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1 Projeto de Revitalização da Coleta Seletiva na CSN-UPV 1. RESUMO O presente projeto tem por objetivo revitalizar a coleta seletiva que foi implantada na CSN-UPV em 2012, bem como apresentar nova visão voltada para a conscientização de boas práticas para com o meio ambiente. Para tal fim, foi realizado estudo através de consulta à materiais usados na implantação do projeto em 2012, às leis ambientais e às publicações no campo da psicologia no quis diz respeito a mudança de comportamentos; também foram confeccionados novos materiais de divulgação do projeto e realizado treinamentos e eventos sobre coleta seletiva. Devido à tais ações e a colaboração dos funcionários já se notaram melhoras, em 2014 o índice de resíduos destinados à coleta seletiva foi de 71%, já em 2016, ano de revitalização do projeto, o índice alavancou para 83%. 2. INTRODUÇÃO A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), fundada em 9 de abril de 1941, foi o berço da moderna indústria de base do Brasil. Iniciativa pioneira, a Usina Presidente Vargas, situada no município de Volta Redonda-RJ, através de inúmeras expansões, proporcionou a oferta crescente de produtos siderúrgicos ao nascente mercado brasileiro de bens de consumo. Conforme advento da legislação ambiental, a UPV vem se adequando e adotando as melhores práticas ciente de seu importante papel perante a comunidade e região. Desde 2002 a empresa possui o sistema de gestão ambiental certificado, conforme Norma Internacional ISO 14.001. Tem-se mapeados todos os aspectos e impactos decorrentes da atividade e instalados modernos sistemas de controle ambiental. Um aspecto comum decorrente da atividade industrial é a geração de resíduos. A CSN adota como premissa na gestão de resíduos a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, conforme preconiza a Lei 12.305/2010 Política Nacional de Resíduo Sólidos. A empresa reconhece o resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. Atualmente recicla 98%

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Projeto de Revitalização da Coleta Seletiva na CSN-UPV

1. RESUMO

O presente projeto tem por objetivo revitalizar a coleta seletiva que foi implantada na CSN-UPV em

2012, bem como apresentar nova visão voltada para a conscientização de boas práticas para com

o meio ambiente. Para tal fim, foi realizado estudo através de consulta à materiais usados na

implantação do projeto em 2012, às leis ambientais e às publicações no campo da psicologia no

quis diz respeito a mudança de comportamentos; também foram confeccionados novos materiais

de divulgação do projeto e realizado treinamentos e eventos sobre coleta seletiva. Devido à tais

ações e a colaboração dos funcionários já se notaram melhoras, em 2014 o índice de resíduos

destinados à coleta seletiva foi de 71%, já em 2016, ano de revitalização do projeto, o índice

alavancou para 83%.

2. INTRODUÇÃO

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), fundada em 9 de abril de 1941, foi o berço da

moderna indústria de base do Brasil. Iniciativa pioneira, a Usina Presidente Vargas, situada

no município de Volta Redonda-RJ, através de inúmeras expansões, proporcionou a oferta

crescente de produtos siderúrgicos ao nascente mercado brasileiro de bens de consumo.

Conforme advento da legislação ambiental, a UPV vem se adequando e adotando as

melhores práticas ciente de seu importante papel perante a comunidade e região. Desde

2002 a empresa possui o sistema de gestão ambiental certificado, conforme Norma

Internacional ISO 14.001. Tem-se mapeados todos os aspectos e impactos decorrentes da

atividade e instalados modernos sistemas de controle ambiental.

Um aspecto comum decorrente da atividade industrial é a geração de resíduos. A CSN

adota como premissa na gestão de resíduos a seguinte ordem de prioridade: não geração,

redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final

ambientalmente adequada dos rejeitos, conforme preconiza a Lei 12.305/2010 – Política

Nacional de Resíduo Sólidos.

A empresa reconhece o resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico de

valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. Atualmente recicla 98%

2

do total de resíduos gerados, que inclui reutilização interna e reciclagem por terceiros.

Apenas 2% é enviado para aterros, devidamente licenciados.

A quantidade de resíduos objeto da coleta seletiva é menor quando comparado aos

resíduos industriais gerados, porém é um programa de extrema importância com o objetivo

de estimular a mudança prática de atitudes, formação de novos hábitos e preservação dos

recursos naturais. Além disso tem-se o papel de responsabilidade social, uma vez que os

colaboradores são estimulados a praticar a coleta seletiva também em suas residências e,

assim, contribuir indiretamente com as cooperativas de reciclagem municipais. Sabe-se que

no Brasil 41% dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) coletados tem destinação inadequada,

conforme panorama divulgado pela ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de

Limpeza Pública, 2014.

Considerando que a Coleta Seletiva foi iniciada em 2012, desde então houve contratação

de novos colaboradores, deterioração de coletores e alteração de contratos. Dessa forma

em 2016 verificou-se a necessidade de realizar análise crítica, a fim de traçar um plano com

ações de revitalização e conscientização de toda a UPV. A maior adesão ao programa

possibilita o ganho econômico com a comercialização dos resíduos, reduz custos com a

disposição final e aumenta a vida útil dos aterros utilizados e contribui com o ambiente da

Usina Limpa.

3. JUSTIFICATIVA

A revitalização do projeto coleta seletiva está em execução com o intuito de cumprir

demanda legal do TAC e resgatar os esforços gastos com a implantação. Além disso, a

falta de manutenção do projeto acarretou em destinação inadequada dos resíduos que

deveriam ser reciclados, diminuindo assim a vida útil de aterros e aumentando o consumo

de matéria prima. Com a retomada do projeto a empresa assume o papel de

responsabilidade social, uma vez que os colaboradores são estimulados a praticar a coleta

seletiva para além do ambiente de trabalho; há preservação dos recursos naturais; há

ganho econômico com a comercialização dos recicláveis e redução de custos com a

disposição final em aterro – aumentando assim sua vida útil; e contribui com o ambiente da

Usina Limpa.

Portanto, este projeto é relevante por seu caráter informativo e sugestivo; e por apontar

medidas de preservação do meio ambiente, que reforçam a qualidade de vida

biopsicossocial dos indivíduos.

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4. OBJETIVO

Revitalizar o Projeto Coleta Seletiva através da mudança na prática de atitudes e na

formação de novos hábitos com relação à reciclagem, diminuindo assim a quantidade de

resíduos destinados à aterros e consequentemente, aumentando a venda dos recicláveis.

5. METAS

Verificar adequabilidade da periodicidade da coleta;

Verificar adequabilidade da disposição de coletores e gaiolas;

Realizar evento de comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente para start up da

campanha;

Retomar dos treinamentos com foco na conscientização, abordando além da coleta

seletiva os impactos ambientais;

Realizar treinamentos de acordo com a disponibilidade das áreas, abrangendo os

funcionários do administrativo e dos turnos;

Orientar os novos funcionários no momento da Integração;

Realizar campanha nos restaurantes, acompanhando e orientando os funcionários

no momento do descarte de seus resíduos;

Readaptar o material informativo;

Divulgar a campanha através dos meios de comunicação corporativos (TV’s, Chama,

descanso de tela dos computadores);

Realizar indicadores de desempenho a ser divulgado para todas as áreas

mensalmente.

6. PRODUTOS

Plano de Educação Ambiental, por meio do qual, o indivíduo e a coletividade

constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências

voltadas para a conservação do meio ambiente.

Aumento do envio de resíduos para o programa de coleta seletiva e,

consequentemente, redução de resíduos enviados para aterro.

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7. METODOLOGIA

Para a revitalização do projeto teve-se que pesquisar quais foram as condições da

implantação e como elas se seguiram até então. A partir daí foi realizada análise crítica e

adotadas novas maneiras de abordagem para a campanha coleta seletiva, bem como

produção de novos materiais e realização de eventos voltados para a ação e elaboração

de indicador detalhado para evidenciar o índice da coleta seletiva no decorrer dos meses.

Implantação

Em 2012, para a implantação do projeto coleta seletiva foram necessários estudo,

diagnóstico, planejamento e monitoramento.

A equipe de meio ambiente realizou treinamento e conscientização por metodologia em

cascata, ou seja, treinou as contrapartes de meio ambiente das áreas e estas repassaram

as informações para os colaboradores sob sua responsabilidade. A apresentação foi feita

através de Folder para todos os colaboradores, com recolhimento de assinatura para

evidenciar o treinamento. As informações passadas foram sobre a disposição dos resíduos

nos coletores de acordo com suas cores (azul – papel, vermelho – plástico, amarelo – metal,

verde – vidro, cinza – não-reciclável, marrom – orgânico, laranja – pilhas e baterias); as

vantagens da coleta seletiva e reciclagem; e curiosidades como tempo de degradação de

alguns materiais.

Foram distribuídos pela CSN-UPV diversos tipos de coletores de acordo com a necessidade

de cada área. Nos coletores eram utilizados sacos plásticos coloridos de acordo com as

cores da coleta seletiva – azul, vermelho, amarelo, verde, marrom e preto. Os sacos eram

identificados com etiqueta contendo informações sobre o tipo de resíduo, qual a área

geradora, o ramal e o nome do responsável pela área e a data de descarte.

A responsabilidade por manusear os sacos (retirada dos coletores para a gaiola/caçamba)

era da empresa de limpeza, e a empresa de transporte era responsável pelo

descarregamento das gaiolas/caçambas, destinando os recicláveis para o Entreposto de

Recicláveis e o lixo social para Aterro Classe II.

Para analisar o resultado da coleta seletiva era realizado um indicador quantitativo mensal

em toneladas de resíduos gerados, segregados e descartados à nível UPV.

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Revitalização

Apesar da implantação do projeto, a situação da coleta seletiva na UPV não tem sido ideal,

pois existem muitos coletores degradados, com excesso de resíduo e mau segregados,

além do aumento do quadro de funcionários, dificultando a abrangência de todos na

orientação quanto a coleta seletiva pela equipe do Meio Ambiente atual.

Figura 1 – Coletores e gaiolas utilizados de forma errada e em mau estado de conservação.

Devido aos problemas citados acima, foram contratadas 03 estagiárias (01 de Engenharia

Ambiental e 02 de Psicologia) especificamente para o auxílio na retomada do projeto, com

o intuito da revitalização e promoção de novas ações sobre a Coleta Seletiva. Para tanto

se trabalhou com a interdisciplinaridade, juntando os saberes da Psicologia no que envolve

a conscientização e o comportamento humano com o conhecimento técnico da Engenharia

Ambiental.

A equipe formada por estagiárias coordenada pelo setor de Gestão de Resíduos da

Gerência de Meio Ambiente da UPV, realizou análise crítica da situação atual e elaborou

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um fluxograma de coleta seletiva, para apontar os envolvidos bem como suas

responsabilidades no processo.

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Fluxo da Coleta Seletiva

Geração de Resíduos Descarte dos resíduos

em coletor próprio Resp.: Todos os colaboradores

Recolher, Identificar e Transportar os sacos para

armazenamento temporário Resp.: Empresa contratada I

Recolher os sacos de recicláveis e armazenar

temporariamente em gaiola Resp.: Empresa contratada I

Descarregamento das gaiolas e Transporte até o Entreposto de Recicláveis Resp.: Empresa contratada II

Recebimento e pesagem dos resíduos coletados

Resp.: Entreposto de Recicláveis

Contabilização dos sacos para realização de

Indicador Resp.: GOAR

Separação dos sacos Resp.: Entreposto de

Recicláveis

Sacos segregados Resp.: Entreposto de

Recicláveis

Nova pesagem Picotagem/Prensa Resp.: Entreposto de

Recicláveis

Venda Resp.: Gerência de Vendas

Especiais – GVS

Sacos não segregados Resp.: Entreposto de

Recicláveis

Caçamba Resp.: Entreposto de

Recicláveis

Recolher os sacos de não recicláveis e orgânicos e

armazenar temporariamente em caçamba

Resp.: Empresa contratada I

Descarregamento das gaiolas e Transporte até

Aterro Classe II Resp.: Empresa contratada III

Aterro Classe II Resp.: Empresa contratada III

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Após a elaboração do fluxo e reuniões com principais envolvidos, foram verificados

problemas como conflitos de informações a respeito do descarte de resíduos; falta de

conscientização e comprometimento por parte da grande maioria dos colaboradores;

diminuição da divulgação da coleta seletiva; falta de recursos materiais; diminuição da

frequência do recolhimento dos resíduos bem como a rota dos pontos de coleta

desatualizado, como podemos observar no Quadro 01 abaixo.

Item Problema identificado Plano de ação

Coletores

Coletores sujos, abarrotados, em

mau estado de conservação e com

sacos plásticos errados

Inserir cláusula no contrato

das empresas prestadoras

sobre manutenção dos

coletores.

Descarte dos

resíduos Má segregação

Conscientização através de

palestras sobre a preservação

do meio ambiente, com o

intuito de promover a

mudança de comportamento.

Recolhimento,

Identificação e

Transporte dos

sacos para

armazenamento

temporário

Não há cláusula sobre a

identificação de sacos no contrato da

empresa prestadora.

Recolhimento indevido (alguns

contratados misturam os resíduos

recicláveis com não-recicláveis num

saco preto e destinam para a

caçamba).

No ato da renovação de

contato, revê-lo e acrescentar

cláusulas para atender tais

necessidades.

Treinamento sobre como

identificar e destinar os sacos.

Descarregament

o das gaiolas e

transporte até o

Entreposto de

Recicláveis

Cronograma de recolhimento

insuficiente e rota desatualizada.

Diminuir a quantidade de

coletores em vias públicas.

Acrescentar as áreas faltantes

na rota de recolhimento.

Descarregament

o das caçambas

e transporte até

Aterro Classe II

Recolhimento indevido (alguns

contratados recolhem os sacos da

gaiola que deveriam ser destinados

ao Entreposto de Recicláveis).

Orientar sobre recolhimento

correto e quando não o fizer

haver punição.

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Indicador de

Resíduos da

Coleta Seletiva

Indicador superficial (quantidade de

toneladas segregadas e descartadas

por mês), a nível UPV.

Realização de indicador de

desempenho, contendo a

quantidade de resíduo

aproveitado e descartado de

cada gerência e a quantidade

de sacos não identificados.

Quadro 1 – Evidências e Plano de Ação.

Coletores de Resíduos

Para que a coleta seletiva aconteça é necessário que haja coletores e que sejam dispostos

em lugares adequados. Na implantação do projeto, em 2012, foram disponibilizados mais

de 4000 mil coletores por toda UPV, contabilizando os localizados nos escritórios e nas vias

públicas.

Com a crise financeira em que o país se instalou, os recursos diminuíram, logo o fluxo da

coleta seletiva foi afetado, pois o recolhimento dos resíduos que era realizado por 02

caminhões passou a ser feito somente por 01, diminuindo assim a frequência de coleta.

Diante da insuficiência de recolhimento dos resíduos dos coletores de vias públicas foi

realizada uma análise da disposição dos mesmos, com o intuito de retirar alguns coletores

dos locais onde o fluxo de pessoas é menor ou que até mesmo não há fluxo e/ou realocar

estes coletores para áreas de maior fluxo.

A equipe da coleta seletiva realizou um levantamento pela UPV e mapeou com GPS todos

os coletores de 50 litros e gaiolas (contentores para armazenamento temporário de

resíduos recicláveis) que estavam dispostos em vias públicas. Foram localizados 63

conjuntos de coletores e 30 gaiolas, esses dados foram lançados no software Google Earth

e disponibilizado no sistema interno para que haja controle mútuo das partes (Gerência de

Meio Ambiente e suas contrapartes nas diversas áreas).

Este levantamento foi de suma importância, pois serviu para a adequação da rota de

recolhimento dos resíduos de coleta pela empresa responsável, melhorando assim o

serviço prestado, diminuindo as reclamações sobre excesso de resíduos nos coletores.

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Conscientização dos Colaboradores

Divulgação

Em maio de 2016 foi realizada uma parceria com o setor da Comunicação Interna da UPV,

que cedeu camisas personalizadas com o tema coleta seletiva para os envolvidos no

projeto e criou um slogan para o projeto a ser divulgado nas TV’s dos restaurantes, no

Chama (documento de divulgação diário) e nos descansos de tela dos computadores

corporativos.

A divulgação através dos meios de comunicação comuns é um auxílio na tarefa de

conscientização por conseguir atingir maior número de funcionários.

Figura 2 – Divulgação no Chama e camisa personalizada.

Dia Mundial do Meio Ambiente – 05 de junho de 2016

A campanha de conscientização sobre coleta seletiva teve seu início em junho de 2016,

aproveitando a comemoração do dia Mundial do Meio Ambiente a GGMB proporcionou um

evento, com a realização de palestras referentes ao tema e uma dinâmica sobre coleta

seletiva, onde os participantes que acertavam o local de descarte dos resíduos

representados por cartões, ganhavam como brinde uma muda originária da Mata Atlântica,

a fim de incentivar as práticas ambientais e divulgar o projeto.

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Figura 3 – Fotos tiradas no evento de comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

Campanha de Conscientização nos Restaurantes

Com o start da apresentação do tema coleta seletiva no evento em comemoração ao dia

mundial de meio ambiente, que teve participação relevante do público que saía dos

restaurantes, percebeu-se que existiam muitas dúvidas quanto ao descarte, portanto foi

iniciado uma campanha de abordagem direta com os colaboradores no interior dos

restaurantes durante o horário de almoço.

Para tal foram identificados os coletores e a sua disposição; os tipos de resíduos gerados

nos restaurantes e as principais falhas e dúvidas dos colaboradores no momento do

descarte. Alguns restaurantes não possuíam os coletores nas cores adequadas (Vermelho

para plástico e Branco para não-recicláveis) e nem orientação de descarte. Portanto, foram

confeccionadas etiquetas adesivas contendo informações ilustrativas sobre o descarte

correto dos resíduos gerados.

A abordagem era realizada próxima aos coletores, orientando os colaboradores um a um

sobre o descarte correto. Foram atingidos mais de 6.000 mil colaboradores em 12

restaurantes.

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Figura 4 – Etiqueta informativa quanto a segregação dos resíduos gerados nos restaurantes.

Figura 5 – Antes e depois dos coletores (nova disposição e colocação de adesivos informativo).

Figura 6 – Campanha no Restaurante 06.

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Cronograma da Campanha nos Restaurantes

Semana Restaurante Público

Início Retorno

06 - 10 jun. 17 jun. 11 524

13 - 16 jun. - 8 348

20 - 23 jun. 01 jul. 3 696

27 - 30 jun. 08 jul. 4 (Empreiteiras) 864

04 - 07 jul. 11 jul. 1 1008

12 - 15 jul. 22 jul. 6 883

18 - 21 jul. 29 jul. 9 485

25 - 28 jul. 05 ago. 10 331

01 - 04 ago. 12 ago. 5 469

08 - 11 ago. 19 ago. 12 375

15 - 18 ago. 26 ago. 7 418

12 - 15 set. 23 set. 4 (Salão CSN) 341

Total público atingido 6.742

Tabela 1 – Cronograma da Campanha realizada nos Restaurantes.

Orientação na Integração

Todos os colaboradores que ingressam na UPV passam por uma semana de integração

com a empresa, sendo um momento dedicado ao Meio Ambiente, onde são passadas

informações sobre os controles ambientais, equipamentos utilizados, monitoramentos

realizados e sobre o papel do colaborador com o meio ambiente, todos devem estabelecer

uma relação de preservação e conservação do meio ambiente dentro do local de trabalho.

Um dos temas abordados é a pratica da Coleta Seletiva no local de trabalho e nas áreas

de convívio comum, como restaurantes, lanchonetes e vias públicas.

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Figura 7 – Fotos da Integração de novos funcionários.

Treinamentos sobre a importância da Coleta Seletiva

Como parte fundamental do projeto, os treinamentos são ministrados em salas com auxílio

de recursos audiovisual, em que o objetivo é a conscientização ambiental dos

colaboradores.

No período da implantação o material de trabalho eram folders que continham informações

sobre as cores dos coletores e o que neles deviam ser descartados e o tempo de

degradação de alguns materiais. Já nos treinamentos atuais são apresentadas informações

mais amplas e de caráter educativo, são abordados: a importância da preservação do meio

ambiente, os impactos causados pelas ações negativas do homem, os benefícios obtidos

com a coleta seletiva/reciclagem e como ela deve ser praticada dentro e fora da UPV, e são

mostrados os índices de descarte e aproveitamento dos resíduos gerados.

Os treinamentos iniciaram em agosto de 2016, e abrange todos os colaboradores, de

acordo com a disponibilidade das áreas. Até março de 2017 participaram dos treinamentos

mais de 1.000 funcionários de 20 áreas diferentes.

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Figura 8 – Apresentação de Conscientização sobre e Meio Ambiente com foco em Coleta Seletiva.

Orientação das empresas participantes do fluxo da Coleta Seletiva

Foram realinhadas informações junto às contratadas que prestam serviço de limpeza e

transporte referente a coleta seletiva.

A empresa de limpeza é responsável pelo recolhimento, identificação e transporte dos

sacos plásticos de resíduos até o armazenamento temporário. A identificação é feita com

caneta permanente nos sacos de resíduos recicláveis (plástico, papel, metal e vidro)

apontando as siglas da gerência geral e respectiva gerência geradora. Em seguida os sacos

de resíduos recicláveis são dispostos em gaiolas e os não-recicláveis e orgânicos em

caçambas.

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As empresas de recolhimento de resíduos são responsáveis pela retirada dos sacos das

gaiolas e caçambas e transporte até o Entreposto de Recicláveis e Aterro Classe II,

respectivamente.

A equipe da coleta seletiva atua como um intermediário entre as gerências e as empresas

citadas acima, recebendo reclamações, denúncias, sugestões e elogios.

Mutirão Usina Limpa

Seguindo o exemplo de áreas destaques em coleta seletiva, as Gestões de Resíduos

juntamente com a Equipe de Coleta Seletiva da GGMB protagonizaram em março de 2017

um mutirão, contando com a colaboração das gerências GIL (Gerência Interna de Logística)

e GDI (Gerência de Desenvolvimento Industrial) e suas contratadas.

A ação foi realizada nas vias públicas da zona leste da usina, sendo recolhidos os resíduos

que estavam jogados ao chão, canteiros e na grama. Cerca de 50 sacos de 60L de resíduos

foram lotados com os resíduos encontrados, que foram enviados ao Entreposto de

Recicláveis.

Figura 9 – Fotos do Mutirão Usina Limpa na zona leste da UPV.

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Indicador de Coleta Seletiva

Para avaliar a eficácia do projeto, foi retomada a elaboração do indicador de desempenho

das áreas. A medição consiste em um acompanhamento diário dos resíduos que chegam

ao Entreposto de Recicláveis, que são classificados quanto à sua segregação e

identificação.

Posteriormente são elaborados gráficos com o desempenho de cada gerência e os mesmos

são enviados mensalmente às contrapartes de meio ambiente, para que cada um tome

providências para melhorar seu indicador.

O indicador vem sendo realizado desde maio de 2016 e nota-se um crescente nos índices

de segregação.

Figura 20 – Planilha de preenchimento diário dos sacos de resíduos que chegam ao Entreposto de

Recicláveis.

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Figura 31 – Apresentação enviada às contrapartes de meio ambiente (índice de aproveitamento e descarte

de resíduos em toneladas e percentual correspondente).

Os índices absolutos da geração de resíduos dos anos de 2014 e 2015 são menores

relativos aos de 2016 e 2017 devido a menor produção e redução do número de

funcionários.

8. PÚBLICO BENEFICIADO

Com a execução da ação ambiental e a aderência dos funcionários, o público diretamente

beneficiado é o da própria UPV, mas como o caráter do projeto é de conscientização,

estima-se que o público beneficiado seja ao menos regional.

9. EQUIPE TÉCNICA

Para a realização do projeto de revitalização da coleta seletiva contou-se com a

participação da Gerência Geral de Meio ambiente, disponibilizando a equipe de Gestão de

Resíduos que é composta por 1 coordenador, 2 analistas, 1 estagiária de meio ambiente e

2 estagiárias de psicologia.

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10. VALOR

Para a realização da revitalização do projeto coleta seletiva houve investimento financeiro

na contratação de 03 estagiárias dedicadas ao projeto (gasto médio de R$ 45.000,00); na

confecção de camisas personalizadas com o tema coleta seletiva e com transporte para os

locais dos treinamentos a serem realizados. Dispôs-se de materiais de escritório (folhas,

impressão, canetas, fita adesiva, papelão, sacos plásticos, etc.) para a confecção de

material informativo e de divulgação do setor da Comunicação.

11. PRAZO

Durante a análise crítica do projeto, foi realizado um cronograma a fim de estabelecer o

início e prazos para as etapas do projeto, como demonstrado na tabela a seguir.

Ações 2016 2017

A M J J A S O N D J F M A M J

Contrato de

estagiárias

Análise Crítica do

Programa

Divulgação do

Projeto

Campanha nos

Restaurantes

Treinamentos nas

Áreas

Integração sobre

Coleta Seletiva

Indicador de

Desempenho das

Áreas

Verificação da

disposição de

coletores

Tabela 2 – Cronograma do Projeto de Revitalização da Coleta Seletiva.

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12. RESULTADOS

O maior benefício possibilitado pela coleta seletiva dentro da CSN-UPV foi o ganho

ambiental que a empresa adquiriu, deixando de descartar resíduos com potencial de

reciclagem e contribuiu com a diminuição de extração de matéria-prima e todos os seus

impactos negativos, além da diminuição de gastos com a disposição de resíduos em aterro,

gerando um faturamento de R$3.000,00 aproximadamente por mês. Se a coleta seletiva

não fosse praticada, teríamos um gasto de R$1.750,00 aproximadamente mensal.

Os resultados positivos refletem no dia-a-dia das pessoas que foram conscientizadas e que

propagam as boas práticas ambientais por onde passam. Na CSN-UPV a média de

resíduos recicláveis que são aproveitados (de acordo com o processo de reciclagem

interna) e vendidos é de 83% ao mês no ano de 2016. Percebe-se um aumento considerável

na coleta seletiva comparando as médias de 2014, 2015, 2016 e 2017).

Figura 42 – Resultados obtidos com a campanha de coleta seletiva

A implantação da coleta seletiva é um meio simples e econômico de garantir a

sustentabilidade do meio e ainda possibilitar condições de desenvolvimento

socioeconômico voltado para a conservação ambiental.

Méd 2014Méd 2015

Méd 2016Méd 2017

71 73 8385

%

Resíduos destinados à Reciclagem

Méd 2014 Méd 2015 Méd 2016 Méd 2017

21

13. REFERÊNCIAS

ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2014. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2014.pdf>. Acesso em: 04 de fevereiro de 2017. BRASIL. Lei n.º12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduo Sólidos. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636>. Acesso em: 25 de janeiro de 2017.

Glacyane Cursino Fernandes de Almeida