projeto canteiro e obras

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3 1. INTRODUÇÃO A organização de um canteiro de obras é uma das partes mais importantes do planejamento, resultando em projetos detalhados das locações e das áreas destinadas a instalações temporárias, que podem variar conforme a natureza do empreendimento. Os componentes típicos de um canteiro são: escritórios, oficinas, estacionamento, almoxarifado, depósitos, centrais de concreto, pátios de manutenção e, no caso de materiais e equipamentos importados, áreas de estocagem. Um canteiro de obras bem projetado tem impacto significativo sobre os custos e a duração da obra. Sensíveis modificações vêm ocorrendo nos canteiros de obras. A modernização de técnicas operacionais, o desempenho de máquinas e equipamentos, a maior profissionalização e consciência dos trabalhadores, da equipe técnica e operacional, bem como as inovações que a informática vem proporcionando, têm impulsionado essas modificações. Mediante o exposto, pode-se concluir que o produto final deverá ser o bom andamento da obra e o impacto significativo no custo. A construção do canteiro de obras é um procedimento que antecede a execução da obra, variando Conforme o tamanho do empreendimento a ser construído. As tarefas preliminares para a construção do canteiro incluem o acesso à água para consumo, como primeira providência, a coleta de esgoto, (imprescindíveis para a primeira locação física do canteiro de obras), o barracão de guarda ou contêineres para a guarda de materiais e abrigo dos operários residentes, o fechamento da obra ou todo o perímetro do terreno (além de exigência da prefeitura, trata-se ainda de serviço que visa melhorar a segurança da obra), item fundamental nos dias de hoje, e que deverá ser permanente é, finalmente, o canteiro de serviço, que após a construção do barracão ou instalação inicia a preparação do terreno para receber a locação de paredes. Em um canteiro de obras o objetivo principal é alcançar uma melhor disposição para o material, mão-de-obra e equipamentos, Souza (1993). Ao iniciar-se uma obra, deve-se, sempre, pensar-se na organização do canteiro de obras de forma a compor uma melhor maneira para os produtos. Esse cuidado agiliza a obra, e ao mesmo tempo evita perdas, danos ou extravio de materiais. Nos dias atuais, em que a competitividade é grande, a procura por novos

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Page 1: Projeto Canteiro e Obras

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1. INTRODUÇÃO

A organização de um canteiro de obras é uma das partes mais importantes do

planejamento, resultando em projetos detalhados das locações e das áreas

destinadas a instalações temporárias, que podem variar conforme a natureza do

empreendimento.

Os componentes típicos de um canteiro são: escritórios, oficinas,

estacionamento, almoxarifado, depósitos, centrais de concreto, pátios de

manutenção e, no caso de materiais e equipamentos importados, áreas de

estocagem.

Um canteiro de obras bem projetado tem impacto significativo sobre os

custos e a duração da obra.

Sensíveis modificações vêm ocorrendo nos canteiros de obras. A

modernização de técnicas operacionais, o desempenho de máquinas e

equipamentos, a maior profissionalização e consciência dos trabalhadores, da

equipe técnica e operacional, bem como as inovações que a informática vem

proporcionando, têm impulsionado essas modificações.

Mediante o exposto, pode-se concluir que o produto final deverá ser o bom

andamento da obra e o impacto significativo no custo.

A construção do canteiro de obras é um procedimento que antecede a

execução da obra, variando Conforme o tamanho do empreendimento a ser

construído. As tarefas preliminares para a construção do canteiro incluem o acesso

à água para consumo, como primeira providência, a coleta de esgoto,

(imprescindíveis para a primeira locação física do canteiro de obras), o barracão de

guarda ou contêineres para a guarda de materiais e abrigo dos operários residentes,

o fechamento da obra ou todo o perímetro do terreno (além de exigência da

prefeitura, trata-se ainda de serviço que visa melhorar a segurança da obra), item

fundamental nos dias de hoje, e que deverá ser permanente é, finalmente, o canteiro

de serviço, que após a construção do barracão ou instalação inicia a preparação do

terreno para receber a locação de paredes.

Em um canteiro de obras o objetivo principal é alcançar uma melhor

disposição para o material, mão-de-obra e equipamentos, Souza (1993).

Ao iniciar-se uma obra, deve-se, sempre, pensar-se na organização do

canteiro de obras de forma a compor uma melhor maneira para os produtos. Esse

cuidado agiliza a obra, e ao mesmo tempo evita perdas, danos ou extravio de

materiais. Nos dias atuais, em que a competitividade é grande, a procura por novos

Page 2: Projeto Canteiro e Obras

4

procedimentos gerenciais, principalmente os de planejamento de obras, poderão

reduzir os custos da empresa a partir de um melhor aproveitamento dos recursos

disponíveis para a produção, bem como diminuir os investimentos ou o aporte de

recursos financeiros mediante estratégias de obra que não antecipem ou ―estoquem

serviços‖, evitando a mobilização de recursos financeiros na obra antes do

necessário.

A execução de uma obra é feita segundo um ―sistema de produção‖, o qual

condiciona a disposição dos diferentes componentes no respectivo canteiro de

obras.

No caso da construção civil, o canteiro de obras pode ser comparado com a

produção industrial fabril, ser classificado como uma fábrica móvel, diferindo da

fábrica tradicional no sentido que o produto resultante do processo de produção é

único e estacionário, enquanto que os insumos (mão-de-obra, materiais e

equipamentos) é que se deslocam em torno do produto.

Influenciam na definição do ―sistema de produção‖ da obra as condições do

local onde será instalado o canteiro, bem como as de origem da natureza, como

fatores ambientais (clima, ecologia etc.), constituindo o que se poderia denominar

de componente local do sistema. Além desse componente, há o componente de

processo, que é função do processo escolhido para realizar a obra.

O arranjo de um canteiro de obras inclui-se como uma das partes mais

importantes do planejamento da obra. Este arranjo resulta em desenhos detalhados

das locações e das áreas reservadas às instalações temporárias, respeitando suas

origens, porém objetivando um mesmo propósito, ou seja, o de fornecer suporte às

atividades de construção, Ferreira (1998).

Outra formulação quanto ao arranjo de um canteiro de obra é tratá-lo como

um problema de otimização, combinatória discreta. Esse arranjo é delimitado ao

problema de um conjunto predeterminado de elementos de produção, circunscrito a

um conjunto de áreas igualmente predeterminadas, atendendo suas condições e

objetivando sua otimização.

A organização do canteiro de obras é fundamental para o bom

desenvolvimento das atividades, para evitar desperdícios de tempo, perdas de

materiais e falta de qualidade dos serviços executados. A logística tem uma

responsabilidade muito grande nesse contexto, a qual deverá procurar dar sua

contribuição na elaboração do planejamento, organização e projeto do hyout para

Page 3: Projeto Canteiro e Obras

5

que todo o processo de desenvolvimento da obra transcorra da melhor forma

possível.

2. CONSIDERAÇÕES

2.1. LOGÍSTICA NO CANTEIRO DE OBRAS

O projeto logístico de um canteiro tem uma influência muito grande nos

tempos de deslocamentos e na movimentação de materiais, interfere na execução

das atividades, assim como na produtividade como um todo. Apesar de toda essa

influência bastante significativa no desenvolvimento de uma obra, ainda existe no

Brasil pouca preocupação, por parte das empresas, com a elaboração de tal projeto.

Projetos de canteiro bem planejados e com uma logística bem desenvolvida

certamente podem proporcionar importantes melhorias no processo produtivo, como:

(1) promover a realização de operações seguras e salubres, não gerando

descontinuidades produtivas por acidentes de trabalho;

(2) minimizar distâncias para movimentação de pessoal e material com

conseqüente redução de tempos improdutivos;

(3) redução sensível com perdas de materiais devido ao excesso de

movimentação, assim como com a deterioração dos mesmos;

(4) aumentar o tempo produtivo;

(5) evitar obstrução da movimentação de material e equipamentos; e

(6) a manutenção de um canteiro limpo e organizado consegue também

manter a boa moral dos trabalhadores e, dessa forma, torna-os mais

produtivos e colaborativos.

Quando se pensa no planejamento logístico do canteiro o que se quer, na

verdade, é caracterizar o planejamento do layout e da logística das instalações

provisórias, instalações de movimentação e armazenamento de materiais e

instalações de segurança. O planejamento da logística deve ser integrado ao

planejamento do layout. O objetivo a ser atingido é o de garantir o fornecimento de

insumos e de toda a infraestrutura necessários, para o perfeito funcionamento dos

processos relacionados às instalações.

Anteriormente ao planejamento logístico deve ocorrer uma fase de

preparação prévia que subsidie a elaboração do planejamento propriamente dito, em

Page 4: Projeto Canteiro e Obras

6

que algumas atividades seqüenciais devem ser efetuadas, quais sejam (CARDOSO,

1996):

(1) o estudo criterioso e o entendimento de toda a estrutura da obra,

através da revisão dos cadernos de encargos e especificações,

definição das fases de execução, avaliação das condições de início da

obra e pedido de ligações com redes concessionárias;

(2) identificação dos pontos críticos e das interfaces das diversas etapas;

(3) com base no estudo efetuado é elaborado um planejamento de

execução, estabelecendo diretrizes para o tratamento das interfaces

técnicas e organizacionais.

Fundamentado nesse estudo prévio parte-se para concretização do projeto do

canteiro com base no planejamento logístico. O planejamento logístico, dentro de

seus conceitos, métodos, técnicas, procedimentos, procura alicerçar suas bases em

princípios genéricos característicos como:

(1) a improvisação não é um pecado mortal, mas é um pecado muito

grave, porém, com um bom planejamento a improvisação dentro do

canteiro pode ser minimizada ou até eliminada;

(2) a armazenagem mais eficiente é aquela que não existe; caso não

possa evitá-la, reduza-a;

(3) quando a armazenagem é inevitável, e quase sempre ela é, procure

utilizá-la através do aproveitamento cúbico e não linear ou metragem

quadrada;

(4) cleve-se observar que a armazenagem tem que ser bem

dimensionada, bem localizada e adequada às características físicas do

insumo a ser armazenado;

(5) o transporte mais eficaz é aquele que não existe, porém, se não puder

evitá-lo, reduza-o o quanto possível;

(6) quando o transporte é inevitável, procure o meio mais adequado com

relação ao que vai ser transportado e as condições desse meio em que

vai se dar o transporte;

(7) o caminho mais curto entre dois pontos é em linha reta; procure

aproximar-se dela quando desejar percorrer dois pontos;

(8) a força motora mais econômica é a da gravidade; utilizá-la sempre que

possível;

Page 5: Projeto Canteiro e Obras

7

(9) equipamentos de transporte circulando "em vazio" é tempo perdido e

custo garantido;

(10) sempre que for transportar alguma coisa preveja cargas de retorno;

(11) unitização de cargas a serem transportadas é garantia de redução de

manuseio e de tempo, sem contar as perdas de materiais por quebras

e extravios;

(12) ter a perfeita consciência dos tipos de materiais e processos a serem

desenvolvidos num canteiro é estar consciente dos equipamentos de

movimentação adequados e necessários e dos tipos e locais de

armazenagem mais satisfatórios nesse canteiro;

(13) procurar sempre aqueles equipamentos de movimentação mais

flexíveis, ou seja, que possam ser adaptáveis ao maior número

possível de materiais e processos;

(14) obra organizada, limpa e segura possui um efeito psicológico

motivacional ainda maior sobre o funcionário eficiente e um efeito de

constrangimento sobre o funcionário relapso.

O projeto do canteiro deve ser desenvolvido circunstanciado em fatores

importantes que servirão para direcionar e encaminhar a elaboração do mesmo,

portanto, genericamente esses fatores são:

(1) definição clara das diversas fases do desenvolvimento da obra;

(2) definição dos elementos que devem estar presentes no canteiro e suas

características;

(3) priorização dos elementos previstos;

(4) análise do relacionamento entre esses elementos pré-definidos;

(5) estudo dos fluxos dos processos previstos;

(6) análise da alocação dos elementos no canteiro;

(7) elaboração do arranjo físico do canteiro; e

(8) avaliação do arranjo físico para cada uma das fases definidas.

Outro aspecto importante na elaboração do projeto de um canteiro de obras é

a criação de algumas diretrizes básicas mais específicas necessárias, as quais

visam dar forma ao seu encaminhamento. Tais diretrizes passam por uma seqüência

de análises e definições que irão subsidiar o desenvolvimento do mesmo; entre

estas podem ser citadas:

Page 6: Projeto Canteiro e Obras

8

(1) definições quanto às tecnologias construtivas;

(2) definições quanto aos recursos físicos necessários;

(3) demandas por espaços dentro do canteiro;

(4) definição do plano estratégico de ataque da obra; e, finalmente,

(5) definição do layout do canteiro.

Somente após uma análise aprofundada dessas etapas apresentadas acima

é que se pode partir para elaboração efetiva do projeto do canteiro, com subsídios

suficientes para escolher a alternativa que melhor atenda às necessidades do

empreendimento a ser executado.

2.2. Principais elementos de um Canteiro de Obras:

a) Entrada de água;

b) Entrada de energia;

c) Coleta de esgotos;

d) Portão de materiais;

e) Portão de pessoal; e

f) ―stand" de vendas.

g) Centrais de:

a. Produção de argamassa;

b. Fôrmas;

c. Dobra de ferragens;

d. Pré-montagem de instalações;

e. Esquadrias; e

f. Pré-moldados.

h) De apoio à produção:

a. Almoxarifado de ferramentas;

b. Almoxarifado de empreiteiros;

i) Estoques:

a. de conexões;

b. de areias;

c. de britas;

d. de barras de aço;

e. de esquadrias;

Page 7: Projeto Canteiro e Obras

9

f. de argamassa intermediária;

g. de tintas;

h. de metais;

i. de louças;

j. de cal em sacos;

k. de cimento em sacos;

l. de argamassa industrializada em sacos;

m. de compensado para fôrmas;

n. de tubos; e

o. relativo ao elevador.

j) De apoio técnico administrativo.

a. Áreas de vivência;

b. Escritório do engenheiro e estagiário;

c. Alojamento;

d. Sala de reuniões;

e. Cozinha;

f. Escritório do mestre e técnico;

g. Refeitório;

h. Escritório administrativo;

i. Ambulatório;

j. Recepção/guarita;

k. Sala de treinamento/alfabetização;

l. Chapeira de ponto;

m. Instalações sanitárias;

n. Vestiário; e

o. Lavanderia.

k) Sistema de Transporte com Decomposição de Movimento

a. Elevador de Carga

b. Elevador de Passageiro

l) Sistema de Transporte sem Decomposição de Movimento

a. Grua

Page 8: Projeto Canteiro e Obras

10

2.3. NORMATIZAÇÃO

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT – o

canteiro de obras é:

(1) "área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações

de apoio e execução de uma obra" (NR-18); e

(2) o conjunto de "áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da

indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas

de vivência (NBR-1367).

Organização e Limpeza são as primeiras medidas de segurança do trabalho

para evitar acidentes.

O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regularmente coletados

e removidos, sendo proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior

do canteiro de obras.

A regra básica é que lugar limpo não é aquele que mais se limpa, e sim,

aquele que menos se suja.

2.4. RISCOS NO CANTEIRO DE OBRAS

Um canteiro de obras oferece sempre muito perigo para os seus operários,

por estar justamente em construção e não ter os aparatos necessários para a

segurança que serão oferecidos após seu término. A seguir são escritos dezesseis

desses principais riscos e como cada caso deve ser tratado e como deve-se estar

sempre prevenido contra qualquer imprevisto.

1) Fogo – O fogo é algo devastador e deve ter muito cuidado para que ele

não aconteça. O portal do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) posta

oficialmente em seu site a recomendação: “18.29.4 - É proibida a queima de lixo ou

Page 9: Projeto Canteiro e Obras

11

qualquer outro material no interior do canteiro de obras.”, e recomenda também que

não haja acúmulo de lixo seco que poderá acarretar em um incêndio.

2) Andaimes sem segurança – O uso dos andaimes é bem frequente na

construção civil, e por isso, devem ser seguidas uma série de recomendações de

segurança.

a) Os equipamentos devem ser corretamente instalados, sem artifícios;

b) Antes da utilização, uma pessoa competente e que entenda faça a

verificação das instalações;

c) O andaime deve ter todas as porcas e parafusos muito bem apertados e

ter boa qualidade, afim de não se romper;

d) Na hora da montagem/desmontagem é de extrema importância que não

haja ninguém embaixo devido o perigo de que caia alguma peça, e tudo

com muito cuidado;

e) Os andaimes devem ter seus suportes nivelados e em superfícies planas

que apresentem assentamento suficiente;

f) As plataformas devem ser robustas e livres de obstruções;

g) No caso de andaimes de rodas, o deslocamento deve ser feito

lentamente e ninguém pode estar em cima do mesmo;

h) Montar andaimes metálicos a, no mínimo, 5 metros de distância de

instalações elétricas; e

i) Os operários devem estar devidamente equipados com seus cintos de

segurança, esses longe de materiais cortantes e eles devem ser

treinados para esse tipo de trabalho.

Page 10: Projeto Canteiro e Obras

12

3) Plataformas de trabalho sem segurança – Todas as plataformas de

trabalho devem ser devidamente equipadas com ferramentas que garantam a

segurança do trabalhador. Algumas devem ter porta-copos e todas devem ter selo

de reconhecimento do fabricante e número de série, de acordo com a especificação

do TEM.

Page 11: Projeto Canteiro e Obras

13

4) Poços/Beiradas abertas – Qualquer vão que possa acarretar algum

perigo deve ser tapado com estruturas firmes que suportem objetos e uma pessoa,

como corrimões, telas específicas, grades de proteção ou apenas tábuas, desde que

bem postas.

5) Equipamento elétrico e cabos sem segurança – Todas as instalações

elétricas temporárias devem ter medidas de precaução. Os fios devem ser

encapados, com qualquer parte viva isolada, e a caixa de fios preferencialmente

localizada distante de locais de passagem. Os funcionários devem estar sempre

com botina sem componentes metálicos, uma luva isolante e ainda, por cima dela,

uma luva de cobertura em vaqueta, que protegerá a de isolamento.

6) Escavações sem segurança – Qualquer tipo de escavação deve ser

fiscalizada e feita de acordo com as recomendações:

a) Em caso de risco aparente de deslizamento, interromper o trabalho e

tomar as providencias necessárias; e

b) Fazer um estudo minucioso, antes do início das obras, das condições

geológicas do terreno, considerando umidade da terra e o clima, além da

possibilidade de chuvas, que poderia acarretar em deslizamentos.

Page 12: Projeto Canteiro e Obras

14

7) Plataforma de carga sem segurança – Plataformas de carga devem ser

equipadas com redes e grades que não possibilitem o deslize do material

transportado. Ele deve estar amarrado, imóvel e organizado e disponibilizado na

plataforma para que haja equilíbrio.

8) Atingidos por corpos estranhos – Com a possibilidade de corpos

estranhos atingirem os trabalhadores, todos devem estar devidamente equipados

com roupas longas e luvas para evitar cortes e queimaduras.

9) Queda de objetos – Para evitar ferimentos pela queda de objetos, que

pode acontecer a qualquer momento caso as especificações técnicas para vãos e

plataformas não sejam cumpridas, os operários devem estar de botinas, que

protegem os pés, e de capacete específico que protege o sistema central do corpo

humano ao amortecer a queda.

10) Escoramento do estrutural sem segurança – Todo o cuidado é pouco

para o escoramento. Deve-se ser feito um estudo do terreno, e caso não esteja

propício, as escoras poderão ser colocadas sobre ele, caso contrário, é necessária

uma base plana. Em possíveis casos de inundação, as escoras devem ter

espaçamento grande para que a água passe entre elas. Caso a água fique retida,

pode derrubar a estrutura. É necessária uma vistoria periódica para manter o

alinhamento do projeto. Construções específicas, como em beiradas de estrada,

devem seguir regras mais específicas.

11) Empilhadeiras sobrecarregadas – Primeiramente, o carro deve ter

alguns itens checados, como óleo do motor, água no carburador, pneus, freio, etc..

Após tudo certo e um possível carregamento, o motorista deve garantir que a carga

não afetará sua visão e que o peso não será maior do que o suportado, o que

poderia acarretar num tombamento e machucar motorista, pessoas próximas e

danificar a carga e a própria máquina.

Page 13: Projeto Canteiro e Obras

15

12) Guindastes sem segurança – O guindaste só pode ser operado por

pessoas treinadas e permitidas. Deve-se, antes de sua utilização, olhar a situação

do painel de controle. Todos os botões devem estar rotulados e em perfeitas

condições. Deve-se estar sempre atento à ruídos incomuns e parafusos soltos, além

da situação do pneu e de toda a parte externa. O gancho, além de tudo, os cabos e

o bloco do guindaste devem estar na mais perfeita ordem, pois são os itens que

suportarão maior peso. Depois de tudo isso ser monitorado, poderá ser feita a

utilização do mesmo.

13) Operação de elevação sem segurança – Todos os suportes devem ser

feitos antes de qualquer elevação. Teste dos cabos, monitoramento de botões e de

parafusos, deve estar tudo amarrado e bem seguro e a elevação deve ser feita com

cuidado e devagar. Não é permitido funcionários serem elevados junto com a carga

e tampouco ficar abaixo dela, esteja parada ou em movimento, evitando ferimentos.

14) Trabalho em alturas sem segurança – Toda e qualquer ação às alturas

deve ser bem monitorada. Os operários devem estar com cadeirinhas e cabos de

segurança específicos e em bom estado.

15) Uso de maquinas sem proteção – Os operadores devem utilizar o

suporte necessário para o manejo das máquinas. Luvas apropriadas com capas de

revestimento, óculos protetores, capacete e as máquinas devem estar em perfeitas

condições de manuseio. Qualquer máquina deve ser operada por alguém que saiba

como fazê-lo.

16) Acessos inseguros – Os funcionários de uma obra devem ter em mente

que qualquer dano causado pode ser irreparável e que o momento no canteiro de

obras requer escolhas corretas. Os acessos devem ser em locais próprios e com os

equipamentos adequados para qualquer situação. Acesso de diferentes pavimentos

Page 14: Projeto Canteiro e Obras

16

saltando entre vãos e passar por tubos são meios perigosos que devem ser

evitados. Escadas e passarelas devem estar de acordo com as recomendações,

evitando o perigo.

2.5. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA EM CANTEIROS DE OBRAS

Page 15: Projeto Canteiro e Obras

17

O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de:

a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

b) indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;

c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes

móveis das máquinas e equipamentos.

e) advertir quanto a risco de queda;

f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a

atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas

ao posto de trabalho;

g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de

materiais por grua, guincho e guindaste;

h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;

i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé direito for

inferior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros); e

j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis,

explosivas e radioativas.

É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas

quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao

canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de

materiais.

Page 16: Projeto Canteiro e Obras

18

A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os

motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do órgão

competente.

2.6. TABELA DE ÁREAS/DIMENSÕES MÍNIMAS PARA CANTEIRO DE

OBRAS

Descrição Área

[m2]

Dimensão

[m]

Local Serviço Observação

Central de

Armação

corte/dobramento/pré-montagem de aço Estoque de aço 50

Central de fôrmas pré montagem de instalações local coberto 20

Central de Pré

Moldados

Local coberto 20

Estoque de

areia/brita

Próximo à betoneira; ao

equipamento para transporte vertical;

ao portão de materiais (se possível acessível diretamente

pelo basculamento do caminhão); evitar contato direto com

terreno, prover delimitação quanto às laterais; evitar

carreamento pela chuva e contaminação com terra,

entulho e outros materiais do canteiro.

Altura

máxima

1,5m

Estoque de

argamassa

intermediária,

Cimento, cal,

rejunte, etc...

Local fechado, próximo ao acesso de materiais (viabilizar

descarregamento sob responsabilidade do fornecedor),

isento de umidade; Isolar os sacos do contato com o piso

(estrados) e afastar das paredes do ambiente;

Procurar induzir política de "primeiro a chegar = primeiro

a usar"; Pilhas com no máximo 10 sacos de altura;

20 (em

função da

demanda)

Estoques de tubos

local coberto; não necessariamente fechado;

almoxarifado; criar "prateleiras" para organização do

estoque;

14 (2x7)

Estoques de

conexões

local coberto; não necessariamente fechado;

almoxarifado; criar "prateleiras" para organização do

estoque;

Em função

das peças

Estoque relativo ao

elevador, tintas e

esquadrias

local coberto; não necessariamente fechado;

almoxarifado; criar "prateleiras" para organização do

estoque;

20

Estoques de louças local coberto; não necessariamente fechado;

almoxarifado; criar "prateleiras" para organização do 20

Page 17: Projeto Canteiro e Obras

19

estoque;

Estoques de barras

de aço

Pode ser ao ar livre;

evitar contato com solo (britas + caibros transversais);

delimitar "baias" para diferentes diâmetros;

local próximo ao portão de materiais (no caso da não

existência de grua ou guindaste para transporte

horizontal);

nas proximidades do processamento (corte/dobra/pré-

montagem) das barras;

evitar estocagem sobre lajes (sobrecarga);

39 (13x3)

Estoques de

compensados para

formas

próximo ao portão de materiais;

próximo ao local de confecção das fôrmas;

evitar contato com solo e umidade (isolar do

chão com caibros; cobrir com lona);

pilhas com no máximo 75 chapas;

20

Portões de madeira

se possível criar mais de um para melhor acessar

diferentes partes do canteiro; observar localização do

acesso definitivo ao subsolo do

edifício; procurar posição que não conflite com serviços

futuros da obra.

largura não

menor que

4,40 m

Portão de Acesso

Pessoal

localizar de maneira a ter-se controle sobre o acesso de

pessoal e de maneira a se ter menor risco de acidentes. 2,10 x 0,80

Tapume

base em alvenaria para evitar degeneração da madeira por

contato com a umidade; boa aparência ("cartão de visitas"

da obra).

Altura da

ordem de

2,50 m

Alojamento

Área mínima de 4,00m2 por módulo (cama-beliche, armário,

circulação).

no máximo duas camas na vertical (beliche).

Ter lençol, fronha e travesseiro por cama, em condições adequadas

de higiene, e cobertor, quando as condições climáticas o exigirem.

Ter armários duplos, individuais.

Não estar situado em subsolo ou porões das edificações.

Ter portas com fechaduras para garantir a privacidade de seus

usuários, com dimensões mínimas de 0,70m x 2,10m.

Refeitório/ cozinha

Somente se houver preparo de refeições na obra;

existência de pia; instalações sanitárias para funcionários da cozinha,

sem comunicação direta (mas próximo) da mesma; equipamento de

refrigeração. Capacidade para todos os trabalhadores; lavatório (interior

ou nas proximidades); local para aquecimento (não confecção) de

refeições; não localizar em subsolo ou porão; não ter comunicação direta

Page 18: Projeto Canteiro e Obras

20

com as instalações sanitárias.

Ambulatório Necessário se tiver 50 operários ou mais.

12

Instalações

Sanitárias

1 lavatório, 1 vaso, 1 mictório, para cada 20 operários;

1 chuveiro para cada 10 operários;

local do vaso: área mínima de 1 m²;

local do chuveiro: área mínima de 0,80 m².

Vestiário armários individuais com cadeado; bancos (largura mínima de 30 cm).

Lavanderia

Deve possuir tanques individuais ou coletivos em número adequado para

lavagem de roupas, resistentes com revestimento liso, impermeável e de

fácil higienização e possuir áreas de secagem cobertas e ao ar livre.

Almoxarifado de

Empreiteiros

Próximo das entradas; Local de

fácil acesso aos

operários/equipamentos de

transporte relativos ao serviço

específico do empreiteiro.

30m² para empreiteiro de hidráulica

e elétrica, caso façam guarda de

materiais de grandes dimensões

(tubos)

Almoxarifado de

Ferramentas

Próximo das entradas; local de

fácil acesso aos operários; ficar

próximo ao ponto de descarga de

caminhões, guincho e escritório do

engenheiro, respectivamente.

Cuidados:Prever para o

almoxarifado um estojo com

materiais de primeiros socorros.

25

Depósito de

Entulho

Grua: o depósito necessita estar

situado na área de abrangência da

lança; Tubo coletor: o depósito

deve estar situado no ponto de

descarga do entulho; Instalar em

local que possibilite o acesso de

caminhão de recolhimento de

entulho. Cuidados: Ser

transportado em carrinhos de mão

até o depósito, quando a descarga

for feita através do guincho.

m³ / m² de construção / dia;

Levar em consideração uma

retirada de entulho a cada 2 ou 3

dias. A altura média deve ser

considerada de 0,7m.

Área de lazer

Com TV, DVD, Aparelho de Som,

Mesas de Jogos (Pebolim, Ping-

Pong, cartas, damas, baralho)

Variará em função da quantidade

de operários que permanecem na

obra

Escritório Engenheiro/Arquiteto/Estagiários 9

Escritório Mestre de Obras 9

Sala Técnica Próximo ao almoxarifado em uma Sala técnica = 25

Page 19: Projeto Canteiro e Obras

21

Sala Administrativa posição em relação ao portão de

entrada de pessoas que torne a

passagem por este ambiente

obrigatória por parte dos clientes e

visitantes que entrem no canteiro

Sala Administrativa = 9

Recepção/Guarita

Junto ao portão de acesso de

pessoal. Ter mesinha, livro de

anotações, capacetes para

visitantes, campainha pelo lado de

fora; Cobertura no percurso

guarita-obra; Pode conter o relógio

de ponto; Outra alternativa que

vem sendo utilizada é a instalação

do porteiro eletrônico que passa a

ser monitorado pelo almoxarifado

ou pelo escritório do engenheiro,

eliminando assim a figura do

porteiro.

2

Page 20: Projeto Canteiro e Obras

22

3. DESENVOLVIMENTO

O presente trabalho foi desenvolvido sob orientação docente da disciplina, o

Prof. Msc. Neri Knöner, que estabeleceu as seguintes diretrizes para o Projeto:

(1) o terreno deve ter no mínimo uma área de 1000m2;

(2) a edificação deve ter no mínimo 4 pavimentos;

(3) a taxa de ocupação da edificação no terreno é de 100%;

(4) o térreo a ser ocupado pelas garagens dos apartamentos ou por lojas

comerciais;

(5) devem ser respeitadas as deliberações do Código de Obras do

município;

(6) o projeto deve ser apresentado em papel tamanho A1; e

(7) não é necessária as plantas do residencial.

3.1. RESIDENCIAL NINHO DOS QUERO-QUEROS

O grupo composto por três alunos do curso de Engenharia Civil, do 8º

semestre do UNAR, escolheu a cidade de Pirassununga/SP, como a sede da

implantação do Residencial Ninho dos Quero-Queros.

Quero-Quero

Nome Científico: Vanellus Chilensis

Nomes comuns: Quero-quero; téu-téu, terém-terém e espanta-boiada.

Nome em Inglês: Southern Lapwing - Nome em Espanhol: Tero común

Filo: Chordata - Classe: Aves - Ordem: Charadriiformes - Família: Charadriidae

Características: Possui 2 esporões sob as asas. Faz o ninho no chão.

Distrbuição Geográfica: América do Sul, desde a Argentina e leste da Bolívia até a

Page 21: Projeto Canteiro e Obras

23

margem direita do baixo Amazonas, no Brasil.

Habitat: Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas.

O quero-quero é uma ave do tamanho de uma perdiz e caracteriza-se pelo

colorido geral cinza-claro, com ornatos pretos na cabeça, peito e cauda. A barriga é

branca e a asa tem penas verde-metálicas. Apresenta um penacho na região

posterior da cabeça; o bico e as pernas são avermelhadas e têm um par de

esporões no encontro das asas.

O quero-quero é sempre o primeiro a dar o alarme quando algum intruso

invade seus domínios. É uma ave briguenta que provoca rixa com qualquer outra

espécie habitante da mesma campina. As capivaras tiram bom proveito da

convivência com o quero-quero, pois, conforme a entonação, o grito dessa ave pode

significar perigo. Então os grandes roedores procuram refúgio na água.

O quero-quero afasta os intrusos que se aproximam de seu ninho, fingindo-se

ferido.

Page 22: Projeto Canteiro e Obras

24

3.2. DADOS DO TERRENO:

O projeto consiste no dimensionamento do canteiro de obras do residencial

cujos dados seguem abaixo:

a) Proprietário: Cacildis da Brecka Netta;

b) Registro: 1º Cartório de Registro de Imóveis – Livro 1A – Folha: 123V -

Nº 1234/2013 – Lote nº 1 – Quadra 2 – Centro – Pirassununga/SP

c) Localização: Esquina da Avenida Newton Prado, nº 3300 com a

travessa do Exército, s/nº - Centro – Pirassununga/SP;

d) Dimensões do terreno:

a. Frontal (Av. Newton Prado): 45,161m

b. Esquina: (Av. Newton Prado/Travessa do Exército: 4,712m

c. Frontal (Travessa do Exército): 28,690m

d. Lateral (Esquerda – Prop. Sr. Barão): 48,164m

e. Fundos (Prop. Srª Baroneza): 31,690m

f. Perímetro: 158,440m

g. Área do terreno: 1.523,92m2

3.3. DADOS DO RESIDENCIAL NINHO DOS QUERO-QUEROS:

a) Edificação residencial multifamiliar de alto padrão;

b) 5 pavimentos:

a. Térreo: garagens, zeladoria e acesso por escada e elevadores;

b. 1º ao 4º andares: 4 apartamentos por andar.

c) Área do apartamento: 221,70m2;

d) Área do empreendimento: 1.108m2; e

e) 2 vagas na garagem por apartamento.

Implantação (esquemática e real)

Page 23: Projeto Canteiro e Obras

25

Planta – Pavimento tipo

3.4. PONTOS DE APOIO À OBRA

Todos localizados na Av. Newton Prado e esquinas de algumas das ruas que

são interceptadas por ela:

a) Santa Casa de Pirassununga;

b) Saidel Materiais de Construção;

c) Restaurante e Marmitex;

d) Cartório de Ofícios

e) Panificadora Avenida;

f) Lanchonete Tchê;

g) Mistrinelli Tintas;

h) Luanda Papelaria;

i) Farmácia Drogal;

j) Restaurante Nonô Pety;

k) Agência dos Correios;

l) Salão Fonrrozo (barbearia);

m) Casa do Norte (empório);

n) Supermercado Peg Mais;

o) MixGrill - Assados

p) Banca Avenida;

q) Comercial Barbosa (Ferramentas e Materiais de Construção);

r) Eletrotudo (Materiais Elétricos);

s) Samucas Lanches;

t) Castello Materiais de Construção;

u) Baldin Distribuidora de Água Mineral;

v) Casa do Construtor (Aluguel de Equipamentos para obras);

Page 24: Projeto Canteiro e Obras

26

w) Super Varejão Avenida;

x) Padaria Marconi;

y) Loja Massoneto – Materiais de Construção LTDA; e

z) Posto de Combustível Cidade Jardim.

3.5. ETAPAS DE MONTAGEM DO CANTEIRO DE OBRAS

O canteiro será montado em duas etapas, a saber:

a) 1ª Etapa:

a. Mobilização do canteiro na parte da frente/lateral externa do

terreno: colocação da placa da obra; tapume no perímetro da

obra; entradas (veículos/pedestres); depósito de materiais não

perecíveis (areias, brita, aço, madeiras, etc.); depósito de

matérias perecíveis/insumos; almoxarifado; alojamento; área

administrativa; vendas; sanitários; vestiários (masculino e

feminino); refeitório; central de argamassa; central de dobragem

de ferros; central de formas; local de circulação de veículos e

trabalhadores;

b. Execução das fundações (1): do fundo do terreno/lateral para o

centro do terreno: estacas (brocas); blocos; vigas baldrames,

etc.;

c. Lançamento da estrutura da garagem (1): pilares; vigas; caixa do

poço do elevador; escadas e alvenaria de vedação; e

d. Desmobilização da primeira etapa do canteiro: passando a

ocupar a parte da garagem já construída.

b) 2ª Etapa: após a desmobilização da primeira parte do canteiro de obras:

a. Execução das fundações (2): do fundo do terreno/lateral para o

centro do terreno: estacas (brocas); blocos; vigas baldrames,

etc.;

b. Lançamento da estrutura da garagem (2): pilares; vigas; caixa do

poço do elevador; escadas e alvenaria de vedação;

c. Lançamento da laje da garagem; e

d. Elevação dos pavimentos superiores: até o último andar (pilares,

vigas, amarrações).

Page 25: Projeto Canteiro e Obras

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c) 3ª Etapa até a fase de acabamento:

a. Montagem de canteiro intermediário: no primeiro e no terceiro

pavimentos, com sanitários (M/F) químicos;

b. Instalação de grua para movimentação de materiais: areia,

cimento, etc, no terraço;

c. Instalação de andaimes: com grades de proteção, visando a

utilização de ferragens/materiais necessários à vedação dos

pavimentos e movimentação de funcionários;

d. Execução das alvenarias de vedação de todos os pavimentos:

com material necessário à execução das paredes (areia, cal,

cimento, argamassa industrializada;

e. Acabamento final da obra: na parte externa e interna

(emassamento das paredes de vedação, pintura, colocação de

esquadrias e portas, colocação de revestimentos cerâmicos nas

áreas molhadas e revestimento de madeira nos cômodos interno

dos apartamentos)

d) 4ª Etapa: Comercialização/entrega dos imóveis.

4. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR 12284:1991 - Áreas de vivência em canteiros de obras - Procedimento.

ABNT NBR 16200:2013 - Elevadores de canteiros de obras para pessoas e

materiais com cabina guiada verticalmente — Requisitos de segurança para construção e

instalação.

ABNT NBR 16212:2013 - Tubos — Estocagem em área descoberta.

NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.

AZEREDO, H. A. O edifício até sua cobertura – 2ª edição - São Paulo: Edgard

Blücher, 1997.

FERREIRA, E. A. M. Metodologia para elaboração do projeto do canteiro de

obras de Edifícios. São Paulo: EPUSP, 1998 (Tese de doutorado).

SOUZA, R. e MEKBEKAIN, G. Sistema de Gestão da Qualidade para

empresas construtoras. CTE/SEBRAE-SP/SINDUSCON-SP, São Paulo, 1994, 247p.

SOUZA, U. E. L. Como reduzir perdas nos canteiros: manual de gestão do

consumo de materiais na construção civil. São Paulo: Pini, 2005.

SOUZA, U. E. L. Como aumentar a eficiência da mão de obra : manual de

gestão da produtividade na construção civil. São Paulo: Editora Pini, 2006.

Page 26: Projeto Canteiro e Obras

28

YAZIGI, W. A técnica de edificar / Walid Yazigi. - 10. Ed. rev. e atual. - São

Paulo: Pini/SindusCon, 2009.

VIEIRA, H. F. Logística aplicada à construção civil: como melhorar o fluxo de

produção nas obras. São Paulo: Editora Pini, 2006.

http://blog.construir.arq.br/riscos-na-obra/, acessado em 03.11.2013 -

Tradução e adaptação: Arq. José Eduardo Rendeiro.