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PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPADÃO DO SUL/MS CHAPADÃO DO SUL/MS 2012 PROJETO DE COLETA SELETIVA

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Projeto de Coleta Seletiva

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CHAPADÃO DO SUL/MS

CHAPADÃO DO SUL/MS

2012

PROJETO DE COLETA SELETIVA

R. Cláudia, 239 - Giocondo Orsi - Campo Grande/MS - CEP 79022-070 (67)3351.9100 www.dmtr.com.br / [email protected]

iii

APRESENTAÇÃO

A implantação do sistema de coleta seletiva em Chapadão do Sul é

uma ação essencial para se atingir a meta de redução, reutilização e reciclagem

dos resíduos sólidos recicláveis e orgânicos, representando um fator estratégico

para a consolidação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).

Com a diminuição dos resíduos dispostos em aterros sanitários ou em locais

inadequados, o município reduz os possíveis impactos ambientais relacionados e

também o custo operacional do sistema, garantindo ainda um aumento na vida útil

do seu aterro sanitário, bem como a criação de um mercado da reciclagem com a

geração de oportunidades de trabalho e renda.

Neste sentido, este Projeto apresenta a caracterização do

gerenciamento dos resíduos sólidos no município, servindo de base para o

planejamento do sistema de coleta seletiva, propondo as ações estruturais,

operacionais e logísticas, administrativa e institucional, de orientação, divulgação e

sensibilização, acompanhamento e controle, embasados em escolhas mais

vantajosas economicamente para o município de Chapadão do Sul/MS.

Ademais, exibe as receitas possíveis oriundas do comércio de recicláveis,

o planejamento das ações, metas e investimentos e, assim, correlacionando-os

apresenta um estudo de viabilidade econômica do Projeto de Coleta Seletiva para

um horizonte temporal de 20 anos.

R. Cláudia, 239 - Giocondo Orsi - Campo Grande/MS - CEP 79022-070 (67)3351.9100 www.dmtr.com.br / [email protected]

v

SUMÁRIO

Projeto de Coleta Seletiva (PCS)

LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................................... IX

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................ XI

LISTA DE QUADROS ........................................................................................................................ XIII

LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................................................XV

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 17

2 HORIZONTE DE PLANEJAMENTO ............................................................................................. 19

3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DE CHAPADÃO DO SUL/ MS ....................................................... 21

3.1 DADOS POPULACIONAIS.................................................................................................. 22

4 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................... 25

4.1 ACONDICIONAMENTO..................................................................................................... 25

4.2 COLETA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES (RSD), COMERCIAIS (RCC) E DE

PRESTADORES DE SERVIÇO ............................................................................................... 26

4.3 UNIDADE DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................. 27

4.4 DESTINAÇÃO FINAL .......................................................................................................... 28

4.4.1 Lixão .................................................................................................................................... 28

4.4.2 Local de disposição final de resíduos da construção civil (RCC), de podas e

de varrição ........................................................................................................................ 29

4.4.3 Aterro Sanitário ................................................................................................................ 30

4.4.4 Síntese da Gestão e Gerenciamento dos Resíduos Sólidos em Chapadão do

Sul ........................................................................................................................................ 31

5 ESTIMATIVA DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM CHAPADÃO DO SUL/ MS ............. 33

6 CONCEPÇÃO DO PROJETO DE COLETA SELETIVA ................................................................. 37

6.1 AÇÕES ESTRUTURAIS ......................................................................................................... 39

6.1.1 Instalação de coletores públicos para coleta seletiva ........................................... 40

6.1.2 Distribuição de recipientes para acondicionamento .............................................. 43

6.1.3 Instalação de Locais de Entrega Voluntários (LEV’s)................................................ 47

6.1.4 Instalação de Locais de Entrega de Pilhas, Baterias e Óleo de Cozinha (LEV’s

Especiais) ........................................................................................................................... 54

6.1.5 Instalação de Ecopontos ............................................................................................... 55

6.1.6 Aquisição de Veículos para a coleta seletiva porta a porta ................................. 56

6.1.7 Instalação da Unidade de Triagem de Resíduos (UTR) ............................................ 60

6.1.8 Instalação da Unidade de Compostagem (UC) ...................................................... 61

6.2 AÇÕES OPERACIONAIS E LOGÍSTICAS ............................................................................ 62

6.2.1 Segregação dos resíduos gerados............................................................................... 63

6.2.2 Definição da Frequência e Setores da Coleta Seletiva porta a porta ................ 64

vi Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

6.2.3 Destinação dos materiais separados .......................................................................... 66

6.2.3.1 Destinação dos resíduos recicláveis ............................................................ 67

6.2.3.2 Destinação dos resíduos sólidos compostáveis .......................................... 69

6.2.3.3 Logística Reversa .......................................................................................... 70

6.3 AÇÕES ADMINISTRATIVAS E INSTITUCIONAIS .................................................................. 74

6.3.1 Criação de uma equipe de coordenação do projeto ........................................... 75

6.3.2 Fomentar a Criação de Cooperativas ........................................................................ 75

6.3.3 Forma de prestação do serviço.................................................................................... 77

6.4 AÇÕES DE ORIENTAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO .......................................... 78

6.4.1 Criação da semana da reciclagem ............................................................................ 79

6.4.2 Gincana escolar de coleta seletiva (Reciclar) .......................................................... 79

6.4.3 Material de divulgação .................................................................................................. 80

6.4.3.1 Logomarca e mascote da Coleta Seletiva ................................................ 80

6.4.3.2 Adesivos informativos ................................................................................... 81

6.4.3.3 Selo de participação na coleta seletiva ..................................................... 83

6.4.3.4 Website da Coleta Seletiva .......................................................................... 85

6.4.3.5 Rádio .............................................................................................................. 85

6.4.3.6 Outros meios de divulgação ........................................................................ 85

6.4.4 Criar e Implantar Placar da Coleta Seletiva .............................................................. 87

6.4.5 Realizar a capacitação e atualização periódica dos funcionários envolvidos

com manejo de resíduos sólidos ................................................................................... 89

6.5 AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE ............................................................... 89

6.5.1 Definição dos Indicadores ............................................................................................. 89

6.5.2 Indicadores de avaliação dos resultados e dos impactos da coleta seletiva ... 90

6.5.3 Planilhas de Controle, Monitoramento e Avaliação ................................................ 91

7 AÇÕES REALIZADAS ................................................................................................................ 95

7.1 MASCOTE E LOGOMARCA ............................................................................................... 95

7.2 FOLDER INFORMATIVO ..................................................................................................... 96

7.3 CAMISETAS ....................................................................................................................... 97

7.4 OUTDOOR E BANNERS ...................................................................................................... 97

8 RECEITA ESTIMADA DO COMÉRCIO DE RECICLÁVEIS E ORGÂNICOS .................................. 99

9 APLANO DE AÇÕES, METAS E INVESTIMENTOS DO PROJETO DE COLETA SELETIVA .............101

10 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA .................................................................................103

11 FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTOS ..........................................................................107

12 RECOMENDAÇÕES GERAIS ...................................................................................................109

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................111

14 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONTRATADA E EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL ................113

14.1 EQUIPE TÉCNICA ............................................................................................................. 115

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vii

14.2 APOIO TÉCNICO ............................................................................................................. 115

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................................117

ANEXOS .........................................................................................................................................119

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LISTA DE SIGLAS

ALL América Latina Logística

ANP Agência Nacional de Petróleo

BID Banco Interamericano de Desenvolvimento

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social

CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

EPI’s Equipamentos de Proteção Individual

FNDD Fundo Nacional de Direitos Difusos

FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundação Nacional de Saúde

IBAM Instituto Brasileiro de Administração Municipal

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMASUL Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul

inpEV Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias

LEV Locais de Entrega Voluntária

MS Mato Grosso do Sul

PEV Ponto de Entrega Voluntária

RCD Resíduos da Construção Civil e Demolição

RSD Resíduos Sólidos Domiciliares

RV Resíduos Volumosos

SEDEMA Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente

UC Usina de Compostagem

UTR Unidade de Triagem de Resíduos

CEASAS Centrais de Abastecimento

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xi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização do município de Chapadão do Sul em relação ao Estado de Mato

Grosso do Sul e ao Brasil .................................................................................................. 21

Figura 2 – Porcentagem da população rural e urbana de Chapadão do Sul/MS .................... 24

Figura 3 – Formas de acondicionamento temporário dos resíduos sólidos domiciliares,

comerciais e de prestadores de serviço. (A) lixeira; (B) bombona; e (C)

resíduos dispostos no solo. ............................................................................................... 25

Figura 4 – Execução do serviço de coleta dos resíduos sólidos na cidade Chapadão do

Sul/MS .................................................................................................................................. 26

Figura 5 – Galpão da Unidade de Triagem de Resíduos, em destaque a esteira utilizada

para segregação dos materiais recicláveis ................................................................ 27

Figura 6 – Galpão da futura Unidade de Triagem de Resíduos em construção de

Chapadão do Sul ............................................................................................................. 28

Figura 7 – Trator realizando a disposição dos rejeitos após a triagem, em uma área do

“lixão”. ................................................................................................................................. 29

Figura 8 – Local de disposição final de resíduos da construção civil, podas e de varrição ..... 30

Figura 9 – Aterro Sanitário em construção ........................................................................................... 30

Figura 10 – Síntese da situação da gestão e gerenciamento de resíduos sólidos em

Chapadão do Sul/MS ...................................................................................................... 31

Figura 11 – Porcentagem de materiais recicláveis, compostáveis e rejeitos ............................... 35

Figura 12 – Concepção do Projeto de Coleta Seletiva de Chapadão do Sul/MS ..................... 37

Figura 13 – Ações estruturais propostas para a coleta seletiva de Chapadão do Sul .............. 39

Figura 14 – Exemplos de coletores utilizados na coleta seletiva ..................................................... 40

Figura 15 – Recomendação do que deve conter na identificação dos coletores seletivos

públicos ............................................................................................................................... 41

Figura 16 – Sugestão da distribuição espacial dos coletores seletivos em Chapadão do Sul . 42

Figura 17- Exemplos de recipientes para acondicionamento dos resíduos secos

(recicláveis). ....................................................................................................................... 43

Figura 18 – Exemplo de Locais de Entrega Voluntária de Recicláveis (LEV’s) ............................. 48

Figura 19 – Distribuição dos Locais de Entrega Voluntária de Recicláveis na área urbana

com base na densidade demográfica do município .............................................. 51

Figura 20 – Possíveis locais de implantação dos LEV’s de recicláveis na cidade de

Chapadão do Sul ............................................................................................................. 53

Figura 21 – Exemplo de recipientes para o armazenamento de lâmpadas, pilhas/baterias e

óleo de cozinha ................................................................................................................ 54

Figura 22 – Layout sugerido para a implantação do Ponto de Entrega Voluntária (PEV) ou

Ecoponto no município de Chapadão do Sul/MS. ................................................... 55

xii Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 23 - Exemplos dos veículos para cada categoria (1)............................................................ 56

Figura 24 – Exemplos dos veículos para cada categoria (2) ........................................................... 57

Figura 25 – Ações operacionais e logísticas propostas para a coleta seletiva em

Chapadão do Sul ............................................................................................................. 62

Figura 26 – Formas de separação dos resíduos sólidos ..................................................................... 63

Figura 27 – Sugestão dos setores da coleta seletiva porta a porta em Chapadão do Sul ...... 65

Figura 28 – Fluxo ideal do encaminhamento dos resíduos sólidos gerados ................................. 66

Figura 29 – Produtos com logística reversa obrigatória .................................................................... 70

Figura 30 – Central de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos gerida pela

ARDAC em Chapadão do Sul/MS ................................................................................ 71

Figura 31 – Ações administrativas e institucionais propostas para a coleta seletiva em

Chapadão do Sul ............................................................................................................. 74

Figura 32 – Organograma proposto para equipe da Coleta Seletiva .......................................... 75

Figura 33 – Competência e tipos de prestação de serviços públicos admitidos pela

Constituição Federal ........................................................................................................ 78

Figura 34 – Faixa do projeto “Reciclar” fixada em uma escola. Podem-se observar os

desenhos e frases vencedoras ....................................................................................... 80

Figura 35 – Exemplos de mascotes utilizados em projetos de coleta seletiva ............................. 80

Figura 36 – Modelo de adesivo em tamanho A4 para entrega nas residências,

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço .......................................... 82

Figura 37 – Exemplos de selos da coleta seletiva ............................................................................... 84

Figura 38 – Modelo sugerido para o placar da coleta seletiva em Chapadão do Sul/MS ...... 88

Figura 39 – Indicadores de controle para o projeto de coleta seletiva em Chapadão do

Sul/MS .................................................................................................................................. 90

Figura 40 – Indicadores de avaliação propostos para Chapadão do Sul/ MS ........................... 91

Figura 41 – Mascote adotado para o Projeto de Coleta Seletiva em Chapadão do Sul/MS . 95

Figura 42 – Versão preliminar do folder com foco na sustentabilidade, inovação e na

coleta seletiva. .................................................................................................................. 96

Figura 43 – Modelo de camisetas para a divulgação do Projeto de Coleta Seletiva ............... 97

Figura 44 – Legenda do Plano de ações, Metas e Investimentos ................................................ 101

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Condições de trafegabilidade das rodovias de acesso ao município de

Chapadão do Sul ............................................................................................................. 22

Quadro 2 – Principais produtos recicláveis ou não recicláveis por material ................................ 64

Quadro 3 – Principais empresas recebedoras de materiais recicláveis no Estado de Mato

Grosso do Sul ...................................................................................................................... 67

Quadro 4 – Unidades da Organoeste em Mato Grosso do Sul ....................................................... 69

Quadro 5 – Coletores de óleo lubrificante autorizados pela ANP.................................................. 73

Quadro 6 – Descrição dos principais aspectos relacionados às cooperativas ........................... 76

Quadro 7 – Materiais de divulgação e valores unitários .................................................................. 86

Quadro 8 – Exemplo de Planilha de controle, monitoramento e avaliação da coleta

seletiva. ............................................................................................................................... 92

Quadro 9 – Plano de ações, metas e investimento do Projeto de Coleta Seletiva em

Chapadão do Sul/MS .................................................................................................... 102

Quadro 10 – Possíveis fontes de recursos financeiros ...................................................................... 107

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Evolução da população total do município de Chapadão do Sul entre 1991 e

2012 ...................................................................................................................................... 23

Gráfico 2 – Evolução da população total no município de Chapadão do Sul/MS em

porcentagem. ................................................................................................................... 23

Gráfico 3 - Estimativa da geração futura de resíduos com base no crescimento

populacional e geração per capita constante......................................................... 33

Gráfico 4 – Composição gravimétrica dos resíduos sólidos (peso) de Chapadão do Sul. ....... 34

Gráfico 5 – Estimativa do número de domicílios e residências a serem atendidos pelo

Projeto de Coleta Seletiva e da população total do município. ........................... 45

Gráfico 6 – Comparação entre os custos totais na distribuição de sacos plásticos e cestos

de lixo .................................................................................................................................. 47

Gráfico 7 – Percentual máximo de recolhimento dos resíduos sólidos recicláveis nos LEV’s

de acordo com a frequência de coleta. .................................................................... 50

Gráfico 8 – Quantidade estimada de veículos necessários para a coleta setorizada porta

a porta na cidade de Chapadão do Sul .................................................................... 57

Gráfico 9 – Comparativo dos custos estimados totais para implantação e operação da

coleta seletiva porta a porta considerando a utilização dos diferentes

veículos. .............................................................................................................................. 60

Gráfico 10 – Evolução da estimativa de receita oriunda da comercialização dos produtos

recicláveis e orgânicos .................................................................................................. 100

Gráfico 11 – Percentual da receita total gerada durante os 20 anos por categoria de

produto ............................................................................................................................. 100

Gráfico 12 – Comparação das receitas e despesas totais provenientes do sistema de

coleta seletiva em Chapadão do Sul ........................................................................ 103

Gráfico 13 – Saldo acumulado do sistema de coleta seletiva em Chapadão do Sul

durante 20 anos .............................................................................................................. 105

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1 INTRODUÇÃO

O serviço de limpeza urbana tem caráter fundamental para a saúde e

bem estar da população. Diante de um serviço deficiente ou precário pode ser

verificada a existência de lixo pelas ruas, em terrenos baldios e margens de rios,

propiciando com isso a proliferação de vetores de doenças, a contaminação do

solo e água, possíveis entupimentos de galerias de águas pluviais e

consequentemente contribuindo para a ocorrência de enchentes, dentre outros.

Diante do cenário supracitado têm-se gastos elevados para a

remediação dos problemas ocasionados, acarretando em uma gestão de resíduos

ainda mais onerosa. A limpeza urbana é um dos serviços mais dispendiosos do

município em virtude da quantidade de mão de obra que é empregada e dos

gastos de aquisição, manutenção e operação das frotas de veículos e

equipamentos.

Neste sentido, a solução deste serviço deve ser compartilhada pelos

administradores municipais, priorizando investimentos preventivos, ações e

orientações para que os cidadãos, através da conscientização, participem de

forma conjunta neste trabalho de limpeza e manutenção da qualidade de vida da

cidade.

A coleta seletiva dos resíduos sólidos, como instrumento do sistema de

limpeza urbana, é primordial para que os municípios, além de se adequarem as

exigências da Lei Federal nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos),

reduzam custos de disposição final, gerem renda para trabalhadores, inclusão

social, bem estar da população e contribuam com um meio ambiente equilibrado

e saudável.

Ademais, a coleta seletiva objetiva recolher os resíduos sólidos

domiciliares, comerciais e de serviços públicos de maneira previamente segregada

em recicláveis e orgânicos na fonte geradora. Entretanto, há a necessidade de

infraestruturas específicas como uma unidade de triagem de resíduos para a

separação dos recicláveis por tipo e separação dos rejeitos.

Deste modo é fundamental uma boa estruturação das fases de

planejamento, implantação e manutenção, buscando identificar as melhores

tecnologias acessíveis, os meios de informação e educação a sociedade e o

desenvolvimento do mercado de recicláveis.

18 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Este Projeto de Coleta Seletiva (PCS), se efetivamente implantado e

aderido pela sociedade, consagra-se como um importante instrumento para o

aproveitamento de materiais recicláveis e de matéria orgânica, aliado a

adequação do município as exigências legais e benefícios ambientais associados.

Neste sentido, são elencados a seguir os principais aspectos positivos associados

diretamente à coleta seletiva:

Proporciona boa qualidade dos materiais recuperados, pois não

há a contaminação proveniente de outros materiais,

principalmente da parcela orgânica;

Estimula a cidadania, uma vez que a participação popular,

essencial para a consolidação da coleta seletiva, reforça o espírito

comunitário;

Reduz a quantidade de rejeito a ser disposto, assim aumentando a

vida útil do local de disposição final de resíduos sólidos (aterro

sanitário);

Gera empregos direta e indiretamente;

Incentiva o beneficiamento e a reciclagem e;

Reduz os impactos ambientais oriundos da demanda por matéria

prima, energia e água.

Diante das vantagens e benefícios atribuídos à coleta seletiva, a

Prefeitura Municipal de Chapadão do Sul optou por elaborar e implantar tal

instrumento de gestão em conjunto com as demais ações ambientais que vem

sendo realizadas (elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, do Plano

de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos, do Plano Diretor e execução de ações de

educação ambiental), que, complementares entre si, contribuem para melhor

qualidade de vida da população chapadense e preservação ambiental do

município.

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19

2 HORIZONTE DE PLANEJAMENTO

A implantação deste Projeto de Coleta Seletiva demandará ações,

principalmente estruturais, que se estenderão durante vários anos, sendo definido o

horizonte temporal de 20 (vinte) anos e recomendadas revisões a cada 4 (quatro)

anos. Estas são de extrema importância para avaliar o sistema implantado, bem

como realizar correções de projeção devido a fatores imponderáveis no presente

momento.

A fixação do horizonte temporal e da periodicidade de revisão deste PCS

é fundamental para o planejamento envolvido na construção deste instrumento de

gestão, possibilitando o escalonamento das ações e da utilização de recursos

financeiros, garantindo que o sistema será monitorado no mínimo a cada 4 anos e

que os investimentos resultarão nos benefícios esperados, além de estar em

consonância com o Politica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e com a Política

Nacional de Saneamento Básico (PNSB).

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21

3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DE CHAPADÃO DO SUL/ MS

O município de Chapadão do Sul possui uma área territorial de 3.851,004

km², segundo dados do IBGE (2010), está localizado na mesorregião leste do Estado

do Mato Grosso do Sul e microrregião de Cassilândia, distante aproximadamente

330 quilômetros da capital sul-matogrossense, Campo Grande.

Faz limite com os municípios de Água Clara/MS, Costa Rica/MS,

Cassilândia/MS e com o Estado de Goiás, mais precisamente o município de

Chapadão do Céu. Visando ilustrar a localização do município em epígrafe em

relação ao Brasil e ao Estado foi confeccionada a Figura 1.

Figura 1 – Localização do município de Chapadão do Sul em relação ao Estado de

Mato Grosso do Sul e ao Brasil Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012 a partir dos dados do IBGE (2008).

A principal forma de acesso ao município e a sua sede é através da

malha rodoviária, destacando a rodovia federal BR 060 que liga a capital sul-

matogrossense com Brasília/DF e a rodovia estadual MS 306, que liga o município a

Cuiabá/MT. Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de

22 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Transportes (DNIT), atualizadas em 20/06/2012, a BR 060 apresenta pista e sinalização

horizontal e vertical em boas condições, porém não possui acostamento e há

registros da ocorrência de animais silvestres na pista. De acordo com o Relatório

Pesquisa Confederação Nacional de Transporte (CNT) de Rodovias 2011 o trecho

de Campo Grande ao distrito São Pedro, coincidente com a BR 163, apresenta

boas condições e o trecho São Pedro a Chapadão do Sul apresenta condições

ruins.

A estrada estadual MS 306 que liga Costa Rica/MS a Chapadão do

Sul/MS apresenta condições razoáveis de trafegabilidade, sendo o trecho próximo

a Chapadão do Sul o que apresenta piores condições. Segundo Relatório Pesquisa

CNT de Rodovias 2011 o trecho da MS 306 que liga Chapadão do Sul a Cassilândia

apresenta condições péssimas de rodagem.

O Quadro 1 apresenta a classificação por rodovia pesquisada no

Relatório Pesquisa CNT de Rodovias 2011.

Quadro 1 – Condições de trafegabilidade das rodovias de acesso ao município de

Chapadão do Sul

Rodovia

Extensão

Pesquisada

(km)

Geral Pavimento Sinalização Geometria

MS-306 103 Péssimo Ruim Péssimo Péssimo

BR 060 677 Regular Regular Regular Péssimo

Fonte: Pesquisa CNT de rodovias 2011.

No que concerne à malha ferroviária, Chapadão do Sul está no trecho

da ALL – América Latina Logística Malha Norte que liga o município ao Porto de

Santos (SP), principal porto do Brasil, sendo um importante meio de transporte para

os produtos agrícolas da região.

3.1 DADOS POPULACIONAIS

O município de Chapadão do Sul/MS registra, desde sua criação em

1987, um aumento expressivo em sua população atingindo em 2012 à estimativa de

20.482 pessoas. Segundo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), em 1991 havia no município 5.383 habitantes e 19.648 para o ano

de 2010, fato este evidenciado no Gráfico 1, onde se pode visualizar a evolução da

população total de 1991 a 2012.

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Gráfico 1 – Evolução da população total do município de Chapadão do Sul entre

1991 e 2012 Fonte: Elaborado a partir dos dados do IBGE disponíveis no Banco de Dados do Estado do

Mato Grosso do Sul

Nota: * Censo Demográfico; ** Contagem população do IBGE

Analisando o Gráfico 1 fica evidente o aumento da população total no

município, sendo que ocorreu um incremento de 125,5% de 1991 a 2000 e de 61,8%

de 2000 a 2010. Considerando o período compreendido entre 1991 a 2010 o

aumento populacional foi ainda mais significativo atingindo 265,0%, ou seja, 14.265

habitantes (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Evolução da população total no município de Chapadão do Sul/MS em

porcentagem. Fonte: Elaborado a partir de dados dos Censos do IBGE (1991, 2000 e 2010).

5383

5.716

5.779

5.839

6.446

8489

9.007

9.444

9.881

12.140

12.402

12.923

13.510

14.743

15.425

16.102

16193

16.781

17.293

19648

20.261

20.482

1991*

1992

1993

1994

1995

1996**

1997

1998

1999

2000*

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007**

2008

2009

2010*

2011

2012

An

o

População Total (hab.)

125,5%

61,8%

24 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

O incremento populacional

supracitado refletiu efetivamente na

população urbana do município que

em 1991 era de 2.328 habitantes (43,25

% da população total) e aumentou

para 16.777 habitantes (85,39% da

população total) no ano de 2010.

Enquanto que o número de habitantes

em área rural sofreu uma pequena

diminuição, em 1991 era 3.055 e em

2010 de 2.871, porém, se considerado

o seu porcentual em relação à

população total houve uma grande

redução, em 1991 era de 56,75% e em 2010 atingiu apenas 14,61% (Figura 2).

.

1991 2000 2010

56,75%

24,34% 14,61%

43,25%

75,66% 85,39%

População Rural População Urbana

Figura 2 – Porcentagem da população rural

e urbana de Chapadão do Sul/MS Fonte: Elaborado a partir de dados dos Censos

do IBGE (1991, 2000 e 2010).

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25

4 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

Este capítulo visa apresentar sinteticamente o atual sistema de

gerenciamento dos resíduos sólidos no município de Chapadão do Sul, de forma a

embasar o planejamento e a concepção do Projeto de Coleta Seletiva.

Os Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD) são aqueles provenientes de

atividades domésticas em residências, os quais apresentam características

semelhantes aos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, com

variações qualitativas e quantitativas em suas caracterizações, porém, compatíveis

entre si conforme as normas e legislações vigentes.

4.1 ACONDICIONAMENTO

A principal forma de acondicionamento temporário dos resíduos sólidos

domiciliares, comerciais e dos prestadores de serviços na cidade de Chapadão do

Sul é através de sacos plásticos disposto em lixeiras (Figura 3 - A). Entretanto, em

algumas localidades estes são embalados em sacos plástico e armazenados em

bombonas (Figura 3 - B) ou pendurados na grade da residência, ou ainda, dispostos

diretamente sobre o solo (Figura 3-C). Destaca-se que devido ao grande volume

gerado nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço há um

predomínio na utilização de bombonas por parte destes geradores.

Figura 3 – Formas de acondicionamento temporário dos resíduos sólidos

domiciliares, comerciais e de prestadores de serviço. (A) lixeira; (B) bombona; e (C)

resíduos dispostos no solo. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 04/06/ 2012.

A B C

26 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

A falta de padronização dos coletores utilizados interfere negativamente

na eficiência de coleta dos funcionários devido, principalmente, ao excesso de

peso e dificuldade de manuseio de alguns recipientes. Ademais, a disposição de

sacos diretamente sobre o solo, acarreta na facilidade de acesso por animais e

consequentemente na dispersão dos resíduos, assim causando degradação

paisagística, probabilidade de contaminação e dificuldade na coleta.

4.2 COLETA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES (RSD), COMERCIAIS (RCC)

E DE PRESTADORES DE SERVIÇO

O serviço de coleta dos resíduos domiciliares, comerciais e de

prestadores de serviço (Figura 4) é realizado de segunda a sábado entre as 03:00 e

12:00 horas em setores de definidos, ou seja, cada caminhão atende uma área. No

período vespertino um dos caminhões realiza a coleta dos resíduos gerados nos

supermercados, escolas e nas fazendas próximas a sede municipal.

Os trabalhadores da coleta são funcionários da Prefeitura Municipal,

sendo designados nove trabalhadores distribuídos em três equipes (1 motorista e 2

coletores). Cada equipe é auxiliada por um caminhão compactador, sendo um da

Prefeitura com capacidade de 6 m³ e outros dois locados com 8 m³ de

capacidade.

Figura 4 – Execução do serviço de coleta dos resíduos sólidos na cidade Chapadão

do Sul/MS Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

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27

Foi constatado que apesar dos supermercados receberem uma coleta

diferenciada existe uma grande quantidade de resíduos recicláveis contaminados

com resíduos orgânicos acarretando na perda da qualidade do material para a

triagem, reutilização e reciclagem. Neste sentido, é essencial a segregação nos

pontos geradores e a respectiva coleta seletiva dos resíduos.

4.3 UNIDADE DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Unidade de Triagem de Resíduos Sólidos (UTR) está instalada em uma

área contigua ao “lixão” (Figura 5), onde trabalham 25 (vinte e cinco) funcionários

sendo 14 (quatorze) mulheres e 11(onze) homens, com idade média entre 55

(cinquenta e cinco) e 60 (sessenta) anos, que realizam suas atividades de segunda

à sábado, com jornada diária de 8 horas (7 às 11 e das 13 às 17 horas). Os

trabalhadores são funcionários da Prefeitura e ingressaram no ofício por meio de

concurso e em sua maioria estão trabalhando, em média de 10 a 11 anos nesta

unidade.

Figura 5 – Galpão da Unidade de Triagem de Resíduos, em destaque a esteira

utilizada para segregação dos materiais recicláveis Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

28 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Os materiais são separados em 28 (vinte e oito) tipos, enfardados ou

armazenados em big bags e comercializados por meio de leilões que acontecem

de três em três meses. Os rejeitos são destinados ao lixão, conforme descrição no

4.4.1.

A UTR apresenta espaço físico já insuficiente para a demanda de resíduos

a serem coletados. Portanto, está em fase de construção uma nova unidade

(Figura 6) na área do futuro aterro sanitário, assim, reduzindo os custos com o

manejo dos resíduos (principalmente relacionados à logística).

Figura 6 – Galpão da futura Unidade de Triagem de Resíduos em construção de

Chapadão do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

4.4 DESTINAÇÃO FINAL

Os tópicos seguintes contemplam uma breve descrição dos atuais locais

de disposição final dos resíduos sólidos coletados no município de Chapadão do

Sul, bem como o Aterro Sanitário em construção.

4.4.1 Lixão

Os rejeitos sólidos da cidade de Chapadão do Sul são dispostos em área

contígua a UTR, sendo esta classificada como “Lixão” (Figura 7). Destaca-se que

está sendo executado um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas por

Resíduos Sólidos (PRAD-RS), sendo possível observar o recobrimento por terra da

massa de resíduos e uma cortina arbórea formada por eucaliptos.

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29

O lixão está com sua capacidade esgotada, sendo diariamente

despejadas de 22 a 25 toneladas de resíduos. Pelo fato do aterro sanitário ainda

não estar em operação, foi aberta recentemente uma vala que tem capacidade

para receber os resíduos coletados no município por um ano.

Figura 7 – Trator realizando a disposição dos rejeitos após a triagem, em uma área

do “lixão”. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 03/06/2012.

4.4.2 Local de disposição final de resíduos da construção civil (RCC), de

podas e de varrição

A disposição final dos resíduos da construção civil, podas e de varrição é

realizada em uma erosão (Figura 8). Observa-se também o descarte de resíduos

domiciliares (recicláveis, orgânicos e rejeitos) no local.

30 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 8 – Local de disposição final de resíduos da construção civil, podas e de

varrição Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

4.4.3 Aterro Sanitário

Está em fase de

construção o aterro sanitário

do município (Figura 9), que

deverá receber todos os

rejeitos gerados e ainda

acolherá a estrutura da nova

Unidade de Triagem de

Resíduos (Figura 6).

O

empreendimento possui a

licença ambiental prévia e de

instalação (LP E LI),

aguardando a finalização das obras para o requerimento da Licença de Operação

(LO) junto ao Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL).

Figura 9 – Aterro Sanitário em construção Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

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31

4.4.4 Síntese da Gestão e Gerenciamento dos Resíduos Sólidos em

Chapadão do Sul

A Figura 10 visa apresentar os principais aspectos positivos (+) e negativos

(-) referentes ao sistema de gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos

domiciliares, comerciais e de prestadores de serviço.

Figura 10 – Síntese da situação da gestão e gerenciamento de resíduos sólidos em

Chapadão do Sul/MS Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Aterro sanitário em construção e

licenciado

Plano de Recuperação de Área

Degradada por Disposição final

de Resíduos Sólidos (PRAD-RS)

para o Lixão em execução

Existência de uma UTR e a

construção de outra unidade em

condições mais adequadas.

Coletores de pilhas e baterias

Destinação para os pneus

Ausência de padronização das

lixeiras

Ausência de coleta seletiva

Descarte dos rejeitos em lixão

Despejo de efluentes de fossas na

área do lixão

Caminhões de coleta locados

Idade elevada dos trabalhadores

da coleta e da triagem

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33

5 ESTIMATIVA DA GERAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM CHAPADÃO DO

SUL/ MS

As características dos resíduos sólidos podem variar em função de

aspectos sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos, sendo estes

fatores os que diferenciam as cidades em si. Neste sentido, objetivando a precisão

quanto às características de geração, composição gravimétrica e peso específico

utilizaram-se os dados do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de

Chapadão do Sul, em fase de elaboração.

Desta forma, a estimativa da geração de resíduos foi calculada

considerando a geração per capita constante e correlacionando com crescimento

populacional urbano (Gráfico 3). Esta informação é imprescindível para a definição

das estratégias e dimensionamento dos sistemas de coleta, transporte e destinação

dos resíduos recicláveis, compostáveis e rejeitos.

Gráfico 3 - Estimativa da geração futura de resíduos com base no crescimento

populacional e geração per capita constante Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico ( 2012)

O resultado obtido no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB)

para o peso específico aparente é de (141,30 kg/m³), e da composição

gravimétrica é exposto no Gráfico 4.

6.5

46,9

6

6.7

71,4

0

6.9

95,8

5

7.2

20,2

9

7.4

44,7

3

7.6

69,1

8

7.8

93,6

2

8.1

18,0

6

8.3

42,5

1

8.5

66,9

5

8.7

91,3

9

9.0

15,8

4

9.2

40,2

8

9.4

64,7

2

9.6

89,1

7

9.9

13,6

1

10.1

38,0

5

10.3

62,5

0

10.5

86,9

4

10.8

11,3

8

(t/ano)

34 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Gráfico 4 – Composição gravimétrica dos resíduos sólidos (peso) de Chapadão do

Sul. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Correlacionando a projeção de geração de resíduos sólidos com a

composição gravimétrica, estimou-se a geração diária dos resíduos por

componente (plástico, papel e papelão, embalagens multicamadas, metal, vidro,

matéria orgânica, sanitário e outros), sistematizados na Tabela 1.

Tabela 1 - Estimativa de geração de resíduos por tipo (toneladas).

Papel e Papelão 8,51%

Embalagens multicamadas

0,95%

Plástico 18,65%

Sanitários 7,97%

Metais 0,95%

Vidro 4,59%

Matéria Orgânica 55,54%

Outros 2,84%

Papel/

papelãoPlástico Sanitários Metal Vidro

Matéria

Orgânica

Embalagens

multicamadasOutros

Quantidade

estimada

(t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia) (t/dia) (kg/dia)

2013 1,53 3,34 1,43 0,17 0,82 9,96 0,17 0,51 17,94

2014 1,58 3,46 1,48 0,18 0,85 10,30 0,18 0,53 18,55

2015 1,63 3,57 1,53 0,18 0,88 10,65 0,18 0,54 19,17

2016 1,68 3,69 1,58 0,19 0,91 10,99 0,19 0,56 19,78

2017 1,74 3,80 1,63 0,19 0,94 11,33 0,19 0,58 20,40

2018 1,79 3,92 1,68 0,20 0,97 11,67 0,20 0,60 21,01

2019 1,84 4,03 1,72 0,20 0,99 12,01 0,20 0,61 21,63

2020 1,89 4,15 1,77 0,21 1,02 12,35 0,21 0,63 22,24

2021 1,95 4,26 1,82 0,22 1,05 12,69 0,22 0,65 22,86

2022 2,00 4,38 1,87 0,22 1,08 13,04 0,22 0,67 23,47

2023 2,05 4,49 1,92 0,23 1,11 13,38 0,23 0,68 24,09

2024 2,10 4,61 1,97 0,23 1,13 13,72 0,23 0,70 24,70

2025 2,16 4,72 2,02 0,24 1,16 14,06 0,24 0,72 25,32

2026 2,21 4,84 2,07 0,25 1,19 14,40 0,25 0,74 25,93

2027 2,26 4,95 2,12 0,25 1,22 14,74 0,25 0,75 26,55

2028 2,31 5,07 2,17 0,26 1,25 15,09 0,26 0,77 27,16

2029 2,36 5,18 2,21 0,26 1,28 15,43 0,26 0,79 27,78

2030 2,42 5,29 2,26 0,27 1,30 15,77 0,27 0,81 28,39

2031 2,47 5,41 2,31 0,27 1,33 16,11 0,27 0,82 29,01

2032 2,52 5,52 2,36 0,28 1,36 16,45 0,28 0,84 29,62

ANO

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35

Verifica-se a predominância

de resíduos de matéria orgânica, com

55,54% do peso (Figura 11), ou seja,

aproximadamente 9,96 toneladas por dia

em 2013. Ainda, a quantidade de

resíduos recicláveis, somando os vidros,

metais, plásticos, embalagens

multicamadas, papel e papelão

representam 33,65% em peso, ou seja,

aproximadamente 6 toneladas diárias em

2013. A quantificação dos resíduos

recicláveis, compostáveis e rejeitos

coletados durante o horizonte deste

projeto é apresentada na Tabela 2.

Tabela 2 – Estimativa dos resíduos sólidos recicláveis, compostáveis e de rejeitos em

Chapadão do Sul no período de 2013 a 2032

Ano Recicláveis (t) Compostáveis (t) Rejeitos (t)

2013 2.202,96 3.636,22 707,78

2014 2.278,49 3.760,87 732,04

2015 2.354,01 3.885,53 756,31

2016 2.429,53 4.010,19 780,57

2017 2.505,05 4.134,85 804,84

2018 2.580,57 4.259,50 829,10

2019 2.656,10 4.384,16 853,36

2020 2.731,62 4.508,82 877,63

2021 2.807,14 4.633,47 901,89

2022 2.882,66 4.758,13 926,16

2023 2.958,18 4.882,79 950,42

2024 3.033,71 5.007,44 974,68

2025 3.109,23 5.132,10 998,95

2026 3.184,75 5.256,76 1.023,21

2027 3.260,27 5.381,41 1.047,48

2028 3.335,80 5.506,07 1.071,74

2029 3.411,32 5.630,73 1.096,01

2030 3.486,84 5.755,39 1.120,27

2031 3.562,36 5.880,04 1.144,53

2032 3.637,88 6.004,70 1.168,80

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Figura 11 – Porcentagem de materiais

recicláveis, compostáveis e rejeitos Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

36 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Esta estimativa é imprescindível para fundamentar a concepção do

Projeto de Coleta Seletiva a ser adotado no município de Chapadão do Sul,

permitindo o dimensionamento e escolha das ações estruturais, logísticas e

operacionais do sistema, bem como nortear as iniciativas públicas e privadas sobre

as receitas possíveis vinculadas com o comércio dos recicláveis e compostáveis.

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37

6 CONCEPÇÃO DO PROJETO DE COLETA SELETIVA

Existem diversas modalidades de coleta seletiva, entretanto sua escolha

depende das características do município em que se deseja implementar. Neste

sentido, é proposta para o município de Chapadão do Sul a mescla de três

modalidades de coleta: a porta a porta; a ponto a ponto através de Locais de

Entrega Voluntária (LEV’s) e através de ecopontos (Figura 12). A combinação das

modalidades visa alcançar a maior eficiência e qualidade da coleta seletiva.

Figura 12 – Concepção do Projeto de Coleta Seletiva de Chapadão do Sul/MS Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

38 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

A coleta seletiva porta-a-porta é semelhante à coleta convencional,

entretanto em dias e/ou horários específicos. Os moradores colocam os recicláveis

em frente às residências, acondicionados em recipientes específicos.

A coleta seletiva em LEV’s que consiste na implantação de recipientes

(contêineres, big bag, lixeiras ou outra estrutura de acondicionamento) colocados

em pontos fixos no município, onde o cidadão espontaneamente realiza o descarte

dos recicláveis, pilhas e baterias, lâmpadas e óleo de cozinha.

A última metodologia é a implantação de um PEV ou Ecoponto, sendo

instalações públicas e de uso gratuito pela população, tendo como foco receber

em pequenas quantidades (no máximo 1m³), os resíduos da construção civil,

recicláveis, volumosos, pneus, entre outros resíduos que não forem coletados na

coleta convencional ou seletiva.

Ademais, serão necessárias ações estruturais complementares como

finalização da nova UTR em construção para comportar a capacidade de

operação diante do aumento da quantidade e qualidade dos resíduos a serem

triados, prensados, comercializados e a instalação de uma Unidade de

Compostagem (UC), anexa à nova UTR, objetivando o beneficiamento através do

tratamento destes resíduos.

No que concerne à forma de separação dos resíduos, sugere-se a

adoção do sistema de coleta binária, ou seja, em resíduos secos (reciclável) e

resíduos úmidos (matéria orgânica e rejeito). Destaca-se que os resíduos úmidos

deverão ser recolhidos através da coleta convencional já operante no município

Deste modo, são descritas nos subcapítulos a seguir as ações estruturais,

operacionais e logísticas, administrativas e institucionais, de orientação, divulgação

e sensibilização e as de fiscalização e controle para a implantação e

funcionamento o Projeto de Coleta Seletiva em Chapadão do Sul.

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39

6.1 AÇÕES ESTRUTURAIS

A implantação deste PCS demanda ações estruturais envolvendo

equipamentos e infraestruturas. Na Figura 13 são elencadas as ações propostas,

bem como seu objetivo.

Figura 13 – Ações estruturais propostas para a coleta seletiva de Chapadão do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

No decorrer deste subcapítulo são detalhadas as ações supracitadas

com a justificativa, recomendações e custo estimado de implantação.

•Aumento no recolhimento dos resíduos recicláveis

•Redução de resíduos nas ruas

Instalação de coletores públicos com distinção entre recicláveis e não

recicláveis

•Aumento na eficiência do recolhimento dos resíduos sólidos recicláveis gerados Instalação de Locais de Entrega

Voluntárias

•recebimento, em pequenas quantidades (no máximo 1m³), dos resíduos da construção civil, recicláveis, volumosos, pneus, entre outros resíduos que não são coletados na coleta convencional ou seletiva

Instalação de Ecopontos

•realizar a coleta porta a porta dos resíduos sólidos

Aquisição de Veículos de Coleta

•Acondicionar de forma diferenciada os resíduos sólidos secos ou reciclavéis para a coleta seletiva Distribuição de recipientes de

acondicionamento de recicláveis

•Aumentar a capacidade de triagem

Finalização da UTR em construção

•Reduzir a quantidade de resíduos a ser disposta no aterro sanitário

•Tratar a parcela ôrganica dos resíduos coletados de forma a gerar um produto passível de utilização/comercialização

Construção de uma Unidade de Compostagem

40 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

6.1.1 Instalação de coletores públicos para coleta seletiva

Visando maior eficiência no recolhimento dos resíduos sólidos segregados

na fonte geradora e a redução da disposição incorreta dos mesmos nas ruas,

sugere-se a implantação de coletores públicos nos passeios públicos e em frente a

locais com grande fluxo de pessoas.

Os coletores devem respeitar a forma de separação dos resíduos

definidos neste projeto, ou seja, em seco (recicláveis) e úmidos (matéria orgânica e

rejeitos), apresentar identificação clara de quais tipos de resíduos podem ser

acondicionados e seguirem uma padronização que facilite a coleta,

preferencialmente de 50 litros. Alguns exemplos de coletores são apresentados na

Figura 14.

Figura 14 – Exemplos de coletores utilizados na coleta seletiva Fonte: Fabiano Fracarolli e Prefeitura Municipal de Carazinho (2012)

A identificação de quais tipos de resíduos devem ser acondicionados é

de grande importância para que não haja equívocos no momento do descarte

pelos habitantes. Neste sentido, este elemento pode ser gravado diretamente no

coletor ou através de adesivos, sendo apresentada na Figura 15 uma

recomendação do que deve conter.

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41

Figura 15 – Recomendação do que deve conter na identificação dos coletores

seletivos públicos Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Baseado nestas premissas realizou-se um mapeamento das principais

localidades e passeios públicos para instalação dos coletores seletivos (Figura 16),

considerando, além do fluxo de pessoas, o tipo de ocupação das áreas (comercial

e residencial) e a prioridade de implantação.

Os custos para implantação destes dispositivos estão elencados na

Tabela 3, divididos por prioridade, sendo que o custo unitário por conjunto de

coletores seletivos (dois recipientes de tampa basculante e suporte metálico) foi de

R$ 350,00, assim totalizando um investimento total de R$ 44.450,00. Destaca-se que

não foram contabilizados os custos para instalação dos mesmos.

Tabela 3 – Custo de implantação dos coletores públicos seletivos

Prioridade Quantidade (Und.) Custo Total (R$)

Alta 82 28.700,00

Média 24 8.400,00

Baixa 21 7.350,00

Total 127 44.450,00

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012 a partir de orçamentos realizados em Setembro de

2012.

42 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 16 – Sugestão da distribuição espacial dos coletores seletivos em Chapadão

do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

R. Cláudia, 239 - Giocondo Orsi - Campo Grande/MS - CEP 79022-070 (67)3351.9100 www.dmtr.com.br / [email protected]

43

6.1.2 Distribuição de recipientes para acondicionamento

Além da necessidade da segregação correta dos resíduos sólidos

gerados é fundamental para o efetivo sucesso do Projeto de Coleta Seletiva o

acondicionamento adequado dos mesmos, identificando o tipo de resíduo (seco

ou úmido). Para tanto, a Prefeitura Municipal deve fornecer aos cidadãos

mecanismos para acondicionar os resíduos secos (recicláveis) que são o alvo da

coleta seletiva, podendo ser através de cestos de lixos ou através de sacos plásticos

(Figura 17), sendo recomendada a utilização de uma capacidade mínima de 100

litros e uma cor que a população identifique que está associada à coleta seletiva.

Figura 17- Exemplos de recipientes para acondicionamento dos resíduos secos

(recicláveis). Fonte: Prédio News e Lojas Americanas, (2012)

Neste sentido, realizou-se uma comparação entre os custos envolvidos no

fornecimento de recipiente tipo “cesto de lixo” e a entrega de sacos plásticos para

determinar a escolha economicamente mais vantajosa. Desta maneira, houve a

demanda de uma pesquisa de mercado para se estimar os valores unitários destas

mercadorias, bem como a necessidade de estimar o número de domicílios e

residências a serem contemplados com o Projeto de Coleta Seletiva (Gráfico 5).]

R. C

láud

ia, 2

39

- Gio

co

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o O

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am

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Gra

nd

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S - C

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79

02

2-0

70 (6

7)3

351

.910

0 w

ww

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tato

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mtr.c

om

.br

45

Gráfico 5 – Estimativa do número de domicílios e residências a serem atendidos pelo Projeto de Coleta Seletiva e da população

total do município. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Nota: Adotou-se 2,85 habitantes por residência

7.4

51

7.7

19

7.9

87

8.2

55

8.5

24

8.7

92

9.0

60

9.3

28

9.5

97

9.8

65

10.

133

10.

401

10.

670

10.

938

11.

206

11.

474

11.

743

12.

01

1

12.

27

9

12.

54

8

6362

6591

6821

7050

7279

7508

7737

7966

8195

84

24

8653

88

82

9111

93

40

9569

97

98

1002

7

1025

6

1048

5

1071

5

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

Domicílios atendidos pelo projeto (und.) Número de residências População total (hab.)

46 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Com posse dos dados supracitados, elaborou-se o custo estimado para a

distribuição tanto de “cesto de lixo” quanto para sacos plásticos (Tabela 4). Para

compor este cálculo foram adotadas as seguintes premissas:

Reposição de 10% dos “cestos de lixo” por ano devido a quebras,

roubos, vandalismo, etc.

Troca dos “cestos de lixo” a cada 5 anos;

Distribuição média de 4,8 sacos plásticos por residência ao mês;

Custo unitário do “cesto de lixo” de R$ 50,00;

Custo unitário do saco plástico sem personalização de R$ 0,34

(colorido).

Tabela 4 – Custos estimados para a distribuição de sacos plásticos e “cestos de lixo”

Ano Sacos Plásticos (100 litros) “Cestos de Lixo” (100 litros)

Unidades Custo Total Unidades Custo Total Anual

2013 366.452 R$ 124.593,68 6.362 R$ 318.100,00

2014 379.642 R$ 129.078,28 888 R$ 44.400,00

2015 392.890 R$ 133.582,60 912 R$ 45.600,00

2016 406.080 R$ 138.067,20 934 R$ 46.700,00

2017 419.271 R$ 142.552,14 957 R$ 47.850,00

2018 432.461 R$ 147.036,74 7.508 R$ 375.400,00

2019 445.652 R$ 151.521,68 1.003 R$ 50.150,00

2020 458.842 R$ 156.006,28 1.026 R$ 51.300,00

2021 472.032 R$ 160.490,88 1.049 R$ 52.450,00

2022 485.223 R$ 164.975,82 1.071 R$ 53.550,00

2023 498.413 R$ 169.460,42 8.653 R$ 432.650,00

2024 511.604 R$ 173.945,36 1.117 R$ 55.850,00

2025 524.794 R$ 178.429,96 1.140 R$ 57.000,00

2026 537.984 R$ 182.914,56 1.163 R$ 58.150,00

2027 551.175 R$ 187.399,50 1.186 R$ 59.300,00

2028 564.365 R$ 191.884,10 9.798 R$ 489.900,00

2029 577.556 R$ 196.369,04 1.232 R$ 61.600,00

2030 590.746 R$ 200.853,64 1.255 R$ 62.750,00

2031 603.936 R$ 205.338,24 1.278 R$ 63.900,00

2032 617.184 R$ 209.842,56 1.302 R$ 65.100,00

Total 9.836.302 R$ 3.344.342,68 49.834 R$ 2.491.700,00

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012 a partir de orçamentos realizados em julho de 2012.

Nota: Utilizaram-se valores correntes de julho de 2012.

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Comparando os custos apresentados obteve-se que para o horizonte de

projeto, a escolha economicamente mais vantajosa é a dos “cestos de lixo” com o

valor de R$ 2.491.700,00, ou seja, R$ 852.642,68 menos onerosa(Gráfico 6). Ademais,

contribui para a não geração de 9.836.302 sacos plásticos, ou seja, tendo um

enfoque de sustentabilidade ambiental, alvo deste projeto.

Gráfico 6 – Comparação entre os custos totais na distribuição de sacos plásticos e

cestos de lixo Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

6.1.3 Instalação de Locais de Entrega Voluntários (LEV’s)

Para a entrega voluntária dos resíduos secos (recicláveis) segregados

pela população sugere-se a instalação de Locais de Entrega Voluntária de

Recicláveis (LEV’s) em pontos de grande circulação de pessoas, como

supermercados, postos de combustíveis, farmácias, praças, dentre outros,

considerando a densidade populacional. Estes locais devem possui ao mínimo as

seguintes condições:

1. Facilidade para o estacionamento de veículos.

2. O local escolhido deve ser público, visando garantir o livre acesso

dos participantes.

3. O entorno dos LEV`S não pode estar sujeito a alagamentos e

intempéries (ação da chuva, vendavais, etc.).

4. As condições de iluminação do local devem propiciar relativa

segurança para a população usuária.

Cestos de Lixo Sacos plásticos

R$ 2.445.250,00

R$ 3.344.342,68

Custo total em 20 anos (R$)

34,87%

48 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Ademais, os LEV’s devem conter informações (estampadas nos big bags

ou em cartazes/banners), apresentadas de forma clara e objetiva, sobre os tipos de

resíduos a serem dispostos (resíduos secos). Ainda, poderão ser divulgadas as

empresas parceiras do Projeto de Coleta Seletiva no município de Chapadão do

Sul/MS.

Existem diversas composições para os LEV’s, dentre as quais a mais

vantajosas economicamente e aconselhadas neste projeto, são as estruturadas por

suporte de metal e uma bolsa (Big Bag) para o acondicionamento dos resíduos

(Figura 18). Recomenda-se que estas estruturas tenham cobertura ou

preferencialmente sejam alocadas em locais cobertos e protegidos de intempéries,

assim garantindo a qualidade do resíduo armazenado.

Figura 18 – Exemplo de Locais de Entrega Voluntária de Recicláveis (LEV’s) Fonte: Prefeitura Municipal de Bertioga/SP e Prefeitura Municipal de Vitória/ES

O dimensionamento destas estruturas considerou a premissa de existir 1

LEV para até 1.000 habitantes, ou seja, 19 (dezenove) LEV’s na área central,

conforme distribuição espacial estabelecida com base na densidade demográfica

(Figura 19), 2 (dois) localizados nos extremos da cidade para atender as fazendas

da região e 1 (um) para o recebimento dos resíduos recicláveis gerados no

assentamento Aroeira, desta forma, totalizando 22 LEV’s.

Destaca-se que a Prefeitura deve instituir parcerias com empresas para a

instalação dos LEV’s ficando a cargo da Secretária de Desenvolvimento Urbano e

Meio Ambiente (SEDEMA) a aprovação e sistematização dos locais.

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49

A frequência do recolhimento dos resíduos acondicionados nestas

estruturas dependerá da taxa de adesão da população, assim definido a

capacidade da coleta ponto a ponto. Desta forma é primordial o

acompanhamento e monitoramento do volume armazenado em cada LEV para

que o sistema não opere de forma ineficiente e onerosa.

Neste sentido, estimou-se a capacidade do sistema de recolhimento dos

resíduos recicláveis gerados no município frente a diversas frequências, sendo

apresentada no Gráfico 7. Observa-se que com uma frequência maior de coleta

nos LEV’s a capacidade dos mesmos de recolher os recicláveis aumenta em até 6

vezes. Entretanto, durante o horizonte do PCS há a tendência de aumento na

geração de recicláveis, fato este que, caso o número de LEV’s mantenha-se

constante, acarretará em uma redução no potencial de recolhimento dos resíduos

recicláveis gerados, evidenciando a necessidade de aumento na quantidade de

LEV’s disponíveis.

50 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Gráfico 7 – Percentual máximo de recolhimento dos resíduos sólidos recicláveis nos LEV’s de acordo com a frequência de coleta. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

1 vez na

semana8,85% 8,56% 8,28% 8,03% 7,78% 7,56% 7,34% 7,14% 6,95% 6,77% 6,59% 6,43% 6,27% 6,12% 5,98% 5,85% 5,72% 5,59% 5,47% 5,36%

2 vezes

na semana17,70% 17,12% 16,57% 16,05% 15,57% 15,11% 14,68% 14,28% 13,89% 13,53% 13,18% 12,86% 12,54% 12,25% 11,96% 11,69% 11,43% 11,19% 10,95% 10,72%

3 vezes

na semana26,56% 25,68% 24,85% 24,08% 23,35% 22,67% 22,03% 21,42% 20,84% 20,30% 19,78% 19,28% 18,82% 18,37% 17,94% 17,54% 17,15% 16,78% 16,42% 16,08%

De segunda

a sexta44,26% 42,79% 41,42% 40,13% 38,92% 37,79% 36,71% 35,70% 34,74% 33,83% 32,96% 32,14% 31,36% 30,62% 29,91% 29,23% 28,58% 27,96% 27,37% 26,80%

De segunda

a sábado53,11% 51,35% 49,71% 48,16% 46,71% 45,34% 44,05% 42,83% 41,68% 40,59% 39,55% 38,57% 37,63% 36,74% 35,89% 35,08% 34,30% 33,56% 32,85% 32,16%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Pe

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Figura 19 – Distribuição dos Locais de Entrega Voluntária de Recicláveis na área

urbana com base na densidade demográfica do município Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

52 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

A coleta dos resíduos armazenados nos LEV’s pode ser efetuada por um

caminhão caçamba da Secretaria de Obras ou outra que possua a disponibilidade

de fornecimento deste veículo. Preferencialmente, não utilizar o caminhão

compactador, assim garantindo a melhor qualidade do material transportado.

Os custos envolvidos na aquisição destas estruturas foram baseados em

orçamentos realizados em setembro de 2012, sendo custo unitário orçado de R$

600,00, sendo assim será necessário um investimento de R$ 13.200,00.

Ademais, realizou-se o mapeamento simplificado dos possíveis locais de

implantação (Figura 20), devendo este ser complementado com outros locais

parceiros como: supermercados, postos de gasolina, farmácias, entre outros.

Recomenda-se a adoção de um sistema de requerimento destas estruturas nos

estabelecimentos, podendo este estar disponível no site da coleta seletiva.

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Figura 20 – Possíveis locais de implantação dos LEV’s de recicláveis na cidade de

Chapadão do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

54 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

6.1.4 Instalação de Locais de Entrega de Pilhas, Baterias e Óleo de Cozinha

(LEV’s Especiais)

A cidade de Chapadão do Sul já

tem implantado 20 (vinte) coletores de

pilhas e baterias, desta forma, sugere-se a

verificação do estado de conservação

destes e ainda, caso necessário,

realocação para próximo aos LEV’s. Ainda,

recomenda-se a disponibilização de

recipientes rígidos para o armazenamento

dos resíduos de lâmpadas e óleo de cozinha

(exemplo Figura 21), encaminhados pela

população.

Neste sentido deverão ser

instalados 20 coletores para lâmpadas e 20

para o acondicionamento de óleo de

cozinha. Recomenda-se que estes

recipientes deverão estar próximos ao LEV’s

e em área coberta.

Visando a redução nos custo de implantação destes coletores

recomenda-se que os mesmos sejam confeccionados em tubos de papelão com

tampas e impressão em apenas uma cor. Considerando estas premissas, obtiveram-

se os custos apresentados na Tabela 5.

Tabela 5 – Custo de implantação dos LEV’s Especiais

Item Quantidade Custo total (R$)

Coletores de Pilhas e Baterias 20 Já existente

Coletores de Lâmpadas 20 600,00

Coletores de óleo de cozinha 20 800,00

Total 60 1.400,00

Fonte: Orçamentos realizados pela empresa Deméter Engenharia Ltda., Setembro de 2012.

Figura 21 – Exemplo de

recipientes para o

armazenamento de lâmpadas,

pilhas/baterias e óleo de

cozinha Fonte: Deméter Engenharia Ltda.,

2012.

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6.1.5 Instalação de Ecopontos

Os ecopontos são instalações públicas e de uso gratuito pela população,

os quais têm como foco receber, em pequenas quantidades (no máximo 1m³), os

resíduos da construção civil, recicláveis, volumosos, pneus, dentre outros resíduos

que não são coletados na coleta convencional ou seletiva.

O local sugerido para implantação desta estrutura é a área onde está a

atual UTR, devendo ser realizada após o encerramento das atividades de triagem e

mediante todas as adequações necessárias. Esta escolha visa à redução de custos,

uma vez que, o local já possui uma área coberta, escritório e banheiros. Ademais,

localiza-se aproximadamente a um quilômetro das primeiras edificações da sede

municipal, ou seja, é de fácil acesso dos moradores e o local já está vinculado com

o recebimento de resíduos sólidos.

Para sua concepção é necessário a elaboração de um projeto executivo

por profissional tecnicamente habilitado. Dentre as estruturas que compõe um PEV

devem haver locais para o armazenamento temporário de resíduos da construção

civil e demolição (RCD), solos e rejeitos da construção civil; baias para

armazenamento de resíduos volumosos (RV); baias em local coberto para o

armazenamento de móveis domiciliares, de pneus, resíduos eletrônicos e perigosos;

e uma para papel, papelão e isopor.

O manual – Manejo e gestão de resíduos da construção civil do Ministério

das Cidades sugere o layout apresentado na Figura 22 como o recomendável para

a implantação de um PEV.

Figura 22 – Layout sugerido para a implantação do Ponto de Entrega Voluntária

(PEV) ou Ecoponto no município de Chapadão do Sul/MS. Fonte: Ministério das Cidades, Ministério do Meio Ambiente e Caixa Econômica Federal.

56 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Será necessário um veículo para remoção dos resíduos acumulados ou a

terceirização deste serviço mediante a contratação de uma empresa. Destaca-se

que os veículos despendem um alto investimento, por exemplo, um caminhão

poliguidaste custa por volta de R$ 67.000,00.

Conforme apresentado, os custos de implantação serão sensivelmente

reduzidos, pois diversas estruturas presentes na atual UTR poderão ser aproveitadas.

Desta forma, o recurso necessário para adequação desta estrutura é na ordem de

R$ 32.000,00.

6.1.6 Aquisição de Veículos para a coleta seletiva porta a porta

A coleta seletiva porta a porta necessita de um ou mais veículos para

transportar os resíduos, sendo que a escolha mais adequada será aquela que

equalizar os aspectos culturais, sociais e econômicos. Dentre as categorias de

veículos foram selecionados ao todo seis para comparativo neste projeto (Figura 23

e Figura 24).

Exemplo de carrinho de mão (2m³) Fonte: www.coletaseletivaonline.com.br

Exemplo de tricicleta de carga (4m³) Fonte: http://www.stilusbike.com.br

Exemplo de moto com carretinha (4m³) Fonte: http://imganuncios.mitula.net

Exemplo de Kombi para carga Fonte: http://images02.olx.com.br/

Figura 23 - Exemplos dos veículos para cada categoria (1)

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Exemplo de Caminhão Gaiola (26 m³) Fonte: http://1.bp.blogspot.com/

Exemplo de Caminhão Compactador (15

m³) Fonte: http://www.codepas.com.br

Figura 24 – Exemplos dos veículos para cada categoria (2)

Neste sentido, foi dimensionada a quantidade de veículos necessária,

considerando que haverá 5 setores de coleta com frequência semanal e que

adotará apenas uma das categorias apresentadas, sendo esta apresentada no

Gráfico 8. Destaca-se que o dimensionamento da frota foi baseado nas orientações

técnicas da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

Gráfico 8 – Quantidade estimada de veículos necessários para a coleta setorizada

porta a porta na cidade de Chapadão do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

Carrinho de

mão (2m³)

Tricicleta

(4m³)

Moto-

carretinha

(4m³)

Kombi Gaiola

(8m³)

Caminhão

Gaiola (26m³)

Caminhão

Compactador

(15³)

4,00

2,00

1,00 1,00 1,00 1,00

1,00

1,00

1,00

Qu

an

tid

ad

e (

un

ida

de

)

2024 2017 2015 2013

58 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Considerando as quantidades supracitadas foi realizada uma

composição dos investimentos anuais necessários para adoção de cada uma das

categorias de veículos (Tabela 6). Destaca-se que não devem ser considerados

apenas os custos de aquisição para escolha, mas, também os custos de operação

conforme apresentado adiante.

Tabela 6 – Custos estimados com a aquisição de veículos para a coleta seletiva

considerando as quantidades pré-dimensionadas.

Ano Carrinho de

mão (2m³)

Tricicleta

(4m³)

Moto com

carretinha

(4m³)

Kombi

Gaiola

(8m³)

Caminhão

Gaiola

(26m³)

Caminhão

Compactador

(15 m³)

2013 R$ 4.360,00 R$4.900,00 R$ 2.000,00 R$50.043,00 R$ 43.000,00 R$ 242.800,00

2015 - - R$ 2.000,00 - - -

2017 R$ 1.090,00 - - - - -

2024 R$ 1.090,00 - - - - -

TOTAL R$ 6.540,00 R$4.900,00 R$24.000,00 R$50.043,00 R$143.000,00 R$ 242.800,00

Fonte: Orçamentos realizados pela empresa Deméter Engenharia Ltda., Setembro de 2012.

Neste sentido, para estimar os custos de operação com cada um dos

veículos na coleta porta a porta (Tabela 7) foram seguidas as seguintes premissas:

Cada veículo possui uma equipe formada por 2 coletores e um

motorista. Excetuando o carrinho de mão e bicicleta que

contaram, apenas, com 2 coletores.

Salário mensal dos coletores de R$ 900,00 já inclusos os 40% de

insalubridade;

Salário mensal dos motoristas R$1.200,00;

Média de km/l para cada veículo:

o Carrinho de mão (2 m³): 0 km/L;

o Tricicleta (4m³): 0 km/L;

o Moto com carretinha (4 m³): 25 km/L;

o Kombi gaiola (8m³): 9 km/L;

o Caminhão Gaiola (26m³): 6 km/L;

o Caminhão Compactador (15 m³): 4 km/L.

Valor dos combustíveis a preços correntes de Setembro de 2012

o Gasolina: R$ 2,83;

o Diesel: R$ 2,44;

Custo de manutenção anual de 5% do valor do veículo.

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59

Tabela 7– Custo estimado de operação do sistema de coleta porta a parta para a

cidade de Chapadão do Sul/MS

Ano

Carrinho de

mão (2m³)

(R$/ano)

Tricicleta

(4m³)

(R$/ano)

Moto com

carretinha

(4m³)

(R$/ano)

Kombi

gaiola

(8m³)

(R$/ano)

Caminhão

Gaiola

(26m³)

(R$/ano)

Caminhão

Compactador

(15³)

(R$/ano)

2013 86.618,00 48.245,00 37.418,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2014 86.618,00 48.245,00 37.418,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2015 86.618,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2016 86.618,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2017 108.272,50 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2018 108.272,50 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2019 108.272,50 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2020 108.272,50 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2021 108.272,50 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2022 108.272,50 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2023 108.272,50 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2024 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2025 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2026 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2027 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2028 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2029 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2030 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2031 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

2032 129.927,00 48.245,00 74.018,44 38.560,13 39.540,20 41.010,30

TOTAL 2.273.722,50 964.900,00 1.407.168,72 771.202,67 790.804,00 820.206,00

Fonte: Estimativa da Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Com os valores obtidos tanto para a implantação quanto para a

operação pôde-se analisar qual opção seria economicamente mais vantajosa,

conforme apresentado no Gráfico 9.

60 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Gráfico 9 – Comparativo dos custos estimados totais para implantação e operação

da coleta seletiva porta a porta considerando a utilização dos diferentes veículos. Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Assim, a Kombi Gaiola foi a que apresentou os valores mais baixos,

entretanto sua capacidade é de aproximadamente um terço da de um caminhão

gaiola e, neste sentido, recomenda-se a adoção do caminhão gaiola que

atenderia plenamente o sistema caso houvesse um aumento não tendencial, sem a

necessidade de aquisição de outro veículo.

6.1.7 Instalação da Unidade de Triagem de Resíduos (UTR)

A nova unidade de triagem, em fase de construção, deverá ser

planejada e implantada de forma a possuir as seguintes infraestruturas:

Cercas impedindo a entrada de animais e pessoas não

autorizadas na área;

Guarita para controle de entrada e saída;

Galpão coberto;

Área de descarga dos resíduos em local elevado, garantindo o

fluxo dos resíduos por gravidade até as esteiras de triagem;

Instalação de mesas e esteiras de triagem;

Carrinho de

mão (2m³)

Tricicleta (4m³) Moto-

carretinha

(4m³)

Kombi Gaiola

(8m³)

Caminhão

Gaiola (26m³)

Caminhão

Compactador

(15³)

R$ 6

.540,0

0

R$ 4

.900,0

0

R$ 2

4.0

00,0

0

R$ 5

0.0

43,0

0

R$ 1

43.0

00,0

0

R$ 2

42.8

00,0

0 2

.273.7

22,5

0

964.9

00,0

0

1.4

07.1

68,7

2

771.2

02,6

7

790.8

04,0

0

820.2

06,0

0

Custo Total de Implantação (20 anos) Custo total de Operação (20 anos)

R$ 2.280.262,50

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Instalação de prensas e balança;

Área de estoque de fardos;

Área administrativa;

Refeitório e sanitários;

Contêineres para rejeitos

A eficiência desta estrutura é de suma importância para que se possa

atingir um alto índice de redução dos resíduos a serem disposto no aterro sanitário

e, consequentemente, aumentando a vida útil deste, bem como amortizar o valor

de disposição final de resíduos sólidos.

O custo estimado de uma UTR para um município do porte de Chapadão

do Sul é de aproximadamente R$ 242.000,00 com um custo de operacional mensal

de R$ 3.400,00.

6.1.8 Instalação da Unidade de Compostagem (UC)

Sugere-se a instalação de uma Unidade de Compostagem dentro da

área onde será instalada a UTR ou o mais próximo possível, auxiliando a logística de

movimentação de resíduos. No caso de ser instalada junto a UTR poderá utilizar as

estruturas existentes, caso contrário deverá possuir em sua área no mínimo as

seguintes infraestruturas:

Cercas impedindo a entrada de animais e pessoas não

autorizadas na área;

Compactação do solo com 30 cm de argila e instalação de

drenos de águas pluviais ao entorno;

Guarita para controle de entrada e saída;

Área de armazenamento dos equipamentos (enxadas, garfos, pás,

EPI’s);

Refeitório e sanitários;

Assim como a UTR, esta estrutura é componente essencial para que se

possa alcançar um elevado índice de redução dos resíduos a serem disposto no

aterro sanitário, uma vez que, 55,54% dos resíduos gerados são orgânicos. Deste

modo, a implantação de UC aumentará a vida útil do aterro sanitário, além de

62 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

reduzir o valor de disposição final de resíduos sólidos e gerar renda proveniente da

comercialização de composto.

Os investimentos necessários para implantação e estruturação da UC são

de aproximadamente R$ 158.000,00 com custos de operação mensal de R$6.200,00.

Ainda, deverá ter um veículo tipo trator esteira para o revolvimento das leiras dos

compostáveis, processo indispensável para o funcionamento ideal da

compostagem, sendo o custo estimado em R$ 100.000,00.

6.2 AÇÕES OPERACIONAIS E LOGÍSTICAS

Este subcapitulo apresenta as recomendações operacionais e de

logística da coleta seletiva quanto à segregação dos resíduos, definição da

frequência e setorização da coleta e orientar quanto à destinação a ser dada aos

materiais separados. Na Figura 25 são elencadas estas ações operacionais e

logísticas, sendo descritas nos tópicos seguintes.

Figura 25 – Ações operacionais e logísticas propostas para a coleta seletiva em

Chapadão do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

•Melhorar a qualidade dos materiais recicláveis

•Reduzir o volume de resíduo a ser disposto em Aterro Sanitário Segregação dos Resíduos

•Orientar quanto a operacionalização do sistema

Definição da frequência e Setores e de Coleta seletiva porta a porta

•Orientar quanto a destinação dos resíduos segregados

Destinação dos materiais separados

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6.2.1 Segregação dos resíduos gerados

Há basicamente três formas de segregação dos resíduos sólidos (Figura

26), a coleta binária é a mais vantajosa para o município de Chapadão do Sul, uma

vez que demanda menor quantidade de recipientes para acondicionamento,

facilita a separação dos resíduos pela população e colabora para uma maior

cooperação dos mesmos em virtude da simplicidade.

Figura 26 – Formas de separação dos resíduos sólidos Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012 adaptado do site Minas Sem Lixões.

A comunidade chapadense deve ser orientada sobre quais os resíduos

sólidos que são recicláveis e devem ir para a coleta seletiva e os não recicláveis

que devem ir para a coleta convencional. Neste sentido, apresenta-se Quadro 2,

onde são elencados os principais produtos nestas categorias.

COLETA TRÍPLICE

Separação da matéria orgânica, reciclável e

rejeito

COLETA BINÁRIA

Separação de resíduos secos (reciclável) e

resíduos úmidos (matéria orgânica e

rejeito)

Coleta de diversas categorias

Separação de plástico, metal,

papel, orgânico e rejeitos

64 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Quadro 2 – Principais produtos recicláveis ou não recicláveis por material

MATERIAL RECICLÁVEL NÃO RECICLÁVEL

PAPEL

Jornais e revistas

Folhas de caderno

Formulários de

Computador

Caixas em geral

Fotocópias

Envelopes

Rascunhos

Cartazes velhos

Papel

Fax

Papéis metalizados

Etiquetas adesivas

Papel carbono e

celofane

Fita crepe

Papéis parafinados

Bitucas de cigarro

Fotografias

VIDRO

Garrafas

Copos

Recipientes em geral

Espelhos

Vidros planos e cristais

Cerâmicas e

porcelanas

Tubos de tv

Computadores

METAL

Tampinhas de garrafa

Latas de óleo de leite em pó

e de conservas

Latas de refrigerante, cerveja

e suco

Embalagens metálicas de

congelados

Clipes

Grampos

Esponjas de aço

Tachinhas

Pregos

Canos

PLÁSTICO

Cano

Sacos

CDs

Disquetes

Embalagem de margarina e

produtos de limpeza

Embalagens PET:

refrigerantes, suco e óleo

Plásticos em geral

Cabos de panelas

Tomadas

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012 adaptado de http://www.tre-rj.jus.br.

6.2.2 Definição da Frequência e Setores da Coleta Seletiva porta a porta

Os setores da coleta seletiva foram definidos para que fosse possível

estimar a frota necessária. Neste sentido, foram considerados as extensões de ruas,

relevo e a divisão da cidade por loteamentos, assim obtendo 5 setores de coleta

(Figura 27) que corresponderiam aos dias da semana. Destaca-se que os setores

são sugestões e devem ser modificados caso não venham a ser a melhor opção.

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Ressalta-se que a frequência da coleta seletiva deve ser revista

periodicamente, conforme a taxa de adesão da população e quantidade de

resíduos secos (recicláveis) for coletada. Recomenda-se neste projeto, que cada

setor seja atendido ao menos uma vez na semana.

Figura 27 – Sugestão dos setores da coleta seletiva porta a porta em Chapadão do

Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

66 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

6.2.3 Destinação dos materiais separados

Primeiramente, deve-se analisar e informar o fluxo da geração dos

resíduos sólidos a ser seguido para assim identificar para onde serão destinados.

Deste modo, foi elaborada a Figura 28 onde se ilustra uma visão global e ideal do

encaminhamento dos principais resíduos gerados. Cabe ressaltar que devem ser

tomadas ações de redução, reutilização e reciclagem na fonte geradora,

exemplificando, a reciclagem do óleo de cozinha por meio da produção de sabão

pelos moradores e a doação de roupas.

Figura 28 – Fluxo ideal do encaminhamento dos resíduos sólidos gerados Nota: * parte dos recicláveis pode não ter viabilidade econômica ou qualidade para ser

reciclada, então deve ser encaminhada a um aterro sanitário.

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Neste sentido, efetuou-se um levantamento das empresas e dos locais

onde são recebidos os produtos obtidos com a segregação dos resíduos sólidos

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67

gerados e são apresentados no decorrer deste tópico. Destaca-se que se

priorizaram as empresas sul-matogrossense, objetivando fomentar o comércio de

recicláveis no Estado.

Apesar da grande importância em realizar o aprofundamento de todos

os resíduos gerados, neste projeto serão abordados, apenas, os resíduos

diretamente relacionados com a coleta seletiva.

6.2.3.1 Destinação dos resíduos recicláveis

São elencadas no Quadro 3 as principais empresas que recebem os

produtos recicláveis em Mato Grosso do Sul. A empresa Metap - Comércio de

Recicláveis merece destaque devido à capacidade de recebimento e por, em

alguns casos, realizar parcerias com cooperativas, catadores, entre outros,

fornecendo equipamentos (prensas).

Quadro 3 – Principais empresas recebedoras de materiais recicláveis no Estado de

Mato Grosso do Sul

Nome Comercial Materiais Endereço Município Contato

Metap Comércio de Sucatas

Todos exceto vidro

Rua Francisco

Galvão Pain, 1709, Res. Estrela Park.

Campo Grande (67) 3388-9000

Centro Oeste

Reciclagem Metais em Geral

Av. Edgar Lopes de

Farias km1, Mini

Anel Rodoviário.

Campo Grande (67) 3373-0221

Crecil Comércio

Material Reciclável

Todos exceto vidro

e pilhas

Av. Presidente

Vargas, 339, Bairro

Santo Antônio.

Campo Grande (67) 3361-2523

CMH - Comércio

de Metais Humaitá

Alumínios, Ferro e

Metais.

R. Santa Adélia,

440, Taquarussú Campo Grande (67) 3325-7061

Sucatas São Miguel Todos R. 9 de julho, 273,

Vila Progresso. Campo Grande (67) 3346-3284

Reciclagem e Ferro

Velho Liderança Cobre Metal e Ferro

Rod. Anel Viário,

247, Estação

Andorinhas.

Campo Grande (67)3373-4497

Recicladora

Popular

Exceto Papéis e

Plásticos

Rua Thomas Edson,

765, Vila Progresso Campo Grande (67) 3342-0582

Reciclagem

Liderança

Apenas metais,

alumínios e ferros.

R. Marechal

Deodoro, 4853,

Conj. Aero Rancho.

Campo Grande (67) 3385-7290

Recicle Todos Rua João Fernandes Vieira,

142, Vilas Boas

Campo Grande (67) 3341-3595

68 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

(Continuação) – Principais empresas recebedoras de materiais recicláveis no

Estado de Mato Grosso do Sul Nome Comercial Materiais Endereço Município Contato

Reciclagem

Campo Grande Exceto Vidro

R. Firminópolis, 234,

Vila Cidade

Morena.

Campo Grande (67) 3393-0203

Sucata Vencedora Todos R. Filinto, 1050 Dourados (67) 3424-1580

Asecomar Sem informações

Rua André

Rodrigues Silva, 69,

BNH

Naviraí (67) 3461-6244

Ecipel - Sem

Informações Todos 15 de Agosto, 828 Aquidauana (67)3241-3208

Plastsul

Reciclagem

Plástica

Sem informações Al 15, 1640, Centro Selvíria (67)3579-1886

Reciclagem

Camilloti

Papéis, Plástico e

Papelão. A. Pena, 250 Dourados (67) 3422-8090

Recipel

Reciclagem de

Papel

Todos exceto cobre

e isopor

Av. Mascarenhas

de Moraes,1948,

Vila Noroeste

Campo Grande (67)3356-6262

Reciclagem RM Sem informações Rua Aliança,72 Campo Grande (67) 3342-7825

Andréa Comércio

Produtos

Recicláveis

Sem informações R. 15 de novembro,

1307 Campo Grande (67) 3384-9644

GM Reciclagem -

Sem Informações Sem informações

R. 13 de

setembro,1379 Ponta Porã (67) 3432-0665

Moacyr de Castro

da Silva - Sem

Informações

Sem informações

Av. Mascarenhas

de Moraes,2960,

Coronel Antonino

Campo Grande (67)3352-0148

Garrafaria Nana

Apenas garrafas

Chanel, campo

largo e garrafão

R. 1° de Julho, 440,

Vila Carvalho Campo Grande (67)3383-4177

Reciclagem

Alvorada Todos exceto vidro

Rua Getúlio

Marques

Garcia,425, PQ.

Res. Quinta Lagoa

Três Lagoas (67) 3522-7888

Revidro -

Reciclagem de Vidro

Vidro, papelão,

ferro e pet.

Rua Manoel Pereira

da Silva, 203, Jd Campo Verde

Campo Grande (67) 3354-8430/

8406-4126

Pontes ,Leandro B Sem informações S G Monteiro,501 (67) 3354-7803

Centro Sul

Reciclagem e

Sacarias em Geral

Sem informações

Av. Marechal

Deodoro,

4782,Centro

Campo Grande (67)3386-8678

Ferro Velho e

Reciclagem –

Nossa Senhora de

Fátima

Sem informações Rua N.S. de Fátima,

s/n Corumbá (67) 3231-4447

Comercial Paladini Exceto vidro

Av. Internacional,

2720 (Marechal

Floriano)

Ponta Porã (67) 3431-9696

Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

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6.2.3.2 Destinação dos resíduos sólidos compostáveis

Os resíduos sólidos compostáveis após o beneficiamento na Unidade de

Compostagem serão transformandos em adubos orgânicos de boa qualidade, que

poderão ser aplicado no paisagismo das obras e estabelecimentos públicos. Deve-

se ainda realizar parcerias com comerciantes para que haja a comercialização

deste produto para a sociedade.

Ainda, existem empresas que recebem os resíduos sólidos orgânicos para

realizar o processo de compostagem, destaca-se no Estado de Mato Grosso do Sul

a Organoeste que possui duas unidade em operação (Campo Grande e Dourados)

e uma terceira em implantação no município de Coxim (Quadro 4).

Quadro 4 – Unidades da Organoeste em Mato Grosso do Sul

Unidade Endereço Telefone E-mail

Unidade de

Dourados

Avenida 4 Quadra 12 –

Lotes E/F – CEP: 79804-

970 – Dist. Industrial

(67) 3424-

1531

(67) 8122-

9410

[email protected]

Unidade

Campo

Grande

Av. Radialista Edgar

Lopes de Farias, S/N –

Lote G – CEP: 79097-

840. Pólo Empresarial

Oeste

(67) 4141-

3255

(67) 8124-

2791

[email protected]

Unidade

Coxim Em implantação

Fonte: Organoeste (2012)

Segundo a Organoeste, dentre os resíduos orgânicos que a empresa

trabalha estão o lixo urbano doméstico (só a parte orgânica, que representa em

média 50% de todo o lixo gerado), restos de alimentos de CEASA’s e

hortifrutigranjeiros, podas de árvores e jardins, cinzas de caldeiras provenientes da

queima de biomassa e/ou lenha, resíduos de madeireiras, de indústrias de papel e

celulose, indústrias de alimentos, setor fumageiro, setor sucroalcoleiro, laticínios,

frigoríficos (bovino, suíno, avícola, etc.), cervejeiras, lodo da estação de tratamento

de água, resíduos de avicultura (tratamento de resíduos e cama de frango),

suinocultura (dejetos de suínos), bovinocultura (confinamentos e granjas leiteira),

torta de vegetais (torta de filtro), cascas de cereais, varreduras de silos, dentre

outros.

70 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

6.2.3.3 Logística Reversa

A Lei Federal nº 12.305/2010 determina como obrigatório estruturar e

implementar sistemas de logística reversa1, através do retorno dos produtos (Figura

29) após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de

limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, aos fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes dos produtos.

Figura 29 – Produtos com logística reversa obrigatória Fonte: Deméter Engenharia Ltda., a partir da Lei Federal nº 12.305/2010.

Apesar de haver legislação estabelecendo a logística reversa, ainda não

existem sistemas funcionando plenamente para todos os produtos objetos da

obrigatoriedade. Neste sentido, são apresentadas as opções de destinação dos

mesmos a seguir.

6.2.3.3.1 Embalagens Vazias de Agrotóxicos

Além da Lei Federal nº 12.305/2010, a Lei Federal nº 9.974/2000 e o

Decreto nº 4.074/2002 definem que a destinação correta das embalagens vazias de

1 “ instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e

meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para

reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente

adequada” (Lei Federal nº12.305/2010)

Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens,

assim como outros produtos cuja

embalagem, após o uso, constitua resíduo

perigoso

Pilhas e Baterias Pneus

Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens

Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e de luz mista

Produtos eletroeletrônicos e seus componentes

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Realce

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agrotóxicos é de responsabilidade de todos os agentes atuantes na produção

agrícola: agricultores, canais de distribuição/cooperativas, indústria fabricante e o

poder público.

As embalagens de agrotóxicos geradas no município de Chapadão do

Sul são encaminhadas para a Central de recebimento (Figura 30), gerenciada pela

Associação das Revendas de Defensivos Agrícolas dos Chapadões (ARDAC) que a

opera desde 2003. Posteriormente, o Instituto Nacional de Processamento de

Embalagens Vazias (inpEV), representante da indústria fabricante, coleta as

embalagens vazias que foram devolvidas nas unidades de recebimento e as envia

para a correta destinação (reciclagem ou incineração).

Figura 30 – Central de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos gerida

pela ARDAC em Chapadão do Sul/MS Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 01/08/2012.

Portanto, as embalagens vazias de agrotóxicos geradas em Chapadão

do Sul, devem ser levadas a Central de Recebimento.

6.2.3.3.2 Pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e de luz mista;

Estes resíduos em alguns casos já possuem a logística reversa

implementada, como as baterias de celulares e de carro. Entretanto as pilhas e

baterias de uso comum como as utilizadas em eletroeletrônicos e as lâmpadas

fluorescentes não possuem um efetivo sistema.

Portanto, até o estabelecimento da logística reversa para estes produtos,

aconselha-se que se destinem a empresas aptas para a destinação correta dos

72 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

mesmos. Neste sentido, são elencadas a seguir algumas empresas que realizam a

reciclagem ou destinação final destes produtos:

Apliquim: situada em Paulínia (SP), realiza a reciclagem de pilhas e baterias

contendo mercúrio e lâmpadas de descarga que contêm mercúrio metálico

(lâmpadas fluorescentes, lâmpadas de vapor de vapor de sódio e as de luz

mista). Telefone: (0XX11) 3313-1277

Bayer S.A. - localizada no complexo industrial de Belford Roxo/RJ, possui um

Sistema integrado de Proteção Ambiental, composto por uma Estação de

Tratamento de Efluentes Industriais, por um Incinerador Rotativo e por um

Aterro Industrial. Telefone: (0XX21) 762-5203; Fax: (0XX21) 761-4686.

Suzaquim Indústrias Químicas Ltda. – Recebe e reprocessa pilhas e baterias

alcalinas. Situada em Suzano/SP. Telefone: (0XX11) 4748-6202

Reverse- Localizada em Novo Hamburgo/RS realiza a coleta e destinação

final de pilhas e baterias de chumbo à reciclagem.

A relação fornecida tem como único objetivo orientar e informar sobre as

atuais alternativas para destinação de pilhas e baterias existentes no Brasil,

cabendo Prefeitura Municipal a articulação junto ao Instituto de Meio Ambiente do

Mato Grosso do Sul (IMASUL) ou a outro órgão competente, quando o transporte e

destinação final forem interestaduais.

6.2.3.3.3 Pneus

A Reciclanip, entidade da indústria nacional de pneumáticos que cuida

exclusivamente da coleta e destinação de pneus inservíveis (aqueles que não têm

mais condições de serem utilizados para circulação ou reforma), possui um

convênio com o setor de Controle de Vetores de Chapadão do Sul, realizando a

coleta dos resíduos pneumáticos gerados no município na UTR, sob o

gerenciamento do setor supracitado, cujo telefone para contato é (67)3562-6613.

6.2.3.3.4 Óleos Lubrificantes

A logística reversa não se encontra plenamente efetiva, sendo portanto

recomendado que estes resíduos sejam coletados por empresas especializadas,

perante contrato firmado para a finalidade específica. No Quadro 5 são elencadas

as empresas coletoras de óleo lubrificante autorizadas pela Agência Nacional de

Petróleo (ANP). Destaca-se que a empresa Lwart –Lubrificantes que é responsável

pela coleta de aproximadamente 140 milhões de litros/ano de óleos lubrificantes

usados (Telefone: (14) 3269-5319 /0800-701-0088).

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73

Quadro 5 – Coletores de óleo lubrificante autorizados pela ANP

EMPRESAS COLETORAS

1. Antônio Hilário de Souza e Cia.

Ltda.

11. Indústria Petroquímica do

Sul Ltda.

21. Nortlub Reciclagem de

Óleos Minerais Ltda.

31. Resipetrol Ltda.

2. Betumat Química Ltda. 12. José Carlos de Mendonça

Regente Feijó EPP

22. Nortoil Lubrificantes Ltda. 32. Rode Removedora de Resíduos

Ltda.

3. Biopetro Prestação de Serviços

Ambientais Ltda. ME

13. Leandro Fazion 23. Perfilub Indústria e

Comércio de Produtos de

Petróleo Ltda.

33. Silvio Furquim Pereira Votorantim

- ME

4. Braslub Indústria Química e

Petroquímica Ltda.

14. Lubercol Coleta de

Lubrificantes Ltda.

24. Petrolub Industrial de

Lubrificantes Ltda.

34. Tansul Industrial de Embalagens

Ltda.

5. Brasquímica Lubrificantes Ltda. 15. Lubrasil Lubrificantes Ltda. 25. Prolub Rerrefino de

Lubrificantes Ltda.

35. Tasa Lubrificantes Ltda.

6. Brazão Lubrificantes Ltda. 16. Lubrificantes Fênix Ltda. 26. Proluminas Lubrificantes

Ltda.

36. Transmar Óleos Comércio e

Derivados Ltda. - ME

7. Dgol Indústria e Comércio de

Lubrificantes Ltda.

17. Lubririber Comercial

Ribeirão Preto de

Lubrificantes Ltda.

27. Química Industrial Supply

Ltda.

37. T.R.O. Tratamento e

Reciclagem de Óleos, Indústria e

Comércio Ltda.

8. DrasaTrasnportes e Comércio de

Sucata Ltda.

18. Lwart Lubrificantes Ltda. 28. Re-Refinadora Brasileira de

Óleos Lubrificantes Ltda.

38. Vitoria Ambiental Engenharia e

Tecnologia S/A

9. Eternal - Ind. Com. Serviços e

Tratamento de resíduos da Amazônia

Ltda.

19. Molecular Brasil Ltda. 29. Reginaldo José da Costa -

ME

10. Fábrica Química Petróleo de

Derivados Ltda.

20. Multimineral Química Ltda. 30. Renato Aparecido Santos

Matão Ltda.

Fonte: http://www.anp.gov.br/?pg=61451 atualizado em 13/08/2012 17h51min

74 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

6.2.3.3.5 Produtos eletrônicos e seus componentes

Recomenda-se que, enquanto a logística reversa não estiver

estabelecida, se crie uma cooperativa para recuperação de eletrônicos e os que

não forem passíveis de recuperação, deverão ter seus componentes retirados e

encaminhados para as empresas especializadas.

6.3 AÇÕES ADMINISTRATIVAS E INSTITUCIONAIS

Este subcapitulo traz as recomendações de ações administrativas e

institucionais para a coleta seletiva. Na Figura 31 são elencadas estas ações, sendo

descritas nos tópicos seguintes.

Figura 31 – Ações administrativas e institucionais propostas para a coleta seletiva

em Chapadão do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

•Acompanhar:

•Fiscalizar e

• Gerenciar o projeto de coleta seletiva Definição de uma equipe de coordenação do Projeto de

Coleta Seletiva

•Minimizar os custo de operação da Prefeitura Municipal;

•Atender as recomendações estabelecidas na legislação federal

•Alcançar prioridade na obteção de recursos financeiros

•Fomentar a Inclusão socal

Fomentar a criação de cooperativas

•Orientar quanto as formas de prestação de serviço de coleta seletiva

Forma de prestação do serviço de coleta seletiva

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6.3.1 Criação de uma equipe de coordenação do projeto

O Projeto de Coleta

Seletiva deverá ter uma equipe

designada para o

acompanhamento e

coordenação do sistema,

composta por um coordenador

geral e seu auxiliares (Figura 32),

para a tomada de decisão e

apoio aos funcionários que farão

o trabalho de triagem e

compostagem, e também aos

responsáveis pela coleta e

transporte dos resíduos, sendo

eles ligados diretamente à

Prefeitura ou terceirizados.

6.3.2 Fomentar a Criação de Cooperativas

A Lei Federal nº 12.305 de 2010 preconiza que os municípios devem

priorizar a inserção dos catadores de materiais recicláveis na cadeia produtiva,

garantindo a inclusão social, geração de renda e melhoria operacional do sistema

de triagem dos resíduos.

Atualmente, em Chapadão do Sul/MS não há a ocorrência de catadores

de materiais recicláveis, entretanto existem trabalhadores contratados pela

Prefeitura na unidade de triagem. Portanto, a organização destes em cooperativas

é uma excelente forma de se garantir uma forma socialmente justa de renda a

estas pessoas, além de contribuir para que o processo de manejo de resíduos seja

menos oneroso para a gestão pública.

As cooperativas são instituições que desenvolvem um trabalho comercial

de forma coletiva, onde os cooperados são os administradores do projeto e são

beneficiados pelos proventos gerados. Os principais aspectos referentes às

cooperativas são apresentados no Quadro 6.

Coordenador Geral

Coordenador da UTR

Coordenador da Coleta Convencial

Coordenador da Coleta ponto a ponto

Coordenador da Coleta seletiva porta a porta

Coordenador do UC

Figura 32 – Organograma proposto para equipe

da Coleta Seletiva Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012

76 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Quadro 6 – Descrição dos principais aspectos relacionados às cooperativas

ASPECTOS DESCRIÇÃO

Conceito Sociedade de pessoas sem fins lucrativos e com especificidade de atuação na

atividade produtiva/comercial

Finalidade

Viabilizar e desenvolver atividades de consumo, produção, prestação de serviços, crédito e comercialização, de acordo com os interesses dos seus

associados. Formar e capacitar seus integrantes para o trabalho e a vida em

comunidade.

Legalização

Aprovação do estatuto em assembleia geral pelos associados. Eleição do conselho de administração (diretoria) e do conselho fiscal. Elaboração da ata

de constituição. Registro do estatuto e da ata de constituição na junta

comercial. CNPJ na Receita Federal. Inscrição Estadual. Registro no INSS e no

Ministério do trabalho. Alvará na prefeitura.

Constituição Mínimo de 20 pessoas físicas

Legislação Lei nº 5.764/71. Constituição (art. 5º. XVII a XXI e art. 174, par 2º.) Código Civil.

Patrimônio / Capital

Possui capital social, facilitando, portanto, financiamentos junto às instituições financeiras. O capital social é formado por quotas-partes podendo receber

doações, empréstimos e processos de capitalização.

Representação Pode representar os associados em ações coletivas do seu interesse. Pode

constituir federações e confederações para a sua representação.

Forma de Gestão

Nas decisões em assembleia geral, cada pessoa tem direito a um voto. As decisões devem sempre ser tomadas com a participação e o envolvimento

dos associados.

Abrangência / Área

de Ação

Área de atuação limita-se aos seus objetivos e possibilidade de reuniões,

podendo ter abrangência nacional.

Operações Realiza plena atividade comercial. Realizam operações financeiras, bancárias

e pode candidatar-se a empréstimos e aquisições do governo federal.

Responsabilidades

Os associados não são responsáveis diretamente pelas obrigações contraídas pela cooperativa, a não ser no limite de suas quotas-partes e a não ser

também nos casos em que decidem que a sua responsabilidade é ilimitada. A

sua diretoria só pode ser responsabilizada se agir sem o consentimento dos

associados.

Remuneração Os dirigentes podem ser remunerados por retiradas mensais pró-labore,

definidas pela assembleia, além do reembolso de suas despesas.

Contabilidade

A escrituração contábil é mais complexa em função do volume de negócios e em função da necessidade de ter contabilidades separadas para as

operações com os sócios e com não sócios.

Tributação

Não paga Imposto de Renda sobre suas operações com seus associados. Deve

recolher o Imposto de Renda Pessoa Jurídica sobre operações com terceiros.

Paga as taxas e os impostos decorrentes das ações comerciais.

Fiscalização Pode ser fiscalizada pela prefeitura, pela Fazenda Estadual (nas operações de

comércio), pelo INSS, pelo Ministério do Trabalho e pela Receita Federal.

Dissolução Definida em assembleia geral e, neste caso ocorre à dissolução. No caso de

intervenção judicial, ocorre a liquidação, não podendo ser proposta a falência.

Resultados

Financeiros

Após decisão em assembleia geral, as sobras são divididas de acordo com o volume de negócios de cada associado. Destinam-se 10% para o fundo de

reserva e 5% para o Fundo Educacional

Fonte: Sandra Mayrink Veiga e Daniel T. Rech e publicado no livro Associações como

construir sociedades civis sem fins lucrativos – editora DP&A.

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Um incentivo às cooperativas é a prioridade e facilidade na

contratação, visto que o artigo 40 do Decreto Federal nº 7.404/2010, determina que

o sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos priorizará a participação de

cooperativas constituídas por pessoas físicas de baixa renda. Ainda estabelece que

as políticas públicas voltadas aos catadores deverão observar: a possibilidade de

dispensa de licitação para contratação de cooperativas, o estímulo à capacitação

e o fortalecimento institucional de cooperativas.

Outro aspecto importante do instrumento legislativo supracitado é que a

União e os órgãos ou entidades a ela vinculados darão prioridade de recursos aos

Municípios que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas

ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis

formadas por pessoas físicas de baixa renda.

Portanto, a organização destes em cooperativas e/ou associações é

uma excelente maneira de se garantir uma forma socialmente justa de renda a

estas pessoas (baixa renda ou catadores), além de contribuir para que o processo

de manejo de resíduos seja menos oneroso para a gestão pública, uma vez que

gera a prioridade na obtenção de recursos federais.

Diante do exposto, buscando orientar, subsidiar e fomentar a formação e

criação de cooperativas de catadores é apresentado no Anexo I um modelo de

estatuto social.

6.3.3 Forma de prestação do serviço

A prestação dos serviços de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana,

incluindo a coleta seletiva, são de competência do município (Figura 33), sendo

que este pode exercer a função diretamente ou delegá-lo a outro ente público ou

estadual mediante a celebração de contrato de programa ou a um privado

através de um contrato de concessão. Ademais, há a gestão associada do serviço

com outros município via convênio de cooperação ou consórcio público, conforme

a Lei Federal nº 11.107/2007 e o Decreto nº 6.017/2007.

78 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 33 – Competência e tipos de prestação de serviços públicos admitidos pela

Constituição Federal Fonte: Adaptado do Ministério das Cidades (2011)

Cabe advertir que a prestação do serviço de coleta seletiva de forma

indireta pode inviabilizar a aquisição de recursos financeiros junto aos órgãos

públicos para a obtenção de equipamentos, estruturas, veículos, dentre outros,

sendo incumbência da empresa privada ou pública para qual o serviço foi

delegado, investir em melhorias/adequação no sistema.

6.4 AÇÕES DE ORIENTAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

Este subcapitulo traz as ações e materiais recomendados para orientar,

divulgar e sensibilizar a comunidade chapadense a aderir ao Projeto de Coleta

Seletiva, sendo estas descritas nos tópicos seguintes.

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6.4.1 Criação da semana da reciclagem

Sugere-se a criação de uma semana da reciclagem no município de

Chapadão do Sul envolvendo as escolas, onde os alunos devem realizar visitas às

unidades componentes do gerenciamento dos resíduos sólidos, peças teatrais,

atividades de reutilização e reciclagem de materiais.

Esta ação objetiva transformar os alunos em agentes fiscalizadores,

conscientizar a população sobre a importância da coleta seletiva e trazer

orientações sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos.

A semana da reciclagem pode ser o momento inicial para a gincana

escolar (Projeto Reciclar) que será abordado no tópico seguinte.

6.4.2 Gincana escolar de coleta seletiva (Reciclar)

Há no município de Chapadão do Sul o projeto “Reciclar” – “Meio

ambiente, minha vida” que possui esta característica de gincana com

arrecadação de materiais recicláveis, concurso de decoração natalina e de frases

e desenhos. Este apresentou grande aceitação pela comunidade escolar e obteve

resultados significativos, assim é fundamental sua continuação após a inserção

deste PCS.

O projeto possui quatro categorias:

1- Categoria I, arrecadação de garrafas “PETs”;

2- Categoria II, arrecadação de latinhas de alumínio;

3- Categoria III, decoração natalina com materiais recicláveis nas

escolas;

4- Categoria IV, concurso de frases e desenhos correlacionados com o

meio ambiente.

Há ainda uma premiação por categoria e os desenhos e frases

vencedoras estamparão os elementos de divulgação da próxima gincana (Figura

34)

80 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 34 – Faixa do projeto “Reciclar” fixada em uma escola. Podem-se observar os

desenhos e frases vencedoras Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 28/08/2012.

6.4.3 Material de divulgação

6.4.3.1 Logomarca e mascote da Coleta Seletiva

É importante criar uma mascote que representará o Projeto de Coleta

Seletiva no município de Chapadão do Sul/MS, assim, vinculando este elemento

gráfico as ações do projeto, de modo que a população possa correlaciona-los.

Alguns exemplos de mascotes da coleta seletiva são apresentados a seguir.

Figura 35 – Exemplos de mascotes utilizados em projetos de coleta seletiva Fonte: Embrapa, Prefeitura Municipal de São Gabriel do Oeste/MS e Prefeitura Municipal de

Campo Grande/MS.

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Recomenda-se que haja o envolvimento da sociedade na escolha do

nome da mascote podendo ser através de enquete eletrônica no site da Prefeitura

Municipal de Chapadão do Sul/MS.

Sugere-se ainda que a mascote escolhida seja definida como a

logomarca do Projeto de Coleta Seletiva.

O custo para elaboração deste produto é de grande variabilidade,

entretanto, estimou-se o valor de R$ 3.000,00.

6.4.3.2 Adesivos informativos

Em substituição aos panfletos que geram uma quantidade enorme de

resíduos, recomenda-se a distribuição de cinco tipos de adesivos informativos sobre

o Projeto de Coleta Seletiva, um para cada setor mantendo o mesmo padrão.

Neste sentido, este deverá conter informações sobre os resíduos que

devem ser separados, os dias de coletas, a localização dos LEV’s e ecopontos,

sendo apresentado na Figura 36 um modelo com o referido conteúdo.

O adesivo deve ser entregue nas residências pelos agentes de saúde ou

pelos responsáveis pela coleta seletiva, de preferencia no dia em que será

realizada a coleta seletiva no setor, este deve fazer todas as recomendações e

explicações necessárias.

82 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 36 – Modelo de adesivo em tamanho A4 para entrega nas residências,

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

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Considerando o número de domicílios apresentados no censo do IBGE de

2010 acrescidos de um valor de 10% de segurança estimou-se a quantidade deste

material a ser distribuídos e o custo (Tabela 8).

Tabela 8 – Estimativas da quantidade e custo dos adesivos informativos

Ano Quantidade (Und.) Custo Total (R$)

2013 6.362 9.752,95

2014 229 351,06

2015 230 352,59

2016 229 351,06

2017 229 351,06

2018 7.508 11.509,76

2019 229 351,06

2020 229 351,06

2021 229 351,06

2022 229 351,06

2023 8.653 13.265,05

2024 229 351,06

2025 229 351,06

2026 229 351,06

2027 229 351,06

2028 9.798 5.020,33

2029 229 351,06

2030 229 351,06

2031 229 351,06

2032 230 352,59

TOTAL 35.987 55.168,07

Fonte: Orçamentos realizados pela empresa Deméter Engenharia Ltda., Setembro de 2012.

Nota: Um cesto de lixo por domicílio

Reposição dos cestos de lixos a cada 5 anos

6.4.3.3 Selo de participação na coleta seletiva

Visando a motivação da população sugere-se que seja criado um selo

indicando que a residência ou estabelecimento participa da coleta seletiva, sendo

assim este deve ser adesivo, possibilitando que seja fixado na frente destes locais.

Alguns exemplos destes são apresentados na Figura 37.

84 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 37 – Exemplos de selos da coleta seletiva Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012 e Prefeitura Municipal de Andradina.

A estimativa da quantidade de selos a serem confeccionados e os custo

são apresentados na Tabela 9.

Tabela 9 – Estimativas da quantidade e custo dos adesivos informativos

Ano Quantidade Custo Total

2013 6.362 R$ 7.284,49

2014 229 R$ 262,21

2015 230 R$ 263,35

2016 229 R$ 262,21

2017 229 R$ 262,21

2018 7.508 R$ 8.596,66

2019 229 R$ 262,21

2020 229 R$ 262,21

2021 229 R$ 262,21

2022 229 R$ 262,21

2023 8.653 R$ 9.907,69

2024 229 R$ 262,21

2025 229 R$ 262,21

2026 229 R$ 262,21

2027 229 R$ 262,21

2028 9.798 R$ 11.218,71

2029 229 R$ 262,21

2030 229 R$ 262,21

2031 229 R$ 262,21

2032 230 R$ 263,35

TOTAL 35.987 R$ 41.205,12

Fonte: Orçamentos realizados pela empresa Deméter Engenharia Ltda., Setembro de 2012.

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6.4.3.4 Website da Coleta Seletiva

Recomenda-se a criação de um website ou site da coleta seletiva de

Chapadão do Sul/MS trazendo informações sobre os setores de coleta, dias de

coleta, localização dos locais de entrega voluntária (LEV’s) e ecopontos,

recomendações sobre quais resíduos separar e como separar, disponibilização dos

materiais orientativos e o placar online da coleta seletiva.

O endereço eletrônico deve ser de fácil memorização pelos habitantes,

assim, sugere-se o seguinte: www.reciclachapadao.com.br.

Os custos de elaboração e construção do site são de aproximadamente

R$ 2.500,00.

6.4.3.5 Rádio

Recomenda-se a veiculação de uma vinheta/música da coleta seletiva

nas rádios locais, bem como a participação dos responsáveis em debates

objetivando informar a população a respeito da coleta seletiva. Podendo, a rádio

ser uma parceira do Projeto de Coleta Seletiva.

Os custos aproximados são de R$ 320,00 para elaboração de spot/jingle

de até 30 segundos.

6.4.3.6 Outros meios de divulgação

Há uma gama enorme de materiais que podem ser utilizados na

divulgação de um Projeto de Coleta seletiva, sendo para tanto necessário

identificar a aceitação da população local, os recursos disponíveis e o caráter

ambiental com a concepção dos 3 R’s. Na Quadro 7 são elencados alguns

materiais e seus respectivos valores unitários.

86 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Quadro 7 – Materiais de divulgação e valores unitários

Item Valor unitário Ilustrações

Sacolas Ecológicas (Eco

Bag) R$ 13,90

Camisetas R$ 16,50

Canetas Plásticas R$ 1,00

Canetas Ecológicas R$ 1,05

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(Continuação) – Materiais de divulgação e valores unitários

Item Valor unitário Ilustrações

Folders em A4 frente e verso R$ 992,00 (2.000 unidades)

Cartazes A3 R$ 2,50

Banners R$ 200,00

Bolas de Vinil R$ 2,00

Fonte: Orçamentos realizados pela empresa Deméter Engenharia Ltda., Setembro de 2012.

Nota: As figuras são meramente ilustrativas

6.4.4 Criar e Implantar Placar da Coleta Seletiva

Elaborar um placar indicando a quantidade de material recolhido pela

coleta seletiva objetivando motivar a população com os resultados obtidos.

88 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Recomenda-se que sejam elaborados dois destes instrumentos e que sejam fixados

em locais de grande fluxo de pessoas a serem definido pela Prefeitura Municipal.

Recomenda-se que os placares possuam a dimensão de 2,00 x 1,00

metros fixados em suporte de alumínio natural ou aço galvanizado trazendo a

informação da quantidade de material coletado pela coleta seletiva. Como

sugestão de modelo foi confeccionada a Figura 38.

Figura 38 – Modelo sugerido para o placar da coleta seletiva em Chapadão do

Sul/MS Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Nota: Utilizou-se para ilustração a mascote da coleta seletiva de Campo Grande/MS que

deve ser substituído pelo de Chapadão do Sul

Conforme observado na Figura 38, é importante haver um espaço no

placar para destacar as empresas que contribuem efetivamente para a coleta

seletiva, através de doação de materiais ou recursos.

A quantificação dos recursos necessários para sua implantação é

apresentada no Tabela 10.

Tabela 10– Estimativas da quantidade e custo do Placar da Coleta Seletiva

Quantidade 2

Valor Unitário R$ 1.200

Valor Total R$2.400

Fonte: Orçamentos realizados pela empresa Deméter Engenharia Ltda., Setembro de 2012.

R. Cláudia, 239 - Giocondo Orsi - Campo Grande/MS - CEP 79022-070 (67)3351.9100 www.dmtr.com.br / [email protected]

89

Recomenda-se ainda, a disponibilização de um placar online com

características semelhantes ao placar físico vinculado ao site da Prefeitura

Municipal.

6.4.5 Realizar a capacitação e atualização periódica dos funcionários

envolvidos com manejo de resíduos sólidos

Deve haver mecanismos como cursos e palestras para a capacitação e

atualização dos funcionários envolvidos com manejos dos resíduos sólidos em

Chapadão do Sul/MS, de modo a garantir uma maior eficiência no processo da

coleta seletiva e da triagem dos resíduos sólidos.

6.5 AÇÕES DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE

6.5.1 Definição dos Indicadores

Para garantir a correta operacionalização do sistema de coleta seletiva

alguns indicadores de controle serão criados para o seu monitoramento. Estes

indicadores deverão ser sistematizados e fiscalizados pelo grupo responsável pela

implantação e coordenação do projeto e servirão como ferramenta para as

tomadas de decisões visando sempre uma melhoria contínua do sistema. Dentre os

indicadores de controle sugerem-se os apresentados na Figura 39:

90 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Figura 39 – Indicadores de controle para o projeto de coleta seletiva em Chapadão

do Sul/MS Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Todos estes indicadores servirão para demonstrar as necessidades de

melhorias, desde a segregação por parte dos geradores, às características

operacionais e logísticas do sistema.

O nível de aceitação do sistema pela população pode ser avaliado

periodicamente através de questionários, bem como por meio da avaliação visual

e funcional dos LEV’s e Ecopontos, verificando se a capacidade e a frequência de

coleta são suficientes, se está existindo depredação dos equipamentos e se a

localização dos LEV’s está adequada.

Todas as ações de manutenção e acompanhamento visam avaliar a

eficiência do processo, seus resultados permitem identificar a necessidade de

melhorias através do redimensionamento dos equipamentos e das logísticas

operacionais, bem como a precisão de intensificar os programas de divulgação do

sistema de coleta seletiva.

6.5.2 Indicadores de avaliação dos resultados e dos impactos da coleta

seletiva

O sistema de coleta seletiva além de monitorado deve ser avaliado, para

tanto, devem ser estabelecidos alguns indicadores de avaliação de resultados e

Total coletado diariamente em cada

setor

Tonelagem de material triado e estocado na

UTR

Tonelagem de material vendido

Tonelagem de rejeitos na UTR

Total de horas de trabalho dos caminhões

Total de quilômetros rodados

Consumo de combustível

Mão de obra envolvida

Grau de adesão ao programa pela

população

Grau de motivação dos funcionários da coleta

e da triagem

R. Cláudia, 239 - Giocondo Orsi - Campo Grande/MS - CEP 79022-070 (67)3351.9100 www.dmtr.com.br / [email protected]

91

dos impactos decorrentes desta atividade. Neste sentido, servirão como ferramenta

para a tomada de decisões, visando sempre uma melhoria contínua do sistema.

Dentre os indicadores de avaliação sugerem-se os elencados na Figura 40.

Figura 40 – Indicadores de avaliação propostos para Chapadão do Sul/ MS

6.5.3 Planilhas de Controle, Monitoramento e Avaliação

A seguir é apresentado um modelo de tabela para controle,

monitoramento e avaliação do Projeto de Coleta Seletiva no município de

Chapadão do Sul, devendo ser adaptada durante a operação do sistema.

Quantidade mensal de resíduos desviados do

aterro sanitário (toneladas/mês)

Percentual de resíduos desviados mensalmente da disposição final em aterro,

em relação ao total de resíduos que seria disposto

(%)

Ganho da vida útil do aterro (dias)

Receita mensal com a venda dos materiais

recicláveis (R$) Custo de operação (R$)

92 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Quadro 8 – Exemplo de Planilha de controle, monitoramento e avaliação da coleta seletiva. C

ON

TRO

LE, M

ON

ITO

RA

MEN

TO E

AV

ALI

ÃO

PERÍODO jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14

Total de

resíduos

coletados (t)

Setor 1

Setor 2

Setor 3

Setor 4

Setor 5

Total de resíduos

coletados (t)

Resíduos

coletados pela

Coleta Seletiva

(t)

Setor 1

Setor 2

Setor 3

Setor 4

Setor 5

Total de Resíduos

Coletados nos LEV’s

Total de Resíduos

coletados pela Coleta

Seletiva (t)

Material triado e

estocado na UTR

(tonelada)

Material vendido (t)

Total de rejeitos (t)

Trabalho dos caminhões

(h)

Quilômetros Percorridos

Consumo de

combustível (L)

Mão de obra envolvida;

Grau de adesão ao

programa pela

população

BAIXA ALTA ALTA ALTA ALTA MÉDIA MÉDIA ALTA BAIXA ALTA ALTA ALTA ALTA ALTA

R. C

láud

ia, 2

39

- Gio

co

nd

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rsi - C

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S - C

EP

79

02

2-0

70 (6

7)3

351

.910

0 w

ww

.dm

tr.com

.br / c

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om

.br

93

(Continuação)– Exemplo de Planilha de controle, monitoramento e avaliação da coleta seletiva.

CO

NTR

OLE

, M

ON

ITO

RA

MEN

TO E

AV

ALI

ÃO

PERÍODO jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14

Grau de motivação dos

funcionários da coleta e

da triagem

ALTA ALTA MÉDIA BAIXA ALTA MÉDIA BAIXA BAIXA ALTA ALTA BAIXA BAIXA ALTA ALTA

Receita mensal com a

venda dos materiais

recicláveis (R$)

Custo de operação (R$)

Quantidade de resíduos

desviados do aterro (t)

Percentual de resíduos

desviados em relação

ao total (%)

Ganho na vida útil do

aterro sanitário (DIAS)

Fonte: Deméter Engenharia Ltda.,2012.

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95

7 AÇÕES REALIZADAS

Este capítulo apresenta as ações já realizadas pela Prefeitura Municipal

de Chapadão do Sul, principalmente, no que concerne a mobilização social com a

elaboração de materiais de divulgação para implementação do Projeto de Coleta

Seletiva.

7.1 MASCOTE E LOGOMARCA

A primeira ação da Prefeitura Municipal de Chapadão do Sul foi a

confecção da mascote da coleta seletiva, que também atuará nas ações

correlatas a sustentabilidade ambiental. Este é uma ilustração de um Tatu Peba

(Figura 41), animal com grande ocorrência na região do município. Este é um dos

instrumentos essenciais para o projeto, uma vez que, será o mecanismo de maior

vinculação com o mesmo, sendo responsável pela associação da comunidade

com a coleta seletiva.

Figura 41 – Mascote adotado para o Projeto de Coleta Seletiva em Chapadão do

Sul/MS Fonte: Prefeitura Municipal de Chapadão do Sul/MS

96 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

7.2 FOLDER INFORMATIVO

Desenvolveu-se um folder informativo sobre a sustentabilidade e

inovação, onde a mascote atua na divulgação das ações vinculadas a

preservação ambiental, entre elas o Projeto de Coleta Seletiva. Ainda, traz

orientações sobre os resíduos recicláveis e não recicláveis e a importância da

participação da comunidade para a eficiência do projeto. A Figura 42 apresenta

uma versão preliminar deste material.

Figura 42 – Versão preliminar do folder com foco na sustentabilidade, inovação e na

coleta seletiva. Fonte: Prefeitura Municipal de Chapadão do Sul/MS.

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97

7.3 CAMISETAS

Foram elaboradas camisetas (Figura 43) para a divulgação do Projeto de

Coleta Seletiva com a mascote, assim vinculando este com a população.

Figura 43 – Modelo de camisetas para a divulgação do Projeto de Coleta Seletiva Fonte: Prefeitura Municipal de Chapadão do Sul/MS

7.4 OUTDOOR E BANNERS

Já estão implantados na cidade de Chapadão do Sul outdoors

vinculados ao Projeto de Coleta Seletiva e a sustentabilidade ambiental. E, ainda,

serão elaborados banners para a divulgação deste projeto.

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99

8 RECEITA ESTIMADA DO COMÉRCIO DE RECICLÁVEIS E ORGÂNICOS

Para compor a estimativa da receita proveniente do comércio de

recicláveis e orgânicos foi necessário estimar a quantidade destes resíduos que

efetivamente serão comercializados, sendo para isto utilizada uma projeção sobre

as metas que dispõe da redução dos recicláveis e úmidos dispostos em aterro

apresentadas no Plano de Metas Intermediário da versão preliminar do Plano

Nacional de Resíduos Sólidos (2011) e considerou-se que um 1 kg de lixo orgânico

gera 0,5 kg de composto. Na sequência realizou-se uma consulta de mercado e de

referências consolidadas para obter os valores mais baixos comercializados para

estes produtos no Brasil, ou seja, o pior cenário possível, sendo que os resíduos

devem estar prensados e limpos.

Deste modo, estimaram-se as receitas por ano e por categoria de

produto, sendo estas apresentas na Tabela 11.

Tabela 11 – Estimativa da receita proveniente do comércio de recicláveis no

município de Chapadão do Sul/MS.

ANO

Papel/

papelão

(R$)

Plástico

(R$)

Metal

(R$)

Vidro

(R$)

Embalagens

multicamadas

(R$)

Orgânicos

(R$)

Total

(R$)

2013 16.721,29 134.301,16 19.415,28 12.633,86 1857,92 - 184.929,52

2014 17.294,53 138.905,28 20.080,87 13.066,98 1921,61 - 191.269,28

2015 17.867,77 143.509,40 20.746,47 13.500,09 1985,30 31.084,25 228.693,29

2016 19.670,41 157.987,76 22.839,53 14.862,09 2185,60 35.289,66 252.835,05

2017 22.183,29 178.170,58 25.757,27 16.760,71 2464,81 41.348,45 286.685,12

2018 24.157,91 194.030,17 28.050,01 18.252,64 2684,21 46.002,62 313.177,57

2019 26.880,98 215.901,17 31.211,80 20.310,07 2986,77 52.609,91 349.900,70

2020 29.027,56 233.142,00 33.704,22 21.931,93 3225,28 57.712,85 378.743,85

2021 31.960,82 256.701,17 37.110,06 24.148,17 3551,20 64.868,62 418.340,05

2022 34.279,38 275.323,23 39.802,16 25.899,97 3808,81 70.420,33 449.533,89

2023 37.422,82 300.570,59 43.452,05 28.275,02 4158,09 78.124,59 492.003,17

2024 39.913,35 320.573,89 46.343,83 30.156,75 4434,81 84.125,06 525.547,70

2025 43.266,98 347.509,42 50.237,77 32.690,61 4807,44 92.377,82 570.890,05

2026 45.929,48 368.893,95 53.329,23 34.702,28 5103,27 98.827,05 606.785,27

2027 49.493,31 397.517,66 57.467,23 37.394,94 5499,25 107.628,30 655.000,69

2028 51.483,78 413.504,66 59.778,39 38.898,86 5720,42 114.526,30 683.912,41

2029 54.375,58 436.730,84 63.136,09 41.083,77 6041,73 123.876,04 725.244,05

2030 56.461,60 453.485,20 65.558,19 42.659,87 6273,51 131.222,80 755.661,16

2031 58.585,83 470.546,49 68.024,66 44.264,85 6509,53 141.121,03 789.052,39

2032 60.748,28 487.914,73 70.535,50 45.898,70 6749,80 148.916,56 820.763,57

100 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Pode-se visualizar que a receita aumenta gradativamente (Gráfico 10),

uma vez que, as metas de redução estabelecidas são progressivas, principalmente,

dos orgânicos que em 2013 é de 0% para 66% de aproveitamento em 2032. E ainda,

há o aumento na geração destes materiais pela população.

Gráfico 10 – Evolução da estimativa de receita oriunda da comercialização dos

produtos recicláveis e orgânicos Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Ainda, foi observado que,

para os 20 anos, o plástico é a

categoria de resíduos que gera o maior

percentual da receita proveniente da

venda de recicláveis com 62,23%,

seguido dos orgânicos com 14,31%,

conforme apresentado no Gráfico 11.

-

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

800.000,00

900.000,00Receita total (R$/ano)

Gráfico 11 – Percentual da receita total

gerada durante os 20 anos por categoria

de produto Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

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101

9 APLANO DE AÇÕES, METAS E INVESTIMENTOS DO PROJETO DE COLETA

SELETIVA

Para que a implantação do Projeto de Coleta Seletiva seja eficiente

devem ser seguidas as informações e metodologia descritas neste, tendo como

meta o atendimento de 100% da população com o serviço, bem como com a

efetiva participação de toda a comunidade, contribuindo com a não destinação

de resíduos recicláveis para o aterro sanitário e otimizando o trabalho na UTR.

Entretanto, a implantação plena e imediata de todos os componentes

descrito neste projeto é, atualmente, inviável frente à dificuldade na obtenção de

recursos e, portanto, o processo deve ser escalonado por ações, metas e

investimentos. Deste modo, apresenta-se no Quadro 9 o Plano de Ações, Metas e

Investimento para a implantação do Projeto de Coleta Seletiva em Chapadão do

Sul/MS, sendo as ações classificadas pelas cores apresentadas na Figura 44.

Figura 44 – Legenda do Plano de ações, Metas e Investimentos Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Ressalta-se que as metas estipuladas terão como marco inicial a

apresentação e aprovação do Projeto de Coleta Seletiva pela Prefeitura Municipal.

Ademais, os dados apresentados no capítulo 10 são comparados com as

receitas estimadas proveniente da venda dos materiais recicláveis e dos produtos

da compostagem, com a finalidade de verificar a viabilidade econômica do

projeto.

LEGENDA

Tipo de Ação

Estrutural

Operacional e Logística

Administrativas e Institucionais

Orientação, Divulgação e sensibilização

Acompanhamento, monitoramento e controle

102 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Quadro 9 – Plano de ações, metas e investimento do Projeto de Coleta Seletiva em Chapadão do Sul/MS

Nota: Para os custos de operação foram considerados do inicio de operação até o final do 5º ano.

1 2 1 2 1 2 1 2 1 2

1Instalação dos coletores seletivos públicos com alta

prioridade28.700,00R$

2Instalação dos coletores seletivos público com média

prioridade8.400,00R$

3Instalação dos coletores seletivos público com baixa

prioridade7.350,00R$

4Distribuição de recipientes para acondicionamento dos

resíduos secos435.600,00R$

5 Instalação dos LEV"S de Recicláveis 13.200,00R$

6 Instalação dos LEV's Especiais 1.400,00R$

7 Instalação do Ecoponto 32.000,00R$

8 Aquisição de Veículo para a coleta seletiva porta a porta 143.000,00R$

9 Coleta seletiva porta a porta 118.620,60R$

10 Instalação da nova UTR 242.000,00R$

11 Operação da nova UTR 163.200,00R$

12 Instalação da Unidade de Compostagem 258.000,00R$

13 Operação da Unidade de Compostagem 223.200,00R$

14 Segregação do resíduos gerados em secos e úmidos -R$

15Definição da frequência e setores da coleta seletiva porta a

porta5.000,00R$

16 Criação de uma equipe de coordenação do projeto -R$

17 Fomentar a criação de cooperativas -R$

18 Elaboração da Logomarca e mascote 3.000,00R$

19 Elaboração gráfica dos adesivos informativos 600,00R$

20 Distribuição de adesivos informativos 11.158,71R$

21 Selo de participação da coleta seletiva 8.334,46R$

22 Website da coleta seletiva 2.500,00R$

23Elaboração dos materiais gráficos e divulgação do projeto

de Coleta Seletiva20.000,00R$

24 Inserir placar da coleta seletiva 2.400,00R$

25 Realizar capacitação e atualização periódica -R$

26Planilhar os indicadores de controle, monitoramento e

avaliação-R$

5ºAno e

MetaInvestimento/

CustoDescriçãoAção 1 º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano

R. Cláudia, 239 - Giocondo Orsi - Campo Grande/MS - CEP 79022-070 (67)3351.9100 www.dmtr.com.br / [email protected]

103

10 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Com objetivo de analisar a viabilidade econômica do sistema de coleta

seletiva quantificou-se os investimentos e custos anuais para implantação e

operação baseados no Plano de ações, metas e investimentos apresentado

anteriormente, ou seja, os primeiros 5 anos e as receitas totais com a

comercialização dos materiais recicláveis no município de Chapadão do Sul

(Gráfico 12).

Gráfico 12 – Comparação das receitas e despesas totais provenientes do sistema de

coleta seletiva em Chapadão do Sul Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

Analisando o Gráfico 12, observa-se que há um custo elevado para

implantação do sistema, principalmente, em decorrência da aquisição do veículo

de coleta e implantação e estruturação da UTR e UC, fato este que acarretou em

saldo negativo de R$ 696,46 mil ao final do 5º ano.

184,9

3

191,2

7

228,6

9

252,8

4

R$ 2

86,6

9

R$ 2

84,8

5

R$ 4

90,4

1

R$ 5

67,0

9

R$ 2

53,9

7

R$ 2

44,5

5

-R$ 99,92

-R$ 2

99,1

4

-R$ 3

38,3

9

-R$ 1

,14

R$ 4

2,1

3

-R$ 99,92

-R$ 399,06

-R$ 737,45 -R$ 738,59 -R$ 696,46

-1.000,00

-800,00

-600,00

-400,00

-200,00

-

200,00

400,00

600,00

800,00

ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Milh

are

s

Receitas Totais Despesas Totais

Saldo Saldo acumulado

104 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Entretanto, quando se considera o horizonte de planejamento deste

Projeto de Coleta Seletiva, o sistema apresentou-se viável com um saldo

acumulado de R$ 2.658.012,58 ao final de 2032 (Gráfico 13), sendo possível verificar

que no ano de 2026 o saldo fica positivo frente ao aumento da receita decorrente

do melhor aproveitamento e a inexistência da necessidade de ações estruturais de

alto investimento como UTR e UC. O saldo em epígrafe se dividido pelo horizonte de

projeto (20 anos) acarretaria em uma receita anual de R$132.900,63, ou seja, R$

11.075,05 mensais.

Os custos de implantação poderão ser minimizados com a aquisição de

recursos federais acarretando em melhores condições econômicas do sistema, pois

as estruturas físicas são as que demandam maiores investimentos. Além, do

aumento da receita oriunda da remuneração através de taxas ou tarifas ou outros

preços públicos conforme estabelecido na Lei Federal nº 11.455/2007.

Ressalta-se ainda, deve-se ter em mente que deverá haver cobrança

pela prestação dos serviços, conforme preconiza a Lei Federal nº 11.445/2007 em

seu artigo 29, de modo que, a sustentabilidade econômico-financeira esteja

assegurada.

Ademais, conclui-se que para uma análise completa deve-se realizar a

viabilidade do sistema de gestão integrada de resíduos sólidos por inteiro,

quantificando inclusive os ganhos ambientais, a economia ocasionada com o

aumento da vida útil do aterro sanitário, bem como a geração de renda e

emprego. Ainda, é importante rever as projeções de receitas e de custos estimados

neste projeto nas revisões periódicas pré-estabelecidas.

R. C

láud

ia, 2

39

- Gio

co

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o O

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EP

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70 (6

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105

Gráfico 13 – Saldo acumulado do sistema de coleta seletiva em Chapadão do Sul durante 20 anos Fonte: Deméter Engenharia Ltda., 2012.

-R$ 9

9.9

20,4

8

-R$ 3

99.0

61,2

0

-R$ 7

37.4

54,7

4

-R$ 7

38.5

91,1

5

-R$ 7

42.0

79,0

8

-R$ 6

81.6

71,1

5

-R$ 9

40.4

85,3

3

-R$

81

6.9

34

,32

-R$ 6

54.9

98,6

9

-R$ 4

63.0

28,1

3

-R$ 2

29.7

99,9

0

-R$ 3

73.2

83,4

0

-R$

63

.59

1,4

7

R$ 2

80.7

84,0

9

R$ 6

72.1

63,4

7

R$ 6

38.7

91,6

3

R$ 1

.09

7.9

91,1

8

R$ 1

.58

6.3

96,2

5

R$ 2

.10

6.9

80,9

6

R$ 2

.65

8.0

12,5

8

-1.500.000,00

-1.000.000,00

-500.000,00

-

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032

Receitas Totais Despesas Totais Saldo Acumulado

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107

11 FONTES DE RECURSOS E FINANCIAMENTOS

O Projeto de Coleta Seletiva é parte integrante de um conjunto de

atividades e estruturas correlacionadas diretamente ao planejamento da gestão

integrada de resíduos sólidos urbanos. Neste sentido, existem fontes de recursos e

financiamentos para incentivar a implantação e a operação do sistema de coleta

seletiva. Portanto, no Quadro 10 são elencadas as principais instituições a nível

federal que são consideradas como possíveis fontes de recursos financeiros para

este projeto.

Quadro 10 – Possíveis fontes de recursos financeiros

Fontes de financiamento para investimentos em gestão e gerenciamento de

resíduos sólidos urbanos BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento

BANCO MUNDIAL

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

FNDD – Fundo Nacional de Direitos Difusos

FNMA - Fundo Nacional do Meio Ambiente

MINISTÉRIO DAS CIDADES

Inerente a isto, o PCS e os respectivos projetos poderão embasar

tecnicamente as solicitações de recursos para estruturação do sistema de coleta

seletiva, da UTR e da unidade de compostagem, bem como para a aquisição de

equipamentos e veículos vinculados ao gerenciamento de resíduos sólidos no

município de Chapadão do Sul/MS.

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109

12 RECOMENDAÇÕES GERAIS

Este capítulo traz algumas recomendações complementares necessárias

para auxiliar os gestores que estarão implantando e operando este sistema, dentre

elas:

Escalonar o processo de implantação de acordo com recursos

disponíveis;

Utilizar equipamentos já existentes, em bom estado de

funcionamento, para que seja possível o início de implantação do

Projeto de Coleta Seletiva até que sejam viabilizados os demais

itens necessários;

Mobilizar a comunidade através dos meios de comunicação e

também nas escolas, reforçando a participação dos jovens e

ampliando a atuação do Projeto Reciclar;

Utilizar uma linguagem acessível para a divulgação do Projeto de

Coleta Seletiva e sensibilização da comunidade;

Realizar um acompanhamento social, verificando a participação

da comunidade, as dúvidas, críticas e sugestões existentes visando

o melhoramento contínuo do sistema;

Utilizar os instrumentos de controle para verificar a eficiência do

processo e os pontos a serem melhorados e/ou alterados;

Quando necessário, priorizar, a aquisição e utilização de materiais

reciclados e/ou de construção sustentável;

A Prefeitura deverá alavancar o processo de reciclagem sendo o agente

incentivador, através de cadastramentos dos compradores de resíduos recicláveis,

a instalação em terrenos públicos de unidades organizadas para a triagem e

compostagem de resíduos e a possível redução de impostos para a implantação

de indústrias recicladoras não poluentes no município; poderá também ser o

agente implementador, através da implantação do PCS, construção das unidades

de triagem e compostagem, treinamento e capacitação dos funcionários,

instituição de uma coordenação municipal de reciclagem e instituição de

consórcios intermunicipais; e por último pode ser o agente consumidor, utilizando

todo e qualquer produto produzido através de reciclagem nas repartições públicas,

nas escolas e no município como um todo, a emprego dos resíduos de entulho

110 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

como agregados em obras públicas, o uso do adubo orgânico para praças, hortas

e áreas verdes e a utilização de podas e restos vegetais como combustíveis.

O ideal é que o município esteja envolvido em todos estes processos,

incentivando, implantando e consumindo os materiais provenientes da reciclagem

de forma a fechar a cadeia produtiva da reciclagem e agregar valores

econômicos, ambientais e sociais ao município e seus habitantes.

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111

13 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Projeto de Coleta Seletiva deverá ser implementado seguindo todas as

diretrizes, estratégias e ações sugeridas, sendo avaliadas e discutidas pelos grupos

de trabalhos responsáveis pela implantação e acompanhamento dos sistemas.

Destaca-se que há ações que demandarão estudos complementares e

deverão ser realizadas por equipe técnica especializada, garantindo a criação de

instrumentos específicos de melhorias do sistema de coleta seletiva no município. A

avaliação de todos os serviços deverá ser realizada periodicamente, identificando

oportunidades de melhorias continuas no sistema de coleta seletiva dos resíduos

sólidos domiciliares.

O município deverá contar com a participação da sociedade na

identificação dos problemas e discussão sobre as necessidades de melhoria no

sistema de coleta seletiva e limpeza urbana. Desta forma, a conscientização da

população em relação às condições atuais do sistema, a divulgação das ações de

melhoria, seus resultados e a participação da rede de ensino se apresentam como

atividades fundamentais e contínuas a serem desenvolvidas, bem como a

responsabilidade do poder público em implantar um sistema sustentável de coleta

seletiva dos resíduos sólidos domiciliares.

Portanto, conforme define a Lei Nº 12.305, que instituiu a Política Nacional

de Resíduos Sólidos, a responsabilidade oriunda da geração de resíduos deverá ser

compartilhada, envolvendo todos, desde os geradores, o comércio, os

transportadores, as indústrias e o poder público. Sendo assim, quando definido o

modelo de gestão todos deverão se adequar e contribuir com o sucesso ambiental,

social e econômico do mesmo.

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113

14 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONTRATADA E EQUIPE TÉCNICA

RESPONSÁVEL

A empresa Deméter Engenharia Ltda. é composta por um grupo de

profissionais, que buscaram formação teórica, experiência e técnica prática

visando poder oferecer aos seus clientes as soluções tecnológicas, ambientais e

construtivas necessárias para o bom e correto andamento dos mais diversos ramos

de atividades.

Os profissionais da engenharia que hoje compõem a equipe da Deméter

Engenharia Ltda. possuem experiência na coordenação e elaboração de grandes

estudos ambientais e planejamento sanitário/ambiental, para os setores público e

privado. Na esfera pública, os principais trabalhos desenvolvidos consistem em

Planos de Gerenciamento e Gestão de Resíduos Sólidos, Planos Municipais de

Saneamento Básico, Planos cujo enfoque é o controle da poluição e o

planejamento tanto urbano quanto rural. Na esfera privada, a equipe trabalhou

com grandes empreendimentos como Usinas do Setor Sucroenergético, Usinas

Hidroelétricas, Perícias Judiciais Ambientais, Auditorias no Setor Rural e Diagnóstico

Ambientais.

Consciente de seu papel na preservação de um ambiente sadio para a

vida de atuais e futuras gerações, a equipe da Deméter Engenharia Ltda. objetiva

cumprir esta meta atrelando-a ao desenvolvimento social e econômico do país.

Nossa equipe formou-se e especializou-se na área ambiental por acreditar ser a

engenharia uma fonte infindável de soluções que têm por fim último a resolução de

problemas.

O respeito ao meio ambiente e a opção por tecnologias limpas são

compromissos éticos firmados profissionalmente pelos integrantes da empresa em

seus projetos e ações.

O princípio básico constitui inicialmente na adoção de medidas

preventivas, cumprindo-se os requisitos legais e buscando-se dimensionar, desde o

início de um projeto, todos os impactos ambientais adversos do mesmo e, a partir

disso, desenvolver os programas necessários para eliminação ou minimização

destes. Dessa maneira, possibilita-se o controle dos riscos envolvidos e promove-se o

tão almejado desenvolvimento sustentável.

114 Projeto de Coleta Seletiva

Chapadão do Sul/MS

Deméter Engenharia Ltda. - Versão 01 – Setembro de 2012

Deméter Engenharia Ltda.

CNPJ n°: 10.695.543/0001-24

Registro no CREA/MS: 7.564/D

Cadastro do IBAMA n.º 4397123

Endereço: Rua Cláudia, n.o 239, Bairro Giocondo Orsi

Campo Grande/MS

CEP: 79.022-070

Telefone/Fax: (67)3351-9100

E-mail: [email protected]

[email protected]

[email protected]

Responsáveis técnicos: Fernanda Olivo

Lucas Meneghetti Carromeu

Neif Salim Neto

Nome: Fernanda Olivo

Formação: Engenheira Sanitarista e Ambiental, acadêmica de Direito e

Especialista em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental.

CREA-MS: 12.185/D - Cadastro IBAMA: 2635995 - Cadastro IMASUL: 1.991

Telefone: (67)3351-9100 / Celular: (67)8118-9330

E-mail: [email protected]

Nome: Lucas Meneghetti Carromeu

Formação: Engenheiro Sanitarista e Ambiental e Especialista em Perícia,

Auditoria e Gestão Ambiental.

CREA-MS: 11.426/D - Cadastro IBAMA: 2524352 - Cadastro IMASUL: 2.971

Telefone: (67)3351-9100 / Celular: (67)8401-5370

E-mail: [email protected]

Nome: Neif Salim Neto

Engenheiro Sanitarista e Ambiental e Mestre em Agroecossistemas

CREA-MS: 9.803/D - Cadastro IBAMA: 5068407

Telefone: (67)3351-9100 / Celular: (67)8136-3881

E-mail: [email protected]

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115

14.1 EQUIPE TÉCNICA

KALIL GRAEFF SALIM

Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Mestre em Engenharia Ambiental

CREA-MS: 84.1004/D

JORGE JUSTI JÚNIOR

Engenheiro Ambiental

CREA-MS: 16407/P

TIAGO HENRIQUE LIMA DOS SANTOS

Engenheiro Ambiental

CREA-MS: 16.450/D

14.2 APOIO TÉCNICO

ÍSIS DE JESUS FERNANDES

Acadêmica de Arquitetura e Urbanismo

RODRIGO AVILA BARSOTTI

Acadêmico de Engenharia Ambiental

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 – Resíduos Sólidos, de

31 de maio de 2004. Classificar os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais

ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados

adequadamente. ABNT, 2004.

BRASIL Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

BRASIL - Ministério das Cidades– Sistema de Nacional de Informações sobre

Saneamento “Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos”. Disponível em:

<www.snis.gov.br>.

CÂNDIDO C. V. L et al. Plano de Gerenciamento Integrado de Coleta Seletiva. Belo

Horizonte: Fundação do Meio Ambiente, Fundação Israel Pinheiro, 2009.

FUNASA – Orientações Técnicas para Apresentação de Projetos de Resíduos Sólidos

Urbanos. Fundação Nacional de Saúde – FUNASA (2006).

FUZARO, J. A. Coleta Seletiva para prefeituras. 4ª edição. São Paulo, 2005.

IBAM. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos. Rio de Janeiro:

IBAM, 2001. 200p.

IPT – CEMPRE. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. 3ª edição. 370

p. São Paulo, 2010.

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119

ANEXOS

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Anexo I -Modelo de estatuto social para a criação de associações e/ou

cooperativas de catadores de materiais recicláveis

ESTATUTO SOCIAL PARA A CRIAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES E/OU COOPERATIVAS DE CATADORES

DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO, ÁREA DE AÇÃO DA SOCIEDADE, PRAZO DE DURAÇÃO E ANO SOCIAL

Art. 1º - A COOPERATIVA DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS - XXXXXX, rege-se pelo presente Estatuto e

pelas disposições legais em vigor, tendo:

a. Sede, administração e foro na cidade, município e comarca de xxxxxxxxxx;

b. Área de ação em todos os municípios que compõem xxxxxxx, conforme definido, para

efeito de administração de associados, atendendo-se às possibilidades de reunião,

facilidade de coleta e distribuição dos produtos comercializáveis, controle e fiscalização de

operações;

c. O prazo de duração é indeterminado e o ano social coincide com o ano civil.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS DA SOCIEDADE

Art. 2º - A Cooperativa tem por objetivo organizar a ação solidária de seus associados, em suas atividades

profissionais específicas, proporcionando viabilidade econômica em suas tarefas de coleta, armazenamento,

processamento e comercialização de aparas e materiais reaproveitáveis.

Parágrafo Único. No cumprimento de sua finalidade, tem ainda a Cooperativa a função de:

a. Defender o interesse social e econômico de seus cooperados, libertando-os da

dependência de comerciantes intermediários e tratar de seus interesses junto ao poder

público e a terceiros;

b. Buscar integração com outras cooperativas desta mesma atividade profissional, visando a

formação e fortalecimento de cooperativa de segundo grau e integrar-se com

cooperativas similares e demais segmentos do cooperativismo, garantindo maior

economicidade nos negócios desenvolvidos e o fortalecimento do cooperativismo como

um todo;

c. Desenvolver serviços de apoio aos associados, de caráter jurídico, social e econômico,

envolvendo a defesa de seus direitos, sua saúde e segurança no trabalho e bem estar no

convívio comunitário;

d. Desenvolver atividades de orientação, formação e apoio para o engajamento de novos

associados, conscientizando-os dosa valores e objetivos do cooperativismo;

e. Desenvolver ainda atividades para a divulgação do cooperativismo e apoio à formação

de novas unidades cooperativa.

Art. 3º - Com o fim de cumprir seus objetivos, a cooperativa organizará e manterá, com aprovação de Assembleia

Geral, os serviços que se fizerem necessários, obedecendo à regulamentos específicos aprovados.

CAPÍTULO III

DIREITOS E DEVERES DOS ASSOCIADOS

Art. 4º - Poderão associar-se à cooperativa, salvo se houver impossibilidade técnica de prestação de serviços, todos

aqueles que, por livre opção, concordem com o presente Estatuto e exerçam a profissão de autônomo de aparas

e materiais reaproveitáveis na região de XXXX e, não se dediquem a outras atividades que possam prejudicar ou

colidir com os interesses e objetivos da cooperativa.

§ 1º - O número de associados é ilimitado, não podendo, entretanto, ser inferior a 20 pessoas

físicas;

§ 2º - Para adquirir a qualidade de associado da cooperativa, o interessado deverá conhecer

e aceitar este Estatuto, ser proposto por dois sócios e, depois de aceito pela diretoria, assinar

o Termo de Administração no Livro de Matrícula e, ainda subscrever as quotas-partes do

capital, nos termos previstos neste Estatuto.

Art. 5º - Cumprindo o que dispõe o artigo anterior o associado receberá a Carteira de Associado, o texto deste

Estatuto e a reprodução das declarações constantes no Livro de Matrículas. Adquire assim todos os direitos, e

assume as obrigações decorrentes da lei deste Estatuto e das deliberações tomadas pela Assembleia Geral da

cooperativa.

a. Tomar parte nas Assembleias Gerais, discutindo e votando os assuntos que nela forem

tratados, ressalvadas as restrições legais específicas;

b. Propor à Diretoria ou à Assembleia Geral medidas de interesse da cooperativa;

c. Votar e ser votado para os cargos sociais, ressalvadas as restrições legais estatuárias;

d. Demitir-se da Sociedade quando bem lhe convier;

e. Efetuar as operações que são objeto desta sociedade, de conformidade com a lei, a este

Estatuto e às regras que a Assembleia Geral estabelecer;

f. Solicitar quaisquer informações sobre negócios da cooperativa e, dentro do mês que

anteceder à Assembleia Geral Ordinária, consultar, na sede da sociedade, os livros e peças

do balanço geral.

Art. 7º - O associado tem o dever e a obrigação de:

a. Subscrever e realizar as quotas partes do capital nos termos deste Estatuto e contribuir com

as taxas e encargos operacionais que forem estabelecidos;

b. Realizar através da cooperativa as operações que constituem seus objetivos sociais,

profissionais e econômicos;

c. Cumprir com as disposições da lei, do Estatuto, respeitar as resoluções regulamentares

tomadas pelo Conselho de Administração e acatar as deliberações da Assembleia Geral;

d. Zelar pelos interesses morais e materiais da sociedade;

e. Pagar pontualmente seus compromissos para com a sociedade;

f. Satisfazer pontualmente seus compromissos para com a cooperativa, participando

ativamente da sua vida societária e empresarial e adquirir bens e serviços que a

cooperativa dispuser;

g. Concorrer com o que lhe couber, na conformidade das disposições deste Estatuto, para a

cobertura da sociedade;

h. Prestar à cooperativa esclarecimentos relacionados com as atividades que lhes facultaram

associar-se.

Art. 8º - O Associado responde subsidiariamente pelos compromissos da cooperativa, até o valor do capital por ele

subscrito.

Parágrafo Único - A responsabilidade do associado como tal, pelos compromissos da sociedade, em face a

terceiros, perduram para os demitidos, eliminados ou excluídos, até que sejam aprovadas as contas do exercício

em que se deu o desligamento, mas só poderá ser invocada depois de exigida judicialmente da cooperativa.

Art. 9º - As obrigações dos associados falecidos, contraídas com a cooperativa e as oriundas de sua

responsabilidade como associado em face a terceiros, passam aos seus terceiros, prescrevendo porém, após um

ano do dia da abertura da sucessão.

Parágrafo Único - Os herdeiros do Associado falecido tem direito ao capital realizado e demais créditos

pertencentes ao extinto, assegurando-lhes o direito de ingresso na cooperativa, desde que preencham as

condições estabelecidas neste Estatuto.

CAPÍTULO IV

DA DEMISSÃO, ELIMINAÇÃO, EXCLUSÃO

Art. 10 - A demissão do associado, que não poderá ser negada, dar-se-á unicamente a seu pedido e será

requerida ao Presidente, sendo por este levada ao Conselho de Administração em sua primeira reunião e

averbada no Livro de Matrícula, mediante termo assinado pelo Presidente.

Artigo 11 - A eliminação do associado, que será aplicada em virtude da infração da lei, ou deste Estatuto, será feita

por decisão do Conselho de Administração, depois de notificação ao infrator; os motivos que a determinaram

deverão constar no termo lavrado no Livro de Matrícula e assinado pelo Presidente da cooperativa.

§ 1º - Além de outros motivos, o Conselho de Administração deverá eliminar o associado que;

a. Vier a exercer qualquer atividade considerada prejudicial à cooperativa ou que colida

com os seus objetivos;

b. Houver lavado a cooperativa à prática de atos judiciais para obter o cumprimento de

obrigação por ele contraídas;

c. Depois de notificado, voltar a infringir disposições da lei, deste Estatuto, das Resoluções ou

Deliberações da Assembleia Geral;

d. Deixe de operar com a sociedade por período superior a um ano, desviando sua produção

para o comércio de intermediários excetuando-se o caso de impossibilidade de

recebimento pela cooperativa por questões técnicas.

§ 2º - Cópia autêntica da decisão será remetida ao interessado por processo que comprove as

datas de remessa e do recebimento, no prazo máximo de 30 dias contar da data da decisão.

§ 3º - O atingido poderá, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data do recebimento

da notificação, interpor recurso, que terá efeito suspensivo, até a primeira Assembleia Geral.

Art. 12 - A exclusão do associado será feita:

I. Por parte da pessoa física;

II. Por incapacidade civil não suprida;

III. Por deixar de atender aos requisitos estatuários de ingresso ou permanência na

cooperativa.

Art. 13 - Ocorrendo o falecimento, a pessoa física será imediatamente excluída. O espólio passará a ser

representado na sociedade, devidamente matriculado, sendo o seu representante o Inventariante.

Parágrafo Único - A exclusão se efetivará mediante Termo lavrado no Livro de Matrícula, assinada pelo Presidente,

após aprovada pelo Conselho de Administração.

Art. 14 - Em qualquer caso, como nos de demissão, eliminação ou exclusão, o associado só terá direito à restituição

do capital que integralizou, acrescido das sobras que lhe tiverem sido registradas.

§ 1º - A restituição de que trata este artigo somente poderá ser exigida depois de aprovado,

pela Assembleia Geral, o Balanço do Exercício em que o associado tenha sido desligado da

cooperativa.

§ 2º - A administração da cooperativa poderá determinar que a restituição desse capital

fosse feita em parcelas iguais, mensais e sucessivas a partir do exercício financeiro que se

seguir àquele em que se deu o desligamento.

§ 3º - Ocorrendo demissões, eliminações ou exclusões de associados em número tal que as

restituições das importâncias referidas no Artigo possam ameaçar a estabilidade econômica-

financeira da cooperativa, esta poderá restituí-las mediante critérios que resguardem a sua

continuidade.

§ 4º - Os deveres dos associados perduram, para os demitidos, eliminados ou excluídos, até

que sejam aprovados pela Assembleia Geral as contas dos exercícios em que o associado

deixou de fazer parte da sociedade.

CAPÍTULO V

DO CAPITAL

Art. 15 - O capital da cooperativa, representado por quotas-partes, variará conforme o número de quotas-partes

subscritas, não sendo entretanto inferior a 60 (sessenta) quotas-partes, que ora perfazem R$ 326,40.

§ 1º - O capital é subdividido em quotas-partes de valor unitário correspondente a 20% do

SMR à época da subscrição, ou ao índice que vier a sucedê-la em caso de extinção.

§ 2º - A quota parte é indivisível, intransferível a não associados, não poderá ser negociado de

modo algum nem dada em garantia; sua subscrição, realização, transferência ou restituição

será sempre escriturada no Livro de Matrícula.

§ 3º - A transferência de quotas-partes total ou parcial, será escriturada no Livro de Matrícula

mediante termo que conterá as assinaturas do cedente, do cessionário e do Presidente da

cooperativa.

§ 4º - O associado poderá pagar as quotas-partes à vista de uma só vez ou em prestações

mensais independente de chamada, dentro do prazo de no máximo 10 (dez) meses, ou por

meio de contribuições.

§ 5º - Para efeito de integralização das quotas-partes ou de aumento de capital social,

poderá a cooperativa receber bens, avaliados previamente e após homologação em

Assembleia Geral.

§ 6º - O valor correspondente à correção monetária do capital social efetuada em

observância a legislação vigente, será mantida em conta reserva de equalização, indivisível

para fins de distribuição, não podendo ser utilizada para integralização de quotas-partes de

capital.

§ 7º - A cooperativa pagará juros de 12% (doze por cento) ao ano, que serão contados sobre

parte do capital integralizado, se houver sobras no exercício.

§ 8º - A cooperativa reterá até 10% (dez por cento) do movimento financeiro de cada

associado, sobre a entregada de sua produção, para aumento de capital, que se destinará a

formação do FUNDO ROTATIVO e para o FUNDO DE RESERVA.

§ 9º - O Conselho de Administração reverá, sempre que necessário, o valor da taxa a que se

refere o parágrafo anterior, propondo alternativas à Assembleia Geral.

§ 10º - A cooperativa poderá reter as sobras líquidas para cobertura de prestações vencidas

dos associados relativos a integralização do capital subscrito pelos mesmos.

Art. 16 - Ao ser admitido, cada associado deverá subscrever no mínimo uma quota-parte do capital social e no

máximo tantas quotas-partes cujo valor não exceda 1/3 (um terço) do capital social subscrito da cooperativa.

CAPÍTULO VI

DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 17 - A Assembleia Geral dos associados ordinária ou extraordinária, é o órgão supremo da cooperativa; dentro

dos limites da lei e deste Estatuto, tomará toda e qualquer decisão de interesses da sociedade e suas deliberações

vinculam a todos, ainda que ausentes ou discordantes.

Art. 18 - A Assembleia Geral será convocada e dirigida pelo Presidente, após deliberação do Conselho de

Administração.

§ 1º - Poderá também ser convocada pelo Conselho Fiscal, se ocorrem motivos graves e

urgentes ou ainda, 1/5 (um quinto) dos associados em pleno gozo de seus direitos sociais,

após uma solicitação não atendida, no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 2º - - Não poderá votar e ser votado na Assembleia Geral o associado que:

a. Tenha sido admitido após a sua convocação;

b. Que esteja na infringência de qualquer disposição dos itens do Artigo 7º desde Estatuto;

c. Não tenha operado durante um ano na cooperativa, sob qualquer forma;

d. Tenha aceito e estabelecido relação empregatícia com a cooperativa, até a operação

das contas do ano social em que tenha deixado essa função.

Art.19 - Em qualquer das hipóteses do Artigo Anterior, as Assembleias Gerais serão convocadas com antecedência

mínima de (dez) dias para a primeira convocação, observado o intervalo de 01 (uma hora para a segunda, e de 01

(uma) para a terceira, com exceção de previsto no Artigo 28 deste Estatuto.

Parágrafo Único - As 03 (três) convocações poderão ser num único Edital, desde que dele constem, expressamente,

os prazos para cada uma delas.

Art. 20 - Não havendo “quórum” para instalação da Assembleia convocada nos termos do artigo anterior, será feita

nova série de três convocações, com antecedência mínima de 10 (dez) dias para cada uma delas.

Parágrafo Único - Se ainda não houver “quórum” para a instalação, será admitida a intenção de dissolver a

sociedade.

Art. 21 - Dos Editais de Convocação das Assembleias Gerais deverão constar:

I. A denominação da cooperativa, seguida da expressão “Convocação da Assembleia

Geral” Ordinária ou Extraordinária, conforme o caso;

II. O dia e a hora da reunião, em cada Convocação, assim como o endereço do local e sua

realidade, o qual, salvo motivo justificado, será sempre o da Sede Social;

III. A sequência ordinal das convocações;

IV. A ordem do dia dos trabalhos, com as devidas especificações;

V. O número de associados existentes na data de sua expedição, para efeito de cálculo do

“quórum” de instalação.

§ 1º - No caso de a convocação ser feita por associados, o Edital será assinado, no mínimo,

pelos 04 (quatro) primeiros signatários do documento que o solicitou.

§ 2º - Os Editais de convocação serão fixados em locais visíveis nas dependências mais

comumente frequentadas pelos associados, publicados em jornal e comunicados por

circulares aos associados.

Art. 22 - É da competência das Assembleias Gerais, ordinárias ou extraordinárias, a destituição dos membros do

Conselho Administrativos e Fiscal.

Parágrafo Único - Ocorrendo destituição que possa comprometer a regularidade da administração ou fiscalização

da Entidade, poderá a Assembleia designar administradores e conselheiros provisórios, até a posse dos novos, cuja

eleição se efetuará no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Art. 23 - O “quorum”, para instalação da Assembleia Geral, é o seguinte:

I. 2/3 (dois terços) do número de associados, em condições de votar, em primeira

convocação;

II. Metade mais 1 (um) dos associados, em segunda convocação;

III. Mínimo de 10 (dez) associados, na terceira convocação.

Parágrafo Único - Para efeito de verificação do “quórum” de que trata este artigo, o número de associados, em

cada convocação, se fará por suas assinaturas, seguidas dos respectivos números de matrícula, apostas no Livro de

Presenças.

Art. 24 - Os trabalhos das Assembleias Gerais serão dirigidos pelo Presidente, auxiliado pelo Secretário da

cooperativa, sendo convidados a participar da Mesa os ocupantes de cargos sociais presentes.

§ 1º - Na aus6encia do Secretário da cooperativa, e de seu substituto, o Presidente convidará

outro associado para secretariar os trabalhos e lavrar a respectiva Ata.

§ 2º - Quando a Assembleia Geral não tiver sido convocada pelo Presidente, os trabalhos serão

dirigidos pelo associado escolhido na ocasião, e secretariado por outro, convidado por aquele,

compondo a Mesa dos trabalhos, os principais interessados na sua convocação.

Art. 25 - Os ocupantes de cargos sociais, como qualquer outros associados, não poderão votar nas decisões sobre

assuntos que a eles se refiram de maneira direta ou indireta, entre os quais os de prestação de contas, mas não

ficarão privados de tomar parte nos respectivos debates.

Art. 26 - Nas Assembleias Gerais, em que forem discutidos o Balanço de Contas, o Presidente da Cooperativa, logo

após a leitura do Relatório do Conselho de Administração, das peças contábeis e do parecer do Conselho Fiscal,

solicitará ao Plenário que indique um associado para coordenar os debates e a votação da matéria.

§ 1º - Transmitida a direção dos trabalhos, o Presidente, os Membros do Conselho de

Administração e Fiscal deixarão a Mesa, permanecendo contudo, no recinto, à disposição da

Assembleia, para os esclarecimentos que lhes forem solicitados.

§ 2º - O Coordenado indicado escolherá, entre os associados, um Secretário “ad-hoc” para

auxiliá-lo na redação das decisões a serem incluídas na Ata, pelo Secretário da Assembleia.

§ 3º - O mesmo procedimento será adotado quando da deliberação da remuneração dos

conselheiros.

Art. 27 - As deliberações das Assembleias Gerais somente poderão versar sobre os assuntos constantes no Edital de

Convocações.

§ 1º - Em regra, a votação será por aclamação, mas a Assembleia poderá optar pelo voto

secreto, atendendo-se então às normas usuais.

§ 2º - O que ocorrer na Assembleia Geral deverá constar de Ata circunstanciada, lavrada no

Livro próprio, aprovada e assinada ao final dos trabalhos pelos diretores e fiscais presentes, por

uma comissão de associados designados pela Assembleia e, ainda, por quantos o queiram fazer.

§ 3º - As deliberações nas Assembleias Gerais serão tomadas por maioria de simples votos dos

associados presentes com direito de votar, tendo cada associado presente direito a 01 (um) só

voto, qualquer que seja o número de suas quotas-partes.

§ 4º - Prescreve em 04 (quatro) anos a ação para anular as deliberações das Assembleias Gerais

viciadas de erro, dolo, fraude ou simulação, ou tomadas com violação da Lei ou do Estatuto,

contando o prazo da data em que a Assembleia tiver sido realizada.

Art. 28 - Todas as Assembleias Gerais convocadas para realização d eleições para o preenchimento de vagas no

Conselho de Administração, quer sejam para renovação integral ou parcial, os respectivos Editais de convocação

deverão ser publicados com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

§ 1º - Os candidatos às eleições em referência, deverão apresentar suas candidaturas e registrá-

las na sede da cooperativa, até 10 (dez) dias antes da realização das respectivas Assembleias,

acompanhadas da declaração de elegibilidade, nos termos do Art. 34, caput deste Estatuto.

§ 2º - Na eventualidade de que dentro do prazo previsto no parágrafo anterior, não sejam

registrados candidatos para concorrerem aos cargos do Conselho de Administração, a

Assembleia poderá deliberar, se houver conveniência, que as eleições sejam efetivadas durante

suas realização e mediante a concessão de, até, 01 (uma) hora de prazo para apresentação de

chapa e declaração de elegibilidade.

§ 3º - Se ainda não houver candidatos será considerado prejudicado esse item e a Assembleia

prosseguirá com os demais itens da ordem do dia, devendo ser realizada AGE para a eleição.

§ 4º - Os candidatos poderão fazer a indicação de seus fiscais, conjuntamente com o registro de

suas candidaturas, sendo que as comissões de acompanhamento das eleições e a de

apuração, deverão ser indicadas em reunião conjunta do Conselho de Administração e

Conselho Fiscal, em exercício, até 05 (cinco) dias anteriores à realização do pleito.

CAPÍTULO VII

DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Art. 29 - A Assembleia Geral Ordinária, que se realizará obrigatoriamente uma vez por ano, no decorrer dos 03 (três)

primeiros meses, após o término do exercício social, deliberará sobre os seguintes assuntos, que deverão constar da

Ordem do Dia:

I. Prestação de conta dos órgãos da administração, acompanhada do parecer do Conselho

Fiscal, compreendendo:

Relatório da gestão;

Balanço;

Demonstração das sobras apuradas ou das perdas decorrentes da insuficiência das

contribuições para cobertura das despesas da sociedade e do parecer do Conselho Fiscal;

Plano de atividade da sociedade para o exercício seguinte.

II. Destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas decorrentes da insuficiência das

contribuições para cobertura das despesas da sociedade, deduzindo-se no primeiro caso, as

parcelas para os fundos obrigatórios;

III. Eleição dos componentes do Conselho de Administração e Fiscal;

IV. Fixação do valor dos honorários da Diretoria Executiva, bem como o valor da cédula de

presença dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal efetivo, pelo

comparecimento às reuniões respectivas.

V. Quaisquer assuntos de interesse social, excluídos os enumerados no Artigo 31 deste Estatuto.

§ 1º - Os membros dos órgãos de administração e fiscalização não poderão participar da

votação das matérias referidas nos itens I e IV deste Artigo.

§ 2º - A aprovação do Relatório, Balanço e Contas dos órgãos de administração, desonera seus

componentes de responsabilidade, ressalvados os casos de erro, fraude ou simulação, bem

como de infração da lei ou deste Estatuto.

CAPÍTULO VIII

DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Art. 30 - A Assembleia Geral Extraordinária realizar-se-á sempre que necessário e poderá deliberar sobre qualquer

assunto de interesse da sociedade, desde que mencionado no Edital de Convocação.

Art. 31 - É da competência exclusiva da Assembleia Geral Extraordinária deliberar sobre os seguintes assuntos:

I. Reforma do Estatuto;

II. Fusão, incorporação ou desmembramento;

III. Mudança de objeto da sociedade;

IV. Dissolução voluntária da sociedade e nomeação de Liquidantes;

V. Contas do Liquidante.

Parágrafo Único - São necessários os votos de 2/3 (dois terços) dos associados presentes, para tornar válidas as

deliberações de que trata este artigo.

CAPÍTULO IX

DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DA DIRETORIA

Art. 32 - A cooperativa será administrada por um Conselho Administrativo, composto por 5 (cinco) membros, todos

associados, eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de 04 (quatro) anos, sendo obrigatória, no término de

cada período de mandato, a renovação de no mínimo 02 (dois) dos seus componentes.

§ 1º - Os membros do Conselho Administrativo não serão remunerados.

§ 2º - Não podem compor o Conselho de Administração, parentes entre si, até o 2º (segundo)

grau, em linha reta, colateral, afins, bem como o cônjuge.

§ 3º - Os administradores, eleitos ou contratados, não serão pessoalmente responsáveis pelas

obrigações que contraírem em nome da sociedade, mas responderão pelos prejuízos resultantes

de seus atos, se agirem com culpa ou dolo.

§ 4º - A cooperativa responderá pelos atos a que se refere o parágrafo anterior, se os houver

ratificado ou deles logrado proveito.

§ 5º - Os que participarem do ato ou operação social em que se oculte a natureza da

sociedade, podem ser declarados pessoalmente pelas obrigações em nome dela contraídas,

sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

Art. 33 - Após a posse do novo Conselho de Administração, este, em sua primeira reunião, comporá a Diretoria

Executiva da cooperativa, formada por um Diretor-Presidente, um Diretor-Secretário, um Diretor-Tesoureiro e dois

Diretores vogais, estes com funções a serem designados pelo Presidente.

§ 1º - Os membros da diretoria executiva da cooperativa não serão remunerados.

Parágrafo Único - No ato de posse, os membros eleitos deverão apresentar a declaração de

bens e não-parentesco.

Art. 34 - São inelegíveis, além das pessoas impedidas por lei, os condenados a pena que vede, ainda que

temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, suborno, concussão,

peculato ou contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade.

§ 1º - O associado, mesmo ocupante de cargo eletivo na sociedade, que em qualquer

operação tiver interesse oposto ao da cooperativa, não poderá participar das deliberações que

sobre tal operação versarem, cumprindo-lhe acusar o seu impedimento.

§ 2º - Os componentes do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, assim como

Liquidantes, equiparam-se aos administradores das sociedades anônimas, para efeito de

responsabilidade criminal.

§ 3º - Sem prejuízo da ação que possa caber a qualquer cooperado, a sociedade, por seus

dirigentes, ou representado pelo associado escolhido em Assembleia Geral, terá direito de ação

contra os administradores, para promover a sua responsabilidade.

Art. 35 - O Conselho de Administração rege-se pelas seguintes normas:

I - Reúne-se ordinariamente uma vês por mês e extraordinariamente sempre que necessário, por

convocação do Presidente, da maioria do Próprio Conselho de Administração, ou ainda por

solicitação do Conselho Fiscal;

II - Delibera validamente com a presença da maioria dos votos dos presentes, reservado ao

presidente o exercício do voto de desempate;

III - As deliberações serão consignadas em Atas circunstanciadas lavradas no Livro próprio, lidas,

aprovadas e assinadas, ao final dos trabalhos, pelos membros presentes.

§ 1º - Nos impedimentos por prazos inferiores a 90 (noventa) dias, o Presidente será substituído

pelo Secretário.

§ 2º - O Secretário e o Tesoureiro serão substituídos pelos vogais.

§ 3º - Se ficarem vagos, por qualquer tempo, mais de metade dos cargos do Conselho de

Administração, deverá o Presidente, ou os membros restantes, se a Presidência estiver vaga,

convocar Assembleia Geral Extraordinária para o devido preenchimento.

§ 4º - Os escolhidos exercerão o mandato pelo prazo que restar aos seus antecessores.

§ 5º - Perderá automaticamente o cargo o membro do Conselho de Administração que, sem

justificativa, faltar 03 (três) reuniões ordinárias consecutivas ou a 06 (seis) durante o ano.

Art. 36 - Compete ao Conselho de Administração, dentro dos limites da lei e este Estatuto, atendidas as decisões ou

recomendações da Assembleia Geral, planejar e traçar normas para as operações e serviços da cooperativa e

controlar os resultados.

§ 1º - No desempenho das suas funções, cabem-lhes, entre outras, as seguintes atribuições:

a) Programar as operações e serviços, estabelecendo qualidades e fixando quantidades,

valores, prazos, taxas, encargos e demais condições necessárias a sua efetivação;

b) Estabelecer, em Instruções ou Regulamentos, sanções ou penalidades a serem aplicadas nos

casos de violação ou abuso cometido contra disposições da lei, deste Estatuto ou das regras

de relacionamento com a sociedade, que venham a ser expedidas de suas reuniões;

c) Determinar a taxa destinada a cobrir as despesas dos serviços da sociedade assim como o

percentual a que se refere o parágrafo, item 8º, do Artigo 15º deste Estatuto;

d) Avaliar e providenciar o montante dos recursos financeiros e dos meios necessários ao

atendimento das operações e serviços;

e) Estimar previamente a rentabilidade das operações e serviços, bem como sua viabilidade;

f) Fixar as despesas de administração, em orçamento anual que indique a fonte dos recursos

para sua cobertura;

g) Fixar as normas de disciplinas funcional;

h) Contratar o gerente, técnico ou comercial, o contador e fixar normas para admissão dos

demais empregados;

i) Designar, por indicação do gerente, o substituto deste nos seus impedimentos eventuais;

j) Julgar os recursos formulados pelos empregados contra decisões disciplinares tomadas pelo

gerente;

k) Avaliar a conveni6encia e fixar o limite de fiança ou seguro de fidelidade para os

empregados que manipulem dinheiro ou valores da cooperativa;

l) Estabelecer as normas para o funcionamento da sociedade;

m) Contratar, quando se fizer necessário, um serviço de auditoria, para o fim e conforme o

disposto no Art. 112 da Lei 5764/71, de 16 de dezembro de 1971 - Lei Cooperativista;

n) Indicar o Banco, ou Bancos, nos quais devem ser feitos os depósitos do numerário disponível e

fixar o limite máximo que poderá ser mantido em Caixa;

o) Estabelecer as normas de controle das operações e serviços, verificando, no mínimo o estado

econômico-financeiro da cooperativa e o desenvolvimento das operações e atividades em

geral, através de balancetes da contabilidade e demonstrativos específicos;

p) Deliberar sobre a admissão, demissão, eliminação e exclusão de associados;

q) Deliberar sobre a convocação da Assembleia Geral;

r) Alienar ou onerar bens imóveis da sociedade, com expressa autorização da Assembleia

Geral;

s) Contrair obrigações, transigir, alienar e onerar bens móveis, ceder direitos e constituir

mandatários;

t) Zelar pelo cumprimento das leis do Cooperativismo e outros aplicáveis, bem assim pelo

atendimento da legislação trabalhista e fiscal.

§ 2º - O Conselho de Administração solicitará sempre que julgar conveniente o assessoramento

do gerente ou do contador, conforme o caso, para auxiliá-lo no esclarecimento dos assuntos a

decidir, podendo determinar que qualquer deles apresente previamente projetos sobre questões

específicas.

§ 3º - As normas estabelecidas pelo Conselho de Administração serão baixadas em forma de

Resolução ou Instrução e constituirão o Regimento Interno da Cooperativa.

Art. 37 - Ao Presidente cabem entre outras, as seguintes atribuições:

a) Supervisionar as atividades da Cooperativa, através de contatos assíduos com o Governo;

b) Verificar frequentemente o saldo do Caixa;

c) Assinar os cheques bancários conjuntamente com o tesoureiro, ou outro Diretor, ou com o

Gerente;

d) Assinar, conjuntamente com o Secretário, ou outro Diretor, contratos e demais documentos

constitutivos de obrigações;

e) Convocar e presidir as Reuniões do Conselho de Administração, bem como as Assembleias

Geral dos associados;

f) Apresentar à Assembleia Geral Ordinária:

Relatório da gestão

Balanço

Demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas decorrentes da insuficiência das

contribuições decorrentes, para cobertura das Despesas da Sociedade e o parecer do

Conselho Fiscal;

Representar ativa e passivamente a Cooperativa em juízo ou fora dele;

g) Elaborar o plano anual de atividade da Cooperativa.

Art. 38 - Ao Secretário cabe interessar-se permanentemente pelo trabalho do Presidente, substituindo-o nos seus

impedimentos inferiores a 90 (noventa) dias e também secretariar e lavrar as atas das reuniões do Conselho de

Administração e das Assembleias Gerais, responsabilizando-se pelos livros, documentos e arquivos.

Art. 39 - Ao Tesoureiro cabem, entre outras, as seguintes funções:

a) Assinar, conjuntamente com o Presidente, cheques, contratos e demais documentos

constitutivos e obrigações;

b) Controlar as contas e o caixa da cooperativa;

c) Controlar os contatos comerciais da cooperativa.

Art. 40 - Aos Diretores vogais compete participar nas reuniões do Conselho Administrativo com direito a voz e voto, e

acompanhar o desempenho geral da cooperativa, propondo soluções e medidas que julgarem convenientes,

além de substituírem o Secretário e o Tesoureiro por prazos inferiores a 90 (noventa) dias.

CAPÍTULO X

DO CONSELHO FISCAL

Art. 41 - A administração da sociedade será fiscalizada, assídua e minuciosamente, por um Conselho Fiscal,

constituído de 03 (três) membros efetivos e 03 (três) suplentes, todos associados, eleitos anualmente pela

Assembleia Geral, sendo permitida apenas a reeleição de 1/3 (um terço) dos seus componentes.

§ 1º - Não podem fazer parte do Conselho Fiscal, além dos inelegíveis enumerados no Artigo 34º

deste Estatuto, os parentes dos Diretores até 2º (segundo) grau em linha reta, colateral, afins ou

cônjuge, bem como os parentes entre si até esse grau.

§ 2º - O associado não pode exercer comulativamente cargos no Conselho de Administração e

no Conselho Fiscal.

Art. 42 - O Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que necessário,

com a participação de 03 (três) de seus membros.

§ 1º - Em sua primeira reunião escolherá, dentre os seus membros efetivos, um Presidente,

incumbido de convocar as reuniões e dirigir os trabalhos desta, e um Secretário.

§ 2º - As reuniões poderão ser convocadas, ainda, por qualquer dos seus membros, por

solicitação do Conselho de Administração ou da Assembleia Geral.

§ 3º - Na ausência do Presidente, os trabalhos serão dirigidos por substituto escolhido na ocasião.

§ 4º - As deliberações serão tomadas por maioria simples de votos e constarão de Ata, lavrada

no Livro próprio, lida, aprovada e assinada ao final dos trabalhos, em cada reunião, pelos 03

(três) fiscais presentes.

Art. 43 - Ocorrendo três ou mais vagas no Conselho Fiscal, o Conselho de Administração, ou o restante dos

membros, convocará a Assembleia Geral, para o devido preenchimento.

Art. 44 - Compete ao Conselho Fiscal exercer assídua fiscalização sobre as operações, atividades e serviços da

cooperativa, cabendo-lhes, entre outras, as seguintes atribuições:

a) Conferir, mensalmente, o saldo do numerário existente em Caixa, verificando, também, se o

mesmo está dentro dos limites estabelecidos pelo Conselho de Administração;

b) Verificar se os extratos de contas bancárias conferem com a escrituração da cooperativa;

c) Examinar s os montantes das despesas e inversões realizadas estão de conformidade com os

planos e decisões do Conselho de Administração;

d) Verificar se as operações realizadas e os serviços prestados correspondem em volume,

qualidade e valor às previsões feitas e às conveniências econômico-financeira da

cooperativa;

e) Certificar se o Conselho de Administração vem se reunindo regularmente e se existem cargos

vagos na sua composição;

f) Averiguar se existem reclamações dos associados aos serviços prestados;

g) Inteirar-se se o recebimento dos créditos é feito com regularidade e se os compromissos

sociais são atendidos com pontualidade;

h) Averiguar se há problemas com empregados;

i) Certificar se há exigências ou deveres a cumprir junto a autoridades fiscais, trabalhistas ou

administrativas, bem assim quanto aos órgãos do Cooperativismo;

j) Averiguar se os estoques de materiais, equipamentos e outros estão corretos, bem como se os

inventários periódicos ou anuais são feitos com observância de redes próprias;

1. Estudar os balancetes e outros demonstrativos mensais, o balanço e o relatório anual do

Conselho de Administração, emitindo sobre estes, parecer, para a Assembleia Geral;

k) Dar conhecimento ao Conselho de Administração das conclusões de seus trabalhos,

denunciando a este, à este, à Assembleia Geral ou às autoridades competentes, as

irregularidades constatadas e convocar a Assembleia Geral, se ocorrerem motivos graves e

urgentes.

Parágrafo Único - Para os exames e verificações dos Livros, contas e documentos necessários ao cumprimento das

suas obrigações, poderá o Conselho Fiscal contratar o assessoramento de técnico especializado e valer-se dos

relatórios e informações dos serviços de autoria externa, correndo as despesas por conta da cooperativa, conforme

Artigo 112, da Lei 5764/71.

CAPÍTULO XI

DOS FUNDOS, DO BALANÇO, DAS DESPESAS, DAS SOBRAS E PERDAS

Art. 45 - A cooperativa é obrigada a constituir:

I. O FUNDO RESERVA, destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas

atividades, constituindo 25% (vinte e cinco por cento) das sobras líquidas do exercício e de

60% (sessenta por cento) retiradas anualmente da taxa que se refere o parágrafo 8º do Artigo

15.

II. O FUNDO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, EDUCACIONAL E SOCIAL, destinado à prestação de

assistência aos associados, seus familiares e aos seus próprios empregados, constituído de 05%

(zero cinco por cento) das sobras líquidas apuradas no exercício;

III. O FUNDO ROTATIVO, destinado a manutenção de capital em giro da sociedade, será

constituído de 40% (quarenta por cento) retirados anualmente da taxa a que se refere o

parágrafo 8º do Artigo 15; a devolução das parcelas individuais que compuserem o FUNDO

ROTATIVO, será feita na forma e no prazo previsto no Artigo 14 e seus parágrafos, deste

Estatuto.

Art. 46 - Além da taxa de 25% (vinte e cinco por cento) das sobras líquidas apuradas no Balanço de exercício,

revertem em favor do FUNDO DE RESERVA:

a) Os créditos não reclamados, decorridos 05 (cinco) anos;

b) Os auxílios e doações com destinação especial.

Art. 47 - O Balanço Geral incluindo o confronto da receita e despesa, será levantado no dia 31 de dezembro de

cada ano.

Parágrafo Único - Os resultados serão apurados segundo a natureza das operações ou serviços.

Art. 48 - As despesas da sociedade serão cobertas:

I. Os custos operacionais diretos ou indiretos, pelos associados que participarem dos serviços

que lhes derem causa;

II. Os custos administrativos, pelo seu rateio em partes iguais entre os associados, que tenham ou

não usufruído dos serviços da cooperativa, durante o exercício.

Parágrafo Único - Para os efeitos dos dispostos neste Artigo, as despesas da sociedade serão levantadas

separadamente.

Art. 49 - As sobras líquidas apuradas no exercício depois de deduzidas as taxas para os FUNDOS indivisíveis, serão

rateados entre os associados, em partes diretamente proporcionais aos serviços usufruídos da cooperativa, no

período salvo deliberação diversa da Assembleia Geral.

Art. 50 - Os prejuízos de cada exercício, apurados em Balanço, serão cobertos com o saldo do FUNDO DE RESERVAS.

Parágrafo Único - Se, porém, o FUNDO DE RESERVA for insuficiente para cobrir os prejuízos referidos no Artigo, esses

serão rateados entre os associados, na razão direta dos serviços usufruídos.

CAPÍTULO XII

DOS LIVROS

Art. 51 - A cooperativa deverá ter os seguintes Livros:

I. Matrícula;

II. Atas da Assembleia Geral;

III. Atas do Conselho de Administração;

IV. Atas do Conselho Fiscal;

V. Presença dos Associados nas Assembleias Gerais;

VI. Registro de Chapas;

VII. Outros Fiscais e Contábeis obrigatórios.

Parágrafo Único - É facultada a adoção de Livro de folhas soltas ou Fichas.

Art. 52 - No Livro de Matrícula os associados serão inscritos por ordem cronológica de admissão e deverá constar:

I. O nome, a idade, estado civil, nacionalidade, profissão e residência do associado;

II. a data de sua admissão e, quando for o caso, a de sua demissão a pedido, de eliminação

ou de exclusão;

III. a conta corrente das suas quotas-partes do Capital Social.

CAPÍTULO XIII

DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Art. 53 - A Cooperativa se dissolverá voluntariamente, salvo se o número de 20 (vinte) associados se dispuser a sua

continuidade, quando:

I. Tenha alterado a sua forma jurídica;

II. Quando o número de associados se reduzir a menos de 20 (vinte) ou o seu Capital Social

mínimo se tornar inferior ao estipulado no “caput” do Artigo 15 deste Estatuto, salvo se até a

Assembleia Geral subsequente, realizada em prazo não inferior a 6 (seis) meses, eles não

forem restabelecidos;

III. Pela paralisação de suas atividades por mais de 120 (cento e vinte) dias.

Parágrafo Único - Quando a dissolução da Sociedade não for promovida voluntariamente, nas hipóteses previstas

neste Artigo, a medida deverá ser tomada judicialmente a pedido de qualquer associado.

CAPÍTULO XIV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 54 - Os FUNDOS a que se referem os itens I, II do Artigo 45 deste Estatuto são indivisíveis entre os associados,

ainda no caso de liquidação da Sociedade, hipótese em que serão, juntamente com o remanescente, destinados

ao BANCO NACIONAL DE CRÉDITO COOPERATIVO S.A - BNCC.

Parágrafo Único - A devolução das parcelas que compuserem o FUNDO ROTATIVO a que se refere o item III do

Artigo 45 será feita, individualmente, na mesma proporção em que foi procedido a retenção, mesmo na

eventualidade da dissolução e liquidação da Sociedade.

Art. 55 - A Assembleia Geral Ordinária se realizará, obrigatoriamente, uma vez por ano, no decorrer dos 3 (três)

primeiros meses após o término do exercício social: deverá no entanto, quando tiver de eleger novos

administradores, realizar-se em data que permita coincidir a posse dos novos com a saída daqueles cujos

mandatos se expiram.

Art. 56 - Os casos omissos serão resolvidos de acordo com a lei e os princípios doutrinários, ouvidos os órgãos

assistenciais do Cooperativismo.

Nome do município, data e ano

“O presente é cópia da ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia XX/XX/XX, em que se deliberou por

alteração estatutária, conforme consta do Livro de Atas de Assembleias da Cooperativa, onde as assinaturas foram

apostas de próprio punho”.

_________________________________

Presidente

_________________________________

Advogado

OAB/

Realização

Elaboração