apresentação renato tasca opas
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Redes de Atenção à Saúde coordenadas pela APS: resposta aos desafios da crise global dos sistemas de saúde
Renato Tasca, OPS/OMS Brasil
Belo Horizonte, 18 de outubro de 2011
Cenário global de crise dos Cenário global de crise dos sistemassistemas de saúde (públicos e privados)de saúde (públicos e privados)
Transição demográficaTransição demográfica
Epidemia condições crônicasEpidemia condições crônicas
Segmentação e fragmentaçãoSegmentação e fragmentação
Aumento dos custos Aumento dos custos
Incorporação descontrolada de Incorporação descontrolada de tecnologias - iatrogenia tecnologias - iatrogenia
Redundâncias, desperdícios e mais Redundâncias, desperdícios e mais fragmentaçãofragmentação
Fragmentação de Serviços de Saúde
Terceir o
Nível
Segundo
Nível
Primeiro
Nível
Seguridade Social
Privado alta complexidade
MS Riscos Profissionais
Medicina Tradicional
Privado baixa complexidade
ONG’s
Municípios
Universidades
VIH
-SID
A
Mal
ária
-ETV
Mat
erno
-Inf
antil
Impacto do envelhecimentoImpacto do envelhecimento
Impacto sanitário da epidemia de DCNT na China
Fonte: Toward a Healthy and Harmonious Life in China: Stemming the Rising Tide of Non-Communicable Diseases. The World Bank, 2011.
Impacto econômico da redução da mortalidade por DCV na China
Fonte: Toward a Healthy and Harmonious Life in China: Stemming the Rising Tide of Non-Communicable Diseases. The World Bank, 2011.
Nos Estados Unidos:a epidemia de diabetes
Nas próximas 24 horas, 4.100 pessoas diagnosticadas com diabetes, 230 amputações e 55 perdas permanente da visão8 milhões de portadores de diabetes com diagnóstico da doença e outros tantos sem diagnóstico (1996); 35% dos portadores de diabetes desenvolvem nefropatias, 58% doenças cardiovasculares 30% a 70% neuropatias15% dos portadores de diabetes sofreram algum tipo de amputação portador de diabetes custa anualmente 11.157 dólares vs 2.604 dólares para não portadores de diabetes
(Vinicor F., 2006 e Barr et al., 1996)
Na Europa: Riscos fora de controle
Grandes mudanças sociais e demográficasFatores de risco em grande aumento Se os atuais níveis de obesidade continuarem crescendo: – daqui a 20 anos a expectativa de vida vai baixar– 1 de 4 nascidos vai desenvolver diabetes
80% das consultas de APS e 60% das internações hospitalares por condições crônicas55% dos casos crônicos sem cuidados adequadosProblemas de saúde mental em alarmante aumento
(Bengoa, 2008)
36 milhões de óbitos no mundo em 2008 9 milhões antes dos 60 anos Recursos investidos até hoje não correspondem a magnitude do problemaObstáculo ao desenvolvimentoAmeaça a economiaAumenta as desigualdadesFonte: Declaración Política de la Reunión de Alto Nível de la Asamblea General sobre la provención y el control de las enferemedades no transmisibles. Naciones Unidas, 26/09/2011
A epidemia de doenças crônicas A epidemia de doenças crônicas (1)(1)
A epidemia de doenças crônicas A epidemia de doenças crônicas (2)(2)
Veio para ficarVeio para ficarEvidencia as falhas de gerenciamento, Evidencia as falhas de gerenciamento, planejamento, organização e governançaplanejamento, organização e governançaAtitude reativas - aumento da oferta – não Atitude reativas - aumento da oferta – não irão dar certoirão dar certoNecessita de respostas proativasNecessita de respostas proativas– Fortalecimento APSFortalecimento APS– Integração em redes de atençãoIntegração em redes de atenção– Introdução de novos modelos de cuidadoIntrodução de novos modelos de cuidado
Inovações na Europa
APS como eixo central da organização da atenção das condições crônicasIntegração da estratégia do médico de família (prevalente na Europa) com novos perfis:– Nurse practitioner e community nurses – Case managers e liaison nurses– Family caregivers
...Afinal, na Europa estão “re-inventando” a Estratégia de Saúde da Família do SUS.....
BUSSE, 2010
CONDIÇÕES DE SAÚDEAVAI´S POR MIL
HABITANTES%
INFECCIOSAS, PARASITÁRIAS E DESNUTRIÇÃO
34 14,8
CAUSAS EXTERNAS 19 10,2
CONDIÇÕES MATERNAS E PERINATAIS
21 8,8
DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 124 66,2
TOTAL 232 100
FONTE: SCHRAMM et alii (2004)
A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA PERDIDOS AJUSTADOS POR VIDA PERDIDOS AJUSTADOS POR
INCAPACIDADE (AVAI´S), BRASIL, 1998INCAPACIDADE (AVAI´S), BRASIL, 1998
FONTE: IBGE (2004)
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICAA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
10% da população idosa BRASIL2005 a 2030
15% da população idosa
20 MILHÕES MAIS DE 40 MILHÕES
1980 1990 2000
2005 2010 2020 2030
Resultados PNAD 2008
31,3% (59,5 milhões de pessoas) afirmaram ter pelo menos uma doença crônica5,9% declararam ter três ou mais doenças crônicas
práticas inovadoras de atenção as condições crônicas
Vários modelos, derivados do chronic care model (CCM) do MacColl Institute for Healthcare Innovation. Classificação de riscoProtocolos e diretrizes (atenção baseada em evidências)Novas funçõesNovos processosMaior eficácia clinicaMelhor qualidade técnicaMais segurança para o usuário e o trabalhadorUso mais eficiente dos recursos, com mais equidade
Modelo de Atenção Crônica
COMUNIDADE Recursos da Comunidade
SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE
Organização da Atenção à Saúde
Auto-cuidado apoiado
Desenho do sistema de
prestação de serviços
Suporte às decisões
Sistema de informação
clínica
Pessoas usuárias ativas e
informadas
Equipe de saúde proativa
e preparada
Resultados Clínicos e Funcionais
Interações produtivas
Fonte: Wagner (1998)
Pirâmide Kaiser Permanente
Nível 1 70-80% de pacientes com doença simples
Nível 2
Pacientes complexos
Nível 3 Pacientes altamente complexos
Gestão de Caso
Gestão da Condição de Saúde
Autocuidado Apoiado
Fontes: Singh, 2005; Porter e Kellogg (2008).
Condições favoráveis no BrasilCondições favoráveis no Brasil
Saldo demográfico positivo por mais duas Saldo demográfico positivo por mais duas décadasdécadas
Crescimento rápido do país e da Crescimento rápido do país e da sociedade brasileirasociedade brasileira
Avanços significativos na redução da Avanços significativos na redução da pobrezapobreza
Cobertura significativa da ESF e da AB Cobertura significativa da ESF e da AB em geralem geral
Resultados consolidados do SUSResultados consolidados do SUS
Acumulações em + 20 anos de vida do Acumulações em + 20 anos de vida do SUS - descentralização realSUS - descentralização real
Fortalecimento da APS (destaque para Fortalecimento da APS (destaque para Estratégia da Saúde da Família)Estratégia da Saúde da Família)
Tendência para o alcance da maioria dos Tendência para o alcance da maioria dos ODMODM
Ameaça: mais fragmentaçãoAmeaça: mais fragmentação
Respostas baseadas na ofertaRespostas baseadas na oferta
Respostas baseadas em programas verticais Respostas baseadas em programas verticais
Respostas assistenciais centralizada em Respostas assistenciais centralizada em especialistas (cardiologista, nefrologista, ...)especialistas (cardiologista, nefrologista, ...)
Não transformar em um “tema da APS” Não transformar em um “tema da APS” ou a bandeira de um grupo específicoou a bandeira de um grupo específico
Oportunidade: mais integraçãoOportunidade: mais integração
Redes (regionalizadas) de atenção à saúde Redes (regionalizadas) de atenção à saúde coordenadas pela APS como estratégia centralcoordenadas pela APS como estratégia centralFortalecimento do “poder regulatório da APS” – Fortalecimento do “poder regulatório da APS” – sua capacidade de ativar a redesua capacidade de ativar a redePromoção de mudanças culturais (auto-ajuda) Promoção de mudanças culturais (auto-ajuda) na sociedade e nos atores estratégicosna sociedade e nos atores estratégicosInvestimentos significativos na prevenção e Investimentos significativos na prevenção e promoçãopromoçãoAção intersetorial sobre os determinantesAção intersetorial sobre os determinantes