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Associação comemora aniversário e a nova Diretoria completa um ano de gestão. Veja o que foi feito e as ações para continuar promovendo o crescimento da entidade CASSI Projeto Agentes Facilitadores auxilia acesso da Cassi a médicos do interior ANO XXVII | N O 217 | JAN-FEV/2013 CARGOS E FUNÇÕES ANABB avalia novo plano do BB e explica detalhes das mudanças PAULO BERNARDO Funcionário do BB que se destacou no cenário político

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Associação comemora aniversário e a nova Diretoria completa um ano de gestão. Veja o que foi feito e as ações para continuar promovendo

o crescimento da entidade

CASSI Projeto Agentes Facilitadores auxilia

acesso da Cassi a médicos do interior

ANO XXVII | NO 217 | JAN-FEV/2013

CARGOS E FUNÇÕESANABB avalia novo plano do BB e

explica detalhes das mudanças

PAULO BERNARDOFuncionário do BB que se

destacou no cenário político

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2 | Jan-Fev/2013 | Jornal AÇÃO

ANABB: SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442 9696 | Site: www.anabb.org.br | E-mail: [email protected] Coordenação: Fabiana Castro | Redação: Tatiane Lopes, Priscila Mendes, Naitê Almeida, Josiane Borges e Elder FerreiraAnúncios: Luiz Sérgio Mendonça | Edição: Ana Cristina Padilha | Revisão: Cida Taboza | Editoração: Zipo ComunicaçãoTiragem: 105 mil | Banco de imagem: Shutterstock | Impressão e CTP: Gráfi ca Positiva

jornal AçãoDIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHO DELIBERATIVO

SERGIO RIEDEPresidenteREINALDO FUJIMOTOVice-Presidente Administrativo e FinanceiroDOUGLAS SCORTEGAGNA Vice-Presidente de ComunicaçãoTEREZA GODOYVice-Presidente de Relações FuncionaisFERNANDO AMARALVice-Presidente de Relações Institucionais

João Botelho (Presidente)Ana Lúcia LandinAugusto CarvalhoCecília Mendes Garcez SiqueiraCláudio José ZuccoClaudio Nunes LahorgueDenise ViannaEmílio Santiago Ribas RodriguesGilberto Matos SantiagoGraça MachadoIlma Peres Causanilhas RodriguesIsa MusaJosé BranissoLuiz Antonio CareliLuiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de SouzaMaria Goretti Fassina Barone FalquetoMário Tatsuo MiyashiroMércia PimentelNilton BrunelliPaula Regina GotoWilliam Bento

CONSELHO FISCALVera Lúcia de Melo (Presidente)João Antonio Maia Filho Maria do Céu Brito Anaya Martins de Carvalho (suplente) Antonio José de Carvalho (suplente) Marco Antonio Leite dos Santos (suplente)

DIRETORES REGIONAISRegional AC-01: Julia Maria Matias de Oliveira Regional AL-02: Ivan Pita de AraújoRegional AP-03 : VagoRegional AM-04: Ângelo Raphael Celani PereiraRegional BA-05: José Easton Matos NetoRegional BA-06: Jonas Sacramento CoutoRegional BA-07: Paulo Vital LeãoRegional BA-08: Maruse Dantas XavierRegional CE-09: Maria José Faheina de OliveiraRegional CE-10: Erivanda de Lima MedeirosRegional DF-11: Hélio Gregório da SilvaRegional DF-12: Marcos Maia BarbosaRegional DF-13: Francisco Mariquito CruzRegional DF-14: Carlos Nascimento MonteiroRegional DF-15: Messias Lima AzevedoRegional ES-16: Sebastião CeschimRegional GO-17: Saulo Sartre Ubaldino Regional GO-18: José Carlos Teixeira de QueirozRegional MA-19: Camilo Gomes da Rocha FilhoRegional MT-20: Daniel Ambrosio FialkoskiRegional MS-21: Valdineir Ciro de SouzaRegional MG-22: Luiz Carlos FazzaRegional MG-23: Eustáquio GuglielmelliRegional MG-24: Matheus Fraiha de Souza CoelhoRegional MG-25: Amir Além de AquinoRegional MG-26: Aníbal Moreira BorgesRegional MG-27: Maria Rosário Fátima DurãesRegional PA-28: Fábio Gian Braga PantojaRegional PB-29: Maria Aurinete Alves de OliveiraRegional PR-30: Aníbal RumiattoRegional PR-31: Luiz Carlos KappRegional PR-32: Moacir FinardiRegional PR-33: Carlos Ferreira KraviczRegional PE-34: Sérgio Dias César LoureiroRegional PE-35: José Alexandre da SilvaRegional PI-36: Francisco Carvalho MatosRegional RJ-37: Antônio Roberto VieiraRegional RJ-38: VagoRegional RJ-39: Carlos Fernando S. OliveiraRegional RJ-40: VagoRegional RJ-41: Sérgio Werneck Isabel da CruzRegional RJ-42: Eduardo Leite GuimarãesRegional RN-43: Hermínio SobrinhoRegional RS-44: Celson José MatteRegional RS-45: Santiere Fernandes RolimRegional RS-46: Edmundo Velho BrandãoRegional RS-47: Oraida Laroque MedeirosRegional RS-48: Enio Nelio Pfeifer FriedrichRegional RS-49: Saul Mário MatteiRegional RO-50: Sidnei Celso da SilvaRegional RO-51: VagoRegional SC-52: Carlos Francisco PamplonaRegional SC-53: Moacir FogolariRegional SC-54: Alsione Gomes de Oliveira FilhoRegional SP-55: Rosângela Araújo Vieira SanchesRegional SP-56: Dirce Miuki MiyagakiRegional SP-57: VagoRegional SP-58: Reginaldo Fonseca da CostaRegional SP-59: Adilson Antonio Meneguela Regional SP-60: José Antônio da SilvaRegional SP-61: Edmilson ZucolottoRegional SP-62: José Antonio Galvão RosaRegional SP-63: Jaime BortolotiRegional SP-64: Juvenal Ferreira AntunesRegional SE-65: Almir Souza VieiraRegional TO-66: Pedro Carvalho Martins

CARTAS À REDAÇÃO

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser

editadas e serão publicadas apenas as selecionadas pela ANABB. Envie comentários, sugestões e

reclamações para [email protected] ou para SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF.

CONTESTAÇÕES EMBASADASÉ com prazer que parabenizo a ANABB pela excelência da resposta dada ao jornalista Fernando Rodri-gues. Contestações muito bem em-basadas e que podem ser facilmen-te comprovadas por todos os que se disponham a ler, ouvir e pesquisar o assunto. Por outro lado, sinto-me indignado, por não ter partido do presidente do BB réplica tão altiva, fazendo-nos crer que sair em defe-sa do funcionalismo – aí incluídos os aposentados – pode desagradar não só a opinião pública como tam-bém a cúpula dominante. Cada um se mantém no poder como pode, ou como acha que pode.Danilo BedoniPiracicaba–SP

PARCERIA FORTALECIDAManifestamos nosso júbilo por re-conhecer os novos rumos ora en-gendrados por esta que é a maior e mais importante entidade de defe-sa dos interesses não só do Banco do Brasil, mas também de todo o funcionalismo do BB, ativo e apo-sentado. A Unamibb sente-se hon-rada em ombrear convosco nesse trabalho de fortalecimento e digni-fi cação das relações entre o Banco e seus funcionários. Estejam certos de que essa parceria está apenas começando e há de ser exitosa, mercê da fi rmeza de nossos pro-pósitos que, agora sim, encontram eco em nossa ANABB.Altair de Castro PereiraPresidente da Unamibb

ANABB CIDADANIACom satisfação, agradeço a distin-ção pelo envio da agenda e do ca-lendário personalizados. Foi uma excelente escolha homenagear os 20 anos da Ação da Cidadania.

Parabéns pelo Programa ANABB CIDADANIA que tem contribuído para inúmeros projetos, valorizan-do o trabalho dos funcionários do Banco do Brasil em ações dessa magnitude e promovendo inclusão social em diversos locais deste imenso país.David Salviano Albuquerque NetoPresidente da Cassi

AGENDA E CALENDÁRIO Ao cumprimentá-los cordialmente, agradeço pelo envio da agenda e do calendário personalizados para 2013. Edevaldo Fernandes da SilvaDiretor de Assuntos Atuariais, Con-tábeis e Econômicos da Previc

AÇÃO FINALIZADARegistro meus agradecimentos pelo empenho na solução do pro-cesso FGTS Planos Econômicos, desencadeado desde 2002. Cons-ciente dos entraves surgidos no andamento da ação, fatores impe-ditivos para uma rápida decisão, dou conformidade aos valores já repassados pela Caixa Econômica Federal (CEF) e autorizo a parali-sação de qualquer procedimen-to jurídico ainda em andamento. Honório Gomes da Silva FilhoCuiabá–MT

VITÓRIA NA JUSTIÇA Recebi correspondência da ANABB, referente ao processo FGTS Taxa de Juros de 3% para 6%. Procurei a Caixa Econômica Federal, que me pagou o valor devidamente corrigi-do. Na oportunidade, quero regis-trar meu contentamento e agrade-cimento a essa entidade, que tanto luta por seus associados, pelo su-cesso da ação.Zílson CouraVila Velha–ES

A Gráfica e Editora Positiva é licenciada pelo IBRAM - Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF - sob o nº 072/2010.Todo o papel utilizado na impressão do Jornal Ação é oriunda de reflorestamento ecologicamente correto.

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Sergio Riede – Presidente da ANABB

CARTA DO PRESIDENTE

pessoa imaginar um cenário onde todo mundo conspira contra ela! Não é fácil esse alguém ter uma autoestima tão elevada a ponto de fazê-la se sentir, talvez sem per-ceber, o ser mais perseguido do universo. Porque, vamos combinar, pra ser vítima deste tanto, a pessoa só pode se sentir alguém muito importante, não é?

Não sei se vocês têm se deparado com alguém assim por aí! Eu temo que sim. E faço um esforço danado pra não ver gente assim refl etida em meu espelho. Mas não é fácil, porque a tentação é grande.

Quando acontece algum fato desagradável com a gente, podemos reagir de muitas maneiras diferentes. Podemos esbravejar, lamentar, nos desequilibrar, nos conformar com a posição de vítima, ou podemos tentar manter conosco o poder de administrar nosso humor. Ok, nem sempre isso é fácil! Mas vamos pensar juntos: se a gente sai de casa feliz em uma bela manhã, dirige o carro ouvindo uma música gostosa e leva uma fechada de um motorista distraído, vale a pena transferir a esse motorista o poder de defi nir nosso humor no momento? Ou quem sabe o humor que vai tomar conta da gente o dia inteiro?

Circula pela internet uma tal de Teoria 90/10, atribuída ao escritor Stephen Covey. Não gosto de nada que pareça receita de bolo. Não sei com que modelo matemático o autor teria chegado à equação 90/10. Mas parece que faz bastante sentido o raciocínio: segundo a teoria, apenas 10% das coisas que acontecem com a gente são fatos. Os outros 90% são as reações que temos diante desses fatos. E é o tipo de reação que temos diante das adversi-dades que defi ne o tom que damos a nossas vidas. Nem sempre dá pra aliviar diante de algo que nos parece ofen-sivo. Mas, na maior parte do tempo, a gente poderia geren-ciar melhor nosso quociente de felicidade. Ou de alegria. Ou, no mínimo, de serenidade.

Que a gente possa realizar coisas interessantes e produtivas, juntos, neste ano que se inicia! E que nosso humor permita que a gente seja um pouco mais dono do próprio destino.

Quando lecionava Relações Humanas nos cursos pra caixas executivos do BB, na década de 1980, eu já utilizava alguns trechos do livro Sempre Pode Piorar ou A Arte de Ser Infeliz, de Paul Watzlawick. Achava interessante refl etir so-bre como reagimos ao que acontece a nossa volta. Não sei por que voltei a pensar nisso recentemente. Aliás, acho que sei. Navegando em redes sociais, lendo comentários que leitores postam sobre notícias em jornais e na web, ouvindo comentários de pessoas próximas, tive acesso a uma espé-cie de reciclagem ou pós-graduação na arte de ser infeliz.

Sim, porque ser infeliz é uma arte e não é pra qualquer um! A pessoa tem de saber ignorar todas as possibilidades de escolha que possui. Necessita aprender a terceirizar a culpa com muita perspicácia. Com a internet, está um pou-co mais fácil exercitar o azedume. A infelicidade está ao al-cance de todos! Tem gente que usa pseudônimo e vira um aguerrido militante de sofá. Contra tudo e contra todos. Se fi zer calor, reclama que está quente. Se esfriar, pergunta onde vamos parar com esse clima. Se não chove, diz que o mundo vai acabar. Se a chuva cai, esbraveja contra a chati-ce da falta de sol.

O sujeito graduado na arte de ser infeliz acredita que é sempre o último que o garçom vê; que o outro motorista (seu adversário!) saiu de casa decidido a lhe torrar a paci-ência; que o Brasil é o pior país do mundo em tudo; que a empresa onde ele entrou depois de batalhar pra passar em um concurso disputadíssimo é a pior do universo; que os sindicatos estão sempre tramando contra ele; que as enti-dades de funcionários não fazem nada do que ele deseja; que seus fi lhos são uns ingratos; que seus empregados são indolentes; que seus chefes têm orgasmos só de pensar em lhe prejudicar. Uma pessoa que sabe ser infeliz de verdade nunca diz do que gosta, não tem seu partido político de con-fi ança. Geralmente, só fala do que detesta. Para ela, os ou-tros são “aquela corja”. Mas ela não costuma colocar nada no lugar do que não gosta. Basta odiar, basta destruir, basta vociferar e está tudo resolvido!

No entanto, é preciso reconhecer: não é mole pra essa

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A ARTE DESER INFELIZ

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CAPA

ANIVERSÁRIO COM ANIVERSÁRIO COM ANIVERSÁRIO COM ANIVERSÁRIO COM ANIVERSÁRIO COM ANIVERSÁRIO COM TRANSPARÊNCIATRANSPARÊNCIATRANSPARÊNCIATRANSPARÊNCIATRANSPARÊNCIATRANSPARÊNCIAEntidade coloca como foco a transparência nas ações para garantir melhoria na gestão, além de satisfação e mais benefícios para os associados

Por Tatiane Lopes

O ano de 2012 foi bastante produtivo. A Diretoria Executiva, que tomou posse há pouco mais de 12 me-ses, decidiu, por unanimidade, que os associados se-riam informados sobre a rotina da entidade, por con-siderar que eles são os verdadeiros donos da ANABB. E isto foi colocado em prática. Além da criação da aba “Transparência”, muitas outras ações foram desen-volvidas e foi possível acompanhar tudo de perto por meio de site, e-mails e jornal. O primeiro ano de ges-tão da nova Diretoria está culminando com a celebra-ção dos 27 anos da entidade, comemorados em 20 de fevereiro. As iniciativas adotadas ao longo de 2012 trouxeram mais planejamento e organização, permi-tindo, assim, que os associados vislumbrem anos de prosperidade para a ANABB.

Na busca por ascensão, a ANABB decidiu seguir uma das premissas mais defendidas por especialis-tas em Administração de todo o mundo, que garantem que as melhorias na gestão só terão validade com to-tal transparência. No início do mandato, a experiência de cada vice-presidente foi somada às necessidades da ANABB. Era preciso resgatar a atuação tão reco-nhecida por todo o Brasil e agregar novos associados. Ao mesmo tempo, era primordial organizar a estrutura interna, promovendo melhorias no corpo funcional e defi nindo prioridades e planos para o futuro. Então, foi aprovada a elaboração do Planejamento Estratégi-co de 2013 a 2015, do Modelo de Gestão e do novo Plano de Cargos e Salários da entidade.

Ainda como parte da organização da ANABB, foi proibida a contratação de empregados que sejam parentes de integrantes da Diretoria, dos Conselhos

O ano de 2012 foi bastante produtivo. A Diretoria Executiva, que tomou posse há pouco mais de 12 me-ses, decidiu, por unanimidade, que os associados se-riam informados sobre a rotina da entidade, por con-siderar que eles são os verdadeiros donos da ANABB. E isto foi colocado em prática. Além da criação da aba “Transparência”, muitas outras ações foram desen-volvidas e foi possível acompanhar tudo de perto por

e jornal. O primeiro ano de ges-tão da nova Diretoria está culminando com a celebra-ção dos 27 anos da entidade, comemorados em 20 de fevereiro. As iniciativas adotadas ao longo de 2012 trouxeram mais planejamento e organização, permi-tindo, assim, que os associados vislumbrem anos de

Na busca por ascensão, a ANABB decidiu seguir uma das premissas mais defendidas por especialis-tas em Administração de todo o mundo, que garantem que as melhorias na gestão só terão validade com to-tal transparência. No início do mandato, a experiência de cada vice-presidente foi somada às necessidades da ANABB. Era preciso resgatar a atuação tão reco-nhecida por todo o Brasil e agregar novos associados. Ao mesmo tempo, era primordial organizar a estrutura interna, promovendo melhorias no corpo funcional e defi nindo prioridades e planos para o futuro. Então, foi aprovada a elaboração do Planejamento Estratégi-co de 2013 a 2015, do Modelo de Gestão e do novo

Ainda como parte da organização da ANABB, foi proibida a contratação de empregados que sejam parentes de integrantes da Diretoria, dos Conselhos

“O ano de 2012 foi de ajuste da ‘máquina’. A g�ande marca foi

a democratização e a t�ansparência de todos os processos, das

quais são exemplos a par�icipação da ANABB nas eleições da

Cassi e da Previ; o debate sobre previdência complementar;

as nor�as cont�a o nepotismo; a realização de seleções para

nomeação de f�ncionários; a criação da aba ‘Transparência’

no site; a renúncia dos at�ais dirigentes a receber abono sa-

larial equivalente à Par�icipação nos Lucros ou Resultados

(PLR) do Banco do Brasil e o uso desses recursos para revisar

o Plano de Cargos e Salários e proporcionar aumento real aos

f�ncionários da entidade sem onerar os associados; a aprova-

ção do Código de Ética. E vem muito mais em 2013!”

Sergio Riede – Presidente da ANABB

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Deliberativo e Fiscal e das Diretorias Regio-nais. Também foi elaborado novo Código de Ética e foram retomadas as negociações com escritórios de advocacia para melhorar o atendimento.

Outras decisões contribuíram para o au-mento das receitas da ANABB, entre elas a renúncia de todos os atuais componentes da Diretoria a receber abono salarial, que representou economia de mais de R$ 700 mil por ano, e a elaboração de Política de In-vestimentos para orientar as aplicações dos recursos da entidade. A ANABB decidiu ven-der um dos carros que fi cava à disposição da Diretoria e outro para uso exclusivo da Pre-sidência. No entanto, uma dívida fi scal, jun-to ao INSS, deixada por gestões anteriores, está impedindo a transação, uma vez que o automóvel foi colocado como garantia de pa-gamento. Essa dívida, que já foi de mais de R$ 1 milhão, hoje encontra-se na casa dos R$ 800 mil.

Para 2013, a ANABB tem uma série de compromissos e vários desafi os. A boa re-percussão do seminário Previdência Comple-mentar: Impasses e Soluções, realizado em setembro do ano passado, mostrou que o pú-

“Uma entidade for�e como a ANABB tem a obrigação de respon-der a todos os anseios de seus associados. Mas isso tem de ser feito, sempre, com muita responsabilidade, a fi m de não fr agilizar suas decisões e perder credibilidade. Os dirigentes devem ser�ir aos associados, e não se ser�irem da Associação para seu próprio benefício. O ano de 2012 foi muito difícil, mas o caminho t�ilha-do pela at�al Diretoria seg�e os princípios da boa gover�ança e do respeito aos poderes constit�ídos e, par�icular�ente, aos que acreditam no potencial de sua entidade e a mantêm, que são seus associados. A credibilidade está sendo recuperada, paulatina-mente, g�aças à obser�ância desses princípios.”Douglas Scor�egag�a – Vice-Presidente de Comunicação

sidência. No entanto, uma dívida fi scal, jun-to ao INSS, deixada por gestões anteriores, está impedindo a transação, uma vez que o automóvel foi colocado como garantia de pa-gamento. Essa dívida, que já foi de mais de R$ 1 milhão, hoje encontra-se na casa dos R$ 800 mil.

compromissos e vários desafi os. A boa re-percussão do seminário Previdência Comple-mentar: Impasses e Soluções, realizado em setembro do ano passado, mostrou que o pú-

blico aprovou a ideia e abriu caminho para que se promovam novos eventos. A Associação também está empenhando esforços para aproximar os no-vos funcionários do BB e defender os interesses legítimos do funcionalismo. Ao fi m de 2012, por exemplo, a ANABB fortaleceu seu plano odon-tológico e criou o Plano First Livre Escolha, que oferece a implantodontia e o ressarcimento para procedimentos realizados fora da rede credencia-da. A adesão ao plano, nos últimos dois meses, foi grande e demonstrou que a ANABB continua atenta aos desejos dos associados.

Para valorizar o trabalho artístico das associa-das, está sendo realizado o Concurso Cultural ANABB – Literatura e Fotografi a, em comemora-ção ao Dia Internacional da Mulher. Os detalhes podem ser vistos no site da ANABB.

DOCUMENTOS ACESSÍVEISImportante ação lançada em 2012 foi a pági-

na “Transparência”, que está disponível na se-ção “Autoatendimento” do site da ANABB. O es-paço reúne os documentos mais importantes e

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“Dar t�ansparência aos atos de gestão da ANABB aumenta a cre-

dibilidade dos associados e comprova que estamos no caminho

cer�o. Considero os associados nosso maior pat�imônio e, por eles,

devemos continuar t�abalhando com ética, profi ssionalismo e se-

riedade. Assim, most�aremos que a ANABB tem força para conti-

nuar crescendo e oferecendo ser�iços de qualidade.”

Reinaldo Fujimoto – Vice-Presidente Administ�ativo e Financeiro

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em discussão dentro da Associação. Há tam-bém materiais referentes ao ANABBPrev e à COOP-ANABB, além de ser possível acessar publicações referentes a balanços, orçamen-to e execução orçamentária de 2012. Outros documentos estão sendo disponibilizados, de acordo com a autorização dos órgãos envolvi-dos, como os Conselhos Fiscal e Deliberativo.

A decisão de incluir os documentos em área restrita aos associados, com acesso mediante senha, ocorreu por se tratar de assuntos de in-teresse exclusivo do corpo social.

Vale lembrar também o sucesso do projeto ANABB nas Eleições da Cassi e da Previ, que aconteceu no início do ano passado como par-te das ações da ANABB, visando adotar política diferente para os pleitos das demais entidades (ver matéria nas páginas 18 e 19 ).

Em vez de apoiar uma única chapa, inclu-sive indicando candidatos, a ANABB resolveu apoiar o debate democrático e abriu espaço para todas as chapas divulgarem suas propos-tas, oferecendo serviço de esclarecimento aos eleitores.

“Tomei posse em 13 de junho, sendo, por�anto, a última a as-sumir uma vice-presidência: a Viref, que é o setor responsável pelo relacionamento com os associados. Isto é ex��emamente g�atifi cante, pois este contato mais próximo nos per�ite visua-lizar quais são os anseios do f�ncionalismo naquele momento e como a Associação pode agir para satisfazê-los. Para tanto, estivemos presentes no Cong�esso Nacional dos Funcionários do BB (promovido pela Cont�af-CUT) e no Encont�o Nacio-nal de Dirigentes Sindicais (promovido pela Contec). Também par�icipamos de atividades organizadas pelos sindicatos para resolver os confl itos no pós-g�eve.”Tereza Godoy - Vice-Presidente de Relações Funcionais

em discussão dentro da Associação. Há tam-bém materiais referentes ao ANABBPrev e à COOP-ANABB, além de ser possível acessar publicações referentes a balanços, orçamen-to e execução orçamentária de 2012. Outros documentos estão sendo disponibilizados, de acordo com a autorização dos órgãos envolvi-

A decisão de incluir os documentos em área restrita aos associados, com acesso mediante senha, ocorreu por se tratar de assuntos de in-

Vale lembrar também o sucesso do projeto ANABB nas Eleições da Cassi e da Previ, que aconteceu no início do ano passado como par-te das ações da ANABB, visando adotar política diferente para os pleitos das demais entidades

Em vez de apoiar uma única chapa, inclu-sive indicando candidatos, a ANABB resolveu apoiar o debate democrático e abriu espaço para todas as chapas divulgarem suas propos-tas, oferecendo serviço de esclarecimento aos

Tereza Godoy - Vice-Presidente de Relações Funcionais

O primeiro ano de gestão da nova Diretoria está culminando com a celebração dos 27 anos da en-tidade, comemorados em 20 de fevereiro. As iniciativas adotadas ao longo de 2012 trouxeram mais planejamento e organização, per-mitindo, assim, que os associados vislumbrem anos de prosperidade para a ANABB.

“Em 2012, a ANABB manteve-se como referência para o f�ncio-nalismo do BB tanto na at�ação política quanto na qualidade de sua prestação de ser�iços. Também foi um ano de muito t�abalho inter�o para conhecimento e moder�ização de procedimentos. No campo político, inaug�ramos e organizamos a est��t�ra de 66 Di-retorias Regionais, for�alecemos parcerias com out�as entidades re-presentativas do f�ncionalismo do BB e tivemos par�icipação ativa nos assuntos relacionados com a previdência complementar e com a saúde suplementar. Em 2013, buscando consolidar a ANABB como entidade que luta para garantir os interesses legítimos dos f�ncio-nários do BB, vamos visitar todos os estados para reuniões com enti-dades, administ�adores do BB e f�ncionários, diretamente.”Fer�ando Amaral – Vice-Presidente de Relações Instit�cionais

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AÇÃO JUDICIAL

A partir de 1° de março, os associados da ANABB que recebem complemento de aposentadoria da Previ e que têm depósito judicial de parte do Imposto de Renda (verba CP 72), terão de incluir mais um valor na declaração de Imposto de Renda 2013. Em setembro do ano passado, a Previ começou a realizar os depósitos em juízo dos valores de Imposto de Renda incidentes sobre a complementação de aposentadoria dos participantes, correspondentes ao que já foi tributado no período de 1° de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995. Tendo em vista que os valo-res estão sendo depositados nominalmente para cada associado, será necessária a inclusão destes recursos na declaração de IR.

Desde o início do ano, a ANABB está buscando os órgãos responsáveis para promover um entendimento sobre como os associados que têm parte do Imposto de Renda retido e depositado em juízo devem proceder na Declaração de Ajus-te Anual. A Previ, responsável pela emissão da declaração de rendimento dos assistidos de seu plano de previdência, informou que a inclusão dos rendimentos na declaração ob-

servaria o disposto na Instrução Normativa (IN) nº 1215, de 15 de dezembro de 2011, editada pela Secretaria da Re-ceita Federal do Brasil, que dispõe sobre o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto de Renda Retido na Fonte.

A ANABB julga que essa norma não se reveste da mais absoluta lógica, coerência e razoabilidade. No entanto, ela é a regra existente e deve ser seguida. A Associação já en-caminhou uma consulta formal à Receita Federal, expondo alguns argumentos e solicitando um posicionamento da Receita. Ainda assim, a ANABB antecipa que os associados deverão preencher a declaração conforme o comprovante de rendimentos enviado pela Previ.

Até o fechamento desta edição do jornal Ação, a Receita Federal não havia divulgado o programa IR 2013 nem dado resposta à consulta. Por isso, fi que atento ao site da ANABB, pois assim que o programa for disponibilizado e o impasse for solucionado, faremos a divulgação com todas as dicas para inclusão da ação IR Previ no preenchimento da decla-ração de Imposto de Renda.

Acesse www.anabb.org.br e acompanhe.

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SEGUROS

DECESSO AUTOMÁTICO DECESSO AUTOMÁTICO DECESSO AUTOMÁTICO DECESSO AUTOMÁTICO DECESSO AUTOMÁTICO DECESSO AUTOMÁTICO

Em 2012, o seguro da ANABB pagou R$ 147 mil em premiações por sorteio

Por Priscila Mendes

Em 2013, o Seguro Decesso Automático da ANABB, benefício garantido sem custo adicional a todos os as-sociados, passa a ter novo valor. Agora serão pagos R$ 3,5 mil líquidos para os benefi ciários do seguro, já considerando o desconto do Imposto de Renda. O rea-juste foi possível mediante negociação da ANABB junto à seguradora. Desde 1996, o valor do seguro não ha-via sido reajustado.

“O Seguro Decesso Automático tem como objetivo amparar a família do associado nos momentos mais difíceis, além de sortear prêmios semanais. Em 2012, foram distribuídos R$ 147 mil em premiações”, ressal-tou a vice-presidente de Relações Funcionais, Tereza Godoy.

Vale lembrar que todos os associados que dese-jarem indicar os benefi ciários do seguro deverão preencher o formulário, disponível no site da ANABB (www.anabb.org.br), na seção “Seguros”. Se o associa-do não designar os benefi ciários, em caso de óbito do titular, serão adotadas as normas legais.

O seguro cobre morte, por qualquer causa, do as-sociado, do cônjuge ou dos fi lhos menores, até 18 anos; entre 18 e 21 anos, desde que sejam solteiros e dependentes do segurado principal; até 24 anos, se solteiros e universitários ou cursando escola técnica; qualquer idade, se considerados incapazes (física ou mentalmente) para o trabalho. O comunicado de fale-cimento deve ser feito à ANABB no prazo de um ano após sua ocorrência.

Os associados que desejarem ampliar o seguro de vida podem ainda obter, por baixo custo, o Seguro De-cesso Complementar. Todas as informações sobre este produto podem ser obtidas por meio do site da ANABB.

Associados podem receber o seguro em vida

Em 2012, 49 associados foram contemplados com o Prêmio Pontualidade, que premia o sorteado com o mesmo valor pago pelo Seguro Decesso Automático. O sorteio é feito pela Loteria Federal, nos quatros últimos sábados de cada mês. A condição necessária para re-ceber o prêmio em dinheiro é estar com as mensalida-des da ANABB em dia. No ano passado, dois associa-dos não puderam receber o prêmio.

Cada associado possui um número da sorte. Para realizar a conferência, é preciso fazer a combinação do último algarismo de cada um dos cinco prêmios da extração da Loteria Federal.

O valor do Prêmio Pontualidade é recebido integral-mente, pois já considera o desconto do Imposto de Renda. Além disso, quem for contemplado continua concorrendo nos próximos sorteios e tem a chance de ganhar novamente.

Os associados que não tenham recebido o número da sorte precisam atualizar os dados na página da en-tidade na internet, na seção “Autoatendimento”, ou so-licitar a atualização pelo e-mail [email protected] ou pela Central de Atendimento (61) 3442-9696.

Veja o exemplo abaixo para o número da sorte 18146:

• 1º Prêmio: 72.681 • 2º Prêmio: 42.988 • 3º Prêmio: 45.101 • 4º Prêmio: 49.824 • 5º Prêmio: 05.936

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CONFIRA OS NÚMEROS DA SORTE DO PRÊMIO PONTUALIDADE EM 2012DATA DO SORTEIO Nº DA SORTE DATA DO SORTEIO Nº DA SORTE

7/1/2012 98602 4/8/2012 77665

14/1/2012 06956 11/8/2012 57755

21/1/2012 16283 18/8/2012 44428

28/1/2012 98645 25/8/2012 37400

4/2/2012 47390 15/9/2012 27232

11/2/2012 46646 22/9/2012 20180

18/2/2012 71339 6/10/2012 88758

25/2/2012 64405 13/10/2012 04989

17/3/2012 81338 20/10/2012 66938

24/3/2012 06798 27/10/2012 54839

31/3/2012 75943 3/11/2012 74958

7/4/2012 64340 10/11/2012 80047

14/4/2012 53035 17/11/2012 14480

21/4/2012 27287 24/11/2012 80146

28/4/2012 15446 8/12/2012 00005

12/5/2012 46697 15/12/2012 41176

19/5/2012 27042 22/12/2012 35508

26/5/2012 86024 29/12/2012 36682

9/6/2012 30339

16/6/2012 64429

23/6/2012 01068

30/6/2012 20731

7/7/2012 43950

14/7/2012 29770

28/7/2012 35838

SEGURO DECESSO COMPLEMENTAR E MASTERAssociados que possuem Seguros Decesso Comple-mentar e Master têm dupla chance. Veja os resultados:

DATA DO SORTEIO Nº DA SORTE PRÊMIO14/1/2012 06956 R$ 10.363,9625/2/2012 64405 R$ 20.727,9510/3/2012 08914 R$ 10.363,9628/ 4/2012 15446 R$ 160.808,86

Nos dias 21/7, 8/9 e 29/9 não houve premiação

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CONSELHO DELIBERATIVO

AJUSTES NECESSÁRIOS AJUSTES NECESSÁRIOS AJUSTES NECESSÁRIOS AJUSTES NECESSÁRIOS AJUSTES NECESSÁRIOS AJUSTES NECESSÁRIOS PARA ARRUMAR A CASAPARA ARRUMAR A CASAPARA ARRUMAR A CASA

O atual presidente do Conselho Delibe-rativo da ANABB defende a missão da entidade há 27 anos. João Botelho foi um dos fundadores da entidade e, de lá para cá, vem acompanhando o cresci-mento da Associação. Comemorando o primeiro ano de gestão da nova Dire-toria Executiva, João Botelho relembra nesta entrevista a importância da ANABB para o funcionalismo e as prin-cipais ações do conselho no último ano

ANABB: Como um dos fundadores da ANABB, qual sua avaliação da Associação nestes 27 anos de existência?

JOÃO BOTELHO: Muito positiva em todos os as-pectos. Primeiro, é bom ressaltar que discutíamos, nas primeiras reuniões versando sobre a criação da ANABB, os interesses dos funcionários, do próprio BB e da Nação, a que o Banco deveria servir como instru-mento de desenvolvimento.

No caso dos funcionários, entendíamos que já esta-vam devidamente defendidos pelas organizações sin-dicais, muito fortes e menos partidarizadas naqueles idos de 1985, 1986. Devíamos, portanto, direcionar o poder da entidade que pretendíamos criar apenas para somar força a essas organizações, no que dizia respeito aos funcionários do BB. Os sindicatos eram e continuam sendo defensores dos bancários em geral. Por isso, situações surgiam e continuam surgindo exi-gindo atuações diferenciadas – embora não confl itan-tes – entre nós e os bancários do sistema privado. Com

todo o respeito que estes merecem de nós. No caso do Banco e da Nação, cujos interesses se

mesclavam, percebíamos certo vácuo. A defesa e o for-talecimento do BB, embora relevante, não importava à classe dos banqueiros, sobretudo os internacionais. Mesmo internamente, havia interesses confl itantes, já que muitos membros do governo, detentores do poder de compor a administração do BB, não demonstravam maior responsabilidade com os destinos da Nação. O clássico confl ito entre Estado e Nação. Poucos se lembram, mas a ganância dos banqueiros impunha ao Banco as atividades menos rentáveis, mais one-rosas, pois ele devia cumprir seu papel de agente do desenvolvimento nacional, e os banqueiros privados fi cariam com o quinhão mais rentável. Da mesma for-ma, havia muito mais parlamentares “eleitos” e man-tidos pelos bancos privados, a serviço deles. Havia claro interesse de forças, até alienígenas, de esvaziar o Banco do Brasil, iniciado com a Reforma Bancária (Lei nº 4.595/1964) e a do Mercado de Capitais (Lei

ANABB para o funcionalismo e as prin-

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nº 4.728/1965). O Banco do Brasil que temos hoje re-fl ete em muito o resultado positivo da luta da ANABB contra aqueles ataques.

ANABB: No primeiro ano desta gestão, quais ações do Conselho Deliberativo podem ser destacadas?

JOÃO BOTELHO: Muitas são as ações que merecem destaque. A mais importante, todavia, refere-se à su-peração dos entraves colocados pela situação de con-tarmos com uma maioria exígua de novos membros, considerando o número de representantes da antiga gestão. Eleita a Diretoria Executiva, o Conselho Deli-berativo fi cou composto por 11 membros renovados e dez membros representantes da gestão anterior. Esta minoria, como é próprio dos processos democráticos, fez o que podia para impedir os avanços que preten-díamos. A ponto, mesmo, de provocar a interrupção de uma reunião do conselho que já estava instalada (23/4/12), com a saída de seus dez conselheiros da reunião, o que impediu seu prosseguimento. Na pau-ta? Recomposição da Diretoria Executiva, em face da renúncia de alguns membros para tentar recuperar a maioria no conselho; apreciação e manifestação sobre os pareceres do Conselho Fiscal, das contas do exer-cício de 2011 e da Auditoria Independente; revisão do Código de Ética e do Regimento da Comissão de Ética; composição da Comissão de Ética; e indicação de representantes da ANABB para composição dos po-deres do ANABBPrev, entre outros assuntos de igual importância. Mas houve também muitas coisas boas que devem ser ressaltadas. A interação entre os po-deres (Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo, respeitadas as competências de cada um), permitiu crescimento signifi cativo e sustentável na qualidade da governança corporativa. Houve evo-lução importante na contribuição para a qualidade de compliance implementada pela Diretoria Executiva. E houve igualmente solidariedade muito grande entre os ajustes propostos e implementados pela Diretoria Executiva e os membros do Conselho Deliberativo. Não fomos nós, dirigentes, que ganhamos. Foram os asso-ciados, foi a entidade, foi o BB que ganharam.

ANABB: O Conselho Deliberativo enfrentou muitos desafi os em 2012?

JOÃO BOTELHO: O maior desafi o foi o de restabe-lecer o equilíbrio entre os membros, restabelecer o comando na Diretoria Executiva, sem perder a maioria nas deliberações do conselho. Tivemos de enfrentá-los

com equilíbrio, paciência e resignação. É bom dizer aqui que sempre contei com o apoio de muitos con-selheiros, inclusive da gestão anterior a 2012. Como disse em outra manifestação, alusiva ao primeiro ano de gestão, houve muitas decisões do Conselho Delibe-rativo adotadas por consenso ou grande maioria. Res-salto, com respeito aos demais conselheiros, a efetiva e equilibrada ajuda da conselheira Graça Machado. Inteligência, respeito, vontade contributiva e compro-misso com as causas da ANABB, que experimentou na função de presidente do conselho até o fi m de 2011, ela trouxe para nos auxiliar.

ANABB: Para os próximos três anos, quais devem ser as prioridades e os compromissos?

JOÃO BOTELHO: Aprofundar a pacifi cação dos âni-mos entre os membros do Conselho Deliberativo e co-meçar o trabalho proativo a que nos dispusemos. Na verdade, até aqui foi-nos imposta uma atuação mais reativa. Na esmagadora maioria das situações, tive-mos de administrar problemas. Atividades que con-sideramos importantes, como a revisão do Estatuto Social para corrigir dispositivos propostos e aprovados na revisão de 2009, de forma casuística e de modo a perpetuar um sistema de gestão, devem motivar nos-sa programação doravante. O papel da ANABB frente a ANABBPrev, COOP-ANABB e OdontoANABB também deve integrar nossas preocupações. São entidades sé-rias, mas devem ser autossustentáveis. Não pode um associado da ANABB, que não faça parte dessas enti-dades, que não participe de seus benefícios, contribuir com sua mensalidade para a manutenção delas. Cada qual assume sua gestão de custos e benefícios. Pelo menos é minha opinião.

ANABB: O que o associado pode esperar dessa gestão?

JOÃO BOTELHO: Que cheguemos ao fi m do manda-to tendo a entidade que todos querem – tanto aque-les que compraram a ideia inicial de sua constituição quanto aqueles que se somaram depois. Haverá inte-ração muito maior entre associados e dirigentes, so-bretudo com a participação dos diretores regionais, o que permitirá a permeabilidade de ideias, princípios, anseios e atuação conjunta entre dirigentes e associa-dos. Podemos dizer hoje, com certeza, que a ANABB está voltando ao que preconizávamos ao lançar o Ma-nifesto de sua Fundação, em dezembro de 1985, men-sagem denominada “AOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL”.

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CONSELHO FISCAL

2012: UM ANO 2012: UM ANO 2012: UM ANO 2012: UM ANO 2012: UM ANO 2012: UM ANO PECULIARPECULIARPECULIAR

Em 2012, os membros do Conselho Fiscal da ANABB tiveram importante partici-pação no processo de planejamento da organização da entidade e implantação de uma gestão transparente. Veja a entrevista da presidente do Conselho Fiscal, Vera Melo, que explica os principais desafi os enfrentados e como a atual Direto-ria da entidade infl uenciou na condução dos trabalhos

ANABB: Qual é a missão do Conselho Fiscal da ANABB?

VERA MELO: Além de sua função fi scalizadora e demais previstas no Estatuto Social, no Código Civil e nas orientações do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), a missão é transmitir credibilidade a associados, conselheiros, funcionários, prestadores de serviços e todas as partes interessadas.

ANABB: Como foi o primeiro ano do mandato do atu-al Conselho Fiscal?

VERA MELO: Foi marcado por grandes desafi os, contudo a integração produtiva, respeitosa e indepen-dente dos colegiados, a participação e o empenho dos membros titulares e suplentes e dos funcionários da ANABB permitiram-nos a realização de um bom traba-lho. Apesar dos incidentes e das crises, foi um ano que se caracterizou pelo fortalecimento e pela convergên-cia de interesses e direitos dos associados, a quem primeiramente o Conselho Fiscal tem o dever de de-fender, destacando-se que esse é seu papel.

ANABB: Quais as principais realizações do Conse-lho Fiscal quando se fala em atribuições e função fi scalizadora?

VERA MELO: Examinamos documentos e relató-rios da entidade, relatórios e pareceres da auditoria independente, com atenção e acompanhamento dos assuntos mais críticos; apresentamos sugestões e recomendações no que houve oportunidade, visando fortalecer os controles internos da ANABB; solicitamos

informações e esclarecimentos à Diretoria Executiva sobre diversos temas; emitimos pareceres e solicita-mos contratação de auditoria para avaliar os ajustes promovidos com a fi nalidade de assegurar que as reco-mendações emitidas pelo Conselho Fiscal e pela audi-toria independente fossem cumpridas e se refl etissem nas demonstrações contábeis de 2012.

ANABB: Qual foi o maior desafi o para o Conselho Fis-cal nesse primeiro ano?

VERA MELO: O maior desafi o foi assumir a respon-sabilidade pela emissão do parecer sobre as contas de 2011 (gestão anterior), cuja competência foi atribuída ao atual conselho, empossado em janeiro de 2012. Isso requereu muita dedicação, profi ssionalismo, zelo, maturidade e conhecimento para cumprir esse papel institucional, além da necessidade de formalização e apresentação de um documento bem fundamentado, cuja construção está embasada em evidências, no respeito às diferenças de entendimento e opinião dos membros titulares e suplentes, em que todos tiveram a oportunidade de, democraticamente, manifestar e registrar seu juízo, como pode ser conhecido nos do-cumentos divulgados na aba transparência, disponível no site da ANABB. Outro grande desafi o foi concluir que as demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2011 não representam com fi dedignidade o fenô-meno que se propõe representar, atributo fundamental da informação contábil, conforme estabelece o Comitê de Pronunciamentos Contábeis em sua Estrutura Con-ceitual Básica – CPC 00; portanto, não há condições

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de aprovação, existindo inclusive a necessidade de apresentar as constatações consideradas relevantes e os fundamentos técnicos que embasaram a emissão do referido parecer, aos membros do Conselho Delibe-rativo.

Há outros grandes desafi os, pois existem assun-tos que não fi caram esclarecidos ainda. Contudo, o compromisso e o esforço de todos os colegiados para melhoria signifi cativa do diálogo e do respeito demons-tram o que efetivamente existe, superando todas as diferenças de ideias a fi m de que o interesse maior, ou seja, o dos associados, seja o objetivo principal da ANABB. Os tempos mudaram, haverá necessidade de considerar novos públicos, todos os funcionários do BB aposentados e da ativa, sem distinção.

ANABB: Qual é a avaliação do primeiro ano à frente da Presidência do Conselho Fiscal?

VERA MELO: Faço um balanço muito positivo, espe-cialmente na dimensão operativa, que diz respeito às iniciativas implantadas, visando buscar o aperfeiçoa-mento da função fi scalizadora e incorporando novas formas e ferramentas de verifi cação de conformidade. Com isso, pudemos avaliar todas as contratações rea-lizadas na atual gestão tanto do ponto de vista formal quanto do acompanhamento/monitoramento dos con-tratos, oferecendo à Diretoria Executiva oportunidades de melhoria no processo.

Essa experiência trouxe grande aprendizado para o conselho como um todo. Estou motivada a continuar, juntamente com todos os conselheiros, desenvolvendo

ações voltadas para a melhoria da efi ciência e da efi -cácia em nossa função fi scalizadora. Essa é uma bata-lha contínua, pois sempre é possível aperfeiçoar o que já existe. Para 2013, minha expectativa é de que haja avanços ainda maiores que em 2012.

ANABB: A atuação da Diretoria contribuiu para o desenvolvimento dos trabalhos do conselho?

VERA MELO: Observamos mudanças signifi cativas que contribuíram diretamente na melhoria dos proces-sos internos e na realização dos trabalhos do Conselho Fiscal, entre elas: elaboração e aprovação de Planeja-mento Estratégico; criação do Código e da Comissão de Ética; elaboração e aprovação de manuais internos; preparação de regulamentos; estabelecimento de Po-líticas de Investimento; aprovação de Plano de Cargos e Salários; e, especialmente, melhoria nos controles e na qualidade do gasto. Ressalta-se, nesse ponto, a oti-mização do uso dos recursos orçados para as eleições da Previ e da Cassi, tratando com igualdade todos os candidatos, de forma democrática, para que o asso-ciado tivesse a oportunidade de conhecer melhor as propostas e exercer o direito de escolher seus repre-sentantes nessas entidades.

ANABB: A Diretoria Executiva tem adotado provi-dências para atender os apontamentos do Conselho Fiscal?

VERA MELO: Sim, verifi camos grande esforço da Di-retoria não só para o atendimento de recomendações, sugestões e oportunidades de melhoria oferecidas pelo Conselho Fiscal, mas também para a adoção de medidas ao longo de 2012 que culminaram na reorga-nização estrutural da entidade.

Os vice-presidentes têm responsabilidades cres-centes no que diz respeito à prestação de serviço, ao estímulo à participação dos associados na ANABB e à criação de melhores ambientes que permitam ao asso-ciado contar com uma associação que cuida de seus interesses. Por tudo isso, orgulha-me fazer parte dessa equipe.

Dou parabéns a todos pelos resultados até aqui al-cançados e peço que continuem com seus esforços para o bem comum, em prol dos associados, com a convicção de que este ano será bem melhor que 2012, em que superamos nossos primeiros desafi os.

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14 | Jan-Fev/2013 | Jornal AÇÃO

CIDADANIA

Por meio do programa Liberdade Responsável, presidiários têm a oportunidade de qualifi cação profi ssional e reinserção na sociedade e no mercado de trabalho

Por Josiane Borges

A cada dez presos que deixam o sistema carcerário, somente dois conseguem entrar no mercado de tra-balho, segundo dados do Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ). Para agravar a situação, de acordo com o Sistema de Informações Penitenciárias, um em cada três presos concluíram apenas o Ensino Fundamental. Diante desse quadro e da precariedade dos presídios brasileiros, a ressocialização de detentos é um traba-lho quase impossível para o sistema carcerário.

Para promover ações de qualifi cação profi ssional com foco na ressocialização de presidiários, de jovens em confl ito com a lei e de comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade social, a ANABB criou, em 2007, o programa Liberdade Responsável, que apoia projetos de cidadania de funcionários do Banco do Brasil com esses objetivos. Ele é um braço de um programa ainda maior, o ANABB CIDADANIA, que vem apoiando o trabalho voluntário do funcionalismo do Banco, desde 1993.

A criação do Liberdade Responsável foi possível graças à signifi cativa doação do aposentado do BB Oswaldo Guilherme Roberto Gebler. O associado acre-dita que projetos de ressocialização e educação pro-fi ssionalizante para o público carcerário podem gerar resultados positivos para o país. E assim confi ou à ANABB a responsabilidade para utilizar os recursos doados em favor dessas pessoas. Mais de 40 projetos já participaram do programa Liberdade Responsável, benefi ciando presidiários de vários estados do país. De acordo com o regulamento do ANABB CIDADANIA, recentemente aprovado pela nova Diretoria Executiva, os comitês que atuam com projetos desse mérito po-dem encaminhar propostas para solicitação de recur-sos. A ANABB vai analisar cada um dos projetos.

UMA OPORTUNIDADE PARA A TRANSFORMAÇÃO

CONHEÇA INICIATIVAS APOIADAS PELA ANABB:

JOVENS NO MERCADO DE TRABALHOA Associação Humana Mente para Capacitação e

Inclusão de Jovens para o Mercado de Trabalho – Ins-tituto Aprender para Viver (IAV), no Rio de Janeiro, de-senvolve projetos para jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social. O projeto do IAV visa qualifi -car gratuitamente jovens de 16 a 24 anos de idade em telemarketing, negociação, administração e turismo, com vista à melhoria da qualidade de vida por meio da inserção no mercado de trabalho. Os cursos desenvol-vidos com os jovens são voltados para o trabalho em bancos, empresas comerciais, de consultoria e recu-peração de créditos, além de hotéis, agências de via-gens etc. Alguns alunos são encaminhados para em-pregos formais ou estágios em empresas parceiras. Já foram formados pelo instituto mais de 130 jovens. Destes, metade já conseguiu empregos nas áreas de formação.

SONHO DE LIBERDADEA Fundação Maçônica Educacional de Porto Ale-

gre (RS) desenvolve o projeto Sonho de Liberdade, cujo objetivo é reintegrar homens e mulheres que cumprem pena em regime fechado e que estão em processo de desligamento do sistema prisional ao nú-cleo familiar e ao meio social, apoiando o indivíduo e intervindo em sua reabilitação social.

O projeto oferece cursos de qualifi cação profi ssio-nal nas áreas de pintura predial e confecção em ma-lha, entre outros.

Ao fi m, os detentos recebem um certifi cado, saem capacitados para o mercado de trabalho e podem

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trabalhar em empresas, cooperativas ou até mesmo desenvolver atividades autônomas.

O TRABALHO EM BENEFÍCIO DO PRÓXIMOOutro projeto apoiado pela ANABB é desenvolvido

na Penitenciária Estadual de Maringá (PR). O projeto contribui para a recuperação dos detentos que cum-prem penas na unidade prisional. Os trabalhos reali-zados pelos presos benefi ciam os defi cientes visuais atendidos no Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Defi ciência de Maringá. Os detentos confeccio-nam livros em Braile, digitalizam livros paradidáticos e gravam histórias, o que possibilita a alunos cegos terem acesso a diversas literaturas e inclusão no en-sino. O material confeccionado é distribuído para 195 municípios. Desde 2004, já foram produzidos 25.305 materiais didáticos em relevo, 338 livros digitalizados e mais de 90 histórias gravadas.

OSWALDO GUILHERME GEBLER: O BENEMÉRITO

Funcionário aposentado do BB, trabalhou por quase 25 anos em agências do Rio de Janeiro. Em 2005, aos 85 anos, o associado nascido no Rio Grande do Sul de-cidiu doar seus recursos fi nanceiros para a ANABB. Oswaldo Gebler deixou claro que, caso aceitasse os recursos, a Associação deveria “ter o compromisso de, com a ajuda em trabalhos cívicos, convocados junto a todo o funcionalismo ativo e apo-sentado do BB, desenvolver a educação moral e profi ssionalizante nas prisões bra-sileiras e auxiliar para que os condenados recuperáveis, depois de cumpridas suas penalidades, tenham uma profi ssão para subsistência”. Com esse pedido, foi criado o programa Liberdade Responsável. Oswaldo é autor de dois livros: Livro-Carta, uma coletânea de cartas endereçadas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e Capital Internacional. Os livros foram escritos durante quase 20 anos e, em 2012, foram editados e impressos. Atual-mente, o associado está com 93 anos de idade. Graças à doação do aposen-tado, diversos projetos que procuram reintegrar os presidiários foram exe-cutados e, com isso, os detentos pas-saram a ter a oportunidade de nova chance fora da prisão. Quem ganha é toda a população brasileira.

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16 | Jan-Fev/2013 | Jornal AÇÃO

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

São muitas as versões: potes, envelopes, porqui-nhos, caixas, contas. Desde sempre, as pessoas se preocupam com suas fi nanças. Se isso bastasse, não haveria problemas fi nanceiros. Mas não basta. Preocu-par-se pode acelerar o aparecimento de rugas, ativar o estado de alerta, evitar surpresas. Mas não resolve problemas. Planejamento sim, levado a sério, com per-severança.

Os três potes se prestam ao básico da organização fi nanceira. Um ponto de partida. Dividir as fi nanças em diferentes horizontes ajuda a estabelecer limites, equi-líbrio. Presente e futuro. Segurança e desfrute. Consu-mo e poupança. E essa harmonia é importante para o sucesso das fi nanças pessoais.

Aqueles que poupam em excesso não desfrutam o presente, não o vivem com intensidade. Os que exage-ram no viver cada dia como se fosse o último podem estar se condenando a viver um futuro apenas de lem-branças. Mas quem vive o agora sem exageros, com limites, especialmente nos gastos, criando reservas – um olho no peixe e outro no amanhã –, está entre os que bem utilizam os princípios dos três potes. A esses, boas perspectivas fi nanceiras.

A operação básica consiste em dividir a renda em partes, com diferentes objetivos e horizontes. Aí, entra o mais simples e mais importante princípio matemáti-co aplicado às fi nanças: o zero é indivisível. Assim, os três potes podem, no máximo, consumir a renda toda. Nunca mais do que ela. O negativo deve ser expurga-do das hipóteses aceitáveis. Fica apenas no imaginá-rio. Quando muito, no passado. Ganho direto? Sem endividamentos.

Os três potes recebem diferentes nomes, mas no geral podem ser divididos em gastos correntes, praze-res e previdência. Os gastos correntes, relacionados à manutenção cotidiana, são os maiores e mais diver-sifi cados.

A conta dos prazeres merece atenção especial, en-globa a maioria dos gastos variáveis. Se forem exage-rados, desequilíbrio certo no orçamento. Se elimina-dos, o desequilíbrio aparece em outras áreas. O pote da previdência é o mais sacrifi cado. Fica sempre para o fi m, quando deveria ser o primeiro a ser atendido. Afi nal, para garantir frutos, é preciso semear. E, no meio da jornada, quem cultiva o que semeou ainda pode contemplar as fl ores.

Por Álvaro Modernell, especialista em educação fi nanceira e previdenciária

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FUNCIONÁRIO DO BB EM DESTAQUE

TRAJETÓRIA VITORIOSA TRAJETÓRIA VITORIOSA TRAJETÓRIA VITORIOSA TRAJETÓRIA VITORIOSA TRAJETÓRIA VITORIOSA TRAJETÓRIA VITORIOSA QUE INICIOU NO BB QUE INICIOU NO BB QUE INICIOU NO BB

Atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo Silva tomou posse no Banco do Brasil em 1975 e foi morar em São Paulo. Em 1982, foi transferido para o Paraná e, em 1985, se fi liou ao Partido dos Trabalhadores (PT). Sua pri-meira função no Banco do Brasil foi a de caixa. Em seguida, foi auxiliar de supervisão, programador e analista. “O Banco do Brasil foi uma grande escola tanto em termos técnicos quanto de ideário”, relembra.

Nessa mesma época, Paulo Bernardo foi eleito delega-do sindical e diretor da Federação dos Bancários do Para-ná. “Em meu tempo, existia um ambiente participativo no Banco, que estimulava a associação. Isso, de alguma forma, me incentivou a decidir pela carreira política”, explica. Sua militância política já vinha desde a época do movimento es-tudantil. Por este motivo, durante a ditadura militar, Paulo Bernardo foi expulso, por decreto, do último ano de Geolo-gia, na Universidade de Brasília (UnB).

Em 1991, licenciou-se do BB para exercer seu primeiro mandato como deputado federal pelo Paraná, sendo reelei-to em 1994. No segundo mandato, ele foi vice-líder do Par-tido dos Trabalhadores e presidente da Comissão de Fiscali-zação Financeira e Controle (CFFC).

Além de parlamentar, foi secretário de Fazenda do muni-cípio de Londrina, de 1999 a 2000, e secretário de Fazen-da do estado do Mato Grosso do Sul, de janeiro de 2001 a março de 2002. Nesse mesmo ano, Paulo Bernardo foi eleito para um terceiro mandato como deputado federal, momento em que foi, novamente, vice-líder do PT e presi-dente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

“Licenciei-me em março de 2005 para assumir o Minis-tério do Planejamento, Orçamento e Gestão, onde fi quei até dezembro de 2010”, conta o ministro. Segundo ele, esse foi o cargo que mais marcou sua trajetória política. “Isso em

virtude do tamanho das responsabilidades de conduzir um órgão que tem competências muito amplas, com implica-ção em toda a administração pública”, diz. Na pasta, Paulo Bernardo enfrentou o desafi o de promover o planejamento participativo e melhorar a gestão pública, além de dar sua contribuição na tentativa de conter o gasto público e na for-mulação do Plano Nacional de Banda Larga.

Em janeiro de 2012, Paulo Bernardo assumiu o Ministério das Comunicações com a meta de propiciar internet com banda larga a 42 milhões de domicílios. Até 2015, o minis-tério também promoverá a oferta de banda larga móvel em redes 4G das cidades-sede da Copa das Confederações, da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

No Banco do Brasil, Paulo Bernardo teve uma escola técnica e de ideário

Por Naitê Almeida

Banco, que estimulava a associação. Isso, de alguma forma, me incentivou a decidir pela carreira política”, explica. Sua militância política já vinha desde a época do movimento es-tudantil. Por este motivo, durante a ditadura militar, Paulo Bernardo foi expulso, por decreto, do último ano de Geolo-

Em 1991, licenciou-se do BB para exercer seu primeiro mandato como deputado federal pelo Paraná, sendo reelei-to em 1994. No segundo mandato, ele foi vice-líder do Par-tido dos Trabalhadores e presidente da Comissão de Fiscali-

Além de parlamentar, foi secretário de Fazenda do muni-cípio de Londrina, de 1999 a 2000, e secretário de Fazen-da do estado do Mato Grosso do Sul, de janeiro de 2001 a março de 2002. Nesse mesmo ano, Paulo Bernardo foi eleito para um terceiro mandato como deputado federal, momento em que foi, novamente, vice-líder do PT e presi-dente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e

“Licenciei-me em março de 2005 para assumir o Minis-tério do Planejamento, Orçamento e Gestão, onde fi quei até dezembro de 2010”, conta o ministro. Segundo ele, esse foi o cargo que mais marcou sua trajetória política. “Isso em

redes 4G das cidades-sede da Copa das Confederações, da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

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ANABB: Qual o maior desafi o enfrentado nesses primei-ros meses de gestão?

Creio que foi equacionar o dia a dia extremamente com-plexo com as mudanças necessárias para atingir os objeti-vos. Entre eles, o desafi o de montar uma equipe que traba-lhasse alinhada a essa premissa; defi nir como implementar o modelo de gestão de forma que as propostas de campa-nha possam ser concretizadas; motivar a equipe; desenvol-ver iniciativas estratégicas para a área e para a Cassi; ad-ministrar as pendências herdadas; e criar um ambiente de confi ança e diálogo com os demais membros da Diretoria.

ANABB: Como está sendo o trabalho na Diretoria Execu-tiva da Cassi?

Chegamos ao fi m de 2012 com visões mais alinhadas, muito diálogo e respeito entre todos e maior engajamento rumo aos objetivos que entendemos necessários e impor-tantes para a Cassi e seus associados.

ANABB: Como está a rede credenciada em sua gestão?Efetuamos trabalho de mapeamento que resultou no de-

senvolvimento de uma iniciativa estratégica que prevê a im-plantação de novo modelo de negociação e remuneração, georreferenciamento, combate às fraudes, qualifi cação da rede, alterações na política e diretrizes negociais que co-meçarão a ser implementadas em 2013. Também tivemos ações pontuais em regiões extremamente críticas – em que não havia rede para atendimento – e conseguimos, com muito esforço, avançar em soluções que, embora não se-jam ideais, resolveram o problema. Outra ação foi buscar dialogar com o BB para que possa contribuir com a prospec-ção e a manutenção de nossos credenciados.

ANABB: O que foi colocado em prática desde sua posse?O mais importante nesse período foi a estruturação de

ENTREVISTA: PRESTANDO CONTAS

ELEIÇÕES CASSI E PREVI

Veja a entrevista com a diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi, Mirian Fochi, sobre os primeiros meses de ges-tão na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil

Por Elder Ferreira, especial para o jornal Ação

cinco projetos prioritários, já aprovados na peça de planejamen-to e orçamento da Cassi e alinhados às promessas de campa-nha. São eles: desenvolvimento e lançamento de novos produ-tos; implementação dos novos modelos de negociação e gestão da rede de credenciados e de autorização e pagamento de pro-cedimentos; gestão de informações relacionadas aos negócios; integração dos canais de atendimento; e assessoria a partici-pantes, prestadores e unidades em todo o país. É óbvio que os resultados levarão algum tempo para serem observados, mas, sem dúvida, estruturar e aprovar essas iniciativas foram grande conquista e demandarão muito trabalho nos próximos anos, es-pecialmente em 2013.

ANABB: O que falaria para os associados que a elegeram sobre o trabalho desenvolvido até aqui e sobre os novos desafi os?

Eu diria que “Cuidar da Cassi para a Cassi cuidar de você” é extremamente complexo, mas desafi ador e empolgante. O mais difícil é atuar em um mercado em que a saúde é vista de forma deturpada e mercantilista. Ou seja, para o mercado, saúde é um negócio que visa ao lucro, que tem metas de lucro e, portanto, a saúde das pessoas é objeto de negócio.

É imprescindível a compreensão, por parte dos associados, das limitações que isso impõe à Cassi – uma autogestão com receita fi xa e despesa crescente – e das ma-nipulações a que somos submetidos diu-turnamente por aqueles que, muitas vezes, não têm nenhum compromisso com a saúde. Por isso, cada vez mais queremos dialogar com os associa-dos para, juntos, buscar a melhor forma de atender com dignidade as necessidades de todos.

MIRIAN FOCHIDiretora de Planos de

Saúde e Relacionamento com Clientes da Cassi

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ENTREVISTA: PRESTANDO CONTAS

MARCEL JUVINIANO BARROSDiretor de Seguridade da Previ

ANABB: Qual o maior desafi o enfrentado nesses primei-ros meses de gestão?

Compreender o funcionamento dessa instituição fantás-tica que é a Previ. As interligações de suas diretorias e ge-rências, o impacto das decisões etc.

ANABB: Como está sendo o trabalho na Diretoria Execu-tiva da Previ?

É um trabalho gratifi cante. Existe um respeito pelas posi-ções defendidas tanto pelos diretores eleitos como pelos in-dicados pelo Banco. Sabemos que, para enfrentar os desa-fi os e garantir a solidez da Previ, é importante defender os interesses dos associados e da instituição. Isso vem sendo conseguido com postura responsável de todos os diretores.

ANABB: O que você destacaria no trabalho à frente da Di-retoria da Previ?

O comprometimento dos funcionários com o destino da Previ e a certeza de estar participando ativamente da vida de cerca de 90 mil aposentados e pensionistas e suas famí-lias, garantindo benefícios e serviços de qualidade, faz que cada dia seja motivo de muito orgulho. Também é impor-tante destacar que estamos construindo o futuro de outros 100 mil trabalhadores do Banco que, mensalmente, con-fi am seus recursos para que os administremos, na certeza de uma aposentadoria digna.

ANABB: Uma das prioridades de seu mandato é o partici-pante? Como tem sido o retorno de seu trabalho por eles?

Desde 1º de junho, temos um mantra na Diseg: “a fi nali-dade da Previ é pagar benefícios a seus associados”. Com esse fundamento, temos procurado atender com presteza e dar respostas ao corpo social. O resultado se faz perceber rapidamente, com manifestações positivas e de reconheci-

Confi ra também o balanço feito pelo diretor de Seguridade da Previ, Marcel Juviniano Barros, sobre o mandato da Caixa de Previdência

mento por parte daqueles que procuram nosso atendimento ou nas diversas reuniões que temos realizado com associa-ções e entidades de classe.

ANABB: O que foi colocado em prática desde sua posse?Conseguimos aumentar o contingente de trabalhadores

na assessoria previdenciária, um trabalho de excelência que vem sendo prestado para aqueles que estão pensando em se aposentar. Na educação previdenciária, estamos implan-tando um modelo que pretende tornar a Previ cada vez mais próxima dos associados, permitindo maior conhecimento da instituição e do sistema previdenciário.

ANABB: O que representa para você estar à frente desse cargo na Previ?

Representa um orgulho e uma responsabilidade muito grande. Desde o início de minha carreira como menor esta-giário em Bragança Paulista, recebi apoio dos funcionários que me ensinaram a trabalhar e respeitar essa enorme fa-mília que é o funcionalismo do Banco do Brasil. É o compro-misso com entidades que construíram a história de lutas e conquistas dos trabalhadores. Tudo isso signifi ca a necessi-dade de representar com altivez e fi rmeza os associados e gerir com segurança esse enorme patrimônio.

ANABB: O que falaria para os associados que o elegeram sobre o trabalho desenvolvido até aqui e sobre os novos desafi os?

Sempre considero importante renovar os compromissos assumidos com os associados, independentemente do gru-po no qual votaram. O desafi o é assegurar a solidez da Pre-vi e mantê-la como entidade de referência em previdência complementar, não apenas para o sistema, mas principal-mente para o corpo social.

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PARCERIA QUE DÁ CERTO

Atender as necessidades dos associados e da rede Cassi no interior: esta foi a ideia que impulsionou o surgimento do projeto Agentes Facilitadores, no Rio Grande do Sul. A iniciativa do Conselho de Usuários do estado foi aprovada pela Cassi em 2009 e vem tra-zendo resultados signifi cativos. “Tem sido um trabalho conjunto, de parceria e cumplicidade, que envolve di-versos atores, como a gerência da Cassi, os superin-tendentes, os associados e os médicos”, explica Ricar-do Maeda, coordenador do Conselho de Usuários da Cassi no Rio Grande do Sul e do projeto Agentes Faci-litadores. A função do Agente Facilitador é auxiliar os representantes da Cassi no contato com médicos, la-boratórios e hospitais das cidades do interior. Eles são associados da Caixa de Assistência e líderes em suas comunidades que, voluntariamente, fazem essa inter-mediação entre os prestadores de serviços e a Cassi. Atualmente, o projeto conta com 63 agentes facilitado-res em 45 cidades do Rio Grande do Sul. Segundo Ma-

eda, “o trabalho deles é importantíssimo, porque eles abrem as portas para a ampliação da rede de creden-ciados e conquistam profi ssionais de saúde em locais de difícil acesso. Nesses últimos três anos, consegui-mos credenciar 900 médicos em todo o estado, graças às parcerias fi rmadas”. Clênio Teribele, atual diretor de Agronegócios do BB, era superintendente do Banco no Rio Grande do Sul na época do surgimento do projeto e lembra as difi culdades encontradas. “Experimentá-vamos severas difi culdades de credenciamento. Quan-do se agrega o esforço voluntário dos associados ao apoio institucional do Banco e à competência técnica da Cassi, as chances de sucesso são amplifi cadas”, complementa Clênio.

LIDERANÇA VOLUNTÁRIA Para ser agente facilitador, é importante ter lide-

rança junto à comunidade local, espírito comunitário, disponibilidade de tempo, rede de relacionamento na

CASSI

O projeto Agentes Facilitadores envolve diferentes atores em prol da saúde dos associados da Cassi

Por Naitê Almeida

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PARCERIA QUE DÁ CERTO

localidade e nas redondezas e ser agregador e forma-dor de opinião. Para o presidente da ANABB, Sergio Riede, “o trabalho realizado pelos agentes facilitado-res é uma experiência inovadora e exitosa que ajuda a buscar soluções, conquistando mais médicos e am-pliando a rede de atendimento da Cassi”. Riede era o presidente da Cassi na época do surgimento do projeto e o que chamou sua atenção foi ver os associados se movimentando e buscando soluções, em vez de fi car apenas reclamando.

Para o vice-presidente de Comunicação da ANABB, Douglas Scortegagna, que foi diretor de Saúde da Cas-si de 2006 a 2010, quando os agentes facilitadores iniciaram suas atividades, foi uma grande ideia que ge-rou excelentes resultados também para a Cassi, diante de maior conscientização dos associados sobre as difi -culdades que aquela Caixa enfrentava com constantes descredenciamentos ou falta de novos credenciados. “O surgimento dos agentes facilitadores foi uma das mais criativas ideias surgidas por iniciativa do Conse-lho de Usuários da Cassi no Rio Grande do Sul, que veio dar novo alento aos usuários dos serviços daquela Caixa e que deve ser estendida para todos os estados, para o bem dos associados de nosso plano de saúde”, ressalta Douglas. O agente facilitador Mário Eugênio Kops, atual presidente da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Santa Cruz do Sul, dispôs-se a aju-dar de forma voluntária. “Os colegas ligavam para a AABB ou direto para mim, querendo obter informações acerca de diversos assuntos relativos a Cassi, como médicos que constavam na relação de credenciados e não estavam mais atendendo, hospital sem plantão, procedimento para receber medicamentos de uso con-tínuo, formulários, enfi m, inúmeras outras situações”, explica.

Interesse, disponibilidade e apoio são palavras-cha-ve no trabalho dos agentes facilitadores. Como Kops, outras pessoas se disponibilizam a fazer essa media-ção de maneira voluntária, por todo o estado.

NA PRÁTICA O agente facilitador também acompanha o cumpri-

mento das condições pactuadas com a rede assisten-cial. Para isso, ele conta com canal de comunicação di-reto com o Conselho de Usuários e a unidade da Cassi. Não há monitoramento do trabalho, que é voluntário.

Mas há ferramenta de gestão que acompanha os resultados de maneira global. Além disso, trimestral-mente, os membros do Conselho de Usuários entram em contato com cada agente facilitador para saber como estão o trabalho, os êxitos e as difi culdades enfrentadas. Dessa forma, é possível ver o avanço do trabalho na região.

A ação dos agentes tem o intuito de facilitar o agen-damento junto aos profi ssionais médicos, acompanhar o executivo de Negócios da Cassi nas visitas, identifi car possíveis insatisfações nos prestadores e paralisações de atendimento de médicos e hospitais, facilitar a bus-ca e a entrega de documentação, identifi car quais são os anseios dos associados e ser o elo entre a Cassi e o profi ssional médico.

Além disso, existe um planejamento mensal das vi-sitas, e a Cassi/RS dispõe de cronograma de viagens com as localidades a serem visitadas, de acordo com a necessidade de atuação na rede.

O projeto Agentes Facilitadores recebe o apoio da ANABB, da Associação dos Funcionários Aposentados do BB (Afabb), da Associação dos Antigos Funcionários do BB (AAFBB), da Cooperforte e das Associações Atlé-ticas Banco do Brasil.

Para que essa experiência se espalhe para outros estados brasileiros, é preciso, além das parcerias e do voluntariado, a iniciativa do Conselho de Usuários lo-cal. “Para que o projeto dê certo, é preciso que o Con-selho de Usuários entenda a importância da ação.

A Cassi é uma apoiadora, mas, para que o projeto tenha sucesso, é preciso o envolvimento do conselho, como o que aconteceu aqui no estado”, conclui o ge-rente da Cassi no Rio Grande do Sul, Aldo Rossi.

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CONVERSA DE BASTIDOR

GOVERNO DEFINE REAJUSTE DE 6,15% PARA BENEFÍCIOS DO INSS MAIORES QUE O SALÁRIO MÍNIMO

Os Ministérios da Fazenda e da Previdência Social publicaram, no dia 9 de janeiro, no Diário Ofi cial da União, o reajuste de 6,15% para benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) maiores do que um salário mínimo. O reajuste terá impac-to líquido de aproximadamente R$ 9,1 bilhões, de acordo com o Ministério da Previdência Social. O aumento dos benefícios de até um salário mínimo, que fi cou em 9%, custará R$ 10,7 bilhões a mais, atingindo 20 milhões de segurados. A publicação também defi ne que o valor mínimo dos benefícios pagos pelo INSS em 2013 é de R$ 678,00, e o máximo, de R$ 4.157,05. A partir dela, mudam também as faixas salariais de cada alíquota de contribuição. Quem ganha até R$ 1.247,11 pagará 8%; quem recebe entre esse valor e R$ 2.078,52 contribuirá com 9%; e quem tem rendimento superior a isso destinará 11% ao INSS. As informações são da Agência Brasil.

CADASTRO ATUALIZADO É CERTEZA DE INFORMAÇÃO RECEBIDA

Para que os associados recebam informações importantes da ANABB, como comunicado de ações judiciais, premiações dos seguros e notícias da entidade e do funcionalismo do Banco do Brasil, é importante que o cadastro esteja atualizado. Isto facilita a comunicação, pois e-mails, telefones e endereços são as principais fontes de contato entre a ANABB e seus associados. Para atualizar seu cadastro, acesse o site www.anabb.org.br e clique em “Autoatendimento”, ou entre em contato pelo telefone (61) 3442 9696.

ANABB REAJUSTA MENSALIDADE SEGUINDO INPC

A partir de janeiro, a mensalidade da ANABB, que era de R$ 29,90 para sócios e de R$ 15,45 para contribuintes externos (sócios parentes), passou a ser de R$ 31,75 para só-cios efetivos e R$ R$ 15,93 para sócios con-tribuintes externos. A decisão do reajuste foi aprovada pelo Conselho Deliberativo, levando-se em consideração o INPC acumulado dos úl-timos 12 meses. A mudança vai uniformizar o tratamento entre associados da ativa do BB e os aposentados, que têm os benefícios reajus-tados pelo INPC, tendo em vista que, até então, o reajuste tinha como base o mês de setem-bro, quando ocorria o reajuste dos funcionários da ativa do BB. Como o índice do INPC ainda não tinha sido apurado, a ANABB teve de fazer uma estimativa do reajuste, que resultou em 5,99%. Assim, em janeiro, os sócios efetivos da ANABB, que têm suas mensalidades desconta-das por meio da folha de pagamento da Previ, pagaram R$ 31,69. No dia 11 de janeiro, o ín-dice do INPC de 2012 foi apurado, resultando em valor real de 6,20%, o que gerou diferença de R$ 0,06, cobrada a menos na mensalidade dos aposentados. Por isso, em fevereiro, o va-lor da mensalidade, na folha da Previ, será de R$ 31,81 e, em março, volta a ser o acordado de R$ 31,75.

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BOLETO ANABB CIDADANIA PODE SER IMPRESSO NO “AUTOATENDIMENTO”

Os associados que quiserem contribuir para o Programa ANABB CIDADANIA podem imprimir o boleto bancário pelo site da ANABB (www.ana-bb.org.br). Para isso, basta acessar o link “Auto-atendimento”, clicar na aba “Cidadania”, impri-mir o boleto e fazer o pagamento, de qualquer valor, na rede bancária. Os recursos fi nanceiros são destinados aos projetos sociais de comi-tês que têm a participação de funcionários do Banco do Brasil. Nos últimos oito anos, o Pro-grama ANABB CIDADANIA apoiou cerca de 100 comitês em todo o país e arrecadou mais de R$ 1,1 milhão, que foram investidos em proje-tos sociais. Isto só foi possível porque mais de 20 mil contribuições foram recebidas nesses anos.

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NOVA VERSÃO DO MANUAL DE ORIENTAÇÃO FAMILIAR ESTÁ PUBLICADA NO SITE DA ANABB

Após inúmeros pedidos de associados, o Manual de Orien-tação Familiar chega a sua terceira edição. A publicação foi atualizada e traz dicas e orientações sobre como proceder em momentos que sucedem o falecimento de um ente querido. O manual com os procedimentos a serem adotados junto a Previ, Cassi, Banco do Brasil e associações de aposentados e funcio-nários se encontra disponível para download no site da ANABB. Acesse www.anabb.org.br e clique no link “Publicações”.

COMISSÃO ANALISA PROJETO QUEPROÍBE PRIVATIZAÇÃO DO BB

Está na pauta de votação da Comissão de Constituição e Jus-tiça e da Cidadania (CCJC) a Proposta de Emenda à Constitui-ção (PEC) que garante a detenção de 100% do capital social da Caixa Econômica Federal (CEF) à União Federal. A PEC nº 466/2010, de autoria do deputado federal Otavio Leite (PSDB/RJ), assegura à União 100% do capital social da CEF, que é uma empresa pública federal. Quanto ao Banco do Brasil, apesar de se tratar de empresa de economia mista, o texto ainda proíbe expressamente qualquer operação que resulte na perda do con-trole do capital social do Banco pela União. Na Câmara, depois de analisada a admissibilidade pela CCJC, o projeto passará por comissão especial, que será criada exclusivamente para ana-lisar a PEC. Se aprovado nesta comissão, o texto seguirá para plenário, onde será votado em dois turnos.

VITÓRIAS DA ANABB NA JUSTIÇA GARANTEM R$ 51 MILHÕES AOS ASSOCIADOS EM 2012

Defender os interesses do associado está entre as premissas da ANABB. Com esse compromisso, a Associação fechou 2012 com vitórias na Justiça que garantiram R$ 51.531.662,70 aos associados. Esse valor representa as liquidações, de janeiro a dezembro de 2012, referentes às ações: FGTS Taxas de Juros de 3% para 6%; Empréstimo Compulsório sobre Veículo; FGTS Planos Econômicos; Empréstimo Compulsório sobre Combustíveis; IR sobre a Utiliza-ção de Veículo Próprio; IR Venda de Férias e Licenças-prêmio; IR 1/3 Previ; FGTS Plano sobre Planilha de Taxas; FGTS Juros Progressivos + Planos; FGTS Juros Progressivos + Correção. Se você tem ações com a ANABB e quer se informar sobre o andamento de seu processo, acesse o “Autoatendimento”, no site, ou ligue para a Central de Atendimento (61) 3442 9696. Caso queria saber como entrar com alguma ação por meio da ANABB, acesse a seção “Ações Judiciais”.

ANABB ADOTA NOVA POLÍTICA PARA PREENCHER CARGOS

Em respeito ao Código de Ética, a ANABB está adotando novas regras para o preenchimento de cargos. A entidade dará preferência para os funcionários de carreira para valorizar os que já trabalham na Casa. Após esta prioridade, o pro-cesso pode ser aberto para o público externo. Nos dois casos, a seleção seguirá os critérios: análise curricular; prova escrita; teste de perfi l psicológico e profi ssional e avaliação técnico-comportamental. Também serão selecionados candidatos para o cadastro reserva.

ESTÁ

Manual de Orien- chega a sua terceira edição. A publicação foi

atualizada e traz dicas e orientações sobre como proceder em momentos que sucedem o falecimento de um ente querido. O manual com os procedimentos a serem adotados junto a Previ, Cassi, Banco do Brasil e associações de aposentados e funcio-

da ANABB.

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REDUÇÃO DE CUSTOS NA ANABB

A Diretoria Executiva da ANABB trabalhou em 2012 com foco na redução dos custos da Associação. Ao mesmo tempo houve um acréscimo nos benefícios oferecidos aos associados. Confi ra os valores das despesas nos anos de 2011 e 2012.

ELEIÇÃO DE DIREGS

Em 26/12/2012, o Conselho Deliberativo da ANABB tomou algumas decisões sobre os critérios para pre-enchimento de cargos vagos de diretores regionais. A proposta aprovada considera que, para preencher o cargo vago, será convocado o primeiro suplente eleito no mesmo pleito do titular, para a mesma regional. Caso o primeiro suplente não aceite, será convocado o segundo e assim sucessivamente até o preenchi-mento da vaga. No caso de, na eleição geral, não ter tido outro candidato, ou de o candidato com a clas-sifi cação seguinte à do eleito se recusar a assumir, deverá ser feita nova eleição apenas para os associa-dos da respectiva jurisdição. No caso de, neste novo processo eleitoral específi co, não haver candidatos para cumprir o restante do processo na jurisdição, a Diretoria Executiva poderá nomear um diretor regio-nal para a respectiva jurisdição, desde que essa no-meação ocorra com mais de um ano para o término do mandato. As Diretorias Regionais vagas neste momento são: Regional 03 – Amapá; Regional 38 – Rio de Janei-ro; Regional 40 – Rio de Janeiro; Regional 51 – Roraima; Regio-nal 57 – São Paulo. Conforme determinação do Conselho Deliberativo, a ANABB, obser-vados os critérios acima cita-dos, realizará os processos de preenchimento das vagas exis-tentes neste primeiro semestre de 2013. Fiquem atentos para o início do processo e participem.

ANABBPREV ORIENTA PARTICIPANTES QUE CAÍRAM NA MALHA FINA DA RECEITA FEDERAL

Em 2012, a Receita Federal intensifi cou a fi s-calização sobre as contribuições de previdên-

cia complementar que são depositadas pelos participantes e não descontadas em folha de

pagamento. Por isso, alguns participantes podem ter tido suas declarações de ajuste anual retidas na malha fi na por divergência de dados. Nesse caso, o ANABBPrev orienta seus participantes a procurar uma delegacia da Receita, levando seus compro-vantes de depósitos extraordinários, o extrato das contribuições efetuadas durante o ano e o informe de rendimentos. O ANABBPrev ressalta que não há exigência legal obrigando as entidades a repassa-rem para a Receita Federal informações sobre valo-res dos depósitos extras de seus participantes que objetivam a dedução de até 12% sobre a renda bruta, a título de benefício fi scal. Mais informações, ligue para (61) 3317 2600.

ANABBPREV ORIENTA PARTICIPANTES QUE CAÍRAM NA MALHA FINA DA RECEITA FEDERAL

Em 2012, a Receita Federal intensifi cou a fi s-calização sobre as contribuições de previdên-

cia complementar que são depositadas pelos participantes e não descontadas em folha de

pagamento. Por isso, alguns participantes podem ter tido suas declarações de ajuste anual retidas na malha fi na por divergência de dados. Nesse caso, o

Descrição dasDespesas 2012 2011 Valor do

Custo ReduzidoRedução

(%)Benefí cio Assistência Médica Funcionários1 R$ 691.512,00 R$ 985.104,00 R$ 293.592,00 (29,80 %)Pagamentos a dirigentes2 R$ 480.000,00 R$ 1.492.723,00 R$ 1.012.723,00 (67,84 %)

1) Outros R$ 414.942,00 R$ 877.177,00 R$ 462.235,00 (52,70%)2) Abonos R$ 65.058,00 R$ 615.546,00 R$ 550.488,00 (89,43%)

Aluguéis e Condomínios R$ 10.854,00 R$ 75.249,00 R$ 64.395,00 (85,58 %)Seguro de Vida Decesso Associados3 R$ 3.218.000,00 R$ 3.810.993,00 R$ 592.993,00 (15,56 %)Seguro de Veículo R$ 2.856,00 R$ 10.557,00 R$ 7.701,00 (72,95 %)Telefone R$ 179.693,00 R$ 263.637,00 R$ 83.944,00 (31,84 %)Correios R$ 820.000,00 R$ 1.049.000,00 R$ 229.000,00 (21,83 %)Manutenção e Conservação do Imóvel R$ 153.642,00 R$ 207.913,00 R$ 54.271,00 (26,10 %)Despesa Bancária R$ 1.446.561,00 R$ 1.506.261,00 R$ 59.700,00 (3,96 %)Material de Expediente R$ 45.208,00 R$ 104.951,00 R$ 59.743,00 (56,92 %)Material de Informáti ca R$ 6.141,00 R$ 15.283,00 R$ 9.142,00 (59,82 %)Uniformes R$ 21.770,00 R$ 24.011,00 R$ 2.241,00 (9,33 %)Viagens e Representações R$ 691.117,00 R$ 825.379,00 R$ 91.136,00 (16,27 %)Eventos R$ 391.026,00 898.305,00 R$ 507.279,00 (56,47%)Transportes R$ 29.792,00 R$ 48.285,00 R$ 18.493,00 (38,30 %)Diretorias Estaduais R$ 180.139,00 R$ 545.213,00 R$ 365.074,00 (66,96 %)Plano Odontológico4 R$ 6.590.123,00 R$ 6.678.318,00 R$ 88.194,00 (1,32 %)Serviços Gráfi cos R$ 578.215,00 R$ 1.116.150,00 R$ 537.945,00 (48,20 %)

TOTAL GERAL R$ 15.536.649,00 R$ 19.657.332,00 R$ 4.077.566,00 (20,96%)

1 - A substituição do plano de saúde, a partir 1º/10/2012, BB Saúde-SulAmérica pelo Bradesco Saúde foi motivada pelo custo/benefício, promo-vendo economia ao ano no va-lor de R$ 293.592,00.

2 - A atual Diretoria Executiva (gestão 2012-2015), por ini-ciativa própria, renunciou ao abono salarial a que fazia jus, nos termos da cláusula se-gunda, parágrafo sétimo, do Acordo Coletivo do Trabalho da ANABB.

3 - Atualmente só se paga o efetivamente recebido.

4 - O valor de 2012 considera o encerramento da corretagem.

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26 | Jan-Fev/2013 | Jornal AÇÃO

MUDANÇAS NA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

O fi m do voto de qualidade nas decisões dos conselhos dos fundos de pensão e a proibição da devolução de valores a patrocinadores e participantes estão entre as propostas que tramitam no Congresso Nacional

Por Priscila Mendes

Editadas há t12 anos, as Leis Complementares (LCs) nº 108 e nº 109, ambas de 2001, trouxeram mu-danças signifi cativas para o sistema de previdência complementar naquela época, mas alterações nestas leis deverão ser feitas para adequar as normas às ne-cessidades atuais deste regime.

A Lei Complementar nº 108 defi niu regras para o fun-cionamento e a fi scalização das entidades fechadas de previdência complementar (os fundos de pensão), cujos patrocinadores são ligados aos governos federal, estaduais e municipais. Já a Lei Complementar nº 109 estabeleceu novas regras para o sistema de previdên-cia complementar, tanto aberto como fechado, regula-mentando o caput do Art. 202 da Constituição Federal, que trata do regime de previdência privada.

Aproximadamente uma dezena de proposições tra-mita no Congresso Nacional com o objetivo de promo-ver mudanças na gestão e na fi scalização das entida-des de previdência complementar, entre elas o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 161/2012, do deputado Ricardo Berzoini (PT/SP), que também é funcionário do Banco do Brasil.

A proposta foi elaborada com a participação de en-tidades representativas dos trabalhadores e altera o modelo de administração das entidades, a fi m de tor-ná-lo mais democrático e aumentar a participação dos trabalhadores nesta gestão.

O vice-presidente de Relações Institucionais daANABB, Fernando Amaral, avalia a importância da ado-ção de novas medidas. “O projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que visa à alteração das Leis Complementares nº 108 e nº 109, apesar de não abar-

car a reformulação do sistema de previdência com-plementar que desejamos, possui avanços em temas muito relevantes para o equilíbrio do sistema, como o fi m do voto de Minerva e a proibição da reversão de valores para patrocinadores”, afi rmou.

O referido PLP prevê o fi m do voto de qualidade nas decisões dos Conselhos Deliberativo e Fiscal dos fun-dos de pensão, que é garantido pelos Arts. 11 e 15 da Lei Complementar nº 108 aos presidentes destes colegiados, mesmo a composição sendo paritária en-tre representantes dos participantes e assistidos e dos patrocinadores.

Quanto ao uso do superávit, a destinação ga-nhou destaque com edição da Resolução CGPC nº 26/2008. A proposta do deputado Ricardo Berzoini inclui três novos parágrafos ao Art. 20 da LC nº 109, que trata do resultado superavitário dos planos de be-nefícios das entidades fechadas, ao fi m do exercício. Com o novo texto, além da destinação do superávit já defi nida nos parágrafos 1º, 2º e 3º, serão acresci-das novas regras, como: “a revisão do plano poderá contemplar exclusivamente a revisão de premissas atuariais, a redução de contribuições e/ou a revisão e a melhoria dos benefícios; a revisão poderá con-templar os participantes ativos e assistidos a partir da data em que for autorizada a alteração no regula-mento pelo órgão regulador e fi scalizador; e não será permitida a devolução de valores à patrocinadora e aos participantes”. Em caso de défi cit nas contas, é acrescido no Art. 21 da lei em questão o seguinte pa-rágrafo: “quando o resultado defi citário for decorren-te de compromissos assumidos exclusivamente pelo

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Jornal AÇÃO | Jan-Fev/2013 | 27

MUDANÇAS NA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

patrocinador, caberá a esse a responsabilidade da sua cobertura”.

Entre outros pontos, vale ressaltar ainda que o projeto garante que “qualquer alteração no regu-lamento de plano de benefícios ou no estatuto da entidade deverá ser previamente negociada entre os patrocinadores e as entidades representativas dos participantes”, não cabendo mais uma deci-são unilateral.

Até o fi m de 2012, quando a Câmara dos De-putados entrou em recesso, a proposta aguarda-va o parecer da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). De acordo com a Assessoria Par-lamentar da ANABB, se aprovado nesta comissão, o projeto deverá ser analisado também pelas Co-missões de Finanças e Tributação (CFT) e de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), antes de seguir para votação em plenário.

NA CÂMARA DOS DEPUTADOSPLP nº 457/2009 Acrescenta o § 2º ao Art. 17 da LC nº 109, de 29 de maio de 2001, que dispõe sobre o Regime de Previ-dência Complementar e dá outras providências, para tratar sobre a inaplicabilidade de limite mínimo de ida-de aos benefi ciários que foram contratados pelas man-tenedoras até 1º de janeiro de 1978.PLP nº 588/2010Dá nova redação ao Art. 13 da LC nº 108, de 29 de maio de 2001, para dispor sobre as atribuições do Conselho Deliberativo das entidades fechadas de pre-vidência complementar patrocinadas por autarquia, fundação, sociedade de economia mista, empresa pú-blica e outras entidades públicas controladas direta ou indiretamente pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.PLP nº 50/2011 Garante estabilidade aos membros da Diretoria Execu-tiva e do Conselho Fiscal das entidades fechadas de previdência complementar e estabelece critérios para perda de mandato; institui processo de certifi cação de conhecimentos especializados.PLP nº 101/2011 Estabelece que nenhuma parcela da reserva especial das entidades fechadas de previdência complementar será revertida ao patrocinador do respectivo plano de benefício.PDC nº 9/2011 Susta a aplicação do disposto nos Arts. 11, 15, 16, 17,

18, 21, 22 e 25 e de parte do inciso III do Art. 20 da Resolução CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008, do Conselho de Gestão da Previdência Complementar. Es-tes dispositivos tratam sobre a destinação de superávit das entidades fechadas de previdência complementar.PLP nº 236/2012Altera o Art. 20 da LC nº 109, de 29 de maio de 2001, que dispõe sobre o Regime de Previdência Complemen-tar e dá outras providências, para alterar o limite de constituição da reserva de contingência das entidades fechadas.

NO SENADO FEDERALPDS nº 275/2012 Susta disposições acerca da apuração do resultado e da utilização de superávit dos planos de benefícios de entidades fechadas de previdência complementar ins-tituídas pela Resolução do Conselho de Gestão da Pre-vidência Complementar nº 26, de 29 de setembro de 2008.

A tramitação de cada projeto pode ser acompanha-da pelo site da Câmara dos Deputados (www.camara.gov.br) ou pelo do Senado Federal (www.senado.gov.br). A Assessoria Parlamentar da ANABB, vinculada à Vice-Presidência de Relações Institucionais, monitora o pas-so a passo destas e de demais propostas de interesse do funcionalismo do Banco do Brasil que estão no Congres-so Nacional, para manter os associados sempre bem informados.

VEJA OUTROS PROJETOS QUE PROPÕEM ALTERAÇÕES AO REGIME DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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28 | Jan-Fev/2013 | Jornal AÇÃO

ENTENDA O NOVOPLANO DE CARGOS E FUNÇÕES DO BB

BANCO DO BRASIL

O presidente da ANABB, Sergio Riede, e o vice-pre-sidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral, estiveram reunidos em 1º de fevereiro com Carlos Edu-ardo Leal Neri e José Caetano de Andrade Minchillo, respectivamente diretor da Diretoria de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref) e geren-te executivo da Diretoria Gestão de Pessoas (Dipes), para buscar esclarecimentos sobre o novo Plano de Cargos e Funções do BB e suas consequên-cias para os funcionários.

O novo Plano de Cargos e Funções co-meçou a ser desenvolvido em 2010 e precisou ser aprovado pelos Minis-térios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão/Dest. Este novo plano foi estruturado por:

•FUNÇÕES DE CONFIANÇA:

cargos que devem ser remunerados pela responsabili-dade de representar a empresa, gerenciar pessoas ou que, em fun-ção do nível de estratégia ou de confi dencialidade que envolve a ativida-de, devem ser de dedicação exclusiva e de 8 horas.

• FUNÇÕES GRATIFICADAS:aquelas que requerem conhecimento técnico-operacional e alguma responsabilidade maior do que o simples cumprimento da atividade bancária, sem necessariamente ser atividade estratégica ou de alto grau de confi dencialidade. Esses cargos se-rão de 6 horas.

O novo plano terá dois processos distintos de implantação. Um primeiro grupo, formado por

Unidades Estratégicas e Unidades Táticas (Direção Geral e Superintendências) e agências e órgãos regionais. Um segun-do grupo formado pela Diretoria de Tec-nologia (Ditec), pois esta está passando

por uma restruturação total, que já vinha sendo feita há

mais tempo.

te executivo da Diretoria Gestão de Pessoas (Dipes), para buscar esclarecimentos sobre o novo Plano de Cargos e Funções do BB e suas consequên-cias para os funcionários.

O novo Plano de Cargos e Funções co-meçou a ser desenvolvido em 2010 e precisou ser aprovado pelos Minis-térios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão/Dest. Este novo plano foi estruturado por:

cargos que devem ser remunerados pela responsabili-dade de representar a empresa, gerenciar pessoas ou que, em fun-ção do nível de estratégia ou de confi dencialidade que envolve a ativida-de, devem ser de dedicação exclusiva e de

O novo plano terá dois processos distintos de implantação. Um primeiro grupo, formado por

Unidades Estratégicas e Unidades Táticas (Direção Geral e Superintendências) e agências e órgãos regionais. Um segun-do grupo formado pela Diretoria de Tec-nologia (Ditec), pois esta está passando

por uma restruturação total, que já vinha sendo feita há

mais tempo.

28 | Jan-Fev/2013 | Jornal AÇÃO

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Jornal AÇÃO | Jan-Fev/2013 | 29

CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO NA DITEC

• mudança de 3 turnos de 8 horas para 4 turnos de 6 horas;

• por conta deste novo turno, foram criados mais 230 cargos de gerência ou outras funções de confi ança.Cargos de gerência:

• os atuais titulares destes cargos foram migrados au-tomaticamente

• mantêm nomes;• mantêm remunerações;• mantêm jornada de 8 horas diárias;

Demais cargos:• foram extintos;• foram criados novos cargos. O preenchimentos dos

novos cargos se dará por seleção e em 3 “ondas”:- 1ª “onda”:Todos os funcionários poderão concorrer aos cargos novos de gerência e de confi ança, em qualquer setor, inclusive para seu próprio cargo atual.- 2 ª “onda”:Após a divulgação das nomeações das seleções da 1ª “onda”, todos os funcionários não nomeados poderão concorrer aos cargos disponíveis em seu ou em ou-tros setores, de 6 ou de 8 horas.- 3ª “onda”:Após a divulgação das nomeações das seleções da 2ª “onda”, todos os funcionários não nomeados poderão concorrer aos cargos disponíveis em seu ou em ou-tros setores, de 6 ou de 8 horas.- depois de todas as nomeações nas 3 “ondas”, a Ditec decidirá a forma de preenchimento de cargos, se existentes, conforme normas regulamentares;- os funcionários que hoje fazem 8 horas na Ditec e que passarão a fazer 6 poderão, durante um ano, prestar, a seu próprio critério, 2 horas extras diárias em até 10 dias por mês, de forma a poderem manter suas remunerações atuais, por este período.

CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO NA DIREÇÃO GERAL E NAS SUPERINTENDÊNCIAS

Cargos de gerência:• já estão considerados alterados

automaticamente.• mantêm nomes;• mantêm remunerações;• mantêm jornada de 8 horas diárias;

Cargos de analistas master, sênior e pleno (aproximadamente 8 mil funcionários):

• mudam os nomes dos cargos;• mantêm remunerações;• mantêm jornada de 8 horas diárias;• somente estes precisam de manifestação formal.

Cargos de analista júnior:• serão considerados “cargo em extinção”, sem

mais previsão de existência;• previsão de que cerca de 70% dos atuais ana-

listas júnior serão promovidos e que os outros 30% terão grande probabilidade de ascensão profi ssional, em função de aposentadoria normal de funcionários.

• outras alternativas:- pedir transferência para a Rede ou Centrais de Suporte, mantendo-se, no cargo em extinção, com mesma jornada e remuneração, até aposentado-ria; ou concorrer, a qualquer momento, a quais-quer outros novos cargos;- permanecer na Direção Geral ou na Super por mais 180 dias, nas mesmas condições de hoje (salário e jornada). Neste período, poderão con-correr a quaisquer novos cargos. Após 180 dias, serão transferidos para a Rede ou Centrais de Suporte, no cargo em extinção, com a mesma jornada e remuneração, até a data de aposenta-doria ou até a posse em novo cargo para o qual tenham concorrido.

Cargos de gerência:• estão sendo enquadrados nos novos cargos,

automaticamente. • mantem nomes; • mantem remunerações;• mantem jornada de 8 horas diárias;

Demais cargos comissionados:• mantêm os mesmos nomes;• jornada de 6 horas;• novos valores calculados da seguinte forma:

- remuneração atual, dividida por 8 horas, para cal-cular o valor da hora trabalhada, no exercício;- acréscimo de 12% ao valor da hora trabalhada no exercício do cargo;- multiplicação por 6 horas para apurar-se o valor do novo cargo.

• os detentores desses cargos poderão prestar, du-rante um ano, a seu próprio critério, duas horas extras diárias em até 10 dias por mês, de forma a poderem manter remunerações atuais, por este período.

CRITÉRIOS PARA IMPLANTAÇÃO NAS AGÊNCIAS

Jornal AÇÃO | Jan-Fev/2013 | 29

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30 | Jan-Fev/2013 | Jornal AÇÃO

COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO VOLUNTÁRIA (CCV)

• Todos os funcionários detentores de cargos comissionados atu-ais, de jornada de 8 horas, que foram transformados em cargos de 6 horas, poderão apresentar requerimento para negociar diretamente com o Banco seus direitos à 7ª e 8ª hora durante os últimos 5 anos, a contar da data da adesão ao cargo de 6 horas.

• Na CCV, deverão estar presentes o funcionário, o Banco e o sin-dicato da base do funcionário, e o acordo deverá ser homologado na respectiva Justiça do Trabalho;

• Para que o funcionário tenha acesso a esse direito, será neces-sário que o sindicato de sua base tenha aderido ao contrato de reali-zação da CCV. realização da CCV.

O diretor da Diref, Carlos Neri, destacou que “ne-nhum funcionário perde com o novo Plano de Cargos e Funções. Todos terão alternativas para manter a remu-neração bruta atual, sendo que houve aumento real no valor da hora trabalhada para quem fazia 8 horas e passa a fazer 6”.

AVALIAÇÃO DA ANABB

Pontos positivos:• Permissão para que os funcionários concorram, a

qualquer tempo, a novos cargos.• Possibilidade de o funcionário que passar a fazer

6 horas, durante um ano, optar por fazer 2 horas extras diárias, por 10 dias por mês, para manter a remunera-ção bruta mensal.

• Possibilidade de as pessoas das agências, CSO e CSL, permanecerem em cargos em extinção até a apo-sentadoria, se assim desejarem.

• Garantia de o funcionário em cargo em extinção permanecer na mesma dependência por 180 dias e na mesma praça até a aposentadoria, se assim desejar.

• Oportunidade de ascensão imediata para 70% dos analistas júnior;

• Criação de 230 novas vagas comissionadas na Ditec.

No entanto, a ANABB expôs ao Banco a preocupação com alguns riscos:

• O prazo de apenas 6 dias para adesão aos novos cargos é extremamente curto para quem, estando em jornada de trabalho, precisa avaliar com calma o que está sendo proposto. Dessa forma, Riede e Amaral en-tenderam ser necessária a dilação do prazo.

• O Banco poderá enfrentar contestações na Justiça em função de não ter incluído os atuais analistas pleno e sênior na jornada de 6 horas. Estes são exemplos de cargos que não possuem, em sua essência, os requisi-tos legais indispensáveis para serem de 8 horas.

JORNADADOTAÇÃO

ATUAL PERCENTUAL NOVA DOTAÇÃO

NOVO PERCENTUAL

CARGOS GERÊNCIA 8 horas 36.400 30% 36.500 30%

CARGOS COMISSIONADOS

8 horas 32.200 28% 9.300 8%

6 horas 900 1% 24.000 21%

ESCRITURÁRIOS8 horas 1.000 1% 1.000 1%

6 horas 46.300 40% 46.000 40%

O Banco tem hoje 116.800 funcionários que fi carão distribuídos de acordo com o quadro abaixo:

cargos que não possuem, em sua essência, os requisi-tos legais indispensáveis para serem de 8 horas.

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Jornal AÇÃO | Jan-Fev/2013 | 31

• A decisão do Banco, ratifi cada no Boletim Pessoal de 1º/02/2013, de descomissionar os funcionários de Função de Confi ança que não assinarem a adesão até a data estabelecida é um ato de força que poderá tra-zer consequências indesejáveis do ponto de vista do clima organizacional e poderá ser encarado pela Justi-ça do Trabalho como descomissionamento imotivado, imputando novos ônus ao Banco. Além disso, poderá ser questionada judicialmente a perda de comissão exercida por quem está no cargo há mais de 10 anos, sem qualquer registro de problemas disciplinares ou de desempenho.

• A redução de cargas horárias de 8 para 6 para milhares de cargos sem aumento de dotação poderá trazer problemas operacionais sérios para o Banco, mesmo com todos os cuidados que a empresa possa tomar.

• A transferência compulsória de funcionários para outras dependências, mesmo sendo na mesma praça, poderá trazer transtornos para as famílias e impactos no clima organizacional. Quando do momento das transferências, após os prazos previstos, o BB pode-ria defi nir as dependências de destino disponíveis na mesma praça e permitir os pedidos de transferências dos funcionários, tentando assim decidir em conjunto com o funcionário.

• A implantação do novo Plano de Cargos e Funções, na Ditec, onde todas as funções serão repreenchidas com novos nomes de cargos, necessitará do compro-misso formal da empresa de que os recentes confl itos em função das denúncias de retaliações aplicadas por gestores do Banco aos funcionários grevistas, aos que

MOBILIZAÇÃO DOS SINDICATOS

Depois da divulgação do novo Plano de Cargos e Funções do BB, os sindicatos começa-ram a realizar plenárias de discussão do documento e alguns entraram na Justiça. O Sindi-cato dos Bancários de Porto Alegre obteve liminar impedindo a redução salarial de funcio-nários com mais de 10 anos de comissionamento. Já os sindicatos na Bahia e em Brasília conseguiram liminares suspendendo ou prorrogando o prazo para adesão dos funcionários ao plano. A Contraf/CUT e a Contec estudam maneiras de atuação para questionar a im-plantação do novo plano. Dia 20 de fevereiro aconteceu o Dia Nacional de Luta contra o Plano de Funções do BB.

não compensaram os dias de greve e aos que ganha-ram a 7ª e 8ª hora na Justiça, não serão considerados no momento das respectivas seleções. Somente as-sim poderão ser corrigidas injustiças, a fi m de termos nova estrutura legitimada e produtiva como deseja a administração do BB e esperam seus funcionários.

• O fato de, na Ditec, os cargos técnicos terem sido extintos – e não colocados em extinção, como nas de-mais dependências do Banco – representa discrimi-nação em relação aos demais funcionários, trazendo consequências danosas a seus ocupantes que não poderão manter suas condições atuais até a aposen-tadoria, se assim desejarem.

• O Banco poderá enfrentar questionamentos na Justiça sobre redução de salários.

• Embora o Banco tenha informado que não haverá qualquer prejuízo para os que optarem pelos novos cargos comissionados, há relatos de funcionários de que, em alguns cargos comissionados, embora a re-muneração bruta tenha sido mantida, houve alteração nas verbas que compõem tal remuneração, podendo trazer implicações para efeitos de aposentadoria pela Previ. Todos devem fi car atentos para isso e, se for o caso, informar imediatamente aos sindicatos.

Além dessas primeiras observações, a ANABB ana-lisará as informações recebidas, vai continuar ouvin-do o funcionalismo, as entidades sindicais e o Banco, e buscará dar suas contribuições, com críticas e su-gestões que permitam atender os interesses legítimos dos funcionários e ajudar a construir um Banco do Brasil cada vez mais útil à sociedade.

gestores do Banco aos funcionários grevistas, aos que

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Investimentos da ANABB. Essa é uma área em que tenho muita experiência e senti que poderia agre-gar mais um diferencial para a entidade. Gerir riscos tornou-se fundamental para tratar das estratégias e do controle e, principalmente, para fornecer uma vi-são macro da entidade a fi m de compreender tanto o valor da Associação e de seus fi ns como do corpo so-cial, dos Conselhos Deliberativo e Fiscal e da Diretoria Executiva.

A Política de Investimentos direciona o processo de gestão dos recursos da Associação, com base na aná-lise do cenário econômico, do orçamento da entidade, de estudos setoriais e do fl uxo de caixa. Essa iniciativa contou com o apoio e a aprovação dos Conselhos De-liberativo e Fiscal, que, mesmo com total independên-cia, têm demonstrado comungar dos mesmos ideais de crescimento e segurança. Isso pode ser percebi-do pelo fato de que, nos últimos meses, não houve a ocorrência de fatos incertos ou surpresas negativas que impactaram as aplicações fi nanceiras da entida-de. A incerteza é o maior motivador da gestão de ris-cos, assim como a geração de oportunidades, vista como consequências da aplicação bem-sucedida da prática.

Em diversos momentos de nossa vida, fazemos opções e muitas vezes escolhemos passar por desa-fi os que nos fazem crescer como profi ssionais e, prin-cipalmente, como seres humanos. Acredito que estar atualmente na ANABB é uma tarefa de muita dedica-ção e empenho. Nessa jornada, que sigo com enorme prazer, o mais importante, sobretudo, é manter minha dignidade e meu caráter ileso. Foi assim que comecei e construí minha carreira e é esse caminho que pre-tendo continuar trilhando.

A premissa descrita por Henri Fayol, engenheiro francês que desenvolveu o primeiro modelo teórico completo para administração de empresas, funciona perfeitamente até os dias de hoje. Não existe fórmu-la mágica para fortalecer uma empresa que não seja seguindo as regras citadas no pensamento em epí-grafe. Aprendi essa lição ao longo de minha trajetória no Banco do Brasil, na Federação Nacional das AABB (Fenabb), como conselheiro de várias empresas e nos diversos cursos que fi z em Gerência Financeira e Gover-nança Corporativa.

Ao tomar posse na ANABB, há um ano, encontrei, em meus colegas membros da Diretoria Executiva, o mesmo sentimento de organização e planejamento que pretendia incorporar na instituição. Como associa-do, conhecia o potencial da entidade e sua força diante do funcionalismo do BB. Por isso, para mim, assumir a missão de coordenar as áreas administrativa e fi nan-ceira da ANABB representou não apenas um trabalho, mas também uma responsabilidade e um compromis-so com mais de 100 mil pessoas e seus familiares.

Parti do princípio de que era preciso realizar uma gestão em que a transparência nos processos adminis-trativos fosse a base do trabalho. No mundo corporati-vo, ser transparente é fundamental para fi delizar os co-laboradores. A partir do momento em que funcionários e associados sabem o que está acontecendo no dia a dia, isso certamente faz diferença, trazendo satisfação às pessoas e permitindo a sobrevivência da entidade.

Debrucei-me sobre todas as contas da ANABB. Gas-tos com contratos, telefones, viagens e cada item do orçamento, tudo foi revisto. Esse é um processo cujos resultados podem demorar um pouco para aparecer. No entanto, já começamos a sentir as diferenças no ambiente de trabalho, principalmente na postura dos próprios funcionários.

Em setembro de 2012, criamos uma Política de

“Administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.”Henri Fayol

Reinaldo FujimotoVice-Presidente Administrativo e Financeiro

PALAVRA DO DIRETOR

ADMINISTRARÉ UMA ARTE

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