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2015 PROGRAMA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA FEBRE AMARELA EM SANTA CATARINA Guia de Orientação

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2015

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA FEBRE AMARELA EM SANTA CATARINA

Guia de Orientação

GOVERNO DE SANTA CATARINA

Secretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

Superintendência de Vigilância em Saúde

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

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PROGRAMA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DA FEBRE AMARELA

EM SANTA CATARINA

Florianópolis, 2015

GOVERNO DE SANTA CATARINA

Secretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

Superintendência de Vigilância em Saúde

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

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Sumário Introdução...........................................................................................................................................................04 Objetivos do Programa de Vigilância da Febre Amarela..................................................................................06 Vigilância de casos humanos..............................................................................................................................07

Notificações............................................................................................................................................07

Investigação............................................................................................................................................07

Diagnóstico laboratorial.........................................................................................................................10

Classificação...........................................................................................................................................11 Encerramento do caso............................................................................................................................11

Vigilância de Epizootias de Primatas Não Humanos (PNH)..............................................................................12 Orientações aos serviços de saúde ......................................................................................................................12 Roteiro básico de investigação de adoecimento e/ou morte de PNH a ser seguido pelo técnico da SMS.......................................................................................................................................................................14 Roteiro básico de investigação de adoecimento e/ou morte de PNH a ser seguido pelo médico veterinário durante a necropsia........................................................................................................................................................17 Animal doente.........................................................................................................................................17 Animal morto..........................................................................................................................................18 Material necessário para realizar a necropsia......................................................................................22 Vigilância Entomológica......................................................................................................................................23 Integração Vigilância em Saúde e Atenção Básica............................................................................................23 Referências Bibliográficas....................................................................................................................................24 Anexos Anexo 1: Fluxo de notificação e investigação de epizootias.................................................................................25 Anexo 2: Modelo de etiqueta para as caixas com amostras para diagnóstico de Febre Amarela..........................26 Anexo 3: Ficha de necropsia em primatas ...........................................................................................................27 Anexo 4: Instruções para preenchimento da ficha de necropsia em primatas .....................................................29

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Anexo 5: Ficha de notificação/investigação de epizootia ....................................................................................32 Anexo 6: Instruções para preenchimento da ficha de notificação/investigação de epizootia..............................33 Anexo 7: Ficha de coleta de exame para febre amarela (casos humanos).........................................................37 Anexo 8: Ficha de investigação de febre amarela (casos humanos)...................................................................38

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A febre amarela (FA) é uma doença reemergente prioritária em Saúde Pública no Brasil,

para a qual está disponível uma vacina de alta eficácia. Apesar das estratégias atuais de controle e

prevenção, vem se observando uma expansão das áreas com circulação do vírus da febre amarela do

sentido leste ao sul do País. Este fato tem sido objeto de atenção das autoridades de saúde por

considerarem que a aproximação do vírus com as cidades, onde o vetor urbano se encontra presente,

recoloca o tema da reurbanização da doença na agenda sanitária.

No ano de 1966, foram registrados os últimos casos autóctones de febre amarela silvestre

no estado de Santa Catarina, tendo ocorrido nos municípios de Anchieta (1 caso), Chapecó (1 caso),

Maravilha (1 caso), Mondai (2 casos), Palma Sola (2 casos), Piratuba (1 caso) e Quilombo (1 caso),

totalizando 9 casos.

Até o ano de 2003, o estado era considerado área indene para FA, mas, a partir da

ocorrência de epizootias de macacos no Rio Grande do Sul e a identificação do vírus amarílico em

mosquitos do gênero Haemagogus nesse estado, Santa Catarina passou a ter uma área denominada de

transição, constituída por 28 municípios, sendo 22 da antiga regional de saúde (GERSA) de São Miguel

do Oeste e 6 da antiga GERSA de Chapecó.

Desde então, a vacinação contra a FA passou a ser preconizada para toda a população

residente na área de transição, constando no calendário de vacinação de rotina para crianças a partir

dos 09 meses de idade e também para pessoas que se deslocam para essa área.

O caráter dinâmico da FA tem exigido avaliações periódicas. No final de 2008 o Ministério

da Saúde realizou uma nova avaliação nacional, onde as áreas denominadas endêmica, de transição e

indene foram reclassificadas em: a) área com recomendação de vacina (ACRV) e b) área sem

recomendação de vacina (ASRV).

No ano de 2009 foi definida uma nova área com recomendação de vacina contra a FA em

Santa Catarina, composta por mais 12 municípios das regiões do Meio Oeste e Planalto Serrano, em

função de novas ocorrências de epizootias de PNH (primatas não humanos) por febre amarela no Rio

Grande do Sul, em municípios contíguos àquelas regiões (Figura 1).

INTRODUÇÃO

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A partir de 2010, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina manteve a

recomendação de vacina para os 28 municípios do Extremo Oeste, 12 municípios do Meio Oeste e

Planalto Serrano e ampliou a ACRV conforme Parecer Técnico N° 12 /2010 –

GT_ARBO/COVEV/CGDT/DEVEP/SVS/MS (SC) implantando, na rotina, a vacinação contra a febre

amarela para toda a população residente na área de abrangência das Gerências Regionais de Saúde de

Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Joaçaba, Lages, Videira, Canoinhas e Mafra, totalizando 162 municípios

(Figura 2).

ACRV

Figura 1. Áreas segundo recomendação da vacina contra a febre amarela. Santa Catarina, 2009.

ASRV

Fonte: Gezoo/Dive/SES

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Detectar precocemente a circulação do vírus da febre amarela no estado de Santa Catarina através da:

Intensificação das ações de vigilância de casos suspeitos de febre amarela em humanos, junto aos serviços de saúde da rede pública e privada dos municípios;

Consolidação da vigilância de epizootias de primatas não humanos para detecção precoce da circulação viral, visando à adoção de medidas de controle oportunas;

Realização da vigilância entomológica para detecção precoce da circulação viral, visando à adoção de medidas de controle oportunas;

Integração dos profissionais da atenção básica e vigilância epidemiológica no processo de detecção precoce da circulação do vírus amarílico.

Figura 2. Áreas com recomendação da vacina contra a febre amarela. Santa Catarina, 2010.

ACRV

ASRV

Fonte: Gezoo/Dive/SES

OBJETIVOS DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DA FEBRE AMARELA

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NOTIFICAÇÃO

A doença é de notificação compulsória imediata, conforme Portaria nº 1.271 de 6 de junho de

2014 da SVS/MS, portanto, todo caso suspeito deve ser comunicado por telefone ou e-mail à GERSA de

abrangência e à GEZOO/DIVE/SES (telefones: (48)-3664-7479/7480/7481/7482 ou e-mail:

[email protected] / [email protected]) no prazo máximo de 24h.

Considerar, como caso suspeito, os indivíduos que se enquadram na seguinte definição:

INVESTIGAÇÃO

Imediatamente após a notificação de um caso suspeito de FA, deve-se iniciar a investigação

clínica e epidemiológica conforme roteiro abaixo, preenchendo a “Ficha de investigação de Febre

Amarela” disponível no SINAN (Anexo 8).

Roteiro de investigação epidemiológica de casos humanos:

a) Investigação clínica:

Verificar se o paciente é vacinado contra Febre Amarela. Solicitar a apresentação da carteira de

vacinação e anotar a data da última dose da vacina. Caso não haja essa comprovação, o

paciente será considerado “não vacinado”;

Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente ou procedente de área de risco para febre amarela, ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não humanos, ou isolamento de vírus em vetores, nos últimos 15 dias, não vacinado* contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado.

* Não vacinado: indivíduo que nunca foi vacinado contra a febre amarela ou que foi vacinado há menos de 10 dias ou há mais de 10 anos, ou que não apresente a carteira de vacinação para comprovação.

VIGILÂNCIA DE CASOS HUMANOS

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Verificar se o paciente apresenta sintomatologia específica da doença: Sinal de Faget*, dor

abdominal, sinais hemorrágicos, distúrbios de excreção renal ou icterícia. * Sinal de Faget: o pulso se torna relativamente mais lento, apesar da temperatura elevada.

Observações: os sintomas iniciais da doença duram cerca de três dias: febre, calafrio, cefaleia,

lombalgia, mialgia generalizada, prostração, náusea e vômito; podem se confundir com outras

doenças que são de diagnóstico diferencial, tais como: doenças infecciosas do trato digestivo,

respiratório e urinário ou hepatite subaguda. Por ser uma sintomatologia inespecífica, uma boa

investigação poderá verificar a existência de um vínculo epidemiológico de modo que o serviço

de saúde consiga detectar precocemente os casos leves de FA.

É importante o acompanhamento da evolução do paciente pelo profissional de saúde, pois,

após período de remissão dos sintomas iniciais (em torno de três dias), poderá advir a fase

toxêmica da doença com agravamento do quadro (casos graves) e que se confundem com

outros diagnósticos diferenciais como: leptospirose, malária, hepatite viral, septicemia com

icterícia, febre maculosa e outras febres hemorrágicas virais.

Anotar resultados de exames laboratoriais diferenciais como TGO/TGP e bilirrubinas. Se

necessário, consultar o prontuário e entrevistar o médico e familiares para obter informações

mais detalhadas.

Observação: o aumento discreto nas transaminases (TGO/TGP) é um reforço da suspeita clinica

para FA e os níveis deverão ser analisados no momento da suspeição.

Não há tratamento antiviral específico para a febre amarela, sendo apenas sintomático, com

cuidadosa assistência ao paciente em ambiente hospitalar. Os casos clássicos e/ou fulminantes exigem

atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que reduz as complicações e a letalidade.

b) Investigação ambiental:

Investigar e descrever minuciosamente o deslocamento do paciente nos últimos 15 dias

anteriores aos sintomas, inclusive os de curta duração (ver régua de investigação, pág. 09).

Importante observar que a permanência, mesmo de poucas horas, em locais de risco pode

resultar em infecção. Considerar:

Viagens: quando foi, quanto tempo permaneceu, motivo da viagem, quando retornou;

Contato com mata nativa: quando foi o contato, em qual local, qual atividade foi exercer,

quanto tempo permaneceu;

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Permanência em local de provável circulação viral: datas de ida e volta e quanto tempo

permaneceu no local.

Investigar onde o paciente estava durante o período de incubação e viremia, anotando todas

as datas (Ver régua de investigação, pág. 09) e se o local corresponde a uma área de provável

transmissão do vírus amarílico;

Investigar a ocorrência ou rumor de morte de macacos no local de permanência e nos

deslocamentos realizados naquele período (15 dias antes do inicio dos sintomas), bem como

averiguar essa ocorrência em anos anteriores;

Verificar a presença de Aedes aegypti nos locais de permanência durante o período de

incubação e viremia;

c) Coleta de amostra para diagnóstico:

Providenciar a coleta de amostra em tempo oportuno. A coleta deverá ser realizada,

necessariamente, após o 5º dia do início dos sintomas, ou seja, no 6º dia da doença e deverá ser

enviada para o LACEN;

Acompanhar a evolução do paciente e os resultados dos exames laboratoriais;

A SMS deverá encaminhar todas as informações que foram coletadas durante a investigação,

em forma de relatório, por e-mail, à sua GERSA de abrangência e esta, à GEZOO/DIVE/SES,

juntamente com cópia da ficha de notificação/investigação do paciente, que deverá ser digitada

no SINAN;

RÉGUA DE INVESTIGAÇÃO PARA FEBRE AMARELA

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

a) Sorologia

Após a suspeição do caso, deverá ser coletado, para confirmação laboratorial, 10 ml de sangue total

do paciente para exame sorológico e transportado sob refrigeração (2 a 8ºC).

b) Diagnóstico post-mortem

Em caso de óbito, e se não foi possível coletar amostra para exame sorológico, amostras

anatomopatológicas do fígado, rins, baço, coração e linfonodos podem ser coletadas durante a

necropsia.

As amostras post-mortem podem seguir para isolamento viral (sangue/tecidos) ou para

histopatologia/imunohistoquímica (tecidos) conforme protocolo abaixo:

b.1) Histopatologia / Imunohistoquímica

As amostras de tecidos deverão ser coletadas logo após o óbito, conservadas em

formalina tamponada a 10% em temperatura ambiente e transportadas deste modo em

até 24 horas após a coleta.

Todos os fragmentos deverão estar completamente imersos na solução fixadora,

devendo ser utilizado tampão de algodão ou gaze para preencher o espaço livre do(s)

frasco(s).

O(s) frasco(s) contendo a(s) amostras deve(m) ser obrigatoriamente identificado(s) com

uma etiqueta, escrita a lápis ou a caneta de tinta resistente a líquidos.

b.2) Isolamento viral

Para isolamento viral, as amostras devem ser coletadas logo após o óbito, congeladas a

-70ºC e transportadas em nitrogênio liquido ou gelo seco (em quantidade suficiente

para não evaporar completamente durante o trajeto, sob risco de inviabilização das

amostras) em até 24 horas após a coleta.

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CLASSIFICAÇÃO

a) Caso confirmado de febre amarela:

Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes condições:

detecção de anticorpos da classe IgM pela técnica de MAC-ELISA, em indivíduos não

vacinados, ou com aumento de 4 vezes ou mais nos títulos de anticorpos do tipo IgG, pela

técnica de inibição da hemaglutinação (IH) ou IgG-Elisa;

isolamento do vírus da FA;

detecção do genoma viral;

achados histopatológicos compatíveis.

b) Caso descartado de febre amarela:

Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo para vírus da Febre Amarela ou com

diagnóstico confirmado de outra doença.

ENCERRAMENTO DO CASO

A ficha de investigação deverá ser completada a partir do recebimento do resultado do exame

sorológico, e encerrada no prazo máximo de 60 dias.

Para qualquer diagnóstico, todas as amostras deverão ser encaminhas ao Lacen Florianópolis, juntamente com a ficha de solicitação de exame específica (Anexo 7).

Não é necessário aguardar o resultado laboratorial para proceder à notificação.

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A vigilância de epizootias de primatas não humanos (PNH) consiste na notificação e

investigação de rumores de adoecimento e/ou morte de macacos. A presença de macacos mortos e/ou

doentes é um indicativo de que o vírus da febre amarela pode estar presente no local onde foram

encontrados.

A investigação de epizootias em primatas (adoecimento ou morte de macacos), juntamente

com a investigação entomológica (pesquisa de mosquitos), são atividades essenciais para identificar, o

mais precocemente possível, a circulação do vírus amarílico na população símia e nos vetores silvestres.

Deve-se ressaltar que qualquer ação relacionada ao manejo de primatas não humanos deve

ser realizada por profissional treinado em necropsia de animais, utilizando equipamento de proteção

individual adequado (ver pág. 20).

ORIENTAÇÕES AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

O que deve ser notificado: 100% dos adoecimentos ou morte de primatas devem ser notificados

às Secretarias Municipais de Saúde (SMS) ou qualquer unidade de saúde municipal, mesmo que

seja somente um rumor;

Quem notifica: qualquer cidadão notifica à SMS ou unidade de saúde. Os municípios devem

sensibilizar a população mais exposta (da área rural e silvestre), para notificar qualquer

adoecimento ou morte de primatas, informando a importância dos macacos como sentinelas

para a doença. A informação poderá ser dada pessoalmente ou repassada por meio de

diferentes veículos de comunicação (telefone, rádio, e-mail, etc.);

Os profissionais participantes das investigações devem, imprescindivelmente, estar vacinados contra a febre amarela, no mínimo, 10 dias antes. É, também, recomendável que estejam imunizados

contra a hepatite B e tétano, bem como concluído, 14 dias antes, o esquema profilático pré-exposição contra a raiva (com recomendação de avaliação sorológica anual).

VIGILÂNCIA DE EPIZOOTIAS DE PRIMATAS NÃO HUMANOS (PNH-MACACOS)

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A parceria com outras instituições, tais como: Sindicato dos Trabalhadores Rurais, CIDASC e

Secretarias Municipais da Agricultura, poderá ser uma boa fonte de divulgação. É importante o

envolvimento dos agentes do Programa Municipal de Controle da Dengue e do PACS/ESF na

divulgação;

O “Roteiro básico de investigação de adoecimento e/ou morte de primatas” descrito na página

14, deverá ser seguido rigorosamente pela SMS;

A investigação para confirmar a ocorrência de adoecimento e/ou morte de primata, é de

competência do profissional da vigilância epidemiológica da SMS responsável pela FA

juntamente com o profissional treinado para realizar a necropsia (Médico Veterinário, quando

houver);

Em situações em que o município não possua médico veterinário capacitado, técnicos da

VE/SMS deverão solicitar à sua GERSA, imediatamente, a liberação de um médico veterinário

capacitado, disponível da regional ou de outro município mais próximo, para a realização da

necropsia através dos telefones disponibilizados no link:

http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/informe-tecnico-epizootias-pnh-

macacos.pdf

Para classificar e mapear as notificações de ocorrências de adoecimento e/ou morte de

primatas e epizootias confirmadas por FA silvestre, considerar-se-á:

Rumor de adoecimento e/ou morte de primata: adoecimento e/ou morte de macaco (bugio, macaco-prego, sagui, etc.) informada por qualquer cidadão, QUE NÃO TENHA SIDO INVESTIGADA NO LOCAL DE OCORRÊNCIA.

Epizootia de primata: confirmação do rumor de adoecimento e/ou morte de primata através da INVESTIGAÇÃO NO LOCAL DE OCORRÊNCIA pela SMS, com verificação do número de animais acometidos (doentes e mortos) e definição da localização geográfica (referência ou precisão por GPS) e, se possível, com coleta de amostras para diagnóstico.

Epizootia de primata por febre amarela confirmada por laboratório: morte de primata com evidência laboratorial de infecção pelo vírus da Febre Amarela em, pelo menos, um animal.

Epizootia não confirmada por febre amarela: epizootias com diagnóstico conclusivo de outra causa ou morte de primata sem coleta de amostras para diagnóstico e sem vinculo epidemiológico ou epizootia com coleta e sem evidência laboratorial de infecção por FA e sem vínculo epidemiológico.

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Verificar no local do rumor se realmente existe(m) animal(ais) doente(s) e/ou morto(s);

Constatado o adoecimento e/ou a morte de primata(s), a SMS deverá: informar o profissional de

referência da FA da respectiva GERSA , a qual deverá notificar a GEZOO/DIVE/SES por telefone:

(48) 3664-7479/7480/7481/7482 ou e-mail: [email protected] ou [email protected]

no prazo máximo de 24h e solicitar a presença do Médico Veterinário para proceder à necropsia

e, juntos, iniciarem imediatamente a investigação, verificando o número provável de animais

acometidos (doentes e mortos);

Deverá ser preenchida e digitada a ficha de notificação/investigação de epizootia disponível no

SINAN (anexo 6) e com este instrumento serão coletados os dados básicos para o conhecimento

do caso (macaco doente e/ou morto) no local. A ficha deverá ser repassada à GERSA via e-mail

e, esta, à GEZOO/DIVE/SMS, no prazo máximo de 24 horas a partir do conhecimento do caso.

Todos os campos da ficha deverão ser preenchidos corretamente, conforme Anexo 7, inclusive

quando a informação for negativa;

Informar às pessoas para não capturar ou deslocar o animal, apenas monitorar à distância. Não

permitir que outros animais (cachorro, gato) e curiosos cheguem perto, caso o animal venha a

óbito.

O Médico Veterinário do município responsável pela necropsia deverá se deslocar

imediatamente até o local, na tentativa de realizar coleta oportuna de material biológico

conforme orientações contidas no “Roteiro básico de investigação de adoecimento e/ou morte

de primatas” (pág. 17) e encaminhar o material ao LACEN;

ROTEIRO BÁSICO DE INVESTIGAÇÃO DE ADOECIMENTO E/OU MORTE DE

PRIMATAS A SER SEGUIDO PELO TÉCNICO DA SMS

Mesmo não sendo possível a realização de necropsia, todas as outras ações de vigilância de epizootias deverão ser realizadas.

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Fazer uma busca detalhada verificando a extensão da área afetada com registro fotográfico, se

possível;

Marcar a localização geográfica, preferencialmente com uso de GPS. Não havendo GPS

disponível, a localização deve ser determinada por pontos de referência ou distância

aproximada e direção, a partir do centro do município.

Obter, junto aos moradores da localidade de ocorrência da epizootia em investigação,

informações sobre ocorrência anterior e atual de primatas (vivos ou mortos) e data do início das

mortes;

Descrever as características da área (mata densa, capão de mata, área de reflorestamento,

plantações) e a localização desses animais (dentro ou próximo de habitat natural, quando

houver, dentro ou próximo de mata densa, capões de mata, estrada, plantação, próximo a

casas);

Verificar, na localidade de ocorrência da epizootia, se há referências de outros eventos

relacionados a adoecimento, morte, encontro de macacos fora do seu habitat natural ou outro

comportamento anormal, animal atropelado, morto por atividade de caça, encontro de

carcaças, pelos e outros vestígios de morte;

Notificar e investigar também as outras ocorrências ou rumores de morte de macacos, mesmo

quando não há encontro de carcaça;

Delimitar um raio de 2km, a partir do local do encontro do macaco morto, levantando as

seguintes informações:

Presença de residências;

Número da população existente;

Presença de área de mata fechada e/ou capões de mata e/ou área de cultivo;

Contiguidade com outras localidades (classificando em rural e/ou urbana) ou outro(s)

município(s), estado e país;

Encaminhar as informações levantadas, em forma de relatório, por fax, à sua GERSA de

abrangência, juntamente com cópia da ficha de notificação/investigação de epizootias do

SINAN;

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A SMS ainda deverá executar as seguintes ações:

Verificar se o município de ocorrência da epizootia pertence à área com recomendação de

vacina contra a FA – ACRV (Figura 2) ;

Se o município for considerado ACRV: deverá ser feita a avaliação da cobertura vacinal

para febre amarela, identificando e garantindo a vacinação dos indivíduos não vacinados

na área delimitada (raio de 2 km);

Se município for considerado ASRV: a GEZOO/DIVE deverá ser informada sobre o número

de pessoas residentes na área delimitada e, em conjunto com a GEVIM/DIVE e o

Ministério da Saúde, irá avaliar a necessidade de vacinação da população;

Se após a avaliação for indicada a vacinação, a DIVE comunicará e orientará a SMS para iniciá-la.

No entanto, a SMS deverá aguardar as orientações da DIVE antes de iniciar qualquer estratégia

de vacinação;

Durante as ações de vacinação, a SMS deverá ainda:

Intensificar as ações de vigilância de casos suspeitos de febre amarela em humanos;

Considerar, como caso suspeito, os indivíduos que se enquadram na definição de caso

suspeito (pág. 07);

Notificar, imediatamente, a suspeição de casos humanos, bem como óbitos sem causa

conhecida, em indivíduos provenientes de, ou que estiveram em, ACRV para FA ou áreas

com ocorrência de epizootias (áreas de risco);

Intensificar a divulgação, junto à população, quanto à necessidade de notificação de

adoecimento e/ou morte de macacos em tempo oportuno, uma vez que a necropsia para

retirada de material para exame só pode ser realizada até, no máximo, 24 horas após a

morte.

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ANIMAL DOENTE:

Caso o animal esteja debilitado ou moribundo, efetuar a contenção adequada e proceder a

coleta de amostra de sangue para isolamento viral conforme protocolo abaixo, visando à

detecção precoce da circulação viral e predição de risco, visto que nem todo PNH que adoece

por FA necessariamente vai a óbito. Deverá ser preenchida a ficha de necropsia com

informações sobre o animal (Anexo 3).

Isolamento viral/ detecção do genoma viral/ sorologia:

Deverão ser coletadas amostras de sangue total e soro sanguíneo, preferencialmente em

duplicata, acondicionadas em criotubos devidamente identificados e imediatamente

armazenadas em nitrogênio liquido ou gelo seco.

Na impossibilidade de conservar as amostras de sangue e soro em nitrogênio liquido ou

gelo seco, armazenar em freezer a -700C e, como última alternativa, acondicionar em

isopor com baterias de gelo reciclável (gelox) ou congelar a -200C (freezer comum) e

enviar imediatamente ao LACEN para armazenamento em freezer a -700.

a) Sangue total (isolamento viral): coletar por meio de punção venosa. Acondicionar e,

imediatamente, conservar a amostra como descrito anteriormente.

b) Soro sanguíneo (detecção de anticorpos): o sangue total deverá ser centrifugado para a

obtenção de soro, que será acondicionado e conservado como indicado para isolamento

viral e sorologia. Na impossibilidade de separação do soro ou quando a amostra for de

pequeno volume, é recomendado encaminhar somente a amostra de sangue total, pois

se trata de material preferencial para isolamento viral.

Observação: Para animais de grande e médio porte, o volume a ser coletado será de 6 a 10mL e de 2 a

6mL para os animais de pequeno porte.

ROTEIRO BÁSICO DE INVESTIGAÇÃO DE ADOECIMENTO E/OU MORTE DE

PRIMATAS A SER SEGUIDO PELO MÉDICO VETERINÁRIO DURANTE A

NECROPSIA

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ANIMAL MORTO

Antes de efetuar a necropsia, deve-se iniciar o preenchimento da ficha de necropsia com

informações sobre o animal (Anexo 3):

Identificar o cadáver (espécie - quando não for possível identificar a espécie citar ao

menos o gênero e, se mesmo assim não for possível, citar o nome popular, sexo, peso e

procedência), provável faixa etária (filhote, juvenil ou adulto);

Registrar a data e a hora da morte (quando possível) e da necropsia, bem como relatar a

posição de decúbito em que foi encontrado;

Observar a condição física e nutricional do animal;

Examinar sua pele, buscando a presença de parasitas, feridas, hemorragias, manchas,

nódulos, vermelhidão e outras alterações;

Examinar as aberturas naturais – boca, narinas, olhos e conjuntiva, ouvido, ânus, vulva ou

prepúcio e pênis – atentando para sua coloração, presença de sangue, pus ou muco,

entre outras.

Proceder à coleta de amostras para exame histopatológico:

Deverão ser coletados fragmentos pequenos (0,3 a 0,6cm de espessura por 2 cm de

comprimento) de vísceras, observando-se a seguinte sequência de prioridade: 1º Fígado/ 2º Baço /

3º Rim / 4º Pulmão / 5º Coração. Recomenda-se, ainda, a colheita de fragmento de cérebro para o

diagnóstico de raiva animal.

A coleta das amostras dos órgãos deverá, necessariamente, ser realizada no local onde o macaco foi encontrado morto, preferencialmente dentro das primeiras 8 horas. Porém, todo material coletado até 24 horas após o óbito pode ser enviado para exame diagnóstico. Após esse período, a colheita de amostra ainda é recomendada, desde que o animal não esteja em estado avançado de decomposição.

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19

Observação: a metodologia completa para abertura de cavidades e a retirada de órgãos para a

realização de necropsia em PNH, está disponível no Manual de Vigilância de Epizootias em PNH

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epizootias_primatas_entomologia.pdf

Cabe ao responsável, no momento da necropsia, avaliar as vísceras e coletar as amostras mais

indicativas da suspeita diagnóstica, lembrando que o fígado é sempre o órgão de eleição.

Armazenamento:

Depois de colhidos, os fragmentos devem ser acondicionados em frascos separados, com boa

vedação, em solução fixadora e mantidos na temperatura ambiente (não congelar e nem

refrigerar), sendo um frasco para cada víscera. Porém, em uma situação de emergência, não

havendo frascos suficientes, todos os fragmentos coletados poderão ser acondicionados em um

único frasco, não devendo ultrapassar 5 (cinco) fragmentos por recipiente.

Como solução fixadora, utilizar formalina a 10% pronta ou preparada. Para obter um litro deste

fixador, proceder conforme a proporção abaixo:

Formaldeído a 37% a 40% 100ml

Água de torneira ou da chuva 900ml

O volume de fixador deve ser 10 vezes superior ao volume das vísceras. Não utilizar álcool ou

gelo para conservar material, pois estes agentes não permitem uma correta fixação, prejudicando o

processamento e a análise do material. Todos os fragmentos deverão estar completamente imersos na

solução fixadora, devendo ser utilizado tampão de algodão ou gaze para preencher o espaço livre do(s)

frasco(s).

O(s) frasco(s) contendo a amostra deve(m) ser obrigatoriamente identificado(s) com uma

etiqueta, escrita a lápis ou à caneta de tinta resistente a líquidos, onde devem constar as seguintes

informações:

Amostras coletadas a partir de animais que foram previamente congelados são inviáveis para

análise.

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Dados do animal: número do macaco, procedência (município), sexo, espécie (quando

não for possível identificar a espécie, citar ao menos o gênero e, se mesmo assim não for

possível, citar o nome popular), se foi sacrificado ou encontrado morto;

Data da coleta do material;

Material coletado e fixador utilizado.

Exemplo:

Animal nº: 1

Cidade: Ananindeua/PA

Sexo Feminino

Espécie Alouatta caraya

Encontrado Morto

Órgão(s) Fígado, baço, rim, etc.

Fixador Formol a 10%

Data Dia/mês/ano

O(s) frasco(s) deve(m) ser armazenado(s) em caixa de isopor, juntamente com a ficha de

necropsia (Anexo 3), e transportado(s) em temperatura ambiente (não utilizar gelo).

Envio do material:

Após a coleta, as amostras para o diagnóstico de Febre Amarela não deverão ficar armazenadas

por mais de 4 (quatro) dias, para isso, as mesmas deverão ser encaminhadas pelo município ao LACEN,

preferencialmente no mesmo dia, com cópia da notificação e ficha de necropsia para o endereço: Rua

Felipe Schmidt, nº 788, setor de Recepção e Triagem de Amostras Externas, Centro – Florianópolis,

Fone (48) 3251-7800 - Fax (48) 3251-7815, e-mail: [email protected] .

A embalagem deverá conter a etiqueta conforme modelo contido no Anexo 2.

Cuidados a serem tomados ao realizar a necropsia:

Todos os procedimentos durante a necropsia requerem a utilização dos seguintes equipamentos

de proteção individual (EPI):

Luva de procedimento (utilizar duas luvas sobrepostas)

Máscara P3 – reutilizável. Em último caso, se não houver disponibilidade dessa máscara,

utilizar P2;

Jaleco descartável;

Óculos de proteção;

Solução antisséptica;

Álcool 70%;

Botas de borracha;

Roupa de calça comprida e camisa de manga longa.

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21

O material cirúrgico, utilizado para realizar a necropsia, deve ser previamente desinfetado com

solução antisséptica.

Observação: Sempre que possível, documentar a necropsia através do registro fotográfico.

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22

Com o ambiente:

Após a realização da necropsia, o técnico deve tomar os cuidados necessários para evitar uma

possível contaminação do ambiente, enterrando o cadáver do animal ou cremando (caso não implique

risco de incêndio), de acordo com os seguintes métodos:

Enterro: fazer uma cova com a profundidade de 1m a 1,5m. Forrar com cal e colocar o

animal. A seguir, cobrir com cal e terra. Os materiais perfurocortantes devem ser

acondicionados em embalagem resistente, com certificação (Descartex).

Os materiais descartáveis devem ser embalados em saco plástico (para lixo) para

descarte em local apropriado (ex.: lixo hospitalar). Antes de retirar o EPI, borrifa-lo com

álcool 70%. O restante do material como a tesoura, bisturi r pinças devem ser lavados,

se possível, com solução antisséptica ainda no campo. Caso não seja possível,

acondicioná-lo em cuba de inox ou bacia (exclusivamente para este fim) e transportar

até o local apropriado para serem lavados com solução antisséptica e posteriormente

autoclavados. O processo de esterilização poderá ser realizado em qualquer autoclave

disponível no município;

Cremação: abrir uma cova rasa e forrá-la com gravetos, capim seco ou qualquer

material de fácil combustão. Colocar o cadáver e embebê-lo com material inflamável.

Atear fogo e, após a combustão, cobrir com terra. As orientações para descarte dos

materiais são as mesmas do item anterior.

Observações:

a) Fica sob a responsabilidade das SMS a aquisição de botas de borracha, que serão utilizadas

como equipamento de proteção individual para o necropsista e técnico que irá auxiliá-lo, bem

como pá e cal para proceder ao descarte do animal;

b) Quando da ocorrência de epizootia em município que não dispõe do material necessário para a

realização de necropsia, o mesmo deverá ser remanejado da SMS mais próxima com anuência

da Gerência de Saúde.

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23

Material necessário para realizar a necropsia

Material Quantidade

Cabo de bisturi nº 4 2 unidades Lâmina de bisturi nº 21 10 unidades Pinça de dissecação 1 unidade Pinça dente-de-rato 1 unidade Tesoura cirúrgica com ponta romba/fina reta 1 unidade Tesoura cirúrgica com ponta romba/fina curva 1 unidade Faca tipo peixeira 7”, lâmina lisa em aço inox 1 unidade Pote plástico p/ fezes 10 unidades Formol a 10% 250 ml Sacos para lixo 100 l 10 unidades Isopor 2 l 1 unidade Descartex 7 l 1 unidade Solução antisséptica concentrada (Lysol) 250 ml Borrifador 1 unidade Serra 1 unidade Máscara NP3 2 unidades Luva de procedimento 10 pares Óculos de proteção 1 unidade Botas de borracha 1 unidade Jaleco descartável 1 unidade Álcool 70% 1 litro Fita para autoclave - Saco para autoclave 10 unidades Pá 1 unidade Cal 1saco Esponja 1 unidade Cuba inox ou Bacia plástica 1 unidade Fita Crepe 1 rolo Algodão 1 rolo Lápis 2 unidades Prancheta 1 unidade

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VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA

A vigilância entomológica consiste na coleta de vetores da febre amarela para tentativa de

isolamento do vírus nos mosquitos. As coletas serão realizadas pela equipe de entomologia da

DIVE/GEZOO a partir da confirmação diagnóstica do adoecimento e/ou morte de macacos por Febre

Amarela.

Será utilizado como ferramenta auxiliar na detecção precoce da circulação viral

prioritariamente no município que não obtiver sucesso na coleta oportuna de vísceras de primatas não

humanos conforme Nota técnica nº.59/2011 – CGDT/DEVIT/SVS/MS disponível no site:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/nt_59_2011_in_entm_fbr_amarl_corr_02_01_2012.pdf

INTEGRAÇÃO VIGILÂNCIA EM SAÚDE E ATENÇÃO BÁSICA

Para melhorar a atenção à saúde, é necessário que as ações de promoção e vigilância em

saúde estejam efetivamente incorporadas ao cotidiano das equipes de Atenção Básica/Estratégia da

Saúde da Família.

A Vigilância em Saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da

população e a organização e execução de práticas de saúde adequadas ao enfrentamento dos

problemas existentes. É composta pelas ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de

doenças e agravos à saúde.

As equipes de Atenção Básica/Saúde da Família devem, durante suas atividades de rotina,

incorporar e utilizar as ferramentas da vigilância para programar e planejar o acesso da população às

diferentes atividades e ações de saúde e, desta maneira, contribuir na melhora dos indicadores de

saúde e, consequentemente na mudança da qualidade de vida da população.

Os serviços de atenção básica são responsáveis, tanto por promover ações de prevenção e

controle das doenças, quanto por identificar a ocorrência de agravos.

As equipes de atenção básica deverão estar atentas para as informações provindas da

comunidade ou para a identificação, durante ações na comunidade, de caso suspeito de febre amarela

e/ou de macacos doentes e/ou mortos em sua área de abrangência.

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25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância

Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ª ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância

Epidemiológica. Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos. Brasília, DF: Ministério

da Saúde, 2005.

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26

VE/SMS: - Inicia a investigação.

População, profissionais de saúde, etc.:

- Notifica rumor de adoecimento ou morte de primata não humano (PNH) à SMS ou à Unidade de Saúde (US).

US/SMS: - Comunica à VE/SMS.

Médico veterinário: - Realiza a necropsia; - Colhe amostras; - Preenche a ficha de necropsia; - Encaminha as amostras à VE/SMS.

GEZOO/DIVE/SES:

- notifica a SVS/MS em até 24h a partir do conhecimento do caso pela GERSA; - envia cópia da ficha de notificação/investigação e ficha de necrópia via FAX ou email à SVS/MS. - acompanha o andamento da investigação.

Lacen: - Encaminha a amostra ao laboratório de referência (IAL).

IAL: - Libera o resultado ao Lacen.

NOTIFICAÇÃO DE EPIZOOTIA NÃO CONFIRMADA

NOTIFICAÇÃO DE EPIZOOTIA

CONFIRMADA

VE/SMS: - Informa à GERSA em até 24h a partir do conhecimento do caso; - Providencia necropsia através do médico veterinário; - Preenche a ficha de notificação de epizootia e digita no Sinan (Anexo 5); - Encaminha as amostras ao Lacen; - Envia cópia da ficha de notificação/investigação de epizootia via FAX/e-mail para a GERSA; - Se ACRV, abrir raio de 2 km a partir do local da morte do primata verificando a cobertura vacinal. Vacinação seletiva dos não vacinados.

SVS/MS: - acompanha a investigação e o andamento do diagnóstico via CGLAB;

- Analisa e divulga as informações para órgãos de interesse.

DESCARTA O CASO

GERSA: - Notifica à GEZOO/DIVE/SES em até 24h a partir do conhecimento do caso pela VE/SMS; - Envia cópia da ficha de notificação/investigação via FAX/e-mail à GEZOO/DIVE/SES.

FLUXO DE NOTIFICAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DE EPIZOOTIAS EM PNH-Macacos

ANEXO 1

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27

MODELO DE ETIQUETA PARA AS CAIXAS COM AMOSTRAS PARA DIAGNÓSTICO DE FEBRE AMARELA

ESTADO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde – SUS

DESTINATÁRIO: SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA-LACEN Rua Felipe Schmidt – 788, Centro, CEP: 88010-002 Florianópolis-SC REMETENTE:

Identificação:

Endereço:

CEP:

Município:

Telefone para contato:

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO ENVIO DO MATERIAL:

Médico Veterinário:

CRMV: Celular:

ATENÇÃO: Material biológico para diagnóstico de Febre Amarela. Em caso de contato ou

derramamento, comunicar imediatamente o Médico Veterinário responsável pelo envio da amostra.

ANEXO 2

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28

ANEXO 3

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29

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30

INSTRUÇÕES PRA PRENCHIMENTO DA FICHA DE NECROPSIA EM PRIMATAS

NÚMERO DA FICHA DE NECROPSIA: Anotar o número da ficha de necropsia atribuída pelo

investigador para identificação do caso.

NUMERO DA FICHA DE EPIZOOTIA: Anotar o numero da ficha de epizootia envolvendo o

animal necropsiado.

1. MUNICIPIO DE OCORRENCIA: Anotar o município de ocorrência da epizootia.

2. UF: Anotar a UF de ocorrência da epizootia.

3. DATA DE OCORRÊNCIA: Preencher com a data de inicio da epizootia = data de inicio

dos sintomas.

4. MUNICIPIO DE NOTIFICAÇÃO: Anotar o município que notificou a epizootia.

5. UF: Anotar a UF que notificou a epizootia.

6. DATA DE NOTIFICAÇÃO: Preencher com a data em que foi notificada a epizootia

para a SES.

7. GEOCAMPO 1: Preencher com os dados da coordenada Sul (S) obtida através do

aparelho GPS.

8. GEOCAMPO 2: Preencher com os dados da coordenada Leste (E) obtida através do

aparelho GPS.

9. GÊNERO: Marcar o gênero do animal e utilizar o espaço no final da linha para

classificar a espécie.

10. SEXO: Assinalar o sexo do animal.

11. IDADE: Assinalar de acordo com a faixa etária do animal.

12. PESO: Preencher com o peso do animal em Kg.

13. BIOMETRIA: Preencher de acordo com as medidas do animal, utilizando fita métrica:

(a) circunferência do peito: deve-se colocar a fita ao redor do peito, passando por

debaixo dos braços na altura do mamilo; (b) circunferência da cabeça: deve-se colocar

a fita ao redor da cabeça na altura da nuca; (c) comprimento do corpo: deve-se colocar

uma ponta da fita métrica no queixo do animal e a outra no ânus; (d) comprimento da

cauda: (e) deve-se colocar a ponta da fita métrica da primeira à ultima vértebra caudal;

(f) comprimento da mão direita: deve ser medida na face palmar, colocar a ponta da fita

ANEXO 4

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31

métrica do pulso do animal até a ponta do terceiro quirodáctilo (dedo médio);

comprimento do pé direito: Deve ser medido na face planta do pé, medindo da

extremidade do calcanhar ate a ponta do primeiro pododáctilo; comprimento da orelha

direita: Deve-se medir da ponta superior da orelha ate a ponta da curva inferior da

fossa auricular.

14. ANIMAL POSSUI MICROCHIP: assinalar se o animal possui microchip ou não, se

possui informar o numero do microchip.

15. OUTRO TIPO DE IDENTIFICAÇÃO: Assinalar se o animal possui ou não alguma

marca que o caracterize e qual o tipo.

16. MARCAS DE AGRESSÃO: Assinalar se o animal possui alguma marca indicativa de

agressão, se possuir mencionar o local dessa marca.

17. TIPO DE LOCAL: Assinalar o local onde o animal morreu; se for algum local que não

esteja nas opções, mencionar.

18. TIPO DE VEGETAÇÃO: Se o local onde o animal morreu for silvestre, assinalar o tipo

de vegetação do local; se for outro tipo de vegetação, mencionar.

19. ANIMAL APREENDIDO DO TRÁFICO: Assinalar se o animal foi apreendido do tráfico

ou não.

20. ANIMAL DOMESTICADO: Assinalar se o animal é domesticado ou não.

21. EXISTE CONDIÇÃO DE LOCALIZAÇÃO DA PROCEDÊNCIA DO ANIMAL: Assinalar

se é possível descobrir a localização da procedência do animal, se for possível

mencionar o local.

22. DATA DE INÍCIO DE SINTOMAS: Marcar a data que o animal começou apresentar

sintomas.

23. SUSPEITA CLÍNICA: Marcar a suspeita diagnostica.

24. CARACTERISTICA CLÍNICA DO CASO: Assinalar 1 para ‘sim’, 2 para ‘não’ e 9 para

‘ignorado’ em cada sinal clínico.

25. OUTROS SINTOMAS: Especificar se foi observado algum outro sintoma que não se

encontrava no quadro superior.

26. DATA DO ÓBITO: Marcar a data em que o animal foi a óbito.

27. CARCAÇA DO ANIMAL: Assinalar como a carcaça do animal se apresenta.

28. ASPECTOS MACROSCÓPICOS OBSERVADOS NAS MUCOSAS: Assinalar na

tabela, de acordo com a legenda ao lado da tabela, as características referentes à

coloração e secreção observadas nas mucosas naturais do animal.

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32

29. FOI COLETADO MATERIAL PARA PESQUISA DE VÍRUS/SOROLOGIA: Assinalar

se foi coletado material para pesquisa de vírus ou não.

30. SE SIM, LABORATÓRIO DE ENCAMINHAMENTO DA AMOSTRA: Assinalar para

qual laboratório foi encaminhado o material coletado. Se for outro que não tenha sido

mencionado, marcar ‘outro’ e especificar.

31. MATERIAL COLETADO PARA PESQUISA DE VÍRUS/SOROLOGIA: Assinalar 1 para

‘sim’, 2 para ‘não’ e 9 para ‘ignorado’ em cada tipo de material a ser coletado.

32. FOI COLETADO MATERIAL PARA HISTOPATOLÓGICO/IMUNOHISTOQUÍMICO:

Assinalar se foi coletado material para histopatológico e/ou imunohistoquímico ou não.

33. SE SIM, LABORATÓRIO DE ENCAMINHAMENTO DA AMOSTRA: Assinalar para

qual laboratório foi encaminhado o material coletado. Se for outro que não tenha sido

mencionado, marcar ‘outro’ e especificar.

34. MATERIAL COLETADO PARA HISTOPATOLÓGICO/IMUNOHISTOQUIMICO:

Assinalar 1 para ‘sim’, 2 para ‘não’ e 9 para ‘ignorado’ em cada tipo de material a ser

coletado.

35. ASPECTOS MACROSCÓPICOS OBSERVADOS NOS ORGAOS COLETADOS:

Assinalar na tabela de acordo com a legenda abaixo da tabela referente ao tamanho, à

coloração, a aspectos, à consistência e à simetria de cada órgão mencionado.

36. OUTRAS INFORMAÇÕES QUE FOREM CONSIDERADAS RELEVANTES:

Mencionar qualquer outra informação obtida sobre a necropsia, que julgar necessária e

relevante, e que não tenha sido mencionada na ficha.

37. NOME DO RESPONSÁVEL: Preencher com o nome da pessoa responsável pela

necropsia.

38. DATA DA NECROPSIA: Preencher com a data em que foi realizada a necropsia.

39. ASSINATURA DO RESPONSÁVEL: Assinatura da pessoa que foi responsável pela

necropsia do animal.

40. FUNÇÃO: Preencher com a função/cargo da pessoa que foi responsável pela

necropsia do animal.

41. TELEFONE DE CONTATO: Preencher com um telefone de contato fixo e móvel que

for de mais fácil acesso para encontrar o responsável pela necropsia.

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33

E

S

T

A

D

O

D

E

S

A

N

T

A

C

A

T

A

R

I

N

A

S

E

C

R

E

T

A

R

Anexo 8

ANEXO 5

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34

IInnssttrruuççõõeess ppaarraa pprreeeenncchhiimmeennttoo ddaa ffiicchhaa ddee nnoottiiffiiccaaççããoo//iinnvveessttiiggaaççããoo ddee eeppiizzoooottiiaass

FFiicchhaa ddee nnoottiiffiiccaaççããoo//iinnvveessttiiggaaççããoo ddee EEppiizzoooottiiaa Sinan NET

Definição de Epizootia: Animal ou grupo de animais encontrados mortos e/ou doentes com sintomatologia neurológica seguida ou não de morte. Uma nova epizootia é considera quando da não notificação de casos no intervalo de 30 dias.

N.º- Anotar o número da notificação atribuído pela unidade de saúde para identificação do caso. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO. 1 - Este campo identifica o tipo de notificação, informação necessária à digitação. Não é

necessário preenchê-lo.

2 - Nome do agravo/doença ou código correspondente estabelecido pelo SINAN (CID 10)

que está sendo notificado. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

3 - Anotar a data da notificação: data de preenchimento da ficha de notificação.

CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

4 - Preencher com a sigla da Unidade Federada (UF) que realizou a notificação. CAMPO

DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

5 - Preencher com o nome completo do município (ou código correspondente, segundo

cadastro do IBGE) onde está localizada a unidade de saúde (ou outra fonte notificadora)

que realizou a notificação. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

6 - Preencher com o nome completo (ou código correspondente ao Cadastro Nacional

dos Estabelecimentos de Saúde CNES) da unidade de saúde (ou outra fonte notificadora)

que realizou a notificação. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

7 - Preencher a data de início da epizootia: CAMPO DE PREENCHIMENTO

OBRIGATÓRIO.

8 - Fonte da informação: Preencher com o nome completo (ou código correspondente ao

Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde CNES) da fonte notificadora, que

realizou a notificação. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

9 - Anotar DDD e telefone da fonte de informação, se notificação individual ou do local de

ocorrência do surto, se notificação de surto.

10 - Preencher a UF onde ocorreu a epizootia. CAMPO DE PREENCHIMENTO

OBRIGATÓRIO.

ANEXO 6

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35

11 - Preencher o nome completo do Município onde ocorreu a epizootia (ou código

correspondente segundo cadastro do IBGE). CAMPO DE PREENCHIMENTO

OBRIGATÓRIO.

12 - Preencher o nome completo do Distrito onde ocorreu a epizootia. CAMPO DE

PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

13 - Preencher o nome do Bairro onde ocorreu a epizootia. CAMPO DE

PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

14 - Preencher o tipo do Logradouro (rua, avenida,...) onde ocorreu a epizootia. CAMPO

DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

15 - Anotar DDD e telefone da residência onde ocorreu a epizootia, se notificação

individual ou do local de ocorrência do surto, se notificação de surto.

16 - Preencher o complemento (apto, casa,...) onde ocorreu a epizootia. CAMPO DE

PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

17 - Preencher com as coordenadas no GEO campo 1 onde ocorreu a epizootia.

18 - Preencher com as coordenadas no GEO campo 2 onde ocorreu a epizootia.

19 - Preencher com algum Ponto de Referência para localização de onde ocorreu a

epizootia.

20 - Preencher com o CEP de onde ocorreu a epizootia. CAMPO DE PREENCHIMENTO

OBRIGATÓRIO.

21 - Anotar DDD e telefone da fonte de informação, se notificação individual ou do local

de ocorrência do surto, se notificação de surto.

22 - Preencher a zona onde ocorreu a epizootia. CAMPO DE PREENCHIMENTO OBRIGATÓRIO.

1. Urbana 2. Rural 3. Periurbana 9. Ignorado

23 - Preencher com o tipo de ambiente onde ocorreu a epizootia

1. Domicílio 2. Parque, praça ou zoológico 3. Área silvestre 4. Reserva ecológica 5. Outro

24 - Preencher se foi coletado material para exame:

1. Sim

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2. Não 9. Ignorado

25 - Preencher com a data da coleta da amostra. PREENCHIMENTO ESSENCIAL. 26 - Se coletado o material. Especificar qual material coletado para exame. 27 - Assinalar e enumerar (mortos e doentes) animais acometidos no momento da notificação:

1 - Aves Informar a ocorrência de aves mortas e/ou doentes e a quantidade, se houver. 2 - Bovídeo Informar a ocorrência de bovinos mortos e/ou doentes e a quantidade, se houver. 3 - Canino Informar a ocorrência de cães mortos e/ou doentes e a quantidade, se houver. 4 - Equídeo Informar a ocorrência de equídeos mortos e/ou doentes e a quantidade, se houver. 5 - Felino Informar a ocorrência de felinos mortos e/ou doentes e a quantidade, se houver. 6 - Morcego Informar a ocorrência de morcegos mortos e/ou doentes e a quantidade, se houver. 7 - Primata não humano Informar a ocorrência de mortos e/ou doentes e a quantidade, se houver. 8 - Canídeo selvagem (raposa, cão selvagem). Informar a ocorrência de canídeos selvagens mortos e/ou doentes e a quantidade, se houver. 9 - Se outra espécie, qual. Descrever a espécie, informar a ocorrência de morte e/ou doentes e a quantidade, se houver.

28 - Suspeita diagnóstica: assinalar até três suspeitas diagnósticas.

1 - Raiva CANINO/FELINO: Animal ou grupo de animais encontrados mortos ou doentes com sintomatologia neurológica seguida de morte em até 10 dias. CANÍDEO SELVAGEM/PRIMATA/OUTRAS ESPÉCIES: animal ou grupo de animais encontrados mortos ou doentes com sintomatologia neurológica seguido de morte.

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37

BOVINOS/EQÜIDEOS: animal ou grupo de animais de uma propriedade encontrados mortos ou doentes com sintomatologia neurológica seguido de morte. MORCEGOS: Animal encontrado morto ou em horário pouco usual e fora do seu habitat. 2 - Encefalite Equina EQUIDEO: Animal ou grupo de animais de uma propriedade encontrados mortos ou doentes com sintomatologia neurológica seguida ou não de morte 3 - Febre do Vírus do Nilo Ocidental AVE: Silvestre ou um grupo de aves de um determinado local encontrados mortos ou doentes com sintomatologia neurológica seguida ou não de morte. EQUÍDEO: Animal ou grupo de animais de uma propriedade encontrados mortos ou doentes com sintomatologia neurológica seguida ou não de morte. 4 - Encefalite Espongiforme Bovina BOVINO: Animal ou grupo de animais de uma propriedade encontrados mortos ou doentes com sintomatologia neurológica seguido de morte. 5 - Febre Amarela Primata não humano de qualquer espécie, encontrado morto (incluindo ossadas) ou doente, em qualquer local ou território nacional. 6 - Influenza Aviária AVES: mortalidade, por causa desconhecida, superior a cinco animais de uma mesma espécie de aves, ou superior a 10% do grupo de aves domésticas, dentro de um período de até 72 horas. 7 - Outro (se outro especificar).

29 - Preencher o resultado laboratorial: 1. Positivo 2. Negativo 3. Inconclusivo 9. Ignorado

GOVERNO DE SANTA CATARINA

Secretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

Superintendência de Vigilância em Saúde

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

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ANEXO 7

GOVERNO DE SANTA CATARINA

Secretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

Superintendência de Vigilância em Saúde

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

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ANEXO 8

GOVERNO DE SANTA CATARINA

Secretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

Superintendência de Vigilância em Saúde

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

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