um dos

fatores que induzem as empresas a se interessarem em conhecer as necessidades do seu

público interno, e assim tentar motivar sua equipe a agir de forma que possa atingir os

objetivos organizacionais.

Quando o sujeito está satisfeito com o seu ambiente de trabalho e as suas necessidades são, de

alguma forma atendidas, as suas atividades dentro da organização tendem a render mais. Esta

situação se torna uma atividade de mão dupla: ambos se beneficiam, o funcionário se sente

motivado e trabalha satisfeito e a empresa só tem a ganhar com isso, melhorando a qualidade

e eficiência dos serviços.

O trabalho com público interno é primordial para a imagem da organização, pois é necessário

que sejam implantadas ações de comunicação interna. É preciso fazer com que os

colaboradores de fato “vistam a camisa da empresa”, local onde eles passam a maior parte do

tempo. São eles quem desenvolvem produtos e prestam serviços para os clientes, é através dos

funcionários que os consumidores vêem a imagem da organização. Esta afirmativa pode ser

constada por WEY (1986, p.73-4):

Para algumas empresas este público é considerado prioritário, pois afinal a

boa imagem deve começar em casa e também porque os empregados passam

cerca de 11 a 12 horas por dia, em função da empresa . O funcionário passa

mais tempo na empresa do que em casa, ou em qualquer outro lugar;

portanto, ele precisa ter uma certa satisfação em desempenhar suas funções.

Um trabalho de Relações Públicas voltado para esse público é de grande valia para as

organizações, levando em conta que não deve ser posto em prática somente nas épocas

difíceis, quando existem ameaças de greve. Esse trabalho deve ser contínuo e de prevenção

para que sejam poupadas situações de desgaste entre a organização e os seus colaboradores.

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Há que se pensar que toda a organização deva gerenciar e prevenir crises, minimizar qualquer

boato que venha a surgir dentro do ambiente organizacional e que possa vir a prejudicar a

imagem da empresa. Por isso, o trabalho de comunicação interna deve ser sério e consistente,

com o objetivo de manter um bom relacionamento entre a empresa e o seu público interno,

podendo assim tornar mínimo situações de risco.

4.9. Marketing

No livro de Las Casas (2006, p. 09), foi apontada uma das primeiras definições de Marketing

elaborada pela American Marketing Association, em 1985, que definia o marketing como: “o

desempenho de atividades comerciais que derivavam o fluxo de bens e serviços do produtor

ao consumidor ou usuário”. No entanto, esta definição é restritiva, pois aborda somente a

relação de troca, sem levar em consideração a satisfação do consumidor e usuário.

Quase 20 anos depois, é dada importância aos desejos e necessidades do consumidor, como

pode ser observado por Kotler (2006, p. 04) ao definir marketing como um “processo por

meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo do que necessitam e o que desejam

com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor comum”.

Porém, KOTLER e KELLER não levam em consideração a entrega de valor nem a

manutenção deste para o cliente como pode ser observado na definição proposta pela

American Marketing Association no ano de 2006 (apud KOTLER e KELLER, 2006, p. 04) na

qual se define marketing como:

[...] uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a

criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a

administração de relacionamento com eles, de modo que beneficie a

organização e seu público interessado.

A entrega de valor ao consumidor é crucial em um ambiente na qual há o aumento

significativo do nível de exigência do cliente final e, conseqüentemente, a maior preocupação

em relação ao impacto de uma organização na sociedade. Por isto, Las Casas (2003, p. 59)

alerta para o cuidado do uso do Marketing em sua definição:

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Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades

concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e

necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da

organização ou individuo e considerando sempre o meio ambiente de

atuação e o impacto que estas relações causam no bem estar da sociedade.

Para atender aos objetivos do cliente, o G1 utilizou o conceito dos 4 P‟s, conhecido também

como o Mix de Marketing propostas por McCarthy (apud KOTLER, 2000, p. 37). Este

composto é formado pelos seguintes elementos: Produto6, Preço

7, Praça

8 e Promoção

9. Estas

ferramentas, quando utilizadas corretamente, fazem com que haja um retorno positivo para a

organização. Este item se desdobra em 7 P´s que analisaremos em Serviços.

Para Kotler (2000, p. 158), as empresas bem-sucedidas reconhecem às necessidades e às

tendências não atendidas e tomam medidas para lucrar com elas. A tabela a seguir exibe as

necessidades para atender à satisfação do cliente. O pensamento pró-ativo pode ser decisivo

para a diferenciação competitiva no mundo corporativo. A análise de microambiente e

macroambiente engloba as oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos das organizações,

todo este esforço para agregar valor para o cliente e satisfazê-lo, como mostramos a seguir:

Definições

Valor para o cliente

É a diferença entre o valor total para o cliente e o custo total para o

cliente. O custo total para o cliente é o conjunto de custos em que os

consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar

um produto ou serviço.

Satisfação do cliente

Consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da

comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto

em relação à expectativa do comprador.

Conforme o quadro acima, pode ser constatado que as empresas estão dando prioridade a

satisfações dos clientes. Hoje os produtos/serviços são pensados para o cliente, de forma que

supra completamente suas necessidades e realize os seus desejos, ou seja, as empresas estão

mais centradas nos clientes, em como superar as suas expectativas.

6 O produto é consequentemente, o resultado de um processo de colaboração que cria os valores que os clientes

querem para cada componente do produto e seus serviços associados (variedade de produtos, qualidade,

designer, características, nomes de marca, embalagem, tamanho, serviços, garantias e devoluções). 7 O preço reflete as escolhas feitas pelo cliente e o valor criado a partir de tais escolhas (preço de lista, descontos,

concessões, prazo de pagamento, condições de financiamento). 8 Canal que conduz o produto do fabricante para o consumidor (canais, cobertura, variedades, locais, estoque,

transporte). 9 É uma ferramenta para aumentar o valor da empresa ou da marca. (promoção de vendas, publicidade, forças de

vendas, relações públicas e marketing direto).

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Além disso, a organização deve ter conhecimento sobre as reais influências do microambiente

e do macroambiente. Ao analisarmos o ambiente macroambiental, podemos perceber que ele

é formado pelos ambientes: demográfico; ambiente econômico; ambiente natural; ambiente

tecnológico; político legal; sociocultural. O macroambiente será analisado com mais

profundidade no corpo do trabalho. Estas forças independem da interferência do cliente e

podem ser imprevisíveis, diferentes da forças microambientais que dependem exclusivamente

da organização (equipamentos, recursos financeiros e humanos, valores e objetivos

organizacionais).

Com o objetivo de manter os clientes, gerar valor aos serviços prestados, utilizamos as

premissas de Marketing de Relacionamento.

4.10. Marketing de Relacionamento

A alta competitividade das organizações obriga-as a terem um maior cuidado ao atenderem às

expectativas dos seus públicos, além de procurar estreitar o relacionamento organização-

públicos. Pensando nisto, o G1 criou ações que fazem o AMMA estar próximo de seus

públicos, utilizando-se das ferramentas do marketing de relacionamento.

Vivenciamos a era do Marketing em Tempo Real, onde o cliente possui acesso quase de

maneira instantânea a qualquer informação sobre o produto ou serviço oferecido, além de

desejar realizar trocas em tempo real. Esta mudança de hábitos de consumo cria perfis de

clientes mais singulares que precisam ser atendidos (BRETZKE, 2000, p. 12-3).

Atualmente, atender a um público especifico se tornou mais complicado. Por este motivo, as

empresas utilizam do marketing de relacionamento para estreitar os laços entre a organização

e os clientes conforme afirma Gordon (2003, p. 29):

Anteriormente, os profissionais de marketing confiavam na transmissão de

suas mensagens. Isso não funciona mais. Hoje, o profissional de marketing

tem a oportunidade de se comunicar com o cliente individualmente,

conforme o veículo que ele preferir, com a mensagem mais convincente em

um determinado momento e de modo que possa influenciá-lo.

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Nos tempos atuais, as organizações se vêm obrigadas a investir em seu relacionamento com o

cliente, desde a produção dos produtos ou serviços até o treinamento de seus colaboradores. E

os mercadólogos têm a função de usar da tecnologia para ampliar a comunicação entre a

empresa e clientes, utilizando de ferramentas específicas que atendam aos mesmos, tais como:

Publicidade, Promoção, Relações Públicas entre outros.

Nesta nova era, o marketing precisa utilizar uma nova forma de comunicação, objetivando um

relacionamento duradouro, gerando valor para a organização e para os consumidores. Foi-se o

tempo em que o marketing era visto apenas como uma relação de troca sem qualquer

preocupação em realizar uma manutenção do relacionamento.

Para uma organização ter um longo ciclo de vida, é essencial a utilização de técnicas que

prezem a satisfação constante do consumidor após a venda do produto/serviço. Os usos destas

técnicas fazem parte do novo processo do marketing: o marketing de relacionamento.

Para Ian Gordon (2003, p. 31-2), marketing de relacionamento é:

[...] o processo contínuo de identificação e criação de novos valores com

clientes individuais e o compartilhamento de seus benefícios durante uma

vida toda de parceria. Isso envolve a compreensão, a concentração e a

administração de uma contínua colaboração entre fornecedores e clientes

selecionados para a criação e o compartilhamento de valores mútuos por

meio de interdependência e alinhamento organizacional.

Para ele, o relacionamento entre cliente e organização não termina no ato da compra, devendo

haver uma manutenção do relacionamento no pós venda. Este processo se aprimorou devido

ao aumento do grau de exigência dos consumidores e a criação de novos hábitos. Hoje os

clientes buscam participar das decisões desde a qualidade do produto/serviço até o valor que

recebe e o preço que pagam.

Esses fatores mostram a preocupação que o AMMA tem em manter um relacionamento

próximo a seus clientes, prestando um serviço de qualidade e mantendo um vínculo entre os

envolvidos no processo de troca.

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Vale ressaltar que o marketing de relacionamento para Bretzke (2000, p. 29) também pode ser

chamado de CRM (Customer Relationship Management ou Gerenciamento do

Relacionamento), para ela é:

[...] a integração entre o marketing e a tecnologia da informação. Seu

objetivo é prover a empresa de meios mais eficazes e integrados para

atender, reconhecer e cuidar do cliente, em tempo real e transformar esses

dados em informações que disseminadas pela organização, permitem que o

cliente seja “conhecido” e cuidado pro todos e não só pelos operadores de

call center e vendedores.

Já para Gordon, CRM é um software que facilita na diferenciação dos clientes através dos

dados coletados. Este software facilita o processo de aproximação da organização com o

cliente.

Gordon (2003, p. 35-8) deixa claro a importância da participação direta do consumidor no

processo de concepção do produto/serviço, determinação do preço, na escolha dos melhores

meios de promoção e na melhor forma de distribuição. Segundo ele, no marketing tradicional,

as organizações definiam suas estratégias com pouca ou sem nenhuma interferência do

consumidor e ofereciam o produto ao mercado. Desta forma, o uso do marketing de

relacionamento ampliou as visões e atentou as empresas para a necessidade de estreitar o

vínculo com os clientes, oferecendo-os produtos exclusivos.

McKenna (2000, p. 31) alerta para a importância de manter-se informado, pois a rapidez da

informação gera grande grau de incerteza relativo ao comportamento de mercado. Para

MCKenna, “ nunca a informação teve um valor tão grande, tanto para a tomada de decisões

estratégicas quanto para as atividades operacionais”.

Com a facilidade da informação, o marketing de relacionamento não deve ser pensado como

mero banco de dados ou nomes de clientes com suas respectivas datas de aniversários; e, sim,

como um processo de entrega de valor ao cliente que faz com que ele se sinta parte integrante

no processo de concepção e entrega do produto ou serviço.

A Internet contribui de maneira significativa para a viabilização de relacionamento intenso e

em tempo real entre empresas e seus clientes atuais e potenciais, pessoa física ou jurídica

através da estratégia e da tecnologia de CRM que possibilita o uso intensivo e otimizado da

internet como canal de relacionamento e vendas on-line. (MCKENNA, 2000, p. 74). Desta

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forma, as organizações podem estar constantemente próxima de seus diferentes públicos,

facilitando a troca de informação e, conseqüentemente, melhorar a prestação de seus serviços.

Gordon (2003, p. 199) acrescenta outras variáveis que devem ser levadas em conta no

momento de estreitar o relacionamento da organização com seus diversos públicos. Estas

variáveis, também conhecidas como os 11C´s, são compostas por: cliente; categorias;

capacidades; custos, lucratividade e valor; controle de contrato para processos monetários;

colaboração e integração; customização; comunicação, interação e posicionamento; cálculos

do cliente; cuidado com o cliente e cadeia de relacionamentos.

Robert Lauterborn (apud KOTLER, 2000, p. 38) sugere que os esforços não sejam voltados

para o produto como propõe o mix de marketing de MCCarthy (apud KOTLER, 2000, p.38);

mas, sim, para o consumidor. Lauterbon substitui produto por cliente, ao determinar o preço,

Lauterborn acredita que deva levar em consideração o custo para o cliente Este custo não é

apenas o valor do produto, mas também os demais desembolsos como deslocamento, por

exemplo. Já a praça, ele substitui por conveniência e, por fim, a promoção por comunicação,

englobando todos os meios e a forma de comunicar o cliente. Esta nova abordagem pode ser

acompanhada no quadro a seguir.

4 P’s Definição 4C’s Definição

Produto

O produto é consequentemente, o

resultado de um processo de

colaboração que cria os valores que

os clientes querem para cada

componente do produto e seus

serviços associados.

Cliente

Pessoas jurídicas ou

físicas com as quais a

empresa deseja fazer

negócio.

Preço

O preço reflete as escolhas feitas

pelo cliente e o valor criado a partir

de tais escolhas. Custos

A empresa gerencia os

custos para captar e

manter os clientes e

associam os rendimentos

e custo a cada cliente.

Praça

Canal que conduz o produto do

fabricante para o consumidor.

Cadeia de

relacionamento

Compreende a série de

ligações entre o cliente

final e todos os

envolvidos que

contribuem para o valor

que o cliente final

recebe.

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Promoção É uma ferramenta para aumentar o

valor da empresa ou da marca. A

tecnologia pode fazer a promoção se

tornar a comunicação por que pode

envolver os clientes individuais

quando e como eles desejam se

relacionar.

Comunicação Em um mercado

fragmentado os canais

promocionais são mais

estreitos e mais

altamente visados e a

comunicação e

interatividade é a

interface do cliente

dentro da empresa.

Pode-se observar na tabela acima, que os 4C‟s possuem uma abordagem diferente dos 4P‟s,

porém ambos foram desenvolvidos para atender às necessidades dos clientes, satisfazendo o

consumidor e gerando lucro para as organizações que buscam sempre diferenciar-se na

prestação de seus serviços.

4.11. Serviços

Segundo o site da Junta Comercial do Estado da Bahia (JUCEB), 31% das empresas

constituídas no Estado, no ano de 2007, tiveram como atividade a prestação de serviços,

ficando atrás apenas do comércio varejista que correspondeu a 49,70%. Para acompanhar esse

crescimento, é importante para as empresas estarem sempre em busca de conhecimento sobre

a diferenciação e tipos de serviços existentes.

Quando nos referimos a serviço, não devemos pensar apenas em empresas que oferecem

estritamente algo intangível como: hotéis, hospitais, locadoras e companhias aéreas. Podemos

pensar também no mercado atacadista, varejista e nas demais atividades, pois, segundo

Kotler, (2006, p. 397), o “serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível,

que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada. A execução de

um serviço pode estar ou não ligada a um produto concreto”.

Portanto, geralmente, no momento em que uma empresa vende um produto tangível, o serviço

está intrínseco. Por exemplo, no restaurante, o produto principal é a comida, mas o

atendimento do garçom, a estrutura física e o preço interferem na hora em que o consumidor

for escolher o produto tangível, no caso a comida.

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Lovelock (2006, p. 8) comunga com Kotler desta idéia, definindo serviço como:

um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra. Embora o processo

possa estar vinculado a um produto físico, o desempenho é transitório,

frequentemente de natureza intangível e não resulta na propriedade de

quaisquer dos fatores de produção.

Nota-se que nas definições de Kotler e Keller (2006) e Lovelock (2006) não existe

preocupação em satisfazer os desejos e necessidades do consumidor no processo de troca.

Porém a American Marketing Association contempla as necessidades e desejos que foram

negligenciados pelos dois autores, ampliando o conceito de serviços e denominando-os como:

”aquelas atividades, vantagens ou mesmo satisfações que são oferecidas à venda ou que são

proporcionadas sem conexão com a venda de mercadorias”. Portanto, o serviço não é apenas

o ato da oferta, mas inclui, principalmente, a satisfação da outra parte envolvida no processo.

Lovelock (2006, p. 13-14) diferencia os serviços conforme a tabela a seguir:

Categorias Características

Processamento de pessoas

Os clientes devem entrar fisicamente no serviço, interagindo

com os prestadores de serviços. Para esta categoria os

consumidores devem dispor de tempo.

Processamento de posses

Os clientes apenas entregam o item e requisitam o serviço

explicando o defeito voltando mais tarde para apanhá-lo e

pagar a conta.

Processamento de estímulo mental

Quando influencia o psicológico do consumidor

influenciando as atitudes e comportamentos. Vale ressaltar

que neste caso, nem sempre que os recebe precisa

necessariamente estar presente na “fábrica de serviços”

Processamento de informações São serviços que dependem intimamente da coleta e do

processamento eficazes de informações.

Já Las Casas (2000, p. 17) classifica os serviços em duas categorias: de consumo ou

industriais. Os serviços de consumo ”são prestados diretamente ao consumidor final” e pode

subdividir-se em:

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Serviços de consumo

Classificação Características

Conveniência

Ocorre quando o consumidor não quer perder

tempo em procurar a empresa prestadora de

serviços por não haver diferenciais perceptíveis

entre elas

Escolha

Caracteriza-se quando alguns serviços têm custos

diferenciados de acordo com a qualidade e tipo de

serviço prestado, prestígio da empresa etc. neste

caso compensará ao consumidor visitar diversas

firmas na busca de melhores negócios e os serviços

também podem ser classificados com de

especialidade: São altamente técnicos e

especializados. O consumidor neste caso fará todo

o esforço possível para obter serviços de

especialistas

Seguindo a categorização de Las Casas (2006, p. 16), os serviços industriais são aqueles

prestados a organizações industriais, comerciais ou institucionais. Nesta categoria podem ser:

De equipamentos: são relacionados com a instalação, montagem de

equipamentos ou manutenção; de facilidade – neste caso, estão incluídos os

serviços financeiros, de segmentos etc, pois facilitam as operações da

empresa e podem ser de consultoria/orientação neste caso auxiliam nas

tomadas de decisões e incluem serviços de consultoria, pesquisa e educação.

Las Casas (2000, p. 18) utiliza-se também de outra classificação, referindo-se a durabilidade.

Para ele, os serviços tanto de consumo como industriais podem ser perecíveis quando durarem

menos de seis meses; semiduráveis quando durarem entre seis meses e um ano e duráveis

quando durarem mais de três anos.

Embora para facilitar o entendimento, a maioria dos autores pesquisados utilizam produto e

serviço como sinônimos. Kotler e Keller (2006, p.136) os diferenciam através de quatro

características principais: Intangibilidade, ao contrário dos produtos físicos, os serviços não

podem ser vistos, sentidos, cheirados ou provados antes de adquiri-los; inseparabilidade, são

produzidos e consumidos simultaneamente; variedade, depende de por quem, onde e quando

são fornecidos, os serviços são altamente variáveis; e perecibilidade, serviços não podem ser

estocados.

Mesmo com estas características não significa que o resultado do serviço não possa ser

tangibilizado, como pode ser visto pelos quatros elemento propostos por Lovelock (2006, p.

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19): os 4 P´s tradicionais de McCarthy (1997) (produto, preço, praça e promoção) adicionados

ao ambiente físico (physical), processos e pessoas.

Para Lovelock (2006, p.19), “é preciso estar atento a todos os aspectos de desempenho de

serviço que tenham potencial para criar valor para o cliente” quando for analisar o elemento

do produto.

Ao considerar praça, Lovelock (2006, p.19) não leva em conta apenas a conveniência como

também o tempo que o produto ou serviço será entregue ao cliente.

Entregar elementos de produtos a clientes envolve decisão sobre o lugar e a

hora da entrega bem como sobre os métodos e canais utilizados. Rapidez e

conveniência de lugar e horário para o cliente estão se tornando importantes

determinantes na estratégia de entrega de serviços.

Seguindo Lovelock (2006, p.19), a promoção não consiste apenas em divulgar o produto e

serviço, mas também em educar o consumidor a utilizá-lo.

[...] Esse componente desempenha três papéis vitais: prover informações e

conselhos necessários, persuadir consumidores-alvo quanto aos méritos de

um produto específico e incentivá-los e agir em momentos específicos. Em

marketing de serviços, grande parte da comunicação é de natureza

educacional, especialmente para novos clientes. As empresas talvez

precisem instruir esses clientes quanto aos benefícios do serviço, onde e

como obtê-lo e como participar de processos de serviços.

Ao determinar o preço, Lovelock (2006, p.19) não o considera como só o valor do produto em

si, mas também todos os desembolsos que serão efetuados pelo cliente:

Este componente informa à gerencia todos os desembolsos incorridos por

clientes para obter benefícios do produto que é serviço. Por conseqüência, a

estratégia de marketing de serviços. Por conseqüência, a estratégia de

marketing de serviços não se limites tradicionais tarefas de determinação de

preços de venda a clientes, estabelecimento de margens para quaisquer

intermediários e definição de condições de crédito. Profissionais de

marketing devem entender, e, quando viável, procurar minimizar outros

desembolsos em que os clientes provavelmente incorreriam para comprar e

utilizar um serviço.

Acrescenta-se ainda, o ambiente físico (phsycal evidence). Neste item as empresas de serviço

precisam gerenciar as evidências físicas com cuidado, pois elas podem causar impacto

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profundo sobre as impressões dos clientes. Sendo assim, o G1 captou parcerias para

reestruturar uma parte física do abrigo, bem como mudou toda a sinalização do local.

Os processos também são levados em consideração no momento de criar e entregar elementos

de produto a clientes. Segundo Lovelock (2006, p.19) processo é o método e a seqüência de

ações no desempenho do serviço.

E, por fim, as pessoas que oferecem o serviço devem estar preparadas para superarem as

expectativas do cliente. A qualidade na prestação do serviço poderá ser melhorada através de

treinamentos dados pela organização. Segundo Lovelock (2006, p.20), geralmente, a

qualidade do serviço é avaliada na interação entre o consumidor e o funcionário de linha de

frente.

Desta forma, percebemos a importância de diferenciarmos a prestação de serviços com

objetivo de satisfazer e surpreender os clientes, dos doadores atuais e potenciais do AMMA.

Acreditamos que, ao agregar valor aos serviços prestados, poderemos obter maior número de

doações e apoio das organizações. O apoio de outras organizações pode ser impulsionado pela

maior conscientização e exigência da sociedade referente à responsabilidade social.

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5. METODOLOGIA

O projeto experimental em relações públicas busca solucionar os problemas e/ou atender às

necessidades de comunicação de uma organização. Sua natureza dissertativa e prática

demonstra, através do raciocínio lógico, que os problemas de relacionamento e de

comunicação podem ser solucionados com o uso das técnicas de relações públicas (FREITAS

e FRANÇA, 2002, p. 166). Para tanto, é necessário que seja seguida uma metodologia que

venha a ajudar no desenvolvimento do mesmo, que tem como alicerce o planejamento

científico.

O planejamento científico se inicia através da escolha do objeto a ser estudado. O G1

escolheu o Abrigo Mariana Magalhães, uma instituição que fascinou os componentes do

grupo pela causa defendida, o amparo à velhice, e pela receptividade de todos, desde os

colaboradores e coordenação até as abrigadas, as quais, desde o primeiro contato, receberam-

nos sempre com uma palavra acalentadora e um sorriso esperançoso.

De acordo com visão sistêmica do planejamento, a argumentação lógica parte de premissas

para que seja formado um raciocínio. Logo, para construí-las, o G1 precisou conhecer a

organização, levantando informações que viessem a ajudar no reconhecimento da realidade,

através do convívio diário na organização, o que propiciou um conhecimento da estrutura

administrativa e financeira, dos públicos e das características do relacionamento, do clima e

da cultura organizacional, como também do processo de comunicação e da relação do Abrigo

com os colaboradores e as abrigadas.

Para complementar este estudo, o G1 aplicou pesquisas quantitativas e qualitativas com os

colaboradores, que nos permitiram conhecer o nível de satisfação, os fatores motivacionais, os

relacionamentos interpessoais, a eficiência das ferramentas de comunicação interna, a

liberdade de expressão e o direito a expor a opinião, a imagem percebida e o grau de

conhecimento da causa da organização.

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Foram realizadas, também, pesquisas com os públicos externos. As informações levantadas

com as abrigadas nos permitiram conhecer o grau de satisfação delas em relação à infra-

estrutura, os serviços e os relacionamentos; a qualidade da comunicação utilizada e o grau de

conhecimento da filosofia da organização. Já os questionários aplicados com sociedade em

geral ofereceram dados relacionados ao conhecimento pela população de Salvador do trabalho

desenvolvido nos abrigos, o interesse desta em ajudar e quais as formas preferenciais, os

meios de comunicação que deveriam ser utilizados para comunicar as ações destes. São estes

fatores determinantes na construção da imagem da organização e de sua reputação.

A análise do microambiente do Abrigo, formado por todos os agentes que afetam a

capacidade da empresa de produzir e oferecer os serviços (KOTLER, 2000, p. 108), propiciou

uma visão sistêmica do mesmo, oportunizando o conhecimento do perfil organizacional, seu

negócio, os serviços oferecidos, os públicos e a comunicação utilizada. Como, também,

analisaram-se as forças macro ambientais, os aspectos do cenário externo ao Abrigo que

podem influenciar de maneira adversa, determinando os possíveis impactos e as tendências,

situações que devem ser monitoradas.

Este estudo identificou as potencialidades e fragilidades da organização e as oportunidades e

ameaças do mercado, que, posteriormente, auxiliaram na seleção das estratégias coerentes

com o planejamento. O reconhecimento da realidade do Abrigo, a análise dos dados da

pesquisa e os itens citados acima ajudaram a identificar a situação da organização, as

necessidades e os problemas de comunicação encontrados, a natureza dos relacionamentos e

os conflitos existentes, informações que ajudam na construção do diagnóstico da

comunicação.

Após a elaboração do diagnóstico das necessidades e problemas enfrentados pelo Abrigo,

identificamos os públicos-alvos a serem trabalhados no planejamento da comunicação e

marketing. São eles: os colaboradores e estagiários, as abrigadas e a sociedade. Para cada um

deste, foram criadas estratégias e ações de comunicação e marketing, com o intuito de

promover a imagem do AMMA e fortalecer o relacionamento com estes públicos.

Toda a análise feita anteriormente foi fundamentada no levantamento bibliográfico dos

autores trabalhados durante o curso, que serviram de base para a construção do referencial

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teórico. Este foi essencial na delimitação do campo de estudo e na justificativa das decisões

tomadas, e, de fato, balizou o diagnóstico e as estratégias a serem seguidas.

Para alcançar os objetivos e estratégias propostas foram implementadas e sugeridas as ações,

para assim solucionar os problemas de comunicação e relacionamento do AMMA para com

seus públicos de interesse. Foram criadas vinte ações, sendo quinze implementadas e cinco

sugeridas: AMMA em Pauta, É por Aqui!, AMMA Conta Sua História, Conhecer é Preciso!,

Conheça o AMMA!, Sou AMMA Sim!, AMMA em Obras, Semeando um Sorriso!, Quem

AMMA Doa!, AMMA em Canto, AMMA em Imagens, Comunidade AMMA, Seja AMMA

Você Também!, AMMA Informa!, AMMA Comunica, Conectado ao Mundo!, Dia-Dia

AMMA, O Sorriso de Quem é AMMA!, Grandes Dama Baianas e Dançar é Viver!

Para avaliar a efetividade e os resultados das ações implementadas, foram observados se os

objetivos foram alcançados, a adequação do planejamento à atividade, o fluxo de informação

e a aceitação da informação, e que mudanças a longo prazo ocorrerão na instituição. Também,

foram aplicados questionários que permitiram saber o grau de satisfação dos públicos e como

a comunicação contribuiu para o fortalecimento da imagem do AMMA e na prospecção de

recursos e parcerias.

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6. ANÁLISE DE MACROAMBIENTE

De acordo com Kotler (2000, p. 158), as organizações devem monitorar os ambientes interno

e externo para compreender as mudanças e se adaptar a elas, identificar as tendências e as

ameaças do mercado e avaliar as dimensões que estas poderão alcançar, através do estudo de

fatores como a demografia, a economia, a natureza e a geografia, a tecnologia, a política e os

aspectos socioculturais. Para fazer está análise de cenários, utilizou-se de fontes

bibliográficas, de dados de órgãos da federação, de publicações impressas e on line, que

serviram de base para a identificação de variáveis que influenciarão, de maneira positiva ou

negativa, no desempenho do AMMA.

6.1. Ambiente Demográfico

A demografia estuda quantitativamente o comportamento das populações e expressa através

de taxas, que permitem medir a intensidade de fenômenos como o crescimento populacional,

a composição e distribuição espacial dos povos, sua natalidade e mortalidade. Os dados

encontrados possibilitam a análise da sociedade e o levantamento das possíveis causas dos

fenômenos, como também, os desdobramentos futuros e a elaboração de políticas adequadas

(GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSSE CULTURAL, 1995, p. 1813-4).

A contagem populacional, realizada em 1996 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), contabilizou uma população brasileira de 157 milhões de habitantes. Em

dezembro de 2007, dados divulgados pelo IBGE, indicaram um crescimento da população,

que alcançou os 183,9 milhões de habitantes.

Apesar do aumento da população, o Brasil já demonstra uma diminuição da taxa bruta de

fecundidade. Em 1996, essa taxa era de 2,7 filhos por mulher, caindo para 2,0 filhos por

mulher, em 2006. Como também, há a tendência de queda da taxa bruta de mortalidade, que

passou de 6,7%, em 1996, para 6,2%, em 2006. De fato, a redução de ambas é decorrente do

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aumento do uso de métodos anticoncepcionais, como as pílulas e a camisinha, que reduz o

número de gravidez; a entrada da mulher no mercado de trabalho que provoca a redução do

número de filhos por casais; a evolução da medicina e da saúde pública e a melhoria das

condições de habitação, que permite uma melhor qualidade de vida; e o acesso à informação.

A diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade acontece, concomitantemente, ao

aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Segundo o estudo do IBGE, Síntese de

Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgado em

2007, a esperança média de vida ao nascer no Brasil era de 69,9 anos de idade, em 1996,

passando para 72,4 anos, em 2006.

Estes três fenômenos juntos, diminuição da taxa de fecundidade e de mortalidade e aumento

da expectativa de vida, refletem na inversão da pirâmide etária brasileira. Em 1996, ela

possuía uma base larga e um topo estreito, demonstrando uma maior quantidade de jovens e

uma menor de idosos. Em 2006, ela indica um equilíbrio entre as faixas etárias, com a

diminuição da base e o alargamento do topo, num total de 8,5 milhões de idosos. De acordo

com dados do IBGE, divulgados na Síntese de Indicadores Sociais, dentro de alguns anos o

Brasil será um país de idosos, alcançando, em 2020, 12,2 milhões de pessoas nessa faixa

etária. Em 2050, esta perspectiva deve alcançar os 34,3 milhões, cerca de 13,2% da população

tota.

De acordo com as determinações da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Estatuto do

Idoso, disponível no Guia Serasa de Orientação ao Cidadão, devem ser considerados como

idosos aqueles que tenham mais de 60 anos, apesar do processo de envelhecimento estar

acelerado. Estes são os mesmos parâmetros utilizados pelo IBGE para suas pesquisas

demográficas, como demonstra o Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil,

divulgado em 2000. Os países desenvolvidos consideram como idosos a faixa etária acima de

65 anos.

Em relação ao sexo, o aumento da expectativa de vida tem favorecido as mulheres, que

predominam, com 78,8 homens para cada grupo de 100 mulheres, de acordo com dados da

Contagem da População, divulgada em 2007, pelo IBGE. A Bahia é o estado das regiões

Norte e Nordeste que apresenta o mais elevado patamar de longevidade, 71,7 anos, bem

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próximo a media nacional, 72,4 anos. As mulheres baianas vivem 76,1 anos e os homens 68,5

anos.

Nesse sentido, as implicações da feminização da velhice em termos sociais são notórias, dado

que grande parte das mulheres é viúva, vive só, não tem experiência de trabalho no mercado

formal e são menos educadas, como afirma Camarano no Perfil dos idosos responsáveis pelos

domicílios no Brasil, divulgado pelo IBGE. De fato, o número de mulheres idosas é maior do

que o dos homens, de acordo com os dados apresentados, uma demanda favorável aos abrigos

e instituições de longa permanência que se dedicam ao cuidado exclusivo do sexo feminino.

O estreitamento da base da pirâmide etária brasileira, demonstra o envelhecimento da

população, que evidencia o aumento da longevidade da vida e na predominância da mulher,

fruto do avanço da medicina, dos conhecimentos relativos a hábitos alimentares e práticas de

exercícios saudáveis. Percebe-se que a população brasileira terá um maior número de idosos,

requerendo uma nova rede de serviços na assistência social, na saúde, na previdência e no

mercado de trabalho.

Dados do IBGE, divulgados em 2007, revelaram que 13,2% dos idosos brasileiros moram

sozinhos, 22,3% com o cônjuge sem a presença de filhos ou agregados e 23,7% moram com

ou sem cônjuges e com filhos. Mesmo residindo com filhos ou parentes, muitas vezes, os

idosos não encontram no lar os cuidados necessários, como uma dieta balanceada,

acompanhamento diário de profissionais de enfermagem e programas que incentivem a

autonomia do idoso. Além dos custos que esses acompanhamentos requerem para o próprio

ou para os familiares, que em sua maioria conta apenas com a aposentadoria.

Os idosos precisam de uma maior atenção do estado, da sociedade e das famílias, exigindo

maiores cuidados para que tenham uma qualidade de vida e bem estar, como também, é

necessário uma maior disponibilidade de recursos e tempo. Essa mudança na demografia

brasileira requer o aumento do número de serviços qualificados para essa faixa etária, como

atendimento especializado em bancos e supermercados, serviços de entrega em domicílio,

acompanhamentos médicos e nutricionais, aderindo a hábitos mais saudáveis, e atividades

terapêuticas e físicas para auxiliar no envelhecimento.

Isto corrobora a necessidade de criação de serviços de lazer e entretenimento específicos para

este público, como os programas criados com o Estatuto do Idoso, com incentivo a viagens

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interestaduais e de descontos ou meia-entrada para espetáculos, cinema e estabelecimentos de

cultura. Como também, a busca desses idosos de atividades de socialização como a

“Universidade Aberta à Terceira Idade” 10

, que oferece oficinas, cursos e atividades que

estimulam a interação, a memória e favoreça a saúde. Usando as artes plásticas, o teatro e a

dança como aliados ao envelhecimento e a qualidade de vida.

Os abrigos de idosos se consolidam como uma alternativa para que se consigam todas estas

práticas de maneira segura e pensando no bem estar deles, um ambiente propício à

socialização e interação entre eles, o que evita sentimentos de isolação e improdutividade.

Sendo cabível a realidade destas instituições a criação de parceiras com as universidades e o

setor de entretenimento, agregando valor aos serviços oferecidos e aumentando o seu

desempenho na manutenção da qualidade de vida dos idosos.

Isto se constitui, também, como uma maneira de diferenciação entre as instituições que

oferecem o cuidado aos idosos, uma oportunidade de oferecer um serviço diferenciado e que

atenda a essa necessidade de socialização e manutenção da saúde. Deixando o estigma de

asilo para se consolidarem como abrigos, na essência etimológica da proteção.

Os abrigos são capazes de oferecer o cuidado humanizado, um ambiente familiar através da

interação com outros idosos, uma estrutura física e profissional pensada de acordo com as

necessidades da faixa etária e menores custos. Logo, as informações demonstram que

certamente existe uma demanda para serviços que atendam as necessidades do público idoso.

6.2. Ambiente Econômico

O Relatório de Inflação divulgado, em dezembro de 2007 pelo Banco Central do Brasil,

estimou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2007 de 5,2%,

corrigindo o valor estimado no relatório de junho de 4,7%. Em nota oficial ao site do banco, o

10

De acordo com Junior (2006, p. 03), a Universidade Aberta à Terceira Idade é um programa das

universidades, que surge na década de 70, primeiramente no Serviço Social do Comércio - SESC, como o intuito

de “oferecer aos idosos informações sobre os aspectos biopsicosociais do envelhecimento, programas de

aposentadoria e atualização cultural”. Esta iniciativa propõe uma educação continuada, quando os idosos

trabalham seu potencial e percebem-se ainda ativos, capazes de desempenhar atividades.

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presidente do Banco Central, Henrique Meireles afirmou que o PIB brasileiro cresceu em

2007 além das expectativas, atingindo 5,4%.

Segundo Meireles, “o resultado deixa claro que o caminho para o crescimento é a estabilidade

econômica e de preços. É essa estabilidade que cria condições para o aumento do

investimento, ampliando a capacidade de crescimento da economia e gerando aumento do

emprego e da renda”. Os analistas financeiros estão otimistas em relação ao desempenho da

economia brasileira neste ano. Segundo o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômicos e

Social (BNDES), o PIB brasileiro deve crescer 5,5%, em 2008, de acordo com a publicação

Visão do Desenvolvimento, divulgada em janeiro de 2008.

A economia brasileira dá sinais de uma boa fase que se inicia, segundo a matéria “BNDES:

crise dos EUA não carrega todo o mundo”, do A Tarde On Line, de 22 de janeiro de 2008, o

mercado financeiro espera um crescimento de 4,5% em 2008. A matéria cita o

superintendente da área de pesquisas econômicas do BNDES, Ernani Teixeira Torres Filho,

que afirma: “nossas projeções apontam para um quadro de maior estabilidade do processo de

crescimento em curso, sustentado por uma trajetória robusta de investimentos".

De acordo com a análise econômica “Economia brasileira reflete mudanças positivas nos

últimos anos”, feita por Denise Campos de Toledo para o site Invertia, a economia brasileira

se consolida em 2008 através do crescimento voltado para consumidor interno, da queda da

inflação, do superávit das contas públicas acompanhado da queda da dívida em relação ao PIB

e da expansão de atividades e ampliação de investimentos em diversos setores. Deve-se

salientar um dado que repercutiu amplamente na imprensa internacional nesse início de ano, o

recorde em reservas cambiais que dão ao País a posição de credor nas relações com o exterior,

afastando o risco da dívida externa. Isso pode ajudar o Brasil na abertura do mercado ao

ingresso de investimentos internacionais, como os recursos do fundo de pensão.

A boa fase da economia brasileira facilita as doações feitas por empresas e pela sociedade. O

crescimento econômico brasileiro favorece ao investimento na área social, afirma o presidente

do Instituto Cândido de Desenvolvimento Social (ICDS), Hélio Contador, na entrevista

“Crescimento econômico favorece ação de empresas na área social”, disponível no site da

Câmera Americana de Comércio (Amcham - Brasil). Em “Os 10 mandamentos do Marketing

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Social”, Stephen Kanitz afirma que, as empresas brasileiras dedicam 0,1% de sua receita às

ações sociais, o que corresponde a 1% de seus lucros.

O crescimento brasileiro em 2008 não será atrapalhado pela inflação, o movimento

ascendente dos preços dos bens e serviços. Segundo o coordenador do Índice de Preços ao

Consumidor (IPC), Marcio Nakane, não há uma previsão técnica, mas de confiança do Banco

Central; estima-se uma inflação de 4% neste ano, uma queda em relação a 2007, quando ela

alcançou os 4,38%. Os protagonistas do IPC de 2007, o grupo de alimentos, continuarão a

influenciar em 2008, como relata a análise econômica “Fipe espera inflação menor para 2008,

mas variação dependerá do BC”, de Bianca Ribeiro para o Valor On Line, disponível no site

da UOL. Ela afirma que “o fator mais preocupante é o aumento dos preços de grãos no

ambiente internacional, que deve ter impacto sobre produtos industrializados como óleo de

soja, além de farinha de trigo e também sobre o preço do frango”.

A população já sente o impacto do aumento dos valores dos produtos citados acima no dia-a-

dia, quando o valor do pão teve um acréscimo de 10% no acumulado do ano, de acordo com

os dados da análise econômica “Grande importador de trigo, Brasil sente alta no preço do

pão” de Roberto Samora para Agência de Notícias Reuters, disponível no site da UOL. O pão

é um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, sendo o Brasil o maior importador

mundial de trigo, segundo o relato do presidente da Associação Brasileira da Indústria da

Panificação (Abip), Alexandre Pereira, para a Reuters. Os aumentos dos preços dos alimentos

serão prejudiciais aos abrigos de idosos, estes terão que diminuir a receita destinada a outros

fins, para subsidiar a alimentação.

O Congresso Nacional e o Ministério da Fazenda estudam a proposta de reforma tributária

que ajudaria o País a crescer ainda mais, com um acréscimo de crescimento de cerca de 10% à

economia, reduzindo cinco tributos e criando um novo ICMS, não havendo aumento da carga

tributária. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na entrevista “Reforma tributária

poderá aumentar em 10% crescimento econômico, avalia Mantega”, a reforma “tornaria o

crescimento brasileiro mais sustentável. Nos permitiria entrar num outro ciclo de

desenvolvimento que já está em vigor no Brasil".

A perspectiva de crescimento equilibrado da economia do Brasil favorece os setores

produtivos e de serviços, gerando um maior lucro e possíveis investimentos em organizações

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sem fins lucrativos, entre elas os abrigos. Estes deverão receber incentivos de organizações do

segundo setor, engajadas em causas sociais e preocupadas com o bem estar da população.

No contexto econômico brasileiro, as organizações sem fins lucrativos são responsáveis por

5% do PIB do Brasil, de acordo os dados da pesquisa realizada pelo Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), apresentados na análise “ONG‟s têm peso maior

que petróleo no PIB”, em parceira com a Johns Hopkins Center for Civil Society Studies,

instituição norte-americana que estuda as organizações sem fins lucrativos no mundo.

De acordo com a análise econômica publicada no site do Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento, este dado demonstra o potencial e o crescimento do terceiro setor

brasileiro, que está à frente de setores importantes para a economia, como a indústria de

extração mineral, que tem um PIB aproximado de 3,4%, sendo responsável pelo petróleo,

minério de ferro, gás natural e carvão; transportes e comunicação, respectivamente, com cerca

de 2,6% e 2,8%. Em relação à última pesquisa realizada em 1995, em sete anos a participação

do setor no PIB brasileiro passou de menos de 1,5% para cerca de 5%.

Também em 2002, foram contabilizados 326 mil organizações, com 3 milhões de

trabalhadores, sendo 1,5 milhões com a carteira assinada, 750 mil remunerados sem vínculo

empregatício e 350 mil através do voluntariado. As organizações filantrópicas, associações e

não-governamentais, podendo citar também os abrigos de idosos, geram empregos e se

mantêm com doações de membros, familiares e populares, como também, através da venda de

artigos produzidos por elas e da ajuda de empresas privadas, do governo e de entidades de

cooperação internacional.

De acordo com pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Organizações Não-

Governamentais (Abong) em 1993, 75,9% das organizações filiadas eram mantidas por

recursos vindos de agências de cooperação internacional. Nos anos 80 e 90, a vinda desses

recursos para a América Latina diminuiu devido o investimento em áreas da África e Leste

Europeu. O desenvolvimento da economia brasileira favorece aos investimentos

internacionais no mercado brasileiro, atraídos pela estabilidade do real e do controle da

inflação; trazendo consigo investimentos para a área social, destinados às organizações do

terceiro setor.

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Nas parcerias com o estado, estas organizações têm o papel de agente de políticas públicas,

desenvolvendo projetos com cunho social, representando os serviços públicos como uma

terceirização. Segundo o “Guia Para Fazer o Bem” publicado na Revista Veja de Dezembro

de 2000, as organizações brasileiras beneficiavam cerca de 17 milhões de pessoas por ano,

tendo 191 mil voluntários e 211 mil funcionários, e com, aproximadamente, R$ 1.085 bilhão

de reais.

Os empregos gerados pelo terceiro setor são como um impulso para a economia brasileira,

estes geram renda, propiciando o aumento das compras e assim movimentam o mercado

brasileiro. Os números apontam o elevado grau de profissionalização e engajamento político

dessas organizações, que deixam a essência filantrópica para levantar a bandeira da luta

social, na busca de melhorias para o estado de bem estar social, como os novos atores sociais

da sociedade pós-moderna.

A boa fase da economia brasileira deixa as organizações sem fins lucrativos esperançosas por

parcerias com o setor privado, interessado em investir em causas sociais, e, também, com a

vinda de investimentos e da participação das agências de cooperação internacional para a

manutenção e sobrevivência destas instituições. Os abrigos de idosos devem se atentar para

uma questão paradoxal, este crescimento da concessão de recursos deve aumentar a disputa

com as demais instituições do setor e estimular a criação de novas entidades, logo, eles terão

que disputar recursos com os diversos seguimentos, como educação, associações, ligas de

saúde, entre outros. O que evidencia a necessidade cada vez mais crescente de se

profissionalizar para conquistar a confiança do mercado investidor.

6.3. Ambiente Natural-Geográfico

Com uma área de 567.692,669 km², 6,64% do território nacional, o Estado da Bahia é o mais

rico do Nordeste e o quinto em extensão territorial do Brasil, com 567 Km², correspondendo a

36,3% da área total brasileira. Está situado no litoral, composto por 417 municípios. Por ter

90% de sua área a 200 metros em relação ao nível do mar, apresenta um clima tropical com

maior umidade.

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Sua capital é Salvador, a terceira cidade mais populosa do Brasil pela estimativa de 2007, com

2.892.625 habitantes. Segundo o IBGE, sua superfície é de 706,8 km², é uma cidade de clima

quente e úmido, tipicamente tropical, localizada entre o Trópico de Capricórnio e a Linha do

Equador, ensolarada, com uma temperatura média de 25ºC que pouco varia durante o ano e

índice pluviométrico anual superior a 1.500mm.

Com uma temperatura média anual de 25.5ºC, Salvador apresenta nos últimos meses,

variações térmicas elevadas com mínimas de 19ºC e máximas de 32ºC. Esta oscilação de

temperatura não é favorável aos idosos, público-alvo dos abrigos, pois pode atingir o sistema

imunológico afetando-os, fazendo que contraiam facilmente gripes e resfriados procedentes

das variações climáticas, o que gera custos com a compra de remédios e o acompanhamento

médico.

Segundo o texto “Os efeitos do aquecimento global no Brasil”, publicado no site Brasil

Escola, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos

casos de diarréia e 2% dos casos de malária em todo o mundo. Em relação ao Brasil, o

aumento dos casos de dengue serão responsáveis por mortes e uma possível epidemia,

decorrentes da falta de definição das estações. Este fato influencia diretamente nos hábitos da

população, como também das instituições que cuidam de idosos. Estes apresentam um

sistema imunológico com respostas mais lentas, com deficiências associadas à idade, e,

quando acometidos pela dengue, corre o risco de vida, precisando de internações longas e

remédios para se tratar. Os abrigos deverão ficar atentos aos focos dos mosquitos

transmissores, tentando conter a doença, para evitar que os idosos contraiam-na e tenham

gastos com o tratamento.

O aumento da temperatura, em decorrência do aquecimento global e da destruição da camada

de ozônio, pode gerar, também, a intensificação das ondas de calor, e conseqüentemente,

causarão 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo, de acordo com informações do texto

“Os efeitos do aquecimento global no Brasil”, publicado no site Brasil Escola. Nos idosos,

essa elevação da temperatura pode gerar um mal estar seguido de queda ou elevação da

pressão arterial, desidratação, vômitos e diarréia, que são exemplos típicos de casos clínicos

das doenças tropicais, normalmente ocorridas no alto verão de Salvador, quando os

termômetros marcam até 32ºC. Os acometidos por esses sintomas inspiram cuidados médicos,

para que os quadros não evoluam e se faça o tratamento medicamentoso, tendo a necessidade

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da presença da equipe de saúde fazendo o acompanhamento constante, gerando, assim, custos

para os abrigos com remédios e mão-de-obra especializada.

Em se tratando de idosos, a poluição é outro fenômeno ambiental que se torna prejudicial à

saúde. Estes estão mais susceptíveis a incidência dos gases e poluentes no aparelho pulmonar,

associadas às doenças respiratórias como gripes e pneumonias, que geram internações e, em

casos mais graves, o óbito. Os idosos têm seu sistema imunológico debilitado pela idade, com

o envelhecimento das células, que não conseguem se defender com eficiência dos efeitos dos

componentes da poluição. O artigo “Poluição, aquecimento global e repercussões na saúde”,

de Ubiratan de Paula Santos, publicado na Revista da Associação Médica Brasileira de

maio/junho de 2007, afirma que os seres humanos desenvolveram mecanismos de defesa

contra “as doenças infecciosas e outras agressões do meio”, porém não conseguimos nos

defender dos efeitos dos gases, poeiras e radiações provocados pela industrialização. “Nosso

organismo reage a estas agressões freqüentemente de maneira parecida a como faz com

relação às infecções, muitas vezes levando às lesões em vez da cura”. (SANTOS, 2007)

Nestes aspectos, os abrigos devem ficar atentos às questões relacionadas à influência da

poluição na saúde dos idosos, uma vez que, ela ocasiona problemas respiratórios a serem

tratados com medicamentos, como também, pode existir a necessidade de internação, ambos

requerendo gastos. Há o ensejo para que se atente para os casos mais extremos, como o risco a

vida que estas enfermidades podem causar, logo o incentivo à vacinação contra o vírus

influenza, causador da gripe, deve ser priorizado por estas instituições. Francisco e outros., no

estudo Fatores Associados à Doença Pulmonar em Idosos, considera os anciãos como um

grupo de risco, sendo imprescindível que sejam adotadas “medidas de promoção e prevenção

à saúde do idoso [...], visando a reduzir complicações de doenças pulmonares e prevenir

infecções comuns virais e bacterianas” (FRANCISCO et al., 2006).

Segundo Ubiratan (2007), “a ação do homem tem levado à poluição do ar; destruído a camada

de ozônio da estratosfera [...]; provocado o aumento das concentrações de gases de efeito

estufa [...], absorvendo maior quantidade de radiação solar e retendo calor; e tem reduzido [...]

(as) áreas verdes e (provocado a) degradação da flora, dos oceanos, levando assim às

alterações climáticas como o aquecendo global, alterações pluviométricas, secas, aumentado a

freqüência de catástrofes, além dos efeitos diretos na saúde”.

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De acordo com Heitor Matallo, membro da Convenção das Nações Unidas para o Combate da

Desertificação (UNCCD), em entrevista para o site Brasil Escola, o Brasil já é degradado com

desmatamento e erosão, e com o aumento da temperatura global, terá a diminuição das

reservas de água. De fato, cidades como São Paulo, Curitiba, Recife e Belo Horizonte já

sofrem com problemas relacionados à falta de água e já vivem a experiência do racionamento

e escassez de chuvas.

A escassez de chuvas ocasiona a diminuição do nível da água nos reservatórios das

hidroelétricas, que não produzirão a quantidade de energia necessária para a população,

obrigando o governo a usarem das termoelétricas, que produzem menos energia a um custo

maior. Segundo informações da matéria “Falta de chuvas pode elevar conta de luz para

consumidor”, disponível no site da Folha On Line, “a conta da escassez de chuvas será paga

pelo consumidor de energia elétrica”, tendo como maiores prejudicados, aqueles que

consomem em grande quantidade como indústrias, supermercados, hospitais, como também,

os abrigos de idosos. Estes serão prejudicados pelo aumento no valor da energia elétrica e

terão que buscar alternativas para diminuir o consumo, entre elas, a economia diária o que

colocará em risco a vida das idosas. Considerando que as mesmas apresentam restrições na

visão e dificuldades de locomoção, havendo a necessidade de uma boa luminosidade na

instituição para que seja garantida a segurança.

Apesar da escassez, Salvador apresenta temperaturas agradáveis quase todo ano, ultimamente

os níveis pluviométricos aumentaram, havendo grandes chuvas em um tempo relativamente

menor, chegando a registrar na capital 110,6mm, recorde do período em todo Brasil,

suficientes para que a Coordenação de Defesa Civil da Prefeitura registrasse 79 ocorrências,

entre as quais 40 são desabamentos. No caso específico do AMMA, que está localizado em

uma área de declive e já sofreu uma grande inundação na década de 70, esse dado deve ser

observado com cuidado, existe a necessidade da atenção para o sistema de escoamento da

água de chuva.

As influências do clima e da geografia agem diretamente nos abrigos de idosos, necessitando

de um monitoramento especial para as mudanças climáticas e suas conseqüências na saúde

dos abrigados, como doenças que obrigam as instituições a dispor gastos com medicamentos e

com aparelhos e atendimento médico especializado.

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6.4. Ambiente Tecnológico

Desde a invenção dos artefatos cortantes primários, passando pela criação da roda e chegando

ao dias atuas com a tecnologia digital e a globalização, o homem usa de sua capacidade de

inovação para criar objetos ou formas de desenvolver melhor o seu trabalho, agregando valor

a seu produto e buscando diferenciais competitivos. Quando isto é relacionado às mudanças

demográficas que ocorrem no mundo, a inversão da pirâmide etária e o aumento da população

idosa, é detectada uma nova demanda que surge. A tecnologia como uma aliada na resolução

das dificuldades encontradas na velhice.

As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) vêm se destacando como alternativas

aos desafios da sociedade pós-moderna relacionados ao envelhecimento da população. Já

existindo na União Européia e na América do Norte, pesquisas que objetivam uma melhor

saúde e uma melhor qualidade de vida aos idosos, garantindo um envelhecimento autônomo

prolongado e ativo, com uma participação social e no mercado de trabalho. Como também,

assegurando às empresas uma mão-de-obra experiente e qualificada, e ao estado, menores

custos e um sistema de saúde e assistência social mais eficiente11

.

Esta é uma tendência que dentro de alguns anos se consolidará no Brasil. Nos paises

desenvolvidos a importância das TIC associadas ao envelhecimento já vem sendo discutida e

novas praticas já estão sendo utilizadas para manter o bem estar dos idosos. Essas tecnologias

são apontadas como soluções criativas aos problemas de memória, audição, visão e

acessibilidade, freqüentes na população idosa. Elas ajudarão os abrigos de idosos no

desenvolvimento de seus serviços, prestando-os com maior qualidade e garantindo uma vida

mais saudável aos abrigados.

As TIC ajudarão os anciões a permanecerem ativos com criatividade, tendo uma maior

autonomia doméstica e um acesso facilitado aos serviços públicos e comerciais. Isto será

possível através de adaptações de produtos e serviços de modo a satisfazer as necessidades

deste público, a exemplo de portais na internet com conteúdo exclusivo, canais de televisão

11

A Comissão das Comunidades Européias preparou, em 2007, o Plano de Ação "Tecnologias da Informação e

das Comunicações e Envelhecimento", concebido como incentivo político e industrial à União Européia para o

desenvolvimento, regulamentação e utilização das TIC para sanar as necessidades dos idosos.

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temáticos, que abordem a saúde e os cuidados com a condição física, e sistemas de

acessibilidade que garantem a autonomia e segurança.

Os abrigos poderão adaptar os serviços oferecidos para garantir uma boa acessibilidade aos

abrigados, utilizando da tecnologia para criar as casas inteligentes, que facilitem a mobilidade

e assegurem uma vida ativa, assistindo este público nas compras, nas atividades diárias e no

vestir. Os sistemas integrados de saúde, também, auxiliarão estas instituições, que podem

introduzir em suas unidades a monitoração móvel da saúde, que garantem os cuidados aos

enfermos com menor tempo de internação, e os alarmes inteligentes, que avisarão em casos de

abrigados que estão com algum desconforto e necessitam de cuidados médicos.

Outro aspecto das TIC são as potencialidades da identificação por sistema de radiofreqüência

(RFID), que está em fase de estudo e discussão na Europa para avaliar a sua recomendação

garantindo a autonomia, já que ela permite um monitoramento das atividades dos idosos,

dando-lhes mais independência para sair das instituições e segurança. Os abrigos poderão ter

ciência e monitorar os passeios que este público costuma fazer, havendo a possibilidade de

agir com mais rapidez caso um deles tenham qualquer tipo de problema estando fora da

instituição.

A tecnologia se configura como um diferencial competitivo aos abrigos, que terão a

oportunidade de garantir a qualidade de vida de seus clientes através destas soluções criativas,

desenvolvendo pacotes de serviços capazes de auxiliar no desenvolvimento da memória, da

audição e da visão, utilizando os computadores, jogos e atividades que incentivem a agilidade

cerebral. Como também, sistemas inteligentes de segurança, que apresentem iluminação,

barras, antiderrapantes, desenvolvidos de acordo com a necessidade especial das pessoas com

idade avançada.

Logo, monitorar esta tendência mundial do uso da tecnologia no auxílio do envelhecimento

deve ser priorizado pelos abrigos, para que assim, estejam preparados para se manter neste

mercado e atender as necessidades e demandas do público-alvo destas instituições, criando

diferenciais competitivos e serviços adaptados.

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6.5. Ambiente Político-Legal

No Brasil, nos últimos anos a sociedade civil organizada tem contribuído muito para a

execução de atividades consideradas de responsabilidade pública. Com o crescimento de

157% das instituições sem fins lucrativos, entre 1995 a 2002, segundo o estudo do IBGE - As

Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos no Brasil 2000, o poder público viu a

necessidade de criação de uma nova legislação, que definisse regras e princípios para o

reconhecimento de organizações sem fins lucrativos, como as instituições civis de interesse

público e/ou entidades filantrópicas.

A legislação vigente no Brasil, relativa ao instituto de utilidade pública, concedido às

entidades beneficentes de assistência social, está prevista no antigo Código Civil Brasileiro,

desde 1916. No seu art. 16, inciso I, o código já se referia às associações de utilidade pública

como instituições de direito privado, entretanto, somente através da Lei nº 91, de 1935, foi

conferido a estas instituições o título de utilidade pública federal. Já o certificado de entidades

de fins filantrópicos, emitido pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), passou a

ser concedido ano de 1993, pela Lei Nº 8.742/93, amparado pelo art. 203 da Constituição

Federal. Consoante estes institutos legais o Abrigo Mariana Magalhães em 2003, obteve o

título de Utilidade Pública e em 2004 o Certificado de Entidade Filantrópica, adquirindo

imunidade tributária diminuindo seus débitos, contribuindo assim, para o um maior equilíbrio

nas contas da Instituição.

O marco da legislação no terceiro setor foi a Lei 9.790/99, que criou uma nova disciplina

legal às entidades sem fins lucrativos, o que possibilitou a sua qualificação pelo poder

público, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP‟s, assim como,

celebrar termos de parcerias com o primeiro setor. Segundo esta Lei, a partir de 2001, as

entidades que optaram, exclusivamente, ao título de OSCIPs, serão obrigadas a abdicar dos

outros títulos se já possuírem. Está nova legislação não revogou a anterior, portanto, as

entidades reconhecidas de utilidade pública, como o Abrigo Mariana Magalhães, não foram

afetadas, entretanto, o novo instituto simplificou os procedimentos para o reconhecimento das

instituições privadas como de interesse público e criou mecanismos mais ágeis e menos

burocráticos para a captação de incentivos fiscais do Governo Federal. Incentivos estes, que

em razão das grandes barreiras burocráticas exigidas por força da legislação anterior, o

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AMMA ainda não conseguiu, inclusive, em decorrência desta nova legislação, o número de

instituições que concorrem com o Abrigo na captação dos recursos do Governo aumentaram.

Dentre os benefícios legais recebidos desde a regulamentação das instituições do terceiro

setor, podemos destacar a imunidade tributária prevista na Constituição Federal, no seu art.

150 e no Código Tributário Nacional, no seu art. 14. Este impede o Estado de tributar sobre o

patrimônio, a renda e os serviços de entidades beneficentes de assistência social, em razão da

sua finalidade pública, assegurando a estas entidades a não-incidência de impostos. Assim

como, com a nova redação dada ao art. 195 §7º da Constituição de 1988, as entidades

beneficentes de assistência social passam a ter direito a imunidade às contribuições para a

seguridade social. Ainda que, a renúncia fiscal esteja prevista na Constituição Federal, o

Abrigo Mariana Magalhães não conseguiu o reconhecimento de utilidade pública no âmbito

municipal, em razão da grande exigência burocrática, impedindo desta forma o Abrigo de

usufruir das isenções e incentivos fiscais disponibilizados para este fim.

Outro benefício positivo da legislação federal para o terceiro setor são as doações de pessoas

jurídicas, dedutíveis no imposto de renda, concedido às entidades de Utilidade Pública

Federal ou OSCIPS, como incentivos fiscais. Estas doações serão dedutíveis até o limite de

2% do lucro operacional da instituição privada doadora. Este procedimento contribuí para o

fortalecimento do terceiro setor, na medida em que o Estado através de mecanismos legais

estimula a prática da responsabilidade social no segundo setor. Propiciando o incentivo das

doações para as organizações sem fins lucrativos.

Recentemente, o Governo Federal, através do Decreto Presidencial nº 6.308, de 14 de

dezembro de 2007, fixou novas normas a serem cumpridas pelas entidades de assistência

social, de que versa o art. 3º da Lei 8.742/93. Este decreto estabelece que as organizações

somente serão consideradas como de assistência social quando em seus atos constitutivos

estiveram, claramente definidos seus objetivos, sua natureza, missão e público-alvo, em

consonância com as disposições da Lei, anteriormente citada. Fixa também a realização de

atendimento, assessoramento ou defesa e garantia dos direitos na área de assistência social,

sem a contraprestação do serviço, por parte do usuário. As organizações com este fito terão

até dezembro de 2008, para regulamentarem suas inscrições. Estas novas normas obrigarão o

Abrigo Mariana Magalhães a disponibilizar atendimento gratuito à comunidade, dentro de sua

área de competência.

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74

Segundo o Relatório Nacional Brasileiro Sobre o Envelhecimento da População Brasileira, a

sociedade civil organizada, representada por associações e sindicatos, conseguiu avanços

significativos junto ao Governo Federal, que teve como resultado deste posicionamento em 01

de outubro de 2003, a aprovação do Estatuto do Idoso. Decorrente da Política Nacional do

Idoso e elaborado com a participação da sociedade civil organizada, este Estatuto trouxe uma

nova perspectiva aos idosos na garantia dos seus direitos, além de normas a serem cumpridas

pela sociedade.

Dentre os assuntos que aborda o estatuto, está a garantia de fornecimento gratuito aos idosos

de medicamentos de uso continuado, como os utilizados para controle da pressão arterial e

diabetes; a ratificação do direito a 50% de descontos em atividades de lazer, esportes e

cultura; e o caráter obrigatório do acompanhamento das famílias aos idosos em casas de

repouso ou abrigos, que devem manter o vínculo familiar e não abandoná-los nas instituições,

estando susceptíveis a punições do estado. As políticas públicas voltadas para os idosos

oferecem aspectos que auxiliam os abrigos a promover a longevidade com qualidade de vida.

O estatuto, também, assegura o direito à aposentadoria, porém o governo não demonstra

soluções para o colapso do sistema previdenciário, que cresce a cada ano. A longevidade da

população brasileira aumenta cada vez mais o déficit da previdência brasileira, a inversão da

base da pirâmide etária do Brasil demonstra o envelhecimento populacional e coloca em

discussão a necessidade de uma reforma no sistema. De acordo com o artigo “Sua

aposentadoria em xeque”, da Revista Época de 18 de fevereiro de 2008, de 1995 para 2008 o

déficit brasileiro aumentou de R$7 bilhões para cerca de R$90 bilhões ao ano. O Brasil retira

recursos de outros fins para pagar as aposentadorias, mas, dentro de alguns anos, não terá

como manter o pagamento. Uma triste realidade para os idosos que poderão ficar sem

aposentadoria caso o governo não apresente logo uma solução para que dentro de mais 40

anos, quando o país terá a maioria idosa, se consiga ao menos equilibrar o que é arrecadado

com o que é oferecido pelas pensões. Os abrigos devem pensar na longevidade de sua

existência, tentando já prever ações que ajudem na auto-sustentação e no fim da dependência

das aposentadorias.

O Abrigo Mariana Magalhães é uma instituição asilar voltada à assistência de idosos e desde

o ano de 1989 deve atender as normas contidas na Portaria Nº 810 do Ministério da Saúde,

que regula as instituições destinadas ao atendimento de idosos. O AMMA ainda não

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preencheu todos os requisitos exigidos nesta portaria, principalmente, no que se refere aos

itens 3 - Área física e instalações e 4 - Recursos humanos, o que não implica na sua

interdição, no entanto, em relação a outras instituições asilares que já se enquadraram aos

novos requisitos, interfere na prestação dos seus serviços. Não obstante, deve estar atenta

também às diretrizes da Política Nacional do Idoso - Lei n. 8.842/94, que objetiva assegurar

os direitos sociais do idoso no âmbito da sociedade, o que requer mais investimento por parte

da instituição para atender a estes direitos.

6.6. Ambiente Sócio-Cultural

O Brasil observou, nas décadas de 70 e 80, o surgimento de organizações populares com a

intenção de promover a cidadania, defender os direitos humanos e lutar pela democracia,

frutos das demandas dos movimentos sociais do período, como a reivindicação dos direitos

das mulheres, da melhoria da educação e a busca de políticas públicas para o controle social.

“As Organizações Não-Governamentais inserem-se, hoje, no Brasil, num processo de

reformulação das atividades do Estado [...] enfatizam o envolvimento direto da população e

enfrentam problemas e necessidades que afetam o cotidiano da sociedade” (CAMPAGNAC,

2006, p. 04).

A mobilização do setor é representada através das 326 mil organizações com 350 mil

voluntários, apesar da carência de incentivos da sociedade para a manutenção destas causas.

Visto que, entre os 5 milhões de contribuintes do Imposto de Renda, a média para doações é

de R$ 23 reais por ano, de acordo com as estatísticas do imposto, disponível no site Seja

Voluntário. Este dado desestimula o setor, o coeficiente de doação é muito inferior e poderia

ser doado mensalmente por qualquer brasileiro que tenha uma renda mínima.

As empresas brasileiras investem R$ 4 bilhões de reais por ano em segurança patrimonial e

pessoal, enquanto dispõem de R$ 5 mil reais por mês em filantropia (Seja Voluntário). O

censo desenvolvido pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) constatou que a

Educação é área preferida pelos investidores sociais privados ouvidos, 85,4%, e que os

beneficiários principais são jovens e adolescentes, 70,8%, seguido de crianças, 66,7%.

Segundo os levantamentos, 10% da população brasileira (15 milhões de pessoas) doam

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recursos para os fins do Terceiro Setor, porém este montante poderia ser maior se estas

organizações fossem conhecidas, divulgadas e valorizadas na sociedade em que são inseridas.

Os abrigos de idosos através da comunicação e de suas ferramentas podem trabalhar seus

relacionamentos a fim de divulgar sua causa e conseguir parcerias para sua manutenção.

Conforme pesquisas desenvolvidas pelo Ipsos-Marplan em 2004, 9% da população brasileira

atuam como voluntários. Dentro do universo de 50.520 pessoas que têm mais de 13 anos e

ensino superior completo, 20% são voluntários e entre os que possuem pós-graduação, 23%

desenvolvem atividades voluntárias. Entre as pessoas de 18 a 34 anos, 18% são voluntárias.

Vale ressaltar, o movimento pelo voluntariado, sendo um agente de transformação que atende

as necessidades das organizações, crescendo o número de cidadãos adeptos, preocupados com

as causas sociais. Um ensejo aos abrigos de idosos, que podem utilizar desta mão-de-obra no

desenvolvimento de suas atividades, incentivando às praticas acadêmicas e dispondo de

menos custos.

Segundo dados do site Seja Voluntário, 54% dos jovens brasileiros tem a vontade de ser

voluntário, porém não sabem como obter informações de instituições e projetos que possam

aceitá-los. Estima-se que 10 milhões de adultos brasileiros querem participar do voluntariado

em organizações sem fins lucrativos. Esta pré-disposição da sociedade brasileira, em realizar

trabalhos voluntários é benéfica às organizações filantrópicas. Além das doações que ajudam

a custear os serviços, o voluntariado é a força-motriz para que os objetivos e causas sejam

alcançados.

A pretensão em desenvolver trabalhos voluntários demonstra o engajamento da população

brasileira nas causas sociais, como também, a preocupação com o agir socialmente

responsável. Atualmente, a sociedade tem um olhar mais atento no comportamento das

organizações no que se refere à Responsabilidade Social12

. De acordo com Ashley et al. (apud

ZENONE, 2006, p. 3), “além de preço e qualidade o consumidor busca confiabilidade,

12

A expressão responsabilidade social foi amplamente discutida por diversos autores que apresentaram

interpretações próprias. De acordo com Zenone (2006, p.5), alguns a defendem limitando apenas ao pagamento

de impostos e cumprimento das leis, geração de empregos e renda e atender as necessidades dos clientes. Outros

a ampliam, como Certo e Peter citado por Zenone (2006, p.5), “as empresas são vistas como importantes e

influentes membros da sociedade, sendo responsáveis por ajudar a manter e melhorar o bem-estar da sociedade

como um todo”. O próprio Zenone também afirma que “a visão mercadológica da responsabilidade social assim

colocada transforma a atividade social desenvolvida pelas organizações em uma espécie de mídia, que permite

que as empresas se comuniquem de uma forma diferenciada com os diversos públicos de interesse da empresa”

(2006, p. 4).

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serviço de pós-venda, produtos ambientalmente corretos e relacionamentos éticos com todos

aqueles que se relacionam”. Observando isto, as empresas apóiam cada vez mais os projetos

sociais. O estudo “Perfil do Voluntariado Empresarial no Brasil”, divulgado em 2007 pela

ONG Riovoluntário no site da Agência Brasil, indicou uma participação no terceiro setor de

45% das companhias de todo o país, através da promoção de ações de voluntariado.

Esta promoção de ações de cidadania tem o objetivo de melhorar o relacionamento destas

empresas com as comunidades onde estão inseridas. De acordo com a pesquisa da ONG

Riovoluntário, 38% dos entrevistados desenvolviam ações para atender às necessidades

sociais das comunidades, investindo em capacitação de seus funcionários para que atuem

nessas realidades como multiplicadores de informações. A parceria com estas empresas é de

grande valia para os abrigos de idosos, através do desenvolvimento conjunto de projetos,

recebendo a ajuda financeira e de mão-de-obra, podendo realizar ações que venham a

beneficiar os abrigados e os voluntários.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, cada vez mais as empresas se

preocupam com o social no Brasil. Esta afirmativa pode ser confirmada pela aplicação de uma

pesquisa realizada pelo próprio instituto, no período entre 2000 e 2004, tendo como

respondentes as empresas brasileiras, onde chegou-se a conclusão que a participação

empresarial subiu de 59% para 69%, de acordo com a matéria da Gazeta de Ribeirão,

“Responsabilidade Social – prática tem crescido”, disponível no site do IPEA.

Na reportagem especial do Dia Internacional do Voluntário 2007, ao site do Portal do

Voluntário HSBC, foi apresentado o seguinte dado, retirado da pesquisa “Doações e trabalho

voluntário no Brasil” de Leilah Landim e Maria Celi Scalon; 50% dos brasileiros doam

alimentos, roupas, calçados e recursos financeiros diretamente para as instituições. Isto

demonstra a receptividade do brasileiro em doar e conhecer as obras desenvolvidas, o que

beneficia os abrigos de idosos, que tem como argumento para a doação o apelo emocional da

causa, o cuidado ao idoso e o amparo à velhice. Apesar de que na sociedade brasileira, o idoso

é desvalorizado.

Existe uma cultura cada vez mais crescente de culto ao novo, ao belo, criando estratégias que

combatam o antigo, o velho, o deteriorado. Este fenômeno é fruto da sociedade de consumo,

caracterizada pelo incentivo à compra de novos produtos, à prática de novos hábitos e o uso

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da medicina e da estética para manter a juventude, combatendo a velhice. Isto reflete no modo

de lidar com os idosos, estes apresentam doenças degenerativas, perda do controle físico e

emocional e o declínio cognitivo, características que no convívio com as diferentes gerações

são associados à decadência, o que gera a discriminação, a exclusão e o desrespeitado.

Esta discriminação ao idoso pode ser comprovada através da pesquisa realizada pelo Serviço

Social do Comércio (Sesc) e da Fundação Perseu Abramo13

, que apresenta a triste

constatação; 80% dos idosos já sofreram algum tipo de discriminação e 36% foi vítima de

violência. A desvalorização da velhice é prejudicial aos abrigos de idosos, que deixam de

receber ajuda da sociedade por apresentar uma imagem de “depósito de idosos abandonados

pelas famílias”, existindo uma associação com a idéia de decadência. Logo se as pessoas não

valorizam o trabalho desenvolvido por estas instituições, elas não farão doações, não

desenvolverão trabalhos voluntários, não haverá a vontade em ajudar.

Os dados apresentados sobre o comportamento de doação das pessoas e das empresas

brasileiras e da disponibilidade ao trabalho voluntário, se configuram como uma esperança

para os abrigos de idosos, que podem aproveitar dessas tendências ou receptividade à ajuda

para manter suas causas, oferecendo melhores serviços através de recursos vindo de doações e

do voluntariado, e buscando programas de abertura à visitação para atrair possíveis doadores e

voluntários.

13

De acordo com as informações do texto Idosos ainda são vítimas da discriminação, a pesquisa ouviu 2.136

pessoas com mais de 60 anos e 1.608 jovens e adultos, de 16 a 59 anos, em 204 cidades das cinco regiões

brasileiras, os dados estão reunidos no livro Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas na terceira idade.

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7. BRIEFING

7.1. A Organização

7.1.1. Identificação e dados gerais

O Abrigo Mariana Magalhães é uma instituição filantrópica e de utilidade pública federal e

estadual sob os registros números 08015007104/2003-49 e 9080. Pertencente à Ordem

Franciscana Secular da Penitência de São Francisco de Assis da Igreja de Nossa Senhora da

Piedade, está registrado no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica com o número nº

1519196810001-10 e tem como razão social: Ordem Terceira da Penitência de São Francisco

de Assis.

Dispõe de sede própria, construída em uma área de 1.755 m², sua estrutura física é composta

de dois blocos e cinco pavimentos, com três andares e dois subsolos divididos em oito alas,

com 62 apartamentos. Está localizado aos fundos do Convento de Nossa Senhora da Piedade,

na Rua João Florêncio, nº. 4 – Barris.

O seu organograma é constituído por oito membros do Conselho, oito colaboradores e doze

voluntárias da Ordem. Complementam também o quadro uma profissional da área de

Psicoterapia, estagiários técnicos e acadêmicos da área de enfermagem, estagiários

acadêmicos de fisioterapia e duas supervisoras das respectivas áreas.

O AMMA se mantém dos recursos financeiros provenientes de uma parcela das

aposentadorias das moradoras e de doações esporádicas, efetuadas por pessoas físicas e

jurídicas. Participa do programa “Sua Nota é um Show de Solidariedade”, do Governo do

Estado da Bahia, onde recebe trimestralmente uma quantia equivalente às notas arrecadadas.

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O horário de funcionamento da instituição obedece a um regime de 24 horas para as

moradoras. Já o horário para os visitantes é das 08:00 às 17:00, com restrições do acesso ao

público masculino a alguns pavimentos, por ser um abrigo de senhoras.

Desde 2005, a Instituição está sobre a responsabilidade do Conselho da Ordem Terceira de

Nossa Senhora da Piedade, tendo como dirigente oficial a Ministra do Conselho, eleita para o

cargo pelos membros da Ordem Franciscana por um período de três anos.

7.1.2. História

Muito antes da sua morte em 1939, Mariana Cerqueira Magalhães recebia e ajudava pessoas

carentes em sua residência, na Avenida Araújo Pinho, no bairro do Canela, onde hoje

funciona a Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Membro da Ordem

Franciscana Secular da Piedade e com boas condições financeiras, Mariana, sensibilizada com

a carência de suas irmãs franciscanas, construiu pequenas casas para abrigá-las, no espaço

localizado ao fundo de sua residência, porque naquela época, não havia salário mínimo, nem

aposentadoria para que elas suprirem suas necessidades.

Conforme a sua vontade, no ano seguinte ao seu falecimento, o prédio de sua residência, com

os móveis, louças e todos os objetos existentes, foi doado à Ordem Terceira da Penitência de

São Francisco de Assis do Convento da Piedade, para que nele fosse fundado um abrigo para

as irmãs da Ordem que estivessem na indigência e para mulheres idosas carentes. Assim, em

04 de outubro de 1940, foi fundado o Abrigo Mariana Magalhães.

Na década de 50, com a desapropriação da casa pela Universidade Federal da Bahia, o

AMMA passou a funcionar na Rua Bocanera Júnior, nº 28, nos Barris, transferindo-se um

tempo depois, para um pensionato na Rua Hercília Moreira, no Largo da Mariquita, no bairro

do Rio Vermelho. As moradoras permaneceram por dois anos neste local, até a construção da

nova sede na Ladeira dos Barris, que teve como primeira diretora a senhora Ersínia

Montenegro Cerqueira.

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Em 1º de agosto de 1959 a Ordem Franciscana Secular da Piedade comprou um terreno de

propriedade dos Frades Capuchinhos, situado a época nos fundos do Convento dos

Capuchinhos. Com os recursos da desapropriação da casa do Canela, doações particulares e

com a ajuda do então Governador Juracy Montenegro de Magalhães, que comprometeu-se em

disponibilizar recursos para que o Abrigo fosse concluído, foi dado início à construção do

prédio onde atualmente funciona o AMMA. Sua inauguração em 22 de outubro de 1960,

contou com a presença do governador e de diversas autoridades da época.

Na década de 70, o Abrigo enfrentou diversas dificuldades financeiras. A comida era

insuficiente para alimentar todas às moradoras, motivo pelo qual muitas faleceram. Sua

situação financeira, naquele período, voltou a normalizar no momento em que foi instituída no

País, a Lei nº 6179/74, que concedia o benefício no valor de 50% do salário mínimo vigente, a

todas as pessoas com mais de 70 anos que não recebiam nenhum benefício do INSS e não

tinham condições de subsistência. Quase todas moradoras que não tinham meios de sustento

foram assistidas, provendo assim, recursos para auxiliar na manutenção do Abrigo.

No final da década de 70, o Abrigo foi surpreendido por uma enchente que invadiu a sala da

despensa e quartos, arrancando pisos e destruindo todo o 2º subsolo, causando grandes

prejuízos. Contudo, no período de 1979 a 1982, com a ajuda do Grupo Paes Mendonça e da

Prefeitura do Salvador foram feitas reformas em volta do prédio, para evitar a possibilidade de

novas enchentes e no andar térreo para a substituição dos azulejos, colocação do piso em

cerâmica e recuperação da capela.

Na década de 80, para ajudar na manutenção e custeio da instituição, o Abrigo passou a

aceitar como moradoras mulheres solteiras e viúvas, de diversas faixas etárias e de outras

religiões, iniciando-se assim o sistema de pensionato. As inquilinas, não usufruíam de todos

os serviços disponibilizados e custeavam sua alimentação. Ao assumir a administração do

Abrigo em 2006, o Conselho da Ordem aboliu o sistema de pensionato, acabando com a

segregação e as antigas “inquilinas” passaram a ser denominadas “abrigadas”, vindo a

usufruir de todos os serviços oferecidos pela instituição.

Em 22 de outubro de 1995 foi inaugurado o retrato de Marina Seabra Andion e descerrada

uma placa de bronze em homenagem a sua memória, no salão que levou o seu nome. Membro

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da Ordem Franciscana da Piedade e grande colaboradora do Abrigo, Marina era admirada por

seu carinho, dedicação e zelo para com suas irmãs abrigadas.

No ano de 2003, foi inaugurada a Enfermaria São Pio de Pietrelcina, idealizada pela atual

coordenadora, Risoleta Pereira de Jesus, junto ao Conselho da Ordem. Neste mesmo ano, o

Abrigo foi reconhecido como de utilidade pública federal e um ano depois, em 2004, recebeu

o título de utilidade pública estadual, adquirindo imunidade fiscal.

No ano de 2005. a Ministra do Conselho da Ordem Franciscana da Piedade, Lygia Margarida

Bastos Argolo, assumiu a direção do AMMA. Que por 23 anos (1966 a 1989) permaneceu

sobre a direção das Irmãs Imaculatinas e por 16 anos (1989 a 2005) sobre a direção das Irmãs

Capuchinhas da Imaculada de Lourdes. Em 2006 a Ministra escreveu um livro contando a

história da Ordem franciscana e dos 66 anos do AMMA. Juntamente com a publicação foi

feita uma campanha na Internet, para que a sociedade pudesse adquirir o livro e uma parcela

do lucro obtido com as vendas, fosse repassada a treze instituições.

Desde a sua fundação, o AMMA passou por diversas mudanças estruturais e administrativas,

buscando sempre renovar e qualificar seus serviços. Porém, com a falta de parcerias e a

escassez de recursos as dificuldades encontradas para que a organização consiga atingir seus

objetivos tem aumentado. Não obstante as dificuldades a instituição tem buscado novos

mecanismos, através de parcerias com instituições de ensino e com empresas privadas que

possam oferecer vantagens na aquisição de serviços.

7.1.3. Infra-estrutura física

Compõe a infra-estrutura física do Abrigo Mariana Magalhães, três andares e dois subsolos

divididos em oito alas, com 62 quartos, com e sem banheiros. Os quartos são mobiliados com

sofá, poltronas, geladeira, microondas, com restrição no uso de fogão, para que se evitem

possíveis acidentes. Em cada andar existe uma área de convivência, com sofás e mesa de

centro em estilo colonial, adornadas com imagens de santos católicos, mensagens e orações.

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A arquitetura do prédio antiga produz uma atmosfera familiar, percebido nas áreas de

convivência e nas sacadas dos quartos.

Para o funcionamento da estrutura administrativa, existe: Uma enfermaria com 15 leitos, Um

auditório com capacidade para 100 pessoas, com equipamento de som e televisão; Uma

cozinha ampla, com dois fogões industriais, duas geladeiras, um freezer e uma despensa; um

refeitório para as moradoras; uma guarita, um jardim arborizado com bancos de concreto, uma

sala de consertos, uma lavanderia e uma capela destinada a realização de missas. A secretaria

dispõe de dois computadores com impressora, uma mesa para reuniões e um armário com

arquivos. Na coordenação contem uma mesa para reuniões e dois armários.

A instituição dispõe ainda de uma sala de fisioterapia, construída em parceria com a

Universidade Católica do Salvador, para realização dos estágios do curso de fisioterapia,

composta por equipamentos eletrônicos e terapêuticos. No entanto, necessita de um

consultório médico com um profissional da área de saúde, que atenda as moradoras na própria

organização, para que não sejam locomovidas. Algumas faculdades desta área já procuraram à

organização para que os estágios supervisionados de geriatria fossem realizados no Abrigo,

mas a inexistência de uma sala específica e a falta de recursos inviabilizou a parceria.

O prédio é bem arejado com janelas em todos os quartos e rampas cobertas na área externa,

permitindo a circulação do ar e tornando o local agradável. As alas apresentam menor

iluminação durante o dia, devido à economia de energia, são sinalizadas, mas as placas se

perdem no contexto da parede, por serem pequenas e não terem grande destaque. Existem

extintores e telefones por toda a organização, rampas de acesso com pisos antiderrapantes,

escadas largas com proteção de segurança, corrimãos nas escadas e rampas, todos adequados

às normas vigentes para instituições de longa permanência para idosos.

O AMMA ainda precisa atender a alguns requisitos de infra-estrutura física, previstos no

regulamento técnico instituído pela Resolução 283/05 do Ministério da Saúde. A Vigilância

Sanitária exigiu que fosse criada uma sala de espera (parlatorium) e que fossem colocados

elevadores, em decorrência da quantidade de andares e da condição física das abrigadas.

Como estas normas são recentes, o AMMA tem mobilizado esforços para readaptar toda a

estrutura física às normas exigidas, no entanto, por falta de recursos financeiros a instituição

ainda não conseguiu receita para atender a está exigência.

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7.1.4. Transporte

O Abrigo Mariana Magalhães não possui transporte próprio para a locomoção dos seus

colaboradores ou das moradoras. Geralmente, utiliza os serviços de transporte coletivo, de

táxis ou do veículo particular da Ministra. O acesso à instituição é facilitado por estar

localizado no centro da cidade, próximo a Estação da Lapa e a Praça da Piedade que dispõe de

transporte coletivo, com diversos itinerários para todas as regiões de Salvador.

Os visitantes e parentes das abrigadas que fazem uso de carro próprio não encontram

dificuldades no trajeto para chegar ao Abrigo, por conta da sua fácil localização e das diversas

vias de acesso para chegada e saída de veículos. Assim como, não encontram dificuldades

também para estacionar, por possuir estacionamento próprio para três veículos de pequeno

porte e, há menos de 20 metros da instituição, existir um grande estacionamento privado.

Nos casos de emergência a locomoção das abrigadas para hospitais ou clínicas é efetuada pela

ambulância da Vitalmed, mas só para as conveniadas. Para as demais a instituição solicita os

serviços de ambulância do SAMU ou de táxis. O serviço de táxi e o veículo da Ministra são

utilizados, também, como meio de transporte dos materiais de consumo, de enfermaria e

gêneros alimentícios, comprados pela instituição.

7.1.5. Produtos e Serviços

O Abrigo Mariana Magalhães oferece a moradia como seu principal serviço, tendo como

público-alvo mulheres da terceira idade. A prestação dos serviços oferecidos às idosas recai

em alguns fatores que os diferenciam, quais sejam:

o Pertencer à Ordem Franciscana – Devem aderir à filosofia da Ordem Franciscana,

conseqüentemente, obtendo descontos nas mensalidades que são destinadas ao Abrigo;

o Não Pertencer à Ordem Franciscana – Podem utilizar todos os serviços que o

Abrigo disponibiliza, da mesma forma que as pertencentes da Ordem, porém, sem

descontos na mensalidade.

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Além da moradia, o Abrigo oferece outros serviços como:

o Alimentação: A alimentação das moradoras fica sob os cuidados das cozinheiras que

não tem conhecimento técnico sobre dieta balanceada. As refeições são servidas três

vezes ao dia no refeitório da própria instituição;

o Segurança: O Abrigo percebe que é fundamental ter profissionais que zelem pelo

maior patrimônio que eles têm na instituição: a vida. Este serviço é prestado 24 horas,

por três vigilantes que se revezam no decorrer da semana;

o Enfermaria: Por ser um público que requer cuidados especiais, é fundamental existir

um serviço que oriente e promova a saúde. A instituição possui uma enfermaria com

capacidade para 15 leitos, administrada pela enfermeira e Gerontóloga Maria José, que

conta com o apoio de estagiárias do curso técnico e acadêmico de enfermagem;

o Psicoterapia: Atividade desenvolvida uma vez por semana com o intuito de socializar

as moradoras e desenvolver mecanismos para conduzi-las a superar os conflitos

ocasionados, em grande parte pela distância que a maioria se encontra do seio familiar.

Esses encontros ocorrem todas às quartas-feiras, sob a coordenação da psicoterapeuta

Sandra Vila;

o Fisioterapia: Em decorrência da idade avançada, o movimento psicomotor das

moradoras fica comprometido. Para prevenir possíveis problemas e recuperar

movimentos, caso tenham sido perdidos, as atividades fisioterápicas assumem funções

indispensáveis no cotidiano. Por isto, o Abrigo oferece sessões de fisioterapia, todas às

terças e quintas feiras, ministradas através de estudantes da área;

o Missa: O principal objetivo da missa é promover a disseminação dos preceitos

católicos de São Francisco de Assis, por meio de encontros diários na capela do

Abrigo. É válido ressaltar, que este serviço é disponibilizado para as moradoras

franciscanas, entretanto, como a maioria é integrante da Ordem Franciscana, a

atividade torna-se uma rotina dentro da organização.

Mesmo com um grande número de serviços oferecidos, a instituição necessita instalar

consultórios, um para a prestação de serviços de atendimento médico e o outro odontológico,

conforme prevê a Resolução nº 283/05, que aprova o Regulamento Técnico e define as

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normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos de caráter

residencial. Todavia, o Abrigo não tem como custear a implantação destes serviços,

resultando em uma estrutura insuficiente para atender as exigências legais. Para minimizar os

problemas existentes é necessário buscar recursos externos e novas parcerias para viabilizar a

implantação destes projetos.

7.1.6. Situação Econômica

A capacidade financeira anual do AMMA é de aproximadamente R$300.000,00 (trezentos mil

reais), com despesas anuais que giram em torno de R$ 290.000,00 (duzentos e noventa mil

reais). Estes recursos são gastos com pagamentos de funcionários e estagiários, contas de

água, luz, telefone e tarifas bancárias; compra de materiais de consumo (limpeza,

alimentação, medicamentos); manutenção das instalações físicas, entre outros.

Apesar do AMMA ser legalmente reconhecido como instituição filantrópica e de utilidade

pública e possuir imunidade fiscal, até o presente momento não recebe subsídios dos órgãos

governamentais. Isto se deve, pelo fato da instituição ainda não se enquadrar em alguns

requisitos exigidos para aquisição deste benefício. Situação esta, que condiciona a Instituição

a buscar recursos de outras fontes alternativas para sua manutenção.

Atualmente, o AMMA se mantém de recursos financeiros provenientes das aposentadorias

das moradoras, em valores que variam de R$ 280,00 (duzentos e oitenta reais) a R$ 790,00

(setecentos e noventa reais) e das doações esporádicas de pessoas físicas e jurídicas. Em

função deste contexto, constantemente a instituição cria mecanismos para complementar sua

receita, realizando bazares e feiras para vendas de artigos, bingos e festivais de tortas. Como

também, a cada três meses, quando consegue arrecadar a quantidade mínima de notas fiscais,

recebe um subsidio de R$ 1.000,00 (mil reais), do Programa “Sua Nota é um Show de

Solidariedade” do governo estadual.

Observar-se que uma gestão estratégica é um fator imprescindível para identificação das

fontes doadoras ou financiadoras de recursos. É visivelmente perceptível que existe uma

demanda de recursos ainda não explorada pela organização, o que não existe é uma gestão

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conscientizadora e estratégica entre a organização e seus públicos de interesse, objetivando

estreitar relacionamentos para captação de parcerias e aquisição de receitas.

7.1.7. Estrutura Organizacional e Administrativa

Há aproximadamente oito anos o Abrigo Mariana Magalhães é dirigido pelo Conselho da

Ordem Franciscana Secular da Piedade, que tem a incumbência de nomear para administração

da instituição uma coordenadora. A coordenadora é a representante legal, responsável por

transmitir aos colaboradores as determinações do Conselho e fiscalizar a sua execução.

Atualmente, o cargo de Coordenadora é exercido por uma das abrigadas e membro da Ordem

Franciscana.

Desta forma, podemos definir que o Abrigo tem sua estrutura moldada em bases religiosas,

predominando a hierarquia nas funções, conforme apresenta seu organograma:

o Assistente Espiritual, Frei Édson Francisco Santos, responsável pela celebração diária

das missas realizadas no abrigo e pela orientação espiritual das abrigadas;

o Ministra da Ordem Franciscana Secular da Piedade, Lygia Margarida de Argollo

Bastos, ocupa o maior posto dentro do Conselho com a função de presidir o conselho

na tomada de decisões. É a dirigente do Abrigo;

o Vice Ministra Ordem Franciscana Secular da Piedade, Francisca Maria Carvalho

Barbosa, responsável em auxiliar nas atividades do Conselho;

o Coordenadora do Abrigo, Risoleta Pereira de Jesus, membro da Ordem Franciscana

Secular da Piedade e responsável pela administração do AMMA;

o 1ª Tesoureiro e Assistente Administrativo, Fabrício de Souza Cruz, é auxiliar

administrativo e financeiro;

o 2ª Tesoureira, Cecília de Sena Brito, auxilia na administração;

o Contadora, Gabriela Pinto tem a função de efetuar o controle contábil;

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o Conselho Fiscal, Amélia Conceição Legal, auxilia na gestão contábil da

administração.

Os cargos administrativos do quadro de pessoal do Abrigo são exercidos por funcionários

contratados e voluntários da Ordem Franciscana Secular da Piedade, discriminados da

seguinte forma:

o Três porteiros que executam suas atividades na portaria como recepcionistas e

vigilantes, responsáveis pela segurança e identificação de todas as pessoas que

adentram ao Abrigo;

o Dois auxiliares de serviços gerais responsáveis pela execução de todos os serviços de

limpeza, jardinagem, manutenção e apoio aos setores;

o Um auxiliar administrativo que executa atividades administrativas e burocráticas e

auxilia na execução de atividades da área de recursos humanos e comunicação;

o Uma cozinheira e uma auxiliar de cozinha que executam as atividades de preparação

alimentar das moradoras e manutenção da cozinha;

o Doze voluntários da Ordem Franciscana Secular da Piedade que atuam em todas as

áreas e executam atividades de apoio administrativo;

Já o quadro de pessoal da área de saúde é composto por estagiários, que variam em números e

a depender do período:

o Permanentemente, fica a disposição do Abrigo uma enfermeira do Instituto São Judas

Tadeu, responsável pela supervisão das estagiárias dos cursos técnico e acadêmico de

enfermagem.

o Trimestralmente, um grupo de alunas do curso técnico de enfermagem: do Instituto de

Saúde São Judas Tadeu, da Escola de formação Técnica Profissional Rosa Gatorno e

escolas técnicas de enfermagem São Rafael e Irmã Dulce;

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o Mensalmente, um grupo de alunos do curso de graduação de fisioterapia da

Universidade Católica do Salvador e de enfermagem da Faculdade de Tecnologia e

Ciências;

o Uma vez por semana, a professora de Psicodrama da Faculdade Olga Metting,

responsável por realizar trabalhos de convivência e socialização com as abrigadas.

O sistema de departamentalização do Abrigo é regido por um regimento próprio instituído

pelo Conselho da Ordem, que tem como objetivo preservar o bom funcionamento do Abrigo,

colaborar para que prevaleça o espírito franciscano e mantenha sempre íntegros os valores

morais da família cristã. Constitui-se também, como principal finalidade do AMMA

proporcionar as melhores condições possíveis de habitação, dentro dos limites da arrecadação

mensal e eventuais subsídios, bem como, proporcionar tudo o que for necessário para

prevalecer um ambiente saudável e harmonioso.

Todos os setores estão diretamente subordinados a coordenadora, que por sua vez é

subordinada ao Conselho, desta forma, toda e qualquer decisão tem que passar pelo aval da

Ministra da Ordem, eleita para o cargo de 2005 a 2008, centralizando assim, o processo

decisório a cargo do Conselho. Existe um cronograma anual das atividades religiosas,

comemorações e reuniões do Conselho, seguidos por todos os membros. Nestas reuniões são

traçadas as diretrizes de funcionamento de todas as atividades do Abrigo Mariana Magalhães.

As funções de todos os colaboradores contratados são previamente definidas, sendo que em

caso de necessidade, os colaboradores voluntários da Ordem Franciscana podem ser

remanejados para outros serviços extraordinários. O auxiliar administrativo trabalha

diretamente dando assistência à coordenadora nas atividades administrativas e financeiras do

Abrigo. As colaboradoras da cozinha e os colaboradores dos serviços gerais executam suas

atividades mediante a orientação direta da Coordenadora. Os funcionários da portaria

trabalham em regime de escala, no entanto, também recebem orientações diretas da

coordenadora. Os colaboradores contratados, do sexo masculino, que executam as atividades

na portaria durante o dia, à noite exercem a função de vigilantes.

Já as funções dos voluntários da Ordem Franciscana são fixadas pela coordenadora, utilizando

o critério de prioridade das atividades. As funções das estagiárias dos cursos técnico e

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acadêmico de enfermagem e fisioterapia são determinadas pelas supervisoras de cada curso,

de acordo com o grau de desempenho profissional de cada área, mas sempre obedecendo a

critérios definidos pela instituição. A profissional de psicodrama atua na organização uma vez

por semana, prestando serviço voluntário. Seu horário obedece à demanda das participantes,

número que varia por não ser uma atividade obrigatória.

Os horários de serviço do pessoal administrativo equivalem ao horário comercial, previsto em

legislação pertinente as suas funções. Os colaboradores da cozinha trabalham em escala de

jornada de oito horas, em função do café, almoço e janta. Os serviços de portaria e

enfermagem funcionam 24 horas, bem como, o da atual coordenadora, pelo fato da mesma ser

residente na instituição. As voluntárias da Ordem Franciscana têm seus horários definidos,

mediante o tipo de serviço executado, podendo variar, em função das comemorações e

eventos religiosos realizados pela Ordem Franciscana no decorrer do ano.

A rotatividade no quadro de funcionários contratados é pequena, dos oito funcionários

existentes, 04 (quatro) trabalham a mais de 10 anos na instituição. Já no quadro de voluntárias

da Ordem, estas podem ser substituídas sem previsão, pois o voluntariado faz parte das

obrigações religiosas. A rotatividade maior se dá no quadro de estagiários da área de

fisioterapia, com revezamento mensal e na área de enfermagem, com troca de grupos de três

em três meses, podendo permanecer até um período de quatro meses.

7.1.8. Filosofia

Missão

Promover o amor e humanização no cuidado à idosa, incentivando a uma melhor qualidade de

vida, valorizando a ética e os ensinamentos cristãos.

Valores

o Respeito

o Dignidade

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o Fraternidade

o Comprometimento

o Solidariedade

Visão

Ser uma instituição reconhecida pelo compromisso dedicação e amor no amparo às idosas.

7.1.9. Cultura Organizacional

Para compreender como a cultura organizacional orienta o comportamento dos membros no

dia a dia da organização e, como esta postura contribui para a formação de sua identidade é

importante estabelecermos a sua definição. De acordo com Chiavenato (2003, p. 31):

A cultura organizacional é o conjunto de hábitos e crenças, que foram

estabelecidas por normas, valores, atitudes e expectativas e que são

compartilhados por todos os membros da organização.

Sendo assim, a história do Abrigo Mariana Magalhães é um forte elemento formador de sua

cultura, moldada nas crenças, valores e tradições da Ordem Franciscana Secular de Nossa

Senhora da Piedade e na ideologia de Mariana Cerqueira de Magalhães, precursora do Abrigo,

que disse: “O amparo é da velhice, seja rica ou desvalida”.

Mariana, senhora abastada da sociedade baiana, membro da Ordem e seguidora dos

ensinamentos de São Francisco de Assis, demonstrou sua abnegação ao acolher e cuidar de

suas irmãs franciscanas necessitadas. Muito dedicada à causa franciscana, antes da sua morte,

deixou de herança sua residência, para ser fundado um abrigo destinado às irmãs franciscanas

e mulheres carentes. O legado deixado por Mariana Magalhães serviu de exemplo e referência

para a construção da filosofia da organização.

O AMMA tem uma cultura predominantemente conservadora, por estar fundamentada na

religiosidade católica e diretamente subordinada a Ordem Franciscana da Piedade.

Características que definem bem esta religiosidade podem ser percebidas em elementos que

compõem a arquitetura do ambiente interno, como as alas que recebem nomes de santos

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católicos; as paredes dos corredores compostas de quadros e imagens sacras e o acervo de

mobiliários, genuinamente barrocos, encontrados em diversos setores.

Outro traço forte da religiosidade, está na existência de uma capela na instituição, onde,

diariamente, são realizadas missas, reza de terços e comunhão, bem como, quando ocorrem

celebrações de missas em comemorações aos aniversariantes, aos santos devotos e em datas

festivas do calendário. Já faz parte da rotina da organização às atividades religiosas

influenciam nos horários das atividades administrativas, entretanto, pelo espírito participativo

e pelo respeito à causa, os colaboradores administram a situação com profissionalismo e

compreensão.

Esta referência religiosa, presente na sua cultura funciona como um instrumento de controle e

subordinação, ao mesmo tempo em que estimula um comportamento organizacional,

permitindo uma maior integração entre os seus membros que vivenciam experiências comuns,

como bem define Robbins (2004, p. 243) ao afirmar que:

A cultura é a argamassa social que ajuda a manter a organização coesa

fornecendo os padrões adequados para fundamentar o que os funcionários

vão fazer ou dizer. Por fim atua como um sinalizador de sentido e

mecanismo de controle a fim de orientar e dar forma às atitudes e aos

comportamentos dos trabalhadores.

Inseridas na Instituição, o público externo – moradoras, interfere diretamente no contexto

organizacional e na sua cultura, na medida em que os serviços oferecidos estão interligados

com as atividades administrativas. Os hábitos, a conduta e as atitudes dos colaboradores estão

vinculados com os das abrigadas, em razão de ambos coexistirem no ambiente interno da

organização. O contato direto e a presença diária das moradoras, no mesmo espaço em que os

colaboradores exercem suas atividades, refletem no comportamento e determinam o tipo de

postura que eles devem adotar.

Extremamente burocrática, na instituição existem normas instituídas em regimento próprio

desde a sua criação e regras estabelecidas pela administração. A utilização do fardamento, o

cumprimento do cartão de ponto e a obediência às ordens, identificam a instituição como uma

organização formal, na qual os colaboradores se comportam racionalmente, acatando e

cumprido rigorosamente sem questionamentos, as normas administrativas estabelecidas para

cada uma das funções.

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A burocracia na estrutura organizacional é caracterizada segundo Robbins (2004, p. 195):

[...] por tarefas operacionais altamente rotineiras, realizadas mediante a

especialização, bem como regras e regulamentos muito formalizados, tarefas

agrupadas em departamentos funcionais, autoridade centralizada, amplitude

de controle reduzida e processo decisório que acompanha a cadeia de

comando.

Deste modo verifica-se uma centralização14

do processo decisório na função da Ministra, com

pouca delegação de autoridade e responsabilidade no processo de tomadas de decisão. A

limitação de autoridade15

ocasiona uma cultura focada nas relações de tarefa do tipo

autoridade/obediência. Nota-se claramente a centralização de poder nas decisões, quando se

analisa a comunicação administrativa, com fluxo descendente de comunicação, ou seja, a

transmissão de informações da coordenação para os colaboradores, limita-se extremamente ao

necessário para o cumprimento de suas tarefas.

O caráter filantrópico da instituição também contribui para a formação de sua cultura,

exercendo grande influência no comportamento organizacional. Inseridos na filosofia da

instituição, valores como fraternidade, valorização da vida e respeito ao ser humano são

fortemente cultivados, compartilhados e disseminados na organização como seu maior

objetivo, percebidos no clima organizacional.

7.1.10. Clima Organizacional

O clima organizacional de uma instituição está diretamente relacionado às condições

favoráveis ou desfavoráveis do seu ambiente interno, que influencia no comportamento dos

seus membros, como bem define Chiavenato (2003, p.42) ao afirmar que:

Clima organizacional constitui o meio interno de uma organização, a

atmosfera psicológica e característica que existe em cada organização. O

clima organizacional é o ambiente humano dentro do qual as pessoas de uma

organização fazem o seu trabalho.

14

O termo centralização é o grau em que o processo decisório está concentrado em um único ponto da

organização e refere-se apenas a autoridade formal. (ROBBINS, 2004, p.193) 15

Segundo Chiavenato “A autoridade é a chave do processo administrativo e representa o poder legal ou direito

de comandar ou agir”. (2001, p.273)

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As condições organizacionais acima descritas dependem de alguns fatores determinantes

como estrutura administrativa, condições econômicas, cultura organizacional, oportunidade de

participação pessoal, preparo e qualificação dos empregados que irão nortear o grau de

motivação dos seus membros (CHIAVENATO, 2003, p.43/44). Deste modo, não se pode

analisar o clima de uma organização, sem considerar os aspectos do ambiente organizacional

que conduzem a diferentes espécies de motivação de seus participantes (CHIAVENATO,

2003, p. 43).

Sendo assim, dentro desta concepção e, com base nas pesquisas quantitativa e qualitativa

realizadas com os colaboradores, podemos considerar que o clima organizacional do AMMA

é caracterizado pelo estado de satisfação e/ou insatisfação dos colaboradores com a instituição

e com as pessoas com as quais eles interagem no seu ambiente interno.

Foi necessária a aplicação de uma pesquisa qualitativa junto aos colaboradores, em razão das

dissonâncias detectadas nas informações levantadas, a exemplo de conversas informais que

convergiam para uma insatisfação por parte de alguns membros, confrontadas com os

resultados da pesquisa, que anunciava um índice elevado no grau de satisfação. Desta forma e,

após a análise de observação e das pesquisas quantitativa e qualitativa, verificou-se que o

clima do Abrigo Mariana Magalhães é neutro, o que segundo Chiavenato (2003, p.44) é um

ponto intermediário entre o clima favorável e o clima desfavorável.

A neutralidade aqui, pode ser definida pela pouca abertura proporcionada aos membros da

organização, ocasionada pela sua estrutura burocrática de centralização de autoridade. O

respeito e a obediência às regras e normas muito formais, disciplinam as ações dos

colaboradores, que só se manifestam quando consultados pela Coordenadora e/ou Ministra. A

pouca liberdade de atuação dos colaboradores nas políticas e diretrizes da organização,

inviabiliza o processo de construção de um clima favorável, pois restringe a oportunidade de

participação dos colaboradores na execução de suas atividades.

Na pesquisa qualitativa foi evidenciado um elevado grau de motivação dos colaboradores

relacionado à causa social da organização, ou por assim dizer, aos serviços prestados às

idosas. Dados estes confirmados quando comparado ao resultado obtido na pesquisa

quantitativa, em que 95% dos colaboradores entrevistados disseram se sentirem motivados

com o trabalho que realizam. Verificou-se ainda, que a satisfação das idosas com os serviços

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prestados pela organização, influencia no desempenho das atividades dos colaboradores,

tornando-as mais gratificantes. Outro ponto que demonstra esta relação é a dedicação com que

alguns colaboradores executam suas atividades, a exemplo das auxiliares da cozinha e

estagiárias da área de enfermagem, ao afirmarem no grupo focal que realizam suas atividades

com amor e dedicação.

A cultura do AMMA é um fator decisivo e importante para análise do clima organizacional. A

religiosidade presente em sua cultura aliada à imagem fortemente construída pela filosofia de

sua fundadora, promove uma maior integração entre os seus colaboradores. Os valores

cristãos cultivados pelos membros da Ordem e praticados diariamente na instituição, ajudam a

manter o clima mais agradável, harmônio e participativo entre seus membros, fato este

comprovado através do alto índice registrado no resultado da pesquisa, em que 100% dos

entrevistados foram unânimes em afirmar que se sentem parte integrante da organização.

Nas relações interpessoais entre os membros da organização o respeito é mútuo, um

funcionário não interfere nas atribuições do outro, mas quando solicitado atendem com

dedicação, pois existe um alto grau de cooperação entre eles, situação esta constatada através

do resultado da pesquisa, no qual 100 % dos entrevistados afirmaram estar satisfeitos com a

relação existente entre os colegas de trabalho.

Na estrutura administrativa atual do Abrigo diagnosticou-se que o quadro de funcionários é

insuficiente para atender o volume diário de tarefas da instituição. Os funcionários

contratados acabam sendo sobrecarregados, afetando no desempenho de suas atividades,

propiciando um clima de descontentamento com a administração. Esta insuficiência até o

momento, tem sido suprida por meio do corpo de voluntários da Ordem, empregados no apoio

das atividades, como exemplo na preparação das refeições e nos serviços gerais de portaria e

limpeza. No entanto, esta solução não tem sanado todas as deficiências nem resolvido os

problemas como um todo, pois a obrigação maior acaba recaindo sobre os funcionários da

instituição.

O ambiente organizacional do Abrigo sofre uma grande influência do sistema de

comunicação, que por sua vez reflete no comportamento dos seus membros. A comunicação

ineficiente e tardia, transmitida através de canais mal estruturados, como os quadros de avisos

e comunicados, são fatores que contribuem para o desequilíbrio do clima organizacional. As

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informações não chegam aos colaboradores em tempo, nem tampouco são compreendidas por

todos que a elas tem acesso, o que provoca diversos ruídos nas mensagens, ocasionando um

distanciamento entre a administração e seus membros, bem como, propiciando uma redução

na qualidade dos serviços prestados.

Como já foi dito anteriormente, na instituição não existe um gerenciamento dos recursos

humanos, logo não existem ações voltadas para motivar e integrar os funcionários como festas

de confraternizações, dinâmicas de integração e socialização, bem como, inexiste políticas de

recompensa e/ou de qualificação, o que ocasiona uma falta de valorização dos colaboradores,

reduzindo a motivação para as tarefas.

É notório o empenho da organização para que se mantenha um ambiente agradável e

harmonioso, mas é evidente que a falta de gestão dos recursos humanos é o principal fator que

impossibilita um êxito maior nos resultados desejados. O AMMA precisa atentar-se às

necessidades dos profissionais que fazem parte da organização como: transparência nas

relações e decisões, comunicação de mão dupla, treinamento e reconhecimento. E por sua vez,

gerenciar com profissionalismo os recursos humanos existentes com intuito de aumentar a

satisfação dos seus colaboradores no ambiente organizacional, para que esta satisfação seja

revertida em benefícios para a organização.

7.2. A Comunicação

7.2.1. Sistema de Comunicação

A comunicação organizacional é um componente importante do plano estratégico de uma

empresa, responsável por gerir informações e gerenciar as relações sociais da organização. O

sistema comunicacional é fundamental para o processamento das funções administrativas

internas e do relacionamento das organizações com o meio externo (KUNSCH, 2003, p.69).

Deste modo, a análise do processo comunicacional do AMMA é de vital importância para

diagnosticar os relacionamentos existentes entre a instituição e seus públicos e de que forma

estas relações interferem na sua política administrativa.

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O AMMA não possui um gestor do processo comunicacional e nem políticas voltadas para

esta área. A comunicação que se destaca é a informal, entretanto, existe a estrutura formal de

comunicação não institucionalizada. Esta comunicação é gerida por profissionais do quadro

administrativo do Abrigo e sem qualificação técnica na área. Concomitante a isto, na

instituição não existe um gestor de recursos humanos, o que dificulta ainda mais, o processo

comunicacional, pela falta de programas voltados para a valorização, integração, motivação e

qualificação dos colaboradores.

A comunicação administrativa pressupõe o instrumento que irá instruir, informar e estabelecer

o relacionamento entre a instituição e seus colaboradores, como bem explica Fortes (2003. p.

139), ao afirmar que:

A comunicação administrativa trata dos fluxos de informações que

percorrem a instituição, equilibrando o organismo interno e externo onde se

implanta, por permitir que cada funcionário seja convenientemente instruído

quanto às atividades da empresa e saiba situar-se no seu Interior.

Na comunicação administrativa do Abrigo Mariana Magalhães, processada dentro da

organização no âmbito das funções administrativas (KUNSCH, 2003, p.152), prevalece o

fluxo descendente na comunicação, caracterizado pelo controle e centralizações de

informações do Conselho para os demais membros da instituição. Os conteúdos informativos

dirigido aos colaboradores são àqueles relevantes para o desempenho de suas atividades e

voltadas para acontecimentos rotineiros dentro da organização. Informações pertinentes a

processos decisórios e situações administrativas da organização não são compartilhadas com

os colaboradores. O fluxo ascendente na comunicação existe, porém, de forma limitada, o

colaborador só tem expressividade em assuntos de sua área de atuação. Esta limitação de

informações no processo comunicacional interfere nos serviços administrativos e cria

desequilíbrios e barreiras no desempenho das atividades dos colaboradores. Como é do

entendimento de Torquato (2004, p.39) ao afirmar que os fluxos da comunicação exercem

grande influência sobre a eficácia do processo. São eles que constituem os caminhos, os

desvios e os degraus por que atravessa a comunicação.

A comunicação interna do AMMA restringe-se, basicamente, aos seguintes meios: regimento

interno, balanços mensais e comunicados. Os comunicados são os principais meios formais

utilizados na comunicação interna, são confeccionados sem padronização específica e os

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canais utilizados para sua divulgação, os quadros de avisos, são mal estruturados e ineficazes,

ocasionando um compartilhamento de informações por outros públicos da organização. Na

falta de canais suficientes para a divulgação destas informações, verifica-se que os

comunicados são afixados nas paredes, portas e janelas de todos os setores da organização.

Ocasionalmente, a organização promove reuniões entre os setores e a administração, com

objetivo de transmitir informações, dirimir as dúvidas e solucionar problemas administrativos

da organização, entretanto, os funcionários não têm a oportunidade de expor suas opiniões

pela pouca abertura que encontram.

No sistema formal de comunicação do AMMA, não existem canais de divulgação da

identidade corporativa para seus membros, bem como, placas e/ou outras ferramentas que

contenham a filosofia da instituição. A missão, visão e valores são divulgados pelos membros

da Ordem através da rede de comunicação informal. Na comunicação visual interna que

complementa o sistema formal de comunicação, as poucas placas de sinalização que

identificam e indicam os setores são fixadas em locais incorretos com um layout pouco

atrativo, não sendo visualizadas por quem passa.

O sistema de rede informal é mais presente na rotina diária da instituição, se sobressaindo

sobre o sistema formal, por meio de instruções e determinações transmitidas verbalmente aos

colaboradores pela administração. Observa-se que, na maioria das vezes, estas mensagens são

consignadas pelos funcionários em livros atas, provocando ruídos na comunicação e gerando

dificuldade na interpretação das mensagens. Segundo Fortes (2003, p.139), no contexto

organizacional a comunicação informal é utilizada pelos membros da organização para suprir

as deficiências e minimizar a insegurança do sistema formal. No AMMA, isto ocorre por falta

de planejamento do processo comunicacional, condicionado também pela idéia de que, devido

ao fato de possuir um número reduzido de colaboradores o controle das informações é mais

fácil.

A comunicação institucional é a responsável direta pela construção e formatação de uma

imagem e identidade corporativa forte e positiva de uma organização (KUNSCH, 1992, p.88).

É o instrumento que irá inserir a organização na sociedade, difundindo sua identidade e

fortalecendo sua imagem. A imagem do Abrigo Mariana Magalhães está diretamente ligada

ao que ela é - instituição filantrópica - que presta um serviço de utilidade pública para a

sociedade, ou seja, uma instituição com fins social.

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No Abrigo Mariana Magalhães a comunicação institucional não é planejada, mas

frequentemente são promovidos eventos para as abrigadas, a exemplo de atividades realizadas

no dia do idoso, no mês de setembro. Nestes eventos, comparecem familiares e amigos das

abrigadas, membros da Ordem Franciscana, representantes de entidades privadas e a

imprensa, que utiliza a instituição como fonte para coleta de informações na elaboração de

matérias alusivas ao dia do idoso. De forma indireta, quando estas matérias enaltecem o

trabalho realizado no Abrigo acabam promovendo sua imagem na sociedade, mas quando é o

oposto o resultado pode interferir no relacionamento existente entre a organização e seus

públicos de interesse.

A comunicação visual externa, representada pelo nome do AMMA na fachada principal do

prédio é inadequada com baixa visibilidade. O letreiro com o nome da instituição posicionado

na porta de acesso, recuado do portão de entrada da rua, tem um layout imperceptível,

dificultando a sua visualização por quem passa pela rua. A outra identificação do Abrigo, que

fica localizado na parede externa defronte a rua principal, escrito em fonte cursiva com

material de ferro fundido em bronze, é confundido com o letreiro dos outros prédios, dada a

sua semelhança. Por conseguinte, à sociedade que transita no local não percebe a existência

do Abrigo.

O AMMA não trabalha com a comunicação mercadológica, uma vez que a instituição é uma

entidade filantrópica voltada para as causas sociais. Deste modo, segundo Kunsch (2003,

p.176), a instituição necessita para tanto de um trabalho de Marketing Social:

Assim, poderíamos dizer que compete à área de comunicação social,

particularmente à comunicação institucional, por meio das relações públicas,

desenvolver atividades específicas à consecução dos objetivos de marketing

social, ficando para a área de comunicação mercadológica as atividades

relacionadas com a promoção de troca de produtos e/ou serviços entre a

empresa e o consumidor.

Desta forma, como não existem políticas voltadas para a comunicação institucional dentro do

Abrigo Mariana Magalhães, por sua vez, não existe também uma consciência por parte dos

seus dirigentes da real necessidade que se tem em instituir instrumentos de marketing social,

objetivando conscientizar a sociedade para a causa social desenvolvida pela instituição.

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7.2.2. Mapeamento dos Públicos

O público é o objeto de estudo das Relações Públicas. É a fonte primária que irá subsidiar a

atividade e demonstrar de que forma ocorre a interdependência entre a organização e seus

stakeholders16

. Como bem disse Barbieri (apud, ANDRADE, 2003, p.13) ao afirmar que

“obviamente em qualquer atividade de Relações públicas o público constitui fator primordial

e essencial, pois é o elemento em que elas atuam”.

Para melhor se compreender o grau de importância existente entre o Abrigo Mariana

Magalhães e os públicos com os quais se relacionam, adotaremos a concepção filosófica de

França (2004, p.100), sugerida como referencial teórico, na qual afirma se tratar do emprego

de uma concepção lógica que descreve com precisão os relacionamentos empresariais com

seus diferentes públicos Considerando que as conceituações sociológicas comumente

utilizadas não apresentam uma fundamentação teórica aplicável, de forma coerente e precisa,

dos diferentes relacionamentos da empresa com os seus diversos públicos, como bem disse

França, (2004, p.79):

[...] elas não explicam , de modo satisfatório, por exemplo, que tipo de

públicos são os clubes e associações filiadas a uma federação esportiva, os

fornecedores, os familiares dos empregados, o governo, a imprensa, a

comunidade, os alunos de uma faculdade, os franqueadores etc.

Seguindo um novo paradigma, França (2004, p.80), define públicos em relações públicas

como:

Grupos organizados de setores públicos, econômicos ou sociais que podem,

em determinadas condições, prestar efetiva colaboração às organizações,

autorizando a sua constituição ou lhes oferecendo o suporte de que

necessitam para o desenvolvimento de seus negócios.

Na análise adotaremos a classificação sociológica para identificar os públicos internos e

externos da organização, por se tratar de uma categorização tradicional, que servirá de base

para o entendimento da concepção lógica, como bem disse França (2004, p.136):

16

Segundo Hunt“As pessoas são stakeholders porque situam-se em uma categoria afetada pelas decisões de uma

organização ou porque suas decisões afetam a organização (Apud, FRANÇA. 2004, p. 59)

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101

Cada conceituação de públicos – sociológica, situacional, filosófica – tem

sua importância na definição dos múltiplos tipos de relação e de

comunicação com os mais variados públicos. Os critérios sociológicos e

geográficos podem ser úteis para agrupamento de categorias gerais de

públicos (internos e externos). Sua aplicação, porém, na analise de relações

de negócios das organizações, impede uma classificação precisa e verdadeira

dos públicos conectados com a organização.

Neste sentido e, seguindo as considerações de França (2004, p.66) sobre as definições de

público interno de alguns autores, conclui que “Em suas acepções mais comuns o conceito

está baseado nos critérios das ligações socioeconômicas e jurídicas, que podem existir ou não

entre públicos e organizações”, identificamos os seguintes públicos que se relacionam com o

Abrigo Mariana Magalhães:

7.2.2.1. Público interno

Público constituído por funcionários, voluntários17

da Ordem, estagiários e profissionais

voluntários da área de saúde. Com idade que varia dos 18 aos 65 anos, com predominância do

sexo feminino, sendo que 65% possuem nível superior e mais de um terço dos funcionários

trabalham a mais de três anos na instituição.

Os funcionários podem ser definidos como públicos essenciais18

não constitutivos19

. É um

público imprescindível para organização, que dada a sua natureza não interfere diretamente na

sua constituição e sim na manutenção de suas atividades-fim (FRANÇA, 2004, p.106). A

interdependência aqui está diretamente ligada a operacionalização das atividades

administrativas. São eles que fazem a organização funcionar, suas atividades são realizadas no

ambiente interno da organização e delas dependem as abrigadas.

17

Segundo a Fundação Abrinq “Voluntário é o ator social ou agente de transformação, que presta serviços não

remunerados em benefício da comunidade, doando seu tempo, conhecimentos (...) O voluntário atende também

suas próprias motivações pessoais, sejam elas de caráter religioso, cultural, filosófico ou emocional.” (Apud,

DOMENEGHETTI, 2001, p.78-79) 18

Os que estão juridicamente ligados a organização e dos quais depende para se constituir, manter sua estrutura,

sobreviver e para executar suas atividades fins. (FRANÇA. 2004, p. 105) 19

Também chamados de públicos de sustentação são aqueles imprescindíveis para a organização mais por sua

natureza não interferem diretamente na sua constituição e, sim, na sua manutenção ou viabilização no mercado.

(FRANÇA. 2004, P. 106)

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Complementando esta classificação são considerados também, não-constitutivos primários,

pois gozam de uma maior estabilidade na sua relação com a organização, por estarem ligados

a elas juridicamente (FRANÇA, 2004, p.107). A existência de um vínculo empregatício

caracterizada neste tipo de relação descreve um envolvimento permanente dos funcionários

com a organização, confirmado pelo baixo nível de rotatividade existente. Altamente

comprometidos 82% dos funcionários têm uma imagem positiva da organização e estão

predispostos a contribuir cada vez mais para a melhoria da instituição, através da prestação

dos seus serviços.

A instituição tem nos seus funcionários seus maiores colaboradores, contudo, esta relação não

tem sido valorizada pela organização por falta de gerenciamento deste corpo. As atividades

executadas na organização são exclusivamente voltadas para as abrigadas, da qual muitos

funcionários participam apenas como prestadores de serviços. Outra falha detectada é a falta

de instrumentos de comunicação eficazes, de forma a integrá-los nas atividades e decisões da

organização.

Na verdade o que se observa é o desconhecimento por parte dos gestores do Abrigo, da

importância que o público interno representa para a imagem da organização. Segundo

Andrade (2003, p.95) os empregados constituem o corpo mais importante de embaixadores da

boa vontade de uma organização, pois as pessoas da sociedade facilmente acreditarão no que

diz um empregado com relação à instituição em que trabalha.

As voluntárias da Ordem, as estagiárias e os profissionais da área de saúde são classificados

de públicos essenciais não-constitutivos secundários. É um público que contribui para a

viabilização dos negócios da organização, porém em menor grau de dependência, podendo ser

mais facilmente substituído (FRANÇA. 2004,107). Nota-se, inclusive, que o período de

permanência na instituição dos grupos de estagiárias é temporário. Apesar das atividades que

executam serem de grande importância para a organização, pois complementam seus serviços,

este público não tem direito a benefícios jurídicos como os funcionários.

O corpo técnico de estagiárias possui um relacionamento com a organização do tipo

operacional com objetivos bem definidos, sua relação está diretamente voltada para o

aperfeiçoamento técnico - profissional. Estão parcialmente envolvidas e com pouco

comprometimento, uma vez que sua permanência na organização é limitada, não sendo

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103

superior a quatro meses. Já as suas supervisoras têm uma permanência maior na organização,

pois possuem seu período definido mediante o interesse da instituição de que são oriundas.

Em relação às voluntárias da Ordem e a profissional de Psicodrama estão ligadas à instituição

por um caráter social. Encontram-se parcialmente subordinadas a administração, da qual

depende para executar suas atividades, entretanto, não têm nenhuma ligação legal com a

organização, são motivadas pela causa em que acreditam.

A instituição não realiza nenhum trabalho para estreitar relacionamento com este público, a

começar que não existe sequer um banco de dados com informações pessoais, nem tampouco

um controle real da rotatividade destes estagiários. Conclui-se que a organização não conhece

o público que compõe o corpo de estagiários da instituição, a única referência que o Abrigo

possui deste pessoal é que pertence a uma das escolas, com a qual a instituição mantém

parceria.

A comunicação dirigida a este corpo de colaboradores não foge a regra, como já foi citada é

deficiente e mal estruturada, com a agravante de se tratar de um público específico, em que

algumas mensagens não são elaboradas com a linguagem adequada. Independente ao que já

foi abordado nota-se que a imagem deste público em relação instituição é favorável, em razão

do pouco tempo que permanecem vinculadas a organização e pela natureza de suas atividades.

É um público extremamente importante para a organização pelo seu caráter transitório. São

eles que irão difundir na sociedade a imagem positiva ou negativa da instituição, em razão de

terem, ainda que, temporariamente, compartilhado do seu ambiente interno, bem como de

todos os fatores a ele ligados. São pessoas que já conhecem a causa social e se a organização

criar estratégias de estreitar a relação já existente, poderão revertê-las em mão de obra

voluntária para a instituição. Os voluntários segundo Domeneghetti (2001, p.106) não só

agregam valores importantes a organização, mas também agregam valores à sociedade que

recebe cidadãos mais conscientes e com valores internos mais verdadeiros e solidificados.

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7.2.2.2. Público externo

Seguindo os mesmos critérios utilizados para tratar público interno, França cita a concepção

de Lammertyn (apud, FRANÇA. 2004, p. 70) como a que tem mais amplitude, quando define

que públicos externos são:” os que influenciam na organização a partir de um interesse

relativo”. Deste modo, identificamos abaixo os públicos do cenário externo da organização:

Clientes

Em se tratando de um Abrigo, classificamos as 69 abrigadas como clientes, haja vista, que

elas destinam parte de suas rendas para a manutenção e custeio do Abrigo, usufruindo dos

serviços oferecidos. É um público heterogêneo, com idade entre os 50 e 103 anos,

predominando as faixas de 71 a 91 anos, sendo que a maioria, 82% se mantém com renda

própria. Bastante diversificado, este público tem conjunturas de vidas distintas, como a

exemplo de muitas que foram abandonadas pela família, outras que não possuem parentes e

uma minoria que possuem familiares, mesmo assim, optaram em morar no AMMA.

Neste caso específico podem ser classificadas como um público essencial constitutivo, do

qual a instituição depende para a sua existência. Constitui o objeto da causa social, entretanto,

as abrigadas são as maiores mantenedoras da organização, que atualmente sem estes recursos

não sobreviveria. Socialmente ligadas à instituição, muitas idosas optaram em morar no

AMMA por não possuírem familiares, estabelecendo nele seu novo lar. Deste modo, passam a

ter um vínculo de dependência permanente, há casos de idosas que já residem na instituição

há mais de 15 anos, afastando-se apenas por motivo de falecimento. Estão completamente

envolvidas com a organização, pois destinam parte dos seus recursos, para a instituição

reverter em benefícios, como na manutenção das instalações, ampliação das atividades e

investimento em novas parcerias.

O caráter religioso da instituição exerce uma grande influência na decisão das moradoras que

optaram em morar no AMMA, 63,9% das entrevistadas afirmaram que escolheram a

organização tendo como referência a Ordem Franciscana. Este é um ponto positivo a ser

trabalhado, pois a relação existente da organização com a religiosidade remete a sociedade

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credibilidade pelos valores morais e éticos, nos quais estão fundamentados. Entretanto, o

trabalho desenvolvido pela organização ainda é insuficiente e mal estruturado, pois o nível de

socialização ainda é pouco.

Os eventos que integram o conjunto de atividades voltadas para as abrigadas, não são

prestigiados por todas, em razão de fatores sociais, psicológicos, estruturais e de saúde. O

sistema de comunicação também é deficiente, não existe um esforço da organização para criar

estratégias de comunicação institucional, em parte pela falta de recursos. Contudo, a imagem

que as abrigadas traduzem da organização está em nível de satisfação aceitável, pois a maioria

concebe a instituição como o seu verdadeiro lar. Como se pode observar o trabalho a ser

desenvolvido com este público requer um esforço ainda maior, pois ele é razão de ser e existir

da organização sem a qual não sobreviveria.

Concorrentes

Para algumas organizações do terceiro setor a palavra concorrência sugere uma forma de

dominação de mercado, comumente utilizada por empresas do setor privado lucrativo. Em se

tratando de organizações não governamentais, que vêem nas outras organizações que atuam

na mesma área como colaboradoras na construção do terceiro setor, o termo concorrência

pode ter conotação equivocada. (PEZZULLO, 2004, p.39). Desta forma, todas as instituições

devem estar atentas aos projetos desenvolvidos pelas organizações que atuam na mesma área,

mas como forma de não estar incorrendo nas mesmas ações, ou até mesmo, com o intuito de

formar parcerias para se fortalecer quando os objetivos forem os mesmos. Como bem exprime

Pezzullo (2004, p.39) ao afirmar que:

A apreciação de outras organizações de sua área (isto é, a concorrência) deve

ser parte integrante de sua avaliação do ambiente externo. Você pode

descobrir que o que elas fazem ameaça sua sustentabilidade ou,

alternativamente, oferece oportunidades de mobilização de recursos com um

programa conjunto ou uma aliança.

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Logo, foram escolhidas quatro instituições a partir do resultado obtido na pesquisa

quantitativa, realizada com a sociedade soteropolitana, sendo verificado que estas

organizações possuem uma imagem forte na mente das pessoas:

Abrigo Dom Pedro II

Desde a década de 40, o Abrigo Dom Pedro II é a única instituição pública de Salvador a

receber idosos com mais de 60 anos, debilitados, carentes e desabrigados. É administrada pela

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, e recebe verbas da prefeitura para sua

manutenção e conservação. Recentemente, firmou acordo com a Petrobrás para a recuperação

do prédio, construído no início do século XIX e tombado pelo Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Atualmente, tem alas desativadas por falta de infra-

estrutura, sua capacidade é para 225 idosos, mas só são atendidos 124. Recebe ajuda de

instituições privadas e populares, não sendo suficiente para sua administração e tem uma

relação cordial com o Abrigo Mariana Magalhães, que inclusive, já fez doações de materiais e

gêneros alimentícios para a instituição. Desenvolvem atividades culturais, como aulas de

artesanato, grupos de convivência e terapia ocupacional, além de cuidados médicos,

alimentação e higiene.

Abrigo Salvador

Teve sua primeira sede fundada em 1928 pelo bancário e membro da Sociedade de São

Vicente de Paula, Raphael Levy Mirandae. Em 1938, com a doação da Fazenda de São João

de Campina Grande, em Campinas de Brotas, pelo interventor Landulfo Alves de Almeida,

foi construída a atual sede com 486 leitos, que acolhe idosos acima de 60 anos não portadores

de doenças infecto-contagiosas, estando em condições físicas e psíquicas perfeitas. A

instituição é reconhecida como de utilidade pública pelos governos federal, estadual e

municipal. Promove atividades lúdico-recreativas e terapêuticas reabilitadoras para auxiliar no

bem estar e saúde das internas, como hidroterapia, hidroginástica, fisioterapia, cromoterapia,

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acupuntura, tai chi chuan, corte/costura, bordado, artesanato, culinária, teatro, coral, jogos e

passeios.

Lar Irmã Maria Luíza

Fundada em 1989 por Irmã Cícera para servir de casa de repouso, o Lar Irmã Maria Luíza

atende a 95 idosos, em sua maioria com quadros clínicos de derrame vascular cerebral com

seqüelas, que necessitam de cuidados especiais e não têm o apoio da família. A casa onde

funciona a instituição é alugada com uma estrutura inadequada, pois, não atende as

especificações exigidas pela Vigilância Sanitária. Oferece os serviços de alimentação e

alojamento e sobrevive das doações de terceiros, pois não tem o apoio de órgãos públicos.

Atualmente, passa por serias dificuldades, inclusive, com risco de ser fechado. Não se

considera uma ONG, mas uma instituição de caridade e está localizada na Rua do Imperador,

6 Mares, Salvador – Bahia.

Obras Sociais Irmã Dulce

Em 1986, Irmã Dulce fundou o Centro Geriátrico Júlia Magalhães para desenvolver um

trabalho direcionado a idosos. Dispõem de 16 leitos de pacientes em estado agudo, 54 leitos

de cuidados paliativos, 40 de reabilitação e 69 de moradia. Oferece serviços médicos, como

internação e reabilitação física; cursos para cuidadores de idosos; atividades domiciliares;

centro-dia, atendendo a 58 idosos da comunidade, que passam um turno na instituição

desenvolvendo atividades de socialização e promoção à saúde. Além de promover o grupo de

convivência Renascer para 270 idosos da comunidade, que participam de atividades culturais

e de lazer, combatendo a depressão. Está Localizado na Avenida Bonfim, 161 Largo de

Roma, Salvador – Bahia.

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Ao analisarmos as entidades acima descritas, podemos classificar este público como de redes

de interferência20

. São entidades congêneres21

do AMMA, já que oferecem seus serviços a

públicos similares. Dependendo da forma como estas organizações atuam no mercado, terão

uma imagem favorável ou desfavorável na sociedade, que irá interferi significativamente na

imagem do AMMA. É comum que Organizações Não Governamentais passem a ser

conhecidas primeiramente através de outras que trabalham com questões similares

(PEZZULLO. 2004, p. 73). No caso específico, estas instituições oferecem a sociedade os

mesmo tipos de serviços, logo são vistas como referencial para as demais, principalmente,

pelo fato de prestarem um serviço de utilidade pública, voltados para idosos.

Verificamos ainda, através da pesquisa quantitativa, que a sociedade não tem uma imagem

positiva de instituições asilares, 70,7 % afirmaram que não colocariam um membro de sua

família em um abrigo, sendo que destes 25,4% disseram que os abrigos não têm estrutura. A

construção deste tipo de imagem é favorecida por não existir um trabalho de comunicação

dirigido à sociedade para reverter esta situação. De igual modo, no AMMA não existem

políticas de comunicação direcionadas as entidades congêneres, com o objetivo de estreitar

relacionamentos, solidificar a causa social e compartilhar as dificuldades encontradas para a

busca conjunta de soluções. O relacionamento existente entre o Abrigo Mariana Magalhães

com estas organizações, limita-se a contatos telefônicos com objetivo de obter informações

quanto à disponibilidade de vagas nestas instituições, no sentido de encaminhar idosas que

procuram o AMMA, mas que atualmente está com demanda excessiva de abrigadas.

Evidentemente, as organizações do terceiro setor não deixam de concorrer a doações,

parcerias e incentivos públicos, dos quais necessitam para a sua sobrevivência, entretanto,

precisam enxergar os seus concorrentes como parceiros importantes e necessários. Instituições

filantrópicas devem trabalhar em conformidade buscando soluções para os problemas sociais

dos seus assistidos. Isto implica dizer que o AMMA precisa estar acompanhando as mudanças

estruturais em que outras entidades asilares se encontram, criando mecanismos para estreitar o

relacionamento e em conjunto fortalecer a imagem das instituições asilares na sociedade.

20

São representados por públicos especiais do cenário externo das organizações, que pelo seu poder de

representação junto ao mercado e a opinião pública podem gerar interferências indesejáveis (FRANÇA. 2004,

p.111) 21

Públicos do terceiro setor que podem exercer concorrência em algumas áreas, porém tem em geral, objetivos e

características comuns nos setores onde atuam. (FRANÇA. 2004, p.112)

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Fornecedores

O AMMA tem como fornecedores, a Panificadora Dois de Julho, que fornece pães

diariamente, e o Frigorífico Brasil, que entrega carne bovina e aves congeladas,

semanalmente, ambos dão um percentual de descontos nas compras realizadas pela

instituição. Pode ser classificado como público não essencial22

secundário, sobretudo por ser

um tipo de público que facilmente poderá ser substituído, não caracterizando desta forma,

grau de dependência neste relacionamento. É uma relação que se restringe exclusivamente

para compras de mercadorias destinadas a organização.

Não existe por parte da organização nenhum esforço de comunicação com a intenção de

estreitar relacionamento com este público, como políticas de portas abertas, propagandas

institucionais, envios de correspondência, dentre outros recursos empregados com públicos

desta natureza. Pela demanda de serviços existentes na organização verifica-se que novas

parcerias com fornecedores são necessárias, para a aquisição também de outros bens de

consumo a preços mais baixos, auferindo assim benefícios financeiros para a instituição.

Além dos suprimentos de utilidades ou serviços, os fornecedores podem proporcionar à

empresa informações valiosas a respeito de condições comerciais do mercado (ANDRADE,

2003, p.125). Não obstante, a instituição poderá estreitar relacionamento com este público,

utilizando instrumentos de conscientização e humanização, através de suas redes de

relacionamentos, bem como, com as pessoas da localidade nas quais estão instalados.

Grupos de influência

A Ordem Franciscana Secular da Piedade é um grupo pertencente a religião Católica, que

segue a filosofia de São Francisco de Assis, tendo grande representatividade no Abrigo

Mariana Magalhães, da qual seu Conselho é dirigente. É um público essencial constitutivo,

uma vez que exerce influência direta nas decisões tomadas pelo Conselho, pertinentes a

organização. Isto ocorre, porque as normas e regras instituídas no AMMA são adotadas tendo

22

São os públicos que não participam nas atividades fins da organização e nem estão ligados a fatores

produtivos, mas à prestação de serviços. (FRANÇA. 2004, P. 109)

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como base os dogmas da Ordem Franciscana. Logo, o nível de dependência entre o Abrigo e

este público é permanente, já que o Conselho – responsável pela direção da instituição - é

constituído por membros da Ordem, eleitos a cada 03 anos.

O Abrigo mantém um relacionamento estreito com a Ordem e seus membros, dos quais utiliza

como ferramentas de comunicação institucionais atividades e eventos religiosos

frequentemente realizados na instituição. Esta relação social é de vital importância para a

instituição que tem nos membros da Ordem Franciscana, seus maiores colaboradores, haja

vista prestarem serviços voluntários dos quais necessita para sua manutenção. Apesar da

instituição não possuir um sistema de comunicação estruturado, nota-se que existe um esforço

por parte da organização em manter um relacionamento constante com este público que

frequentemente está em contato com a instituição, mesmo porque, a maioria das idosas

assistidas pela organização advém da Ordem Franciscana.

Imprensa

A imprensa é um aliado muito importante para organizações do terceiro setor disseminarem

na sociedade sua causa social, pelo alto poder que exercem sobre a opinião pública. É um

tipo de público e não só um veículo utilizado pelas empresas para transmitir matérias

publicitárias, como também para refletir e expressar a opinião pública e proporcionar as

organizações informações sobre o público (ANDRADE. 2003, p.138). Partindo desse

pressuposto, podemos classificar a imprensa de públicos de redes de interferência, do cenário

externo da organização, pelo poder de influência que possui junto ao mercado, considerado

ainda, de públicos de rede de comunicação de massa23

, que segundo França (2004, p.116) é

um público que pela sua natureza deve ser bem analisado pelas organizações, e a partir daí se

possam estabelecer com este público, diretrizes claras de relacionamentos.

Não existe no âmbito do Abrigo Mariana Magalhães nenhum esforço de comunicação

dirigido a este público. Independente a esta situação, constantemente quando a imprensa

23

São as redes de comunicação centralizadas na mass media imprensa e eletrônica e representam permanentes

ameaças a qualquer organização. É um público especial de características exclusivas que pode interferir na

legitimação ou não das organizações pelo seu alto poder de persuasão junto à opinião pública (FRANÇA. 2004,

p.113).

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deseja coletar informações relativas aos idosos, utiliza-se sem ressalvas da instituição para

executar estas atividades. Um bom exemplo desta situação pode ser encontrado na reportagem

do jornal a Tarde, noticiada no dia do idoso, no ano de 2007, na qual uma abrigada da

instituição teve sua foto publicada, mas nada foi retratado sobre a instituição. Com a mesma

temática, um programa jornalístico da TVE, ao visitar a instituição colheu depoimentos das

abrigadas e veiculou informações negativas ditas por elas, sem ouvir a administração.

Logo, se percebe que não existe na organização uma consciência estratégica da relevância que

este público tem para divulgação da instituição na sociedade. É extremamente necessário que

a organização crie estratégias para reverter oportunidades já existentes, em relacionamentos

duradouros e benefícios para a construção de uma imagem forte na sociedade.

Parceiros

O Abrigo Mariana Magalhães é uma instituição filantrópica que precisa do apoio de outras

instituições para sobreviver. A sustentabilidade de uma organização depende da capacidade

que ela tem em estabelecer relações com indivíduos e organizações de todos os setores da

sociedade (PEZZULLO. 2004 p.95). Nas parcerias firmadas com AMMA, estão escolas de

enfermagem e faculdades, que levam alunos para a realização de estágios, beneficiando a

instituição com os serviços prestados, ao mesmo tempo, oferecendo oportunidade a estes

estagiários de adquirir experiência profissional. Esta situação reforça bem a idéia de Pezzullo

(2004, p.97) ao afirmar que:

É crucial saber o que sua organização tem a oferecer à empresa que quer

abordar. Muitas ONGS conseguem converter elementos de sua atividade-fim

em um produto ou serviço atraente para a empresa.

Atualmente são parceiras do AMMA, o Instituto de Saúde São Judas Tadeu, a Escola de

formação Técnica Profissional Rosa Gatorno, as escolas técnicas de enfermagem São Rafael e

Irmã Dulce, com alunos do curso de técnico em enfermagem; a Universidade Católica do

Salvador e a Faculdade de Ciências e Tecnologia, com estagiários voluntários do curso de

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enfermagem e fisioterapia, respectivamente. E a Faculdade Olga Metting, que disponibiliza

uma Psicoterapeuta para a realização de sessões psicoterapêuticas.

Ainda, existem parcerias com a Vitalmed, que oferece descontos especiais para as abrigadas

que desejem adquirir um plano de saúde; a Controler – Programa de Contabilidade, que

auxilia na contabilidade e na administração da organização, oferecendo descontos; e a

funerária A Decorativa, que desenvolveu planos de pagamentos especiais para as idosas.

Classificados como essenciais e não constitutivos os parceiros fornecem para a instituição

recursos humanos e financeiros. São importantes para a organização, pois sua relação é do

tipo operacional, viabilizam a execução de suas atividades. De categorização secundária

podem ser substituídos sem ocasionar prejuízos, em razão de não possuírem uma dependência

legal com a organização, mas situacional.

Nas relações com os públicos das escolas Andrade (2003, p. 168) acrescenta:

Nas relações com as escolas é bom não se esquecer de que os alunos

representam o público do futuro: os futuros diretores, os futuros clientes, os

futuros funcionários etc.

Desta forma, o autor quer dizer que o público das escolas de hoje irá formar a sociedade do

amanhã. De modo que, o Abrigo Mariana Magalhães não pode desconsiderar que manter e

estreitar relações com este tipo de público é imprescindível para a organização. Entretanto,

para a organização obter resultados positivos é necessário envidar esforços para iniciar um

trabalho de construção social junto a estes públicos hoje, através de ferramentas de

comunicação eficazes.

Poder público

O Abrigo Marina Magalhães precisa cumprir as normas e procedimentos exigidos pelo

governo para garantir o instituto de filantropia e de utilidade pública. Como também necessita

atender a normas legais existentes para o funcionamento de instituições asilares de idosos,

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deliberadas pelo Ministério da Saúde. Entretanto, em razão das inúmeras exigências existentes

o Abrigo ainda não pode ser beneficiado com recursos oriundos do poderes públicos. Segundo

Pezzullo (2004, p. 119) para Organizações Não Governamentais possam operar em qualquer

país precisam ter relações com seus governos.

No caso do Abrigo Mariana Magalhães existem esferas públicas específicas, das quais a

instituição depende e precisa se relacionar melhor, a exemplo da Vigilância Sanitária

Municipal e do Ministério Público - Centro de Apoio Operacional ás Promotorias de Justiça e

Cidadania, órgãos responsáveis por realizarem fiscalizações nos abrigos de Salvador.

Categorizado como essenciais constitutivos este público requer uma atenção especial, pois

deles depende a organização para permanecer executando suas atividades na sociedade. Os

órgãos governamentais são competentes para autorizar ou desautorizar o funcionamento da

organização, configurando assim, um grau total de dependência da organização com este

público (FRANÇA, 2004, p. 106). É uma relação estritamente jurídica, com vinculo de

subordinação permanente.

A relação da instituição com o poder público municipal se dá de forma cordial. É um público

que conhece a proposta social da organização, bem como, o trabalho que ela executa. Em

razão disto percebe-se que tanto o Ministério Público quanto a Vigilância Sanitária possuem

uma imagem positiva da instituição, mesmo o Abrigo não atendendo a todas as exigências

necessárias para o seu bom funcionamento. Contudo, a instituição necessita estruturar os seus

canais de comunicação com este público, para facilitar a abertura de um diálogo mais

objetivo, ao mesmo tempo mostrando mais transparência nas ações da organização. Necessita

ainda ampliar suas redes de relacionamentos no âmbito estadual, municipal e federal, nas

esferas legislativas e executivas, no sentido de acompanhar as mudanças políticas e estruturais

relevantes a instituições asilares.

Sociedade

Em se tratando de terceiro setor, a análise precisa da sociedade é imprescindível para se criar

mecanismos estratégicos e eficazes, dirigidos aos potenciais públicos de interesse da

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organização. Pezzullo (2004, p. 55) acredita que é necessário um conhecimento do ambiente

externo, pois ele ajuda a determinar a missão e a posição estratégica da organização de

maneira que interesse aos atuais e potenciais grupos de interesse. Assim como, ressalta que

para organizações do terceiro setor poder captar com eficiência recursos locais de indivíduos,

empresas ou governo, é preciso entender como agem e pensam diferentes setores da sociedade

(PEZZULLO 2004, p. 55). Organizações do terceiro setor sobrevivem de recursos oriundos de

doações, de empresas e de órgãos públicos, não obstante, a sustentabilidade do AMMA em

sua maior parte originar-se de recursos advindos de suas assistidas, o que pode não ser vistos

com bons olhos pela sociedade.

Deste modo, para podermos realizar uma análise mais precisa da interdependência existente

entre o AMMA e seus potenciais colaboradores, tomamos por base o resultado da pesquisa

quantitativa realizada com a sociedade e chegamos a seguinte análise; a sociedade

soteropolitana não conhece a organização, visto que, 47% dos entrevistados que disseram

conhecer algum abrigo de idosos, em nenhuma das respostas foi citado o nome do AMMA.

Ainda para reforçar a informação levantada 70, 75%, disseram não conhecer ou ouvido falar

do abrigo, sendo que dos 14,75% que afirmaram conhecer a instituição, apenas um pouco

mais da metade (57.6%) souberam informar onde fica localizado. Aliado a esta informação,

percebemos também que a comunicação visual do AMMA, interfere na percepção das pessoas

que passam em frente da instituição e não consegue enxergar a existência de um abrigo no

local onde fica situado.

Isto posto, classificaremos os potenciais públicos inseridos na sociedade de não essenciais,

que atuam de forma indireta participando das atividades fins, com a viabilização de recursos

humanos, financeiros e/ou materiais para a manutenção da organização, como também,

intermediando as suas relações na sociedade.

Esporadicamente, a instituição recebe recursos financeiros de pessoas físicas e jurídicas, que

desejam se anular do ato de doação, não querendo que suas identidades sejam reveladas.

Existem pessoas também que, ocasionalmente, doam materiais para serem utilizados e

vendidos no bazar. Porém, o AMMA não faz um trabalho dirigido para estes públicos, para

agradecer e se posicionar, e assim, estreitar o vínculo. É de extrema importância na decisão do

ato de doar manter este público motivado, haja vista que 34% dos entrevistados afirmaram

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que a opinião de pessoas que já conhecem a instituição é fator influenciador no momento da

doação.

Outro ponto destacado pela pesquisa foi quando 42% dos entrevistados afirmaram que

gostariam de tomar conhecimento das ações desenvolvidas com os recursos empregados,

através de visitas a instituição. Como se pode notar a comunicação sempre será o instrumento

que irá conduzir as relações sociais entre as organizações e seus públicos de interesse. Mais

do que uma ferramenta a comunicação é o instrumento eficaz que irá estruturar as inter-

relações do AMMA, posicionar a sua imagem e divulgar o seu trabalho na sociedade.

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8. RELATÓRIO DE PESQUISA

8.1. Introdução

A partir do ato de benevolência de Mariana Magalhães, ao construir pequenas casas no quintal

de sua residência para abrigar suas irmãs franciscanas que estavam desamparadas, surge o

desejo de criar um abrigo. Esta vontade de Mariana foi atendida após sua morte com a criação

do abrigo que leva seu nome (vide histórico).

Ao longo dos anos, a iniciativa de uma jovem senhora para amparar as irmãs de fé foi sendo

ampliada, recebendo mais mulheres pertencentes à ordem franciscana necessitadas. Os

recursos deixados por Mariana eram escassos e a ordem não tinha como mantê-las; muitas

eram semi-alfabetizadas, não tinham uma profissão ou não podiam mais exercê-la devido às

dificuldades decorrentes da idade avançada, o contexto econômico e as intempéries do tempo

tornavam as dificuldades enfrentadas ainda maiores. Para ajudar na sustentação da casa,

foram aceitas jovens, viúvas ou que não tinham famílias, criando-se, assim, o sistema de

inquilinato. Este processo gerou problemas comunicacionais que perduram até os dias atuais e

fazem parte da cultura organizacional.

Por ter surgido a partir da causa do amparo aos necessitados, sendo uma instituição de

utilidade pública e filantrópica, não havendo a pretensão do lucro, o AMMA não se

preocupava em cuidar da imagem institucional e não procurava gerir os seus relacionamentos,

desconhecendo os hábitos, os desejos e as necessidades de seus grupos de interesse. Porém,

para se manter no terceiro setor e buscar parceiros, recursos e voluntários, sentiu a

necessidade de se profissionalizar e reestruturar-se. Em função disto, foi realizada esta

pesquisa que teve como problema: como o processo de comunicação que o Abrigo Mariana

Magalhães estabelece com seus grupos de interesse (colaboradores, abrigadas e sociedade

soteropolitana) interfere na imagem que estes possuem dele?

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117

A base de dados em Relações Públicas é a pesquisa institucional ou administrativa, que

oferece os elementos de análise das organizações, para que estas cumpram seus objetivos e

estejam preparadas para enfrentar as alterações que venham a ocorrer no seu ambiente interno

e externo (FORTES, 1990, p.19). Portanto, a pesquisa surge com o intuito de sanar as dúvidas

que não ficaram evidentes durante as visitas à instituição, para embasar as possíveis ações a

serem implementadas.

Nesta perspectiva, a pesquisa foi construída com as seguintes hipóteses:

Os grupos de interesse não conhecem a causa da organização;

O fluxo de informação entre a organização e os colaboradores é centralizado, o que

dificulta a comunicação interna;

A comunicação interna é improvisada e informal, não sendo direcionada de acordo

com o público, o que cria ruídos comunicacionais;

A sociedade desconhece o abrigo, não contribuindo através de doações;

A comunicação institucional é ineficiente;

As abrigadas estão insatisfeitas com os serviços recebidos;

Os colaboradores estão desmotivados e insatisfeitos com a organização.

Os colaboradores não expressam suas opiniões.

A pesquisa teve como objetivo geral conhecer e analisar como funciona o processo de

comunicação do Abrigo, determinando até que ponto este processo interfere na forma como

seus públicos percebem a imagem institucional. Como objetivos específicos ficaram

definidos: identificar e analisar como se estrutura o fluxo de informação no Abrigo;

determinar o perfil dos grupos de interesse do abrigo; analisar as relações da organização com

os seus grupos de interesse; mensurar o grau de satisfação dos colaboradores e dos clientes;

determinar a imagem da instituição e de sua causa junto a seus colaboradores e clientes;

determinar a imagem do Abrigo perante a sociedade; verificar a predisposição da sociedade

em ajudar o Abrigo; conhecer as ferramentas de comunicação utilizadas para atingir os grupos

de interesse da organização.

A seguir, será descrita a metodologia seguida para que sejam alcançados os objetivos.

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118

8.2. Metodologia

A pesquisa realizada foi de natureza descritiva e conclusiva, uma vez que foram levados em

consideração os hábitos e a iniciativa dos indivíduos entrevistados acerca das questões

apresentadas. O seu desenvolvimento ocorreu através de um levantamento, de acordo com o

qual “procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do

problema estudado para, em seguida, mediante a análise quantitativa, obterem-se as

conclusões correspondentes aos dados coletados” (GIL, 2002, p. 50).

Com base na natureza das variáveis estudadas, o instrumento de pesquisa foi determinado

pelo método quantitativo, que avalia seus resultados de forma bastante criteriosa, tomando

como base o uso de escalas e submetendo suas análises a estatísticas formais (MATTAR,

1999, p. 77). Foi utilizado, também, o método qualitativo através de um grupo focal, para

corroborar ou refutar as informações obtidas através dos questionários.

Na aplicação dos questionários, os entrevistados foram abordados pelos componentes do G1.

Estes estavam devidamente identificados com crachá e se apresentaram informando que eram

alunos da Universidade Católica do Salvador, a finalidade da pesquisa e a importância da

opinião do entrevistado. Como o problema da pesquisa atingia três grupos de interesse do

AMMA, foram aplicados três tipos de questionários:

a. Público Interno

Para obter informações sobre os colaboradores, foram aplicados 17 questionários estruturados

e não disfarçados, contendo questões abertas e fechadas sobre o perfil sócio-cultural, a

atividade desenvolvida na instituição, a imagem que tinha do Abrigo, do relacionamento e da

comunicação utilizada.

A pesquisa objetivava a aplicação dos 21 questionários previstos, atingindo 100% do

universo, mas isso não foi possível em decorrência da ausência de alguns voluntários no

período de aplicação. Com o intuito de assegurar a clareza e o entendimento das questões

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119

apresentadas, foi feito um pré-teste com uma amostra de 10% (2 questionários) no dia 07 de

outubro de 2007. Certificando-se de que não havia necessidade de serem feitas modificações

no questionário, aplicou-se a pesquisa dentro da instituição no período de 10 a 15 de outubro

de 2007.

Após a análise dos dados obtidos, sentiu-se a necessidade de fazer uso da pesquisa qualitativa,

para “fazer emergir uma multiplicidade de pontos de vistas e processos emocionais, pelo

próprio contexto da interação criado, permitindo a captação de significados que, com outros

meios, poderiam ser difíceis de se manifestar” (GATTI, 2005, P. 9), para desta maneira

esclarecer dúvidas que surgiram durante a aplicação dos questionários e no convívio diário na

organização. Assim, aplicou-se, no dia 15 de abril de 2008, um grupo focal com seis

colaboradores, moderado pelo membro do G1, Jeferson Ribeiro e acompanhado pelos demais.

b. Público Externo

Abrigadas

Foi realizado no Abrigo, um pré-teste com 10% da amostra (7 questionários) com o público

externo (clientes) no dia 07 de outubro de 2007. Levou-se em consideração, o universo das 69

abrigadas existentes na instituição, buscando identificar os possíveis problemas e

eventualidades, que poderiam comprometer a estatística das informações.

Não houve necessidade de fazer modificações no instrumento de pesquisa, uma vez que os

entrevistados não tiveram problemas com o entendimento das questões. Sendo assim, a

pesquisa foi realizada no período de 09 a 15 de outubro de 2007, apresentando questionário

do tipo estruturado e não disfarçado, contendo 30 questões.

Para definir o universo da pesquisa com público externo (clientes), foram aplicados 22

questionários, aproximadamente uma amostra de 32%, com as abrigadas que se

predispuseram a responder o questionário e que apresentavam boas condições físicas e

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mentais. Em virtude disto, o universo não pôde ser constituído por 100% das moradoras, uma

vez que devemos levar em consideração as dificuldades encontradas pelo público idoso.

Objetivando avaliar o grau de satisfação das abrigadas com relação à imagem que possuem da

instituição, o questionário foi composto por perguntas que ajudassem a construir o perfil das

idosas, verificando o grau de satisfação em relação à instituição; os relacionamentos com os

funcionários e com as outras senhoras; o serviço oferecido; e a comunicação utilizada pelo

abrigo.

Sociedade soteropolitana

O AMMA está localizado no bairro dos Barris, centro da cidade do Salvador, logo a

população soteropolitana foi o universo escolhido para pesquisa. Com uma população

composta por mais de 100.000 habitantes, foi calculado uma amostra de 400 indivíduos com

base na tabela de amplitude amostral de Arkin e Colton (apud GIL, 2002, P. 124). Os dados

estatísticos nos permitem adotar uma margem de erro correspondente a 5 pontos percentuais

para mais ou para menos.

Para verificar as informações da sociedade foram aplicados 400 questionários estruturados e

não disfarçados contendo 17 questões abertas, mistas e fechadas.

Aplicou-se, no dia 08 de outubro de 2007, um pré-teste utilizando-se de 10% da amostra, 40

questionários, para apurar as possíveis incoerências que poderiam interferir no entendimento

das questões. Após a correção das dificuldades encontradas, realizou-se a pesquisa durante o

período de 09 a 19 de outubro de 2007.

As entrevistas foram feitas através de contato pessoal, sendo os membros do G1 os

entrevistadores. A região da Piedade foi escolhida para ser a área física de realização da

pesquisa, devido ao fluxo populacional intenso, contendo pessoas de todas as regiões, bem

como pela proximidade do abrigo. Os componentes da equipe se agruparam em duplas e

aplicaram os questionários na Rua Joana Angélica, no Relógio de São Pedro, na Praça da

Piedade, na Rua Carlos Gomes e na Rua Junqueira Aires.

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A análise dos dados obtidos na pesquisa ocorreu de 19 a 21 de outubro de 2007. Os resultados

obtidos são apresentados a seguir através de gráficos e das análises.

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8.3. Análise de dados

8.3.1. Análise dos questionários aplicados com o público interno

Gráfico 1 – Sexo dos entrevistados

29%

71%

0%

20%

40%

60%

80%

Sexo

Masculino

Feminino

Baseado na pesquisa aplicada aos colaboradores, pôde-se perceber que em sua maioria são do

sexo feminino (71%), sendo 29% do sexo masculino.

Diante do resultado apresentado, podemos levar em consideração que há um grande número

de mulheres em virtude destas se sensibilizarem mais com as causas sociais, além do que, o

fato de a maioria do público ser do sexo feminino, facilita a aproximação entre clientes e

colaboradores, já que a aceitação do sexo feminino constitui-se como um dos pré-requisitos

para moradia no abrigo. Logo, conhecer o perfil do público estratégico, identificando suas

características, ratifica-se como uma das funções dos relações públicas para que possam

melhor atuar nas organizações.

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Gráfico 2 – Faixa etária dos entrevistados

30%

23%

13%

17% 17%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Faixa Etária

18-25

26-32

33-40

41-48

acima de 49

Observando a variação na faixa etária dos indivíduos entrevistados, concluímos que 30% têm

de 18 a 25 anos; 23%, de 26 a 32 anos; 13% possuem de 33 a 40 anos; 17% têm de 41 a 48

anos e 17% possuem acima de 49 anos. Os dados do gráfico revelam que grande parte dos

colaboradores/voluntários encontra-se na faixa de 18 a 25 anos pelo fato do abrigo receber um

grande número de voluntários e/ou estagiários que estão na fase de crescimento profissional.

O profissional de relações públicas deve aproveitar a oportunidade de ter uma grande

demanda de jovens engajados no trabalho das instituições de terceiro setor, utilizando-se de

ferramentas motivacionais e treinamentos técnicos na área geriátrica, sendo estas áreas

carentes de bons profissionais. No abrigo, estes devem ser valorizados de forma que possam

sentir-se satisfeitos e assim prestar um serviço eficiente e de boa qualidade às idosas, levando

em consideração que as mesmas são dependentes de cuidado e carentes de atenção.

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Gráfico 3 – Grau de instrução dos entrevistados

0%

12%

64%

18%

6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Grau de Instrução

Não Alfabetizado

1º incompleto/ completo

2º inconpleto/ completo

Superior incompleto/

completo

Não respondeu

Tomando como base o nível de escolaridade das pessoas entrevistadas, constatamos que 12%

têm o 1º grau incompleto ou completo; 64% possuem o 2º incompleto ou completo; 18% têm

o superior incompleto ou completo e 6% preferiram não responder. Um trabalho

comunicacional voltado para o colaborador, através do incentivo ao conhecimento e por meio

de atividades de valorização, faz com que esse perceba o reconhecimento do seu trabalho pela

organização e, assim, sinta-se motivado e interessado no bom desempenho das suas funções.

No contexto do AMMA, o profissional pode utilizar-se dessas ferramentas motivacionais,

para fazer com que os colaboradores despertem interesse no crescimento profissional,

incentivando-os a aperfeiçoar seus conhecimentos na área geriátrica.

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Gráfico 4 – Faixa de renda dos entrevistados

70%

24%

0%6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Renda

Menos de 3 salários

mínimos

3 a 5 salários mínimos

5 a 7 salários mínimos

Mais de 7 salários

mínimos

Os dados obtidos nos permitem concluir que 70% ganham menos de três salários mínimos;

24% possuem de três a cinco salários mínimos e 6% possuem mais de sete salários mínimos.

A captação de recursos e a busca por parcerias constituem-se como práticas importantes do

profissional de Relações Públicas quando estão atuando nas organizações do terceiro setor.

Com base nos dados apresentados, verificamos que a renda é um dos fatores relacionados à

satisfação e motivação do colaborador. Nesse sentido, o abrigo deve buscar o apoio de

parceiros no intuito de minimizar os gastos diários obtidos para seu funcionamento, para que

assim, a instituição possa custear melhores remunerações para os colaboradores, como forma

de evitar que os mesmos apresentem falta de interesse para o bom desempenho das suas

funções.

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Gráfico 5 – Bairro onde residem os entrevistados

6% 6% 6% 6% 6%

10%

6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6%

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

7%

8%

9%

10%

Bairro

Engomadeira

Engenho Velho de Brotas

São Marcos

Brotas

Roma

Águas Claras

Pernambués

Cosme de Farias

São Caetano

Alto de Coutos

Soledade

Pirajá

Sussuarana

Barris Abrigo

Imbui

Sete de Abril

Analisando os dados obtidos pelas pesquisas, pôde-se constatar que 10% dos entrevistados

residem no bairro de Águas Claras e os demais citados, foram 6% Engomadeira; 6%,

Engenho Velho de Brotas; 6%, São Marcos; 6%, Brotas; 6%, Roma; 6%, Pernambués; 6%,

Cosme de Farias; 6%, São Caetano; 6%, Alto de Coutos; 6%, Soledade; 6%, Pirajá; 6%,

Sussuarana; 6%, Barris; 6%, Imbui e 6%, Sete de Abril.

É necessário implantar um programa de incentivo aos colaboradores, pois a maioria reside

distante da instituição, o que pode, muitas vezes, causar desestímulo nos funcionários,

interferindo, assim, na qualidade do serviço prestado à organização.

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Gráfico 6 – Qual setor que ocupa na instituição

6% 6%

12% 12%18%

46%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Qual setor que ocupa na instituição

Direção

Administração

Serviços Gerais

Cozinha

Portaria/ Segurança

Voluntário

Analisando os cargos que os entrevistados exercem na instituição, constatamos que 6%

trabalham na direção; 6%, na administração; 12%, nos serviços gerais; 12%, na cozinha;

18% trabalham na portaria/segurança e 46% ocupam a função de voluntariado. Os dados

apresentados confirmam o grande número de voluntários existente na instituição. A

atividade de Relações Públicas tem estreita ligação com o setor de Recursos Humanos.

Este avalia a habilidade e atividade que o candidato está apto a desenvolver dentro da

empresa. Uma das funções dos relações públicas quando desenvolve um trabalho no

ambiente interno da organização é desempenhar a função administrativa, buscando

identificar o cargo ocupado por cada colaborador, no sentido de fazer articulações

necessárias para que haja maior interação entre os grupos e setores da organização

(KUNSCH, 2003, p. 100). Portanto, para que essa relação seja efetivada, é necessário

utilizar-se de uma comunicação dirigida, afim de que os voluntários sejam conscientizados

da importância do seu papel na organização.

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Gráfico 7 – Há quanto tempo trabalha no AMMA (Abrigo Mariana Magalhães)

41%

6% 6%

29%

18%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Há quanto tempo você trabalha no AMMA

Menos de 6 meses

entre 6 meses e 1 ano

Entre 1 ano e 2 anos

Entre 2 anos e 5 anos

Mais de 5 anos

Em relação ao tempo de serviço dos colaboradores/voluntários no Abrigo, observa-se que

41% estão há menos de seis meses; 6%, há entre seis meses e um ano; 6%, entre um e dois

anos; 29%, entre dois e cinco anos e 18% há mais de cinco anos. Ao analisar o tempo de

serviço dos colaboradores na instituição, verificamos que grande parte trabalha há menos de

seis meses, o que demonstra uma alta rotatividade dos estagiários e voluntários. Este fator

influencia de forma desfavorável no clima da organização, pois isto causa sensação de

abandono nas moradoras, quando percebem que perdeu o contato com alguém que já tinha um

vínculo freqüente. Independente da rotatividade dos estagiários e voluntários na organização,

faz-se necessário que haja apresentação de toda a instituição a esses colaboradores,

destacando sua história, missão, visão valores, causa, pois, a partir dessa prática, o exercício

das funções desempenhadas, será de maior qualidade.

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Gráfico 8 – Conhece a história do AMMA

59%

41%

0%

20%

40%

60%

Conhece a história do AMMA

Sim

Não

Quando perguntados sobre o conhecimento da história do Abrigo, verificamos que 59% têm o

conhecimento e 41% não sabem da história da Instituição. É de suma importância que os

colaboradores de uma organização tenham conhecimento da sua história, para que assim,

possam sentir-se parte integrante da instituição, divulgando-a à sociedade e contribuindo para

o crescimento organizacional. Mesmo havendo um forte equilíbrio no resultado apresentado,

foi possível perceber que um trabalho comunicacional na instituição será bem interessante,

devido ao fato de que o AMMA demonstra a necessidade do tornar visível a sua história para

os seus colaboradores, pois esses fazem parte do crescimento da organização.

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Gráfico 9 – Qual a imagem do AMMA

6%

0% 0%

12%

35%

47%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Qual a imagem do AMMA

Não tenho opinião

Péssimo

Ruim

Regular

Boa

Ótima

Buscamos identificar as opiniões dos entrevistados acerca da imagem do abrigo e constatamos

que 6% não têm opinião; 12% vêem como regular; 35% consideram a imagem boa e 47%

afirmam que é ótima. Percebemos que os colaboradores da instituição a vêem de forma

bastante positiva, embora o abrigo não tenha recursos financeiros para investir na capacitação

e valorização dos seus colaboradores.

Segundo Wey (1986, p.12), o trabalho de comunicação deve começar pelo público interno,

para que ele possa formar uma imagem positiva da organização e difundi-la. Assim, quando a

maioria dos entrevistados afirma ter uma imagem boa ou ótima do Abrigo, percebemos que

isso torna-se uma potencialidade para instituição, pois através de ferramentas de comunicação

bem planejadas, o relações públicas poderá promover a imagem da organização perante a

sociedade tendo ajuda dos colaboradores como porta-vozes, de modo que a mesma tenha

aceitação e apoio dos seus diversos públicos.

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Gráfico 10 – Como acha que pode contribuir para melhorar a imagem do AMMA

47%

28%

6%

19%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Como acha que pode contribuir para melhorar a

imagem do AMMA

Se aperfeiçoando no

setor que atua

Prestando asssistência

qualificada

Com o trabalho que

realiza

Divulgando o abrigo

Quando perguntados como podem contribuir para melhorar a imagem do AMMA, 47%

responderam que estão se aperfeiçoando no setor em que atuam; 28% prestam assistência

qualificada; 19% divulgam o AMMA e 6% promovem a imagem com o trabalho realizado.

Partindo do pressuposto apresentado no resultado das pesquisas, pôde-se notar que os

colaboradores e estagiários mostram-se interessados em colaborar para formação de uma

imagem positiva da instituição. Através dos treinamentos a instituição contribui com o

aperfeiçoamento dos colaboradores no desempenho das suas funções, tendo em vista que estes

demonstram o desejo em aprimorar seus conhecimentos técnicos na área em que atua na

organização.

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Gráfico 11 – Sente-se parte integrante do abrigo

100%

0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sente-se parte integrante do abrigo

Sim

Não

Com total unanimidade, 100,0% dos entrevistados afirmaram ser parte integrante do abrigo no

desenvolvimento do seu trabalho.

Para Wey (1986, p.128), “As políticas de relações públicas que permitem efetivar sua

filosofia visam: atuar de forma a que, as atividades da empresa respondam as aspirações de

seus públicos”. As organizações no processo de admissão dos funcionários devem traçar seu

perfil, buscando identificar suas habilidades para a área em que deve atuar e o interesse e

adequação do mesmo para o cargo designado.

É imprescindível que a organização se aproxime dos seus colaboradores e assim possa

constatar seus interesses e vontades, ocasionando assim um clima favorável a conhecer e

entender os objetivos da empresa.

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Gráfico 12 – Sente-se motivado a desenvolver seu trabalho no abrigo

94%

6%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sente-se motivado a desenvolver seu

trabalhar no abrigo

Sim

Não

Quando questionados sobre a motivação para a execução das suas tarefas, constatou-se que

94% estão motivados e 6% afirmam que não, devido ao fato de ter dias complicados e

algumas atitudes que machucam.

Constituindo um universo de valores dos mais expressivos, os empregados

representam o maior trunfo para que uma empresa possa se desenvolver e

cumprir sua missão. A esse público deve ser dirigida a maior e a melhor

atenção, pois é com ele que a empresa vai empreender suas conquistas.

(KUNSCH, p.85)

Para uma organização ser conhecida no meio externo como uma instituição séria, com

credibilidade, faz-se necessário que políticas internas sejam adotadas pela área administrativa,

reconhecendo o trabalho e potencial dos colaboradores, gerando assim profissionais

motivados, satisfeitos e pró-ativos.

Embora no AMMA o resultado dos dados tenham sido favoráveis em relação a motivação do

colaborador, é preciso realizar atividades sustentáveis que venham manter esse nível de

satisfação, para que isso não traga conseqüências negativa no relacionamento entre a

organização e colaborador e destes com os clientes.

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Gráfico 13 – O AMMA realiza treinamento

47%

53%

44%

46%

48%

50%

52%

54%

O AMMA realiza treinamento

Sim

Não

Buscamos identificar se o abrigo realiza treinamentos para seus colaboradores e obtivemos os

seguintes resultados: 53% afirmam que não e 47% dizem ocorrer treinamentos.

Com base nos dados mostrados, verificamos que há um equilíbrio no resultado apresentado, o

que ratifica a necessidade do AMMA desenvolver este tipo de atividade com seus

colaboradores. O relações públicas junto ao pessoal de recursos humanos são responsáveis por

organizar cursos internos, no intuito de qualificar os colaboradores, beneficiando os mesmos e

a organização, para que assim, estejam aptos a desenvolver suas funções na instituição.

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Gráfico 14 – Caso a resposta seja sim, esse lhe ajudou no desenvolvimento das suas

atividades na instituição

47%

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Caso a resposta seja sim, esse lhe

ajudou no desenvolvimento das suas

atividades na instituição

Sim

Não

Entre os entrevistados que assinalaram sim, 47% afirmaram que os treinamentos ocorridos

contribuíram para o bom desempenho do seu trabalho na instituição. Para Chiavenato (1999,

p.294):

O treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas

pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a

fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais, e cada vez mais

valiosos.

O desenvolvimento dessa ferramenta na organização é eficaz, visto que, os entrevistados

foram unânimes ao responder que a realização de treinamentos auxiliou em suas funções,

ajudando a desenvolvê-las com qualidade, além de contribuir para o aumento da

produtividade no setor em que atuam. Logo, é importante que o abrigo continue pensando e

buscando meios de sempre estar realizando atividades que são de extrema relevância no dia a

dia dos colaboradores.

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Gráfico 15 – Gostaria que o abrigo oferecesse treinamentos

65%

35%

0%

20%

40%

60%

80%

Gostaria que o abrigo oferecesse treinamentos

Sim

Não

Dos colaboradores entrevistados, constatamos que 35% não desejam que o Abrigo ofereça

treinamentos e 65% sentem a necessidade da atividade. O treinamento é uma atividade que

deve ocorrer em todas as instituições desde o momento em que são admitidos na organização,

pois tem a finalidade de propiciar momentos de conhecimento e integração para o público

interno da organização. Com base na afirmação dos que não desejam a realização dos

treinamentos, é preciso que a instituição comunique-se de forma clara com seu público, tendo

como um dos argumentos e elementos constitutivos para o recrutamento do colaborador na

organização, a participação dos mesmos na atividade. Logo, o treinamento é um investimento

que a organização faz no seu pessoal, afim de que as habilidades destes possam ser melhor

trabalhadas, sendo também um fator positivo para o crescimento de ambos envolvidos no

processo.

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137

Gráfico 16 – Quais são os meios de comunicação utilizados pelo AMMA para divulgar as

informações

58%

6%

35%

29%

12% 12%

58%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Quais são os meios de comunicação utilizados

pelo AMMA para divulgar informações

Mural

Panfleto

Boca-a- boca

Cartaz

Correspondência

E-mail

Reuniões

Avaliando a forma como a Instituição faz para se comunicar com seu público, constatou-se

que 58% disseram mural; 6%, panfleto; 35% afirmaram ser o “boca- a- boca”; 29%, através

de cartaz; 12%, por correspondência; 12%, por e-mail e 58%, através de reuniões.

A Comunicação dirigida cabe a elaboração de mensagem eficiente, eficaz e

apta a produzir os efeitos desejados no publico receptor. Evidentemente, sob

este enfoque, enquadram-se todos os requisitos e elementos essenciais que

integram e caracterizam a comunicação dirigida. A fonte produtora da

mensagem é o órgão, o setor, enfim a unidade administrativa de relações

públicas; o receptor é o publico que se pretende constituir e estimular por via

do “veiculo” escolhido.” (KUNSCH, 1997, p.73).

O Relações Públicas tem como instrumento da sua profissão, a comunicação dirigida, na qual

são usados veículos para transmitir mensagens ao seu público-alvo. Diante dos dados

apresentados, percebemos que no AMMA existe uma preferência dos colaboradores pelos

murais e reuniões como forma de divulgação das informações. O mural é uma ferramenta de

comunicação interna estratégica na organização, pois trata-se de um meio com custo baixo

que transmite as informações de forma direta e imediata. E as reuniões constituem-se como

um momento de troca de informações entre organização e funcionário. Porém, outras

ferramentas devem ser aproveitadas, desde que, estejam direcionados corretamente ao perfil

do público, tendo em vista os objetivos pretendidos para a eficácia da comunicação.

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138

Gráfico 17 – Na instituição, existe algum meio de comunicação que seja destinado a

sugestões e/ou reclamações

41% 47%

12%

0%

20%

40%

60%

Na instituição, existe algum meio de

comunicação que seja destinado a

sugestões e/ou reclamações

Sim

Não

Não sabe

Perguntamos aos colaboradores se tinham conhecimento de alguma ferramenta na instituição

para registrar sugestões e/ou reclamações e constatamos que 41% afirmam que sim; 47%

disseram que não e 12% não sabem. A comunicação administrativa da organização permite

que cada funcionário esteja informado, minimizando os problemas surgidos, expandindo sua

criatividade e aprimorando a produção da instituição. A organização deve oportunizar aos

seus colaboradores a vontade de expressarem suas sugestões e reclamações, pois estas fazem

com que os mesmos sintam-se valorizados perante a instituição e também porque essas

informações contribuem para o melhor desenvolvimento do trabalho.

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139

Gráfico 18 – Com que freqüência o AMMA promove reuniões

0%

12%16%

0% 0%

48%

12%12%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Com que freqüência o AMMA promove

reuniôes

Anualmente

A cada 6 meses

Mensalmente

A cada 15 dias

Semanalmente

Sempre que necessário

Não tem reuniões

Não sei

Para identificar a freqüência com que o Abrigo oferece reuniões a seus colaboradores,

procuramos nos certificar do período para sua realização: 12% disseram anualmente; 16%

falaram que ocorriam mensalmente; 48% afirmaram sempre que necessário; 12% disseram

que não ocorrem reuniões e 12% afirmaram não saber. O uso do instrumento de comunicação

dirigida tem como veículo de comunicação oral reuniões de informação ou discussão, sendo

essas de fina importância para aproximar a organização dos seus públicos, podendo aproveitar

as idéias, opiniões e reclamações de modo construtivo. É satisfatório perceber que o AMMA

promove reuniões para seus colaboradores, pois são nestes momentos que acontece a troca de

informações e os funcionários apresentam suas idéias, satisfações ou insatisfações diante da

pauta definida.

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140

Gráfico 19 – Comparece às reuniões oferecidas

88%

12%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Comparece ás reuniões oferecidas

Sim

Não

Analisando a freqüência dos colaboradores nas reuniões oferecidas, foi constatado que 88%

comparecem às reuniões ocorridas e 12% dizem não comparecer.

Segundo Fortes (2003, p.292), “Reuniões têm uma tarefa fundamental a cumprir diante das

estratégias de relações publicas: a participação programada, que é um método de

democratização de relacionamentos na organização.”

Os dados mostrados no gráfico nos permitem verificar que os colaboradores percebem a

importância de participarem das decisões tomadas nas reuniões, utilizando-se dessa

ferramenta de democratização das informações. Para isso, é necessário que o assunto a ser

abordado, seu período, início e término seja definido com antecedência pela instituição, para

que assim o público a ser atingido possa ter o compromisso previamente agendado,

facilitando sua presença e reafirmando seu comprometimento perante a organização.

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141

Gráfico 20 - Por que não comparece às reuniões

6% 6%

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

Por que não comparece às reuniões

Por ser nova

Não foi convocada

Com base nas respostas dos que afirmaram não comparecer às reuniões, verificamos que um

funcionário (6%) não comparece devido ao fato de ser nova na instituição e um funcionário

(6%) porque não foi convocada. A organização deve estimular nos seus funcionários uma

participação programada nas reuniões realizadas na instituição, pois trata-se de um meio de

comunicação que possibilita aos mesmos um momento reservado para a apresentação das suas

opiniões e sugestões acerca do assunto abordado. Para tanto, é necessário que os funcionários

sejam informados com antecedência dos acontecimentos que irão ocorrer no abrigo, afim de

que possam se programar e participar da atividade promovida.

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142

Gráfico 21 – Opina nas reuniões

76%

24%

0%

20%

40%

60%

80%

Opina nas reuniões

Sim

Não

Ao abordar o direito de expressão dos colaboradores nas reuniões, verificamos que 76%

afirmam se expressar normalmente e 24% dizem não se sentir a vontade.

Nas reuniões, o uso da palavra é relevante, assim como o poder da

argumentação para o convencimento refletido e o contra-argumento,

impelindo a raciocínios mais amplos e bem elaborados. Esgota-se o assunto

não pela redundância, mas pelo debate de idéias, no qual ninguém é

representado, todos estão presentes manifestando, pela palavra oral, suas

opiniões e seus conceitos. (FORTES, 2003, pág.293)

O objetivo dessa ferramenta é possibilitar aos funcionários o direito de expressarem suas

idéias e soluções para os problemas vigentes. Para isso é necessário um ambiente harmonioso

e confortável para que os mesmos sintam-se a vontade ao expressarem suas opiniões. Sendo

assim, a organização deve entender que para haver a troca de informações, os dirigentes da

instituição devem estar dispostos a falar e ouvir os diferentes pontos de vista expostos durante

a reunião.

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Gráfico 22 – Caso a resposta seja Não, por que não opina

12% 12%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

Caso a resposta seja Não, por que Não

opina

Devido ao fato de

ser novo na

instituição

Não teve

oportunidade de

participar da reunião

Buscando identificar a resposta dos que disseram não opinar nas reuniões, verificamos que

12% afirmaram que é devido ao fato de ser novo na instituição e 12% não tiveram

oportunidade de participar. Através das opiniões dos colaboradores nas reuniões, a

organização pode identificar as perspectivas de crescimento e melhoria profissional, pessoal e

também da instituição. Cabe ao líder da reunião exprimir a situação de maneira clara e

abrangente, e dar às pessoas total liberdade de manifestar-se. (FORTES, 2003, p. 295)

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Gráfico 23 – Caso a resposta seja sim, se suas opiniões são levadas em consideração

59%

17%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Caso a resposta seja SIM, se suas

opiniões são levadas em consideração

Sim

Não

Diante das afirmações, verificamos que 59% dos colaboradores afirmaram que suas opiniões

são levadas em conta e 17% disseram que não.

O colaborador deve sentir-se parte integrante da instituição, podendo expor suas opiniões,

mas é necessário que essas sejam consideradas pelos membros superiores, pois, a partir do

momento que suas considerações são postas em prática, o colaborador sente-se motivado

causando reflexos na qualidade dos serviços prestados para a organização. É importante que o

AMMA considere as opiniões, uma vez que o descaso com as idéias do seu público interno

causa frustração, levando-o a desmotivação e, consequentemente, ao baixo rendimento no

trabalho desenvolvido.

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Gráfico 24 – Qual o meio que utiliza para manifestar suas opiniões

59%

41%

0% 0% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Qual o meio que utiliza para manifestar suas

opiniões

Reuniões

Caixa de Sugestão

Boca-a-boca

E-mail

Outros

Constatamos diante dos dados obtidos que 59% se expressam nas reuniões e 41% preferem a

caixa de sugestão. A reunião é uma ferramenta de comunicação bastante utilizada nas

organizações, pois essa aproxima os colaboradores da parte administrativa, além de ser um

momento de compartilhamento de informações, na qual as pessoas têm a oportunidade de

manifestar-se e até mesmo intervir em decisões previamente tomadas pelos gestores da

organização. A caixa de sugestão, por sua vez, incentiva a criatividade do funcionário e o

interesse em participar do dia-a-dia organizacional (CESCA, 2006, p.131).

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146

Gráfico 25 – Qual seu grau de satisfação com relação à Diretoria, colegas de trabalho,

moradoras e administração

35%

47%

6% 6% 6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Diretoria

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Observamos que 35% dos colaboradores com relação à diretoria declaram-se muito satisfeito;

47%, satisfeitos; 6%, indiferentes; 6%, insatisfeitos e 6%, muito insatisfeitos. Numa

organização as relações com o público interno dependem, principalmente, da aceitação por

parte da empresa, do princípio da cooperação entre a direção e o pessoal da instituição

(ANDRADE, 2003, p. 96). Tendo em vista os resultados demonstrados no gráfico,

verificamos que existe uma satisfação dos colaboradores em relação a diretoria e esse fato

pode ser mantido através da oportunidade de participação dos mesmos no processo de tomada

de decisão.

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147

35%

65%

0% 0% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Colegas de Trabalho

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Tratando-se dos colegas de trabalho, percebemos que 35% estão muito satisfeitos e 65%

satisfeitos. O clima organizacional é um fator que interfere no bom relacionamento entre os

colegas de trabalho quando existe respeito mútuo e não há interferências nas diferentes

atribuições desempenhadas por eles. Com isso, o grupo percebe que o resultado obtido na

pesquisa, evidencia o alto percentual de satisfação entre os colegas de trabalho, e nesse

sentido, cabe ao abrigo continuar incentivando a cooperação entre os mesmos, como forma de

manter o clima favorável.

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148

17%

83%

0% 0% 0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Moradoras

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Com relação às moradoras, constatamos que 17% estão muito satisfeitos e 83% satisfeitos.

Podemos considerar o alto grau de satisfação como um fator motivacional, influenciando na

conduta do colaborador na organização e no oferecimento dos serviços. De acordo com

Leavitt (apud CHIAVENATO, 1997, p. 83), o comportamento humano é orientado para

atingir um objetivo, existindo “sempre um „impulso‟, um „desejo‟, uma „necessidade‟” como

força motriz para a realização de alguma atitude. O próprio Chiavenato (1997, p. 90) afirma

que a motivação “envolve sentimentos de realização, de crescimento, e de reconhecimento

profissional, manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que oferecem

suficiente desafio e significado para o trabalho”. Assim, analisamos a satisfação que esses

indicaram ao responder a questão, como uma conseqüência do bom relacionamento com as

moradoras e do reconhecimento que estas dão a eles, sendo este um fator que dá “significado

para o trabalho” desenvolvido.

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149

30%

58%

6%

0%

6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Administração

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Em relação ao setor administrativo, verificamos que 30% estão muito satisfeitos; 58%

satisfeitos; 6% indiferente e 6% muito insatisfeitos.

Como função de Relações Públicas, a comunicação administrativa:

trata dos fluxos de informações que percorrem a instituição, equilibrando o

organismo interno e externo onde se encontra, por permitir que cada

funcionário seja convenientemente instruído quanto as atividade da empresa

e saiba situar-se no seu interior. Informado, comunica-se e relata

espontaneamente os dilemas surgidos e os acontecimentos que dizem

respeito aos seus companheiros. (FORTES, 2003, p.139).

É relevante que a instituição busque formas de propiciar um bom ambiente de trabalho aos

seus colaboradores, pois beneficia o relacionamento mútuo, fortalece sua imagem e contribui

para o bom desenvolvimento das atividades.

Diante do resultado apresentado, o grupo percebe que o abrigo tem um bom índice de

aceitação com relação ao modo que a administração se planeja para coordenar os processos

administrativos. Para que os setores da organização estejam desempenhando suas funções de

forma linear, é necessário que a comunicação administrativa esteja sendo bem gerida, pois ela

permeia todo o processo de informação na organização. Nesse sentido, verificamos que o

profissional de relações públicas deve aplicar suas ferramentas de modo a ser um elo entre o

público interno e a administração da instituição, definindo políticas que sejam do interesse da

organização e colaborador.

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150

Gráfico 26 – Qual seu grau de satisfação com relação à disponibilidade de acesso ao AMMA,

segurança na localização, infra-estrutura, higiene e salário/benefícios.

29%

54%

6%

11%

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Disponibilidade de acesso ao AMMA

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Os dados mostram que, em relação ao grau de satisfação dos colaboradores no que se refere à

disponibilidade de acesso ao abrigo, 29% estão muito satisfeitos; 54%, satisfeitos; 6%

indiferentes e 11% insatisfeitos. Os colaboradores demonstram bastante satisfação com a

localização do abrigo. Tendo em vista o resultado apresentado, percebe-se que a condição de

trabalho do colaborador é uma das principais questões que necessita ser abordada e

gerenciada no contexto organizacional. Tratando-se da realidade do AMMA esse é um fato

que beneficia ambas as partes, pois a instituição localiza-se no centro da cidade, sendo esta

uma área com destino a todos os pontos da cidade, como também, favorece a relação da

organização com os colaboradores, uma vez que os mesmos são pontuais no cumprimento do

horário pré-determinado pela instituição.

Com isso, o grupo percebe que essa satisfação para ser mantida, deve está estreitamente

ligada no comprometimento da organização com seus colaboradores, caso contrário, conflitos

poderão ser desencadeados diante da falta de interesse e compreensão da instituição no que

refere-se a má condição no acesso ao trabalho.

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151

29%

54%

11%

6%0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Segurança na localização do AMMA

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Com relação à segurança, verificamos que 29% estão muito satisfeitos; 54% satisfeito; 11%

indiferente e 6% insatisfeito;

Diante dos dados do gráfico, pôde-se observar a satisfação dos colaboradores, quanto à

segurança do AMMA. Um local de trabalho seguro faz com que o colaborador tenha

credibilidade para com a instituição e assim ele poderá desempenhar suas funções sem

preocupação, logo, haverá qualidade e eficiência na prestação de serviços. Dessa forma, fica

claro que a instituição deve estar atenta as irregularidades que possam afetar seu público

interno, eliminando ou minimizando as condições inseguras no ambiente interno e externo da

organização, e, assim evitar posteriores crises no que tange a segurança do colaborador.

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152

30%

58%

0%

12%

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Infra-estrutura do AMMA

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Em relação a infra-estrutura, concluímos que 58% estão satisfeitos; 30% muito satisfeitos e

12% insatisfeitos. É dever das organizações proporcionar um bom ambiente de trabalho aos

seus colaboradores, para que assim, os mesmos possam desempenhar suas funções com total

satisfação e comprometimento. A partir dos dados evidenciados no gráfico, percebemos que

os colaboradores estão satisfeitos com a infra-estrutura do abrigo. A continuidade disto,

depende de um trabalho efetivo do setor administrativo em parceria com a atividade dos

relações públicas, no intuito de buscar melhorias para as instalações da instituição e da

condição de trabalho dos colaboradores.

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153

47%

28%

6%

19%

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Higiene do AMMA

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Sobre a higiene, observa-se que 47% declaram-se muito satisfeitos; 28%, satisfeitos; 6%,

indiferentes e 19% insatisfeitos. A higiene do trabalho refere-se a um conjunto de normas e

procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-

o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.

(CHIAVENATO, 1997, p. 441). Tendo em vista o resultado mostrado no gráfico, verifica-se

que os colaboradores estão satisfeitos com a higiene do AMMA. É um fator positivo para a

instituição a situação apresentada, porém, é necessário haver um controle das condições de

trabalho dos colaboradores, uma vez que esta questão influencia no comportamento dos

mesmos na organização.

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154

6%

65%

11%6%

12%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Salários/ Benefícios

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito insatisfeito

Com relação ao salário/benefícios, observamos que 6% estão muito satisfeitos; 65%

satisfeitos; 12%, indiferentes; 6% insatisfeitos e 12% muito insatisfeitos.

Percebemos que os resultados apresentados nos gráficos mostram um bom índice de

satisfação dos colaboradores com relação ao assunto abordado. O salário constitui-se como

um dos agentes motivadores para o bom desempenho das atividades dos colaboradores na

organização. É preciso estar atento ao nível de desempenho prestado por cada funcionário,

para que assim, seja pensado um salário compatível à realidade da instituição e a competência

dos mesmos, cumprindo assim as exigências de cada categoria de serviços, no intuito de

creditar a imagem da organização como responsável com seus colaboradores. Logo, para que

o abrigo mantenha essa satisfação dos colaboradores no que se refere ao salário, faz-se

necessário que esse entenda a importância dos diversos fatores que levam os mesmos a

motivação e, conseqüentemente ao bom desempenho na instituição.

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Gráfico 27 – Cite três pontos positivos do AMMA

35%

12%12% 12% 12% 12%

5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Pontos Positivos

Bom relacionamento

com as idosas

Bom relacionamento

entre colaboradores

Alimentação

Harmonia

Respeito

Salário em dia

Organização da

Instutuição

Analisando o gráfico acima, verificamos que os colaboradores estão satisfeitos com o

relacionamento com as abrigadas e entre eles. Ficou constatado que 35% têm um bom

relacionamento com as idosas; 12% têm um bom relacionamento entre si; 12% consideram a

alimentação um dos pontos positivos da instituição; 12% valorizam a harmonia existente na

organização; 12% prezam o respeito, 12% estão satisfeitos com a pontualidade no pagamento

do salário e 5%, com a organização da instituição.

Foi verificado no gráfico que os colaboradores estão satisfeitos com os itens abordados por

eles quando afirmaram os pontos positivos da instituição. É fator essencial nas organizações a

valorização no trabalho desempenhado pelos colaboradores, para que assim exista um bom

relacionamento entre os mesmos, favorecendo um clima harmonioso no ambiente

organizacional.

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Gráfico 28 – Cite três pontos negativos do AMMA

12%

24%

30%

12% 12%10%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Pontos Negativos

Salário

Nenhum

Infra-estrutura

Falta de cooperação

entre colaboradores

Falta de parcerias e

recursos

Falta de Comunicação

Pôde-se observar no gráfico acima que 30% dos colaboradores consideram a infra-estrutura

da instituição como ponto negativo, 24% não se manifestaram; 12% apontaram a falta de

cooperação entre colaboradores; 12%, a falta de parceria; 12%, o salário como uma

deficiência do AMMA e 10% declararam que a falta de comunicação é um dos pontos

negativos.

Analisando este resultado, constatamos que a infra-estrutura é deficitária. Este dado negativo

pode ter influência direta na produtividade do colaborador, pois, para o desenvolvimento

positivo das suas funções, é necessário que haja um ambiente de trabalho favorável e

agradável.

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157

8.3.2.Análise dos questionários aplicados com o público externo (Clientes)

Gráfico 29 – Faixa etária das idosas

4,55%9,08%

40,91% 40,91%

4,55%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

Idade

51 a 60

61 a 70

71 a 80

81 a 90

91 a 100

Analisando a faixa etária das idosas entrevistadas, podemos concluir que 40,91% têm idade de

81 a 90 anos; 40,91% de 71 a 80 anos; 9,08% possuem idade de 61 a 70 anos; 4,55% ocupam

a faixa de 51 a 60 anos e 4,55% de 91 a 100 anos.

Fazer com que a instituição cuide do bem estar e da melhoria de vida de suas clientes

constitui-se como fator essencial no dia- a- dia de uma organização. Para isso, esta necessita

conhecer sua clientela, suas necessidades, desejos e, nesta situação, com a predominância de

idosas com mais de 71 a 90 anos, suas limitações provenientes da idade, para assim, dispor de

bons equipamentos e da implementação de novos serviços que atendam a estes fatores.

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158

Gráfico 30 – Profissão das idosas

68,16%

13,64%

4,55%4,55%4,55%4,55%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Profissão

Aposentada

Auxiliar de enfermagem

Coordenadora

Funcionária Pública

Pedagoga

Não tem

No intuito de certificar-se das profissões que as senhoras exercem ou exerceram, observamos

os seguintes resultados; 68,16% estão aposentadas; 13,64% desenvolvem a atividade de

auxiliar de enfermagem; 4,55% são coordenadoras; 4,55%, funcionárias públicas; 4,55%,

pedagogas e 4,55% não têm profissão. As organizações devem ter como missão a prestação

de um excelente serviço às suas clientes, independente do nível social estabelecido. Sabemos

que a realidade das instituições do terceiro setor que abrigam idosos é marcada por períodos

de dificuldades financeiras, pela grande quantidade de custos despendida durante a estadia do

idoso na casa. Em decorrência dessa situação, podemos perceber que a contribuição das

idosas com uma parcela da sua aposentadoria possibilita ao abrigo uma maior estabilidade

financeira, garantindo a implementação de novos serviços adaptados às necessidades das

moradoras. Com isso, verificamos que sua ocupação traz benefícios para seu bem estar físico

e mental, além de servir de subsídios para o crescimento organizacional.

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159

Gráfico 31 – Faixa de renda das idosas

9,09% 4,55%

59,09%

18,18%

9,09%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Renda

Não declarou

Não tem

até 380

até 760

até 1.140

As senhoras que se predispuseram a dar entrevista, apresentam a seguinte condição financeira:

59,09% recebem até R$380,00; 18,18%, até R$760,00; 9,09% recebem até 1.140,00; 9,09%

não quiseram declarar e 4,55% dizem não ter renda mensal. Ainda são significativos os

números de organizações do terceiro setor que não recebem nenhum tipo de contribuição

mensal. Investir na divulgação institucional torna-se um fator preponderante para que a

instituição venha a ter sua imagem fortalecida perante os públicos de interesse. Portanto, as

rendas apresentadas comprovam a necessidade da prospecção de parcerias, uma vez que o

baixo valor arrecadado da contribuição das moradoras não é suficiente para continuidade e

implementação de novos serviços.

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160

Gráfico 32 – Se as idosas têm filhos. Caso a resposta seja sim, quantos

63,64%

22,72%

9,09% 4,55%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Filhos

Não tem

tem 1

tem 2

tem 3

Para conhecer o perfil das clientes da instituição, procuramos saber se algumas das senhoras

tinham filhos: 63,64% disseram não ter filhos; 22,72% têm apenas um filho; 9,09% afirmaram

ter dois filhos e 4,55% declararam ter três filhos. A comunicação dirigida é o processo que

tem por finalidade transmitir ou conduzir informações para estabelecer comunicação limitada,

orientada e freqüente com determinado número de pessoas homogêneas e identificadas.

(ANDRADE apud KUNSCH, 1997, p. 73). Diante desse contexto, percebemos que uma das

premissas das Relações Públicas é conhecer o perfil dos públicos com que se relaciona para

que assim possa fazer uma comunicação dirigida de acordo com seus hábitos e costumes.

Logo, os resultados obtidos no gráfico mostram que o abrigo precisa estabelecer comunicação

dirigida com os familiares das moradoras que afirmaram ter, buscando identificar melhores

maneiras de se relacionar com suas clientes.

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161

Gráfico 33 – Se possuem plano de saúde, qual

50,00% 50,00%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

Se possuem plano de saúde, qual

Sim

Não

Diante do contexto em que vivem e principalmente pelo cuidado que devem ter nessa idade,

foi de bastante relevância verificarmos se as senhoras possuem algum tipo de convênio e

percebemos que 50,0% não têm nenhum plano de saúde e 50,0% afirmaram ter, sendo esses,

Planserv; Associação dos servidores da Ufba; Cefaz e Vitalmed. A atividade de Relações

Públicas consiste em trabalhar a imagem institucional, buscando favorecer o público com que

trabalha. É preciso estar atento às necessidades não só da empresa que presta serviço, mas

também dos seus clientes. Uma das atividades fundamentais das relações públicas nas

organizações do terceiro setor é o lobby, onde estas comunicam-se com órgãos legislativos e

setores governamentais, de modo a favorecer uma organização. (LESLY, 2002, p. 5). Sendo

assim, é preciso sensibilizar as instituições que atuem nessa área, para que possam formar

parceria com o abrigo, trazendo benefícios para aquelas senhoras que não tenham condição de

custear as despesas de um convênio médico.

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162

Gráfico 34 – Quem paga o abrigo

81,81%

13,64%4,55%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Quem paga o abrigo

Renda própria

Renda familiar

Outros

Buscando averiguar de que modo as senhoras pagam sua contribuição ao abrigo,

identificamos que 81,81% contribuem com renda própria; 13,64%, com renda familiar e

4,55% assinalaram a opção outras, sendo que uma das pessoas que marcou esta, não paga

mensalidade por ser coordenadora.

Fica evidente que o abrigo depende da renda das moradoras para o desenvolvimento do seu

trabalho. Os dados apresentados demonstram que grande parte da renda obtida advém da

contribuição das moradoras, porém esta não é suficiente para atender as necessidades vitais da

instituição. Nesse contexto, o trabalho de relações públicas é relevante afim de fortalecer a

imagem institucional das organizações do terceiro setor, para que estas recebam doações fixas

e tenham uma sociedade participativa na causa que foi abraçada, já que essas instituições não

possuem receita suficiente para arcar com todas as despesas dos serviços oferecidos.

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163

Gráfico 35 – Como conheceu o abrigo

27,26%

13,64%

54,55%

4,55%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Como conheceu o Abrigo

Através da ordem

Através de abrigadas

Através de conhecidos

Havia sido pensionista

Com base na entrevista realizada, verificamos que 54,55% conheceram a instituição através

de conhecidos; 27,26%, pela ordem; 13,64% conheceram o abrigo através das abrigadas e

4,55% haviam sido pensionistas.

Os dados mostrados no gráfico evidenciam que grande maioria das moradoras conheceu o

abrigo através de propaganda informal e pela ordem. Tendo em vista o resultado apresentado,

percebemos como a opinião pública é um meio influente e decisivo na mente das pessoas,

uma vez, que através da existência de controvérsias, se formam um consenso coletivo e

verdadeiro. Diante dessa situação, verificamos que hoje mais do que ontem, a humanidade

tem como seu alicerce a opinião pública, (ANDRADE, 1919, p. 8), por isso devemos muni-la

de informações, não nos restringindo apenas à campanha institucional quando objetivamos

promover a imagem de uma instituição, ainda que esta seja uma importante ferramenta para

dar visibilidade a uma organização do terceiro setor.

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164

Gráfico 36 – Como foi tomada a decisão de ir morar no abrigo

13,63%

27,27%

4,55%4,55%

9,09% 9,09%

4,55%

9,09%

4,55%

13,63%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

Como foi tomada a decisão de ir morar no abrigo

Após morte de familiares

Por ser sozinha

Tomarão a decisão

Problemas com a família

Problemas com a vizinhança

Gostou do abrigo

Trabalha nele

Não tinha pra onde ir

Morou em pensionato

Vondade própria

Diante do conhecimento que temos da realidade vivida pelas pessoas da terceira idade,

procuramos analisar o fator preponderante na decisão dessas irem morar no abrigo e tivemos

o seguinte resultado: 27,27% viviam sozinhas; 13,63% tomaram a decisão após a morte de

seus familiares; 13,63%, por vontade própria; 4,55% decidiram por outros motivos; 4,55%,

devido a problemas com a família; 4,55%, porque trabalham na instituição; 4,55%, por já

terem morado em pensionato; 9,09% resolveram após problemas com a vizinhança; 9,09%

porque gostaram do abrigo e 9,09% porque não tinham para onde ir. Os dados demonstram

que a falta de companhia das idosas ratifica-se como uns dos principais motivos para levá-las

à procura de um abrigo, pois neste essas não se sentirão isoladas, suprindo a falta da família e

havendo a socialização entre elas. Conhecer o perfil de cada cliente ou grupo, diagnosticar os

problemas e desenvolver estratégias adequadas ao seu perfil, define-se como principal meio

para atraí-los e mantê-los, e assim fazer com que sintam-se bastante satisfeitos com a escolha

feita pelo serviço oferecido na instituição. Com base nisso, cabe a instituição desenvolver

atividades que incentivem a integração entre as moradoras, como forma de evitar que elas

enfrentem situações semelhantes as já vividas antes de optarem pela moradia no abrigo.

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165

Gráfico 37 – Como a família reagiu à iniciativa de ir morar no abrigo

81,80%

18,20%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Como a família reagiu à iniciativa de ir morar no

Abrigo

Aceitou

Não Aceitou

Buscamos avaliar o modo pelo qual a família das moradoras reagiu a sua iniciativa em ir

morar no abrigo e verificamos que: 81,80% das idosas tiveram sua iniciativa de ir morar no

abrigo aceita pelos familiares e 18,20% dos seus familiares não aceitaram. Com base nos

dados mostrados, evidencia-se a influência da família no momento de decisão do cliente ao

consumir um serviço. O relações públicas ao desempenhar suas atividades deve pensar de

forma estratégica como comunicar um serviço não só para seus clientes, mas também para

seus familiares, pois estes assumem papel de influenciadores na tomada de decisão. Com isso,

o grupo percebe que o abrigo deve munir constantemente a família das moradoras sobre a

estadia das mesmas na instituição, afim de obter a credibilidade desse público e demonstrar

como o serviço vem sendo desenvolvido.

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166

Gráfico 38 – Os que não aceitaram foram porque

4,55%

9,10%

4,55%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

Os que não aceitaram foram porque

preferiam cuidar

Não concordam com a

decisão

Não tinha familiar

Buscamos identificar a justificativa dos familiares que não concordam com a iniciativa das

idosas em irem morar no abrigo foi verificado que 4,55% afirmaram que preferem cuidar dos

seus familiares; 9,10%, não concordaram com a decisão e 4,55%, não tiveram opinião devido

à ausência dos seus familiares. Ser percebida na sociedade como uma organização séria, com

princípios, demonstrando credibilidade no serviço que oferece e tendo um ambiente agradável

e seguro, são fatores fundamentais para uma organização ter uma boa imagem diante dos seus

públicos. Diante dos dados apresentados no gráfico, podemos perceber que os familiares

aceitaram a decisão das idosas em irem morar no abrigo, pois essas instituições são mais

especializadas para acolher esse público que precisa de profissionais gabaritados e uma

estrutura física adequada para implantação dos serviços que atendam suas necessidades.

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167

Gráfico 39 – Há quanto tempo reside no abrigo

22,72%

13,64%13,64%

9,09%

22,73%

18,18%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

Há quanto tempo reside no abrigo

Menos de 1 ano

1 a 5 anos

6 a 10 anos

11 a 15 anos

16 a 20 anos

Mais de 20 anos

Ao analisar o tempo de moradia das senhoras na instituição, concluímos que 22,72% residem

no abrigo há menos de um ano; 22,73%, de 16 a 20 anos; 18,18% moram há mais de 20 anos;

13,64%, de um a cinco anos; 13,64%, de seis a dez anos e 9,09% moram na instituição de 11

a 15 anos. A sobrevivência de uma organização, seja ela com ou sem fins lucrativos, depende

diretamente da participação dos clientes, pois são estes que consomem o produto ou serviço

oferecido. Ao analisar os dados mostrados no gráfico, entendemos que o tempo de moradia

das idosas no abrigo justifica-se pelo desejo que as senhoras têm em compartilhar a vida, de

socializar-se e integrar-se a pessoas cujas necessidades equiparam-se.

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168

Gráfico 40 – Em qual andar fica localizado seu quarto

31,82%

13,64%

4,55%

40,90%

9,09%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

Em qual andar fica localizado seu quarto

1° subsolo

2° subsolo

Térreo

1° andar

2° andar

Ao buscar identificar a posição dos quartos das senhoras entrevistadas, certificamo-nos que

40,90% têm seu quarto localizado no 1º andar; 31,82%, no 1º subsolo; 13,64%, situado no 2º

subsolo; 9,09%, no 2º andar e 4,55% estão localizados no térreo. Uma organização deve

pesquisar a disponibilidade financeira dos seus clientes ao consumir um serviço, pensando na

sua qualidade diante da realidade social e financeira dos diferentes perfis de consumidores

apresentados, não havendo nenhuma distinção na sua prestação. É válido ressaltar que as

clientes mostram-se dispostas a custear os valores diferenciados de acordo com o andar em

que encontram-se acomodadas. Com base nesse contexto, é importante que o abrigo mantenha

um relacionamento sem diferenciação com suas moradoras, padronizando toda sua estrutura,

pois auxiliará na visualização dessas e dos possíveis doadores, além de fortalecer a marca da

instituição. Ainda podemos embasar essa afirmação na opinião de Jorge Rios Szalay (apud

ANDRADE, 2003, P. 200) quando diz:

Antes de iniciar qualquer atividade de relacionamento com os consumidores,

é imprescindível que a organização padronize normas em suas atividades

com a clientela atual e potencial, levando em conta os pontos de vista e as

opiniões de seus clientes, tanto os que digam respeito, especificamente, a

produtos ou serviços, como qualidade, tamanho, preço, apresentação

etc.,assim como a tudo que se refira à empresa em geral, ou seja, ações e

atitudes

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169

Gráfico 41 – De quais itens dispõe seu quarto

45,45%

63,64%

4,55%

86,36%

68,18%

45,45%

0,00%0,00%

50,00%

0,00%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

De quais itens dispõe seu quarto

Banheiro

Geladeira

Fogão

TV

Rádio

Ventilador

Carpete

Ar condicionado

Cortina

Aspirador de pó

Buscando conhecer quais itens tinham nos quartos das senhoras entrevistadas, constatamos

que 45,45% têm banheiro; 63,64%, geladeira; 4,55%, fogão; 86,36% possuem televisão;

68,18% têm rádio; 45,45% possuem

ventilador e 50,0% têm no seu quarto cortina. As demais opções não apresentaram nenhuma

porcentagem. Conhecer as características de consumo

do seu público alvo é uma das habilidades do profissional de Relações Públicas. É preciso

entender quais as necessidades dos seus clientes e diante disso oferecer um produto ou serviço

que atenda às suas expectativas e esteja de acordo com sua realidade social e econômica.

Serviços com benefícios adicionais são direcionados a consumidores que tenham um padrão

de vida mais elevado e no AMMA existem alas que possuem quartos com uma maior

variedade de itens que atendem às moradoras com condição de custear despesas além dos

itens necessários para sua sobrevivência. Logo, as relações públicas nesse contexto deve atuar

de modo que não permita que essa situação prejudique a imagem da organização e o

relacionamento com todos os clientes, sejam eles eventuais ou potenciais, buscando outros

tipos de vantagens dentro da contribuição já arrecadada.

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170

Gráfico 42 – Por que escolheu o Abrigo Mariana Magalhães

9,09%

36,36%

4,55% 4,55%

18,16%

4,55% 4,55%

13,64%

4,55%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

Por que escolheu o abrigo Mariana Magalhães

Conhecia o abrigo

Por causa da ordem franciscana

Por indicação

Por possuir um ambiente familiar

Por esta no centro

Conhecia abrigadas

Não tinha parentes

A família escolheu

Privacidade

Buscamos identificar as causas que levaram as moradoras a optarem pelo Abrigo Mariana

Magalhães e verificamos que 9,09% já conheciam o abrigo; 36,36% escolheram por causa da

ordem; 4,55%, devido à indicação; 4,55%, pelo ambiente familiar; 4,55%, por conhecerem as

abrigadas; 4,55%, por não terem parentes; 4,55%, pela privacidade; 18,16%, por estar

localizado no centro e 13,64%, devido ao fato dos familiares terem escolhido. Os dados

apresentados nos mostram que grande maioria das moradoras optou pela moradia no AMMA

através do seu contato com a ordem. Nesse sentido, verificamos que, em decorrência de o

abrigo seguir os preceitos de São Francisco de Assis, a influência da religião católica é

bastante presente na realidade da instituição, um aspecto sócio-cultural que interfere de forma

positiva no conhecimento e crescimento da organização.

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171

Gráfico 43 – O Abrigo Mariana Magalhães está correspondendo às suas

expectativas

95,45%

4,55%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

O Abrigo Mariana Magalhães está

correspondendo ás suas expectativas

Sim

Não

De acordo com a pesquisa realizada, observa-se que 95,45% das moradoras estão satisfeitas

com o serviço oferecido pelo abrigo e apenas 4,55% dizem não estarem satisfeitas, sendo que

uma destas últimas afirmou sentir muita falta da família.

Investir na melhoria e implementação de novos serviços para o bem estar das clientes,

proporcionando um ambiente seguro e harmônico, visando atender suas expectativas e

necessidades deve ser objetivo de toda organização.

Tendo em vista o problema detectado na opinião das moradoras quando afirmaram que o

AMMA não está correspondendo as suas expectativas, faz-se necessário que a instituição

identifique as possíveis falhas que o levam a discordar das demais moradoras e, assim,

busquem soluções para melhor prestar os seus serviços. Ainda podemos confirmar tal situação

na definição de Las Casas (2000, p. 85) quando diz que:

torna-se importante para uma empresa prestar serviços com qualidade,

monitorar como o cliente está percebendo seus serviços por meio de

pesquisas e conversas diretas e, em alguns casos, até mesmo treinar os

clientes para que eles possam perceber melhor os serviços prestados.

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172

Gráfico 44 – A estrutura do Abrigo Mariana Magalhães lhe agrada

81,80%

18,20%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

A estrutura do Abrigo Mariana Magalhães lhe

agrada

Sim

Não

Quando questionadas sobre a estrutura da instituição, que 81,80% dos entrevistados disseram

que gostam da estrutura e 18,20% não estão satisfeitas, devido à inexistência de uma área de

lazer e porque as escadas e as rampas cansam muito. Qualidade em serviço está ligada à

satisfação. Um cliente satisfeito com o prestador de serviços estará percebendo um serviço

como de qualidade. E isso acontece em qualquer situação em que possa ocorrer essa

satisfação, como a solução de um problema, o atendimento de uma necessidade ou de

qualquer outra expectativa (CASAS, 2000, p. 83). Os dados apresentados no gráfico

demonstram que existe um baixo percentual de insatisfação das moradoras, mas que é

significativo quando uma instituição visa a excelência no atendimento aos seus clientes. Logo,

o Abrigo deve monitorar os percentuais mostrados no gráfico, buscando identificar na opinião

das clientes que afirmam estar insatisfeitas, os pontos negativos da estrutura do AMMA e,

assim, atender as expectativas geradas pelo serviço oferecido.

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173

Gráfico 45 – Qual sua opinião com relação à segurança do Abrigo Mariana

Magalhães

0,00%0,00%0,00%0,00%

54,55%

45,45%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Qual sua opinião com relação à segurança do

Abrigo Mariana Magalhães

Péssimo

Ruim

Regular

Indiferente

Boa

Ótima

Buscamos identificar a opinião das senhoras com relação à segurança do abrigo e verificamos

que: 54,55% têm como bom o serviço de proteção e 45,45% acham ótimo, não sendo

assinaladas as outras questões. Um cliente forma expectativas de acordo com promessas feitas

pelos vendedores de serviços, pelas experiências passadas com a empresa ou concorrentes ou

até mesmo com o comentário de outras pessoas. Essas expectativas são essenciais para

satisfação (CASAS, 2000, p. 83). Portanto, percebemos com os dados evidenciados no

gráfico, que as clientes estão satisfeitas com a segurança do abrigo, o que convém dizer que,

se o cliente está satisfeito, a prestação de serviços iguala a expectativa que teve ao optar pelo

serviço.

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174

Gráfico 46 – Está satisfeita com os serviços prestados pelos colaboradores do

Abrigo

95,45%

4,55%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Está satisfeita com os serviços prestados pelos

colaboradores do Abrigo

Sim

Não

Ao analisar o grau de satisfação das moradoras com o serviço prestado pelos colaboradores do

abrigo, verificamos que 95,45% estão satisfeitas e 4,55% não se consideram satisfeitas, por

acreditar existirem falhas, segundo a opinião de uma destas entrevistadas. A avaliação dos

serviços deve ocorrer em toda organização com o intuito de corrigir ou manter as técnicas de

atendimento adotadas. Em virtude disso, é necessário que a equipe de colaboradores seja bem

treinada e qualificada para a prestação de um excelente serviço, principalmente quando

detectamos um percentual pequeno, mas relevante, de nível de insatisfação das moradoras.

Sendo assim, é preciso ter um olhar atento sobre todas as opiniões declaradas pelo público

consumidor, para que, assim, estratégias sejam pensadas como formas de minimizar ou acabar

com as falhas existentes.

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175

Gráfico 47 – Está satisfeita com os recursos de apoio (enfermaria, cozinha,

apartamentos, capela, fisioterapia)

95,45%

4,55%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Está satisfeita com os recursos de apoio

(enfermaria, cozinha, apartamentos, capela,

fisioterapia)

Sim

Não

Em relação ao grau de satisfação das moradoras com relação aos recursos de apoio,

verificamos que 95,45% dizem estar satisfeitas e 4,55% não estão satisfeitas, mencionando o

serviço de cozinha uma das pessoas entrevistadas.

Através do sistema de sugestões e reclamações, uma instituição pode identificar as satisfações

ou insatisfações dos clientes, sendo esse um momento para monitorar sua opinião com relação

ao serviço oferecido na instituição. Com base nos dados apresentados no gráfico, é importante

que o abrigo busque conhecer a opinião das moradoras que afirmaram estar insatisfeitas com

o serviço, para que, assim, falhas possam ser corrigidas e problemas solucionados.

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176

Gráfico 48 – Na opinião das idosas, quais serviços podem ser melhorados

27,27%

9,09%

0,00%0,00%4,55%

13,64%9,09%

4,55%

95,45%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Na opinião das idosas, quais serviços podem ser

melhorados

Alimentação

Enfermaria

Fisioterapia

Capela

Apartamentos

Infra-estrutura

Limpeza

Segurança

Outros

Buscamos identificar quais serviços ainda podem ser melhorados na instituição e observamos

que: 27,27% acham a alimentação; 9,09%, a enfermaria; 9,09%, a limpeza; 4,55% opinaram

os apartamentos; 4,55%, a segurança; 13,64%, infra-estrutura; 95,45% disseram outros Os

serviços oferecidos por uma empresa devem ser cuidadosamente planejados e, acima de tudo,

oferecidos com qualidade. Um serviço bem feito gera satisfação nos clientes atendidos, que

voltam a comprar ou indicam outros de seu relacionamento. (CASAS, 2000, p. 83). Com base

nos dados evidenciados no gráfico, percebemos que as moradoras, diante de medidas que

avaliam a satisfação do consumidor, podem dar sugestões de melhoria para os serviços

oferecidos pela instituição. Cabe ao abrigo investir na melhoria dos serviços para que o nível

de satisfação das moradoras possa crescer.

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177

Gráfico 49 – Participa das atividades promovidas pelo abrigo (confraternizações, missas e

fisioterapia)

86,35%

13,65%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Participa das atividades promovidas pelo Abrigo

(confraternizações, missas e fisioterapia)

Sim

Não

Buscamos identificar a freqüência das senhoras nas atividades promovidas pelo abrigo e

constatamos que 86,35% participam das atividades e 13,65% não freqüentam, por passarem o

dia fora e porque não gostam de participar das atividades oferecidas. Envolver os clientes nas

atividades promovidas em uma organização é uma maneira eficaz para atrair o público-alvo

para participação dos serviços oferecidos, além de ser um momento oportuno para demonstrá-

lhe detalhadamente o investimento que a instituição faz com as doações, já que esta pertence

ao terceiro setor.

É importante que todas as senhoras que tenham condições físicas e mentais participem das

atividades realizadas, pois estas são oferecidas com o intuito de buscar o bem estar das

mesmas. Verificamos nos dados mostrados no gráfico que 13,65% das moradoras ainda

precisam ser conscientizadas para importância da socialização e da saúde física e mental.

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178

Gráfico 50 – Como se dá sua relação com as demais moradoras do abrigo

0,00% 0,00%

13,64%

59,09%

27,27%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Como se dá sua relação com as demais

moradoras do Abrigo

Péssima

Ruim

Regular

Boa

Ótima

Buscamos analisar como se dá o relacionamento entre as moradoras e verificamos que:

13,64% dizem estar regular; 59,09% afirmam ser uma boa relação e 27,27% acham que a

relação está ótima.

Os problemas ocasionados pela relação entre clientes podem gerar ruídos comunicacionais,

conflitos e boatos, podendo vir a prejudicar a imagem da instituição. Nesse sentido,

verificamos, com base nos dados mostrados no gráfico, que as moradoras afirmam existir um

bom relacionamento entre elas, o que vem a ser um fator positivo para o AMMA. Logo, o

gestor da comunicação deve monitorar esses relacionamentos e os fluxos comunicacionais,

para que, assim, conflitos e crises sejam administrados, evitando os eventuais problemas de

relacionamentos.

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179

Gráfico 51 – Recomendaria o Abrigo Mariana Magalhães a uma amiga

100,00%

0,00%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Recomendaria o Abrigo Mariana Magalhães a uma

amiga

Sim

Não

Verificamos que 100,00% das entrevistadas recomendariam o Abrigo Mariana Magalhães

para uma amiga, o que se torna um fator bastante positivo para instituição. Ser reconhecida na

sociedade como uma organização que zela pelo bem estar de suas clientes, busca a qualidade

de vida para todos e se empenha no investimento dos serviços que oferece, deve ser o

compromisso de toda instituição, pois isso demonstra que existe o comprometimento com o

trabalho que desenvolve, consolida a marca perante os diversos públicos, além de fortalecer a

imagem. Logo, é de extrema importância ter conhecimento da opinião das moradoras para se

construir um plano de comunicação, por ser um público que convive diariamente na

instituição e que reflete no meio social sua satisfação, trazendo credibilidade para o trabalho

desenvolvido. Percebe-se que é importantíssimo continuar investindo nos serviços que o

AMMA oferece, buscando a qualidade de vida para todos que fazem parte dessa, uma vez que

a opinião desse público que convive diariamente na instituição, reflete no meio social a sua

satisfação e traz credibilidade para o trabalho desenvolvido.

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180

Gráfico 52 – Freqüenta as aulas de Psicodrama

27,26%

72,74%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

Freqüenta as aulas de psicodrama

Sim

Não

Buscamos avaliar com que freqüência as moradoras participam das aulas de psicodrama e

verificamos que 27,26% afirmaram participar das sessões; 72,74% disseram não participar

devido à dificuldade de locomoção, pelo horário incompatível, por não terem interesse, por

falta de tempo e devido ao desconhecimento da atividade.

O sistema organizacional se viabiliza graças ao sistema de comunicação nele existente, que

permitirá sua contínua realimentação e sua sobrevivência. [...] Daí a imprescindibilidade da

comunicação para uma organização social. (KUNSCH, 2003, p. 69). A relação entre

organização e clientes não pode sofrer interferência das barreiras comunicacionais impedindo

ambos de perceber melhorias para o bom relacionamento e bem estar mútuo. Por isso, as

sessões de psicodrama fazem aflorar sensações e sentimentos que inicialmente podem ser

considerados como desagradáveis por abordar estas situações, mas com o decorrer acabam

por tratá-las, minorando o efeito psicológico gerado por elas.

Diante desse contexto, podemos perceber, com base nos dados apresentados no gráfico, que

um número significativo das moradoras não freqüenta as aulas de psicodrama, o que vem a

ser um problema para o abrigo tendo em vista os problemas que muitas dessas enfrentaram na

vida por questões de ordem financeira, familiar, emocional, entre outras. Logo, é importante

criar estratégias para que as moradoras sintam-se motivadas a participar da atividade e

desperte o interesse para o serviço oferecido.

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181

Gráfico 53 – O que o Abrigo Mariana Magalhães representa hoje para você

90,91%

9,09%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

O que o Abrigo Mariana Magalhães representa

hoje para você

Seu próprio lar

Apenas um abrigo

Com base nos resultados obtidos na pesquisa, verificamos que 90,91% das moradoras vêem o

abrigo como próprio lar e 9,09% consideram apenas um abrigo. Fazer com que seus públicos

percebam sua imagem positivamente constitui-se como um dos objetivos primordiais na vida

de uma organização. Logo, podemos verificar, diante do resultado apresentado no gráfico, que

o AMMA possui uma imagem bastante favorável na opinião de suas clientes, o que é de

grande relevância. Entretanto, é preciso investir em estratégias comunicacionais para que toda

essa satisfação possa permanecer.

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182

Gráfico 54 – Conhece a causa franciscana

40,91%

59,09%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Conhece a causa franciscana

Conhece

Não conhece ou não

respondeu

Quando perguntados sobre o conhecimento da causa franciscana, verificamos que 40,91%

conhecem a causa e 59,09% não conhecem ou não responderam.

Fazer com que o público tenha conhecimento da história de uma organização é de

fundamental importância para que os mesmos tenham consciência do seu papel diante da

realidade em que estão inseridos, e, assim, possam contribuir para o processo de evolução da

instituição. Esse desconhecimento da causa franciscana pode ser explicado pela falta de

interesse das abrigadas em conhecer os ensinamentos de São Francisco de Assis, apesar de

muitas serem adeptas da religião católica, como também, pode ter sua origem no fato de a

instituição não evidenciar a importância dela na sua filosofia, não trabalhando-a e divulgando

para as idosas. Portanto, é necessário que o abrigo planeje e estruture a comunicação com seus

públicos.

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183

Gráfico 55 – Qual sua opinião em relação a essa causa

36,36%

63,64%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Qual sua opinião em relação a essa causa

Pertinente

Não tem opinião ou não

respondeu

Buscamos avaliar a opinião das moradoras com relação à causa franciscana e concluímos que

36,36% acham pertinente e 63,64% não têm opinião ou não responderam. Aproximar-se dos

seus clientes e desenvolver mecanismos para conhecer as suas necessidades e opiniões é uma

forma eficaz de a organização se comunicar e obter respostas sobre a conduta adotada para o

desenvolvimento do seu trabalho e, desta forma, consolidar seu relacionamento. Com base

nos dados, percebemos que o fato de 63,64% das moradoras não ter opinião com relação à

causa franciscana, pode ser decorrente do seu desconhecimento da filosofia da instituição.

Logo, o abrigo deve utilizar meios comunicacionais para fazer-se percebido diante do seu

público, munindo-o de informações, conquistando sua credibilidade e assegurando sua

permanência na instituição.

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184

Gráfico 56 – Concorda que o Abrigo é uma Organização filantrópica (ONG)

54,55%

45,45%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Concorda que o Abrigo é uma Organização

filantrópica (ONG)

Sim

Não

Perguntamos às moradoras entrevistadas se acreditavam que o abrigo é uma ONG e 54,55%

disseram que sim; 45,45% afirmaram que não vêem, porque acreditam que a instituição

consegue se manter com a contribuição que elas destinam ao abrigo; não concordam devido

ao fato de contribuírem com sua moradia; acreditam que a ausência do apoio externo não a

torna uma ONG e desconhecem o significado. Entender a realidade que uma organização

vivencia para alcançar os seus objetivos faz parte do processo de amadurecimento da relação

dessa com seus clientes. É preciso saber em que contexto está inserido, das necessidades e

vantagens de ambos e da satisfação em contribuir para o crescimento das organizações e dos

seus públicos. Diante dos dados, verificamos que 45,45% das moradoras demonstram ter total

desconhecimento dos fatores que fazem com que uma organização não tenha fins lucrativos.

Nesse sentido, toda instituição deve buscar promover momentos em que possa esclarecer aos

seus públicos as suas possíveis dúvidas e com isso eliminar as discordâncias que podem vir a

prejudicar a imagem da instituição e o seu relacionamento.

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185

Gráfico 57 – Lê as informações fixadas nos murais

77,27%

22,73%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

Lê as informações fixadas nos murais

Sim

Não

Perguntamos se tomavam conhecimento das informações do abrigo através dos murais e

observamos que 77,27% afirmaram que sim e 22,73 disseram que não. Divulgar os fatos

ocorridos numa organização por meio de ferramentas comunicacionais é imprescindível para

que os públicos tenham conhecimento do dia-a-dia de uma instituição. A atratividade e

padronização dos recursos, o layout, os locais onde são fixadas as informações e a

diferenciação das informações para público interno e externo, são elementos fundamentais

para que haja uma divulgação eficaz. Diante do contexto do AMMA, é satisfatório perceber

que suas clientes lêem as informações divulgadas e demonstram interesse pela ferramenta

utilizada. Porém, é preciso identificar a causa que leva 22,73% das moradoras a não lerem as

informações fixadas nos murais, se é por falta de interesse ou problemas com a padronização

e localização dos murais.

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186

Gráfico 58 – Tem conhecimento das atividades que o Abrigo Mariana

Magalhães desenvolve

90,91%

9,09%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Tem conhecimento das atividades que o Abrigo

Mariana Magalhães desenvolve

Sim

Não

Com relação à divulgação das atividades promovidas pela instituição, verificamos que

90,91% são informadas das atividades quando ocorrem e 9,09% disseram que não. Pensar

estrategicamente a comunicação com seus públicos expressa a importância destes na

participação das atividades. Uma organização deve utilizar ferramentas formais para

estabelecer a comunicação com seus públicos, pois isso diminui o número de ruídos e

incertezas, facilitando e assegurando o entendimento da informação. Diante dessa situação, é

interessante saber se a comunicação com 9,09% das moradoras foi formalizada ou se não

existe o interesse por parte das mesmas na participação das atividades ocorridas no abrigo.

Com isso, o grupo percebe que é de extrema importância o uso da rede formal de

comunicação como meio de assegurar o recebimento da informação ao seu público, além do

que o desenvolvimento dessas atividades ajuda na sua socialização, lazer e bem-estar físico e

mental.

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187

Gráfico 59 – Tem conhecimento das mudanças que ocorrem no Abrigo

Mariana Magalhães

63,64%

36,36%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

Tem conhecimento das mudanças que ocorrem

no Abrigo Mariana Magalhães

Sim

Não

Quando questionadas sobre o conhecimento das mudanças ocorridas no abrigo, verificamos

que 63,64% têm conhecimento das mudanças ocorridas na instituição e 36,36% disseram não

conhecer. O processo de mudanças de uma instituição não pode ser decidido de forma

aleatória, é preciso levar em consideração as sugestões e reclamações do seu público e

comunicar-lhe quando a decisão for tomada. A voz do cliente deve ter importante participação

na etapa de decisão da organização; afinal de contas, o serviço é desenvolvido para atender às

suas necessidades e desejos. Com base nos dados apresentados no gráfico, verificamos que

36,36% das moradoras afirmaram não conhecer as mudanças ocorridas na instituição. Isto

pode ser explicado pela falta de interesse das mesmas em tomarem conhecimento dos fatos

ocorridos ou pela inexistência de uma comunicação eficaz da instituição para divulgar as

prováveis modificações, porém a organização deve formalizar sua comunicação como forma

de garantir o processo de recebimento da mensagem pelas clientes, evitando posteriores

reclamações acerca das mudanças divulgadas.

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188

8.3.3.Análise dos questionários aplicados com o público externo (Sociedade)

Gráfico 60 - Bairro onde residem os entrevistados

18%

21%

5%

53%

3%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1

Bairro

A Suburbio

B Miolo

C Orla

D Centro

Região Metropolitana

Para organizar esta questão, foi escolhido o critério de mapeamento da cidade do Salvador,

utilizado pelo Sistema de Transporte Coletivo Urbano, o qual a divide em subúrbio, miolo,

orla, centro e região metropolitana. Predominância do centro com 53% pode ser explicada

pela concentração dos bairros mais populosos, como Brotas e Federação, que estão mais

próximos ao centro; seguido do Miolo, com 21%; do subúrbio, com 18%; da orla, com 5%; e

da Região Metropolitana, com 3%.

SUBDIVISÃO DOS BAIRROS DE SALVADOR E REGIÕES METROPOLITANAS

A - Subúrbio

Alto de Coutos, Alto da Terezinha, Boa Viagem, Boa Vista, Bonfim,

Calçada, Caminho de Areia, Capelinha, Fazenda Coutos, Fazenda Grande,

Largo do Tanque, Lobato, Mares, Massaranduba, Paripe, Periperi, Pirajá,

Plataforma, Ribeira, San Martins, São Caetano e Uruguai.

B - Miolo

Águas Claras, Bonocô, Cabula, Cajazeiras, Canabrava, Castelo Branco,

Dom Avelar, Jardim Santo Inácio, Mata Escura, Mussurunga, Nova

Brasília, Paralela, Pau da Lima, Pernambués, São Gonçalo, São Marcos,

São Rafael, Saramandaia, Sete de Abril, Susssuarana, Tancredo Neves,

Vale dos Lagos.

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189

C - Orla Boca do Rio, Costa Azul, Imbuí, Itaigara, Itapuã, Piatã, Stella Mares e

Stiep.

D - Centro

Água de Meninos, Amaralina, Baixa de Quintas, Barbalho, Barra, Barris,

Brotas, Caixa D'Água, Campo Grande, Candeal, Canela, Carlos Gomes,

Cidade Nova, Dois de Julho, Federação, Garcia, Garibaldi, Graça, Iapi,

Joana Angélica, Lapinha, Liberdade, Luis Anselmo, Nazaré, Nordeste,

Pelourinho, Piedade, Pituba, Rio Vermelho, Santa Cruz, Saúde, Sete de

Setembro, Sieiro, Soledade, Tororó, Vale das Pedrinhas, Vasco da Gama e

Vila Laura.

Região

Metropolitana Municípios de Dias D'Ávila, Vera Cruz, Lauro de Freitas e Simões Filho.

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190

Gráfico 61 – Sexo dos entrevistados

52,0%

48,0%

46,0%

47,0%

48,0%

49,0%

50,0%

51,0%

52,0%

Sexo

Feminino

Masculino

Na análise do sexo dos indivíduos entrevistados, verificou-se que 52% do público

entrevistado correspondem ao feminino e 48% ao masculino. Essa homogeneidade do

percentual dos entrevistados facilita a obtenção das características dos potenciais doadores,

independente do sexo.

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191

Gráfico 62 – Faixa etária dos entrevistados

53,8%

29,5%

8,8% 8,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Faixa Etária

20/35 anos

36/50 anos

51/60 anos

61+ anos

Para traçar o perfil dos indivíduos abordados na pesquisa, questionamos a faixa etária e

obtivemos as informações, a seguir: verificou-se a predominância da faixa de 20 a 35 anos,

com 53,8%; seguida das faixas de 36 a 50 anos, com 29,5%; de 51 a 60 anos, com 8,8%; e de

61 anos acima, com 8,0%. Os dados apresentados confirmam a heterogeneidade dos

entrevistados, oferecendo informações e pontos de vistas distintos, o que é de grande valia

para o profissional de relações públicas ao analisar a formação da opinião pública. Logo,

percebemos que o público jovem está mais apto a participarem de discussões em que se

apresentam diferentes situações, contrárias atitudes sociais acerca de uma questão que

interessa ao seu grupo, (FORTES, 2003, p. 30 e 31).

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192

Gráfico 63– Grau de instrução dos entrevistados

1,3%

13,3%

39,5%

46%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

Grau de Escolaridade

não alfabetizado

1º inc./comp

2º inc./comp

3º inc./comp

Ao examinar o grau de instrução dos indivíduos entrevistados, concluímos que houve uma

predominância com 46% entre superior incompleto ou completo; 39,5% têm o ensino médio

incompleto ou completo; 13,3% possuem o ensino fundamental incompleto ou completo e

apenas 1,3% preenchem o campo dos não alfabetizados. O alto índice de pessoas com o

ensino médio e o superior incompleto ou completo confirma a mudança cultural brasileira,

quando mais pessoas concluem o ensino médio e ingressam nas faculdades, apesar do sistema

de ensino brasileiro estar caótico. É de grande relevância determinar a escolaridade do

público-alvo, para que assim seja estabelecida uma comunicação dirigida, com ferramentas

adequadas e uma linguagem apropriada, pois “quanto mais direta for, melhor será o resultado

de qualquer comunicação” (VASCONCELOS e OLIVEIRA, apud KUNSCH, 2003, p. 186-

7).

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193

Gráfico 64 – Religião dos entrevistados

17,3%

55,5%

9,8%

2,3%5,3%10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Religião

Protestante

Católico

Espírita

Afro brasileira

Outras

Não tem

Ao averiguar a religião dos entrevistados, verificamos a forte predominância da religião

católica com 55,5%; 17,3% optam pela protestante; 9,8% preferem a espírita; 2,3%

confirmam ser da afro-brasileira; 5,3% assinalaram o campo outras e 10,0% dizem não ter

religião. Este dado demonstra o potencial de eficiência de uma comunicação dirigida para os

católicos, já que o AMMA é uma instituição pertencente à Ordem Franciscana Secular da

Penitência de São Francisco de Assis da Igreja de Nossa Senhora da Piedade, o que se

constitui como um argumento positivo a ser utilizado na comunicação. “Na comunicação

dirigida comunicador e receptor se identificam” (VASCONCELOS e OLIVEIRA, apud

KUNSCH, 2003, p. 187).

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194

Gráfico 65 – Ocupação dos entrevistados

15,0%

7,3%

12,5%

9,3%

28,5% 27,5%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Ocupação

Comerciário

Func. publico

Autônomo

Aposentado

Estudante

Outros

Na categoria ocupacional, definimos que 15,0% é comerciário; 7,3%, funcionário público;

12,5%, autônomo; 9,3%, aposentado; 28,5% são estudantes e 27,5% não preenchem os

campos definidos no questionário. De acordo com o gráfico, constatamos que os resultados

estão equivalentes, porém predomina a participação de estudantes. A partir desses dados,

percebemos que o resultado apresentado constitui-se como um fator positivo para o AMMA,

uma vez que encontra-se localizado no centro da cidade. Estes, ao se predisporem a responder

as questões, mostram engajamento nas questões sociais, como formadores de opinião,

havendo a necessidade de serem contemplados com ações específicas de comunicação, para

que sejam estimulados a discussão e, através do trabalho de relações públicas, constituam-se

como um público estratégico. De acordo com Cândido Teobaldo (2003, p.04):

o público é constituído de grupos de interesse, de pessoas interessadas e de

espectadores. [...] A ação dos grupos de interesse na formação da opinião

pública, colocando a controvérsia e esforçando-se para conquistar, para seu

lado, o apoio e aliança das pessoas desinteressadas, é fator de fundamental

importância.

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195

Gráfico 66 – Quantas pessoas compõem o grupo familiar

5,0%

70,8%

21,5%

2,8%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

Grupo Familiar

Não tem família

De 02 a 04 pessoas

De 05 a 07 pessoas

Mais de 08 pessoas

De acordo com o gráfico, 70,8% dos indivíduos abordados na pesquisa têm de 02 a 04

pessoas no seu grupo familiar; 21,5% de 05 a 07 pessoas; 5,0% afirmam não ter familiar e

somente 2,8% apresentam mais de 08 pessoas no convívio familiar. É bastante relevante o

fato de a maioria dos entrevistados terem no seu grupo familiar de 02 a 04 pessoas, pois a

família se constitui como a primeira rede de relacionamento e discussão, na qual, idéias,

opiniões e conceitos são formados e compartilhados e o julgamento familiar influencia

aqueles que a ela pertencem. Como expressa Lazarsfeld, Berelson e Gaudet quando sugerem

que as idéias vão dos meios de comunicação de massa para os líderes de opinião e eles

propagam-na oralmente para o público em geral (Teoria levantada pelos autores em 1948, no

livro As Escolhas das Pessoas, apud LESLY, 2002, p. 51). Com isso, o grupo conclui que a

comunicação bem trabalhada se torna eficaz e atinge o formador de opinião, que a socializa

no meio familiar.

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196

Gráfico 67 – Renda mensal da família

23,5%

41,3%

20,0%15,3%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

Renda Familiar

Menos 3 salários

De 3 a 5 salários

De 5 a 7 salários

Mais de 7 salários

A renda familiar é um dado importante quando é proposto traçar o perfil de possíveis

doadores para as instituições do terceiro setor, como também um determinante na escolha dos

meios de comunicação escolhidos para se atingir o público-alvo do trabalho de relações

públicas. A pesquisa nos permite observar que 41,3% das pessoas entrevistadas recebem de

três a cinco salários mínimos; 23,5% dizem receber menos de três salários mínimos; 20,0%

afirmam receber cinco a sete salários mínimos e 15,3% recebem mais de sete salários

mínimos. A partir dos dados, concluímos que embora a maioria dos entrevistados apresentem

renda de 3 a 5 salários mínimos, fica claro que as pessoas podem ajudar não só com recursos

financeiros, mas também, com recursos humanos.

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197

Gráfico 68 – Conhece alguma ONG na cidade do Salvador que abriga idosos

52,8%

47,2%

44,0%

46,0%

48,0%

50,0%

52,0%

54,0%

Conhece alguma ONG na cidade do

Salvador que abriga idosos?

Não

Sim

Quando perguntados sobre o conhecimento das instituições em Salvador que abrigam idosos,

verificamos que 52,8% das pessoas não conhecem os abrigos de idosos e 47,2% afirmam

conhecer essas instituições.

Os dados demonstram que ainda existe um número significativo do público entrevistado que

desconhece o trabalho desenvolvido pelas instituições sem fins lucrativos, isto deve-se ao fato

destas não desenvolverem a comunicação institucional que é responsável pela construção e

formatação de uma imagem e identidade corporativas fortes e positivas (KUNSCH, 2003, p.

164).

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198

Gráfico 69 – ONG´s soteropolitanas que abrigam idosos

48,5%

11,1%7,4%

6,8%6,8%

1,5%0,5% 0,5%

7,4% 9,5%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

ONG´s soteropolitanas que abrigam idosos

Dom Pedro II

São Salvador

AMMA

Irmã Dulce

Maria Luiza

Santa Luiza

São Lazáro

Retiro dos Idosos

Não Recordam

Outros

Para apurar a veracidade dos que afirmaram ter conhecimento, perguntamos quais são as

instituições na cidade de Salvador que realizam esse tipo de trabalho. Os entrevistados

citaram os seguintes: Abrigo Dom Pedro II, com 48,50%; São Salvador, com 11,1%; AMMA,

com 7,4%; Irmã Dulce, com 6,8%; Maria Luiza, com 6,8%; Santa Luzia, com 1,5%; São

Lázaro, com 0,5%; e Retiro dos idosos, com 0,5%. Entre os entrevistados, 7,4% disseram

conhecer o trabalho desenvolvido pelos abrigos de idosos, mas não recordaram um nome

específico; 9,5% citaram outros.

Com base nos dados apresentados nos gráficos, é possível perceber a pouca visibilidade do

AMMA pela sociedade, o que demonstra a necessidade de um planejamento da comunicação,

desenvolvendo um trabalho de relações públicas para:

conquistar e manter a credibilidade e a aceitação da companhia junto a seus

principais públicos-alvo, de maneira a assegurar à empresa a criação e a

projeção de uma imagem institucional positiva, bem como auxilia-la a

alcançar suas metas de mercado (NOGUEIRA apud PINHO, 2003, p.11)

Assim, é necessário promover a imagem institucional, munindo a opinião pública de

informações sobre a instituição e estreitando relacionamento com os públicos de interesse,

para que desta maneira atraia possíveis parceiros, doadores e voluntários.

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199

Gráfico 70 – Como considera o trabalho desenvolvido pelo abrigo de idosos na sociedade

0,8% 2,8%

34,0%

58,3%

4,3%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Como considera o trabalho desenvolvido

pelos abrigos de idosos na sociedade

Não importante

Pouco importante

Importante

Muito importante

Não tem opinião

Para conhecer a opinião da sociedade acerca do trabalho desenvolvido pelos abrigos de idosos

e, assim, posteriormente, avaliar o perfil e a predisposição dos entrevistados para a doação e

voluntariado, perguntamos como eles consideravam esta causa.

Os resultados obtidos na pesquisa neste quesito foram bastante satisfatórios, pois 58,3%

acreditam ser muito importante o trabalho desenvolvido por essas ONG‟s; 34,0% afirmam ser

importante; 4,3% não têm opinião; 2,8% acham pouco importante e apenas 0,8% diz não ter

importância alguma.

Cândido Teobaldo cita Napoleão Bonaparte, quando explica a importância da opinião pública

para as Relações Públicas, diz que: “opinião pública é uma potência invisível a quem

ninguém resiste; nada é mais móvel, mais veraz e mais forte e apesar de caprichosa, ela é

verdadeira, razoável, muito mais do que se pensa” (BONAPARTE apud ANDRADE, 1989, p.

46). Uma opinião pública favorável, aqui demonstrada através dos 92,3% que acreditaram na

importância desta causa, corrobora a necessidade de um trabalho de relações públicas. O fato

de as pessoas acreditarem na importância do trabalho dessas instituições torna-se o primeiro

passo para que as mesmas tenham interesse em conhecê-las, assimilar a comunicação a elas

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200

dirigida e, assim, dar a sua contribuição em forma de recursos materiais e financeiros e

trabalhos voluntários.

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201

Gráfico 71 – Se é dever da sociedade civil e das empresas privadas contribuir com as ONG‟s

que abrigam idosos

2,8%

97,2%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Se é dever da sociedade civil e das

empresas privadas contribuirem com as

ONG’s que abrigam idosos

Não

Sim

Os dados do gráfico nos permitem verificar que 97,2% das pessoas entrevistadas conseguem

enxergar que as ONG‟s necessitam do apoio da sociedade civil e das empresas privadas para

que possam dar continuidade aos serviços oferecidos com total qualidade e apenas 2,8%

afirmaram não concordar com a afirmação da pergunta, mas também não quiseram justificar o

porquê da discordância. Esta predisposição da opinião pública para a importância do auxílio

às ONG‟s é uma oportunidade para a atividade de relações públicas, uma vez que as pessoas

acreditam na importância do trabalho desenvolvido nestas organizações e esperam que a

sociedade civil e as empresas apóiem esta causa.

Para auxiliar estas organizações:

as relações públicas poderão contribuir no sentido de facilitar as parceiras e

as mediações com o primeiro e segundo setor. [...] repensando o conteúdo, as

formas, as estratégias, os instrumentos, os meios e as linguagem das ações

comunicativas (a ser utilizada) com os mais diferentes grupos envolvidos, a

opinião pública e a sociedade como um todo. (KUNSCH, 2003, p.144-5)

Logo, a atividade de relações públicas, respaldada pelo índice acima citado, deve utilizar

ferramentas de comunicação que incentivem a sociedade a agir socialmente com

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202

responsabilidade e criar estratégias e ações que venham a promover a imagem institucional do

AMMA, para que, assim, as pessoas possam conhecê-lo e destinar a ele doações.

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203

Gráfico 72 – Se tem algum membro da família (idoso) que viva num abrigo

94,8%

5,2%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Se tem algum membro da sua familia

(idoso) que viva num abrigo

Não

Sim

Quando perguntados se tinham algum membro da família idoso residindo num abrigo,

verificamos que 94,8% assinalaram a proposta não e 5,2% disseram que sim. Diante desse

resultado, é notório que as pessoas ainda têm muita resistência em acomodar seus

familiares nos abrigos para idosos. E este fato pode estar associado a situações deploráveis

em que alguns abrigos mantêm seus idosos e o imaginário criado sobre isto, agindo

negativamente sobre a imagem das demais instituições. A convivência das senhoras num

abrigo contribui para sua socialização, ajudando a superar o isolamento e conflitos

familiares, através de atividades direcionadas para melhoria do seu bem estar físico e

mental. Com isso, cabe aos profissionais de relações públicas reverterem à situação que

desfavorece o trabalho desenvolvido em muitas dessas instituições, por meio de suas

funções políticas e trabalhando a imagem institucional para que ela seja percebida

positivamente por seus públicos.

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204

Gráfico 73 – Se a resposta for NÃO, se colocaria um membro da sua família em um abrigo

29,3%

70,7%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

Se a resposta for Não, se colocaria um

membro da sua familia em um abrigo

Sim

Não

Analisando a resposta dos que optaram por não, verificamos que 29,3% dos indivíduos

entrevistados disseram não colocar um membro da sua família no abrigo de idosos devido à

inexistência de uma estrutura adequada; 70,7% afirmam que é seu dever tomar conta dos

familiares, justificando que são contra esta atitude e outros preferiram não responder. Os

dados evidenciam a falta de confiança da sociedade em colocar seus parentes em abrigos,

mas, também, confirmam existir uma predisposição em utilizar os serviços destas instituições,

quando afirmam o desejo de continuar cuidando deles, o que não é inviabilizado ao escolher a

moradia nos abrigos. Inexiste uma consciência da sociedade para a real importância destas

instituições, a de manter a qualidade de vida e a socialização entre os idosos, que pode ser

reforçada com o apoio e o acompanhamento das famílias. Os abrigos devem buscar o

fortalecimento da imagem como uma instituição de qualidade, que dispõe de uma infra-

estrutura adequada e que oferece o amparo como seu maior serviço, dispondo de cuidado,

atenção, amor e carinho, muitas vezes não encontrados no seio familiar em decorrência do

dia-a-dia agitado dos mantenedores das residências.

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205

Gráfico 74 – Conhece ou já ouviu falar no Abrigo Mariana Magalhães

14,75% 14,5%

70,75%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

Conhece ou já ouviu falar no Abrigo

Mariana Magalhães

Sim, conheço

Não, já ouvi falar

Não nuca ouvi falar

Quando questionados sobre o conhecimento do cliente em questão, 70,75% dos entrevistados

disseram não conhecer a instituição, o que comprova que a sociedade não conhece o trabalho

desenvolvido pelo AMMA, dificultando a prospecção de parcerias e captação de recursos;

14,75% afirmam conhecer e 14,5% dizem que apenas já ouviram falar. O resultado obtido

evidencia a falta de investimentos em divulgação da instituição devido à carência de recursos,

o que, por sua vez, implica no desconhecimento do abrigo perante a sociedade. É crucial a

existência de um plano de comunicação que trabalhe a imagem institucional do AMMA, pois,

“A imagem prévia permite aos públicos distinguir, por exemplo, as diversas ofertas colocadas

à sua disposição e, no momento da compra, decidir-se pelo produto (serviço) que está

favoravelmente posicionado” (CESCA et al., 2006, p. 43-4). Este plano objetiva torná-lo

conhecido e promovê-lo, para que assim seja iniciado o processo de aproximação dele para

com seus públicos estratégicos.

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206

Gráfico 75 – Caso a resposta seja SIM, de que forma

55,9%

1,7%

11,9%

0,0%

16,9%13,6%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Caso a resposta seja Sim, de que forma

Através de

conhecidos e

parentesAtravés de

Jornal/Revista

Através de

Rádio/Televisão

Através da

Internet

Passando pelo

local

Outros

Com base nos dados que o gráfico apresenta, procuramos analisar a resposta dos que

afirmaram conhecer a instituição e observamos que 55,9% conheceram o abrigo através de

conhecidos e parentes; 1,7%, através de jornal/revista; 11,9%, pelo rádio/televisão; 13,6%

assinalaram outros; 16,9% disseram que foi na passagem pelo local onde o abrigo está situado

e ninguém marcou a opção através da internet. Fica comprovado com base no resultado obtido

que as pessoas conhecem o abrigo através da comunicação informal, ou seja, oralmente. De

acordo com Kunsch (2003, p.83), esta rede informal surge da necessidade de informações

“confiáveis e seguras” a curto prazo, garantidas pela flexibilidade e espontaneidade da

mesma, muitas vezes, não encontradas na rede formal. A comunicação informal deve

suplementar a formal, mas não substituí-la; a primeira é mais acessível e ágil, porém pode

causar danos à imagem da instituição devido à falta de controle. Logo, investir em

comunicação formal é a melhor maneira para que se consiga promover a imagem

institucional, diminuindo os riscos de informações erradas e danosas.

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207

Gráfico 76 – Caso a resposta seja SIM, em qual bairro fica localizado

57,6%

11,9%

28,8%

1,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Caso a resposta seja Sim, em qual bairro

fica localizado

Barris

Não sabe

Piedade

Saúde

Para nos certificarmos daqueles que disseram conhecer o abrigo, perguntamos em que bairro

está situado o Abrigo Mariana Magalhães e 57,6% disseram Barris; 28,8% afirmaram ser na

Piedade; 11,9% disseram que não sabe e 1,7% disse estar localizado no bairro da Saúde. De

acordo com o gráfico, podemos perceber que o público ainda está confuso em relação à

localização do abrigo. Um dos fatores que pode influenciar nesta incerteza da localização é a

falta de uma comunicação externa eficaz24

, uma identidade visual que seja facilmente

identificada, para que seus públicos tenham conhecimento de sua marca. Este tipo de

comunicação deve ser “capaz de levar a um grande número de pessoas, rapidamente, uma

mensagem, atingindo diferentes públicos de forma indistinta e simultânea” (CESCA, 2006,

p.38). Assim, faz-se necessário a reestruturação da sinalização externa do abrigo, que essa

seja repensada de acordo as premissas da comunicação dirigida, que venha a comunicar a

filosofia da instituição e seja de fácil compreensão e bem localizada.

24

De acordo com Silveira Bueno (1996, p. 226), a eficácia está relacionada à produção de efeito, de resultados

de qualidade, satisfatórios.

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208

Gráfico 77– Você ou um membro da família ajuda ou já ajudou algum abrigo de idosos

67,8%

32,3%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

Você ou um membro de sua familia ajuda

ou já ajudou algum abrigo de idosos

Não

Sim

Buscando identificar os indivíduos dispostos a ajudar abrigos de idosos, constatamos que

67,8% nunca ajudaram estas instituições e 32,2% afirmam prestar algum tipo de ajuda. A

divulgação da marca institucional é de fundamental importância para a organização, pois a

partir dessa ação comunicacional, a sociedade conhece a instituição e assim, passa a contribuir

com o trabalho desenvolvido. Nesse sentido, verificamos que essas instituições necessitam de

investimento nas campanhas institucionais, pois os dados apresentados demonstram que

grande parte do público entrevistado não ajuda os abrigos de idosos, significando que os

indivíduos abordados precisam ser sensibilizados para as causas sociais.

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209

Gráfico 78 – Abrigos ajudados pelos entrevistados

29,5%

7,8%6,2%

5,4%

10,0%8,0%8,0%

30,2%

9,3%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

Abrigos ajudados pelos entrevistados

Dom Pedro II

São Salvador

AMMA

Irmã Dulce

Maria Luiza

Lar Franciscano

Santa IsabelSão Lazáro

Não recorda

Outros

Procuramos analisar, com base nas respostas dos que dizem ajudar essas instituições, quais

são os abrigos na cidade de Salvador que recebem contribuições da sociedade e verificamos

que 29,5% dizem doar para o Abrigo D.Pedro; 7,8%, para o São Salvador; 6,2% disseram

AMMA; 5,4% afirmam doar para o Irmã Dulce; 10,0% doam para o Maria Luiza; 0,8%, Lar

Franciscano Santa Isabel; 0,8%, São Lázaro; 30,2 dizem não recordar e 9,3% assinalaram

outras instituições. É observado que o AMMA representa uma fatia pequena na distribuição

de doações. Podemos relacionar este fato à falta de uma comunicação integrada, que

contemple a comunicação institucional, a mercadológica, a interna e a administrativa; capaz

de promover a imagem da instituição, comunicar a sua filosofia e sua causa, para assim

sensibilizar a população soteropolitana para a necessidade de apoio e de parceiros nesta

caminhada, conseguindo o auxílio dela para a manutenção da qualidade do serviço oferecido

às idosas. Segundo Kunsch (2003, p.150), “são essas formas de comunicação que permitem

uma organização se relacionar com seu universo de públicos e com a sociedade em geral” e,

desta maneira, atingir seus objetivos estratégicos, cumprindo sua missão e visão e cultivando

seus valores.

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210

Gráfico 79 – Que tipo de referência levaria em conta ao escolher um abrigo de idosos para

realizar uma doação

13,0%

34,0%

22,3%

12,3%11,8%

6,8%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

Que tipo de referência levaria em conta ao

escolher um abrigo de idosos para realizar

uma doação

Informação da

mídia

Outra pessoa

Própria

instituição

Membro da

própria

instituiçãoOutras fontes

Não tem opinião

Para identificar o interesse dos indivíduos entrevistados na pesquisa em realizar uma doação,

procuramos averiguar que tipo de referência levaria em conta na sua escolha, e observamos

que 13,0% acreditam no poder da mídia; 34,0% concordam que o comentário de outra pessoa

é fundamental; 22,3% preferem o contato com o próprio funcionário da instituição; 12,3%

preferem ver o material elaborado pela própria instituição; 11,8% assinalaram outras fontes e

6,8% dizem não ter opinião. A opinião dos púbicos predominou como referência do trabalho

desenvolvido pelos abrigos, demonstrando a importância de munir a opinião pública de

informação. Como afirma Wey (1986, p. 25)

há a necessidade de uma alimentação permanente e regular de informações

que orientem os indivíduos e permitam que eles sustentem ou modifiquem

este ou aquele conceito. Pois é a partir desses conceitos [...] que depende o

sucesso de uma empresa, [...] de uma causa.

Logo, as relações públicas devem monitorar a opinião pública, prevendo suas atitudes, para

assim ajudar a organização a “formar sua personalidade”, alcançando seus objetivos e

auxiliando os públicos a atender as suas necessidades. E, por fim, através da função

mediadora, convergir à compreensão mútua entre a organização e seus públicos, criando

condições para uma imagem e opinião favorável (WEY, 1986, p. 27).

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211

De acordo com Cesca et al (2006, p. 43), as relações públicas objetivam “trabalhar com os

públicos para que, surgida a emergência, tenhamos autênticas opiniões formadas em nossa

defesa”.

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212

Gráfico 80 – Como gostaria de colaborar, caso esteja disposto a ajudar um abrigo de idosos

31,3%

15,8%

21,5%

30,0%

1,5%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

Como gostaria de colaborar, caso esteja

disposto a ajudar um abrigo de idosos

Voluntáriado

Recursos

Financeiros

Recursos

Materiais

Notas

Fiscais

Outras

De acordo com o gráfico, observamos que 30,0% preferem colaborar com a doação de notas

fiscais; 31,3%, através do trabalho voluntário; 21,5% optaram por recursos materiais; 15,8%

disseram recursos financeiros e somente 1,5% assinalou outras, não definindo sua iniciativa

no ato da colaboração. O resultado evidencia que a sociedade está disposta a ajudar através da

mão de obra e das notas ficas, duas maneiras que não requerem custos para quem ajuda.

Observa-se que os entrevistados que assinalaram os quesitos recursos são em menor

quantidade, corroborando a falta de confiança que as pessoas têm em doar recursos para as

instituições, devido à falta de uma reputação idônea. As pessoas precisam conhecer a

instituição para qual farão a doação ou o trabalho voluntário, logo faz-se necessário um plano

de comunicação que estude os grupos de influência, os relacionamentos, os processos e fluxos

comunicacionais do Abrigo e, com isso, defina estratégias de comunicação e ações capazes de

promover a imagem institucional e comunicar a filosofia, tornando-o, assim, conhecido

perante a sociedade baiana e estreitando as relações com os públicos-alvos.

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213

Gráfico 81 – Como gostaria de tomar conhecimento das ações desenvolvidas pelo abrigo

22,5%

13,8%

42,0%

19,8%

1,8%0,3%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

Como gostaria de tomar conhecimento

das ações desenvolvidas pelo abrigo

Internet

Jornal Institucional

Visitas

Boletim

Outros/ internos

Outros/ amigos

Com base nos dados apresentados no gráfico, procuramos analisar de que forma as pessoas

gostariam de tomar conhecimento dos trabalhos realizados pelos abrigos de idosos e

verificamos que 42,0% acreditam serem de extrema importância as visitas à instituição;

22,5% preferem conhecer através da internet; 13,8%, pelo jornal institucional; 19,8%, através

de boletins informativos; 1,8% assinalou outras e apenas 0,3% disse por outros amigos. Os

dados demonstram que os entrevistados relacionam o fato de ajudar a instituição ao ato de

conhecê-la, visitando-a e vivenciando a sua rotina diária, para desta forma comprovar a

autenticidade e a veracidade dos trabalhos desenvolvidos e da causa defendida. Logo,

políticas de comunicação que venham a abrir as portas da instituição para seus parceiros e

possíveis doadores e voluntários, é uma ferramenta de relações públicas capaz de aproveitar a

disposição da sociedade em querer conhecer o trabalho desenvolvido no abrigo, como

demonstram os dados acima. Este contato com a instituição, ou este estreitar de relação, é

fundamental para que as pessoas possam conhecer, vivenciar e promover a causa

institucional, aprendendo sobre a história, comprovando a qualidade dos serviços e formando

uma opinião favorável acerca do abrigo, que será propagada através da comunicação

informal, um importante auxílio à comunicação institucional.

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214

8.3.4.Análise do grupo focal aplicado ao público interno

Para corroborar ou refutar as informações conseguidas através da pesquisa quantitativa,

realizou-se uma pesquisa qualitativa, grupo focal, no dia 15 de abril de 2008, na sala de

reunião do Abrigo Mariana Magalhães. Foram escolhidos seis colaboradores, sendo cinco

funcionários e uma estagiária, de acordo com os critérios da pesquisa, que consideraram

algumas características homogêneas, como o nível de instrução. Em contrapartida, os critérios

heterogêneos considerados foram: a função desenvolvida, o tempo na instituição e a avaliação

da instituição feita na pesquisa quantitativa. Também, buscaram-se opiniões divergentes ou

diferentes, que enriquecessem as discussões. (GATTI, 2005, p.19)

Para a realização do grupo foi escolhido um local que favorecesse a interação, logo uma sala

ampla, com uma mesa redonda, que acomodasse a todos os entrevistados mais o moderador,

facilitando o encontro face a face. Por ter uma decoração barroca com móveis antigos, a sala

tinha cadeiras acolchoadas, permitindo um conforto durante a realização, que perdurou das 15

horas às 16h30min. Por ter sido realizado em horário comercial, a instituição organizou a

efetivação dos serviços no turno oposto, não atrapalhando o andamento das atividades.

O grupo foi moderado por Jeferson Ribeiro, que encaminhou o tema e fez intervenções para

facilitar as trocas, mantendo os objetivos. Esta pesquisa qualitativa pretendia revelar os

sentimentos, as reações, as atitudes, as opiniões, as experiências, as interações e percepções

dos colaboradores sobre a instituição; conhecendo o processo de comunicação do abrigo e

determinando até que ponto este interfere na forma como os colaboradores percebem a

imagem institucional.

Para uma melhor análise do grupo, a equipe se dividiu, ficando na função de observadoras:

Ana Cláudia Reis, Ana Luiza Oliveira, Bruna Nascimento, Jocilene Silva, Larissa Dourado e

Luciana Barbosa; e relatores: Everton Santos, Iva Regina Brito e Lucimeire Santos.

Os componentes do grupo foram informados pelo moderador do caráter ético e sigiloso das

informações coletadas. Todos concordaram em disponibilizar suas opiniões acerca do tema

proposto. O moderador seguiu um roteiro para orientar as discussões, criado de maneira a

estimular a interação e sendo aberto para permitir ajustes ou mudanças pertinentes e que

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215

auxiliassem no desenvolvimento da pesquisa. Os temas abordados foram: o conhecimento da

causa do AMMA, o processo de tomada de decisão, o fluxo de informações, os instrumentos

de comunicação, o conhecimento da filosofia do AMMA, o trabalho desenvolvido por eles no

abrigo, a satisfação e a motivação em trabalhar na instituição, a expressão de opiniões e as

modificações causadas pelo AMMA nas vidas dos colaboradores.

De acordo com Gatti (2005, p. 12), “os participantes precisam sentir confiança para expressar

suas opiniões e enveredar pelos ângulos que quiserem, em uma participação ativa”. Após a

apresentação e a devida identificação dos objetivos e da natureza dos dados a serem coletados,

foi apresentada a música Telegrama, do cantor e compositor Zeca Baleiro. O moderador a

relacionou ao poder de transformar, à capacidade de satisfazer e motivar que algumas coisas

ou pessoas têm ou desenvolvem, uma vez que ela fala:

Eu tava triste. Tristinho! Mais sem graça que a top-model magrela na

passarela. Eu tava só. Sozinho! Mais solitário que um paulistano [...] Mas

ontem eu recebi um telegrama, era você de Aracaju ou do Alabama.

Dizendo: Nêgo sinta-se feliz. Porque no mundo tem alguém que diz: Que

muito te ama! [...] Por isso hoje eu acordei com uma vontade danada de

mandar flores ao delegado, de bater na porta do vizinho e desejar bom dia,

de beijar o português da padaria.25

Os componentes relacionaram-na com o dia-a-dia, afirmando que eram motivados pela

família, pelo trabalho, pelos sentimentos de alegria e pela necessidade. Foi observado

inquietação e nervosismo, mas que podem serem justificados pelo baixo nível de escolaridade

e pela inexperiência em participar de atividades deste tipo. As respostas dadas indicam a

motivação como uma vontade de realizar algo em prol de quem se gosta, atendendo a

sentimentos de vitória e realização, justificando o trabalho como uma forma de melhoria de

vida.

Isto pode ser confirmado quando eles respondem sobre a motivação em trabalhar no AMMA.

Eles se mostraram satisfeitos em trabalhar na instituição, justificando essa informação ao falar

o tempo de serviço, como: ”trabalho aqui há 22 anos e esse Abrigo é minha vida”. Os mais

novos associaram a atual experiência às anteriores, fazendo um contraponto, demonstrando

que o emprego atual os motiva por ser melhor que os anteriores, mas ainda deixando a

desejar. Também relacionaram o ato motivacional ao convívio com as idosas, segundo eles,

elas lhes dão um tratamento humano e caloroso, havendo a integração e a interação entre eles,

25

A música Telegrama faz parte do CD Baladas do Asfalto e Outros Blues (ao vivo), de Zeca Baleiro. A letra

está disponível em www.zecabaleiro.com.br.

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216

que se dispõem a ajudá-las mesmo em situações que não fazem parte de seus serviços.

Afirmam que: “todo trabalho é gratificante quando elas nos recebem com tanto carinho” e

“elas demonstram que gostam da gente, perguntam todos os dias pelos filhos e marido, isso é

bom”. Logo, o grande fator motivacional é a convivência com as idosas, que supera a

remuneração e se configura como um grande agente modificador de condutas, melhorando o

serviço oferecido às internas, uma vez que ele perde o caráter de obrigação e ganha o status de

gratificação. O que pode ser comprovado através das seguintes afirmações: “o trabalho aqui

no Abrigo é tranqüilo, em relação aos outros trabalhos que já tive” e “estou feliz com o meu

trabalho, gosto muito do que faço”.

A maioria dos componentes apontou a relação com as abrigadas como o fator de satisfação

em trabalhar na instituição, como também o respeito que a instituição tem por eles e as

oportunidades que ela lhes proporcionou. Esta afirmação pode ser observada nas seguintes

respostas: “estou satisfeito com o que faço, as idosas são muito carinhosas com a gente”,

“sempre fui bem recebida pelas idosas, isso me motiva a trabalhar” e “eu gosto das idosas e

estaria aqui mesmo sendo voluntária“. Como a realização do sonho da casa própria, os

conceitos religiosos e ensinamentos aprendidos no abrigo que servem de base para a sua vida,

a troca de experiência e o aprendizado com as vivências das abrigadas, entre outros. Quando

este fator é relacionado à remuneração, eles vêem os valores dos salários como uma realidade

brasileira, não sendo uma situação restrita ao abrigo, não culpando a direção pelo valor

mínimo pago e nem demonstram insatisfação ao falar disto. As informações obtidas

confirmam que, se existem outros fatores que superem as expectativas dos colaboradores, a

remuneração torna-se um fator indiferente e compreensível.

As informações sobre a motivação e a satisfação refutaram as hipóteses de que os

colaboradores eram desmotivados e insatisfeitos, colaborando, posteriormente, para a

construção do perfil deste grupo de interesse.

Sendo uma peça fundamental para o desenvolvimento das organizações, os colaboradores

devem expressar suas idéias e opiniões. A liberdade de expressão está presente no Abrigo,

mas, os colaboradores ainda a fazem de forma tímida. Eles não se omitem, mas, por não se

sentirem seguros, muitas vezes, eles preferem se expressar com os colegas e não com a

direção. Isto pode ser confirmado pelas seguintes afirmações: “na reunião, às vezes a gente

fala e eles ouvem” e “a gente fala e às vezes a coordenadora ouve”. Não existe uma omissão

da organização ao tomar as decisões, mas, sim, existe uma falta de meios para que os

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217

colaboradores se expressem mais abertamente, até mesmo nos meios existentes, estes

poderiam ser otimizados, para que, assim, todos pudessem opinar, sugerir e criticar sem medo

de ressalvas, criando um ambiente propício para o diálogo.

A pouca expressão dos funcionários ocasiona uma predominância do fluxo descendente de

comunicação. O que caracteriza, também, uma comunicação centralizada na direção, informal

e oral. Os colaboradores apontaram essa informalidade como a principal geradora de ruídos

comunicacionais, afirmando que “facilita mais se for escrito porque todo mundo pode ver” e

pode haver o reforço oralmente, “é bom que seja escrito, sendo bom falar também”. Eles

também afirmaram que “era bom se tivesse um lugar onde fossem expostas as informações,

porque aí saberíamos onde ir ver”. Logo, os colaboradores sentem a necessidade de uma

comunicação formal e de canais de comunicação de mão dupla, uma prática que já deveria ser

adotada pela organização, uma premissa da profissionalização, que ajuda a minorar os

resultados negativos dos ruídos e descentralizando as informações. Como, também, não há

uma representatividade dos colaboradores na tomada de decisão. Estes opinam sobre o dia-a-

dia, sobre as compras, sugerem produtos, mas não têm o direito a opinar nas decisões

administrativas, o que pode se tornar um fator desfavorável ao AMMA, pois cria insatisfação

e prejudica a imagem.

Ao discutir sobre a comunicação institucional, foi evidente o desconhecimento dos

colaboradores sobre a filosofia, a história e a causa do Abrigo, corroborando para a afirmativa

de que a comunicação é utilizada ineficientemente. Afirmar que a missão do Abrigo é “cuidar

e tratar das idosas” ou que o “Abrigo não tem nada que conte a sua história” comprova que

eles não conhecem profundamente o local onde eles trabalham, não sendo só uma falha

organizacional, visto que eles podem ler o livro acerca da criação da ordem e do Abrigo:

inexiste a vontade ou a curiosidade em saber. Logo, há a necessidade de uma conscientização

para a importância de se conhecer a instituição, pois a opinião pública considera primordial

obter informações das organizações através de quem trabalha nelas.

Os resultados obtidos no grupo focal apontam a necessidade de novas políticas e ações

direcionadas a este grupo de interesse do AMMA. Neste sentido a organização deve melhor

utilizar os meios de comunicação presentes, para, assim, estreitar o relacionamento com os

colaboradores e utilizar de sua motivação e satisfação a favor do Abrigo e das idosas. Foram

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218

aqui alcançados os objetivos de pesquisa, confirmando as hipóteses levantadas e

desmistificando os colaboradores como um grupo insatisfeito e desmotivado.

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219

8.4. Cruzamento dos dados

Sociedade

Para traçar o perfil dos entrevistados que afirmaram conhecer as instituições filantrópicas que

abrigam idosos realizamos o cruzamento dos dados para identificar a opinião da sociedade

soteropolitana e sua predisposição em contribuir com os trabalhos desenvolvidos por essas

instituições. Distinguimos, dentre os 400 (quatrocentos) questionários aplicados, os que foram

respondidos por pessoas que afirmaram conhecer as instituições filantrópicas que abrigam

idosos, resultando em 192 pessoas (Cento e noventa e dois). Segue abaixo as análises em

questão:

Gráfico - Você ou um membro da família ajuda ou já ajudou algum abrigo de idosos x

Quantas pessoas compõem o grupo familiar

56%

44%35%

65%

32%

68%

9%

91%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Não tem

familiar

02- 04

pessoas

05- 07

pessoas

Mais de 08

pessoas

Você ou um membro da família ajuda ou já ajudou

algum abrigo de idosas x Quantas pessoas

compõem o grupo familiar

Sim

Não

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220

Dos entrevistados que disseram não terem familiares, 56%, responderam que ajuda ou já

ajudou algum abrigo de idosos e 44%, não; com relação aos que tem no seu grupo familiar de

02 a 04 pessoas, 35%, disseram que sim e 65%, não; nos grupos de 05 a 07 pessoas, observa-

se que 32%, afirmam que sim e 68%, não e nas famílias que possuem mais de 08 membros,

9%, responderam que sim e 91%, não.

Diante dos dados apresentados, percebe-se que as pessoas que afirmaram não ter familiar,

mostram-se mais predispostos em ajudar as organizações filantrópicas que abrigam idosos e,

este fato pode ser considerado pela independência financeira desses, por não terem familiares

para dividirem as despesas, além do que, em virtude de não terem familiares, podem depender

dessas instituições futuramente.

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221

Gráfico - Conhece ou já ouviu falar no AMMA x Caso esteja disposto a ajudar algum abrigo

de idosos, que tipo de referência levaria em conta

14,0%

13,0%

43,0%

25,0%

21,0%

28,0%

12,0%

11,0%

5,0%

15,0%

5,0%8,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

Mídia Comentário

de outra

pessoa

Contato com

a Instituição

Meios de

Divulgação

Outras

fontes

Não tem

opinião

Caso esteja disposto a ajudar algum abrigo de idosos, que tipo de

referência levaria em conta x Conhece ou já ouviu falar no AMMA

Conhece

Já ouviu falar

Dentre as pessoas entrevistadas que afirmam conhecer o AMMA, 14% preferem as

informações da mídia quando tem interesse em realizar algum tipo de doação aos abrigos de

idosos; 43% levam em consideração o comentário de outra pessoa; 21%, preferem o contato

com a instituição; 12%, disseram meios de divulgação; 5,0%, outras fontes e 5,0%, não tem

opinião.

Diante dos dados apresentados, verifica-se que o comentário de outra pessoa prevalece nas

decisões dos entrevistados quando afirmam ter interesse em realizar algum tipo de doação.

Cabe a instituição utilizar-se de uma comunicação dirigida com esse público, visando mantê-

los informados para que assim, tenham uma boa imagem e um bom relacionamento com a

organização.

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222

Gráfico - Caso esteja disposto a ajudar um abrigo de idosos, como gostaria de colaborar x

Ocupação

23,0%

26,0%

15,0%

34,0%

2,0%

20,0%

23,0%

30,0%

27,0%

0,0%

38,0%

14,0%

12,0%

34,0%

2,0%

22,0%

19,0%

28,0%

31,0%

0,0%

39,0%

15,0%

19,0%

24,0%

3,0%

36,0%

12,0%

21,0%

27,0%

4,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

Comerciário Funcionário

Público

Autônomo Aposentado Estudante Outros

Ocupação x Caso esteja disposto a ajudar um abrigo de idosos, como

gostaria de colaborar

Voluntariado Recursos Financeiros Recursos Materiais Notas Fiscais Outras

Analisando a ocupação dos entrevistados, dos comerciários 23% afirmam que preferem ajudar

os abrigos de idosos caso estejam estão dispostos através do voluntariado, 26% com recursos

financeiros, 15%, recursos materiais, 34%, notas fiscais e 2% optam por outras alternativas;

dos funcionários públicos, verifica-se que 20%, preferem voluntariado, 23%, recursos

financeiros, 30% recursos materiais e 27%, notas fiscais; dos autônomos 39%, optam pelo

voluntariado, 14%, recursos financeiros, 12%, recursos materiais, 34%, notas fiscais e 2%

disseram outras; com relação aos aposentados, 22%, disseram optar pelo voluntariado, 19%,

recursos financeiros, 28%, recursos materiais e 31%, notas fiscais; dos estudantes 39%

preferem como forma de ajuda o voluntariado, 15%, recursos financeiros, 19% recursos

materiais, 24%, notas fiscais e 3%, outros e dos entrevistados que possuem outras ocupações

preferem ajudar com 36% através do voluntariado, 12%, recursos financeiros, 21%, recursos

materiais, 27%, notas fiscais e 4%, por outras formas de ajudas. É possível afirmar que

independente das ocupações as pessoas se mostram mais predispostas em ajudar com o

trabalho voluntário e notas fiscais.

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223

Colaboradores

Realizamos o cruzamento dos dados com os colaboradores/voluntários, delineando seu perfil

e considerando os fatores motivacionais, o grau de satisfação e conhecimento acerca da

história e causa da instituição.

Gráfico - Há quanto tempo trabalha no Abrigo Mariana Magalhães x Você conhece a história

do AMMA

28,6%

7,1%

100,0%

0,0%

80,0%

20,0%

100,0%

0,0%0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Menos de 6

meses

Entre 1 ano e 2

anos

Entre 2 e 5

anos

Mais de 5 anos

Há quanto trabalha no AMMA x Conhece a história do AMMA

Sim

Não

Dentre as pessoas, que afirmaram trabalhar no AMMA há menos de 6 meses, 28,6%

afirmaram conhecer a história do abrigo e 71,4% disseram que não; entre 6 meses e 1 ano,

100%, disseram não conhecer; entre 1 e 2 anos, 100%, afirmaram conhecer; entre 2 a 5 anos,

80%, disseram conhecer e 20%, afirmaram que não e dos que trabalham há mais de 5 anos no

abrigo, 100% disseram conhecer a história do AMMA.

Os dados demonstram um resultado positivo para a organização, partindo do pressuposto que

grande parte dos colaboradores conhecem a história do AMMA, fator este determinante para

os mesmos valorizar e divulgar a história da instituição.

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224

Gráfico - Se sente motivado a trabalhar no AMMA x Gostaria que oferecesse treinamentos

64,5%

33,5%

100,0%

0,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Motivados Desmotivados

Sente-se motivado a desenvolver seu trabalho no

abrigo x Gostaria que o abrigo oferecesse

treinamentos

Sim

Não

Das pessoas entrevistadas, que afirmaram estarem motivados em trabalhar no AMMA, 64,5%

disseram que gostaria que o abrigo oferecesse treinamentos e 33,5%, afirmaram que não; Dos

entrevistados que disseram estar desmotivados, percebemos que 100% disseram que não

gostariam que o abrigo realizasse treinamentos.

Tendo em vista o resultado apresentado, contata-se que o treinamento é uma ferramenta

motivacional onde há um benefício mútuo e que serve para fazer com que os colaboradores se

aperfeiçoem em suas funções, para assim, atingir excelência no desempenho das suas

atividades.

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225

Gráfico – Qual seu grau de satisfação com relação às moradoras x Imagem do AMMA

66,7%

33,3%

0,0%0,0%0,0%0,0%

42,9%

35,7%

14,3%

0,0%0,0%0,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Muito Satisfeito Satisfeito

Qual seu grau de satisfaçao com relaçao as moradoras x Qual a

imagem tem do AMMA

Ótima

Boa

Regular

Ruim

Péssimo

Não tem opinião

Dos entrevistados que afirmaram estar muito satisfeitos na relação com as moradoras, 66,7%

têm uma ótima imagem do AMMA e 33,3%, boa; os que disseram estarem satisfeitos, 42,9%

têm uma ótima imagem, 35,7%, boa; 14,3%, regular e 7,1% não têm opinião. Para realizar o

cruzamento dos dados, não foram considerados os quesitos Indiferente, Insatisfeito e Muito

Insatisfeito, uma vez que não houve resposta.

As boas relações internas contribuem para o favorecimento do relacionamento entre

colaboradores e clientes e, consequentemente, na construção de uma imagem positiva com

relação à instituição. Logo, os dados apresentados comprovam que os entrevistados possuem

relações favoráveis com as clientes e percebe o AMMA com uma boa imagem, sendo esta,

fundamental para as organizações fazerem-se percebidas diante dos seus diversos públicos.

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226

Moradoras

A análise do cruzamento dos dados com as clientes teve como fator determinante para traçar

seu perfil, o grau de satisfação das moradoras com relação ao serviço oferecido no AMMA,

bem como, o relacionamento com a organização.

Gráfico - É informado sobre as mudanças que ocorrem no AMMA x Você lê as informações

fixadas nos murais

92,8%

7,2%

50% 50%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

É informado Não é informado

Tem conhecimento das mudanças que ocorrem

no AMMA x Lê as informações fixadas nos murais

Sim

Não

Dentre as moradoras entrevistadas que afirmaram ter conhecimento das mudanças que

ocorrem no abrigo, 92,8% costumam ler os murais e 7,2% disseram que não e os que

afirmaram não ter conhecimento das mudanças ocorridas, 50% disseram que lêem os murais e

50% afirmaram que não.

Fica evidente que a ferramenta utilizada pela instituição para transmitir informações às

moradoras tem eficiência no resultado esperado, quando 92,8% afirmaram estarem

informadas através dos murais.

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227

Gráfico - Relação com as demais idosas x Qual andar seu quarto está localizado

66,7%

33,3%

0,0%

42,9% 42,9%

14,2%

0,0%

100,0%

0,0%

11,1%

77,8%

11,1%

0,0%

50,0%50,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2 °

Subsolo

Subsolo

Térreo 1° Andar 2 ° Andar

Em qual andar fica localizado o quarto x Como se dá sua

relação com as demais moradoras do abrigo

Ótima

Boa

Regular

Dentre as moradoras que disseram ter seu quarto localizado no 2º subsolo, 66,7% respondeu

que tem uma ótima relação com as moradoras e 33,3% afirmaram que boa; dos que estão

situados no 1º subsolo, 42,9% disseram que tem uma ótima relação, 42,9%, boa e 14,2%,

regular; 100% dos que têm seu quarto localizado no térreo, responderam que tem uma boa

relação com as moradoras; 11,1% que tem seu quarto situado no 1º andar não têm opinião,

77,8% afirmaram ter uma boa relação e 11,1%, regular e as moradoras que têm seu quarto

localizado no 2º andar, 50% afirmaram que tem uma boa relação e 50% disseram que regular.

Diante das moradoras que tem seu quarto localizado no térreo, 100% afirmam ter uma boa

relação com as demais, porém, das que têm seu quarto localizado no 2º andar, 50% afirmam

ter uma relação regular com as outras abrigadas, ratificando a necessidade da instituição

utilizar-se de estratégias que visem aproximar e integrar as moradoras, para que haja

socialização entre elas.

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228

Gráfico - O Abrigo Mariana Magalhães está correspondendo às suas expectativas x Há

quanto tempo reside no abrigo

100,0%

0,0%

100%

0%

100%

0%

100%

0%

80%

20%

100%

0%0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

1 ano 1- 5

anos

6 -10

anos

11- 15

anos

16- 20

anos

+ de 20

anos

Há quanto tempo reside no Abrigo x O AMMA está

correspondendo às suas expectativas

Sim

Não

Das pessoas entrevistadas, que afirmaram ter suas expectativas correspondidas pelo abrigo,

aparecem com 100% cada, as opções residem no abrigo há 1 ano, 1 a 5, 6 a 10, 11 a 15 e mais

de 20 anos, já as moradoras que residem na instituição de 16 a 20 anos, 80% tem suas

expectativas correspondidas pelo abrigo e 20%, afirmaram que não.

Os dados obtidos no cruzamento evidenciam que grande parte das entrevistadas, confirma ter

suas expectativas correspondidas pelo abrigo. Porém, as entrevistadas que residem na

instituição de 16 a 20 anos, 20% afirmam não ter suas expectativas correspondidas pelo

AMMA, o que evidencia a necessidade da instituição identificar o motivo pelo qual as

moradoras não têm suas expectativas atendidas em relação ao serviço oferecido na

organização.

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229

8.5. Considerações Finais

Tendo em vista a importância do instrumento de pesquisa no planejamento de Relações

Públicas, buscamos através da pesquisa quantitativa e qualitativa, definir o perfil dos públicos

estratégicos da organização. Com este intuito, analisamos a iniciativa do público externo

(sociedade) em ajudar as instituições do terceiro setor. Também, avaliamos a satisfação do

público externo (clientes) quanto ao serviço oferecido pelo AMMA e identificamos o grau de

motivação do público interno (colaborador/voluntários), considerando o sentimento de

integração e conhecimento da filosofia institucional, fatores determinantes para o

desenvolvimento de suas atividades e crescimento da instituição.

A partir da pesquisa, podemos conhecer em que extensão o público está informado; o que o

público pensa e faz; o que o público está planejando fazer em futuro próximo; como pensa e

reage o público ante as decisões tomadas pela empresa ou instituição; qual será a atitude do

público em relação a ações que estão sendo planejadas pela empresa ou instituição e quais as

necessidades do público e que medidas devem ser adotadas pela empresa ou instituição a fim

de satisfazer essas necessidades. (ANDRADE, 2003, P. 67)

Os dados obtidos na pesquisa nos permitem analisar que o abrigo não possui uma estrutura

adequada para o fluxo de comunicação, ratificando a hipótese de que comunicação interna é

improvisada e informal, não sendo direcionada de acordo com o público, o que cria ruídos

comunicacionais. Com base nisso, foi implementada a ação “AMMA em Pauta”. Ainda diante

dessa hipótese, surge a necessidade de estruturar a sinalização interna, implantando a ação “É

por Aqui” e “AMMA Conta Sua História”.

Após analisarmos os dados, verificamos que a hipótese levantada sobre o desconhecimento do

público interno e externo com relação à identidade organizacional tem fundamento,

justificando a necessidade de elaborar a placa de missão e visão para que os públicos possam

ter conhecimento da filosofia organizacional. Com base nesse contexto, surge a Ação 4:

“Conhecer é Preciso”.

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230

Através de algumas observações, detectamos a necessidade do AMMA ter um instrumento

formal que comunique sua história, sua filosofia, missão e visão. É preciso estruturar os

serviços, mostrando compromisso e demonstrando a preocupação da instituição em oferecer

um serviço com qualidade aos seus públicos, proporcionando bem estar, dando visibilidade

perante a sociedade e, assim, facilitando a prospecção de parcerias e captação de recursos para

ajudar no sustento da instituição, melhoria e implementação de novos serviços. Logo, surge a

ação “Conheça o AMMA”.

Uma organização que deseja ter uma boa imagem diante dos seus diversos públicos deve

inicialmente investir na qualidade de vida do público interno, pois este é o reflexo da

instituição perante o meio social. É preciso reconhecer o trabalho desse público e possibilitar

meios para que sintam-se motivados para o bom desempenho das atividades. Diante da

necessidade dos colaboradores, verificamos que 53% do público interno afirmaram não ter um

meio de qualificação profissional. Nesse contexto, é realizada a ação “Sou AMMA Sim”.

As possíveis eventualidades ocorridas numa instituição precisam ser comunicadas aos

públicos, para que assim os mesmos tenham conhecimento das mudanças que vão interferir

no seu modo de vida. Na pesquisa com o público externo (clientes), identificamos que 63,64%

das moradoras afirmam ter conhecimento das mudanças que ocorrem no abrigo. Para isso, foi

realizada a ação “AMMA em Obras”.

De acordo com a pesquisa realizada com as clientes, verificamos que 13,64% das moradoras

afirmaram ter uma relação regular com as demais abrigadas. Esse dado demonstra a

necessidade de reverter o quadro apresentado. Assim, surge a ação “Semeando um Sorriso”.

Ratifica-se diante da hipótese levantada na pesquisa que um dos principais problemas

enfrentados pela instituição está relacionado à sua falta de visibilidade perante a sociedade.

Para minimizar os efeitos causados por essa situação, foi realizada a ação “Quem AMMA

Doa” e “AMMA em Canto”.

É relevante destacar que 70,75% do público externo (Sociedade) entrevistado afirmou

desconhecer o trabalho desenvolvido pelo Abrigo Mariana Magalhães, o que corrobora a falta

de parceiros para ajudar na causa que a instituição propôs abraçar. Como sabemos que a mídia

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231

é um meio de comunicação de grande repercussão, foi implementada a ação “AMMA em

Imagens”.

Os bons contatos com a comunidade precisam ser bem geridos sempre pelos profissionais de

Relações Públicas, pois esse público tem forte influência nas decisões tomadas pelas

instituições, uma vez que é presente na realidade de uma organização que busca a mútua

satisfação dos interesses. Para estreitar a relação com esse público, foi realizada a ação

“Comunidade AMMA”.

Pensando na importância e nas vantagens que ambas as partes podem obter com a prática da

responsabilidade social, demos início ao processo de aproximação com as empresas através de

um e-mail. Este faz parte de uma das novas formas da comunicação, ou seja, a era virtual. É

válido ressaltar que 97,2% do público externo (sociedade) entrevistado concordam que é

dever das empresas privadas contribuírem com as organizações não governamentais que

abrigam idosos.

Perguntamos na entrevista com o público externo (sociedade) como as pessoas gostariam de

tomar conhecimento das ações desenvolvidas pelas instituições que abrigam idosos e

verificamos que 13% optam pela divulgação na mídia. É de suma importância estabelecer

uma relação de confiança com a imprensa, para que esta possa noticiar informações

pertinentes sobre os projetos desenvolvidos pela instituição. Nesse sentido, surge a ação

“AMMA Informa”.

Um dos objetivos específicos da pesquisa foi determinar a imagem do abrigo perante a

sociedade. O desconhecimento desta com relação à instituição pode ser ratificada quando

70,75% da população soteropolitana afirmou não conhecer o AMMA e apenas 16,9% disse

conhecer na passagem pelo local. Os dados evidenciam que a instituição carece ter sua

identidade visual fixada na mente das pessoas. Diante desse resultado, fica comprovada a

necessidade da instituição ter sua identidade visual reconhecida diante dos seus públicos

estratégicos.

Os estudos realizados demonstram como a pesquisa é indispensável na vida do profissional de

relações públicas, uma vez que serve de instrumento de mensuração para corroborar os

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232

objetivos e estratégias, servindo de base para a implementação das ações e assim, alcançando

o objetivo proposto.

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233

9. ANÁLISE DE PFOA

A partir das pesquisas aplicadas com os públicos interno e externo e da análise da realidade

do Abrigo Mariana Magalhães, o G1 percebeu as potencialidades, as fragilidades, as

oportunidades e as ameaças, o que permite à instituição estabelecer uma postura estratégica.

De acordo com Oliveira (2001, p. 129), “a postura estratégica da empresa é estabelecida por

uma escolha consciente de uma das alternativas de caminho e ação para cumprir a sua

missão”. Desta maneira, a instituição poderá se orientar no estabelecimento das estratégias,

de médio ou longo prazo.

Para avaliar a predominância dos fatores macro e microambientais foram estabelecidos

critérios estruturados, a partir da metodologia para fixação da prioridade desenvolvida por

Kepner e Tregoe (apud OLIVEIRA, p.130). Este procedimento, avalia a gravidade, a urgência

e a tendência (GUT) destes fatores.

Os autores desta técnica consideram a gravidade “tudo aquilo que afeta profundamente o

objetivo da empresa”, avalia o nível do dano ou prejuízo causado por essa situação. O aspecto

urgência, considera “o resultado da pressão do tempo que o sistema sofre” e pondera o tempo

que se tem para que sejam tomadas ações para solucionar a situação. Já a tendência, é vista

como ”o padrão de desenvolvimento da situação”, sendo julgada de acordo com a forma e a

intensidade de atuação da organização.

A seguir, estão dispostas, de acordo a metodologia GUT, as potencialidades, as fragilidades,

as oportunidades e as ameaças do AMMA, em ordem decrescente.

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234

9.1. Potencialidades do AMMA

O Abrigo apresenta uma boa infra-estrutura, que favorece no desenvolvimento de suas

atividades;

O título de Entidade Filantrópica e de Utilidade Pública, que lhes concede a imunidade

tributária, destinando uma menor receita para os gastos com impostos;

Os funcionários estão satisfeitos em trabalhar na instituição;

As abrigadas se mostram satisfeitas em viver no Abrigo;

Existe um convívio harmonioso entre os funcionários e as abrigadas;

Possíveis clientes demonstram interesse em viver no Abrigo através da lista de espera;

O Abrigo apresenta parcerias com instituições de ensino, que lhe envia estudantes para

o desenvolvimento de estágios supervisionados na instituição;

A localização do Abrigo facilita a visita de possíveis doadores;

O Abrigo apresenta uma boa relação com os concorrentes.

9.2. Fragilidades do AMMA

A sociedade soteropolitana não conhece o Abrigo, o que dificulta no processo de

decisão das doações;

Falta de uma comunicação eficaz com seus públicos;

Inexistência de uma política de captação de parceiras e recursos;

O Abrigo não divulga a sua filosofia para a sociedade soteropolitana;

O Abrigo não utiliza a sua marca;

O Abrigo tem uma péssima sinalização externa;

Atividades desenvolvidas por profissionais não qualificados;

Não há um planejamento estratégico;

Não há um gestor das atividades desenvolvidas no Abrigo;

Os altos custos na manutenção das abrigadas.

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235

9.3. Oportunidades de mercado

As Tecnologias da Informação e Comunicação auxiliando na manutenção da

qualidade de vida e da longevidade;

O desejo dos brasileiros em realizar trabalhos voluntários;

O incentivo do Estado às doações através da dedução no imposto de renda do doador;

O aumento da expectativa de vida dos brasileiros e a inversão da pirâmide etária,

demonstrando uma demanda crescente;

A estabilidade da economia brasileira e a valorização do Real estão propiciando as

doações e o auxílio de organizações internacionais;

O aumento do investimento do segundo setor em organizações sem fins lucrativos;

As empresas cada vez mais agem socialmente com responsabilidade, investindo no

terceiro setor e incentivando os seus funcionários a realizem trabalhos voluntários;

A feminização da velhice com o número maior de mulheres do que de homens idosos.

9.4. Ameaças de mercado

Os gastos com os medicamentos e as internações para o tratamento das doenças

tropicais causadas pelo clima soteropolitano;

A falta do reconhecimento do abrigo como instituição de utilidade pública municipal e

a possível perda da isenção e de incentivos fiscais;

O colapso do sistema previdenciário que coloca em risco a manutenção das

instituições, dependentes das aposentadorias dos idosos;

A desvalorização do idoso e da velhice, consequentemente, atingindo os abrigos, que

também, são desvalorizados e por isso não recebem investimentos e doações da

sociedade;

Aumento da quantidade de organizações filantrópicas, que disputarão mesmos

recursos.

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236

10. DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de Relações Públicas é uma avaliação geral de toda a organização realizado

com base em pesquisas quantitativas, qualitativas e análise de observação, com os seus grupos

de interesse, que nortearão a produção do plano de comunicação. Com base nos dados obtidos

na pesquisa quantitativa, realizada no mês de outubro de 2007, com as internas, colaboradores

e sociedade foi possível identificar os principais pontos norteadores dos problemas e das

oportunidades que o Abrigo Mariana Magalhães vivência nas relações com seus diversos

públicos.

De acordo com França e Freitas (2002, p. 132), o diagnóstico deve:

determinar, de forma reduzida, por meio de pesquisa e outros cuidadosos

levantamentos, a situação de uma organização, a natureza de sua filosofia

operacional e de pessoal, de sua comunicação, de seus relacionamentos

internos e externos, o tipo de conflitos que possa estar manifestando e a

necessidade que tem de providenciar recursos para fazer frente aos

problemas existentes na sua comunicação, para sana-los de forma eficaz e de

maneira diferenciada.

Desta forma, estão abaixo relacionados os fatores evidenciados na análise dos dados obtidos

no briefing, das pesquisas de opinião, de comunicação e institucional.

10.1. Problemas

Público Interno

Não existe um gestor da comunicação;

Comunicação interna deficitária, com utilização inadequada das ferramentas

comunicacionais;

Sinalização inadequada e insuficiente, com pouca visibilidade;

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237

Falta gestão dos recursos humanos;

Falta de políticas para integração, motivação e valorização dos colaboradores;

Centralização de informações na cúpula da organização;

Alto índice de informalidade na comunicação administrativa, ocasionado ruídos na

recepção das mensagens;

Fluxos de informações de mão-única, falta de participação dos colaboradores nas

decisões;

Pouca delegação de autoridade e responsabilidade.

Público Externo

Sociedade

Aproximadamente, 71% da sociedade não conhecem a existência do Abrigo

Inexistência de relacionamento com a imprensa;

Falta de campanhas para captação de recursos e parcerias;

A sinalização externa com pouca visibilidade.

Moradoras

Não têm conhecimento das atividades que são realizadas no Abrigo;

Nem todas as moradoras participam das confraternizações;

Não há integração entre as idosas.

10.2. Oportunidades

Público Interno

Aceitação da filosofia da instituição por parte dos colaboradores;

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238

Identifica-se o interesse em colaborar com o crescimento da instituição;

83% afirmaram estar satisfeitos com a relação com as abrigadas;

82% têm uma imagem positiva da organização;

94% estão motivados e satisfeitos em trabalhar no Abrigo.

Público Externo

Sociedade

92,6% afirmam reconhecer a importância que os abrigos de idosos realizam na

sociedade;

Interesse por parte da população em conhecer o trabalho desenvolvido pelos abrigos

de idosos;

Verifica-se disposição da sociedade em ajudar com doação de notas fiscais e

exercendo trabalho voluntário;

Moradoras

A existência de profissionais de Pedagogia, Enfermagem e Fisioterapia contribuem

para o desenvolvimento de atividades que proporcionam um maior bem estar para as

moradoras;

Respeito mútuo entre as moradoras;

77,27% das senhoras costumam ler as informações fixadas nos murais;

A localização do abrigo é de fácil acesso, favorecendo o deslocamento para suas

atividades.

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239

11. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO

11.1. Objetivos e Estratégias de marketing

11.1.1. Objetivo Geral

Contribuir para o fortalecimento da marca do Abrigo Mariana Magalhães, aumentando a sua

visibilidade. Os dados obtidos na pesquisa comprovaram que a sociedade soteropolitana

desconhece a instituição, aproximadamente, 71% dos entrevistados afirmaram não conhecer o

AMMA.

11.1.2. Objetivos Específicos

11.1.2.1. Objetivos Primários

Dar início a aproximação do Abrigo Mariana Magalhães (AMMA) com a sociedade

soteropolitana, visto que 58,3% dos entrevistados consideram muito importante o

trabalho desenvolvido pelos abrigos;

Criar novos valores e benefícios para as abrigadas, já que 95,45% afirmaram estar

satisfeitas com o serviço oferecido pelo abrigo;

Propagar a filosofia do AMMA.

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240

11.1.2.2. Objetivos Secundários

Captar recursos que auxiliem na auto-sustentação do AMMA;

Aumentar a receita do Abrigo.

11.1.3. Estratégias de Marketing

Criar ferramentas para divulgar o trabalho desenvolvido pelo AMMA (ver as ações

“Conheça o AMMA” e “AMMA em Imagens”);

Criar ferramentas estimule o bom relacionamento e a socialização entre as idosas (ver

a ação “Semeando um Sorriso”);

Promover eventos para disseminar a causa do Abrigo (ver as ações “Quem AMMA

Doa” e “AMMA em Canto”);

Gerar mídia espontânea, para reforçar a marca do AMMA (ver a ação “Quem AMMA

Doa”);

Buscar parceiras, promover campanhas de arrecadação e eventos (ver as ações

“Conheça o AMMA”, “Quem AMMA Doa”, “AMMA em Canto”, “Comunidade

AMMA” e “Seja AMMA Você Também”).

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241

11.2. Objetivos e Estratégias de Comunicação

11.2.1. Objetivo Geral

Promover a imagem do Abrigo Mariana Magalhães (AMMA), como uma organização

filantrópica, de utilidade pública e fortalecer o relacionamento com seus diversos públicos, no

período de março a junho de 2008.

11.2.2. Objetivos Específicos

11.2.2.1. Objetivos Primários

Formular e divulgar a identidade corporativa para os colaboradores e moradoras, visto

que, respectivamente, 41% não sabem da história da Instituição e 59,09% não

conhecem ou não responderam sobre a causa do Abrigo.

Aprimorar e incentivar a comunicação com seus colaboradores, com as moradoras e

com a sociedade;

Proporcionar uma melhor integração, qualidade de vida e socialização entre os

colaboradores no ambiente de trabalho;

Proporcionar uma melhor integração, qualidade de vida e socialização entre as

moradoras;

Tornar a Instituição conhecida perante a sociedade;

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242

Dar início a aproximação do Abrigo Mariana Magalhães (AMMA) com a sociedade.

11.2.2.2. Objetivos Secundários

Padronizar a identidade visual;

Estreitar e estruturar o relacionamento com a imprensa.

11.2.3. Estratégias de Comunicação

Promover atividades para conscientizar a direção do Abrigo a respeito da importância

do uso da identidade corporativa (ver as ações “É por Aqui” e “Conhecer é Preciso”);

Criar ferramentas para divulgar e promover a filosofia, a história e as atividades

realizadas pelo AMMA (ver as ações “AMMA em Pauta”, “AMMA Conta Sua

História”, “Conheça o AMMA”, “AMMA em Imagens”, “Conectado ao Mundo” e

“Dia-a-dia AMMA”);

Criar ferramentas para promover a marca do AMMA (ver as ações “Conheça o

AMMA”, “Quem AMMA Doa”, “AMMA em Canto”, “AMMA em Imagens” e

“Grande Dama”);

Desenvolver e estruturar canais de comunicação que propiciem as relações do AMMA

com seus públicos-alvos (ver as ações “Conheça o AMMA”, “Comunidade AMMA”,

“Seja AMMA Você também” e “AMMA Informa”);

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Realizar atividades motivacionais e de treinamento para incentivar a harmonia entre

os colaboradores, já que, 65% sentem a necessidade destas atividades (ver ação “Sou

AMMA Sim”);

Criar ferramentas para promover a integração entre as moradoras (ver as ações

“Semeando um Sorriso”, “O Sorriso de Quem AMMA” e “Dançar é Viver”);

Criar instrumentos para minimizar as possíveis conseqüências das mudanças

organizacionais no relacionamento do AMMA com seus públicos (ver ação “AMMA

em Obras”).

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244

12. AÇÕES IMPLEMENTADAS

12.1. “AMMA em Pauta”

Tipologia: Jornal Mural e Quadro de avisos.

Público alvo: Público interno e externo.

Objetivos

Manter os colaboradores e as abrigadas informadas sobre os assuntos administrativos;

Oferecer informações sobre a terceira idade e qualidade de vida;

Descentralizar as informações;

Divulgar o calendário da instituição.

Justificativa

A partir das observações do grupo e da análise da comunicação, constatou-se que as

ferramentas de comunicação administrativa utilizadas pelo Abrigo são informais e

ineficientes, os avisos e informações relevantes são fixados nas paredes de modo não atrativo,

sem uma padronização e estão dispersos pela instituição. Apesar dos dados da pesquisa

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245

apontar um acompanhamento destas ferramentas pelas abrigadas e pelos colaboradores, foi

observado que elas são desprestigiadas. O grupo percebeu a necessidade de reestruturá-las,

utilizando jornais murais e quadros de avisos padronizados, propondo uma comunicação

rápida e direta com os públicos, com um custo benefício satisfatório.

Mecânica

Jornal Mural

A comunicação dirigida auxilia na manutenção do bom relacionamento entre a organização e

seus públicos, para isso o grupo criou o jornal mural “De Olho no AMMA”. Para estruturá-lo,

utilizou-se do suporte de madeira e cortiça, um material de baixo custo que permite melhor

fixação das editorias. Com o intuito de torná-los mais atrativos e padronizados, o grupo

colocou, sobre a cortiça, plástico emborrachado azul com as bordas vermelhas, cores da

marca do Abrigo.

Definimos uma periodicidade mensal, de acordo com a quantidade de informação identificada

nas conversas com a coordenação do Abrigo. O grupo escolheu o conteúdo das editorias

através do diálogo com os públicos da ferramenta, para que fosse atendida a necessidade de

ambos, propondo uma comunicação dirigida que facilitasse as relações. Foram definidas as

seguintes sessões:

“Mensagem da Ministra”: aborda as vivências do Abrigo, trazendo uma

mensagem de carinho e uma palavra de conforto;

“Vida Saudável”: traz dicas de saúde e de qualidade de vida, respaldado em

informações dadas por especialistas;

“Vida Ativa”: contendo dicas de ginástica laboral e esporte, incentivando a

prática de atividades físicas para a manutenção da boa forma física e mental;

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246

“Nosso Cantinho”: espaço reservado aos colaboradores e moradoras, onde eles

podem expor suas idéias através de textos diversos;

“Reflexão”: textos que permitam aos leitores refletirem sobre a religião, causos

populares e mensagens.

O jornal mural foi fixado no hall de entrada do Abrigo, próximo à administração, que

funciona como uma espécie de sala de convivência, quando idosas sentam-se nas cadeiras

para conversar e os funcionários descansam durante os intervalos.

Para atingir o público específico que freqüenta as sessões de fisioterapia, a equipe criou o

jornal mural “FisioInforma”, com informações sobre fisioterapia, hábitos saudáveis para a

manutenção do corpo e da mente e fotos das confraternizações realizadas por eles. Ele foi

fixado no corredor que antecede a sala de exercícios, onde as abrigadas esperam para serem

atendidas.

Detectou-se a necessidade de criar um jornal mural para as moradoras que freqüentassem a

capela. O jornal “Falando com Deus” têm informações sobre os santos católicos, as datas

comemorativas, textos sobre a religião católica e orações franciscanas. O grupo reorganizou

as informações que eram dispostas na parede do corredor que antecede a capela,

padronizando-as e as colocou na estrutura do jornal mural. A localização foi mantida próxima

da capela.

As notícias colocadas nos jornais foram impressas em papel sulfite, com letras pretas e as

figuras coloridas. Privilegiaram-se matérias pequenas e de rápida leitura, facilitando a

compreensão e que fossem ilustradas, para atrair a atenção dos transeuntes.

Para dar continuidade à ferramenta e mantê-la, a equipe ficou responsável pela atualização

das noticias do jornal mural até junho de 2008. Após esse período foi estabelecida uma

parceria com a professora de Jornalismo II, Juciara Barbosa, docente da Universidade

Católica do Salvador, que será responsável pela atualização, promovendo-a junto a seus

alunos da disciplina Jornalismo II.

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247

Quadro de Avisos

O reconhecimento da realidade da instituição permitiu ao grupo detectar a necessidade de

reestruturação dos quadros de avisos utilizados pelo Abrigo. Diante da quantidade de

informações geradas pelo AMMA e por se tratarem de públicos distintos, foram criados três

quadros “AMMA Informa”: para as moradoras, localizado no primeiro andar próximo à

coordenação e ao telefone público; para os colaboradores, colocado na Sala dos

Colaboradores, onde eles descansam após o almoço; e para as estagiárias de enfermagem,

com informações sobre a rotina da enfermaria, os horários e medicamentos das abrigadas,

localizado no hall de entrada da enfermaria.

O grupo escolheu as informações que seriam expostas em reunião com a coordenação do

Abrigo, foram privilegiados os conteúdos da instituição, divididos nas seções:

“Nosso Funcionamento”: com os horários do Abrigo e os avisos administrativos;

“Parabéns pra você”: contendo as datas de aniversários dos colaboradores e das

abrigadas;

“No Balanço”: com informações sobre os relatórios financeiros e as prestações de

conta;

“Espaço Cultural”: para informar sobre os eventos e comemorações.

Ficou definido que os conteúdos não administrativos, trazidos por abrigadas ou visitantes,

deveriam ser entregues na administração e avaliados de acordo com a importância e utilidade

para os públicos do Abrigo. Após isto, eles devem ser padronizados e colocados no quadro, na

seção “Acontece”.

Os quadros de avisos têm a estrutura em madeira e cortiça, coberta por plástico emborrachado

azul com as bordas vermelhas, seguindo o mesmo padrão do jornal mural. Os avisos foram

impressos em papel sulfite e padronizados com a mesma fonte. A periodicidade estabelecida é

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248

a semanal, sendo atualizado pela equipe até junho de 2008, e, posteriormente, através da

parceria com a professora Juciara Barbosa.

Apresentamos os jornais murais e os quadros de avisos aos colaboradores e as abrigadas no

Evento de lançamento das ferramentas de comunicação.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/hora Valor total

01

01

Professora de Jornalismo II

Fotógrafo

Alunos de Jornalismo II

R$0,00

R$0,00

R$0,00

parceria

parceria

parceria

TOTAL: parceria

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor unitário Valor Total

03

03

15

01

40

Quadro de avisos

3 metros de emborrachados

Tubos de cola quente

Pistola de cola quente

Impressões

R$29,90

R$9,00

R$0,30

R$2,50

R$1,00

R$ 89,70

R$ 27,00

R$ 4,50

R$ 2,50

R$ 40,00

TOTAL: R$ 163,50

TOTAL GERAL: R$ 163,70

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249

Controle

A ação foi controlada pelos componentes do grupo, que se dividiu para acompanhar o

processo de compra dos quadros, confecção das molduras, escolha das editorias e informações

utilizadas, redação do texto final a ser colocado no jornal mural e quadro de avisos e fixação

das ferramentas.

Avaliação

Os quadros de avisos e os jornais murais foram fixados no dia 28 de março de 2008, o grupo

pôde observar que o público alvo das ferramentas aceitou as informações divulgadas. A

posteriori, notou-se que os instrumentos de comunicação atenderam os objetivos propostos,

auxiliando na descentralização do fluxo de informação e mantendo as moradoras e os

colaboradores informados. Para que a coordenação entendesse a necessidade destas

ferramentas, o grupo procurou conversar e expor nas reuniões à importância de se manter uma

comunicação dirigida, apresentando autores que discorressem sobre o tema e mostrando os

resultados a longo prazo, como minorar os efeitos da informalidade e dos ruídos

comunicacionais.

Esta análise pode ser comprovada com as opiniões dos colaboradores e das abrigadas,

indicadas a seguir nos gráficos:

Gráfico 82 – Qual a sua avaliação em relação ao jornal mural

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250

42,5%

47,5%

7,5%2,5%

0,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

Qual a sua avaliação em relação ao jornal mural

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Analisando as respostas dos entrevistados, verificamos que 42,5% se disseram muito

satisfeitos, 47,5% satisfeitos, 7,5% se consideraram indiferentes e 2,5% insatisfeitos.

Gráfico 83 – Qual a sua avaliação em relação ao quadro de avisos

37,5%

57,5%

0,5% 0,0% 0,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Qual a sua avaliação em relação ao quadro de

avisos

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Em relação aos quadros de avisos, verificamos que 37,5% mostraram-se muito satisfeitos,

57,5% disseram estar satisfeitos e 5,0% se consideraram indiferentes.

Observamos um nível baixo de insatisfação e uma grande aprovação das ferramentas.

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251

12.2. “É por Aqui!”

Tipologia: Sinalização.

Público alvo: Público interno e externo.

Objetivos

Tornar a instituição conhecida perante a sociedade;

Divulgar a marca do AMMA;

Situar as moradoras, os colaboradores e visitantes na organização.

Justificativa

A pesquisa quantitativa realizada pelo grupo detectou que 71% da sociedade soteropolitana

não conhecem o Abrigo Mariana Magalhães. Este dado pode ser interpretado com uma

decorrência da falta de investimento da instituição em comunicação, do uso de uma

sinalização externa ineficiente e da não aplicação da marca do Abrigo na fachada, o que

dificulta o reconhecimento pela sociedade. Como também, ele pode ser fruto de uma

sinalização interna mal estruturada, que não utiliza da marca para posicionar a instituição na

mente dos visitantes.

Fica evidente a necessidade de implantar uma nova sinalização, que utilize da marca do

AMMA e auxilie na sua expansão e divulgação, possibilitando que a sociedade conheça e

identifique a instituição e, assim, possa visitá-la e destinar a ela recursos.

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252

Mecânica

Inicialmente, o grupo identificou as demandas da sinalização interna, percebeu-se que as

placas de identificação das alas estavam mal posicionadas e as cores não ajudavam na

visualização. Por ter várias alas, divididas nos cinco pavimentos, existia uma grande confusão

entre as idosas e os colaboradores, que tinham dificuldades ao identificá-las de acordo com o

nome de cada uma.

Para solucionar estes problemas, o grupo desenvolveu uma placa contendo as alas e as salas

de cada pavimento, em PVC, com 1m x 0,70cm (um metro por setenta centímetros) de

tamanho, com fundo azul e as letras adesivadas em branco e vermelho. Utilizamos à marca do

AMMA e trabalhamos o símbolo como sombreamento. Instalamos o mapa na sala de espera

do Abrigo, para que os que cheguem possam ver antes de adentrar para as instalações. (Vide

anexo)

As placas de sinalização das salas e alas foram feitas em PVC azul, com os nomes e o símbolo

do AMMA adesivados em branco e vermelho, com 0,40cm x 0,10cm (quarenta centímetros

por dez centímetros). As placas antigas foram descartadas e as novas placas foram instaladas

no início de cada ala, escolhendo os locais com maior luminosidade, facilitando a localização

das pessoas. (Vide anexo)

Posteriormente, propomos uma nova sinalização externa, a ser colocada na nova guarita que

estava sendo construída no Abrigo. Escolhemos o letreiro luminoso, tipo back light, única

face, em lona vinílica tencionada nas dimensões 2,00m x 0,80m com a marca do AMMA em

película adesiva recortada eletronicamente, equipados com reatores alto fator e lâmpadas

fluorescentes ”luz do dia”.

Um fiscal da SUCOM (Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do

Município) visitou a instituição para que o modelo e formato da placa de sinalização externa

fossem liberados para a instalação.

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253

Planilha de Investimentos

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor unitário Valor total

26

01

01

01

Placas sinalização PVC

Mapa indicativo em PVC

Confecção e instalação e

letreiro luminoso

Liberação da SUCOM

R$6,00

R$105,00

R$ 800,00

R$30,00

R$156,00

R$105,00

R$ 800,00

R$30,00

TOTAL: R$1091,00

TOTAL GERAL: R$1091,00

Controle

A ação foi controlada pelos componentes do grupo, que se dividiu para acompanhar a

confecção das placas, a retirada das placas antigas, a instalação das novas e o intermédio com

a SUCOM para a liberação da placa.

Avaliação

Para avaliar a ação utilizamos os seguintes critérios:

As ferramentas alcançaram os objetivos propostos: a sinalização interna e externa

auxiliou na localização das moradoras e os colaboradores na organização; e tornou a

instituição conhecida e facilmente localizável por quem queira visitá-la. A utilização

da marca do AMMA auxilia na sua divulgação;

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254

A aceitação da nova sinalização foi comprovada através da pesquisa realizada pelo

grupo uma semana após a ferramenta ter sido apresentada aos públicos. Eles disseram

que as placas utilizadas tinham um desempenho satisfatório, 95% dos entrevistados,

havendo um pequeno percentual de desaprovação ou indiferença, 5% dos ouvidos;

Gráfico 84 – Qual a sua avaliação em relação a sinalização

52,5%

42,5%

2,5% 2,5% 0,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Qual a sua avaliação em relação a sinalização

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

A médio prazo, a nova sinalização auxiliará as outras ações propostas neste plano. Ela

situará os parceiros e visitantes que tenha conhecimento da instituição através das

ferramentas de comunicação utilizadas.

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255

12.3. “AMMA Conta Sua História”

Tipologia: Painel.

Público alvo: Público interno e externo.

Objetivos

Valorizar e divulgar a história da instituição;

Propagar e fortalecer a filosofia do Abrigo;

Fortalecer a imagem do AMMA.

Justificativa

Através da pesquisa verificamos que os colaboradores e moradoras não conheciam a história

da instituição, eles afirmam saber quem foi Mariana Magalhães, mas superficialmente, não

sabendo a causa pelo qual ela decidiu fundar o Abrigo. Ter sua história documentada é

valorizar aqueles que fizeram parte da construção desta obra social e informar a aqueles que a

mantém sobre a importância do seu trabalho. Ao conhecer a história do AMMA as moradoras

e colaboradores poderão propagá-la, tornando a instituição conhecida.

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256

Mecânica

A equipe realizou um levantamento histórico, através do livro “Os 120 da O. F. S. Piedade”,

redigido pela Ministra do Abrigo Lygia Margarida Bastos, e de conversas informais com as

moradoras mais antigas. Colhemos informações sobre Mariana, sobre as mudanças que

ocorreram na instituição ao decorrer do tempo e sobre pessoas que tiveram algum significado

na manutenção do legado.

Escolhemos abordar, resumidamente, a história de Mariana e a fundação do Abrigo; a

desapropriação e a mudança para os Barris; a construção da atual sede; a contribuição da Irmã

Marina Seabra; a construção da enfermaria e a atual administração pela Ordem. Temas

apontados pelas abrigadas e pela coordenação como importantes na história do AMMA. Para

ilustrar os textos escolhemos fotos dos principais fatos ordenados cronologicamente.

A equipe criou um painel, intitulado de “Memórias do AMMA”, confeccionado em PVC no

tamanho 1m x 0,70cm (um metro por setenta centímetros), na cor azul, com as letras brancas

e as fotos coloridas adesivadas. Expomos o painel na recepção do AMMA, para que todos que

visitem a instituição possam vê-lo e conheçam a história do Abrigo. (Vide anexo)

Apresentamos o painel aos colaboradores e as abrigadas no evento de lançamento das

ferramentas de comunicação.

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257

Planilha de Investimentos

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor unitário Valor total

01 Placa de PVC R$105,00 R$105,00

TOTAL: R$105,00

TOTAL GERAL: R$105,00

Controle

Para controlar a ação os componentes do grupo se dividiram para fazer o levantamento das

informações, produzirem os textos, buscarem e escolherem as fotos, acompanharem a

confecção e instalação da placa, e apresentá-la às abrigadas e aos colaboradores.

Avaliação

Para avaliar a ação verificamos que a placa atingiu os objetivos propostos de divulgar a

história e a filosofia do AMMA, fortalecendo a imagem dele perante seus públicos.

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258

Gráfico 85 – Qual a sua avaliação em relação ao painel de memória

75,0%

20,0%

5,0% 0,0% 0,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

Qual a sua avaliação em relação ao painel de

memória

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

O grupo observou que as abrigadas e os colaboradores aceitaram as informações e, assim,

poderão disseminá-las e propagar a história do Abrigo. Isto foi comprovado através de

pesquisa com os públicos, que se mostraram satisfeitos com a documentação da história da

instituição, 95% dos entrevistados. Apenas 5% se mostraram indiferentes.

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259

12.4. “Conhecer é Preciso!”

Tipologia: Filosofia Organizacional.

Público alvo: Público interno e externo.

Objetivos

Propagar e fortalecer a filosofia do Abrigo;

Fortalecer a imagem do AMMA.

Justificativa

Com base na pesquisa qualitativa realizada com os colaboradores verificamos que eles não

conheciam a filosofia do AMMA. Identificamos, na pesquisa quantitativa realizada com as

abrigadas, que 59,09% não conhecem ou não responderam quando questionadas sobre a causa

franciscana, que baseia a filosofia do AMMA. A instituição não tem uma filosofia definida,

ela utiliza os ensinamentos franciscanos como orientação e não tem a consciência da

importância de ter uma identidade corporativa, que seja conhecida e possa ser difundida por

seus públicos.

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260

Mecânica

Após conversas com a Ministra, Lygia Margarida, e com a coordenadora, Risoleta, sobre os

ensinamentos de São Francisco, os valores e os objetivos da organização, o grupo elaborou a

missão e a visão do AMMA.

Para divulgar a filosofia organizacional criamos uma placa com a missão e a visão, em PVC

azul e o texto adesivado em branco, com o símbolo do AMMA em sombreamento, tendo o

tamanho de 1m x 0,70cm (um metro por setenta centímetros). (Vide anexo)

A placa foi colocada na recepção por ser um local estratégico onde as pessoas passam para ter

acesso ao Abrigo e aguardam a autorização para a visita.

Planilha de Investimentos

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor unitário Valor total

01 Placa em PVC R$162,00 R$162,00

TOTAL: R$ 162,00

TOTAL GERAL: R$162,00

Controle

O controle da ação se deu através da divisão da equipe para acompanhar a elaboração da

filosofia; a criação da placa, observando o layout, a tipografia utilizada e as cores, para que a

ferramenta fosse de fácil leitura e atraísse a atenção dos que passassem por ela.

Acompanhamos, também, a impressão na gráfica e a fixação no local escolhido.

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261

Avaliação

O grupo definiu os critérios a seguir para avaliar a ação: se os objetivos foram alcançados, o

fluxo de informação e a aceitação da informação, e que mudanças a longo prazo ocorrerão na

instituição.

Os objetivos foram atingidos. A ferramenta utilizada, placa de filosofia, divulgou a missão e a

visão para os colaboradores, as abrigadas e visitantes, estes podem propagá-las, tornando a

instituição conhecida.

Gráfico 86 – Qual a sua avaliação em relação a placa de filosofia organizacional

87,5%

12,5%

0,0%0,0% 0,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

Qual a sua avaliação em relação a placa de

filosofia organizacional

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Os entrevistados mostraram-se unânime ao avaliar o desempenho da placa de missão e visão

com satisfatório e muito satisfatório, atingindo 100%. Isto demonstra que eles aceitaram as

informações e criou-se um novo fluxo de informação a cerca da filosofia, que antes era

conhecida apenas pela administração, logo a placa descentralizou a filosofia.

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262

12.5. “Bem Vindo ao AMMA”

Tipologia: Evento.

Público alvo: Interno e Externo

Data: 28 de março de 2008.

Objetivos

Apresentar para os colaboradores e as moradoras as novas ferramentas e o

planejamento da comunicação do Abrigo para o primeiro semestre de 2008;

Contribuir para um melhor relacionamento entre a instituição e seus públicos;

Valorizar os colaboradores;

Promover a imagem do AMMA.

Justificativa

O grupo escolheu apresentar as novas ferramentas e o planejamento da comunicação do

Abrigo para o primeiro semestre de 2008 através de um evento lançamento para solenizar a

ocasião, mostrando a importância destes para a organização e para conscientizá-los sobre o

uso planejado da comunicação e da seriedade do trabalho desenvolvido pelo grupo.

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Mecânica

Para apresentar a nova sinalização interna do AMMA, os quadros de avisos, os jornais murais,

a placa de filosofia e a de memória aos colaboradores e abrigadas, realizamos um evento de

lançamento no salão refeitório, no dia 28 de março de 2008.

A divulgação do evento aconteceu com uma semana de antecedência, criamos cartazes,

impressos em papel couché, no tamanho A3 e coloridos, que foram fixados na instituição.

Também foram entregues, em mãos, convites individuais a cada moradora, colaboradores e

para a administração, reforçados com um apelo oral.

Na véspera da inauguração, foram fixadas as ferramentas de comunicação a serem

apresentadas. Para manter a expectativa, cobrimo-las com um tecido preto.

Para ornar o espaço, colocamos arranjos de flores, que deram ao ambiente um aspecto solene

e agradável. As cadeiras foram dispostas em semicírculo, à frente da mesa que serviu de apoio

à apresentação. Na mesa, estavam cobertas, com um cetim azul, a placa de filosofia

organizacional, o mapa do Abrigo e a placa de memória.

O receptivo estava padronizado, com calças jeans e blusa de tecido branca com faixa de cetim

azul, na cor da marca da instituição. O registro fotográfico da ação foi feito pela fotógrafa

profissional, Vânia Baptista.

Os convidados foram recepcionados com música ambiente e auxiliados pelo receptivo em sua

acomodação nas cadeiras.

Após aguardar 15 minutos para a acomodação dos convidados, a Ministra, Lygia Margarida,

deu as boas vindas aos presentes. Ela agradeceu a presença de todos, em especial a professor

Mateus Freire, convidando-o para falar sobre a atividade que estava sendo desenvolvida.

Posteriormente, ela recitou o texto “Semeando sorrisos” de autoria desconhecida e o

relacionou ao trabalho que estava sendo desenvolvido na comunicação do AMMA.

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264

Em seguida, o mestre de cerimônias, Jeferson Ribeiro, conduziu o evento. Falou-se do

planejamento do Abrigo para o ano de 2008, as ações a serem implementadas no primeiro

semestre e as sugeridas para o segundo. Após isso, houve o descerramento da placa de

filosofia organizacional pela Ministra e pela coordenadora. Foram mostradas as peças de

comunicação desenvolvidas e os objetivos a serem alcançados com elas.

Explicamos aos presentes que a fixação das mesmas só ocorrerá após o término das obras de

construção da nova guarita e da recepção, previsto para o fim de maio.

Em seguida, o Coral Anos Dourados apresentou-se, cantando quatro músicas do cancioneiro

popular brasileiro. Os presentes participaram batendo palmas e acompanhando as músicas.

O mestre de cerimônias agradeceu a presença de todos e convidou para o coquetel de

confraternização. Foram servidos pães recheados, doces finos, salgados, refrigerantes e sucos

doados pela Panificadora Ribeiro. O buffet foi organizado no próprio salão, em mesas

dispostas na lateral do espaço utilizado para a apresentação das ferramentas. Por ser um

público predominantemente idoso, os convidados foram servidos pelo receptivo.

Durante o coquetel, o Coral cantou várias músicas populares brasileiras, entretendo os

convidados. As moradoras e os colaboradores se confraternizaram e demonstravam a alegria

em participar da cerimônia solene. O evento finalizou às 16h30min.

Programação do evento:

15h00min – Boas vindas aos presentes pela ministra do Abrigo;

15h05min – O mestre de cerimônias explanou sobre o projeto, objetivo daquela ação e

apresentação dos professores presentes;

15h15min – Apresentação das peças de comunicação desenvolvidas;

15h25min – Descerramento da placa por dona Lygia Margarida;

15h35min – Apresentação do Coral Anos Dourados;

16h00min – Agradecimentos finais;

16h05min – Coquetel;

16h30min – Encerramento.

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265

Cronograma do evento

25 de fevereiro de 2008 – Confecção das placas de sinalização, painel e placa de filosofia

organizacional.

03 de março de 2008 – Confecções dos materiais de divulgação (cartazes e convites).

10 de março de 2008 – Contato com Coral Anos Dourados.

15 de março de 2008 – Confecção dos jornais mural e quadros de avisos.

21 de março de 2008 – Divulgação do evento.

27 de março de 2008 – Fixação das ferramentas.

28 de março de 2008 – Solenidade para inauguração das ferramentas.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01

01

01

Mestre de Cerimônia

Fotógrafo

Coral Anos Dourados

R$0,00

R$0,00

R$0,00

equipe

parceria

parceria

TOTAL: R$0,00

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

30

01

01

Flores

Buffet

Tecido

R$2,50

R$120,00

R$6,00

R$75,00

parceria

parceria

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266

03

100

Cartazes A3

Convites

R$4,60

R$0,53

R$13,80

R$53,00

TOTAL: R$141,80

Recursos Físicos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

00 Sonorização R$0,00 Parceria

TOTAL: R$141,80

TOTAL GERAL: R$141,80

Controle

A equipe acompanhou a execução das seguintes atividades para a realização do evento:

confecção do material de divulgação; escolha do local; ambientação; entrega dos convites;

contratação do fotógrafo; escolha do buffet e prospecção de parceria; convite ao coral;

checagem da limpeza e sonorização; e definição do roteiro do cerimonial.

Avaliação

Após o evento, o grupo observou que os objetivos propostos foram atingidos; o planejamento

foi adequado à atividade, havendo falhas corrigidas antecipadamente a realização; as

informações divulgadas foram aceitas, foram esclarecidas dúvidas durante a apresentação; e

há médio prazo essas ferramentas auxiliaram na promoção da imagem do AMMA. Para

auxiliar na avaliação feita através da observação dos critérios acima, aplicamos, também, uma

pesquisa quantitativa, oito dias após o evento de inauguração das ferramentas

comunicacionais. Foram ouvidos moradoras e colaboradores.

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Os seguintes itens foram avaliados:

Gráfico 87 – As ferramentas de comunicação aplicadas transmitem clareza e objetividade

87,5%

12,5%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

As ferramentas de comunicação aplicadas

transmitem clareza e objetividade

Sim

Não

Observamos que as ferramentas utilizadas apresentaram um desempenho satisfatório, uma vez

que, 87,5% dos entrevistados afirmaram que elas transmitiam clareza e objetividade. Isto

demonstra que linguagem utilizada foi de fácil acesso, garantindo o entendimento e a

aceitação da maioria.

Quando indagados sobre o seu grau de satisfação em relação às ferramentas, foi observado

que a maioria apontou estarem satisfeitos ou muito satisfeitos. Logo concluímos que as

ferramentas alcançaram os objetivos.

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Gráfico 88 – Qual sua avaliação em relação ao evento de inauguração das ferramentas de

comunicação

22,5%

75,0%

0,0% 2,5% 0,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

Qual sua avaliação em relação ao evento de

inauguração das ferramentas de comunicação

Muito satisfeito

Satisfeito

Indiferente

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Através dos dados fornecidos pela entrevista com os colaboradores e as abrigadas,

constatamos que 97,5% se mostraram satisfeitos com o evento de lançamento das ferramentas

de comunicação, demonstrando que a ação alcançou os objetivos e resultados esperados.

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12.6. “Conheça o AMMA!”

Tipologia: Portfólio.

Público alvo: Público externo.

Objetivos

Captar recursos materiais e físicos;

Valorizar e divulgar a história da instituição;

Propagar e fortalecer a filosofia do Abrigo;

Fortalecer a imagem do AMMA.

Justificativa

O Abrigo Mariana Magalhães (AMMA) é desconhecido pela sociedade soteropolitana, como

identificado em pesquisa, e não possui um material institucional produzido para a captação de

recursos, este facilitaria a prospecção de parcerias, pois dá credibilidade à instituição,

mostrando o profissionalismo exigido pelo segundo setor para ajudar as organizações do

terceiro setor. Percebemos, então, a necessidade de se elaborar um material informativo para

divulgar a instituição, tornar sua marca conhecida, fortalecer sua imagem e atrair parceiros.

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Mecânica

Por se tratar de uma ferramenta de comunicação dirigida voltada para a prospecção de

parcerias, o grupo estudou o público alvo e criou um layout claro e objetivo, utilizando a

marca do AMMA em diferentes aplicações e a predominância das cores azul e vermelho. O

formato escolhido foi de um A4 na vertical e dobrado ao meio, que permite fácil manuseio, e

o papel impresso foi o couchê fosco, de 170mg, garantindo a qualidade da impressão.

Após reuniões com a administração do Abrigo, o grupo definiu pela utilização de textos que

contassem a história, falassem das atividades e serviços do abrigo, das organizações que o

ajudam e como as pessoas poderiam ajudar. As editorias foram escritas pelo grupo e

abordaram os assuntos a seguir:

“O AMMA”: aborda a história da instituição;

“Mariana Magalhães”: retrata a vida da idealizadora do Abrigo;

“Nossa Filosofia”: apresenta a filosofia organizacional;

“Oração pela Paz”: oração de São Francisco de Assis;

“Nossos Parceiros”: fala das instituições de ensino que ajudam o Abrigo;

“Compromisso com a Qualidade de Vida”: aborda os serviços desenvolvidos pelo

AMMA;

“Promover o Bem Estar”: mostra como o AMMA cuida de suas idosas e promove a

saúde delas;

“Ser Socialmente Responsável”: indica como as pessoas podem ajudar;

“Sou AMMA! E você?”: relatos das abrigadas sobre a vida na organização;

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“Agradecimentos”: uma palavra de otimismo e gratidão;

“Abrace essa Causa”: informações para o depósito de recursos.

No portfólio podem ser encontrados, também, o endereço e o telefone da instituição para que

as pessoas possam visitá-lo e entrar em contato, quando queiram realizar as doações. Para

ilustrá-lo, colocaram-se fotos de Mariana Magalhães, das abrigadas, das dependências do

Abrigo e de colaboradores desempenhando suas funções.

Para entregá-los a instituição realizou-se um ato simbólico, junto a Ministra e a coordenadora,

na secretaria do Abrigo. Explicou-se a importância da ferramenta e como utilizá-la

eficientemente.

Durante todo o projeto, o grupo utilizou a ferramenta para a prospecção de parceiro e a

captação de recursos.

Cronograma da ação:

25 de fevereiro de 2008 – Confecção do portfólio;

21 de março de 2008 – Ato Simbólico.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/hora Valor Total

01 Fotógrafo R$0,00 parceria

TOTAL: R$0,00

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Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

10 Portfólios R$ 15,20 R$ 152,00

TOTAL: R$ 152,00

TOTAL GERAL: 152,00

Controle

Controlou-se a ação através do acompanhamento da produção do portfólio: escolha dos temas

abordados, redação dos textos, definição das cenas utilizadas, fotografia, editoração, revisão e

impressão, sendo aprovado por todo o grupo.

Avaliação

Percebemos que o portfólio foi bem aceito pelos parceiros prospectados, através dos elogios à

criatividade, a organização e ao conteúdo da ferramenta, apontado pelos gestores como um

trabalho profissional, demonstrando, assim, o interesse em ajudar a causa do Abrigo Mariana

Magalhães. Logo podemos avaliar que o instrumento de comunicação atingiu os objetivos

propostos, auxiliando na captação recursos matérias e físicos utilizados no projeto, como

também, para o AMMA; valorizou e divulgou a história da instituição, propagando e

fortalecendo a sua filosofia; conseguindo fortalecer a imagem do Abrigo, como uma

organização séria e engajada na causa do amparo à velhice.

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12.7. “Sou AMMA Sim!”

Tipologia: Integração entre Colaboradores.

Público alvo: Público interno.

Data: 15 de abril de 2008.

Objetivos

Integrar e motivar os colaboradores;

Valorizar os colaboradores;

Contribuir para um melhor relacionamento entre a instituição e os colaboradores;

Conscientizar os colaboradores sobre a importância de desempenhar um bom

atendimento às idosas.

Justificativa

Com base na pesquisa quantitativa aplicada, constatou-se que 65% dos colaboradores sentem

a necessidade da realização de atividades recreativas e de treinamentos, existe a consciência

da possibilidade de melhora dos serviços prestados, que segundo eles, será possível através de

aperfeiçoamentos e do entrosamento com os demais colaboradores.

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274

A pesquisa qualitativa aponta a relação com as abrigadas como a principal motivação do

público interno em trabalhar no AMMA. Logo, a instituição deve criar outras maneiras que

valorizem o trabalhador, não apenas a relação sentimental com as clientes, mostrando a eles

que deve haver sempre o profissionalismos no desempenho de suas funções.

Mecânica

Convidou-se o psicólogo, Allan Sérgio, para realizar a atividade para os colaboradores. O

profissional escolhido desenvolve trabalhos na área das relações humanas e empresariais e

investiga as relações interpessoais nas organizações.

O grupo escolheu o conceito do personagem Pierot, que trabalha entretendo as cortes dos reis,

para confeccionar o material de divulgação da ação, com cartazes no formato A3, com

impressão colorida, contendo um texto de fácil leitura e uma ilustração; e os convites

individuas para os colaboradores.

A ação “Sou AMMA Sim!” foi realizada no Salão Marina Seabra e contou com a presença

dos colaboradores fixos e estagiários de Enfermagem e Fisioterapia. Os convidados foram

recebidos pela equipe de receptivo, que estava padronizada com uma camiseta pólo azul e

crachá.

Ao entrar no salão, os colaboradores preenchiam a lista de presença, que garantia o direito ao

certificado de participação na atividade, recebiam um número para o sorteio surpresa e uma

caneta e bloco de anotação, identificados com a marca do AMMA.

O mestre de cerimônia, Jeferson Ribeiro, agradeceu a presença de todos e iniciou falando

sobre o objetivo do evento e a importância das atividades desenvolvidas pelo AMMA. Como

também, apresentou o palestrante e passou para ele a palavra. O evento foi dividido em quatro

fases, com três dinâmicas e uma explanação.

O psicólogo falou brevemente sobre suas experiências e começou a atividade com a dinâmica

“Conhecendo o outro”. Os convidados foram divididos em duplas, para que um pudesse

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apresentar o outro para o restante do grupo, com objetivo de que cada colaborador conhecesse

um pouco mais sobre os seus colegas de trabalho.

No segundo momento, o psicólogo Allan Sérgio explanou sobre a importância do

comportamento interpessoal e a motivação no ambiente de trabalho, todos os presentes

ouviram atentamente e expuseram suas dúvidas que foram esclarecidas pelo palestrante.

Para realizar a dinâmica “O diálogo é o caminho para o entendimento”, o grupo dividiu-se em

duplas, onde cada um se colocou a frente do outro com uma mão fechada e outra aberta. Os

participantes tinham que chegar a um acordo para abrir a mão que estava fechada, após a

primeira dupla alcançar o objetivo o psicólogo explicou que a dinâmica tinha a finalidade de

mostrar que através do diálogo conseguimos alcançar nossos objetivos.

Finalizando a atividade, houve a dinâmica “Um presente para você” onde cada colaborador

recebeu um guardanapo de papel e aprendeu a confeccionar uma flor, dando-a a um colega de

trabalho. Esta dinâmica tinha o intuito de expor as emoções e aproximar os colaboradores.

O mestre de cerimônias agradeceu a presença e disponibilidade do psicólogo e convidou os

presentes para a realização de um sorteio. Uma estagiária de enfermagem foi contemplada

com uma sanduicheira elétrica.

Para finalizar o evento foi oferecido um coquetel para que os convidados se

confraternizassem.

Programação do evento

14h45min – Recepção dos convidados;

15h00min – Inicio do evento;

15h03min – Boas vindas aos presentes;

15h15min – Primeira dinâmica: ”Conhecendo o outro”;

15h30min – Explanação do Psicólogo sobre o comportamento interpessoal e a motivação no

ambiente de trabalho;

15h50min – Segunda dinâmica: ”O dialogo é o caminho para o entendimento”;

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16h05min – Terceira dinâmica: “Um presente para você”;

16h10min – Sorteio;

16h20min – Coquetel;

16h50min – Finalização do evento.

Cronograma da ação

04 de abril de 2008 – Confecção do bloco de anotação e material de divulgação;

09 de abril de 2008 – Contato com o psicólogo;

09 de abril de 2008 – Divulgação do evento;

14 de abril de 2008 – Confirmação da presença dos participantes e do psicólogo;

15 de abril de 2008 – Implementação da ação;

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01 Palestrante R$ 0,00 parceria

TOTAL: parceria

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

30

30

01

Canetas

Bloco de anotações

Buffet

R$ 0,60

R$ 2,50

R$ 69,50

parceria

parceria

R$ 69,50

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277

50

02

50

Convites

Cartazes A3

Certificados

R$ 0,53

R$ 2,50

R$ 1,00

R$ 53,00

R$ 5,00

R$ 50,00

TOTAL: R$ 177,50

Recursos Físicos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01

01

Salão

Caixa de som e microfone

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

parceria

TOTAL: parceria

TOTAL GERAL: R$177,50

Controle

A equipe se subdividiu para checar cada item especifico durante o evento. Foram criados

grupos para dar suporte ao palestrante; atender aos convidados, entregar os materiais, realizar

o sorteio e monitorar o coquetel.

Avaliação

Através da observação o grupo pôde perceber que os objetivos foram alcançados, durante o

coquetel, os presentes elogiaram o evento e ratificaram a necessidade de realização de outros.

As supervisoras de estágio solicitaram que temas como a “humanização do serviço prestado”

e “ética no amparo ao idoso” fossem abordados, sugerindo uma periodicidade mensal. No dia

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278

21 de abril, aplicou-se uma pesquisa quantitativa para mensurar o grau de satisfação dos

colaboradores que estavam presentes no evento, 16 participantes se encontravam no Abrigo.

Gráfico 89 – Como você avalia o evento

62,50%

37,50%

0,00%0,00%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Como você avalia o evento

Excelente

Bom

Ruim

Péssimo

Através do questionário de avaliação aplicado, os colaboradores e estagiários demonstraram-

se satisfeitos com o evento, a maioria avaliou a ação como excelente, 62,5%, e bom, 37,5%

dos entrevistados.

Gráfico 90 – Como você avalia a iniciativa do AMMA ao realizar este evento

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279

37,50%

62,50%

0,00%0,00%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Como você avalia a iniciativa do AMMA ao realizar

este evento

Excelente

Bom

Ruim

Péssimo

Os entrevistados avaliaram a iniciativa do AMMA em realizar está ação de integração e

motivação como excelente, 43,5%, e boa, 62,5%.

Gráfico 91 – O AMMA deve incluir em seu planejamento outras atividades como esta

100%

0%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

O AMMA deve incluir em seu planejamento outras

atividades como esta

Sim

Não

Os entrevistados foram unânimes, 100%, ao afirmar que o Abrigo deve realizar outras

atividades desta natureza, incluindo-as em seu planejamento estratégico.

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280

12.8. “AMMA em Obras”

Tipologia: Blitz.

Público-alvo: Público externo (moradoras).

Data: 11 de abril de 2008.

Objetivos

Minimizar conflitos que possam surgir em decorrência das mudanças físicas do

Abrigo;

Estreitar o relacionamento com as clientes;

Diminuir os riscos de acidentes.

Justificativa

O profissional de Relações Públicas tem como função política, a prática de uma comunicação

direta para minimizar as conseqüências das mudanças organizacionais, gerindo as

informações para que não sejam gerados situações de conflitos e crises. O AMMA passou por

reformas estruturais com o intuito de melhor atender as necessidades das abrigadas.

Assim, o grupo procurou monitorar a construção da nova guarita e recepção, para que essas

mudanças não causem ruídos na comunicação, dificultando o relacionamento com seus

stakeholders.

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281

Mecânica

Para garantir a segurança, foram confeccionados cartazes no formato A3, explicando a

necessidade da construção e solicitando a compreensão de todos, e placas indicativas em

PVC, com a frase “Atenção. Em Obras!”, para que alertar do perigo nas proximidades da

obra, indicando a necessidade de cuidados ao transitar pelo local.

Reforçando estas ferramentas, o grupo preparou kit cada idosa, contendo uma carta

explicativa e um protetor auricular, para que elas protegessem a audição dos ruídos da obra.

A entrega do kit se deu através de uma blitz, realizada no dia 11 de abril. Cinco componentes

do grupo se caracterizaram de operários, com capacete e óculos de proteção e crachá, e

distribuíram os kits paras as moradoras.

Desde o 2º subsolo até o segundo andar, a equipe abordou as abrigadas e explicou a

necessidade de se ter atenção para evitar acidentes, como quedas, e proteger os ouvidos.

Enfatizando que a realização das obras ocorreu em virtude de aumentar a segurança das

mesmas, para evitar o transito de estranhos sem autorização nas dependências do Abrigo.

Cronograma:

31 de março de 2008 – Confecção das placas e cartazes;

01 de abril de 2008 – Confecção das cartas e preparação dos figurinos;

01 de abril de 2008 – Compra dos protetores auriculares;

11 de abril de 2008 – Realização da Blitz.

Planilha de Investimentos

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282

Recursos Humanos

A ação foi desenvolvida pelo grupo.

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

10

10

3

2

100

100

Capacetes de operário

Camisas

Cartazes A3

Placas em PVC

Protetores de Ouvidos

Cartas

R$ 0,00

R$ 4,10

R$ 3,30

R$ 18,90

R$ 0,89

R$ 1,00

parceria

parceria

R$6,60

R$ 37,80

R$ 80,00

Parceria

TOTAL: R$124,40

TOTAL GERAL: R$124,40

Controle

A equipe se dividiu para criar e confeccionar o material de divulgação, adquirir os protetores

auriculares, montar os kits e colocar a comunicação nos andares. Durante a ação, o controle

utilizou-se de uma lista com o nome das idosas, conferindo se cada uma delas recebeu o

material completo.

Avaliação

Para está ação não houve a aplicação de questionários, pois as moradoras não se predispõem a

responder. Logo utilizaram-se critérios de avaliação, como indica Kunsch (2003, p.360):

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283

Sabemos que em Relações Públicas os resultados surgem mais a longo

prazo, sendo, no entanto, possível medi-los por meio de indicadores que

servirão de base para conhecer a reação dos públicos e saber se as ações

utilizadas foram eficazes ou não.

Os critérios utilizados pelo grupo avaliaram que a ação atingiu os objetivos propostos,

alertando para os perigos da construção; minorando os efeitos dos ruídos comunicacionais, ao

explicitar as razões da construção; e aproximando a instituição e as abrigadas. As ferramentas

utilizadas se enquadraram ao tipo de ação e aos objetivos propostos, com uma linguagem

clara e layout atrativo de fácil leitura, por se tratar de um público idoso, propiciando o

entendimento da mensagem.

Também, durante a ação avaliou-se a expectativa das abrigadas, que afirmaram a grande valia

do uso do protetor e que teriam uma atenção redobrada ao circular pelos espaços com obras.

Uma semana após o evento, através da observação e conversas informais com as moradoras,

constatou-se que elas fizeram uso do protetor auricular, além de se mostrarem gratas, pela

preocupação do Abrigo e da equipe em lhes oferecer um material de utilidade.

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12.9. “Semeando um Sorriso!”

Tipologia: Lembrete de Porta.

Público alvo: Público externo

Data: 18 de abril de 2008.

Objetivos

Promover a integração entre as moradoras do Abrigo;

Valorizar as moradoras;

Estreitar o relacionamento da instituição com as moradoras.

Justificativa

Através dos dados da pesquisa, constatou-se que as idosas têm um relacionamento regular

entre si, afirmaram 13,64% das entrevistadas. A partir da convivência, o grupo observou que

há um distanciamento entre elas, o que ocasiona um isolamento de algumas. Uma das

premissas para de Mariana ao abrigar suas irmãs, foi promover o amparo e os ensinamentos

franciscanos, da abnegação, da doação e do companheirismo. Logo, AMMA deve ser uma

instituição que promove a socialização e a qualidade de vida das suas abrigadas, criando

alternativas que as aproxime, como esta ferramenta de comunicação.

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285

Mecânica

O grupo verificou que as idosas desenvolvem atividades em conjunto, como a participação em

missas e nas refeições, e outras individuais, como assistir televisão. Resolvemos utilizar isto

como argumento para a aproximação. Logo se criou um lembrete a ser colocado nas portas

dos quartos das abrigadas, para que elas possam interagir, convidando umas as outras para

realizarem as atividades.

Com o intuito de ser uma ferramenta atrativa e de fácil leitura, o layout do lembrete

privilegiou a utilização de figuras e de frases curtas. Eles continham os seguintes dizeres:

“Quer conversar”, “Vai à capela? Me chame!”, “Preciso de ajuda”, “Descansando”, “Vamos

tomar o café juntas?” e “Vamos assistir TV?”, cada uma ilustrada e com a cor de fundo

específica, utilizou-se também o símbolo do AMMA em cada folha. Para ter uma maior

durabilidade, ele foi impresso em papel couché 170 mg e presos por uma espiral e fita de

cetim, usada como instrumento de fixação dos lembretes na porta

Para a entrega, a equipe se caracterizou de palhaço, com óculos com armações grandes em

forma de estrela e coloridos, roupas espalhafatosas, perucas e pinturas no rosto; formando a

Companhia do Riso AMMA.

De forma descontraída, entregaram-se os lembretes de porta a cada moradora em seus devidos

quartos, explicando a elas como utilizar o instrumento e conscientizando-as sobre a

importância da socialização e do contato entre elas. Os componentes da equipe solicitaram às

idosas que escolhessem qual frase elas queriam colocar na porta no instante da entrega e já

instalavam devidamente a ferramenta. Às moradoras que não se encontravam nos quartos, os

animadores penduravam os lembretes nas portas e pediam para que as vizinhas relatassem à

utilidade.

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Cronograma

31 de março de 2008 – Confecção do lembrete de porta;

10 de abril de 2008 – Compra dos materiais para montagem do lembrete;

15 e 16 de abril de 2008 – Montagem dos lembretes de porta;

18 de abril de 2008 – Entrega dos lembretes de porta.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

A ação foi desenvolvida pelo grupo.

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor unitário Valor Total

10

480

160

02

01

02

02

Perucas

Folha lembrete de porta

Folha lembrete de porta

Pacote espiral

Fita de cetim

Fitilho

Pacote com saco de presente

R$ 0,00

R$ 1,30

R$ 0,72

R$ 1,70

R$ 12,50

R$ 0,80

R$ 4,00

parceria

R$624,00

R$115,20

R$3,40

R$12,50

R$0,80

R$8,00

TOTAL: R$ 763,90

TOTAL GERAL: R$ 763,90

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287

Controle

Controlou-se desde a produção da ferramenta até a entrega. Para a utilizou-se uma lista com

os nomes e quartos de cada moradora, para que todas recebessem o lembrete de porta.

Avaliação da Ação

Durante a entrega, foi percebido pela equipe, que a maioria das moradoras, recebia o presente

de forma receptiva, afirmando que utilizaria e que seria uma forma de se conhecerem melhor.

Quinze dias após, através de conversas informais e observação foi constatado pela equipe que

a maioria das abrigadas estava utilizando a ferramenta, atingindo assim o objetivo de estreitar

os relacionamentos.

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12.10. “Quem AMMA Doa!”

Tipologia: Blitz.

Público alvo: Público externo (sociedade).

Data: 15 de maio de 2008.

Objetivos

Fortalecer a imagem do AMMA;

Divulgar a marca do Abrigo;

Captar recursos matérias e físicos;

Gerar mídia espontânea.

Justificativa

O Abrigo Mariana Magalhães apesar de ser uma entidade filantrópica e legalizada junto aos

órgãos federal e estadual, não recebe recursos financeiros do governo, se mantendo apenas

com os recursos advindos do pagamento das moradoras e de algumas doações de particulares.

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289

Foi identificado através da pesquisa quantitativa que 70,75% da sociedade nunca ouviram

falar no Abrigo Mariana Magalhães, razão pela qual foi percebida a necessidade de divulgar a

instituição para potenciais doadores.

Constatou-se também, a falta de parcerias com empresas comerciais para arrecadação de notas

fiscais, a serem revertidas em recursos financeiros, através do programa “Sua nota é um show

de solidariedade!”.

Mecânica

Identificou-se a necessidade de criar um instrumento que divulgasse a instituição na blitz,

logo desenvolvemos um folder institucional com duas dobras, com fotos das internas e figuras

ilustrativas, e um texto sucinto sobre a instituição. Colocou-se, também, dados de

identificação como o endereço, telefone e conta bancária.

Desenvolvemos a arte gráfica da ação, criou-se o layout das canetas, dos squeezes, das

camisas e dos bonés, com a marca do AMMA e o contato telefônico. Estes itens foram

conseguidos através de parcerias, prospectadas com o auxílio do portfólio da instituição.

Patrocinaram a ação, os vereadores, Antônio Lima e Olívia Santana, o Hotel Extasy e um

doador que preferiu não ser identificado.

A blitz foi realizada no dia 15 de maio, das 10 horas às 12 horas e das 14 horas às 16 horas,

em semáforos estratégicos no entorno ao Abrigo, nas ruas da Piedade, do Relógio de São

Pedro e da Carlos Gomes. O grupo teve a colaboração de oito alunos do Curso de Relações

Públicas da Universidade Católica do Salvador, que participaram com voluntários.

Os componentes da equipe e os voluntários foram divididos em duplas, entregaram aos

transeuntes e aos motoristas dos carros os folder e um brinde, caneta ou squeeze; e orientavam

sobre os pontos de vendas que tinham caixas coletoras de notas ficais para AMMA e como

poderiam ajudar a instituição através de outros recursos e do voluntariado.

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290

O dia da ação foi escolhido para atrair as emissoras de televisão que fazem transmissão ao

vivo da Praça da Piedade. Fomos convidados pela produção do programa Se Liga Bocão, da

Rede Record, para falar dos objetivos da ação e solicitar aos expectadores que ajudassem o

Abrigo, convidando-os a conhecer a instituição.

Fizemos parcerias com quatro estabelecimentos comerciais localizados no centro da cidade,

no intuito de serem pontos de recolhimentos de notas fiscais que serão destinadas ao Abrigo a

fim de serem convertidas em verba para a Instituição, sendo eles: A Le Biscuit, o Bazar do

Valter, Baiano Fotografia e Casa da Manicure. Entregou-se em cada estabelecimento uma

carta de agradecimento em nome do Abrigo e assinado um termo de compromisso para o

período de um ano. Um colaborador do AMMA ficou destinado a recolher essas notas

trimestralmente.

A equipe adquiriu as urnas coletoras de papelão, no tamanho 72 cm de altura com 30 cm x 30

cm de base e 20 cm x 20 cm de topo. O seu layout cotinha a marca do Abrigo Mariana

Magalhães, frases imperativas incentivando a doação das notas fiscais e os dados da

organização.

Cronograma

08 de abril de 2008 – Aquisição das caixas coletoras;

20 de abril de 2008 – Pedido dos brindes da blitz;

01 de maio de 2008 – Fechada à parceria com os estabelecimentos para as caixas coletoras;

03 de maio de 2008 – Entrega dos folders;

09 de maio de 2008 – Entrega das camisas e bonés;

09 de maio de 2008 – Entrega dos brindes;

13 de maio de 2008 – Confecção das bolsas;

15 de maio de 2008 – Realização da Blitz.

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Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

07 Voluntários R$ 0,00 parceria

TOTAL: parceria

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

500

300

3000

20

20

20

10

Canetas

Squeezes

Folders

Camisas

Bonés

Bolsas

Caixas Coletoras

R$ 0,89

R$ 3,20

R$ 0,50

R$ 8,78

R$ 4,98

R$ 6,00

R$ 7,50

R$ 445,00

parceria

parceria

parceria

parceria

R$ 120,00

R$ 70,50

TOTAL: R$ 635,50

TOTAL GERAL: R$ 635,50

Controle

Não houve necessidade de adequações ao planejamento, tudo ocorreu dentro do estabelecido.

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Avaliação da Ação

Os resultados desta ação foram observados enquanto ela acontecia, as pessoas demonstraram

interesse em conhecer o AMMA, fazer doações e prestar serviços voluntários.

A mídia espontânea gerou retorno imediato, os telespectadores que assistiram à transmissão,

que ocorreu ao meio dia, reconheceram a equipe e buscaram informações sobre o Abrigo. A

equipe, ao fim da exibição do programa Se Liga Bocão, foi convidada informalmente a

comparecer ao estúdio da TV Record, para apresentar a proposta ao apresentador Zé Eduardo

e avaliar a possibilidade de haver outras parceiras.

Observou-se nas semanas após está ação, um aumento na procura por vagas na instituição e

ligações solicitando informações a cerca das doações.

A ação “Quem AMMA Doa!” obteve um resultado positivo e esse dado foi percebido através

da contagem dos cupons fiscais arrecadados até o dia do recolhimento das urnas. Percebemos

um aumento na quantidade das notas fiscais recolhidas, este número tende a aumentar há

curto prazo. Foram arrecadas, aproximadamente, duas mil notas ficais, que serão revertidas

em recursos financeiros através do Programa “Sua Nota é um Show”.

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12.11. “AMMA em Canto”

Tipologia: Amostra Musical.

Público alvo: Público externo (sociedade soteropolitana).

Data: 15 de maio de 2008.

Objetivos

Divulgar a marca do Abrigo;

Captar recursos matérias e físicos.

Justificativa

Identificou-se através da pesquisa quantitativa que 70,75% da sociedade nunca ouviram falar

no Abrigo Mariana Magalhães, razão pela qual foi percebida a necessidade de divulgar a

instituição para potenciais doadores. Para isso escolhemos o Shopping Center Lapa, por ter

uma grande circulação de consumidores e estar localizado no centro da cidade próximo ao

AMMA, para realizar uma Amostra Musical e arrecadar notas ficais. Este tipo de doação foi

apontado na pesquisa, por 30% dos entrevistados, como a melhor maneira para ajudar.

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Mecânica

Para realizar a ação, o grupo firmou uma parceria com o Marketing do Shopping Center Lapa,

quando se propôs convidar a cantora baiana Gal Borges para se apresentar na praça de

alimentação, no dia 15 de maio, enquanto a equipe entregava aos presentes o folder do

AMMA e convidava os consumidores a doarem suas notas ficais nas caixas coletoras

dispostas ao redor do palco e próximo a algumas lojas de grande vendagem com a

Mc‟Donalds, Mister Richards e Yan Ping.

O grupo preparou a comunicação visual, com um banner do AMMA, em papel couchê de

tamanho 1m x 0,70cm (um metro e setenta centímetros); folders institucionais, em papel

couchê com duas dobras; caixa coletoras de notas ficais com a marca do AMMA; bonés e

camisetas silkados com a frase “Eu sou AMMA! E você?”.

No dia da apresentação, o grupo preparou o palco com o banner e as caixas coletoras. Os

integrantes da equipe e voluntários vestiam a camisa e boné, foram divididos em duplas e

distribuíram os folders nos três andares do Shopping.

A ação foi dividida em duas partes, uma pela manhã, das 12h00min às 14h00min, e pela

tarde, das 17h30min às 18h50min. No primeiro período, a componente da equipe, Ana Luiza

Oliveira, fez um pequeno relato sobre o Abrigo, agradeceu o apoio do Shopping Center Lapa,

e convidou a cantora Gal Borges para iniciar sua apresentação.

Intercalando às músicas do cancioneiro popular brasileiro, a cantora, fez pequenas citações,

incentivando as pessoas ali presentes a doarem cupons fiscais para o benefício do Abrigo.

Durante a apresentação da cantora, foram distribuídos folders explicativos às pessoas que

estavam na praça de alimentação.

Pela tarde, Jeferson Ribeiro, componente do grupo, novamente falou sobre o AMMA,

agradeceu o apoio do Shopping Center Lapa e apresentou a cantora. Em seguida, Gal Borges

fez sua apresentação e sugeriu que as pessoas continuassem a fazer suas doações.

Concomitantemente à apresentação foram entregues os folders explicativos do Abrigo.

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As caixas coletoras ficaram no shopping até o dia 20 de maio de 2008, quando foram

recolhidas pelo grupo.

Cronograma da Ação

08 de abril de 2008 – Aquisição das caixas coletoras;

01 de maio de 2008 – Fechada à parceria com os estabelecimentos para as caixas coletoras;

03 de maio de 2008 – Entrega dos folders;

06 de maio de 2008 – Contato com a cantora Gal Borges;

09 de maio de 2008 – Entrega das camisas e bonés;

15 de maio de 2008 – Realização da ação do Shopping Center Lapa;

20 de maio de 2008 – Recolhimento das notas fiscais.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/Hora Valor Total

01 Cantora R$ 25,00 R$ 100,00

TOTAL: R$ 100,00

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

1000

01

Folders

Banner

R$ 0,50

R$ 85,00

parceria

R$ 85,00

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04

01

Água para cantora

Som

R$ 1,50

R$ 500,00

R$ 6,00

parceria

TOTAL: R$ 91,00

Recursos Físicos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01 Shopping Center Lapa R$ 0,00 parceria

TOTAL: parceria

TOTAL GERAL: R$191,00

Controle

O grupo acompanhou a confecção do material de divulgação, a instalação do equipamento de

som no shopping, a distribuição dos folders e a apresentação da cantora. O planejamento foi

seguido sem mudanças.

Avaliação

A ação “AMMA em Canto” alcançou os objetivos propostos, sociedade soteropolitana pode

conhecer o Abrigo e a marca do AMMA foi divulgada, através do folder institucional. Os

consumidores do shopping foram entretidos pela cantora Gal Borges e estimulado a doarem as

notas ficais dos produtos consumidos, através disto, foram arrecadadas, aproximadamente,

mil e quinhentas notas fiscais. Com a ação, também, houve a possibilidade de aproximação

com o Shopping Center Lapa, que se mostrou receptivo para a realização de outras ações

conjuntas.

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12.12. “AMMA em Imagens”

Tipologia: Campanha Institucional.

Público alvo: Público externo (sociedade).

Data: Junho de 2008.

Objetivos

Fortalecer a imagem do AMMA;

Divulgar a marca do Abrigo.

.

Justificativa

A sociedade soteropolitana afirmou em pesquisa que desconhecia o Abrigo Mariana

Magalhães, logo não poderia ajudá-lo. O AMMA não utilizava a comunicação para divulgar

sua marca e ser conhecida. O grupo percebeu a necessidade de promover a imagem da

instituição, para atrair parceiro e captar recursos, utilizando a ferramenta Vídeo Institucional,

por ser um instrumento da comunicação de massa, tem um amplo alcance.

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Mecânica

A pesquisa realizada pelo grupo, indagou os entrevistados sobre os critérios que eles

considerariam para ajudar uma instituição de idosos, 34,0% afirmaram que o comentário de

outra pessoa é fundamental. A proposta de realizar um vídeo institucional, a ser veiculado

gratuitamente nas redes de televisão locais, não permitia que fosse trabalhado o depoimento

sobre o abrigo, pois a duração do vídeo é de 15 segundos, sendo necessária a utilização de

textos curtos de fácil compreensão.

Neste contexto, o grupo decidiu não utilizar os depoimentos, mas sim, utilizar imagens de

idosas, para que houvesse a associação do emissor da mensagem, o Abrigo, com as

ilustrações. O argumento persuasivo utilizado foi relação do AMMA com uma instituição que

oferece o cuidado, o carinho, amor, companhia e proporciona uma melhor qualidade de vida

às idosas. Para explicitá-lo, cada imagem foi acompanhada por uma frase, como “Procura-se:

amor”, “Procura-se: carinho”, “Procura-se: qualidade de vida”, “Procura-se: companhia” e

“Procura-se: saúde”; e uma melodia acompanhou a transição das figuras. Após a sucessão das

fotos, utilizou-se o argumento apelativo com o símbolo do AMMA e a frase “Abrace essa

causa!”. O locutor fala: ”Abrigo Mariana Magalhães. Essa causa depende de você” e a

assinatura do vídeo aparece, com a marca do Abrigo. Fizemos a edição do vídeo e a gravação

da voz no estúdio de rádio e TV da Universidade Católica do Salvador.

O grupo conseguiu a parceria com a TV Educadora e com a TV UCSal para veicular o vídeo,

no mês de junho de 2008, com 8 e 4 inserções diárias, respectivamente.

Cronograma da Ação

23 de abril de 2008 – Criação do roteiro de vídeo;

24 de abril de 2008 – Escolha das imagens;

29 de abril de 2008 – Gravação do áudio;

02 de maio de 2008 – Edição do vídeo;

06 de maio de 2008 – Finalização em DVD.

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299

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/hora Valor Total

01

01

Profissional de Edição VT

Profissional de Edição de voz

R$ 0,00

R$ 0,00

parceria

parceria

TOTAL: parceria

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

06

01

Mídia de DVD

Ancine

R$ 1,00

R$ 100,00

R$ 6,00

R$ 100,00

TOTAL: R$ 106,00

Recursos Físicos

Quantidade Discriminação Valor/hora Valor Total

01 Estúdio de edição e gravação R$ 80,00 R$ 160,00

TOTAL: parceria

TOTAL GERAL: R$106,00

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300

Controle

A ação foi controlada através do acompanhamento da produção do vídeo, quando foram

escolhidas as fotos, gravado o áudio e feita a edição; para que tudo ocorresse como o

planejado e o conceito definido fosse seguido.

Avaliação

A ação será avaliada após a veiculação do vídeo nos canais escolhidos, observando se os

objetivos foram atendidos, se a mensagem foi claramente entendida e se houve o aumento no

número de doações para o AMMA.

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301

12.13. “Comunidade AMMA”

Tipologia: Mala Direta

Público alvo: Público externo (sociedade - comunidade).

Data: 19 de maio de 2008.

Objetivos

Estreitar o relacionamento com a comunidade;

Captar recursos matérias e físicos;

Divulgar a marca do Abrigo.

Justificativa

O Abrigo Mariana Magalhães não possui relacionamento com os moradores do bairro dos

Barris. Através das pesquisas aplicadas foi constatado que 70,75% não conhecem o AMMA.

Por conta disso, foi pensado na mala direta, por ser uma ferramenta de fácil manuseio e que

pode ser personalizada para cada morador.

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302

Mecânica

O grupo identificou a necessidade de estreitar relacionamento com a comunidade onde o

Abrigo está inserido. Para isto, mapearam-se as residências e prédios residências do bairro dos

Barris e Piedade, levantando a quantidade de material que seria necessário para alcançar toda

a região.

Para atingir os objetivos propostos, confeccionou-se uma carta, convidando os moradores a

conhecerem o AMMA e a doarem notas ficais e recursos; a ser entregue junto com o folder

institucional, que apresenta texto sobre o Abrigo, fotos das abrigadas e dados bancários.

A carta foi produzida em papel sulfite branco, no formato ½ A4, e o folder em papel couchê,

tamanho 1/3 de A3, com duas dobras. Desenvolvemos o layout de acordo com o conceito das

outras peças de comunicação do AMMA, utilizando a marca, o símbolo deslocado,

predominando o uso das cores azul e vermelha e uma mensagem clara e de fácil compreensão.

No dia da ação os integrantes da equipe estavam com camisas padronizadas, divulgando

assim a marca do AMMA. Para entregar o material de divulgação e captação, formaram-se

duplas distribuídas pelas ruas dos Barris e da Piedade.

As duplas entregaram o material aos moradores das casas e aos porteiros dos prédios,

explicaram a localização do Abrigo e a necessidade da ajuda da comunidade para a

manutenção da causa. Em alguns locais, colocaram nas caixas de correspondências, por não

haver pessoas na residência.

Cronograma da Ação

03 de maio de 2008 – Entrega dos folders;

09 de maio de 2008 – Entrega das camisas;

13 de maio de 2008 – Confecção das cartas;

19 de maio de 2008 – Realização da ação.

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303

Planilha de Investimentos

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

500

500

10

Folders

Cartas

Camisa

R$ 0,50

R$ 0,50

R$ 8,78

R$250,00

R$250,00

R$87,80

TOTAL: R$ 587,80

TOTAL GERAL: parceria

Controle

A ação foi controlada através do mapeamento da área, sendo observando as ruas e as

residências a serem percorridas para a entrega. A equipe, ao controlar a ação, percebeu a

necessidade de entregar as cartas e folders aos estabelecimentos comerciais.

Avaliação da Ação

Através da ação a comunidade pode conhecer o trabalho desenvolvido pelo AMMA, iniciando

a formação de uma imagem positiva da instituição e criando o desejo de conhecer a causa e

ajudá-la.

Como resultado positivo da ação, o AMMA receberá uma doação de gêneros alimentícios

feita pelo Conjunto Cultural da Caixa, que fica localizado à Avenida Carlos Gomes, centro da

cidade. Uma funcionária da fundação recebeu em seu apartamento nos Barris a carta do

Abrigo e resolveu ajudar a instituição, destinando para ele os alimentos dados pelos visitantes

como ingresso às exposições do Conjunto.

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304

A administração do AMMA pode evidenciar que o uso planejado da comunicação e suas

ferramentas podem promover a imagem da organização, auxiliado na captação de recursos e

prospecção de parcerias.

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305

12.14. “Seja AMMA Você Também!”

Tipologia: E-mail.

Público alvo: Público externo (sociedade – empresários).

Data: 20 de maio de 2008.

Objetivos

Estreitar o relacionamento com os empresários soteropolitanos;

Captar recursos matérias e físicos;

Divulgar a marca do Abrigo.

Justificativa

Na análise do macroambiente, evidenciou-se que o Brasil enfrenta uma boa fase econômica,

que propicia o investimento das empresas brasileiras no terceiro setor, agindo socialmente

com responsabilidade e praticando a doação de recursos. Visto que o Abrigo não possui

relacionamento com os empresários de Salvador, a equipe procurou iniciar esse processo,

mostrando inicialmente como as empresas podem ser socialmente responsáveis. A ferramenta

escolhida para isso foi o e-mail.

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306

Mecânica

A equipe elaborou um breve texto agradecendo ao empresário por estar lendo a mensagem,

convidando-o a conhecer o AMMA, explicitando as formas de dedução da doação no imposto

de renda e como ele poderia ajudar o Abrigo.

Elaborou-se um layout para a mensagem, contendo a marca do Abrigo, o endereço e contatos,

o símbolo e o slogan “Abrace essa causa!”. Foram utilizados os mesmos conceitos do folder

institucional para dar unidade gráfica às ferramentas, como as cores e ilustrações. Procurou-se

produzir uma mensagem clara e atrativa, mas que fosse de baixa resolução gráfica, pois a

mesma foi enviada por e-mail e neste tipo de canal, a internet, deve-se privilegiar a rapidez e

o dinamismo.

A mensagem foi enviada aos empresários presentes no mailing list de Michele Marie,

compunham os diversos setores produtivos, como o segmento alimentício, saúde, transporte,

lazer e construção; e poderiam ser parceiros do AMMA.

Cronograma da ação

18 de maio de 2008 – Confecção da mensagem;

19 de maio de 2008 – Seleção do mailing list;

20 de maio de 2008 – Envio dos e-mails.

Recursos

A ação foi desenvolvida pela equipe com os recursos já existentes, como computador, internet

e mailing list.

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Controle

A equipe monitorou a criação da mensagem e do layout, a escolha dos empresários e o envio

dos e-mails.

Avaliação da Ação

A ação “Seja AMMA Você Também” foi avaliada através dos números de telefonemas

recebidos de empresários interessados em conhecer a instituição. Uma semana após o envio, o

Abrigo contabilizou 5 ligações de pessoas buscando mais informações sobre a instituição e

como ajudá-la e recebeu dois e-mails respondendo o que foi enviado. Acredita-se que os

resultados significativos da serão vistos há médio prazo.

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308

12.15. “AMMA INFORMA!”

Tipologia: Press-kit.

Público Alvo: Público Externo (Imprensa).

Período: 01 de junho de 2008.

Objetivos

Valorizar os jornalistas;

Iniciar o relacionamento do AMMA com a Imprensa;

Divulgar a marca do Abrigo.

Justificativa

O AMMA não tem um relacionamento com a imprensa. Durante o reconhecimento da

realidade da instituição, o grupo observou que os veículos de informação procuram o Abrigo

para realizar matérias, mas não há uma preocupação da organização em estreitar relações com

os jornalistas, gerando assim mídia espontânea.

Para iniciar a aproximação do AMMA com os jornalistas, criou-se um press-kit a ser

distribuído nos principais veículos de comunicação baianos, no Dia da Imprensa, 1º de junho

de 2008.

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309

Mecânica

Confeccionou-se um press-kit contendo squeeze, uma caneta, folder, releases sobre o AMMA

e um bloco de anotações, embalados em sacola de cami, com laço de fitas. Todos os itens

citados foram personalizados com a marca do AMMA e o contato telefônico.

No Dia da Imprensa, o grupo distribuiu os press-kits para as principais editorias locais dos

veículos: A Tarde, Tribuna da Bahia, Correio da Bahia, TV Bahia, TV Record, TV Aratu,

BAND e TVE.

Cronograma de Ação

23 de abril de 2008 – Pedido dos brindes;

20 de maio de 2008 – Organização do mailing list;

01 de junho de 2008 – Entrega dos press-kits.

Planilha de Investimentos

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

20

20

20

20

Squeezes

Canetas

Folders

Sacolas de Cami

R$ 2,40

R$ 0,89

R$ 0,50

R$ 2,50

R$48,00

R$17,80

R$10,00

R$ 50,00

TOTAL GERAL: R$ 125,80

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310

Controle

A ação foi controlada pela equipe, que se dividiu para acompanhar a produção dos brindes,

dos kits e dos releases; e a entrega deles nos veículos.

Avaliação

Esta ação será avaliada há médio prazo, já que, o objetivo proposto foi a iniciar a

aproximação com a imprensa. A avaliação deve considerar o clipping das matérias

relacionadas ao Abrigo que saírem na mídia.

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311

13. AÇÕES SUGERIDAS

13.1. “AMMA Comunica”

Tipologia: Estágio.

Público alvo: Público externo (estudantes universitários).

Objetivos

Implantar um setor de comunicação;

Manter a rede de relacionamentos com os públicos estratégicos;

Dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo G1.

Justificativa

O AMMA deve manter a gestão da comunicação e dos seus relacionamentos iniciada pelo G1,

monitorando os resultados obtidos pelas ações implementadas e desenvolvendo e criando

novas ferramentas comunicacionais.

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312

Mecânica

A vaga para estágio será divulgada na Universidade Católica do Salvador, na Universidade

Salvador e na Universidade do Estado da Bahia, para os cursos de comunicação com

habilitação em relações públicas, através de cartazes informando os pré-requisitos para

concorrer à vaga, o período de inscrição e seleção e a carga horária e remuneração. A Ministra

do Abrigo, com o apoio de um componente do G1, ficará responsável pela seleção de um

estagiário que possa dar continuidade ao trabalho de comunicação que foi iniciado na

instituição ao longo desses dois semestres. Deverá ser analisado, além do currículo e histórico

dos candidatos, o conhecimento das atividades e funções das relações públicas, através de

uma entrevista.

O candidato selecionado deverá estagiar no Abrigo pelo período de um ano, com uma carga

horária de 20 horas semanais e receberá uma bolsa auxílio de R$ 415,00 reais. O horário será

flexível de acordo com o horário do curso, havendo a possibilidade de ser das 08h00min às

12h00min e das 14h00min às 18h00min.

Será responsabilidade do selecionado a promoção dos eventos institucionais, monitorar o

fluxo de informações e executar o planejamento da comunicação. A sala da coordenação será

utilizada para a Assessoria de Comunicação e terá a estrutura de um computador, aparelho de

fax com linha telefônica e material de escritório.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/hora Valor Total

01 Estagiário R$ 415,00 R$ 415,00

TOTAL: R$ 415,00

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313

Recursos Materiais

Serão necessários uma mesa, cadeira, computador, aparelho de fax e materiais de escritório. O

AMMA já dispõe dos materiais necessários.

Instrumento de controle

Será estabelecido entre a ministra e um componente do G1, um melhor dia para que possa

haver a seleção de currículos e as entrevistas; o processo de escolha do profissional; a

contratação do mesmo.

Instrumento de avaliação

A ministra ficará responsável por acompanhar as atividades que o profissional está

desempenhando. E através da observação e conversas informais também será possível avaliar

como está sendo o trabalho desenvolvido pelo estagiário no sentido de trazer benefícios que

para a instituição.

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13.2. “Conectado ao Mundo!”

Tipo de ação: Site.

Público alvo: Público externo (sociedade).

Objetivos

Divulgar a instituição;

Propagar e fortalecer a filosofia e a história do Abrigo;

Captar recursos materiais e físicos;

Justificativa

Constatou-se em pesquisa que 71% das pessoas entrevistadas não conhecem o Abrigo e

15,8% estariam dispostas a ajudar financeiramente. Para tanto é necessário que o Abrigo

utilize ferramentas modernas, de longo alcance, afim de que se torne conhecido.

A internet é uma ferramenta de comunicação de massa, tem um alcance mundial e oferece

informações gratuitamente sobre os mais variados temas. Logo, o Abrigo deve utilizá-la para

divulgar a sua causa e atrair parceiros. Para isso, indicou-se a construção de um site.

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Mecânica

O site será construído pela Uzon Informática e terá as seguintes seções:

“O AMMA”: contendo a história da organização e a filosofia;

“Promovendo a qualidade de vida”: com textos sobre os serviços do AMMA e o

amparo às idosas;

“Nossos parceiros”: notas sobre os parceiros com links para o site deles;

“AMMA acontece”: seção de notícias sobre a instituição e um local para divulgar

as campanhas de arrecadação;

“Ajude o AMMA”: com as formas que a sociedade pode ajudar o Abrigo;

“Utilidade Pública”: onde serão colocados textos sobre a melhor idade e o

envelhecimento sadio;

“Balanço Social”: informações sobre as contas do Abrigo, uma prestação de contas

para a sociedade das doações.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/site Valor Total

01 Web Design R$970,00 R$ 970,00

TOTAL: R$970,00

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316

TOTAL GERAL: R$970,00

Instrumento de Controle

Será acompanhado todo o desenvolvimento do site, desde seu layout, até as informações que

estarão contidas nele, sendo atualizados constantemente.

Instrumento de Avaliação

O site será monitorado, através do número de acessos à página.

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13.3. “Dia-Dia AMMA”

Tipologia: Cartilha.

Público alvo: Público externo (abrigadas).

Objetivos

Manter as abrigadas informadas sobre as atividades do Abrigo;

Estreitar o relacionamento com as moradoras.

Justificativa

O Abrigo não possui um instrumento de comunicação formal, destinado às moradoras, com

informações sobre a rotina das atividades diárias, a programação das festividades anuais e

normas da instituição. Através do convívio no AMMA, o grupo pôde observar que normas e

procedimentos previstos no estatuto eram descumpridos, como conseqüência do

desconhecimento dos mesmos pelas moradoras. Para tanto será necessário desenvolver uma

cartilha com orientações que as mantenham informadas.

Mecânica

Serão confeccionadas cartilhas que receberão o nome “Dia a Dia AMMA”. Sua formatação

deverá conter figuras ilustrativas (coloridas) e texto com orientações no que diz respeito aos

horários e normas de todas as atividades diárias desenvolvidas pelo AMMA. Em anexo, trará

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um calendário das atividades comemorativas da instituição. O texto deverá ter uma linguagem

direta, clara e acessível às idosas. Serão confeccionadas cartilhas em papel sulfite, com a capa

em papel couchê, contendo 08 páginas, tamanho ½ A4. A entrega deverá ser realizada por um

colaborador do AMMA que irá informar cada moradora sobre a sua importância.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/hora Valor Total

01 Design R$100,00 parceria

TOTAL: parceria

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

70 Cartilhas R$ 2,00 R$ 140,00

TOTAL: R$140,00

TOTAL GERAL: R$ 140,00

Instrumentos de controle e avaliação

O colaborador responsável pela entrega das cartilhas estará com uma lista contendo o nome

de todas as moradoras para confirmar o recebimento da cartilha. A avaliação será feita,

quinze dias após a entrega, através da aplicação de questionários.

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13.4. “O Sorriso de Quem é AMMA!”

Tipologia: Parceria.

Publico alvo: Público externo (abrigadas).

Objetivos

Incentivar o cuidado à saúde e qualidade de vida às abrigadas

Valorizar as abrigadas e aumentar a auto-estima;

Estreitar o relacionamento com as moradoras.

Justificativa

A pesquisa apontou que 59,09% das abrigadas recebem até R$380,00 reais por mês, uma

parcela deste valor é destinada à manutenção da instituição. Logo, elas não têm recursos para

realizarem tratamentos dentários, que são caros. A baixa receita do AMMA e a falta de infra-

estrutura, também, não favorecem para que ele ofereça esse tipo de serviço. Para suprir esta

necessidade, será firmada uma parceria entre o Abrigo e a Faculdade de Odontologia, da

Universidade Federal da Bahia.

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Mecânica

O Abrigo deverá firmar um convênio com a direção da Faculdade de Odontologia da UFBA,

para que as abrigadas sejam atendidas pelos alunos do Curso de Odontologia, no Núcleo de

Assistência Odontológica, localizado na Avenida Ademar de Barros, 500 – Ondina.

O Abrigo deve preparar cartazes em A3, informando as idosas sobre a parceria e indicando

que as interessadas devem preencher a ficha de inscrição na Coordenação.

Após levantar o número de interessadas, o AMMA deve agendar um dia para elas no Núcleo e

informá-las através da fixação da lista com os dias e horários no quadro de avisos e de um

aviso individual, para que elas coloquem em um local visível em seus quartos.

O Abrigo providenciará um veículo de transporte para conduzi-las até as consultas, para

diminuir os gastos com o transporte, devem ser agendados 4 atendimentos por dia ou o

número cabível no automóvel. As abrigadas serão acompanhadas por um funcionário do

AMMA.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01 Dentista R$0,00 parceria

TOTAL: R$0,00

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Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01

Carro para transporte das

abrigadas

R$350,00

R$350,00

TOTAL: R$350,00

Recursos Físicos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01 Consultório Odontológico R$0,00 parceria

TOTAL: R$0,00

TOTAL GERAL: R$350,00

Instrumento de controle e avaliação

O controle será feito através da presença dos colaboradores ou voluntários que irão

acompanhar as senhoras e observar o atendimento prestado. A avaliação será feita através dos

resultados nos atendimentos, bem como conversas com as senhoras e médicos.

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13.5. “Grandes Damas Baianas”

Tipologia: Chá Beneficente.

Público alvo: Público externo (sociedade).

Objetivos

Captar recursos;

Criar o relacionamento com a alta sociedade soteropolitana;

Divulgar o Abrigo para a sociedade.

Justificativa

Os recursos do Abrigo são provenientes da ajuda mensal dada pelas abrigadas, para a

manutenção dos serviços, e do Programa “Sua Nota é um Show”. A instituição precisa

estreitar o relacionamento com a sociedade, prospectando possíveis doadores. Como já foram

realizadas ações tendo o público alvo a sociedade soteropolitana em geral e os empresários

baianos, escolhemos as mulheres formadoras de opinião para direcionar esta atividade. Para

estreitar o relacionamento com estas e captar recursos, será promovido um chá beneficente.

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Mecânica

Será oferecido para as senhoras da sociedade baiana um chá beneficente, realizado em

parceria com uma casa de chá da cidade. O evento acontecerá no Museu do Traje e do Têxtil

com o tema “Mariana Magalhães”, tendo como objetivo apresentar às senhoras presentes a

causa social do Abrigo Mariana Magalhães e com isso conseguir doações e parcerias. Será

elaborada uma lista com o nome das principais socialites e formadoras de opinião

soteropolitana. Terá como anfitriã Paula Magalhães, jornalista do Correio da Bahia,

pertencente a uma das famílias tradicionais do Estado.

Os convites serão enviados para cada participante que poderão contribuir através da aquisição

de mesas, no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), com a liberdade de convidar cinco amigas

para acompanhá-las ao evento. A divulgação do evento será feita através de agendamento

prévio com a imprensa, com divulgação nas principais editorias de cultura.

O evento terá início às 17h00min no auditório do Museu. Na estrutura externa do Instituto

estarão expostos os banners dos parceiros dessa ação. Integrantes da Ordem farão o receptivo

as convidadas, todos trajados formalmente, mulheres e homens de terno.

Precedendo a realização do chá, acontecerá uma palestra cujo tema será “O papel da mulher

no século XXI”, ministrada por (nome da pessoa), no intuito de divulgar o nome de Mariana

Magalhães, a marca do Abrigo e das empresas parceiras, além de mostrar às convidadas a

importância do desenvolvimento de suas atividades na sociedade.

Como atração às convidadas, durante o evento haverá um som ambiente, piano e saxofone, ao

vivo. Os visitantes receberão um folder institucional das empresas parceiras e do Abrigo com

o número da conta corrente para futuras doações. O Coral da Ordem Franciscana da Piedade

fará uma apresentação de músicas populares brasileiras.

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Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01

01

01

01

Coral Anos Dourados

Palestrante

Pianista

Saxofonista

R$0,00

R$0,00

R$0,00

R$0,00

parceria

parceria

parceria

parceria

TOTAL: R$0,00

Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

100

100

Convites personalizados

Serviço de Chá

R$10,00

R$29,90

R$1000,00

R$2.990,00

TOTAL: R$3.990,00

Recursos Físicos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01

01

Museu

Ambientação

R$0,00

R$500,00

parceria

R$500,00

TOTAL: R$0,00

TOTAL GERAL: R$4.490,00

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325

Instrumento de Controle e Avaliação

O chá será organizado pelo AMMA e pela casa de chá parceira, que serão responsáveis por

todo andamento do evento, sendo observados todos os pontos e fazendo os ajustes

necessários. A avaliação será feita, baseada no aumento das doações e o surgimento de novas

parcerias para o Abrigo.

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326

13.6. “Dançar é Viver!”

Tipologia: Evento.

Público alvo: Público externo (abrigadas).

Objetivos

Incentivar as abrigadas a praticar exercícios físicos;

Valorizar as abrigadas e aumentar a auto-estima;

Promover a socialização entre as abrigadas;

Estreitar o relacionamento com as moradoras.

Justificativa

O processo de envelhecimento trás consigo a perda do equilíbrio e a diminuição da

capacidade motora, ocasionando quedas. Estes efeitos da velhice podem ser atenuados através

da prática de exercícios físicos específicos para a melhor idade, que respeitem as limitações

da idade, como a dança de salão. O desenvolvimento periódico da atividade ajuda no

funcionamento do cérebro, estimulando áreas que estão em desuso, como também, é uma

maneira de manter uma convivência harmoniosa com outras pessoas e de se distrair,

diminuindo o tempo ocioso.

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Mecânica

Será feita uma parceria com um professor de dança, que irá dispor um dia da semana para

aplicar técnicas corporais com as moradoras.

As aulas com o profissional serão realizadas no Salão Marina Seabra, tendo duração de 50

minutos no período da tarde. Durante esse tempo serão desenvolvidos conhecimentos sobre

danças de salão, envolvendo aspectos de movimentação corporal e sua diversidade de ritmos

musicais. Esse evento dará oportunidade às moradoras participantes a escolher, colaborar e

opinar junto ao profissional sobre os ritmos preferidos. Ao final de cada semestre haverá uma

confraternização de encerramento para recesso. O AMMA disponibilizará equipamento de

som, mesas e cadeiras.

O primeiro encontro será divulgado através de dois cartazes de tamanho A3 e 70 convites. Os

cartazes serão fixados uma semana antes do evento de divulgação, em locais estratégicos para

que todas possam visualizá-los, como: hall de entrada e refeitório, sendo que

concomitantemente serão entregues os convites a cada moradora, explicando o objetivo do

evento.

Planilha de Investimentos

Recursos Humanos

Quantidade Discriminação Valor/hora Valor Total

01 Profissional de dança R$ 0,00 parceria

TOTAL: R$ 0,00

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Recursos Materiais

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

02

70

Cartazes A3

Convites

R$ 3,50

R$ 0,53

R$ 7,00

R$ 37,10

TOTAL: R$ 44,10

Recursos Físicos

Quantidade Discriminação Valor Unitário Valor Total

01 Sonorização R$ 0,00 parceria

TOTAL: R$ 0,00

TOTAL GERAL: R$ 44,10

Instrumentos de controle e avaliação

As aulas serão supervisionadas por uma pessoa pertencente ao conselho da Ordem, está será

responsável por dar suporte ao professor e monitorar o desempenho das idosas. A avaliação

será feita através da freqüência das idosas nas aulas. Utilizar-se-á o método de observação

para avaliar o comportamento das abrigadas ao desenvolver as atividades.

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14. CONCLUSÃO

A qualidade na prestação dos serviços, atualmente, por si só não garantem o progresso de uma

organização. O aumento da concorrência entre as instituições do terceiro setor em busca de

parcerias, mostra que o crescimento organizacional vai além dos setores administrativos e

mercadológicos e que o investimento no relacionamento entre a organização e seus

stakeholders deve ser uma prioridade.

A maneira como essa rede de relacionamento é desenvolvida afeta diretamente a imagem da

organização, pois, é preciso que haja comprometimento tanto da organização quanto dos seus

públicos. Com isso, podemos afirmar que uma organização que deseje ser bem sucedida e ter

uma boa imagem para os seus stakeholders, deve encarar o plano de comunicação como uma

ferramenta essencial para atingir estes objetivos.

O papel dos profissionais de Relações Públicas é de primordial importância para gerir a

comunicação organizacional. É válido ressaltar que este papel nas organizações do Terceiro

Setor é tão ou mais necessário do que nos outros setores, na medida em que os públicos de

interesse destas organizações são igualmente os que irão promover a sua sustentação.

Este Projeto Experimental buscou atentar o AMMA para a importância da comunicação

estrategicamente gerenciada por um profissional de Relações Públicas, como também, buscou

a otimização dos serviços prestados. É um trabalho realizado sobre bases teóricas e práticas,

no qual foram utilizados conhecimentos adquiridos no período acadêmico, convertendo-os em

experiência profissional para a equipe, por ser um trabalho concreto de assessoria de

comunicação voltado para uma organização/cliente.

Para alcançar os objetivos propostos, o diagnóstico da instituição foi elaborado através dos

resultados obtidos nas pesquisas qualitativas e quantitativas realizadas com seus públicos de

interesse; da análise dos ambientes internos e externos da organização; de pesquisas

bibliográficas e analise de sua estrutura administrativa. Este processo nos permitiu conhecer o

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Abrigo Mariana Magalhães, seus públicos e relacionamentos, suas potencialidades e

fragilidades e as oportunidades e ameaças dos cenários no qual a instituição está inserida.

Após uma análise de todos os dados obtidos, diagnosticamos que o AMMA possuía alguns

problemas de comunicação com os seus públicos de interesse, como também não possuía

visibilidade perante a sociedade, pois poucas pessoas tinham ouvido falar da instituição e do

seu trabalho. Notamos inclusive, que esta falta de visibilidade era o fator responsável pela

dificuldade da instituição prospectar parcerias e captar recursos. Logo, foram propostas ações

de comunicação e de marketing para promover o Abrigo Mariana Magalhães na sociedade e

estreitar os relacionamentos com os seus públicos estratégicos.

Na consecução das ações, programas de reestruturação dos canais de comunicação

administrativa foram implantados, de modo que as informações fossem dirigidas aos seus

públicos de interesse. Foram criadas propostas de descentralização dos canais de comunicação

interna, como forma de diminuir os efeitos de informalidade e aumentar a participação dos

colaboradores nas decisões da organização. Novas ferramentas de comunicação foram

desenvolvidas para os públicos interno e externo, com objetivo de divulgar a filosofia, a causa

e a história da instituição e assim disseminar a sua identidade corporativa. Desenvolvemos

também atividades de integração e motivação para os colaboradores e estagiários, a fim de

estreitar relações entre estes dois grupos. Ferramentas de comunicação institucional

juntamente com as de marketing foram implantadas proporcionando uma maior socialização

entre as abrigadas, como também, foram desenvolvidos novos canais de comunicação entre a

instituição e este público, para dar mais visibilidade as atividades desempenhadas pela

organização.

Para promover a imagem institucional do AMMA foram realizadas blitz e ações de

notoriedade, como a veiculação de um vídeo televisivo; realização de uma campanha de

arrecadação de notas fiscais em parceria com o Shopping Center Lapa e algumas empresas do

segundo setor; envio de press kits para a imprensa; emissão de malas diretas, convidando a

comunidade a conhecer o Abrigo e doar cupons fiscais; criação e distribuição do portifólio da

instituição para alguns setores da sociedade, como um auxílio na busca de parceiros e

recursos; criação de uma nova sinalização externa, que permitiu que as pessoas identificassem

e localizassem a instituição com mais facilidade e o e-mail marketing para os empresários

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soteropolitanos, com informações sobre as formas de doações e os benefícios adquiridos na

dedução do imposto de renda.

Através destas ações de comunicação e marketing os objetivos propostos no planejamento

estratégico do Abrigo Mariana Magalhães foram alcançados. Os programas implementados

foram capazes de divulgar a marca do AMMA, difundir sua causa, prospectar parceiros e

obter recursos, ajudando o Abrigo a se posicionar como uma instituição séria, que propicia

um trabalho voltado às causas sociais, no amparo e cuidado as idosas. Entretanto, entendemos

que a comunicação não é estática, necessita constantemente de manutenção e de novas

estratégias de gerenciamento, deste modo, além das ações implementadas foram sugeridas

novas ações para dar sustentação ao plano de comunicação desenvolvido para a instituição.

A elaboração deste plano de comunicação para o Abrigo Mariana Magalhães demonstrou para

o grupo a eficácia das funções do profissional de Relações Públicas para organizações do

terceiro Setor. Verificamos ainda, que através de uma comunicação planejada e de

ferramentas estruturadas estes profissionais poderão auxiliar estas organizações a manter e

fortalecer os seus relacionamentos, conseguindo bons resultados para a sua imagem

institucional.

Os resultados conquistados com este trabalho serão fatores relevantes para a nossa formação

acadêmica e crescimento profissional, na medida em que o Abrigo Mariana Magalhães passou

a reconhecer a importância da comunicação como um instrumento eficaz para a sua rede de

relacionamentos. Com este reconhecimento por parte da organização adquirimos mais

segurança e confiança para o mercado de trabalho, tendo inclusive, conquistado a nossa

primeira referência profissional.

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16. ANEXOS