projectofpx2016 - Órgãos sociais
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Programa de CandidaturaTRANSCRIPT
Projecto Eleitoral Francisco Castro
Candidato a Presidente da FPX
ProjectoFPX2016
2012 Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX
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Índice
Apresentação 3
Equipa 5
Candidato – Presidente 5 Candidatos – Direcção 5 Candidatos – Conselho Fiscal 8 Candidatos – Conselho de Justiça 9 Candidatos – Conselho de Arbitragem 10
A Federação Portuguesa de Xadrez 11
Programa de Candidatura 13
Situação Actual do Xadrez 13 Legislação e regulamentação 13 Representatividade 14 Actividades pouco estimulantes, limitadas e de dimensão social reduzida 14 Parcerias e apoios 15
Objectivos de Candidatura 15 Acções e medidas a implementar 15 Metas a atingir até ao final do Mandato 2012‐2016 16
Orientações Programáticas de Candidatura 16 Organização Interna 17 Competição desportiva 18 Desafios/Metas 18 Modelo Competitivo Nacional 19 Organização de Eventos 20 Arbitragem 21 Participação Portuguesa em provas internacionais 21 Organização e Candidaturas a Provas Internacionais 22 Formação 23
Aspectos Económicos e Financeiros 24
Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX 2012
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Apresentação
Caros Delegados,
Caros Dirigentes,
Caros Atletas,
Existe para o futuro uma alternativa responsável e coerente ao estado actual do Xadrez Português. Permitimo‐nos
apresentar‐vos este projecto pois acreditamos numa Federação Portuguesa de Xadrez mais forte, mais credível, mais
ambiciosa e mais solidária e cooperante com as Associações, os Clubes e os Atletas
Nos últimos anos o Xadrez tem vivido numa constante instabilidade política e desportiva. Na última década houve
cinco Presidentes diferentes e, no próximo Sábado, será eleito um sexto. Os modelos competitivos foram alterados ao
mesmo ritmo. Impõe‐se criar estabilidade no Xadrez mas para isso é urgente aumentar a qualidade do trabalho
desenvolvido pela Federação.
O último mandato tem sido atribulado pela constante falta de informação, pelas provas promovidas “em cima do
joelho” e pela criação de modelos competitivos não promotores da qualidade. O número de filiados e de clubes atinge
mínimos históricos e as provas realizadas baixaram na participação, com reflexos na qualidade. Um valor negativo nos
resultados operacionais, no conjunto dos dois anos, em cerca de 50.000€, demonstra que existe um enorme trabalho
pela frente na vertente da gestão dos recursos da Federação.
Este é o passado recente e o presente e provavelmente um indicador do que poderia ser o futuro. Porém, esta
candidatura que lidero procura renovar, reformar e dinamizar a FPX no sentido de promover a união entre os agentes
do xadrez.
Com uma equipa jovem e ao mesmo tempo experiente em lides associativas e de gestão temos a ambição de uma
Federação capaz de dar resposta às exigências de uma Instituição moderna. Este grupo heterogéneo, com elementos
de características diferentes, trará uma visão descomprometida e independente à nossa modalidade criando bases
para um modelo Federativo sustentável e com visão de futuro.
Acreditamos que o Xadrez deve ser promovido através da base da pirâmide e com isto criar melhores condições para o
topo da mesma. O apoio às estruturas regionais e aos clubes é fundamental, a criação de manuais para o xadrez nas
escolas é essencial, a promoção da felicidade de um jovem a jogar xadrez tem de ser uma chave para o sucesso futuro.
A recente aprovação no Parlamento Europeu da declaração “Xadrez nas Escolas” abre portas para a introdução do
Xadrez como unidade curricular em ambiente escolar e devemos ter capacidade para aproveitar este desafiante
momento para o xadrez europeu. Para tal, temos que estar conscientes das necessidades. Não pode bastar ser jogador
de xadrez para ensinar xadrez nas escolas, é necessário a existência de uma componente pedagógica. É necessário
2012 Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX
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implementar programas curriculares e para isto, temos que possuir uma federação capaz de entender estas
especificidades e dar resposta às mesmas. A criação de programas curriculares e manuais para o ensino do xadrez nas
escolas tem de ser uma das prioridades do mandato. Com isto estaremos mais preparados para este novo desafio.
O apoio às associações distritais e a actividade destas será igualmente uma prioridade. Sem associações fortes a base
do xadrez fica enfraquecida. Como tal, além de propormos voltarem os Contratos‐Programa com as associações,
haverá um elemento da direcção que acompanhará e ajudará nas actividades destas. Assim, acreditamos que haverá
uma maior aproximação às associações e ao xadrez regional por parte da Federação.
A Federação deverá tentar ser um facilitador de todas as vertentes de xadrez. Tanto deve apoiar o xadrez jovem com o
veterano. Tanto deve apoiar o xadrez escolar como o xadrez federado. Tanto deve apoiar o xadrez de competição
como o de recreação. O essencial é que o xadrez seja promovido e que se crie uma cultura de xadrez no país.
Os torneios particulares encontram‐se, nos dias de hoje, em recessão no país e como tal procuraremos o apoio
financeiro a provas de partida lentas. A federação tem de ser sempre um facilitador e através do apoio aos prémios de
alguns torneios de ritmo lento acreditamos que a modalidade beneficiará.
Em termos internacionais e comparando o top 10 de jogadores portugueses com o top 10 de outros países do mundo,
facilmente se constata que os nossos melhores jogadores são dos menos jovens do mundo. Sem querer tirar mérito a
estes jogadores mais experientes, concluímos que algo tem funcionado mal no xadrez jovem em Portugal. Os meios
usados pela FPX para apoiar os mais talentosos não têm sido bem aplicados e como tal devemos concentrar os nossos
meios naqueles que eventualmente um dia poderão representar a Selecção Nacional numa Olimpíada.
Com a criação de um departamento técnico no seio da federação com profissionais competentes e capazes, iremos
conseguir dar melhores respostas às necessidades de jovens talentos.
Para finalizar esta pequena apresentação resta‐nos dizer, que pretendemos com este movimento renovar, restruturar
e dinamizar o xadrez português, tornando a federação de todos e para todos.
Francisco Castro
Candidato a Presidente da
Federação Portuguesa de Xadrez
Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX 2012
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Equipa
A equipa seleccionada para este projecto foi escolhida criteriosamente, constituindo um grupo de trabalho jovem, mas
ao mesmo tempo com bastante experiência na área de gestão lides associativas e desportivas.
Optou‐se por conjugar pessoas com o necessário e exigível conhecimento e antiguidade no meio do xadrez com
pessoas externas à modalidade, tentando criar sinergias de dinâmica e criação de novas ideias e dinâmicas no seio da
entidade. A escolha de algumas pessoas específicas tenta suprir algumas das lacunas que a FPX vive no momento,
procurando oferecer uma postura, forma de actuação e organização diferentes e capazes de honrar o exigente mas
motivador compromisso de servir o Xadrez nos próximos 4 anos.
Candidato – Presidente
Francisco Manuel Fernandes de Castro
Presidente
Data Nascimento: 04 de Março de 1985
Naturalidade: Guimarães
Profissão: Engenheiro Físico
Dados biográficos de relevo:
‐ 2008 – Responsável do Sector Desportivo da AAUAv
‐ 2009 – Vice‐Presidente da AAUAv
‐ 2008 a 2012 – Presidente da AXAveiro
‐ 2009 a 2012 – Delegado da AG da FPX
‐ Campeão Distrital de Braga (2003, 2009 e 2010)
‐ Campeão Distrital de Aveiro (2007)
‐ Vice‐Campeão Nacional Universitário (2005)
Candidatos – Direcção
João Miguel Santos Silva Cálix
Vice‐Presidente
Data Nascimento: 21 de Março de 1963
Naturalidade: Espinho
Profissão: Colaborador do CIIE na FPCEUP
Dados biográficos de relevo:
‐ 1985 a 2007 – Coordenador do ensino de xadrez na escolas do ensino básico (1º,
2º e 3º Ciclo) do concelho de Espinho
‐ 2004 a 2012 – Vice‐Presidente da Associação de Xadrez do Porto
‐ desde 2005 – Director técnico da Academia de Xadrez de Espinho
‐ desde 2008 – Responsável pelo ensino do xadrez no colégio Efanor no Porto
‐ desde 2008 – Responsável pelo ensino do xadrez no colégio CASTIIS em Sanguedo
‐ 2008 – Autor do projecto curricular do xadrez do colégio Efanor no Porto
‐ 2009 a 2012 – Delegado da AG da FPX
‐ 2010 – Autor do currículo da disciplina de xadrez do colégio Efanor no Porto
‐ desde 2011 – Parceiro da Kasparov Chess Foundation no Porto
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Luís André Silva e Couto
Tesoureiro
Data Nascimento: 06 de Janeiro de 1983
Naturalidade: Braga
Profissão: Engenheiro Electrónica e Telecomunicações
Dados biográficos de relevo:
‐ 2006 e 2007 – Responsável Sector Desportivo da AAUAv
‐ 2008 a 2010 – Presidente da FADU
‐ 2009 a 2011 – Membro da Comissão de Estudantes da EUSA
‐ desde 2012 – Presidente do Conselho Fiscal da AAUAv
Paulo Lencastre da Silva Gomes de Oliveira
Secretário
Data Nascimento: 05 de Abril de 1973
Naturalidade: Lisboa
Profissão: Técnico de Desporto
Dados biográficos de relevo:
‐ Licenciatura em Comunicação Empresarial
‐ 2002 a 2005 – Director Executivo da FP Corfebol
‐ 2005 a 2007 – Presidente da Direcção da FP Corfebol
‐ desde 2008 – Director Técnico da FADU
‐ 2010 – Chefe da Delegação Portuguesa ao CM Universitário de Xadrez 2010
Ana Margarida Gonçalves Ferreira
Vogal
Data Nascimento: 9 de Abril de 1987
Naturalidade: Aveiro
Profissão: Engenheira Química
Dados biográficos de relevo:
‐ 2006 a 2007 – Responsável Financeira do Núcleo de Xadrez da AAUAv
‐ 2007 a 2009 – Coordenadora do Núcleo de Xadrez da AAUAv
‐ 2008 a 2012 – Vice‐Presidente da AXAveiro
‐ 2009 a 2012 – Vice‐Presidente do Conselho de Arbitragem da FPX
‐ 2010 – Participação em Olimpíadas
‐ Campeã Nacional Feminina (2010)
‐ Vice‐Campeã Nacional Feminina (2008)
‐ Campeã Distrital Feminina de Aveiro (2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 201)
Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX 2012
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Ariana Maciel Abranches Pintor
Vogal
Data Nascimento: 5 de Abril de 1988
Naturalidade: Porto
Profissão: Engenheira do Ambiente
Dados biográficos de relevo:
‐ 1998 a 2006 – Membro da Selecção Nacional de Jovens
‐ desde 2004 – Membro da Selecção Nacional Feminina
‐ 2004, 2006, 2008, 2010 – Participação em Olimpíadas
‐ desde 2004 – Mestre FIDE Feminina
‐ 2009 a 2012 – Delegada da AG da FPX
‐ Campeã Nacional Feminina de Jovens (1998, 1999, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005,
2006, 2007)
‐ Vice‐Campeã Nacional de Jovens (2004, 2005, 2007)
Paulo Rui Lopes Pereira da Silva
Vogal
Data Nascimento: 10 de Setembro de 1987
Naturalidade: Guimarães
Profissão: Engenheiro de Sistemas
Dados biográficos de relevo:
‐ 2003 a 2005 – Colaborador da Secção de Desporto do Jornal O Povo de Guimarães
‐ 2004 a 2005 – Vogal da Direcção dos "Amiguinhos do Museu Alberto Sampaio"
‐ desde 2011 – Responsável Comercial do Jornal O Povo de Guimarães
2012 Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX
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Candidatos – Conselho Fiscal
Luís Filipe Marinho Lima Santos
Presidente
Data Nascimento: 25 de Junho de 1967
Naturalidade: Porto
Profissão: Professor Ensino Superior
Dados biográficos de relevo:
‐ 1992 – Licenciado em Auditoria Contabilística, pelo ISCA do IPPorto
‐ 1995 a 1997 – Presidente Conselho Fiscal da APDF
‐ 1997 – Mestre em Contabilidade e Finanças Empresariais
‐ 2006 – Doutor em Ciências Económicas e Empresariais
‐ 2008 a 2009 – Presidente Conselho Fiscal da AX Leiria
‐ 2009 a 2012 – Delegado da AG da FPX
Rui Pedro Ferreira Silva Relator
Data Nascimento: 20 de Dezembro de 1974
Naturalidade: Cortegaça
Profissão: Director Comercial
‐ 1996 – Licenciatura em Marketing
‐ 1999 – Pós‐Graduação em Sistemas de Informação
Hugo Miguel Oliveira Lima Santos
Secretário
Data Nascimento: 27 de Fevereiro de 1992
Naturalidade: Porto
Profissão: Estudante Universitário de Contabilidade
Dados biográficos de relevo:
‐ 2008 – Representou Portugal no europeu de xadrez (s16), em Herceg Novi,
Montenegro
‐ 2009 – Representou Portugal no mundial de xadrez (s18), em Antalya, Turquia
‐ 2011 – Representou Portugal no mundial de xadrez (júnior), em Chennai, Índia
‐ Campeão Nacional de Jovens (2011)
‐ Vice‐Campeão Nacional de Jovens (2010)
‐ Vice‐Campeão Nacional de Jovens em ritmo semi‐rápido (2009,2011)
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Candidatos – Conselho de Justiça
Carlos André Dias Ferreira
Presidente
Data Nascimento: 26 de Outubro de 1977
Naturalidade: Lisboa
Profissão: Advogado. Sócio da “Dias Ferreira & Associados – Sociedade de
Advogados, RL”.
Dados biográficos de relevo:
‐ 2003 a 2009 – Presidente do Conselho Jurisdicional da FADU
‐ desde 2004 – Vogal do Conselho de Justiça da FPN
‐ 2004 a 2006 – Tesoureiro da Associação Portuguesa de Direito Desportivo
‐ 2004 a 2011 – Vogal do Conselho Jurisdicional da FPC
‐ 2005 a 2008 – Vice‐Presidente do Conselho de Disciplina da FGP
‐ desde 2006 – Presidente da Associação Portuguesa de Direito Desportivo
‐ 2007 – Membro do Conselho Nacional contra a Violência no Desporto, em
representação da Liga dos clubes de Basquetebol
‐ 2008 a 2011 – Vice‐Presidente do Conselho Jurisdicional da FGP
‐ 2009 a 2010 – Presidente do Conselho de Disciplina da FADU
‐ desde 2010 – Presidente do Conselho de Justiça da FP Voo Livre
‐ desde 2011 – Presidente do Conselho de Justiça da FADU
‐ desde 2012 – Presidente do Conselho de Disciplina da FGP
Bruno Silva Alves
Vice‐Presidente
Data Nascimento: 02 de Outubro de 1982
Naturalidade: Lisboa
Profissão: Advogado
Dados biográficos de relevo:
‐ 2008 a 2009 – Presidente do Conselho de Disciplina da ADESL
‐ 2009 a 2010 – Vice‐Presidente do Conselho de Disciplina da FADU
‐ desde 2011 – Vice‐Presidente da Associação Portuguesa de Direito Desportivo
Nuno Miguel Anacleto Guerreiro
Secretário
Data Nascimento: 20 de Maio de 1979
Naturalidade: Portimão
Profissão: Advogado
Dados biográficos de relevo:
‐ 2003 a 2006 – Presidente do Conselho Jurisdicional da ADESL
‐ 2006 a 2010 – Presidente do Conselho Fiscal da Associação Portuguesa de Direito
Desportivo
‐ 2009 a 2010 – Secretário do Conselho de Disciplina da FADU
‐ desde 2011 – Vogal da Associação Portuguesa de Direito Desportivo
2012 Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX
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Candidatos – Conselho de Arbitragem
Vitorino Manuel Dias Ferreira
Presidente
Data Nascimento: 22 de Setembro de 1953
Naturalidade: Porto
Dados biográficos de relevo:
‐ desde 1978 – Fundador e Presidente do Grupo Desportivo Dias Ferreira
‐ 1980 a 2000 – Presidente da AXPorto
‐ 2009 a 2012 – Presidente do Conselho de Arbitragem da FPX
Pedro Miguel Henriques Abrantes
Vice‐Presidente
Data Nascimento: 13 de Julho de 1981
Naturalidade: Lisboa
Profissão: Técnico de Assistente em Escala no Aeroporto de Faro e Agente
Comercial da Empresa Solar One ‐ Energias Renováveis
Dados biográficos de relevo:
‐ 2007 a 2009 – Capitão de Equipa do CXAlbufeira e Coordenador de Jovens
‐ 2008 – Director Gráfico da Revista Portuguesa de Xadrez, RPX
‐ 2010 a 2011 – Membro fundador e responsável pela Secção de Xadrez do CDASJ
Albufeira
‐ 2010 – Membro fundador da ADCFaro
‐ desde 2010 ‐ Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ADCFaro.
Carlos Manuel Vieira Dias
Secretário
Data Nascimento: 15 de Abril de 1967
Naturalidade: Braga
Profissão: Professor
Dados biográficos de relevo:
‐ desde 2009 – Presidente do Clube de Xadrez Escolar Bernardino Machado
‐ 2009 a 2010 – Vogal da AXDBraga
‐ 2010 a 2012 – Vice‐Presidente da AXDBraga
‐ desde 2012 – Presidente da AXDBraga
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1. A Federação Portuguesa de Xadrez A Federação Portuguesa de Xadrez (FPX), fundada a 22 de Janeiro de 1927, é uma instituição dotada de estatuto de
utilidade pública desportiva (in D.R. nº244 II Série de 21/10/1995) que tem cumprido todos os requisitos definidos pela
legislação em vigor.
O papel da FPX é a representação da modalidade desportiva do Xadrez em Portugal, no qual conta com o apoio da
tutela, nomeadamente do Instituto do Desporto de Portugal no âmbito da promoção e desenvolvimento desportivo
nacional e na participações e organizações internacionais.
Em vias de festejar os 85 anos de existência, a FPX tem pautado a sua existência pela credibilidade e responsabilidade,
conseguindo‐se impor ano após ano entre as dez maiores federações desportivas do nosso país, no que toca a
actividades e número de participantes, sendo uma das maiores no que toca a implantação nos escalões mais jovens.
Actualmente o mesmo não se verifica, tendo havido um decréscimo a todos os níveis, agravados por uma crise
financeira que tem limitado a margem de manobra da Federação.
A FPX representa as suas Associações Territoriais, Clubes e os agentes desportivos junto dos órgãos de tutela,
nomeadamente a SEJD (IDP) de forma a assegurar o reconhecimento da importância do Xadrez enquanto modalidade
desportiva, bem como a sua integração plena no sistema e no desenvolvimento desportivos nacionais.
A FPX é e continuará a ser membro de pleno direito dos seguintes organismos, nos quais continuará a participar
activamente:
Nacionais:
COP Comité Olímpico de Portugal
CDP Confederação do Desporto de Portugal
Internacionais:
FIDE Federação Internacional de Xadrez
ECU Associação Europeia de Xadrez
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Procurará também a FPX estreitar laços com outras entidades às quais se poderá associar como membro de pleno
direito, nomeadamente o Comité Paralímpico de Portugal, a Federação Académica do Desporto Universitário e o
Desporto Escolar.
A nível internacional continuará a apoiar e a acompanhar, dentro do enquadramento da respectiva função e de acordo
com o espaço de intervenção próprio da FPX, os dirigentes em organismos internacionais, procurando também incluir‐
se cada vez mais no círculo de decisão e representação internacional, numa relação recíproca que pretende trazer
mais‐valias da sua participação e relação com o xadrez internacional.
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2. Programa de Candidatura
A FPX – Federação Portuguesa de Xadrez, pretende no futuro imediato assegurar um posicionamento de destaque
perante as entidades com que se relaciona, nomeadamente, governo, autarquias, clubes, associações territoriais,
atletas, parceiros, bem como entidades nacionais e internacionais em que a FPX está filiada.
Face a este objectivo, é chegado o momento de repensar não apenas a sua actual estrutura organizacional,
procedimentos instituídos e tecnologia utilizada, mas também a sua política de intervenção no seu meio envolvente
interno e externo.
A integração e a melhoria contínua destas vertentes permitirão à FPX alcançar o estatuto de uma federação desportiva
forte e representativa do universo xadrezista português, que num momento de crucial importância para todo o
Desporto, é uma obrigação moral e efectiva da Federação Portuguesa de Xadrez assumir esse papel de verdadeiro
representante do xadrez nacional.
Mais do que apenas este assumir de atitude e posição, a FPX está perante uma oportunidade única de afirmação das
suas políticas e dos seus ideais perante todos os agentes envolvidos no desporto.
2.1 Situação Actual do Xadrez
Legislação e regulamentação
O Regime Jurídico das Federações Desportivas trouxe consigo alterações substanciais para a estrutura da FPX, a qual
ainda não se adaptou completamente a esta nova dinâmica. Um reforço da regulamentação existente é crucial,
uniformizando‐a e homogeneizando‐a com os estatutos aprovados e em vigor, embora estes carecessem duma revisão
para se adaptarem finalmente ao movimento do xadrez nacional.
Contudo, toda a regulamentação em vigor na FPX terá de ser revista. A Federação Portuguesa de Xadrez terá duma vez
por todas de trabalhar para o xadrez, para todos os atletas, possuindo bases legais fortes que se adaptem ao
movimento, que facilitem a participam na vida activa de Federação, quer como atletas, como treinadores, como
árbitros e como clubes. Todos, e todos serão poucos, precisam de fazer parte desta família, obviamente cumprindo
sempre a legislação nacional em vigor.
Uma postura de responsabilidade e credibilidade junto das entidades nacionais é igualmente necessária, cumprindo à
risca todas as obrigações inerentes à actividade duma Federação Desportiva. Um dos parceiros fundamentais de todo o
desporto nacional e da actividade das Federações é o Instituto do Desporto de Portugal, onde a FPX terá de mostrar
uma postura séria, credível e firme, fazendo ver as suas necessidades e problemas, mas sem nunca descurar nas
obrigações contratuais e temporais que o IDP tem para com as Federações.
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Representatividade
São Associações Territoriais as seguintes:
associações localidade
AXRAA Associação de Xadrez da Região Autónoma dos Açores Açores
AX Aveiro Associação de Xadrez de Aveiro Aveiro
AX Bragança Associação de Xadrez de Bragança Bragança
AX Leiria Associação de Xadrez de Leiria Leiria
AXL Associação de Xadrez de Lisboa Lisboa
AX Santarém Associação de Xadrez de Santarém Santarém
AXVR Associação de Xadrez de Vila Real Vila Real
AXD Braga Associação de Xadrez do Distrito de Braga Braga
AXD Coimbra Associação de Xadrez do Distrito de Coimbra Coimbra
AXD Faro Associação de Xadrez do Distrito de Faro Faro
AXS Associação de Xadrez do Distrito de Setúbal Setúbal
AXP Associação de Xadrez do Porto Porto
ADXB Associação Distrital de Xadrez de Beja Beja
São 18 os distritos em Portugal Continental mais 2 regiões autónomas, perfazendo mais de 300 concelhos em Portugal.
O Xadrez está actualmente representando em 13 das 20 regiões, que só por si seria um número razoável, mas em
apenas 60 concelhos dos 300 existentes! Esta situação urge alguma reflexão. No seio desportivo, a força duma
Federação vê‐se nos seus números, naquilo que representa directamente. A representação da FPX tem ser pensada de
forma profunda e séria. É um imperativo a FPX chegar a mais Portugal! É preciso conhecer o meio envolvente, as
mudanças que se antecipam e outros perigos cada vez mais presentes no público‐alvo da Federação. É imprescindível
antecipar o futuro.
Actividades pouco estimulantes, limitadas e de dimensão social reduzida
A opinião generalizada da sociedade acerca do xadrez revê‐se num desporto onde as actividades que são
desenvolvidas são pouco estimulantes, com pouco cariz formativo e reduzidas na sua dimensão social.
A Federação deverá rapidamente equacionar estratégias para reposicionar o xadrez num local de destaque, através de
actividades que estimulem a população geral a praticar e criar o elo de ligação desportivo/formativo. Os estudantes e
jovens terão de ser um foco muito grande de atenção.
O impacto práticamente inexistente nos meios de comunicação é uma realidade e esta situação deverá ser alterada. Só
a resolução destas questões irão proporcionar ao xadrez afirmar‐se socialmente e gerar procura por parte dos meios
de comunicação social.
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Parcerias e apoios
Uma entidade é tanto mais forte quanto os que se ligam a ela. É nosso objectivo realizar parcerias e protocolos com
federações desportivas, com especial relevância para as federações multidesportivas onde exista nos seus calendários
oficiais o Xadrez (competições nacionais e participações/organizações internacionais), visando o desenvolvimento
nacional e projectos de participação internacional devidamente enquadrados e sustentados.
Por outro lado serão potenciadas as ligações institucionais e comerciais a parceiros específicos de forma a criar um
conjunto de serviços disponíveis aos agentes envolvidos no xadrez.
Todas as acções que visam o estabelecimento de parcerias e apoios visam reduzir a dependência de subsídios, criando
planos de marketing para a FPX, procurando uma maior capacidade de promoção e penetração no mercado nacional
que resulte no interesse pela ‘marca’ Xadrez, seja numa lógica de patrocínio ou de parcerias estratégicas institucionais,
de comunicação e promoção ou até na organização de provas oficiais e eventos.
2.2 Objectivos de Candidatura
Acções e medidas a implementar
a) Criação de um verdadeiro departamento técnico. Com uma estrutura profissional e com metas e objectivos
claramente definidos.
b) Estabelecer os Contratos‐programa estratégicos com os respectivos agentes, nomeadamente as Associações
Territoriais.
c) Aumentar a capacidade negocial junto de entidades oficiais.
d) Criar uma maior proximidade e acompanhamento aos problemas associativos regionais e dos clubes.
e) Apoiar financeiramente torneios particulares em cerca de um terço dos prémios de modo a tentar revitalizar
os torneios de partidas lentas em Portugal e eventualmente a criação de um circuito nacional de xadrez.
f) Melhorar a operacionalidade na gestão administrativa, estabelecendo um organigrama claro de competências
nas várias áreas.
g) Realizar com o apoio de todos os agentes do Xadrez um Plano Estratégico para o futuro do Xadrez em
Portugal.
h) Avaliar os Recursos e Património existentes, apostando em apetrechamento em áreas fundamentais e
lançando a problemática da sede actual da FPX.
i) Concessão do Portal do Xadrez, com toda a informação actualizada e utilização das novas ferramentas de
comunicação com os agentes para a promoção dos eventos e da actividade da FPX.
j) Criar plataformas online capazes de suprir as necessidades organizativas e desportivas da FPX e das
Associações.
k) Criar um cartão de identificação do agente do Xadrez que traga vantagem em serviços externos.
l) Melhorar a imagem corporativa e o material gráfico existente, primando pela defesa duma boa imagem da
FPX no âmbito das acções sobre a sua égide, e na transmissão duma imagem cuidada para o exterior.
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m) Melhorar os canais de comunicações e divulgação, apostando em newsletters, na concessão de informação
sobre as provas e eventos cuidados e apelativos e estudar formas de promover publicações pontuais e
publicação de notícias nos órgãos de comunicação social.
n) Promoção de eventos cerimoniais, como Galas do Desporto, Comemoração de Aniversário da FPX, Cerimónias
de Abertura e Encerramento nos principais eventos desportivos.
Metas a atingir até ao final do Mandato 2012‐2016
a) Rever os Estatutos e Regulamentação da FPX no sentido de adaptar e uniformizar toda a regulamentação em
vigor.
b) Definir e implementar um plano estratégico para a FPX com o contributo de todos os agentes de
desenvolvimento do desporto nacional, com a definição de metas e responsabilidade dos respectivos agentes.
c) Ter um posicionamento forte nas instâncias desportivas nacionais e internacionais, ambicionando a
organização de eventos internacionais de qualidade.
d) Aumentar a qualidade dos eventos, chegando a mais participantes, a mais localidades do país, promovendo a
interacção com vários agentes locais na organização e promoção de eventos.
e) Criar uma política de participação internacional bem definida, com objectivos claros e com um plano
estratégico longo, estruturando uma afirmação e crescimento internacional dos atletas portugueses.
f) Certificar os serviços da FPX pela norma ISO.
g) Aumentar o auto‐financiamento com receitas de patrocinadores e melhorar a imagem social da FPX e dos
seus associados.
h) Impor uma gestão financeira sólida e responsável da FPX, criando condições financeiras para as Associações
desenvolverem melhor as suas actividades
i) Atingir cerca de 5000 filiados e 200 clubes no final do mandato.
2.3 Orientações Programáticas de Candidatura
O Xadrez tem de ser assumido como vital para o desenvolvimento desportivo nacional, potenciando:
1. O aumento da prática e hábitos desportivos na população em geral. Aposta na escola e universidades – estudantes
e funcionários docentes/não‐docentes. Aplicação de programas de apoio para instituições mais carenciadas;
2. A formação contínua do praticante desportivo, dando continuidade ao Desporto Escolar e em
alternativa/complemento ao restante desporto federado;
3. A formação académica e profissional de quadros especializados;
4. A formação qualificada de agentes desportivos – dirigentes e técnicos ‐ e voluntários;
5. O enraizamento de uma cultura desportiva assente nos valores educativos/formativos do desporto;
6. O aumento do número de profissionais ligados ao desporto, nomeadamente com licenciados dos cursos de
educação física e de desporto e de gestão do desporto, pela criação de serviços e infra‐estruturas desportivas nos
Francisco Castro – Candidato a Presidente da FPX 2012
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Clubes e Associações Territoriais, assim como, apoio à actividade associativa, nomeadamente na requisição de
técnicos ao sistema educativo (com horário zero);
7. A criação de uma bolsa de voluntários qualificados nos mais diferentes domínios, que possam apoiar as mais
variadas manifestações desportivas, fruto da capacidade de envolvimento dos jovens;
8. A ligação estruturante com as federações desportivas e o Comité Olímpico de Portugal para planeamento e
estratégia de participação em eventos internacionais de alto nível desportivo. Estes são momentos que não podem
ser isolados mas devem integrar uma estratégia desportiva global de obtenção de resultados desportivos e
desenvolvimento dos atletas e das especialidades, aproveitando momentos de alto nível desportivo como forma
de patamar de crescimento dos atletas.
Organização Interna
Este organigrama é um modelo teórico optimizado para a organização funcional interna da FPX, adequado e adaptado
face à nova realidade estatutária, aos projectos a serem desenvolvidos, à capacidade de reforço da estrutura
profissional e ao modelo de gestão da qualidade em implementação:
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18 ProjectoFPX12016
Competição desportiva
A política de aumento do número de praticantes, através do investimento em práticas desportivas generalizadas e
regulares, não impede, nem deve impedir, que seja criada uma cisão com a organização de competições desportivas;
antes, devem‐se complementar, criando bases para o desenvolvimento de quadros competitivos estáveis e bem
organizados.
Uma gestão equilibrada do fenómeno desportivo só é possível se direccionado para metas e objectivos concretos e
mensuráveis, onde também a competição assume um papel importante na promoção do desporto, e onde o
movimento associativo em parceria e com o apoio do Estado e das autarquias possa criar as condições organizativas
para o desenvolvimento de competições participadas.
Existem muitas lacunas e faltam condições ‐ não só de meios e recursos, quer humanos, quer financeiros, mas também
da falta de uma estratégia comum nacional de desenvolvimento, onde as várias estruturas tenham em mente a mesma
direcção e os mesmos objectivos de desenvolvimento, tentando colocar a rivalidade de lado e trabalhando em
conjunto no que se quer um interesse nacional do xadrez.
A FPX é hoje uma federação que envolve nas suas actividades desportivas de competição, um vasto número de
participantes, ainda que com valores baixos para o seu potencial. É certamente das que possui mais participantes entre
jovens com idades compreendidas entre os 8‐18 anos, devidamente enquadrados pelo apoio familiar e com estrutura
técnica. No entanto, é porventura das que dispõe de menos recursos humanos destacados e suportados pelo Estado na
área do enquadramento técnico qualificado, nomeadamente a constituição de um corpo técnico a nível nacional de
apoio ao movimento desportivo, situação que todo o movimento associativo entende dever ser corrigido.
Desafios/Metas
Desta forma, quantificamos estes desafios nos seguintes limites temporais:
Limite Temporal 2016 2020
AUMENTO NO Nº CLUBES PARTICIPANTES NAS PROVAS DA FPX
dos concelhos com existência de Associação Distrital 50% 75%
dos distritos com representação de Associação Distrital 90% 100%
AUMENTO NO Nº DE PRATICANTES DE XADREZ
de jovens 3000 5000
de seniores 2000 3500
de atletas do sexo feminino 1000 2000
AUMENTO DO Nº DE TREINADORES CERTIFICADOS EM CLUBES
em competições distritais 100 150
no total 200 350
AUMENTO DO Nº DE TREINADORES CERTIFICADOS EM CLUBES
dos treinadores existentes 50% 100%
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ProjectoFPX12016 19
As estratégias de implementação seriam:
a) Ligação estratégica e de desenvolvimento a mais federações desportivas, ao Desporto Escolar, ao Desporto
Universitário e às Autarquias, aproveitando recursos e infra‐estruturas já existentes;
b) Melhoria crescente das condições e de organizações das provas nacionais. Contínuo investimento na
promoção e divulgação.
c) Candidatura regular, objectiva e sustentável à organização em Portugal de importantes competições
internacionais.
Modelo Competitivo Nacional
A Federação e o Xadrez necessitam de modelos competitivos simples e fáceis de entender para fora do Xadrez. O
Campeonato Nacional Colectivo e o seu modelo têm de ser discutidos olhando para as necessidades da base. A base
são os Campeonatos Distritais e as Associações.
Actualmente são poucos os distritos que têm capacidade de realizar campeonatos distritais com mais de 4 clubes. Isto
deve‐se essencialmente a existirem demasiadas equipas nos Campeonatos Nacionais. Deveremos todos discutir um
modelo que equilibre o número de equipas nas diferentes divisões.
A primeira divisão necessita de uma reformulação urgente. O actual modelo que separa as equipas em dois grupos não
faz qualquer sentido. É incompreensível e difícil de promover o xadrez com este formato. O “segundo grupo” deverá
deixar de existir.
O Campeonato Nacional de Jovens, a grande festa do Xadrez Português, tem de ver o seu modelo ligeiramente
reajustado. É o mesmo modelo competitivo há pelo menos 15 anos com uma pequena diferença, há escalões com mais
de 100 praticantes com o mesmo número de rondas. Como tal, propomos o aumento do número de dias e do número
de rondas, sem claro aumentar o custo aos atletas ou baixar a qualidade. Os Campeonatos com um número superior
de rondas irá favorecer a verdade desportiva na prova que, para muitos jovens é a prova rainha do seu calendário
desportivo. Mais dias de competição reduzirão os dias com uma carga grande devido às rondas duplas, permitindo
igualmente o fomento e complemento com actividades extra desportivas para os atletas e acompanhantes.
Durante anos se tem falado na criação de um verdadeiro circuito nacional de torneios de partidas lentas, porém nada
se tem feito. Mais uma vez não podemos por decreto criar um circuito como os que existem no país vizinho, a Espanha.
Propomos que a Federação apoie financeiramente torneios de partidas de lentas de modo a dinamizar o Xadrez
Português. Deveria ser protocolado com particulares, clubes e associaçoes distritais, a relização destas provas sendo
que a FPX apoiaria em 1/3 dos prémios com um limite superior. Acreditamos que este é o mecanismo adequado de
promover a Competição Nacional. Mais uma vez a Federação seria um facilitador da actividade.
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Organização de Eventos
Na prossecução das suas obrigações estatutárias compete à FPX organizar os Campeonatos Nacionais (CN) e outras
provas nacionais promotoras da expansão e desenvolvimento do xadrez nas diversas especialidades, elaborando e
aprovando os regulamentos pelas quais se regem. Neste sentido a FPX redigirá regulamentos e procedimentos para
enquadrar e normalizar o modelo de organização das suas provas e que possam funcionar também como um
guião/manual para ajudar os responsáveis envolvidos a planear, coordenar, executar e avaliar as suas organizações.
A FPX irá empreender um grande esforço de se modernizar e organizar para, de acordo com as suas obrigações
previstas na legislação, Estatutos e regulamentos em vigor, ser mais exigente no planeamento, coordenação,
acompanhamento, supervisão, avaliação e divulgação das provas oficiais sob sua égide. A este nível mostra‐se
necessário:
- Um maior acompanhamento e supervisão das suas provas de cariz nacional ou regional, com a presença em todas
elas de responsáveis delegados pela Direcção, efectivando o funcionamento de uma Comissão de Supervisão e
Controlo quando prevista;
- A criação de um Manual de Organização FPX contendo procedimentos de inscrição, procedimentos para a
organização das provas com documentos tipo e uniformes nomeadamente relatórios de avaliação da actividade e
controlo disciplinar (Entidade Organizadora, FPX, Arbitragem), inquéritos de satisfação aos participantes a aplicar
em todas as provas, fichas de jogo, fichas de marcação e alteração de jogos em modalidades com modelos
regulares de competição, procedimentos de comunicação e imagem (modelo de Infos, divulgação e troca de
correspondência, imagem FPX);
- A contínua adaptação dos regulamentos mas também a sua aplicação no terreno cumprindo as normas legais,
nomeadamente no cumprimento do decreto‐lei em que estabelece a obrigatoriedade dos Exames Médico‐
Desportivo e na adaptação progressiva ao diploma que exige treinadores certificados;
- O aumento da periodicidade na troca e envio de informação e conhecimento por parte de todas as estruturas do
que é feito por cada uma, sendo a FPX ponto central de comunicação e dispersão de informação e divulgação,
sendo muito importante que de forma rápida e de fácil acesso todos possam aceder à informação sobre provas,
sejam de apuramento, regionais ou fases finais.
Será essencial ainda para a melhoria das suas provas que:
- A aprovação e divulgação dos regulamentos oficiais seja efectuada antes do início de cada época desportiva
(preferencialmente antes de Junho/Julho), colocados à discussão pública durante pelo menos 30 dias anteriores à
sua aprovação;
- Se atribuam organizações de provas num período mais antecipado, podendo até no caso de provas serem
atribuídas com mais de um ano de antecedência, para que estas possam ser melhor preparadas e acompanhadas,
pela entidade organizadora e pela FPX;
- Se crie um Conselho Técnico Desportivo para a discussão de aspectos técnicos desportivos das várias competições;
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- Seja concebido e implementado um Manual de Protocolo, de Cerimónias e de Imagem para todas as provas sob a
égide da FPX, para que também a este nível seja dada a devida projecção e dignificação à competição em si mas
também a quem organiza e participa;
- Sejam criadas condições para a FPX centralizar os procedimentos de inscrições de todas as equipas e agentes em
provas sobre a égide da FPX, através de uma plataforma de inscrições única ou partilhada.
Arbitragem
A arbitragem não sendo um ponto de críticas e controvérsia no Xadrez, é um igualmente um ponto importante que a
FPX deverá dar conta. De modo à arbitragem funcionar na perfeição, o Conselho de Arbitragem deverá nomear, sem
qualquer tipo de pressão, todos os Árbitros para as provas sob a alçada directa da Federação e todos estes árbitros
deverão ser responsabilizáveis e remunerados pelas suas funções. Só assim a arbitragem evoluirá para um patamar
superior.
A formação de novos quadros de arbitragem será igualmente uma prioridade, trazendo para o meio da arbitragem e
supervisão das provas pessoas competentes, motivadas e disponíveis para assegurar o bom funcionamento das provas
durante a época desportiva, assegurando também cada vez mais recursos para as provas de nível nacional e de nível
distrital.
Deverão ser criadas igualmente condições no país para que os árbitros possam ter perspectivas de uma carreira na
arbitragem. Deverão ser realizados com alguma periociade seminários de arbitragem FIDE para os arbitros poderem
obter as respectivas normas.
Participação Portuguesa em provas internacionais
A nível internacional os organismos próprios estabelecem o seu calendário igualmente por época desportiva, sendo
organizadas várias provas e torneios internacionais de relevância onde para referência foram escolhidos os seguintes
pela sua qualidade, historial e peso no universo do Xadrez internacional.
Todas as participações de delegações portuguesas terão o devido enquadramento da FPX, com apoio logístico e de
representação. Poderão ser adoptados diferentes mecanismos de representação conforme as tipologias das provas,
sendo analisados caso a caso.
Urge definir com as entidades nacionais de suporte desportivo de alta competição a existência de um plano desportivo
nacional que trace as metas de uma forma vertical no desenvolvimento desportivo dos praticantes, sustentando os
mais diversos princípios que se pretendem angulares no desporto português.
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22 ProjectoFPX12016
Ainda assim e em consonância com aquilo que é a realidade interna do xadrez e do seu desenvolvimento, a FPX
posiciona‐se almejando o equilíbrio ideal entre ambos e a sua disponibilidade financeira sustentando os bons projectos
e obtenção de resultados desportivos de relevo de forma a potenciar o desenvolvimento dos atletas nacionais.
A representação de Portugal tem que ter em consideração os seguintes aspectos:
- A projecção do País é associada às classificações que os seus atletas conseguem;
- O nível desportivo destas competições é considerado de alto rendimento;
- Estas competições destinam‐se aos atletas com currículo internacional. Os atletas que se sagraram Campeões
Nacionais (CN) não obtêm assim obrigatoriamente lugar na delegação; nos casos em que tal esteja previsto, a
obtenção de mínimos torna‐se imprescindível;
- A participação nos CN, podendo não ser critério de exclusão, é um critério determinante na escolha dos atletas.
- Desenvolvimento estrutural da carreira do atleta internacional português.
No futuro apenas uma participação estará completamente assegurada pela sua especificidade, a Olimpíada de Xadrez.
As restantes serão alvo de avaliação objectiva por parte da FPX pelas mais diversas razões e pontos, ponderando e
avaliando cada possível participação. Os aspectos financeiros serão importantíssimos na definição do número de
participações neste tipo de eventos que Portugal poderá ter durante os 4 anos do mandato. Outros aspectos como a
obtenção de resultados desportivos de relevo nacional e internacional, participação em eventos organizados em
Portugal, preparação de selecções nacionais para projectos futuras serão tidos em conta na escolha destes eventos.
Outras participações poderão acontecer, mediante apoios extras e projectos com as entidades envolvidas.
Organização e Candidaturas a Provas Internacionais
Portugal tem sido um activo organizador de eventos internacionais das mais variadas modalidades desportivas. Em
2012 terá lugar um Portugal o Campeonato do Mundo Universitário de Xadrez, organizado pela Associação Académica
da Universidade do Minho / Universidade do Minho no inicio de Setembro na cidade de Guimarães. Este evento será
inserido nas comemorações da capital europeia da cultura da cidade de Guimarães. A FPX, não tendo um papel de
organizador, tem um papel muito importante de parceiro e conhecedor das boas práticas da modalidade e como tal
será um parceiro activo na organização deste evento, tentando no futuro capitalizar esta organização com a
candidatura e organização de outros eventos internacionais de xadrez.
Posteriormente, caberá à FPX incluir‐se no lote de organizadores de grandes provas. A FPX irá estudar com a SEJD (IDP)
e várias entidades a possibilidade de candidatura e organização de eventos que representarão uma mais‐valia de
imagem e desenvolvimento para o Xadrez em Portugal, bem com a afirmação da FPX como uma federação activa,
dinâmica e capaz.
O enquadramento das candidaturas portuguesas internacionais vai deste modo obedecer a um conjunto de normas
integradas no Manual de Organizações, especificando os procedimentos a ter pelas entidades interessadas e
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ProjectoFPX12016 23
envolvidas na candidatura a provas internacionais, junto das quais a FPX assume o papel de representante de Portugal
e nessa qualidade de entidade organizadora nacional.
Formação
Um dos objectivos desta Direcção passa por dar mais atenção à promoção da formação dos agentes desportivos no
xadrez, através da organização e realização de acções de carácter formativo.
A FPX tem a responsabilidade de formar e criar espaços de formação para os intervenientes no xadrez, desde os
agentes desportivos, passando pelos recursos humanos envolvidos na sua organização, até à população em geral. Nisto
também a caracterização do que é o xadrez é uma necessidade emergente. Por isso é que fazer estudos sustentados
do que é e poderá vir a ser o xadrez é necessário. As mais‐valias que existem actualmente têm de ser estudadas e
serem exemplo para o futuro.
Algumas das acções a desenvolver serão:
a) Fórum / Ciclos de Conferências: O formato destes momentos será pensado, podendo ser um único momento
(Congresso do Xadrez) ou um conjunto de acções nomeadamente: Ciclos de Conferências e o Fórum FPX
(realização de ciclos de conferências curtas nas Associações Territoriais ou Autarquias, finalizando com um
fórum nacional de conclusões e discussão).
b) Seminários: Atendendo à realidade organizativa existente no xadrez, a FPX apostará na promoção de
seminários para as instituições que organizam e recebem actividades sobre a égide FPX e para instituições que
estejam interessadas em promover actividades de xadrez.
c) Acções de Formação de Agentes Desportivos: De forma directa ou em parceria com outros organismos
desportivos a formação dos nossos dirigentes, treinadores e árbitros será um objectivo declarado para os
próximos anos.
d) Formação de Recursos Humanos: No Plano de Formação serão integrados um conjunto de acções a
desenvolver no âmbito da formação dos recursos humanos da FPX, quer dirigentes quer sobretudo dos
profissionais, nas áreas em que mais directamente estejam envolvidos.
e) Participação em Acções de Formação: A FPX, como principal interlocutor do xadrez a nível nacional e
internacional, estará presente em algumas acções para o qual já tem sido convidada porque, entre outros
motivos, pretende ganhar esse espaço de intervenção e trazer à discussão o xadrez na agenda do desporto
nacional.
f) Estudos e Inquéritos: Como ferramenta importante de avaliar a implantação do xadrez, será iniciado um
projecto do estudo de caracterização do xadrez em Portugal que contribuirá para a análise desta realidade,
nomeadamente pelas entidades com responsabilidade de tutela e financiamento do xadrez, incluindo estudo
de caracterização do xadrez em Portugal, questionário de avaliação dos serviços da FPX, relatórios de
avaliação das actividades nacionais (delegados, organizadores, arbitragem e satisfação dos participantes),
relatórios de avaliação da participação e organização em eventos internacionais.
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24 ProjectoFPX12016
2.4 Aspectos Económicos e Financeiros
A parte financeira da vida duma instituição é uma área crítica para o seu desenvolvimento e como tal uma área de
reforçado planeamento e atenção.
Urge assim encontrar e melhorar todos os procedimentos e aspectos financeiros da instituição, recorrendo a
mecanismos de desenvolvimento e controlo orçamental, sem nunca estagnar um crescimento que se deseja. Algumas
metas serão:
- Não asfixiamento das Associações Territoriais, retomando o apoio subsidiário, implementando metas e objectivos
para cada uma e obrigações para com a FPX e com o Estado português. O estabelecimento de níveis claros,
tangíveis e transversais às várias Associações oferecerá um modelo coerente e equilibro de subsídios;
- Transparência e clareza da execução financeira da instituição, mostrando dados claros e perceptíveis por todos,
transpondo a real realidade do estado financeiro da FPX;
- Aumento da subsídio independência da FPX com metas definidas em várias etapas ao longo dos anos. O aumento
de retorno financeiro em apoios, patrocinadores e parceiros tem de ser um a grande fatia do orçamento anual da
FPX;
- Aumento da comparticipação estatal na execução anual da FPX, estando a FPX no patamar que realmente
representa e merece face a outras Federações Desportivas;
- Controle de custos na gestão diária do património e funcionamento normal da FPX, optimizando recursos e
investimentos;
- Análise da viabilidade da manutenção da actual sede da FPX, em termos de investimentos estruturais de
reparações ou de mudança de sede, colocando a actual no mercado;
- Controlo eficaz nas organizações de provas que a FPX organiza directamente, ajustando fees diárias com a
obtenção dos melhores apoios e aproveitando infra‐estruturas com menor ocupação em certos períodos do ano
para a organização de provas nacionais;
- Reenquadramento das participações internacionais, com claro investimento nos atletas considerados de alto
rendimento, apostando em estágios efectivamente úteis e participações de elevado interesse, criando uma
verdadeira carreira de xadrezista português.
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l
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