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2014 EXCELÊNCIA ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE ESTUDOS TÉCNICOS PARA REMEDIÇÃO E AMPLIAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO DE CUIABÁ-MT

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S U M Á R I O

2014

EXCELÊNCIA ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE

ESTUDOS TÉCNICOS PARA REMEDIÇÃO E AMPLIAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO DE CUIABÁ-MT

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2

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 1

2. INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................. 3

2.1 INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................. 3

2.2 EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO ........................... 3

2.3 EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO .............................. 4

3. OBJETIVOS ............................................................................................................... 5

3.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 5

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 5

3.2.1 DIAGNÓSTICO ....................................................................................................... 5

3.2.2 PROJETOS TÉCNICOS ............................................................................................. 6

4. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 7

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 8

5.1 RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................. 8

5.2 ATERROS SANITÁRIOS ............................................................................................ 10

5.2.1 SISTEMAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS ......................... 11

5.2.1.1 SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO BASAL ........................................................ 11

5.2.1.2 SISTEMA DE DRENAGEM DE CHORUME ............................................................ 13

5.2.1.3 SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES .................................................................. 14

5.2.1.4 DRENAGEM SUPERFICIAL ................................................................................. 14

5.2.1.5 SISTEMA DE COBERTURA FINAL ........................................................................ 15

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5.2.1.6 LIQUIDO PERCOLADO (CHORUME) ................................................................... 15

5.2.1.7 SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES EM ANTERROS SANITÁRIOS ............ 18

5.3 GEOFÍSICA E HIDROGEOLOGIA ................................................................................ 19

....................................................................................................................................... 21

PARTE 1 - DIAGNÓSTICO .................................................................................................. 21

6. ÁREA DE ESTUDO ................................................................................................... 22

6.1 HISTÓRICO ............................................................................................................. 22

6.2 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA .......................................................................................... 23

6.3 DIAGNÓSTICO MEIO FÍSICO .................................................................................... 25

6.3.1 PEDOLOGIA E GEOLOGIA ..................................................................................... 25

6.3.2 VEGETAÇÃO NATURAL ........................................................................................ 29

6.3.3 CARACTERÍSTICA CLIMATOLÓGICA ...................................................................... 34

6.3.4 RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................................... 37

6.3.5 ATUAIS INSTALAÇÕES DO ATERRO SANITÁRIO..................................................... 39

6.3.5.1 SISTEMAS DE SEGURANÇA IMPLANTADOS NO ATERRO .................................... 40

6.3.5.2 SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL E DE LÍQUIDO PERCOLADO .................... 40

6.3.5.3 SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES .................................................................. 42

6.3.5.4 SISTEMA ATUAL DE TRATAMENTO DE CHORUME ............................................. 42

6.3.6 GEOFÍSICA ........................................................................................................... 45

6.4 AVALIAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DA ÁREA ................................................................ 59

6.5 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ....................................... 66

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6.6 ESTABILIDADE GEOTÉCNICA ................................................................................... 68

6.6.1 FASE I .................................................................................................................. 69

6.6.1.1 EQUAÇÕES DESLOCAMENTO HORIZONTAL ....................................................... 74

6.6.1.2 EQUAÇÕES DESLOCAMENTO VERTICAL ............................................................ 75

6.6.2 FASE II ................................................................................................................. 76

6.6.3 FASE III ................................................................................................................ 80

PARTE 2 – PROJETOS TÉCNICOS ....................................................................................... 84

7. PROJETO DE AMPLIAÇÃO ....................................................................................... 85

7.1 MEMORIAL DESCRITIVO ......................................................................................... 85

7.1.1 PROJETO DE TERRAPLANAGEM ........................................................................... 85

7.1.2 IMPLANTAÇÃO .................................................................................................... 85

7.1.3 PREPARO DA BASE DE AMPLIAÇÃO DO ATERRO .................................................. 86

7.1.4 DRENO TESTEMUNHO ......................................................................................... 87

7.1.5 CAMADA DE IMPERMEABILIZAÇÃO EM MISTURA DE SOLO-BENTONITA

(ARGILOMINERAL MONTMORILONITA) ............................................................................ 87

7.1.6 IMPERMEABILIZAÇÃO MECANIZADA - MANTA DE PEAD ...................................... 88

7.1.7 CAMADA DE PROTEÇÃO DA MANTA .................................................................... 88

7.1.8 DRENOS DE FUNDAÇÃO ...................................................................................... 88

7.1.9 SISTEMA DE DRENAGEM VERTICAL DE GÁS.......................................................... 89

7.1.10 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ...................................................................... 89

7.1.11 ASPECTOS QUANTITATIVOS ............................................................................. 90

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7.2 CONCEPÇÃO DO PROJETO ...................................................................................... 91

7.3 DIMENSIONAMENTO DAS CÉLULAS DE RSU ............................................................ 94

7.4 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA DE RESÍDUO DE SERVIÇO DE SAÚDE .................... 96

7.5 DIMENSIONAMENTO DO NOVO SISTEMA DE TRATAMENTO DE LIXIVIADOS ............ 98

7.5.1 CÁLCULO DOS LÍGUIDOS PERCOLADOS UTILIZANDO O MÉTODO SUIÇO (QP) ....... 98

7.5.2 CONSTANTE DE COMPACTAÇÃO (K) .................................................................... 98

7.5.3 ÁREA (A) ............................................................................................................. 99

7.5.4 VAZÃO (QP) ........................................................................................................ 99

7.5.5 VAZÃO POR ETAPAS ............................................................................................ 99

7.6 DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS DE PERCOLADO ............................................. 101

7.6.1 EQUAÇÃO DO ESCOAMENTO ............................................................................. 101

7.6.2 DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS E REDE COLETORA ...................................... 102

7.6.3 REDE COLETORA INTERNA DE PERCOLADO: ....................................................... 102

7.6.4 REDE COLETORA EXTERNA DE PERCOLADO: ....................................................... 104

7.7 SISTEMA DE TRATAMENTO DO PERCOLADO ......................................................... 107

7.7.1 PARÂMETROS DE PROJETO ............................................................................... 107

7.7.2 VALORES DE REFÊRENCIA OBTIDOS NA LITERATURA .......................................... 107

7.8 TANQUES DE EQUALIZAÇÃO ................................................................................. 108

7.8.1 CÁLCULO DO VOLUME DO TANQUE DE EQUALIZAÇÃO ....................................... 108

7.8.2 CÁLCULO DA ÁREA DO TANQUE DE EQUALIZAÇÃO ............................................ 108

7.9 LAGOA ANAERÓBIA .............................................................................................. 109

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7.9.1 CÁLCULO DO VOLUME DA LAGOA ANAERÓBIA .................................................. 109

7.9.2 CÁLCULO DO VOLUME DA ÁREA DA LAGOA ANAERÓBIA ................................... 110

7.9.3 REMOÇÃO DE DBO NA LAGOA ANAERÓBIA ....................................................... 110

7.9.4 TEMPO DE RETENÇÃO ....................................................................................... 111

7.10 LAGOA FACULTATIVA ........................................................................................ 111

7.10.1 CÁLCULO DA ÁREA DA LAGOA FACULTATIVA .................................................. 111

7.10.2 CÁLCULO DO VOLULME DA LAGOA FACULTATIVA ........................................... 113

7.10.3 TEMPO DE RETENÇÃO NA LAGOA FACULTATIVA ............................................. 114

7.10.4 REMOÇÃO DE DBO NA LAGOA FACULTATIVA ................................................. 115

7.10.5 EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DA CARGA DE DBO ................................................. 115

7.10.6 EFICIÊNCIA DOS TRATAMENTOS – E.P ............................................................. 115

7.10.7 EQUIVALENTE POPULACIONAL DO SISTEMA PÓS-TRATAMENTO (EPT) ............ 116

7.10.8 REMOÇÃO DE COLIFORMES FECAIS NAS LAGOAS FACULTATIVAS .................... 116

7.10.9 REMOÇÃO DE NITROGÊNIO NAS LAGOAS FACULTATIVAS ............................... 118

7.10.10 CÁLCULO DA REMOÇÃO DO NITROGÊNIO AMONIACAL .................................. 119

7.10.11 CÁLCULO DA REMOÇÃO DO NITROGÊNIO TOTAL ............................................ 120

7.10.12 INFORMAÇÕES GERAIS DAS LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO ................................ 122

7.10.13 WETLAND ...................................................................................................... 122

7.10.14 CARACTERÍSTICAS DO AFLUENTE .................................................................... 122

7.10.15 VOLUMES ...................................................................................................... 123

7.10.16 DIMENSÕES: .................................................................................................. 124

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7

7.10.17 PREENCHIMENTO ........................................................................................... 125

7.10.18 EFLUENTE FINAL ............................................................................................. 126

8. CRITÉRIOS OPERACIONAIS .................................................................................... 127

A – CONTROLE DO RECEBIMENTO DE RESÍDUOS: ............................................................................. 127

B – COMBATE A PROLIFERAÇÃO VETORES: ..................................................................................... 128

C – COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS: ............................................................................................. 128

D – RECOBRIMENTO DOS RESÍDUOS: ............................................................................................ 129

E – DRENAGEM DOS GASES E LÍQUIDOS PERCOLADOS: ..................................................................... 129

F – ATERRAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, COMPROVADAMENTE TRATADOS: .................. 130

G – IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO: ............................................................................................. 130

H – DRENAGEM SUPERFICIAL: ..................................................................................................... 130

I – MANUTENÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO: ......................................................................................... 131

J – ACIDENTES E EMERGÊNCIAS: .................................................................................................. 131

9. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 132

10. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................ 136

11. LISTA DE ANEXOS ................................................................................................. 137

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 138

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L I S T A D E F I G U R A S

Figura 1 - Sistema de Impermeabilização Basal (Célula A1) .................................... 12

Figura 2 - Sistema de drenagem de líquidos percolados .......................................... 13

Figura 3 - Sistema de Drenagem de Gases .............................................................. 14

Figura 4 - Arranjo Schlumberger ............................................................................... 20

Figura 5 - Mapa de Localização do Empreendimento ............................................... 24

Figura 6 - Localização das Trincheiras onde o Solo foi Caracterizado ...................... 25

Figura 7 - Perfil da Trincheira T1 ............................................................................... 26

Figura 8 - Perfil da Trincheira T2 ............................................................................... 27

Figura 9 - Perfil da Trincheira T3 ............................................................................... 28

Figura 10 - Perfil da Trincheira T4 ............................................................................. 28

Figura 11 - Totais Anuais de Pluviometria/1911-2013 ............................................... 36

Figura 12- Médias Anuais para Cada Mês do Ano .................................................... 37

Figura 13 - Sub-bacias das Regiões Urbanas e Periurbana de Cuiabá. ................... 38

Figura 14 - Início de processo erosivo nos taludes do ASM...................................... 41

Figura 15 - Processo erosivo avançado (fuga de chorume) ...................................... 41

Figura 16 - Fluxograma do Sistema de Tratamento de Efluente ............................... 43

Figura 17 - Lançamento do Efluente próximo ao aterro, passagem do efluente sob a

via de acesso, união do efluente com o Ribeirão do Lipa. ........................................ 44

Figura 18 - Localização das SEVs no Aterro Sanitário .............................................. 46

Figura 19 - Mapa de Espessura de Solo da Área do Aterro Sanitário, Produzido pelas

SEVs. ........................................................................................................................ 49

Figura 20 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV1. ........................................................................................... 50

Figura 21 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV2. ........................................................................................... 51

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Figura 22 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da

Sondagem Elétrica Vertical – SEV3. ......................................................................... 52

Figura 23 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV4. ........................................................................................... 53

Figura 24 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV5. ........................................................................................... 54

Figura 25 - Perfil Geoelétrico (A) e Material geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV6. ........................................................................................... 55

Figura 26 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV7 ............................................................................................ 56

Figura 27 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV8. ........................................................................................... 57

Figura 28 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV9. ........................................................................................... 58

Figura 29 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem

Elétrica Vertical – SEV10. ......................................................................................... 59

Figura 30 - Mapa de nível d’água na zona não saturada na área do aterro gerado

pelas SEVs e pelo poço de monitoramento do aterro. .............................................. 61

Figura 31 - Mapa piezométrico do aquífero na área do aterro, gerado pelas SEVs e

pelo poço da administração do aterro. ...................................................................... 63

Figura 32 - Mapa potenciométrico do aquífero na área do aterro, gerado pelas SEVs

e pelo poço da administração do aterro. ................................................................... 64

Figura 33 – Apresentação da área onde se realizará a obra de terraplenagem. ...... 78

Figura 34 - Draga móvel (lagoa de estabilização) ..................................................... 81

Figura 35 - Áreas que possuem armazenamento a céu aberto de resíduos ............. 92

Figura 36 - Principais rotas do nitrogênio em lagoas de estabilização .................... 119

Figura 37- Detalhe do wetland de fluxo sub superficial - Projeto............................. 125

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Figura 41 - Perfil esquemático do wetland de fluxo sub superficial (Toniato et al.,

2005). ...................................................................................................................... 125

Figura 39 - Perfil esquemático do wetland de fluxo sub-superficial (Salati et al.,

2009). ...................................................................................................................... 126

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L I S T A D E T A B E L A S

Tabela 1 - Características Físicas dos Resíduos Sólidos em Cuiabá ......................... 9

Tabela 2 - Composição Química do Chorume Gerado no Aterro .............................. 17

Tabela 3 - Concentração de Lixiviado em Aterros Brasileiros ................................... 17

Tabela 4 - Espécies Obtidas Através do Levantamento e Diagnóstico Ambiental .... 30

Tabela 5 - Dados da Estação .................................................................................... 34

Tabela 6 - Série História 1911 a 2013 da Pluviometria da Região (mm) .................. 35

Tabela 7 - Pontos de Coleta e Análises de Águas superficiais ................................. 39

Tabela 8 - Dimensões do Sistema de Tratamento de Efluentes ............................... 43

Tabela 9 - Pontos de Entrada do Sistema de Tratamento de Esgoto e Efluente Final

.................................................................................................................................. 44

Tabela 10 - Coordenadas das Sondagens Elétricas Verticais - SEV Realizadas ..... 45

Tabela 11 - Espessura e Profundidade das unidades geológicas estimadas pelas

SEVs ......................................................................................................................... 47

Tabela 12 - Espessura e Profundidade das Unidades Geológicas Estimadas pelas

SEVs ......................................................................................................................... 48

Tabela 13 - Nível d’água na zona não saturada, determinado pelas SEVs e pelo

poço de monitoramento do aterro. ............................................................................ 60

Tabela 14 - Nível piezométrico do aquífero da área, determinado através das SEVs e

do poço tubular do aterro. ......................................................................................... 62

Tabela 15 - Pontos a serem Monitorados ................................................................. 66

Tabela 16 - Coordenadas dos marcos 01 e 02, leitura parcial e deslocamento total.

.................................................................................................................................. 74

Tabela 17 - Coordenadas dos marcos 03 e 04, leitura parcial e deslocamento total.

.................................................................................................................................. 74

Tabela 18 - Coordenadas do marco 05, leitura parcial e deslocamento total............ 74

Tabela 19 - Resultados da batimetria (STE aterro) ................................................... 82

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Tabela 20 - Quantidade de resíduos recebidos anualmente no aterro de Cuiabá nos

anos de 2000 a 2010. ............................................................................................... 90

Tabela 21 - Quantidade anual e acumulada de resíduos recebidos no aterro de

Cuiabá entre 2000 e 2010 ......................................................................................... 91

Tabela 22- Área total atualmente disponível para ampliação disponível .................. 92

Tabela 23 - Dimensionamento das células de RSU .................................................. 95

Tabela 24 - Volumetria de nivelamento na cota 246 ................................................. 95

Tabela 25 - Volumetria entre cotas 246 e 271 .......................................................... 96

Tabela 26 - Constante K ........................................................................................... 98

Tabela 27 - Valores de CV ...................................................................................... 101

Tabela 28 - Rede Coletora Externa ......................................................................... 106

Tabela 29 - Dados típicos da composição do chorume para aterros novos e antigos,

segundo TCHOBANOGLOUS e colaboradores, 1993 ............................................ 107

Tabela 30 - Dimensões do Tanque de Equalização ................................................ 109

Tabela 31 - Dimensões da Lagoa Anaeróbia .......................................................... 110

Tabela 32 - Taxas de aplicação superficial para lagoas facultativas, em função das

condições ambientais do local de implantação. ...................................................... 112

Tabela 33 - Faixa de operação das taxas de aplicação superficial em função das

condições ambientais. ............................................................................................. 112

Tabela 34 - Dimensões de cada Lagoa Facultativa ................................................ 114

Tabela 35 - Resumo Geral das Dimensões das Unidades do Sistema de Tratamento

de Percolados ......................................................................................................... 122

Tabela 36 - Wetland ................................................................................................ 124

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1

1. APRESENTAÇÃO

Com o acelerado avanço tecnológico e o crescimento da população, houve

um acréscimo na produção de bens e serviços, e consequentemente na geração de

resíduos. Os resíduos sólidos urbanos vêm se tornado por este motivo um dos

maiores problemas da atualidade, pois quando coletados e dispostos

inadequadamente, acarretam prejuízo tanto à saúde publica quanto ao meio

ambiente.

Uma das maneiras mais corriqueiras de se confinar resíduo é a disposição em

aterros sanitários, entretanto para que a disposição destes seja ambientalmente

correta, existe a necessidade de se implementar uma estrutura adequada, e

obedecer uma sistemática operacional, sendo estas já pré-estabelecidas por normas

técnicas e legislações.

Dentre essas fases, o planejamento e a execução de um plano de

monitoramento se faz necessário. Este pode ser definido como o somatório de

medidas adotadas para avaliar os impactos e os possíveis riscos ambientais que o

aterro pode estar causando em uma determinada região. Além disso, também

possibilitam a determinação da eficiência real dos sistemas de proteção ambiental,

dessa forma subsidiando o poder público municipal a fazer as retificações cabíveis.

O monitoramento deve contemplar as etapas de implantação, operação e

fechamento do aterro considerando os aspectos hidrogeológicos, pedológicos, flora,

fauna, geográficos e por fim, mais não menos importante os aspectos

socioeconômicos.

Um plano de monitoramento ambiental consistente necessita contar com o

monitoramento das águas superficiais e subterrâneas, pois estes indicam a

existência de impactos gerados por lixiviados e percolados que são gerados durante

a fase de operação e fechamento do aterro.

É válido lembrar que a geração do percolado está diretamente ligada com a

umidade do resíduo confinado e com o índice de precipitação incidente na região de

influência do aterro sanitário. Para verificar a influência dos resíduos sobre as águas

subterrâneas são alocados no mínimo quatro poços de monitoramento, um a

montante e três a jusante, no sentido de escoamento preferencial das águas

subterrâneas, assim sendo a profundidade e a locação desses poços serão

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determinados por estudos de geofísica e com determinação confirmatória na

medição direta dos níveis potenciométricos dos poços existentes. Assim se

estabelecerá uma malha de monitoramento confiável, que deverá garantir qualidade

e representatividade das amostras no entorno da área de interesse.

Um estudo ou laudo de investigação de contaminação em área utilizada para

disposição final de resíduos sólidos deverá levar em consideração todos os aspectos

supracitados neste capítulo, além das peculiaridades locais, termos de ajustamento

de conduta, condicionantes de licenças e histórico de operação da unidade.

Este trabalho será apresentado em duas unidades organizacionais, sendo estas

assim divididas:

A. DIAGNÓSTICO Estudos ambientais para verificação dos impactos

ocasionados pelo histórico operacional do Aterro Sanitário Municipal de

Cuiabá, planos, métodos de remediação, laudos laboratoriais, e demais

assuntos correlatos às ações de mitigação e redução dos impactos já

presentes.

B. PROJETO TÉCNICO Projetos de engenharia, plano de ocupação das

áreas disponíveis, plano de controle ambiental, metodologias de tratamento e

pós-tratamento dos subprodutos gerados na operação de um aterro sanitário

dentro das normativas e legislações vigentes, entre outros aspectos que

tragam horizontes de planejamento para uma operação adequada.

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2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1 INFORMAÇÕES GERAIS

REQUERENTE: Prefeitura Municipal de Cuiabá

CNPJ: 03.533.064/0001-46

PASTA RESPONSÁVEL: Secretaria Municipal de Serviços Urbanos

ENDEREÇO: Praça Alencastro, N 158 - Centro

MUNICÍPIO/UF: Cuiabá/MT

2.2 EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DESTE

DOCUMENTO

EMPRESA: Excelência Engenharia e Meio Ambiente

CNPJ: 00.564.373/0001-95

ENDEREÇO: Rua 37, 447, Boa Esperança, Cuiabá-MT

COORDENADOR: Fernando dos Santos Sanches

FONE: (65) 65-3055-0566

E-MAIL: [email protected]

CREA/RN: 1211025730

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2.3 EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO

ESTUDO

Nome Registro

Profissional

Formação Técnica

Fernando dos Santos Sanches 1211025730 Engº Sanitarista e Ambiental

Fernando S. Sagin de Oliveira 1208268082 Engº Sanitarista e Ambiental

Luciano Cavalcante Santos 1207233242 Engº Sanitarista e Seg. do Trabalho

Paulo Augusto Cruz 1209463881 Geólogo

Alteredo Oliveira Cutrim --- Matemático/Geofísico

Kelly Cristina Gasparini 1207959871 Engª Florestal

Nilton Carneiro Santiago 87/80 TD-MT Geógrafo e técnico em agrimensura

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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar os impactos ocasionados pelo histórico de operação do Aterro

Sanitário de Cuiabá e propor projetos e medidas eficazes para controle ambiental,

mitigação e redução dos impactos gerados, projeto de ampliação e plano de

encerramento e ocupação futura da área utilizada para disposição final dos resíduos

sólidos urbanos de Cuiabá-MT.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3.2.1 DIAGNÓSTICO

Realizar aerofotografia georreferenciada de alta resolução;

Realizar levantamento topográfico atualizado de todo o empreendimento;

Realizar estudos de geofísica para determinar a espessura e

heterogeneidade do solo, profundidade do topo rochoso e para avaliar a

dispersão de possível pluma de contaminação ocasionada pela operação

do aterro sanitário de Cuiabá-MT;

Realizar estudos hidrogeológicos com base nos estudos de geofísica e

outras técnicas de determinação direta em campo;

Recuperar e otimizar a malha de monitoramento de qualidade de águas

subterrâneas no empreendimento;

Avaliar quali-quantitativamente o atual sistema de tratamento de lixiviados;

Avaliar a estabilidade dos taludes do sistema de tratamento de lixiviados e

dos maciços de resíduos sólidos existentes;

Caracterizar a morfopedologia local;

Caracterizar a malha de recursos hídricos superficiais no entorno do

empreendimento;

Avaliar com base em dados secundários e visitas in loco a fauna e flora

local;

Propor medidas sustentáveis à remediação e recuperação ambiental na

área já utilizada como aterro sanitário.

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3.2.2 PROJETOS TÉCNICOS

Projeto de Engenharia para aterro de resíduos classe II e seus respectivos

itens de controle ambiental;

Projeto de Engenharia para remoção do aterro de resíduos classe I e seus

respectivos itens de controle ambiental;

Projeto de Engenharia para implantação de um sistema de tratamento de

lixiviado com controle ambiental adequado e mais eficiente;

Projeto de Remoção do atual sistema de tratamento de lixiviados;

Projeto de drenagem da área do empreendimento.

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4. JUSTIFICATIVA

Este estudo faz-se necessário para cumprimento da legislação vigente, para o

cumprimento da política nacional de resíduos sólidos (LEI Nº 12.305, DE 2 DE

AGOSTO DE 2010.), para atendimento aos preceitos de um crescimento sustentável

e para a cumprimento de um acordo firmado com o Ministério Público do Estado de

Mato Grosso (Autos da Ação de Execução de Obrigação de Fazer e de Não Fazer nº

207-18.2010.811.0082 (10375) Exequente: Ministério Público do Estado de Mato

Grosso Executado: Município de Cuiabá Título: Termo de Ajustamento de Conduta

formalizado nos autos de Inquérito Civil n. 000679-002/2008).

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5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresenta, de forma breve, uma revisão bibliográfica sobre a

temática de disposição final de resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários, seus

subprodutos e quais estudos ambientais são os adequados para uma avaliação

segura de existência ou inexistência de um passivo ambiental, qual sua magnitude,

etc.

Além disso, também serão levantados os conceitos e critérios para ampliação,

tratamento eficiente de lixiviado, entre outros aspectos.

5.1 RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos apresentam grande diversidade e complexidade. As suas

características físicas, químicas e biológicas variam de acordo com sua fonte ou

atividade geradora. Fatores econômicos, sociais, geográficos, educacionais,

culturais, tecnológicos e legais afetam o processo de geração dos resíduos sólidos,

tanto em relação à quantidade gerada quanto à sua composição qualitativa (ZANTA

et al,.2006 p. 12).

Segundo a NBR 14004/2004 resíduos sólidos são:

Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de

origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de

varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de

tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de

poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o

seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso

soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia

disponível.

Esta mesma norma classifica os resíduos sólidos de acordo com a sua

periculosidade ao meio ambiente e à saúde pública, esta periculosidade é função

direta de suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Dessa forma os resíduos

perigosos são classificados como todos aqueles que possuam em algum de seus

constituintes inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade ou patogenicidade.

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O conhecimento dos constituintes que formam a massa total dos resíduos

atribui suporte técnico para se traçar as diretrizes do gerenciamento e disposição

final de resíduos.

Com relação à produção per capita de resíduos sólidos domiciliares e

comerciais, Cuiabá produz aproximadamente 830 g.hab-1 baseado pela população

estimada do IPDU (2007) e 920 g.hab-1 pela população do IBGE (2007). As

estimativas de geração per capita usam como referência de geração de resíduos o

valor médio coletado diariamente na cidade de Cuiabá.

A gravimetria dos resíduos sólidos em Cuiabá nos meses de NOV/2004 e

AGO/2005 tomaram a seguinte característica:

Tabela 1 - Características Físicas dos Resíduos Sólidos em Cuiabá

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM CUIABÁ.

COMPONENTES CUIABÁ (%) NOV/2004 CUIABÁ (%) AGO/2005

PAPEL 3,48 3,73

PAPELÃO 3,18 3,41

PLÁSTICO 11,58 12,39

VIDROS 1,18 1,27

METAIS 2,91 3,59

TRAPO 1,65 1,53

JARDINAGEM 18,21 16,93

MATÉRIA ORGANICA

PUTRESCÍVEL 44,02 40,02

ENTULHO 4,00 6,00

OUTROS 9,79 10,23

Fonte: Viana (2008)

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5.2 ATERROS SANITÁRIOS

A disposição de resíduos sólidos urbano por sua vez, emprega como método

mais usual o aterro sanitário que apresenta menor custo e consiste no confinamento

dos resíduos em camadas cobertas por material inerte, geralmente solo,

empregando métodos construtivos e técnicas para redução de volume e a mitigação

de impactos ambientais.

Segundo a NBR 8419/1992 a disposição em aterros sanitários é:

Uma Técnica de disposição de resíduos sólidos urbano no solo, sem causar

danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais,

método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à

menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os como

uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou intervalos

menores, se necessário.

De acordo com GOMES (2006), o aterro sanitário é um biodigestor construído

segundo normas de engenharia. Trata-se de estrutura encapsulada, usada para a

atenuação das características nocivas dos resíduos sólidos, projetada de forma a

favorecer a biodegradação anaeróbia e a consequente estabilização dos resíduos

sólidos armazenados, na maior parte das vezes, entre camadas isolantes de

material compactado, usualmente solo local.

Em se tratando das alternativas de disposição final do lixo, o aterro sanitário é

a solução que gera menos impacto, pois o mesmo é projetado para impedir a

contaminação do subsolo pelo liquido percolado oriundo do lixo, este é altamente

poluente, com elevada concentração de matéria orgânica, nutrientes e metais

pesados. Este tipo de estrutura é seguro desde que exista um monitoramento

ambiental, impermeabilização da base onde é depositado o lixo, drenagem dos

gases, drenagem do chorume e por fim um tratamento eficiente do efluente gerado.

Segundo LAUREANO (2007), o aterro deve ser diariamente recoberto de

terra, evitando a ação de vetores. Não é permitida a entrada de catadores, a não ser

quando há um centro de triagem de lixo, o qual não se recomenda quando o

município não possui coleta seletiva; não se recomenda em função dos riscos

associados à saúde do trabalhador e a eficiência do sistema de separação. No caso

de Cuiabá, onde não há separação do lixo reciclável, parte do lixo que chega ao

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aterro passa por uma esteira elétrica, onde os integrantes de uma cooperativa de

reciclagem retiram uma parcela do reciclável.

Apesar de o aterro sanitário ser a melhor solução para destinação final de

resíduos sólidos, a sua utilização não vem sendo realizada de maneira correta.

Dever-se-ia depositar no aterro somente o que realmente é lixo, ou seja, os

materiais que não podem ser reaproveitados ou reciclados. No estudo de gravimetria

de VIANA (2008), cerca de 40% do resíduo gerado é matéria orgânica putrescível.

Dessa maneira a vida útil do aterro seria prolongada, os recursos naturais

seriam poupados juntamente com os recursos destinados a operação do aterro

sanitário.

Para solucionar os problemas de gestão de resíduos sólidos no Brasil se faz

necessário a implantação de programas que promovam a educação ambiental

sanitária em todos os aspectos, ou seja, conscientizando a população que recursos

naturais como flora, fauna, recursos hídricos, fertilidade dos solos são finitos ou de

difícil remediação.

5.2.1 SISTEMAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM ATERROS

SANITÁRIOS

Vários são os dispositivos de proteção utilizados para mimetizar os impactos

ambientais nos aterros sanitários, como se descreve a seguir:

5.2.1.1 SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO BASAL

O sistema de impermeabilização basal representa um dos mais importantes

dispositivos de proteção ambiental que compõem o aterro. Tem como função

primordial impedir a percolação de lixiviado no subsolo, protegendo os aqüíferos de

potenciais contaminações. A impermeabilização de base, que pode ser natural,

artificial ou ainda, composta, dessas duas maneiras (artificial + natural). A

Impermeabilização limita o movimento de gases e de lixiviado para fora da área do

aterro.

A impermeabilização natural se faz pela compactação do solo e adição de 5%

de um tipo de argila, a bentonita.

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A bentonita é o nome genérico da argila composta predominantemente pelo

argilomineral montmorilonita (55-70%), do grupo das esmectitas,

independentemente de sua origem ou ocorrência. As esmectitas possuem como

características principais o alto poder de inchamento, até 20 vezes seu volume

inicial, atingindo espaços interplanares de até 100 vezes, possui alta área de

superfície (até 800 m²/g). O órgão de controle ambiental (OCA) do estado de Mato

Grosso (SEMA/MT) vem exigindo que 5% da camada de impermeabilização do solo

seja bentonita.

O material utilizado na impermeabilização artificial é geomebrana de

polietileno de alta densidade (PEAD) com espessura de 2mm.

Figura 1 - Sistema de Impermeabilização Basal (Célula A1)

Essa técnica se feita com rigores vem apresentando resultados satisfatórios,

ou seja, se mostrando como técnica segura.

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5.2.1.2 SISTEMA DE DRENAGEM DE CHORUME

O sistema de drenos horizontais tem a finalidade de retirar a fase líquida ou

lixiviados inseridas na massa de lixo confinada, conduzindo-as até o dreno principal

ou de fundo. Este dreno normalmente é implantado acima da camada de

impermeabilização basal e se encontra interligado a um coletor que promove a

adução dos percolados até o sistema de tratamento de efluentes.

O sistema de drenos de lixiviado desempenha a importante função de drenar

toda fase líquida que eventualmente vier a infiltrar na massa de lixo, impedindo a

estagnação da mesma sobre as camadas de impermeabilização de fundo como

mostra a Fonte: Quitaúna Serviços S/C Ltda (2006).

Figura 2.

Fonte: Quitaúna Serviços S/C Ltda (2006).

Figura 2 - Sistema de drenagem de líquidos percolados

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5.2.1.3 SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES

Os sistemas de drenagem de gás são projetados verticalmente e promovem a

coleta dos gases nas diversas camadas sobrepostas, transportando-os, por

exaustão até a superfície, onde poderão ser queimados através de dispositivos

específicos liberando CO2 ou encaminhados a uma central de purificação e posterior

envasamento para sua utilização como combustível. Neste caso, os aterros

sanitários têm a denominação de aterros sanitários energéticos. Os dutos

condutores de gás são construídos com a superposição de tubos de concreto com

diâmetros variando entre 0,30 a 1,0 m perfurados, possibilitando a entrada do gás

sob o lixo e ao mesmo tempo funcionando como uma chaminé. Envolvendo essa

estrutura existe uma manta geotextil que impossibilita o entupimento dos orifícios.

Fonte: UNESP

Figura 3 - Sistema de Drenagem de Gases

5.2.1.4 DRENAGEM SUPERFICIAL

Os drenos de superfície são compostos por um conjunto de tubos e

canalizações projetadas em torno das áreas onde o resíduo é confinado (células),

com a função de coletar e encaminhar as águas de escoamento superficial

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proveniente de precipitações até um ponto de lançamento ou tratamento, impedindo

a sua infiltração na massa de lixo confinada. Esse sistema é importante pois em

épocas de chuva reduz a geração de lixiviado.

5.2.1.5 SISTEMA DE COBERTURA FINAL

O sistema de cobertura final deve ser dimensionado visando atender os

seguintes requisitos: minimizar a infiltração de águas de chuva no interior do aterro;

resistir à erosão; impedir a migração de gases para a superfície, impedir a

proliferação de vetores, melhorar a estética, minimizar a manutenção em longo

prazo todos esses aspectos tem por objetivo proteger a saúde humana e o meio

ambiente.

5.2.1.6 LIQUIDO PERCOLADO (CHORUME)

Os lixiviados de aterros de resíduos sólidos urbanos (RSU) são resultado da

interação entre o processo de biodegradação da fração orgânica desses resíduos e

da infiltração de águas pluviais que solubilizam componentes orgânicos e

inorgânicos. Consequentemente, o fator determinante na vazão de lixiviados de um

aterro sanitário é o volume de águas pluviais infiltradas, enquanto o fator

determinante das características físicas, químicas e microbiológicas do lixiviado são

as características dos resíduos aterrados.

O lixiviado, portanto, contém componentes orgânicos e inorgânicos, mas

também outras substâncias tóxicas, provenientes do recebimento de resíduos

industriais, ou mesmo perigosas de maneira inadvertida nos aterros. Essas

substâncias perigosas que eventualmente existem na massa de resíduos sólidos

podem causar danos ambientais se atingirem o lençol freático ou as águas

superficiais, além de serem prejudiciais em caso de emissões de gases voláteis para

a atmosfera. Esses efeitos danosos podem se estender à comunidade animal e

vegetal aquática e aos seres humanos que dela se utilizam.

O lixiviado contém altas concentrações de nitrogênio amoniacal e que desse

fato provêm vários problemas. Os efluentes com alta concentração de nitrogênio

amoniacal, quando descartados em cursos d’água sem prévio tratamento, podem

estimular o crescimento de algas, provocar depleção do oxigênio dissolvido e serem

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tóxicos à biota do ecossistema aquático. Em sistemas de tratamento biológico, as

altas concentrações de nitrogênio amoniacal podem causar problemas de odor, além

de serem tóxicas às bactérias decompositoras.

A variabilidade na composição de acordo com o aterro e as oscilações de

vazão ao longo do ano devido ao regime de chuvas são alguns dos problemas para

o tratamento desse efluente.

As características físicas, químicas e biológicas dos lixiviados dependem do

tipo de resíduo aterrado, do grau de decomposição, do clima, da estação do ano, da

idade do aterro, da profundidade do resíduo aterrado, do tipo de operação do aterro,

entre outros fatores. Logo, pode-se afirmar que a composição dos lixiviados pode

variar consideravelmente de um local para outro, como também em um mesmo local

e entre épocas do ano (REINHART; GROSH, 1998).

Os aterros sanitários mais comuns recebem uma mistura de resíduos

domésticos, comerciais e resíduos industriais mistos, mas excluem quantidades

significativas de resíduos químicos específicos. Dessa maneira, os lixiviados podem

ser caracterizados como uma solução aquosa com quatro grupos de poluentes:

material orgânico dissolvido (ácidos graxos voláteis e compostos orgânicos mais

refratários como ácidos húmicos e fúlvicos), macro componentes inorgânicos (Ca2+,

Mg2+, Na+, K+, NH4+, Fe2+,Mn2+, Cl-, SO42-, HCO3

-), metais pesados (Cd2+, Cr3+, Cu2+,

Pb2+, Ni2+, Zn2+) e compostos orgânicos xenobióticos originários de resíduos

domésticos e químicos presentes em baixas concentrações (hidrocarbonetos

aromáticos, fenóis, pesticidas, entre outros) (christensen et al., 1994 apud kjeldsen

et al., 2002).

A composição físico-química do chorume gerado no Aterro Sanitário de

Cuiabá nos anos de 1999 e 2000, foram obtidas por Santos Filho em (2000) e no

ano de 2001, por Caporossi (2002). Os resultados obtidos seguem na Tabela 2. É

possível observar uma diminuição no valor médio da DQO e sólidos totais, indicando

uma situação de instabilidade do aterro. As medidas do pH indicam que o chorume

era mais ácido em 1999-2000 do que em 2001, mostrando o aumento pH passando

para fase alcalina.

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Tabela 2 - Composição Química do Chorume Gerado no Aterro

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO CHORUME GERADO NO ATERRO SANITÁRIO DE CUIABÁ NOS ENTRE OS ANOS

DE 1999 - 2001.

1999-2000 2001

Variável Faixa de variação Média Faixa de variação Média

T.água ºC - 28 14 – 30 28

Ph 5,7 – 8,6 - 8,02 – 8,83 -

DQO (mg/L) 12.276 – 47349 22,691 6.042 – 35.000 16.150

DBO5 (mg/L) 4.320 – 30.351 13.352 - -

Condutividade elétrica

(µ/cm) - - 30 – 162.500 25.140

Cloretos (MG/L) - - 3.755 – 106.622 47.999

Nitrogênio (MG/L) - - 291 – 553 453

Fósforo (MG/L) - - 0,15 – 27 2,89

Sól. totais 17.559 – 59.908 29.140 16.354 – 32.561 19.242

Sól. Fixos - - 1.230 – 14.797 12.938

Sol. Voláteis - - 4.018 – 24.724 6.620

Fonte: (1) Santos Filho (2000). Adaptado (CAPOROSSI et al., 2001).

A Tabela 3 indica as variações de concentração de lixiviado em aterros brasileiros.

Tabela 3 - Concentração de Lixiviado em Aterros Brasileiros

VÁRIÁVEL FAIXA MÁXIMA FAIXA MAIS

PROVÁVEL FVMP (%)

PH 5,7 – 8,6 7,2 – 8,6 78

ALCALINIDADE TOTAL (mg/L DE CaCO3) 750 – 11.400 750 – 7,100 69

DUREZA (mg/L DE CaCO3) 95 – 3.100 95 – 2.100 81

CONDUTIVIDADE 2950 – 2.500 2950 – 17660 77

DBO (mg/L DE O2) < 20 – 30.000 <20 – 8.600 75

DQO (mg/L DE O2) 190 – 80.000 190 – 22.300 83

ÓLEOS E GRAXAS (mg/L) 10 – 480 10 – 170 63

FENÓIS (mg/L DE C6H5OH) 0,9 – 9,9 0,9 – 4,0 58

NTK (mg/L DE N) 80 – 3.100 NÃO HÁ -

N – AMONIACAL (mg/L DE N) 0,4 – 3.000 0,4 – 1.800 72

N – ORGANICO (mg/L DE N) 5 – 1.200 400 – 1.200 80

N – NITRITO (mg/L DE N) 0 – 50 0- 15 69

N – NITRATO (mg/L DE N) 0 – 11 0 – 3,5 69

P – TOTAL (mg/L) 0,1 – 40 0,1 – 15 63

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SULFETO (mg/L) 0 – 35 0 – 35 78

SULFATO (mg/L) 0 – 5.400 0 – 1.800 77

CLORETO (mg/L) 500 – 5.200 500 – 3.000 72

SÓLIDOS TOTAIS (mg/L) 3 200 – 21.900 3 200 -14.400 79

SÓLIDOS TOTAIS FIXOS (mg/L) 630 – 20.000 630 – 5.000 60

SÓLIDOS TOTAIS VOLÁTEIS (mg/L) 2 100 – 14.500 2 100 – 8.300 74

SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS (mg/L) 5 – 2.800 5 – 700 68

SÓLIDOS SUSPENSOS VOLÁTEISS (mg/L) 5 – 530 5 – 200 62

FERRO (mg/L) 0,01 – 260 0,01 – 65 67

MANGÂNES (mg/L) 0,04 – 2,6 0,04 – 2,0 79

COBRE (mg/L) 0,005 – 0,6 0,05 – 0,15 61

NIQUEL (mg/L) 0,03 – 1,1 0,03 – 0,5 71

CROMO (mg/L) 0,003 - 0,8 0,003 – 0,5 89

CÁDMO (mg/L) 0 – 0,26 0 – 0,065 67

CHUMBO (mg/L) 0,01 – 2,8 0,01 – 0,5 64

ZINCO (mg/L) 0,01 – 8,0 0,01 – 1,5 70

FONTE: SOUTO E POVINEELI (2007).

FVMP: FREQUENCIA DE OCORRÊNCIA DOS VALORES MAIS PROVÁVEIS.

A composição do lixiviado muda durante as diversas etapas de decomposição

do resíduo sólido confinado no aterro. Estas variações se devem a decomposição

biológica de materiais orgânicos, pela oxidação química e pela dissolução de

materiais orgânicos e inorgânicos.

Torres et al. (1997), advertem que os mananciais de água, passíveis de

recebimento do chorume apresentam modificação de coloração, redução na

concentração de oxigênio dissolvido e contagem de patogênicos, levando a

impactos no meio aquático modificando a dinâmica no ecossistema ali existente, as

vezes até com quebra do ciclo vital das espécies.

5.2.1.7 SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES EM ANTERROS

SANITÁRIOS

O sistema lagoa de estabilização na sua forma mais simples é aplicado a um

corpo d’água, artificial ou natural, usado para reter águas com elevada carga

orgânica, até que esta atinja um nível de estabilidade que não ofereça nenhum risco

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sanitário e ambiental ao ser lançado num corpo receptor, seja um manancial (SILVA

et al., 1979).

A estabilização do efluente é obtida por mecanismos físicos, químicos e

biológicos através de processos aeróbios, anaeróbios e facultativos, e apresenta

como resultado final a biodegradação da matéria orgânica presente no meio

aquático, até a sua quase que sua completa mineralização.

5.3 GEOFÍSICA E HIDROGEOLOGIA

A técnica da Sondagem Elétrica Vertical – SEV, a qual permite investigar a

variação vertical de resistividade. Consiste em injetar corrente elétrica no meio

através de dois pontos (A e B) e medir a diferença de potencial entre dois outros

pontos (M e N) localizados entre os pontos de corrente (Figura 4). Através da

corrente, da diferença de potencial e do fator geométrico (função das distâncias

entre os pontos de injeção de corrente e de medidas de potencial) determina-se a

resistividade aparente do meio, através da equação apresentada em Bhattacharya &

Patra (1986):

kI

Va .

(1)

BNANBMAM

k1111

2

Onde,

a = resistividade aparente

v = diferença de potencial

I = corrente elétrica

AM = distância entre os eletrodos A e M

AN = distância entre os eletrodos A e N

BM = distância entre os eletrodos B e M

BN = distância entre os eletrodos B e N

Como a corrente flui de modo radial, então quanto maior a distância entre os

pontos de injeção de corrente, maior será a profundidade investigada.

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A SEV apresenta excelentes resultados na definição de contatos litológicos

contendo bons contrates de resistividade, como é comum em meio acamado (Cutrim

& Rebouças, 2005b, Cutrim et al., 2004 e Cutrim et al., 2007).

Na coleta dos dados de campo foi usado um resistivímetro com potência

máxima de 950 W e voltagens de 5V, 15V, 50V, 100V, 200V, 400V, 800V e 950V e o

arranjo Schlumberger (Figura 2). A resistência de contato nos eletrodos foi

minimizada com o uso de água salgada.

Foram realizadas dez SEVs (Figura 2), com abertura máxima de AB de 170m

e a distância de MN AB/5. Duas SEVs foram localizadas na parte mais alta e

antiga do aterro para estimar a espessura dos resíduos sólidos e a profundidade de

infiltração do lixiviado; duas SEVs localizadas próximas das lagoas de tratamento do

lixiv iado; quatro SEVs distribuídas na parte mais baixo do aterro e quatro SEVs na

estrada visinal que contorna a parte baixa do aterro.

Essa distribuição foi adotada para atender rigorosamente os objetivos

principais da pesquisa, levando em consideração os espaços necessários para a

aplicação das SEVs.

As SEVs foram interpretadas através do método Ridge Regression (Tikhonov

& Arsenin, 1977), utilizando-se o software IPIwin2. Nesta etapa foram determinadas

a espessura da cobertura pedológica e a profundidade ao topo do saprólito e rochas

as suas respectivas resistividades. A relação (AB/2) / espessura e profundidade

investigada foram vinculadas ao intervalo (AB/4, AB/6).

Figura 4 - Arranjo Schlumberger

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PARTE 1 - DIAGNÓSTICO

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6. ÁREA DE ESTUDO

Este capítulo irá detalhar as características espaciais, ambientais (solo,

hidrogeologia, vegetação, etc.), a concepção de projeto de ampliação e como o

aterro sanitário foi operado desde a sua abertura até o presente momento.

6.1 HISTÓRICO

De acordo com Caporossi (2002), Cuiabá contava em 1982 com uma

população de quase 250 mil habitantes, e lançava a céu aberto diariamente

121T/dia, esta área se localiza a 6 quilômetros da rodovia Emanuel Pinheiro e ficou

conhecida pelo nome “LIXÃO DE CUIABÁ”, sendo a forma de disposição final de

resíduos sólidos urbanos até o ano de 1997.

Nesse local havia a presença de muitos catadores de lixo, retirando deste,

seu “sustento”. Tal situação impunha aos catadores uma condição de vida

subumana, uma vez que estes se misturavam com animais, vetores e muitos

outros organismos patogênicos.

Visando minimizar os problemas relacionados com limpeza urbana, gestão e

disposição final de resíduos sólidos urbanos, a Prefeitura de Cuiabá, através da

empresa Progresso e Desenvolvimento da Capital - PRODECAP/SA evoluíram na

limpeza pública urbana, implantando a coleta regular de lixo e com o encerramento

das atividades do “lixão de Cuiabá”, após a construção de uma estrutura capaz de

abrigar os resíduos de Cuiabá atendendo aos aspectos sócio-econômicos e

ambientais.

O término da construção da central de destinação final de resíduos sólidos se

deu ao fim do ano de 1996 e começou a ser operada em março de 1997.

Na segunda metade da década de noventa, com a implantação da usina de

triagem e reciclagem e com a criação da Cooperativa na área do aterro sanitário de

Cuiabá o setor de reciclagem e reuso de resíduos evoluiu ainda que a passos lentos

devido à falta de um sistema de coleta seletiva.

As eficiências do sistema de triagem sem a segregação na fonte (coleta

seletiva) sempre trouxeram eficiências inferiores a 2%. Hoje (julho/2014), o material

que é processado pela usina existente no aterro é proveniente dos bairros onde a

Secretaria de Serviços Urbanos desenvolve um projeto piloto de coleta seletiva e

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entrega voluntárias nos ecopontos. A massa média processada no aterro é de 1,6

t/d, o equivalente à aproximadamente 0,26% do total gerado. Estão sendo

implementadas novas políticas para expansão da coleta seletiva, triagem e

comercialização de recicláveis enfardados ou já processados.

Ao lado do setor de triagem, existem duas áreas a céu aberto de 300 m²

destinados ao armazenamento de material prensado, enfardado e selecionado. Esse

material passa por uma classificação, sendo depois encaminhada para o

enfardamento. Existem dois tipos de prensa, a do tipo vertical com capacidade para

1.250 kg.h-1 e a do tipo horizontal com capacidade para 800 kg.h-1.

E ainda existe uma unidade de classificação, armazenamento, moagem,

descontaminação, secagem e recuperação dos materiais plásticos oriundos do setor

de triagem.

Em uma análise visual fica claro que o sistema de triagem e reciclagem do

município de Cuiabá necessita ser reestruturado e somente assim uma cooperativa

poderá ser autossustentável.

6.2 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

O aterro sanitário de Cuiabá situa-se ao nordeste da área urbana, com

coordenadas em UTM de 604081,234; 8285673,309, zona 21, hemisfério sul, na

estrada Balneário Letícia, s/n°, Sítio Quilombo próximo à Lagoa Bonita, ao lado do

Garimpo do Mineiro. A distância de aproximadamente 19,6Km do aeroporto

Marechal Rondon, 17 Km do centro da cidade, e cerca de 5 km do bairro mais

próximo (Jardim Paraíso II). A área da Central de Disposição Final de Resíduos

Sólidos Urbanos é de aproximadamente 63,0174 ha. Faz parte da província

geomorfológica da Baixada Cuiabana. E atende a toda a população de Cuiabá,

aproximadamente 550 mil habitantes em área urbana.

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Figura 5 - Mapa de Localização do Empreendimento

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6.3 DIAGNÓSTICO MEIO FÍSICO

Neste sub-tópico serão abordadas as variáveis ambientais, tais como:

geologia, pedologia, vegetação, recursos hídricos, entre outros.

6.3.1 PEDOLOGIA E GEOLOGIA

O aterro sanitário de Cuiabá está implantado sobre um litossolo que se

caracteriza por ser de textura fina. Os solos são relativamente rasos, sendo

freqüente a presença de uma espessa camada de saprolito de filito, vulgarmente

chamado de “piçarra”. Os tipos pedológicos presentes nessa formação são os

litossolos e cambissolos (SILVA, 2001).

Segundo a PRODECAP (1993), o solo do Aterro Sanitário de Cuiabá é

classificado como argilo-siltoso, possuindo 7,85% de areia, 35,11 % de silte e

54,04% de argila. E possui um coeficiente de permeabilidade médio encontrado

(NBR 13.292–ABNT) de 3,44 x 10-7 m/s.

A massa específica máxima do solo seco (µd) encontrada em ensaio de

compactação foi da ordem de 1.630 Kg/m3 (SILVA, 2001). Não foi observado

nenhum tipo de afloramento de água nas proximidades da área em estudo e

constatou–se, através de técnicas de perfuração de poços, o nível estático do lençol

artesiano em torno de 16 metros. (LATORRACA, 2007)

VILELA & SALOMÃO (2006) caracterizaram os horizontes do solo na região do

aterro em quatro pontos localizados a nordeste e noroeste do aterro, conforme

Figura 6.

Fonte: Vilela & Salomão (2006).

Figura 6 - Localização das Trincheiras onde o Solo foi Caracterizado

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Tal caracterização foi realizada através da escavação de trincheiras (T1, T2,

T3, T4), as caracterizações pedológicas de cada uma destas trincheiras seguem

abaixo.

De acordo com VILELA & SALOMÃO (2006), na Trincheira T1 o solo é

constituído por quatro níveis de horizontes, sendo estes definidos por:

Horizonte “Ap” (Antrópico) – concentrado em quartzo – Pintossolo Petro-

Plíntico, constituído por couraças ferruginosas e cascalhos de quartzo;

Horizonte “F” – concentrado em laterita (óxido de ferro) – Pintossolo Petro-

Plíntico, constituído por couraças ferruginosas e cascalhos de quartzo;

Horizonte “B” – sem vestígio da rocha e sem laterita;

Horizonte “C” – apresenta vestígios da rocha (Filito alterado).

Fonte: Vilela & Salomão (2006)

Figura 7 - Perfil da Trincheira T1

Os horizontes “Ap” e “F” são muito porosos, e com isso, apresentando grande

permeabilidade.

A trincheira T2 é constituída pelo horizonte “F” (descrito na Trincheira T1),

porém com uma diferença básica, a presença de uma couraça ferruginosa formada

pela cimentação do óxido de ferro em uma camada sedimentar (fenômeno da

concentração absoluta) e a presença de dois níveis, conforme a descrição a seguir:

“F1” – caracterizado por possuir um cascalho mais fino e ter uma espessura

de 80 cm;

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“F2” – caracterizado por possuir uma couraça ferruginosa e pouco

intemperizada com fragmentos de quartzo e ter 1,20 m de espessura.

Fonte: Vilela & Salomão (2006)

Figura 8 - Perfil da Trincheira T2

Então se pode afirmar que a trincheira T2 demonstra que o solo nesta região

possui uma grande porosidade, ou seja, alto coeficiente de permeabilidade.

A Trincheira T3 é constituída pelos Horizontes “Ap”, “C” e “F”, assim descritos

e representados na figura X:

Horizonte “Ap” – composto pelas mesmas características do Horizonte “Ap”

da Trincheira T1 mas com coloração cinza escura;

Horizonte “C” – possui cascalho de quartzo e pouca matriz areno-argilosa

centimétrica e milimétrica;

Horizonte “F” – caracterizado por possuir grãos de quartzo milimétrico e

alguns centimétricos cimentados por óxido de ferro (FeO2) pouco alterado.

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Fonte: Vilela & Salomão (2006)

Figura 9 - Perfil da Trincheira T3

A Trincheira T4 possui um só tipo de horizonte e um veio de quartzo de

aproximadamente 15 cm. O horizonte descrito é o “F”, que possui as mesmas

características do Horizonte “F” da Trincheira T4, conforme a representação a

seguir:

Fonte: Vilela & Salomão (2006).

Como observado na Trincheira T1 a rocha de base é o filito. Nas demais

trincheiras não se encontrou o filito, pois o mesmo encontrava-se mais profundo.

Simplificadamente pode-se afirmar que, na área estudada, a rocha de base – o filito

– é coberta por camadas de cascalhos de quartzo e laterita, podendo apresentar

fraturas preenchidas por quartzo em alguns pontos. A espessura das camadas sobre

o filito varia de alguns centímetros a alguns metros (LAUREANO, 2007).

Figura 10 - Perfil da Trincheira T4

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De maneira geral o solo possui baixa permeabilidade, entretanto a presença

de veios de quartzo, pois estes servem como “tubulações” para a infiltração de água

e de percolado, logo apresentam certo risco para a utilização dessa área para a

disposição final de resíduos sólidos.

6.3.2 VEGETAÇÃO NATURAL

A flora do cerrado de Mato Grosso vem sendo estudada desde o século XIX.

Robert Pilger, que percorreu Mato Grosso em 1899, fez uma descrição da vegetação

da Baixada Cuiabana e da Chapada, complementando as informações de Spencer

Moore (Pilger, 1901).

A partir do século XX, estudos de caracterização fitofisionômica e composição

florística para a vegetação de Mato Grosso passaram a ter maior ênfase, como por

exemplo, Prance & Schaller (1982), que descrevem os tipos de vegetação do

Pantanal; Ratter (1971) caracterizando diferentes tipos de cerrado em Nova

Xavantina e vários outros trabalhos como os de Veloso (1946, 1947, 1948); Cole

(1960), Brown et al. (1970), Askew et al. (1970, 1971), Goldsmith (1974), Eiten

(1975), Oliveira-Filho & Martins (1986, 1991).

A vegetação da Baixada Cuiabana e seu entorno foi descrita por alguns

autores, como Oliveira-Filho & Martins (1986), que elaboraram uma listagem da flora

vascular do encontro dessa região com a Chapada dos Guimarães, totalizando 250

espécies, pertencentes a 158 gêneros e 59 famílias. Além disso, outros autores

descreveram a vegetação em áreas de floresta e cerrado, realizando intensas

coletas de material botânico, a exemplo de Oliveira-Filho (1989); Oliveira-Filho &

Martins (1986; 1991); Guarim et. Al (1994). Souza (1996) levantou um total

aproximado de 449 espécies de angiospermas, depositado no Herbário Central da

UFMT.

A Tabela 4 foi obtida através do levantamento e diagnóstico ambiental

realizado para apresentação de EIA/RIMA para um novo aterro sanitário em Cuiabá,

onde uma das áreas escolhidas é contigua a área onde atualmente funciona a atual

unidade de recebimento de resíduos sólidos urbanos.

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30

Tabela 4 - Espécies Obtidas Através do Levantamento e Diagnóstico Ambiental

ESPÉCIES NOME POPULAR

ANACARDIACEAE

ASTRONIUM FRAXINIFOLIUM SCHOTT EX SPRENG.

MYRACRODRUON URUNDEUVA ALLEMÃO AROEIRA

TAPIRIRA GUIANENSIS AUBL. POMBEIRO

ANNONACEAE

ANNONA CORIACEA MART. ATA DE COBRA; ATINHA DO CAMPO

ANNONA DIOICA A. ST.-HIL.

CARDIOPETALUM CALOPHYLLUM SCHLTDL. IMBIRA

DUGUETIA FURFURACEA (A. ST.-HIL.) BENTH.& HOOK. F. ATA BRAVA; ATA DE LOBO

DUGUETIA LANCEOLATA A. ST.-HIL. PINDAÍVA; CORTIÇA

XYLOPIA AROMATICA (LAM.) MART. PINDAÍBA;

PIMENTA DE MACACO APOCYNACEAE

ASPIDOSPERMA SP.

ASPIDOSPERMA SUBINCANUM MART. EX A. DC. GUATAMBU VERMELHO

HANCORNIA SPECIOSA GOMES MANGABA

HIMATANTHUS OBOVATUS (MÜLL. ARG.)

WOODSON

LÍRIO DO CAMPO; TIBORNA

ARECACEAE

ATTALEA PHALERATA MART. EX SPRENG. ACURI

ASTERACEAE

VERNONIA FERRUGINEA LESS. ASSA PEIXE

JACARANDA CUSPIDIFOLIA MART.

EX A. DC.

CAROBA

TABEBUIA AUREA (SILVA MANSO)

BENTH. &

HOOK. F. EX S. MOORE

PARA TUDO

TABEBUIA OCHRACEA (CHAM.) STANDL. PIÚVA CASCUDA

TABEBUIA ROSEOALBA (RIDL.) SANDWITH PIÚVA BRANCA

BOMBACACEAE

ERIOTHECA GRACILIPES (K. SCHUM.)

A. ROBYNS

EMBIRUÇU; PAINEIRA DO CAMPO

PSEUDOBOMBAX LONGIFLORUM (MART.

& ZUCC.) A. ROBYNS

EMBIRUÇU

PSEUDOBOMBAX TOMENTOSUM (MART.

& ZUCC.) ROBYNS

EMBIRUÇU PELUDO

BURSERACEAE

PROTIUM HEPTAPHYLLUM (AUBL.)

MARCHAND

BRÉU; ALMÉCEGA

CECROPIACEAE

CECROPIA HOLOLEUCA MIQ. EMBAÚVA

CECROPIA PACHYSTACHYA

TRÉCUL

EMBAÚVA

CHRYSOBALANACEAE

HIRTELLA HEBECLADA MORIC.

EX DC.

CINZEIRO

HIRTELLA SP.

LICANIA HUMILIS CHAM. &

SCHLTDL.

MARMELITO-DO-CAMPO,

MARMELINHO-DO-CERRADO LICANIA SP. 1

CLUSIACEAE

KIELMEYERA CORIACEA MART. &

ZUCC.

PAU SANTO

KIELMEYERA RUBRIFLORA CAMBESS. ROSA-DO-CAMPO,

ROSA-DO-CERRADO COCHLOSPERMACEAE

COCHLOSPERMUM REGIUM (SCHRANK)

PILG.

ALGODÃOZINHO DO MATO

COMBRETACEAE

TERMINALIA ARGENTEA MART. CAPITÃO DO CAMPO

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31

ESPÉCIES NOME POPULAR

CONNARACEAE

CONNARUS SUBEROSUS PLANCH. CABELO DE NEGRO;

PAU FERRO ROUREA INDUTA PLANCH. BOTICA INTEIRA; PAU DE PORCO

CYPERACEAE

BULBOSTYLIS PARADOXA (SPRENG.)

LINDM.

BARBA DE BODE

SCLERIA SP.

DENNSTAEDTIACEAE

PTERIDIUM SP.

DILLENIACEAE

CURATELLA AMERICANA L. LIXEIRA

KIELMEYERA RUBRIFLORA CAMBESS. ROSA-DO-CAMPO,

ROSA-DO-CERRADO DAVILLA NITIDA (VAHL) KUBITZKI LIXEIRA DE RAMA

DAVILLA RUGOSA POIR. CIPÓ CABOCLO

DIOSCOREACEAE

DIOSCOREA TRIFIDA L. F.

ERYTHROXYLACEAE

ERYTHROXYLUM SUBEROSUM A.

ST.-HIL.

MERCÚRIO DO CAMPO

EUPHORBIACEAE

CNIDOSCOLUS URENS (L.) ARTHUR CANSANÇÃO

DALECHAMPIA SP.

MANIHOT TRIPARTITA (SPRENG.)

MÜLL. ARG.

QUIABINHO;

MANDIOQUINHA DO CAMPO FABACEAE

ACACIA POLIFOLIA PEDLEY MONJOLEIRO

ACOSMIUM DASYCARPUM (VOGEL)

YAKOVLEV

AMARGOSINHA

ANADENANTHERA MACROCARPA (BENTH.)

BRENAN

ABACAXI DO CERRADO

ANDIRA CUJABENSIS BENTH. ANGELIM BRANCO

BAUHINIA GLABRA JACQ. ESCADA DE MACACO

BOWDICHIA VIRGILIOIDES KUNTH SUCUPIRA PRETA

CALLIANDRA PARVIFLORA BENTH. ANGIQUINHO

COPAIFERA LANGSDORFFII DESF. COPAÍBA

DALBERGIA MISCOLOBIUM BENTH. CAVIÚNA DO CERRADO

DIMORPHANDRA MOLLIS BENTH. FAVEIRA

DIPTERYX ALATA VOGEL CUMBARÚ

HYMENAEA COURBARIL L. JATOBÁ MIRIM

HYMENAEA STIGONOCARPA MART.

EX HAYNE

JATOBÁ-DO-CERRADO

MACHAERIUM ACUTIFOLIUM

VOGEL

JACARANDÁ

MACHAERIUM HIRTUM (VELL.)

STELLFELD

BARREIRO; SETE CASACAS

PLATHYMENIA RETICULATA BENTH. VINHÁTICO

BAUHINIA GLABRA JACQ. ESCADA DE MACACO

BOWDICHIA VIRGILIOIDES KUNTH SUCUPIRA PRETA

CALLIANDRA PARVIFLORA BENTH. ANGIQUINHO

COPAIFERA LANGSDORFFII DESF. COPAÍBA

DALBERGIA MISCOLOBIUM BENTH. CAVIÚNA DO CERRADO

DIMORPHANDRA MOLLIS BENTH. FAVEIRA

DIPTERYX ALATA VOGEL CUMBARÚ

HYMENAEA COURBARIL L. JATOBÁ MIRIM

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32

ESPÉCIES

NOME POPULAR

HYMENAEA STIGONOCARPA MART.

EX HAYNE

JATOBÁ-DO-CERRADO

MACHAERIUM ACUTIFOLIUM

VOGEL

JACARANDÁ

MACHAERIUM HIRTUM (VELL.)

STELLFELD

BARREIRO; SETE CASACAS

PLATHYMENIA RETICULATA BENTH. VINHÁTICO

COPAIFERA LANGSDORFFII DESF. COPAÍBA

DALBERGIA MISCOLOBIUM BENTH. CAVIÚNA DO CERRADO

DIMORPHANDRA MOLLIS BENTH. FAVEIRA

DIPTERYX ALATA VOGEL CUMBARÚ

HYMENAEA COURBARIL L. JATOBÁ MIRIM

MACHAERIUM ACUTIFOLIUM

VOGEL

JACARANDÁ

MACHAERIUM HIRTUM (VELL.)

STELLFELD

BARREIRO; SETE CASACAS

PLATHYMENIA RETICULATA BENTH. VINHÁTICO

PTEROCARPUS ROTUNDIFOLIUS

(SOND.) DRUCE

SENNA SILVESTRIS (VELL.) H.S. IRWIN

& BARNEBY

SENNA VELUTINA (VOGEL) H.S. IRWIN

& BARNEBY

STRYPHNODENDRON ADSTRINGENS

(MART.) COVILLE

BARBATIMÃO

TACHIGALI PANICULATA AUBL. TAXI PRETO

VATAIREA MACROCARPA (BENTH.) DUCKE ANGELIM; ANGELIM DO CERRADO

FLACOURTIACEAE

CASEARIA SYLVESTRIS SW. GUAÇATUNGA

LOGANIACEAE

ANTONIA OVATA POHL QUINA

STRYCHNOS PSEUDOQUINA A. ST.-HIL. FALSA QUINA

LYTHRACEAE

LAFOENSIA PACARI A. ST.-HIL. MANGABA BRAVA

MALPIGHIACEAE

BYRSONIMA COCCOLOBIFOLIA KUNTH MURICI

HETEROPTERYS APHRODISIACA O. MACH. NÓ DE CACHORRO

MELASTOMATACEAE

MICONIA SP.

MONIMIACEAE

SIPARUNA GUIANENSIS AUBL. CAPITIÚ; LIMÃO BRAVO

MORACEAE

BROSIMUM GAUDICHAUDII TRÉCUL MAMA CADELA

DORSTENIA ASAROIDES HOOK. CARAPIÁ

SOROCEA GUILLEMINIANA GAUDICH. ESPINHEIRA SANTA

MYRTACEAE

MYRCIA ALBOTOMENTOSA DC. GUAMIRIM DE PELOS BRANCOS

MYRCIA CRASSIFOLIA (MIQ.)

KIAERSK.

GUAMIRIM CASCUDA

PSIDIUM GUAJAVA L. GOIABA

NYCTAGINACEAE

NEEA HERMAPHRODITA S.

MOORE

OCHNACEAE

OURATEA CASTANEIFOLIA (DC.)

ENGL.

OURATEA HEXASPERMA

(A. ST.-HIL.) BAILL.

OLACACEAE

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ESPÉCIES NOME POPULAR

HEISTERIA OVATA BENTH.

PASSIFLORACEAE

PASSIFLORA MANSOI (MART.)

MAST.

POACEAE

BAMBUSA SP. BAMBU

POLYGONACEAE

COCCOLOBA MOLLIS CASAR. FOLHA DE BOLO MOLE; NOVATO

PROTEACEAE

ROUPALA BRASILIENSIS KLOTZSCH CARNE DE VACA

PTERIDACEAE

ADIANTHUM SP. SAMAMBAIA DO MATO

RHAMNACEAE

RHAMNIDIUM ELAEOCARPUM

REISSEK

CABRITEIRO

RUBIACEAE

ALIBERTIA EDULIS (RICH.) A.

RICH. EX DC.

MARMELADA BOLA

CHOMELIA POHLIANA MÜLL.

ARG.

CORDIERA MACROPHYLLA (K. SCHUM.)

KUNTZE

MARMELADA

CORDIERA SESSILIS (VELL.) KUNTZE MARMELADA ESPINHO

FERDINANDUSA ELLIPTICA POHL BRINCO D'ÁGUA

GUETTARDA VIBURNOIDES CHAM. & SCHLTDL. VELUDO BRANCO

PALICOUREA RIGIDA KUNTH BATE CAIXA

RUDGEA VIBURNOIDES (CHAM.)

BENTH.

CHÁ DE BUGRE; CASCA BRANCA

TOCOYENA FORMOSA (CHAM.

& SCHLTDL.) K. SCHUM.

JENIPAPO DO CERRADO

SAPINDACEAE

ALLOPHYLUS EDULIS (A. ST.-HIL.,

CAMBESS. & A. JUSS.) RADLK.

VACUNZEIRO

DILODENDRON BIPINNATUM RADLK. MARIA POBRE

MAGONIA PUBESCENS A. ST.-HIL. TIMBÓ

MATAYBA GUIANENSIS AUBL.

SERJANIA SP.

SCHIZAEACEAE

LYGODIUM SP. SAMAMBAIA

SELAGINELLACEAE

SELAGINELLA SP.

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6.3.3 CARACTERÍSTICA CLIMATOLÓGICA

O clima da cidade é do tipo Aw de Koppen, isto é, Tropical Semi Úmido, com

4 a 5 meses secos e duas estações bem definidas, uma seca (outono–inverno) e

uma chuvosa (primavera-verão), com características de continentalidade.

Analisando o período de 1970 a 2002, verifica-se que a média anual é de

26.9ºC; a média das máximas é de 32.5ºC, enquanto que a média das mínimas é de

21.3ºC. O valor da precipitação média anual do período é de 1373 mm (

Tabela 6).

A seguir será exposta a série histórica de precipitação atmosférica

(pluviometria) da região, cujos dados são coletados pela Estação Meteorológica

Cuiabá - INMET, localizada no município de Várzea Grande a 15,0 quilômetros da

área do aterro sanitário municipal de Cuiabá.

Tabela 5 - Dados da Estação

CÓDIGO 1556002

NOME CUIABÁ

CÓDIGO ADICIONAL 83361

BACIA RIO PARANÁ (6)

SUB-BACIA RIOS PARAGUAI,SÃO LOURENÇO E . (66)

RIO -

ESTADO MATO GROSSO

MUNICÍPIO CUIABÁ

RESPONSÁVEL INMET

OPERADORA INMET

LATITUDE -15:37:18

LONGITUDE -56:6:30

ALTITUDE (M) 145

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

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35

Tabela 6 - Série História 1911 a 2013 da Pluviometria da Região (mm)

Data MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA

JAN 217 515,4 42,4

FEV 209 506,9 35

MAR 211 433,2 0

ABR 118 276,8 18

MAI 45 159,7 0

JUN 13 75 0

JUL 11 142,1 0

AGO 17 153,2 0

SET 49 173 0,8

OUT 121 306,1 0

NOV 164 336,6 37,1

DEZ 200 427,3 34,4

TOTAL ANUAL

HISTÓRICO

1373 1850,2 966,5

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

O Gráfico abaixo expressa os totais anuais de pluviometria no período de

1911-2013, traçando uma linha média em função dos valores observados. O valor

médio é de 1373 mm/ano.

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36

O Gráfico a seguir representa as médias anuais para cada mês do ano no

período de 1911-2013.

Figura 11 - Totais Anuais de Pluviometria/1911-2013

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37

P = 1.373 mm (Pluviosidade Anual Máxima em Cuiabá)

Figura 12- Médias Anuais para Cada Mês do Ano

Nos meses de outubro e novembro, as máximas atingem, muitas vezes

valores de 40ºC com umidade relativa de 18%, nas horas mais quentes do dia. O

ritmo sazonal de precipitação, é marcado por uma estação seca bem definida no

período de inverno. Entretanto, na estação chuvosa ocorrem violentas tempestades

entremeadas por períodos de transição sob o calor do sol intenso; nesse período

são comuns as inundações ao longo do Rio Cuiabá e dos inúmeros córregos que

cortam a cidade, além das áreas centrais. Devido à modesta altitude da zona urbana

e o fato de ser circundada por chapadões, a ventilação é bastante prejudicada,

ficando na maioria das vezes, abaixo de 1m/seg.

6.3.4 RECURSOS HÍDRICOS

A região onde o aterro sanitário se localiza é rica em recursos hídricos, assim

como toda a baixada cuiabana. O aterro localiza-se no divisor de águas, das bacias

do Riberão do Lipa, com o córrego Doutor pertencente à sub-bacia do Coxipó e

ambas pertencentes à Bacia do Rio Cuiabá.

PLUVIOSIDADE MENSAL (mm/mês) - SÉRIE HISTÓRICA 1911 A 2013

MÉDIA

MÁXIMA

MÍNIMA

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38

O Ribeirão do Lipa é um curso d’água caracterizado por ser de regime

intermitente e afluente da margem esquerda do rio Cuiabá. A área da bacia de

contribuição é de 6.944 ha, assim ocupada: 34% da área total encontram-se

urbanizada, 48% correspondem à área de campo e 17% à preservada

(LATORRACA, 2007).

Este corpo hídrico é classificado de acordo com a resolução CONAMA

357/2004como rio de classe II. A Figura 13 ilustra as sub-bacias das regiões

urbanas e periurbana de Cuiabá.

Figura 13 - Sub-bacias das Regiões Urbanas e Periurbana de Cuiabá.

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39

Para melhor avaliar a qualidade das águas superficiais e inferir os impactos

ocasionados pelo aterro sanitário sob os mananciais da região realizou-se coleta e

análises de água em dois pontos, sendo estes distribuídos conforme tabela abaixo.

Tabela 7 - Pontos de Coleta e Análises de Águas superficiais

PONTO COORD.X COORD.Y REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

RIB. LIPA

MONTANTE

604835,000 8286660,000

RIB. LIPA JUSANTE 603242,000 8285692,000

As distribuições dos pontos de coleta estão representados no mapa de

monitoramento em anexo a este documento.

6.3.5 ATUAIS INSTALAÇÕES DO ATERRO SANITÁRIO

O aterro sanitário foi projetado para receber o rejeito proveniente das

atividades da usina de triagem e compostagem de lixo domiciliar urbano da cidade

de Cuiabá, após serem prensados e enfardados. Porém, atualmente os resíduos são

depositados no aterro sanitário.

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40

Este sistema não funcionou e logo foram sendo executadas alterações para

atendimento às normativas técnicas de um aterro sanitário convencional.

Em Cuiabá atualmente são coletadas diariamente cerca de 600 toneladas de

lixo domiciliar e comercial, estima-se que a cobertura de coleta regular atenda

aproximadamente 94% da quantidade real de lixo produzido.

Atualmente o aterro sanitário não recebe mais Resíduos de Serviço de Saúde

(sem tratamento prévio), estes são aceitos somente após processo de esterilização

e descaracterização, tornando-se assim resíduos Classe II. A comprovação é

realizada através do fornecimento por parte das empresas responsáveis por este

processo de tratamento do Certificado de Aprovação de Destinação de Resíduos de

Interesse (CADRI).

6.3.5.1 SISTEMAS DE SEGURANÇA IMPLANTADOS NO ATERRO

Neste sub-item serão abordados os sistemas de segurança existentes no

aterro sanitário de Cuiabá.

6.3.5.2 SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL E DE LÍQUIDO

PERCOLADO

Durante o estudo identificou-se deficiência no atual sistema de drenagem de

águas pluviais e proteção dos taludes na região sudoeste do aterro sanitário.

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41

Figura 14 - Início de processo erosivo nos taludes do ASM

21 L 604156 8285667

17/06/2014 09:34:03

Figura 15 - Processo erosivo avançado (fuga de chorume)

21 L 604141 8285671

17/06/2014 09:33:20

A manutenção e a vegetação dos taludes deverá ser atividade constante a ser

realizado pela equipe operacional do aterro sanitário. O plantio de gramíneas reduz

a velocidade do escoamento superficial e do lixiviamento e carreamento do material

de cobertura que protege o maciço de resíduos.

Também foram identificadas falhas no atual sistema de drenagem de

chorume, no entanto este problema será sanado quando da construção e operação

das novas células, uma vez que todo o aterro estará interligado e o sistema de

drenagem de percolado será apenas um.

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42

Após a remoção do STE existente deverá ser executada drenagem de águas

pluviais de modo que o volume que escoar superficialmente seja encaminhado para

a caixa de passagem última do sistema de tratamento, ou seja, em hipótese alguma

deverão ser realizadas ligações de drenagem na entrada ou meio do Sistema de

Tratamento de Efluentes.

6.3.5.3 SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES

A drenagem dos gases gerados também é realizada, ainda que de maneira

precária, evitando que os gases produzidos na decomposição anaeróbia da matéria

orgânica, principalmente o metano, não se acumulem nas Células do material

confinado. No aterro de Cuiabá o CH4 é queimado e reduzido a CO2 que é um gás

menos poluente.

6.3.5.4 SISTEMA ATUAL DE TRATAMENTO DE CHORUME

O sistema de tratamento de percolados gerados na central de destinação final

de resíduos sólidos é composto por lagoas de estabilização. Tal sistema de

tratamento é constituído por um tanque de equalização, uma lagoa anaeróbia e duas

lagoas facultativas.

A disponibilidade de áreas de baixo custo por ha, aplicabilidade e eficiência

do sistema, quanto aos termos de remoção de DBO, DQO e microorganismos

patogênicos, foram fatores levados em consideração na escolha do tipo de sistema

implantado para o tratamento dos efluentes.

As dimensões, das unidades que compõem o sistema de tratamento de

efluente desta central possuem as dimensões citadas na Tabela 8.

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43

Tabela 8 - Dimensões do Sistema de Tratamento de Efluentes

Componente Volume

m3

Área

m2

Profundidade

m

Comprimento

m

Largura

m

Tanque de equalização 38 35 2 7 5

Lagoa anaeróbia 351 288 3 24 12

Lagoa facultativa I 13.365,00 5.046 3 174 29

Lagoa facultativa II 2.678,63 1.600 3 80 20

Total 16.432,63 6.969

Fonte: PRODECAP (1994)

As lagoas de estabilização apresentam formato retangular, com inclinação de

talude 1:2 (V:H). No entanto estão em péssimo estado de operação, e com a

ineficácia da drenagem de percolado as contribuições para o sistema estão

seriamente comprometidas.

A Figura 16, está representado o sistema de tratamento de efluentes aplicado

na central de destinação de resíduos sólidos urbanos de Cuiabá.

Fonte: Latorraca (2007)

Figura 16 - Fluxograma do Sistema de Tratamento de Efluente

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E após o tratamento os efluentes são lançados em direção ao ribeirão do lipa,

percorrendo um grande trecho em contato direto com o solo, como podemos ver na

Figura 17.

Figura 17 - Lançamento do Efluente próximo ao aterro, passagem do efluente sob a via de acesso, união do

efluente com o Ribeirão do Lipa.

A Tabela 9 indica os pontos onde foram realizadas as coletas.

Tabela 9 - Pontos de Entrada do Sistema de Tratamento de Esgoto e Efluente Final

PONTO COORD. X COORD. Y REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

ENTRADA STE 604406,690 8285897,563

EFLUENTE FINAL 604402,880 8285970,112

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As análises laboratoriais de qualidade dos efluentes encontram-se anexo a

este estudo.

6.3.6 GEOFÍSICA

Foram realizadas dez SEVs, cujas coordenadas estão na Tabela 10 e a

distribuição na Figura 18. As SEVs foram distribuídas de modo a permitir o melhor

conhecimento da espessura da cobertura pedológica, a profundidade ao topo da

zona de alteração de rochas e a profundidade do nível piezométrico na área.

Os resultados das SEVs estão apresentados nas Figuras 18 a 27 e nas

Tabelas 11 e 12. A partir das SEVs foi elaborado o mapa 2D da espessura da

cobertura pedológica (Figura 19).

Tabela 10 - Coordenadas das Sondagens Elétricas Verticais - SEV Realizadas

SEV e Poço Coordenadas UTM – SAD 69

X Y

SEV1 604824 8286286

SEV2 604636 8286349

SEV3 604155 8286138

S3V4 603973 8285827

SEV5 604205 8285695

SEV6 604400 8285825

SEV7 604314 8285917

SEV8 604358 8285953

SEV9 604294 8286004

SEV10 604164 8285916

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Figura 18 - Localização das SEVs no Aterro Sanitário

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As Tabelas 11 e 12 e a Figura 29 mostram que a espessura do solo varia de

0,5m a 1,31m, sendo que os maiores valores ocorrem na parte nordeste da área

Figura 19. A presença de laterita na camada de solo foi evidenciada pela variação

da resistividade no perfil geoelétrico de cada SEV nas camadas correspondentes

(Figuras 18 a 21 e 24 a 27). A profundidade ao topo da zona de alteração do filito

(saprólito) varia de 0,5m a 1,3m, ocorrendo as maiores profundidades no nordeste

da área.

As SEVs 7 a 10 (Figuras 24 a 27) localizadas a jusante das lagoas de

tratamento do efluente do lixiviado não evidenciaram a pluma de contaminação do

lixiviado nas rochas nessa parte do aterro. Estes resultados são condizentes com a

baixa permeabilidade do solo argilo siltoso dessa parte do aterro. As SEVs 1 a 4

(Figuras 18 a 21) foram localizadas na estrada que contorna o sul do aterro. Os

valores de resistividade apresentados por estas SEVs são típicos do solo e das

rochas da área, não indicando, portanto, a infiltração do lixiviado no solo e na rocha.

Estes resultados estão condizentes com as observações realizadas nas escavações

para a implantação de novas células em partes dessa área do aterro.

As SEVs 5 e 6 (Figuras 22 e 23) localizadas na parte mais alta do aterro

(Figuras 19 e 20) mostram que a espessura do resíduo sólido varia de 19,90m a 32

m e que a espessura da pluma de contaminação no solo e na rocha já atingiu uma

profundidade em torno de 5m. Estas espessuras correspondem à conformação da

curva de resistividade destas SEVs, cujos destacados baixos valores de

resistividade são típicos de resíduos sólidos umedecidos com lixiviado.

Tabela 11 - Espessura e Profundidade das unidades geológicas estimadas pelas SEVs

Geologia

SEV1 SEV2 SEV3 SEV4 SEV5

h(m) d(m) h(m) d(m) h(m) d(m) h(m) d(m) h(m) d(m)

Solo 1,31 0 0,982 0 0,5 0 0,55 0 ---- ----

Saprólito e rocha > 33 1,31 > 33 0,982 > 33 0,5 > 33 0,55 >23 20

Resíduo sólido ----- ----- ----- ------ ----- ----- ---- ---- 19,9 0

h = espessura, d = profundidade.

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Tabela 12 - Espessura e Profundidade das Unidades Geológicas Estimadas pelas SEVs

SEV6 SEV7 SEV8 SEV9 SEV10

h(m) d(m) h(m) d(m) H(m) d(m) h(m) d(m) h(m) d(m)

Solo ---- ---- 0,5 0 0,5 0 0,87 0 0,5 0

Saprólito e

rocha

> 10 32 > 34 0,5 > 34 0,5 > 34 0,87 > 34 0,5

Resíduo

sólido

32 0 ---- ---- --- --- --- --- --- ---

h = espessura, d = profundidade

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Figura 19 - Mapa de Espessura de Solo da Área do Aterro Sanitário, Produzido pelas SEVs.

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Figura 20 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV1.

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Figura 21 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV2.

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Figura 22 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV3.

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Figura 23 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV4.

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Figura 24 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV5.

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Figura 25 - Perfil Geoelétrico (A) e Material geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical –

SEV6.

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Figura 26 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV7

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Figura 27 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV8.

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Figura 28 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV9.

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Figura 29 - Perfil Geoelétrico (A) e Material Geológico Versos AB/2 (B) da Sondagem Elétrica Vertical – SEV10.

6.4 AVALIAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DA ÁREA

As SEVs 1 a 4 e 7 a 10 (Figuras 18 a 21 e 24 a 77 e Tabela 14) e o

poço de monitoramento, localizadas fora da área de ocorrência de veios de quartzo,

mostram que a profundidade da água no solo e na zona de alteração do filito

(saprólito) varia 0,7m a 5m, tendo as maiores profundidades de noroeste para sul

(Figura 30). A sua espessura saturada está limitada à espessura da zona de

alteração do filito (saprólito). Portanto, o seu volume de água varia no ano

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hidrológico, tendo maior volume e a sua menor profundidade no período

pluviométrico máximo.

Essas mesmas SEVs e poço tubular da administração do aterro indicam

também que nessa área, a maior ocorrência de água subterrânea está nas

profundidades de 15 a 30 m, com as maiores profundidades ocorrendo de nordeste

até sudoeste (Tabela 14 e Figura 31). Estas águas estão confinadas, tanto pelos

solos quanto pelo filito, portanto a sua vulnerabilidade naturalmente pode ser

considerada desprezível (Cutrim & Campos, 2010a,b). A direção do fluxo dessas

águas é de nordeste e do centro para noroeste e sul (Figura 32).

Tabela 13 - Nível d’água na zona não saturada, determinado pelas SEVs e pelo poço de monitoramento do

aterro.

SEV e Poço Coordenadas UTM - SAD 69

Nível piezométrico(m)-ZNS Elevação – NP (m) X Y

SEV1 604824 8286286 1,3 258,2

SEV2 604636 8286349 0,7 262,8

SEV3 604155 8286138 4,5 243

S3V4 603973 8285827 1,2 252,3

SEV5 604205 8285695 ------- -------

SEV6 604400 8285825 ------- ------

SEV7 604314 8285917 3,8 264,7

SEV8 604358 8285953 3 261

SEV9 604294 8286004 2,2 268,3

SEV10 604164 8285916 2,3 262,2

PM 604307 8285920 5 251

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Figura 30 - Mapa de nível d’água na zona não saturada na área do aterro gerado pelas SEVs e pelo poço de

monitoramento do aterro.

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Tabela 14 - Nível piezométrico do aquífero da área, determinado através das SEVs e do poço tubular do aterro.

SEV e Poço Coordenadas UTM - SAD 69

Nível piezométrico(m)-NP Elevação – NP (m) X Y

SEV1 604824 8286286 15 244,5

SEV2 604636 8286349 25 238,5

SEV3 604155 8286138 15 232,5

S3V4 603973 8285827 15 238,5

SEV5 604205 8285695 ---- 265,5

SEV6 604400 8285825 ---- 262,0

SEV7 604314 8285917 25 243,5

SEV8 604358 8285953 20 244,0

SEV9 604294 8286004 30 240,5

SEV10 604164 8285916 25 239,5

PT 604307 8285666 25 231,0

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Figura 31 - Mapa piezométrico do aquífero na área do aterro, gerado pelas

SEVs e pelo poço da administração do aterro.

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Figura 32 - Mapa potenciométrico do aquífero na área do aterro, gerado pelas SEVs e pelo poço da administração do aterro.

Na área pesquisada a espessura do solo e a profundidade do saprólito varia

de 0,5m a 1,31m, com os maiores valores situados na parte nordeste da área.

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No aterro a água subterrânea ocorre no saprólito, tendo alta vulnerabilidade à

contaminação e grande influência da pluviometria e nas profundidades de 15 a 30m

com vulnerabilidade desprezível e baixa influência pluviométrica.

Na parte mais antiga e elevada do aterro a espessura máxima do resíduo

sólido foi estimada em 32m e a infiltração do lixiviado na rocha em torno de 10m.

Na restante da área onde foram realizadas as SEVs não foi evidenciada a

infiltração do lixiviado, o que está coerente com a constatação nas cavas

construídas recentemente para a implantação de novas células. Nessa parte do

aterro o que é comum é a dispersão do lixiviado na superfície do terreno.

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66

6.5 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Os estudos de geofísica determinaram a inexistência de uma pluma de

contaminação, uma vez que as alterações encontradas estão na zona não saturada

e acima da camada rochosa que separa o aquífero freático desta zona.

No entanto com o objetivo de monitorar e acompanhar a qualidade da água

subterrânea (zona não saturada e aquífero freático) na área de influência do aterro

sanitário foram executados mais quatro poços de monitoramento, além dos dois

ativos que o aterro já possuía. Além destes poços de monitoramento serão

realizadas coletas em nível estático de amostras de água subterrânea do poço

tubular do próprio aterro sanitário.

Os pontos amostrados estão identificados e localizado na Tabela 15.

Tabela 15 - Pontos a serem Monitorados

Ponto Coord.

X

Coord.

Y

NA

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

PM1 604666 8285585 Seco

PM2 604533 8285854 14m

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67

PM3 604290 8285899 6m

PM4 604006 8285883 Seco

PM5 604192 8286180 4m

PM6 604735 8286341 4m

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PT_ASM 604030 8285666 25m1

Os laudos de análise de águas subterrâneas encontram-se nos anexos deste

documento.

6.6 ESTABILIDADE GEOTÉCNICA

Este item será divido em três fases, sendo estas assim classificadas:

FASE I – Leitura de Marcos já instalados no aterro sanitário para

monitoramento de deslocamento dos taludes acometidos por

queimadas, este item se faz necessário para a continuação do

atendimento do item “h” do Autos da Ação de Execução de Obrigação

de Fazer e de Não Fazer n. 207-18.2010.811.0082 (10375), cujo o

Exequente é o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e o

Executado é a Prefeitura Municipal de Cuiabá, assim formalizado o

Termo de Ajustamento de Conduta presente nos autos de Inquérito

Civil n. 000679-002/2008).

FASE II – Avaliação de viabilidade geotécnica de estabilidade de

maciço após a retirada do atual sistema de tratamento de lixiviado e

utilização desta mesma área para construção de células de disposição

de RSU.

FASE III – Metodologia de retirada do material líquido e sólido e o

método de disposição final a se aplicar para estes resíduos.

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6.6.1 FASE I

Como já citado executou-se apenas a leitura de Marcos já instalados no

aterro sanitário para monitoramento de deslocamento dos taludes acometidos por

queimadas, este item se faz necessário para a continuação do atendimento do item

“h”, para realização deste utilizaram-se os seguintes materiais:

A= Marcos de concreto com placa de identificação.

B= GPS - L1/ L2, transporte de coordenadas, determinando sua fixação na

base de apoio, – segue anexo relatório Pós – Processado.

C= GPS - L1, rastreamento dos vértices do Marco, para determinar

suas coordenadas, obedecendo ao tempo.

No desenvolvimento deste trabalho de Georreferenciamento dos marcos de

monitoramento do maciço no dia 05/03/2013 (Parcial 01), 01/06/2014 (Parcial 02) ,

foram adotados alguns métodos, como segue:

Reconhecimento dos pontos de implantação dos marcos respeitando uma

equidistância entre cada marco de 50m sendo estes intervisiveis.

Planejamento das operações contemplando os seguintes aspectos:

Implantação de 01 (uma) base de apoio para rastreamento dos marcos.

Escolha do local apropriado distante de superfícies refletoras, de modo

a evitar o Multicaminhamento;

Verificação da abertura máxima do horizonte livre de obstrução ao

sinal;

Analise de Geometria da Constelação (PDOP'S);

Analise de Visibilidade (Azimutal e Vertical);

Transportes das coordenadas e implantação das bases de apoio

(GPS);

Levantamento dos marcos com GPS;

Ajustamento, processamento, combinação e análise dos dados e

dos parâmetros estatísticos das coordenadas.

As técnicas de Levantamento foram efetuadas através do posicionamento

pelo método GPS (Global Positioning System), cuja medição satélite/receptor, foram

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baseadas nas medidas das ondas portadoras - medição da fase, através do

posicionamento Relativo com método de medição Rápido Estático com stop&go

(Posicionamento Relativo Rápido Estático stop&go - Fase da

Portadora). Utilizando:

GPS - L1/L2 – Modelo Promark500 – “Magellan”,

Receptores até 75 canais L1, L2 , P-code, CA

Precisão Horizontal Estática de 5mm + 0,5ppm (pós-processado)

Interface: RS232, RS442, Bluetooth e USB;

Rastreia sistema GPS e SBAS.

Software GNSS Solution L1 e L2 com licença para processar dados, ajustar

redes, configurar sistemas, exportar relatórios, importar e exportar formato RINEX e

exportar dados em vários formatos, este equipamento possui as seguintes

características:

Coletora com sistema operacional Windows CE 5.0;

Display colorido, com touch screen e resolução de 240 x 320 pixels;

Coletora com duplo processador de alta velocidade;

Coletora com memória aproxcimada NAND de 128Mb e SD-RAM

de 128Mb;

Coletora com memória removível de até 4 Gb (SD-CARD não

incluído);

Inserção de imagens de fundo tipo RASTER e VETORIAL

(coletora);

Software de coleta FAST Survey;

Este usado para transporte de coordenada no marco base de apoio fora do

maciço do aterro. Adotou-se o procedimento de Arcos Curtos, com 02 receptores

operando simultaneamente, Sendo que para base, BASE “I” 01 estações ativas

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RBMC estaçãoes ativas RBMC de CUIABA – MT, MC- 57º WGr), de

coordenadas E= 599.791,608 m e N= 8.280.082,107m com implantação de

portanto de 01 (um) marco base de apoio externo ao maciço do aterro.

GPS – L1 – Modelo Promark 3 -Magellan

Receptor com 14 Canais Independentes Rastreando a Portadora

L1, código C/A e Carrier;

Sistema BLADE que oferece maior velocidade e cobertura na

recepção de satélites aproveitando- as duas constelações GPS +

SBAS;

Sistema Pós-processado e em Tempo Real (L1 RTK);

Menor custo e peso (Sistema < 1,2Kg) do mercado para sistema

RTK;

Maior confiabilidade, versatilidade e precisão (Sistema RTK L1);

Precisão horizontal RTK 10mm +1ppm (Solução fixa);

Cartão de 128Mb expansível até 1Gb (SD-CARD) e memória

interna de mais 128Mb;

Kit Radio de mesma fabricante, Magellan: 4 Km

Kit FAST SURVEY (unidade rover) para implantação (locação 3D)

incluso;

Este ocupou o marco da base de apoio, a partir daí rastreou os

respectivos pares de marcos ao cravados estrategicamente no maciço do

aterro de modo a possibilitar a reocupação do mesmo num período recorrente

de 01 (um) ano. A base de apoio / referência foi implantada em lugar seguro e

com proteção permanente. Desta maneira, as coordenadas transportadas para

a o marco Base de Apoio: BASE "I” passou a ter coordenadas conhecidas e

devidamente ajustadas, dando origem ao rastreamento dos demais vértices

limítrofes do imóvel. Cada vértice foi ocupado e rastreado por um período 30 a

40 (quarenta) minutos em média, com valores para taxa de coleta e máscara

de elevação idêntica aos da estação base.

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Os dados coletados em campo foram descarregados e processados

obtendo pontos fixos.

Como referencial Planimétrico (datum horizontal), o Sistema Geodésico

Sul- americano – SIRGAS 2000 (South American Datum, 1969).

-Superfície de referencia o Elipsóide Internacional de 1967 (UGGI – 67)

Como referencial altimétrico, as altitudes fundamentais (datum vertical)

são referenciadas ao zero do marégrafo de Imbituba - SC.

Adotou-se o Sistema de Coordenadas Plano Retangulares, cujas

coordenadas foram calculadas segundo o sistema de projeção UTM (Universal

Transverso de Mercator).

Obs: Estações da RBMC de referências adotadas para o transporte de

coordenadas para a base transportada foram:

BASE – CUIABÁ - RBMC DE CUIABÁ - MT/ CODIGO INTERNACIONAL

92.583

OBS.: As respectivas monografias das estações de referências

encontram-se anexas.

A etapa inicial consistiu no reconhecimento das características do aterro,

possibilitando assim a implantação in loco dos marcos entre si, dando ao

planejamento a escolha da técnica mais adequada para executar o

levantamento.

Durante o levantamento verificou-se no local de cada ponto rastreado

(vértices) a necessidade de limpeza dos obstáculos que pudessem corromper

os dados e reduzirem a qualidade dos resultados durante o processo de

rastreamento, daí também da implantação de uma (1) marco / base, com

dimensões de conformidade com a normativa da ABNT.

Estes foram colocados com melhor critério possível, de forma que

houvesse uma coleta de dados rastreados, entre base e Rover, da melhor

forma possível.

Os dados do GPS L1/L2 foram descarregados e processados no

software GNSS SOLUTIOS.

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Sendo os dados GPS L1 foram descarregados e processados no

software GNSS SOLUTIOS também.

Respectivamente gerando, portanto, uma linha base para cada estação

RBMC – segue anexo adotadas como referência. As estações da RBMC são

compostas por receptores GPS de dupla freqüência (Trimble 4000 SSI), que

coletam informações a uma taxa de amostragem de 15 segundos e máscara de

elevação de 15°.

Os arquivos RINEX (Receiver Independent Exchang) referentes a estas

estações estão disponíveis em www.ibge.gov.br, foram introduzidos no

processamento.

Estas estações foram consideradas fixas no processamento, ou seja,

com coordenadas conhecidas.

Através do processamento no modo relativo estático, foram calculados

os elementos das linhas de base.

Em seguida, foi realizado o ajustamento da rede, utilizando as soluções

obtidas no processamento. Após a obtenção das coordenadas da base

(transporte), foi possível realizar o processamento para a obtenção das

coordenadas de cada um dos demais vértices ou pontos da propriedade. Estas

coordenadas foram geradas em WGS-84 (World Geodetic Sysyem), havendo

assim, a necessidade de convertê-las para o Sistema de Projeção UTM

(Universal Transversa de Mercator), referenciadas ao datum SAD-69.

Os resultados do processamento das linhas de base e ajustamento da

rede são apresentados nos relatórios emitidos pelo software do GPS e anexos

a este relatório.

A

Tabela 17 e

Tabela 18 indicam as coordenadas de cada marco, sua leitura parcial e

o deslocamento total.

RESULTADOS

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Tabela 16 - Coordenadas dos marcos 01 e 02, leitura parcial e deslocamento total.

PONTOS MARCO 1 MARCO 2

COORD X COORD Y ALTITUDE COORD X COORD Y ALTITUDE

PARCIAL 01 604502.551 8286123.431 253.963 604455.314 8286081.394 253.430

PARCIAL 02 604502.561 8286123.417 253.974 604455.340 8286081.405 253.451

DESLOCAMENTO DOS

EIXOS X,Y E Z

PARCAIL 01/02

-0.010 -0.014 -0.013 -0.026 -0.011 -0.021

Tabela 17 - Coordenadas dos marcos 03 e 04, leitura parcial e deslocamento total.

PONTOS MARCO 3 MARCO 4

COORD X COORD Y ALTITUDE COORD X COORD Y ALTITUDE

PARCIAL 01 604602.605 8286171.434 253.645 604534.739 8286065.891 270.450

PARCIAL 02 604602.625 8286171.400 254.659 604534.765 8286065.902 270.538

DESLOCAMENTO DOS

EIXOS X, Y E Z

PARCAIL 01/02

-0.020 +0.034 -0.014 -0.026 -0.011 -0.088

Tabela 18 - Coordenadas do marco 05, leitura parcial e deslocamento total.

PONTOS MARCO 5

COORD X COORD Y ALTITUDE

PARCIAL 01 604608.026 8286115.201 270.029

PARCIAL 02 604608.043 828611.187 270.042

DESLOCAMENTO DOS

EIXOS X, Y E Z

PARCAIL 01/02

-0.017 +0.014 -0.013

6.6.1.1 EQUAÇÕES DESLOCAMENTO HORIZONTAL

Parcial 01/02 Ponto MARCO 1

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√ 0.010² +0.014²= 0.017m

Ponto MARCO 2

√ 0.026² + 0.011²= 0.028m

Ponto MARCO 3

√ 0.020² + 0.034²= 0.039m

Ponto MARCO 4

√ 0.026² + 0.011²= 0.028m

Ponto MARCO 5

√ 0.017² + 0.014²= 0.022m

6.6.1.2 EQUAÇÕES DESLOCAMENTO VERTICAL

Ponto MARCO 1

254.645 - 254.659=-0.014

Ponto MARCO 2

253.430 - 253.451=-0.021

Ponto MARCO 3

254.645 - 254.659=-0.014

Ponto MARCO 4

270.450 - 270.538 =-0.088

Ponto MARCO 5

270.029 - 270.042=-0.013

Os deslocamentos Constatados estão indicados abaixo:

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Ponto MARCO 1

Deslocamento Horizontal = 0.017m

Deslocamento Vertical = -0.014m

Ponto MARCO 2

Deslocamento Horizontal = 0.028m

Deslocamento Vertical = -0.021m

Ponto MARCO 3

Deslocamento Horizontal = 0.039m

Deslocamento Vertical = -0.014m

Ponto MARCO 4

Deslocamento Horizontal = 0.028m

Deslocamento Vertical =-0.088m

Ponto MARCO 5

Deslocamento Horizontal = 0.022m

Deslocamento Vertical =-0.013m

6.6.2 FASE II

Nesta etapa avaliaremos a capacidade suporte do solo para receber um

empreendimento deste porte sob o ponto de vista geotécnico, de qualidade de

materiais de cobertura disponíveis para a utilização no aterro sanitário, mais

especificamente na utilização da área em que atualmente encontra-se em

funcionamento o atual sistema de tratamento de lixiviados.

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No Aterro Sanitário é possível identificar os litotipos das subunidades 5 e

6 da classificação de Luz (et AL 1999). Por estar situado na zona de charneira

da Antiformal de Bento Gomes,observamos que nas zonas próximas ao centro

da antiformal consiste de metarenitos quartzosos, que apresentam granulação

média a grossa, sempre com intercalações subordinadas de

metaconglomerados oligomíticos, também quartzosos e de filitos sericiticos,

caracterizados pela de coloração cinza esverdeada. Os filitos sericiticos são

predominantes nas zonas mais altas e apresentam variação pouco

conglomerática nas zonas de transição para os metadiamictitos, ocorrendo de

maneira gradativa.

Há também a ocorrência de metadiamictitos xistosos, de matriz variando

de granulação argila a argilo-siltoso e clastos esparsos na matriz. Ainda é

possível observar a ocorrência de veios de quartzo.

No que tange aos aspectos estruturais, pode-se afirmar a presença de

foliação do tipo xistosidade em ambos os litotipos, além de clivagem ardosiana.

Um intenso diaclasamento dos litotipos é muitas vezes preenchido por veios de

quartzo, onde se destaca um sistema de juntas conjugadas e paralelas.

Adicionalmente, nota-se que os veios de quartzo de cor marrom a cinza

escuro, são preenchidos geralmente por material ferruginoso e ocorrem em

grande volume nos metarenitos, exibem um aspecto intensamente diaclasado.

As juntas em todos os litotipos variam de fechadas a pouco abertas, com traços

retos, interconectadas e com espaçamento variável.

No que tange aos aspectos fisiográficos a área em questão está inserida

na Baixada Cuiabana (Almeida, 1964), também denominada Depressão

Cuiabana (Ross & Santos, 1982 in RADAMBRASIL, 1982), compreendendo

uma Morfoestrutura Metassedimentar do Grupo Cuiabá constituída por uma

superfície arrasada gerada a partir do rebaixamento do nível de base regional.

Constitui por relevo de colinas baixas, com topos tabulares decorrente de

processos de dissecação, com diferentes intensidades de aprofundamento de

drenagem e comprimento de interflúvios entre 750 e 1.750 metros, desenvolve

ambientes de agradação por acumulações fluviais em fundos de vales,

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podendo ocorrer ainda, planícies de inundação, diques marginais, terraços

aluviais, dentre outros.

Na Depressão Cuiabana, segundo Oliveira et. al (1982) desenvolveram-

se poucas unidades pedológicas, como Solos Concrecionários que se

originaram nos relevos de forma tabulares, enquanto nas formas aguçadas,

Solos Litólicos, Cambissolos associados a Solos Litólicos e Solos

Concrecionários.

O autor aponta a presença expressiva, em Cuiabá, de solos

Concrecionários Álicos e Distróficos, relacionadas às rochas do Grupo Cuiabá.

Com objetivo de se determinar as qualidades de compactação dos

materiais de empréstimos que irão atender o empreendimento nas obras de

terraplanem e operação diária do aterro sanitário.

Para esta determinação realizaram-se os ensaios de Índice de Suporte

Califórnia e ensaios de Permeabilidade.

Figura 33 – Apresentação da área onde se realizará a obra de terraplenagem.

Houve realização de caracterização do Índice de Suporte Califórnia de

três amostragens, sendo assim nomeadas:

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Amostra 01 = Rocha Filito Sericítico - (Localizado pela

coordenada 15°29'59.35"S / 56° 1'18.49"O)

Amostra 02 = Mesclagem de Rocha Filito Sericítico e Metarenito

Amostra 03 = Rocha Metarenito (Localizado pela coordenada

15°30'0.32"S / 56° 1'19.70"O)

Os ensaios de solo das 3 amostras evidenciam que os exemplares 1 e 3,

são material fino, siltoso, pouco plástico, pela passagem considerada de

material pela peneira 200, misturado com areia pela retenção de cerca de 40%

na peneira 200 em ambos exemplares. Sendo assim classificados como solos

do grupo A-4, que são solos formados por siltes e baixa proporção de argila,

sendo pouco-plástico ou moderadamente plástico.

A amostra dois por sua vez apresenta material essencialmente grosseiro

com menos de 1% passando pela peneira 200, com índice 21, considerado

solo do grupo A-2-4, corresponde a material com forma granulares e com

porção de silte, da classificação HBR. Entretanto os dois primeiros exemplares

são os que exibem menor energia de compactação em detrimento ao 3°

exemplar.

A avaliação da capacidade de suporte do material utilizado para

terraplanagem, foi baseado no índice de suporte Califórnia, que é um CBR

corrigido em função do Índice de Grupo (IG), conforme expressão a seguir:

e sugere que, uma das características necessárias para o material de

terraplanagem seja de índice de suporte Califórnia ≥ 2%. Característica

atendida pelas amostras 1 e 3, cujo os índices IS variam de 11,68 a 16,06, para

os corpos de prova analisados, em virtude de apresentarem índices de grupo

de solos de boa qualidade, com energia de compactação normal para a

primeira amostra e intermediaria para a amostra 3. No que diz respeito à

expansão, sugere-se que esta não supere os mesmos 2% do índice, conforme

ocorrido nas 3 amostras analisadas, ficando estas abaixo de 0,5%.

2

IGCBR ISISIS

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80

Dessa forma conclui-se que dos solos analisados pelo ISC, as

amostras 1 e 3 apresentam melhor qualidade para ser utilizado como base

desta terraplanagem com menores chances de sofrer deformações e

recalques, em relação a amostra 2, devendo ser assim preterido em relação

aos supra citados, no qual possui capacidade para suporte da camada de 40

metros de aterro que deverá realizada.

6.6.3 FASE III

Nesta etapa serão apresentados os volumes de material líquido e sólido

do atual sistema de tratamento de lixiviados, assim norteando as medidas que

deverão ser adotadas para a desativação deste sistema, bem como a

determinação do nível de complexidade, equipamentos, equipe operacional

entre outros aspectos necessários à limpeza e desativação.

O termo dragagem é, por definição, a escavação / remoção de

sedimentos de fundo de rios, lagos, e outros corpos d’água através de

equipamentos denominados de dragas, as quais são, geralmente,

embarcações ou plataformas flutuantes equipadas com mecanismos

necessários para se efetuar a remoção de sedimentos (TORRES, 2000 apud

Compton’s Encyclopedia, 1998).

A operação de dragagem em lagos sanitários, é conhecida como

Dragagem Ambiental, para operação deste tipo de dragagem utiliza-se dragas

hidráulicas móveis do tipo sucção (Figura 34)

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Figura 34 - Draga móvel (lagoa de estabilização)

O processo de dragagem hidráulica de sucção envolve a remoção e

transporte do material através do lodo. Esse processo não requer o

escoamento da lagoa, pois o equipamento de dragagem flutua na superfície da

água e suga o sedimento e o lodo do lago, utilizando bombas centrífugas,

transportando esse material para outro local. A operação envolve os seguintes

equipamentos:

1 barco (balsa) (Tamanho de 4m x 2,5m):

1 unidade de dragagem composto por bombas e tubulação de

transporte.

Pelo tamanho dos Lagos onde se realizará a operação de dragagem

indica-se a utilização de dragas com tubulação de 4 a 6 polegadas, pelo

tamanho do equipamento facilitando sua operação, sendo que a capacidade de

produção desses equipamentos variam entre 150 à 420 m3/h, com sucção de

até 50% de sólidos.

Após a retirada do material líquido e secagem inicial do lodo decantado

na lagoa, este material será encaminhado para um leito de secagem. Essas

unidades constituem-se de estruturas retangulares de alvenaria preenchidas

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em seu interior com materiais que permitem a drenagem da água presente no

lodo.

A perda de água ao longo da secagem do lodo também ocorre por meio

da evaporação natural Entre as principais vantagens associadas à utilização

desta tecnologia, destacam-se:

baixo valor de investimento, simplicidade operacional, baixo

consumo de energia e de produtos químicos. Apesar das

vantagens indicadas, os leitos de secagem apresentam limitações

inerentes à utilização de fenômenos naturais para remoção da

umidade, a exemplo da área requerida para implantação do

sistema e a influência climática no desempenho operacional.

De maneira geral, o desaguamento por meio de leitos de secagem pode

ser considerado atrativo para Cuiabá, especialmente pelas condições

climáticas favoráveis aqui encontradas. O sistema é composto por uma série

de quatro lagoas e para melhor avaliar as condições hidráulicas deste sistema

realizou-se uma batimetria no dia 30/08/14, os resultados encontrados estão

expressos na Tabela 19.

Tabela 19 - Resultados da batimetria (STE aterro)

Parâmetros Tanq. Equalização

Lagoa Anaeróbia

Lagoa Facultativa

I

Lagoa Facultativa

II

H total 2,00 3,00 3,00 3,00

b (base inferior) 3,00 18,00 23,00 14,00

l (comprimento inferior) 1,00 6,00 168,00 74,00

B (base superior) 7,00 24,00 29,00 20,00

L (comprimento superior) 5,00 12,00 174,00 80,00

Hs (altura média de lodo sólido) 2,00 1,96 1,02 0,51

Hl (altura média de lixiviado) 0,00 1,04 1,98 2,49

BS (base superior lodo) 7,00 21,92 25,04 15,02

LS (comprimento superior lodo) 5,00 9,92 170,04 75,02

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Vs (Volume lodo sólido) 38,00 318,94 4.133,60 550,19

Vl (Volume lixiviado) 0,00 32,06 9.231,40 2.128,44

Volume total 38,00 351,00 13.365,00 2.678,63

% saturação 100,00% 90,87% 30,93% 20,54%

De acordo com a batimetria realizada temos um total de efluentes

líquidos de 11.391,9m³ (69,32%) e sólidos de 5.040,73m³ (30,68%).

Os efluentes líquidos deverão ser encaminhados ao novo sistema de

tratamento de lixiviados, assim que este for concluído.

Os resíduos sólidos/pastosos deverão passar por um processo de

desidratação antes de da disposição em células de resíduo Classe II.

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PARTE 2 – PROJETOS

TÉCNICOS

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7. PROJETO DE AMPLIAÇÃO

7.1 MEMORIAL DESCRITIVO

7.1.1 PROJETO DE TERRAPLANAGEM

A terraplanagem consiste na execução dos cortes e aterros

necessários à implantação de todas as unidades do sistema. Para isso são

mobilizados equipamentos e máquinas apropriados para serviços de

escavação, carga, transporte, espalhamento e compactação de solos.

Na preparação do terreno, inicialmente serão removidos do solo todos

os materiais de origem vegetal, rochas e outros materiais existentes na área de

base do aterro. O solo vegetal existente será reservado em local apropriado,

pois deve ser posteriormente utilizado na cobertura das células e taludes do

aterro, garantindo–se assim melhores condições para sua revegetação e

resistência.

7.1.2 IMPLANTAÇÃO

Os serviços de terraplanagem serão divididos em 3 três fases:

a) Corte e aterro para a regularização do terreno: Quando não houver

indicação de cotas e inclinação deverá ser observada a inclinação mínima de

0,0075 m/m favorecendo assim o sistema de drenagem do percolado, evitando

vazamento de chorume pelos taludes do maciço. Deverão ser obedecidas as

cotas, cortes e aterros estipulados no projeto de terraplanagem em anexo.

b) Instalação do Dreno Testemunho, impermeabilização da base da célula

do aterro com solo-bentonita, instalação da manta, camada de proteção da

manta e colocação dos drenos de chorume: Nesta segunda fase, será feita a

vala e instalação do Dreno Testemunho.

Após a primeira fase, será adicionada uma camada de solo com

bentonita (argilomineral montmorilonita) de 0,80m de espessura. A seguir, será

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feita a instalação da manta (impermeabilização mecanizada), onde deverão ser

tomados cuidados especiais na sua fixação e na soldagem com a manta do

maciço existente. Após a implantação da manta, deverá ser instalada uma

camada de aterro de proteção, composta de solo de jazida, com profundidade

variando de 0,6m a 0,8m no ponto mais alto, de forma a provocar a declividade

necessária para o escoamento do líquido percolado. Nesta fase também será

implantado as tubulações que servirão de dreno para o líquido percolado. Esta

terá uma declividade de 0,0075m/m mínima ao longo de toda a extensão da

tubulação.

c) Disposição dos resíduos: A terceira fase consiste na operação do aterro,

onde os resíduos serão dispostos e compactados, sendo esta a fase mais

duradoura do processo.

7.1.3 PREPARO DA BASE DE AMPLIAÇÃO DO ATERRO

O preparo da base de ampliação da célula do maciço consistirá em

escavação e regularização da área estabelecida. Esse preparo se dará a uma

profundidade de aproximadamente 3,4 m sob a cota mais baixa do terreno

destinado a formação do novo maciço.

A regularização dessa área consistirá em uniformizar a camada de

solo que servirá de base para o aterro, deixando-a a mais homogênea possível,

isenta de blocos grandes de matacões (pedras).

A grande preocupação na operação de aterro está relacionada com a

contaminação de solo, das águas superficiais e subterrâneas pela infiltração do

líquido percolado produzido (chorume). Por tanto, faz-se necessário tratamento

e impermeabilização da base dos aterros, deixando-os capazes de receber os

resíduos sólidos sem que ocorram danos às superfícies da manta de

impermeabilização (devido ao mau acabamento da base).

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7.1.4 DRENO TESTEMUNHO

Objetivando controlar o sistema de impermeabilização será implantado

dreno testemunho sob a camada impermeabilizada, com função de conduzir o

líquido que venha transpor a barreira de proteção, podendo identificar falhas de

rompimento dessa proteção, possibilitando sua recuperação e evitando

contaminação do solo e das águas subterrâneas.

O sistema do dreno testemunho será constituído por vala preparada de

forma que o fundo fique uniforme e isento de saliências e deverá ter dimensões

de 0,50 m de largura e 0,50 m de altura, preenchidas com brita nº.4 ou pedra

rachão com equipamentos adequados.

A tubulação será de PEAD rígido perfurado com diâmetro de Ø 150 mm

e instalado sobre a manta geotêxtil tipo Bidin ou similar com largura de 2,50 m

para garantir o transpasse de 0,20 m igual a largura da vala.

7.1.5 CAMADA DE IMPERMEABILIZAÇÃO EM MISTURA DE

SOLO-BENTONITA (ARGILOMINERAL MONTMORILONITA)

A camada de impermeabilização com mistura de solo-bentonita terá

espessura de 0,80 m e será composta de uma mistura de solo e bentonita

sódica (5%) distribuído em 4 camadas de 0,20 m cada e devidamente

compactado. Essas camadas tem o objetivo de evitar contaminação do solo e

águas caso ocorra rupturas ou rasgo na manta.

Bentonita é o nome genérico da argila composta predominantemente

pelo argilomineral montmorilonita (55 -70%), do grupo das esmectitas,

independentemente de sua origem ou ocorrência.

As esmeritas têm como características principais o alto poder de

inchamento, até 20 vezes do seu volume inicial, atingindo espaços

interplanares de até 100 vezes, alta área de superfície (até 800 m2 /g),

capacidade de troca catiônica (CTC) na faixa de 60 a 170 meq/100g e

tixotropia.

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A capacidade de expansão de uma bentonita está associada à

concentração de sódio Na2O). Para ser considerada uma BES (bentonita

sódica) ela deve possuir um mínimo de 2,3% de sódio em sua composição.

7.1.6 IMPERMEABILIZAÇÃO MECANIZADA - MANTA DE PEAD

Após a impermeabilização solo-bentonita, deverá ser instalada uma

geomembrana PEAD, com espessura de 2 mm em toda a área de depósito do

material. A manta usada na ampliação deverá ser soldada à manta existente

no antigo maciço com o objetivo de ter toda a área impermeabilizada.

7.1.7 CAMADA DE PROTEÇÃO DA MANTA

Sobre a manta de PEAD será executada camada de 0,40 m de solo de

jazida, para proteção mecânica e térmica da geomembrana.

No momento da execução da camada de proteção da manta é

necessário a precaução para que a máquina não cause rompimento da manta.

7.1.8 DRENOS DE FUNDAÇÃO

Em aterros sanitários, em geral, o escoamento através das estruturas de

drenagem ocorre entre o regime laminar e turbulento.

O sistema de drenagem de chorume será então constituído por

tubulação de PEAD rígido perfurado, conforme diâmetro indicado em planta

para a rede primária e diâmetro de Ø 75 mm para o dreno da rede secundária,

ambos escavados em valas sobre o solo de jazida. A tubulação secundária de

Ø75mm encaminha o líquido percolado do maciço para o dreno primário.

As valas deverão ser executadas com dimensões de 0,80m de largura

por 0,50m de altura, com equipamentos apropriados. A geomembrana em

PEAD cobrirá toda a base da drenagem e transpassará à esquerda e à direita.

Uma vez atingido este estágio, a superfície da vala será protegida com

um geotêxtil. A tubulação deverá ser instalada sobre o geotêxtil e a vala

preenchida com brita nº4 ou rachão. O geotêxtil deverá ter largura de 2,5 m

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suficientes para assegurar o transpasse igual à largura da vala na sua parte

superior.

O líquido percolado pelos drenos secundário e primário será interligado

ao coletor, os diâmetros de coletor irão variar de acordo com o trecho e/ou

célula em questão, estas estão definidas nas plantas em anexo deste projeto.

Todo chorume será encaminhado para o sistema de tratamento de

lixiviados.

7.1.9 SISTEMA DE DRENAGEM VERTICAL DE GÁS

Os drenos verticais de gás deverão ser instalados previamente ao

lançamento do lixo à medida que o aterro sanitário for sendo alterado.

Os drenos verticais consistem basicamente de tubos perfurados de

concreto armado com diâmetro de Ø 800 mm e colocados uns sobre os outros.

Os furos existentes no tubo de concreto serão de diâmetro mínimo de 1,5 cm

espaçados em linhas a cada 20 cm. À medida que as camadas de lixo forem

sendo formadas, esses tubos serão preenchidos com rachão, permanecendo

sempre próximos à superfície.

A cota do topo dos drenos verticais de gás deverá situar-se pelo menos

a 2 m acima da cota final da célula.

Buscando-se um melhor funcionamento dos sistemas de captação e

queima de gases e de drenagem de percolados, os drenos verticais e

horizontais serão interligados nos pontos onde estes se cruzam, formando

assim uma malha de drenagem de líquidos e gases. Os drenos verticais de gás

serão locados com espaçamentos de 30 m entre si e 15 m de borda lateral.

7.1.10 DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Serão implantadas canaletas no pé das bermas para escoamento de

águas e chuvas, na medida que forem formando as camadas de lixo. As

descidas entre patamares deverão ocorrer em dissipadores de energia em

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degraus. Estes dissipadores deverão ser executados em concreto ou pedra de

mão argamassada.

Junto á borda externa da camada de lixo e o pé do talude serão

construídas canaletas usando material de escavação em quantidade suficiente

para execução e posterior regularização com camada fina de aterro

compactado, para correção de eventuais depressões do aterro de lixo.

O material da escavação da vala deverá ser espalhado, evitando a

formação de leiras que possam impedir a passagem de água.

7.1.11 ASPECTOS QUANTITATIVOS

Neste capitulo serão apresentados em formato de tabela e gráficos a

quantidade de resíduos recebidos anualmente no aterro de Cuiabá nos anos

compreendidos entre 2001 e 2014

Tabela 20 - Quantidade de resíduos recebidos anualmente no aterro de Cuiabá nos anos de 2000 a 2010.

ANO Quantidade anual de resíduos recebido (t)

2001 (janeiro a dezembro) 102.377,79

2002 (janeiro a dezembro) 103.472,74

2003 (janeiro a dezembro) 103.607,36

2004 (janeiro a dezembro) 110.839,08

2005 (janeiro a dezembro) 115.158,09

2006 (janeiro a dezembro) 106.408,28

2007 (janeiro a dezembro) 128.433,56

2008 (janeiro a dezembro) 130.176,58

2009 (janeiro a dezembro) 146.513,07

2010 (janeiro a dezembro) 151.807,22

2011 (janeiro a dezembro) 186.150,15

Fonte: Secretaria Municipal de infraestrutura de Cuiabá e Setor de Tratamento de Resíduos Sólidos –

SANECAP.

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Tabela 21 - Quantidade anual e acumulada de resíduos recebidos no aterro de Cuiabá entre 2000 e 2010

Ano Quantidade anual de resíduos Quantidade acumulada de resíduos (t)

2000 61.419,34 61.419,34

2001 102.377,79 163.797,13

2002 103.472,74 267.269,87

2003 103.607,36 307.877,23

2004 110.839,08 481.716,31

2005 115.158,09 596.874,40

2006 95.843,11 692.717,51

2007 128.433,56 831.716,24

2008 130.176,58 961.892,82

2009 146.513,47 1.108.405,89

2010 151.807,22 1.260.213,11

2011 186.150,15 1.446.363,11

Fonte: Secretaria Municipal de infra-estrutura de Cuiabá – (SEMINFE) e Setor de Tratamento de Resíduos

Sólidos – (SANECAP).

7.2 CONCEPÇÃO DO PROJETO

O projeto consiste na reestruturação do atual aterro sanitário, incluindo

neste processo as medidas a serem tomadas para adequação da parcela já

ocupada e também norteando a ocupação das áreas ainda disponíveis.

Atualmente o aterro sanitário recebe diariamente cerca de seiscentas

toneladas de resíduos domésticos e estes estão sendo concentrados

emergencialmente em áreas ainda não ocupadas e sobre o próprio aterro

sanitário.

Podemos visualizar na aerofotografia (Figura 35) realizada em

julho/2014 as áreas que possuem armazenamento a céu aberto de resíduos.

Em levantamentos de campo observou-se uma altura média de resíduo solto

de 1,5m. Nesta mesma figura observou-se a área total de 63.501,38m² nesta

situação, assim sendo temos um volume total de resíduo solto de 95.252,07m³.

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Considerando um peso específico de 0,4 T/m³, temos uma massa total

disposta a céu aberto de 38.100,82 toneladas, o equivalente a 63 dias de

disposição de resíduos de forma inadequada.

Figura 35 - Áreas que possuem armazenamento a céu aberto de resíduos

Desta forma adotando um peso específico de resíduo compactado de

0,8T/m³ e um acréscimo de 20% de material de cobertura temos uma redução

de 57.151,23m³ na operação da célula A1.

A área total atualmente disponível para ampliação disponível é de

aproximadamente 19,667ha, sendo assim distribuídas:

Tabela 22- Área total atualmente disponível para ampliação disponível

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UNIDADE ÁREA (HA)

RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (REMANEJO) 0,651

CÉLULAS DE RESÍDUO CLASSE II 16,47

NOVO SISTEMA DE TRATAMENTO DE LIXIVIADOS 2,546

TOTAL 19,667

Estas áreas assim foram distribuídas no intuito de otimizar a ocupação

de área, reunir e isolar os resíduos de serviço de saúde para uma área e por

último, mas não menos importante com a locação de um novo sistema de

tratamento de lixiviados, buscando assim atender as demandas da parte

existente e das novas unidades a serem executadas.

As novas células não serão escavadas, portanto o primeiro patamar

deverá possuir diques com inclinações 1:1 na parte interna, 1:2 na externa e na

crista deste dique deverá ser respeitada a largura mínima de três metros. O

aterro possuirá valas com dimensões estabelecidas em plantas em anexo, e

posteriormente operadas pelo método de rampa, e a conformação será

unificada com os taludes das outras células existentes no aterro, assim a

operação será maximizada e problemas atuais de estabilidade serão sanados.

Reforça-se a concepção de projeto que o Aterro Sanitário de Cuiabá

não deverá receber resíduos de serviço de saúde e nem qualquer outro resíduo

CLASSE I. Mais a frente neste projeto será apresentado o cálculo da nova

célula que abrigará o remanejo destes resíduos e quais os cuidados a serem

observados durante a execução deste procedimento.

O novo sistema de tratamento de lixiviados tem a necessidade de ser

executado pelos seguintes aspectos:

Ineficiência no sistema de tratamento já para a capacidade

atual, não atendendo assim as demandas futuras;

Não possui elemento básico de proteção ao meio ambiente

em seus taludes e base inferior (falta impermeabilização),

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dessa forma se torna ponto crítico e agente causador central

de impactos ambientais significativos;

Em análise da topografia atual do empreendimento não existe

escoamento por gravidade já para algumas células em

operação e não haveria essa possibilidade para todas as

novas células de ampliação.

7.3 DIMENSIONAMENTO DAS CÉLULAS DE RSU

Para este dimensionamento foram adotados os seguintes parâmetros

de projeto:

Geração diária de RSU 600T/d (DADOS SMSU)

População 1991 – 402.813 hab (IBGE)

População 2014 – 569.830 hab (IBGE)

Taxa de Crescimento populacional – 1,8% a.a

Densidade do resíduo compactado – 0,8T/m³

Adicional de material de cobertura – 20%

Em assim sendo temos a seguinte situação:

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Tabela 23 - Dimensionamento das células de RSU

ANO Geração de

RSU (T/D)

Geração de

RSU (T/ANO)

Volume anual

RSU(m³)

Volume anual mat cob

(m³)

Volume total

anual (m³)

2014 (set / dez)

+ Volume a céu

aberto

600 219.000,00 273.750,00 54.750,00 166.651,23

2015 610,82 222.947,97 278.684,96 55.736,99 334.421,95

2016 621,83 226.967,10 283.708,88 56.741,78 340.450,66

2017 633,04 231.058,70 288.823,37 57.764,67 346.588,04

2018 644,45 235.224,05 294.030,06 58.806,01 352.836,07

2019 656,07 239.464,49 299.330,61 59.866,12 359.196,73

2020 667,89 243.781,37 304.726,72 60.945,34 365.672,06

out/21 679,93 248.176,08 310.220,10 62.044,02 341.242,11

TOTAL 2.607.058,85

Volume total disponível para elevar o aterro a uma cota média de

271m ficando assim distribuído:

Tabela 24 - Volumetria de nivelamento na cota 246

CÉLULA Área Maior

Área menor

H (altura) Cota fundo

cota topo primeiro

plato

volume primeiro

plato

A1 23129 20239 5 241 246 108.420,00

A2 16752 13891 4 242 246 61.286,00

A3 16002 13485 5 241 246 73.717,50

A4 27067 22221 2 244 246 49.288,00

A5 17768 15158 4 242 246 65.852,00

A6 0 0,00

A7 21314 17683 6 239 244 116.991,00

TOTAL V1 475.554,50

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Tabela 25 - Volumetria entre cotas 246 e 271

COTA A H V

246 135341 5 674.862,50

251 134604

256 133120 5 668.480,00

261 134272

266 164463 5 786.835,00

271 150271

TOTAL V2 2.130.177,50

Assim o volume total disponível é de 2.605.731,5 m³, representando

uma vida útil de aproximadamente 7 anos e dois meses.

Ressaltamos que é imprescindível que se invista em novas tecnologias

que garantam ou superem os índices de compactação adotados neste projeto e

que a utilização correta do material de cobertura é essencial para garantir os

parâmetros geotécnicos satisfatórios. A vida útil do aterro poderá ser

prolongada dependendo das políticas públicas de coleta seletiva e triagem a

serem implantadas no município.

7.4 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA DE RESÍDUO DE

SERVIÇO DE SAÚDE

Atualmente existem duas células de resíduo de saúde ao lado do

sistema de lagoas de estabilização existente e também dez valas na área A6,

ressaltamos que todas as valas foram executadas com dupla camada de manta

PEAD 2mm além dos 5% de bentonita em peso.

Vala 1: (Ao lado do STE)

Comprimento médio: 39,3429 m Lagura Média: 18,7592 m Profundidade: 3,50 m Volume Removido: 2583,1 m³

Vala 2: (Ao lado do STE) Comprimento médio: 31.4996 m

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Lagura Média: 15.2416 m Profundidade: 3,5000 m Volume Removido: 1.680,4 m³

Valas Sépticas da Área A6:

N.º de Valas 10 unid. Comprimento médio: 56 m

Lagura Média: 6 m Profundidade: 2 m Volume Removido: 6720 m³

Assim sendo temos que:

Volume de Resíduos Removidos: 10.983,50 m³

Volume de Solo + empolamento (20%): 2.196,70 m³

Volume Total: 13.180,20 m³

Altura da Célula 5,00 m³

Área média da Célula: 2.636,04 m²

Dessa forma conclui-se que a área planejada para remanejo dos

resíduos classe I (RSS) é suficiente e totalmente condizente com a realidade

do Aterro Sanitário de Cuiabá, salientamos mais uma vez que esta área está

prevista apenas para os resíduos já dispostos no aterro sanitário, não estando

neste projeto dimensionamentos ou previsões de recebimento de resíduos de

serviço de saúde.

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7.5 DIMENSIONAMENTO DO NOVO SISTEMA DE

TRATAMENTO DE LIXIVIADOS

7.5.1 CÁLCULO DOS LÍGUIDOS PERCOLADOS UTILIZANDO O

MÉTODO SUIÇO (QP)

Qp = P.A.K

t

Em que:

Qp = Vazão média de líquidos percolados, l/s.

P = Precipitação anual, em mm.

P = 1.373,0 mm (Pluviosidade Anual Média em Cuiabá)

A = Área Total do Aterro Sanitário, em m².

Área da projeção Superficial do Maciço de RSD = 292.780,6205 m²

t = 1 ano, em segundos.

K = Constante da compactação (k = 0,20)

7.5.2 CONSTANTE DE COMPACTAÇÃO (K)

Esse coeficiente dependente do grau de compactação dos resíduos,

variando conforme tabela a seguir:

Tabela 26 - Constante K

Tipo de Aterro Peso específico K

Fracamente compactados 0,40 a 0,70 0,25 a 0,50

Fortemente compactados 0,70 a 0,90 0,15 a 0,25

Para o Peso Especifico de 0,80 toneladas por m³:

K = Constante da compactação = 0,20

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7.5.3 ÁREA (A)

Área da projeção superficial do maciço de RSD = 292.780,6205 m²

Divisão das áreas de Contribuição:

A0 = 139.716,188 m² (A0a = 66.799,6954m²; A0b = 72.916,4926m²)

A1 = 23.129,1641 m²

A2 = 16.752,0217 m² (A2a = 10.068,2487m²; A2b = 6.683,773m²)

A3 = 16.002,2424 m² (A3a = 8.095,1462m²; A3b = 7.907,0962m²)

A4 = 27954,6584 m² (A4a = 5.772,7121m²; A4b = 7.038,3307m²; A4c =

7.155,3417m²; A4d = 7.100,8690m²)

A5 = 17.768,3943 m² (A5a = 8.927,1086m²; A5b = 8.841,2857m²)

A6 = 27.891,1131 m²

A7 = 24.454,2073 m²

7.5.4 VAZÃO (QP)

Qp = P.A.K

t

Qp = 1.373 x 292.780,6205 x 0,20

31.536.000 s

Qp = 2,54939 l/s ou 220,27 m³/dia (Final do Plano)

7.5.5 VAZÃO POR ETAPAS

Qp1 = P.A1.K = 1.373 x 23.129,1641 x 0,20 = 0,20140 l/s ou 17,40 m³/dia

t 31.536.000 s

Qp2 = P.A2.K = 1.373 x 16.752,0217 x 0,20 = 0,14587 l/s ou 12,60 m³/dia

t 31.536.000 s

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100

Qp2 = Qp2a + Qp2b

Qp2a = P.A2a.K = 1.373 x 10.068,2487 x 0,20 = 0,08767 l/s

t 31.536.000 s

Qp2b = P.A2b.K = 0,05820 l/s

t

Qp3 = P.A3.K = 1.373 x 16.002,2424 x 0,20 = 0,13934 l/s ou 12,04 m³/dia

t 31.536.000 s

Qp3 = Qp3a + Qp3b

Qp3a = P.A3a.K = 1.373 x 8.095,1462 x 0,20 = 0,07049 l/s

t 31.536.000 s

Qp3b = P.A3b.K = 0,06885 l/s

t

Qp4+0 = P.(A4+A0).K = 1.373 x 166.783,4776 x 0,20 = 1,45227 l/s

t 31.536.000 s

Qp4+0 = 125,48m³/dia

Qp4+0 = Qp4a + Qp4b + Qp4c + Qp4d + Qp0a + Qp0b

Qp4a = P.A4a.K = 1.373 x 5.772,7121 x 0,20 = 0,05026 l/s

t 31.536.000 s

Qp4b = P.A4b.K = 1.373 x 7.038,3307 x 0,20 = 0,06129 l/s

t 31.536.000 s

Qp4c = P.A4c.K = 1.373 x 7.155,3417 x 0,20 = 0,06231 l/s

t 31.536.000 s

Qp4d = P.A4d.K = 1.373 x 7.100,8690 x 0,20 = 0,06183 l/s

t 31.536.000 s

Qp0a = P.A0a.K = 1.373 x 66.799,6954 x 0,20 = 0,58166 l/s

t 31.536.000 s

Qp0b = P.A0b.K = 1.373 x 72.916,4926 x 0,20 = 0,63492 l/s

t 31.536.000 s

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101

Qp5 = P.A5.K = 1.373 x 17.768,3943 x 0,20 = 0,15472 l/s ou 13,37 m³/dia

t 31.536.000 s

Qp5 = Qp5a + Qp5b

Qp5a = P.A5a.K = 1.373 x 8.927,1086 x 0,20 = 0,07773 l/s

t 31.536.000 s

Qp5b = P.A5b.K = 0,07699 l/s

t

Qp6 = P.A6.K = 1.373 x 27.891,1131 x 0,20 = 0,24286 l/s ou 20,98 m³/dia

t 31.536.000 s

Qp7 = P.A7.K = 1.373 x 24.454,2073 x 0,20 = 0,21293 l/s ou 18,40 m³/dia

t 31.536.000 s

7.6 DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS DE PERCOLADO

7.6.1 EQUAÇÃO DO ESCOAMENTO

V = Cv x I0,54

Sendo:

Cv = Coeficiente de velocidade

I = Inclinação da bacia (m/m)

Tabela 27 - Valores de CV

Material Diâmetro Nominal Sv

(cm -1)

Ds

(cm)

Rh

(cm)

Cv

(cm/seg)

Brita 2 2,0 3,94 1,52 0,21 10,75

Brita 3 2,5 3,15 1,91 0,26 12,02

Brita 4 5,0 1,58 3,80 0,52 16,98

Brita 5 7,5 1,10 5,46 0,74 20,35

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7.6.2 DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS E REDE COLETORA

O líquido percolado gerado no interior da massa de resíduos será

coletado através de dreno de percolado, composto por Pedra Britada n.º 4 e

tubulação.

7.6.3 REDE COLETORA INTERNA DE PERCOLADO:

Dentre as vazões drenadas Qp1, Qp6 e Qp7, a maior é a Qp6, que é de

0,24286 l/s ou 0,00024286 m³/s e a menor inclinação (I) de dreno

projetada é de 2% ou 0,02 m/m. Adotando-se como material de

preenchimento do dreno a brita nº 4 - Cv = 16,98 cm/s (0,1698 m/s),

tem-se:

V = Cv x I0,54

V = 0,0205 m/s

Segundo a equação da continuidade: Qp = S x V

S = Qp/V

S = 0,00024286/0,0205

S = 0,0118 m²

Utilizando como fator de segurança a equação: S mínima = 2 x S

S mínima = 0,0236 m²

S = π D2 /4

D = 0,173 m

O diâmetro comercial (D) mais adequado para a tubulação será de 150

mm para a rede coletora interna das áreas A1, A6 e A7.

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Para as redes coletoras internas das Áreas A2a, A2b, A3a, A3b, A4a, A4b,

A4c, A4d, A5a e A5b, utilizando a maior vazão Qp2a = 0,08767 l/s ou

0,00008767 m³/s segue o dimensionamento:

S = Qp/V

S = 0,00008767/0,0205

S = 0,0043 m²

Utilizando como fator de segurança a equação: S mínima = 2 x S

S mínima = 0,0086 m²

S = π D2 /4

D = 0,10 m

O diâmetro comercial (D) mais adequado para a tubulação será de 100 mm

para a rede coletora interna das áreas A2a, A2b, A3a, A3b, A4a, A4b, A4c,

A4d, A5a e A5b.

Para as redes coletoras internas das Áreas A0a e A0b, com maior vazão

Qp0b = 0,63492 l/s ou 0,00063492 m³/s segue o dimensionamento:

S = Qp/V

S = 0,00063492/0,0205

S = 0,0310 m²

Utilizando como fator de segurança a equação: S mínima = 2 x S

S mínima = 0,0620 m²

S = π D2 /4

D = 0,28 m

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O diâmetro comercial (D) mais adequado para a tubulação será de 300 mm

para a rede coletora interna da área A0a e A0b.

Para a rede coletora interna da Área A4 + Área Antiga (A0), com vazão

resultante Qp4+0 = 1,45227 l/s ou 0,00145227 m³/s segue o

dimensionamento:

S = Qp/V

S = 0,00145227/0,0205

S = 0,0708 m²

Utilizando como fator de segurança a equação: Smínima = 2 x S

S mínima = 0,1416 m²

S = π D2 /4

D = 0,42 m

O diâmetro comercial (D) mais adequado para a tubulação será de 400 mm

para a rede coletora interna da área A4 + Área Antiga.

7.6.4 REDE COLETORA EXTERNA DE PERCOLADO:

A rede externa conduzirá o líquido percolado do aterro sanitário ao

Sistema de tratamento.

O dimensionamento do diâmetro da tubulação, profundidades da mesma

e declividade está na planilha a seguir:

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105

ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL - CUIABÁ-MT

Setor: REDE EXTERNA Coeficiente de Manning = 0,013

N.º

Trechos

Coletor

(m)

Compr

(m)

Poço

de

Visita

Cotas de Poços

Cota dos

Coletores Declive Ø

Vazões

(l/s) FH

Tirante

(%)

Veloc

(m/s)

Topo Fundo Prof.

Poço Mont. Just. (m/m)

Total

(m)

1 PV1 - PV1 238,50 238,15 0,35 0,00 0,00 0,0000 0,15 0,20140 - - -

2 PV1-

PV2 103,0 PV2 235,50 235,15 0,35 238,15 235,15 0,0291 0,15 0,20140 0,00186 5,50 0,50

3 PV2-

PV3 28,0 PV3 235,50 235,02 0,48 235,15 235,02 0,0045 0,15 0,20140 0,00473 8,63 0,25

4 PV3 - PV3 235,50 235,02 0,48 0,00 0,00 0,0000 0,15 0,08767 - - -

5 PV3-

PV4 50,0 PV4 234,60 234,25 0,35 235,02 234,25 0,0154 0,15 0,28907 0,00367 7,64 0,43

6 PV4 - PV4 234,60 234,25 0,35 0,00 0,00 0,0000 0,15 0,05820 - - -

7 PV4-

PV5 27,0 PV5 234,90 234,13 0,77 234,25 234,13 0,0045 0,15 0,34727 0,00815 11,22 0,29

8 PV5-

PV6 47,0 PV6 235,70 234,04 1,66 234,25 234,04 0,0045 0,15 0,34727 0,00815 11,22 0,29

9 PV6 - PV6 235,70 234,04 1,66 0,00 0,00 0,0000 0,15 0,07049 - - -

10 PV6-

PV7 20,0 PV7 235,60 233,95 1,65 234,04 233,95 0,0045 0,15 0,41776 0,00980 12,27 0,30

11 PV8 - PV8 236,50 235,90 0,60 0,00 0,00 0,0000 0,40 1,90806 - - -

12 PV8-

PV9 38,0 PV9 237,00 235,73 1,27 235,90 235,73 0,0045 0,40 1,90806 0,00327 7,23 0,44

13 PV9 - PV9 237,00 235,73 1,27 0,00 0,00 0,0000 0,15 0,07699 - - -

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106

Tabela 28 - Rede Coletora Externa

14 PV9-

PV10 73,0 PV10 236,60 235,65 0,95 235,73 235,65 0,0011 0,40 1,98505 0,00695 10,39 0,26

15 PV10 - PV10 236,60 235,65 0,95 0,00 0,00 0,0000 0,15 0,07773 - - -

16 PV10-

PV11 94,0 PV11 237,20 235,23 1,97 235,65 235,23 0,0045 0,40 2,06278 0,00354 7,51 0,44

17 PV11 - PV11 237,20 235,23 1,97 0,00 0,00 0,0000 0,15 0,06885 - - -

18 PV11-

PV7 41,0 PV7 235,60 233,95 1,65 235,23 233,95 0,0311 0,40 2,13163 0,00139 4,79 0,93

19 PV7-

STE 7,0 STE 235,00 233,92 1,08 233,95 233,92 0,0045 0,40 2,54939 0,00438 8,32 0,47

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107

7.7 SISTEMA DE TRATAMENTO DO PERCOLADO

7.7.1 PARÂMETROS DE PROJETO

a) Percolado total do Aterro Sanitário - Q = 220,27 m³/dia;

b) Taxa de Aplicação (TA) superficial adotada:

TA = 25 kgDBO/100m³.dia – Lagoa Anaeróbia

TA = 300kgDBO/ha.dia – Lagoa Facultativa

c) Demanda Bioquímica de Oxigênio (percolado) – DBO = 5 kg/m³

d) Coliformes Fecais (afluente a Lagoa Facultativa) = 1,0x107 NMP/100mL

e) Nitrogênio Amoniacal: 200 mgN-NH3/L

f) Nitrogênio Total: 600 mgN/L

7.7.2 VALORES DE REFÊRENCIA OBTIDOS NA LITERATURA

Os valores acima apresentados foram extraídos de estudos científicos,

embora esses estudos também demonstram uma grande variação entre os valores

mínimos e máximos encontrados. Neste caso para a DBO especificamente adotou-

se um valor que representaria mais adequadamente o comportamento da

característica do lixiviado ao longo da vida útil do aterro.

A Tabela 29 destacam as referência técnicas estudadas para definição da

característica do lixiviado produzido nos aterros sanitários.

Tabela 29 - Dados típicos da composição do chorume para aterros novos e antigos, segundo

TCHOBANOGLOUS e colaboradores, 1993

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108

Características

Valores (mg/L)

Novos aterros

(menos de 2 anos) Aterros antigos

(mais de 10 anos) Faixa de variação Típico

DBO5 2.000 - 30.000 10.000 100 - 200

DQO 3.000 - 60.000 18.000 100 - 500

Sólidos Suspensos Totais 200 - 2.000 500 100 - 400

Nitrogênio Orgânico 10 - 800 200 80 - 120

Nitrogênio Amoniacal 10 - 800 200 20 - 40

Nitrato 5 - 40 25 5 - 10

Fósforo Total 4 - 100 30 5 - 10

Alcalinidade como CaCO3 1.000 - 10.000 3.000 200 - 1.000

pH 4,5 - 7,5 6 6,6 - 7,5

7.8 TANQUES DE EQUALIZAÇÃO

7.8.1 CÁLCULO DO VOLUME DO TANQUE DE EQUALIZAÇÃO

Veq = Q x Tr

Em que:

Veq = Volume do Tanque de Equalização (m³);

Q = Vazão Percolado (m³/d)

Tr = Tempo de Retenção – 1,0 dia (adotado)

Então:

Veq = 220,27m³/d x 1,0 dia

Veq = 220,27m³

7.8.2 CÁLCULO DA ÁREA DO TANQUE DE EQUALIZAÇÃO

Aeq = Veq/h

Em que:

Veq = Volume do tanque de equalização (m³)

h= Profundidade = 3,0 m (adotado)

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109

Então:

Aeq = 220,27m³ / 3m

Aeq = 73,42 m²

Adotando a relação Comprimento / Largura como 2 / 1, o talude será de

1:1, e teremos as seguintes dimensões:

Tabela 30 - Dimensões do Tanque de Equalização

Seções Comprimento (m) Largura (m) Área (m²)

Com borda 16,00 10,00 160,00

Superfície 15,00 9,00 135,00

Média 12,00 6,0 72,00

Fundo 9,00 3,0 27,00

Volume Recalculado = Seção Média x Profundidade

Volume Recalculado = 72m² x 3m

Volume Recalculado = 216,0m³

7.9 LAGOA ANAERÓBIA

7.9.1 CÁLCULO DO VOLUME DA LAGOA ANAERÓBIA

Van = CP

TA

Em que:

CP = Q x DBO

CP = Carga poluidora afluente

TA = Taxa de aplicação (25,0 kg.DBO/100 m³.d)

DBO do percolado = 5 kg/m³ (adotado)

Então:

CP = 220,27 m³/d x 5 kg/m³

CP = 1.101,35 kg.DBO/dia

Então:

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110

Van = 1.101,35kg.DBO/dia / 25 kg.DBO/100m³.dia

Van = 4.405,40 m³

7.9.2 CÁLCULO DO VOLUME DA ÁREA DA LAGOA ANAERÓBIA

Aan = Van

H

Em que:

Van = Volume da Lagoa Anaeróbia (m³)

h = Profundidade da Lagoa Anaeróbia 3,0 (adotado)

Então:

Aan = 4.405,40

3,0

Aan = 1.468,47m²

Adotando-se a relação Comprimento / Largura em 1 / 1, e talude de 1:1,

teremos as seguintes dimensões médias:

Largura = Comprimento = 38,32m, logo adota-se 38,50 metros

Tabela 31 - Dimensões da Lagoa Anaeróbia

Seções Comprimento (m) Largura (m) Área (m²)

Com borda* 42,50 42,50 1.806,25

NA Superfície 41,50 41,50 1.722,25

Altura Média 38,50 38,50 1.482,25

Fundo 35,50 35,50 1.260,25

* Adotou-se 0,50m de borda livre.

7.9.3 REMOÇÃO DE DBO NA LAGOA ANAERÓBIA

Para a lagoa anaeróbia, considera-se uma remoção mínima de 65% da DBO.

Assim:

Carga Afluente = 1.101,35 kg.DBO/d

Carga Efluente = 385,47 kg.DBO/d

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111

DBO Afluente = 5000 mg/L

DBO Efluente = 1750 mg/L

7.9.4 TEMPO DE RETENÇÃO

Tr = Van

Q

Em que:

Tr = Tempo de retenção (dias)

Van = Volume da lagoa anaeróbia corrigido = 1.482,25 m³

Q = Vazão (m³/d)

Então:

Tr = 1.482,25 m³

220,27 m³/d

Tr = 6,73 dias

7.10 LAGOA FACULTATIVA

7.10.1 CÁLCULO DA ÁREA DA LAGOA FACULTATIVA

a) Características do Afluente:

DBO Afluente = 1.750,0 mg/l

Q = 220,27 m³/d

Em que:

CP = Q x DBOa

1.10-6

CP = 220.270,0 l/d x 1.750 mg/l

1.10-6

CP = 385,47 Kg DBO/dia

b) Área da Lagoa Facultativa (ALF)

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112

Taxa de Aplicação Superficial:

Tabela 32 - Taxas de aplicação superficial para lagoas facultativas, em função das condições ambientais do local

de implantação.

Faixa de TA

(kgDBO5/ha.d)

População

(hab)

Tdh

(dias)

Condições ambientais locais

< 10 < 200

> 200

Regiões muito frias com coberturas

sazonais de gelo, baixa

temperatura da água.

10 – 50

200 – 1000

200–100

Clima frio com cobertura sazonal

de gelo, temperatura de verão

temperada e presente por

pequenos períodos.

50 – 150

1000 – 3000

100–33

Regiões temperadas, semitropicais,

cobertura de gelo ocasional.

150 – 300

3000 – 7000

33–17

Regiões tropicais, sol e

temperatura uniformemente

distribuídos.

Fonte: Gloyna (1971) apud Kellner e Pires (1998)

Tabela 33 - Faixa de operação das taxas de aplicação superficial em função das condições ambientais.

Faixa de TA

(kgDBO5/ha.d)

Condições ambientais locais

240 – 350 Regiões com inverno quente e elevada

insolação.

120 – 240 Regiões com inverno e insolação moderados.

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113

100 – 180 Regiões com inverno frio e baixa insolação.

Fonte: Von Sperling (1996)

TA = Taxa de aplicação superficial adotada, conforme Quadros 17 e 18 = 300

kgDBO/ha.dia

1,0 ha 10.000 m²

ALF = CP / TA

ALF = 385,47 kg.DBO/.d / 300 kg. DBO/ha.d

ALF = 1,2849 ha

ALF = 12.849,0 m²

7.10.2 CÁLCULO DO VOLULME DA LAGOA FACULTATIVA

VLF = A.h

Em que:

VLF = Volume da lagoa facultativa (m³)

ALF = Área da lagoa facultativa (m²)

h = Profundidade – 2,0 m (adotado)

Então:

VLF = 12.849,0m² x 2,00m

VLF = 25.698,0 m³

Adotou-se duas unidades em série com Volume de 12.849,0 m³ (Vu), Logo:

Área unitária (Au) = 6.424,50 m²

Adotando:

Relação: C/L = 5 x 1

C – Comprimento

L – Largura

Talude: 1:1

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114

Comprimento = 5 x Largura

C = 5L

Au = C x L = 5L x L = 5L²

5L² = 6.424,50

L = 35,84, logo adota-se 36,0 metros, então C = 180,0 metros.

As Lagoas Facultativas terão as seguintes dimensões:

Tabela 34 - Dimensões de cada Lagoa Facultativa

Seções Comprimento (m) Largura (m) Área (m²)

Com borda* 183 39 7.137,0

NA Superfície 182 38 6.916,0

Meia Altura 180 36 6.480,0

Fundo 178 34 6.052,0

* Para borda de 0,5 m

Lagoas Facultativas em Série

7.10.3 TEMPO DE RETENÇÃO NA LAGOA FACULTATIVA

Tr = V

Q

Em que:

VLFc = Volume das Lagoas Facultativas corrigido (m³)

Tr = Tempo de Retenção (dias)

Q = Vazão (m³/d)

Então:

Tr = 12.960,0 m³

220,27 m³/d

Tr = 58,84 dias

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115

7.10.4 REMOÇÃO DE DBO NA LAGOA FACULTATIVA

Considerou-se uma remoção mínima de 80% da DBO.

Assim:

DBO Afluente = 1.750 mg/L

DBO Efluente = 350 mg/L

Carga Afluente = 385,47 kg.DBO/d

Carga Efluente = 77,09 kg.DBO/d

7.10.5 EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DA CARGA DE DBO

E = Li – Le x 100

Li

Em que:

E = Eficiência de remoção da DBO5

Li = Carga DBO5 do afluente bruto

Le = Carga DBO5 do efluente tratado

E = 1.101,35 kg.DBO/d – 77,09 kg.DBO/d x 100

1.101,35 kg. DBO/d

E = 93,0%

7.10.6 EFICIÊNCIA DOS TRATAMENTOS – E.P

Ep = Carga DBO (kg/d) .

Contribuição per capita de DBO (kg/hab.dia)

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116

Ep(bruto) = 1.101,35 DBO (kg/dia) .

0,054 DBO (kg/hab.dia)

Ep(bruto) = 4.556 hab.

7.10.7 EQUIVALENTE POPULACIONAL DO SISTEMA PÓS-

TRATAMENTO (EPT)

EPT = CP / 0,054

EPT = 17,22 DBO (kg/dia) .

0,054 DBO (kg/hab.dia)

EPT = 20.395 hab.

7.10.8 REMOÇÃO DE COLIFORMES FECAIS NAS LAGOAS

FACULTATIVAS (PATÓGENOS):

Adotando-se o Fluxo disperso temos:

A) Número de dispersão (d):

L/B = 5

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117

Adotando a Fórmula de yanez (1993):

d = 0,1897

B) Coeficiente de remoção (K):

θ = 1,047

K20 = 0,2 d-1 (Considerando fluxo disperso)

T = 26 °C (Temperatura do líquido)

K (26°C) = K20 . θ T -20

K (26°C) = 0,2 x 1,26 = 0,263 d-1

C) Concentração efluente de coliformes da LF1 (N):

Entrada - No LF1 = 10.000.000 NMP/100mL

td_unit = 29,42 Dias (tempo de detenção de cada lagoa)

a = 2,6232

N = 110.808 NMP/100ml

2014,1254,0261,0 BLBL

BLd

dtdKba 02641

d

ad

a

d

eaea

eaNN

2222

21

0

)1(1

4

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118

D) Concentração efluente de coliformes da LF2:

No_LM2 = 110808 NMP/100mL

td_unit = 29,42 dias

(tempo de detenção de cada

lagoa)

a = 2,6232

N = 1.228 NMP/100ml

E) Eficiências de remoção:

Eficiência das lagoas facultativas (Elf):

Elf = 100.(No - N)/No

Elf = 99,98772 %

7.10.9 REMOÇÃO DE NITROGÊNIO NAS LAGOAS FACULTATIVAS

Os principais mecanismos de remoção de nitrogênio em sistemas de lagoas

são: volatilização da amônia; assimilação de amônia e nitratos pelas algas (com

dtdKba 02641

d

ad

a

d

eaea

eaNN

2222

21

0

)1(1

4

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119

consequente sedimentação do N-org e sua retenção no lodo); nitrificação -

desnitrificação.

Fonte: ADAPTADO DE LAI E LAM (1997).

Figura 36 - Principais rotas do nitrogênio em lagoas de estabilização

7.10.10 CÁLCULO DA REMOÇÃO DO NITROGÊNIO AMONIACAL

Onde:

Co: concentração de amônia afluente (mg/L)

Ce: concentração de amônia efluente (mg/L)

Q: vazão afluente (m3/d)

A: área superficial da lagoa (m2)

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120

pH: pH na lagoa

Então se: Q = 220,27m³/d; A1 = 6424,50m²; e pH = 9,0 (típico em lagoas

facultativas), tem-se:

Ce = 14,46% x Co

Sendo assim a eficiência de remoção de Nitrogênio Amoniacal será de

85,54% na Lagoa facultativa 01 e 97,91% nas duas lagoas facultativas.

Considerando que a Concentração de Nitrogênio Amoniacal em Lixiviados de aterros

sanitários atingem valores médios de 200 mg/L, conforme Quadro 11, no efluente

final teremos a concentração de: 4,18 mg/L

Considerando que a Concentração de Nitrogênio Amoniacal em Lixiviados de

aterros sanitários porem atingir valores máximos de 500 mg/L, após 5 anos de

operação, conforme Quadro 12, no efluente final teremos a concentração de: 10,45

mg/L (atendendo ao padrão de lançamento da Resolução CONAMA n.º 430/2011).

Considerando que a Concentração de Nitrogênio Amoniacal em Lixiviados de

aterros sanitários porem atingir valores máximos de 800 mg/L, nos primeiros anos de

operação, conforme Quadro 11, no efluente final teremos a concentração de: 16,73

mg/L (atendendo ao padrão de lançamento da Resolução CONAMA n.º 430/2011).

7.10.11 CÁLCULO DA REMOÇÃO DO NITROGÊNIO TOTAL

Onde:

Co: concentração afluente (mg/L)

Ce: concentração efluente (mg/L)

pH: pH na lagoa

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T: temperatura do líquido (oC)

t: tempo de detenção hidráulica na lagoa (d)

K: coeficiente de remoção (d-1) - pode ser estimado como KT = K20.θ(T-20),

onde K20 = 0,0064 e o coeficiente de temperatura “θ” é 1,039.

Então se: T = 26°C; pH = 9,0 (típico em lagoas facultativas); t = 29,42 dias (cada

lagoa facultativa) e K25 = 0,0081, tem-se:

Ce = 24,47% x Co

Sendo assim a eficiência de remoção de Nitrogênio Total será de 75,53% na Lagoa

facultativa 01 e 94,01% nas duas lagoas facultativas.

Considerando que a Concentração de Nitrogênio Total em Lixiviados de aterros

sanitários podem atingir valores máximos de 3.100 mg/L, conforme Quadro 13, no

efluente final teremos a concentração de: 185,57 mg/L

Considerando que a Concentração de Nitrogênio Total em Lixiviados de aterros

sanitários podem atingir valores máximos de 1.152 mg/L, conforme pior situação do

Quadro 14, no efluente final teremos a concentração de: 68,96 mg/L

Considerando que a Concentração de Nitrogênio Total em Lixiviados de aterros

sanitários podem atingir valores máximos de 600 mg/L, após os 5 primeiros anos de

operação conforme Quadro 12, no efluente final teremos a concentração de: 35,92

mg/L

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7.10.12 INFORMAÇÕES GERAIS DAS LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

Tabela 35 - Resumo Geral das Dimensões das Unidades do Sistema de Tratamento de Percolados

Componentes Dados para Dimensionamento Área Sup. Área de Fundo Tdh

Relação

Comp/Larg

Profun.

(m)

Inclinação

dos

Taludes

Comp

(m)

Larg

(m)

Comp

(m)

Larg

(m)

Tempo

(dias)

Tanque de

Equalização

2x1 3 1:1 16 10 12 6 1

Lagoa Anaeróbia 1x1 3 1:1 42,5 42,5 38,5 38,5 6,73

Lagoa Facultativa 1 5x1 2 1:1 183 39 180 36 29,42

Lagoa Facultativa 2 5x1 2 1:1 183 39 180 36 29,42

7.10.13 WETLAND

Metodologia:

- Escoamento subsuperficial

- Pós tratamento de lixiviado tratado por sistema biológico – lagoas facultativas

- Presença de níveis de matéria orgânica biodegradável (DBO) favoráveis

- Evapotranspiração baseada em estações existentes.

7.10.14 CARACTERÍSTICAS DO AFLUENTE

Vazão Afluente (Qa) = 220,27 m³/d

Nitrogênio Total = 35,92 mg/L

Nitrogênio Amoniacal = 16,73 mg/L

Coliformes Termotolerantes = 1.228 NMP/100ml

Carga Afluente = 77,09 kg.DBO/d

DBO Afluente = 350 mg/L

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123

7.10.15 VOLUMES

a) Volume Operacional (Vo):

Volume operacional (Vo) = Tdh x Qa

Vazão Afluente (Qa) = 220,27 m³/d

Tempo de Detenção Hidraúlica (Tdh) = 5,5 dias (remoção de DBO = 50%) segundo

SARTAJ et al, 1998.

Vo = 5,50 x 220,27

Vo = 1.211,48 m³

b) Volume útil (Vu):

Diferença entre leito plantado e sem plantas (Manios et al. (2003)

Vo = 82% x Vu, logo:

Vu = Vo / 82%

Vu = 1.211,48 / 82%

Vu = 1.477,41 m³

c) Volume Efetivo (Ve):

Utilizando Brita n.º 2, diâmetro médio esférico = 2,20cm

Vc = (2,20)³cm³

r = 1,10 cm

Vu = Ve [(0,022)³- 4/3 π(0,011)³] / (0,022)³

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Vu = Ve x 47,64%, logo:

Ve = Vu /47,64%

Ve = 3.101,45 m³

7.10.16 DIMENSÕES:

Forma – Vala com seção trapezoidal

Profundidade (h) = 1,50m

Taludes (V:H): 1:1

Área (A):

A = Ve / h

A = 3.101,45 / 1,50

A = 2.067,64 m²

Comprimento médio (Cm) adotado = 825,52 metros

Largura média (Lm):

Lm = A / Cm

Lm = 2.067,64 / 825,52

Lm = 2,50 m

Tabela 36 - Wetland

Seções Comprimento (m) Largura (m) Área (m²)

Com borda* 828,02 5,00 4.140,10

NA Superfície 827,02 4,00 3.308,08

Meia Altura 825,52 2,50 2.063,80

Fundo 824,02 1,00 824,02

* Para borda de 0,50 m

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7.10.17 PREENCHIMENTO

Camada do fundo = 1,20 m de Brita n.º 2

Camada intermediária = 0,20 m de areia

Camada superficial = 0,10 m de solo argiloso/substrato.

Figura 37- Detalhe do wetland de fluxo sub superficial - Projeto

Para o sistema com Macrófitas Emergentes com Fluxo Horizontal Sub

Superficial é mais adequado a espécie Phragmites australis. Sendo também

estudas as espécies como Typha latifolia ou Scirpus lacustris.

1.00m

1.50m

0.20m

1.30m

4.00m

AREIA GROSSA

BRITA N.º 2

5.00m

Figura 38 - Perfil esquemático do wetland de fluxo sub superficial (Toniato et al., 2005).

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126

Figura 39 - Perfil esquemático do wetland de fluxo sub-superficial (Salati et al., 2009).

7.10.18 EFLUENTE FINAL

Vazão Efluente (Qe) = 50% x Qa = 110,14 m³/d (considerando 50% de

evapotranspiração – estudos realizados por CASTILHOS JUNIOR – 2006)

DBO Efluente = 175 mg/L

Carga Efluente (Ce) = 77,09 kg.DBO/d

Ce = Qe x DBO

1.10-6

Ce = 110.140,0 l/d x 175 mg/L

1.10-6

Ce = 19,27 Kg DBO/dia

Eficiência do Wetland na Remoção da Carga Orgânica:

E = C – Ce x 100

C

Em que:

E = Eficiência de remoção da DBO5

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127

C = Carga DBO5 do afluente

Ce = Carga DBO5 do efluente

E = 77,09 kg.DBO/d - 19,27 kg.DBO/d x 100

77,09 kg.DBO/d

E = 75,0%

Tempo de detenção resultante (Tdr) com relação à Vazão Efluente (Qe):

Tdr = Vo / Qe

Tdr = 1.211,48 m³ / 110,14 m³/d

Tdr = 11 dias

8. CRITÉRIOS OPERACIONAIS

A operação provisória do aterro sanitário iniciará na data atual e adentrará a

etapa de regularização do empreendimento até a conclusão de todas as medidas de

adequação. Durante a etapa de operação provisória, as medidas adotadas terão seu

foco, na minimização dos riscos a saúde e a segurança e na redução dos impactos

ambientais.

A operação provisória será dividida nas seguintes ações diárias e contínuas:

A – Controle do recebimento de resíduos:

Registrar com pesagem dos caminhões coletores a entrada de resíduos no

aterro sanitário, para planejamento das ações necessárias a continuidade do

funcionamento adequado do empreendimento.

O caminhão irá depositar o lixo em “pilhas” imediatamente a jusante da frente

de operação demarcada, conforme definido pelo técnico responsável. O desmonte

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dessas pilhas de resíduos será feito com o auxílio da lâmina do trator de esteira que,

em seguida, procederá a seu espalhamento e compactação.

A área de disposição dos resíduos será previamente delimitada pela equipe

técnica, responsável pela operação do aterro sanitário. A demarcação da frente de

operação diária permite uma melhor manipulação do lixo, tornando o processo mais

prático e eficiente.

Nos períodos de chuvas intensas ou quando, por qualquer motivo, a frente de

operação estiver impedida de ser operada ou acessada, será mantida área para

descarga emergencial, previamente preparada, com acessos adequados.

B – Combate a proliferação vetores:

O aterro irá operar com frente de trabalho reduzida, otimizando os trabalhos

com maquinários e facilitando a cobertura dos resíduos, que consequentemente

inibirá a proliferação de vetores como insetos (moscas) e o acesso das aves e de

outros animais à massa de resíduos.

A diminuição da frente de trabalho permite uma melhor manipulação do lixo,

tornando o processo mais prático e eficiente.

C – Compactação dos resíduos:

Na frente de operação, os resíduos serão espalhados e compactados por um

equipamento apropriado, em rampas com inclinação aproximada de 1 na vertical

para 3 na horizontal (1:3). O equipamento de compactação estará permanentemente

à disposição na frente de operação do aterro sanitário.

A operação de compactação será realizada com movimentos repetidos do

equipamento de baixo para cima, procedendo-se, no mínimo, 3 a 6 passadas

sucessivas em camadas sobrepostas, até que todo o material disposto em cada

camada esteja adequadamente adensado, ou seja, até que se verifique por controle

visual que o incremento do número de passadas não ocasiona nenhuma redução

significativa do seu volume aparente.

A compactação será superior a 0,8 toneladas/m³, para garantir a estabilidade

do maciço.

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D – Recobrimento dos resíduos:

Ao fim de cada jornada de trabalho, os resíduos compactados receberão uma

camada de solo, espalhada em movimentos de baixo para cima. No dia seguinte,

antes do início da disposição dos resíduos, faz-se uma raspagem da camada de solo

da face inclinada da frente de operação, para dar continuidade à formação do

maciço de resíduos. O solo raspado deve ser armazenado para aproveitamento nas

camadas operacionais posteriores, tendo em vista possíveis dificuldades na

obtenção de quantidades suficientes e adequadas de solo para recobrimento. O solo

de cobertura será proveniente de área de empréstimo.

.COBERTURA DIÁRIA: camada de terra ou material inerte com espessura de 15 a

20 centímetros com o objetivo de impedir o arraste de materiais pela ação do vento

e evitar a disseminação de odores desagradáveis e a proliferação de vetores como

moscas, ratos, baratas e aves.

COBERTURA FINAL: uma vez esgotada a capacidade da plataforma do aterro,

procede-se à sua cobertura final com uma camada de argila compactada com cerca

de 60 centímetros de espessura, sobre as superfícies que ficarão expostas

permanentemente - bermas, taludes e platôs definitivos. Após recobrimento, deve-

se, proceder ao plantio de gramíneas nos taludes definitivos e platôs, de forma a

protegê-los contra a erosão.

E – Drenagem dos gases e líquidos percolados:

À medida que as camadas de lixo forem formando as células, será necessária

a construção de drenos internos horizontais e verticais, interligados aos drenos

instalados na base da área atual de ocupação do aterro, os quais devem ser

interligados para melhor eficiência na drenagem dos gases e chorume, gerados na

decomposição do lixo.

Os gases serão queimados imediatamente após o início de sua produção, de

forma a evitar que a sua dispersão pelo aterro contamine a atmosfera e cause danos

à saúde. Serão realizadas inspeções para observar se o gás está sendo queimado

Para que o sistema de drenagem dos líquidos percolados mantenha-se

operando corretamente serão realizadas: inspeções visuais periódicas no sistema de

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drenagem; remoção periódica do material depositado no fundo das caixas de

passagem; Avaliação dos recalques e identificação de eventuais deslizamentos.

F – Aterramento dos resíduos de serviços de saúde, comprovadamente

tratados:

O aterro receberá resíduos de serviços de saúde tratados para co-disposição,

onde após seu recebimento serão imediatamente aterrados, pois representam risco

de acidentes, devido à existência de material perfurocortantes.

G – Impermeabilização do solo:

A área de expansão atual do aterro sanitário possui impermeabilização de

base, garantindo a proteção do manancial subterrâneo durante a operação do

empreendimento e após encerramento do mesmo.

A camada de impermeabilização da área de ocupação atual é composta por

geomembrana PEAD e solo compactado adicionado de argilo-mineral (bentonita),

com baixa permeabilidade. A camada inferior (base) de impermeabilização é

protegida por camada de solo compactado.

H – Drenagem Superficial:

As drenagens superficiais, previstas nos patamares (canaletas e caixas de

drenagem) e nos taludes (descidas de água), serão instaladas ao final de cada

camada da célula.

Junto às frentes de trabalho, seja na área de empréstimo ou na de disposição

do lixo, serão abertas de canaletas (drenagem provisória), para o afastamento das

águas pluviais, permitindo a manutenção de boas condições de trabalho.

Todos os dispositivos de drenagem serão mantidos desobstruídos para

impedir a entrada de água no aterro, evitando a contaminação de um maior volume

de água. As águas de chuva coletadas dentro do aterro serão drenadas diretamente

para os cursos d'água, a fim de evitar seu contato com o chorume.

A manutenção da drenagem superficial será garantida através de inspeções

mensais em todos os platôs, terraços, bermas, taludes, etc. a procura de possíveis

danos. Se os mesmos ocorrerem, serão restaurados, evitando, principalmente, o

acúmulo de água na superfície do aterro.

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131

A drenagem ineficiente das águas de chuva pode provocar maior infiltração

no maciço do aterro, aumentando o volume de chorume gerado e contribuindo para

a instabilidade do maciço.

O período que exigirá maior frequência de inspeção no sistema de drenagem

pluvial coincidirá com as épocas de intensa pluviosidade.

I – Manutenção do sistema viário:

Serão realizadas inspeções ao longo dos acessos (uma vez por semana).

Caso seja detectado algum dano, executar imediatamente os serviços necessários.

Para permitir o trânsito de caminhões até a frente de trabalho, será mantido

acesso provisório sobre a área aterrada. Durante o período chuvoso, especial

cuidado será dado à manutenção destes acessos, procurando manter estoque

suficiente de material granular, para a sua recomposição.

J – Acidentes e emergências:

Manter equipe preparada para o combate a incêndios (queima de resíduos) e

inspecionar os taludes para verificar pontos prováveis de deslizamentos, para

manutenção dos taludes. Assim como manter o isolamento da área do aterro e

placas advertindo quanto ao risco à saúde.

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132

9. CONCLUSÃO

De acordo com os estudos realizados e as visitas de campo conclui-se que:

Apesar da falta de estrutura de proteção ambiental em alguns pontos

do aterro sanitário o lixiviado ainda não atingiu o aquífero freático;

A vulnerabilidade do aquífero freático é praticamente desprezível dado

às condições morfopedológicas da área de inserção do aterro;

Os laudos de análise do atual sistema de tratamento chorume

apresentaram resultados que não atendem às legislações ambientais

vigentes, no entanto pelas atuais condições de manutenção do sistema

os índices de remoção se mostraram surpreendentes;

As análises laboratoriais do manancial superficial Ribeirão do Lipa

indicaram índices de ferro e manganês superiores aos estabelecidos

nas resoluções Conama 357 e 430. Fato este atribuído ao regime de

escoamento próximo do lêntico no local onde as coletas foram

realizadas. Sabe-se que em lagos/barragens de nível existe o acúmulo

de biomassa morta e torna-se mecanismo de associação e dissociação

de micro e macronutrientes, entre estes estão o ferro e o manganês,

ambos micronutrientes e à formação morfopedológica da baixada

cuiabana.

As análises dos poços de monitoramento no aterro sanitário

confirmaram o levantado pelos estudos de geofísica, sendo que foram

encontradas alterações nas amostras dos poços PM3, PM5, PM6 nos

parâmetros ferro, manganês, sendo que as alterações mais

expressivas se deram nos dois últimos poços. Fato esse também

explicado pelo acúmulo de matéria orgânica contida no solo, uma vez

que estas amostras foram coletadas na zona não saturada (entre 2 e 6

metros) e à formação morfopedológica da baixada cuiabana.

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133

A análise do PM2 (background), indicaram ligeiros valores de ferro

acima o permitido pela CONAMA 369, é também essencial citarmos

que em área adjacente ao aterro na porção sul / sudeste ainda existe

operação de uma mineradora (exploração de ouro) e que esta atividade

também é caracterizada de alto impacto ambiental;

A coleta realizada no poço tubular do aterro sanitário apresentaram

todos os valores condizentes com o pré-estabelecido pela CONAMA

369, não trazendo assim indícios de que existe contaminação do

aquífero freático.

O monitoramento geotécnico dos taludes acometidos por queimadas

recentemente indicou um deslocamento mínimo, no entanto o

monitoramento deverá ser realizado continuamente para que assim

acidentes e incidentes sejam evitados.

De acordo com a concepção deste projeto o aterro sanitário de Cuiabá

ainda possui sete anos e dois meses de vida útil;

O atual sistema de tratamento de lixiviados se mostrou como fonte de

contaminação primária e necessita ter suas atividades cessadas.

Baseado nas informações obtidas, nas análises laboratoriais realizadas e na

revisão bibliográfica realizada sintetiza-se que não foram identificados até o

momento, passivos ambientais de média/alta magnitude e irreversíveis além dos já

previstos e inerentes à operação de um aterro sanitário, assim sendo esta equipe

técnica avalia como viável e sensata a continuidade da operação do aterro sanitário

de Cuiabá nesta mesma área e ainda reforça esta tese levando em consideração os

seguintes aspectos:

O uso adequado dos recursos públicos e a não pulverização de vários

aterros sanitários em um município;

Que não existem empreendimentos vizinhos que impeçam a operação

do aterro;

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134

Que não se evidenciaram a existência de pluma de contaminação

pelos estudos de geofísica e não foram identificadas alterações

significativas na qualidade das águas subterrâneas;

A vulnerabilidade da área a ser ocupada para instalação das novas

células é desprezível, conforme levantamento morfopedológico e

hidrogeológico realizado;

Com a instalação de um novo sistema de tratamento de lixiviados será

cessada a infiltração de chorume in natura no solo;

Com uma vida útil maior e maximizando a utilização da área o poder

público terá tempo hábil para realizar um EIA/RIMA consistente e

coerente com os anseios socioeconômicos e ambientais da população

cuiabana e também poderá costurar consórcios intermunicipais ou

buscar recursos junto às entidades estaduais e federais;

Este é nosso parecer, salvo melhor juízo.

Fernando dos Santos Sanches

CREA RN 1211025730

Coordenador do estudo

____________________________

Fernando S. Sagin de Oliveira

CREA RN 1208268082

Engº Sanitarista e Ambiental

____________________________

Luciano Cavalcante Santos

CREA RN 1207233242

Engº Sanitarista e Seg. do

Trabalho

____________________________

Paulo Augusto Cruz

CREA RN 1209463881

Geólogo

____________________________

Alteredo Oliveira Cutrim

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135

Matemático e Geofísico

Consultor Sênior

____________________________

Kelly Cristina Gasparini

CREA RN 1207959871

Engª Florestal

____________________________

Nilton Carneiro Santiago

CREA 87/80 TD-MT

Geógrafo e técnico em

agrimensura

____________________________

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136

10. RECOMENDAÇÕES

De acordo com os estudos realizados e as visitas de campo recomenda-se

que:

Seja realizado no mínimo trimestralmente campanha de coleta de

águas subterrâneas, superficiais e do sistema de tratamento de

lixiviados;

Que o atual sistema de tratamento de lixiviados seja desativado e que

o material líquido seja encaminhado ao novo sistema de tratamento de

lixiviados e o sólido seja encaminhado a um leito de secagem e

posteriormente encaminhado às células de resíduos Classe II;

Que o novo sistema de tratamento de lixiviados seja executado nos

moldes do apresentado neste projeto;

Que seja removido o material das células de Resíduos de Serviço de

Saúde e estes encaminhados para a nova célula a ser executada;

Que as diretrizes do projeto deste aterro sanitário sejam executadas

rigorosamente, principalmente nos aspectos de proteção e

impermeabilização de base e drenagem de lixiviado e gases;

Que os incentivos dos poderes públicos sejam suficientes para uma

sensibilização da população sob à tangente da consciência ambiental e

redução/reciclagem/reuso de resíduos;

Que as políticas públicas de coleta seletiva e triagem sejam prioridades

na gestão de limpeza pública urbana.

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137

11. LISTA DE ANEXOS

I. Anotações de Responsabilidade técnica (ART´s);

II. Cadastro técnico ambiental junto à SEMA-MT do Coordenador do

estudo;

III. Documentação de posse da área de implantação do aterro sanitário;

IV. Laudos laboratoriais;

V. Cronograma de execução;

VI. Detalhamento gráfico do projeto;

VII. Mapas, aerofotografia e levantamento planialtimétrico.

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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Cutrim, A.O.; Campos, J.E.G. 2010 Avaliação da vulnerabilidade e perigo à

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Cutrim, A.O. 2011. Interpretação do funcionamento hídrico da cobertura

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