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Faculdade de Tecnologia de Garça - Fatec Garça CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL JACSON CAMPI COSTA MARCUS VINICIUS TAVATES SAMPAIO PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE BOBINADEIRA Garça 2012

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Faculdade de Tecnologia de Garça - Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

JACSON CAMPI COSTA

MARCUS VINICIUS TAVATES SAMPAIO

PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE BOBINADEIRA

Garça

2012

Faculdade de Tecnologia de Garça - Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

JACSON CAMPI COSTA

MARCUS VINICIUS TAVARES SAMPAIO

PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE BOBINADEIRA

Artigo Científico apresentado á Faculdade de

Tecnologia de Garça – FATEC, como

requisito para conclusão do Curso de

Tecnologia em Mecatrônica Industrial,

examinado pela seguinte comissão de

professores:

__________________________________

Prof. Dr. Dani Marcelo Nonato Marques

FATEC Garça

__________________________________

Prof. Ms. Edson Detregiachi Filho

FATEC Garça

__________________________________

Prof. Dr. Ulysses de Barros Fernandes

FATEC Garça

Data da Aprovação: ___/___/___

Garça

2012

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Indutores ................................................................................................................. 2

Figura 2 – Representação do motor de passo com duas fases e dois estatores. ........................ 6 Figura 3 - Uma- Duas fases .................................................................................................... 7

Figura 4 - Placa de circuito impresso. ..................................................................................... 8 Figura 5 - Imagem do Microcontrolador MC9S08AC32 ......................................................... 8

Figura 6– Estrutura do protótipo........................................................................................... 11 Figura 7- Suporte para o carretel de fios de cobre ................................................................. 12

Figura 8- Tensionador .......................................................................................................... 12 Figura 9-Roldanas, uma escrava e a outra motora. ................................................................ 13

Figura 10-Guia fixo. ............................................................................................................. 13 Figura 11-Eixo. .................................................................................................................... 14

Figura 12-Faca. .................................................................................................................... 14 Figura 13-Mecanismo de extração. ....................................................................................... 15

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 1

1.1 Automação em Pequenas e Médias Empresas ..................................................... 2

1.2 Indutores ............................................................................................................ 2

1.3 Microcontrolador ............................................................................................... 3

1.4 Motor de Passo ................................................................................................... 3

1.4.1 Motores de passo unipolares............................................................................... 4

1.4.2 Motores de passo bipolares ................................................................................ 4

1.5 Controle de Motor de Passo ............................................................................... 5

1.5.1 Uma - duas fases ................................................................................................ 6

2. METODOLOGIA ....................................................................................................... 7

3. DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 7

3.1 Placa lógica de controle ..................................................................................... 7

3.1.1 MC9S08AC32 Freescale ..................................................................................... 8

3.1.2 Ponte H .............................................................................................................. 9

3.1.3 MOSFET .......................................................................................................... 10

3.2 Estrutura Do Protótipo ..................................................................................... 10

3.1.1 Requisitos do projeto ........................................................................................... 11

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 15

REFERÊNCIA .................................................................................................................... 16

PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE BOBINADEIRA

Jacson Campi Costa

[email protected]

Marcus Vinicius Tavares Sampaio

[email protected]

ABSTRACT

The research that resulted in this article aimed to construct a prototype of coil winding

machine, for making coils used in audio amplifiers. The work explores the automation of a

process on a local industry with the development of a prototype. The coil winding machines

available in the market are significantly expensive, so the small and medium industries still

rely on manual process, which reduces the productive capacity, since the process required a

lot of manual adjustments, spending much time and workforce. The prototype aims to meet all

the proposed requirements, reducing costs and standardizing the product.

Keywords: Prototype. Coil Winding Machine. Machines. Process.

RESUMO

O trabalho de pesquisa que resultou no artigo objetivou a construção de um protótipo sobre

bobinadeira automática, para a confecção de bobinas, utilizadas em amplificadores de áudio.

O trabalho explora a automação de um processo em uma industria local com a elaboração de

um protótipo. As máquinas automáticas disponíveis no mercado possuem custos elevados, por

isso, as indústrias de pequeno e médio porte ainda recorrem ao processo manual, o que limita

sua capacidade de produção, pois o processo manual demanda muitos ajustes, consumindo

muito tempo de mão de obra. O protótipo tem como objetivo atender todos os requisitos

propostos, diminuindo custo e padronizando o produto.

Palavras-chave: Protótipo. Bobinadeira. Máquinas. Processo.

1

INTRODUÇÃO

O processo mais utilizado para fabricação dessas bobinas é o processo manual, onde

um fio de cobre esmaltado é medido, cortado e com o uso de um cadinho (recipiente de

cerâmica com estanho derretido) estanha as pontas do fio. Concluída esta etapa, é utilizada

uma bobinadeira manual, onde este fio é tensionado e enrolado em um carretel de diâmetro

conhecido controlando as voltas para que essa bobina não saia de sua especificação técnica.

Existem vários processos de bobinadeiras automatizadas, porém são caros e não

viáveis para empresas de pequeno e médio volume de produção. Desta forma este trabalho

busca propor um conceito ou técnica nova para redução de custo no processo de produção de

bobinas de núcleo de ar, a fim de viabilizar um processo automático para pequenas medias

empresas.

Será utilizado o método de estudo exploratório de um protótipo. Serão utilizados

softwares e aparelhos de medição.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A automação em processos produtivos se constitui na substituição do ser humano por

uma máquina, e apresenta maior confiabilidade e melhor precisão, realizando trabalhos onde

o ambiente é nocivo à saúde do trabalhador.

A automação é aplicada na indústria, não somente com o intuito de diminuir o número

de funcionários, mas também para o aumento da produtividade e da competitividade.

Segundo Ribeiro (2001, p. 12) “a automação é a substituição do trabalho humano ou

animal por máquina. [...] muitas pessoas pensam e temem que a automação signifique perda

de empregos, quando pode ocorrer o contrário.”.

Com o surgimento do circuito integrado e o microprocessador, a automação se tornou

viável no ambiente industrial.

“Com o advento do circuito integrado (1960) e do microprocessador (1970), a

quantidade de inteligência que pode ser embutida em uma máquina a um custo razoável se

tornou enorme” (RIBEIRO, 2001, p. 12).

2

1.1 Automação em Pequenas e Médias Empresas

Empresas de pequeno e médio porte podem utilizar da automação de processos,

aumentando assim sua produtividade e também sua competitividade.

Ribeiro (2001, p. 13) afirma que “empresas não podem competir economicamente

com outras por causa de sua baixa produtividade devida à falta de automação.”.

Na opinião de Rosário (2009, p. 15) “nos últimos anos, com a globalização, as

indústrias passaram por grandes transformações, com o intuito de se tornarem mais

competitivas.”.

As empresas de pequeno e médio porte devem estar atentas a processos que podem ser

automatizados, pois devido ao baixo poder aquisitivo, não é possível uma competição com

empresas de grande porte.

1.2 Indutores

O projeto tem como objetivo automatizar o processo de bobinar o indutor, que é

formado por um fio enrolado em forma de espiral.

De acordo com Braga (2001 p. 11) “os indutores ou bobinas são componentes

formados por espiras de fio esmaltado que podem ser enroladas numa forma sem núcleo, com

núcleo de ferro ou ferrite.”.

Na figura 1, aparece a simbologia e os tipos de indutores e seus aspectos.

Figura 1- Indutores

Fonte: Braga (2001, p. 11.)

3

O controle da quantidade de voltas (espiras) utilizou-se um microcontrolador, capaz de

processar informações e tomar as devidas decisões, para que o processo seja executado de

forma automática.

1.3 Microcontrolador

Os microcontroladores são dispositivos de tamanho reduzido, capazes de realizar

controle de máquinas e equipamentos eletroeletrônicos por meio de programas. São

dispositivos que reúnem em um único circuito integrado diversos componentes de um sistema

computacional simplificado. Em outras palavras, pode-se afirmar que um microcontrolador é

um pequeno microcomputador integrado em um único chip. Segundo Braga (2001, p. 14), “os

microprocessadores e os microcontroladores são um tipo especial de circuito integrado que se

destinam ao controle e processamento de informações na forma digital”.

Existem vários modelos de microcontroladores e várias marcas, o que possibilita ao

projetista analisar e escolher o que melhor se encaixa em seu projeto. Conforme Magoga

(2001, p. 53), em sua obra “a variedade de microcontroladores no mercado é muito grande,

entre os mais comuns podemos citar os da linha Intel 8031/32/51/52, a linha da Atmel 89Sxx,

a série PIC da Microchip, a linha 68xx da Motorola, COP8 da National entre vários outros

fabricantes”.

A utilização de circuitos discretos para o controle de motor de passo pode deixar o

circuito muito grande, na opinião de Braga (2008) “usando-se circuitos discretos para essas

etapas, têm-se o problema do espaço ocupado ser maior, além do aumento do custo, por isso a

utilização de microcontroladores nessas aplicações torna-se cada vez mais comum.”,

tornando-se essencial, realizando o controle do motor de passo monitorando sua posição e

executando alterações necessárias para as variáveis de processo.

1.4 Motor de Passo

O motor de passo, assim como motores comuns, converte energia elétrica em energia

mecânica, como caracteriza Santos Filho (2002, p. 22) “os motores de passo podem

apresentar duas ou quatro bobinas (fases) internas que, ao serem energizadas adequadamente,

4

permitem fazer o controle dos movimentos angulares discretos do rotor”. No entanto os

motores de passo possuem características que diferenciam seu funcionamento dos motores

comuns, uma dessas características é sua precisão, segundo Brites e Santos (2008, p. 3) “o

ponto forte de um motor de passo não é a sua força (torque), tampouco sua capacidade de

desenvolver altas velocidades - ao contrário da maioria dos outros motores elétricos - mas sim

a possibilidade de controlar seus movimentos de forma precisa.”.

1.4.1 Motores de passo unipolares

Os motores de passo unipolares mais comuns possuem duas bobinas com seis fios, e

cada bobina possui um Center-tape. Queiroz (2002, p. 3) alega que “o center-tape, tem como

função alimentar o motor, enquanto que os terminais quando aterrados, efetuam o controle do

movimento.”.

Ao submeter uma tensão em uma das bobinas, o campo magnético induzido no

estator, provoca um movimento de rotação no rotor do motor até atingir um determinado

ponto de equilíbrio. Este movimento é possível, pois as bobinas do motor são isoladas umas

das outras.

Como existem duas bobinas e duas direções em que a corrente pode fluir no motor. É

necessário então saber qual a sequencia correta que se devem aterrar os terminais para fazer o

motor girar continuamente, ou seja, saber qual a ordem correta dos fios que a corrente fluirá

para produzir um campo magnético que atrairá o rotor do motor para que ele gire em

sequencia.

1.4.2 Motores de passo bipolares

Os motores de passo bipolares possuem uma excelente relação tamanho/torque no qual

ao comparar um motor unipolar do mesmo tamanho proporcionam um torque superior.

O motor de passo bipolar não possui center-tape, é constituído por enrolamentos

separados. Por esta característica, o motor foi chamado de bipolar.

Os motores de passo bipolares mais comuns possuem quatro fios, onde um simples

teste de resistência mostra qual dos fios pertence a sua respectiva bobina.

5

Queiroz (2002, p. 10) afirma que “o circuito de controle de motor de passo utilizado

para inverter a polaridade, pode acionar tanto motores bipolares como unipolares. Os motores

bipolares são simplesmente motores unipolares sem os Center tapes.”.

1.5 Controle de Motor de Passo

Para trabalhar com motor de passo, assim como qualquer outro componente eletrônico

são necessário algumas informações. Segundo Brites e Santos (2008, p. 9) “as características

mais importantes que devemos ter atenção para controlar um motor de passo são a tensão de

alimentação e a corrente elétrica que suas bobinas suportam”.

Para que o motor de passo possa funcionar de forma correta e para obter maior

desempenho, é necessário saber a ordem correta de acionamento das bobinas, na opinião de

MOTORES... (2007, p. 38) “os motores de passo são formados por quatro bobinas que devem

ser excitadas numa certa ordem, ou ainda de acordo com o posicionamento desejado.” O

modo em que o motor ira atuar depende de qual característica será abordada. Para Brites e

Santos (2008, p. 9) “a forma com que o motor irá operar dependerá bastante do que se deseja

controlar. Há casos em que o torque é mais importante, outros a precisão ou a velocidade”. O

acionamento dessas bobinas depende da aplicação. Conforme a figura 2.

6

Figura 2 – Representação do motor de passo com duas fases e dois estatores.

Fonte: Santos Filho (2007)

1.5.1 Uma - duas fases

Para maior precisão no controle do motor de passo será adotado a configuração de

uma - duas fases. De acordo com Queiroz (2002, p. 10) “efetivamente dobra a sua precisão,

porém o torque não é uniforme a cada passo.”.

Na figura 3 as letras A, B, e representam as bobina e em azul estão sendo

energizadas. Podendo assim visualizar como as bobinas seriam acionadas no acionamento

Uma- Duas fases. Segundo MOTORES... (2007, p. 39) “uma e duas fases são excitadas

alternadamente levando o rotor ao movimento ou posição desejada.”.

7

Figura 3 - Uma- Duas fases

Fonte: Motores (2007).

2. METODOLOGIA

Utilizou-se o método de estudo exploratório de um protótipo. Para coleta de dados uma

entrevista será realizada junto à empresa que confecciona a bobina. Serão utilizados os

seguintes softwares, P-CAD 2006 para o desenho do circuito impresso, Codewarrior

Development Studio for Microcontrollers V6. 3, para o desenvolvimento do firmware do

microcontrolador, Top Solid Cad 2012 para o desenho da parte mecânica. Aferição das

tensões, correntes e resistências dos circuitos utiliza-se o multímetro e o paquímetro para

medir a mecânica, chapas, furos, eixos.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Placa lógica de controle

Para a lógica de controle utilizou-se um microcontrolador da Freescale, modelo

MC9S08AC32, O microcontrolador tem como função gerenciar o acionamento dos motores

de passo, informar em que passo o motor esta localizado, guardar e disponibilizar

informações.

8

Desenvolveu-se a placa de circuito impresso (PCI) através do Software P-CAD,

fabricada em uma placa de fenolite de face simples e fresada pelos autores. Como aparece na

figura 4.

Figura 4 - Placa de circuito impresso.

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

3.1.1 MC9S08AC32 Freescale

Para realização do protótipo utilizou-se o modelo MC9S08AC32 da Freescale

(Figura4), um microcontrolador com 64 pinos (terminais), o que possibilita mais opções para

o desenvolvimento.

Figura 5 - Imagem do Microcontrolador MC9S08AC32

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

9

Ele consiste em um microcontrolador de alto desempenho e baixo custo, da família

HCS08 de oito bits com 32,768 bytes de memória FLASH e 2048 bytes de memória RAM.

Possui 64 pinos arranjados em um encapsulamento LQFP64 - SMD (Surface Mount Device/

Dispositivo de montagem em superfície).

O Microcontrolador possui algumas características importantes para o

desenvolvimento do projeto, são elas:

Encapsulamento SMD (LQFP64). Este permite a redução física da central eletrônica,

contribuindo com a redução de custos.

Relógio independente (clock) para Watchdog. Esta é uma proteção para que, caso haja

alguma divergência no processamento do microcontrolador, ele gera um auto reset e

mantém o funcionamento normal do sistema, evitando travamentos.

Timer PWM (Pulse Width Modulation). São terminais de saída dedicados ao

acionamento de motores, para um melhor controle de velocidade e posicionamento

utilizando a técnica de Modulação por largura de pulso.

Gerador de Relógio Interno. Este possui um circuito oscilador interno, tornando

desnecessária a utilização de um circuito oscilador externo, contribuindo com a

redução de custos.

Modo Debug. Este modo permite que durante o desenvolvimento do Firmware, seja

possível a simulação e validação do código fonte.

Conversor A/D, são pinos de entrada que convertem um sinal analógico para um sinal

digital, desta forma é possível à utilização de alguns sensores.

3.1.2 Ponte H

Os motores de passo que serão utilizados na construção do protótipo foram retirados

de impressoras um dos lugares mais fáceis de encontrar esse tipo de motor. De acordo com

Magoga (2001, p. 57) “a maior fonte para a obtenção de tais motores são as impressoras fora

de funcionamento”.

10

Utilizado na robótica, a ponte H é um circuito eletrônico que possibilita que um motor

gire tanto para um lado como para o outro, pode ser encontrado em circuitos integrados. O

nome ponte H refere-se à estrutura que o circuito assume quando montado.

Para efetuar o controle dos motores bipolares, têm-se o circuito integrado do tipo

MTS2916A, que é uma ponte H. O MTS2916A tem características que pode abranger vários

modelos de motor de passo e também comunicação direta com o microcontrolador. Para

Garcia, Paiva e Barbosa “circuitos integrados do tipo ponte H, MTS2916A, que é projetado

para acionar motores de até 5 A, possui ainda proteção de sobre-corrente, excesso de

temperatura e lógica de controle para comunicação direta com microcontroladores.”.

Segundo Brites e Santos “para construção da ponte H pode ser utilizado qualquer tipo

de componente que simule uma chave liga-desliga como transistores, reles, mosfets.”.

3.1.3 MOSFET

Para o controle dos motores unipolares utilizou-se o MOSFET (sigla em inglês

transistor de efeito de campo de semicondutor de óxido metálico), que é uma excelente

alternativa para controle de motores de corrente continua, devido a sua capacidade de

trabalhar em alta frequência, altamente imunes a ruídos, consomem pouca potencia,

impedância de entrada é muito elevada.

De acordo com Braga (2007, p. 20) “os transistores de efeito de campo de potência

(MOSFETs de Potência) consistem numa excelente alternativa para o controle de motores CC

dada sua baixa resistência de condução e impedância de entrada extremamente elevada.”.

3.2 Estrutura Do Protótipo

A estrutura do protótipo é feita de acrílico, foi desenvolvido no software Top Solid Cad. Na

figura 6 aparece á estrutura desenhada no Top Solid Cad.

11

Figura 6– Estrutura do protótipo

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

3.1.1 Requisitos do projeto

O projeto consiste em uma bobinadeira automática utilizada para confecção de

bobinas de cobre com núcleo de ar. Para a transformação de fios de cobre em indutores, serão

necessárias sete etapas:

Suporte para o carretel de fios de cobre.

A etapa consiste em um suporte para o carretel de fios de cobre (figura 7), a tampa

deste suporte possui um furo centralizado para passagem do fio, prevendo uma maior

facilidade para que o fio se desenrole do carretel sem que ele enrosque ou fique tensionado

demais.

12

Figura 7- Suporte para o carretel de fios de cobre

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

Tensionador.

A segunda etapa consiste em roldanas feitas em tecnil e dispostas de forma paralela,

onde o fio de cobre passará por entre elas e será submetido a uma pressão (figura 8). Este

tensionador é necessário para que o esforço sofrido pelo fio, não seja passado de forma brusca

para o carretel mantendo o fio esticado e fazendo com que o fio se desenrole do carretel de

forma natural.

Figura 8- Tensionador

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

13

Alimentadores controlados.

A terceira etapa possui um alimentador que tem por objetivo puxar o fio para que

chegue ao eixo que vai enrolado-lo (Figura 9). Este alimentador será feito com duas roldanas,

uma escrava e a outra motora. O fio passará por entre as roldanas subtendo-se a uma pequena

pressão de forma que, quando a parte motora for acionada puxará o fio.

Figura 9-Roldanas, uma escrava e a outra motora.

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

Guia fixo.

A quarta etapa é um guia para o fio (figura 10), que é feito em aço carbono 1040 com um furo

centralizado. É ele quem guiará o fio até o eixo.

Figura 10-Guia fixo.

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

14

Eixo.

Esta quinta etapa será utilizado um motor de passo para enrolar o fio e contar quantas

voltas foram dadas. O projeto prevê um eixo em tecnil (figura 11) acoplado ao eixo do motor.

Figura 11-Eixo.

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

Corte.

A faca (figura 12) é feita em aço carbono 1045, que será acionada após a quantidade

certa de espiras, que irá cortar o fio de cobre.

Figura 12-Faca.

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

15

Extração.

A etapa final tem por objetivo retirar o indutor pronto do eixo do motor, para isso será

projetado um mecanismo que consiste em um motor com um fuso (figura 13), para que o eixo

encolha e expulse o indutor que cairá em uma rampa.

Figura 13-Mecanismo de extração.

Fonte: Elaborado pelos autores (2012)

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pretendeu-se com o trabalho proporcionar, de forma muito clara e objetiva, uma

familiarização com os principais dispositivos utilizados no protótipo. Para satisfazer este

objetivo, optou-se por uma descrição de cada elemento. Com o resultado do protótipo,

conseguimos por meio da prática a viabilidade da construção de uma bobinadeira, de forma

acessível a pequenas e médias empresas. A bobinadeira mostrou-se eficaz na produção de

bobinas de núcleo de ar, aumentando assim a produtividade e a conformidade referente ao

processo manual.

16

REFERÊNCIA

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