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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS (UNEAL) CAMPUS I – CURSO DE QUÍMICA APARECIDA MARIA DO NASCIMENTO JOANA DE ÂNGELIS SILVA DE MENDONÇA ATAIDE COLETA SELETIVA DO LIXO

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Page 1: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS (UNEAL)

CAMPUS I – CURSO DE QUÍMICA

APARECIDA MARIA DO NASCIMENTO

JOANA DE ÂNGELIS SILVA DE MENDONÇA ATAIDE

COLETA SELETIVA DO LIXO

ARAPIRACA-AL

2010

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APARECIDA MARIA DO NASCIMENTO

JOANA DE ÂNGELIS SILVA DE MENDONÇA ATAIDE

COLETA SELETIVA DO LIXO

Projeto solicitado pela professora Maria José Houly Almeida, da disciplina Estágio Curricular I, para fins avaliativos do 6° período de química.

ARAPIRACA-AL

2010

Page 3: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO2. PROBLEMA3. JUSTIFICATIVA4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

5. METODOLOGIA6. REVISÃO TEÓRICA

6.1. CORES PADRONIZADAS DAS LATAS DE LIXO6.2. AS SOLUÇÕES CONVENCIONAIS6.3. IMPLANTAÇÃO A COLETA SELETIVA6.4. PRINCIPAIS FORMAS DE COLETA SELETIVA6.5. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS6.6. RESULTADOS

6.6.1. AMBIENTAIS6.6.2. ECONÔMICOS6.6.3. POLÍTICOS

7. RECURSOS8. AVALIAÇÃO9. CRONOGRAMA10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS11. APÊNDICE

03050607070708091010111213141414141617181920

Page 4: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

1. INTRODUÇÃO

Dentre os diversos problemas ambientais mundiais, a questão do lixo é das

mais preocupantes e diz respeito a cada um de nós. Abordar a problemática da produção

e destinação do lixo no processo de educação é um desafio, cuja, solução passa pela

compreensão do indivíduo como parte atuante no meio em que vive (LEMOS et al.,

1999).

A gravidade dos problemas ambientais pressupõe que as medidas para diminuir

os impactos negativos no ambiente natural e na sociedade devam ser tão rápidas quanto

foi o avanço de nossa ação predatória. A sociedade de consumo em que vivemos tem

como hábito extrair da natureza a matéria-prima e depois de utilizada, descartá-la em

lixões, caracterizando uma relação depredatória do seu habitat. Assim, grande

quantidade de produtos recicláveis, que poderiam ser reaproveitados, é inutilizada na

sua forma de destino final. Isso implica em uma grande perda ambiental, devido ao

potencial altamente poluidor e do mau gerenciamento dos resíduos gerados,

comprometendo a quantidade do ar, solo e, principalmente, das águas superficiais e

subterrâneas.

A proposta da coleta seletiva do lixo escolar é uma ação educativa que visa

investir numa mudança de mentalidade como um elo para trabalhar a transformação da

consciência ambiental. No entanto, procura-se desenvolver atitudes e ações de

conservação e preservação do ambiente natural, na comunidade, demonstrando que a

utilização de práticas de proteção ao meio ambiente resulta no proveito próprio e

comunitário, ajudando a desenvolver uma postura social e política preocupada e

comprometida com a questão da vida na Terra. Assim, fica mais fácil reconhecer os

prejuízos e benefícios que causa o lixo acumulado na saúde pública e a importância da

redução, da reutilização e da reciclagem do lixo para a natureza.

Considerando que a educação, muitas vezes, é incapaz de responder a todos os

desejos e necessidades dos diferentes integrantes da sociedade, especialmente, porque

estimula a competitividade irracional, parece pertinente a proposta de LOUREIRO

(1999) que concebe a Educação ambiental como “(...) um processo educativo de

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construção da cidadania plena e planária, que visa à qualidade de vida dos envolvidos e

a consolidação de uma ética ecológica”.

A pedagogia Histórico-crítica (SAVIANI, 1995) entende o homem como

síntese de múltiplas determinações e a educação como instrumento de transformação

social, propondo instrumentalizar os sujeitos sociais para uma prática social

transformadora. Nesta perspectiva, o ensino e as práticas pedagógicas devem

proporcionar o acesso aos conhecimentos acumulados historicamente e formar o aluno

cidadão crítico e consciente. Por ser a Educação Ambiental uma atividade formal e

informal é que a escola precisa se preocupar em promover simultaneamente, o

desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e de habilidades necessárias à preservação

e melhoria da qualidade de vida.

Page 6: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

2. PROBLEMA

Segundo os PCN “s “os alunos podem tirar nota 10 nas provas, mas, ainda

assim, jogar lixo na rua, pescar peixes-fêmeas prontas para reproduzir, atear fogo no

mato indiscriminadamente, ou realizar outro tipo de ação danosa, seja por não

perceberem a extensão dessas ações ou por não se sentirem responsáveis pelo mundo

em que vivem”. Um dos problemas enfrentados pela humanidade é a melhoria das

condições de vida no mundo, a questão ambiental, que afeta a todos.

Page 7: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

3. JUSTIFICATIVA

Não há como não produzir lixo. Podemos, no entanto, reduzir essa produção

reutilizando, sempre que possível os materiais recicláveis. Mas ainda hoje grande parte

reutilizável do lixo doméstico é desperdiçada por um descuido com a coleta seletiva de

materiais diferentes. A coleta seletiva é uma alternativa politicamente correta que

desviam dos aterros sanitários os resíduos sólidos que poderiam ser reaproveitados.

Jogar o lixo no seu devido lugar não polui o ambiente, proporciona a reciclagem e

conscientiza os alunos de sua responsabilidade social.

A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se

evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na

constituição e manutenção da vida. Em termos de educação, essa perspectiva contribui

para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do

ser humano, da participação, da solidariedade e da equidade. A necessidade da

integração, sociedade e escola, nos impõe a preocupação de fazer do ambiente

educacional a parte integrante e necessária da educação moderna e participativa. Abrir a

escola com projetos esportivos e culturais abrangendo alunos, professores e

comunidade, determina o passo gigantesco em busca dos saberes educacionais futuros,

pois encontra uma boa relação entre as partes, a valorização humana e a compreensão

da importância educacional. E utiliza o espaço existente e disponível para uma estreita

relação entre inteligência e afetividade.

Page 8: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL

Considerar a importância da temática Coleta Seletiva do Lixo e a visão

integrada de mundo, tanto no tempo como no espaço, a escola deverá ao longo dos

quatro anos (fundamental), oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os

fatos naturais e humanos a esse respeito, desenvolva suas potencialidades e adote

posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe permitam viver numa relação

construtiva consigo mesmo e com seu meio, colaborando para que a sociedade seja

mesmo ambientalmente sustentável e socialmente justa; protegendo, preservando todas

as manifestações de vida no planeta; e garantindo as condições para que ela prospere em

toda a sua força, abundância e diversidade.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a

interações construtivas, justa e ambientalmente sustentáveis;

Possibilitar aos alunos oportunidades para que modifiquem atitudes e práticas

pessoais através da utilização do conhecimento sobre a coleta seletiva do lixo;

Oportunizar ao aluno à participação em atividades relacionadas à melhoria das

condições ambientais da escola e da comunidade;

Conscientizar toda comunidade estudantil sobre seus direitos e os alheios a um

ambiente cuidado, limpo e saudável na escola, em casa e na comunidade.

Desenvolver ações que leve esse público a uma qualidade de vida melhor;

Promover a formação ética, educacional e cultural;

Promover atividades sócio-educacionais.

Page 9: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

5. METODOLOGIA

O projeto será realizado na E.E.S.F. “Escola Estadual Santos Ferrais”,

localizada no município de Taquarana/AL, Centro.

Para o início do projeto será feito um levantamento sobre as questões ambientais e os

impactos gerados pelo lixo (entrevistas para os alunos). Nesta entrevista os alunos

preencherão um questionário informativo constando: nome, endereço, data da entrevista

e questões referentes ao lixo domiciliar, coleta seletiva, lixo como poluição e riscos à

saúde pública. Serão realizadas algumas palestras que terão como objetivo enfocar o

lixo como poluição, e os possíveis riscos acarretados à saúde pública, sempre

relacionada à importância da Educação Ambiental e do acondicionamento para a

solução de tal problema. Estas palestras serão efetuadas utilizando vídeos educativos,

cartazes elaborados pelos alunos e folhetos informativos, objetivando o esclarecimento

de alguns conceitos considerados insuficientes, através da entrevista realizada, tais

como: destino do lixo, poluição gerada pelo lixo, coleta seletiva, assim como, os

problemas acarretados pelo lixo para o homem e para o meio ambiente.

Será realizada também uma peça teatral onde o enfoque maior será o tema

“Lixo”. Esta peça teatral irá ser apresentada na escola para os alunos, pais e membros da

comunidade local.

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6. REVISÃO TEÓRICA

O lixo deteriorável (biodegradável), composto pelos restos de carne, vegetais,

frutas, etc, é separado do lixo restante, podendo ter como destino os aterros sanitários ou

entrarem num sistema de valorização de residuos.

A reciclagem tornou-se uma ação importante na vida moderna pois houve um

aumento do consumismo e uma diminuição do tempo médio de vida da maior parte dos

acessórios que se tornaram indispensáveis no dia a dia trouxeram um grave problema:

qual o destino a dar quando perdem utilidade? No inicio os resíduos resultantes da

atividade humana tinham como destino as lixeiras ou então aterros sanitários, contudo

com o aumento exponencial da quantidade de resíduos e da evolução tecnológica,

aliados ao interesse económico de busca de mais matérias primas de baixo custo, o

vulgarmente designado lixo começa a perder o caráter pejorativo do nome e começa a

ser considerado como um resíduo, passível de ser reaproveitado. Com as tecnologias

atuais apenas uma ínfima parte dos resíduos urbanos não são passiveis de

reaproveitamento, sendo direcionados para unidades de eliminação dos mesmos,

normalmente os aterros sanitários. Felizmente a maior parte dos mesmos podem ser

destinados ao reaproveitamento, quer seja reciclagem ou outros tipos de

reaproveitamento.

A coleta seletiva, ou recolha seletiva tem como objectivo a separação dos

resíduos urbanos pelas suas propriedades e pelo destino que lhes pode ser dado, com o

intuito de tornar mais fácil e eficiente a sua recuperação. Assim pretende-se resolver os

problemas de acumulação de lixo nos centros urbanos, e reintegrar os mesmos no ciclo

industrial, o que trás vantagens ambientais e econômicas. Os pontos onde são

depositados para a recolha são denominados de lixões, ou ecopontos. Estes podem

oferecer vários tipos de coletores, de acordo com as especificidades dos residuos da

zona e das respostas de tratamento existentes pela entidade que procede ao seu

encaminhamento para os centros de valorização.

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6.1. CORES PADRONIZADAS DAS LATAS DE LIXO

Azul - Papel/Papelão

Amarelo - Metal

Verde - Vidro

Vermelho - Plástico

Marrom - Orgânico

Laranja - Resíduos perigosos

Preto - Madeira

Cinza - Resíduos gerais não recicláveis ou misturados, ou contaminado não

passível de separação

Roxo - Resíduos radioativos

Branco - Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde

Conforme Resolução CONAMA nº 275, de 19 de junho de 2001.

6.2. AS SOLUÇÕES CONVENCIONAIS

Os aterros sanitários são grandes terrenos onde o lixo é depositado,

comprimido e depois espalhado por tratores em camadas separadas por terra. As

extensas áreas que ocupam, bem como os problemas ambientais que podem ser

causados pelo seu manejo inadequado, tornam problemática a localização dos aterros

sanitários nos centros urbanos maiores, apesar de serem a alternativa mais econômica a

curto prazo.

Os incineradores, indicados sobretudo para materiais de alto risco, podem ser

utilizados para a queima de outros resíduos, reduzindo seu volume. As cinzas ocupam

menos espaço nos aterros e reduz-se o risco de poluição do solo. Entretanto, podem

liberar gases nocivos à saúde, e seu alto custo os torna inacessíveis para a maioria dos

municípios.

As usinas de compostagem transformam os resíduos orgânicos presentes no

lixo em adubo, reduzindo o volume destinado aos aterros. É difícil cobrir o alto custo do

processo com a receita auferida pela venda do produto. Além disso, não se resolve o

Page 12: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

problema de destinação dos resíduos inorgânicos, cuja possibilidade de depuração

natural é menor.

6.3. IMPLANTAÇÃO A COLETA SELETIVA

A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por

permitirem a redução do volume de lixo para disposição final.O fundamento da coleta

seletiva é a separação, pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros,

plásticos e metais) do restante do lixo.

A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência-piloto,

que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha

informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e

orientando-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material.

É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes

adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências

(normalmente sacos de papel ou plástico).

A instalação de postos de entrega voluntária (PEV) em locais estratégicos

melhora a operação da coleta seletiva em locais públicos. A mobilização da sociedade, a

partir das campanhas, pode estimular iniciativas em conjuntos habitacionais, shopping

centers e edifícios comerciais e públicos.

Deve-se buscar elaborar um plano de coleta, definindo equipamentos e

periodicidade de coleta dos resíduos. A regularidade e eficácia no recolhimento dos

materiais são importantes para que a população tenha confiança e se disponha a

participar. Não vale a pena iniciar um processo de coleta seletiva se há o risco de

interrompê-lo, pois a perda de credibilidade dificulta a retomada.

Finalmente, é necessária a instalação de um centro de triagem para a limpeza e

separação dos resíduos e o acondicionamento para a venda do material a ser reciclado.

Também é possível implantar programas especiais para reciclagem de entulho (resíduos

da construção civil).

Page 13: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

6.4. PRINCIPAIS FORMAS DE COLETA SELETIVA

O símbolo internacional da reciclagem.

Porta a Porta – Veículos coletores percorrem as residências em dias e horários

específicos que não coincidam com a coleta normal de lixo. Os moradores

colocam os recicláveis nas calçadas, acondicionados em contêineres distintos;

PEV (Postos de Entrega Voluntária) - Utiliza contêineres ou pequenos

depósitos, colocados em pontos físicos no município, onde o cidadão,

espontaneamente, deposita os recicláveis;

Postos de Troca – Troca do material a ser reciclado por algum bem.

PICs - Outra modalidade de coleta é a PICs, Programa Interno de Coleta

Seletiva, que é realizado em instituições públicas e privadas, em parceria com

associações de catadores.

O custo de operação do projeto varia em função do município, sendo

considerado baixo um custo de US$ 150 por tonelada de resíduo coletado. A receita

auferida com a venda do material é, em média US$ 45 por tonelada de plástico, US$

502 para alumínio, US$ 30 para vidro, US$ 100 para papel de primeira e US$ 48 para

aparas de papel.

Os custos de transporte são os maiores limitantes da coleta seletiva. Distâncias

superiores a 100 km entre a fonte dos resíduos e a indústria de reciclagem tendem a

tornar o processo deficitário. O processamento primário dos materiais (através de

equipamentos como prensas e trituradores) aumenta seu valor e atenua o problema. Para

a coleta, a prefeitura pode colocar caminhões com caçamba e pessoal à disposição ou

contratar os serviços. Uma campanha informativa pode custar à prefeitura apenas a

impressão dos folhetos e cartilhas. A prefeitura deve dispor de uma área para o centro

de triagem.

A iniciativa privada atua na reciclagem apenas nas atividades mais lucrativas;

procurar novas formas para seu envolvimento que reduzam os gastos públicos é um

desafio para as prefeituras. Tais parcerias podem ocorrer através do fornecimento de

cartilhas, folhetos e sacos para o recolhimento do lixo, da colocação de postos de

entrega, da organização da coleta seletiva no interior de edifícios e instalações

Page 14: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

comerciais, da compra de materiais reciclados ou mesmo da instalação de indústrias de

reciclagem ou processamento primário, mesmo que de pequeno porte. Parcerias com

entidades da sociedade civil, através de campanhas de esclarecimento, instalação de

postos de entrega, organização e realização da coleta e separação dos materiais,

ampliam o alcance das ações e reduzem custos.

Consórcios intermunicipais possibilitam economias de escala, com ações

conjuntas entre prefeituras. Tão importante quanto o investimento, é o papel do governo

municipal como articulador junto à sociedade e outros governos.

6.5. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS

Em Niterói-RJ, Brasil, a iniciativa partiu dos moradores de um bairro, em

1985, que contaram com o apoio da Universidade Federal Fluminense e de uma

entidade do governo alemão. A prefeitura apenas cedeu um técnico, temporariamente, e

fez a terraplanagem do terreno. Os moradores administram o serviço, investindo o lucro

em atividades comunitárias.

Curitiba-PR, Brasil, criou, em 1989, o projeto "Lixo Que Não É Lixo", iniciado

com um trabalho de educação ambiental nas escolas. Em seguida, foi distribuída uma

cartilha à população e iniciada a coleta domiciliar e em supermercados, onde os resíduos

recicláveis são trocados por vales-compra. A prefeitura assume o custo de coleta e o

material recolhido é doado a uma entidade assistencial, que o processa e comercializa,

destinando o lucro para suas atividades assistenciais.

A coleta seletiva criou condições técnicas para a implantação de uma usina de

compostagem na cidade, pois boa parte do material inorgânico (metais, vidros, etc.) já é

separado, reduzindo os custos de operação da usina.

A instalação da usina de reciclagem de Vitória-ES, Brasil, em 1990, em um

antigo "lixão", evitou enormes prejuízos ambientais e reuniu trabalhadores que viviam

em condições sub-humanas, explorados pelas "máfias do lixo", controladas por aparistas

Page 15: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

e sucateiros, dando-lhes melhores condições de trabalho e remuneração. Da avaliação

dessas experiências, pode-se dizer que a participação da população é a principal

condição para o sucesso da coleta seletiva.

6.6. RESULTADOS

6.6.1. Ambientais

Os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da

população. A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais - que representam em

torno de 40% do lixo doméstico - reduz a utilização dos aterros sanitários, prolongando

sua vida útil. Se o programa de reciclagem contar, também, com uma usina de

compostagem, os benefícios são ainda maiores. Além disso, a reciclagem implica uma

redução significativa dos níveis de poluição ambiental e do desperdício de recursos

naturais, através da economia de energia e matérias-primas.

6.6.2. Econômicos

A coleta seletiva e reciclagem do lixo doméstico apresenta, normalmente, um

custo mais elevado do que os métodos convencionais. Iniciativas comunitárias ou

empresariais, entretanto, podem reduzir a zero os custos da prefeitura e mesmo produzir

benefícios para as entidades ou empresas. De qualquer forma, é importante notar que o

objetivo da coleta seletiva não é gerar recursos, mas reduzir o volume de lixo, gerando

ganhos ambientais. É um investimento no meio ambiente e na qualidade de vida. Não

cabe, portanto, uma avaliação baseada unicamente na equação financeira dos gastos da

prefeitura com o lixo, que despreze os futuros ganhos ambientais, sociais e econômicos

da coletividade. A curto prazo, a reciclagem permite a aplicação dos recursos obtidos

com a venda dos materiais em benefícios sociais e melhorias de infra-estrutura na

comunidade que participa do programa. Também pode gerar empregos e integrar na

economia formal trabalhadores antes marginalizados.

6.6.3. Políticos

Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da cidade, a

coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem um papel

ativo em relação à administração da cidade. Além das possibilidades de aproximação

Page 16: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

entre o poder público e a população, a coleta seletiva pode estimular a organização da

sociedade civil.

Como o Lixo Domestico Vira Beneficio Reciclar significa repetir um ciclo. E

para compreendermos a importância da reciclagem, temos de transformar o conceito de

lixo. O lixo, quando descartado de forma correta, se transforma em matéria-prima. A

reciclagem surgiu como uma maneira de inserir no sistema uma parte da matéria que se

tornaria lixo e, consequentemente, contribuiria para a poluição do planeta. Quando

coletados, são separados e processados para serem utilizados como matéria-prima na

manufatura de outros materiais, os quais eram feitos anteriormente com matéria prima

virgem.

Reciclar contribui para a redução da poluição do solo, da água e do ar, melhora

qualidade de vida da população e contribui para manter a cidade limpa, aumenta a vida

útil dos aterros sanitários, gera empregos, entre outras vantagens. Praticamente, todos os

materiais podem ser reciclados. Só para se ter uma ideia aqui estão alguns exemplos de

lixos domésticos que, com a reciclagem, se transformam em novos materiais.

O aço, por exemplo, é 100% reciclável, se descartado no meio ambiente, se

reintegra à natureza em cinco anos. De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio

(ABAL), as latas recicladas são transformadas em novas latas, com grande economia de

matéria-prima e energia elétrica. A cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de

bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar uma

tonelada de alumínio, gasta-se 5% da energia que seria necessária para se produzir a

mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, neste caso a reciclagem proporciona

uma economia de 95% de energia elétrica.

Com garrafas pet podem ser produzidos diversos materiais como estofamentos,

carpetes, enchimento para sofás, cadeiras, travesseiros, cobertores, tapetes, cortinas,

lonas para toldos e barracas, roupas esportivas, entre tantos outros materiais.

Já os plásticos são materiais, que como o vidro, ocupam um considerável

espaço no meio ambiente e podem poluir de forma considerável. Geram uma infinidade

de materiais como novos materiais de vidro, cabos de panela, sacolas, baldes, cabides,

entre outros.

Page 17: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

7. RECURSOS

Questionários

Cartazes

Maquetes e desenhos

Palestras e distribuição de folhetos

Exposição dos trabalhos feitos

Campanhas educativas e preventivas

Relatórios

Redações, textos, filmes

Trabalhos de fantoches

Atividades físicas específicas

Reprodução de temas

Page 18: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

8. AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos será medida pela mudança comportamental dos mesmos.

Onde:

As serventes observarão as salas após cada período e pontuarão as mesmas de acordo com o grau de limpeza e organização;

Será feito um painel com as notas dadas, possibilitando os próprios alunos a auto- avaliação;

Observaremos a reação dos alunos da sala na distribuição das tarefas.

Page 19: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

9. CRONOGRAMA

ATIVIDADES

2010

MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

Elaboração do

projeto

X

Revisão de

literatura

X

Coleta de

dados

X

Análise de

dados

X X X

Elaboração do

relatório

X

Revisão final X

Apresentação

Page 20: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Secretaria da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto

ciclos – apresentação dos temas transversais. Secretaria da Educação Fundamental.

Brasília: MEC/SEF, 1998.

LEMOS, Jureth Couto; LIMA, Samuel do Carmo. Segregação de resíduos de serviços

de saúde para produzir os riscos a saúde pública e ao meio ambiente. Biosciente

Journal. Vol.15, n. 2,. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 1999.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Considerações sobre o conceito de

Educação Ambiental. Revista: Teoria e Prática da Educação. Maringá, PR, v.2, n.3,

1999.

RADESPIEL, Maria. Meio Ambiente: Alfabetização sem Segredos. Vol. 2. Ensino Fundamental. Ed.Iemar.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: Primeira aproximação. São

Paulo, 5ª ed. autores associados, 1995.

WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Coleta seletiva do lixo. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/coletaseletiva#mw-head#mw-hed. Acesso em: 14.abril

2010.

Page 21: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO

11. APÊNDICE

Pelo exposto neste projeto, percebe-se que, para que um programa de educação

ambiental aconteça de forma coesa é necessário que o maior número de segmentos da

sociedade participe como um todo, em favor de objetivos em comum, cada um com suas

possibilidades próprias de auxílio à proposta, sendo de suma importância a participação

efetiva de todos os integrantes da instituição de ensino.

Pouco se faz, assim, professores, alunos e comunidades escolares devem

engajar-se nos esforços do desenvolvimento de ações em educação ambiental, no desejo

de contagiar, envolvendo a todos, para uma boa produção, um bom resultado,

promovendo discussões e construção de conceitos de forma coletiva, visto que muitos

fatores ambientais, econômicos e sociais, estão envolvidos e são responsáveis pela

degradação do meio ambiente. Para isso, é necessário conhecer os problemas e tentar

solucioná-los de forma conjunta, inspirando a consciência de que preservar é preciso.

Pôde-se concluir que ao desenvolver este projeto formará cidadãos, mesmo

num pequeno grupo, sensíveis, conscientes e multiplicadores, embora se saiba que para

haver uma mudança de hábitos e de comportamentos, um projeto como este requer

muito mais tempo para ser desenvolvido, além de se considerar fundamental, a

formação de parcerias para um melhor incentivo à comunidade e obtenção de melhores

resultados, com um alcance de maior amplitude.

Page 22: PROJETO-COLETA SELETIVA-ESTÁGIO