projecto de pesquisa sobre integracao regional

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ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO.................................................. 2 1.1 Problematização...........................................3 1.2 Objectivos................................................3 1.2.1 Objectivo Geral........................................3 1.2.2 Objectivos Específicos.................................3 1.3 Justificativa.............................................3 1.4 Hipóteses.................................................4 1.5 Metodologia...............................................4 1.6 População e amostra.......................................4 1.7 Importância do Tema.......................................5 2 REVISÃO DA LITERATURA.......................................6 2.1 Conceitos.................................................6 2.2 Tipos de Integração Económica Regional....................8 2.2.1 A Integração do Comércio ou do Mercado.................8 2.3 Tipos de Sistemas Fiscais................................11 2.3.1 Sistemas fiscais das economias capitalistas desenvolvidas..............................................11 2.3.2 Sistemas fiscais das economias subdesenvolvidas.......12 2.3.3 Sistemas fiscais das economias socialistas colectivas.13 3 CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO......................14 3.1 Cronograma de Actividades................................14 3.2 Orçamento................................................14 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................15

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Page 1: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................21.1 Problematização.................................................................................................................31.2 Objectivos..........................................................................................................................3

1.2.1 Objectivo Geral..........................................................................................................31.2.2 Objectivos Específicos...............................................................................................3

1.3 Justificativa........................................................................................................................31.4 Hipóteses............................................................................................................................41.5 Metodologia.......................................................................................................................41.6 População e amostra..........................................................................................................41.7 Importância do Tema.........................................................................................................5

2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................62.1 Conceitos...........................................................................................................................62.2 Tipos de Integração Económica Regional.........................................................................8

2.2.1 A Integração do Comércio ou do Mercado................................................................82.3 Tipos de Sistemas Fiscais................................................................................................11

2.3.1 Sistemas fiscais das economias capitalistas desenvolvidas......................................112.3.2 Sistemas fiscais das economias subdesenvolvidas...................................................122.3.3 Sistemas fiscais das economias socialistas colectivas..............................................13

3 CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO...................................................143.1 Cronograma de Actividades.............................................................................................143.2 Orçamento........................................................................................................................14

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................15

Page 2: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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1 INTRODUÇÃO

Tendo o Estado moçambicano funções ou objectivos fundamentais, de entre eles, a promoção do

desenvolvimento equilibrado, económico, social e regional do país, conforme dispõe a alínea d)

do artigo 11 da CRM(2004), ao desenvolver a sua actividade económica, o Estado age visando à

satisfação de um conjunto de necessidades colectivas.

Para satisfação das necessidades colectivas, o Estado lança mão à obtenção de recursos

financeiros, entre as quais figuram as receitas tributárias ou fiscais, fundamentais num Estado de

economia de mercado.

As receitas tributárias são obtidas, pelo Estado, mediante o recurso ao seu poder de autoridade,

impondo aos particulares um sacrifício patrimonial que tem como fundamento assegurar a

comparticipação destes na cobertura de encargos públicos ou prosseguir outros fins.

Num mundo globalizado caracterizado pela ampliação, interligação, integração dos sistemas

internacionais de produção, financeiros e sociais, existe uma crescente preocupação quanto à

capacidade dos diferentes povos – as sociedades não globalizadas e economicamente menos

desenvolvidas – de avaliar correctamente os custos e os beneficios desses novos sistemas

económicos.

Com efeito, quase todas as grandes economias mundiais encontram-se, de alguma forma,

envolvidas em processos de integração económica – Estados Unidos (NAFTA); Europa (União

Europeia); América Latina ( Pacto Adino e MERCOSUL); Ásia (CER) e; África (SADC) – como

forma de garantir um desenvolvimento compatível com a evolução das sociedades modernas e/ou

globalizadas de modo a perpetuar a eficiênia em escala de competitividade global.

Moçambique, sendo um país emergente e que não passa imune aos efeitos da globalização, não

pode ficar à margem desse processo sob pena de conhecer um desenvolvimento que está aquém

da competitividade da região.

Page 3: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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1.1 Problematização

Apesar da maior parte dos países membros da SADC pertencerem ao grupo de países

subdesenvolvidos, a África do Sul, país vizinho cujas relações comerciais com Moçambique são

mais acentuadas, apresenta uma economia do primeiro mundo, facto este que influi na economia

moçambicana, criando a subida de preços de vários produtos importados para a capital do país.

Como corolário do cenário descrito, o sistema fiscal nacional sofre uma pressão no sentido de

garantir que a tributação inerente à importação de bens e serviços usando as fronteiras nacionais

não constitua um entrave à prossecução das diversas actividades desenvolvidas pelos cidadãos

nacionais e estrangeiros, ou que os usuários das fronteiras pautem pela fuga ao fisco. É neste

quadro de realidades económico-financeiras distintas que surge a necessidade de se conhecer qual

o impacto que a Integração Regional causa sobre os Sistemas Fiscais nacionais, e se a tributação

vigente nas fronteiras da Província de Maputo garrantem uma arrecadação satisfatória de receitas

fiscais.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo Geral

Compreender até que ponto as fronteiras da província de maputo contribuem na arrecadação de

receitas fiscais, no âmbito da integração económica regional da SADC.

1.2.2 Objectivos Específicos

Identificar as fases de integração económica regional

Identificar os tipos de reformas fiscal implementadas por Moçambique a partir do periódo

pós independência;

Analisar a evolução das receitas fiscais arrecadadas nas fronteiras da província de Maputo

em 2008, no âmbito da integração regional da SADC;

Propor estratégias que possam aumentar o grau de competitividade de Moçambique no

mercado regional.

1.3 Justificativa

A motivação para a escolha do presente tema surge no âmbito de uma inquietação resultante das

incertezas, no seio da comunidade moçambicana em geral, sobre os resultados que poderão

emergir na arena económica e/ou fiscal, em particular, a partir da integração económica e das

Page 4: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

4

medidas a serem observadas pelos Estados membros como forma de efectivar os acordos nela

contidos.

Neste âmbito, a pesquisa procurará diagnosticar os aspectos favoráveis assim como os

desfavoráveis da integração económica regional para a economia do país, especificamente sob o

sistema tributário.

Pretende-se, igualmente, apurar que estratégias o país tem desenvolvido ou irá desenvolver no

sentido de, por um lado, tirar o maior proveito da integração económica regional, por outro, de se

precaver das implicações negativas da integração económica regional sobre as receitas fiscais

arrecadadas através do sistema tributário.

1.4 Hipóteses

A integração regional tem um impacto positivo sobre o sistema tributário moçambicano,

quer em termos de arrecadação de receitas para o Estado através das fronteiras da

província de Maputo, quer em termos da actualização das políticas fiscais nacionais;

O impacto resultante da integração regional pode ser nefasto sobre o sistema tributário

moçambicano tendo em conta a existência de níveis económicos diferentes entre os países

da região.

1.5 Metodologia

No que diz respeito as metodologias que serão usadas visando a elaboraçâo do Relatório de

Pesquisa científica, serão as seguintes:

Pesquisa bibliográficas incluindo pesquisas virtuais em alguns sites de internet;

Pesquisas em documentos e legislações moçambicanas inerentes;

Revisão bibliográfica;

Trabalho de campo para a recolha de dados através de entrevístas e inquéritos;

Análise e selecção dos dados obtidos;

Elaboração do trabalho final.

1.6 População e amostra

Para a realização do trabalho de campo serão tomados em conta o universo populacional

composto pelos elementos seguintes:

Page 5: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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Residentes da cidade e província de Maputo e os funcionários do Ministério das Finanças

a nível central, e da província de Maputo.

E no que se refere a amostra, serão tomadas em consideração:

Três quadros séniores do Ministério das Finanças, sendo 1 da Autoridade Tributária de

Moçambique, 1 pertencente as alfândegas de Moçambique e outro pertencente ao

Gabinete de Informação Financeira de Moçambique.

Funcionários afectos a guarda fronteira de Namaacha.

1.7 Importância do Tema

O estudo do impacto da integração económica regional sob o sistema fiscal moçambicano revela-

se pertinente, pois, acredita-se que a integração não só trará benefícios para o país, mas poderá

trazer inúmeras consequências nefastas se não forem tomadas as medidas e mecanismos que

poderão fazer face às mesmas.

A integração económica na SADC, guiada pelo Protocolo do Comércio, assinado em 1996 e

tendo entrado em vigor em 2000, como parte da sua implementação estipula que, entre outros

acordos, os Estados-Membros devem efectuar a redução das tarifas, através de eliminação de

barreiras não tributárias e harmonização das alfândegas, documentações do comércio e

procedimentos de desalfandigação.

Ainda na perspectiva de (IBRAIMO, 2002:74), na maioria dos país, as reformas tributárias que

foram prosseguidas, nas últimas duas décadas, procuraram mudar o sistema tributário em

direcção (i) a uma maior utilização de impostos sobre o consumo, especificamente o IVA que

oferece vantagens importantes à administração tributária e minimiza as distorções económicas na

cadeia de produção, (ii) combina com uma tributação moderada sobre os rendimentos definidos

de forma lata, e (iii) reduziram enormemente a dependência dos sistemas em impostos sobre o

comércio. Portanto, esta situação põem em causa a situação económica de Moçambique uma vez

que depende, em grande medida, dos impostos sobre o comércio externo para a sustentação dos

seus orçamentos dado que uma parte significativa das suas transações comerciais têm origem nos

países membros integrantes da SADC.

Page 6: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Conceitos

Para Waters (1999:3), globalização é um processo social através do qual diminui os

constrangimentos geográficos sobre os processos sociais e culturais, e em que os indivíduos se

consciencializam cada vez mais dessa redução.

Na noção de Gaston Jeze apud Franco (1980:163), imposto é “ uma pestação pecuniária

requerida dos particulares por via autoritária, a título definitivo e sem contra partida, com vista à

cobertura dos encargos públicos”.

“Imposto é uma prestação coactiva, pecuniária, definitiva e unilateral, estabelecida por lei, sem

carácter de sansão, a favor do Estado, para a realização de fins públicos” (IBRAIMO, 2002:40).

Como exemplos temos, no nosso país, os seguintes impostos: imposto s/rendimento de pessoas

colectivas (IRPC); Imposto s/Rendimento de Pessoas Sinulares (IRPS); Imposto sobre o Valor

Acrescentado (IVA); entre outros.

Franco (1980:166), afirma que “uma distinção muito tradicional, ainda que contestada, separa os

impostos em directos e indirectos, segundo critérios extremamente variáveis de legislação para

legislação:

Critério administrativo – Um imposto será directo quando atinge directamente a riqueza e

indirecto quando atinge indirectamente a riqueza.

Critério jurídico – Segundo o critério jurídico de Otto Mayer, é imposto directo quando a

cobrança é precedida de um processo administrativo de liquidação, no qual se determina

quem é o contribuinte, qual o montante de matéria colectável e, qual a prestação devida; é

imposto indirecto quando não há necessariamente um processo administrativo de

liquidação antes da cobrança.

Critério económico-financeiro – por um lado diz-se imposto directo quando vai atingir a

riqueza directamente, tributando situações que correspondem a um “ser” ou “estar”,

enquanto que os impostos indirectos atingem indirectamente a riqueza tributando

operações que consistem num “fazer” (por exemplo, a compra de um prédio); por outro

lado entende-se que os impostos indirectos são aqueles que são susceptíveis de

Page 7: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

7

repercussão fiscal e os impostos directos são aqueles em relação aos quais a repercussão

não é possível.

De Acordo com Ibraimo (2002:66), sistema económico “é um conjunto coerente de instituições

jurídicas e sociasi no seio dos quais se utilizam certos meios técnicos, organizados em função de

certos objectivos dominantes, tendo em vista assegurar o equilíbrio económico”.

Brescini (1998), define integração económica como sendo “conjunto de medidas de carácter

económico que tem por objectivo aproximar e promover a união entre as economias de dois ou

mais países”.

A integração económica é um processo através do qual dois ou mais países se juntam numa

relação económica mais estreita do que cada um deles com o resto do mundo. Tipicamente, a

integração económica começa com um esquema em que as barreiras tarifárias e não tarifárias são

abolidas entre os país envolvidos, mas não como o resto do mundo.

Procurando determinar a forma como se articulam entre sí as diferentes figuras tributárias

existentes num espaço fiscal, ou até a forma como se relaciona o conjunto dos impostos com a

estrutura económica do país, com o seu grau de desenvolvimento e com as suas políticas

económicas, podemos discernir os conceitos de estruturas fiscais e sistemas fiscais que na

perspectiva de Franco (1980:117) afirma: ao flar-seem estruttura fiscal tem-se em vista, deste

logo, o estudo relacionado e integrado do sistema fiscal com a estrutura económica-social em

que se integra. Por sistema fisca entender-se-ia paenas o conjunto de impostos e a forma como

entre eles se relacionam globalmente.

Page 8: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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2.2 Tipos de Integração Económica Regional

Existem três abordagem principais de integração económica regional, a saber: a integração do

comércio ou do mercado; a integração através de projectos e; a integração para o

desenvolvimento.

2.2.1 A Integração do Comércio ou do Mercado

A integração do comércio ou do mercado constitui a tipologia de integração económica mais

comum. Ela privililegia a liberação das relações comerciais entre os países, no sentido de criar

condições para implementação da integração de uma forma faseada.

2.2.1.1 Fases da integração económica do comércio ou de mercado1

Zona de comércio preferencial

Os país membro, numa zona de comércio preferencial, reduzem substancialmente as tarifas nas

trocas efeituadas entre sí, mais mantêm as suas barreiras nacionais contra os países não membros.

Os país membros introduzem uma regulamentação suplimentar com relação às regras de origem,

as quaisespecificam quanto valor deve ser acrescentado para o produto se qualificar como

originário do país com que se tem acordo e, consequentemente beneficiar desse tratamento. Não

há, nesta fase, liberdade de movimento de pessoas e bens.

Zona de comércio livre

Numa zona de comércio livre os países membros eliminam as tarifas e outras barreiras

comerciais nas trocas efectuadas entre sí, porém nas trocas comerciais efectuadas com os outros

países que não são membros da zona do comércio livre, cada país estabelece a sua política

tributária. Não há, nesta fase, liberdade de movimento de pessoas e bens.

União aduaneira

Os países que são membros têm uma tarifa externa comum sobre os bens que entram em cada um

deles provenientes dos países que não são membros. A autoridade de cada país membro na

determinação da política tarifária deixa de ser exercida. Exemplo a União Aduaneira da África

1 Á título ilustrativo: desde o ano 2000, os países da SADC têm vindo a implementar um programa cujo calendário preconiza a criação duma zona de livre comércio em 2008, uma união aduaneira em 2010, um merado comum em 2015 e uma união monetária em 2018.

Page 9: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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Austral que fazem parte país como Botswana, Lesotho, Namíbia, África do Sul, Moçambique,

entre outros.

Mercado comum

Falar de mercado comum é o mesmo que falar de uma união aduaneira com disposições

adicionais segundo as quais os bens, capitais, mão-de-obra e serviços podem movimentar-se

livremente dentro dos territórios do países membros. Podem ter como exemplo a ex-Comunidade

Europeia que foi um dos mercados comuns mais famosos.

União económica

É uma união que inclui taxas de câmbios fixas entre as moedas dos países membros e a exigência

de que as políticas monetárias e fiscas sejam tais que assegurem a estabilidade dessas taxas de

câmbios. Normalmente envolvem também políticas públicas coordewnadas para a transferência

de rendimento das zonas mais ricas para as mais pobres, políticas agrículas comuns, etc. Este tipo

de união vai para além dos mercados comuns. A título de exemplo temos a União Europeia que é

o mais ilustrativo.

União política

Este constitui a fase mais avançada da integração do comércio ou de mercado. Diferentemente

das uniões supra descritas, na união política as instituições políticas dos países membros são

unificadas ou federadas. Implica a existência de uma moeda única e uma política monetária

totalmente unificada, com a criação de um banco central. Nesta situação os países são chamados

não apenas a coordenaream suas políticas macroecon’omiacs, mas a transforem-na em pol’itica

única.

2.2.1.2 A integração através de projectos

A integração através de projectos de cooperação tende a evitar a liberalização do comércio, à

partida, com o argumento de que a teoria da integração económica ou de mercado é mais

apropriada para os países desenvolvidos. Defedendo que a prioridade dos países em

desenvolvimento é a promoção de projectos de desenvolvimento nas esferas de produção e de

criação de infra-estrutura, esta abordagem encoraja a cooperação em projectos regionasis de

desenvolvimento, como um factore catalizador da integração regional.

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Esta abordagem nãom inclui os esforços no desenvolvimento das tracos comerciais, ma tende a

favorecer esquemas bilaterais, o que tem a vantagem de permitir que se tomem em conta as

especificidades de cada país.

2.2.1.3 A integração para o desenvolvimento

A essência desta abordagem não é mais do que uma variante da abordagem anterior e baseia-se

na pemissa de que as incompatibilidades derividas das estruturas de produção e os padrões de

consumo subdesenvolvidos tornam impossível promover a integração regional através de

políticas do género laissez-faire. Um esforço consciente dos paerceiros de cooperação é essencial

tanto na definição como na identificação de estratégias e mecanismo apropriados para ultrapassar

os impedimentos à integração.

Esta abordagem enfatiza a necessidade de cooperação política mais estreita logo na fase inicial do

processo de integração, em contraste com a integração comercial ou de mercado, onde está

cooperação tem lugar na última fase.

Page 11: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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2.3 Tipos de Sistemas Fiscais

Para Franco ( 1980:204-208) existem três principais tipologias de sistemas fiscais. Falar-se-ia,

nesse âmbito, “dos sistemas fiscais das economias capitalistas desenvolvidas, dos sistemas fiscais

das economias subdesenvolvidas e, dos sistemas fiscais das economias socialistass colectivas.

2.3.1 Sistemas fiscais das economias capitalistas desenvolvidas

Existe uma diversidade de característica que distingue cada uma dessas economia, porém é

possível encontrar um conjunto de traços comuns suficientemente amplos para abranger a

generalidade dos sistemas fiscais dos países de economias capitalistas desenvolvidas:

Pressão fiscal alta – trata-se de um conjunto de paises em que o esforço fiscal atinge

valores bastante elevados e que, em muitos casos, são ainda mais particularmente

agravados, se considerarmos em paridade com os impostos as situações vulgarmente

designadas de parafiscalidade. Isto justifica-se, quer por o rendimento médio dos

habitantes ser muito elevado, quer por o desenvolvimento industrial que facilita a

determinação de fontes de rendimento colectáveisrestringir as facilidades de evasão.

Elevada eficiência do sistema fiscal – Trata-se de sistemas fiscais complexos, mas

adequados, nas suas linhas gerais, a serem colocados ao serviço dos objectivos de

políticas económicas determinados pelo governo e que se apresentam também como os

mais adequados às estruturas económicas em que estão inseridas.

Elevado rendimento da administração fiscal – Trata-se, normalmente de país em que se

conseguiu pôr em funcionamento uma máquina administrativa com grau de rentabilidade

elevado, com relativamente poucos efectivos e de moderno pessoal e processos de

controlo.

Complexidade do sistema fiscal – As exigências de efeciência e de rendimento do

sistema, e mesmo por parte da justiça justifiam que o sistema fiscal seja frenquentemente

estruturado em termo de não ser perceptível pela generalidade dos cidadãos, o que parece

representar uma contrariedade não desprezível do ponto de vista da democracia política.

Page 12: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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Predominância dos impostos directos – Embora se trate de países com sistemas fiscais

diversificados, que tentam atingir todas as fontes possíveis de matéria tributável, pode se

detectar uma tendência para o predomínio dos impostos directos, particularmente nítida

em acsos como o dos Estados Unidos, Suécia e Holanda, com erca de 60% do total das

receitas fornecido pelo imposto directo.

2.3.2 Sistemas fiscais das economias subdesenvolvidas

Igualmente neste tipo de sistema fiscal é possível encontrar características similares:

Fraco rendimento - Na maioria dos países a relação entre o conjunto de impostos e o

rendimento nacional é bastante baixa, quase sempre inferior aos 15%, por razões que se

prendem com o baixo rendimento individual, com o reduzido papel do estado nalguns

casos e com a impossibilidade material de proceder às cobranças com regularidades.

Predominância de impostos indirectos – As memsas razões determinam que a opção

desses países se faça de forma marcada pela triibutaao indirecta, representando os

impostos directos pouco significativa do total das receitas fiscais.

Peso excessivo da fiscalidade “externa” - Em muitos países, particularmente em países

exportadores de matéria-prima, regista-se uma tendência para fazer as receitas públicas

dependerem quase totalmente das receitas de exportação, com todas as vulnerabilidades

que tal circunstância provoca.

Má administração financeira – Existe nesses países uma administração financeira

pouco eficiente e muito pesada em efectivos, ao que cresce muita das vezes a

circunstânias de os próprios textos fiscais herdados de situações coloniais serem ainda

inadequados às estruturas económicas e às necesssidades políticas de

desenvolvimento.

Page 13: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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2.3.3 Sistemas fiscais das economias socialistas colectivas

Poder-se-ia apontar como características as seguintes:

Sistemas fiscais ligeiros – A parcela das receitas consideradas como fiscais recaem sobre

os particulares.

A fiscalidade está ao serviço da planificação – Servindo nomeadamente para a correcção

de determinados efeitos de distorção, que poderiam ser provocados por uma maior

descentralização administrativa.

Predominam os impostos indirectos – é apenas assinalado a pequena parcela dos

impostos sobre o rendimento pessoal.

São sistemas relactivamente simples – Por oposição à complexidade das regras que

caracterizam os sistemas das economias capitalistas.

Page 14: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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3 CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO

3.1 Cronograma de Actividades

Descrição de

actividades

Out./10 Nov./10 Dez./10 Jan./11 Fev.

/11

Mar

/11

Abr.

/11

Mai.

/11

Jun.

/11

Jul. /

11

Ago.

/11

Revisão da

bibliografia

Elaboração do

projecto de

pesquisa

Aplicação de

entrevistas

Aplicação de

inquéritos

Tabulação de

dados

Análise e

interpretação

de dados

Elaboração do

relatório de

pesquisa

3.2 Orçamento

Descrição das Despesas Valores em Meticais

2 Caixas de papel A4 1.200,00

Transporte 700,00

Impressão dos documentos 1200,00

Fotocópias 1000,00

Digitação 2000,00

Encadernação 500,00

Outros Materiais 500,00

Total 7.100,00

Page 15: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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Page 16: Projecto de Pesquisa Sobre Integracao Regional

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRANCO, A. L. Sousa. Finanças Públicas e Direito Financeiro. (1980)

IBRAIMO, Ibraimo. O Direito e a Fiscalidade. Editora ART C. (2002).

PERREIRA, Paulo Trigo et al. Economia e Finanças Públicas. (2005).

RIBEIRO, José Joaquim Teixeira. Lições de Finanças Públicas. Coimbra. (1997).