projecto pedagÓgico / curricular - beija-flor.pt · É importante salientar que a educação...
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PROJECTO PEDAGÓGICO /
CURRICULAR
“A COMEÇAR NO MAR A ÁGUA VAMOS EXPLORAR!”
Ano lectivo: 2013/2014
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INDICE
1. Introdução ..................................................................................................................... 3
2. Contexto Educativo ................................................................................................................... 4
3. A Creche..................................................................................................................................... 4
4. O Jardim de Infância ................................................................................................................. 6
5. Orientações Curriculares ........................................................................................................... 8
5.1.Áreas de Conteúdo .................................................................................................................. 8
5.1.1. Formação Pessoal e Social..……………………………………………………………………………………9
5.1.2. Expressão e Comunicação………………………………………………………………………………………10
5.1.2.1. Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita……………………………..……………….10
5.1.2.2 Domínio da Matemática……..………………………………………………………………………………..12
5.1.2.3 Domínio das expressões: Motora, Dramática, Plástica e Musical…………………….14
5.1.3 Área de Conhecimento do Mundo…………………………………………………………………..……….18
5.1.4 Áreas de Enriquecimento Curricular………………………………………………………………………….19
6 Metodologia …………………………………………………………………………………………………….20
7 Avaliação………………………………………………………………………………………………………….21
8. Bibliografia………………………………………………………………………………………………………23
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INTRODUÇÃO
O Projecto Curricular do Colégio Beija-Flor visa orientar e fundamentar todo o
trabalho realizado pelas educadoras de infância com as suas crianças e demais
intervenientes educativos.
É importante salientar que “a educação pré-escolar cria condições para o sucesso da
aprendizagem de todas as crianças, na medida em que promove a sua auto-estima e auto-confiança
e desenvolve competências que permitem que cada criança reconheça as suas possibilidades e
progressos.” 1
Desta forma, é importante consciencializar todos os profissionais de educação de
que é fundamental organizar e estruturar intencional e sistematicamente todo o processo
educativo.
Assim sendo, o Projeto Pedagógico / Curricular do Colégio Beija-Flor
fundamenta todas as práticas pedagógicas a desenvolver.
No ano lectivo anterior o Colégio Beija-Flor participou num projeto inovador
intitulado: “Um, dois, três… ploc! Pinga outra vez.” organizado pela Contempo, em
parceria com outras instituições, nomeadamente o Museu da Água de Coimbra, inserido
nas comemorações do Ano Internacional da Água (decretado pela Unesco). Desta forma,
a escolha do tema do presente projeto – “A começar no mar a água vamos explorar!” –
alicerçou-se na motivação e interesse demonstrada pelas crianças, e familiares, durante
todas as atividades inerentes ao projeto desenvolvido.
Cada educador elaborará o seu Projeto Pedagógico / Curricular de Grupo,
atendendo às características e necessidades específicas das suas crianças, mas sempre
tendo como base as orientações do Projeto Pedagógico / Curricular do Colégio.
1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (1997) Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
Lisboa: M. E. .
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2. CONTEXTO EDUCATIVO
O Colégio Beija-Flor é constituído por duas valências educativas distintas: a
valência de Creche e a valência de Jardim de Infância.
A Creche é constituída por três salas, sendo elas o Berçário, a Sala 1/2 anos e a
Sala 2/3 anos.
O Jardim de Infância é composto pela Sala A e pela Sala B.
3. CRECHE
3.1 BERÇÁRIO
O Berçário é composto por crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 12
meses de idade.
Neste espaço é dada prioridade à atmosfera positiva e afectuosa, enquanto
ambiente educativo subjacente ao crescimento da criança – o ambiente físico é aberto,
organizado e encoraja os “primeiros” movimentos e envolvimento nas actividades.
A educadora/auxiliar responsáveis, além de assegurarem um ambiente saudável às
crianças, apoiam, orientam e actuam como um recurso facilitador na actividade da
criança.
3.2. SALA 1/2 ANOS
3.2.1. A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO
A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
A sala de actividades das crianças de 1/2 anos é composta por crianças de idades
compreendidas entre os 12 e os 24 meses e, na sua essência, encontra-se demarcada por 3
áreas de interacção/expressão, a saber:
- Comunicação (conversa, leitura de histórias, canções,...);
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- Jogos (de encaixe, de construção,...),
- Mesa de actividade (actividades plásticas – pintura, desenho,...)
Por norma, a exploração destas áreas desenvolve-se segundo actividades
planificadas semanalmente pela educadora responsável. Neste espaço, as actividades
livres, de menor frequência, supervisionadas pela educadora e/ou auxiliar, também fazem
parte das actividades diárias.
A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
07:30H – 09:00h – recepção das crianças
09:00h – 09:30h – higiene /actividades pedagógicas livres
09:30h – 10:45h – actividades pedagógicas dirigidas
10:45h – 12:00h – higiene / almoço / higiene (ida ao bacio a partir dos 18m)
12:00h – 14:45h – repouso/sono
14:45h – 16:30h – higiene / lanche / higiene (ida ao bacio a partir dos 18m)
16:30h – 19:15h – actividades pedagógicas dirigidas / actividades pedagógicas
livres
3.3. SALA 2/3 ANOS
3.3.1. A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO
A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
A sala de actividades das crianças dos 2/3 anos é composta por crianças de idades
compreendidas entre os 24 e os 36 meses e encontra-se dividida em 6 áreas de
interacção/expressão, sendo elas:
- Comunicação (conversa, leitura de histórias, canções,...);
- Jogos (legos, puzzles, jogos de encaixe,...);
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- Mesas de actividades (actividades de expressão plástica,...);
- Cozinha (jogo simbólico,...);
- Disfarce (jogo simbólico,…);
- Fantoches.
Em regra, a exploração destas áreas desenvolve-se segundo actividades planificadas
semanalmente pela educadora responsável. Essa exploração pode efectuar-se
individualmente, em grupo ou, ainda, ser livre.
A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
07:30H – 09:00h – recepção das crianças
09:00h – 09:30h – higiene /actividades pedagógicas livres
09:30h – 10:45h – actividades pedagógicas dirigidas
10:45h – 12:00h – higiene / almoço / higiene (ida ao bacio)
12:00h – 14:45h – repouso / sono
14:45h – 16:30h – higiene / lanche / higiene (ida ao bacio)
16:30h – 19:15h – actividades pedagógicas dirigidas / actividades pedagógicas
livres
4. O JARDIM-DE-INFÂNCIA
4.1. A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO
4.1.1 SALA A
A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
A sala A está organizada segundo diferentes áreas de expressão, dando maior
ênfase à área de expressão dramática:
- Comunicação (conversa, leitura de histórias, canções,...);
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- Jogos;
- Garagem;
- Cozinha;
- Quarto;
- Mercado;
- Cabeleireiro;
- Música.
4.1.2. SALA B
A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
A sala B está organizada segundo diferentes áreas de expressão, a saber:
- Comunicação (conversa, leitura de histórias, canções,...);
- Biblioteca;
- Matemática;
- Ciências;
- Informática;
- Mesas de actividades.
A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
07:30h – 09:30h - recepção das crianças
09:30h – 12:00h – actividades pedagógicas dirigidas
12:00h – 13:00h – higiene / almoço / higiene
13:00h – 15:00h – repouso / sono (para as crianças dos 03 aos 05 anos) / higiene
13:00h – 14:00h – actividades pedagógicas livres (para as crianças dos 05 aos 06
anos)
14:00h – 15:00h – actividades pedagógicas dirigidas (para as crianças dos 05 aos
06 anos)
15:00h – 16:30h – actividades pedagógicas dirigidas
16:30h – 17:00h – higiene / lanche / higiene
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17:00h – 19:15h – actividades pedagógicas dirigidas / actividades pedagógicas
livres
5. ORIENTAÇÕES CURRICULARES
5.1. AS ÁREAS DE CONTEÚDO
As áreas de conteúdo supõem a realização de actividades. A criança aprende
explorando o mundo que a rodeia, ela precisa de agir para pensar e compreender.
As diferentes áreas de conteúdo a trabalhar são:
- Formação Pessoal e Social;
- Expressão e Comunicação;
- Conhecimento do Mundo.
Esta distinção não significa uma visão estanque das mesmas, pelo contrário, deve
ser antes encarada de forma articulada, dado que a construção do saber se processa de
forma integrada, existindo inter-relações nos diferentes conteúdos bem como aspectos
formativos que lhe são comuns.
5.1.1. A FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
Esta formação entende-se como uma área transversal, atravessando todas as
componentes curriculares e toda a actividade desenvolvida com as crianças.
PRETENDE-SE:
- que as crianças, progressivamente, dêem os “primeiros passos” na construção da
sua identidade pessoal e social por referência a valores que se desejam universais –
liberdade, igualdade e fraternidade – e que também aprendam a importância e
compreendam o sentido de ser um cidadão livre, autónomo, justo e solidário.
OBJECTIVOS:
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- favorecer a formação da criança tendo em vista a sua inserção social como ser
livre, crítico, autónomo e solitário;
- favorecer a construção de valores – igualdade, justiça, participação,
responsabilização, cooperação, ...;
- promover processos conducentes à tomada de consciência de si e do outro como
ser diferente;
- favorecer o desenvolvimento da identidade pessoal e social (realçar, neste
processo, a construção de um auto-conceito positivo).
COMO OPERACIONALIZAR:
- garantir a “vez e a voz” às crianças no quotidiano do Colégio;
- criar condições efectivas de participação, decisão, resolução e concretização.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
- criar inter-relações de modo a que as crianças aprendam a atribuir tanto valor
aos seus comportamentos e atitudes como aos dos outros;
- direccionar, nas situações vividas, o processo da construção pessoal e social para
a procura do bem próprio e do bem comum;
- criar oportunidades de afirmação, de decisão de escolha, responsabilização,
negociação, resolução de conflitos e problemas;
garantir experiências de participação ao nível da organização do tempo, espaço e
do grupo, nomeadamente ao nível da programação.
5.1.2. ÁREA DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO
Área que incide sobre os aspectos essenciais do desenvolvimento e da
aprendizagem e que são considerados fundamentais para que a criança continue a
aprender ao longo da vida.
Esta área engloba as aprendizagens relacionadas com o desenvolvimento
psicomotor e simbólico determinantes para a compreensão e o progressivo domínio de
diferentes formas de linguagem.
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Nela se insere os seguintes domínios:
5.1.2.1. OS DOMÍNIOS DA LINGUAGEM ORAL E DA ABORDAGEM À
ESCRITA
A LINGUAGEM ORAL
PRETENDE-SE:
- que a criança alargue o seu vocabulário, construa frases mais correctas e cada vez
mais complexas;
- que utilize adequadamente frases simples de tipos diversos, tais como: afirmativa,
negativa, interrogativa e exclamativa;
- que utilize correctamente as concordâncias de género, número, tempo, pessoa e
lugar;
- que a criança progressivamente se aproprie das diferentes funções da linguagem e
adeque a sua comunicação a situações diversas.
OBJECTIVOS:
- promover o desenvolvimento da comunicação: produção e compreensão da
linguagem;
- contribuir para a aquisição de um maior domínio da linguagem oral;
- favorecer a consciencialização da importância da linguagem oral, como meio de
comunicação e arte.
COMO OPERACIONALIZAR:
- fomentando um clima favorável à comunicação oral;
- incentivando o desejo de comunicar;
- garantindo que a criança se sinta escutada e valorizada;
- explorando aspectos da linguagem verbal e não verbal.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
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- implementar jogos que permitam a exploração do carácter lúdico da linguagem,
o prazer de brincar com os sons, os gestos e as palavras – Ex. rimas, trava-línguas,
adivinhas, lengalengas, (...);
- explorar situações de intervenção, diálogo em grande e pequeno grupos e entre
díades;
- desenvolver actividades que impliquem narrar acontecimentos, reproduzir ou
inventar histórias, transmitir recados, ...
A LINGUAGEM ESCRITA
PRETENDE-SE:
- que a criança progressivamente se aproprie da especificidade do código escrito;
- que compreenda que o que se diz se pode escrever;
- que a escrita pode recordar o dito e o vivido.
OBJECTIVOS:
- preparar a criança, ao nível da motricidade fina, para a apropriação da
linguagem escrita;
- compreender a utilidade do código escrito;
- promover o contacto com diferentes funções do código escrito;
- promover o desenvolvimento de competências para a leitura.
COMO OPERACIONALIZAR:
- garantindo a familiarização com o código escrito;
- proporcionar o contacto com diversos tipos de texto;
- criando oportunidades de “imitação” da escrita e da leitura;
- valorizando as tentativas de escrita e leitura.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
- imitar a escrita, “fazer” o nome, criar símbolos próprios para identificar e
substituir as palavras;
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- elaborar desenhos para narrar histórias, representar momentos de um
acontecimento;
- ouvir, ler, contar histórias, interpretar, descrever, organizar sequências, inventar
legendas (...);
- registar, reler os textos elaborados individualmente/grupo;
- manusear livros, dicionários, jornais, revistas (...);
- visitar bibliotecas infantis.
5.1.2.2. O DOMÍNIO DA MATEMÁTICA
PRETENDE-SE:
- que a criança progressivamente encontre princípios lógicos que lhe permitam
classificar objectos, coisas e acontecimentos de acordo com uma ou várias
propriedades de modo a estabelecer relações;
- que resolvam problemas lógicos, quantitativos e espaciais;
- que domine a lateralidade;
- que domine progressivamente conceitos de espaço, tais como: (longe/perto,
dentro/fora, aberto/fechado, cima/baixo); tempo (antes/depois); sequências
temporais (dia/noite, manhã/tarde, semana, ...); quantidade (muito/pouco/nada,
cheio/vazio); tamanho (grande/pequeno) e, ainda, conheça outras propriedades
dos objectos como por ex. a forma e o tamanho.
OBJECTIVOS:
- promover a estruturação do pensamento;
- favorecer o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático;
- contribuir para a consciencialização da utilidade da matemática na vida
corrente;
COMO OPERACIONALIZAR:
- proporcionando experiências diversificadas;
- promovendo momentos de construção, consolidação e sistematização de noções
matemáticas;
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- apoiando a reflexão da criança;
- colocando questões problemáticas tendo em vista a sua resolução pela criança.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
- realizar jogos de conjuntos para classificação (agrupar objectos de acordo com
um critério previamente estabelecido – tamanho, cor, forma, (...); jogos de
seriação e de ordenação;
- reconhecer as propriedades que permitam estabelecer uma classificação
ordenada de gradações que podem relacionar-se com diferentes qualidades dos
objectos (ex. altura, tamanho, espessura, luminosidade, velocidade, duração,
intensidade do som, ...;
- realizar jogos que contribuam para a construção da noção de número como
correspondendo a uma série - número ordinal - ou uma hierarquia - cardinal – (ex.
a contagem e a ordenação);
- realizar jogos que estimulem o desenvolvimento do raciocínio lógico (ex. jogos
de formação de padrões, “puzzles”, blocos lógicos);
- explorar recursos e actividades relativas à organização do tempo, espaço e do
grupo (ex. quadros de presenças, tarefas e distribuição de actividades, calendários,
...);
- realizar jogos e preencher fichas que levem ao reconhecimento da sua
lateralidade e dos seus companheiros.
5.1.2.3. OS DOMÍNIOS DAS EXPRESSÕES: MOTORA, DRAMÁTICA,
PLÁSTICA E MUSICAL
A EXPRESSÃO MOTORA
OBJECTIVOS:
- favorecer a aprendizagem do domínio e da utilização do corpo;
- explorar as potencialidades expressivas do corpo;
- promover o desenvolvimento da motricidade global e fina, nomeadamente na
coordenação grossa e fina, precisão, ritmo, destreza, equilíbrio, ....
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COMO OPERACIONALIZAR:
- diversificando as formas de utilizar e de sentir o corpo;
- explorar diferentes formas de movimento e de posicionamento;
- favorecer a tomada de consciência dos diferentes segmentos do corpo, suas
possibilidades e limitações.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
- andar e correr de diferentes modos, em diferentes direcções e ritmos, deslizar,
baloiçar, rodopiar, saltitar, equilibrar-se, saltar a pés juntos ou num só pé;
- efectuar jogos de movimento, de bola, de lateralidade, de orientação espaço-
temporal, de mímica, de reconhecimento;
- identificar e designar as diferentes partes do corpo, explorando conceitos de:
dentro/fora; frente/atrás; em cima/em baixo; direita/esquerda; ao lado/à volta;
longe/perto; pouco/muito; grande/médio/pequeno; grosso/fino; cheio/vazio;
antes/depois; cedo/tarde; dia/noite e ontem/hoje/amanhã.
A EXPRESSÃO DRAMÁTICA
PRETENDE-SE:
- que haja mudanças progressivas no jogo simbólico aos níveis da complexidade,
coerência e duração – tradução do pensamento da criança de egocêntrico a
intuitivo;
- que se verifiquem mudanças (quantitativas e qualitativas) ao nível das suas
capacidades comunicativas e expressivas;
- que a criança consiga uma boa relação afectiva consigo própria, com os outros e
com a família.
OBJECTIVOS:
- favorecer a construção da identidade pessoal e social;
- promover o conhecimento de si, do outro e do mundo;
- alargar as possibilidades de apropriação e recriação da realidade;
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- promover o desenvolvimento socio-emocional e moral;
- favorecer o desenvolvimento da criatividade e da expressividade;
- enriquecer a linguagem verbal e não verbal.
COMO OPERACIONALIZAR:
- criar oportunidades para o desenvolvimento da actividade simbólica;
- diversificar as propostas de expressão dramática.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
- recriar diferentes situações do quotidiano;
- dramatizar histórias, acções, episódios;
- fazer jogos de mímica, jogos de imitação;
- fazer teatro de sombras chinesas, de fantoches, ...
A EXPRESSÃO PLÁSTICA
PRETENDE-SE:
- que a criança, progressivamente, domine os conceitos de cor, forma, textura,
quantidade, medida e volume.
OBJECTIVOS:
- favorecer o desenvolvimento cognitivo – capacidade de representação simbólica,
memória, atenção;
- promover o desenvolvimento da criatividade e a construção do sentido estético;
- favorecer o desenvolvimento das capacidades comunicativas e expressivas não
verbais;
- contribuir para a “consciencialização” da importância da expressão plástica
como meio de comunicação e arte.
COMO OPERACIONALIZAR:
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- valorizar o processo de exploração e descoberta de diferentes possibilidades e
materiais;
- estimular e apoiar o desejo de fazer;
- criar oportunidades que garantam a diversidade e a acessibilidade aos materiais;
- promover esta forma de expressão como forma de registo.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
- realizar trabalhos com diferentes materiais e técnicas, por exemplo: desenho,
pintura, rasgagem, amachucagem, recorte, colagem, modelagem, tecelagem;
- construir objectos, brinquedos, esculturas, painéis, ...
- realizar registos que documentem vivências, experiências, histórias, receitas,
saberes, desejos, emoções, (...);
- realizar registos que, simultaneamente, possam guardar mas também divulgar a
“memória” de cada um e do grupo.
A EXPRESSÃO MUSICAL
PRETENDE-SE:
- que as crianças aprendam a identificar, produzir e reproduzir sons, ritmos e
melodias;
- que progressivamente dominem aspectos que caracterizam os sons,
nomeadamente, intensidade (fortes/fracos), altura (graves/agudos), timbre (modo
de produção) e duração (longos/curtos).
OBJECTIVOS:
- favorecer o desenvolvimento das capacidades comunicativas e expressivas;
- contribuir para a consciencialização da importância da expressão musical como
meio de comunicação e arte;
- estimular o desenvolvimento psicomotor;
- promover o desenvolvimento do sentido estético.
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COMO OPERACIONALIZAR:
- criar condições materiais, físicas e sociais que permitam a realização de
actividades de expressão musical;
- valorizar os processos de exploração e produção dos ritmos executados pelas
crianças;
- diversificar propostas de actividades no domínio da expressão musical.
ACTIVIDADES POSSÍVEIS:
- escutar, dançar, tocar e cantar, dando lugar a jogos de exploração de diferentes
sons e ritmos produzidos pelas crianças, educadora, ambiente (natural e social) e
instrumentos musicais.
5.1.3. A ÁREA DE CONHECIMENTO DO MUNDO
A área de Conhecimento do Mundo é encarada “como uma sensibilização às
ciências, que poderá estar mais ou menos relacionada com o meio próximo, mas que
aponta para a introdução a aspectos relativos a diferentes domínios do conhecimento
humano: a história, a sociologia, a geografia, a física, a química, a biologia,...”(in,
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, 1997). Esta área enraíza-se na
curiosidade da criança, no desejo de saber e de compreender porquê.
PRETENDE-SE:
- que progressivamente as crianças construam conceitos mais correctos relativos à
biologia, física, química, meteorologia, história, geografia, geologia, ...;
- que progressivamente dominem saberes básicos, como por ex. saber nomear e
utilizar diferentes equipamentos e utensílios; utilizar objectos para construir novas
formas; reconhecer e nomear diferentes cores e sensações; saber o nome
completo, morada e localidade; saber dizer a sua idade e perceber que está a
crescer; situar-se socialmente na família; conhecer alguns aspectos do ambiente
natural e social.
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OBJECTIVOS:
- alargar o conhecimento de si e do mundo natural e social;
- fomentar a curiosidade e o desejo de aprender;
- estimular o desenvolvimento da capacidade de observação, interrogação,
experimentação, sistematização e registo.
COMO OPERACIONALIZAR:
- explorar situações relativas ao meio natural e/ou social;
- realizar experiências de física e química (luz, ar, água, ...), por ex. brincar com
água, encher e esvaziar recipientes, questionar porque há objectos que flutuam e
outros não;
- explorar os efeitos de luz e sombra, quer utilizando meios naturais (luz solar)
quer meios técnicos (lâmpadas, projector de diapositivos, ...), que permitam, por
ex. verificar a inclinação e o tamanho das sombras a várias horas do dia, projectar
a sombra do corpo, das mãos, ...;
- jogar com formas, cores, materiais e texturas;
- explorar situações relativas à meteorologia (sol, vento, chuva, trovoada, granizo,
...), geografia, geologia, biologia, ...;
- utilizar nestas actividades, como recurso e material de consulta - livros, revistas,
jornais e tecnologias de informação e comunicação; materiais mais específicos,
por ex. ímans, lupas, binóculos, microscópio, materiais simples da vida comum;
- explorar as interacções sociais, intra e inter grupo, no contexto do Jardim de
Infância e noutros contextos.
5.1.4. AS ÁREAS DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR
Tendo em vista o aperfeiçoamento de algumas actividades que desenvolvemos e,
também, de outras, hoje em dia consideradas bastante importantes, o Colégio recorre a
entidades/docentes especializadas(os) de modo a “oferecer”:
Creche:
- Expressão e Educação Musical;
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- Natação;
- Karaté.
Jardim de Infância:
- Expressão e educação Musical
- Introdução a uma língua estrangeira – Inglês;
- Natação;
- Karaté;
- Danças e Coreografias.
6. METODOLOGIA
A metodologia a utilizar nas práticas educativas do Colégio Beija-Flor não se
baseia num só modelo curricular e de desenvolvimento. Quer-se antes, um estudo
aprofundado de todos os modelos existentes e interliga-los nos aspectos que verificamos
mais relevantes para a nossa comunidade educativa. Assim sendo, passamos a descrever os
mais importantes:
6.1 Modelo Curricular High Scope
O modelo curricular High Scope baseia-se numa perspectiva desenvolvimentista
da educação de infância. Ou seja, é um modelo piagetiano de orientação cognitivista e
construtivista, que visa a construção do desenvolvimento cognitivo da criança assente em
acções sobre as situações e vivências das crianças.
A criança é um aprendiz activo. Parte do que já sabe para construir o que ainda
não sabe através da manipulação e experimentação directa de coisas e situações. Isto
traduz-se em “campos de acção” que transformam explorações em aprendizagens
significativas.
A aprendizagem activa é definida como a aprendizagem em que a criança, através
da sua acção sobre os objectos e da sua interacção com as pessoas, chega à compreensão
do mundo.
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6.2 Modelo Pedagógico Escola Moderna
O movimento da escola moderna é um modelo pedagógico que assenta numa
prática democrática da gestão das actividades, dos materiais, do tempo e do espaço e
pretende, através da acção dos educadores, proporcionar uma vivência democrática e um
desenvolvimento pessoal e social das crianças, garantindo a sua participação na gestão da
vida da sala e da escola.
Existem alguns instrumentos de trabalho baseados neste modelo, sendo eles:
- Planificações semanais;
- Tabela de presenças;
- Calendário;
- Tabela de comportamento;
- Tabela de aniversários; …
6.3 Metodologia de trabalho de Projecto
Com esta metodologia as crianças desenvolvem a sua aprendizagem através de um
estudo aprofundado sobre um determinado tema, em que o mesmo é sustentado com a
elaboração de um ou vários projectos.
Toda a orientação e encaminhamento são realizados pelo educador, mas a criança
está sempre no centro da investigação e tem parte activa em todo o processo.
6.4 Manual de processos-chave em Creche
É de salientar que o Colégio Beija-Flor, na sua valência de Creche, também baseia
as suas práticas no Manual de processos-chave elaborado pela Segurança Social. Este
manual apresenta instrumentos para medir a qualidade do trabalho em Creche, sendo
assim uma ferramenta indispensável para uma boa organização.
7. AVALIAÇÃO
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De acordo com a Circular nº4/DGIDC/DSDG/2011, “a avaliação na Educação
Pré-Escolar assume uma dimensão marcadamente formativa, desenvolvendo-se num processo
contínuo e interpretativo que procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, de modo
a que vá tomando consciência do que já conseguiu, das dificuldades que vai tendo e como as vai
ultrapassando.”
A avaliação é fundamental em todo o processo educativo. Desta forma, podemos
reflectir se estamos a concretizar os objectivos que nos propusemos alcançar.
Os instrumentos de avaliação a utilizar são os seguintes:
- Relatório com informação estatística sobre a apreciação evolutiva da criança nos
diferentes domínios explicitados;
- Grelhas de avaliação de actividades;
- Acta de avaliação de final de ano.
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8. BIBLIOGRAFIA
1. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (1997) Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.
Lisboa: M. E. .