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Projeto de pesquisa

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Projeto de pesquisa

Carinne Magnago- ObservaRH-IMS/UERJ

Eliane dos Santos de Oliveira-ENSP/FIOCRUZ

Jackson Freire Araújo-NESCON/UFMG

José Meneleu Neto-ObservaRH- CETREDE

Márcia Hiromi Sakai-UEL

Maria Ruth dos Santos-ObservaRH-IMS/UERJ

Paula Carvalho Pereda-USP/Ribeirão Preto

Raquel Rapone Gaidzinski-USP/SP

Rodrigo Otávio Moretti-Pires-SPB/CCS/UFSC

Valdemar de Almeida Rodrigues-ObservaRH-NESP/CEAM/UnB

Cristiana Leite - NESCON/UFMG

Joanne Spetz –UCLA, San Francisco (USA)

Sábado Nicolau Girardi - NESCON/UFMG

Karen Matsumoto

Introdução

Objetivos Geral e Específicos

Metodologia

Resultados Esperados

Cronograma

Referências

Taxa de Mortalidade Infantil (TMI): um dosprincipais indicadores para avaliar a saúde daspopulações;

Múltiplos fatores;

Redução: mudanças estruturais e ações diretasnos serviços de saúde;

Dois componentes: • (1) mortalidade neonatal: óbitos entre crianças de 0 a 27 dias de

vida;

• (2) mortalidade pós-neonatal: óbitos aquelas com 28 dias a 1 ano de idade.

TMI : tendência decrescente nos últimos 30 anos• 1980: 78,5/1000 nascidos vivos

• 2009: 20,6/1000 nascidos vivos.

Diferenças entre as regiões: Região Nordeste: 33,2/1000 nascidos vivos

Região Norte: 22,3/1000 nascidos vivos

Mudança de comportamento década de1980 - componente pós-neonatal (1980) e componente

neonatal (70%)

Metas do milênio traçadas pela ONU

Brasil: Pacto pela Saúde (Portaria 399, 2006)

Mortalidade neonatal:problemas relacionadoscom o período da gravidez e com o parto

Estreita relação entre a MI e a qualidade daassistência prestada nos serviços de saúde

Médico Pediatra: equipe das Unidades de TerapiaIntensiva Neonatal

Há necessidade de profissionais qualificados,dadas as peculiaridades na prestação dessaassistência

CREMESP: carência

Múltiplas razões: desvalorização do profissional ,feminilização da atividade, “pronto-socorrização” doatendimento, exigência de produtividade, diminuição dointeresse pela especialidade entre os recém-graduados ebaixa remuneração.

2002-2011: queda de 50% de candidatos ao titulo deespecialista em pediatria pela SBP e 55% daquelesconsiderados qualificados para tal (aprovados emconcursos)

43% de 426 estabelecimentos hospitalares do paísencontravam alguma dificuldade em 2008 para contrataçãodeste profissional (EPSM/NESCON/FM/UFMG, 2008)

Destes, 49,2% apontava a falta de profissionais titulados comouma das razões mais importante (GIRARDI, 2009)

Dados preliminares apontam que 67,7% dos hospitais queofertam vagas para pediatras encontram dificuldade para acontratação desse profissional (EPSM/NESCON/FM/UFMG,2011)

62,3% dos entrevistados apontaram a existência de profissionaiscom pouca experiência requerida para o trabalho(EPSM/NESCON/FM/UFMG, 2011)

Estimar a necessidade de médicos pediatras paraatuação em UTI Neontal para as grandes regiõesbrasileiras em 2015.

Projetar a necessidade de médicos pediatras para suprira demanda por leitos de UTI neonatais das grandesRegiões brasileiras em 2015

Identificar iniquidades regionais brasileiras nanecessidade de médicos pediatras em 2015

Estimar os custos de manutenção do provável décit de leitos/médicos pediatras nas UTI neonatais das grandes Regiões brasileiras em 2015, caso sejam evidenciadas necessidades de ampliação do número de leitos e/ou destes profissionais.

Desenho de Estudo

Estudo prospectivo

Estimativa em dependência de:• Projeções futuras da população

• Déficit de saúde para recém-nascidos

• Produtividade

• Oferta dos profissionais de pediatria com atuação em UTIneonatal

Método

Modelo de previsão com abordagem baseada nas

necessidades de saúde

Considera a projeção de necessidades futuras de serviços desaúde e a consequente necessidade da força de trabalho apartir de informações demográficas, epidemiológicas e deparâmetros de produtividade

Método Considera que todas as necessidades de saúde devem

ser atendidas e que todos os recursos disponíveis devemser utilizados de acordo com as necessidades

Oferta de pediatras para atuação em UTI Neonatal:abordagem de estoque-fluxo, (estoque atual, entrada esaída desses profissionais no mercado de trabalho)

Passos:

Passo 1: Identificar a prevalência de afecçõesneonatais (Pr);

Passo 2: Estimar a população de neonatos afetada em 2015 (PNA), de acordo com as previsões da população de nascidos vivos para 2015 (PNV);

PNA2015 = PNV2015 * Pr

Passo 3: Fixar metas de cobertura (%Cob) deserviços de saúde necessários para determinar apopulação neonatal afetada coberta (PNAC);

PNAC2015 = %Cob * PNA2015#

#: Para este estudo será considerada a taxa de cobertura de 100%, logo PNA = PNAC.

Passo 4: Estimar o número de médicos pediatras necessários(NP) para o tratamentos das afecções neonatais com base noparämetro das Portarias 3432/1998, RDC 7/2010, GM 1101/02que estabelecem a necessidade de 1 médico pediatra paracada 10 leitos nas 24 horas em UTI neonatais. Considerando acarga horária de um médico como de 12 horas, sãonecessários 2 médicos por dia para cada 10 leitos. Logo, 14médicos são suficientes para a manutenção de 10 leitos emUTI neonatais;

NP2015 = ( PNAC2015 * 14 ) / 10

Passo 5: Previsão da oferta de médicos pediatras (OP) para aatuação nas UTI neonatais a partir do estoque atual demédicos (P) e da entrada (EP) e saída de profissionais (SP)dentro dessa especialidade;

OP2015 = P + EP2015 – SP2015

Passo 6: Cálculo da necessidade liquida de pediatrasneonatais (NLP):

NLP2015 = NP2015 – OP2015

Passo 7: Previsão de custos envolvidos na manutenção(instalação) dos novos leitos (CM), caso sejam necessárioscom base nos cálculos do Passo 6.

CM2015 = ( NPL2015 * 10 / 14 ) *Custo Médio por leito

Fontes de dados e variáveis

Para construção do modelo de previsão proposto e previsãode custos envolvidos na formação e contratação de novoprofissionais e da infraestrutura necessária para expansãodos serviços de saúde em UTI neonatais, serão coletadosdiferentes dados por Região Geográfica em diversas fontesde dados, conforme tabela a seguir.

Passos do

Estudo

Variáveis Fontes

Passo 1 Prevalência de afecções neonatais DATASUS, Ministério da SaúdePasso 2 População de nascidos vivos e

projeção para 2016SINASC, Ministério da SaúdeSIM, Ministério da SaúdeIBGE, Ministério do Planjamento,Orçamento e Gestão

Passo 3 100% de cobertura -Passo 4 Proporção médicos/leitos Portaria 3432/1998; RDC 7/2010; Portaria

1101/GM/2002.Passo 5 Estoque de pediatras (P)

Ingressantes na pediatria em 2016Saída de pediatras (aposentaria emortalidade)

CNESCNRM

RAISPasso 6 Necessidade Líquida de pediatras -Passo 7 Custos: recursos humanos e

infraestrutura (implantação emanutenção)

RAIS; Datasus; SIH

Tabela 1: Variáveis necessárias a construção do modelo de previsão erespectivas fontes de coletade dados, Brasil e Grandes Regiões, 2011-2016.

Apoiar o estabelecimento da Rede Nacional de Economia emSaúde no Brasil

Contribuir com a difusão de métodos de estimativa derecursos humanos em saúde

Subsidiar a gestão de recursos humanos em saúde e aformulação de políticas públicas

AtividadeMeses

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Definição de objeto, objetivo e metodologia.x

Levantamento de fontes de dados para determinação de

variáveis necessárias ä aplicação do método de previsão de

força de trabalho

x

Coleta de dados necessários ä aplicação do método de

previsão de força de trabalhox x

Aplicação do método de previsão para as cinco regiões do

Brasilx x x x

Coleta de dados necessários ä projeção de custos envolvidos

na formação e contratação de novo profissionais e da

infraestrutura necessária para expansão dos serviços de

saúde em Unidades de Terapia Intensiva

x

Estimativados custos x

Elaboração de relatório final de pesquisa x x

Elaboração de artigo x x

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências.

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