projeto criaÇÃo da empresa jÚnior da psicologia - versÃo final

50
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS COORDENADORIA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA PROJETO DE CRIAÇÃO DE EMPRESA JÚNIOR NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA UFSC COMISSÃO: Profa. Edite Krawulski (presidente) Prof. Adriano Henrique Nuernberg Profa. Andréa Valéria Steil Acad. Analy de Oliveira Gomes Acad. Renatto César Marcondes Acad. Alexander Reinhard Rudolf M. Melzer Acad. Sara da Silva Boeger (CA) Acad. Allan Kenji (CA) Acad. Raphael S. Valverde (CA)

Upload: vivianecrvlh

Post on 04-Jul-2015

1.305 views

Category:

Documents


13 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

COORDENADORIA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

PROJETO DE CRIAÇÃO DE EMPRESA JÚNIOR NO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA UFSC

COMISSÃO:

Profa. Edite Krawulski (presidente)

Prof. Adriano Henrique Nuernberg

Profa. Andréa Valéria Steil

Acad. Analy de Oliveira Gomes

Acad. Renatto César Marcondes

Acad. Alexander Reinhard Rudolf M. Melzer

Acad. Sara da Silva Boeger (CA)

Acad. Allan Kenji (CA)

Acad. Raphael S. Valverde (CA)

Florianópolis, 05 de maio de 2011.

Page 2: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

1

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO.............................................................................................................2

2 INTRODUÇÃO..................................................................................................................2

3 JUSTIFICATIVA E FINALIDADES..............................................................................4

4 OBJETIVOS.......................................................................................................................6

5 ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO............................................................................6

6 ESCOPO DE ATUAÇÃO..................................................................................................7

6.1 Campo de Atuação.....................................................................................................7

6.2 Público alvo................................................................................................................7

6.3 Diferenças e aproximações entre a Empresa Júnior e o SAPSI............................8

7 DESENVOLVIMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES...................9

8 RECURSOS REQUERIDOS...........................................................................................11

8.1Humanos....................................................................................................................11

8.2 Físicos e Logísticos...................................................................................................11

9 ENCAMINHAMENTOS FUTUROS.............................................................................12

REFERÊNCIAS...................................................................................................................12

ANEXO.................................................................................................................................14

Anexo A – Proposta preliminar elaborada por acadêmicos em 2010..............................15

Page 3: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

2

1 APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o resultado do trabalho da Comissão constituída pela

Portaria n. 06/PSI/2010, de 29/11/2010, buscando atender à tarefa que lhe foi atribuída,

de elaborar um Projeto de Implantação de Empresa Junior no Curso de Graduação em

Psicologia da UFSC, a ser apreciado pelo Colegiado deste curso.

A constituição de uma Comissão1 foi indicada pelo referido Colegiado em

05/07/2010, em decorrência do acolhimento da Proposta Preliminar apresentada por um

grupo de alunos, cujo documento tem o título de “Movimento de criação da Empresa

Junior de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina” (vide Anexo A).

2 INTRODUÇÃO

  O Movimento Empresa Júnior (MEJ) em âmbito mundial teve por berço a

França, onde em 1967 um grupo de estudantes criou a Junior Enterprise para atender

demandas de complementação de sua capacitação acadêmica por meio da prestação de

serviços em suas áreas de formação. Após rápida difusão dessa iniciativa, em 1969 foi

fundada a Confédéracion Nationale dês Junior-Enterprises – CNJE para representar o

Movimento Empresa Júnior Francês. Nas décadas de 1970 e 1980 o MEJ alcançou, se

difundiu e se consolidou em outros países da Europa e em 1987 foi criada a primeira

rede internacional de Empresas Juniores envolvendo países como Espanha, Suiça,

França, Itália e Holanda.

Após forte consolidação do movimento na Europa, o MEJ chegou ao Brasil em

1988, por meio da Câmara de Comércio Franco-Brasileira. As três primeiras Empresas

Juniores brasileiras foram a Júnior FAAP na Fundação Armando Álvares Penteado, a

FGV Jr. na Fundação Getúlio Vargas e a Póli Junior na Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo (SANGALETTI; CARVALHO, 2004).

A iniciativa foi disseminada por outros estados brasileiros nos anos seguintes,

criaram-se Federações Estaduais e em agosto de 2003, na comemoração dos 15 anos do

1 A redação deste projeto foi construída efetivamente por Edite Krawulski, Adriano H. Nuernberg, Andréa V. Steil, Analy G. de Oliveira, Renatto Cesar Marcondes e Alexander Reinhard Rudolf M. Melzer.

Page 4: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

3

MEJ no país foi fundada a Brasil Júnior – Confederação Brasileira de Empresas

Juniores, focada no objetivo de fortalecer e potencializar o movimento no contexto

brasileiro.  Segundo seu site institucional essa Confederação é formada atualmente por

13 federações, representando 12 estados e o Distrito Federal, e tem como finalidades

representar as empresas juniores em nível nacional e desenvolver o Movimento

Empresa Júnior como agente de educação empresarial e gerador de novos negócios

(BRASIL JÚNIOR, 2011).

Em Santa Catarina o MEJ foi introduzido em dezembro de 1990, com a criação

da primeira Empresa Júnior do Sul do Brasil: a Ação Júnior – Empresa Júnior de

Consultorias Sócio-Econômicas, abrangendo cursos vinculados ao Centro Sócio-

Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina (MAGAGNIN; MACARINI,

2007). Quatro anos mais tarde, objetivando unificar o MEJ no estado catarinense foi

criada a FEJESC – Federação das Empresas Juniores de Santa Catarina. A FEJESC é

formada por 12 EJs e foca suas ações no estímulo ao empreendedorismo e capacitação

em gestão empresarial, pretendendo proporcionar aos universitários ligados ao

Movimento um ambiente favorável à transformação de pessoas (FEJESC, 2011).

Atualmente existem na UFSC mais de uma dezena de Empresas Juniores

vinculadas a cursos de diversas áreas, com ênfase àqueles de natureza tecnológica.

Caracterização elaborada por Magagnin e Macarini (2007) listou as dez empresas da

UFSC então federadas, a saber: AUTOJUN, EJESAM, EPEC, CONAQ, CALTECH,

C2E, AÇÃO JÚNIOR, EJEP, I9 e NUTRI.

No campo da Psicologia, especificamente, existem no Brasil sete Empresas

Juniores federadas: Elo Consultoria (UEL), RH Júnior Consultoria (UFMG), Insight

Consultoria em Psicologia da UFRJ (UFRJ), Psicojunior Empresa Junior de Psicologia

da UFBA (UFBA), Ethos Consultoria Junior (UFPE), Práxis Empresa Júnior de

Psicologia (UNB) e Humanus Empresa Junior (UNESP/Assis). Os principais serviços

prestados por essas empresas são: recrutamento e seleção, diagnóstico organizacional,

diagnóstico e capacitação de recursos humanos/desenvolvimento de competências,

treinamento, avaliação de desempenho, cursos, análise ergonômica do trabalho,

orientação profissional e psicologia do consumidor.

    No Curso de Graduação em Psicologia da UFSC, a citada Proposta Preliminar,

elaborada e apresentada por um grupo de alunos, derivou da identificação de uma

lacuna existente no curso no que concerne à necessidade de vivenciar, sob uma

Page 5: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

4

perspectiva mais prática, a aplicação dos conhecimentos construídos no cotidiano de sua

formação, nas diversas áreas de intervenção da Psicologia. Imbuídos desse desejo, esses

alunos pesquisaram durante meses acerca do que seria uma Empresa Junior e dos

requisitos necessários à elaboração de um projeto.  Desenvolveram também uma

pesquisa junto a acadêmicos do curso objetivando identificar suas concepções e

expectativas sobre uma empresa junior de Psicologia, cujos achados estão incluídos no

texto da proposta apresentada (vide Anexo A).

O Projeto aqui apresentado, como seria inevitável, teve como ponto de partida

essa Proposta Preliminar. Sua construção e finalização se deram em sucessivas reuniões

de membros da Comissão ocorridas no período de novembro de 2010 a abril de 2011,

por meio de discussões e subsídios colhidos junto a diversas fontes. Além das já citadas

FEJESC e Brasil Júnior, buscou-se interlocução com integrantes da recém-criada EJ do

curso de Jornalismo e também da EJ da UNESP de Assis-SP. A construção do Projeto

aqui apresentado tomou por base os termos da Resolução Normativa n. 08/CUn/2010,

de 30 de novembro de 2010, que normatiza a criação, reconhecimento e funcionamento

de empresas juniores na UFSC (UFSC, 2011).  

Compõem o projeto, além dos elementos abordados nessa Introdução, as

Justificativas e Finalidades, os Objetivos, a Estrutura e Funcionamento, o Escopo de

Atuação, o Desenvolvimento e Acompanhamento das Atividades, os Recursos

Requeridos e os Encaminhamentos Futuros necessários, além das Referências que lhe

serviram de base.

3 JUSTIFICATIVA E FINALIDADES

Ao tratar da natureza e dos objetivos de uma Empresa Júnior no seu Capítulo 1,

a Resolução Normativa n. 08/CUn/2010, em seu Artigo 1º, conceitua empresa júnior

como constituindo-se em uma associação civil, sem fins lucrativos e com finalidades

educacionais, criada, constituída e gerida exclusivamente por alunos regularmente

matriculados nos cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina.

Considera-se que a finalidade educacional explicitada por esse instrumento legal

se caracteriza como a justificativa primordial para a criação de uma Empresa Júnior

Page 6: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

5

junto ao Curso de Graduação em Psicologia, no sentido de que essa iniciativa possa se

constituir em um recurso que oportunize aos graduandos a vivência educativa do

exercício profissional nos mais diversos campos de atuação em Psicologia.

Embora as EJs de Psicologia federadas no Brasil não sejam numerosas,

indubitavelmente aquelas existentes possibilitam aos acadêmicos o contato com o

ambiente real do trabalho da área e com demandas nem sempre identificadas

devidamente apenas no aprendizado de sala de aula. A oportunidade de praticar

conhecimentos trabalhados em disciplinas e/ou conjuntos de disciplinas ao longo do

curso também pode ser destacada.

O foco no aprendizado oportunizado por caminhos vinculados à prática

profissional constitui, portanto, a justificativa central para essa iniciativa. Dellagnelo

destaca diversas características de uma EJ como elementos que propiciam e favorecem a

aprendizagem de seus integrantes, dentre as quais o empreendedorismo, a concepção de

crescimento, o voluntarismo, o acompanhamento das atividades por professores

orientadores e até mesmo o recurso da eleição para escolha de suas diretorias, “uma vez

que está associada a processos de discussão, reflexão e avaliação de resultados” (2004,

p. 173).

Cabe destacar também a consonância da criação de uma EJ no Curso de

Graduação em Psicologia com o novo Projeto Pedagógico deste curso que se encontra

em implantação a partir do primeiro semestre de 2010. Estão previstas neste projeto,

observando o que preceitua o Plano Nacional de Educação, “atividades extraclasse e/ou

acadêmico-científico-culturais” a serem desenvolvidas pelos acadêmicos e validadas

posteriormente para inclusão no histórico escolar, respondendo estas atividades por 324

horas ou 6,92 % para a habilitação formação psicólogo (NUERNBERG et al, 2009).

Cumpre destacar ainda o alinhamento deste Projeto com o Plano de Desenvolvimento

Institucional da UFSC, especialmente no tocante ao objetivo 2 relativo às políticas de

ensino, onde se apresentam dentre as metas “estimular a utilização de metodologias

educacionais inovadoras”, “estimular o envolvimento e a responsabilidade dos alunos

de graduação em atividades de monitoria, pesquisa, extensão e aprimoramento

profissional” e “readequar as atividades de estágios e estimular o exercício da atuação

pré-profissional, além do uso efetivo dos períodos de recesso acadêmico” (UFSC, 2010,

p. 35).

Page 7: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

6

A experiência de participar de uma Empresa Júnior, seja desenvolvendo projetos

ou gerindo suas atividades meio possibilitará aos acadêmicos construir com melhores

resultados a interface entre a formação científica e a formação profissional,

compreendidas como duas dimensões complementares de responsabilidade das

instituições de ensino superior em seu processo educacional.

Por último, salientam-se ainda a compatibilidade deste Projeto com Plano

Institucional da UFSC no que concerne à inserção dos cursos na comunidade e o

exercício da cidadania oportunizado por meio das ações previstas na EJ.

4 OBJETIVOS

Além dos objetivos elencados de modo genérico pela Resolução 08/CUn/2010

para todas as empresas juniores no âmbito da UFSC, a EJ de Psicologia terá como

Objetivo Geral: Constituir-se como espaço complementar de formação, voltado ao

exercício profissional nas diferentes áreas de atuação da Psicologia, de modo articulado

com as necessidades sociais da região.

Objetivos específicos:

Promover o desenvolvimento de competências relativas ao empreendedorismo

na formação acadêmica;

Proporcionar espaços de vivência característicos de um ambiente organizacional

de trabalho;

Favorecer a interface teoria e prática por meio do envolvimento dos acadêmicos

em projetos de intervenção desde sua criação até a execução e avaliação.

5 ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO

Page 8: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

7

A Empresa Júnior aqui proposta funcionará conforme o designado nos Capítulos

II, da Criação de Empresa Júnior; e III, do Quadro de Associados e da Estrutura

Administrativa. Segundo o Capítulo II – Seção I – Art. 3º da Resolução n.

08/CUn/2010, “A empresa júnior será criada como uma empresa real, com assembléia

geral, conselho administrativo, diretoria executiva, conselho fiscal, estatuto e regimento

próprios, e gestão autônoma em relação à Universidade ou qualquer entidade

estudantil”. Sua vinculação será com o Colegiado do Curso de Graduação em Psicologia

do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC. Seu funcionamento será

determinado por regimento interno, submetido à Assembléia Geral da EJ e registrado

em Cartório.

Estes dois instrumentos legais – estatuto e regimento interno -, é que deverão

estabelecer elementos como a estrutura organizacional da empresa, a nomenclatura dos

integrantes, seu processo de admissão, permanência e desligamento, bem como regras

gerais de seu funcionamento cotidiano.

6 ESCOPO DE ATUAÇÃO

6.1 Campo de Atuação

Os serviços oferecidos pela EJ aqui proposta estarão focados nos diversos

campos de atuação, como: Psicologia Jurídica, Psicologia do Esporte, Psicologia

Escolar, Psicologia Hospitalar, Psicologia dos Desastres, Psicologia Organizacional e do

Trabalho, Psicologia da Saúde, dentre outros, sendo levada em consideração a

disponibilidade de professores para acompanhar cada projeto como requisito para o

leque de serviços disponibilizados.

A responsabilidade social, inerente à profissão de Psicólogo preceituada no

Código de Ética da Profissão (CFP, 2011), especificamente no item III (“O psicólogo

atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade

política, econômica, social e cultural”), será pedra fundamental em todos os projetos e

em toda a estrutura e funcionamento desta organização.

Page 9: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

8

6.2 Público alvo

Os serviços oferecidos pela Empresa Júnior se destinarão a organizações em

geral (ONGs, outras empresas juniores, associações, movimentos sociais,

empresas, instituições públicas e/ou privadas, etc.), a UFSC e a comunidade.

6.3 Diferenças e aproximações entre a Empresa Júnior e o SAPSI

Sendo a Empresa Júnior de Psicologia e o Serviço de Atenção Psicológica

(SAPSI) dois contextos que prestam serviços à comunidade, considerou-se importante

ressaltar semelhanças e diferenças, delineando possíveis integrações, parcerias e

delimitações entre ambos.

O SAPSI, clínica-escola de existência obrigatória para o funcionamento de

Cursos de Graduação em Psicologia, é definido como um “Centro de Psicologia

Aplicada, através da realização de estágios supervisionados, projetos de pesquisa e

extensão de professores do Departamento de Psicologia da UFSC, com oferta de

atendimento psicológico em diferentes áreas de atuação do psicólogo, em caráter

público e gratuito”, cujas atribuições encontram-se arroladas em seu site institucional

(SAPSI, 2011). A proposta da EJ será distinta, caracterizando-se pelo protagonismo dos

graduandos em atender a demandas que chegam e identificar necessidades sociais

passíveis de intervenção.

Avalia-se que os projetos a serem oferecidos pela EJ nos mais diversos campos

de atuação não se sobreporão àqueles serviços disponibilizados pelo SAPSI, bem como

não lhe estabelecerão concorrência, uma vez que possuem outra natureza. Acrescenta-se

que a participação de acadêmicos na EJ se caracteriza pela responsabilização na gestão

de projeto(s) e/ou de diretoria(s), oportunizando essa experiência o desenvolvimento de

habilidades fundamentais para sua inserção e exercício profissional futuro, como o

diagnóstico de necessidades e/ou de demandas, o estabelecimento e cumprimento de

prazos, a elaboração de fluxogramas de tarefas, o estabelecimento de custos, o trabalho

em equipe e a observância de questões éticas, dentre outras.

Page 10: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

9

Consideradas essas diferenças e aproximações, o objetivo é que se estabeleçam

relações de complementaridade e cooperação entre esses dois contextos de

aprendizagem, seja por meio de projetos desenvolvidos em conjunto, seja via

encaminhamentos mútuos, resultando no aumento da qualidade da formação dos alunos

e dos serviços disponibilizados para a comunidade.

7 DESENVOLVIMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES

A missão da EJ do curso de Psicologia é proporcionar um locus de

desenvolvimento profissional aos seus acadêmicos. Ela se configura em um espaço de

aprendizagem complementar, integrado à formação acadêmica, que se efetiva pelo

desejo e pela solicitação do corpo discente do curso de psicologia. Seu foco principal

será, portanto, o processo de aprendizagem de seus alunos, pois parte-se da premissa de

que o ato de aprender é pré-condição para o desempenho competente no trabalho.  A

aprendizagem realizada neste âmbito deverá ser significativa, uma vez que se buscará

continuamente o estabelecimento de relações entre o conteúdo da aprendizagem e o

repertório atual do estudante de psicologia.

Já existem evidências que demonstram como as empresas juniores proporcionam

oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento de competências importantes

para a preparação dos alunos para o trabalho. Em pesquisa realizada com alunos

membros de EJs na Universidade de Brasília, por exemplo, verificou-se que a

participação em uma empresa júnior possibilita ao aluno de graduação, dentre outras

possibilidades:

...ampliar sua rede de contatos no ambiente acadêmico e no mercado,

inclusive propiciando maior acesso a oportunidades de estágios e de

trabalho; receber uma formação profissional diferenciada em relação a

outros estudantes que não vivenciaram a mesma experiência;

desenvolver competências técnicas, principalmente através da

oportunidade de aplicar na prática o que é aprendido em teoria no curso

de graduação; desenvolver competências atitudinais como

comprometimento, dedicação, autonomia e poder de decisão,

consideradas importantes para sua inserção e atuação no mercado de

Page 11: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

10

trabalho; desenvolver, de modo geral, competências empreendedoras e

de gestão; trabalhar com recursos escassos; amadurecer

profissionalmente, lidando com clientes e outros profissionais;

responsabilizar-se por suas ações e pelo coletivo (BEZERRA et al.,

2011, p. 1).

A dinâmica de funcionamento da empresa júnior objetiva garantir a presença das

dimensões necessárias para que a aprendizagem em ambiente profissional se efetive.

Essas dimensões, segundo COELHO JÚNIOR e BORGES-ANDRADE, 2008, incluem:

- variáveis de nível individual: envolvem o querer fazer e a motivação para fazer. Uma

vez que a participação na empresa júnior será facultativa, o ato de aprender estará

vinculado à consecução de algum objetivo, implícito ou explícito, contido na motivação

do aluno em dela participar;

- variáveis relacionadas à tarefa: envolvem o saber fazer e o ter conhecimento sobre. O

aluno utilizará os conhecimentos aprendidos em sala de aula para planejar, executar e

avaliar suas atividades na empresa júnior. Não raro serão os casos em que precisará

buscar literatura adicional àquela utilizada em sala de aula, expandindo as suas

possibilidades de aprendizagem;

- variáveis relacionadas ao contexto do trabalho: envolvem o poder fazer e o receber

suporte para realizar as atividades. Como a missão da empresa júnior está relacionada

com a aprendizagem, terá sua estrutura e processos definidos de forma que todo o

contexto da empresa conduza à aprendizagem. Além da estrutura e dos processos, o

apoio e o acompanhamento de professores do curso de Psicologia terá papel importante

neste processo.

A participação na EJ será facultativa àqueles alunos desejosos de experienciarem

as possibilidades de aprendizagem associadas à afiliação em uma organização formal já

durante os primeiros semestres de seu curso. O ingresso na empresa júnior ocorrerá por

meio de processo de seleção específico, planejado e realizado por seus membros.

O acompanhamento das atividades da EJ abrangerá também monitoramento e

avaliação, conforme previsto na Resolução 08/CUn/2011, mediante encaminhamento de

informações ao Comitê Gestor das Empresas Juniores da UFSC para apreciação e

aprovação.

Ademais, recomenda-se a criação de um Conselho Consultivo na EJ, formado

por docentes, ex-membros da EJ e outros membros da Federação. Este conselho

Page 12: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

11

auxiliará no processo contínuo de avaliação dos propósitos formativos/educacionais das

atividades da EJ e do padrão de qualidade dos serviços prestados pela EJ à comunidade.

Este Conselho Consultivo será convocado pela presidência da Empresa, de acordo com

a necessidade, sendo garantido no mínimo uma convocação anual.

8 RECURSOS REQUERIDOS

8.1 Humanos

Uma vez que a EJ deve ser criada, constituída e gerida exclusivamente por

alunos de graduação em Psicologia, os recursos humanos básicos necessários para seu

funcionamento interno provêm exclusivamente do corpo discente deste curso,

escolhidos da forma prevista no Estatuto.

Nas seguintes situações se faz necessária a presença de um membro do corpo docente:

1) Durante o planejamento e execução de algum serviço prestado, no papel de professor

com experiência no campo de atuação respectivo para acompanhá-lo; 2) Na formação

do conselho; 3) Na participação no Conselho Fiscal (no mínimo um professor lotado na

Unidade Universitária à qual se encontra vinculada a EJ, de acordo como Art. 22º da

Resolução Normativa Nº 08/CUn/2010.

8.2 Físicos e logísticos2

Será necessário um espaço físico que comporte a realização das atividades da

empresa, além de 2 computadores com acesso à internet, 1 aparelho telefônico, 1

impressora, 2 mesas para computador, 1 mesa de trabalho, cadeiras, 1 armário, 1

arquivo, 1 mural, 1 quadro branco para anotações e material de escritório. Para que a EJ

obtenha a Certificação do Selo Brasil Júnior, os primeiros três itens (sede física,

telefone próprio e computador com acesso a internet) precisam estar contemplados.

2 O levantamento dos itens levou em conta a recomendação de recursos logísticos da Fejesc para se iniciar o funcionamento de uma EJ (Guia Ciclo I, pag. 29) e a previsão de necessidades de uma EJ de Psicologia.

Page 13: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

12

Além dos recursos físicos, uma EJ muito comumente precisa de uma quantidade

de caixa inicial para operar. Sua destinação geralmente está direcionada para o registro

legal e para demais procedimentos requeridos para regularização da EJ.

9 ENCAMINHAMENTOS FUTUROS

Uma vez aprovado o presente projeto pelo Colegiado do Curso de Graduação em

Psicologia, constituem encaminhamentos futuros o acompanhamento da tramitação do

processo nas instâncias superiores visando sua aprovação, a captação de recursos, a

divulgação da iniciativa e constituição de uma equipe inicial de acadêmicos para fundar

a Empresa, o estabelecimento de parcerias, a redação dos documentos legais da EJ

(estatuto e regimento) e demais providências previstas na Resolução 08/CUn/2010.

REFERÊNCIAS

BRASIL JÚNIOR - Confederação Brasileira de Empresas Juniores. Sobre nós. Disponível em http://www.brasiljunior.org.br/. Acesso em: 25 abr. 2011.

BEZERRA, K.L.T et al. Oportunidades de aprendizagem oferecidas por empresas juniores. Anais Eletrônicos do Congresso Iberoamericano de Psicologia Organizacional e do Trabalho. Florianópolis, 2011.

COELHO JÚNIOR, F. A.; BORGES-ANDRADE, J. E. Uso do conceito de aprendizagem em estudos relacionados ao trabalho e organizações. PAIDÉIA, v. 18, n. 40, p. 221-234, 2008.

CFP - Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Disponível em: http://pol.org.br/legislacao/pdf/codigo_de_etica.pdf. Acesso em 27 abr. 2011.

DELLAGNELO, E. H. L. Aprendizagem organizacional e empresa júnior: aproximações e distanciamentos. In: MORETTO NETO et al (Orgs.). EMPRESA JÚNIOR: espaço de aprendizagem. Florianópolis: [s.n.], 2004, Cap. 3.

Page 14: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

13

FEJESC - Federação das Empresas Juniores de Santa Catarina. O que é a FEJESC. Disponível em http://www.fejesc.com.br/fejesc.html. Acesso em: 25 abr. 2011.

NUERNBERG, A. H.; SCHNEIDER, D. R.; KRAWULSKI, E.; CRUZ, R. M. Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Psicologia – Habilitações: Formação Psicólogo e Licenciatura em Psicologia. Florianópolis: UFSC, 2009 (não publicado).

MAGAGNIN, E. A.; MACARINI, S. M. Práticas de Recursos Humanos nas Empresas Juniores catarinenses e a contribuição da Psicologia. 2007. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no Estágio Obrigatório em Psicologia Organizacional realizado junto à FEJESC, Curso de Graduação em Psicologia, UFSC. Florianópolis, 2007.

SANGALETTI, C.; CARVALHO, G. Introdução ao Movimento Empresa Júnior. In: MORETTO NETO et al (Orgs.). EMPRESA JÚNIOR: espaço de aprendizagem. Florianópolis: [s.n.], 2004, Cap. 1.

SAPSI - Serviço de Atenção Psicológica. Disponível em: < http://www.sapsi.ufsc.br/ >. Acesso em: 25/04/2011.

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Legislação. Resolução n. 08/CUn/2010. Disponível em www.ufsc.br. Acesso em 27 abr. 2011.

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Plano de Desenvolvimento Institucional 2010-2014. Florianópolis: UFSC, 2010.

Page 15: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

14

ANEXO

Anexo A – Proposta preliminar elaborada por acadêmicos em 2010.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - CFH

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

Page 16: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

15

MOVIMENTO DE CRIAÇÃO DA EMPRESA JUNIOR DE PSICOLOGIA

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

FLORIANÓPOLIS

2010

1. INTRODUÇÃO

 

1.1 O Movimento Empresa Junior

Page 17: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

16

 

O Movimento Empresa Junior surgiu na França, em 1967, através da

criação da primeira Empresa Júnior na Essec (L’Ecole Supérieure des

Sciencies Economiques et Commerciales de Paris). Essa empresa, a Junior

Entreprise, foi criada para atender uma demanda de estudantes do ensino

superior que visavam uma complementação de sua capacitação. Esta se dava

por meio da prestação de serviços que, naquela empresa, se referiam a

estudos de mercado ou enquetes comerciais nas empresas. O objetivo da

empresa júnior era, então, promover uma aproximação com o meio

empresarial, gerando vivências extra-acadêmicas.

O movimento se difundiu pela França e, em 1969, foi fundada a

Confederação Francesa de Empresas Juniores. Na década de 80, o movimento

alcançou outros países da Europa e, em 1988, chegou ao Brasil.

 

1.2 O Movimento Empresa Júnior no Brasil

  

A Brasil Júnior, Confederação Brasileira de Empresas Juniores, é o órgão

máximo regulador do Movimento Empresa Júnior no Brasil, sendo que é ela

que determina o conceito de empresa júnior. Atualmente, 11 federações

compõe a BJ, representando 10 estados e mais o Distrito Federal.

O conceito de empresa junior é definido como um conjunto de critérios

que deverão ser cumpridos, a fim de que a associação civil em questão seja

reconhecida, pela BJ, como Empresa Júnior. Estes critérios estão dispostos no

documento “Conceito Nacional de Empresa Júnior”, disponibilizado pela

Confederação Brasileira de Empresas Juniores em seu site. Em seu capítulo II,

o documento dispõe sobre as empresas juniores, assim definidas:

Artigo 2º - As empresas juniores são constituídas pela união de alunos

matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior,

organizados em uma associação civil com o intuito de realizar projetos e

serviços que contribuam para o desenvolvimento do país e de formar

profissionais capacitados e comprometidos com esse objetivo.

Page 18: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

17

Artigo 3º - A finalidade da empresa júnior deve estar definida em estatuto

como:

I – Desenvolver profissionalmente as pessoas que compõem o quadro

social por meio da vivência empresarial, realizando projetos e serviços na área

de atuação do(s) curso(s) de graduação ao(s) qual(is) a empresa júnior for

vinculada;

II – Realizar projetos e/ou serviços preferencialmente para micro e

pequenas empresas, e terceiro setor, nacionais, em funcionamento ou em fase

de abertura, ou pessoas físicas, visando ao desenvolvimento da sociedade;

III – Fomentar o empreendedorismo de seus associados.

§ 1º – A empresa júnior poderá ter outras finalidades desde que não

contrariem este conceito.

§ 2º – O estatuto não poderá definir como finalidade da empresa júnior

gerar receita para a(s) instituição(ões) de ensino superior a que estiver

vinculada.

Artigo 4º - Toda empresa júnior deverá estar vinculada a, pelo menos,

uma instituição de ensino superior e a, pelo menos, um curso de graduação,

que deverão estar determinados em estatuto.

Parágrafo único – Será considerada empresa júnior apenas aquela cujo

exercício possuir atestado oficial de reconhecimento por parte da(s)

instituição(ões) de ensino superior à(s) qual(is) estiver vinculada.

Artigo 5º - A empresa júnior não poderá estar vinculada a qualquer

partido político.

O documento ainda traz determinações a respeito do quadro social

(Capítulo III), dos aspectos jurídicos (Capítulo IV), dos projetos e serviços

(Capítulo V) e das disposições gerais (Capítulo VI) que devem ser seguidas

pelas empresas juniores do país.

Em seu aspecto jurídico, as empresas juniores são classificadas como

associações civis, sem fins lucrativos, pessoa jurídica de direito privado, que

devem estar registradas na forma da lei e cadastradas, regularmente, junto ao

CNPJ. As empresas e os empresários juniores devem observar e cumprir as

Legislações Federal, Estadual e Municipal.

Page 19: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

18

Configuradas como associações civis sem fins lucrativos, os fundos

revertidos têm, então, como função a capacitação de membros e a promoção

de projetos para a comunidade, bem como cobrir os gastos com material de

escritório, equipamento e demais recursos necessários para o funcionamento

da empresa.

Além do Conceito Nacional de Empresa Júnior, a Brasil Júnior também

disponibiliza em site o Código de Ética, instrumento que orienta a

Confederação em sua gestão, ações, princípios e valores. Este código de ética

se aplica, obrigatoriamente, a todas as federações e a todos os empresários

juniores confederados à Brasil Junior e deve servir de guia a todos os demais

empresários juniores.

Dados da Brasil Júnior dão conta de que, hoje, há mais de 22.000

universitários empresários juniores espalhados pelo Brasil, fazendo parte de

cerca de 700 empresas juniores, que realizam, juntas, mais de 2.000 projetos

por ano no Brasil.

 

1.3 O Movimento Empresa Júnior em Santa Catarina, na UFSC

 

Confederada à Brasil Junior, a FEJESC (Federação das Empresas

Juniores do Estado de Santa Catarina) têm, hoje, 12 empresas federadas,

sendo que, em 2009, havia 260 empresários juniores no MEJ catarinense.

Destas 12 empresas, nove são empresas juniores da Universidade Federal de

Santa Catarina. Elas são empresas dos cursos de Administração (AçãoJr),

Engenharia de Controle e Automação (Autojun), Farmácia e Ciência e

Tecnologia Agroalimentar (Caltech), Engenharia Química e Engenharia de

Alimentos (CONAQ), Engenharias de Produção (EJEP), Engenharia Sanitária e

Ambiental (Ejesam), Engenharia Civil (EPEC), Engenharia Mecânica (i9),

Nutrição (NutriJr).

Além destas empresas, já federadas à FEJESC, existem nesta

universidade outras empresas juniores, porém ainda não federadas. Duas

delas estão localizadas no Centro de Filosofia e Ciências Humanas, e

representam os cursos de Geografia (GeoSpaço) e Oceanografia (Tétis).

  

Page 20: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

19

1.4 Empresas Juniores de Psicologia no Brasil e os trabalhos

desenvolvidos

 

No Brasil há seis Empresas Juniores de Psicologia Federadas, localizadas

nos seguintes estados e no Distrito Federal:

Paraná – Universidade Estadual de Londrina – Elo Consultoria;

Minas Gerais– Universidade Federal de Minas Gerais – RH Júnior

Consultoria;

Rio de Janeiro – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Insight

Consultoria em Psicologia da UFRJ;

Bahia – Universidade Federal da Bahia – Psicojunior Empresa Junior

de Psicologia da UFBA;

Pernambuco – Universidade Federal de Pernambuco – Ethos

Consultoria Junior;

Brasília – Universidade de Brasília – Práxis Empresa Junior de

Psicologia;  

Entre essas empresas, os principais serviços realizados:  

Recrutamento e Seleção (Elo, RH Júnior, Insight, Ethos);

Diagnóstico Organizacional (Elo, RH Júnior, Insight, Ethos, Práxis);

Diagnóstico e Capacitação de Recursos Humanos/Desenvolvimento

de Competências (Elo, RH Júnior, Insight, Práxis);

Treinamentos (Elo, RH Júnior, Insight, Práxis);

Avaliação de desempenho (Ethos, Insight, Práxis);

Cursos (Insight);

Análise Ergonômica do Trabalho (Práxis);

Orientação Profissional (Práxis);

Psicologia do Consumidor (Práxis); 

 

1.5 Opinião dos alunos de Psicologia sobre o Movimento Empresa

Junior (MEJ)

Page 21: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

20

Após as reuniões e discussões realizadas com os interessados, sobre a

implantação de uma Empresa Júnior de Psicologia na UFSC, o grupo, que se

configurou como comissão organizadora para tal fim reuniu-se com a

coordenadoria do curso, no dia 24 de Março de 2010, a fim de compartilhar

essa proposta e saber a posição dos coordenadores do curso a respeito do

tema.

Posteriormente, foi realizada uma pesquisa com os acadêmicos de

psicologia da UFSC, a fim de obter dados dos estudantes que indicassem se

há ou não o interesse no projeto. A pesquisa consistia em aplicar um

questionário composto por três perguntas abertas, nas quais eram discutidas

noções gerais do que é uma Empresa Júnior, a relevância ou não de uma

Empresa Júnior de Psicologia na UFSC e qual função dos membros em tal

organização.  

A referida pesquisa foi realizada da seguinte maneira: Geralmente uma

dupla da comissão organizadora passava em sala, no momento de aula e com

a autorização do professor, entregava os questionários em anexo para que

fossem respondidos e entregues em seguida.

Vale ressaltar que esse procedimento ocorreu apenas nas seguintes

fases: 1ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª fases.  Na segunda e oitava fase, não foi possível

passarmos em sala, embora na primeira tenhamos fornecido os questionários,

obtivemos um número de respostas não significativa da sala (somente cerca de

5 alunos responderam). Como a 9ª e 10ª fases são menos presenciais, não

pudemos passar nas salas correspondentes e para solucionar esses

problemas, disponibilizamos o questionário via web para que todos

acad6emicos tivessem a oportunidade de respondê-lo. Com esse recurso

obtivemos 7 respondentes.

No total, foram 164 alunos respondentes. Para fins didáticos, dividiremos

os resultados em etapas, tais quais foram apresentados para os alunos na

sexta feira, dia 07/05/10, no horário discente, no mini-auditório do CFH.

As três questões foram analisadas em duas etapas. A primeira etapa teve

uma análise mais quantitativa, na qual buscou-se as porcentagens de

respostas sim e não na primeira e terceira questões e às porcentagens de sim,

não e não sabe avaliar na segunda questão. Aqui vale uma ressalva, não

Page 22: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

21

consideramos saber o que é uma Empresa Junior, aquele que obtivesse uma

resposta correta, de acordo com os parâmetros que a Confederação Brasileira

de Empresas Juniores nos fornece. Consideramos como sim aqueles que,

mesmo dizendo não saberem do que se trata, arriscaram algum palpite.

Na segunda etapa, portanto, foi realizada uma análise mais qualitativa e

em categorias de conteúdos de respostas e os parâmetros da Confederação

Brasileira de Empresas Juniores supra citados foram usados apenas nesta

etapa de modo a podermos avaliar quais conceitos são pertinentes a uma

empresa júnior segundo a confederação e quais conceitos os acadêmicos tem

desta organização.

 

Questão número 1 – Você sabe o que é uma Empresa Junior? O que

você acha que é?

Nesta questão, obtivemos o seguinte resultado:

Do total de 164 respostas, 94,5% das respostas foram consideradas como

sim e 5,5% como não.

Na etapa posterior, considerando os conteúdos das respostas pode-se

perceber que poucos possuem clareza do que é uma Empresa Júnior e as

respostas foram dadas com princípios relacionados aos seguintes

conteúdos: noção de empresa; função das Empresas Juniores; atividades das

Empresas Juniores.

Na sub-categoria “noção de empresa” o maior número de respostas foi de

ser uma empresa formada por estudantes (62 pessoas) e uma empresa sem

fins lucrativos (25 estudantes). Na sub-categoria “função”, encontram-se como

mais representativas as respostas: função de capacitar os membros (40

respostas), função de prestar serviços (30) e Função de experiência de

inserção no mercado de trabalho (23 respostas). Na sub-categoria “atividades”

temos 6 respostas para Empresa prestadora de consultorias.

 

Questão número 2 – Você acha importante que exista uma Empresa

Junior de Psicologia? Por quê?

Page 23: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

22

Do total de 164 respostas, 83,5% responderam achar importante, 14%

não sabiam avaliar e 2,5% julgaram não ser importante uma Empresa Junior de

Psicologia na UFSC.

Na etapa posterior de análise, pode-se perceber que as respostas foram

dadas com princípios relacionados a: graduação na UFSC, careira

profissional e profissão (a Psicologia enquanto categoria profissional).

Na primeira sub-categoria relacionada à “graduação na UFSC”, houveram

respostas mencionando que a empresa pode abrir novas vagas de estágio para

o curso (16 pessoas), outras citando que a Empresa Junior de Psicologia da

UFSC seria forma de prestar serviços a comunidade (10 pessoas),  além de ser

uma maneira de estudar a realidade social (6 pessoas) e  de proporcionar uma

maior comunicação entre as instituições e entre alunos e professores, além de

um contato maior com alunos de outros cursos (6 pessoas) e para finalizar,

apareceram alunos questionando o porquê do curso de Psicologia da UFSC

não ter uma Empresa Junior (6 pessoas) já que tantos outros cursos possuem

uma Empresa Junior e proporcionam esta vivência a seus acadêmicos.

Na segunda sub-categoria intitulada “Carreira Profissional”, as respostas

que mais apareceram foram relacionadas às experiências possibilitadas

através do estágio em um Empresa Júnior de Psicologia na UFSC como uma

forma de praticar e adquirir experiência na área organizacional (65 pessoas) ,

mais uma maneira de capacitação profissional (37 pessoas) e 20 acadêmicos

se referiram a importância desta vivência  como uma possibilidade de inserção

no mercado de trabalho.

Na terceira sub-categoria que estaria relacionada à Profissão (A

Psicologia como categoria profissional), as respostas que mais apareceram

mencionaram a possibilidade de consolidar o papel do psicólogo nas

organizações, dando visibilidade à profissão (12 pessoas) e desenvolver a área

organizacional (12 pessoas).

 

Questão número 3– Você entende o que um membro faz em uma

Empresa Junior? O que ele faz?

Do total de respostas, considerou-se que 60% das pessoas entendem o

que um membro faz em uma Empresa Júnior e 40% não. Relembrando que foi

Page 24: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

23

considerado sim, para aqueles que arriscaram palpites nas respostas, mesmo

que esta estivesse equivocada ou incompleta.

Na segunda etapa de análise encontrou-se que as respostas foram dadas

com princípios relacionados a: Psicologia (tanto em relação ao curso de

Psicologia da UFSC, quanto no que diz respeito a posterior atuação

profissional), empreendedorismo (compreendido como comportamentos

empreendedores) e Social (no sentido de um compromisso com a sociedade) e

pode-se perceber que poucos acadêmicos respondentes possuem clareza do

que um membro faz em uma Empresa Júnior.

Na sub-categoria denominada “Psicologia”, das 98 respostas, 9 citaram o

trabalhar ou fazer estágios como função de membro; 8 responderam que

depende do curso ao qual a Empresa Junior está vinculada e 7 citaram que os

membros teriam como função trabalhar no famoso “pacotão do RH”.

Quanto ao Empreendedorismo, as respostas mais significativas foram

realizar funções empresariais, como um profissional formado faz (22

respostas), alguns citaram que depende da diretoria em que cada membro atua

(15 respostas) e gerenciar ou administrar a empresa (7 respostas).

Na última sub-categoria denominada Social, obteve-se respostas

relacionadas a função do membro de fazer intervenções e prestar serviços (9

respostas) e atender à comunidade local(7 respostas).

 

Como se pode perceber as respostas dadas pelos acadêmicos foram, em

sua grande maioria, respostas gerais, com poucas definições e mais baseadas

em conhecimentos do senso comum. Cremos que isso seja um indicativo da

pouca clareza que os acadêmicos deste curso possuem, não só da área

organizacional, quanto da própria estrutura e ambiente de uma Empresa Junior

e principalmente, de como seria a atuação do psicólogo neste âmbito. Isso

pode ser exemplificado na resposta da questão três, na qual o que mais se

aproxima de uma das práticas do psicólogo em uma organização foi

respondido “atua em RH”, que é uma visão deveras limitada e incompleta das

possibilidades de atuação de um psicólogo em um ambiente organizacional.

 

2 A EMPRESA JUNIOR DO CURSO DE PSICOLOGIA DA UFSC

Page 25: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

24

   

2.1 Estrutura

Empresas Juniores  se configuram como associações civis sem fins

lucrativos, geridas apenas por graduandos. Prestam serviços de qualidade, e

com custo inferior em relação a empresas senior, sendo o dinheiro recebido por

seus serviços, revertido para cobrir os gastos da empresa, necessários para

seu funcionamento; capacitar aqueles que a compõem, seus membros;

promover projetos para a comunidade, entre outros. 

As empresas juniores prestam serviço por meio de consultoria, ou seja,

não produzem um tipo de produto fixo e o vendem. Cada situação é avaliada e

o serviço prestado será específico para cada um dos problemas apresentados

ou encontrados. As consultorias são realizadas por estudantes e necessitam do

apoio e orientação de profissionais formados, comumente realizado por

professores do curso.

Geralmente, empresas juniores tem em suas estruturas uma diretoria de

presidência, diretoria de projetos, diretoria de recursos humanos, diretoria de

marketing e diretoria administrativa.

2.2 Serviços 

"Recrutamento e seleção, treinamento, pesquisa de clima, dinâmica de

grupo, avaliação 360ª: vocês sabem fazer?".

Essa é a frase com que os profissionais de Psicologia mais estão se

deparando no ambiente Organizacional nos últimos anos. Quando as empresas

buscam um profissonal para auxiliar nas práticas de Gestão, em muitos casos

visam a aplicação do que chamamos de famoso "pacotão organizacional".

Quando, na década de setenta, os empregadores perceberam que selecionar,

zelar e estimular seus funcionários era mais um importante meio de aumentar a

produção, essas ferramentas realmente exerceram um papel fundamental na

geração de resultados positivos tanto para a satisfação do trabalhador quanto,

consequentemente, a do empregador. Hoje, muitas delas quando aliadas às

necessidades da organização por meio de um profissional de excelência

Page 26: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

25

auxiliam, por exemplo, a identificar profissionais de qualidade e suas

necessidades de desenvolvimento, satisfação dos funcionários e medidas

corretivas. Porém, com essa eficácia e resultados comprovados em muitos

contextos, sua eficiência foi generalizada a qualquer ambiente de trabalho;

corroborando com o alto índice de procura de profissionais que tem experiência

específica com essas ferramentas. 

O que nós, alunos, temos percebido é que, ao atender a demanda, somos

colocados em uma posição de exercer o trabalho sem a real visibilidade do

quanto podemos contribuir; sem identificar a amplitude do campo de atuação

do profissional psicólogo, centrados em aplicar as técnicas pelas técnicas a fim

de gerar o resultado exigido pelo empregador. De acordo com relatos de

psicólogos recém-formados que atuam no setor de Recursos Humanos de

algumas empresas, a exigência por recrutar e selecionar e aplicar ferramentas

motivacionais e o alto fluxo de trabalho que sua aplicação exerce, os impede

de identificar os reais fatores que geram a demanda a fim de trabalhar com as

reais necessidades do ambiente. Ou seja, ao invés de mensurar e prover

formas de lidar com o problema, tendem a responder as suas consequências e,

consequentemente, auxiliam a aumentá-lo. Na nossa concepção, o psicólogo

nas Organizações tende a se comportar dessa maneira por, apesar de ter sido

capacitado a atuar nesse ambiente e lidar com as ferramentas, não ter a

experiência necessária na área  organizacional e, em alguns casos, também

vivência empresarial de forma a visualizar a amplitude da sua atuação em

combinação com as contribuições de cada setor e identificar meios de trabalho

condizentes com as soluções buscadas pelas empresas. 

O que o movimento de criação da Empresa Junior do curso de Psicologia

da UFSC está propondo aos alunos por meio dessa experiência organizacional

é: capacitar por meio de vivência empresarial; aprender a pesquisar; identificar

as reais necessidades do mercado e do empregador; dar visibilidade não só às

ferramentas de gestão mas o que deve ser assegurado do meio para que os

resultados sejam satisfatórios; prover meios de experenciar o trabalho com

grupos e compreender suas implicações no contexto organizacional; estimular

a pensar a sociedade e o papel crítico da Psicologia nesse contexto; propor

meios de prover saúde ao trabalhador e no seu ambiente de trabalho; criar

Page 27: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

26

novas práticas como, por exemplo, dar subsídios a inserção no mercado de

trabalho as pessoas com deficiência; e estimular profissionais empreendedores

que sejam capazes de propor a inovação e aprimoramento em relação ao que

já é desenvolvido na área. 

Pensamos que os serviços de consultoria oferecidos pela Empresa Junior

aos pequenos e micro-empreários a fim de obter as contribuições aos

graduandos, citadas anteriormente, podem contemplar, na forma como são

nomeadas e conhecidas na área de Recursos Humanos: Processo Seletivo,

Identificação e planejamento de treinamento, Avaliação de desempenho,

Pesquisa de Clima, Avaliação 360ª, Processo de Desligamento de funcionários,

Execução de dinâmicas de grupo, Planejamento de Carreira, Orientação

Profissional, Diagnóstico Organizacional, Inserção e acompanhamento de

pessoas com deficiência e Políticas de trabalho referentes a Saúde do

Trabalhador. Acreditamos que o alcance dessas experiências por meio desses

serviços capacite o psicólogo formado nessa Instituição a não só aplicar as

ferramentas contidas no "pacotão organizacional", mas que consiga ir além da

demanda e explore a riqueza do seu campo de atuação profisisonal. Ou seja,

além de fazer diferente também é fazer muito mais do que comumente se

identifica.

Nesse sentido, os graduandos que tiverem contato com os serviços

oferecidos pela Empresa Junior de Psicologia terão oportunidade de

complementar a sua formação. Por conseguinte, promove-se maneiras de que

os recém formados nesta instituição tenham a sua inserção no campo de

atuação profissional, possivelmente, mais rápida e, provavelmente, mais

apropriada, no que se refere às possibilidades de atuação do psicólogo. 

 

3 PRÓXIMOS PASSOS

 

Simultaneamente à construção e apresentação deste projeto nas

instâncias em que ele deve ser conhecido, e após a consecução do apoio da

Instituição, procederemos à formalização da Empresa Junior. Seguindo as

determinações que regulamentam o exercício das associações, como as

empresas juniores, cumprir-se-ão algumas etapas, a saber:

Page 28: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

27

Elaboração e discussão do projeto e Estatuto Social;

Assembléia Geral de constituição da Associação;

Registro de Estatuto e Ata da Assembléia de constituição em

Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas;

Obtenção de inscrição na Receita Federal – CNPJ;

Avaliação do Corpo de bombeiros;

Registro na Prefeitura Municipal;

O primeiro passo a ser dado é a formalização do apoio da instituição.

Além do apoio à idéia de criação da Empresa Júnior e aos projetos que serão

realizados por ela, neste primeiro momento é imprescindível que este apoio

inclua o oferecimento de condições materiais que permitirão a fundação e

manutenção da EJ. Em termos materiais, este apoio se configura através da

disponibilização de um espaço físico que comporte a realização das atividades

da empresa, com acesso à linha telefônica e à internet. Estes recursos são

indispensáveis ao funcionamento da empresa. Porém, a fim de garantir o bom

funcionamento da empresa e que o trabalho dos membros seja desenvolvido

com qualidade, alguns outros recursos são importantes.  São recursos como:

2 computadores

1 impressora

2 mesas para computador

1 mesa de reunião

10 cadeiras

1 aparelho telefônico

1 armário

1 arquivo

1 resma de papel A4

1 caixa com 50 canetas

2 murais

1 Quadro branco (ou uma lâmina espessa de vidro)

4 pincéis para quadro branco

   Além dos recursos físicos, uma EJ muito comumente precisa de uma

quantidade de caixa inicial para operar. Sua destinação geralmente é de

registro legal, com a contratação de contador para elaboração do balanço

Page 29: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

28

financeiro, do Livro Diário. Estima-se que, para a regularização da EJ, há

necessidade de que se disponha de cerca de R$ 300,00.

Depois de formalizado este apoio, é necessário que seja criado

o Estatuto Social, que é o documento em que constará o conjunto de regras

da Empresa Junior. O estatuto será formulado em coerência com as propostas,

objetivos, função, e forma de atuação a que se pretende a Empresa Junior de

Psicologia da UFSC.  O estatuto deverá, obrigatoriamente, dispor sobre:

a) Nome ou denominação social;

b) Endereço da sede;

c) Finalidade (missão) e objetivos sociais;

d) Duração (pode ser por prazo indeterminado);

e) Os requisitos para a admissão, a demissão e a exclusão dos

associados (os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto

poderá instituir categorias com vantagens especiais);

f) Os direitos e os deveres dos associados;

g) O modo de constituição e funcionamento dos órgãos

deliberativos e administrativos (assembléia geral de associados,

conselho diretor, conselho fiscal, outros conselhos, etc.)

h) O modo de representação da organização, seja ativa ou

passiva, judicial ou extra-judicial (isto é, quem pode assinar pela

organização, e em quais condições);

i) As fontes de recursos para sua manutenção (contribuições de

associados, doações de pessoas físicas, doações de pessoas

jurídicas, recursos governamentais, financiamentos, constituição de

fundo social, etc.); 

j) Se os associados respondem ou não pelas obrigações sociais;

k) As hipóteses e condições para a destituição dos

administradores e para a alteração do estatuto (é preciso a aprovação

de dois terços dos presentes em assembléia especialmente convocada

para este fim, sem a possibilidade de deliberar em primeira

convocação sem a maioria absoluta dos associados, ou menos de um

terço nas convocações seguintes);

Page 30: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

29

l) As condições para a extinção da associação e o destino de seu

patrimônio, neste caso.

Depois que o Estatuto estiver finalizado, deve-se realizar

uma Assembléia de geral para a constituição da empresa, em que serão

eleitos os administradores e aprovado o estatuto. O modo como a assembléia

geral será constituída estará determinado no estatuto social.

Após a realização desta assembléia, devem-se registrar em

cartório duas vias do Estatuto Social e duas vias da ata da assembléia geral

de constituição com eleição dos dirigentes e termos de posse, todas vistadas

por um advogado; além do requerimento do registro assinado pelo

representante legal da organização.

Tendo a Empresa Júnior sido registrada no Cartório de Registros Civis de

Pessoas Jurídicas, pode-se, então, solicitar o registro no CNPJ junto à

Secretaria da Receita Federal, que permitirá a abertura de conta bancária e a

movimentação financeira por parte da instituição.

Depois disso, é necessário requerer junto ao Corpo de Bombeiros o

Laudo de Exigências, que permite o recebimento do aval de conformidade de

segurança e proteção contra incêndios.

O certificado do Corpo de Bombeiros é um dos requisitos para que se

avance à próxima etapa, que é o registro na Prefeitura Municipal, visando à

obtenção do Alvará de Licença.

Tendo cumprido as etapas acima descritas, a Empresa Junior poderá

funcionar legalmente.

4 OBJETIVOS

 

4.1 Objetivos Gerais

 

Capacitar os alunos do curso de Psicologia da Universidade Federal de

Santa Catarina possibilitando que atuem de forma adequada e condizente com

o papel do psicólogo à realidade social, de maneira que atendam as

necessidades de intervenção identificadas. 

 

Page 31: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

30

4.2 Objetivos Específicos

 

1) Capacitar os membros a intervirem utilizando os instrumentos de

psicologia;

2) Prestar serviços de alta qualidade à sociedade, a preços mais

acessíveis que as demais empresas do mercado;

3) Identificar e atender as necessidades sociais com qualidade;

4) Produzir e disponibilizar conhecimento científico pertinente ao seu

campo de atuação.

5) Identificar e propor alterações na estrutura e funcionamento das

relações de trabalho de modo a promover a saúde do trabalhador.

 

Considerando a extensão do Movimento Empresa Junior e a relevância

dos resultados obtidos, em termos de capacitação, pelas pessoas que fizeram

parte dele, direta ou indiretamente; avaliando a necessidade expressa pelos

acadêmicos deste curso com relação ao conhecimento de práticas em

psicologia organizacional e do trabalho; e ponderando sobre o caráter inovador

e comprometido com que esta Empresa Junior de Psicologia surge, releva-se a

importância da continuidade deste projeto. Conforme o que foi explicitado

acerca dos benefícios da implementação de uma empresa júnior no curso de

psicologia, pretende-se prosseguir com tal projeto. 

 

Page 32: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

31

Movimento de criação da Empresa Junior de Psicologia da UFSC

Analy de Oliveira Gomes – 7ª fase

Bárbara Bianca Alves Cardoso – 7ª fase

Carolina Esteves Garcia – 7ª fase

Carolina Oro Prancutti – 7ª fase

Diego Correa de Azevedo – 7ª fase

Érica Bortolotto Kestering – 7ª fase

Juliana da Silva – 3ª fase

Page 33: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

32

Luiza Barbosa Curzel – 3ª fase

Maria Elisa da Silveira Moller – 7ª fase

Maísa Virginia Mattedi – 3ª fase

Renatto Cesar Marcondes – 9ª fase

Sabine Heumann – 7ª fase

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 34: PROJETO CRIAÇÃO DA EMPRESA JÚNIOR DA PSICOLOGIA - VERSÃO FINAL

33

Guia de Desenvolvimento - Ciclo I: Nascimento. Documento de orientação à criação de Empresas Juniores, disponibilizado pela Federação das Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina (FEJESC)

http://www.brasiljunior.org.br/

http://www.fejesc.com.br/fejesc.html

http://eloconsultoria-uel.com.br/servicos.html

http://www.rhjunior.com.br/pagina.php?id=33

http://www.praxisconsultoria.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=51&Itemid=62

http://www.insight.psicologia.ufrj.br/empresa/historico.htm

http://www.psicojr.ufba.br/