projeto de legalização fundiária urbana

42
Qualificado como OSCIP com Registro no MJ 080071.000097/2006-22) MUNICÍPIO DE SOBRADINHO - Prefeitura Municipal de Sobradinho - Bahia PROJETO DE LEGALIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA (Modalidade 3 – Atividades Jurídicas e Administrativas de Regularização Fundiária) ELABORAÇÃO: Nildo Lima Santos – Consultor em Administração Pública Neide Dias Santos – Arquiteta Urbanista Valéria Cristiane Souza Nascimento Dias – Advogada DIGITAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Chrystian Puntel Lima INICIATIVA DO PROJETO: ALPHA OSCIP PARCERIAS: Município de Sobradinho – Prefeitura Municipal de Sobradinho Governo Federal - Ministério das Cidades Instituto ALFA BRASIL – Sociedade para o Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável e da Cidadania *Sede: Rua Rosa Cruz, nº 100 – Maraponga – Fortaleza – Ceará – CEP: 60.713-050 – Tel: ( 85) 3467.5882 * Escritório Regional de Juazeiro: Rua Canadá, nº 79 – Bairro Coréia – Juazeiro – Bahia – CEP: 48.404-460 – Tel: (74) 3612.8822

Upload: chrystianlima

Post on 19-Jun-2015

2.162 views

Category:

Business


0 download

DESCRIPTION

Os problemas que entravam o desenvolvimento dos Municípios brasileiros têm diversas faces. E, uma destas faces é a ocupação desordenada do solo urbano; propiciada pela ausência do Estado, que é representado na figura dos entes municipais e, não raro com o descaso e/ou cumplicidade da União que, interfere nos municípios através de execução de projetos que não observam estes fatores, tendo como conseqüência o atrofiamento no processo de desenvolvimento sócio econômico. Uma destas intervenções foi a construção da barragem de Sobradinho no médio São Francisco, que desapropriou imensas áreas e aglomerados humanos urbanos onde tinham assentados posseiros legais com o título e registro dos seus imóveis e, os remanejou para áreas próximas às margens do Lago de Sobradinho sem o cuidado devido da promoção da titularidade dos imóveis, pois, era bem mais cômodo a transferência destes encargos para os Municípios que, até hoje, não conseguem entender o processo e sequer tomaram alguma providência. Um destes Municípios é o de Sobradinho, no Estado da Bahia, que foi emancipado em 1989 o qual conta como um dos maiores responsáveis pelo entravamento no seu processo de desenvolvimento: “A falta de titularidade e do registro dos imóveis urbanos que foram transferidos para o Município, pela CHESF”. A estatal, em pleno regime militar onde, praticamente, era impossível a contestação e reclamações contra o Estado e, principalmente contra a União, simplesmente transferiu o problema para os municípios e para a sociedade molestada em seus direitos, costumes, sentimentos e tradições, apesar de tal empresa ter sido a responsável pela grande maioria dos imóveis (terrenos e edificações), distribuídos à população - o que agravou mais ainda o problema.

TRANSCRIPT

Page 1: Projeto de legalização fundiária urbana

Qualificado como OSCIP com Registro no MJ 080071.000097/2006-22)

MUNICÍPIO DE SOBRADINHO - Prefeitura Municipal de Sobradinho - Bahia

PROJETO DE LEGALIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA(Modalidade 3 – Atividades Jurídicas e Administrativas de Regularização Fundiária)

ELABORAÇÃO: Nildo Lima Santos – Consultor em Administração Pública Neide Dias Santos – Arquiteta Urbanista Valéria Cristiane Souza Nascimento Dias – Advogada

DIGITAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Chrystian Puntel Lima

INICIATIVA DO PROJETO: ALPHA OSCIP

PARCERIAS:Município de Sobradinho – Prefeitura Municipal de Sobradinho

Governo Federal - Ministério das CidadesInstituto ALFA BRASIL – Sociedade para o Desenvolvimento Econômico e Social

Sustentável e da Cidadania

*Sede: Rua Rosa Cruz, nº 100 – Maraponga – Fortaleza – Ceará – CEP: 60.713-050 –Tel: ( 85) 3467.5882 * Escritório Regional de Juazeiro: Rua Canadá, nº 79 – Bairro

Coréia – Juazeiro – Bahia – CEP: 48.404-460 – Tel: (74) 3612.8822

Page 2: Projeto de legalização fundiária urbana

SUMÁRIO:

* Apresentação

* Finalidade

* Justificativas

* Objetivos: ** Objetivo Geral

** Objetivos Específicos

* Metas:

** Físicas ** Sociais

* Metodologia

* Beneficiários do Projeto

* Quadros de Investimentos

** Mão de Obra e Serviços Diversos

** Serviços Técnicos Especializados

** Material Permanente

** Material de Consumo ** Mobilização e Capacitação

** Outorga de Títulos, Taxas e Emolumentos

* Resumo dos Investimentos Programados

* Cronograma de Execução Física Financeira

* Contra-partidas para o Custeio do Projeto

* Bibliografia

Page 3: Projeto de legalização fundiária urbana

APRESENTAÇÃO

Os problemas que entravam o desenvolvimento dos Municípios brasileiros têm diversas faces. E, uma destas faces é a ocupação desordenada do solo urbano; propiciada pela ausência do Estado, que é representado na figura dos entes municipais e, não raro com o descaso e/ou cumplicidade da União que, interfere nos municípios através de execução de projetos que não observam estes fatores, tendo como conseqüência o atrofiamento no processo de desenvolvimento sócio econômico.

Uma destas intervenções foi a construção da barragem de Sobradinho no médio São Francisco, que desapropriou imensas áreas e aglomerados humanos urbanos onde tinham assentados posseiros legais com o título e registro dos seus imóveis e, os remanejou para áreas próximas às margens do Lago de Sobradinho sem o cuidado devido da promoção da titularidade dos imóveis, pois, era bem mais cômodo a transferência destes encargos para os Municípios que, até hoje, não conseguem entender o processo e sequer tomaram alguma providência. Um destes Municípios é o de Sobradinho, no Estado da Bahia, que foi emancipado em 1989 o qual conta como um dos maiores responsáveis pelo entravamento no seu processo de desenvolvimento: “A falta de titularidade e do registro dos imóveis urbanos que foram transferidos para o Município, pela CHESF”. A estatal, em pleno regime militar onde, praticamente, era impossível a contestação e reclamações contra o Estado e, principalmente contra a União, simplesmente transferiu o problema para os municípios e para a sociedade molestada em seus direitos, costumes, sentimentos e tradições, apesar de tal empresa ter sido a responsável pela grande maioria dos imóveis (terrenos e edificações), distribuídos à população - o que agravou mais ainda o problema.

Destarte é imperioso que o Município de Sobradinho, de uma vez por todas centre os esforços necessários para que, junto a União - que dispõe de linha de investimentos (Programa de Apoio à Regularização Fundiária Sustentável em Áreas Urbanas – Programa Papel Passado) - e, junto ao Governo do Estado da Bahia, promova a definitiva legalização fundiária urbana através de projeto bem elaborado e bem sistematizado de forma que resolva efetivamente o problema gerador de tantos outros, tais como: - conflitos de direitos de herança; inacessibilidade ao crédito destinado a investimentos por falta de garantias reais; impotência do poder de polícia do Município no disciplinamento urbano, em razão da falta de titularidade da responsabilidade pelo imóvel; perdas de arrecadação e renúncia de receitas pela impossibilidade de atuação do fisco municipal, em razão da falta de titularidade do imóvel; perdas de arrecadação do Estado e da Previdência Social em razão da falta de titularidade do imóvel; e, dificuldade de implantação de projetos de desenvolvimento

Page 4: Projeto de legalização fundiária urbana

econômico e social, pelas várias razões anteriores, citadas, contribuindo, portanto, para agravar mais ainda, a cada dia, múltiplos conflitos sociais no Município e na região.

Face a todas estas questões é que estamos elaborando este projeto denominado de: “Projeto de Legalização Fundiária Urbana de Sobradinho”, o qual, inclusive, foi indicado pelo Plano Diretor Urbano do Município de Sobradinho, concluído pela BOURSCHEID – Engenharia Ltda em dezembro de 2003, com a participação da sociedade sobradinhense. Contém este projeto, os seguintes tópicos: Justificativas – que aborda a realidade social, econômica e jurídica institucional relacionada ao problema; Objetivos Gerais e Específicos – que delimita as metas a serem alcançadas, no aspecto geral e, nos seus mínimos detalhes micro-delimitados e quantificados; Metodologia – que informa como serão executadas as ações relacionadas ao projeto; Beneficiários do Projeto – que indica quais os reais beneficiários do projeto, sob o aspecto individual e sob o aspecto geral; Investimentos Necessários – que apresenta quadros de investimentos em mão-de-obra , serviços especializados de consultoria, serviços de apoio administrativo e operacional, material permanente e outros necessários; Cronograma de Execução do Projeto – que define o prazo de execução do projeto nas suas múltiplas fases, desde o levantamento de dados e informações até o encaminhamento final do titular do imóvel ao cartório para o competente registro; Cronograma Físico Financeiro – que apresenta os números reais a serem investidos ao longo da execução do projeto e, por último a Bibliografia – que relaciona todo o material bibliográfico pesquisado nesta primeira fase de proposição do Projeto, reforçando-o no seu entendimento pelos analistas dos parceiros interessados em financia-lo.

Page 5: Projeto de legalização fundiária urbana

FINALIDADE

O projeto tem por finalidade a implementação das medidas administrativas e jurídicas destinadas ao desenvolvimento das ações de regularização fundiária, inclusive a propositura de ações judiciais, a formalização de atos e contratos administrativos e a inclusão das áreas regularizadas no sistema de planejamento e disciplinamento urbano/ambiental, propiciando o desenvolvimento urbano econômico e social sustentável e, qualidade de vida, através da integração de mais 60% dos proprietários urbanos nos cadastros municipais/distritais e das concessionárias de serviços públicos.

Page 6: Projeto de legalização fundiária urbana

JUSTIFICATIVAS

Antecedentes Históricos:

A história do Município de Sobradinho e sua criação como povoado, tem suas raízes

intrinsecamente ligadas ao processo de colonização do território brasileiro. Durante a pré-

história, o rio São Francisco constituiu uma das principais rotas migratórias e fonte de

alimentos para os grupos indígenas. Em função de sua localização junto a um ponto de

travessia do rio, Sobradinho foi usado como estabelecimento pela cultura Opara, que

deixou sítios arqueológicos e painéis de pinturas rupestres.

Ainda no século XVI, o sítio próximo ao Serrote da Aldeia era habitado por tribos

indígenas denominados Tamoquim. O local foi visitado pelo português Belchior Dias no

final do século XVI em busca de minas de prata, e após passou a fazer parte do império de

Garcia D’Ávila, da Casa da Torre, senhor de terras do sertão baiano ao longo do São

Francisco. A Casa da Torre introduziu a criação extensiva de gado no vale do São

Francisco, constituindo o latifúndio de Sento Sé (hoje município), que abarcava a vasta área

entre o rio São Francisco e o chamado Sertão da Jacobina, incluindo o atual município de

Sobradinho.

É através dessa forma de colonização que surge em pleno semi-árido baiano, ainda

em meados do século XVI, a fazenda Tatauí junto à atual cidade de Sobradinho, onde

Garcia D'Ávila “deixou um casal de escravos, dez novilhos e um touro, um casal de

eqüinos, um casal de cães, galinhas, porcos e semente para lavoura como fizera com os

outros currais que implantou na região.”1

Em 1659 o território passou a integrar a sesmaria do Padre Antonio Pereira, tio e

sócio de Garcia D’Ávila Neto, posteriormente repassada a Domingos Sertão, que se

estabeleceu com fazenda (cuja sede era um sobrado) junto ao rio em local próximo à atual

1 http://www.lkn.com.br/sobradinho.htm

Page 7: Projeto de legalização fundiária urbana

Sobradinho, conhecido como Santana do Sobrado. Após sua morte, os bens passaram aos

jesuítas, tornando-se terras devolutas após sua expulsão do Brasil, sendo progressivamente

ocupadas por fazendeiros baianos, integrando a região ao ciclo de criação extensiva de gado

(chamado ciclo do couro) do sertão nordestino ao longo do século XIX e quase todo o

século XX.

A região permaneceu vinculada à pecuária extensiva, à pesca e agricultura de

subsistência até o início da década de 70, quando a implantação da Barragem de

Sobradinho inicia um novo ciclo na economia e no espaço regional. Em 1972, o Ministério

das Minas e Energia, através da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco),

decidiu construir nos arredores do povoado de Sobradinho (até então Distrito de Junco,

distante 46km da Sede do Município de Juazeiro ao qual pertencia), uma barragem e

reservatório de acumulação para regularizar e garantir uma vazão mínima do rio São

Francisco, e otimizar o funcionamento das grandes usinas a jusante, Paulo Afonso e

Moxotó. Posteriormente, foi incorporada ao seu projeto a geração de energia elétrica (usina

com 1.000.050 Kw) e uma eclusa com seus sistemas correlatos, permitindo a manutenção

da navegabilidade do rio no trecho de 1.371 km entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). As

obras foram iniciadas em 1973 e concluídas em 1978, com a formação de um lago com 34

bilhões de m³ de capacidade (na cota máxima de operação) e, o maior espelho d’água

artificial do mundo, com 4,2 mil km².

O lago não apenas trouxe possibilidades concretas de desenvolvimento da

agricultura irrigada, da pecuária e da pesca, mas alterou profundamente a própria história e

formação do município de Sobradinho, modificando radicalmente a vida de toda a então

região econômica do Baixo-Médio São Francisco.

A implantação do complexo implicou na desapropriação de 4.500 km² com a

relocalização de 70.000 pessoas, a reconstrução de várias cidades (Remanso, Casa Nova,

Sento Sé e Pilão Arcado) e vilas, e a localização de um enorme canteiro de obras e

acampamento em Sobradinho, origem da cidade. O porte da obra exigiu um grande volume

de mão de obra, na maioria não especializada ou qualificada, vinda do interior da Bahia e

de estados vizinhos, que se somou ao pessoal técnico da CHESF, de outros órgãos e

empresas públicas e privadas envolvidas para criar o aglomerado urbano de Sobradinho.

Page 8: Projeto de legalização fundiária urbana

Este foi formado pelo acampamento da CHESF, por sua vez composto das vilas Santana,

destinada ao pessoal técnico e gerencial, e São Francisco, destinada aos operários

especializados e ao pessoal de nível médio, e pela Vila São Joaquim, fora da gleba da

CHESF, mas arruada por ela e destinada à mão de obra não qualificada, moradores

deslocados pelas desapropriações e pela constituição do lago, e imigrantes vindos de vários

pontos do Nordeste.

Esta condição de origem marcou a evolução do núcleo: ao contrário da maioria das

cidades do interior baiano, Sobradinho nasce praticamente pronta, com duas vilas

projetadas de uma só vez (a Vila Santana, com 171 casas, e a Vila São Francisco, com

1.718 casas), e a terceira arruada na mesma época e ocupada quase simultaneamente: a vila

São Joaquim, conhecida inicialmente como Vila Papelão em função de sua precariedade,

que nasce em 1973 já com 1/3 da população que atingiria em seu maior tamanho. A

população atingiu 38.000 pessoas entre 1977 e 1979, coincidindo com a fase de pico e final

da obra. A estratificação social dos trabalhadores foi reproduzida na infra-estrutura dos

núcleos. As Vilas Santana e São Francisco foram planejadas em unidades de vizinhança e

dotadas de infra-estrutura completa de urbanização e equipamentos sociais, enquanto que a

vila São Joaquim foi apenas demarcada e arruada, e logo ocupada, vindo a adquirir alguma

infra-estrutura apenas na década de 90, ainda assim incompleta.

Com a conclusão e entrega da obra, em 1978, o propósito original do aglomerado

foi extinto, mas ele se mantém, apesar de uma queda inicial de população. A Vila São

Joaquim, que chegou a cerca de 18.000 habitantes em 1977, baixa a um patamar de cerca

de 13.000 durante a década de 80, atingindo hoje 12.500. A Vila Santana permaneceu

estável em população e tipologia construtiva, enquanto a vila São Francisco reduziu

contingente, acarretando demolição de unidades pela CHESF, e mudou seu perfil residente,

com certo descenso social e decréscimo de indicadores sócio-econômicos e urbanos.

A proximidade de conclusão da obra levou a uma mobilização dos moradores para a

continuidade da vila, então vinculada a Juazeiro, com base em novas alternativas produtivas

oferecidas pela própria barragem, usina e lago, como a pesca e a piscicultura.

Paralelamente, a CHESF foi reduzindo seu contingente fixo em Sobradinho, e repassando

progressivamente a administração e manutenção do núcleo à Prefeitura de Juazeiro.

Page 9: Projeto de legalização fundiária urbana

Interesses locais e associativos levaram ao início do processo de emancipação política em

meados da década de 80, concretizada em 24 de Fevereiro de 1989 com a criação do novo

município, tendo por sede o aglomerado das três vilas. Hoje a cidade conta com

aproximadamente 20.000 habitantes, sendo dois terços na Vila São Joaquim e um terço nas

vilas São Francisco e Santana, ou cerca de 90% da população municipal de 22.500

habitantes.

A primeira década do novo município foi ocupada na busca de uma base produtiva

que lhe garanta sobrevivência e desenvolvimento, fora da influência direta da CHESF (que

vem procedendo à transferência definitiva das vilas “oficiais” para o município), e na

montagem da nova estrutura administrativa, da infra-estrutura e dos equipamentos sociais.

Nenhuma das duas tarefas se encontra concluída. A diversificação da base produtiva ainda

é incipiente, a população estagnou nos anos 90, o desemprego é muito alto, sobretudo na

Vila São Joaquim (onde é estimado entre 60 e 80%), onde a infra-estrutura permanece

precária apesar dos investimentos. Mais importante, à dificuldade em encontrar uma

estrutura de produção e ocupação que substitua a CHESF em retirada corresponde uma

indefinição no perfil e imagem da própria cidade, ainda segmentada e à procura de um

projeto coletivo que garanta seu futuro como comunidade.

Em 1992 o Município de Sobradinho, através de sua Assessoria de Planos e

Desenvolvimento, órgão de planejamento, da época e que tinha como titular o técnico e

Consultor em Administração Pública Nildo Lima Santos, promoveu, com a anuência do

Prefeito na época, IVAN BORBA e hoje Secretário de Planejamento e Gestão,, e do

Secretário de Obras e Serviços Públicos, Sr. GENISLSON SILVA, hoje Prefeito do

Município, a elaboração do primeiro projeto de Plano Diretor Urbano do Município de

Sobradinho, o qual já estabelecia diretrizes urbanísticas, necessárias para o

desenvolvimento da sociedade local, dentre eles os relacionados às questões das ocupações

legais dos imóveis urbanos em posse da CHESF e dos que foram alienados desta para o

Município e que correspondia às áreas da Vila São Joaquim com aproximadamente 4.600

imóveis dentre os residenciais e comerciais com ocupação precária em razão da falta dos

registros competentes junto ao cartório para cerca de 90% destes imóveis.

Page 10: Projeto de legalização fundiária urbana

Um outro ponto importante a ser considerado é o relacionado ao processo de

desimobilização da CHESF, que consistiu na alienação de imóveis para os seus ocupantes,

principalmente, os do antigo acampamento da Vila São Francisco, ocupado, na sua grande

maioria por população com baixa renda. Alienação que está em processo de conclusão com

a venda financiada através da Caixa Econômica Federal, cujo registro somente poderá ser

efetivado após a inteira quitação dos mesmos que ocorrerá já a partir do próximo exercício

para um número bastante reduzido destes, ficando os demais imóveis para além de cinco

anos, conforme plano de financiamento negociado com cada comprador.

Aspectos Demográficos

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

Sobradinho possuía no ano 2000, vinte e um mil e trezentos e vinte e cinco habitantes

(21.325) habitantes, sendo que 91,8% do total se encontrava no setor urbano, quase todos

concentrados na sede. Esta taxa de urbanização confirma e ultrapassa a tendência brasileira,

em que a maior parte da população está hoje concentrada nos centros urbanos, e ultrapassa

a média do estado e da região, apesar de que a situação de Sobradinho é atípica, em razão

da grande concentração ter se originado da grande obra da barragem, no raro boom

econômico que, experimentou o país na década de 70 e, que teve seu declínio exatamente

com o término das obras da barragem, ficando, os familiares dos barrageiros sem um outro

caminho a seguir, já que tinham se tornado quase nômades seguindo o fluxo de empregos

que as empresas construtoras ofereciam junto aos canteiros de obras. Desta forma, sem ter

para onde irem estão terminando os seus dias no Município que se originou deste imenso

problema e, com graves problemas sociais.

Ao analisarmos o crescimento da população, tendo por base os censos de 1996 e

2000, vemos que o município apresentou um baixo crescimento vegetativo, de cerca de 2%

ao ano, inferior ao da região e cerca de metade daquele apresentado pelo pólo regional de

Juazeiro/Petrolina. A isto se deve o fato de que o Município de Sobradinho está fora dos

investimentos que propiciam o desenvolvimento regional, devido a multifatores, dentre eles

os relacionados à legalização fundiária urbana.

Page 11: Projeto de legalização fundiária urbana

Tabela I - População de Sobradinho segundo Censos (1996-2000)

Município População (1996) População (2000)Sobradinho 20904 21325

Fonte: IBGE

A pirâmide populacional brasileira vem apresentando um processo contínuo de

adequação a números mais próximos aos de países mais desenvolvidos, com a diminuição

da sua base de jovens e crescimento acentuado da população mais idosa. Os dados mais

atuais sobre a população municipal indicam que Sobradinho acompanha, ainda que muito

lentamente, essa tendência nacional.

Parte desse processo deve ser creditado, também, ao incremento de políticas

públicas de saúde e planejamento familiar, através da distribuição de anticoncepcionais,

maior divulgação de informações, proximidade dos setores de saúde para com as camadas

mais pobres, e mediante projetos e convênios como os que vêm sendo desenvolvidos

através da Secretaria de Saúde local.

Page 12: Projeto de legalização fundiária urbana

Gráfico 1

População de Sobradinho segundo IBGE (Censo 2000)

0 1000 2000 3000

00 a 04 anos

05 a 09 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 anos ou +

Fonte: IBGE (2000)

Ao examinarmos o gráfico acima podemos ver que, diferentemente dos anos 70,

quando o Brasil sofreu com o “boom” populacional, aumentando sua população de 90

milhões para os atuais 175 milhões de habitantes, com o conseqüente alargamento da sua

base e a predominância de uma população mais jovem na formação da pirâmide etária, os

dados atuais demonstram uma inversão desse quadro.

Constata-se um progressivo envelhecimento da população, causando uma

concentração maior na faixa etária entre os 15 e 29 anos. Embora este fato seja em

princípio positivo, envolve o desafio de lidar ainda por alguns anos com a inserção de um

grande contingente de pessoas jovens no mercado de trabalho. Em função de processos

macroeconômicos, a economia brasileira de forma geral não tem desenvolvido políticas

consistentes de geração de emprego e renda capazes de suprir as necessidades desse

contingente que atinge idade apta para o trabalho. A conseqüência é a pobreza, a

Page 13: Projeto de legalização fundiária urbana

marginalidade ou o deslocamento de mão-de-obra para outras localidades em busca de

oportunidades, que podem ser compensadas ou diminuídas através de políticas de geração

de emprego e renda visando também, através da promoção de atividades típicas da região,

um processo de fixação do homem no seu habitat natural.

Desenvolvimento Econômico e Ação Social.

O Segundo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Sobradinho, concluído em

dezembro de 2003, quanto ao desenvolvimento econômico e social do Município, assim

concluiu:

“Os trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de

Desenvolvimento Econômico e Ação Social buscam novas formas de

geração de emprego e renda, para uma população cujo desemprego

tem sido, segundo opinião dos próprios moradores locais, o principal

desafio a ser superado.

Além de programas visando a capacitação da mão-de-obra

local, entrevistas realizadas com funcionários ligados à Secretaria

mostram que as parcerias público-privado são vistas como um dos

caminhos para o desenvolvimento sócio-econômico do município.

Alguns convênios sociais têm sido sistematicamente introduzidos na

administração municipal, como o Bolsa-Escola, e o mais recente

Fome Zero. O primeiro atende regularmente cerca de 1.400 pessoas,

enquanto o projeto recentemente criado pelo Governo Federal já

conta com cerca de 2.000 pessoas cadastradas em Sobradinho,

embora ainda sem o repasse de verbas.

Entretanto, por deficiências de arrecadação e repasse de

recursos, e pelas limitações orçamentárias decorrentes da própria

estrutura de contingenciamento de investimentos em áreas específicas,

o “fôlego” de muitos municípios como Sobradinho vêm diminuindo,

com queda de investimentos diretos por parte da Prefeitura local.”

Page 14: Projeto de legalização fundiária urbana

Estratégias Propostas pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Sobradinho, de 2003, propôs como

estratégias para o desenvolvimento do Município, dentre outras, as que têm como objetivo

geral disciplinar e ordenar a ocupação do solo privado, através de regulamentos e regulação

e controle urbanístico que definem a distribuição espacial das atividades e da densidade, e a

configuração da paisagem urbana no que se refere à edificação, à distribuição de

edificações e espaços abertos, e ao parcelamento do solo urbano. Ações estas que se

relacionam, também, com os objetivos deste projeto de LAGALIZAÇÃO FUNDIÁRIA

URBANA, transcritas, a seguir:

a) promoção de ações de saneamento, de monitoramento da poluição do solo, do

ar, e da água, e de otimização do consumo energético;

b) aplicação de instrumentos urbanísticos e tributários com vistas ao estímulo à

proteção do patrimônio natural nas propriedades identificadas como tal;

c) valorização do papel de Sobradinho como centro urbano de apoio regional,

redefinindo seu perfil de competitividade na região e no estado da Bahia;

d) estímulo ao crescimento e ao desenvolvimento econômico sustentado, com a

promoção da geração de emprego/ocupação e incremento à renda familiar;

e) programa de incentivos a investimentos, que criará condições de

competitividade e atração para estes;

f) promoção, por parte do Município, de oportunidades empresariais para o

desenvolvimento urbano, com o estímulo e, gerenciamento de propostas

negociadas e parcerias público-privado;

g) implementação de política de habitação social que integre e regule as formas

econômicas informais de acesso à terra e capacite o Município para a produção

pública de Habitação de Interesse Social (HIS) e lotes urbanizados;

h) regularização fundiária e a urbanização dos assentamentos irregulares das

populações de baixa renda, com sua integração à malha urbana, e o

reassentamento e/ou a recuperação do ambiente das áreas degradadas ou em

situação de risco;

Page 15: Projeto de legalização fundiária urbana

i) democratização do acesso à terra urbana, a ampliação da oferta de moradias para

as populações de baixa e média renda com provisão pública, o estímulo a ações

conjuntas dos setores público e privado na produção e na manutenção das

habitações sociais;

j) a redistribuição da renda urbana e do solo na cidade, com vistas a recuperar para

a coletividade parte da valorização decorrente da ação do Poder Público;

k) programa de projetos especiais para promover intervenções que, pela

multiplicidade de agentes envolvidos, ou por sua natureza, porte ou localização,

necessitam de critérios especiais e passam por acordos programáticos

estabelecidos com o Poder Público, tendo como referência os padrões definidos

no PDU;

l) programa de habitação de interesse social, para a redefinição de ações, projetos e

procedimentos que ordenem o processo de ocupação informal do solo urbano

através da regulamentação, da manutenção e da produção da HIS, viabilizando o

acesso dos setores sociais de baixa renda ao solo urbano legalizado, equipado

adequadamente localizado, considerando aspectos como áreas de risco, impacto

ambiental, acessibilidade e posição relativa aos locais estruturados da cidade,

especialmente os locais de trabalho;

m) programa de gerenciamento do desenvolvimento urbano, para gerenciar os

instrumentos de planejamento, monitorando o desenvolvimento urbano,

potencializar a aplicação dos instrumentos de captação e redistribuição da renda

urbana, e sistematizar procedimentos para a elaboração de projetos de captação

de recursos;

n) programa do sistema de informações para disponibilizar informações para a

gestão do desenvolvimento urbano, articulando produtores e usuários e

estabelecendo critérios que garantam a qualidade das informações produzidas;

o) programa de comunicação e educação ambiental para dar suporte às principais

idéias e conteúdos do desenvolvimento ambiental, com caráter educativo,

visando a compreensão do tema e sua divulgação, e incentivando a cultura

participativa no planejamento urbano;

Page 16: Projeto de legalização fundiária urbana

p) programa de sistema de avaliação do desempenho urbano, para descrever os

elementos que permitem avaliar a qualidade de vida urbana, e os impactos

gerados com a aplicação das disposições do PDDU.

Além destas ações, que se relacionam diretamente com o disciplinamento e uso do

solo urbano, o PDDU definiu um vasto rol de linhas de ações direcionadas para o

desenvolvimento econômico e social que, de certa forma, estão na dependência, para a

efetivação e eficácia, do Projeto de Legalização Fundiária Urbana que encontra fatores

restritivos que este projeto pretende soluciona-los em benefício de toda uma filosofia de

desenvolvimento pensada para o Município de Sobradinho. Listaremos a seguir, algumas

destas linhas de ações:

a) Considerar o turismo e o meio ambiente de forma integrada, vinculando o turismo

de lazer e esportivo, ecológico, cultural e científico às oportunidades e potencialidades

ambientais do município.

b) Apoio à integração do turismo municipal aos circuitos turísticos e destinações já

consagradas ou emergentes, em termos regionais, nacionais e internacionais.

c) Elaboração imediata do Plano Diretor de Desenvolvimento do Turismo como

Projeto Estratégico prioritário, permitindo o planejamento, a gestão e o investimento no

turismo a partir de bases adequadas à realização de seu potencial para o desenvolvimento

sócio-econômico do município.

d) Aplicar em todo o município a legislação ambiental, especialmente o novo

Código Ambiental Municipal que acompanha o PDU, de maneira permanente e sistemática,

estruturando os órgãos ambientais, a administração municipal, e envolvendo os demais

órgãos estaduais e federais de preservação ambiental, assistência técnica e extensão rural.

e) Envolver as comunidades na discussão e implementação das medidas de

preservação ambiental, difundir o ensino de educação ambiental nas escolas de 1º e 2º graus

do município, e divulgar amplamente as ações propostas.

f) Elaboração imediata do Plano Diretor de Conservação e Manejo Ambiental como

Projeto Estratégico prioritário, permitindo a implantação de sistema de monitoramento

Page 17: Projeto de legalização fundiária urbana

permanente e sistemático dos Recursos Hídricos do município, com o auxílio técnico do

Governo do Estado.

g) Promoção sistemática de eventos de esportes radicais (vôo à vela/Asa Delta,

paraglider), e de eventos desportivos náuticos e aquáticos (vela em diversas modalidades,

windsurf, jet ski, motonáutica, remo, etc.), com montagem de um Calendário de Eventos

Esportivos, articulado regional e nacionalmente, em nível amador e de competição.

h) Construção do complexo urbanístico/turístico do balneário Chico Periquito, com

projeto e implantação de Parque Aquático com vocação Balneária.

i) Implantação do projeto de urbanização e complexo turístico do Porto de Juacema,

com loteamento de sítios de recreio (Mansões do Lago), área para construção de parques

aquáticos e temáticos, áreas para construção de clubes, motéis, hotéis e pousadas,

construção de marina com pier, galpões para barcos, porto para implantação de sistema de

transporte por barco entre os pontos da baía e do lago, e estudo da viabilidade de

construção de um mirante no morro da baía.

j) Fomento à implantação de micro negócios para atender ao turismo, através do

fundo municipal de aval, nos ramos: serigrafia, estamparia e serviços gráficos; confecções e

artesanato em renda, couro, fibras, madeira e pedra; restaurantes, bares e lanchonetes;

fábricas de medalhas e brindes, fábrica de velas, fábricas de doces e geléias; pousadas,

hotéis e motéis.

k) Elaboração imediata do Plano de Desenvolvimento Turístico de Sobradinho,

definindo os objetivos gerais e específicos do setor, efetuando um inventário/diagnóstico

dos recursos existentes e potenciais, escolhendo as alternativas de ação e respectivos

projetos, identificando os recursos para implementação, divulgação, controle e avaliação

dos resultados.

DINÃMICA ESPACIAL (textos transcritos do PDDU/2004 com pequenas

modificações)

Por dinâmica espacial se entende o processo de transformação por que passa a

cidade ao longo do tempo, em função de novos requerimentos sociais, econômicos e

Page 18: Projeto de legalização fundiária urbana

políticos, submetidos a restrições espaciais e funcionais. Embora seja virtualmente

impossível prever o futuro, um exame do sistema urbano com vistas a identificar quais de

seus elementos, áreas ou subsistemas são mais ou menos estáveis ou suscetíveis à mudança,

se faz necessário. As forças mais poderosas atuantes sobre um sistema urbano são as

derivadas do domínio social (forças econômicas, culturais, políticas, etc.) e as derivadas do

sistema espacial em si mesmo (configuração espacial, porte, qualidade de estoques, infra-

estruturas, etc.).

Do ponto de vista espacial, as características gerais do assentamento já foram

desvendadas; a elas pode se somar uma avaliação do estado das infra-estruturas e dos

estoques edificados urbanos. É relevante lembrar que a cidade nasceu de um acampamento

de obra que, embora contasse com infra-estrutura e recursos edificados consideráveis à

época de sua construção, tinha um horizonte de vida útil limitada a um curto período de

tempo. Como essa expectativa não se cumpriu, a infra-estrutura assumiu caráter

permanente. Como conseqüência, a situação atual é de grande desgaste da infra-estrutura

viária, a qual se encontra em flagrante estado de deterioração. Os estoques edificados são,

em geral, de baixa qualidade, devido ao pequeno investimento inicial e o posterior

envelhecimento, e às sucessivas adições e reformas. A isso se soma uma baixa proporção

de ocupação do solo nos assentamentos originais, trazendo como resultado um quadro de

grande potencial de renovação interna urbana, ou seja, uma grande capacidade de crescer

internamente, sem expansão.

Do ponto de vista social, a situação é muito peculiar, visto que há um grande

proprietário de terras e de edificações residenciais – a CHESF. Com efeito, os dois

loteamentos originais da cidade ainda são, em grande parte, propriedade da Companhia, e,

o terceiro e maior aglomerado (Vila São Joaquim), transferido para o Município, sem

proprietários certos e, sem serem legalmente registrados, interferem com a dinâmica do

mercado imobiliário urbano de forma dramática, dificultando a elaboração de projeções de

crescimento urbano.

Considerando a hipótese de que estas glebas permaneçam fora do mercado, ou seja,

não serem objeto de alienação (lotes e edificações já existentes) ou urbanização (glebas ao

redor dos dois assentamentos originais), é fácil imaginar que a expansão urbana deve

Page 19: Projeto de legalização fundiária urbana

ocorrer ao redor do núcleo São Joaquim. Este, embora tenha baixa densidade, encontra-se

ocupado na sua maior parte, o que reforça a tendência de expansão. As linhas de tensão

urbana mais visíveis nesse assentamento, são em primeiro lugar a própria avenida, na

direção de São Francisco até a rótula, limite da gleba da CHESF, os dois acessos à rodovia

que leva a Juazeiro, com predominância daquele situado mais ao Leste, e finalmente o

acesso à margem do rio, nas proximidades do ponto de captação de água. Considerando que

a disponibilidade de terra na direção de São Francisco é relativamente pequena, e que a

linha que leva ao rio não tem poder de indução, a tendência de crescimento pode bem ser na

direção Sul, de encontro à rodovia regional, ao longo dos dois acessos.

Considerando a hipótese de incluir as terras urbanas e por urbanizar de propriedade

da CHESF, no mercado imobiliário normal da cidade, essa perspectiva pode ser

grandemente modificada. Em primeiro lugar há a considerar que a Vila São Francisco

possui ociosidade de terra urbana, no seu setor Sudeste. São vários quarteirões já

urbanizados, porém desocupados. Em segundo lugar deve-se considerar: suas próprias

possibilidades de expansão; em todas as direções. O sentido Leste, na direção de São

Joaquim, é um dos mais prováveis, em função da centralidade exercida por este núcleo.

Uma expansão nessa direção seria conveniente para o sistema urbano, visto que propiciaria

uma maior continuidade do tecido urbano, com conseqüente maior economia e eficiência.

Finalmente há a considerar a Vila Santana. Hoje ela está caracterizada como um

bairro de mais alta renda, convenientemente separado do restante da cidade. Essa situação

dificilmente seria alterada em função de expansões do sistema, em primeiro lugar porque a

Vila São Francisco tende a expandir na direção oposta, e em segundo porque a própria Vila

Santana expandida não teria porte suficiente para vencer a distância que a separa da Vila

São Francisco.

Como sumário dessas possibilidades, podemos retirar dois vetores principais: um

primeiro na direção Sul, a partir da Vila São Joaquim, e outro através do preenchimento do

intervalo entre este núcleo e a Vila São Francisco, claramente condicionado a uma eventual

liberação das terras, hoje mantidas indisponíveis pela CHESF. A tendência de crescimento

interno pode ser identificada também como a partir de dois vetores: ocupação de espaços

vagos na Vila São Francisco (mais significativo) e na Vila São Joaquim, e preenchimento

Page 20: Projeto de legalização fundiária urbana

de vazios e substituição de edificações existentes por outras de maior densidade ao longo da

avenida e principais transversais.

fig 30: tendência de expansão, considerando a gleba da Chesf indisponível

Page 21: Projeto de legalização fundiária urbana

fig 31: tendência de expansão, considerando a gleba da Chesf disponível

Page 22: Projeto de legalização fundiária urbana

3) Enquadramento do Município nos pré-requisitos exigidos pelo Programa Papel Passado, dentre eles, os indicadores sociais onde o Município apresenta os seguintes índices:

- IDH-M = 0,684

Page 23: Projeto de legalização fundiária urbana

OBJETIVOS

Os objetivos do projeto foram definidos de duas formas: Objetivos Gerais e, Objetivos Específicos.

Objetivos Gerais Promover a legalização fundiária urbana, na sede do Município de Sobradinho, com

a implementação de atividades jurídicas e administrativas.

Objetivos Específicos Promover a alienação formal e legal dos imóveis transferidos do Estado da Bahia

para o Município e, deste para os moradores;Promover a alienação formal e legal dos imóveis transferidos da CHESF para o

Município e, deste para os moradores;Promover o cadastramento dos imóveis não legalizados e, dos posseiros úteis;Promover o registro dos loteamentos cujo proprietário seja o Município de

Sobradinho; Promover a elaboração de normas legais com vistas à concessão de isenções fiscais;Promover o registro dos imóveis junto ao Cartório de Registro de Títulos e

Documentos.

Page 24: Projeto de legalização fundiária urbana

METAS

As metas estão subdivididas em: metas físicas e metas sociais.

Metas Físicas

As metas físicas estão associadas à quantidade de famílias a serem beneficiadas e de imóveis a serem legalizados.

Como metas físicas ficam estabelecidas:- produção de plantas de loteamentos de propriedade do Município e memoriais

descritivos sobre os mesmos, para registro dos loteamentos em cartório;- registro dos loteamentos de propriedade do Município em cartório; - produção de 3.570 cadastros de unidades prediais urbanas da sede do Município,

ou seja, 60% do total das unidades prediais existentes;- produção de legislação que permita a alienação das unidades habitacionais através

de venda simbólica, isto é a transferência legal do Município para os posseiros úteis;- produção de legislação municipal que permita a isenção do Imposto Sobre a

Transmissão de Bens Imóveis Inter-vivos, visando o barateamento do projeto de regularização fundiária;

- produção de processos e recursos individualizados junto às esferas administrativas e judiciais competentes, com vista às soluções de ordens previdenciárias e tributárias;

- legalização de 3.570 unidades prediais urbanas da sede do Município, ou seja, 60% do total das unidades prediais existentes, junto ao Cartório de Registro de Títulos e Documentos.

Metas Sociais

Como metas sociais ficam estabelecidas:- direito de herança adicionado a 60% da população urbana do Município de

Sobradinho;- redução significativa dos conflitos familiares e outros relacionados a disputas

relacionadas ao direito de herança;- acesso ao crédito, através de garantias reais, adicionado em mais 60% dos

proprietários urbanos do Município de Sobradinho;- inserção agregada de mais 60% dos proprietários urbanos, nas oportunidades dos

programas e projetos dos múltiplos órgãos governamentais destinados à geração de trabalho, emprego e renda;

- reforço e ampliação do poder de polícia em 150% do universo atingido atualmente, com isto, disciplinando melhor o uso e parcelamento do solo urbano;

- reforço e ampliação da base de contribuintes dos tributos imobiliários municipais em 150%, incluindo, portanto, os novos proprietários formais no rol da co-responsabilidade com o desenvolvimento urbano;

- reparação de parte da dívida social que o Governo Federal, através da CHESF, tem com a população assentada ao derredor da barragem e usina de Sobradinho;

Page 25: Projeto de legalização fundiária urbana

- oportunizar a efetiva aplicação dos instrumentos de política urbana voltados à salvaguarda do direito à moradia digna e à cidade, já estabelecidos no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano implantado para o Município;

- propiciar a articulação da política de regularização fundiária sustentável ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano implantado para o Município;

- propiciar a efetiva inclusão das regras para aplicação dos instrumentos de regularização fundiária necessários ao planejamento urbano e, previstos na legislação municipal;

- propiciar o fortalecimento dos sistemas de informações que apóiem o planejamento urbano e, a gestão dos serviços públicos e tributários;

- propiciar a oportunidade da comunidade, ora assentada informalmente, participar dos programas sociais destinados à melhoria das condições de habitabilidade.

Page 26: Projeto de legalização fundiária urbana

METODOLOGIA

A metodologia a ser utilizada tem como base de sustentação e de viabilidade do projeto a tríplice parceria entre o Instituto ALFA BRASIL, proponente do projeto, Município de Sobradinho e, Governo Federal, através de: recursos do programa “Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários”; de contra-partida do Município com cessão de pessoal e equipamentos e, dos valores destinados à formalização das alienações dos imóveis para os atuais proprietários; e, de contra-partida do Instituto ALFA BRASIL com a cessão de parte do pessoal qualificado e, de parte dos equipamentos.

Serão promovidos eventos (seminários, palestras e reuniões), com vistas à mobilização da comunidade e dos entes públicos e privados envolvidos no processo, a fim de que seja efetivada a sustentabilidade definitiva do sistema municipal de planejamento e de desenvolvimento urbano, com a aplicação dos instrumentos jurídicos e normativos de controle e disciplinamento urbano (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, Código de Obras e Edificações, Lei de Uso e Parcelamento do Solo Urbano, Código de Posturas Municipais, Código Ambiental, Lei do Perímetro Urbano e, Código Tributário Municipal).

O trabalho técnico social envolve eventos, que estão programados na forma disposta a seguir:

a) Palestra de sensibilização das autoridades e da comunidade em geral, no Plenário da Câmara Municipal, sobre a filosofia e importância do Projeto e, sobre a importância da participação da sociedade local, dos órgãos públicos, das instituições civis e das empresas privadas.

b) Reunião com a comunidade das Vilas Santana e São Francisco (1ª. Audiência Pública).

c) Reunião com a comunidade das Quadras 01 a 10, da Vila São Joaquim (2ª. Audiência Pública).

d) Reunião com a comunidade das Quadras 11 a 20, da Vila São Joaquim (3ª. Audiência Pública).

e) Reunião com a comunidade das Quadras 21 em diante, da Vila São Joaquim (4ª. Audiência Pública).

f) Capacitação da equipe de cadastradores e do pessoal envolvido com o Projeto.g) Reunião final de avaliação do Projeto, no plenário da Câmara Municipal de

Vereadores.

Os processos para a execução do projeto, que constarão do plano de aplicação, obedecerão a seguinte ordem e sistemática:

1. Instalação de escritório na cidade de Sobradinho, em imóvel alugado;2. Mobilização de técnicos contratados para a execução do projeto:

Gerente do Projeto (01);Arquiteto Urbanista (02);

Page 27: Projeto de legalização fundiária urbana

Advogados (03);Cadastradores (08);Recepcionistas (02);Agentes Administrativos (02);Desenhista Cadista (01);Motorista (01).

3. Mobilização de equipe de consultoria com conhecimento em legalização fundiária urbana e, com conhecimento em legislação urbanística, tributária e previdenciária.

4. Aluguel de veículos, tipo sedan, para o apoio logístico no processo de cadastramento dos imóveis urbanos para efeitos de triagem e legalização fundiária.

5. Instalação de linha telefônica.6. Aquisição de equipamentos de informática e de softwares básicos, dentre eles

AUTO CAD.7. Aquisição de mobiliário.8. Inventário e reprodução de mapas e de plantas cartográficas a interesse do

projeto.9. Inventário e reprodução de documentos e registros de loteamentos e, de normas

básicas a interesse do projeto (levantamento fundiário realizado junto a CHESF e, a Prefeitura de Sobradinho);

10. Levantamento em cartórios dos registros dos loteamentos (levantamento fundiário realizado junto ao Cartório de Título e Documentos da Comarca de Juazeiro e, junto ao Cartório de Título e Documentos da Comarca de Sobradinho);

11. Levantamento documental que referencia e atesta o ano de construção dos imóveis, junto à CHESF, junto ao Cadastro Técnico do Município, junto ao Serviço de Água e Esgotos do Município, junto à concessionária de Energia Elétrica e, junto aos proprietários, para efeitos de promoção de processo junto à previdência social.

12. Mobilização e conscientização da comunidade e dos agentes públicos e políticos, sensibilizando-os sobre a filosofia do projeto, a sua importância para a sociedade e, o seu início, conforme programa constante do Anexo I.

13. Treinamento de cadastradores e do pessoal envolvido no projeto de Regularização Fundiária Urbana.

14. Cadastramento dos imóveis e respectivos proprietários informais dos imóveis urbanos edificados, devendo conter: Nome, RG, CPF/MF, tempo da posse, referência de documento que indique o tempo máximo do imóvel edificado (conta de energia elétrica, conta de água, pagamento de IPTU, notas fiscais de compra de material de construção, correspondências recebidas pelos correios, etc.).

15. Análise documental e das normas legais e, elaboração de relatório de diagnóstico para efeitos de indicações de providências (elaboração de leis, decretos regulamentares e demais normas regulamentares, registros, pareceres, etc.) e, informações sobre disputas e litígios na posse.

16. Implantação de medidas administrativas e legais necessárias para aplicação dos instrumentos de regularização fundiária, tais como: lei de remissão de IPTU –

Page 28: Projeto de legalização fundiária urbana

Imposto Predial e Territorial Urbano e, de isenção do ITBI-IV – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos; lei de autorização para alienação de bens imóveis do Município a interesse social, por venda a preço simbólico.

17. Relatório técnico social referente à mobilização da comunidade envolvida no projeto, com estratégias para adesão às propostas e metas do projeto.

18. Relatório técnico social referente às disputas e litígios nas posses. 19. Expedição de títulos de outorga de direitos reais em favor dos beneficiários

finais do procedimento de regularização fundiária. 20. Triagem cadastral para os encaminhamentos individualizados e/ou em grupos

para os competentes registros, isto é, para a regularização fundiária.21. Elaboração, instrução e ajuizamento de ações judiciais ou outras medidas

judiciais ou extra-judiciais necessárias à regularização fundiária. 22. Encaminhamentos individualizados e/ou em grupos de casos análogos, para os

competentes registros junto ao Cartório de Títulos e Documentos. 23. Transferências dos arquivos cadastrais para o Município, propiciando

atualização do cadastro técnico imobiliário. 24. Produção de relatórios mensais de acompanhamento da execução do projeto.25. Produção do relatório final da execução do projeto, com a conseqüente prestação

de contas final e, publicação na imprensa oficial das metas e resultados alcançados.

Integram a metodologia do projeto, produtos gerados através dos instrumentos de regularização, que deverão servir de base para estudos e soluções processuais, de caráter civil, nas múltiplas ações deflagradas pelos interessados. Tais produtos integrarão o acervo documental municipal para o atendimento das demandas rotineiras e efetivas da sociedade. Acervo este que é integrado dos seguintes produtos derivados:

a) cadastro dos móveis objeto de regularização fundiária com as respectivas informações;

b) cadastro dos proprietários dos imóveis levantados e avaliados pelo projeto, para regularização fundiária urbana;

c) cópias e comprovantes de publicações na imprensa, dos atos normativos e editais relacionados ao Projeto de Legalização Fundiária Urbana;

d) cópias dos contratos e notas fiscais de compras de materiais e serviços realizados a interesse do Projeto de Legalização Fundiária Urbana;

e) cópias dos protocolos de ajuizamento das petições e/ou ações junto à esfera judicial competente;

f) cópias dos protocolos dos instrumentos de regularização fundiária perante o Cartório de Registro de Imóveis;

g) cópias dos comprovantes de recolhimento das custas e emolumentos necessários à regularização dos imóveis objeto da regularização fundiária urbana;

h) cópias das certidões ou dos instrumentos que comprovem o registro dos imóveis objeto da regularização fundiária urbana;

i) cópias das certidões e instrumentos de registro dos loteamentos objeto do projeto de regularização fundiária urbana.

Page 29: Projeto de legalização fundiária urbana

BENEFICIÁRIOS DO PROJETO

Serão beneficiários do projeto, diretamente, a administração municipal e, os proprietários informais que soma 60% do total de proprietários de imóveis urbanos da sede do Município de Sobradinho, representando um total de, aproximadamente, 3.570 famílias e, indiretamente, toda a população do Município que, através das garantias reais adquiridas adicionadas à população, poderão se auto-desenvolverem através das oportunidades ofertadas pelas múltiplas instituições de fomento econômico e social.

As prioridades de atendimento para a regularização dos imóveis, atenderão, aos seguintes critérios:

1) Proprietários com menor renda familiar, não podendo ser superior a um e meio (1,5) salários mínimos: em prioridade um a mulher chefe de família, qualquer que seja o seu estado civil e, os portadores de necessidades especiais, em prioridade dois (02), os mais idosos, de qualquer sexo e, em prioridade três (03) proprietário tenha maior número de dependentes:- o pagamento, pelo projeto, do custo total da formalização do processo, desde as pendências judiciais referentes ao imóvel, até as pendências tributárias e previdenciárias referentes ao mesmo;- o pagamento, pelo projeto, do valor de alienação a preço simbólico do imóvel, do Município para o atual proprietário; - o pagamento pelo projeto, do custo total do registro imobiliário;

2) Proprietários com renda familiar acima de um e meio (1,5) salários mínimos:- o pagamento, pelo projeto, do custo total da formalização do processo, desde as pendências judiciais referentes ao imóvel, até as pendências tributárias e previdenciárias referentes ao mesmo.

Page 30: Projeto de legalização fundiária urbana

QUADROS DE INVESTIMENTOS

Os investimentos estão discriminados pela sua natureza e, distribuídos nos seguintes quadros:

** Mão de Obra e Serviços Diversos – quadro onde estão apropriados os custos com pessoal e serviços diversos, não qualificados e, de apoio logístico, necessários à execução dom projeto.

** Serviços Técnicos Especializados – quadro onde estão apropriados os serviços técnicos especializados de consultoria, de advocacia, de urbanismo, de topografia, de técnica de desenho em Auto CAD e, de publicação de avisos, notificações e editais, na imprensa e/ou no Diário Oficial.

** Material Permanente – quadro onde estão apropriados os custos com o mobiliário e equipamentos necessários à execução do projeto.

** Material de Consumo – quadro onde estão apropriados os custos com material de consumo necessário à manutenção e execução do projeto.

** Mobilização e Capacitação – quadro onde estão apropriados os custos com as ações de mobilização da comunidade e, de capacitação dos agentes e cadastradores envolvidos no projeto.

** Outorga de Títulos, Taxas e Emolumentos – quadro onde estão apropriados os custos com expedição de títulos de posse dos imóveis alienados, com o registro de loteamentos e, com o registro dos imóveis alienados aos novos proprietários beneficiários do projeto.

Page 31: Projeto de legalização fundiária urbana

QUADRO 01

Mão de Obra e Serviços Diversos:

Item Descrição Despesa. UF Quant. Valor Unit.

Quant. Meses

Valor Total

01 Agente Administrativo. Um 02 800,00 12 19.200,0002 Recepcionista. Um 02 450,00 12 10.800,0003 Motorista. Um 01 700,00 12 8.400,0004 Abono de Férias Vb. Verba - 01 1.066,6605 13º Salário Vb. Verba - 01 3.200,0006 Previdência Social (21%). Vb. Verba - 01 8.287,9907 FGTS (8,5%). Vb. Verba - 01 3.354,6608 FGTS (Multa 50%

Rescisão)Vb. Verba 01 1.677,33

09 Diárias de empregados. Vb. 01 1.300,00 12 15.600,0010 Despesas com passagens e

locomoção.Vb. 01 1.000,00 12 12.000,00

11 Provisão encargos sociais. Vb. Verba - 12 6.000,0012 Aluguel de veículo tipo

sedan.Vb. 02 2.500,00 12 30.000,00

13 Aluguel de linha telefônica. Vb. 01 100,00 12 1.200,0014 Aluguel de imóvel. Vb. 01 400,00 12 4.800,00 15 Serviços de telefonia

(fatura telefônica).Vb. 500,00 12 6.000,00

16 Serviços de água (fatura de água)

Vb. 50,00 12 600,00

17 Serviços de energia elétrica (fatura de energia elétrica).

Vb. 01 180,00 12 2.160,00

18 Serviços de copa. Vb. 01 50,00 12 600,0019 Serviços contábeis

previdenciáriosVb. 01 1.500,00 12 18.000,00

20 Serviços de reprografia (xérox, encadernações e plotagem)

Vb. 01 800,00 12 9.600,00

21 Serviços de postagem. Vb. 01 120,00 12 1.440,0022 Serviços gráficos. Vb. 01 500,00 12 6.000,0023 Serviços de informática. Vb. 01 200,00 12 2.400,0024 Despesas com alimentação. Vb. 01 250,00 12 3.000,0025 Provisão para serviços

diversos.Vb. 01 800,00 12 9.600,00

26 Serviços de adequação do espaço físico do escritório de trabalho.

Vb. 01 5.000,00 01 5.000,00

27 Confecção de carimbos. Vb. 01 300,00 01 300,0028 Tarifas bancárias (0,68% Vb. Verba - - 1.293,94

Page 32: Projeto de legalização fundiária urbana

sobre recursos movimentados = R$190.286,64).

29 TOTAL 191.580,58

Page 33: Projeto de legalização fundiária urbana

QUADRO 02

Serviços Técnicos Especializados

Item Descrição Despesa UF Quant. Valor Unit. Valor Total01 Gerente do Projeto Um. 01 2.800,00 33.600,0002 Arquiteto Urbanista Um. 01 2.500,00 30.000,0003 Advogado Um. 02 2.000,00 48.000,0004 Assistente Social Um. 01 2.000,00 24.000,0005 Cadastrador Um. 04 600,00 7.200,0006 Técnico Cadista Um. 01 1.200,00 14.400,0007 13º Salário Vb. Verba - 13.100,0008 Abono de Férias Vb. Verba - 4.366,6609 Previdência Social (21%) Vb. Verba - 36.679.9910 FGTS (8,5%) Vb. Verba - 14.846,6611 FGTS (Multa 50% Rescisão) Vb. Verba - 7.423,3312 Diárias Vb. Verba 15.000,00 15.000,0013 Despesas com passagens e

locomoçãoVb. Verba 12.000,00 12.000,00

14 Consultoria Jurídica na área de Direito Administrativo e Tributário (p/o acompanhamento durante execução do projeto).

Vb. Verba 6.000,00 72.000,00

15 Consultoria Técnica na área de Urbanismo (ao mês).

Vb. Verba 6.000,00 72.000,00

16 Serviços de topografia Vb. Verba 18.000,00 18.000,0017 Publicações de notas técnicas,

avisos e editais.Vb. Verba 8.000,00 8.000,00

18 Locação de software Vb. Verba 3.000,00 3.000,00Tarifas bancárias (0,68% sobre recursos movimentados = R$ 433.616,64)

Vb. Verba - 2.948,59

19 TOTAL 436.565,23

Page 34: Projeto de legalização fundiária urbana

QUADRO 03

Material Permanente

Item Descrição Despesa UF Quant. Valor Unit. Valor Total01 Microcomputador completo. Pç. 03 1.600,00 4.800,0002 Estabilizador p/microcomputador. Pç. 03 140,00 420,0003 Impressora à laser p/papel A4. Pç.. 01 1.500,00 1.500,0003 Impressora Jato de Tinta p/papel

formato A3.Pç. 01 1.280,00 1.280,00

04 Mesa para microcomputador e atendimento

Pç. 03 420,00 1.260,00

05 Mesa p/Recepcionistas. Pç. 02 450,00 900,0006 Mesa p/reunião, retangular. Pç. 01 1.400,00 1.400,0007 Mesa p/Técnicos Pç. 03 750,00 2.250,0007 Cadeira giratória s/braços. Pç. 05 250,00 1.250,0008 Cadeira fixa s/braços. Pç. 10 150,00 1.500,0009 Bebedouro elétrico. Pç. 01 750,00 750,0010 Aparelho telefônico. Pç. 02 65,00 130,00 11 Ventilador/Circulador de ar. Pç. 03 120,00 360,0012 Arquivo p/pastas suspensas. Pç. 04 450,00 1.800,0013 Estantes c/seis prateleiras. Pç. 06 250,00 1.500,0014 TOTAL 21.100,00

Page 35: Projeto de legalização fundiária urbana

QUADRO 04

Material de Consumo

Item Descrição Despesa UF Quant. Valor Unit. Valor Total01 Papel Ofício A/4 Resma 100 15,00 1.500,0002 Envelope malote (ofício) Cento 50 10,00 500,0003 Envelope ¼ de ofício. Cento 50 5,00 250,00 03 Caneta esferográfica Dz. 05 9,60 48,0004 Lápis grafite preto Dz. 05 6,00 30,0005 Grafite 0,5mm Un. 20 12,00 240,00 06 Borracha p/grafite Un. 20 0,15 3,0007 Pincel Atômico (várias cores). Un. 20 0,80 16,00 08 Caneta hidrocor (várias cores). Un. 40 0,50 20,0009 Fita adesiva de 25m. Rl. 10 0,30 3,0010 Fita crepe. Rl. 06 4,00 24,00 11 Régua de 30cm. Un. 04 2,50 10,00 12 Régua de 50cm. Un. 04 4,50 18,0013 Almofada p/carimbo. Un. 04 8,00 32,0014 Tinta p/carimbo. Vd. 02 9,00 18,0015 Grampeador 266/6 Un. 04 25,00 100,0016 Perfurador de papel. Un. 04 18,00 72,0017 Extrator de grampos. Un. 04 2,50 10,0018 Carimbo numerador datador. Un. 01 130,00 130,0019 Clips (vários tamanhos) Cx. 15 2,20 33,00 20 Percevejos Cx. 03 2,20 6,6021 Lápis de cor (12 cores) Cx. 02 12,00 24,0022 Bandeja p/entrada e saída de

documentos.Un. 04 15,00 60,00

23 Pasta suspensa. Un. 4.000 1,40 5.600,00 24 Pasta tipo AZ Un. 200 3,00 600,0025 Toner p/impressora laser. Un. 06 120,00 720,0026 Cartuchos p/impressora jato de

tinta. Jg. 06 95,00 570,00

27 TOTAL 10.637,60

Page 36: Projeto de legalização fundiária urbana

QUADRO 05

Mobilização e Capacitação

Item Descrição Despesa UF Quant. Valor Unit. Valor Total01 Divulgação radiofônica. Vb. Verba - 1.500,0002 Publicações na imprensa. Vb. Verba - 2.500,0003 Aluguel de equipamentos

instrucionais - Diária (Data Show e tela de projeção).

Dia 15 90,00 1.350,00

03 Aluguel de salas p/mobilização e capacitação – Diária.

Dia 15 100,00 1.500,00

04 Reprodução e serviços gráficos. Vb. Verba - 2.500,0005 Remuneração de instrutores. Hs. 40 60,00 2.400,0006 Remuneração de palestrantes. Hs. 05 500,00 2.500,0007 Diárias e hospedagens. Vb. Verba 1.000,00 1.000,0008 Transporte, viagens e locomoção Vb.. Verba - 3.000,0009 Coffe Break e alimentação. Vb. Verba - 3.500,00 10 Registros e fotografias. Vb. Verba - 4.000,00 11 Aluguel de equipamentos de som. Vb. Verba - 2.500,0012 TOTAL 28.250,00

Page 37: Projeto de legalização fundiária urbana

QUADRO 06

Outorga de Títulos, Taxas e Emolumentos

Item Descrição Despesa UF Quant. Valor Unit. Valor Total01 Subvenção p/pagamento de imóvel

alienado por preço simbólico (R$ 0,25 por m2 de terreno).

Vb. 3.570 25,00 89.250,00

02 Taxa de Registro de Imóvel (calculada pela média = R$ 85,00)

Vb. 3.570 70,00 249.900,00

03 Outras taxas e emolumentos (calculadas pela média = R$ 12,00).

Vb. 3.570 8,00 28.560,00

04 TOTAL ........ ........... ................. 367.710,00

Page 38: Projeto de legalização fundiária urbana

RESUMO DOS INVESTIMENTOS PROGRAMADOS

Os investimentos programados resultam no seguinte QUADRO RESUMO DE INVESTIMENTOS:

Descrição dos itens de Investimentos.

Contra-partida Governo Federal.

Contra-partida do Município.

Contra-partida do Instituto ALFA BRASIL

TOTAL POR ITEM DE INVESTIMENTO

01. Mão de Obra e Serviços Diversos.

91.580,58 100.000,00 - 191.580,58

02. Serviços Técnicos Especializados.

436.565,23 - - 436.565,23

03. Material Permanente.

- 15.700,00 5.400,00 21.100,00

04. Material de Consumo.

10.637,60 10.637,60

05. Mobilização e Capacitação.

20.000,00 8.250,00 - 28.250,00

06. Outorga de Títulos, Taxas e Emolumentos.

200.629,13 167.080,87 - 367.710,00

TOTAL 759.412,54 291.030,87 5.400,00 1.055.843,41

Page 39: Projeto de legalização fundiária urbana

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICA E FINANCEIRA DO PROJETO

O cronograma de execução física e financeira do projeto é na conformidade do Anexo I a este projeto, o qual terá a duração de um ano (12 meses), ficando as pendências e providências residuais a cargo do Município que destinará recursos do seu orçamento para atendê-las. Devendo observar, contudo, as limitações do projeto com relação às soluções da legalização fundiária, apenas para os imóveis que não estejam em litígios e disputas de posses pelos seus ocupantes ou reclamantes.

Page 40: Projeto de legalização fundiária urbana

CONTRA PARTIDAS PARA O CUSTEIO DO PROJETO

O projeto será custeado através das seguintes contra partidas:

I - De recursos do Programa do Governo Federal, denominado de “Papel Passado”, no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) por imóvel previsto para regularização fundiária, totalizando o montante de R$ 759.412,54.

II – De recursos do Município de Sobradinho, a título de subvenção para aquisição de imóveis alienados a preço simbólico, no montante de R$ 167.080,67, acrescido de R$ 123.950,00 para complementação das despesas com pessoal e outros serviços e encargos, podendo ser através de equipamentos e pessoal colocado à disposição do projeto. Os valores destinados à alienação dos imóveis retornarão aos cofres do Município a título de Receitas com Alienação de Imóveis a Interesse Público e Social.

III – De recursos do Instituto ALFA BRASIL, mensuráveis, a título de cessão de parte dos equipamentos da entidade, para execução do projeto, totalizando o montante de R$ 5.400,00.

Page 41: Projeto de legalização fundiária urbana

BIBLIOGRAFIA

1. Plano Diretor do Município de Sobradinho, aprovado em 1990;2. Plano Diretor do Município de Sobradinho, elaborado em 2004.3. Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável – PDRS: Baixo Médio São

Francisco/Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional - CAR, Salvador, 2002.4. Constituição de 1988, da República Federativa do Brasil.5. Estatuto das Cidades (Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001).6. Manual do Programa: Urbanização, Regularização Fundiária e Integração de

Assentamentos Precários: Manual para apresentação de propostas – 2005 – Ministério das Cidades – Governo Federal.

Page 42: Projeto de legalização fundiária urbana

CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO

Item Atividades 1º Ms 2º Mês 3º Mês 4º Mês 5º Mês 6º Mês 7º Mês 8º Mês 9º Mês 10º Mês 11º Mês 12º Mês Total01 Mão-de-obra

e Serviços Diversos

14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 14.736,96 29.474,02 191.580,58

02 Serviços Técnicos Especializados

33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 33.581,94 67.164,89 436.565,23

03 Material Permanente

21.100,00 - - - - - - - - - - - 21.100,00

04 Material de Consumo

2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,16 2.354,24 28.250,00

05 Mobilização e Capacitação

- 14.125,00 14.125,00 - - - - - - - - - 14.125,00

06 Outorga de Títulos, Taxas e Emolumentos

- - - - 45.963,75 45.963,75 45.963,75 45.963,75 45.963,75 45.963,75 45.963,75 45.963,75 367.710,00

Total 71.773,06 64.798,06 64.798,06 50.673,06 96.636,81 96.636,81 96.636,81 96.636,81 96.636,81 96.636,81 96.636,81 144.956,90

1.055.843,41