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PROJETO DE MONITORIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E INVESTIGAÇÃO EM AVALIAÇÃO PROJETO DE INTERVENÇÃO ALARGADA NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA* * Com base no modelo de Planeamento de Ação Estratégico do PNPSE (Caldeira & Galveias, 2017). 1 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE AMARES - AEA CONTEXTUALIZAÇÃO/JUSTIFICAÇÃO DO PROJETO: O Agrupamento de Escolas de Amares, no ano letivo transato, procedeu à reformulação dos seus critérios de avaliação (com base no DL nº55/2018 e Portarias 223-A, 226-A e 235- A/2018 e no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória), os quais foram bastante debatidos, por fim, aprovados e, por último, “refletidos” em grelhas de avaliação (focadas na classificação). Um ano letivo passado verificam-se alguns aspetos a melhorar e a ajustar, quer nos critérios de avaliação quer na prática avaliativa do agrupamento, nomeadamente no 2º e 3º Ciclos e Secundário. O agrupamento de Escolas de Amares já avançou bastante na reformulação dos seus normativos internos e na forma como os alunos são avaliados, introduzindo-se a avaliação por domínios/temas em todas as disciplinas, a diversificação de instrumentos e técnicas e uma maior valorização da avaliação formativa. No entanto, um ano volvido, e depois da introdução de uma nova modalidade de ensino (à distância) e da experimentação destes documentos, pensamos que é possível alcançar, agora, outro “patamar”. Este Projeto tem a ambição de promover alterações nos documentos em vigor no AEA, que deverão promover ou conduzir a uma nova melhoria nas práticas de avaliação. Para melhor contextualizar o projeto que aqui apresentamos, interessa recuperar os resultados de um inquérito aplicado pela Equipa Flex do AEA, no início de mês de março de 2020, relativamente ao primeiro período, no qual participaram 92 docentes. Este questionário teve como objetivo perceber as dificuldades sentidas, as alterações efetuadas e a posição dos docentes relativamente à avaliação pedagógica no agrupamento, após a reformulação dos critérios. Dessa análise salientamos algumas fragilidades a melhorar, como: uma grande parte dos alunos manifestou alguma confusão com a introdução dos novos critérios, não percebendo ainda a diferença entre avaliar e classificar; é também evidente o recurso a um grande número de instrumentos de avaliação sumativa para classificar, o que se agrava com o avançar do ano de escolaridade; por outro lado, destaca-se o recurso a instrumentos de testagem em maioria, ficando as outras técnicas de recolha de dados relegadas para segundo plano, conforme se pode ver nas figuras 1, 2 e 3: Figuras 1, 2 e 3: Tratamento dos dados recolhidos pela Equipa Flex sobre Avaliação no AEA, no fim do 1º período.

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  • PROJETO DE MONITORIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E INVESTIGAÇÃO EM AVALIAÇÃO PROJETO DE INTERVENÇÃO ALARGADA NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA*

    * Com base no modelo de Planeamento de Ação Estratégico do PNPSE (Caldeira & Galveias, 2017). 1

    AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE AMARES - AEA

    CONTEXTUALIZAÇÃO/JUSTIFICAÇÃO DO PROJETO: O Agrupamento de Escolas de Amares, no ano letivo transato, procedeu à reformulação dos seus critérios de avaliação (com base no DL nº55/2018 e Portarias 223-A, 226-A e 235-

    A/2018 e no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória), os quais foram bastante debatidos, por fim, aprovados e, por último, “refletidos” em grelhas de avaliação (focadas na

    classificação). Um ano letivo passado verificam-se alguns aspetos a melhorar e a ajustar, quer nos critérios de avaliação quer na prática avaliativa do agrupamento, nomeadamente no 2º e

    3º Ciclos e Secundário. O agrupamento de Escolas de Amares já avançou bastante na reformulação dos seus normativos internos e na forma como os alunos são avaliados, introduzindo-se a

    avaliação por domínios/temas em todas as disciplinas, a diversificação de instrumentos e técnicas e uma maior valorização da avaliação formativa. No entanto, um ano volvido, e depois da

    introdução de uma nova modalidade de ensino (à distância) e da experimentação destes documentos, pensamos que é possível alcançar, agora, outro “patamar”. Este Projeto tem a ambição

    de promover alterações nos documentos em vigor no AEA, que deverão promover ou conduzir a uma nova melhoria nas práticas de avaliação.

    Para melhor contextualizar o projeto que aqui apresentamos, interessa recuperar os resultados de um inquérito aplicado pela Equipa Flex do AEA, no início de mês de março de 2020,

    relativamente ao primeiro período, no qual participaram 92 docentes. Este questionário teve como objetivo perceber as dificuldades sentidas, as alterações efetuadas e a posição dos docentes

    relativamente à avaliação pedagógica no agrupamento, após a reformulação dos critérios. Dessa análise salientamos algumas fragilidades a melhorar, como: uma grande parte dos alunos

    manifestou alguma confusão com a introdução dos novos critérios, não percebendo ainda a diferença entre avaliar e classificar; é também evidente o recurso a um grande número de

    instrumentos de avaliação sumativa para classificar, o que se agrava com o avançar do ano de escolaridade; por outro lado, destaca-se o recurso a instrumentos de testagem em maioria,

    ficando as outras técnicas de recolha de dados relegadas para segundo plano, conforme se pode ver nas figuras 1, 2 e 3:

    Figuras 1, 2 e 3: Tratamento dos dados recolhidos pela Equipa Flex sobre Avaliação no AEA, no fim do 1º período.

  • PROJETO DE MONITORIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E INVESTIGAÇÃO EM AVALIAÇÃO PROJETO DE INTERVENÇÃO ALARGADA NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA*

    * Com base no modelo de Planeamento de Ação Estratégico do PNPSE (Caldeira & Galveias, 2017). 2

    Foram ainda sondadas outras questões que corroboram as fragilidades enunciadas e outras, como: alguma confusão geral (entre professores, alunos e pais) sobre os conceitos de

    avaliar e de classificar, visível também nas grelhas de classificação de final de período/ano, e, por outro lado, na grande dependência da média aritmética da grelha para a formulação de um

    juízo final globalizante sobre o nível de aprendizagem atingido pelos alunos, quase sem ter em conta a sua progressão/evolução, pelo que nos parece urgente este plano intervir nestas áreas

    em particular, clarificando/ ajustando os critérios e distinguindo claramente avaliação de classificação (Medida 1/ Anexo 1); pretendemos ainda com este Projeto auxiliar os docentes a

    desenvolver uma avaliação formativa e participada através da criação de rubricas transversais ao agrupamento que serão, posteriormente, ajustadas às especificidades de cada grupo

    disciplinar, sem perder no entanto a matriz comum que são os critérios de avaliação (Medida 2); também sugerimos uma alteração na grelha de classificação que permita ao professor analisar

    os dados e refletir sobre eles, sem estar “refém” da média aritmética ditada pela grelha Excel, assim, a nossa proposta para classificação é a grelha utilizada apenas apresentar a média final

    do aluno com ponderação do peso dos domínios, mas dando liberdade ao docente de, em cada domínio, ponderar outros dados como a progressão e evolução do aluno.

    É fundamental compreender que o propósito mais relevante da avaliação é contribuir ativamente para que os alunos aprendam mais e melhor, com compreensão e com mais

    profundidade. Neste sentido, ela tem de ser um processo rigoroso para permitir recolher informação de elevada qualidade acerca do que os alunos sabem e são capazes de fazer. Só deste

    modo poderão os professores distribuir feedback que apoie os alunos a ultrapassarem as suas dificuldades.

    De referir que, enquanto a medida 2 foi pensada e construída apenas pelo grupo MAIA do AEA, a medida 1 foi pensada e construída de forma colaborativa por todos os grupos que

    constituíram a turma MAIA do Centro de Formação do Alto Cávado. Este facto deve-se à conclusão a que todos chegamos, em conjunto, no decorrer da formação, de que o ponto central de

    todo este processo de mudança relativamente à avaliação nos nossos agrupamentos tem por base a compreensão da diferença entre avaliar e classificar, uma vez que a maioria dos colegas

    ainda confunde estes dois conceitos e classifica mais do que avalia.

    ENQUADRAMENTO CURRICULAR:

    Para dar resposta às fragilidades detetadas, e dando seguimento ao processo de reflexão em torno da avaliação pedagógica iniciado no ano letivo 2018/2019 que envolveu todos os

    docentes do AEA, este projeto destina-se a todo o agrupamento e a todas as disciplinas, obviamente sujeito à aprovação do Conselho Pedagógico.

  • PROJETO DE MONITORIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E INVESTIGAÇÃO EM AVALIAÇÃO PROJETO DE INTERVENÇÃO ALARGADA NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA*

    * Com base no modelo de Planeamento de Ação Estratégico do PNPSE (Caldeira & Galveias, 2017). 3

    1. FRAGILIDADE/ PROBLEMA A

    RESOLVER

    ● Confusão geral (professores, alunos e pais) entre os conceitos de avaliar e de classificar. A não distinção entre um sistema de avaliação e outro de classificação, leva a que nem sempre os alunos tenham várias oportunidades de demonstrar aquilo que sabem e/ou conseguem fazer.

    ● A utilização de estratégias de recuperação, após feedback de qualidade, ainda não é regra geral nas práticas de avaliação. Tudo o que se avalia vai para a “grelha excel” e a média final dita a nota, sem ter em conta o fator evolução, o ponto de chegada.

    ● Pouca participação dos alunos no processo de avaliação, designadamente na autoavaliação que só acontece no final de cada período/ano.

    2. DESIGNAÇÃO DA

    MEDIDA 1 /ESTRATÉGIA A IMPLEMENTAR

    Avaliar ≠ Classificar: o ponto de partida!

    PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO

    VALORIZADOS NA MEDIDA

    Princípio da melhoria da qualidade das aprendizagens X

    Princípio da diversificação X

    Princípio da positividade X

    Princípio da transparência X

    Princípio da integração curricular X

    3. DESTINATÁRIOS Todos os professores, alunos e pais do AEA.

    4.OBJETIVO(S) A ATINGIR COM A MEDIDA 4.1 MONITORIZAÇÃO (INDICADORES, MEIOS) 4.2 META(S) A ALCANÇAR COM A MEDIDA

    Clarificar, diferenciando, os sistemas de avaliação e de classificação a implementar no AEA, dando seguimento ao processo de reflexão/reformulação iniciado no ano letivo transato que envolveu todos os docentes do AEA (ver proposta no Anexo 1).

    Data de realização Discutido por todos os docentes do AEA (em reuniões de grupo) e

    aprovado em CP Até ao início do ano letivo 2020/21.

    Prever, em ambos os sistemas, um conjunto de técnicas de recolha de dados diversificadas (testagem, análise conteúdo, inquérito e observação) de modo a dar várias oportunidades aos alunos de demonstrarem o que sabem e conseguem fazer e assim melhorar as suas aprendizagens.

    Quantidade de momentos e técnicas a de avaliação e classificação a usar pelos professores, obrigatoriamente, no processo de recolha de dados.

    1 a 2 momentos de avaliação sumativa com propósitos formativos antecedem os de avaliação sumativa para classificação; 2 a 3

    momentos de avaliação sumativa para classificação por período, usando técnicas diferentes de recolha de dados.

    - Criar e utilizar um formulário modelo, online, de autoavaliação do aluno de acordo com os critérios transversais ao AEA, de modo a aumentar a participação dos alunos no processo de avaliação e o respetivo feedback.

    Quantidade de formulários preenchidos nas diferentes disciplinas e níveis.

    No mínimo, os alunos devem preencher o formulário de autoavaliação em todas as disciplinas e níveis, 2 vezes por

    período.

    5. ATIVIDADE(S) A DESENVOLVER E

    CALENDARIZAÇÃO

    1- Reunir com os colegas da formação que frequentaram as oficinas CFAC sobre avaliação pedagógica e Equipa Flex do AEA para apresentação/reflexão/revisão da medida.

    Julho 2020: final do ano letivo 19/20

    2 - Encontro interescolas (representantes de grupos) para discussão e partilha dos critérios de classificação definidos no início do ano letivo em cada agrupamento/escola do CFAC no ano letivo transato.

    Julho 2020: final do ano letivo 19/20

    3 - Revisão/reformulação dos critérios de classificação e definição de um sistema de avaliação distinto do de classificação. Até ao Início do ano letivo 20/21

    4 - Aprovação de novos critérios/sistemas de avaliação e classificação para o ano letivo 2020/2021 em C. Pedagógico. Início do ano letivo 20/21

    5 – Divulgação da medida: 1º reunião geral; 2º reunião de departamento/grupo disciplinar; 3º reunião com os EE/pais. Início do ano letivo 20/21

    6 - Apoio e formação continuada de professores no âmbito da avaliação. Todo o ano letivo 20/21

    6. RESPONSÁVEIS Elementos da Microrrede CFAC-Avaliação do AEA: Valéria Silva, Daniel Soares e Diana Castro.

  • PROJETO DE MONITORIZAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E INVESTIGAÇÃO EM AVALIAÇÃO PROJETO DE INTERVENÇÃO ALARGADA NO ÂMBITO DA AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA*

    * Com base no modelo de Planeamento de Ação Estratégico do PNPSE (Caldeira & Galveias, 2017). 4

    . FRAGILIDADE/ PROBLEMA A

    RESOLVER

    ● Ainda não é comum a utilização de critérios e descritores para acompanhar e avaliar as tarefas propostas aos alunos, de modo a proporcionar feedup, feedback e feedforward de qualidade, utilizando uma avaliação criterial e não de referência normativa.

    ● Falta da participação por parte dos alunos na identificação de critérios e na descrição dos desempenhos considerados relevantes para as aprendizagens que devem desenvolver.

    ● Grande diversidade/disparidade de critérios e/ou descrições de desempenho aplicados nas diferentes disciplinas cujos instrumentos recorrem à mesma técnica de recolha de dados.

    ● Pouca utilização de instrumentos das três técnicas de recolha de dados menos utilizadas no AEA, devido à perceção de que não são tão rigorosas e fiáveis.

    2. DESIGNAÇÃO DA

    MEDIDA 2 /ESTRATÉGIA A IMPLEMENTAR

    Rubricas de avaliação transversais ao AEA

    PRINCÍPIOS DE AVALIAÇÃO

    VALORIZADOS NA MEDIDA

    Princípio da melhoria da qualidade das aprendizagens X

    Princípio da diversificação X

    Princípio da positividade X

    Princípio da transparência X

    Princípio da integração curricular X

    3. DESTINATÁRIOS Todos os professores, alunos e pais do AEA.

    4.OBJETIVO(S) A ATINGIR COM A MEDIDA 4.1 MONITORIZAÇÃO (INDICADORES, MEIOS) 4.2 META(S) A ALCANÇAR COM A MEDIDA

    -Implementar rubricas de avaliação transversais a todo o AEA, após as mesmas serem debatidas e ajustadas nos e pelos vários grupos disciplinares (exemplo de proposta no anexo 2). -Aumentar o índice de participação dos alunos no processo de avaliação, através do esclarecimento/definição de critérios e descritores de desempenho (antes das tarefas), do feedback de qualidade (durante as tarefas) e do esclarecimento sobre o que fazer para melhorar (após as tarefas).

    Quantidade de rubricas implementadas

    Todos os professores devem, sempre que possível, recorrer a rubrica para avaliar as tarefas. No mínimo, tem se ser implementada 1 rubrica por período em todas as disciplinas/níveis.

    5. ATIVIDADE(S) A DESENVOLVER E

    CALENDARIZAÇÃO

    1- Reunião com os colegas da formação que frequentaram as oficinas CFAC sobre avaliação pedagógica e equipa Flex para reflexão/apresentação da medida e início do processo de elaboração de rubricas transversais.

    Julho 2020: final do ano letivo 19/20

    2 - Aprovação da medida sobre rubricas transversais para o ano letivo 2020/2021 em C. Pedagógico. Julho 2020: final do ano letivo 19/20

    3 – Divulgação da medida: 1º reunião com representantes dos grupos disciplinares para apoio/formação1 sobre rubricas; 2º reunião dos grupos disciplinares para discussão/adaptação das rubricas transversais às especificidades das suas disciplinas.

    Até ao início do ano letivo 2020/21

    4 - Apoio e formação continuada de professores no âmbito da avaliação pedagógica e rubricas de avaliação. Todo o ano letivo 20/21

    6. RESPONSÁVEIS PELA MEDIDA

    Elementos da Microrrede CFAC-Avaliação do AEA: Valéria Silva, Daniel Soares e Diana Castro.

    1 Explicar o que são rubricas; como podem ser utilizadas quer no contexto da avaliação formativa e como na sumativa; que melhorias trazem, ou seja, uma mais-valia para distribuir feedback de elevada qualidade, quer no contexto da avaliação formativa, quer da sumativa (num dado momento, ajuda a fazer um balanço ou um ponto de situação acerca do que os alunos sabem e são capazes de fazer e como podem melhorar).

  • ANEXO 1: PROPOSTA DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DE CLASSIFICAÇÃO

    DO AE AMARES

    Ano letivo 2020/2021

    1. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO AE AMARES: A apresentação dos critérios de avaliação do AE de AMARES, transversal a todas as disciplinas/áreas curriculares e

    níveis de ensino, pretende dar cumprimento ao disposto no artigo 3.º, alínea d) das definições do DL 55/2018, assim como no

    artigo 17.º, ponto 2, concomitantemente com o artigo 22.º, ponto 3 do decreto lei referido anteriormente.

    Ainda, segundo o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, devemos ter em consideração que “Todas as

    crianças e jovens devem ser encorajados, nas atividades escolares, a desenvolver e a pôr em prática os valores por que se deve

    pautar a cultura de escola…”.

    Quadro 1 - Áreas de competência e descritores do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória:

    DESCRITORES Conhecedor/ sabedor/

    culto/ informado (A, B, G, I, J)

    Criativo (A, C, D, J)

    Crítico/Analítico (A, B, C, D, G)

    Questionador/ Investigador

    (A, C, D, F, G, I, J)

    Respeitador da diferença/ do outro

    (A, B, E, F, H) Autoavaliador (transversal às

    áreas); Comunicador /

    Interventor (A, B, D, E, G, H, I)

    Participativo/ colaborador (B, C, D, E, F)

    Responsável/ autónomo

    (C, D, E, F, G, I, J)

    Cuidador de si e do outro

    (A, B, E, F, G, I, J)

    Sistematizador/ organizador (A, B, C, I, J)

    ÁREAS DE COMPETÊNCIA A. Linguagens e textos; B. Informação e comunicação; C. Raciocínio e resolução de problemas; D. Pensamento crítico e pensamento criativo; E. Relacionamento interpessoal; F. Desenvolvimento pessoal e autonomia; G. Bem-estar, saúde e ambiente; H. Sensibilidade estética e artística; I. Saber científico, técnico e tecnológico; J. Consciência e domínio do corpo.

    Associadas aos Valores, que pressupõem um conjunto de Atitudes, tal como se apresenta no Quadro 2, afiguram-se as

    Áreas de Competência que “em cada área curricular estão necessariamente envolvidas […], teóricas e práticas”, pressupondo

    “o desenvolvimento de literacias múltiplas”.

    Quadro 2 - Valores e atitudes previstos no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória:

    Valores a) Responsabilidade e integridade; b) Excelência e exigência; c) Curiosidade, reflexão e inovação; d) Cidadania e participação; e) Liberdade

    Ati

    tud

    es

    a) Respeitar-se a si mesmo e aos outros; saber agir eticamente, consciente da obrigação de responder pelas próprias ações; ponderar as ações próprias e alheias em função do bem comum.

    b) Aspirar ao trabalho bem feito, ao rigor e à superação; ser perseverante perante as dificuldades; ter consciência de si e dos outros; ter sensibilidade e ser solidário para com os outros.

    c) Querer aprender mais; desenvolver o pensamento reflexivo, crítico e criativo; procurar novas soluções e aplicações.

    d) Demonstrar respeito pela diversidade humana e cultural e agir de acordo com os princípios dos direitos humanos; negociar a solução de conflitos em prol da solidariedade e da sustentabilidade ecológica; ser interventivo, tomando a iniciativa e sendo empreendedor.

    e) Manifestar a autonomia pessoal centrada nos direitos humanos, na democracia, na cidadania, na equidade, no respeito mútuo, na livre escolha e no bem comum.

    O desenvolvimento destas literacias múltiplas é alcançado a partir da mobilização de “técnicas, instrumentos e

    procedimentos diversificados e adequados” (art.º 23, ponto 1, b)) que permitam ir ao encontro de uma avaliação

    predominantemente formativa (regular e sistemática), que culmine numa avaliação sumativa no final do período/ano letivo

    (Quadro3).

    Quadro 3 - Técnicas e Instrumentos de Recolha de Informação:

    Técnicas Inquérito Observação Análise de Conteúdo Testagem

    Exemplos de Instrumentos

    • Questionários orais sobre perceções e opiniões;

    • Questionários escritos sobre perceções e opiniões;

    • Entrevistas; • Outros…(dando

    cumprimento ao DL nº54/2018)

    • Grelhas de observação direta do desempenho científico;

    • Grelhas de observação direta do desempenho atitudinal;

    • Listas de verificação de atividades/ trabalhos propostos;

    • Grelhas de observação do trabalho experimental;

    • Grelhas de observação de apresentações orais;

    • Outros…(dando cumprimento ao DL nº54/2018)

    • Portfólios; • Relatórios de

    atividades; • Trabalhos de

    pesquisa/investigação; • Trabalhos escritos; • Cadernos diários; • Reflexões críticas; • Outros…(dando

    cumprimento ao DL nº54/2018)

    • Testes; • Questionamento

    oral; • Fichas de

    trabalho; • Questões Aula; • Mini-testes; • Testes digitais; • Quizzes; • Outros…(dando

    cumprimento ao DL nº54/2018)

    ACONSELHA-SE A UTILIZAÇÃO E PARTILHA COM OS ALUNOS DE RUBRICAS DE AVALIAÇÃO ANTES, DURANTE E DEPOIS DA IMPLEMENTAÇÃO DE QUALQUER UMA DAS TÉCNICAS E INSTRUMENTOS

    APRESENTADOS. Nota informativa: A recolha de dados deve ter como base os documentos curriculares “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade

    Obrigatória” e “Aprendizagens Essenciais”; deve ainda recorrer, obrigatoriamente a técnicas de recolha diversificadas.

  • ANEXO 1: PROPOSTA DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DE CLASSIFICAÇÃO

    DO AE AMARES

    Ano letivo 2020/2021

    QUADRO 4 - Dinâmica do processo de ensino-aprendizagem- avaliação e os 5 princípios da avaliação pedagógica:

    Princípios da avaliação

    Critérios de Avaliação

    Princípio da diversificação

    Na recolha de dados sobre as aprendizagens dos alunos, os professores devem recorrer a diferentes técnicas: testagem, análise de conteúdo, inquérito e observação (ver quadro 3). A triangulação destes dados é que vai dar rigor e fiabilidade ao processo de avaliação.

    Princípio da integração curricular

    Todas as tarefas propostas devem assegurar 3 objetivos principais: os alunos devem conseguir aprender com elas, os professores devem conseguir ensinar/orientar e ambos devem conseguir avaliar. Assim, a avaliação não acontece depois do ensino e da aprendizagem, antes acompanha e faz parte de todo o processo.

    Princípio da positividade

    Antes de cada momento de avaliação sumativa para classificação, os alunos têm, pelo menos, um momento de avaliação sumativa com propósito formativo: feedback com nova oportunidade de aprendizagem.

    Princípio da melhoria das

    aprendizagens

    O objetivo primeiro da avaliação pedagógica é contribuir para a melhoria das aprendizagens dos alunos. Isto consegue-se através do feedback de qualidade e tempo para reformulação/recuperação.

    Princípio da transparência

    Os critérios de avaliação das tarefas e/ou momentos de avaliação são discutidos e negociados com os alunos, devendo, sempre que possível, ser usadas rubricas de avaliação. A autoavaliação, a heteroavaliação e o feedback devem ser feitos constante e regularmente.

    2. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DO AE AMARES:

    QUADRO 6 - Layout dos Critérios de Classificação das diferentes disciplinas do AE Amares 2020/21:

    Domínio/ Tema/

    Unidade/ Módulo

    (ponderação) 1

    CRITÉRIOS TRANSVERSAIS AO AEAMARES

    (Com base nas AE, Perfil dos Alunos, DL º55/2018 e Portarias 223-A, 226-A

    e 235-A/2018)

    Descritores de desempenho por nível (Ensino Básico) e valores (Ensino Secundário).

    Técnicas e instrumentos de recolha de

    dados sobre as aprendizagens

    dos alunos2 3 Nível 5 18 a 20 valores

    Nível 4 14 a 17 valores

    Nível 3 10 a 13 valores

    Nível 2 8 a 9

    valores

    Nível 1 0 a 7

    valores

    Domínio ou Tema A (….%)

    CONHECIMENTO CIENTÍFICO

    O aluno adquiriu plenamente os conhecimentos definidos nas AE para este domínio/ tema/ módulo.

    Nível Intermédi

    o

    O aluno adquiriu uma parte significativa dos conhecimentos definidos nas AE para este domínio/ tema/ módulo.

    Nível Intermédi

    o

    O aluno não adquiriu os conhecimentos definidos nas AE para este domínio/ tema/ módulo.

    • VER QUADRO 3

    CAPACIDADE DE APLICAÇÃO

    PRÁTICA

    O aluno é completamente capaz de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos neste domínio/ tema/ módulo.

    O aluno é parcialmente capaz de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos neste domínio/ tema/ módulo.

    O aluno não é capaz de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos neste domínio/ tema/ módulo.

    ATITUDES E VALORES

    DEMONSTRADOS (Quadro 2 dos critérios de

    avaliação)

    O aluno demonstra sempre, durante as aulas e na realização das tarefas, atitudes e valores de acordo com os previstos no Perfil.

    O aluno demonstra regularmente, durante as aulas e na realização das tarefas, atitudes e valores de acordo com os previstos no Perfil.

    O aluno não demonstra, durante as aulas e na realização das tarefas, atitudes e valores de acordo com os previstos no Perfil.

    1 Corresponde aos domínios/temas que fazem parte das Aprendizagens Essenciais de cada disciplina. A ponderação é feita por domínio/tema/módulo, sendo esta ponderação da responsabilidade de cada grupo disciplinar, em trabalho colaborativo. 2 O professor promove, obrigatoriamente, 1 a 2 momentos de avaliação sumativa com o propósito formativo, antes da avaliação sumativa para classificação, por forma a dar feedback para melhorar a qualidade das aprendizagens, recorrendo a técnicas de recolha de dados diversificadas.

    3 Os momentos realizados de avaliação sumativa com o propósito formativo culminam num balanço final com o propósito de classificação que, por sua vez, ocorre, no mínimo, 2 vezes por período, recorrendo a técnicas de recolha de dados diversificadas (quadro 3).

    NOTA IMPORTANTE: Para a triangulação de dados ser eficaz e a avaliação ser mais fiável e rigorosa, os grupos devem selecionar, sempre, instrumentos de diferentes técnicas de recolha de informação (Quadro 3), no entanto estes são decididos em última instância pelo professor de acordo com as especificidades da turma/aluno.

  • ANEXO 2 –EXEMPLO DE RUBRICA TRANSVERSAL AO AEA: TAREFA - TRABALHO DE GRUPO