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FACULDADE POLITCNICA DE UBERLNDIAAILTON MARCELINO DOS REIS ALEXANDRE JUSTINO DA SILVA DIVINA LUIZA DO CARMO NAQUES JURACIR DIAS DE ARAJO

PROJETO DE REESTRUTURAO FINANCEIRA DA EMPRESA 4B BOLSAS UBERLNDIA-MG

UBERLNDIA 2010

AILTON MARCELINO DOS REIS ALEXANDRE JUSTINO DA SILVA DIVINA LUIZA DO CARMO NAQUES JURACIR DIAS DE ARAJO

PROJETO DE REESTRUTURAO FINANCEIRA DA EMPRESA 4B BOLSAS UBERLNDIA-MG

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Gesto Financeira da Faculdade Politcnica de Uberlndia, como requisito obteno do ttulo de Tecnlogo em Gesto Financeira. Orientador: Aldemar Cruz Professor Especialista

Uberlndia 2010

BANCA EXAMINADORA

Orientador: Professor Especialista Aldemar Cruz

Banca Examinadora: Professora

Banca Examinadora: Professora

Ns, Ailton Marcelino dos Reis, Alexandre Justino da Silva, Divina Luiza do Carmo Naques e Juracir Dias de Arajo dedicamos este trabalho aos nossos familiares, professores e companheiros de jornada acadmica.

AGRADECIMENTOSAo iniciarmos nossos estudos, a princpio sentamos grande expectativa pelos conhecimentos que iramos receber. Isso se tornou uma realidade e por isso estamos orgulhosos pelo que alcanamos. Nada disso seria possvel, no fosse o apoio da famlia, dos amigos e principalmente dos conhecimentos recebidos de nossos professores. A todos, nossos sinceros agradecimentos por todas estas conquistas.

Nada h como comear para ver como rduo concluir. Victor Hugo

RESUMOTrataremos no decorrer do trabalho os seguintes aspectos: O financiamento a longo prazo e a anlise financeira. O que so funcionalidades e necessidades de compreenso da analise financeira no ato de gerenciar as movimentaes financeiras na empresa. O significado do oramento financeiro, analisar a origem das condies e necessidades de se realizar um oramento dentro da empresa e entender os fatores de risco de acordo com as atitudes empresariais. O planejamento financeiro como condio primordial para o aproveitamento dos recursos, alm de reavivar o conceito da misso da empresa. Compreender o significado do capital de giro, bem como os conceitos sobre juros e sua aplicao de forma controlada nos financiamentos. Veremos como funcionam os mtodos de alavancagem operacional, a necessidade e eficcia da diminuio dos custos e despesas na transformao dos planos financeiros visando otimizao dos lucros e das novas projees de crescimento. Palavras-chave: Financiamento, oramento, planejamento, alavancagem, capital de giro.

ABSTRACTWe will address in this work the following aspects: The long-term financing and financial analysis. What, features and needs of understanding of financial analysis in the act of managing financial transactions in the company. The significance of the financial budget, analyze the origin of the conditions and requirements of conducting a budget within the company and understand the risk factors according to the entrepreneurial attitudes. Financial planning as an essential condition for the exploitation of resources, in addition to reviving the concept of the company's mission. Understanding the meaning of working capital, as well as the concepts of interest and its application in a controlled manner in funding. We'll see how the methods of leverage. Necessity and effectiveness of reduced costs and processing costs and financial plans in order to optimize profits and new growth projections. Keywords: financing, budget, planning, leverage, working capital.

LISTA DE FOTOGRAFIASFOTOGRAFIA 1 FOTOGRAFIA 2 FOTOGRAFIA 3

Loja 4B Bolsas, fachada.............................................. Loja 4B Bolsas, vista interna da loja............................ Loja 4B Bolsas, vista interna oficina............................

19 19 20

LISTA DE QUADROSQUADRO 3 Situao financeira atual da empresa 4B Bolsas............ QUADRO 4 Descrio dos emprstimos............................................ QUADRO 3 Despesas variveis de mercadorias e servios.............. QUADRO 4 Faturamento mensal....................................................... QUADRO 5 Faturamento 2004 a 2010 4B Bolsas............................. QUADRO 6 Sries equivalentes........................................................ 22 23 24 24 25 38

LISTA DE GRFICOSGRFICO 1 Situao econmica atual.................................................. GRFICO 2 Situao econmica proposta para 2011........................... GRFICO 3 Faturamento anual 2004 a 2010....................................... GRFICO 4 Faturamento mensal.......................................................... 15 15 26 27

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASAE BNDES GAF GAO LAJIR LPA MPMES NGC TCC TJPL FGI V Ativo Econmico Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social Grau de Alavancagem Financeira Grau de Alavancagem Operacional Lucro Antes dos Juros e Impostos de Renda Lucro por Ao Micros, Pequenas e Mdias Empresas Necessidade de Capital de Giro Trabalho de Concluso de Curso Taxa de Juros de Longo Prazo Fundo Garantidor de Investimento Vendas

SUMRIO

1 INTRODUO.................................................................................... 2 A ORGANIZAO PESQUISADA....................................................... 2.1Histrico............................................................................................. 2.2 Uma anlise sobre a organizao.................................................... 3 DIAGNSTICO DO PROBLEMA: ASPECTOS GERAIS.................... 3.1 Uma segunda anlise financeira da empresa.................................. 3.1.1 Situao econmica atual da empresa 4B Bolsas.......................... 4 REFERENCIAL TERICO.................................................................. 4.1 Financiamento de longo prazo......................................................... 4.1.1 Uma anlise sobre a gesto financeira......................................... 4.2 O oramento, compreendendo sua necessidade............................ 4.3 O Planejamento financeiro e seus objetivos.................................... 4.4 Administrando a necessidade de capital de giro.............................. 4.5 Uma anlise sobre os juros.............................................................. 4.5.1 Compreendendo o mtodo de equivalncia................................. 4.6 Anlise do sistema de alavancagens.............................................. 4.6.1 A alavancagem operacional......................................................... 4.6.2 A alavancagem financeira............................................................ 5 AO DE MELHORIA........................................................................ 6 APRESENTAO DA IMPLANTAO DOS RESULTADOS........... 7 CONCLUSO...................................................................................... 8 AVALIAO DA EMPRESA............................................................... 9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...................................................

13 15 15 17 20 20 21 27 27 28 30 32 32 34 34 35 36 36 38 42 43 44 45

13

1

INTRODUOEste trabalho apresenta o estudo da empresa 4B Bolsas, quanto a sua

estrutura financeira, onde foi detectado um problema vinculado s despesas fixas. O problema foi observado por meio de uma anlise detalhada do balano patrimonial e das demonstraes financeiras, bem como de outras tcnicas de anlise financeira. Atravs das anlises financeiras o trabalho prope uma ao tcnica visando avaliar e propor melhorias que possam minimizar os riscos e maximizar os resultados da mesma, usando de todo o conhecimento terico assimilado durante o curso superior de tecnologia em gesto financeira, tais como tcnicas de administrao financeira, planejamento oramentrio, gesto de custos, controles contbeis, avaliao das demonstraes financeiras. Para que seja apresentada uma proposta aplicvel foram coletados dados e informaes diretamente na empresa e feito estudos embasados em temas abordados por vrios autores de expresso na rea financeira, com o intuito de formular um projeto consistente, que venha atender s reais necessidades do negcio. A metodologia usada foi pesquisa de campo e pesquisas bibliogrficas. Entender a dinmica do mercado econmico e desenvolver formas de controle das atividades financeiras dentro da empresa um fator importantssimo para a sade do empreendimento. Espera-se que, a maioria das influncias externas no repercuta de maneira negativa nos negcios. Contudo imprescindvel que a direo da empresa esteja atenta para compreender os fatos que ocorram em variadas situaes e antecipar previses que podem ser transformadas em benefcio dos negcios. O que movimenta as atividades do negcio? Evidentemente que a resposta o capital de giro. Dentro deste conceito pode-se observar que as despesas, fixas e variveis, so um dos fatores que dependendo de sua envergadura pode gerar certa desestrutura na solvncia dos compromissos. Para tanto, necessrio encontrar mecanismos de melhoria visando diminuir as despesas a um nvel mais controlado, ou seja, uma folga maior para melhor aproveitamento dos lucros. No caso especfico deste TCC, as linhas de financiamento com as melhores taxas devero surtir um efeito altamente positivo na relao negcio x desenvolvimento.

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SITUAO FINANCEIRA ATUAL Sobre o Total do Faturamento Mensal0% 33%

Despesas Fixas

67%

Lucro Operacional

Grfico 1 Situao financeira atual FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

SITUAO FINANCEIRA PROPOSTA PARA 2011 Sobre o Total do Faturamento Mensal0% 17%

Despesas Fixas

83%

Lucro Operacional

Grfico 2 Situao financeira proposta para 2011 FONTE: Elaborado pelos autores (2010) O resultado da reduo dos juros para taxas menores resulta em aumento do lucro operacional.

15

2

A ORGANIZAO PESQUISADAAtendendo as necessidades do mercado empresarial, com relao s

anlises econmicas e financeiras, afim de reposicionamento estratgico e melhorias nas administraes, apresentamos nossas consideraes acadmicas sobre a empresa 4B Bolsas; empresa de Uberlndia, inserida no mercado de vendas e servios de bolsas, malas e afins. A empresa, participante h alguns anos do mercado comercial, vivenciou e tem vivenciado os embates no campo dos negcios, adquirindo experincias e construindo uma base slida para aperfeioamento do atendimento ao consumidor. Ora, prope discutir atravs de anlises econmico-financeiras, a alavancagem de seus negcios pela diminuio dos gastos e aumento de sua produo e vendas.

A 4B BOLSAS EMPRESA: 4B BOLSAS Razo social: JURACIR DIAS DE ARAUJO-ME CNPJ: 04.388.802./0001-71 CMC: 143.940-00 INSC. ESTADUAL: 702.123138.00-13 END.: AV AFONSO PENA 1064, Centro. UBERLANDIA MG ATIVIDADE: Comrcio varejista, e consertos de bolsas e malas.

2.1

HistricoGrandes projetos iniciam-se, quase sempre, em primeiro lugar, pelo desejo

ntimo de colocar pra fora as ideias que fazem parte, seja de um sonho individual, seja de um sentimento comum de algumas pessoas. O conhecimento sobre algo, esse sim deve prevalecer sobre uma vontade que, muitas vezes, acaba demonstrando-se equivocada no mundo dos negcios. As ideias aparecem, mas necessrio criatividade, bom senso, estudo e trabalho para fazer valer o a 4B Bolsas surgiu baseada no

investimento pretendido. Pensando assim,

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conhecimento que o seu fundador adquiriu trabalhando como vendedor de uma empresa do mesmo ramo. Aproveitando esse perodo para colher informaes, detalhes e

conhecimentos dos diversos processos que compe uma empresa e suas atuaes, o empresrio concentrou-se em tal estudo a fim de avaliar o melhor momento e a forma certa de iniciar suas atividades profissionais. Contudo, ainda faltava o verdadeiro entendimento sobre um bom planejamento para implantao de um negcio. Em novembro de 1999 iniciou ento suas atividades de modo informal, dentro de sua prpria casa. De incio, tomou a deciso de criar os modelos de bolsas, efetuar a venda com entrega programada de acordo com sua capacidade de produo, para ento fabric-los. Essa deciso foi acertada, pois, os clientes escolhiam os modelos que acabavam sendo lanados no mercado sem que houvesse para isso, uma produo demasiada e sobretudo eram produtos que indicavam uma boa aceitao. Resolve ento regularizar as atividades em 2001, porm, sem ter feito um planejamento adequado, foi obrigado a recuar e em 2003 deixou a empresa inativa, voltando a trabalhar na informalidade. Observando o mercado e suas pretenses, resolveu abrir, em abril de 2004 a loja de consertos na Rua Abdala Haddad n 40 Centro. Era necessrio inovar a maneira de atuao a fim de obter lucros e recursos para a sobrevivncia do negcio. Decidiu que as vendas seriam a varejo, com 50% de adiantamento e os servios de consertos a sua prioridade. Isso deu uma reviravolta em seu ramo de negcio, resultando em maior rentabilidade para a empresa. Foram cinco anos atuando no mesmo lugar. Experincia e novos desejos surgiram, esperando novas oportunidades. Decidiu ento transferir sua loja para novo endereo, na Avenida Afonso Pena 1064. O local representa em espao, cinco vezes maior que o anterior. Tudo isso visando atender necessidade fsica da atividade. A 4B Bolsas continua atuando em seu seguimento, contribuindo para o crescimento econmico do municpio, sendo a empresa credenciada como assistncia tcnica das melhores

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marcas de bolsas e malas do Brasil, como: Primicia, Lansay, Sestini, Luxcel, MC Queem, Travelair, Batiki, Cruzeiro, Holly, Falcon, etc. A 4B Bolsas tambm tem como parceiros as maiores lojas de bolsas e malas de Uberlndia, tais como Le Postiche, Tecidos Miramontes, Lojo das Bolsas.

2.2

Uma anlise sobre a organizaoPodemos assim considerar, de acordo com os dados e informaes

coletados que a empresa apresenta a seguinte analise financeira:

Pontos positivos: Crescimento no seu faturamento bruto em relao ao mesmo perodo no ano de 2009, em torno de 65% (sessenta e cinco por cento). Faturamento dentro da meta estabelecida para o ano de 2010. Margem de contribuio de 69% sobre produtos e servios.

Pontos negativos: Alto custo financeiro dos emprstimos contrados junto aos bancos. Parcelas mensais dos emprstimos representam 30% do faturamento bruto mensal e 43,19 % da margem de contribuio. Todos os seus emprstimos esto no curto e mdio prazo.

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Fotografia 1 Loja 4B Bolsas, fachada. FONTE: Arquivo pessoal do Sr. Juracir Dias Arajo (2010)

Fotografia 2 Loja 4B Bolsas, vista interna da loja. FONTE: Arquivo pessoal do Sr. Juracir Dias Arajo (2010)

19

Fotografia 3 Loja 4B Bolsas, oficina. FONTE: Arquivo pessoal do Sr. Juracir Dias Arajo (2010)

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3 DIAGNSTICO DO PROBLEMA: ASPECTOS GERAISA 4B Bolsas construiu, ao longo de sua existncia, uma filosofia empresarial que prima, antes de qualquer coisa, pelo bom atendimento aos seus clientes. Investiu o seu capital na aquisio de equipamentos que visam garantir um atendimento cada vez melhor e na medida do possvel, de forma personalizada. Os estoques foram e so compostos por produtos de mostrurio, o que possibilita um giro sem grandes custos de estocagem. A partir de um plano pr-estabelecido para expanso da loja, as vendas foram melhorando e se tornando mais positivas, a 4B Bolsas optou por mudana de prdio e localizao, surgindo novas necessidades. O capital de giro, to importante e vital nos negcios, foi reestruturado atravs de um emprstimo bancrio de curto prazo. Os numerrios garantiram o investimento melhorando o atendimento da loja, dando condies para o giro dos produtos e proporcionando um crescimento considervel do faturamento mensal. Contudo, aps um segundo momento de anlise financeira, foi observado um aumento das despesas fixas, advindas do financiamento contrado e que, pouco a pouco, tornou-se invivel a sua manuteno.

3.1

Uma segunda anlise financeira da empresaGeralmente os financiamentos proporcionam novas oportunidades no meio

dos negcios, entretanto as polticas econmicas, no Brasil e no mundo, ainda apresentam variaes que de uma forma ou de outra, acabam neutralizando os ganhos reais projetados durante o ano. O meio externo dificilmente compreender as necessidades dos negcios empresariais; no mximo projetar o que determina uma tendncia globalizada. Mas a administrao dos negcios exige postura firme nas tomadas de deciso e acima de tudo, determinao no momento de defender os pequenos empreendimentos tantas vezes criticados. Nesse contexto vamos encontrar a 4B Bolsas que, num primeiro momento, optou por um financiamento de curto prazo para garantir o seu capital de giro e ora compreende que as despesas decorrentes deste evento, onera de maneira drstica e inviabiliza sua manuteno.

21

No podendo se isentar dos compromissos, a empresa busca alternativas para minimizar as despesas, garantir uma folga e consequentemente retomar seu crescimento de forma organizada. Para isso, a importncia de um reposicionamento dos valores e prazos de financiamento.

3.1.1 Situao econmica atual da empresa 4B BolsasATIVO Estoque Loja Estoque Oficina Total R$25.000,00 R$20.000,00 R$45.000,00

Maquinas e equipamentos Moveis e utenslios Total

R$15.000,00 R$15.000,00 R$30.000,00

Total Geral Ativos

R$75.000,00

PASSIVO Emprstimos curto prazo R$59.500,00

Quadro 1 Situao econmica atual da empresa 4B Bolsas FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

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Descrio dos emprstimos: Banco Banco do Brasil Bradesco Ita Valor financiado 24.500,00 15.000,00 20.000,00 Valor da parcela 1.158,00 985,00 1446,00 Prazo 24 meses 24 meses 24 meses

Quadro 2 Descrio dos emprstimos FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

DESPESAS FIXAS MENSAIS Aluguel........................................................................ Cemig/Dmae............................................................... Telefone...................................................................... Salrios....................................................................... Contador...................................................................... Despesas Bancrias Banco do Brasil.......................................................... Banco Bradesco......................................................... Banco Ita.................................................................. Pagamento parcelas Capital de Giro......................... Total........................................................................... R$ R$ R$ 144,00 192,00 113,00 R$ 1.240,00 R$ R$ 150,00 200,00

R$ 3.000,00 R$ 200,00

R$ 3.589,00 R$ 8.828,00

23

DESPESAS VARIVEIS DE MERCADORIAS E SERVIOS: Perodo Agosto/2010 Setembro/2010 Outubro/2010 Loja Oficina Total

R$ 3.106,00 R$ 1.208,00 R$ 4.314,00 R$ 2.849,00 R$ 3.100,00 R$ 910,00 R$ 3.759,00 R$ 850,00 R$ 3.950,00 R$ 4.007,00

Total Mdio Mensal

Quadro 3 Despesas variveis de mercadorias e servios FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

FATURAMENTO MENSAL Perodo Agosto/2010 Loja Oficina Total

R$ 6.212,00 R$ 6.040,00 R$ 12.252,00

Setembro/2010 R$ 5.698,00 R$ 4.554,00 R$ 10.252,00 Outubro/2010 R$ 6.669,00 R$ 5.046,00 R$ 11.745,00 R$ 11.416,00

Total Mdio Mensal Quadro 4 Faturamento Mensal FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

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FATURAMENTO 2004 a 2010 4B BOLSASMeses Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL Media/M 2004 3.970,00 5.900,00 4.240,00 4.006,00 3.496,00 2.915,00 4.022,00 4.144,00 4.614,00 3.404,00 3.577,00 5.185,00 49.473,00 4.122,75 2005 4.314,00 5.555,00 4.663,00 4.220,00 4.315,00 5.297,00 4.876,00 4.191,00 7.421,00 5.090,00 4.365,00 4.267,00 58.574,00 4.881,17 2006 3.804,00 3.167,00 3.610,00 2.711,00 3.320,00 3.955,00 3.614,00 4.404,00 3.996,00 5.217,00 5.028,00 4.565,00 42.826,00 3.568,83 2007 4.816,00 4.487,00 4.769,00 4.088,00 4.565,00 4.982,00 3.867,00 5.164,00 4.779,00 6.354,00 4.393,00 4.876,00 52.264,00 4.355,33 2008 5.802,00 3.460,00 4.131,00 3.935,00 5.505,00 3.841,00 4.498,00 5.328,00 5.873,00 8.875,00 6.186,00 6.702,00 64.136,00 5.344,67 2009 5.539,00 4.978,00 7.580,00 6.183,00 6.602,00 7.183,00 10.519,00 11.121,00 9.408,00 9.549,00 7.182,00 18.007,00 103.851,00 8.654,25 2010 15.360,00 12.602,00 12.303,00 11.023,00 11.705,00 9.321,00 12.372,00 12.252,00 10.252,00 11.745,00 *12.000,00 *24.000,00 154.935,00 12.911,25

*Previso de vendas Quadro 5 Faturamento 2004 a 2010 4B Bolsas FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

25

Grfico 3 Faturamento anual 2004 a 2010 FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

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FATURAMENTO MENSAL30.000,00

25.000,00

20.000,00

15.000,00

10.000,00

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

5.000,00

0,00

Grfico 4 Faturamento Mensal FONTE: Elaborado pelos autores (2010)

br il M ai o Ju nh o Ju lh A o g S osto et em b O ro u N tub ov ro em D ez bro em br o

Ja n Fe eiro ve re ir M o ar o

A

27

4 REFERENCIAL TERICOTrataremos, a partir deste tpico, toda a fundamentao terica analisada, compreendida e extrada das aulas presenciais, semipresenciais, alm das pesquisas desenvolvidas atravs da leitura dos livros tcnicos e da internet. Destinase a compreenso e ao embasamento da proposta de reestruturao financeira da empresa 4B Bolsas.

4.1

Financiamento de longo prazoDe acordo com Santos(2001) as linhas de crdito devem:As linhas de crdito de longo prazo destinam-se a financiar os investimentos permanentes. Idealmente, essas fontes de recursos financeiros devem ter um cronograma de pagamento compatvel com a gerao de caixa dos projetos por ela financiados. (IBIDEM, 2001, p 130)

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social) a principal fonte de financiamentos de longo prazo no Brasil e tem como uma de suas prioridades, apoiar trabalhadores autnomos, micro, pequenas e mdias empresas (MPMEs) de todo o pas, pelo seu importante papel na criao de empregos e gerao de renda. Investir nas companhias de menor porte, nas empresas familiares e nas pessoas fsicas empreendedoras ampliar a competitividade e fortalecer a economia brasileira. Podem ser financiados projetos de investimento, incluindo a aquisio de equipamentos nacionais novos e o capital de giro associado. A taxa de juros calculada da seguinte forma: Custo Financeiro + Remunerao do BNDES + Remunerao da Instituio Financeira Credenciada Custo financeiro: TJLP (Taxa de juros de longo prazo)

Remunerao Bsica do BNDES: 0,9% a.a. Remunerao da Instituio Financeira Credenciada: A ser negociada entre a instituio financeira credenciada e o cliente.

28

Participao Mxima do BNDES: 100% dos itens financiveis. Prazos Os prazos de carncia e total das operaes sero definidos pela Instituio Financeira Credenciada em funo da capacidade de pagamento do

empreendimento, do cliente ou do grupo econmico ao qual pertena. O prazo de carncia dever ser definido de forma tal que o trmino da carncia ocorra, no mximo, at seis meses aps a data de entrada em operao do empreendimento. Prazos superiores sero admissveis, mediante justificativa, quando o prazo de maturao do projeto assim o exigir. Garantias As garantias so definidas a critrio da instituio financeira credenciada que realizar a operao, admitindo-se, inclusive, a contratao de operaes sem a constituio de garantias e a outorga de garantia pelo BNDES FGI. Devem ser observadas as seguintes obrigaes: a. Devero ser respeitadas as normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil; b. Nas operaes em que forem constitudas garantias, reais ou pessoais, estas devero ser caracterizadas, descritas e detalhadas no instrumento de crdito; c. No ser admitida a constituio de penhor de direitos creditrios decorrentes de aplicao financeira.

4.1.1

Uma anlise sobre a gesto financeiraDe acordo com Martins (2005) decises financeiras devem ser tomadas

respeitando os limites da empresa, sabendo quanto, quando e onde aplicar os recursos financeiros, lembrando sempre que o risco financeiro faz parte da vida das empresas independente do seu tamanho ou rea de atuao.

A gesto financeira enfatiza os problemas de caixa e liquidez da empresa, de forma a permitir a tomada de decises em termos de programao financeira. So basicamente duas as funes da gesto financeira:

29

a) a aquisio dos fundos de que a empresa precisa para operar; e b) a distribuio eficiente desses fundos entre vrios usos. A administrao financeira tem um objetivo no qual deve basear-se, e esse objetivo no pode estar dissociado do objetivo da empresa como um todo. O dinheiro eficientemente empregado quando melhor contribuir para o atingimento do objetivo da empresa. No momento em que o gestor estiver preocupado com a liquidez da empresa, se a liquidez necessria ou no, ou como aplicar da melhor forma o excedente, ele estar exercendo, alm da gesto financeira, a gesto econmica da rea financeira. Na maioria das micro e pequenas, encontramos uma m administrao dos recursos financeiros. Os empresrios ainda no tm uma mentalidade de planejamento. Isso dificulta muito a sobrevivncia da empresa, pois, estas geralmente no possuem grandes reservas de capital, e ao encontrar as primeiras pedras no seu caminho, no esto preparadas e acabam caindo. Deve-se comear a realizar esse planejamento. Para o incio, deve-se comear a colher dados. Isso pode ser feito atravs de anotaes no dia-adia; o dia da semana que vende mais, qual a poca do ms ou do ano em que se obtm os melhores resultados, etc. Ou seja, registrar a entrada e a sada de seus recursos, conhecer melhor a sua empresa e planejar seu fluxo de caixa conforme suas necessidades. O fluxo de caixa da empresa pode ser feito e planejado semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, desde que o empresrio observe a cada dia se o que foi planejado est acontecendo realmente na prtica.(IBIDEM, 2005, p )

Baseado em Vieira (2005) a reestruturao financeira da empresa se faz necessria quando a mesma se v ameaada na capacidade de honrar seus compromissos e continuar em operao.As possveis aes que devem ser tomadas envolvem: Renegociao da divida de curto prazo, transformando a em longo prazo. Renegociao dos compromissos vencidos e/ou a vencer com fornecedores, impostos e outros itens operacionais. Transformao de divida de curto ou longo prazo em capital. Capitao de novos emprstimos de longo prazo. Reduo de custos Reavaliao e otimizao dos prazos de estoques, dos prazos concedidos aos clientes e dos prazos obtidos dos fornecedores. Reavaliao das condies negociadas para o endividamento financeiro visando reduo das despesas financeiras. Vendas de itens do imobilizado no seja essenciais para as operaes.(IBIDEM, 2005, p 275)

30

4.2 O oramento, compreendendo sua necessidadeDe acordo com Braga (1992), toda empresa deve ser considerada como um sistema em que as partes relacionam-se entre si para que haja dinamismo e eficincia em sua gesto. Um dos componentes da gesto empresarial identificado pelo planejamento financeiro e nele que surge o oramento empresarial como ferramenta indispensvel para estabelecer os objetivos e metas para um perodo futuro. Remontando-se ao ano de 1920, o oramento uma ferramenta empresarial que vem h muito, melhorando a qualidade da administrao pois, tem como diretriz bsica, identificar as reais condies financeiras, bem como as tendncias econmicas baseadas no cenrio scio-poltico-econmico do Brasil e do mundo. Com a identificao das tendncias, o empreendedor compreende melhor aquilo que, muitas vezes, ficam disfaradas como mudanas econmicas. As

mudanas econmicas no cenrio internacional afetam sobremaneira as atividades comerciais como um todo. Tais fatos no so de todo recentes, ao contrrio, convivem com os empreendedores de todo mundo e pode-se dizer que da vivncia diria, passam a fazer parte dela tambm e delas extraem-se as experincias.O sistema oramentrio traduz, em quantidades fsicas e valores monetrios, o desenvolvimento e os resultados de todos os planos das unidades operacionais e rgos administrativos da empresa. A definio do cenrio econmico, poltico e social esperado para o perodo futuro considerado deve preceder elaborao dos oramentos. Essa definio envolve previses sobre o mercado (clientes, concorrentes e fornecedores) que demandam a formulao de hipteses sobre possveis alteraes nas polticas monetria, tributria e em outras diretrizes governamentais. melhor dispor de um oramento que necessita de reformulaes frequentes do que caminhar completamente s cegas. Revises oramentrias a cada trimestre ou semestre constituem uma prtica normal em nosso pas.(IBIDEM, 1992, p 232)

Do ponto de vista organizacional, tudo aquilo que se vivncia pode ser utilizado como argumento nas tomadas de decises. Empreender, demanda conhecimentos e muitas vezes tais conhecimentos acabam por vir de diferentes formas. O desejo aliado expectativa faz crescer a ideia de que o investimento disponvel ser sucesso garantido, ainda que algo assinale pequeno ponto inconveniente, o objetivo continua sendo o xito nos negcios. Por esses fatos, o empreendedor pode e deve observar o passado na hora de analisar e decidir pelas

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operaes futuras.

Nesse ponto, o oramento ser construdo atravs de uma

investigao cuidadosa e consciente, pois se baseia em critrios, esforos e objetivos comuns, atualmente, em todas as sociedades empresariais.No se deveria considerar o oramento como expresso daquilo que se acredite que venha a ocorrer, mas, ao contrrio, deve-se consider-lo como objetivo realizvel. uma bssola pela qual uma empresa pode manter-se to perto quanto possvel do curso traado.(IBIDEM, 1992, p 233)

Ao analisar a origem das condies e necessidades de se realizar um oramento, a tcnica da administrao tambm nos assinala alguns problemas decorrentes de atitudes empresariais, nas quais podemos citar: Ceticismo: No acreditar no oramento e ignorar por completo sua utilidade, pode ser um problema; Comodismo: administrativa; Derrotismo: Situao revela-se pela insegurana e psicologia de negao; Pessimismo consciente: Baseia-se nas projees oramentrias exageradas, limitando os planos de expanso nas empresas; Otimismo ingnuo: Ignorar os contratempos e agir de forma passiva; Realismo motivado: Se por um lado capaz de reconhecer as limitaes do oramento, por outro, as projees podero ocorrer antes do prazo calculado. Podemos observar que para a implantao de um oramento bem estruturado so necessrias vrias etapas. O realismo do mercado um fator importante na medida em que se conquista a experincia nas condies de poder aplic-la. H, evidentemente, o papel cuidadoso de quem se dispe a analisar e tomar as decises oramentrias. Diramos ento que a capacidade de domnio entre as partes tcnicas e empricas do sistema scio-poltico-financeiro elemento fundamental para identificar e eliminar as possveis falhas na criao do oramento financeiro. Detectamos tambm, em sntese, que esforos conjuntos facilitam a compreenso das metas e otimizam o desempenho gerencial financeiro das empresas. Vejamos a seguir uma abordagem sobre o plano financeiro da empresa. O conservadorismo anula injustificavelmente a criatividade

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4.3

O planejamento financeiro e seus objetivosO plano financeiro, dentro da empresa, fator primordial para o bem estar

dos negcios, sendo assim, no pode ser tratado de forma superficial. A caracterstica bsica das empresas produzir bens e servios, atendendo as necessidades do mercado consumidor, sendo que toda produo estimula novas atividades, atravs das quais, obtm-se lucros e objetivam-se crescimento. Com base na identificao de sua misso, as empresas norteiam suas necessidades e conduzem os passos atravs do planejamento financeiro. Esse planejamento valoriza, indiscutivelmente, todos os investimentos pretendidos e apoia

beneficamente as tomadas de decises. O negcio apresentar aspecto positivo, evidentemente, atravs das demonstraes do saldo lquido de ganhos, entretanto fica claro que isso ser possvel dimensionando seus projetos e reconhecendo como dissemos, o rigor na aplicao de seu capital. Sabemos que, intrinsicamente sua misso, a valorizao da empresa deve ser esperada de todas as formas e que assim ela sugere possibilidades cada vez mais otimistas de suas estratgias, previses mais reais do mercado e capacidade para consolidar planos de expanso, ao qual focamos nosso trabalho. Recursos e novos recursos, lucros ou riquezas devem ser definidos no planejamento financeiro e dessa forma, mensurar condies e oportunidades afim de elaborao das estratgias.

4.4

Administrando a necessidade de capital de giroConforme Haroldo Vinagre Brasil e Haroldo Guimares Brasil (2002), a

necessidade do capital de giro - NCG geralmente um ativo operacional a ser administrado, e resulta ele prprio, como vimos de um balano patrimonial entre contas cclicas, fontes ou aplicaes de recursos. Compe uma parcela do ativo econmico (AE) da empresa com caracterstica de estar diretamente vinculada s operaes e ao negcio da empresa, tem uma dinmica especial, por ser extremamente sensvel s variaes da conjuntura, inflao, crescimento, mudanas tecnolgicas e etc. A inflao ou crescimento obriga o empresrio a realizar investimentos elevados que geralmente representam aumento de estoque, contas a

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receber ou a pagar, em funo dos prazos estabelecidos aos clientes ou recebido dos fornecedores. As estratgias de verticalizao de custo ou a diversificao afetam e mudam o perfil da NCG. Sendo assim conclumos que o negcio se torna mais vulnervel e sensvel em relao ao ciclo financeiro ser medido pela relao NCG/V, quando o prazo de pagamento maior que o prazo de recebimento. Desta forma o administrador precisa fazer um acompanhamento visando controlar e estabilizar o ciclo financeiro da empresa, otimizando esse processo, pois sua reduo reflete principalmente os ciclos longos, entrada de recursos de capital de cclico que poderia ser alocado a outras destinaes. O escritor cita o exemplo da empresa Belgo Mineira que fixou e atingiu o objetivo de reduzir seu ciclo em 19 dias sobre o faturamento investido na NCG. Esse tipo de operao envolve grande parte da estrutura organizacional da empresa, passando pela funo financeira (contador e tesouraria); pela funo comercial (compras e vendas); e pela funo de produo (nvel de estoques, processo e tecnologia). Sabemos que o capital de giro um recurso que a empresa deve manter para sanar suas necessidades operacionais imediatas, pode tambm ser o custo de uma oportunidade de negcio. A reduo de vendas um dos problemas para administrar o capital de giro que deve ser feito com a mxima frequncia para que no entre no efeito tesoura. Esse efeito acontece quando uma empresa, em seguidos exerccios sociais tem seu investimento operacional em giro maior que o capital permanente, deixando consequentemente a um saldo de tesouraria negativo, ou seja, o efeito tesoura apresenta quando a empresa financia a maior parte da necessidade de capital de giro atravs de crdito de curto prazo. Caso o autofinanciamento (lucros) de uma determinada empresa no seja suficiente para financiar o aumento de sua necessidade de capital de giro, ser obrigada a recorrer a emprstimos de longo prazo ou aumento de capital social em dinheiro, tudo depende da relao entre a variao da necessidade de capital de giro sobre as vendas, bem como do autofinanciamento sobre as vendas.

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4.5

Uma anlise sobre os jurosDe acordo com Hummel e Taschner (1995), no mundo dos negcios

indispensvel entender quanto ir custar ou quanto ir lucrar, em quanto tempo, por um determinado valor, tomado por emprstimo ou investido. Se a empresa toma por emprstimo ou investe um determinado valor em um perodo de tempo e logo depois, paga ou obtm um ganho extra, essa diferena determinada pelo juro. Ex.: Emprstimo.......... Valor pago aps 1 ano. Juros........................... R$ 2.000,00 R$ 3.200,00 R$ 1.200,00 Investimento........... R$ 2.000,00 Ganho aps 1 ano . R$ 3.200,00 Juros .....................R$ 1.200,00

Em ambos os casos a diferena pode ser utilizada, por exemplo, para comprar um equipamento novo, fazer uma reforma, etc. A diferena fica por conta do tempo em que ocorrer o aumento do ativo, isto , no primeiro ou segundo momento, conforme a tomada de deciso. Convencionalmente, conceitua-se por taxa de juros o valor pago pelos emprstimos, e taxa de retorno o valor recebido pelo investimento. Em nosso estudo, trataremos o efeito que o reposicionamento da dvida por emprstimo, de curto para longo prazo dar como folga positiva, projetando uma alavancagem nas receitas. Observemos a seguir o conceito de equivalncia para os fluxos de dinheiro e a importncia de seu entendimento para tomada de deciso.

4.5.1 Compreendendo o mtodo de equivalnciaConforme Hummel e Taschner (1995), para otimizar os negcios da empresa fundamental identificar os pontos que podem e devem ser revistos e reestruturados. No caso estudado, as despesas financeiras geradas pelos emprstimos de curto prazo tem provocado um estrangulamento na solvncia das despesas e limitando os ganhos mensais. essencial, em todas as abordagens vlidas aos problemas de Engenharia Econmica, o conceito da equivalncia, ou seja, que um fluxo

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de dinheiro possa ser equivalente a outro fluxo diferente, em certas condies especficas.(IBIDEM, 1995, p 29)

A fim de otimizar os negcios da empresa fundamental identificar os pontos que podem e devem ser revistos e reestruturados. No caso estudado, as despesas financeiras geradas pelos emprstimos de curto prazo tem provocado um estrangulamento na solvncia das despesas e limitando os ganhos mensais. Por isso mesmo h necessidade de reestruturao das despesas fixas baseadas nos financiamentos existentes e de rever as sries de juros e quantidades de parcelas. Se existir duas ou mais sries diferentes para pagamento de um mesmo valor, ocorrem assim, sries equivalentes de pagamento. Se as sries de pagamentos futuros pagam o total presente a uma mesma taxa de juros, razovel que o empresrio procure por combinaes menos onerosas, ou seja, pelo que propomos apresentar neste estudo, uma srie com uma taxa de juros menor por um prazo maior para pagamento. Entendemos que isso resulta numa troca de valores positivo com as instituies, pois, possibilita empresa uma folga maior em suas despesas e gera um ganho que poder ser reinvestido.

SRIES EQUIVALENTES Anos Investimento10 R$ 10.000,00

Plano IParcelas Fixas R$ 1.000,00

Plano IIParcelas Valores Variados

Plano IIIParcelas Fixas R$ 1.627,00

Plano IVParcela nica R$ 25.937,00

Quadro 6 Sries Equivalentes FONTE: Anlise e Deciso sobre Investimentos e Financiamentos, 4 Edio, So Paulo, Editora Atlas S.A, 1995.

4.6

Anlise do sistema de alavancagensAlavancagem financeira, segundo Gitman, "a capacidade da empresa de

usar encargos financeiros fixos para maximizar os efeitos de variaes no lucro antes do imposto de renda (LAJIR) sobre o lucro por ao. Segundo outros pesquisadores, a alavancagem financeira positiva quando

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capitais de longo prazo de terceiros produzem efeitos positivos sobre o patrimnio lquido. Os capitais de terceiros de longo prazo s so vantajosos para uma empresa, quando o retorno sobre o patrimnio lquido for superior ao retorno sobre o ativo.

4.6.1 A alavancagem operacionalSegundo Morante, a alavancagem operacional ocorre quando um

crescimento de x% nas vendas provoca um crescimento de n vezes x% no lucro bruto. O efeito de alavancagem ocorre pelo fato de que os custos fixos so distribudos por um volume maior de produo, fazendo com que o custo unitrio da mercadoria seja reduzido. O efeito da alavancagem operacional est relacionado com os gastos fixos da empresa, gastos estes que podero constituir risco para as atividades operacionais. A alavancagem operacional vem medir qual ser a proporo deste risco. O impacto da alavancagem operacional diminuir na proporo do crescimento das vendas acima do ponto de equilbrio, resultando assim num lucro maior. O uso de custos operacionais fixos para aumentar os efeitos das mudanas nas vendas sobre o LAJIR (Lucros Antes dos Juros e dos Impostos), definido como sendo a mudana percentual no LAJIR associada a uma mudana potencial dada nas vendas, a medida numrica de alavancagem operacional da empresa. Este resultado representado atravs da formula do grau de alavancagem operacional: GAO = variao % LAJIR/variao % VENDAS

4.6.2

A alavancagem financeiraBaseado em Morante, a Alavancagem Financeira a capacidade da

empresa para usar encargos financeiros fixos a fim de maximizar os efeitos de variaes no LAJIR, ou seja, no basta uma empresa captar recursos no longo prazo, se no aumentar o patrimnio lquido. A mesma definida como sendo a mudana percentual nos lucros por ao que resulta de uma dada mudana

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percentual no LAJIR. Alavancagem financeira a alavanca que esta captao produz ou no no retorno aos acionistas, a medida numrica financeira da empresa. O resultado da alavancagem financeira pode ser mais bem interpretado pela frmula do grau de alavancagem financeira representada abaixo: GAF = variao % LPA/variao % LAJIR

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5

AO DE MELHORIADe acordo com anlise dos dados e informaes coletadas junto empresa

sua lucratividade est sendo afetada pelas despesas financeiras relativas aos emprstimos contrados junto aos bancos a taxa de juros elevadas. Conforme dados da empresa em anlise, apresentamos abaixo uma anlise comparativa dos nmeros financeiros atuais e a projeo proposta para o prximo exerccio.

DEMONSTRAO DO RESULTADO DO ANO DE 2010. Vendas brutas (-) C.M.V Lucro bruto (-) Despesas fixas: Aluguel, salrios, energia, impostos. Despesas Bancarias/ Emprstimos Lucro liquido (R$57.480,00) (R$48.456,00) R$ 915,00 R$154.935,00 (R$48.084,00) R$106.851,00

Comparativo entre o resultado de 2010 e a projeo para 2011:2010 RECEITA DE VENDAS C.M.V. DESPESAS: Administrativos./vendasFinanceiros

2011 VARIAO % 185.922,00 57.701,00 57.480,00 28.207,00 42.534,00 20,00% 20,00% 0,00% - (42,00) % 4.648,00 %

154.935,00 48.084,00 57.480,00 48.456,00 915,00

LUCRO LQUIDO

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Lucro lquido em relao s vendas 2010 igual 0,58 % Previso do lucro lquido em relao projeo de vendas e reduo das despesas fixas para o ano de 2011 ser 22,80 %.

No ano de 2010 a empresa teve um faturamento que cobriu todos seus custos fixos e variveis atingindo apenas o ponto de equilbrio. Para 2011, diante da proposta de melhoria onde sero reduzidos os custos fixos relacionados despesa financeira sobre os emprstimos bancrios haver um grau de alavancagem operacional anual expressivo. Isso representar um aumento de 4.648,00 % anual no lucro lquido, permitindo a empresa aumentar seu capital de giro e investir na ampliao e diversificao do estoque, pois se tratando de um comrcio varejista isso se torna indispensvel para sua melhoria. Para que a empresa atinja a meta proposta dever adequar os seguintes pontos: 1. Mudana do perfil dos emprstimos junto s instituies financeiras do curto para o longo prazo. 2. Reduo da taxa de juros 4% ao ms para no mximo 2% ao ms,sobre os emprstimos bancrios. 3. Aumento da receita de vendas em mdia 20% ao ano. 4. Manter a margem de contribuio em torno de 69% para todos os produtos e servios.

Tomando como base as despesas fixas dos emprstimos financeiros, apresentamos a seguinte proposta como melhoria: 1. A empresa possui trs emprstimos de capital de giro, onde dois deles

apresentam prazos de 24 meses e taxas de juros elevadas. 2. Ser proposta uma negociao destes emprstimos, alongando o

prazo e reduzindo a taxa de juros; 3. As propostas sero: 60 meses com taxas de juros de 1,50% ao ms.

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SIMULAO DO CLCULO DE FLUXO FINANCEIRO PARA BANCO BRADESCO. 1) Divida Banco Bradesco: O valor da divida atual de R$ 15.760,00. Ser proposto: Valor solicitado:........................... Data do contrato:......................... Garantia:...................................... Taxa de juro:............................... Quantidade de parcelas:.............. Prazo de financiamento:............. Data vencimento:........................ Valor de IOF:............................... Valor tarifa:.................................. Valor financiado:.......................... Valor de juros:............................. Valor PMT:.................................. R$15.760,00 12/11/2010 Aval 1,5000% AM 60 1826 dias 12/11/2015 R$ 286,63 R$ 200,00 (pagamento avista) R$16.046,63 R$8.402,17 407,48

SIMULAO DE CALCULO DE FLUXO FINANCEIRO PARA BANCO ITA. 1) Divida Banco Ita: O valor da divida atual de R$ 30.366,00. Ser proposto: Valor solicitado:............................. Data do contrato:.......................... Garantia:....................................... Taxa de juro:................................ Quantidade de parcelas:.............. Prazo de financiamento:.............. Data vencimento:........................ Valor de IOF:................................ Valor tarifa:................................... Valor financiado:........................... Valor de juros:.............................. Valor PMT:................................... R$30.366,00 12/11/2010 Aval 1,5000% AM 60 1826 dias 12/11/2015 R$ 552,22 R$ 200,00 (pagamento avista) R$ 30.918,26 R$ 16.188,94 785,12

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Com a efetivao desta negociao haver uma reduo do valor das parcelas dos emprstimos bancrios em 50,94%, provocando uma queda de 18,34% nas despesas fixas, que somado a alavancagem operacional de 20% esperada, incidir em um aumento de 4.648% no lucro liquido da empresa, recuperando a rentabilidade e proporcionando o crescimento necessrio para se manter competitiva no mercado.

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6 APRESENTAO DA IMPLEMENTAO E DOS RESULTADOSOs resultados do projeto de reestruturao financeira da empresa 4B Bolsas s sero mensurados no decorrer do prximo perodo, pois o mesmo est em fase de implantao.

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7 CONCLUSOConclumos aps anlise da empresa 4 B Bolsas, que h uma necessidade de administrar e mudar o foco do capital de giro atravs de alternativas financeiras do curto para o longo prazo, isso resultar na alavancagem financeira e operacional proporcionando maior folga financeira alcanando assim o objetivo proposto atravs do aumento no faturamento e reduo dos custos. Ao desenvolver todo o processo de pesquisa e analise das informaes, bem como a busca de referencial terico para embasar nosso trabalho, utilizamos de todo o conhecimento adquirido durante o decorrer do curso que foi de suma importncia para que realizssemos com segurana aquilo que nos propusemos a realizar. Este trabalho representa a avaliao final do nosso aprendizado, sendo tambm o indicador do quanto assimilamos do contedo a ns apresentado durante o nosso curso.

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8 AVALIAO DA EMPRESAO trabalho realizado pelo grupo foi de suma importncia, pois detectou um problema que est afetando a parte financeira da empresa e apresentou as aes que podem ser tomadas para solucionar o mesmo. Executaram um trabalho minucioso de coleta de dados e informaes, apresentando uma soluo prtica e objetiva que trar resultados. Mostraram ter um bom embasamento terico e souberam aplic-lo na prtica, nos dando a certeza que ao implementarmos as aes propostas iremos obter os resultados esperados.

Juracir Dias de Arajo. 4B Bolsas.

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Ficha catalogrfica Biblioteca Central Faculdade Politcnica Bibliotecria responsvel: Sarah Cristina Maria Ferreira CRB6/2270 R 375 p Reis, Ailton Marcelino dosProjeto de reestruturao financeira da empresa 4B Bolsas- Uberlndia-MG / Ailton Marcelino dos Reis et. al.. - Uberlndia: [s.n.], 2010.

153 f.

Orientador: Aldemar Cruz

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